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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – BELENZINHO. SERVIÇO SOCIAL – 3° e 4° SEMESTRE. PSICOLOGIA e SERVIÇO SOCIAL II Bárbara Trre! Mar"#$! RA%&'((4)'(*& +r#,a T"- S -/0 RA% ')()&3)1'2 I!a ra a! Ne5e! G !67 RA% &38*2*('& Ze/#$ a Ber$ar e! Va/e Va! $ e/! RA% &1( Pr9e!!ra EAD% He/e$r!e A ! S Pe r! Ce/-. T "ra Pre!e$ #a/% Ir#$:#a e S 0a Nr6a$ #a. S;O PAULO 8)*4 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Atps Psicologia Social (2)(filme tropa de Elite)

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Descrição do filme Tropa de Elite e analise conforme a psicologia do serviço social.

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA BELENZINHO.SERVIO SOCIAL 3 e 4 SEMESTRE. PSICOLOGIA e SERVIO SOCIAL II

Brbara Torres Martins RA:6788407816rika Toth Scholz RA: 7080630579Isaura das Neves Gusmo RA: 6321918761Zelinda Bernardes do Vale Vasconcelos RA: 6582340706

Professora EAD: Helenrose A dos S Pedroso Coelho.Tutora Presencial: Irinia de Souza Normandia.

SO PAULO2014

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLASPM Policia MilitarBOPE Batalho de Operaes Policiais EspeciaisONG Organizao No Governamental

SUMRIO1.Introduo .................................................................................................................... 4

2.Sobre o filme ...............................................................................................................5

3.Sobre Cultura e Mecanismos Sociais que influenciam o indivduo ............................6

4.Consideraes Finais ...................................................................................................8

5.Referencia Bibliogrfica ..............................................................................................9

1. IntroduoO filme Tropa de Elite, 2007, com direo de Jos Padilha base desta pesquisa.O objetivo a reflexo sobre acontecimentos de cunho social, econmico e psicolgico que acontecem na sociedade, compreenso das manifestaes culturais e a diferena entre o homem e outros animais, compreenso dos mecanismos sociais que influenciam o indivduo em vrias esferas, com base na violncia e corrupo apresentadas no filme.2. Sobre o filmeO filme tem incio em um morro do Rio de Janeiro em um baile funk, onde dois recrutas esto tentando salvar a vida de seu superior que seria assassinado como vingana por fazer parte de um esquema de extorso e corrupo da PM. Os recrutas Neto e Matias tm em comum o ideal de justia quando ingressam na Policia Militar. A grande decepo acontece quando encontram uma guarnio mal aparelhada, mal remunerada e gerida por corruptos. Ao mesmo tempo Capito Nascimento, lder de uma equipe do BOPE, ser pai, e pressionado pela esposa planeja encontrar um substituto para seu cargo na Corporao. Conseguir um substituto ao seu nvel se torna difcil ao longo da trama, fazendo com que ele apresente transtornos psicolgicos diante da presso. O poder e a hierarquia so observados claramente no BOPE, ''misso dada misso cumprida''. Matias, jovem negro e pobre, aprovado no vestibular para o curso de Direito, realizando seu sonho, e nesta fase de acadmico, conhece um grupo de colegas de sala, de classe mdia-alta, que realizam trabalho voluntrio em uma ONG no morro e consomem drogas ilcitas, o que o incomoda.Matias e Neto se inscrevem no curso de formao do BOPE. O BOPE convocado para situaes de guerra urbana, e temido por isso, faz o que julga ser certo, nem sempre respeitando Direitos Humanos, a lei, ou civis. A preparao e a atuao do BOPE so extremamente violentas, porm minuciosamente planejada; O poder do trfico no morro visto no momento em que Matias, que tambm participou de reunies na ONG, descoberto como Policial Militar, e tem sua sentena de morte traada, e na emboscada para Matias quem assassinado Neto, por engano, e o Baiano (traficante 'dono do morro') descobre que Neto era do BOPE pela caveira tatuada no brao e pelo documento de identificao. Baiano assassina dois universitrios que faziam parte da ONG, que passaram informaes confusas sobre quem era Matias. Famlia e amigos dos universitrios assassinados realizam uma passeata na cidade pedindo paz. A perseguio e morte do traficante Baiano pelo Matias e pelo BOPE como vingana pela morte de Neto encerra o filme.

3. Sobre Cultura e Mecanismos Sociais que influenciam o indivduoSegundo Charles Darwin (1809-1882) em sua obra Origem do Homem e a Seleo sexual (1871), No h nenhuma diferena fundamental entre o homem e os animais mais superiores do reino no que diz respeito a suas faculdades mentais. Todos so iguais desde que respeite sua espcie, cada ser tem a adaptabilidade necessria para manter sua existncia. Inclusive o homem em todos os meios, como observamos no filme. Os animais realizam atos impelidos pelas sensaes e pelo apetite, pelo instinto natural de sobrevivncia, o qual no visa o conhecimento, mas vive a realidade do momento, vive de forma natural sua realidade no presente, sem projeto para o futuro. Segundo o etlogo Ottoni, o conceito que garantia exclusividade humana era a cultura. Cultura, aquele todo complexo que inclui conhecimento crena, arte, moral, direito, costume e outras capacidades e hbitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade segundo Edward B. Tylor em 1871. Podemos afirmar que cultura transmissvel pela herana social e no pela herana biolgica, ela depende do processo de socializao do individuo. No filme observamos diversas manifestaes culturais, entre elas o baile funk no incio, num local amplo e aberto na comunidade, com msica alta, vocabulrio e vesturio mantendo um 'padro comum', consumo de drogas lcitas e ilcitas, dana... A visita do Papa (assegurada pelo BOPE, sob ordens do Estado) tambm um movimento cultural, por reunir um grupo de pessoas com a mesma finalidade (religiosa, ou curiosa, ou artstica...)A passeata pela paz, aps o assassinato violento dos universitrios tambm um acontecimento cultural, um grupo de pessoas pedindo justia pela morte dos universitrios e segurana da populao. Cultura inclui idias, valores, manifestaes artsticas de todo tipo, crena, instituio social, conhecimento cientfico e tcnico, instrumentos de trabalho, tipos de vesturio, alimentao e construo etc. A corrupo na corporao Militar observada em vrias esferas, sendo reconhecida como uma forma de cultura tambm. Envolvimento de policiais com jogos ilcitos desvia de dinheiro que seria usado para compra de peas para as viaturas, cobrana de propina, venda de armas para o trfico...Violncia e represso cultura na estrutura do BOPE. Represso e tortura psicolgica para obter informaes desejadas, como na cena em que Capito Nascimento ameaa com arma e violncia fsica um garoto do trfico a 'dedurar' de quem era a droga encontrada na comunidade. Com medo ele aponta o responsvel, que tambm tratado com violncia fsica e psicolgica. Posteriormente o garoto morto pelo trfico, e sua me, abalada emocionalmente por ter perdido seu filho nico, que ajudava em casa com o dinheiro do trabalho, vai at o quartel pedir permisso para enterrar o corpo do seu filho, e Capito Nascimento novamente se v em outro conflito psicolgico, j que em breve ser pai. Uma cena clssica a seleo de novos recrutas. Violncia psicolgica e fsica com os colegas. Humilhao, obrigando-os a comer comida do cho, os expondo a esforos fsicos extremos e degradantes, como andar na gua de bota, carregando peso por muito tempo, at perfurao de tmpano, como comentado pelos oficiais na reunio de seleo. Observamos que a atuao da Segurana Pblica indispensvel para a sociedade, porm faz-se necessrio um pouco mais de equilbrio, sem tanta tortura ou violncia. Provavelmente com o acompanhamento de outros profissionais (psiclogos, terapeutas) poderiam exercer sua funo de manter a ordem sem tanta violncia. A violncia na comunidade tambm cultural. A falta de informao (leia-se educao), a violncia, a pobreza, os preconceitos, o consumismo, a corrupo e a invisibilidade social (polticas sociais escassas) na Comunidade, induzem as crianas e adolescentes ao crime, por falta de opo e perspectiva de futuro, e por proximidade e facilidade. A excluso visvel, e a omisso do Estado sentida pela populao, restando a adaptao ao meio escasso e miservel ou a mudana, que nem sempre se faz possvel.Principalmente a educao se faz quase ausente, observando falta de instituies de ensino nas comunidades. Pessoas com melhores condies financeiras e acesso a rede cultural mais facilmente, como foi o caso dos universitrios de classe mdia-alta da ONG, muitas vezes no tem preparo para realizar projetos de interveno, e acabam se envolvendo com o crime, como o uso de drogas ilcitas vindas do trfico. Ai entraria o papel multidisciplinar de uma equipe de assistentes sociais, psiclogos, entre outros, agindo nas questes sociais com o objetivo de garantir a dignidade de cidado, o direito humano, a justia social e a preservao da liberdade de cidado. 4. Consideraes finais Os policiais do BOPE so um grupo por compartilharem os mesmos objetivos e seguirem uma ordem da Corporao. Objetivos muitas vezes violentos.O BOPE se enquadra na classificao de Grupo Estrutural, segundo Martin Bar, por compartilharem interesses objetivos, pelo uso do poder (hierarquia) e satisfao de interesses de classes scias (Capitalismo). uma estrutura vertical, com controles e submisses. possvel estabelecer uma relao interdisciplinar entre psicologia social e servio social, ambas se cruzam nessa teia que o Sistema Capitalista. A Psicologia analisa a natureza social do fenmeno psicolgico da sociedade e o servio social as mltiplas expresses da questo social. Ao trabalhar de forma interdisciplinar (j que uma implementa a outra) estes profissionais contribuem para uma interveno amplamente planejada e melhor executada, trazendo assim resultados mais satisfatrios para o cidado e para o coletivo, uma vez que percebemos um Estado pouco comprometido e muitas vezes omisso diante das demandas sociais.Podemos compreender que a violncia e a represso podem funcionar de imediato, influenciadas pelo medo, porm a mdio e longo prazo (pode-se compreender curto tambm) gera conflitos e revolta, o que interfere principalmente no psicolgico do indivduo. (como observamos inclusive no personagem Capito Nascimento, transtornado mentalmente)Conclumos principalmente que o sistema de Segurana Pblica, manipulado pelo 'dinheiro', necessita de uma reforma com olhos atentos nos direitos do cidado e na Declarao Universal dos Direitos Humanos."Um direito no aquilo que algum d a voc, o que ningum pode lhe tirar."(Ramsey Clark) 5. Referncias bibliogrficas, acessoem20/08/2014., acessoem01/09/2014.DENTILLO, D. B. Nas diferenas e igualdades: linhas tnues separamhumanose animais. Com cincia,n. 134. Disponvel:, acessoem15/08/2014.MARTINS, S. T. F. Processo grupal e a questo do poder em Martn-Bar. Psicologia& Sociedade. v. 15, n. 1, p. 201-217, 2003. Disponvel em:http://cead.aeduvirtual.com.br/201402/mod/multimediaroomtwo/view.php?id=5279acesso em14/08/2014., acessoem14/08/2014., acessoem19/09/2014., acessoem21/08/2014.