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1 Relatório IRAE Atividades IRAE 2015 IRAE

Atividades IRAE - azores.gov.pt · A Inspeção Regional das Atividades Económicas é o serviço da Vice-Presidência do Governo, Emprego e Competitividade Empresarial ao qual incumbe,

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• Relatório

IRAE• Atividades

IRAE

• 2015

IRAE

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Relatório de Atividades

Nota Introdutória Capítulo I: Novidades e Destaques Capítulo II: Atividade Desenvolvida

Objetivo 1: Incrementar a fiscalização do cumprimento das normas relativas às atividades económicas e proteção da saúde pública. 1:1 - Nº total de ações inspetivas 1:2 - As origens dos alvos de fiscalização 1:3 - Qualidade e Segurança alimentar 1:4 - Combate aos ilícitos contra a economia 1:5 - Os alvos principais 1:6 - Economia não registrada 1:7 - Colheitas de amostras Objetivo 2: Reforçar o espetro de atuação pró-ativo da atividade inspetiva. 2.1 - Os planos operacionais 2.2 – Os planos de colheita de amostras 2.3 – Resultados globais dos planos Objetivo 3: Melhorar a eficácia da instrução processual. 3.1 - Processos de averiguação 3.2 - Processos de contraordenação 3.3 – Processos de inquérito Objetivo 4: Desenvolvimento de portal de gestão processual, com ligação ao SGC. Objetivo 5: Otimizar resposta da IRAE aos processos de inspeção. 5.1 - Autos de notícia Objetivo 6: Reduzir o número de processos devolvidos. Objetivo 7: Gestão pela Qualidade, Segurança no Trabalho e Plano de Riscos e Perigos de Corrupção

Capítulo III: Recursos Humanos Capítulo IV: Recursos Materiais Capítulo V: Recursos Financeiros Conclusões

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Nota Introdutória A Inspeção Regional das Atividades Económicas é o serviço da Vice-Presidência do Governo, Emprego e Competitividade Empresarial ao qual incumbe, na Região Autónoma dos Açores, garantir o cumprimento das normas que disciplinam as atividades económicas. O presente relatório respeita à atividade desenvolvida, no ano 2015, pela Inspeção Regional das Atividades Económicas (IRAE). A promoção e o controlo do cumprimento das disposições legais e regulamentares que disciplinam as atividades económicas na Região Autónoma dos Açores (RAA), são os pilares fundamentais que regulam a Inspeção Regional das Atividades Económicas. No desempenho dessas funções, esta inspeção, goza de independência e autonomia técnica, detendo poderes de autoridade e exercendo funções de órgão de polícia criminal. A ação da IRAE tem por âmbito o território da Região Autónoma dos Açores através da fiscalização de todos os locais onde se proceda a qualquer atividade industrial, comercial, agrícola, piscatória ou de prestação de serviços (em matérias relacionadas com Saúde Pública, Segurança Alimentar, Propriedade Industrial, Práticas Comerciais, Ambiente e Segurança), zelando pelo cumprimento de todas as normas que disciplinam o exercício de tais atividades económicas. Nunca é demais salientar a colaboração estreita, no desempenho das suas funções, entre a IRAE e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) pois, em comum, têm idênticas atribuições fiscalizadoras nos territórios da sua competência. De notar que, para além dessas competências, a ASAE detém outras que decorrem do facto de ser a entidade nacional responsável pela avaliação e comunicação dos riscos na cadeia alimentar. Nos anos mais recentes, entre as atribuições da IRAE, a relativa à Segurança Alimentar acentuou-se, obrigando a frequentes mudanças de metodologias de fiscalização, bem como à frequência de ações de formação, por parte do pessoal das carreiras de inspeção. Todavia, a vertente alimentar é apenas uma de muitas outras competências de fiscalização que incumbem à IRAE, contando-se às centenas os diplomas legislativos diretamente relacionados com a sua atividade, nos setores alimentar e não alimentar. O Governo Regional dos Açores tem, desde de 1996, apostado na melhoria do funcionamento do mercado através da defesa da concorrência, da regulação e da promoção da defesa dos consumidores. Para o Governo Regional dos Açores, estes são elementos centrais para a melhoria da competitividade, para as relações económicas e para a promoção da qualidade de vida e da segurança alimentar. A garantia de uma fiscalização eficaz no domínio da segurança alimentar, das práticas comerciais, da segurança e ambiente e da propriedade intelectual e industrial, protege a boa competitividade das empresas e do consumidor. O consumidor, por seu lado, é também particularmente importante na promoção da competitividade das empresas, razão pela qual importa continuar a desenvolver ações no sentido de reforçar a seu direito à

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informação e garantir um sistema de defesa do consumidor eficaz, assegurado a proteção dos seus direitos e uma resposta às suas queixas, reclamações e pedidos. O desempenho, de 2005 a 2015, nesta área de atuação foi crescente e consolidado, conforme demostram os números a seguir apresentados.

2005

2010

2011

2012

2013

2014

2015

Visitas de

inspeção

1 329 1 795 2 375 3789 4193 3385 3736

Diligências

de instrução

2 076 3 777 3 839 2548 3153 2371 4110

Processos

instaurados

720 1 311 897 1206 1332 931 969

Amostras

colhidas

84 29 49 115 127 173 117

Deslocações

a tribunal

15 9 5 10 6 5 9

Livro de

reclamações

1 491 1512 1949 1335 1462 1497

Informações

prestadas

680 497 858 630 626 433

Est. Com

atividade

suspensa

13 14 9 0 5 4

Mercadoria

aprendida

(valor em €)

49.300 3.402 137.707 1.200,52 1.930.264 88.703 12597

Mercadoria

destruída

(valor em €)

110.115 114.118 13,707 18.578,35 134.628 35.322 290

A IRAE desenvolve a sua atividade nas seguintes áreas de intervenção: -Saúde Pública e Segurança Alimentar -Fiscalização Económica - Propriedade Industrial e Práticas comerciais - Ambiente e Segurança São ainda atribuições da IRAE, as seguintes tarefas:

- Emissão de pareceres técnicos e jurídicos - Recolha e análise de dados que visem a avaliação de riscos na segurança alimentar - Promoção de intercâmbio e da gestão de equipas multidisciplinares, em matérias das suas competências

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- Colaboração com a ASAE - Controlo em matérias de infrações de géneros alimentícios e de alimentos para animais - Colaboração com a Direção Geral do Consumidor - Colaboração com o Conselho Consultivo Regional para os Assuntos da Imigração - Colaboração com a Comissão de Gestão Integrada de Pragas - Divulgação dos resultados da atividade de fiscalização - Investigação, instrução e decisão dos processos de contraordenação cuja competência lhe seja legalmente imputada - Colaborar com as autoridades judiciárias, nos termos do Código Processo Penal, procedendo à investigação e instrução dos crimes cuja competência lhe esteja legalmente imputada

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CAPÍTULO I

Novidades e Destaques

Material apreendido pela IRAE, num valor superior a 80 mil euros, vai ser doado a IPSS

A Vice-Presidência do Governo dos Açores, através da Inspeção Regional das Atividades Económicas (IRAE), vai doar a Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) diverso material que apreendeu no decurso das suas ações inspetivas.

O material, num valor superior a 80 mil euros, será entregue nos próximos dias e inclui colchões, almofadas e forras de colchões que foram apreendidos no âmbito de um processo-crime de fraude sobre mercadorias.

De forma a garantir um apoio igualitário e indo ao encontro das necessidades das diversas entidades, o material será distribuído

por diferentes instituições de solidariedade social.

A entrega deste material em IPSS foi proposta ao Tribunal Judicial de Ponta Delgada, que concordou com a diligência solidária, uma vez que os bens estavam já declarados perdidos a favor do Estado.

A Vice-Presidência do Governo sublinha a importância destas doações, já que se trata de material que não pode ser comercializado, mas que, apresentando-se em boas condições de utilização, beneficia os mais desfavorecidos.

Sempre que há oportunidade, e numa vertente de responsabilização social, a IRAE tem-se empenhado na doação de bens e materiais apreendidos, em detrimento da sua destruição.

IRAE renova certificado do Sistema de Gestão da Qualidade

No dia 29 de julho, realizou-se a auditoria de renovação do certificado do Sistema de Gestão da Qualidade, da Inspeção Regional das Atividades Económicas (IRAE), pela entidade certificadora APCER, a qual foi cumprida com sucesso, tendo sido recomendada a renovação da certificação na norma NP EN ISO 9001:2008, no âmbito da fiscalização do cumprimento das leis, regulamentos, instruções, despachos e demais normas que

disciplinam as atividades económicas na Região Autónoma dos Açores por mais três anos.

Na auditoria, que decorreu nas instalações da sede da IRAE em São Miguel, foi analisado o cumprimento de todos os requisitos da norma de referência, NP EN ISO 9001:2008, e requisitos legais e regulamentares aplicáveis pelo sistema de gestão da IRAE.

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Pelas constatações desta auditoria concluiu-se que o SGQ está estruturado, implementado e é mantido, em conformidade com os requisitos aplicáveis.

No decorrer da auditoria foram apontados diversos pontos fortes, nomeadamente, o comprometimento evidenciado pela Gestão, o planeamento consistente de objetivos estratégicos e operacionais, o desenvolvimento/aperfeiçoamento constante da ferramenta informática GestIRAE, de apoio à gestão a todos os níveis, o elevado envolvimento e empenhamento demonstrado pelos elementos participantes na auditoria, o conhecimento técnico dos serviços prestados, a forte focalização na satisfação dos utentes e na melhoria contínua.

Esta renovação é a confirmação do contínuo esforço e preocupação da IRAE se superar e melhorar continuamente os seus processos e métodos de trabalho.

Governo dos Açores disponibiliza sistema eletrónico de consulta de reclamações ou denúncias à

IRAE

O Vice-Presidente do Governo anunciou que a Inspeção Regional das Atividades Económicas (IRAE) passa a disponibilizar aos cidadãos um serviço eletrónico de consulta do estado de reclamações ou denúncias via Sistema de Queixa Eletrónica que tenham sido efetuadas num estabelecimento comercial dos Açores e cuja competência de análise pertença à IRAE.

Sérgio Ávila salientou que, com esta iniciativa, o Executivo promove "novas medidas de desmaterialização de procedimentos e de proximidade ao cidadão", que se juntam

ao Sistema de Queixa Eletrónico e ao Formulário do Gabinete de Atendimento, ao qual "foi adicionada a possibilidade de apresentação, por via eletrónica, de requerimentos pré-formatados”.

“O Governo dos Açores acredita que medidas deste género, de redução da burocracia, bem como o cada vez maior número de utilizadores da Internet, podem contribuir para o desenvolvimento de um melhor trabalho da IRAE em defesa dos interesses dos consumidores”, afirmou Sérgio Ávila.

Para o Vice-Presidente do Governo, o serviço agora disponibilizado “amplia claramente a defesa dos consumidores e a sua capacitação não só para acompanharem, mas também para analisarem a evolução das suas reclamações quando considerarem que exista uma atividade económica ou uma empresa que não esteja a agir de acordo com a legislação em vigor”.

Este serviço está disponível no portal da Inspeção Regional das Atividades Económicas, no endereço eletrónico www.irae.azores.gov.pt, podendo o cidadão consultar o estado da folha de reclamação, bem como a comunicação que a IRAE dirigiu ao reclamante, após tratamento da mesma.

O acesso é muito simples, sendo apenas necessário carregar o número da folha de reclamação e a respetiva data, um procedimento que também se aplica a todas as denúncias efetuadas junto do Sistema de Queixa Eletrónica.

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Melhor treino para alimentos mais seguros

A Inspeção Regional das Atividades Económicas (IRAE) participou no curso “Food-borne outbreak investigations” (investigação de surtos de origem alimentar), da “Better Training for Safer Food" (BTSF) da Comunidade Europeia (CE), em Lisboa, de 13 a 17 de abril do corrente ano.

A IRAE, juntamente com a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), representou Portugal neste treino, que envolveu 40 elementos, entre participantes e palestrantes, de 17 países europeus.

BTSF é uma iniciativa da CE, com o objetivo de treinar pessoal das autoridades competentes dos Estados-Membros encarregado dos controlos oficiais realizados para assegurar a verificação do cumprimento da legislação relativa aos alimentos para animais e aos géneros alimentícios e das normas relativas à saúde e ao bem-estar dos animais, no âmbito do Regulamento (CE) n.º 882/2004, de 29 de abril. O principal objetivo da iniciativa "Better Training for Safer Food" é a organização e desenvolvimento de uma estratégia de treino comunitário com vista a: - Assegurar e manter altos níveis de proteção dos consumidores e de saúde animal, bem-estar animal e planos de saúde; - Promover a harmonização dos sistemas de controlo comunitários e nacionais; - Criar igualdade de oportunidade para todos os agentes económicos; - Reforçar o comércio de alimentos seguros; - Assegurar comércio justo com países terceiros e, em particular, com países em desenvolvimento.

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Seminário “As implicações na gestão da Norma ISO 9001:2015”

A Caminho Crítico e a WitheGold realizaram, no dia 20 de fevereiro, o seu Seminário Anual, este ano subordinado ao tema “As implicações na gestão da norma ISO 9001:2015”, no Auditório da Escola de Novas Tecnologias dos Açores. O referido seminário contou com a presença do Inspetor Regional das Atividades Económicas, Dr. Paulo Machado, que interveio com o tema “A gestão da qualidade e o planeamento estratégico”, referindo que a Inspeção Regional das Atividades Económicas possui como sua visão ser uma entidade de serviço público de referência, ao nível da Administração Regional e que para tal foi elaborado um Plano Estratégico para o período de 2015 a 2020, onde se podem consultar as diferentes diretrizes estratégicas para os referidos anos, no sentido do alcance da referida visão, não descurando a sua missão de “Assegurar o cumprimento de todas as normas que disciplinam o exercício das atividades económicas, nos setores alimentar e não alimentar”. Esteve ainda presente o Vice-presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Dr. Fernando Fernandes, com o tema “A gestão da qualidade e a reorganização dos serviços”, tendo este dado enfase à criação, por parte do referido Município, da loja do Munícipe, PDL-Total. Este seminário contou ainda com as presenças do Eng.º Ângelo Tavares, Consultor e Auditor, o qual veio mostrar “As implicações para a gestão da norma ISO 9001:2015” e da Dra. Andreia Martins em representação da empresa certificadora APCER.

Operação Safety Fly - ASAE, IRAE-Açores e IRAE-Madeira - Ação coordenada

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, a Inspeção

Regional das Atividades Económicas da Região Autónoma dos

Açores e a Inspeção Regional das Atividades Económicas da

Região Autónoma da Madeira, desencadearam no dia 12 de

fevereiro, a nível nacional no âmbito das suas competências de

fiscalização, ação inédita coordenada, designada Operação

Safety Fly, nos Aeroportos do continente e regiões autónomas,

designadamente Porto, Lisboa, Faro, S. Miguel, Terceira, Faial,

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Pico e Funchal, dirigidas aos estabelecimentos de comércio, de restauração e bebidas, catering e máquinas de

venda automática.

Como resultado das ações de fiscalização foram inspecionados 45 operadores económicos. Regista-se como

conclusão destas ações uma taxa de cumprimento de 95% demonstrando uma preocupação por parte dos

operadores económicos em garantir os requisitos legais obrigatórios, designadamente os relacionados com

os requisitos de higiene.

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CAPÍTULO II

Atividade Desenvolvida O ciclo de gestão iniciado a meados de 2011, com uma dinâmica completamente diferente, continuou ao longo dos anos 2012 - 2015. No entanto, em 2015, para continuarmos a cumprir com a nossa missão de “assegurar o cumprimento de todas as normas que disciplinam o exercício das atividades económicas, nos setores alimentar e não alimentar”, tendo sempre a visão de “ser um serviço de inspeção de referência ao nível da Administração Regional”, sentiu se a necessidade de estabelecer cinco objetivos estratégicos em vez de três:

1. Garantir que a organização atua de acordo com princípios de melhoria contínua. 2. Otimizar o binómio de qualidade versus quantidade na atividade Inspetiva (operações). 3. Melhorar a qualidade do serviço prestado, otimizando os recursos disponíveis 4. Potenciar o processo de comunicação na organização e na sociedade. 5. Desenvolver capacidades internas ao nível tecnológico, intelectual e operacional.

Assim a melhor maneira de expor a atividade desenvolvida na IRAE, ao longo de 2015, foi através dos seus objetivos operacionais. Os objetivos propostos para o ano 2015 foram ambiciosos, tendo sido estabelecidos sete, os quais se apresenta de seguida: Objetivo 1: Incrementar a fiscalização do cumprimento das normas relativas às atividades económicas e proteção da saúde pública. Objetivo 2: Reforçar o espetro de atuação pró-ativo da atividade inspetiva. Objetivo 3: Melhorar a eficácia e eficiência da instrução processual. Objetivo 4: Diminuir os custos de procedimentos administrativos. Objetivo 5: Otimizar resposta da IRAE aos processos de inspeção. Objetivo 6: Reduzir o número de processos devolvidos. Objetivo 7: Gestão pela Qualidade. De uma forma genérica, os objetivos foram quase todos superados, mas importa aprofundar um pouco mais estes indicadores, e perceber efetivamente, o alcance da atividade desenvolvida pela IRAE.

Objetivo 1 Incrementar a fiscalização do cumprimento das normas relativas às atividades económicas e proteção da saúde pública e inspeção aos estabelecimentos onde se proceda à venda e prestação de serviços de modo a garantir a concorrência leal entre agentes económicos e combater a economia paralela ou não registada.

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Em termos práticos este objetivo foi desagregado pelos subpontos a seguir apresentados. 1.1 Número total de ações inspetivas Em 2015, preconizava-se a execução de entre 3300 e 3500 ações inspetivas. Foi possível superar esta meta em quase 7%, fixando o número de ações executadas em 3736, a nível Açores. Aqui convém referir que a IRAE esteve presente nas nove ilhas da Região Autónoma dos Açores. Deste modo, apresenta-se o próximo quadro:

Atividade Operacional 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Visitas de inspeção 1688 1795 2375 3789 4193 3385 3736

No ano 2009 realizou-se 1688 ações inspetivas com 33 inspetores. Ao longo dos anos, temos vindo a assistir a um crescimento do número de ações inspetivas de forma consolidada, até o dobro das ações realizadas em 2009, com o agravamento de ter reduzido o corpo inspetivo de 33 inspetores para 23 inspetores, ou seja, menos 10 inspetores do que em 2009. Reforce-se que, estes indicadores apenas vêm demonstrar o contínuo aumento de produtividade que o corpo inspetivo vem apresentando, culminando efetivamente com um rácio anual de ações inspetivas por inspetor de 162, contra 51 em 2009, conforme se demonstra no quadro seguinte:

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Nº de Inspetores 33 29 25 28 23 21 23

Nº. inspeções por inspetor 51 62 95 135 182 161 162

De salientar que os inspetores trabalham em brigadas de dois elementos, assim cada brigada fez 324 inspeções em 2015.

1.2 - As origens dos alvos de fiscalização Os alvos de fiscalização têm várias origens, conforme se demonstra no quadro seguinte, onde também pode-se constatar o aumento de números relativamente ao ano anterior:

Origem das ações inspetivas 2011 2012 2013 2014 2015 Livro de reclamação 1512 1949 1335 1462 1497

Reclamação/denúncia direta 199 145 261 175 157

Reclamação/denúncia eletrónica 45 43 56 82 129

Reclamação/denúncia e-mail 23 26 32 47 118

Planos Operacionais 199 2908 1661 2312 2449

Economias Não Registadas 59 233 644 2028 2343

Ações conjuntas - 107 20 22 140

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Colheitas de amostras 49 115 127 173 117

RAPEX (Rapid Alert System for all dangerous consumer products)

1568 1960 2892 2907 2476

RASFF (Rapid Alert System for Food and Feed) 1923 1774 1002 1357 1573

a) Reclamações e denúncias O recebimento das Reclamações/denúncias apresentadas pelos consumidores, têm várias origens por

atividade económica, onde pode-se constatar o número elevado nos retalhistas, seguindo-se dos

estabelecimentos de restauração e bebidas, conforme se demonstra no quadro seguinte.

Origem das reclamações por atividade %

Comércio a retalho em supermercados e hipermercados 19.76

Estabelecimentos de Restauração e bebidas 19.39

Comércio a retalho de eletrodomésticos, em estabelecimentos especializados 19.24

Comércio a retalho de equipamento de telecomunicações, em estabelecimentos

especializados

8.62

Comércio a retalho de vestuário para adultos, em estabelecimentos especializados 8.02

Comércio, manutenção e reparação de veículos automóveis 6.24

Comércio por grosso de outras máquinas e equipamentos 5.72

Comércio a retalho de combustível para veículos a motor, em estabelecimentos

especializados

5.27

Comércio a retalho em outros estabelecimentos não especializados, com predominância de

produtos alimentares, bebidas ou tabaco

4.60

Indústria de Panificação 3.12

i) Livro de Reclamações Deverá merecer destaque o elevado número das reclamações chegadas à IRAE escritas no Livro de Reclamações. Tendo-se atingido, em 2015, o valor de 1497 reclamações apresentadas pelos consumidores. A dimensão destes números e a logística que o seu tratamento acarreta, têm implicado a necessidade de reequacionar a melhor gestão dos recursos humanos no sentido de proceder ao tratamento, análise e enquadramento legal de tais reclamações, quer na parte técnico-jurídica e administrativa, dando resposta atempada e célere a todos os consumidores que redigiram a sua reclamação, quer na vertente operacional,

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canalizando e otimizando a utilização dos recursos existentes para a realização das ações de averiguação, inspeção ou instrução que o esclarecimento das questões vertidas em tais reclamações necessariamente implica, colocando novos desafios à eficiência da gestão dos meios atualmente disponíveis na IRAE. O número de reclamações que chegam à IRAE, com origem no livro de reclamações, tem aumentado todos os anos conforme se demonstra no quadro seguinte:

De salientar que apenas 18,50% são convertidos em processo de averiguação por se tratar de uma infração a ser tratada por esta inspeção, sendo as remanescentes resultantes de atos relacionados com conflitos de consumo, agradecimentos ao serviço prestado e denúncias fora da competência da IRAE e que são encaminhados para as entidades competentes. ii) Reclamações/denúncias eletrónicas ou por e-mail Tem-se constatado um aumento exponencial no número de reclamações e denúncias apresentadas por via eletrónicas através de site da IRAE, e diretamente à IRAE através de e-mail da IRAE, conforme se demonstra no quadro seguinte:

Origem das ações inspetivas 2011 2012 2013 2014 2015 Reclamação/denúncia eletrónica 45 43 56 82 129

Reclamação/denúncia e-mail 23 26 32 47 118

b) Ações conjuntas Este ano contabilizou-se 140 ações conjuntas e em articulação com as outras entidades fiscalizadoras. O número efetivo poderá ser superior, porque existem ações contabilizadas em planos operacionais, que também contaram com a presença destas entidades. São as fiscalizações onde a PSP, a GNR e a Policia Marítima também nos acompanham e as ações que nos são pedidas por estas mesmas entidades, no âmbito das nossas competências de atuação. Contabilizam-se aqui também as ações conjuntas com a Autoridade de Saúde nos estabelecimentos da área alimentar, com a Inspeção Regional das Pescas, Inspeção Regional do Trabalho e com a Inspeção Regional do Turismo, nas suas respetivas áreas.

c) Sistemas de Alerta RAPEX e RASFF O RAPEX e o RASFF são sistemas geridos pela Comissão Europeia, respetivamente, para os produtos perigosos de natureza não alimentar e para os géneros alimentícios, bem como alimentos para animais. Convém aqui fazer notar que a IRAE prosseguiu em 2015, como em anos anteriores, as suas atividades enquanto ponto de contato no âmbito dos dois sistemas de alerta, intervindo no controlo do mercado regional quando necessário e com uma perspetiva muito pró-ativa em relação aos alertas que surgiam. Deste modo,

Livro de Reclamações 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Nº de reclamações 690 1216 1491 1512 1949 1335 1462 1497

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esta inspeção incrementou a atividade operacional relativamente a estes sistemas, em colaboração com a Direção Geral do Consumidor e a Direção Geral de Veterinária e Alimentação. O número de notificações de alerta que a IRAE recebeu, em 2015, e o número que deram origem a processo de averiguação, encontra-se no seguinte resumo:

2011 2012 2013 2014 2015 Nº notificações RAPEX 1568 1960 2892 2907 2476

Nº notificações RASFF 1923 1774 1002 1358 1573

TOTAL 3491 3734 3894 4265 4049

Nº RAPEX - -> P. AV 5 59 575 29 13

Nº RASFF - -> P.AV - 40 60 1 -

TOTAL 5 99 635 30 13

Durante o ano 2015 todas as notificações foram lidas e avaliadas, e deu-se prioridade as notificações com indicação de o produto encontrar-se na Região Autónoma dos Açores. Por este motivo, o número de processos de averiguações com origem numa notificação RASFF/RAPEX foi mais reduzido mas, entretanto, mais focado em produtos na RAA, e assim garantindo melhor a segurança do público consumido. Foram também desenvolvidos Planos Operacionais que cumpriam com o planeamento do National Market Surveillance Program, e que contemplavam os tipos de produtos que mais tinham originado alertas de RAPEX, assim tendo um efeito mais pró-ativo na segurança geral dos produtos. Programa Nacional de Fiscalização do Mercado Geral. O programa geral de fiscalização do mercado abarca todos os produtos cobertos por legislação comunitária de harmonização e segurança geral dos produtos. Com a publicação do Decreto-Lei nº 23/2011 de 11 de fevereiro, ficou assegurado a execução das obrigações decorrentes do Regulamento (CE) nº 765/2008 de 9 de julho, que estabelece os requisitos de acreditação e fiscalização do mercado relativos à comercialização de produtos. Esta legislação destina-se a assegurar que todos os produtos colocados ou disponibilizados no mercado comunitário cumpram requisitos legais, de modo a não apresentarem um risco para a saúde e segurança dos consumidores ou utilizadores. Em Portugal, a responsabilidade da fiscalização do mercado está atribuída a oito autoridades, sendo uma a IRAE. Assim, a IRAE teve de apresentar um planeamento de monitorização para o “ Market Surveillance Program”, que contempla as várias áreas que a IRAE pretende fiscalizar, para verificar o cumprimento da legislação em termos de segurança geral dos produtos. Este planeamento e fiscalização decorrem em paralelo às alertas Rapex, podendo resultar em contribuições para o mesmo sistema de alertas. O Sistema RAPEX

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O Sistema RAPEX, Sistema Comunitário de Troca Rápida de Informações, é um sistema de alerta cujo funcionamento, gerido pela Comissão Europeia, permite trocar informações entre vários países e a Comissão Europeia sobre produtos de consumo perigosos, não alimentares, que circulam no Espaço Económico Europeu.

Qual é o quadro legal subjacente ao Sistema RAPEX? O quadro legal do Sistema RAPEX foi estabelecido pela Diretiva 2001/95/CE, de 3 de dezembro que foi transposta para a ordem jurídica interna pelo Decreto-Lei n.º 69/2005, de 17 de março, relativo à segurança geral dos produtos.

Quais são as entidades intervenientes no Sistema RAPEX a nível do Espaço Económico Europeu? Para além da Comissão Europeia, atualmente participam no Sistema RAPEX todos os países da União Europeia e os da Associação Europeia do Comércio Livre (EFTA - European Free Trade Association), isto é, a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega.

Como funciona o Sistema RAPEX? O Sistema RAPEX funciona em rede, articulando os Estados Membros e a Comissão Europeia. Desta forma, sempre que um Estado Membro, da União Europeia, deteta um produto de consumo perigoso, não alimentar, alerta a Comissão Europeia que, por sua vez, e após comprovação do risco apresentado pelo produto em causa, envia esse alerta (em forma de notificação) a determinadas entidades existentes nos Estados Membros, ou seja, aos Pontos de Contato. Em Portugal, o Ponto de Contato é a Direção-Geral do Consumidor.

Funcionamento do Sistema RAPEX a nível nacional A Direção Geral do Consumidor (DGC), como ponto de contato nacional do Sistema RAPEX para os produtos perigosos, não alimentares, deve: - Notificar à Comissão Europeia as deliberações da Comissão de Segurança de Serviços e Bens de Consumo (CSSBC); - Notificar à Comissão Europeia as medidas adotadas pelas autoridades de controlo do mercado (medidas obrigatórias) e/ou pelos produtores/distribuidores (medidas voluntárias); - Receber as notificações enviadas pela Comissão Europeia, e transmiti-las às autoridades de controlo do mercado, de forma a permitir a sua atuação. Essas autoridades são:

- ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica); - AT (Autoridade Tributária e Aduaneira); - IMTT, I.P. (Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I.P.); - INFARMED, I.P. (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P.); - IPTM, I.P. (Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, I.P.); - IRAE Açores (Inspeção Regional das atividades Económicas da Região Autónoma dos Açores); - IRAE Madeira (Inspeção Regional das atividades Económicas da Região Autónoma da Madeira). - Informar a Comissão Europeia (através da emissão de uma reação) sobre as atuações das autoridades de controlo do mercado e/ou dos agentes económicos após tomarem conhecimento das notificações.

Onde podem ser consultadas as Notificações? A Comissão Europeia com vista a proporcionar informações acerca de produtos perigosos, não alimentares, que apresentem um risco grave para a sua saúde e segurança dos consumidores e das medidas tomadas a fim

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de evitar ou restringir a colocação desses produtos no mercado, disponibilizou as notificações numa “Base de Dados”, de consulta pública acessível em:

http://ec.europa.eu/consumers/dyna/rapex/rapex_archives_en.cfm

Exemplos de produtos, não alimentares, abrangidos pelo Sistema RAPEX (não estão incluídos neste Sistema os medicamentos e os dispositivos médicos)

- Artigos de Papelaria / Escritório - Artigos de puericultura / Equipamentos para crianças - Brinquedos - Cosméticos - Equipamento Elétrico - Equipamento de Iluminação - Equipamento de Proteção - Equipamento de Desporto/Lazer - Isqueiros - Imitações de Géneros Alimentícios - Máquinas - Mobiliário - Produtos Químicos - Veículos com motor e Acessórios - Vestuário, Têxteis e Acessórios

O Sistema RASFF

Não nos surpreende que os consumidores queiram garantias de que os alimentos que comem são seguros. A segurança dos géneros alimentícios e dos alimentos para animais é uma preocupação pública chave. A União Europeia possui um dos mais elevados padrões de segurança alimentar do mundo, em larga medida graças ao sólido acervo de legislação comunitária em vigor, o qual garante que os géneros alimentícios e os alimentos para animais são seguros para os consumidores. Um instrumento chave utilizado para reagir rapidamente a incidentes com géneros alimentícios ou alimentos para animais consiste no RASFF – o Sistema de Alerta Rápido para os Géneros Alimentícios e Alimentos para Animais (Rapid Alert System for Food and Feed). O RASFF permite uma partilha rápida e eficiente da informação entre a Comissão Europeia e as autoridades de controlo dos géneros alimentícios e dos alimentos para animais dos Estados-Membros e das organizações, sempre que é identificado um perigo para a saúde. Desta forma, os países podem agir rápida e coordenadamente, de forma a prevenir perigos ao nível da segurança alimentar, antes que estes possam causar prejuízos aos consumidores. Os 27 Estados-Membros da UE são também membros do RASFF, juntamente com a Comissão Europeia e a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA). A Islândia, o Liechtenstein e a Noruega são igualmente membros de pleno direito do RASFF.

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O sistema é composto por pontos de contacto em todos os países e organizações membros do RASFF, bem como na Comissão Europeia, os quais fazem intercâmbio de informações relativas a perigos para a saúde. O serviço funciona de forma permanente, de modo a garantir o envio, a receção e a resposta a notificações urgentes, no mais curto espaço de tempo possível. Quando um membro do RASFF possui alguma informação acerca de perigos graves no âmbito dos géneros alimentícios e dos alimentos para animais, este deve informar imediatamente a Comissão Europeia através do sistema RASFF. A Comissão Europeia informa imediatamente os outros membros, para que sejam tomadas as medidas necessárias. Nestas medidas pode incluir-se a retirada ou a recolha de um produto do mercado, para proteger a saúde dos consumidores. Toda a informação recebida pela Comissão é avaliada e reenviada para todos os membros do RASFF, através de um dos quatros tipos de notificação existentes. Quatro tipos de notificação: 1. As notificações de alerta são enviadas sempre que há géneros alimentícios ou alimentos para animais disponíveis para venda aos consumidores que representam grande perigo e sempre que é necessária uma ação rápida. 2. As notificações de informação são utilizadas na mesma situação, mas sem que os outros membros tenham de tomar uma ação rápida, por o produto não se encontrar no mercado ou por não se tratar de uma situação de grande perigo. 3. As rejeições fronteiriças dizem respeito ao envio de géneros alimentícios e de alimentos para animais que foram testados e rejeitados nas fronteiras externas da UE (e do EEE), sempre que tenha sido detetado um perigo para a saúde. 4. Quaisquer informações relativas à segurança dos géneros alimentícios e dos alimentos para animais que não tenham sido comunicadas como notificação de alerta ou de informação, mas que sejam consideradas interessantes para as autoridades de controlo, são transmitidas aos membros com o cabeçalho Notícias. Os membros tomam medidas dependendo do tipo de notificação e informam imediatamente a Comissão acerca das medidas tomadas. Uma medida possível consiste, por exemplo, em retirar ou recolher o produto do mercado. Além disso, as rejeições fronteiriças são transmitidas a todos os postos fronteiriços, ou seja, aos postos de todos os 27 Estados-Membros da UE, da Islândia, do Liechtenstein, da Noruega e da Suíça. Desta forma, pretende-se garantir que o produto rejeitado não volta a entrar na UE através de outro posto fronteiriço. Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA) O papel da AESA consiste em avaliar e comunicar os perigos ligados à cadeia alimentar. Emite opiniões e pareceres científicos de apoio às tomadas de decisão eficazes e atempadas pela Comissão Europeia e pelos Estados-Membros da UE, no que se refere a ações que devem ser levadas a cabo para garantir a proteção dos consumidores.

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Se for identificado um perigo num produto alimentício ou num alimento para animais oriundo ou exportado de um país não membro do RASFF, a Comissão Europeia informa o país em questão. Desta forma, pode tomar medidas corretivas e assim evitar que o mesmo problema volte a ocorrer. Pode, por exemplo, retirar uma empresa da lista de empresas aprovadas que estão em total conformidade com os critérios da legislação comunitária e que, portanto, estão autorizadas a exportar para a UE. Quando as garantias recebidas não são suficientes ou quando são necessárias medidas imediatas, pode ser decidida a tomada de medidas como a proibição da importação ou o controlo sistemático nas fronteiras da UE. COLABORAÇÃO INTERNACIONAL A Comissão Europeia e o RASFF trabalham ainda com o sistema de alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS), a chamada ‘Rede Internacional de Autoridades de Segurança Alimentar’ (INFOSAN). Esta rede é composta por pontos focais ou de contacto nacionais em mais de 160 países-membros, os quais recebem informações da OMS, sob a forma de notas da INFOSAN, acerca de questões relativas à segurança alimentar, e as divulgam a todos os ministérios relevantes no respetivo país. O RASFF trabalha com a INFOSAN e ambos partilham informações caso a caso. As principais áreas de inspeção são a área da qualidade e segurança alimentar e o combate aos ilícitos contra a economia. 1.3 - Qualidade e Segurança Alimentar São técnica e cientificamente conhecidos os riscos que a cadeia alimentar comporta no circuito comercial dos bens alimentares e a repercussão que os mesmos originam na saúde pública. Nos últimos anos tais riscos agravaram-se e passou-se a reconhecer a existência de uma ameaça terrorista genuína à cadeia alimentar global. As potenciais consequências devastadoras de ataques que utilizam agentes biológicos, químicas ou até nucleares – não apenas através da cadeia alimentar, mas também recorrendo a outras vias, já obrigaram a EU e o governo dos EUA a tomarem medidas de estudo e prevenção de eventuais ataques. Também as regras de higiene – a que estão sujeitos as fases de preparação, transformação, fabrico, embalamento, armazenagem, transporte, distribuição, manuseamento, venda e colocação dos géneros alimentícios à disposição do público consumidor -, têm sido uma prioridade da atuação da IRAE ao longo de muitos anos. Assim, a partir de 1 de janeiro de 2006, passou a ser diretamente aplicável na ordem jurídica interna o novo pacote legislativo referente à higiene dos géneros alimentícios, que compreende quatro regulamentos comunitários (Regulamentos nºs 852/2004, 853/2004, 854/2004 e 882/2004), que envolvem a revisão da legislação alimentar e consagram uma política global e integrada de todos os géneros alimentícios (de destacar o Decreto-Lei nº 113/2006, de 12 de Junho, que estabeleceu as regras de execução, na ordem jurídica nacional, dos Regulamentos (CE) números 852/2004 e 853/2004, relativos à higiene dos géneros alimentícios e à higiene dos géneros alimentícios de origem animal). Os regulamentos comunitários acima mencionados incluem, como metodologia, o HACCP – Análise dos Perigos e Pontos Críticos de Controlo, que constitui um sistema de segurança alimentar de natureza preventiva

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cuja eficiência e relação custo/benefício é bastante favorável, quando comparado com o sistema clássico de controlo que privilegia análises sistemáticos às matérias-primas e aos produtos finais. Assim, a sua implementação, para além de legalmente exigível, é de interesse para os diversos setores da atividade económica do ramo alimentar, desde o setor produtivo e transformador, passando pelo setor grossista, transporte e venda ao consumidor, assim como a manipulação dos alimentos, sempre tendo em vista a qualidade final dos produtos. Pelo exposto, justifica-se a opção desta área como uma das prioritárias no âmbito das iniciativas pró-ativas da IRAE, em matéria de visitas inspetivas. Reforça tal opção a importância que, na R.A.A., têm os setores industrial e comercial do leite e dos lacticínios, o das carnes e produtos à base de carne, do pescado fresco e congelado, e a área da restauração que é particularmente crítica, em termos de desvios da gestão dos riscos da cadeia alimentar, bem como a da produção de refeições pré-confecionadas. Assim, foram planeadas ações de fiscalização visando a verificação da implementação de HACCP (Hazard Analysis Critical Control Points) e das condições higio-sanitárias, nas diversas atividades de produção, transformação, transporte (terrestre e marítimo, inter-ilhas, designadamente dos registos das temperaturas dos produtos alimentares refrigerados e congelados), armazenagem, comércio e de prestação de serviços do ramo alimentar, inclusive restauração, catering, padarias, pastelarias, cantinas de creches, escolas, universidades e hospitais, indústrias agroalimentares de lacticínios, unidades industriais de fabrico de queijo fresco, de aperitivos, de alimentos confecionados congelados, inclusive de pescado, de transformação de carnes, conservas, compotas, matadouros e talhos. Foram também feitas colheitas de amostras para análise, de forma aleatória, em diversos produtos alimentares, frescos, embalados e confecionados, para controlo das suas características legais. 1.4 - Combate aos Ilícitos contra a Economia A IRAE desenvolveu também planos de ação inspetiva para a prevenção e combate aos ilícitos contra a economia, nomeadamente os previstos no Decreto-Lei nº 28/84, de 20 de janeiro, e demais legislação aplicável, que poderão incidir, entre outras, nas seguintes áreas de intervenção: - Restrição à venda e consumo de bebidas alcoólicas e cumprimento de regras em relação aos produtos do tabaco; - Artigos de puericultura, brinquedos, imitações perigosas e artigos de Carnaval; - Condições de segurança dos espaços de jogos e de recreio (parques infantis); - Licenciamento dos recintos itinerantes e improvisados; - Segurança geral dos produtos; - Segurança de equipamento elétrico de baixa tensão e de aparelhos a gás, onde existe etiquetagem indicando a eficiência e consumo energético; - Substâncias e preparações e preparações perigosas, produtos de lavagem, conservação e limpeza e produtos fitofarmacêuticos; - Fraude sobre mercadorias, contrafação, violação da propriedade industrial e/ou intelectual (direitos de ator e pirataria informática), açambarcamento e especulação; - Destruição de bens e matérias-primas e destruição de bens próprios com relevante interesse para a economia nacional; - Violação de normas sobre declarações relativas a inquéritos, manifestos, regimes de preços ou movimentos de empresas; - Falta de instrumentos de peso ou medida e de afixação de preços;

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- Existência de documentos irregular, atividades sujeitos a inscrição, registo, autorização ou verificação de requisitos e violação de regras para o exercício de atividades económicas; - Artefactos de metais preciosos; - Comercialização de produtos da pesca e aquicultura; - Livros de reclamação; - Rotulagem e embalamento dos géneros alimentícios; - Gestão de resíduos (embalagens de bebidas, equipamento elétrico, eletrónico e eletrodoméstico, pneus usados e veículos em fim de vida); - Vendas com redução de preços, saldos e liquidações; - Estabelecimentos que prestam serviços de bronzeamento artificial; - Sistema de informação ao consumidor sobre economia de combustível e emissões de dióxido de carbono (CO2) de automóveis; - Etiquetagem têxtil; - Práticas restritivas de leal concorrência; - Regras aplicáveis à receita, à requisição e vinhetas médico-veterinárias normalizadas e ao livro de registo de medicamentos de uso veterinário; - Agências funerárias; - Venda ambulante; - Publicidade na venda de automóveis ligeiros de passageiros e motociclos usados; - Obrigatoriedade de uso da língua portuguesa nas informações sobre a natureza, características e garantia de bens ou serviços; - Aluguer de veículos ligeiros de passageiros com condutor (táxis); - Comercialização de crustáceos e moluscos univalves em período de defeso; - Inscrição no cadastro comercial dos estabelecimentos; - Contratos à distância e equipamentos e vendas especiais esporádicas; - Modalidades afins dos jogos de fortuna e azar; - Economia não registada ou Paralela. 1.5 - Os alvos principais Os principais alvos das ações de fiscalização, em 2015, foram os retalhistas, seguidos pelo canal HORECA (hotelaria, restauração e bebidas) conforme se demonstra no quadro seguinte:

Alvos de inspeção 2011 2012 2013 2014 2015 Produtores 117 272 138 125 266

Grossistas 26 115 119 76 137

Retalhistas 1046 2041 2310 1449 1875

Grande Superfícies Comerciais 55 64 82 48 131

Hotéis e restauração e bebidas 437 610 615 1158 673

Venda Ambulante 55 202 154 112 67

Mercados 2 15 2 2 25

Outros 637 470 772 415 562

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1.6 – Número total de ações inspetivas no âmbito da Economia não Registada ou Paralela Também fazendo parte do objetivo nº 1 foram as ENR, ou seja, as Economias não Registadas. A economia não registada ou economia paralela é o conjunto de atividades económicas que, embora realizadas no território nacional, não se refletem no produto oficial do respetivo país, não tem qualquer correspondência na contabilidade nacional, nem entra na quantificação do produto interno bruto, desviando do circuito oficial da economia uma parte dos bens que produzem, com a intenção clara de não pagar nem impostos, nem contribuições para a Segurança Social, nem os salários constantes da lei (salário mínimo), nem respeitando os Instrumentos de Regulamentação Coletiva de Trabalho (salários contratuais, subsídios de férias e de natal, indemnizações, etc.), constituindo tal prática, para além de uma forma de concorrência desleal, um meio para aumentar os lucros de forma ilegal, com prejuízo para a economia nacional, equidade fiscal e lesão dos diretos de trabalhadores. Estas operações podem ter quatro origens: atividade económica não declarada, por razões fiscais; atividades económicas ilegais, porque os bens e serviços produzidos são contra a lei ou porque os seus produtores não estão autorizados; atividades informais, não proibidas por lei, mas não declaradas, como as situações de duplo emprego e atividades cuja produção é para uso próprio, autoconsumo. Em 2015, tal como em 2014, o combate às economias não registadas foi umas das prioridades do Governo Regional. Assim foi preconizado a execução de entre 1300 e 1400 ações inspetivas no âmbito da Economia não Registada. Foi possível superar esta meta em 167%, fixando o número de ações executadas em 2343, a nível da Região Autónoma dos Açores, o que revela a determinação em relação a este tema. Aqui convém referir que a IRAE esteve presente nas nove ilhas dos Açores.

ENR S. Miguel

Terceira Faial Pico S. Jorge Flores/Corvo S. Maria Graciosa

2012 77 42 25 10 16 15 26 22

2013 720 229 290 299 139 57 52 45

2014 751 361 342 300 98 45 77 54

2015 695 609 366 314 157 59 73 70

Os setores de atividade alvo de intervenção no decorrer deste ano foram estabelecimentos de restauração, retalhistas, armazenistas, cabeleireiras, esteticistas, indústrias alimentares, diversos serviços, produtores, hotéis, oficinas de reparação auto, postos de combustíveis e construção civil. 1. 7 – Colheitas de amostras Em 2015, tal como no ano 2014, manteve-se o número de colheitas de amostras a fazer parte do objetivo número 1, contribuindo para o número de ações inspetivas. Após uns anos com um reduzido número de colheitas de amostras, isto foi alterado no ano 2011 com 49 colheitas de amostras, em 2012 com 115 colheitas de amostras, em 2013 com 127 colheitas de amostras, em

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2014, com 172 colheitas, e em 2015 com 117 colheitas, tendo sido superado o número estabelecido no objetivo, que foi de 110 colheitas. Não tendo sido possível efetuar mais colheitas em 2015 por motivos orçamentais, porque este tipo de procedimento acarreta custos significativos e que têm de ser devidamente direcionados. Facto é que a atividade prevista foi toda concretizada e superado o número estabelecido no objetivo, que foi de 110 colheitas. Aqui refira-se ainda que, têm sido envidados esforços de cooperação com a ASAE e com a DRDA (Direção Regional do Desenvolvimento Agrário), no sentido de cooperamos na execução deste tipo de trabalho, para efetuamos trabalhos complementares e não trabalhos sobrepostos. As colheitas de 2015 incidiram sobre: Queijo: 31 amostras – todas cumprem com os requisitos legais A vigilância microbiológica dos alimentos prontos a comer corresponde a uma área de grande interesse em saúde pública, tendo por objetivo assegurar a inocuidade e a salubridade dos alimentos e atuar na prevenção de doenças de origem alimentar. Óleo: 2 amostras – todas cumprem com os requisitos legais A utilização incorreta das gorduras e óleos comestíveis na fritura de géneros alimentícios é suscetível de criar perigo para a saúde do consumidor (Decreto-Lei nº 240/94 de 22 de Setembro). Quando submetidas a uma utilização prolongada a temperaturas elevadas, as gorduras e óleos vão sofrendo alterações das suas características e natureza, degradando-se quimicamente, podendo resultar na formação de inibidores enzimáticos, destruidores de vitaminas, produtos lipídicos oxidados, irritantes gastrointestinais e/ou potencialmente mutagénicos. Produtos prontos para consumo: 64 amostras – 31 amostras apresentam resultados não satisfatórios Uma das áreas mais sensíveis da segurança alimentar é a da comida pronta a comer. Este tipo de comida é considerada de “alto risco” uma vez que não sofre qualquer tratamento térmico antes de ser consumido. Ao todo foram feitas 64 colheitas e 31 amostras não apresentaram qualidade microbiológica satisfatória. Uvas/Vinho – Programa comunitário: 5 amostras – todas cumprem com os requisitos legais BEDI- Programa comunitário: O programa comunitário tem como objetivo a constituição de um banco de dados dos resultados das análises isotópicos dos produtos do setor vitivinícola, visando dessa forma garantir um melhor controlo do seu enriquecimento, a deteção da adição de água e também contribuir para a verificação de conformidade com as origens indicadas em termos de designações. Este suporte informático, tem por finalidade, contribuir para a harmonização das interpretações dos resultados obtidos pelos laboratórios oficiais dos diferentes Estados- membros, através da aplicação dos métodos de análise de referência previstos. Zaragatoas a superfícies e equipamentos: 3 amostras – todas cumprem com os requisitos legais As zaragatoas são esfregaços de superfícies, tal como bancadas de elaboração ou mãos dos manipuladores de alimentos. Os resultados são indicadores de o nível de higiene e das boas práticas de fabrico.

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Carne, leite, legumes, frutas e tubérculos - radioatividade: 10 amostras – os resultados tem sido sempre conformes A vigilância radiológica do ambiente em Portugal é umas das obrigações legais do Instituto Tecnológico e Nuclear (ITN), e dá cumprimento às recomendações estipuladas no artigo 35º do Tratado EURATOM. O objetivo destes programas consiste na determinação de radionuclídeos artificiais e naturais em compartimentos ambientais, atmosférico, aquático e terreste, considerados vias diretas de contaminação para o Homem. A IRAE tem colaborado com o Instituto Tecnológico e Nuclear, Unidade de Proteção e Segurança Radiológica no Programa de Monitorização Radiológica Ambiental há vários anos. Duas vezes por ano é enviado amostras de frutas, legumes, peixe, carne e leite regional para o Instituto analisar em termos da contaminação radiológica. Assim é avaliada a dose de radiação gama ambiental, ou seja, detetores passivos, nos Açores. As conclusões dos resultados indicam que os teores de radioatividade determinados são baixos e situam-se dentro da gama dos valores obtidos em anos anteriores. Em geral, a população portuguesa residente não esteve exposta a níveis de radioatividade significante, do que o do fundo radioativo natural. Vinho Cheiro/falsificação: 1 amostra – cumpre com os requisitos legais Frutos Secos: 1 amostra – cumpre com os requisitos legais Tabela dos resultados das colheitas de amostras

Produto analisado Parâmetro analisado Resultados conformes

Resultados não conformes

Produtos prontos para consumo Micro-organismos 35 31

Carne, leite, legumes, frutas e tubérculos

Radiologia 10 0

Queijo Salmonela e Listéria 31 0

Óleo Compostos polares 2 0

Uvas/Vinho Programa Comunitário – BEDI

5 0

Zaragatoas a superfícies e equipamentos

Análise Bacteriana 3 0

Vinho de Cheiro Falsificação (água) 1 0

Frutos Secos Micro-organismos 1 0

Objetivo 2 Reforçar o espetro de atuação pró-ativo da atividade inspetiva da IRAE através do Planeamento Operacional, incidindo prioritariamente sobre as áreas de proteção da saúde pública, de segurança dos bens de consumo, dos grupos etários mais vulneráveis e ainda sobre nova e mais recente legislação. Aqui houve uma incidência comum a todos os planos e que se relaciona com a temática da economia paralela.

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Em 2015, preconizava-se a execução de entre 18 e 20 planos operacionais e de colheitas de amostras. Foi possível superar esta meta em 55%, fixando o número de planos executados em 31, composto por 28 planos operacionais e 3 planos de colheitas de amostras. Os planos operacionais têm sido cada vez mais importantes na atuação da IRAE, tendo um papel pró-ativo e mais pedagógico, aproximando assim a Inspeção aos operadores económicos e ao público em geral.

2013 2014 2015

Total nº de inspeções 4193 3385 3736

Nº inspeções com origem em Planos Operacionais 1661 2312 2449

Percentagem de PO 40% 68% 66%

Em termos globais podem verificar que a percentagem de ações de inspeção, resultado dos planos operacionais é bastante notável. Em 2015, 66% das ações inspetivas foram resultado de um plano operacional, do que resulta a postura pró-ativa na condução da sua atividade operacional. 2.1 - Os Planos Operacionais 2015 PO 1 /2015 – Economia Não Registada e Padarias Este plano operacional teve como objetivo a fiscalização do cumprimento das disposições legais sobre preparação, confeção e venda de géneros alimentícios nas padarias, e ainda sobre o controlo integrado de roedores, sobre o livro de reclamações, tabaco, afixação de preços e combater práticas de incumprimento fiscal que prejudicam os interesses da maioria dos contribuintes que cumpre as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

S. Miguel 32 18

Terceira 12 4

Faial 6 1

Pico 5 0

Total 54 23

PO 2/2015 – Economia Não Registada e Saldos e Promoções Este plano operacional teve como objetivo a fiscalização do cumprimento das disposições legais sobre vendas em saldo e promoções, e ainda sobre o livro de reclamações, tabaco, afixação de preços e combater práticas

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de incumprimento fiscal que prejudicam os interesses da maioria dos contribuintes que cumpre as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

S. Miguel 64 22

Terceira 43 1

Faial 39 0

Pico 34 0

S. Jorge 2 0

Total 182 23

PO 3/2015 – Colheitas de Amostras de Queijo e Produtos de Carne Prontos a Comer Este plano operacional teve como objetivo a vigilância microbiológica dos alimentos prontos a comer, que corresponde a uma área de grande interesse em saúde pública, assegurando a inocuidade e a salubridade dos alimentos e atuando na prevenção de doenças de origem alimentar.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

Terceira 11 0

Total 11 0

PO 4/2015 – Economia Não Registada e Saldos e Promoções

Este plano operacional teve como objetivo a fiscalização do cumprimento das disposições legais sobre vendas em saldo e promoções, e ainda sobre o livro de reclamações, tabaco, afixação de preços e combater práticas de incumprimento fiscal que prejudicam os interesses da maioria dos contribuintes que cumpre as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

Terceira 3 0

Faial 1 0

Total 4 0

PO 5/2015 – Economias Não Registadas e Marcação CE – Utilização indevida Este plano operacional teve como objetivo a fiscalização do cumprimento das disposições legais relativas à marcação indevida em produtos da “marcação CE”, e combater práticas de incumprimento fiscal que

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prejudicam os interesses da maioria dos contribuintes que cumpre as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

S. Miguel 48 4

Terceira 47 4

São Jorge 49 1

Pico 21 0

Faial 36 1

Total 201 10

PO 6/2015 – Economia Não Registada e Comércio e Restauração nos Aeroportos – Ação Conjunta com a ASAE Este plano operacional teve como objetivo a fiscalização do cumprimento das disposições legais do comércio e venda de produtos, e ainda sobre a preparação, confeção e venda de géneros alimentícios nos estabelecimentos de restauração e bebidas, e ainda sobre o controlo integrado de roedores, sobre o livro de reclamações, tabaco, afixação de preços e combater práticas de incumprimento fiscal que prejudicam os interesses da maioria dos contribuintes que cumpre as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

S. Miguel 24 0

Terceira 15 0

Pico 1 0

Faial 5 0

Total 45 0

PO 7/2015 – Economia Não Registada e Comercialização de Fruta e Produtos Hortícolas Este plano operacional teve como objetivo a fiscalização do cumprimento das disposições legais sobre a venda das frutas e produtos hortícolas no comércio retalhista e grossista, e combater práticas de incumprimento fiscal que prejudicam os interesses da maioria dos contribuintes que cumprem as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

S. Miguel 70 7

Terceira 48 1

São Jorge 30 0

28

Pico 7 0

Faial 20 0

Total 175 8

PO 8/2015 – Economia Não Registada – S. Maria, Graciosa, Flores e Corvo

Este plano operacional teve como objetivo a fiscalização do cumprimento das disposições legais, que incluem, o controlo integrado de roedores, tabaco, afixação de preços, e combater práticas de incumprimento fiscal que prejudicam os interesses da maioria dos contribuintes que cumprem as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

S. Maria 15 0

Graciosa 34 5

Flores 16 0

Total 65 5

PO 9/2015 – Economia Não Registada e Plásticos em contato com alimentos

Este plano operacional teve como objetivo a fiscalização do cumprimento das disposições legais sobre os plásticos em contato com os alimentos na área da restauração, do comércio grossista e retalhista, que embala alimentos, e das indústrias, e combater práticas de incumprimento fiscal que prejudicam os interesses da maioria dos contribuintes que cumprem as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

S. Miguel 45 0

Terceira 48 0

Faial 46 0

Pico 12 0

Flores 1 0

Total 152 0

PO 10/2015 – Economia Não Registada e Têxteis Este plano operacional teve como objetivo a fiscalização do cumprimento das disposições legais relativas às denominações das fibras têxteis e à correspondente etiquetagem, e marcação da composição das fibras dos produtos têxteis, e combater práticas de incumprimento fiscal que prejudicam os interesses da maioria dos

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contribuintes que cumprem as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

S. Miguel 21 0

Terceira 17 1

Pico 15 0

São Jorge 2 0

Faial 13 1

Total 68 2

PO 11/2015 – Economias Não Registadas - Produtos Fitofarmacêuticos (Ação Conjunta com a ASAE)

Este plano operacional teve como objetivo a fiscalização do cumprimento das normas a que devem obedecer a distribuição e a comercialização de produtos fitofarmacêuticos para uso profissional, e ainda sobre o livro de reclamações, tabaco, afixação de preços e combater práticas de incumprimento fiscal que prejudicam os interesses da maioria dos contribuintes que cumprem as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

S. Miguel 15 0

Terceira 10 0

Faial 4 0

Pico 7 0

Total 36 0

PO 12/2015 – Economia Não Registada e Indústrias agroalimentares Este plano operacional teve como objetivo a fiscalização do cumprimento das disposições legais nas indústrias agroalimentares e combater práticas de incumprimento fiscal que prejudicam os interesses da maioria dos contribuintes que cumprem as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral.

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Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

S. Miguel 19 2

Terceira 28 1

Faial 9 0

Pico 9 0

Total 65 3

PO 13/2015 – Economia Não Registada e Festas do Senhor Santo Cristo – S. Miguel Este Plano Operacional, que contou com a colaboração da Polícia de Segurança Pública, teve como objetivo a fiscalização do cumprimento das disposições legais sobre confeção e venda dos géneros alimentícios e dos outros artigos à venda durante as festas do Senhor Santo Cristo, e combater práticas de incumprimento fiscal que prejudicam os interesses da maioria dos contribuintes que cumpre as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

S. Miguel 82 1

Total 82 1

PO 14/2015 – Controlo de venda de bebidas a menores Este plano teve como objetivo a inspeção dos locais onde pode haver menores a comprar e a consumir bebidas alcoólicas e fiscalizar a existência dos dísticos da lei do tabaco e afixação dos preços. Este plano contou com a colaboração da PSP.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

S. Miguel 15 0

Total 15 0

PO 15/2015 – Economia Não Registada e Marcação CE nos Produtos de Construção dos Açores Este Plano Operacional teve como objetivo a fiscalização do cumprimento das disposições legais, relativas à marcação CE em produtos de construção fabricados nos Açores, e combater práticas de incumprimento fiscal que prejudicam os interesses da maioria dos contribuintes que cumprem as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral.

31

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

Terceira 25 5

Faial 17 0

Pico 31 14

Flores 1 0

São Jorge 12 0

Total 86 19

PO 16/2015 – Economia Não Registada e Metais não preciosos A Lei n.º 54/2012, de 6 de setembro veio definir os meios de prevenção e combate ao furto e de recetação de metais não preciosos com valor comercial e prevê mecanismos adicionais e de reforço no âmbito da fiscalização da atividade de gestão de resíduos pelas forças e serviços de segurança e pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE). Assim este plano teve como objetivo intervir nos operadores económicos, com o propósito de prevenir e combater o furto e recetação de metais não preciosos com valor comercial, e combater práticas de incumprimento fiscal que prejudicam os interesses da maioria dos contribuintes que cumprem as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral. Este Plano Operacional contou com a colaboração da Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública e Polícia Judiciária.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

Terceira 5 1

S. Miguel 3 0

Faial 1 0

Flores 1 0

Total 10 1

PO 17/2015 – Espaços de jogo e recreio/Parques infantis Nos mesmos moldes de anos anteriores, sem prejuízo das ações de fiscalização realizadas na sequência de queixas ou reclamações, a IRAE promoveu uma fiscalização a todos os espaços de jogos e recreio localizados na área da sua circunscrição ou competência.

32

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

S. Miguel 17 30

Terceira 7 3

Faial 1 0

Pico 3 0

S. Jorge 2 0

Total 30 33

PO 18/2015 – Economia Não Registada e Festas de Sanjoaninas Terceira Este Plano Operacional teve como objetivo a fiscalização do cumprimento das disposições legais relativas à venda de produtos alimentares e não alimentares durante as festas municipais, e combater práticas de incumprimento fiscal que prejudicam os interesses da maioria dos contribuintes que cumprem as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

Terceira 26 12

Total 26 12

PO 19/2015 – Controlo de venda de bebidas a menores Este plano teve como objetivo a inspeção dos locais onde pode haver menores a comprar e a consumir bebidas alcoólicas e fiscalizar a existência dos dísticos da lei do tabaco e afixação dos preços. Este plano contou com a colaboração da PSP.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

S. Miguel 78 0

Terceira 29 0

Pico 15 0

Faial 8 0

Total 130 0

33

PO 20/2015 – Economias Não Registadas e Restauração e bebidas nas zonas balneárias, praias e piscinas

Este Plano Operacional, que foi uma ação conjunta com a Polícia Marítima, teve como objetivo a fiscalização do cumprimento das disposições legais sobre preparação, confeção e venda de géneros alimentícios nos estabelecimentos de restauração e bebidas, e ainda sobre o controlo integrado de roedores, sobre o livro de reclamações, tabaco, afixação de preços e combater práticas de incumprimento fiscal que prejudicam os interesses da maioria dos contribuintes que cumprem as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

S. Miguel 12 5

Terceira 17 4

São Jorge 8 0

Pico 27 0

Faial 17 0

Flores 4 0

Total 85 9

PO 21/2015 – Economias Não Registadas e Festas Triângulo Este Plano Operacional teve como objetivo a fiscalização do cumprimento das disposições legais relativas à venda de produtos alimentares e não alimentares durante as festas municipais, e combater práticas de incumprimento fiscal que prejudicam os interesses da maioria dos contribuintes que cumprem as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

S. Jorge 34 0

Pico 107 0

Faial 31 0

Total 172 0

PO 22/2015 – Economia Não Registada – S. Maria, Graciosa, Flores e Corvo Este Plano Operacional teve como objetivo a fiscalização do cumprimento das disposições legais, que incluem, o controlo integrado de roedores, tabaco e afixação de preços para os alvos a fiscalizar, e combater práticas de incumprimento fiscal que prejudicam os interesses da maioria dos contribuintes que cumprem as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral.

34

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

S. Maria 31 18

Graciosa 29 2

Flores 27 0

Corvo 4 0

Total 91 20

PO 23/2015 – Economia Não Registada e Restauração Este plano operacional teve como objetivo a fiscalização do cumprimento das disposições legais sobre preparação, confeção e venda de géneros alimentícios nos estabelecimentos de restauração e bebidas ainda sobre o controlo integrado de roedores, e sobre o livro de reclamações, tabaco, afixação de preços e combater práticas de incumprimento fiscal que prejudicam os interesses da maioria dos contribuintes que cumprem as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

Terceira 30 4

Faial 34 0

Pico 8 0

Total 72 4

PO 24/2015 – Economia Não Registada e Preços, Saldos, Promoções e Ações Enganosas Este plano operacional teve como objetivo a fiscalização do cumprimento das disposições legais sobre a afixação de preços, as vendas em saldo e promoções e as ações enganosas, e combater práticas de incumprimento fiscal que prejudicam os interesses da maioria dos contribuintes que cumprem as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

S. Miguel 24 0

Terceira 50 0

Faial 28 0

Pico 23 0

Total 125 0

PO 25/2015 – Economia Não Registada e Grossistas – Cash & Carry

Este plano operacional teve como objetivo a fiscalização do cumprimento das disposições legais sobre o

comércio por grosso (Cash & Carry), o controlo integrado de roedores, o livro de reclamações, tabaco, afixação de preços e combate às práticas de incumprimento fiscal que prejudicam os interesses dos

35

contribuintes que cumprem as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

S. Miguel 8 1

Terceira 2 0

Faial 6 0

Total 16 1

PO 26/2015 – Colheitas de amostras Uvas Verdelho e Arinto

BEDI- Programa comunitário: O programa comunitário tem como objetivo a constituição de um banco de dados dos resultados das análises isotópicos dos produtos do setor vitivinícola, visando dessa forma garantir um melhor controlo do seu enriquecimento, a deteção da adição de água e também contribuir para a verificação de conformidade com as origens indicadas em termos de designações. Este suporte informático, tem por finalidade, contribuir para a harmonização das interpretações dos resultados obtidos pelos laboratórios oficiais dos diferentes Estados-membros, através da aplicação dos métodos de análise de referência previstos.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

Terceira 1 0

Pico 1 0

Total 2 0

PO 27/2015 – Economia Não Registada e Venda com Prejuízo Este plano operacional teve como objetivo a fiscalização do cumprimento das disposições legais sobre a venda com prejuízo, e combater práticas de incumprimento fiscal que prejudicam os interesses da maioria dos contribuintes que cumprem as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

S. Miguel 19 0

Terceira 30 1

Faial 23 0

Total 72 1

36

PO 28/2015 – Economia Não Registada e Licenciamento Zero

O regime do livre acesso e exercício de atividades económicas na Região Autónoma dos Açores veio permitir uma redução de encargos administrativos por via da eliminação de licenças, autorizações, vistorias e condicionamentos prévios para certas atividades, nomeadamente as inseridas nos setores do comércio, serviços, armazenagem e restauração e bebidas. Este veio simplificar o regime de exercício das atividades comerciais, disponibilizando toda a informação relevante para o exercício de diversos tipos de comércio e reduzir ou eliminar uma forte carga burocrática, permitindo aos operadores económicos iniciarem a sua atividade mais rapidamente, além de conseguir reduzir, mais uma vez, os custos de contexto da iniciativa privada, para que os empreendedores açorianos possam garantir novas dinâmicas de investimento. Este Plano Operacional, no sentido de apurar a veracidade das declarações emitidas, pressupõe a fiscalização do cumprimento de algumas regras estabelecidas no regime de acesso e exercício de atividades económicas na Região Autónoma dos Açores, nomeadamente o cumprimento do regime de autorização prévia, as meras comunicações prévias, assim como falsas declarações na emissão da mera comunicação prévia.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

S. Miguel 31 3

Terceira 56 6

Faial 17 0

Pico 9 0

Total 113 9

PO 29/2015 – Restauração Unidades Hospitalares e Restauração Lares - Ação conjunta com a ASAE

Este plano operacional teve como objetivo a fiscalização do cumprimento das disposições legais sobre preparação, confeção e venda de géneros alimentícios nas unidades hospitalares e nos lares e ainda sobre o controlo integrado de roedores, sobre o tabaco, afixação de preço e a venda e consumo de bebidas alcoólicas.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

S. Miguel 21 0

Terceira 14 4

Faial 5 0

Pico 2 0

Total 42 4

PO 30/2015 – Colheita de amostras de sandes e prontos a comer

Este Plano Operacional teve como objetivo a vigilância microbiológica dos alimentos prontos a comer corresponde a uma área de grande interesse em saúde pública, tendo por objetivo assegurar a inocuidade e a salubridade dos alimentos e atuar na prevenção de doenças de origem alimentar.

37

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

Terceira 40 0

Total 40 0

PO 31/2015 – Economia Não Registada e Marcação CE – utilização indevida Fiscalização do cumprimento das disposições legais, relativo à marcação CE indevida em produtos, e combater práticas de incumprimento fiscal que prejudicam os interesses da maioria dos contribuintes que cumpre as suas obrigações fiscais, distorcendo a concorrência no sector em que se inserem e na economia em geral.

Ilha Nº inspeções Nº irregularidades

São Miguel 77 0

Terceira 105 0

Total 182 0

2.2 Os Planos de Colheita de Amostras

PCA nº 1/2015 - Colheitas de Amostras de Queijo e Produtos de Carne Prontos a Comer – 11 inspeções A vigilância microbiológica dos alimentos prontos a comer, que corresponde a uma área de grande interesse em saúde pública, tendo por objetivo assegurar a inocuidade e a salubridade dos alimentos e atuar na prevenção de doenças de origem alimentar.

PCA nº 2/2015 - Uvas/Vinho – Programa comunitário - 2 inspeções BEDI- Programa comunitário: O programa comunitário tem como objetivo a constituição de um banco de dados dos resultados das análises isotópicos dos produtos do setor vitivinícola, visando dessa forma garantir um melhor controlo do seu enriquecimento, a deteção da adição de água e também contribuir para a verificação de conformidade com as origens indicadas em termos de designações. Este suporte informático, tem por finalidade, contribuir para a harmonização das interpretações dos resultados obtidos pelos laboratórios oficiais dos diferentes Estados- membros, através da aplicação dos métodos de análise de referência previstos.

PCA nº 3/2015 - Sandes - 40 inspeções

38

A vigilância microbiológica dos alimentos prontos a comer corresponde a uma área de grande interesse em saúde pública, tendo por objetivo assegurar a inocuidade e a salubridade dos alimentos e atuar na prevenção de doenças de origem alimentar.

2.3 Os resultados globais dos Planos

Resultados globais dos Planos 2015

Plano Nº de inspeções Nº de irregularidades

PO 1 ENR e Padarias 54 23

PO 2 ENR e Saldos e Promoções 182 23

PO 3 Colheitas de Amostras de Queijo e Produtos de Carne Prontos a Comer

11 0

PO 4 ENR e Saldos e Promoções 4 0

PO 5 ENR e Marcação CE – Utilização indevida 201 10

PO 6 ENR e Comércio e Restauração nos Aeroportos 45 0

PO 7 ENR e Comercialização de Fruta e Produtos Hortícolas

175 8

PO 8 ENR – S. Maria, Graciosa, Flores e Corvo 65 5

PO 9 ENR e Plásticos em contacto com alimentos 152 0

PO 10 ENR e Têxteis 69 2

PO 11 ENR – Produtos Fitofarmacêuticos 36 0

PO 12 ENR e Indústrias Agroalimentares 65 3

PO 13 ENR e Festas do Senhor Santo Cristo 82 1

PO 14 Controlo de venda de bebidas a menores 15 0

PO 15 ENR e Marcação CE nos Produtos de Construção dos Açores

86 19

PO 16 ENR e Metais não preciosos 10 1

PO 17 Espaços de jogo e recreio/Parques infantis 30 33

PO 18 e Festas de Sanjoaninas Terceira 26 12

PO 19 Controlo de venda de bebidas a menores 130 0

PO 20 ENR e Restauração e bebidas nas zonas balneárias, praias e piscinas

85 9

PO 21 ENR e Festas Triângulo 172 0

PO 22 ENR – S. Maria, Graciosa, Flores e Corvo 91 20

PO 23 ENR e Restauração 72 4

PO 24 ENR e Preços, Saldos, Promoções e Ações Enganosas

125 0

PO 25 ENR e Grossistas – Cash & Carry 16 1

PO 26 Colheitas de amostras Uvas Verdelho e Arinto 2 0

PO 27 ENR e Venda com Prejuízo 72 1

PO 28 ENR e Licenciamento Zero 113 9

PO 29 Restauração Unidades Hospitalares e Restauração Lares

42 4

39

PO 30 ENR e Colheita de amostras de sandes e prontos a comer

40 0

PO 31 ENR e Marcação CE 182 0

TOTAL 2449 188

Foram inspecionados 2397 estabelecimentos no âmbito dos planos operacionais (os 2449 visitas de inspeção incluem as reinspecções). Verifica-se que dos estabelecimentos inspecionados, 134 encontravam-se com irregularidades, ou seja, quase 6% dos estabelecimentos tinham irregularidades. Das 188 irregularidades detetadas, 23% foram relacionados com a implementação do HACCP (plano de segurança alimentar). Comparando estes valores com os valores de ano anterior, verifica-se que o número de estabelecimentos com irregularidades baixou para metade. Em 2014, foram inspecionados 1314 estabelecimentos no âmbito dos planos operacionais e 193 encontravam-se com irregularidades, ou seja 15% dos estabelecimentos tinham irregularidades.

Objetivo 3 Melhorar a eficácia da instrução processual – Melhorar a qualidade e a celeridade da instrução processual dos processos de averiguação e de contraordenação, onde se define prazos de atuação do corpo inspetivo e se procura eliminar erros processuais. Este objetivo tem responsabilizado os inspetores em tratar os processos com mais celeridade e através dos prazos dar a conhecer aos dirigentes a eficácia do serviço. Foi subdividido em dois indicadores, nomeadamente em prazos dos processos de averiguação e em prazos dos processos de contraordenação.

3.1 Os Processo de averiguação

Os processos de averiguação tem origem nas reclamações enviadas pelos operadores económicos e com origem nos livros de reclamações, das queixas e denúncias efetuadas diretamente nas instalações da IRAE, nas queixas e denúncias através de site da Inspeção e por e-mail diretamente à IRAE. Todas estas reclamações e denúncias são avaliadas e, quando for da competência da IRAE, é aberto processo de averiguação que é distribuído para um inspetor para averiguar. Tal procedimento envolve sempre uma ação de inspeção ao local e todas as diligências necessárias ao cabal esclarecimento da situação denunciada. a) Número de Processo de Averiguação Houve uma diminuição de números de processos de averiguação abertos em 2015, relativamente ao ano 2014, conforme demonstra o quadro seguinte:

2010 2011 2012 2013 2014 2015 Número de Processos de averiguação registados 498 462 680 990 624 604

40

b) Os motivos que originam os processos de averiguação Quanto aos motivos que originam os processos de averiguação, a falta de implementação do sistema HACCP destacou-se no ano 2015, ficando a economia não registada, em segundo lugar, conforme se demonstra no quadro seguinte:

Origem Averiguações 2011 2012 2013

2014 2015

453 680 990 624 604

Incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene (HACCP) 115

Economia Não Registada 0 2 103 78 92

Irregularidades na afixação de preços 48 38 39 45 58

Incumprimento de garantia 52 102 94 59 57

Falta de informação ao utente no preenchimento de folha de reclamação 0 60 63 69 45

Falta de envio do original da folha de reclamação no prazo de 10 dias úteis 0 27 49 26 37

Falta de apresentação imediata do Livro de Reclamações 0 5 19 26 29

Práticas Comerciais Desleais 8 26 36 19 15

Produtos fora do prazo de validade 0 5 10 7 14 Fornecimento de produtos que não cumprem a obrigação geral de segurança 13

Falta de comunicação prévia 13 2 3 6 12

Falta de requisitos em géneros alimentícios 0 5 5 19 11

Vendas especiais Esporádicas 0 15 12 11 10

Vendas com redução de preço – Promoções e saldos 15 9

Irregularidades na rotulagem 10 7 14 11 8

Infrações à Lei do Tabaco 15 8 11 9 8

Falta de entrega do duplicado da folha de reclamação ao utente 0 5 2 4 8

Vendas abaixo do preço do custo 0 3 8 6 7

Incumprimento das normas de comercialização dos ovos 4 6

Falta de Livro de Reclamações 17 4 7 3 5

Fuga à lota 3 1 5

Falta de HACCP 3 3 11 99 4

Falta de autorização para o exercício da atividade de venda de produtos fitofarmacêuticos 0 2 10 6

4

Especulação 0 2 7 3 4

Venda de bebidas alcoólicas a menores 5 3 3 4 3

Declaração voluntária - Isenção de responsabilidade 5 3 5 4 2

Venda de tabaco a menores 2 2

Falta de licenciamento 58 55 14 18 2

Fraude sobre mercadorias 5 3 1

Violação do regime de venda ambulante 3 3 1

41

Presumível contrafação 2 -

Sistema Rasff Alert 0 40 36 1 -

Comercialização de metais não preciosos 2 -

Falta de segurança em equipamento de espaço de jogos e recreio 2 -

Imitações perigosos - rede de alerta da Comissão de Segurança 21 59 257 29 -

Outros 51 36 28 28 17

c) Prazos dos processos de averiguação Compete ao instrutor (inspetor) do processo a organização do seu tempo para que sejam cumpridos os prazos estipulados para cada tipo de processo. Este ano, tal como o ano passado, foi estipulado que a média simples do prazo dos processos de averiguação não podia ultrapassar os 5 meses de instrução, enquanto em anos anteriores era estipulado que não mais de 10% dos processos conclusos podiam ultrapassar os 5 meses de instrução. Em 2015, 604 processos de averiguação foram distribuídos pelos inspetores, sendo a média simples do prazo destes processos 72 dias. Deste modo, cumprimos, mais uma vez, o objetivo de melhorar a eficácia da instrução processual, relativamente aos processos de averiguação. Estas melhorias resultaram da implementação de uma nova plataforma informática na gestão de processos da IRAE.

2011 2012 2013 2014 2015

S. Miguel 55% 26% 15% 62 dias 92 dias

Terceira 16% 2% 1% 49 dias 31 dias

Faial 60% 3% 0 30 dias 23 dias

S. Jorge 0% 0% 0 69 dias -

Pico 34% 19% 7% 25 dias 44 dias

TOTAL 46% 20% 9% 47 dias 72 dias

Assim considera-se que houve um esforço muito grande por parte dos inspetores, só possível com muita dedicação e profissionalismo no trabalho.

3.2– Os Processos de Contraordenação

Após as diligências necessárias, alguns processos de averiguação são arquivados por não se registar qualquer infração, sendo que os restantes dão origem a processos de contraordenação, a juntar aos processos que foram instaurados pela IRAE, resultantes de autos de notícia levantados por esta e autos levantados por outras entidades fiscalizadoras, entre as quais destaca-se a PSP e a GNR.

a) Número de processos de contraordenação

42

O número de processos de contraordenação abertos por ano nos últimos 5 anos tem rondado os 300 processos, conforme demonstra o quadro seguinte:

2010 2011 2012 2013 2014 2015 Número de Processos de contraordenação registados

750 330 390 253 250 285

b) Origem de processo de contraordenação

Quanto aos motivos que originam os processos de contraordenação, o incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene, destacou-se no ano 2015, ficando o envio de reclamação fora de prazo em segundo lugar seguido pelo incumprimento do direito de reparação/garantia dentro do prazo, conforme demonstra o quadro seguinte:

Origem Contraordenações 2011 2012 2013 2014 2015

Incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene 33

Envio de reclamação fora do prazo 24 21 2 14 28

Incumprimento do direito de reparação/garantia dentro do prazo 10 17 16 6 26

Falta de implementação do sistema HACCP 41 50 17 34 20

Irregularidades na implementação do sistema HACCP 15

Falta declaração prévia 10 0 10 22 15

Falta de livro de reclamações 13 12 5 7 17

Irregularidades de afixação de preços 33 12 25 12 12

Falta de informação ao utente para o correto preenchimento de folha de reclamação

0 10 7 6 12

Incumprimento do regulamento das condições higiotécnicas do transporte e comércio do pão e produtos afins

4 11

Falta de entrega do duplicado da folha de reclamação ao reclamante 3 8

Falta de disponibilização imediata do livro de reclamações 0 14 22 17

10

Irregularidade na rotulagem 8 0 4 13 12

Utilização indevida da marcação CE 10

Falta de letreiro, com a informação “Este estabelecimento dispõe de Livro de Reclamações

8

Falta de plano de controlo de roedores 8

Género alimentício com falta de requisitos 9 65 62 10 8

Vendas com redução de preço 7

Irregularidades na venda ambulante 1 0 1 4 6

Práticas comerciais desleais 15 5 8 1 6

Ausência de avisos na venda de bebidas alcoólicas a menores 13 8 3 1 6

Falta de afixação de dístico de aviso à proibição de fumar 13 0 5 10 3

Data de validade ultrapassada em produtos alimentares 2 2 2 4 3

Violação da proibição de fumar 6 3

Falta de autorização para a venda de produtos fitofarmacêuticos 2 2

Falta de envio de original de folha de reclamação 34 21 7 22 1

Venda de bebidas a menores 5 4 1 1 1

Falta de prestação de informações obrigatórias na venda de automóveis ligeiros de passageiros usados

12

1

Irregularidades na comercialização de produtos fitofarmacêuticos 2

Venda de tabaco a menores 2 1 1

43

Falta de sistema de ventilação por processo indireto em viatura de distribuição de pão

3

Falta de licenciamento 3 5 3 2

Publicidade ao Tabaco 6 0 3 3

Falta de envio de duplicado de folha de reclamação 3 3

Ação enganosa 2 2

Outros 16 16 17 17 7

TOTAL 294 280 253 250 285

c) Prazos dos processos de contraordenação Para 2015, como já estabelecido o ano passado, foi estipulado que a média simples do prazo dos processos de contraordenação não podiam ultrapassar os 3 meses na sua instrução, enquanto nos anos anteriores era estipulado que não mais de 10% dos processos conclusos podiam ultrapassar os 3 meses na instrução. Em 2015, foram distribuídos 285 processos de contraordenação pelos inspetores, sendo a média simples do prazo destes processos 61 dias. Deste modo, cumprimos, mais uma vez, o objetivo de melhorar a eficácia da instrução processual relativamente ao prazo dos processos de contraordenação.

Ilha 2011 2012 2013 2014 2015

S. Miguel 40% 25% 28% 57 dias 64 dias

Terceira 32% 7% 2% 37 dias 59 dias

Faial 48% 7% 3% 33 dias 34 dias

S. Jorge 33% 0% 0% 37 dias 0

Pico 55% 45% 7% 32 dias 27 dias

TOTAL 41% 21% 19% 39 dias 61 dias

d) A aplicação de coimas

Após a instrução dos processos de contraordenação, estes estão sujeitos a uma decisão. Estas competências visam exercer as funções legais de apreciar, decidir e sancionar os ilícitos contraordenacionais, no âmbito das competências da IRAE. Ao longo de 2015, continuou-se a efetuar um esforço de recuperação para a redução de processos pendentes por falta de decisão. Com a introdução de uma nova plataforma informática, a execução de decisões ficou mais facilitada. À IRAE cabe sancionar as práticas ilícitas dos direitos de consumidores, quando as mesmas conduzem ao cometimento de infrações que são objeto de auto de notícia ou de um processo de contraordenação. Esta repressão é feita de acordo com os limites legais em vigor e de acordo com as suas competências. Deste modo, foram decididos processos de contraordenação, em 2015, onde se destacam as seguintes infrações:

o Género alimentício com falta de requisitos

44

o Incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene o Irregularidades de afixação de preços o Falta de disponibilização imediata do livro de reclamações o Falta de prestação de informações obrigatórias na venda de automóveis ligeiros de

passageiros usados o Não implementação do sistema HACCP o Falta declaração prévia o Falta de envio de original de folha de reclamação o Falta de afixação de dístico de aviso à proibição de fumar o Irregularidades na rotulagem o Envio de reclamação fora do prazo o Incumprimento de garantia

Relativamente à atividade e movimento processual de 2015, relativamente ao sancionamento de infrações, apresenta-se o seguinte quadro:

Movimento Processual 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Processos transitados de anos anteriores - 240 426 134 378 373 146

Processos decididos 592 490 464 453 380 478 299

Processos pendentes 185 211 291 412 251 34 85

Processos devolvidos para novas diligências

120 118 17 10 7 57 20

Processos enviados a Tribunal para execução

49 51 105 29 12 28 17

Processos com recurso da decisão (impugnação)

35 17 21 19 6 2 10

Registe-se com agrado a redução dos processos transitados de anos anteriores, o que traduz o enorme esforço efetuado por esta IRAE.

1. A evolução do movimento de receitas oriundas da aplicação de coimas verifica-se no quadro seguinte:

Movimento Receitas 2012 2013 2014 2015

Coimas aplicadas 100.706,37 23.394,52 60.891,4 66.234,44

Custas aplicadas 29.937,00 3.672,00 18.768,00 19.227,00

Coimas recebidas 123.777,71 24.719,05 37.322,73 41.171,79

Custas recebidas 28.094,50 3.825,00 12.799,39 17.467,50

Os valores indicados dizem respeito às sanções aplicadas, que nem sempre corresponde aos valores pagos, pois há operadores económicos arguidos e sancionados, que entretanto deixam de existir ou são considerados insolventes ou até mesmo estão a proceder ao pagamento fracionado da coima. Os valores atuais das coimas revertem integralmente aos cofres da Região Autónoma do Açores.

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3.3 - Processos de Inquérito

a) Número de processos de inquérito.

Refira-se ainda que foram instaurados 23 processos-crime, de diversas origens conforme pode constatar

Géneros alimentícios corruptos ou avariados…... 11 Especulação………………………………………………………. 6 Fraude sobre mercadorias…………………………………. 1 Crime por desobediência ………………………………….. 1 Abate clandestino……………………………………………… 1 Contrafação ……………………………………………………… 1 Detenção e crime de espécie protegida ……………. 1 Falsificação ……………………………………………………….. 1

De entre os processos de contraordenação e processos-crime, contamos com 75 (24,35%) processos relacionados com infrações no âmbito da saúde pública e com 233 (75%) processos relacionados com infrações no âmbito da economia. Esta tendência tem-se verificado também em anos anteriores. Objetivo 4 Diminuir os custos de procedimentos administrativos – Diminuir os custos administrativos da gestão processual e da componente estatística da atividade, eliminando atividades pouco produtivas. Para isso desenvolver um portal de gestão processual com ligação ao software de gestão documental. 4. – Consolidação do GestIRAE, em parceria com a DROPC – 50% da aplicação a funcionar A gestão processual e estatística nesta Inspeção Regional é de uma importância vital. Nos tempos atuais já dispomos de bastante informação, mas considerou-se necessário que esta poderia ser produzida de uma forma mais integrada e numa relação custo vs. benefício superior à atual. Para o efeito foi efetuado um diagnóstico e chegou-se à conclusão da necessidade de desenvolvimento de um portal informático que congregasse as diversas aplicações, bases de dados e informações dispersas numa única plataforma, daí ter surgido este objetivo. Ao longo do ano de 2013, foram efetuados diversos levantamentos operacionais da plataforma desejada e foi designada a equipa de desenvolvimento, a qual pertence à Direção Regional de Obras Públicas, Tecnologia e Comunicações, onde foram efetuadas as primeiras reuniões de trabalho de definição do modelo pretendido. Em janeiro de 2015 entrou em produção o aplicativo informático designado por GestIRAE e que integra toda a gestão operacional, processual e estatística da IRAE. O objetivo foi superado, com 99% da aplicação a funcionar em 2015.

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Objetivo 5 Otimizar a resposta da IRAE aos processos de inspeção – Melhorar a qualidade e a celeridade na elaboração de autos de notícias, com um prazo bem definido. Melhorar a qualidade e a celeridade na elaboração das decisões dos processos de contraordenação, com o objetivo de diminuir a perceção de morosidade por parte do operador económico. 5.1 – Número médio de dias para a elaboração de auto de notícia Este objetivo fez com que os inspetores organizassem o seu trabalho e tratassem de levantar os autos de notícia, logo a seguir à constatação da infração. Em todas as ilhas superaram o objetivo, com nº médio de dias para levantar um auto, inferior a 14 dias, menos em S. Miguel, onde não foi possível atingir o parâmetro estipulado para o objetivo, conforme pode constatar na seguinte tabela:

Ilha Nº de autos Nº médio de dias para elaboração de auto de notícia

S. Miguel 114 23 dias

Terceira 23 11 dias

Faial 16 13 dias

Pico 9 6 dias

Total 162 19 dias

Esta diferencia de resultados nas diversas ilhas tem a ver com a carga de trabalho que houve nos inspetores de S. Miguel, e em algum nível de absentismo existente nesta ilha em 2015, que tiveram uma média de autos de notícia para levantar de 14 por inspetor, comparado com a Terceira que tem uma média de 4 autos, conforme pode constatar na seguinte tabela:

Ilha Nº de autos Nº de inspetores Nº médio de autos de notícia por inspetor

S. Miguel 114 8 14 autos de noticia por inspetor

Terceira 23 6 4 autos de noticia por inspetor

Faial 16 3 5 autos de noticia por inspetor

Pico 9 1 9 autos de noticia por inspetor

Tendo isto em consideração, estes resultados mostram o esforço incessante de todo o corpo inspetivo. Objetivo 6 Reduzir o número de processos devolvidos – Melhorar a qualidade e a celeridade da instrução processual dos processos de contraordenação, através da redução do número de processos devolvidos à instrução por deficiência ou irregularidades na instrução.

Movimento processual 2011 2012 2013 2014 2015

Processos devolvidos para novas diligências 17 10 7 57 20

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Em 2015, registou-se o facto da instrução processual ter melhorado substancialmente uma vez que passou a ter apenas 20 processos devolvidos por deficiência de instrução, o que é uma melhoria significativa relativamente ao ano anterior e traduz em somente 5% dos processos remitidos para instrução serem devolvidos por deficiências de instrução. O objetivo que tinha uma meta de inferior a 10% dos processos devolvidos por deficiência de instrução para superar foi claramente superado. Objetivo 7 Gestão pela Qualidade – Importa manter o sistema de gestão implementado e certificado na IRAE, no seu “melhor estado da arte”, sendo necessário cumprir com as métricas definidas no âmbito deste sistema e integrá-lo no âmbito da avaliação de desempenho

7 – Gestão pela Qualidade, Segurança no Trabalho e Plano de Riscos e Perigos de Corrupção A Inspeção Regional das Atividades Económicas (IRAE) prossegue o cumprimento do seu Plano Estratégico iniciado em 2012-2014, tendo conseguido a obtenção da certificação do seu Sistema de Gestão pelos padrões internacionais previstos na norma NP EN ISO 9001:2008. Esta distinção foi atribuída pela APCER, no final do mês de setembro de 2012, e já renovada neste ano de 2015, tratando-se de uma iniciativa inédita a nível nacional, por parte de um serviço inspetivo autónomo. Assim prosseguindo com o cumprimento do seu Plano Estratégico de 2015-2020 e superando o objetivo, com um resultado de 88%. Para cumprir cada vez melhor a sua missão e para melhor credibilizar a atuação da Inspeção, de acordo com os seus valores de compromisso, credibilidade, independência e imparcialidade, foi implementado um sistema de gestão assente nos princípios de uma direção profissional, nunca descurando a sua missão pública de salvaguardar os direitos dos consumidores e garantir a lealdade concorrencial entre operadores económicos. Deste modo, fica a garantia de padronização de atuação e de procedimentos, por parte deste serviço inspetivo, no âmbito das suas competências na Região Autónoma dos Açores. Foi um grande desafio para a modernização dos serviços da IRAE, que só foi possível alcançar perante os contributos dos seus colaboradores, dos seus parceiros, dos consumidores e operadores económicos. Anualmente é realizada a revisão pela gestão, com o objetivo de avaliar diferentes temas, nomeadamente, resultados das auditorias, o retorno da informação do cliente, o desempenho dos processos, o estado das ações corretivas e preventivas, o seguimento de ações resultantes de anteriores revisões, alterações que possam afetar o SGQ, recomendações para melhoria e a Política da Qualidade. No ano de 2015 fez uma reunião intercalar, sendo que no início de 2016, foi feita uma nova reunião para avaliação do ciclo de gestão de 2015 tendo por base um ano completoi de atividade, sitiiuação que até à data não se tinha verificado. Desta reunião, saíram algumas linhas orientadoras à gestão e que visam o princípio da melhoria contínua, conforme se pode observar nos seguintes quadros:

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Renovação da certificação ISO 9001:2008 A Inspeção Regional das Atividades Económicas foi auditada pela APCER, entidade certificadora do Sistema pela Qualidade de parâmetros considerados normais. Não foi registada qualquer ocorrência durante a auditoria, nem foi detetada nenhuma não conformidade, o que naturalmente agradou os responsáveis deste serviço inspetivo e representa a consolidação de aposta que foi efetuada nesta área. A procura da melhoria continua, em tudo o que é feito na Inspeção Regional das Atividades Económicas, passou a fazer parte do dia-a-dia dos colaboradores desta entidade. Em 2015, alcançou-se nos objetivos do Sistema de Gestão pela Qualidade uma pontuação não inferior a 80%. Este objetivo foi superado com um valor de 88%.

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Implementação do Sistema de Gestão pela Segurança no Trabalho Ao longo de 2015 continuou-se o trabalho que a Inspeção Regional das Atividades Económicas, iniciou em 2014 com a implementação do Sistema de Gestão pela Segurança no Trabalho de acordo com os requisitos das normas OSHAS 18001/NP 4397, integrando o mesmo com o já existente Sistema de Gestão da Qualidade, principiando o processo com a implementação de procedimentos de segurança e com a realização de várias ações de sensibilização com todos os colaboradores. O objetivo desta IRAE será no futuro vir a ter o seu sistema reconhecido por uma entidade exterior à semelhança do que aconteceu com o Sistema de Gestão da Qualidade. A implementação de um sistema desta natureza na IRAE pode trazer várias vantagens, nomeadamente, melhores condições de trabalho, diminuição de riscos de acidentes e de doenças profissionais, custos reduzidos (indemnizações, seguros, prejuízos de acidentes de trabalho, perda de dias de trabalho), melhoria da imagem do serviço, compromisso de cumprimento da legislação e motivação dos trabalhadores com a promoção de um ambiente de trabalho seguro e saudável. Plano de Prevenção de Riscos e Perigos de Corrupção A Recomendação n.º 1/2009, de 01 de julho, do Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC), publicada no Diário da República, 2ª Série, n.º 140, de 22 de julho de 2009, estabelece que os órgãos máximos das entidades gestoras de dinheiros, valores ou patrimónios devem dispor de planos de gestão de riscos de corrupção e infrações conexas. Os Planos de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas visam fundamentalmente identificar as situações potenciadoras de riscos de corrupção e/ou de infrações conexas, elencar medidas preventivas e corretivas que minimizem a probabilidade de ocorrência do risco e definir a metodologia de adoção e monitorização das medidas elencadas, identificando os respetivos responsáveis. A IRAE cumpre com a referida Recomendação n.º 1/2009, do Conselho de Prevenção da Corrupção, através da qual todos os organismos públicos são instados a elaborar Plano de Prevenção de Riscos e Perigos de Corrupção, bem como relatórios anuais sobre a execução dos mesmos. Este plano constitui para a IRAE, mais do que o cumprimento de uma obrigação, o desenvolvimento de um instrumento de gestão de grande utilidade para este serviço, uma vez que para além dos riscos comuns a qualquer entidade pública, designadamente os associados às áreas administrativas e logísticas de base, a IRAE, pelas suas atribuições e competências específicas, tem que encarar como riscos de corrupção também os de natureza específica decorrentes da própria atividade. São objetivos deste Plano: 1. Identificação de critérios de riscos; 2. Estabelecimento de medidas para prevenir a ocorrência destes; e 3. Elaboração anual de um relatório sobre a execução do plano. Em 2015, as matérias abordas no âmbito deste plano, fizeram parte integrante quer dos procedimentos, instruções de trabalho e planos operacionais que decorreram no seio deste serviço inspetivo.

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O documento original sofreu alterações que já estavam previstas com o ajustamento da matriz de risco e a classificação das medidas a tomar. Considera-se que este documento já reflete sobremaneira a gestão de risco efetuada na IRAE. O documento encontra-se publicado no sítio desta IRAE. É intenção que em 2016 seja introduzido uma nova vertente neste âmbito, que deriva da nova versão da ISO 9001 do ano de 2015, e que se relaciona com a capacidade previsional do risco operacional na concretização das atividades planeadas.

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Capítulo III

Recursos Humanos A Inspeção Regional das Atividades Económicas, apresentou no final de 2015, a seguinte estrutura hierárquica:

A IRAE disponha de 37 elementos, dos quais 26 são inspetores técnicos e superiores. O quadro diretivo é composto por um Inspetor Regional, um Diretor de Serviços e um Chefe de Divisão. O remanescente do quadro, resulta de uma estrutura central, disponível na sede e que garante toda a parte administrativa dos procedimentos a adotar. Embora tenha a sua sede em Ponta Delgada, a IRAE mantém quatro serviços de ilha, sendo que São Miguel e Terceira, possuem um coordenador próprio, enquanto a ilha do Pico é coordenado pela delegação de Faial. Convém aqui fazer menção do importantíssimo trabalho que é desempenhado pelos coordenadores de ilha. Eles são o elo de ligação entre o corpo inspetivo e os dirigentes. Os coordenadores são responsáveis pela organização e coordenação das brigadas, pela distribuição dos processos, pela elaboração de relatórios relativamente aos resultados dos planos operacionais e pela monitorização contínua dos inspetores para verificar o cumprimento dos objetivos do sistema de avaliação, SIADAPRA, para além das responsabilidades atribuídas da carreira. Quanto ao corpo inspetivo, a situação é bastante deficitária – não só porque é constante o aumento das atribuições legais cometidas ao serviço mas também porque, em resultado da sua estrutura etária envelhecida, as aposentações, na IRAE, não têm sido compensadas pelo ingresso de novos inspetores. É, por isso, urgente promover uma política de rejuvenescimento e requalificação dos quadros inspetivos da IRAE, pois um bom inspetor leva anos a formar, com a agravante da situação criada pela crescente vastidão e complexidade das áreas onde terá de atuar. Neste momento, estão a decorrer concursos para o ingresso de dois inspetores superiores. Estes procedimentos de recrutamento devem estar conclusos durante o primeiro semestre de 2016.

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Capítulo IV Recursos Materiais A IRAE dispõe de serviços de ilha onde existe um corpo inspetivo, nas ilhas de S. Miguel, Terceira, Faial e Pico. Na ilha de S. Miguel, para além de estar presente o corpo inspetivo mais representativo, bem como toda a estrutura de coordenação, existe um núcleo administrativo centralizado para processamento administrativo de todo o funcionamento da IRAE, o que permite uma gestão de processos muito mais eficaz e eficiente. Nos serviços de ilha indicados, a inspeção detém viaturas próprias para transporte das brigadas e execução das ações inspetivas. A IRAE, no âmbito do desempenho das suas funções conta com um conjunto de recursos humanos e materiais não afetos a esta entidade, mas que são muito relevantes para o alcance dos objetivos propostos. Estes recursos surgem das relações especiais de parceria que existe entre a IRAE e a: PSP, a GNR, a Polícia Marítima e as diversas Inspeções do Governo Regional. Através destas relações de cooperação, conseguimos obter recursos humanos, que possibilitam aumentar a nossa capacidade inspetiva, através da criação de equipas multidisciplinares, com especial destaque nas ilhas onde não estamos presentes, nomeadamente, Santa Maria, Graciosa, São Jorge, Flores e Corvo. Isso possibilita ainda as reinspecções e acompanhamentos que por vezes são necessários aos operadores económicos e que pelo facto da IRAE não estar fisicamente naquele espaço, sem essa colaboração, tal não seria possível. Destaque ainda para os recursos materiais, que estas entidades colocam à nossa disposição para o desempenho das ações inspetivas, que vão desde o veículo de transporte, que pode ser um carro ou até mesmo uma lancha (transporte marítimo) e às instalações e equipamentos, para apoio à operação ou até ao alojamento do próprio Inspetor.

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Capítulo V Recursos Financeiros A IRAE está dependente do Gabinete da Vice-Presidência, Emprego e Competitividade Empresarial, em termos de gestão orçamental, embora faça o seu próprio controlo orçamental. Deste modo e para o ano 2015, estava previsto uma dotação inicial de €1.311.055,00, dos quais foram executados 94,84%, a que corresponde uma verba de € 1.243.448,20. Em relação aos investimentos previstos, foram totalmente executados, no valor de €10.000,00, sendo de

realçar as despesas na renovação do parque informático, equipamento de proteção individual e equipamento

administrativo e do corpo inspetivo.

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CONCLUSÕES Nunca é demais realçar a importância da Segurança Alimentar para a saúde pública e o importante papel que a IRAE tem nesta área. Não só em termos de inspeções e fiscalizações de todas as atividades do ramo alimentar mas também com as colheitas de amostras de diversos alimentos, onde se demonstra que é um setor que continua a necessitar de muita atuação de IRAE, porque só assim podemos dar alguma garantia de segurança alimentar na defesa da saúde pública. Deve-se igualmente realçar a importância crescente que a participação do cidadão consumidor tem na ação inspetiva e fiscalização da IRAE, através das reclamações redigidas no respetivo Livro de Reclamações, como forma de traduzir a sua insatisfação com o serviço prestado ou para denunciar a prática de condutas ilícitas por parte dos respetivos operadores económicos, ou ainda solicitar a prestação de um esclarecimento quanto à aplicação da lei à situação ou caso concreto objeto da reclamação. De notar que, a par da atividade inspetiva, a IRAE mantém, igualmente:

a) Atividade processual: i) Instrução dos processos de natureza criminal

- recolha de prova - constituição de arguidos - remessa a tribunal e audiências de julgamento

ii) Instrução de natureza contraordenacional - audição e defesa dos arguidos - inquirição de testemunhas - decisão sobre a coima a aplicar

b) Atividade de formação e informação - dos inspetores estagiários - dos inspetores nas respetivas carreiras - operadores económicos

c) Atividades de pendor técnico-administrativo - concursos internos e externos

Uma última nota para evidenciar que em 2015, se manteve a cooperação com outras autoridades policiais e fiscalizadoras – principalmente com a Polícia de Segurança Pública e a Guarda Nacional Republicana. Porém há de registar ainda, como entidades participantes de infrações da competência da IRAE, as seguintes: o Ministério Público, a Polícia Judiciária, a Polícia Marítima, a Direção Regional de Desenvolvimento Agrário, a Direção Regional de Apoio ao Investimento e Competitividade, a Inspeção Regional do Trabalho, a Inspeção Regional do Ambiente, a Inspeção Regional do Turismo, a Inspeção Regional das Pescas, a Inspeção Regional das Atividades Culturais, o Instituto Desenvolvimento Social dos Açores, a quem a IRAE agradece, desde já, toda a colaboração prestada. Para terminar, deixo uma nota de agradecimento a todos os funcionários desta Inspeção, porque sem eles tudo o que aqui se encontra descrito, não seria possível de concretizar.

Ponta Delgada, 18 de março de 2016

Paulo Machado

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Inspeção Regional das Atividades Económicas

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9500-088 Ponta Delgada - São Miguel - Açores

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