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FACULDADE ANHANGUERA CURSO: DIREITO DIREITO PROCESSUAL PENAL – 5º SEMESTRE A T P S – ETAPAS 3 E 4 Professor: Eduardo Pasqua Giselda Cassimiro Chagas RA 1099267847 Jefter Carlos Florencio RA 1061997796 Karina Morais Correia RA 1041946294 Marcela Ramos RA 9293677828 Mário Medina RA 1053007693 Juliana Vieira RA 5208960242

Atps de Processual Penal - Etapas 3 e 4 - 6º Semestre

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FACULDADE ANHANGUERACURSO: DIREITODIREITO PROCESSUALPENAL – 5º SEMESTREA T P S – ETAPAS 3 E 4 Professor: Edurdo Ps!uG"se#d Css"$"ro C%&s RA '())*+,-4,.ef/er Cr#os F#ore01"o RA '(+')),,)+ 2r"0 Mor"s Corre" RA '(4')4+*)4 Mr1e# R$os RA )*)3+,,-*- Mr"o Med"0 RA '(53((,+)3 .u#"0 "e"r RA 5*(-)+(*4* 0ess Pere"r d S"# RA (-*,+3+ .u0"or Mr"s/e# D6se.UNDIA7 – NOEM8RO – *('*ETAPA – 3 – PESQUISA JURISPRUDENCIAL – AÇÃO PENAL EMENTA Nº 1 - PRISÃO PREVENTIVAHABEAS CORPUS: HC 41570 PROCED. : SÃO PAULORELATOR (A): MINISTRO FELIX FISCHER (1109)ÓRÃO !ULADOR: T5 " #UINTA TURMAIMPETRANTE: EMERSON FL$%IO ARCIA DOS SANTOS E OUTROIMPETRADODESEMBARADOR SEUNDO %ICE PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE !USTI&A DO ESTADO DE SÃO PAULOPACIENTE: RUBIA ANDR'IA DA%IS (PRESA)DATA DO !ULAMENTO: 009*005Ementa:PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ART. 14 DA LEI .+,7 E ART. 1-INCISOS I E %II DA LEI N.- 9.1+9,. INOBSER%/NCIA DO RITO PROCEDIMENTALPRE%ISTO NA LEI N- 10.409*00*. AUSNCIA DE DEMONSTRA&ÃO DO EFETI%OPRE!U2O. PRISÃO PRE%ENTI%A. FUNDAMENTA&ÃO.ARANTIA DA ORDEM P3BLICA. CON%ENINCIA DA INSTRU&ÃO CRIMINAL.APLICA&ÃO DA LEI PENAL. NECESSIDADE DA CUSTÓDIA DEMONSTRADA.EXCESSO DE PRA2O. RA2OABILIDADE. IDENTIDADE DE SITUA&ES COM CO"R'. INOCORRNCIA. ORDEM DENEADA.I " A 68;? @ ;>@6 ?8>@ 6 ?;. +, @? L 6- 10.4090* ?6@ @ ;>?6 @ ?G 6? > 8 J ? ;K>? @ @ ;?;?G @ ?G @ ;;@ @?? ? ; @ ;;6 6? J>. (P;>@6).II. D6;?6@  ?Q;?@ @ ;?  ? >;>6=6>? >6>;? 6?@;? @?@>;?G @? ; ;??; ;? @ @>6>? 6? 6@?6?G (P;>@6).III. O ;? ?;? ? >6> @? 6;G >;6? 6 J ?8 ??  ;;;QK?;@?@ @ >? >6>;. (P;>@6).I% " A 6Q?;@?@ @? >??  > > ? @ 1+0 (>6  ;6?) ;J 6>@?@ @ @G @ >?;? ;>?;? ;6? ;?K?@? ? @;? 6?;?G @? >? @ @ ? ???; ; ;?  ?Q?@ >6;?6Q6 Q?.(P;>@6).% " N ?";>? 6;  >";J 6 >?8 ? ; @ ?;. 5,0 @ CPP @;; @@ @ 6 @ 86> 8@ ;  @ ? ? ?;??; @>;?@?. (P;>@6).O;@ @6Q?@?.D!t"#na: O8;?: LQ?G P6? E>?  @. ?? . 1*4.A;: A?6@; @ M;?  ?6? PQQ S?6.C#ta$%:"Oferecida a denúncia, o juiz, em 24 (vinte e quatro) horas,ordenará a citação do acusado para responder  acusação, por escrito, no prazo de ! dias, contado da da juntada domandato aos autos ou da primeira pu#$icação do edita$ decitação, e desi%nará dia e hora para o interro%at&rio, que se rea$izará dentro de ' (trinta) dias se%uintes, se o ruestiver so$to, ou em  (cinco) dias, se preso*+EMENTA Nº & - NULIDADE - ST'J'P'E

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FACULDADE ANHANGUERA

CURSO: DIREITO

DIREITO PROCESSUAL PENAL 5 SEMESTRE

A T P S ETAPAS 3 E 4

Professor: Eduardo PasquaGiselda Cassimiro Chagas RA 1099267847 Jefter Carlos Florencio RA 1061997796 Karina Morais Correia RA 1041946294

Marcela Ramos RA 9293677828 Mrio Medina RA 1053007693

Juliana Vieira RA 5208960242

Vanessa Pereira da Silva RA 0827636 Junior Maristela DayseJUNDIA NOVEMBRO 2012ETAPA 3 PESQUISA JURISPRUDENCIAL AO PENAL

EMENTA N 1 - PRISO PREVENTIVAHABEAS CORPUS: HC 41570

PROCED. : SO PAULORELATOR (A): MINISTRO FELIX FISCHER (1109)

RGO JULGADOR: T5 - QUINTA TURMAIMPETRANTE: EMERSON FLVIO GARCIA DOS SANTOS E OUTRO

IMPETRADODESEMBARGADOR SEGUNDO VICE PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO

PACIENTE: RUBIA ANDRIA DAVIS (PRESA)

DATA DO JULGAMENTO: 06/09/2005Ementa:PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ART. 14 DA LEI 6.368/76 E ART. 1, INCISOS I E VII, DA LEI N. 9.613/98. INOBSERVNCIA DO RITO PROCEDIMENTAL PREVISTO NA LEI N 10.409/2002. AUSNCIA DE DEMONSTRAO DO EFETIVO PREJUZO. PRISO PREVENTIVA. FUNDAMENTAO.

GARANTIA DA ORDEM PBLICA. CONVENINCIA DA INSTRUO CRIMINAL. APLICAO DA LEI PENAL. NECESSIDADE DA CUSTDIA DEMONSTRADA. EXCESSO DE PRAZO. RAZOABILIDADE. IDENTIDADE DE SITUAES COM CO-R. INOCORRNCIA. ORDEM DENEGADA.

I - A inobservncia do procedimento estabelecido no art. 38, da Lei n 10.409/02, quando do processamento de ao penal cujo objeto a prtica de delito previsto no art. 12, da Lei n 6.368/76, por si s, no importa em nulidade. Com efeito, a declarao de eventual nulidade advinda da no-aplicao do referido dispositivo reclama a prova do efetivo prejuzo sofrido pelo ru, hiptese no ocorrente na espcie. (Precedentes).

II. Demonstrando o magistrado, de forma efetiva, as circunstncias concretas ensejadoras da decretao da priso preventiva, no h que se falar em ilegalidade da segregao cautelar em razo de deficincia na fundamentao (Precedentes).

III. O prazo para a concluso da instruo criminal no absoluto, fatal e improrrogvel, e pode ser dilatado diante das peculiaridades do caso concreto. (Precedentes).

IV - A singularidade da causa, feito complexo, com mais de 130 (cento e trinta) rus e necessidade de expedio de cartas precatrias, torna razovel e justificada a demora na formao da culpa, de modo a afastar, por ora, o alegado constrangimento ilegal.

(Precedentes).

V - No havendo identidade de situaes ftico-processuais entre os co-rus, no cabe, a teor do art. 580 do CPP, deferir pedido de extenso de benefcio obtido por um deles, qual seja, a revogao da priso cautelar decretada. (Precedentes).

Ordem denegada.Doutrina:Obra: Legislao Penal Especial, 6 ed., atlas, p. 124.Autor: Alexandre de Moraes e Gianpaolo Poggio Smanio.Citao:"Oferecida a denncia, o juiz, em 24 (vinte e quatro) horas, ordenar a citao do acusado para responder acusao, por escrito, no prazo de 10 dias, contado da da juntada do mandato aos autos ou da primeira publicao do edital de citao, e designar dia e hora para o interrogatrio, que se realizar dentro de 30 (trinta) dias seguintes, se o ru estiver solto, ou em 05 (cinco) dias, se preso.EMENTA N 2 - NULIDADE - ST.J.P.EPROCESSO: HC 40562 / PEHABEAS CORPUS: 2004/0181849-6RELATOR (A): MINISTRO HAMILTON CARVALHIDO RELATOR ACRDO: MINISTRO PAULO MEDINA RGO JULGADOR: SEXTA TURMAIMPETRANTE : JOO VIEIRA NETO

IMPETRADO: TERCEIRA CMARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PACIENTE : ANTNIO DE CSSIO DE OLIVEIRA (PRESO)

DATA DO JULGAMENTO: 03/03/2005Ementa:HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. ART. 38 DA LEI 10.409/02.INOBSERVNCIA. NULIDADE ABSOLUTA. ORDEM CONCEDIDA.1 - A inobservncia do procedimento previsto no art. 38 da Lei n

10.409/02 enseja a nulidade absoluta do processo.

2 - Ordem concedida em parte para anular a ao penal.

Doutrina:Obra: Cdigo de Processo Penal Comentado, 8 ed., Saraiva, 2004,p. 253.Autor: Fernando da Costa Tourinho Filho:Citao:

O artigo em exame repete o princpio francs do ps de nullit sans grief (no h nulidade sem prejuzo). Na verdade, para que o ato posa ser declarado nulo preciso que haja, entre a sua imperfeio e o prejuzo s partes, um nexo efetivo e concreto. Se a despeito de imperfeito, ele atingiu o seu fim, sem causar prejuzo, no se poder falar em nulidade, a no ser quando o ato acoimado de nulo foi essencial ou estrutural, pois nesse caso, o prejuzo presumidoEMENTA N 3 - S.T.F - EXCESSO DE PRAZO

HABEAS CORPUS N: 108.426 ORIGEM: SO PAULORGO JULGADOR: PRIMEIRA TURMARELATOR: MIN. LUIZ FUXPACTE. (S): ANDR JULIANO MENGUIIMPTE. (S): ANDR LUIZ DE MOURA E OUTRO(A/S)COATOR (A/S) (ES): SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIAJULGAMENTO: 12/06/2012 Ementa:

HABEAS CORPUS. TRFICO E ASSOCIAO PARA O TRFICO DE ENTORPECENTES ARTS. 33 E 35 DA LEI N. 11.343/2006. EXCESSO DE PRAZO DA INSTRUO CRIMINAL. RAZOABILIDADE: NMERO DE RUS E COMPLEXIDADE DO PROCESSO. SUPERVENINCIA DE SENTENA CONDENATRIA. INSUBSISTNCIA DA ALEGAO DE EXCESSO DE PRAZO.

1. O excesso de prazo da instruo criminal no resulta de simples operao aritmtica, impondo-se considerar a complexidade do processo, atos procrastinatrios da defesa e nmero de rus envolvidos, fatores que, analisados em conjunto ou separadamente, indicam ser, ou no, razovel o prazo para o encerramento: HC 104845/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 2 Turma, DJ de 10/8/2010; HC 101110/CE, Rel. Min. Eros Grau, 2 Turma, DJ de 12/2/2010; HC 96775/PA, red. P/ acrdo Min. Dias Toffoli, 1 Turma, DJ de 28/5/2010. 2. In casu, a complexidade da ao penal, envolvendo vrios corrus presos em flagrante com mais de cinco quilos de cocana e denunciados por trfico e associao para o trfico de entorpecentes, bem como a necessidade de expedio de cartas precatrias, indicam ser razovel a dilao do prazo de encerramento. 3. A superveniente prolao de sentena condenatria torna insubsistente a alegao de excesso de prazo da instruo criminal, consoante entendimento desta Corte: HC 103020/SP, rel. min. Crmen Lcia, 1 Turma, DJ de 6/5/2011; RHC 95207/PI, rel. min. Ricardo Lewandowski, 1 Turma, DJ de 15/2/2011; HC 93023 AgR / RJ , rel. min. Carlos Britto, 1 Turma, DJ de 24/4/2009. 4. Ordem denegadaDoutrina:Obra: Comentrios Constituio Federal de 1988. 1 ed. - Rio de Janeiro: Ed. Forense, 2009, pgs. 315 e 325).Autores: Bonavides, Paulo; Miranda, Jorge; Agra, Walber de Moura Agra.Citao:O ato judicial, para importar em violao do direito fundamental, deve gerar demora injustificada. A injustificativa imanente ao ato comissivo ou equivocado que determina a utilizao de uma tcnica processual em lugar de outra.

(...)

Entende-se que o ru no pode ficar preso por tempo superior a 81 dias, sem o trmino da instruo probatria. (...) o prazo de 81 dias, por ser estabelecido de forma abstrata e matemtica para atender de modo uniforme a todo e qualquer caso , exatamente por isso, absolutamente incapaz de responder de maneira adequada a todos os casos concretos. No havendo a fixao legal de prazo mximo para a priso provisria, este no deve ser concebido, pelos tribunais, como se os crimes e os procedimentos fossem iguais, mas sim em conformidade com as diversas situaes particulares.

EMENTA N 4 - S.T.F - AO PENAL - PRIVADAHABEAS CORPUS: 110975 / RS - PROCEDNCIA: RIO GRANDE DO SUL

RELATOR (A): MIN. CRMEN LCIARGO JULGADOR: PRIMEIRA TURMARELATORA: MIN. CRMEN LCIAPACTE. (S): VERA MARIA PEREIRA SILVEIRAIMPTE. (S): DEFENSORIA PBLICA DA UNIOPROC.(A/S) (ES): DEFENSOR PBLICO-GERAL FEDERALCOATOR (A/S) (ES): SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIADATA JULGAMENTO: 22/05/2012

Ementa:

HABEAS CORPUS. PENAL. TENTATIVA DE FURTO DE ROUPAS AVALIADAS EM R$ 227,80. ALEGAO DE CRIME IMPOSSVEL E DE INCIDNCIA DO PRINCPIO DA INSIGNIFICNCIA: INVIABILIDADE. HABEAS CORPUS DENEGADO.

1. A tipicidade penal no pode ser percebida como o trivial exerccio de adequao do fato concreto norma abstrata. Alm da correspondncia formal, para a configurao da tipicidade, necessria uma anlise materialmente valorativa das circunstncias do caso concreto, no sentido de se verificar a ocorrncia de alguma leso grave, contundente e penalmente relevante do bem jurdico tutelado.

2. O princpio da insignificncia reduz o mbito de proibio aparente da tipicidade legal e, por consequncia, torna atpico o fato na seara penal, apesar de haver leso a bem juridicamente tutelado pela norma penal.

3. Para a incidncia do princpio da insignificncia, alm de serem relevados o valor do objeto do crime e os aspectos objetivos do fato tais como a mnima ofensividade da conduta do agente, a ausncia de periculosidade social da ao, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da leso jurdica causada -, devem ser analisados, em cada caso, de forma cautelar e rigorosa, a realidade socioeconmica do Pas e o conjunto de valores ticos juridicamente aproveitados pelo sistema penal para determinar se a conduta pode ou no ser considerada tpica para a configurao do delito. Precedentes.

4. Na espcie, embora o objeto da tentativa de furto qualificado tenha sido avaliado em R$ 227,80, de pouco valor material, certo, porm de considervel valor para uma famlia brasileira de classe menos favorecida, no de se desconhecer que no se h de levar a efeito exame que considere mais o valor material do bem subtrado que os valores que tm de orientar a conduta de pessoas modestas que vivem nas cidades interioranas do Brasil.

5. Havendo possibilidade, ainda que remota, de burlar a vigilncia exercida sobre a coisa e, por conseguinte, de ofender o bem jurdico tutelado pela norma penal, no se configura o crime impossvel. Precedentes.

6. Ordem denegada.Doutrina:

Obra: Princpio da Insignificncia. Belo Horizonte: Del Rey, 2000, p. 37)

AutorHenrique Guaracy:

Citao:

o princpio da insignificncia se ajusta equidade e correta interpretao do direito. Por aquela acolhe-se um sentimento de justia, inspirado nos valores vigentes em sociedade, liberando-se o agente cuja ao, por sua inexpressividade, no chega a atentar contra os valores tutelados pelo Direito Penal.

EMENTA N 5 - NULIDADE T.J.S.PAO PENAL N: 695/2010APELAO N: 0009639-64.2010.8.26.0625

RGO JULGADOR: 2 CMARA DRELATOR: ALEX ZILENOVSKI COMARCA: TAUBATJUZO DE ORIGEM: 1 VARA CRIMINALAPELANTES: PETERSON RANIERI QUINTANILHA E LEONARDO SANTOSAPELADO: MINISTRIO PBLICODATA DO JULGAMENTO: 05/11/2012Ementa:

APELAO CRIMINAL PRELIMINAR REJEITADA - FALSIFICAO DE CARTEIRA FUNCIONAL DE DETETIVE DA POLICIA CIVIL - CONSUMAO DO

DELITO.

Doutrina:

Obra: (in "Processo Penal", Atlas, 10 ed., p. 80).

Autor: Jlio Fabbrini Mirabete

Citao:"Sendo o inqurito policial mero procedimento informativo e no ato de jurisdio, os vcios nele acaso existentes no afetam a ao penal a que deu origem. A desobedincia a formalidades legais pode acarretar a ineficcia do ato em si (priso em flagrante, por exemplo), mas no influi na ao j iniciada, com denncia recebida. Eventuais irregularidades podem e devem diminuir o valor dos atos a que se refiram e, em certas circunstncias, do prprio procedimento inquisitorial globalmente considerado, merecendo considerao no exame de mrito da causa. Contudo no erigem nulidades, mxime para invalidar a prpria ao penal subseqente". EMENTA N 6 - PRAZO T.J.S.PHABEAS CORPUS N: 0174583-47.2012ORIGEM: COMARCA: 15 VARA S.P RELATOR: BORGES PEREIRARGO JULGADOR: 16 CMARA IMPETRANTE: PRISCILA SIMARA NOVAESPACIENTE: GILMAR DE ABREU ALMEIDADATA DO JULGAMENTO: 06/11/2012Ementa

INDEFERIMENTO DE LIBERDADE PROVISRIA AO PACIENTE DECISO SUFICIENTEMENTE FUNDAMENTADA NO COMPROVAO DOS REQUISITOS NECESSRIOS CONCESSO - NECESSIDADE DA CUSTDIA DO PACIENTE PARA O RESGUARDO DA ORDEM PBLICA E A CONVENINCIA DA INSTRUO CRIMINAL - PRINCPIO DA PRESUNO DE INOCNCIA NO ATACADO PRESENA DOS REQUISITOS DE PRISO PREVENTIVA PREVISTOS NO ARTIGO 312, DO CPP ALEGAO DE EXCESSO DE PRAZO PARA O TRMINO DA INSTRUO - AUSNCIA DE DESDIA NA CONDUO DO PROCESSO PRINCPIO DA RAZOABILIDADE INSTRUO QUE SE ENCONTRA PRATICAMENTE ENCERRADA, AGUARDANDO TO SOMENTE A CONCLUSO DE INCIDENTE DE DEPENDNCIA TOXICOLGICA SMULA N. 52, DO C. STJ - INEXISTNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL A RECAIR SOBRE O SOBRE O PACIENTE DENEGAO DA ORDEM.Doutrina:

Obra: Cdigo de Processo Penal Comentado, So Paulo,Editora RT, 2002, p. 626).Autor: Guilherme de Souza Nucci

Citao:Foi superado o entendimento de que a instruo deve estar encerrada em 81 dias que simplesmente a soma de todos os prazos previstos para a realizao dos vrios atos processuais tendo em conta que o Cdigo de Processo Penal de 1941, quando a situao no pas era outra, com muito maior folga dos juzos para a realizao de audincias e para a colheita da prova. Atualmente, preciso dilatar esses prazos, permitindo a cada Vara atuar conforme o nmero de processos que tenha sob sua responsabilidade. Os Tribunais tm reconhecido tal medida e j no vem sendo concedida ordem de habeas corpus para a soltura dos rus, quando a instruo se estende alm do previsto (81 dias), em tese, pela lei processual penal, desde que haja motivo justificado. EMENTA N 7 PBLICA INCONDICIONADAHABEAS CORPUS N 112668 /

ORIGEM: STJ - RS

RELATOR(A): MIN. GILMAR MENDES

RGO JULGADOR: SEGUNDA TURMAPACTE.(S): LEONARDO TAVARES BELLANCAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PBLICA DA UNIOPROC.(A/S)(ES): DEFENSOR PBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES): SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIADATA DO JULGAMENTO:22/05/2012

Ementa; HABEAS CORPUS. 2. FURTO PRATICADO POR SOBRINHO CONTRA TIO. 3. IMUNIDADE RELATIVA (ART. 182, III, DO CP). NECESSIDADE DE DEMONSTRAO DE RELAO ESTVEL DE COABITAO. NO OCORRNCIA. 4. VTIMA MAIOR DE 60 ANOS. AO PENAL PBLICAINCONDICIONADA.5. ORDEM DENEGADA.DoutrinaObra: Julio Fabbrini MIRABETE,

Autor: . Cdigo Penal Interpretado. 5. ed. So Paulo: Atlas, 2005. p. 1692.

Citao:H ainda a imunidade relativa no fato que envolve tio e

sobrinho, exigindo-se, porm, que morem juntos, sob o mesmo teto, com vida comum e em relativa dependncia, inclusive econmica. No ocorre a imunidade se houver simples hospitalidade ocasional ou temporria.EMENTA N 8 PRISO - T.J.R.SH.C NMERO: 70048943906RGO JULGADOR: CMARA CRIMINAL: SEGUNDAORIGEM: COMARCA DE TRAMANDARELATOR: MARCO AURLIO DE OLIVEIRA CANOSA

IMPETRANTE: TERESINHA CLARETE PEREIRA PACIENTE: JOEL GOULART DA SILVA COATOR: JUIZA DE DIR DA 1 VARA DATA DE JULGAMENTO: 09/08/2012Ementa: HABEAS CORPUS. PRISO TEMPORRIA. Realizada representao pela autoridade policial da Comarca de Tramanda, a digna Magistrada, aps prvia manifestao do Ministrio Pblico, decretou a priso temporria do paciente, em deciso sucinta, mas fundamentada - A inconformidade diz com a prorrogao da priso temporria, contudo, o presente remdio herico no veio instrudo com cpia da deciso atacada. Trata-se, assim, de remdio herico com instruo deficiente. - Devemos lembrar, ento, dos seguintes precedentes do Superior Tribunal de Justia: (a) " I - O habeas corpus deve ser instrudo com as peas indispensveis compreenso da controvrsia (HC 84507/ES, 5 Turma, Rel. Min. Jane Silva Desembargadora Convocada do TJ/MG -, DJU de 05/11/2007; HC 75.637/BA, 5 Turma, Rel. Min. Arnaldo Esteves, DJU de 11/0612007), capazes, assim, de evidenciar a pretenso perquerida (HC 79.650/MG, 5 Turma, Rel. Min. Napoleo Nunes Maia Filho, DJU de 08/1012007), bem como a veracidade do alegado. II - Tal providncia, mormente nas hipteses em que o paciente assistido por advogado, constitui nus da defesa (HC 92.815/SP, Primeira Turma, Rel. Min. Menezes Direito, DJU de 11/04/2008), do qual somente desincumbe-se diante de justificativa plausvel para tanto. Caso contrrio o habeas corpus no poder ser conhecido diante da impossibilidade de confirmao da efetiva ocorrncia de constrangimento ilegal (HC 91.755, Primeira Turma, Rel. Min. Crmen Lcia, DJU de 23/11/2007; HC 91.399/RJ, Primeira Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJU de 11/10/2007)." (passagem da ementa do HC 156559/SP, Ministro FELIX FISCHER, Quinta Turma, j. em 03/08/2010); e, (b) "1. O habeas corpus no se encontra devidamente instrudo, pois o Magistrado, para condenar o paciente, valeu-se das declaraes prestadas pelos corrus na fase inquisitorial e em juzo, contudo, deixou o impetrante de juntar tais depoimentos, documentos essenciais apreciao das alegaes de que tais depoimentos seriam insuficientes para tal fim, caracterizada, no ponto, a deficiente instruo do writ." (passagem da ementa do HC 121290/SP, Ministro HAROLDO RODRIGUES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/CE), Sexta Turma, j. em15/12/2009). - Observamos que Pretrio Excelso j entendeu que, em certos casos, a instruo deficiente se origina, inclusive, de falta intencional do profissional. Precedente. - In casu, pelo que se apreende, imputa-se ao paciente a prtica dos delitos de homicdio qualificado na forma tentada, trfico de entorpecentes e associao para o trfico. H notcia de que se trata de regio conturbada, em rea invadida, com aumento da criminalidade. A autoridade policial apontou tambm, a necessidade de identificao dos co-autores e partcipes, inclusive no delito de trfico. - Por outro lado, em que pese a Defesa sustentar que no esto preenchidos os requisitos da priso temporria, temos que h no caderno probatrio indcios suficientes de autoria. - Devemos lembrar, ento, que tem cabimento a priso provisria, segundo reza o art. 1, inc. I, da Lei n. 7.960, de 21 de dezembro de 1989, "quando imprescindvel para as investigaes do inqurito policial". - O Professor Paulo Rangel lembra que "O inqurito policial, em verdade, tem uma funo garantidora. A investigao tem o ntido carter de evitar a instaurao de uma persecuo penal infundada por parte do Ministrio Pblico diante do fundamento do processo penal, que a instrumentalidade e o garantismo penal. O garantismo penal busca evitar o custo para o sujeito passivo (e para o Estado) de um juzo desnecessrio (Aury Lopes Jr., Sistema de Investigao Preliminar no Processo Penal, Rio de Janeiro, Lumen Juris, 2001, p. 41)" (Direito Processual Penal, 18 a edio, 2010, Editora Lumem Juris, - pg. 75). Logo adiante, conclui: "O inqurito no para apurar culpa, mas sim a verdade de um fato da vida que tem aparente tipificao penal." - A oitiva do indigitado participante da ao transgressora da norma penal durante as investigaes e a participao do mesmo no desenrolar de tais atividades, inclusive por ocasio do reconhecimento de pessoas e da realizao acareaes, so imprescindveis para que se atenda a finalidade do inqurito policial, que tem por objeto, segundo leciona Eduardo Espinola Filho (Cdigo de Processo Penal Brasileiro Anotado - Edio Histrica - pag. .284, Vol. I), "investigar a existncia da infrao, descobrir e apontar os responsveis por ela." Ensina, tambm, o insigne processualista que " ... a autoridade policial deve promover toda e qualquer diligncia, alm das especialmente mencionadas, uma vez que lhe parea em ordem a fazer prova esclarecedora do fato e das suas circunstncias"(obr. cit., pg. 284, Vol. I). Precedentes do O Superior Tribunal de Justia. - Por outro lado, a alegao de que a custdia preventiva fere o princpio constitucional da presuno de inocncia no se sustenta, pois o Pretrio Excelso declarou que: "J se firmou a jurisprudncia desta Corte no sentido de que a priso cautelar no viola o princpio constitucional da presuno de inocncia, concluso essa que decorre da conjugao dos incisos LVII, LXI e LXVI, do artigo 5. da Constituio Federal." (HC 71169/SP, Relator Ministro Moreira Alves, j. em 26/04/1994, 1 Turma). ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E DENEGADA.

(Direito Processual Penal, 18 a edio, 2010, Editora Lumem Juris, - pg. 75). Logo adiante, conclui: O inqurito no para apurar culpa, mas sim a verdade de um fato da vida que tem aparente tipificao penal.

Doutrina:

Obra: (Direito Processual Penal, 18 a edio, 2010, Editora Lumem Juris, - pg. 75), (Sistema de Investigao Preliminar no Processo Penal, Rio de Janeiro, Lumen Juris, 2001, p. 41).

Autor: (Aury Lopes JrCitao:

O inqurito no para apurar culpa, mas sim a verdade de um fato da vida que tem aparente tipificao penal.EMENTA N 9 NULIDADE - T.J.R.SAPELAO N: 70047357868RGO JULGADOR: PRIMEIRA CMARA ORIGEM: COMARCA DE CONSTANTINARELATOR: MARCO ANTNIO RIBEIRO DE OLIVEIRAAPELANTE: DAVID COITE APELADO: MINISTRIO PBLICO DATA DE JULGAMENTO: 11/07/2012Ementa: APELAO-CRIME. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO. CONDENAO. APELO DEFENSIVO. PRELIMINAR. NULIDADE DO AUTO DE VERIFICAO DE FUNCIONAMENTO DA ARMA. AFASTAMENTO. O art. 159, 1, da Lei Adjetiva Penal, permite, na ausncia de peritos oficiais, que as percias possam ser realizadas por pessoas idneas, o que ocorreu na lavratura do auto constante no feito, at por que cumpre a defesa demonstrar eventual imparcialidade dos peritos nomeados, o que no advm apenas pelo fato destes serem subordinados autoridade policial que presidiu o inqurito policial. Ainda, uma maior qualificao individual dos peritos, no caso, no se mostra necessria, j que a matria posta anlise, qual seja, a verificao da possibilidade de uma arma de fogo produzir disparos, no exige conhecimento tcnico-cientfico. Entendimento contrrio conduziria, inevitavelmente, ao exagerado apego forma em detrimento da efetividade do processo, criando, dessarte, cancha para a impunidade. Ademais, os experts demonstraram possuir curso superior, MRITO. APELO DEFENSIVO. ATIPICIDADE. AUSNCIA DE LESO AO BEM JURIDICAMENTE TUTELADO. IMPOSSIBILIDADE. No que tange alegada atipicidade da conduta praticada pelo ru, entendo que tambm no merece guarida. O crime de porte ilegal de arma de fogo de mera conduta, consumando-se com o simples fato de o agente portar arma de fogo em via pblica. Preliminar afastada e apelo improvido.

Doutrina:

Obra: Estatuto do Desarmamento Fronteiras entre racionalidade e razoabilidade Comentrios por artigos (anlise tcnica e crtica), Editora Lumen Juris, 2005, 2 edio, pgina 36.

Autor:, GilbertO THUMSCitao: (...) pode-se afirmar que os crimes tipificados na Lei n 10.826/2003 constituem todos crimes de perigo presumido, na medida em que no tutelam a vida, a integridade fsica, nem o patrimnio, mas to s a incolumidade pblica ou a segurana coletiva. Haver crime toda vez que o agente desenvolver as condutas previstas, que presumem a exposio do bem ao perigo. O Estatuto do Desarmamento tem por objetivo desarmar a populao civil e dificultar ou restringir a circulao de armas de fogo. Portanto, a conduta que violar este objetivo, coloca em perigo o fundamento da existncia da norma penal (...)EMENTA N 10 EXCESSO DAS PROVAS- T.J.M.G.SHABEAS COPRUS N: 011.035225-7/0000-00RGO JULGADOR: CMARA CRIMINAL: PRIMEIRADE ORIGEM: 1 VARA COMARCA DE DOURADOSRELATOR: DES. DORIVAL MOREIRA DOS SANTOS.IMPETRANTE: FELIPE CAZUO AZUMA.IMPETRANTE: BENEDICTO ARTHUR DE FIGUEIREDO NETO.IMPETRANTE: FLVIO ANTONIO MEZACASA.IMPETRANTE: ALBERI RAFAEL DEHN RAMOS.PACIENTE: LEANDRO CARLOS FRANCISCO.IMPETRADO: JUIZ (A) DE DIREITO DA 1 VARA DA COMARCA DE DOURADOS.IMPETRADO: PROMOTORES DE JUSTIA DA 1 VARA DA COMARCA DE DOURADOS.DATA DO JULGAMENTO: 25.6.2012Ementa: HABEAS CORPUS CRIME DE PECULATO, OPERAO URAGANO ALEGADAS NULIDADES DA AO PENAL PRELIMINARMENTE ILEGITIMIDADE DOS PROMOTORES PARA FIGURAREM COMO AUTORIDADES COATORAS MRITO FALTA DE ATRIBUIO DE POLCIA FEDERAL E DESCUMPRIMENTO DE ORDEM JUDICIAL NO CONFIGURADAS INEXISTNCIA DE ILICITUDE DAS PROVAS POR DERIVAO INCIO DAS INVESTIGAES POR INTERCEPTAES TELEFNICAS AUSNCIA DO ALEGADO EXCESSO NA PRODUO DA PROVA CONDIO PROCESSUAL DE PARTICULAR INFORMANTE AGENTE PBLICO QUE EFETUOU CAPTAES DE CONVERSAS GRAVAO AMBIENTAL POR UM DOS INTERLOCUTORES LICITUDE TERMO DE DELAO PREMIADA E RESPECTIVA HOMOLOGAO ANULADOS ORDEM DENEGADA.Doutrina:

Obra: A constituio no mundo globalizado. Florianpolis: Diploma Legal, 2000.Autor: SILVIO DOBROWOLSKI:

Citao:Ou seja: as restries que afetem direitos e interesses dos cidados, s devem ir at onde seja imprescidvel para assegurar o interesse pblico, no devendo utilizar-se medidas mais gravosas quando outras que o sejam menos forem suficientes para atingir os fins da leiConclusoConclumos que as etapas propostas na presente ATPS, ajudaram no desenvolvimento das nossas habilidades e competncias relacionadas ao domnio da tecnologia e metodologia empregada nas pesquisas jurisprudenciais, nas diferentes instncias judicirias, com a devida utilizao de processos, atos e procedimentos processuais.

Ao Penal ExcessoS. T. J - EMENTA DE AO PENAL - PRAZO.HABEAS CORPUS N 243.929 - BA (2012/0109758-0)

RELATOR : MINISTRO MARCO AURLIO BELLIZZE

IMPETRANTE : DEFENSORIA PBLICA DO ESTADO DA BAHIA

ADVOGADO : MARIA AUXILIADORA SANTANA TEIXEIRA - DEFENSORA

PBLICA

IMPETRADO : TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DA BAHIA

PACIENTE : ALESSANDRO SILVA CERQUEIRA (PRESO)

EMENTA

HABEAS CORPUS IMPETRADO EM SUBSTITUIO AO RECURSO PREVISTO NO ORDENAMENTO JURDICO. 1. NO CABIMENTO. MODIFICAO DE ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL. RESTRIO DO REMDIO CONSTITUCIONAL. MEDIDA IMPRESCINDVEL SUA OTIMIZAO. EFETIVA PROTEO AO DIREITO DE IR, VIR E FICAR. 2. ALTERAO POSTERIOR IMPETRAO DO PRESENTE WRIT. EXAME QUE VISA PRIVILEGIAR A AMPLA DEFESA E O DEVIDO PROCESSO LEGAL. 3. ROUBO MAJORADO. PRISO EM FLAGRANTE CONVERTIDA EM PRISO PREVENTIVA. LIBERDADE PROVISRIA. IMPOSSIBILIDADE. 4. DECISO FUNDAMENTADA. PERICULOSIDADE DO AGENTE. REITERAO CRIMINOSA. 5. EXCESSO DE PRAZO.

SUPRESSO DE INSTNCIA. 6. ORDEM NO CONHECIDA.

1. A jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia, buscando a racionalidade do ordenamento jurdico e a funcionalidade do sistema recursal, firmou-se, mais recentemente, no sentido de ser imperiosa a restrio do cabimento do remdio constitucional s hipteses previstas na Constituio Federal e no Cdigo de Processo Penal. Louvando o entendimento de que o Direito dinmico, sendo que a definio do alcance de institutos previstos na Constituio Federal h de fazer-se de modo integrativo, de acordo com as mudanas de relevo que se verificam na tbua de valores sociais, esta Corte passou a entender ser necessrio amoldar a abrangncia do habeas corpus a um novo esprito, visando restabelecer a eficcia de remdio constitucional to caro ao Estado Democrtico de Direito. Precedentes.

2. Atento a essa evoluo hermenutica, o Supremo Tribunal Federal passou a adotar decises no sentido de no mais admitir habeas corpus que tenha por objetivo substituir o recurso ordinariamente cabvel para a espcie. Precedentes. Contudo, considerando que a modificao da jurisprudncia firmou-se aps a impetrao do presente habeas corpus, devem ser analisadas as questes suscitadas na inicial no af de verificar a existncia de constrangimento ilegal evidente, a ser sanada mediante a concesso de habeas corpus de ofcio, evitando-se, assim, prejuzos ampla defesa e ao devido processo legal.

3. A priso preventiva no incompatvel com o princpio fundamental da presuno de inocncia, mormente quando a aplicao da medida est alicerada em elementos concretos, conforme demonstrado no quadro ftico delineado nestes autos.

4. No caso, as instncias ordinrias apresentaram fundamentao concreta para a manuteno da priso cautelar em razo da periculosidade do paciente, que responde a outra ao penal tambm pela suposta prtica de roubo majorado, o que justifica a manuteno da medida extrema para assegurar a aplicao da lei penal.

5. A alegao de excesso de prazo para o encerramento da instruo criminal no foi submetida e, tampouco, apreciada pelo Tribunal a quo, o que impede a sua apreciao por esta Corte Superior, sob pena de inadmissvel supresso de instncia.

6. Ordem no conhecida.S. T. F - EMENTA DE AO PENAL - PREVENTIVA25/09/2012 PRIMEIRA TURMA

HABEAS CORPUS 107.229 PAR

RELATORA : MIN. ROSA WEBER

PACTE.(S) : VALDENOR JOSE RODRIGUES DOS SANTOS

IMPTE.(S) : ANTONIO JOSE DANTAS RIBEIRO

COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA

EMENTA

HABEAS CORPUS. SUBSTITUTIVO DO RECURSO CONSTITUCIONAL. INADEQUAO DA VIA ELEITA. ROUBO QUALIFICADO. TENTATIVA. DOSIMETRIA. AUSNCIA DE DEMONSTRAO DE ILEGALIDADE OU ARBITRARIEDADE.

1. O habeas corpus tem uma rica histria, constituindo garantia fundamental do cidado. Ao constitucional que , no pode ser amesquinhado, mas tambm no passvel de vulgarizao, sob pena de restar descaracterizado como remdio heroico. Contra a denegao de habeas corpus por Tribunal Superior prev a Constituio Federal remdio jurdico expresso, o recurso ordinrio. Diante da dico do art. 102, II, a, da Constituio da Repblica, a impetrao de novo habeas corpus em carter substitutivo escamoteia o instituto recursal prprio, em manifesta burla ao preceito constitucional. Precedente da Primeira Turma desta Suprema Corte.

2. Havendo condenao criminal, ainda que submetida apelao, encontram-se presentes os pressupostos da preventiva, a saber, prova da materialidade e indcios de autoria. No se trata, apenas, de juzo de cognio provisria e sumria acerca da responsabilidade criminal do acusado, mas, sim, de julgamento condenatrio, precedido por amplo contraditrio e no qual as provas foram objeto de avaliao imparcial, vale dizer, de um juzo efetuado, com base em cognio exaustiva, de que o condenado culpado de um crime. Ainda que a sentena esteja sujeita reavaliao crtica por meio de recursos, a situao difere da priso preventiva decretada antes do julgamento.

3. Se as circunstncias concretas da prtica do crime indicam o HC 107.229 / PA envolvimento profundo do agente com o trfico de drogas e, por conseguinte, a periculosidade e o risco de reiterao delitiva, est justificada decretao ou a manuteno da priso cautelar para resguardar a ordem pblica, desde que igualmente presentes boas provas da materialidade e da autoria.

4. O efeito disruptivo e desagregador do trfico de drogas, este associado a um mundo de violncia, desespero e morte para as suas vtimas e para as comunidades afetadas, justifica tratamento jurdico mais rigoroso em relao aos agentes por eles responsveis a refletir na anlise dos casos concretos.

5. Habeas corpus extinto sem resoluo do mrito.

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