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7/27/2019 Atualidades e Geografia - Aula 05 http://slidepdf.com/reader/full/atualidades-e-geografia-aula-05 1/50 CURSO ONLINE ATUALIDADES E GEOGRAFIA PARA ABIN PROFESSORA VIRGINIA GUIMARÃES Prof. Virginia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br  AULA 05: GEOGRAFIA DO BRASIL Olá amigos, mais uma semana se passou e cá estamos nós outra vez! Darei continuidade hoje a alguns assuntos que trabalhamos na aula passada e, apesar de muitos assuntos parecerem já ter sido trabalhados, estejam certos de que sempre há o que acrescentar. Portanto, por mais que lhes possa parecer repetitivo, estejam certos de que há sim novidade, embora ela esteja “diluída” na escrita, ok? O bom de estarmos batendo o edital todo, com calma, é  justamente essa suavidade do aprendizado. Assim, vamos tendo contato com as matérias de uma forma quase “homeopática” e quando vocês se derem conta de tudo o que já foi incorporado de conhecimento, perceberão o quanto de conhecimento já adquiriram! Na nossa aula passada, falei sobre a integração entre estrutura urbana, movimentos migratórios econômicos e sociais, urbanização, taxas demográficas, estão lembrados? Pois bem, optei por trabalhar aquele tópico do edital na aula passada para que, quando chegássemos aqui e fossemos estudar detidamente cada elemento, já tivéssemos um conhecimento prévio a respeito do que cabe a cada um deles. Foi como se eu tivesse começado nossa história mostrando o final e agora vamos no “onde tudo começou”: na industrialização, ok? ;)  Antes de passarmos para os temas propostos, gostaria de fazer uma  pequena observação. Vamos nos valer das questões de concursos anteriores, e algumas serão de 2008 e 2010. Mas porque utilizar 

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AULA 05: GEOGRAFIA DO BRASIL

Olá amigos, mais uma semana se passou e cá estamos nósoutra vez! Darei continuidade hoje a alguns assuntos que

trabalhamos na aula passada e, apesar de muitos assuntos

parecerem já ter sido trabalhados, estejam certos de que sempre há

o que acrescentar.

Portanto, por mais que lhes possa parecer repetitivo, estejam

certos de que há sim novidade, embora ela esteja “diluída” na escrita,

ok? O bom de estarmos batendo o edital todo, com calma, é

 justamente essa suavidade do aprendizado. Assim, vamos tendo

contato com as matérias de uma forma quase “homeopática” e

quando vocês se derem conta de tudo o que já foi incorporado de

conhecimento, perceberão o quanto de conhecimento já adquiriram!

Na nossa aula passada, falei sobre a integração entre estrutura

urbana, movimentos migratórios econômicos e sociais, urbanização,

taxas demográficas, estão lembrados? Pois bem, optei por trabalhar

aquele tópico do edital na aula passada para que, quando

chegássemos aqui e fossemos estudar detidamente cada elemento, já

tivéssemos um conhecimento prévio a respeito do que cabe a cada

um deles. Foi como se eu tivesse começado nossa história mostrando

o final e agora vamos no “onde tudo começou”: na industrialização,ok? ;)

 Antes de passarmos para os temas propostos, gostaria de fazer uma

 pequena observação. Vamos nos valer das questões de concursos

anteriores, e algumas serão de 2008 e 2010. Mas porque utilizar 

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questões tão antigas? Simplesmente porque alguns dos assuntos

tratado nas questões não se referem à atualidade, ok? 

1- O processo de industrialização e suas repercussões na

organização do espaço.

Como falei, ainda na nossa aula demonstrativa, as origens do

processo de industrialização remontam ao século XVlll. Assim,

emergiu na Inglaterra oitocentista uma série de transformações de

ordem econômica, política, social e técnica, que se convencionou

chamar de Revolução Industrial. A partir desse momento, tivemos um

desencadeamento do fenômeno conhecido como industrialização.

Apesar de a industrialização ter se iniciado ainda no século

XVIII, na Europa, hoje ela faz parte do dia-a-dia de praticamente

todos os países do mundo, desenvolvidos ou não. Esse processo

consiste, principalmente, na criação de cada vez mais indústrias, no

refinamento da tecnologia, no método prevalecendo sobre a natureza

e na cidade preponderando sobre o campo. Deste modo, seja nos

países ricos ou nos países pobres, nos capitalistas ou socialistas (sim,

pessoal, a industrialização não foi privilégio dos países capitalistas), o

fato é que esse processo teve fortes conseqüências na organização do

espaço.

È claro, amigos, que esse processo não ocorreu ao mesmo

tempo e do mesmo modo em todos os lugares do mundo.

Definitivamente não! No Brasil, por exemplo, ela foi tardia, pois só

conseguiu se firmar com a chegada de capital estrangeiro aqui. Vocês

estão lembrados do período da Segunda Guerra, quando Getúlio

 “negociou” aquisição de investimentos americanos para construir as

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indústrias de base? Pois então, depois dele veio JK se dispondo a

desenvolver o país – “cinqüenta anos em cinco”. E o que os dois

presidentes têm em comum quanto a isso? O uso do máximo decapital estrangeiro possível.

Assim, foi com base nesse tipo de investimento que se

desenvolveu a industrialização no Brasil, voltada para o atendimento

do mercado interno e dependente de medidas protecionistas diante

da concorrência externa. Mas não vou transformar isso numa aula de

economia. A grande questão que fica e que é nosso principalinteresse é: em que sentido o surgimento de indústrias alterou a

organização do espaço?

Bem, não podemos nos esquecer que o Brasil sempre foi um

país essencialmente agrário e a maioria da população vivia no

campo. Na década de 30, por exemplo, o café era o principal produto

de exportação brasileiro, e a economia do país dependia dele para sesustentar.

 “Sim professora, mas o que a industrialização tem a ver

com a agricultura brasileira?” 

Tem tudo a ver! Apesar de uma efetiva diminuição da

participação do setor agrícola na economia, ele assumiu um papel

fundamental na industrialização do país. Primeiro porque liberou a

mão-de-obra, que antes era utilizada nas lavouras, para o trabalho

nas indústrias. Segundo, porque era a grande responsável pelo

fornecimento de alimentos e matérias-primas para esse novo setor. E

por fim, porque o setor agrícola também se transformou num forte

mercado consumidor. Então, pessoal, o campo teve ou não teve

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diferentes e importantes funções na transformação da organização do

espaço?

Ao longo desse processo, a força de trabalho, que antes era

concentrada, em sua maior parte, no campo, se transferiu para as

regiões industriais. Acontece que sem a liberação de mão-de-obra do

campo haveria uma séria escassez de operários para o trabalho

urbano, o que aumentaria o custo da produção e dificultaria o

incremento da industrialização. Assim, a lógica era que a agricultura

aumentasse sua produtividade por trabalhador para que pudessesobrar gente para trabalhar na cidade. Surge aí o principal fator de

reorganização do espaço, o qual foi abordado na aula passada: o

êxodo rural.

Também não podemos esquecer que, na medida em que

ocorreu o crescimento das zonas urbanas e o desenvolvimento das

indústrias, esses setores precisaram de cada vez mais produtosagrícolas, fosse para alimentação, fosse para matéria prima. A falta

de qualquer uma das duas coisas comprometeria irremediavelmente

o desenvolvimento iniciado. Mais uma vez, ponto pro campo! Sem

ele, o processo industrial poderia ruir.

Além disso, o campo também se constitui em um

importante mercado consumidor daqueles produtos originados pelonovo setor industrial. Na medida em que a agricultura se desenvolvia,

e ela se desenvolvia bastante para dar conta da demanda industrial,

ela necessitava, cada vez mais, de tratores, produtos químicos etc,

ou seja, tudo o que era fornecido pela indústria. Outro aspecto

importante é que, uma vez que a renda desses trabalhadores

aumentasse, poderia haver o crescimento da demanda por bens de

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consumo como fogões e geladeiras, o que tornaria o campo um

excelente mercado consumidor. Veja como o CESPE cobrou isso na

última prova da ABIN.

1(CESPE/ABIN-2008) A industrialização do país é

responsável pela modernização do setor agrícola.

Comentários

O avanço técnico e científico, alcançado pela industrialização

acaba mesmo refletindo na modernização agrícola, e por quê? Bem,

tudo aqui é um processo, lembram daquele efeito dominó? Pois é.

Aqui também é assim, uma coisa empurrando a outra. Assim, se um

país está industrializado é porque conseguiu um significativo avanço

tecnológico que lhe propiciou solidificar seu desenvolvimento. Este

avanço é o principal responsável pela melhoria na construção deimplementos agrícolas mais modernos e capazes de contribuir para a

eficiência da produtividade do campo, ou seja, a industrialização foi

interferindo progressivamente na modernização do campo.

E por que é necessário esse avanço de produtividade? A

princípio, porque uma parte da mão-de-obra migrou para a cidade e,

como a produção não poderia cair por todos os motivos que faleianteriormente, a tecnologia surge como aliada desse setor. Aqui,

novamente, uma coisa puxa a outra, pois maior produção significa

maior lucro, que propicia mais investimento em tecnologias para o

campo. Entretanto, nem tudo são flores, não é mesmo? Quanto maior

a tecnologia, menor a necessidade de mão-de-obra desqualificada - o

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que acaba empurrando os antigos trabalhadores rurais para as

cidades, repercutindo na organização do espaço urbano.

O processo de modernização da agricultura foi intensificado

a partir da segunda metade da década de 1960 por meio de políticas

governamentais especificas de auxilio a esse setor. Este processo

acarretou uma série de impactos sociais, econômicos e ambientais na

realidade produtiva do campo brasileiro.

Bem, pessoal, mas a grande interrogação deste tópico é:

como a industrialização repercutiu na organização do espaço

brasileiro? A resposta a essa questão pode ser deduzida se nos

atentarmos às paisagens que estão a nossa volta, principalmente se

 já tivemos contato com grandes centros industriais. Pensemos por

um minutinho sobre como se organiza o espaço brasileiro! Algumas

regiões são muito populosas, outras praticamente desabitadas,

algumas possuem tecnologias de ponta nas mais diversas áreas eoutras ainda engatinham quanto à urbanização, desenvolvimento

tecnológico etc não é mesmo?

Pois então, dentre as áreas geoeconômicas do Brasil, o

Centro-Sul é a mais rica delas e por isso possui a maior capacidade

produtiva do Brasil, contando com fazendas, indústrias, plantações e

muitas cidades. Apesar de diferentes, os Estados que compõem essaregião possuem ritmo de desenvolvimento econômico semelhante e

por isso foram agrupados.

É no Centro-Sul que se encontra a economia mais dinâmica

do país, responsável pela maior parte do PIB nos setores agrário,

industrial e de serviços, além de concentrar a maior parte da

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população brasileira. São nos estados que compõem essa região que

estão localizados os principais centros de decisões econômicas e

sociais do país.

A essa altura do campeonato, por dedução, vocês já

perceberam que são nesses Estados também que se encontra a maior

concentração industrial do nosso país. Vamos recapitular num

 “esqueminha” pra deixar clara a ordem dos acontecimentos!

As indústrias se instalam em Estados

brasileiros

Migração para as cidadesEspaço se modifica

Espaço se modifica

= Calçadas

e asfaltos

Bolsões de

miséria

Tráfego

caótico

Bairros

decadentesGrandes

conjuntos

habitacionais

s

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Então, pessoal, a industrialização teve uma série de

conseqüências na organização do espaço pelo simples fato de mudar

toda a rotina do ambiente em que ela se instala, entenderam? A

industrialização de uma área sempre acaba alterando o espaço que a

envolve, seja o físico ou o econômico.

É claro que esses processos não ocorreram ao mesmo

tempo e tampouco do mesmo modo, pois até mesmo a configuração

do relevo de cada região pode influenciar. Um exemplo disso seriam

as favelas nas cidades de Recife e do Rio de Janeiro. Além da

paisagem linda que a cidade do Rio esbanja, ela também chama

atenção pela proliferação de favelas por todos os lados, não é

mesmo? Em contrapartida, em Recife, os bolsões de pobreza

dificilmente são vistos se não adentrarmos por ruas estreitas e

lugares desconhecidos. Não estou, de modo algum, afirmando que

não há pobreza, pois ela existe sim e em grande quantidade, contudo

é um fato que ela é bem menos evidente espacialmente. E por que

isso ocorre?

Por um simples motivo: o relevo! Não há morros em Recife

como há no Rio, e isso também faz diferença na organização do

espaço brasileiro. Não, isso aqui não vai virar uma aula sobre relevo,

só quero que vocês percebam que há muitas variantes que

influenciam na forma como o espaço se organiza. O relevo também

explica o porquê de uma indústria se instalar em algumas cidades e

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não em outras. Voltamos, então, àquele nosso velho amigo dominó.

Uma peça puxando a outra.

2-(IRB-2008)- O padrão locacional da indústria ao longo da

industrialização brasileira foi centrípeto, concêntrico e

hierárquico, seguindo a tendência de industrialização das

economias capitalistas avançadas em explorar vantagens de

escala da concentração espacial. (Lemos et al. A organização

territorial da indústria no Brasil. IPEA, 2005.)

Com relação às indústrias no Brasil, julgue (C ou E) os itens

seguintes.

A( ) A industrialização brasileira conheceu um processo de

dispersão que, por ter ocorrido de forma ordenada, evitou a

metropolização dos novos centros industriais.

B( ) Depois de décadas de concentração econômica na cidade

de São Paulo, observa-se um processo inverso, determinado,

entre outras causas, pelas chamadas deseconomias de

aglomeração.

C( )O desenvolvimento da indústria e da agroindústria

resultou na diferenciação e especialização do espaço regional

brasileiro por meio da criação de novas estruturas produtivas,como observado na Amazônia brasileira.

D( )As indústrias de alta tecnologia localizam-se,

preferencialmente, onde existem sistema acadêmico e de

pesquisa bem organizado, serviços urbanos modernos e base

industrial.

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Comentários

A – Bem, a distribuição territorial da indústria no Brasil foimarcada pela falta de planejamento e investimentos desordenados de

capitais estrangeiros e nacionais. Na medida em que o processo de

globalização e internacionalização das empresas ampliou a

participação do capital estrangeiro, cresceu sua importância como

determinante do desenvolvimento econômico nacional e regional.

Mesmo para os países ricos, é difícil dar conta da

organização do espaço e das necessidades das metrópoles que

inevitavelmente são formadas. No Brasil não poderia ser diferente,

não é mesmo? Então a questão está errada! 

B – Pessoal, terei que dar uma palinha de um assunto que

discutiremos num item adiante, quando falarmos das metrópoles.

Esse tópico, inclusive, foi tratado no fórum de dúvidas de um dos

meus cursos quando uma aluna me perguntou sobre como havia sido

a industrialização do Estado de São Paulo. Pensando na importância

da pergunta resolvi encaixar aqui a minha resposta, pois tem tudo a

ver com a questão.

Bem, desde as décadas de 60 e 70, o governo iniciou obras

que incentivavam a economia no interior do Estado de São Paulo.

Assim, na década de 90, houve uma intensificação dos

investimentos em infra-estrutura no interior do Estado, para tentar

diminuir os problemas da urbanização como violência, trânsito,

poluição, enfim, as chamadas deseconomias de aglomeração.

Para ser o mais objetiva possível, ocorre a deseconomia quando a

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aglomeração formada pela massa de trabalhadores nas cidades

começa a destruir mais o espaço do que ajudar a construí-lo.

A partir disso, a maior parte dos investimentos feitos no

Estado de São Paulo foram para o interior, e não para a região

metropolitana. Portanto, a assertiva está correta ao afirmar a

ocorrência de uma desconcentração econômica na cidade de São

Paulo.

C - A letra C é meio auto-explicativa, pois, a partir do

momento em que as indústrias se desenvolveram, foi criada uma

forte distinção no espaço regional brasileiro. Como assim? Se antes

da industrialização o país era quase que homogêneo - pois todos os

Estados tinham a agricultura como principal atividade e estrutura

produtiva - após o desenvolvimento industrial, passa a ficar claro

onde é uma região industrializada e produtiva, e onde não é.

Interessante notar ainda que a questão faz referência a novasestruturas produtivas estabelecidas na Amazônia. Essa referência diz

respeito à Zona Franca de Manaus, que consiste em um pólo

industrial na Amazônia, desenvolvido a partir de uma série de

benefícios fiscais.

D – Por dedução, podemos inferir que essa questão está

correta uma vez que alta tecnologia anda sempre lado a lado comestudos e pesquisas, não é mesmo? Assim, é claro que, podendo

escolher as empresas de altas tecnologias sempre optarão pelas

regiões onde houver sistema acadêmico e de pesquisa bem

organizado, serviços urbanos modernos e base industrial.

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2- A rede brasileira de transportes e sua evolução.

Com tanto crescimento industrial, seria de se esperar que se

desenvolvessem também os meios de transporte, não é mesmo? O

sistema de transportes utilizado no Brasil define-se basicamente por

uma extensa matriz rodoviária e um sistema limitado de ferrovias e

transportes aéreo e fluvial. Pois é, pessoal, apesar do numeroso

sistema de bacias hidrográficas presentes em nosso país, o

transporte fluvial ainda é subaproveitado.

A percepção da necessidade de se criar um modo de acabar

com o isolamento econômico de certos espaços geográficos

brasileiros surgiu desde o inicio da nossa história.

Desde a primeira metade do século XX, a organização

espacial brasileira já era percebida como um imenso arquipélago de

ilhas econômicas, pois a configuração espacial era marcada por

pequenos pólos de desenvolvimento. Assim, seguindo a ideologia

nacionalista da marcha para o Oeste, os governos de Vargas e de

Kubitschek consagraram a integração nacional como objetivo

prioritário das políticas públicas. E como seria possível integrar esse

imenso território senão por meio de grandes obras rodoviárias?

A intenção de se criar uma rede de transportes ligando todo

o país surgiu especialmente com as democracias desenvolvimentistasde Getúlio Vargas e Juscelino Kubitscheck. Se, ainda hoje, ter um

carro é o grande sonho de consumo de boa parte das pessoas,

imagine qual seria naquela época, o grande símbolo da modernidade?

Sim, o automóvel! Ele era disparado o maior avanço em termos de

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transporte e isso provocou uma especial atenção dos governantes na

construção de estradas.

Apesar de bem mais econômica, a malha ferroviária

brasileira é pequena e antiquada. O transporte de passageiros, tão

comum outrora, praticamente desapareceu, restando apenas os de

carga que, em sua maioria, servem para o transporte de minérios.

As únicas linhas de passageiros que ainda preservam serviços diários

de longa distância com relativo conforto são as ligações Maranhão-

Pará e Belo Horizonte-Vitória. Mas, como bons mineiros que somos,não poderíamos deixar de lembrar que ainda existem algumas

ferrovias de interesse exclusivamente turístico, como a Maria fumaça

- que leva turistas de São João Del-Rei/MG a Tiradentes/MG.

Devido a conjunturas internas e externas, o transporte

aéreo no Brasil sofreu grandes modificações que possibilitaram a

aviação brasileira crescer significativamente nos últimos anos. Vou sóabrir um parêntese aqui para lembrar-lhes que, em fev de 2012, o

governo brasileiro procedeu ao leilão de privatização de três dos mais

importantes aeroportos do país, sendo o de Guarulhos (SP), de

Viracopos (Campinas, SP) e de Brasília (DF), que foi realizado na

Bolsa de Valores de São Paulo, Bovespa, e somaram R$ 24,53

bilhões.

Mas, voltemos ao nosso assunto, fechando o parêntese! rsrs

Com o surgimento de novas companhias aéreas e a modernização

das já existentes, foi possível aumentar o número de assentos

disponíveis na malha aérea e popularizar expressivamente os preços.

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No início dos anos 90, o mercado era dominado pela Varig,

como a empresa-símbolo da aviação nacional, a qual, como todos nós

sabemos, faliu. No entanto, com o surgimento de novas empresasaéreas, as tarifas de baixo custo atraíram mais passageiros, o que

estimulou uma saudável competição entre as companhias para

melhorar o serviço e reduzir tarifas. Apesar de todo o avanço do

transporte aéreo, o Brasil ainda tem como malha viária principal o

transporte rodoviário.

È importante pensarmos nas redes de transportes nãoapenas como uma possibilidade de locomoção de pessoas ou

mercadorias, mas também como a principal forma de integração

nacional. Nesse sentido, a construção de Brasília foi um marco no

sistema de transportes brasileiro, uma vez que acarretou a criação de

um novo e ambicioso plano rodoviário para ligar a nova capital a

todas as regiões do país. Entre as rodovias construídas a partir desse

plano destacam-se a Brasília-Acre e a Belém-Brasília, que se estende

por 2.070 km, um terço dos quais atravessa a selva amazônica.

A evolução da nossa rede de transportes foi ocorrendo na

medida em que evoluíam também as formas e as relações de

trabalho. Até a década de 50, quando nossa economia era baseada,

quase completamente, na exportação de produtos primários, o

sistema de transportes se limitou ao fluvial e ao ferroviário. Mas coma aceleração do processo industrial, a política governamental se

voltou ao setor rodoviário. Essa nova diretriz acabou prejudicando as

ferrovias, especialmente na área da indústria pesada e extração

mineral, que tinha nestas a única forma de escoamento de suas

mercadorias. Como conseqüência, o setor rodoviário, que é o mais

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caro depois do aéreo, movimentava, no final do século, mais de

sessenta por cento das cargas.

Bem, vejamos como esses assuntos já foram cobrado em

provas anteriores:

3(CESPE/ABIN-2008) A expansão de rodovias no país foi a

principal responsável por migrações intra e inter-regionais,

fazendo surgir novas cidades nas áreas de expansão da

fronteira agrícola.

Comentários

As estradas brasileiras tiveram sua construção iniciada

apenas no século XIX e as rodovias, pasmem: apenas na década de

1920 e atendendo, em primeiro lugar, exclusivamente o Nordeste em

programas de combate às secas. Mas, com a constituição de

indústrias - como a Petrobrás e a automobilística nacional - aconstrução de rodovias ganhou poderoso impulso.

A partir da expansão das rodovias, áreas outrora

dificilmente conectadas passaram a se integrar cada vez mais. Esta

integração está intrinsecamente ligada à migração, pois as fronteiras

se desfazem, não é mesmo? E sem fronteiras, temos liberdade para

ir onde melhor nos aprouver. Quem de nós não se lembra dasimagens de nordestinos em cima de “paus de arara” migrando para o

Sudeste em busca de melhores condições de vida?

Assim, se antes da expansão das rodovias o Brasil ainda se

constituía num imenso arquipélago de ilhas econômicas, depois dela

teve fim o isolamento geográfico ao qual o país era submetido. Bem,

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uma vez que o transporte rodoviário virou a grande menina dos olhos

dos brasileiros , é certo afirmar que a expansão das rodovias foi a

principal responsável por migrações intra e inter-regionais.

4- (CESPE/ABIN-2008) - A maior participação do transporte

fluvial no escoamento da produção agrícola no Brasil também

é um fator responsável pela expansão da agricultura no país.

Comentários

O Brasil possui mais de 4 mil quilômetros de costa atlântica

navegável e milhares de quilômetros de rios. Apesar da maior parte

dos rios navegáveis estarem localizados na Amazônia, os trechos

hidroviários mais importantes, do ponto de vista econômico,

encontram-se no Sudeste e no Sul do País.

Todavia, como vimos acima, a navegação fluvial no Brasil

está numa posição inferior em relação aos outros sistemas detransportes, sendo o de menor participação no deslocamento de

mercadoria no Brasil. Essa desvantagem ocorre por vários motivos,

como por exemplo, o relevo. Muitos dos nossos rios são

encachoeirados e isso dificulta bastante a navegação (a menos que se

pretenda fazer um rafting, não é?).

Outro motivo é o fato dos rios facilmente navegáveis, comoAmazonas e Paraguai, estarem muito distantes dos principais centros

econômicos do Brasil. Visando à melhor exploração dos rios mais

próximos, têm sido realizadas várias obras, nos últimos anos, com o

intuito de torná-los mais navegáveis. Especialistas estimam que, a

cada real investido em transporte de carga fluvial, o governo

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economiza de R$ 6 a R$7 em gastos para deslocar o mesmo volume

pelas estradas.

Bem pra quem leu até aqui deve estar pensando: “ora,

então a questão está errada! Não, ela esta certíssima.

Um ótimo exemplo disso é o famigerado “velho Chico”.

Apesar de apresentar quedas d'água bastante acentuadas no seu

trecho inicial, a partir de seu médio curso, a navegação já pode ser

realizada. Desde a cidade de Pirapora em Minas até Juazeiro (na

Bahia) e Petrolina, (em Pernambuco), é possível se percorrer

navegando um trecho de aproximadamente 1300 km de extensão.

Por ligar a região Nordeste ao Sudeste, transportando mercadorias e

pessoas, o Rio são Francisco também é conhecido como "rio da

integração nacional".

Atualmente, projetos de irrigação desenvolvidos no Vale do

São Francisco transformam as margens do Rio São Francisco em um

imenso pomar. Muitos de vocês já devem ter ouvido falar das frutas

maravilhosas que são produzidas ali! Uvas sem caroços, manga,

melancia, mamão, melão e toda espécie de fruta de alta qualidade

viraram o verdadeiro boom da agricultura comercial nessa região.

Voltada para os mercados interno e, principalmente externo, essa

região é ocupada por grandes empresas agrícolas, sendo que ospequenos produtores acabam se instalando mais distante das

margens, o que dificulta o acesso à irrigação.

Enfim, pessoal, apesar de ainda estarmos muito longe

do aproveitamento total de nossas águas pluviais, a

participação atual do transporte fluvial no escoamento de

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mercadorias é sim um grande incentivador da agricultura pelo país.

Portanto a questão esta certa.

3- A estrutura urbana brasileira e as grandes metrópoles

Com o incremento das redes de transporte, o século XIX

presenciou um verdadeiro surto de fundação de novas vilas e cidades

no interior das diferentes regiões brasileiras. Além disso, as cidades

mais antigas passaram por um intenso processo de transformação,

tanto em sua dimensão espacial como no seu perfil arquitetônico.

Bem, amigos, é importante olharmos à nossa volta e

perceber que nem sempre as coisas foram assim. Várias

transformações ocorreram para que nosso espaço tivesse a

configuração que ele tem hoje. Se toda a estrutura urbana atual é

fruto da industrialização, isso só ocorre porque ela está diretamenteligada à permanente mutação das estruturas econômicas e sociais.

Todavia, apesar do processo de produção influenciar na

transformação do espaço, ela está sujeita aos processos de

obsolescência, uma vez que as estruturas físicas que a compõem

possuem uma vida útil relativa.

Assim, essa urbanização é um conjunto de estruturas

dinâmicas que mudam de acordo com o período e estágio econômico

vivido pela sociedade. Isso ocorre, principalmente no Brasil, porque

planejar a construção ou ampliação das cidades não é uma prática

comum nos Estados, que resolvem os problemas da estrutura urbana

na medida em que eles surgem. Mas afinal, o que é uma estrutura

urbana?

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Estrutura urbana é tudo o que compõe o espaço da

aglomeração urbana, ou seja, as habitações, a forma

como utilizam a terra, enfim, todos os processos

individuais de produção e de reprodução que ocupam

aquele espaço.

Pois é, pessoal, não há como definir exatamente uma

representação da estrutura urbana, pois ela seria sempre parcial, já

que estaríamos focalizando apenas alguns de seus aspectos. Deste

modo, é bom termos em mente que cada estrutura é específica deum determinado momento histórico.

Um fato marcante da urbanização brasileira nos últimos

anos é o contínuo crescimento das regiões metropolitanas, que é

fruto direto da "recente" modernização industrial brasileira. Essa

modernização do Estado permite falar da existência de metrópoles

até mesmo nos países pobres ou muito pequenos, uma vez que esse

fenômeno é inseparável do da grande cidade ou da capital de

qualquer estado mais moderno. Com a revolução do consumo no

mundo, a cidade grande adquiriu a função de metrópole, pois novas

necessidades surgiram junto com o inchamento e uma diversificação

de atividades.

Segundo Milton Santos, as metrópoles são:

“Grandes cidades que se irradiam sobre um vasto

território e dotadas de uma importante gama de atividades

destinadas a satisfazer as exigências da vida cotidiana da

totalidade da população nelas contida.” 

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Assim, o termo metrópole não se refere apenas à cidade-

mãe, mas engloba todo o espaço em conurbação com essa cidade,

que forma uma região complexa e integrada. Por isso podemos dizerque as metrópoles suprem as necessidades das diferentes camadas

sociais que ela comporta, oferecendo serviços tanto as massas

quanto às camadas mais privilegiadas dessa sociedade.

Apesar de já termos falado detidamente em aulas anteriores

sobre algumas das características das metrópoles, não custa nada

relembrar, não é mesmo? Pois bem, toda metrópole possui, em maiorou menor grau, as seguintes características especificas:

1- Um crescimento físico que expande a cidade ao ponto de

levá-la para fora de seu perímetro.

2- A existência de um centro histórico onde se concentram

as atividades de serviços e a estrutura político-administrativa de cada

uma das cidades que juntas formam a conurbação.

3- O fluxo de circulação de veículos com dois picos de maior

intensidade, normalmente no período da manhã e no final da tarde,

originando o chamado fluxo pendular que atravessa mais de uma

cidade.

As metrópoles são a forma mais aguda do processo de concentração

espacial que o capitalismo engendrou neste século. Afirmo isto

porque, em nenhum outro momento da nossa história, o capital foi

capaz de construir formas de agrupamento urbano com a amplitude e

complexidade como os que temos hoje. Para termos uma idéia de

como essas regiões metropolitanas têm crescido, observem no

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quadro abaixo que em sua maioria, estas, cresceram mais do que

seus respectivos Estados.

Vamos dar uma olhada no quadro de crescimento –

Locais Crescimento do

Estado

Crescimento da Região

Metropolitana

São Paulo  1,08  SP 0,97 Rio de janeiro 1,06 RJ 0,76

Minas Gerais 0,91 BH 1,34

Rio Grande dosul

0,49 Porto Alegre 1,16

Pernambuco 1,06 Recife 0,50

Bahia 0,70 Salvador 1,34

Ceará 1,29 Fortaleza 2,10 

Paraná 0,88 Curitiba 1,57 

Pará 2,05 Belém 1,50

Fonte: IBGE/Sinopse Censo 2010

Pois é, pessoal, a forte tendência à concentração urbana,

que vinha ocorrendo desde a década de 40, acabou favorecendo um

extraordinário crescimento desses importantes pólos econômicos

regionais. Mas por que algumas são exceções? Como nossa amiga no

fórum de dúvidas já tinha aventado, é bom analisarmos isto com

cuidado.

Entre todas as regiões metropolitanas brasileiras, a de São

Paulo é sem dúvida a mais dilatada, não somente no número de

habitantes como também pela extensão da área abrangida.

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Atualmente, essa região é considerada a maior rede urbana do Brasil,

 já tendo passado por sucessivos processos de desenvolvimento

econômico desde a economia do café no século XIX.

Mais da metade de todas as sedes das multinacionais

existentes no país estão localizadas na cidade de São Paulo,

transformando-a num centro de gestão do grande capital. Entretanto,

não é isso o que confere ao Estado de São Paulo o título de principal

pólo econômico e industrial da América do Sul e maior mercado

consumidor do Brasil. Não! O seu desenvolvimento industrial nointerior é que é o grande colaborador desse status.

Ainda na década de 60 e 70, o governo estadual promoveu

diversas obras para estimular a economia do interior do estado,

esvaziada desde a queda da bolsa em 1929. Uma vez fortificada a

economia dessa região, os investimentos em infra-estrutura foram

intensificados nas décadas de 80 e 90. A partir de então, a maiorparte dos investimentos feitos no Estado de São Paulo foram para o

interior e não para a região metropolitana, fazendo com que o Estado

continuasse crescendo, mas a região metropolitana não fosse a única

causadora desse incremento.

Vejamos como o assunto urbanização costuma ser cobrado

pelo CESPE:

5(CESPE/IRB-2010) Rede urbana pode ser definida como um

conjunto funcionalmente articulado que reflete e reforça as

características sociais e econômicas de um território. Em cada

região do mundo, a configuração da rede urbana apresenta

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especificidades. Com relação a redes urbanas no Brasil, julgue

(C ou E) os itens subseqüentes:

A( ) O avanço das fronteiras econômicas, como a

agropecuária na região Centro-Oeste e a mineral na região

Norte, contribuiu para a expansão do sistema de cidades.

B( )Ainda hoje, verifica-se a polarização exercida pelas

metrópoles Rio de Janeiro e São Paulo, por meio da

concentração de indústrias e de serviços.

C( )Tal como ocorre com países desenvolvidos e altamente

industrializados, no espaço urbano brasileiro predominam as

atividades do setor terciário, que emprega a maior a parte da

população ativa.

D( )No século XXI, tem-se observado crescente fluxo

migratório das cidades médias para as grandes metrópoles

nacionais, que ainda se mantêm como os maiores pólos de

atração populacional do país.

Comentários

A- O processo de industrialização, principal responsável pelo

avanço das fronteiras econômicas e agropecuárias tem eliminado

gradativamente a separação entre a cidade e o campo, entre o rural

e o urbano. Assim, campo e cidade formam uma unidade em que asatividades praticadas em um setor estimulam e auxiliam o

desenvolvimento do outro. Portanto, podemos sim considerar que o

avanço das fronteiras econômicas contribuiu para a expansão do

sistema de cidades.

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B- Apesar de termos visto que o Brasil vem seguindo a

tendência mundial da descentralização industrial e que várias outras

regiões do país vêm sendo “agraciadas” com a instalação deindústrias, essa questão está correta. A concentração de indústrias no

sudeste brasileiro, principalmente nas cidades do Rio de Janeiro e

São Paulo, ocorreu de forma muito desproporcional em relação ao

restante do país. Assim, ainda hoje encontramos uma polarização

nessas duas metrópoles, que concentram indústrias e serviços.

C- Ao contrário do que muitos possam pensar, os paísesonde os setores terciário e quaternário da indústria predominam são

exatamente aqueles considerados desenvolvidos. Mas, afinal, o que

são esses setores? O setor terciário é aquele que diz respeito aos

serviços em geral e por isso é o que mais contrata trabalhadores,

sejam profissionais liberais, como advogados e médicos, sejam

profissionais informais, como os camelôs. Setor quaternário é o

setor responsável pela robótica, cibernética e informática. Ele está,

assim, diretamente ligado à tecnologia e, portanto, ao

desenvolvimento.

D- Ao contrário do século XX, quando a grande maioria do

fluxo migratório ocorria do campo em direção às cidades e às grandes

metrópoles nacionais, o que percebemos no século XXI é outro

movimento. A busca por trabalho é o principal impulso que aindamove muitos fluxos migratórios já que, em alguns casos, é a única

alternativa para muitas populações responderem aos desafios

econômicos e sociais impostos pela globalização. Como vimos

anteriormente, tanto no Brasil, como no mundo, há uma tendência

das indústrias “fugirem” dos pólos econômicos do país, promovendo

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uma descentralização industrial. Se as empresas vão para outros

lugares, para onde haveria de ir a mão de obra senão atrás dela, não

é mesmo? Portanto, a questão está errada!

4- A dinâmica das fronteiras agrícolas e sua expansão para o

Centro-Oeste e para a Amazônia.

Bem, com toda essa urbanização, industrialização e

incremento das redes de transporte, vocês devem estar curiosos

sobre o campo, não é mesmo? Uma vez que já sabemos que as

coisas se relacionam, é de se imaginar que o desenvolvimento

capitalista no Brasil acabou resultando numa reordenação territorial

do campo brasileiro.

Não é mais segredo pra vocês que nas ciências humanas,

donde se encaixa a geografia que estamos estudando, os

acontecimentos são processos que se relacionam e se influenciam,

certo?

Pois, então, a formação dos grandes mercados urbanos nas

regiões metropolitanas acabou estimulando que novos produtos

agrícolas fossem cultivados. Esse processo resultou na criação de

novas áreas produtoras e na revigoração de antigas áreas falidas que

voltaram à cena econômica. Essa dinâmica foi fundamental para o

abastecimento do crescente mercado interno e para o estímulo da

expansão de uma cultura de exportação. Nesse sentido, o Estado foi

um importante parceiro dos grandes agricultores, pois através de

incentivos fiscais ele contribuiu para o incremento da produção de

grãos, por exemplo.

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Com essa ajuda, o Estado instigou o crescimento de setores

que teriam preços altos no mercado, como a soja e o arroz,

possibilitando a produção em grande escala dessas culturas.Entretanto, essa industrialização da agricultura acabou tendo como

conseqüência grave o desamparo às culturas que constituem a

alimentação básica dos trabalhadores brasileiros.

Apesar disso, a ação do Estado, em conformidade com a

lógica capitalista, criou políticas públicas voltadas para a construção

de novos pólos de desenvolvimento agrícola, como o Polocentro, oPolonordeste, e o Poloamazônico, expandindo as fronteiras agrícolas

para o Centro-Oeste e para a Amazônia.

O Polocentro, localizado no cerrado do Brasil Central teve

sua criação (1951-1970) direcionada à expansão e ao crescimento

canavieiro, e atualmente é o maior produtor e exportador de soja e

arroz do país. O Polonordeste obteve investimentos, sobretudo para aZona da Mata nordestina e no Sertão. Já a região semi-árida, contou

com projetos de irrigação, tanto nos açudes quanto nos vales dos rios

da região. Por fim, o Poloamazônico foi responsável pelo

estabelecimento dos pólos de desenvolvimento agro mineral e

agropecuário da região amazônica, o que inegavelmente resultou nos

atuais processos de desmatamento e violência na região.

Na Amazônia, a vegetação nativa sempre foi considerada

um entrave ao desenvolvimento da região e, ainda hoje, encontramos

essa postura por parte de agricultores e pecuaristas diante da

floresta. Um exemplo disso é a pecuária extensiva que, apesar de ser

considerada como a desbravadora das fronteiras nacionais, é a

grande responsável pela destruição de extensas áreas de florestas

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nativas. Em detrimento da biodiversidade local, essas áreas, sem

nenhuma aptidão agropecuária, são utilizadas por alguns anos e

depois abandonadas. Trabalharei os detalhes e especificidades dadinâmica e expansão das fronteiras agrícolas nas questões a seguir.

(CESPE/ABIN-2008) Perduram imagens obsoletas sobre a

região amazônica, verdadeiros mitos. Não apenas os mitos

tradicionais da terra exótica e dos espaços vazios, mas

também mitos recentes que obscurecem a realidade regional e

dificultam a elaboração de políticas públicas adequadas ao seudesenvolvimento. Nas últimas décadas do século XX,

mudanças bem mais drásticas ocorreram na região, tanto no

que se refere a aspectos políticos e econômicos quanto no que

diz respeito a políticas públicas. As populações regionais se

organizam e se tornam atores políticos significativos, a

cooperação internacional financeira e tecnocientífica assume

influência crescente, e o terceiro setor emerge como mediador

de interesses diversos, reduzindo o papel do Estado. (B. K.

Becker. Amazônia: nova geografia, nova política regional e

nova escala de ação. In: M. Coy e Kohlhepp (Coords.).

Amazônia sustentável. Garamond, 2005, p. 23-4 (com

adaptações).)

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os

próximos itens, acerca das transformações político-

econômicas que têm ocorrido na região amazônica.

6 - (CESPE/ABIN-2008) A forma de ocupação da Amazônia

mudou, e a valorização de seus produtos extrativos no

mercado internacional, que persiste na atualidade, determina

a ocorrência de novos ciclos econômicos.

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Comentários

Os produtos extrativos amazônicos que têm tido valorizaçãono mercado internacional não foram suficientemente fortes para

iniciar um novo ciclo econômico como o ocorrido durante a Segunda

Guerra Mundial, quando a borracha atraiu milhares de pessoas para

aquela região. Portanto, a questão está errada.

7 - (CESPE/ABIN-2008) A implementação de novas políticas

regionais trouxe como conseqüência para a Amazônia a

desarticulação dessa região da dinâmica socioeconômica no

Brasil, prevalecendo, então, os interesses locais, isto é, da

própria região.

Comentários

Bem, ao contrário do que afirma a assertiva, as novas

políticas regionais visam justamente articular a Amazônia ao restantedo Brasil. Tanto é que foi criada uma autarquia federal vinculada ao

Ministério da Integração Nacional: a SUDAM. A Superintendência do

Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) tem como finalidade

promover o desenvolvimento includente e sustentável de sua

área de atuação e a integração competitiva da base produtiva

regional na economia nacional e internacional. É preciso

salientar que a SUDAM foi recriada em 2007, pelo presidente Luiz

Inácio Lula da Silva, em substituição Agência de Desenvolvimento da

Amazônia (ADA)

Nesse sentido, a região Amazônica vem se consolidando por

meio de políticas públicas como uma grande referência ambiental, o

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que abre o debate sobre os benefícios a Amazônia pode proporcionar

ao planeta. A partir disso, surgem novos recursos internacionais para

proteção ambiental e ocorre o aumento do estímulo do EstadoNacional para consolidar a integração social e econômica da

Amazônia com o restante do país.

8 - (CESPE/ABIN-2008) O aproveitamento da vastidão das

terras da região amazônica por meio da alocação de pequenos

produtores rurais, na segunda metade do século XX,

desencadeou intenso fluxo migratório para a região.

Comentários

As correntes migratórias que mais marcaram a Amazônia

estavam ligadas aos interesses internacionais, como no final do

século XIX e na primeira metade do XX, por ocasião da Segunda

Guerra Mundial. O interesse sempre voltado para borracha, produzida

industrialmente a partir da extração do látex das seringueiras típicas

dessa região, movimentaram a demografia do local, quando os

"soldados da borracha" se dirigiram do Nordeste rumo à Amazônia.

Todavia, foi na segunda metade do século XX que ocorreram as mais

recentes e numerosas correntes migratórias para a região amazônica,

num projeto de colonização dessa área idealizado pelos governos

militares. Esta questão está, portanto, correta. 

9-(CESPE/ABIN-2008) Na região amazônica, a

desconcentração da propriedade da terra, decorrente da

ocupação desta por pequenos agricultores, direcionados por

programas de assentamento implementados tanto pelo

Estado, no caso do Programa Integrado de Colonização,

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quanto pela iniciativa particular, tornou a estrutura fundiária

da Amazônia diferente da de outras regiões do país, em que

existem os conflitos agrários.

Comentários

Já na sua primeira linha, essa questão dá indícios de erro,

pois fala sobre uma possível desconcentração da propriedade das

terras que todos nós sabemos que não é verdade. Na Amazônia,

assim como nas demais regiões do país, a estrutura fundiária ainda

conta com imensos latifúndios nas mãos de poucas pessoas

10-(CESPE/ABIN-2008)- Na Amazônia, o avanço da fronteira

agrícola ocorre por meio da recuperação das áreas degradadas

utilizadas para o cultivo de produtos, cuja exportação

representa uma forma de inserção do Brasil no mercado

internacional.

Comentários

A fronteira agrícola citada na assertiva diz respeito a uma

faixa que determina até onde pode ir o avanço da agropecuária sobre

a floresta amazônica, principalmente o cultivo da soja. Apesar de

trazer muitos benefícios para a economia do país, essa cultura tem

sido muito prejudicial ao meio ambiente da região, dada a grandedevastação que ela causa. Mas a pergunta que não quer calar é: por

que na Amazônia ela é mais devastadora que em outras regiões?

Bem, o solo da Amazônia tem uma característica bem

peculiar, pois possui fina e única camada de nutrientes que, uma vez

retirada, deixa o solo irreversivelmente improdutivo. Assim, após a

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colheita da soja, o correto a se fazer seria deixar o solo “descansar” 

para recuperar os nutrientes perdidos durante a plantação. Porém

não é isso o que ocorre. Em contraposição ao recomendado, oslatifundiários continuam plantando com vistas somente ao lucro e

ignoram a tão necessária recuperação das áreas degradadas.

Com relação ao processo de modernização agrícola brasileira e

suas implicações, julgue os itens subseqüentes.

11- (CESPE/ABIN-2008) Embora sejam evidentes os esforços

de modernização das atividades no campo, o aumento do

volume da produção brasileira decorre do aumento da área de

terra cultivada.

Comentários

O grande responsável pelo significativo aumento do volume

da produção agrícola brasileira é a modernização das tecnologiasutilizadas no campo. Com o êxodo rural ocorrido a partir da década

de 60, o aumento das áreas cultivadas seria completamente inútil

senão houvesse a modernização do campo. Se o aumento da área

cultivada não fosse acompanhado da modernização, não haveria

trabalhadores suficientes para cultivar a terra.

12-(CESPE/ABIN-2008) Resultante da maior inserção do paísno contexto internacional, a modernização agrícola, com a

conseqüente queda da necessidade de trabalho humano no

campo, contribuiu para o processo de urbanização no Brasil.

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Comentários

Essa assertiva está perfeita, pois, como já vimos anteriormente, foi apartir da modernização agrícola - que possibilitou o melhoramento

genético de sementes, melhor capacidade de colhedeiras etc - que o

Brasil pode se tornar competitivo no mercado internacional. Além

disso, foi essa mesma modernização que resultou na diminuição de

ofertas de emprego, empurrando toda a antiga mão-de-obra para os

centros urbanos do país.

13(CESPE/ABIN-2008) O desenvolvimento agrícola ocorrido

no Brasil coloca-o como provedor de bens primários para o

mercado mundial, já que o país apresenta incipiente nível de

industrialização.

Comentários

Em sua primeira parte, a questão até está certa, uma vezque o Brasil realmente é um grande fornecedor de bens primários

para o mercado mundial. Só pra lembrar, pessoal, são considerados

bens primários as atividades da agricultura, silvicultura, pecuária,

extração vegetal, mineral, caça, pesca e piscicultura.

Todavia, ao assegurar que o Brasil apresenta um nível de

industrialização incipiente, a assertiva comete um erro inegável.Muitas pessoas acreditam que, devido ao fato do Brasil ser um país

de industrialização recente, ele possui uma industrialização simples.

Isso não é verdadeiro! Desde o plano de metas de JK até os dias

atuais, muitas modificações foram feitas e desenvolvimentos

significativos foram alcançados dentro da indústria nacional.

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14(CESPE/ABIN-2008) No Brasil, as mudanças nos padrões

produtivos geram efeitos sociais, tais como o desemprego, o

subemprego e a migração inter e intra-regional.

Comentários

Bem, pessoal, depois de tudo o que estudamos sobre a

modernização no campo, essa questão esta no papo, não é mesmo?

A partir do momento que o campo se modernizou e a industrialização

se instalou nas cidades, o sonho da vida melhor estimulou fortemente

o fluxo migratório inter e intra-regional. Aí alguém pode pensar: e o

desemprego? Na verdade, amigos, o desemprego é a principal mola

propulsora para o subemprego, pois quando há necessidade de

trabalhar e não se tem escolha, o que vier a pessoa aceita, não é

mesmo? Pois bem, a mão-de-obra que sai do campo em direção à

cidade é formada por trabalhadores sem qualificação que acredita na

possibilidade de uma vida melhor, já que no campo estão sendo cadavez mais substituídos pelas máquinas. Portanto, a questão está

certa.

15(CESPE/ABIN-2008) Os conflitos pela posse de terra no

Brasil ocorrem tanto nas áreas tradicionais de produção

agropecuária como nas novas áreas de expansão agrícola, a

exemplo da região Centro-Oeste.

Comentários

Pessoal, não há muito que comentar sobre essa questão:

ela está perfeita. Assistindo aos noticiários, vemos que as disputas

pela posse de terras no país não são privilégio, nem exclusividade, de

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nenhuma região em especial! Elas permeiam tanto as áreas mais

tradicionais quanto as novas áreas agrícolas, como o Centro-Oeste.

A luta pela terra envolve uma heterogeneidade de

transformações sociais no espaço agrário brasileiro, o que gera um

aumento da violência política e costumeira dos proprietários

fundiários. Ao mesmo tempo, a seletividade do Estado nos conflitos

agrários acaba evidenciando uma continuidade do processo de

dilaceramento da cidadania no campo, que revela o vigor das lutas

agrárias.

O Brasil é um importante produtor agrícola que tem ampliado

suas exportações, principalmente as do agronegócio. Ganhos

em produtividade são reconhecidos em todos os fatores da

produção: terra, trabalho e capital. Tendo em vista o

panorama da agricultura brasileira na atualidade, sua

evolução e características principais, julgue os itens que seseguem.

16(CESPE/ABIN-2008) A expansão agrícola, ao inaugurar

novos pólos de crescimento econômico e ao disseminar os

programas de assentamento rural, ajudou a atenuar o

problema da concentração da propriedade de terras no país.

Comentários

Mais uma vez temos uma assertiva que começa muito bem,

mas termina muito mal! Em sua primeira parte, a questão até está

certa, pois a expansão agrícola favorece o surgimento de novos pólos

de crescimento econômico sim. Entretanto, essa expansão nunca

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sequer propôs nenhum tipo de programa de assentamento rural que

atenuasse o problema da concentração de terras no país que, como

nós sabemos, resiste no tempo e no espaço desde os primórdios denossa colonização.

17(CESPE/ABIN-2008) Um dos aspectos que compõem o

quadro de modernização da agricultura brasileira é a formação

de complexos agroindustriais como aqueles ligados à

fruticultura.

Comentários

O Brasil é o terceiro produtor mundial de frutas,

contribuindo com 10% da produção mundial, o que equivale a 42

milhões de toneladas por ano. Apesar dessa grande abundância essa

atividade, que tem grande importância social, devido a mais de 4

milhões de empregos que gera, sua participação no mercado

internacional, ainda é baixa, estando em 15º lugar como exportador,

isto devido a grande demanda interna.

Todavia, pessoal, para acertarmos essa questão, basta que

nos lembremos do rio São Francisco e os benefícios conseguidos pela

tecnologia, que possibilitou irrigar o semi-árido e dar vida a uma das

maiores culturas de frutas para exportação do brasil. Este é um dos

maiores exemplos de como a modernização da agricultura favoreceu

a formação de complexos agroindustriais ligados à fruticultura, porém

não é o único. O Ministério da Agricultura vem desenvolvendo

projetos, inclusive junto a Estados com pouca tradição na produção

de frutas, como Tocantins e Mato Grosso.

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Deste modo, o ministério fomenta tecnologias que estão

viabilizando uma infra-estrutura adequada para implantação de

programas que permitem produzir frutas durante todo o ano.

18(CESPE/IRB-2009)- A análise da dinâmica da modernização

da agricultura brasileira é importante para o entendimento da

sociedade do Brasil contemporâneo. A esse respeito, julgue (C

ou E) os itens subseqüentes.

A( ) Atualmente, observa-se, nas áreas de expansão da

fronteira agrícola no Brasil, um sistema produtivo intenso e

mecanizado, que gera poucos empregos diretos e baixo índice

de urbanização e de migrações.

B( ) Devido à consolidação da agricultura irrigada —

parcialmente voltada para a exportação — e da produção

moderna de grãos, bem como à modernização dos

empreendimentos voltados para a produção de têxteis, a

região Nordeste do Brasil apresenta, atualmente, bons índices

de desenvolvimento no que se refere a indicadores sociais,

superando, inclusive, índices do Centro-Sul.

C( ) O cerrado brasileiro é um bioma propício à atividade

agrícola, como comprova sua alta produtividade nas últimas

décadas, graças, especialmente, à fertilidade do seu solo, que

não exige corretivos.

D( ) O fato de as indústrias deixarem de se concentrar no

sudeste do Brasil tem relação com o processo de

modernização da agricultura brasileira.

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Comentários

A- Se tem uma coisa que a expansão das fronteirasagrícolas no Brasil não gerou foi baixo índice de urbanização e de

migrações, não é mesmo? Portanto, a questão esta errada

B- Apesar de todo o inegável avanço alcançado pela região

Nordeste no que diz respeito aos índices de desenvolvimento social e

econômico, eles ainda estão muito aquém dos indicadores

encontrados no Sudeste do país.

C- A alta produtividade da agricultura do cerrado está

diretamente ligada a investimentos na modernização de técnicas que

permitem corrigir a falta de fertilidade própria ao solo desse bioma,

que naturalmente não favorece a agricultura.

D- A difusão da modernização, em todas as áreas, donde

se inclui a agricultura, é sim a principal causadora dadesconcentração industrial. Foi esse desenvolvimento que modificou

os sistemas de transportes e telecomunicações e possibilitou uma

maior integração do território nacional. Do mesmo modo, as

transformações tecnológicas permitiram um maior controle, mesmo à

distancia, dos processos produtivos. Tudo isso favoreceu

sobremaneira a desconcentração industrial, com a instalação de

fábricas modernas em diversos pontos do País.

19(IRB-2008)- Acerca da estrutura agrária e de questões

ambientais atuais no nordeste brasileiro, julgue (C ou E) os

itens que se seguem.

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A( ) Na região Nordeste, apesar da semi-aridez

predominante, é possível encontrar ilhas de umidade, nas

quais se registra desenvolvimento agrícola intenso.

B( ) Verifica-se que, nos últimos anos, houve aumento de

área irrigada no Vale do São Francisco, o que está associado

ao destaque dado à produção de frutas in natura para

exportação.

C( ) A escassez de chuvas durante as secas no nordeste

brasileiro reduz a produção agrícola e causa desemprego

generalizado no campo. Esse condicionamento dos problemas

sociais por questões ambientais é característico das regiões

áridas e semi-áridas de todo o mundo.

D( ) O agreste nordestino, região de transição entre a zona

da mata e o sertão, é a parte mais povoada do interior do

nordeste brasileiro, registrando-se variações populacionais

nos períodos mais secos.

Comentários

A- A irrigação no Nordeste pode ser compreendida como um

processo em que o Estado patrocinou a modernização do espaço

agrário brasileiro. Como assim? Propondo a irrigação como umaalternativa para o desenvolvimento regional, o governo implantou

projetos que propiciaram o enfrentamento das adversidades físicas e

dos desníveis sócio-econômicos. Assim, a irrigação levada a

determinadas áreas do Nordeste constituíram um forte impulso ao

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desenvolvimento agrícola dessas regiões, que são consideradas

verdadeiras ilhas de umidade. 

B- A essa altura de nossa aula vocês já não agüentam mais

ouvir falar do rio São Francisco, não é? Mas essa será a última vez,

ok? (ao menos nesta aula, é claro!)

Pois bem, essa região é uma área bastante fértil e que tem

recebido diversos investimentos para irrigação dos governos federal e

estadual. Diante de todo esse incentivo, ela se constituiu num

importante pólo produtor de frutas e hortaliças. Portanto, a assertivaestá correta.

C- Apesar de pertencer ao Nordeste, a região onde mais se

desenvolve a agricultura está compreendida entre as cidades de

Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, em Pernambuco. Essa região se

tornou o maior conglomerado urbano do semi-árido e atingiu a

estabilidade em sua produção agrícola, que não mais é atingida pelaseca, já que há irrigação de suas culturas.

D- Essa assertiva exigia pouca análise e sim um

conhecimento mais denso de geografia, não é mesmo?

Em função das diferentes características físicas que possui, a região

Nordeste se encontra dividida em quatro sub-regiões: Meio-norte,

Zona da Mata, Agreste e Sertão. Cerca de 60,6% da população

nordestina se concentra na faixa litorânea, próxima a Zona da Mata e

nas principais capitais. Em contrapartida, no sertão nordestino e no

interior os níveis de densidade populacional são bem mais baixos,

devido principalmente ao clima, à vegetação e à falta de

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infraestrutura e emprego. Assim, está correto afirmar que o agreste

nordestino é a parte mais povoada do interior do Nordeste brasileiro.

Nosso resumo de hoje vai ser a figura abaixo. Viram como fica maisfácil de assimilar?

RIALIZAÇÃO 

INDUSTRIALIZAÇÃO

Imigração inter

regional

Modernização

do campo

Modificação

do espaço

Necessidade de

descentralização

Surgimento

das

metrópoles

Evolução das

redes de

transporte

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Bibliografia

ROSS, Jurandir Sanches (org). GEOGRAFIA DO BRASIL. - 6ª- edição- São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.

GREGORY, Derek, et alli. Geografia Humana. Sociedade, Espaço e

Ciência Social. Rio de Janeiro: Zahar, 1996.

GREMAUD, Amaury Patrick. Economia brasileira contemporânea.

São Paulo: Atlas, 2009.

SANTOS, Milton. Por uma Geografia nova. São Paulo: Editora da

Universidade de São Paulo, 2008.

 _____________. O Espaço dividido: os dois circuitos da

Economia urbana dos países subdesenvolvidos. São Paulo:

Editora da Universidade de São Paulo, 2008.

SILVEIRA, Maria Laura (org.). Continente em Chamas.

Globalização e território na América Latina. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira, 2005.

Disponível em:<http://exame.abril.com.br/revista-

exame/edicoes/1033/noticias/a-cesta-de-frutas-da-embrapa?page=2

>Acesso em 23/04/2013

Disponível :

http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/00

00000402.pdf . Acesso em 24/04/2013

BAENINGER, Rosana Aparecida, PERES, Roberta Guimarães.Metrópoles Brasileiras No Século 21: Evidências Do Censo

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Demográfico De 2010. Disponível em: <htpp// e-revista.unioeste.br.

 Acesso em 24/04/2013

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LISTA DE QUESTÕES

1(CESPE/ABIN-2008) A industrialização do país é responsável pela

modernização do setor agrícola.

2(CESPE/IRB-2008) O padrão locacional da indústria ao longo da

industrialização brasileira foi centrípeto, concêntrico e hierárquico,

seguindo a tendência de industrialização das economias capitalistas

avançadas em explorar vantagens de escala da concentração

espacial. (Lemos et al. A organização territorial da indústria no Brasil.

IPEA, 2005.)

Com relação às indústrias no Brasil, julgue (C ou E) os itens

seguintes.

A( ) A industrialização brasileira conheceu um processo de dispersãoque, por ter ocorrido de forma ordenada, evitou a metropolização dos

novos centros industriais.

B( ) Depois de décadas de concentração econômica na cidade de

São Paulo, observa-se um processo inverso, determinado, entre

outras causas, pelas chamadas deseconomias de aglomeração.

C( )O desenvolvimento da indústria e da agroindústria resultou na

diferenciação e especialização do espaço regional brasileiro por meio

da criação de novas estruturas produtivas, como observado na

Amazônia brasileira.

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D( )As indústrias de alta tecnologia localizam-se, preferencialmente,

onde existem sistema acadêmico e de pesquisa bem organizado,

serviços urbanos modernos e base industrial.

3(CESPE/ABIN-2008) A expansão de rodovias no país foi a principal

responsável por migrações intra e inter-regionais, fazendo surgir

novas cidades nas áreas de expansão da fronteira agrícola.

4(CESPE/ABIN-2008) A maior participação do transporte fluvial no

escoamento da produção agrícola no Brasil também é um fator

responsável pela expansão da agricultura no país.

5(CESPE/IRB-2010) Rede urbana pode ser definida como um

conjunto funcionalmente articulado que reflete e reforça as

características sociais e econômicas de um território. Em cada região

do mundo, a configuração da rede urbana apresenta especificidades.

Com relação a redes urbanas no Brasil, julgue (C ou E) os itens

subsequentes:

A( )O avanço das fronteiras econômicas, como a agropecuária na

região Centro-Oeste e a mineral na região Norte, contribuiu para a

expansão do sistema de cidades.

B( )Ainda hoje, verifica-se a polarização exercida pelas metrópoles

Rio de Janeiro e São Paulo, por meio da concentração de indústrias ede serviços.

C( )Tal como ocorre com países desenvolvidos e altamente

industrializados, no espaço urbano brasileiro predominam as

atividades do setor terciário, que emprega a maior a parte da

população ativa.

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D( )No século XXI, tem-se observado crescente fluxo migratório das

cidades médias para as grandes metrópoles nacionais, que ainda se

mantêm como os maiores pólos de atração populacional do país.

(CESPE/ABIN-2008) Perduram imagens obsoletas sobre a região

amazônica, verdadeiros mitos. Não apenas os mitos tradicionais da

terra exótica e dos espaços vazios, mas também mitos recentes que

obscurecem a realidade regional e dificultam a elaboração de políticas

públicas adequadas ao seu desenvolvimento. Nas últimas décadas do

século XX, mudanças bem mais drásticas ocorreram na região, tantono que se refere a aspectos políticos e econômicos quanto no que diz

respeito a políticas públicas. As populações regionais se organizam e

se tornam atores políticos significativos, a cooperação internacional

financeira e tecnocientífica assume influência crescente, e o terceiro

setor emerge como mediador de interesses diversos, reduzindo o

papel do Estado. (B. K.. Becker. Amazônia: nova geografia, nova

política regional e nova escala de ação. In: M. Coy e Kohlhepp

(Coords.). Amazônia sustentável. Garamond, 2005, p. 23-4 (com

adaptações).)

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os próximos itens,

acerca das transformações político-econômicas que têm ocorrido na

região amazônica.

6 (CESPE/ABIN-2008) A forma de ocupação da Amazônia mudou, e a

valorização de seus produtos extrativos no mercado internacional,

que persiste na atualidade, determina a ocorrência de novos ciclos

econômicos.

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7(CESPE/ABIN-2008) A implementação de novas políticas regionais

trouxe como conseqüência para a Amazônia a desarticulação dessa

região da dinâmica socioeconômica no Brasil, prevalecendo, então, osinteresses locais, isto é, da própria região.

8 (CESPE/ABIN-2008) O aproveitamento da vastidão das terras da

região amazônica por meio da alocação de pequenos produtores

rurais, na segunda metade do século XX, desencadeou intenso fluxo

migratório para a região.

9 (CESPE/ABIN-2008) Na região amazônica, a desconcentração da

propriedade da terra, decorrente da ocupação desta por pequenos

agricultores, direcionados por programas de assentamento

implementados tanto pelo Estado, no caso do Programa Integrado de

Colonização, quanto pela iniciativa particular, tornou a estrutura

fundiária da Amazônia diferente da de outras regiões do país, em que

existem os conflitos agrários.

10 (CESPE/ABIN-2008) Na Amazônia, o avanço da fronteira agrícola

ocorre por meio da recuperação das áreas degradadas utilizadas para

o cultivo de produtos, cuja exportação representa uma forma de

inserção do Brasil no mercado internacional.

(CESPE/ABIN-2008) Com relação ao processo de modernização

agrícola brasileira e suas implicações, julgue os itens subseqüentes.

11(CESPE/ABIN-2008) Embora sejam evidentes os esforços de

modernização das atividades no campo, o aumento do volume da

produção brasileira decorre do aumento da área de terra cultivada.

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12(CESPE/ABIN-2008) Resultante da maior inserção do país no

contexto internacional, a modernização agrícola, com a conseqüente

queda da necessidade de trabalho humano no campo, contribuiu parao processo de urbanização no Brasil.

13(CESPE/ABIN-2008)O desenvolvimento agrícola ocorrido no Brasil

coloca-o como provedor de bens primários para o mercado mundial,

 já que o país apresenta incipiente nível de industrialização.

14(CESPE/ABIN-2008) No Brasil, as mudanças nos padrões

produtivos geram efeitos sociais, tais como o desemprego, o

subemprego e a migração inter e intra-regional.

15(CESPE/ABIN-2008) Os conflitos pela posse de terra no Brasil

ocorrem tanto nas áreas tradicionais de produção agropecuária como

nas novas áreas de expansão agrícola, a exemplo da região Centro-

Oeste.

O Brasil é um importante produtor agrícola que tem ampliado suas

exportações, principalmente as do agronegócio. Ganhos em

produtividade são reconhecidos em todos os fatores da produção:

terra, trabalho e capital. Tendo em vista o panorama da agricultura

brasileira na atualidade, sua evolução e características principais,

 julgue os itens que se seguem.

16(CESPE/ABIN-2008) A expansão agrícola, ao inaugurar novos pólos

de crescimento econômico e ao disseminar os programas de

assentamento rural, ajudou a atenuar o problema da concentração da

propriedade de terras no país.

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17(CESPE/ABIN-2008) Um dos aspectos que compõem o quadro de

modernização da agricultura brasileira é a formação de complexos

agroindustriais como aqueles ligados à fruticultura.

18(CESPE/RB-2009)- A análise da dinâmica da modernização da

agricultura brasileira é importante para o entendimento da sociedade

do Brasil contemporâneo. A esse respeito, julgue (C ou E) os itens

subseqüentes.

A( ) Atualmente, observa-se, nas áreas de expansão da fronteira

agrícola no Brasil, um sistema produtivo intenso e mecanizado, que

gera poucos empregos diretos e baixo índice de urbanização e de

migrações.

B( ) Devido à consolidação da agricultura irrigada — parcialmente

voltada para a exportação — e da produção moderna de grãos, bem

como à modernização dos empreendimentos voltados para a

produção de têxteis, a região Nordeste do Brasil apresenta,

atualmente, bons índices de desenvolvimento no que se refere a

indicadores sociais, superando, inclusive, índices do Centro-Sul.

C( ) O cerrado brasileiro é um bioma propício à atividade agrícola,

como comprova sua alta produtividade nas últimas décadas, graças,

especialmente, à fertilidade do seu solo, que não exige corretivos.

D( ) O fato de as indústrias deixarem de se concentrar no sudeste

do Brasil tem relação com o processo de modernização da agricultura

brasileira.

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19(CESPE/IRB-2008)- Acerca da estrutura agrária e de questões

ambientais atuais no nordeste brasileiro, julgue (C ou E) os itens que

se seguem.

A( ) Na região Nordeste, apesar da semi-aridez predominante, é

possível encontrar ilhas de umidade, nas quais se registra

desenvolvimento agrícola intenso.

B( ) Verifica-se que, nos últimos anos, houve aumento de área

irrigada no Vale do São Francisco, o que está associado ao destaque

dado à produção de frutas in natura para exportação.

C( ) A escassez de chuvas durante as secas no nordeste brasileiro

reduz a produção agrícola e causa desemprego generalizado no

campo. Esse condicionamento dos problemas sociais por questões

ambientais é característico das regiões áridas e semi-áridas de todo o

mundo.

D( ) O agreste nordestino, região de transição entre a zona da

mata e o sertão, é a parte mais povoada do interior do nordeste

brasileiro, registrando-se variações populacionais nos períodos mais

secos.

Gabarito final

1 certo 2a errado 2b certo 2c certo 2d certo

3 certo 4 certo 5a certo 5b certo 5c certo

5d errado 6 errado 7 errado 8 certo 9 errado

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10 errado 11 errado 12 certo 13 errado 14 certo

15 certo 16 errado 17 certo 18a errado 18b errado

18c errado 18d certo 19 a e b

certas

19c errada 19 d certa