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ISSN1517-2627 Novembro, 2003 53

Atualização Do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos_2003

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Sistema de Classificação de Solo

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  • ISSN1517-2627Novembro, 2003 53

  • Repblica Federativa do BrasilLus Incio Lula da SilvaPresidente

    Ministrio da Agricultura, Pecuria e AbastecimentoRoberto RodriguesMinistro

    Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria - Embrapa

    Diretoria Executiva da EmbrapaClayton CampanholaDiretor-Presidente

    Mariza Marilena Tanajura Luz BarbosaGustavo Kauark ChiancaHerbert Cavalcante de LimaDiretores Executivos

    Embrapa Solos

    Doracy Pessoa RamosChefe Geral

    Maria Aparecida Sanches GuedesChefe Adjunto de Administrao

    Celso Vainer ManzattoChefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento

  • Documentos 53

    Humberto Gonalves dos SantosMaurcio Rizzato CoelhoLcia Helena Cunha dos AnjosPaulo Klinger Tito JacomineVirlei lvaro de OliveiraJos Francisco LumbrerasJoo Bertoldo de OliveiraAmrico Pereira de CarvalhoPedro Jorge Fasolo

    Rio de Janeiro, RJ2003

    ISSN 1517-2627

    Novembro, 2003

    Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuriaCentro Nacional de Pesquisas de Solos - CNPSMinistrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento

    Propostas de Reviso e Atualizao doSistema Brasileiro de Classificao de Solos

  • Exemplares desta publicao podem ser adquiridos na:

    Embrapa SolosRua Jardim Botnico, 1024 Jardim Botnico. Rio de Janeiro, RJFone: (21) 2274.4999Fax: (21) 2274.5291Home page: www.cnps.embrapa.brE-mail (sac): [email protected]

    Supervisor editorial: Jacqueline Silva Rezende MattosRevisor de texto: Andr Luiz da Silva LopesNormalizao bibliogrfica: Cludia Regina DelaiaTratamento de ilustraes: Rafael Simes Bodas FernandesEditorao eletrnica: Rafael Simes Bodas Fernandes

    1a edio1a impresso (2003): 1.000 exemplares

    Todos os direitos reservados.A reproduo no-autorizada desta publicao, no todo ou em parte, constitui violaodos direitos autorais (Lei no 9.610).

    Propostas de reviso e atualizao do Sistema Brasileiro de Classificao de Solos /Humberto Gonalves dos Santos... [et al.]. - Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2003.56p. - (Embrapa Solos. Documentos; n. 53)

    ISSN 1517-2627

    1. Solo-Classificao. 2. Solo-Classificao-Cerrado. I. Santos, HumbertoGonalves dos. II. Coelho, Maurcio Rizzato. III. Anjos, Lcia Helena Cunha dos. IV.Jacomine, Paulo Klinger Tito. V. Oliveira, Virlei lvaro de. VI. Lumbreras, JosFrancisco. VII. Oliveira, Joo Bertoldo de. VIII. Carvalho, Amrico Pereira de. IX.Fasolo, Pedro Jorge. X. Embrapa Solos (Rio de Janeiro). XI. Srie.

    CDD (21.ed.) 631.478

    Embrapa 2003

  • Humberto Gonalves dos SantosPesquisador da Embrapa Solos, Eng. Agrnomo, D.Sc. emAgronomia.

    Maurcio Rizzato CoelhoPesquisador da Embrapa Solos, Eng. Agrnomo, M.Sc. emSolos e Nutrio de Plantas.

    Lcia Helena Cunha dos AnjosPh.D. em Agronomia, Professora da UFRRJ - Departamentode Solos.

    Paulo Klinger Tito JacomineProfessor Visitante da UFRPE - Recife, PE, Eng. Agrnomo,Livre Docente em Pedologia.

    Virlei lvaro de Oliveira

    Pesquisador do IBGE, Engenheiro Agrnomo, D.Sc. emGeocincias Goinia, Go.

    Jos Francisco LumbrerasPesquisador da Embrapa Solos, Eng. Agrnomo, M.Sc. emCincia do Solo.

    Joo Bertoldo de Oliveira

    D.Sc. em Solos e Nutrio de Plantas, Pesquisadorvoluntrio do IAC, - Campinas, SP.

    Amrico Pereira de Carvalho

    Pesquisador Aposentado da Embrapa Florestas, Eng.Agrnomo, M.Sc em Cincia do Solo - Curitiba, PR.

    Pedro Jorge FasoloPesquisador Aposentado da Embrapa Florestas, Eng.Agrnomo, M.Sc em Cincia do Solo Curitiba, PR.

    Autores

  • Sumrio

    Introduo, 11

    Propostas de reviso de alguns atributos diagnsticos, 12Reformulao de conceitos e definies, 12Incluses de novos atributos, 13

    Horizontes Diagnsticos Superficiais, 14

    Horizontes Diagnsticos Subsuperficiais, 17

    Propostas de alterao de bases e critrios, definies,conceitos das classes e chave referentes ao primeironvel categrico (ordem), 27

    Proposta de reestruturao de classes em nvel categrico deordem, subordem, grande grupo e subgrupo, 37

    Propostas de extino de classes em 1 e 2 nveiscategricos, 50

    Propostas de redefinio de classes j existentes e definiode novas classes do 2o, 3o e 4o nveis categricos, 51

    Consideraes finais, 54

    Referncias bibliogrficas, 55

  • Propostas de Reviso eAtualizao do SistemaBrasileiro de Classificaode SolosHumberto Gonalves dos SantosMaurcio Rizzato CoelhoLcia Helena Cunha dos AnjosPaulo Klinger Tito JacomineVirlei lvaro de OliveiraJos Francisco LumbrerasJoo Bertoldo de OliveiraAmrico Pereira de CarvalhoPedro Jorge Fasolo

    Resumo

    No processo de reviso e atualizao do Sistema Brasileiro de Classificao deSolos (SiBCS), em andamento, aps amplas discusses e propostas de alteraosobre critrios diagnsticos, conceitos e definies de atributos, bem comoaquelas concernentes reestruturao de classes de solos, avanos razoveisforam obtidos, carecendo apenas de aprovao final do Comit Executivo deClassificao de Solos (CE) a fim de serem implementadas na 2a edio do Sistema.Como o processo de editorao e publicao de uma 2a edio revista e atualizadademanda muito esforo, tempo e consenso entre os diversos parceiros nacionaisrelacionados ao tema, optou-se pela elaborao de uma publicao preliminar a fimde divulgar as propostas ou tendncias de mudanas em curso junto comunidadede cincia do solo, disponibilizando-a, tambm, na homepage da Embrapa Solose da SBCS. O objetivo do presente trabalho , portanto, divulgar essas propostasde alteraes em vias de discusso e futura publicao na 2a edio do SistemaBrasileiro de Classificao de Solos. Dentre as mudanas mais relevantes, jdiscutidas e em fase de aprovao pelo CE, destacam-se: redefinio de materialorgnico, horizontes hstico, hmico, espdico, plntico, glei, ntico, plnico e

  • criao do horizonte petroplntico. Algumas Ordens de solos, em conseqnciadas redefinies de alguns atributos e horizontes diagnsticos, ou simplesmentepor inadequao dos conceitos e critrios que as definem, consensual entrediversos profissionais que utilizam o SiBCS no Brasil, tiveram alteraes bsicasquanto sua conceituao e definio, bases e critrios diagnsticos e, tambm,no acesso a chave de Ordens de solos. Dentre as 14 classes no 1 nvel categricoexistentes no Sistema, so propostas alteraes conceituais de 9 Ordens, a saber:Argissolos, Cambissolos, Espodossolos, Gleissolos, Nitossolos, Organossolos,Planossolos e Plintossolos. Quanto reestruturao de classes, as propostasincluem alteraes em nvel Ordem, Subordem, Grande Grupo, bem comoincluses de novos Subgrupos. As mudanas mais notveis foram a extino daOrdem Alissolos (redistribudos entre Argissolos e Nitossolos), reestruturao deArgissolos (incorporando parte dos Alissolos e propostas de nomenclatura desubordens), Cambissolos (excluso de Hsticos e incluso dos CambissolosFlvicos), Espodossolos (propostas de nomenclatura de subordens), Nitossolos(incluso de Brunos), Organossolos (excluso de Msicos), Planossolos (exclusode Hidromrficos) e Plintossolos (reestruturao de 3o e 4o nveis categricos).

    Termos de indexao: hstico; A hmico; espdico; ntico; plnico; glei; rbrico.

  • Proposals for review andupdating of the BrazilianSystem of SoilClassificationHumberto Gonalves dos SantosMaurcio Rizzato CoelhoLcia Helena Cunha dos AnjosPaulo Klinger Tito JacomineVirlei lvaro de OliveiraJos Francisco LumbrerasJoo Bertoldo de OliveiraAmrico Pereira de CarvalhoPedro Jorge Fasolo

    Abstract

    In the process of reviewing and updating the Brazilian System of Soil Classification(SiBCS), upon broad discussions and proposals of modification of somedefinitions and concepts of attributes as well as restructuring of classes,reasonable advances were obtained. They now depend on final approval ofCommittee of Soil Classification (CE), to be included in to 2nd edition of the system.As the editing process usually demands more time and consensus with otherpartners to be accomplished, it was suggested that a preliminary publicationshould be elaborated and made available for the soil science community, alsoavailable in Embrapa and Brazilian Soil Science Society (SBCS) homepages. Themain objective of this work is, thus, to divulgate proposals of change andupdatings in the future 2nd edition of SiBCS. Among the most relevant changes,already discussed and in the process of approval by CE, are highlights: redefinitionof organic material, histic, humic, spodic, plinthic, gley, nitic and planic horizonsas well as inclusion of petroplinthic horizon. Some soil Orders, due to redefinitionof attributes and diagnostic horizon or simply by inadeqaucy of concepts and

  • criteria that define them, a consensus between SiBCS users, went throughfundamental alterations in relation to concepts and definitions, and bases anddiagnostic criteria as well as the accesses in the key for soil Orders. Among the 14classes in the first categorical level, stand out proposals of central changes in nineOrders. They are Argissolos, Cambissolos, Espodossolos, Gleissolos, Nitossolos,Organossolos, Planossolos, and Plintossolos. As to classes restructuring, theproposals include alterations in the Order, Suborder and Great Group levels, andthe inclusion of new Subgroups. The most notable changes were: extinction ofAlissolos, redistributed between Argissolos and Nitossolos; restructuring ofArgissolos, incorporating Alissolos; Cambissolos, exclusion of Hsticos andinclusion of Hmicos and Flvicos; Espodossolos, suborder nomenclatureproposal; Nitossolos, inclusion of Brunos; Organossolos, exclusion of Msicos;Planossolos, exclusion of Hidromrficos; and Plintossolos, restructure of GreatGroups and Subgroups.

    Index terms: hstico; A hmico; espdico; ntico; plnico; glei; rbrico.

  • 11Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Introduo

    A atualizao e desenvolvimento do Sistema Brasileiro de Classificao de Solos,em andamento no Comit Executivo de Classificao de Solos e sob coordenaoda Embrapa Solos, passa atualmente pela etapa de discusso e aprovao, visandoa elaborao de sua 2a edio, revista e atualizada.

    Vrias mudanas esto em curso, desde definies e conceitos bsicos, atreestruturaes de classes em todos os nveis categricos, compreendendoextino de Alissolos e sua redistribuio para outras classes do Sistema; exclusode Organossolos Msicos; mudana de nomenclatura e de bases e critrios quedefinem o 2o nvel categrico (Subordem) de Espodossolos, excluso dePlanossolos Hidromrficos e de Cambissolos Hsticos; incluso de NitossolosBrunos, de Cambissolos Flvicos e de Argissolos Bruno-Acinzentados, dentreoutras.

    O aperfeioamento do Sistema, assim como sua criao, resultado do trabalhoconjunto de profissionais e estudiosos afeitos ao tema classificao de solos queatuam em diversas instituies de pesquisa e universidades do Brasil. Neste sentido,foram encaminhadas ao Comit vrias sugestes e propostas de incluso de novasclasses em diferentes nveis categricos, as quais foram devidamente analisadas,discutidas e includas quando pertinentes, sempre acompanhadas de uma descriocompleta e dos resultados analticos de um perfil de referncia. Destacam-se, ainda, asexpressivas contribuies provenientes das Reunies de Correlao e Classificao deSolos (RCCs) nas diversas regies do pas, que tem permitido a validao do SiBCS,bem como a uniformizao de critrios, intercmbio interinstitucional e transferncia deinformaes.

    Quanto dinmica adotada para as modificaes no SiBCS, consenso entre osmembros do CE que, atributos diagnsticos extraordinrios ou intermedirios jreconhecidos em nvel de Subgrupo podem ser utilizados com mais liberdade emoutros Grandes Grupos, onde no constem suas ocorrncias, isto , um Subgrupoexistente em algum Grande Grupo pode ser utilizado em outro Grande Grupo quandonecessrio. Portanto, em trabalhos de levantamento de solos e correlatos, que lanammo da classificao taxonmica de solos, podem ser inseridas novas classes apenasno quarto nvel categrico (subgrupo), desde que mantenham a lgica com o Sistemae j estejam relacionadas em classes afins, devendo ser enviado ao CE uma cpia doperfil, para que esta nova classe possa ser incorporada ao Sistema.

  • 12 Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Propostas de reviso de alguns atributos diagnsticos

    O texto abaixo versa sobre as novas definies e conceitos, bem como inserespropostas pelo CE para alguns atributos diagnsticos, tal como devem constar na 2a

    edio do Sistema Brasileiro de Classificao de Solos. Portanto, cabe ao leitorcompar-los aos originalmente descritos a fim de avaliar as alteraes (supresses eacrscimos) e suas respectivas evolues conceituais.

    Duas modalidades de alteraes so, portanto, descritas: aquelas que j constam noSistema, mas que foram reformuladas; e alteraes inditas, que ainda no constamno referido Sistema, mas so propostas para a sua 2a edio. Tais alteraes,doravante sero designadas de reformulao de conceitos e definies eincluses, respectivamente.

    Reformulao de conceitos e definiesA seguir, so descritas as definies e conceitos dos atributos reformulados, talcomo prope-se constar na 2a edio do Sistema.

    Material orgnico aquele constitudo por materiais orgnicos que podem estar associados materialmineral em propores variveis. Os materiais orgnicos incluem resduos vegetaisem diferentes estdios de decomposio, fragmentos de carvo finamente divididos,substncias hmicas, biomassa meso e microbiana, e outros compostos orgnicosnaturalmente presentes no solo. O contedo de constituintes orgnicos impepreponderncia de seus atributos sobre os constituintes minerais. O material considerado como orgnico quando o teor de carbono orgnico for maior ou igual a80g/kg, avaliado na frao TFSA, tendo por base valores de determinao analticaconforme mtodo adotado pelo Centro Nacional de Pesquisa de Solos da EmpresaBrasileira de Pesquisa Agropecuria - Embrapa Solos.

    Grau de Decomposio do Material Orgnico

    Material orgnico - fbricoMaterial orgnico constitudo de fibras, facilmente identificvel como de origemvegetal. O material fbrico deve atender a pelo menos um dos seguintes critrios:a) ser classificado na escala de decomposio de von Post nas classes 1 a 4; b)apresentar cores (pelo pirofosfato de sdio) com valores e cromas de 7/1, 7/2, 8/

  • 13Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    1, 8/2 ou 8/3 (Munsell soil color charts, 1994, p.10YR); c) conter 40% ou maisde fibras esfregadas por volume.

    Material orgnico - hmicoMaterial orgnico em estdio de decomposio intermedirio entre fbrico esprico. O material hmico deve atender a pelo menos um dos seguintes critrios:a) ser classificado na escala de decomposio de von Post nas classes 5 ou 6; b)apresentar teor de fibra esfregada variando de 17 e < 40% por volume.

    Material orgnico - spricoMaterial orgnico em estdio avanado de decomposio. O material spricodeve atender a pelo menos um dos seguintes critrios: a) ser classificado naescala de decomposio de von Post na classe 7 ou mais alta; b) apresentar cores(pelo pirofosfato de sdio) com valores 7 ou menores, exceto as combinaes devalor e croma de 5/1, 6/1, 6/2, 7/1, 7/2, ou 7/3 (Munsell soil color charts,1994, p.10YR); c) conter teor de fibra esfregada < que 17% por volume.

    Critrio derivado de Estados Unidos (1999).

    Incluses de novos atributosComo propostas para 2a edio do Sistema, sugere-se incluir os seguintesatributos com suas respectivas definies:

    Carter RbricoTermo usado para individualizar classes de solos que apresentam cor midaamassada mais vermelha que 5YR conjugada com valor no solo mido menorque 4 e valor no solo seco nunca superior a uma unidade em relao ao valor nosolo mido, dentro dos primeiros 100cm do horizonte B (inclusive BA).

    Carter PlnticoUsado para distinguir solos que apresentam plintita em quantidade e/ouespessura insuficientes para caracterizar horizonte plntico em um ou maishorizontes em alguma parte da seo de controle que defina a classe. Para estacaracterizao, requerida uma quantidade mnima de 5% em volume.

  • 14 Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Carter PetroplnticoUsado para solos que apresentam ocorrncia de material petroplnticodescontnuo, na forma de ndulos ou concrees1 , em quantidade e/ouespessura inferiores s requeridas para horizonte petroplntico, em um ou maishorizontes em alguma parte da seo de controle que defina a classe. Para estacaracterizao requerida uma quantidade mnima de 5% em volume.

    Horizontes Diagnsticos Superficiais

    As definies e conceitos dos horizontes diagnsticos superficiais Hstico eHmico foram reformulados. Para o primeiro, a redefinio de material orgnico, talcomo enunciado acima, foi o indutor preponderante de suas alteraes, enquantopara o horizonte hmico, as impropriedades em sua definio, constatadas com ouso do SiBCS desde sua publicao, o que resultou nas seguintes propostas dealterao.

    Horizonte Hstico um tipo de horizonte constitudo por material orgnico (teor de carbono orgnico 80g/kg avaliado na TFSA), resultante de acumulaes de resduos vegetaisdepositados superficialmente, ainda que, no presente, possa encontrar-serecoberto por horizontes ou depsitos minerais ou camadas orgnicas maisrecentes. Mesmo aps revolvimento da parte superficial do solo (exemplo: porarao), os teores de carbono orgnico continuam atendendo o critrio paramaterial orgnico.

    Compreende materiais depositados nos solos sob condies de excesso de gua(horizonte H), por longos perodos ou todo o ano, ainda que no presente tenhamsido artificialmente drenados, bem como materiais depositados em condies dedrenagem livre (horizonte O), sem estagnao permanente de gua, condicionadospelo clima mido, como em ambiente altimontano.

    O horizonte hstico ocorre em superfcie ou pode estar soterrado por materialmineral, devendo atender a um dos seguintes requisitos:

    a) espessura maior ou igual a 20cm, ou

    1Concrees: Curi et al. (1993), pgina 21. Concentrao local de um composto qumico, ...O termo usualmente restrito a concentrao com estrutura concntrica.

  • 15Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Horizonte A Hmico

    um horizonte mineral superficial, com valor e croma igual ou inferior a 4 e saturao porbases (V%) inferior a 65%, apresentando espessura e contedo de carbono orgnico (C-org) dentro de limites especficos, conforme os seguintes critrios:

    espessura mnima comparvel descrita para o horizonte A chernozmico; teor de carbono orgnico inferior ao limite mnimo para caracterizar o horizonte hstico; teor de carbono igual ou maior ao valor obtido pela seguinte equao:

    (C-org (g/kg) de cada suborizonte A2 x espessura do suborizonte) 60 + (0,1 xmdia ponderada de argila do horizonte superficial, incluindo AB, em g/kg).

    Assim, deve-se proceder aos seguintes clculos para que o horizonte seja qualificadocomo hmico. Inicialmente, multiplica-se o teor de carbono (g/kg) de cada suborizonte pelaespessura do mesmo suborizonte, em dm (C-org (g/kg) de cada suborizonte A x espessurado mesmo suborizonte (dm)). O somatrio dos produtos dos teores de C-org pelaespessura dos suborizontes, doravante ser denominado de C-org total do horizonte A (C-org total). A seguir, calcula-se a mdia ponderada de argila do horizonte A, a qual obtidamultiplicando-se a espessura de cada suborizonte (dm) pelo teor de argila (g/kg) do mesmosuborizonte, e dividindo-se o resultado pela espessura total do horizonte A, em dm (teor deargila do suborizonte A em g/kg x espessura do mesmo suborizonte em dm / espessuratotal do horizonte A em dm). A mdia ponderada do teor de argila do horizonte A obtidasomando-se os resultados acima { (teor de argila do suborizonte A em g/kg x espessurado mesmo suborizonte em dm / espessura total do horizonte A em dm)}.

    b) espessura maior ou igual a 40cm quando 75% (expresso em volume) ou maisdo horizonte for constitudo de tecido vegetal na forma de restos de ramos finos,razes finas, cascas de rvores, etc., excluindo as partes vivas,ouc) espessura de 10cm ou mais quando sobrejacente a um contato ltico.

    2Para solos que apresentam apenas um horizonte superficial, ou seja, no apresentam suborizontes, oclculo efetuado considerando-se o teor de carbono desse horizonte multiplicado pela sua espessura.Procedimento semelhante deve ser seguido para clculo da mdia ponderada de argila.

  • 16 Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    O valor de C-org total requerido para um horizonte qualificar-se como hmico deve sermaior ou igual aos resultados obtidos pela seguinte equao:

    C-org total 60 + (0,1 x mdia ponderada de argila do horizonte A)Para facilitar a compreenso dos procedimentos matemticos requeridos para oenquadramento de um horizonte como hmico, apresentado, a seguir, umexemplo prtico dos clculos realizados em um horizonte A, descrito e coletado emcampo (Tabela 1).

    Tabela 1. Dados de espessura, teor de carbono orgnico e argila de um horizontesuperficial e procedimentos matemticos para enquadramento de um horizontecomo hmico.

    Substituindo a mdia ponderada de argila (Tabela 1) na equao C-org total 60 + (0,1 x mdia ponderada de argila), tem-se:

    C-org total 60 + (0,1 x 220,74 ) = 82,07. O valor de C-org total calculado nohorizonte A de 99,78, portanto, maior que 82,07 (99,78 > 82,07),considerado como o mnimo requerido para que o horizonte seja enquadrado comoA hmico em funo do teor mdio ponderado de argila de 220,74g/kg. Assim, ohorizonte em apreo hmico.

    Horiz. Prof. C-org ArgilaClculo da mdia ponderada da

    argila Clculo do C-org total

    cm ----------------------------------g/kg---------------------------------- -

    A1 0- 31 20,6 200 3,1dmx200/6,8dm=91,18 3,1dm x 20,6 = 63,86

    A2 - 53 10,6 230 2,2dmx230/6,8dm=74,41 2,2 dm x 10,6 = 23,32

    AB - 68 8,4 250 1,5dmx250/6,8dm=55,15 1,5 dm x 8,4 = 12,60

    Total = 220,74 Total = 99,78

  • 17Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Horizontes Diagnsticos Subsuperficiais

    A utilizao do SiBCS em diversas regies do Brasil, bem como a evoluo doconhecimento dos solos brasileiros conduziram as seguintes propostas de atualizaodos horizontes B espdico, ntico, plnico e textural, bem como a criao do horizontepetrolntico e redefinio de horizonte glei, tal como descritos abaixo.

    Horizonte B espdicoHorizonte mineral subsuperficial, com espessura mnima de 2,5cm, formado poracumulao iluvial de matria orgnica e complexos organometlicos de alumnio, compresena ou no de ferro iluvial.

    Ocorre, normalmente, sob qualquer tipo de horizonte A ou sob um horizonte E (lbicoou no) que pode ser precedido de horizonte A ou hstico.

    possvel que o horizonte B espdico ocorra na superfcie se o solo foi truncado, oudevido mistura da parte superficial do solo pelo uso agrcola.

    A estrutura no horizonte B espdico, de um modo geral, de gros simples oumacia, entretanto, podem ocorrer outros tipos de estrutura com fraco grau dedesenvolvimento. No horizonte B espdico podem ocorrer partculas de areia e silte,com revestimento de matria orgnica, matria orgnica e alofana e sesquixidoslivres, bem como grnulos de matria orgnica e sesquixidos de dimetro entre 20 e50m.

    Em funo dos compostos iluviais dominantes e do grau de cimentao, o horizonteB espdico pode ser identificado como:

    Bs - usualmente apresenta cores vivas de croma alto, indicando que os compostos deferro (Fes) so dominantes em relao aos de alumnio (Als). Em geral, os horizontesBs tem matiz de 5YR, 7,5YR ou 10YR, valor 4 ou 5 (no mximo 6), e croma 4 a 8.

    Bhs - identificado pela iluviao expressiva de compostos de ferro, alumnio e matriaorgnica. O horizonte Bhs apresenta mosqueados ou estrias, formando padresheterogneos. Horizonte Bhs contm quantidades proporcionais de ferro e alumnioextraveis por ataque sulfrico (Fes e Als). Em geral, os horizontes Bhs tem matizvariando de 2,5YR a 10YR, valor/croma de 3/4, 3/6, 4/3 ou 4/4.

  • 18 Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Bh iluviao dominante de complexos matria orgnica-alumnio, com pouca ounenhuma evidncia de ferro iluvial. No horizonte Bh, em geral, os gros de areia noesto revestidos por material iluvial, que ocorre como grnulos ou precipitados dematria orgnica e xidos de alumnio. Neste horizonte dominam cores escuras, comvalor

  • 19Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    cimentao por matria orgnica e alumnio, com ou sem ferro, em 50% ou maisdo horizonte e consistncia firme ou muito firme nas partes cimentadas;

    percentagem de alumnio mais metade da percentagem de ferro (determinadospelo oxalato de amnio) com valor 0,50 ou maior, sendo este valor pelo menos odobro do encontrado no horizonte sobrejacente, seja A ou E.

    Critrios derivados de Estados Unidos (1999); FAO (1994) e Isbell (1996).

    Horizonte B NticoHorizonte mineral subsuperficial, no hidromrfico, de textura argilosa ou muitoargilosa, sem incremento de argila do horizonte superficial para o subsuperficial oucom pequeno incremento, com relao textural B/A 1,5. Pode apresentar argilade atividade baixa ou alta e estrutura em blocos subangulares, angulares ouprismtica de grau forte, com superfcies reluzentes dos agregados, caractersticaesta descrita a campo como cerosidade no mnimo comum e moderada. Admite,tambm, estrutura moderada desde que em combinao com cerosidade emquantidade e grau de desenvolvimento abundante e moderada, ou comum e forte,ou abundante e forte. Apresentam transio gradual ou difusa entre ossuborizontes do horizonte B. Este horizonte pode ser encontrado superfcie se osolo foi erodido.

    O horizonte para ser identificado como B ntico deve atender aos seguintesrequisitos:

    espessura de 30cm ou mais, a no ser que o solo apresente contato ltico nos primeiros50cm de profundidade, quando deve apresentar 15cm ou mais de espessura; e textura argilosa ou muito argilosa; estrutura em blocos ou prismtica de grau forte associada cerosidade no mnimocomum e moderada; ou estrutura moderada conjugada com cerosidade moderada eabundante, ou comum e forte ou abundante e forte; relao textural B/A 1,5 e teor de argila no horizonte A 350g/kg de solo.

  • 20 Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Horizonte B Plnico um tipo especial de horizonte B textural, subjacente a horizontes A ou E,precedido por uma mudana textural abrupta. O horizonte B plnico pode, ainda,ocorrer subjacente a qualquer tipo de horizonte B, no requerendo, neste caso, amanifestao de mudana textural abrupta. Apresenta estrutura prismtica, oucolunar, ou em blocos angulares e subangulares grandes ou mdios, e s vezesmacia, permeabilidade lenta ou muito lenta e cores acinzentadas ou escurecidas,podendo ou no possuir cores neutras de reduo, com ou sem mosqueados. Estehorizonte adensado, com teores elevados de argila dispersa e pode serresponsvel pela reteno de lenol de gua suspenso, de existncia temporria.

    As cores do horizonte plnico refletem a sua baixa permeabilidade e devem atendera pelo menos um dos seguintes requisitos:

    a) cor da matriz (com ou sem mosqueado)

    matiz 10YR ou mais amarelo, cromas 3, ou excepcionalmente 4; ou matiatizes 7,5YR ou 5YR, cromas 2;b) colorao variegada com pelo menos uma cor apresentando matiz e cromaconforme especificado no item a (Embrapa, 1975b, p.241, perfil 45); ouc) solos com matiz 10YR ou mais amarelo, cromas 4, combinado com um oumais mosqueados, tendo cromas conforme especificado no item a (Embrapa,1975a, p.312, perfil 50).

    Para fins taxonmicos, o horizonte B plnico tem precedncia diagnstica sobre ohorizonte glei, e perde em precedncia para o horizonte plntico, exceto B plnicocom carter sdico.

    Horizonte B textural um horizonte mineral subsuperficial com textura franco-arenosa ou mais finaonde houve incremento de argila (frao

  • 21Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Este horizonte pode ser encontrado superfcie se o solo foi parcialmente truncadopor eroso.

    A natureza coloidal da argila a torna suscetvel de mobilidade com a gua no solose a percolao relevante. Na deposio em meio aquoso, as partculas deargilominerais, usualmente lamelares, tendem a repousar aplainadas no local deapoio. Transportadas pela gua, as argilas translocadas tendem a formar pelculasde partculas argilosas, com orientao paralela s superfcies que revestem, aocontrrio das argilas formadas in situ, que apresentam orientao desordenada.Entretanto, outros tipos de revestimento de material coloidal inorgnico sotambm levados em conta como caractersticas de horizonte B textural ereconhecidos como cerosidade.

    A cerosidade considerada na identificao do B textural constituda por pelculasde colides minerais que, se bem desenvolvidos, so facilmente perceptveis peloaspecto lustroso e brilho graxo.

    Nos solos com estrutura do tipo gros simples ou macia, a argila iluvial apresenta-se sob a forma de revestimento nos gros individuais de areia, orientada de acordocom a superfcie dos mesmos ou formando pontes ligando os gros.

    Na identificao de campo da maioria dos horizontes B texturais, a cerosidade importante. No entanto, a simples ocorrncia de cerosidade pode no ser suficientepara caracterizar o horizonte B textural, sendo necessrio conjug-la com outroscritrios auxiliares, pois, devido ao escoamento turbulento da gua por fendas, acerosidade pode se formar devido a uma nica chuva ou inundao. Por esta razo,a cerosidade num horizonte B textural dever estar presente em diferentes facesdas unidades estruturais e no exclusivamente nas faces verticais.

    Pode-se dizer que um horizonte B textural se forma sob um horizonte ouhorizontes superficiais, e apresenta espessura que satisfaa uma das condies aseguir:

    a) ter pelo menos 10% da soma das espessuras dos horizontes sobrejacentes e nomnimo 7,5cm; oub) ter 15cm ou mais, se os horizontes A e B somarem mais que 150cm; ou

  • 22 Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    c) ter 15cm ou mais, se a textura do horizonte E ou A for areia franca ou areia; oud) se o horizonte B for inteiramente constitudo por lamelas, estas devem ter, emconjunto, espessura superior a 15cm; oue) se a textura for mdia ou argilosa, o horizonte B textural deve ter espessura depelo menos 7,5cm.

    Em adio a isto, o horizonte B textural deve atender a um ou mais dos seguintesrequisitos:

    f) presena de horizonte E no sequum, acima do horizonte B considerado, desdeque o B no satisfaa os requisitos para horizonte B espdico, plntico ou plnico;g) grande aumento de argila total do horizonte A para o B, o suficiente paracaracterizar uma mudana textural abrupta3 ; ouh) incremento de argila total do horizonte A para B suficiente para que a relaotextural B/A4 satisfaa uma das alternativas abaixo:

    nos solos com mais de 400g de argila/kg de solo no horizonte A, relao maiorque 1,55 ; ou nos solos com 150 a 400g de argila/kg de solo no horizonte A, relao maiorque 1,7; ou nos solos com menos de 150g de argila/kg de solo no horizonte A, relao maiorque 1,8.

    3O incremento de argila aqui considerado no deve ser exclusivamente por descontinuidade litolgica.4Calculada pela diviso do teor mdio (mdia aritmtica) de argila total do B (excludo o BC) pelos teores

    mdios de A, de conformidade com os itens que se seguem:Calculada pela diviso do teor mdio (mdia aritmtica ) de argila total do B (excludo o BC) pelos teoresmdios de A, de conformidade com os itens que se seguem:a) quando o horizonte A tem menos que 15cm de espessura, considerar uma espessura mxima de30cm do horizonte B;b) quando o horizonte A tem 15cm ou mais, considerar uma espessura do horizonte B que seja o dobrode A.

    Observao: quando os suborizontes do B somarem mais do que as espessuras especificadas nos itens a eb desta nota, devero ser tomados os valores correspondentes s espessuras dos suborizontes.

    5Para definir esta relao sero considerados critrios de aproximao matemtica. Exemplo: 1,54 serequivalente a 1,5.

  • 23Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    i) quando o incremento de argila total do horizonte A para o B for inferior aoespecificado no item h, o horizonte B textural deve satisfazer a uma das seguintescondies:

    1) solos de textura mdia e com ausncia de unidades estruturais devemapresentar argila iluvial (cerosidade, em quantidade mnimo comum), sobforma de revestimento nos gros individuais de areia, orientada de acordocom a superfcie dos mesmos ou formando ponte ligando os gros; ou2) solos de textura mdia com estrutura em blocos ou prismtica devemapresentar dentro de 100cm a partir do topo do horizonte B, um dosseguintes requisitos:

    estrutura em blocos subangulares e cerosidade no mnimo moderada; ou estrutura fraca conjugada com cerosidade forte, ou; estrutura forte conjugada com cerosidade fraca.

    3) solos com gradiente textural maior que 1,4, conjugado com presena defragip dentro de 200cm da superfcie, desde que no satisfaa os requisitospara horizonte B espdico.4) solos de textura argilosa e muito argilosa devem apresentar um dosseguintes requisitos:

    estrutura em blocos subangulares fraca e cerosidade no mnimo comum efraca conjugada com o aumento da relao silte/argila em profundidade; ou estrutura em blocos fraca conjugada com cerosidade no mnimo pouca emoderada (a estrutura o exclui do B ntico); ou estrutura moderada e cerosidade comum e fraca (cerosidade o exclui do Bntico); ou estrutura forte e cerosidade no mnimo comum e moderada, conjugadascom teor de argila total menor que 350g/kg de solo no horizonte A erelao textural B/A maior que 1,5 (teor de argila total no horizontesuperficial e/ou gradiente textural B/A o exclui do B ntico); ou estrutura moderada e cerosidade abundante e moderada, ou comum e forteou abundante e forte, conjugadas com teor de argila total menor que 350g/kgde solo no horizonte A e relao textural B/A maior que 1,5 (teor de argila totalno horizonte superficial e/ou gradiente textural B/A o exclui do B ntico).

  • 24 Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    j) se o perfil apresenta descontinuidade litolgica entre o horizonte A e o B textural(principalmente em solos desenvolvidos de materiais recentes, como sedimentosaluviais) ou se somente uma camada arada encontra-se acima do horizonte Btextural, este necessita satisfazer um dos requisitos especificados nos itens h e/ou i.

    Delgados horizontes iluviais (menores que 7,5cm de espessura), que comumenteocorrem sob horizonte eluvial (E), recebem a denominao de lamelas. Quando noconjunto totalizam espessura maior ou igual a 15cm, caracterizam horizonte Btextural.

    Em relao ao horizonte eluvial sobrejacente, tm maior contedo de argila enormalmente cromas mais elevados, matizes mais avermelhados ou menoresvalores, ou combinao destas.

    Pode ocorrer uma nica lamela isoladamente num perfil de solo, mas comumenteocorrem em maior nmero, separadas por horizontes eluviais.

    Na seo vertical do perfil, apresentam-se como finas camadas, nem semprecontnuas, em geral com transio ondulada e com espessura varivel.

    Derivados de argillic horizon (Estados Unidos, 1975 e 1999).

    Horizonte petroplnticoHorizonte constitudo de 50% ou mais, por volume, de petroplintita do tipondulos ou concrees de ferro ou ferro e alumnio, numa matriz terrosa de texturavariada ou matriz de material mais grosseiro, identificado como horizonte Ac, Ec,Bc ou Cc.

    O horizonte petroplntico, para ser diagnstico, deve apresentar no mnimo 15cmde espessura.

    Quando um mesmo horizonte satisfizer, coincidentemente, os requisitos parahorizonte petroplntico e para qualquer um dos seguintes horizontes: B textural, Blatosslico, B incipiente, horizonte plnico (excetuando B plnico de cartersdico), horizonte glei ou qualquer tipo de horizonte A, ser a ele conferidaprecedncia taxonmica.

  • 25Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Em geral, este horizonte caracterstico de zonas tropicais, encontrado tanto em solos deboa drenagem, onde via de regra, relaciona-se a resqucios de clima pretritodiferenciado, como em solos de drenagem restrita, de baixadas, plancies, terraos,depresses, etc, onde quase sempre tem formao atual e ocupa as posies de melhordrenagem no perfil do solo. Nesta ltima situao, comum ocorrer sobrejacente ahorizontes plnticos.

    A presena excessiva de petroplintita constitui forte limitao ao desenvolvimento derazes.

    Horizonte glei um horizonte mineral subsuperficial ou eventualmente superficial, com espessura de15cm ou mais, caracterizado por reduo de ferro e prevalncia do estado reduzido, notodo ou em parte, devido principalmente gua estagnada, como evidenciado por coresneutras ou prximas de neutras na matriz do horizonte, com ou sem mosqueados decores mais vivas. Trata-se de horizonte fortemente influenciado pelo lenol fretico eregime de umidade redutor, praticamente livre de oxignio dissolvido em razo dasaturao por gua durante todo o ano, ou pelo menos por um longo perodo, associado demanda de oxignio pela atividade biolgica.

    Esse horizonte pode ser constitudo por material de qualquer classe textural e suas cores,so de cromas bastante baixos, prximas de neutras ou realmente neutras, tornando-se,porm, mais brunadas ou amareladas por exposio do material ao ar. Quando existeestrutura, as faces dos elementos estruturais apresentam cor acinzentada, ou azulada, ouesverdeada, ou neutra como uma fase contnua e podem ter mosqueamento de coresmais vivas; o interior dos elementos de estrutura pode ter mosqueados proeminentes,mas usualmente h uma trama de lineamentos ou bandas de croma baixo contornandoos mosqueados. Quando da inexistncia de elementos estruturais, a matriz do horizonte(fundo) mais tipicamente apresenta croma 1 ou menor, com ou sem mosqueados.

    O horizonte sendo saturado com gua periodicamente, ou o solo tendo sido drenado,deve apresentar algum mosqueado, de croma alto concernente a cores amareladas ouavermelhadas, resultantes de segregao de ferro, podendo tambm apresentar algumasacumulaes muito escuras, algo avermelhadas, brandas ou semiconsolidadas, demangans ou de ferro e mangans. Apresenta menos de 15% de plintita.

  • 26 Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    O horizonte glei pode ser um horizonte C, B, E, H ou A, exceto o fraco. Pode, ou no, sercoincidente com aumento de teor de argila no solo, mas em qualquer caso, deveapresentar efeitos de expressiva reduo.

    Em sntese, um horizonte mineral, com espessura mnima de 15cm, com menos que15% de plintita e saturado com gua por influncia do lenol fretico durante algumperodo ou o ano todo, a no ser que tenha sido artificialmente drenado, apresentandoevidncias de processos de reduo, com ou sem segregao de ferro, caracterizada porum ou mais dos seguintes requisitos:

    dominncia de cores em solo mido, nas faces dos elementos da estrutura, ou damatriz (fundo) do horizonte, quando sem estrutura, de acordo com um dosseguintes itens:a) cores neutras (N 1/ a N 8/) ou mais azul que 10Y; oub) para matizes mais vermelhas que 5YR e valores maiores ou iguais a 4, os cromasdevem ser iguais ou menores que 1; ouc) para matizes 5YR ou mais amarelas e valores maiores ou iguais a 4, os cromas devemser menores ou iguais a 2, admitindo-se para solos de matiz dominante 10YR ou maisamarelo, croma 3, no caso de diminuir no horizonte subsequente.d) para todos os matizes e quaisquer valores, os cromas podem ser menores ou iguais a2, desde que ocorram mosqueados de reduo.

    colorao variegada com pelo menos uma das cores de acordo com um dos tensanteriores; ou presena de ferro reduzido indicada, em testes realizados no campo, pela cordesenvolvida mediante aplicao de indicadores qumicos: como por exemplo a corazul escura desenvolvida pelo ferricianeto de potssio a 1% em soluo aquosa,ou a cor vermelha intensa desenvolvida pelo alfa, alfa dipiridil (Childs, 1981).Em qualquer dos casos, as cores no sofrem variao com a secagem, por exposio domaterial ao ar.

    Ademais, significativa a presena ocasional de mosqueados preto ou preto-avermelhados, formados por ndulos ou concrees de mangans ou de ferro emangans.

  • 27Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Quando um horizonte satisfizer, coincidentemente, os requisitos para seridentificado como horizonte diagnstico glei e tambm como qualquer doshorizontes diagnsticos: sulfrico, B incipiente, B textural (sem mudana texturalabrupta) e B latosslico, ser identificado como horizonte glei, atribuindo-se condio de gleizao importncia mais decisiva para identificao de horizontediagnstico que aos demais atributos simultaneamente possudos pelos horizontesem causa.

    Derivado de horizonte G, conforme Estados Unidos (1951), parcialmente degleyic properties (FAO, 1998) e parcialmente de cambic horizon (EstadosUnidos, 1999).

    Propostas de alterao de bases e critrios,definies, conceitos das classes e chave

    referentes ao primeiro nvel categrico (Ordem)

    Entre as propostas de alterao, em nvel de Ordem, a mais expressiva refere-se extino da classe dos Alissolos, a qual deve-se a uma srie de fatores, dentre osquais podemos destacar: desconhecimento da grande maioria desses solos noBrasil, principalmente aqueles localizados na regio amaznica; exigncia deanlises laboratoriais para sua identificao e classificao, j no primeiro nvelcategrico. Alm disso, a aluminizao, considerada como o principal processonos Alissolos, ocorre em diversas classes, tais como nos Agissolos, Nitossolos,Gleissolso, Cambissolos, Plintossolos, Planossolos, evidenciando que trata-se deum processo secundrio. Em conseqncia, os atributos diagnsticos, as bases ecritrios envolvidos na conceituao e definio at ento utilizados para osAlissolos, foram reformulados e redistribudos para as classes dos Argissolos eNitossolos. Como ambos so, por definio, solos dotados de argila de atividadebaixa, as modificaes concernentes s bases, critrios, conceitos e definies daclasse tornam-se necessrias a fim de contemplar tanto os Alissolos queapresentam horizonte B textural como B ntico. Portanto, a presente propostaconsidera que tais classes devem englobar solos de argila de atividade baixa e alta.Neste ltimo caso, apenas aqueles dotados de horizonte B textural ou B ntico ecarter alumnico seriam classificados como Argissolos ou Nitossolos,respectivamente. Prope-se manter a definio de carter alumnico tal comooriginariamente descrita no SiBCS. No entanto, tais solos seriam doravanteenquadrados apenas no terceiro nvel categrico, tanto na classe dos Argissolos

  • 28 Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    como dos Nitossolos, recebendo a designao de Ta alumnicos ou Tb alumnicos,dependendo, como exposto, de sua atividade de argila (exemplos - ArgissolosVermelho-Amarelos Ta alumnicos; Argissolos Vermelho-Amarelos Tb alumnicos;Nitossolos Hplicos Ta Alumnicos; Nitossolos Hplicos Tb Alumnicos). Nestanova estrutura, tambm sugerida a incluso de Argissolos de argila de atividadealta e distrficos (teor de alumnio inferior 4cmolc/kg de solo), encontrados edescritos em vrias regies do pas. No entanto, a estruturao dos nveiscategricos at subgrupo est em fase de discusso e elaborao junto ao CE e,portanto, no sero apresentados neste documento.

    Tambm, so sugeridas propostas de alterao das bases, critrios, definies econceitos das seguintes classes de solos: Organossolos, Gleissolos e Plintossolos.Cabe o leitor compar-las as originariamente descritas no Sistema Brasileiro deClassificao de Solos a fim de avaliar sua evoluo e alteraes propostas.

    ArgissolosAs propostas concernentes s bases e critrios, conceito e definio envolvidos naidentificao e caracterizao da classe dos Argissolos, so:

    Argissolos - grupamento de solos com horizonte B textural, com argila de atividadebaixa ou argila de atividade alta desde que conjugada ao carter alumnio e/ou saturao por bases < 50%.

    Base - evoluo relativamente avanada com atuao incompleta de processo deferralitizao e/ou acumulao de alumnio extravel, em conexo com paragnesecaulintica-oxidca ou caulintica, ou presena de mineral de argila relativamenteresistente ao intemperismo (argilominerais com Al-hidrxi entrecamadas) navigncia de mobilizao de argila da parte mais superficial, com concentrao ouacumulao em horizonte subsuperficial.

    Critrio - desenvolvimento (expresso) de horizonte diagnstico B textural emvinculao com atributos evidenciadores de baixa atividade de argila ou altaatividade conjugada ao carter alumnico e/ou saturao por bases < 50%.

    Conceito - Compreende solos constitudos por material mineral, que tm comocaractersticas diferenciais argila de atividade baixa ou argila de atividade alta desdeque conjugada ao carter alumnico e/ou saturao por bases < 50%.

  • 29Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Apresentam horizonte B textural (Bt) imediatamente abaixo de qualquer tipo dehorizonte superficial, exceto o hstico, sem apresentar, contudo, os requisitosestabelecidos para serem enquadrados nas classes dos Planossolos, Plintossolosou Gleissolos.

    Grande parte dos solos desta classe apresenta evidente incremento de argila nohorizonte B, podendo ou no decrescer em profundidade.

    So de profundidade varivel, desde forte a imperfeitamente drenados, de coresavermelhadas ou amareladas, e mais raramente, brunadas ou acinzentadas. Atextura varia de arenosa a argilosa no horizonte A e de mdia a muito argilosa nohorizonte Bt, sempre havendo aumento de argila daquele para este.

    So forte a moderadamente cidos, com saturao por bases alta, ou baixa,predominantemente caulinticos, podendo conter, em menor proporo,argilominerais com Al-hidrxi entrecamadas.

    Definio - solos constitudos por material mineral com argila de atividade baixa ouargila de atividade alta desde que conjugada ao carter alumnico e/ou saturaopor bases < 50% e horizonte B textural imediatamente abaixo de horizonte A ouE.

    Chave para Ordem - solos constitudos por material mineral com horizonte Btextural, argila de atividade baixa ou argila de atividade conjugada ao carteralumnico e/ou saturao por bases < 50%, imediatamente abaixo do horizonteA ou E, e satisfazendo, ainda, os seguintes requisitos:

    horizonte plntico, petroplntico ou litoplntico, se presente, no est acima e nem coincidente com a parte superior do horizonte B textural; horizonte glei, se presente, no est acima e nem coincidente com a partesuperior do horizonte B textural.

    NitossolosAs propostas de alterao concernentes ao conceito e definio envolvidos naidentificao e caracterizao da classe dos Nitossolos so descritos abaixo:

    Conceito - compreende solos constitudos por material mineral, com horizonte Bntico (reluzente) com argila de atividade baixa ou argila de atividade alta desde que

  • 30 Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    conjugada ao carter alumnio, textura argilosa ou muito argilosa, estrutura emblocos subangulares, angulares ou prismtica moderada ou forte, com superfciedos agregados reluzente, relacionada cerosidade e/ou superfcies de compresso.

    Definio: solos constitudos por material mineral, que apresentam horizonte Bntico com argila de atividade baixa ou argila de atividade alta desde que conjugadaao carter alumnio, imediatamente abaixo do horizonte A ou dentro dos primeiros50cm do horizonte B.

    Chave para Ordem - Solos constitudos por material mineral que apresentamhorizonte B ntico com argila de atividade baixa ou argila de atividade alta desdeque conjugada ao carter alumnio, imediatamente abaixo do horizonte A ou dentrodos primeiros 50 cm do horizonte B.

    OrganossolosAs propostas referentes s bases e critrios, conceito e definio envolvidos naidentificao e caracterizao da classe dos Organossolos, so:

    Organossolos - grupamento de solos constitudos por material orgnico queapresentam horizonte hstico (com teor de C-org. 80g/kg de TFSA) comespessura mnima de 40cm, quer se estendendo em seo nica a partir dasuperfcie, quer tomado, cumulativamente, dentro de 80 cm de superfcie do solo;ou com no mnimo 20cm de espessura, quando sobrejacente a contato ltico; oucom no mnimo 60cm de espessura se 75% ou mais do material orgnico consistede tecido vegetal facilmente identificvel.

    Base - natureza predominantemente orgnica do material originrio, que em siconstitui o prprio solo.

    Critrio - preponderncia dos atributos dos constituintes orgnicos em relao aosminerais, espessura e profundidade de ocorrncia de horizontes em ambientes demidos altimontanos com drenagem livre, ou em condies de saturao por gua,permanente ou peridica.

    Conceito - Compreende solos pouco evoludos, constitudos por material orgnicode colorao preta, cinzenta muito escura ou brunadas, resultantes de acumulaode restos vegetais, em graus variveis de decomposio, em ambientes mal a

  • 31Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    muito mal drenados, ou em ambientes midos altimontanos, saturados por guapoucos dias durante o perodo chuvoso.

    Em ambientes sujeitos a forte hidromorfismo, devido ao lenol fretico permanecerelevado grande parte do ano, as condies anaerbicas restringem os processos demineralizao e desenvolvimento pedogentico, conduzindo acumulao dematerial orgnico superfcie dos solos.

    Nos ambientes midos altimontanos, as condies de baixa temperaturafavorecem o acmulo de material orgnico pela reduo da atividade biolgica.Nesses ambientes, condies de distrofismo e elevada acidez, podem tambmrestringir a transformao da matria orgnica.

    Esta classe engloba solos com horizontes de constituio orgnica (H ou O), comgrande proporo de resduos vegetais em grau varivel de decomposio, quepodem se sobrepor ou estarem entremeados por horizontes ou camadas mineraisde espessuras variveis.

    Usualmente so solos fortemente cidos, apresentando alta capacidade de troca dections e baixa saturao por bases, com espordicas ocorrncias de saturaomdia ou alta. Podem apresentar horizonte sulfrico, materiais sulfdricos, carterslico, propriedade sdica ou soldica, podendo estar recobertos por deposiopouco espessa (

  • 32 Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    b) solos que esto saturados por gua no mximo por 30 dias consecutivos porano, durante o perodo mais chuvoso, com horizonte O hstico, apresentando asseguintes espessuras:b.1) 20cm ou mais, quando sobrejacente a um contato ltico; oub.2) 40cm ou mais quando sobrejacente a horizontes A, B ou C; ouc) solos saturados com gua durante a maior parte do ano, na maioria dos anos, amenos que artificialmente drenados, apresentando horizonte H hstico comespessura de 40cm ou mais, quer se estendendo em seo nica a partir dasuperfcie, quer tomado, cumulativamente, dentro dos 80cm superficiais;

    Chave para Ordem - Solos que apresentam horizonte hstico com as seguintesespessuras:

    20cm ou mais, quando sobrejacente a um contato ltico; ou 40cm ou mais, contnuo ou cumulativo nos primeiros 80cm da superfcie dosolo; ou 60cm ou mais se 75% ou mais do material orgnico consiste de tecido vegetalfacilmente identificvel.

    GleissolosAs propostas referentes ao conceito e definio envolvidos na identificao ecaracterizao da classe dos Gleissolos, so:

    Conceito Compreende solos hidromrficos, constitudos por material mineral,que apresentam horizonte glei dentro de 150cm da superfcie, imediatamenteabaixo de horizonte A ou E (gleizados ou no), ou de horizonte hstico com menosde 40cm de espessura; no apresentam horizonte vrtico ou horizonte B texturalcom mudana textural abrupta acima ou coincidente com horizonte glei, tampoucoqualquer outro tipo de horizonte B diagnstico acima do mesmo. Horizonteplntico, quando presente, deve estar a profundidade superior a 100cm dasuperfcie do solo.

    Os solos desta classe so permanente ou periodicamente saturados por gua, salvose artificialmente drenados. A gua de saturao permanece estagnada internamente,ou a saturao por fluxo lateral no solo. Em qualquer circunstncia, a gua do solopode se elevar por ascenso capilar, atingindo a superfcie do mesmo.

  • 33Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Caracterizam-se pela forte gleizao, em decorrncia do regime umidade redutor,que se processa em meio anaerbico, com muita deficincia ou mesmo ausnciade oxignio, devido ao encharcamento do solo por longo perodo ou durante todoo ano.

    O processo de gleizao implica na manifestao de cores acinzentadas, azuladasou esverdeadas, devido a compostos ferrosos resultantes da escassez de oxigniocausada pelo encharcamento. Provoca, tambm, a reduo e solubilizao de ferro,promovendo translocao e reprecipitao dos seus compostos.

    So solos mal ou muito mal drenados, em condies naturais, que apresentamseqncia de horizontes A-Cg, A-Big-Cg, A-Btg-Cg, A-E-Btg-Cg, A, Eg-Bt-Cg, Ag-Cg, H-Cg, tendo o horizonte A cores desde cinzentas at pretas, espessuranormalmente entre 10 e 50cm e teores mdios a altos de carbono orgnico.

    O horizonte glei, que pode ser um horizonte C, B, E ou A, possui coresdominantemente mais azuis que 10Y, de cromas bastante baixos, prximos doneutro.

    So solos que ocasionalmente podem ter textura arenosa (areia ou areia franca)somente nos horizontes superficiais, desde que seguidos de horizonte glei detextura franco-arenosa ou mais fina.

    Afora os horizontes A, H ou E que estejam presentes, a estrutura em blocos ouprismtica composta ou no de blocos angulares e subangulares. Quandomolhado, o horizonte apresenta-se, em geral, com aspecto macio.

    Podem apresentar horizonte sulfrico, clcico, propriedade soldica, sdica,carter slico, ou plintita em quantidade ou posio no diagnstica paraenquadramento na classe dos Plintossolos.

    So solos formados em materiais originrios estratificados ou no, e sujeitos aconstante ou peridico excesso dgua, o que pode ocorrer em diversas situaes.Comumente, desenvolvem-se em sedimentos recentes nas proximidades doscursos dgua e em materiais colvio-aluviais sujeitos a condies de hidromorfia,podendo formar-se tambm em reas de relevo plano de terraos fluviais, lacustresou marinhos, como tambm em materiais residuais em reas abaciadas edepresses. So eventualmente formados em reas inclinadas sob influncia do

  • 34 Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    afloramento de gua subterrnea (surgentes). So solos formados sob vegetaohidrfila ou higrfila herbcea, arbustiva ou arbrea.

    Definio Solos constitudos por material mineral, com horizonte glei dentro dosprimeiros 150cm da superfcie, imediatamente abaixo de horizonte A ou E ou dehorizonte H (hstico) de espessura inferior a 40cm, satisfazendo ainda os seguintesrequisitos:

    ausncia de qualquer tipo de horizonte B diagnstico acima do horizonte glei; ausncia de horizonte vrtico, plntico ou B textural com mudana texturalabrupta coincidente com o horizonte glei; ausncia de horizonte plntico dentro de 100cm a partir da superfcie do solo.

    Chave para Ordem - Solos constitudos por material mineral com horizonte gleidentro de 150cm da superfcie, imediatamente abaixo de horizontes A ou E, ou dehorizonte hstico com menos de 40cm de espessura e no apresentando horizontevrtico, ou horizonte B textural com mudana textural abrupta acima oucoincidente com horizonte glei, tampouco qualquer outro tipo de horizonte Bdiagnstico acima do horizonte glei. Horizonte plntico, se presente, deve estar aprofundidade superior a 100cm da superfcie.

    PlintossolosAs propostas referentes s bases e critrios, conceito e definio envolvidos naidentificao e caracterizao da classe dos Plintossolos, so:

    Plintossolos - grupamento de solos com expressiva plintitizao, com ou semformao de petroplintita.

    Bases - Segregao localizada de ferro, atuante como agente de cimentao, comcapacidade de consolidao irreversvel sob ao de ciclos sucessivos deumedecimento e secagem.

    Critrios - Preponderncia e profundidade de manifestao de atributosevidenciadores da formao de plintita, conjugado com horizonte diagnsticosubsuperficial plntico, petroplntico ou litoplntico.

    Conceito - Compreende solos minerais, formados sob condies de restrio

  • 35Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    percolao da gua, sujeitos ao efeito temporrio de excesso de umidade, que secaracterizam fundamentalmente por apresentarem expressiva plintitizao com ousem petroplintita ou horizonte litoplntico, na condio de que no satisfaam osrequisitos estipulados para as classes dos Neossolos, Cambissolos, Luvissolos,Argissolos, Latossolos, Planossolos ou Gleissolos.

    So solos que apresentam muitas vezes horizonte B textural sobre ou coincidentecom o horizonte plntico ou horizonte petroplntico, ocorrendo tambm, solos comhorizonte B incipiente, B latosslico, horizonte glei e solos sem horizonte B.

    Usualmente so solos bem diferenciados, podendo o horizonte A ser de qualquertipo, tendo seqncia de horizontes A, AB, ou A, E seguidos de Bt, ou Bw , ou Bi,ou C (acompanhados dos sufixos f ou c), ou F.

    Apesar da colorao destes solos ser bastante varivel, verifica-se o predomnio decores plidas com ou sem mosqueados de cores alaranjadas a vermelhas, oucolorao variegada, acima do horizonte diagnstico (plntico, petroplntico oulitoplntico).

    Alguns solos desta classe, embora tenham sua gnese associada a condies deexcesso de umidade ou restrio temporria percolao dgua, ocorrem nostempos atuais em condies de boa drenagem, podendo apresentar coresavermelhadas na maior parte do perfil.

    A textura varivel, sendo que no horizonte plntico franco-arenosa ou mais fina.Alguns solos apresentam mudana textural abrupta.

    So solos predominantemente fortemente cidos, com saturao por bases baixa.Todavia, verifica-se a existncia de solos com saturao por bases mdia a alta,como tambm solos com propriedades soldica e sdica.

    Parte dos solos desta classe (solos com horizonte plntico) tem ocorrncia relacionadaa terrenos de vrzeas, reas com relevo plano ou suavemente ondulado e menosfreqentemente ondulado, em zonas geomrficas de baixada. Ocorrem tambm emteros inferiores de encostas ou reas de surgentes, sob condicionamento quer deoscilao do lenol fretico, quer de alagamento ou encharcamento peridico por efeitode restrio percolao ou escoamento de gua.

  • 36 Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Outra parte (solos com horizonte petroplntico principalmente), apresenta melhor drenageme ocupa posies mais elevadas em relao aos primeiros. Encontram-se, normalmente, embordos de plats e reas ligeiramente dissecadas de chapadas e chapades das regiescentral e norte do Brasil.

    So tpicos de zonas quentes e midas, mormente com estao seca bem definida ou que,pelo menos, apresentem um perodo com decrscimo acentuado das chuvas. Ocorremtambm na zona equatorial permida e mais esporadicamente em zona semi-rida.

    As reas mais expressivas ocupadas pelos solos com drenagem mais restrita estosituadas no Mdio Amazonas (interflvios dos rios Madeira, Purus, Juru, Solimes eNegro), na Ilha de Maraj, no Amap, na Baixada Maranhense-Gurupi, no Pantanal, naplancie do rio Araguaia, na ilha do Bananal e na regio de Campo Maior do Piau, enquantoos de melhor drenagem, com presena significativa de petroplintita no perfil, ocorrem commaior freqencia nas regies central e norte do Brasil, principalmente nos estados doTocantins, Par, Amazonas, Mato Grosso, Gois e Distrito Federal.

    Definio Solos constitudos por material mineral, apresentando horizonte plntico,petroplntico ou litoplntico, satisfazendo uma ou mais das seguintes condies:

    iniciando dentro de 40cm da superfcie; ou iniciando dentro de 100cm da superfcie quando precedidos de horizonte glei; ou iniciando dentro de 200cm quando imediatamente abaixo do horizonte A, ou E, ou deoutro horizonte que apresente colororao plida (branca, acinzentada, plida ouamarelado clara), variegada ou com mosqueados em quantidade abundante (20% emvolume), e satisfazendo uma das seguintes cores:

    a) matiz 5Y; oub) matizes 2,5Y, 10YR ou 7,5YR com croma menor ou igual a 4; ouc) os mosqueados em quantidade abundante, se presentes, devem apresentar matizes ecromas de acordo com os itens a ou b e a matriz do solo pode apresentar colorao desdeavermelhada at amarelada; oud) horizontes de colorao plida (brancas, acinzentadas, plidas ou amarelado claras),com matizes e croma de acordo com os itens a ou b, podendo ocorrer ou no mosqueadosde colorao desce avermelhada at amarelada; oue)colorao variegada com pelo menos uma das cores apresentando matiz e croma deacordo com os itens a ou b.

  • 37Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Chave para a Ordem - Outros solos que apresentam um dos seguintes horizontesdiagnsticos, litoplntico, petroplntico ou plntico, exceto quando este ltimo forcoincidente com horizonte plnico de carter sdico, iniciando-se nas seguintesprofundidades:

    dentro de 40cm da superfcie do solo; ou dentro de 100cm da superfcie do solo, quando precedido de horizonte glei; ou dentro de 200cm quando imediatamente abaixo do horizonte A, ou E, ou de outrohorizonte que apresente colororao plida (branca, acinzentada, plida ouamarelado clara), variegada ou com mosqueados em quantidade abundante.

    Proposta de reestruturao de classes em nvelcategrico de ordem, subordem, grande grupo e

    subgrupo

    Nas tabelas subsequentes (Tabelas de 2 a 14) so apresentadas as classes de solosat 4o nvel categrico. Seguiu-se os seguintes critrios para identificao dasalteraes propostas: as palavras escritas em formato padro j constam no SiBCS(Embrapa, 1999); aquelas escritas em (formato negrito sublinhado e entreparnteses), indicam sugestes de incluses de novas classes, muitas delassugeridas e encaminhadas de diferentes partes do Brasil ao Comit do SiBCS naforma de perfis de solos, outras sugeridas e discutidas apenas no mbito do ComitExecutivo.

    Alm das sugestes de alterao estrutural do Sistema, consenso entre osmembros do CE que, atributos diagnsticos extraordinrios ou intermedirios jreconhecidos em nvel de Subgrupo podem ser utilizados com mais liberdade emoutros Grandes Grupos, onde no constem suas ocorrncias no SiBCS. Portanto,em trabalhos de levantamento de solos e correlatos, que lanam mo da classificaotaxonmica de solos, podem ser inseridas novas classes de solos apenas no quartonvel categrico (subgrupo), desde que se mantenha a lgica com o Sistema, bemcomo j estejam relatadas e relacionadas a outras classes de solos, devendo serenviado ao CE uma cpia do perfil, para que esta nova classe possa ser incorporadaao SiBCS. Sugere-se que no mximo trs combinaes de atributos sejam utilizadasno 4o nvel categrico, as quais devem ser listados em ordem alfabtica e noseguidas de hfen ou vrgula (hsticos salinos soldicos, por exemplo).

  • 38 Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Tabela 2. Classes at 4 nvel categrico para a ordem dos Organossolos.

    Ordem Subordem Grande Grupo /Smbolo

    Subgrupo

    Fbricos / Ojm salinos; soldicos; trricos; tpicos*

    Hmicos / Ojy salinos; soldicos; trricos; tpicos

    TiomrficosSpricos / Ojs salinos; soldicos; trricos; tpicos

    Fbricos / OOm lticos; tpicos

    Hmicos / OOy lticos; tpicos

    FlicosSpricos / OOs lticos; tpicos

    Fbricos / OXm (slicos); (salinos); (sdicos); soldicos; trricos;tpicos

    Hmicos / OXy slicos; salinos; (sdicos); soldicos; carbonticos;trricos; tpicos

    Organosolos

    HplicosSpricos / OXs slicos; salinos; (sdicos); soldicos; carbonticos;

    trricos; tpicos

    * Os tpicos da classe dos Organossolos Tiomrficos apresentam o carter slico.

  • 39Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Tabela 3. Classes at 4 nvel categrico para a ordem dos Neossolos.

    Ordem Subordem Grande Grupo /Smbolo

    Subgrupo

    Hsticos / Rli tpicos

    Hmicos / RLh espdicos; tpicos

    Carbonticos / RLk tpicos

    Psamticos / RLq tpicos

    (Alumnico) / (RLa) (tpico)

    Distrficos / RLd tpicos

    Litlicos

    Eutrficos / RLe chernosslicos; tpicos

    Slicos / RUz (gleicos); soldicos; tpicos

    Sdicos / RUn vrticos; (gleicos); salinos; tpicos

    Carbonticos / RUk (gleicos); tpicos

    Psamticos / RUq (gleicos); tpicos

    (Ta Distrficos) /(RUbe)

    (gleicos); (vrticos); (soldicos ); (salinos); (calcricos);(tpicos)

    Ta Eutrficos /RUve

    gleicos; soldicos; vrticos; salinos; calcricos; tpicos

    Tb Distrficos /Rubd

    gleicos; (salinos); (soldicos ); tpicos

    Neossolos

    Flvicos

    Tb Eutrficos /Rube

    gleicos; (salinos); soldicos; (calcricos); tpicos

    Psamticos / RRq fragipnicos; lpticos; gleicos; soldicos; tpicos

    (Alumnicos) / (RRa) (lptico); (tpico)

    Distrficos / RRd fragipnicos; hmicos; lpticos; tpicosRegolticos

    Eutrficos /Rre fragipnicos; lpticos; soldicos; soldicos; tpicos

    Hidromrficos / RQg espdicos; hsticos; plnticos; tpicos

    Neossolos

    Quartzarnicos rticos / RQo fragipnicos; hmicos; soldicos; utricos; lpticos;espdicos; plnticos; gleicos; latosslicos; argisslicos;tpicos

  • 40 Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Tabela 4. Classes at 4 nvel categrico para a ordem dos Vertissolos.

    Ordem Subordem Grande Grupo /Smbolo

    Subgrupo

    Sdicos / VGn salinos; carbonticos; tpicos

    Slicos / VGz soldicos; tpicos

    Carbonticos /VGk

    soldicos; tpicosHidromrficos

    rticos / VGo chernosslicos; (salinos); soldicos; tpicos

    Sdicos / VEm salinos; (lticos); (lpticos); (saprolticos); (gleicos);tpicos

    Carbonticos /VEk

    chernosslicos; (gleicos) ; (lticos); (lpticos);(saprolticos); (soldicos); tpicos

    Ebnicos

    rticos / VEo chernosslicos; (gleicos); (salinos); soldicos; (lticos);(lpticos); (saprolticos); tpicos

    Slicos / VCz lticos; gleicos soldicos; gleicos; soldicos; (lpticos);(saprolticos); tpicos

    Sdicos / VCn lticos; gleicos; salinos; (soldicos); (lpticos);(saprolticos); tpicos

    Carbonticos /VCk

    lticos; chernosslicos; gleicos soldicos; gleicos;soldicos; (lpticos); (saprolticos); tpicos

    Vertissolos

    Cromados

    rticos / VCo lticos; soldicos; gleicos; chernosslicos; salinos;soldicos; (lpticos); (saprolticos); tpicos

  • 41Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Tabela 5. Classes at 4 nvel categrico para a ordem dos Espodossolos.

    Ordem Subordem Grande Grupo /

    Smbolo

    Subgrupo

    Hidromrficos /Ekg

    hsticos; dricos; arnicos; tpicos

    Hiperespessos /Eku

    tpicos(Humilvicos)

    rticos / EKo dricos; duripnicos; fragipnicos; soldicos;espessarnicos; arnicos ; tpicos

    Hidromrficos /ESg

    hsticos; dricos; arnicos; tpicos

    Hiperespessos /SEu

    tpicos(Ferrilvicos)

    rticos / ESo dricos; duripnicos; fragipnicos; carbonticos;soldicos; utricos; espessarnicos; arnicos;soldicos; tpicos

    Hidromrficos /ESKg

    hsticos; dricos; arnicos; tpicos

    Hiperespessos /ESKu

    tpicos

    Espodossolos

    (Ferrihumilvicos)

    rticos / ESKo dricos; duripnicos; fragipnicos; carbonticos;utricos; espessarnicos; arnicos - utricos;arnicos; argisslicos; tpicos

  • 42 Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Tabela 6. Classes at 4 nvel categrico para a ordem dos Planossolos.

    Ordem Subordem Grande Grupo /Smbolo

    Subgrupo

    Carbonticos /SNk

    vrticos; (gleicos); tpicos

    Slicos / SNz arnicos; duripnicos; flvicos; tpicosNtricos

    rticos / SNo espessarnicos; arnicos; vrticos; (gleicos); plnticos;duripnicos; salinos; (flvicos); tpicos

    Carbonticos /SXk

    soldicos; vrticos; tpicos

    Slicos / SXz arnicos; soldicos; vrticos; (plnticos); (flvicos);tpicos

    (Alumnicos) /(SXa)

    (arnicos); (tpicos)

    Distrficos/SXd espessarnicos; arnicos; plnticos; (salinos);soldicos; (lpticos); (flvicos); tpicos

    Planossolos

    Hplicos

    Eutrficos/ SXe espessarnicos; (arnicos; soldicos); (salinos)soldicos; chernosslicos vrticos; vrticos;(plnticos); (flvicos); (lpticos); tpicos

  • 43Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Tabela 7. Classes at 4 nvel categrico para a ordem dos Gleissolos.

    * Os tpicos da classe dos Gleissolos Tiomrficos apresentam o carter slico.

    Ordem Subordem Grande Grupo /Smbolo

    Subgrupo

    Hsticos / GJi sdicos; soldicos; tpicos*

    Hmicos / GJh sdicos; soldicos; tpicosTiomrficos

    rticos / GJo sdicos; soldicos; antropognicos; tpicos

    Sdicos / GZn tinicos; argisslicos; tpicosSlicos

    rticos / GZo vrticos; soldicos; tpicos

    (Ta Alumnicos) /(GMva)

    (hsticos ); (cmbicos); (tpicos)

    (Tb Alumnicos) /(GMba)

    (hsticos ); (cmbicos); (tpicos)

    Distrficos / GMd hsticos; (cmbicos); plnticos; (salinos);(soldicos) tpicos

    Carbonticos /GMk

    vrticos; (cmbicos); (salinos); (soldicos);tpicos

    Gleissolos

    Melnicos

    Eutrficos / GMe lpticos; vrticos; (cmbicos); (calcricos);(salinos); (soldicos); tpicos

  • 44 Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Tabela 8. Classes at 4 nvel categrico para a ordem dos Nitossolos.

    Ordem Subordem Grande Grupo /Smbolo

    Subgrupo

    (Distrofrricos) /(NBwf)

    (hmicos rbricos); (hmicos); (rbricos);(tpicos)

    (Distrficos) /(NBd)

    (hmicos rbricos); (hmicos); (rbricos);tpicos)

    (Aluminofrricos)/ (NBaf)

    (hmicos rbricos); (hmicos); (rbricos);(tpicos)

    (Brunos)

    Alumnicos /(NBa)

    (hmicos rbricos); (hmicos); (rbricos);(tpicos)

    Distrofrricos /

    NVdflatosslicos; tpicos

    Distrficos / NVd argisslicos; latosslicos; (cmbicos); (lticos);(saprolticos); tpicos

    Eutrofrricos /

    Nvef

    chernosslicos; plnticos; latosslicos; tpicosVermelhos

    Eutrficos / NVe lpticos; latosslicos; (cmbicos); (lticos);(saprolticos); tpicos

    (cricos) / (NXw) (latosslicos); (tpicos)

    Alumnicos / NXa latosslicos; tpicos

    Distrficos / NXd hmicos; latosslicos; (cmbicos); (lticos);(saprolticos); tpicos

    (Eutrofrricos) /

    Nxef

    (chernosslicos); (lpticos); (cmbicos); (lticos);

    (saprolticos); (tpicos)

    Nitossolos

    Hplicos

    Eutrficos /NXe chernosslicos; (cmbicos); (lticos); lpticos;(saprolticos); tpicos

  • 45Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Tabela 9. Classes at 4 nvel categrico para a ordem dos Latossolos.

    Ordem Subordem Grande Grupo /Smbolo

    Subgrupo

    (Acrifrricos) / (LBwf) (rbricos); (tpicos)

    cricos / LBw hmicos; (rbricos); tpicos

    (Aluminofrricos) /(LBaf)

    (rbricos); (tpicos)

    Alumnicos / LBa hmicos cmbicos; hmicos; cmbicos;(rbricos); tpicos

    (Distrofrricos) /(LBdf)

    (cmbicos); (rbricos); (tpicos)

    Brunos

    Distrficos / LBd hmicos cmbicos; hmicos; cmbicos;(rbricos); tpicos

    Coesos / Lax antrpicos; hmicos; cmbicos; argisslicos;petroplnticos; plnticos; litoplnticos; tpicos

    Acrifrricos/ LAwf hmicos; argisslicos; tpicos

    cricos / LAw hmicos; argisslicos; petroplnticos; plnticos;tpicos

    Distrofrricos / LAdf hmicos; tpicos

    Distrficos / LAd hmicos; cmbicos; psamticos; argisslicos;petroplnticos; tpicos

    Latossolos

    Amarelos

    Eutrficos / Lae (hmicos); cmbicos; argisslicos; tpicos

    Perfrricos / LVj hmicos; cmbicos; tpicos

    Aluminofrricos / Lvaf hmicos; cmbicos; tpicos

    Acrifrricos / LVwf hmicos; cmbicos; tpicos

    Distrofrricos / LVdf hmicos; cmbicos; nitosslicos; plnticos;tpicos

    Eutrofrricos / LVef cmbicos; (chernosslicos); nitosslicos; tpicos

    cricos / LVw hmicos; cmbicos; argisslicos; tpicos

    Distrficos / LVd hmicos; cmbicos; psamticos; argisslicos;tpicos

    Vermelhos

    Eutrficos / LVe cmbicos; psamticos; argisslicos;(chernosslicos) ; tpicos;

    Acrifrricos/ LVAwf (hmicos); cmbicos; argisslicos; tpicos

    cricos / LVAw hmicos; cmbicos; argisslicos; tpicos

    Distrofrricos/ LVAdf (hmicos); cmbicos; argisslicos; tpicos

    Distrficos / LVAd hmicos; psamticos; cmbicos; plnticos;nitosslicos; argisslicos; tpicos

    Latossolos

    Vermelho-Amarelos

    Eutrficos / LVAe psamticos; cmbicos; argisslicos; tpicos

  • 46 Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Tabela 10. Classes at 4 nvel categrico para a ordem dos Chernossolos.

    Ordem Subordem Grande Grupo /Smbolo

    Subgrupo

    Lticos / MDi tpicosRndzicos Saprolticos /

    MDrtpicos

    Carbonticos /Mek

    vrticos; tpicosEbnicos

    rticos / MEo vrticos; tpicos

    Frricos / MTf saprolticos; tpicos

    Carbonticos /MTk

    vrticos; abruptos; saprolticos; tpicosArgilvicos

    rticos / MTo lpticos; abruptos saprolticos; saprolticos; vrticos;abruptos; soldicos; epiquicos; tpicos

    Frricos / MXf tpicos

    Carbonticos /MXk

    vrticos; lpticos; nitosslicos; saprolticos; tpicos

    Chernossolos

    Hplicos

    rticos / Mxo vrticos; lpticos; nitosslicos; tpicos

  • 47Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Tabela 11. Classes at 4 nvel categrico para a ordem dos Cambissolos.

    Ordem Subordem Grande Grupo /Smbolo

    Subgrupo

    Aluminofrricos/ Chaf

    (lticos); lpticos; latosslicos; espdicos;(organosslicos); (argisslicos); (saprolticos); tpicos

    Alumnicos /Cha

    (lticos); lpticos; gleicos; smbricos; latosslicos;(argisslicos); (organosslicos); (espdicos);(saprolticos); tpicos

    Distrfrricos /CHdf

    (lticos); lpticos; latosslicos; (argisslicos);(hsticos); (saprolticos); tpicos

    Hmicos

    Distrficos /CHd

    (organosslicos); lpticos; gleicos; (argisslicos);latosslicos; (lticos); (saprolticos); tpicos

    (Alumnicos) /(CUa)

    (gleicos; soldicos; tpicos)

    (Carbonticos) /(CUk)

    (vrticos; soldicos; tpicos)

    (Sdicos) /(CUn)

    (salinos; tpicos)

    (Slicos) / (CUz) (gleicos; soldicos; tpicos)

    (Ta Distrficos)/ (CUvd)

    (gleicos; planosslicos; vrticos; salinos; soldicos;tpicos)

    (Ta Eutrficos) /(CUve)

    (gleicos; vrticos; planosslicos vrticos; salinos;soldicos; tpicos)

    (Tb Distrficos)/ (CUbd)

    (gleicos; salinos; soldicos; tpicos)

    Cambissolos

    (Flvicos)

    (Tb Eutrficos /(CUbe)

    (gleicos; vrticos; planosslicos vrticos; salinos;soldicos; tpicos)

    Alumnicos /CXa

    (organosslicos); gleicos; argisslicos; (lticos);(lpticos); (saprolticos); tpicos

    Carbonticos /CXk

    saprolticos; vrticos; (lticos); lpticos; tpicos

    Slicos / CXz gleicos soldicos; gleicos; soldicos; (vrticos);(lticos); lpticos; (saprolticos); tpicos

    Sdicos / CXn gleicos salinos; gleicos; salinos; vrticos; (lticos);lpticos; (saprolticos); tpicos

    Distrofrricos /CXdf

    (lticos); lpticos; (saprolticos); tpicos

    Eutrofrricos /CXef

    lpticos; (gleicos); (soldicos); latosslicos;(saprolticos); tpicos

    Perfrricos /CXj

    (lticos); (lpticos); latosslicos; (saprolticos); tpicos

    Ta Distrficos /CXvd

    lticos; lpticos; gleicos; (argisslicos); (soldicos);(saprolticos); tpicos

    Cambissolos Hplicos

    Ta Eutrficos /CXve

    lticos; (lpticos carbonticos) ; lpticos; vrticos;(argisslicos); gleicos; soldicos; (saprolticos); tpicos

  • 48 Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Tabela 12. Classes at 4 nvel categrico para a ordem dos Plintossolos.Ordem Subordem Grande Grupo /

    SmboloSubgrupo

    Litoplnticos / FFlf (ndicos); (psamticos); tpicosPtricos (Concrecionrios) /

    (FFc)(ndicos); (lticos); (lpticos); (gleicos);(cmbicos); (argisslicos); (latosslicos); (tpicos)

    Alumnicos / Fta (arnicos); (espessarnicos); abruptos;(petroplnticos); (gleicos); tpicos

    Distrficos / FTd (arnicos); espessarnicos; abruptos; soldicos;(gleicos) ; (petroplnticos) ; tpicosArgilvicos

    Eutrficos / Fte (arnicos); espessarnicos; abruptos soldicos;abruptos; soldicos; (gleicos) ; (petroplnticos) ;tpicos

    (Alumnicos) /(FXa)

    (gleicos); (petroplnticos); (tpicos)

    Distrficos / FXd lticos; (lpticos); (arnicos); (espessarnicos);soldicos; (gleicos); (petroplnticos); tpicos

    Plintossolos

    Hplicos

    Eutrficos / FXe lticos; (lpticos); (arnicos); (espessarnicos);soldicos; (gleicos) ; (petroplnticos); tpicos

    Tabela 13. Classes at 4 nvel categrico para a ordem dos Luvissolos.Ordem Subordem Grande Grupo /

    SmboloSubgrupo

    Carbonticos /TCk

    (lticos); (lpticos); vrticos; planosslicos; (abruptos);(saprolticos); tpicos

    Plicos / TCp planosslicos; arnicos; abruptos plnticos; abruptos;cmbicos; saprolticos; tpicos

    Crmicos

    rticos / TCo lticos; (lpticos); planosslicos; soldicos; vrticos;salinos soldicos; (abruptos); (saprolticos); tpicos

    Carbonticos /TPk

    (vrticos); (planosslicos); (abruptos); (lticos);(lpticos); (saprolticos); tpicos

    Luvissolos

    Hipocrmicosrticos / TPo planosslicos; (abruptos); (lticos); (lpticos);

    (saprolticos); (alumnicos); tpicos

  • 49Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Tabela 14. Classes at 4 nvel categrico para a ordem dos Argissolos.

    Ordem Subordem Grande Grupo /Smbolo

    Subgrupo

    (Bruno-Acinzentados)

    (Ta Alumnicos)/ (PBACva)

    (abruptos); (nitosslicos); (tpicos)

    Distrficos /PACd

    espessarnicos; arnicos; abruptos fragipnicos;abruptos;; latosslicos; plnticos; tpicos

    AcinzentadosEutrficos /PACe

    abruptos; duripnicos; tpicos

    (Coesos) /(PAx)

    (lticos); (lpticos); (saprolticos); (cmbicos);(arnicos); (planosslicos); (espdicos); (soldicos);(abruptos); (fragipnicos); (epiquicos); (plnticos);(petroplnticos); (latosslicos); (tpicos)

    (Ta Alumnicos)/ (PAva)

    (abruptos); (tpicos)

    Argissolos

    Amarelos

    (Tb Alumnicos)/ (PAba)

    (abruptos); (plnticos); (epiquico); (tpicos)

    Distrficos /PAd

    arnicos; fragipnicos; planosslicos; abruptos;espdicos; (petroplnticos); plnticos; soldicos;espdicos; epiquicos; latosslicos; cmbicos; tpicosAmarelos

    Eutrficos /PAe

    (lticos); lpticos; abruptos; chernosslicos; plnticos;(cmbicos); (latosslicos); tpicos

    (Ta Alumnicos)/ (PVva)

    (abruptos); (tpicos)

    (Tb Alumnicos)/ (PVba)

    (abruptos); (epiquico); (plnticos); (tpicos)

    Distrficos /PVd

    arnicos; planosslicos; abruptos; plnticos;latosslicos; (cmbicos); (lticos); (lpticos);(saprolticos); tpicos

    Eutrofrricos /PVef

    abruptos; saprolticos; (lticos); (lpticos);chernosslicos; latosslicos; (cmbicos); tpicos

    Argissolos

    Vermelhos

    Eutrficos / PVe espessarnicos; arnicos; planosslicos; abruptos;chernosslicos; plnticos soldicos; (lticos); lpticos;latosslicos; chernosslicos; saprolticos; cmbicos;tpicos

    (Ta Alumnicos)/ (PVAva)

    (abruptos); (tpicos)

    Tb Alumnicos(PVAba)

    (abruptos); (plnticos); (epiquicos); (tpicos)

    Distrficos /PVAd

    espessarnicos; arnicos fragipnicos; arnicos;planosslicos; abruptos; plnticos; latosslicos;(cmbicos); (lpticos); (saprolticos); tpicos

    ArgissolosVermelho-Amarelos

    Eutrficos /PVAe

    planosslicos; fragipnicos; abruptos (plnticos);lptico; latosslicos; (cmbicos); (saprolticos); tpicos

  • 50 Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Propostas de extino de classes em 1o e 2o nveiscategricos

    No processo de atualizao do SiBCS, props-se suprimir algumas classes de 1o e2o nvel categrico. Tais classes, bem como a justificativa de excluso dasmesmas, esto descritas na tabela 15.

    Tabela 15. Proposio de eliminao de classes de 1o e 2o nveis categricos doSiBCS, sua respectiva justificativa e incorporao nas demais classes

    Classes eliminadas Justificativa Classes em que foramincorporadas

    Alissolos Solos pouco estudados econhecidos no Brasil; evitar anecessidade de dados analticosno 1o nvel categrico; processode aluminizao ocorre em vriasoutras ordens de solos, sendo,portanto, secundrio

    Argissolos e Nitossolos

    Cambissolos Hsticos reas restritas no Brasil; poucorepresentativas

    Cambissolos Hmicos

    Organossolos Msicos Impropriedade de uso dadensidade do solo como critriodiagnstico da classe; grandevariabilidade espacial da classe,sendo impossvel individualiz-losmesmo em levantamentosultradetalhados.

    Organossolos Hplicos

    Espodossolos Crbicos Impropriedade de uso do termopara denotar o processo dequeluviao

    Espodossolos Humilvicos

    Espodossolos Ferrocrbicos Impropriedade de uso do termopara denotar o processo dequeluviao

    Parte em EspodossolosFerrihumilvicos e parte emEspodossolos Ferrilvicos

    PlanossolosHidromrficos

    Todos osPlanossolossoinfluenciadosporhidromorfismo,sendo difcildistinguir seusatributosdaquelesresultantes doprocesso degleizao

    Planossolos Ntricos e Hplicos

  • 51Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Propostas de redefinio de classes j existentes edefin i o d e n o v a s c la s s e s d o 2 o, 3o e 4o nveis

    categricos

    A seguir, so apresentadas as definies propostas de novas classes, bem comoas redefinies de classes j existente de 2o, 3o e 4o nveis categricospreliminarmente divulgadas para crticas e sugestes. Sero consideradas aquiapenas as proposies que no encontram definies similares em outras classesde solos.

    Devido proposta de extino dos Alissolos, cujos solos foram redistribudos paraas classes dos Argissolos e Nitossolos, ainda est em discusso no CE areestruturao de todas as classes que originariamente apresentam o carteralumnico, excetuando-se os Argissolos e Gleissolos, que j so apresentadas,neste documento, propostas de reestruturao. H um concenso entre os membrosdo CE separar tais solos em argila de atividade baixa e alta no 3o nvel categrico(excetuando-se os Latossolos). Assim, os solos das classes dos Cambissolos,Nitossolos, Plintossolos e Neossolos originariamente alumnicos no 3o nvel,passariam a Ta ou Tb Alumnicos naquele mesmo nvel, carecendo, no momento,estruturar o 4o nvel categrico para as classes supracitadas. Como j mecionadoanteriormente, prope-se, neste documento, a incluso de solos de argila deatividade alta (Ta) e distrficos na classe do Argissolos (exemplo: ArgissolosVermelho-Amarelos Ta Distrficos e Argissolos Vermelho-Amarelos TbDistrficos), embora ainda esteja em estudo sua estruturao no nvel categricoinferior.

    Classe dos ArgissolosArgissolos Bruno-AcinzentadosSolos que apresentam a parte superior do horizonte B (inclusive BA) maisescurecida, com matizes 5YR ou mais amarelos, valores variando de 3 a 4 ecromas de 1 a 4

    Argissolos AcinzentadosSolos com cores acinzentadas na maior parte dos 100cm do B, com matiz 7,5YRou mais amarelo, valores iguais ou maiores que 5 e cromas de 1 a 4.

  • 52 Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Argissolos AmarelosSolos com matiz 7,5YR ou mais amarelo na maior parte dos 100cm do B (inclusive BA).

    Argissolos VermelhosSolos com matiz 2,5YR ou mais vermelho na maior parte dos primeiros 100cm doB (inclusive BA).

    Argissolos Vermelhos-AmarelosOutros solos que no se enquadram nas classes anteriores.

    Classe dos EspodossolosEspodossolos Humilvicos - Solos com acmulo predominante de carbonoorgnico e alumnio no horizonte B espdico. Presena apenas de horizonte dotipo Bh dentro de 200cm da superfcie do solo, ou de 400cm de profundidade, sea soma do horizonte A+E ou horizonte hstico + E ultrapassa 200cm deprofundidade. (Embrapa, 1977-1979, v.1 p.734, perfil 226).

    Espodossolos Ferrilvicos - Solos com acmulo predominante de compostos deferro em relao ao alumnio. Presena apenas de horizonte Bs dentro de 200cm dasuperfcie do solo, ou de 400cm de profundidade, se a soma do horizonte A+E ouhorizonte hstico + E ultrapassa 200cm de profundidade.

    Espodossolos Ferrihumilvicos - Outros solos com acmulo expressivo decarbono orgnico, ferro e alumnio no horizonte B espdico. Presena de horizonteBhs ou de Bs e Bh combinados dentro de 200cm da superfcie do solo, ou de400cm de profundidade, se a soma do horizonte A+E ou horizonte hstico + Eultrapassa 200cm de profundidade. (Brasil, 1973h, v.2, p.257, perfil 82; Brasil,1962, p.407, perfil 34; Embrapa, 1977-1979, v.1 p.728, perfil 224).

    Classe dos CambissolosCambissolos FlvicosSolos derivados de sedimentos aluviais e que apresentam distribuio errtica, emprofundidade, das fraes granulomtricas da TFSA e/ou de carbono orgnico e/ou do complexo sortivo e/ou de slica, ferro ou alumnio do ataque sulfrico dentroda seo de controle que define a classe.

  • 53Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Classe dos NitossolosNitossolos BrunosSolos com matiz 5YR ou mais amarelo e valor (mido) igual ou inferior a 4 pelomenos nos primeiros 25cm do horizonte B.

    Nitossolos Brunos Distrofrricos hmicos; Nitossolos Brunos Distrficos

    hmicos; Nitossolos Brunos Aluminofrricos hmicos; Nitossolos BrunosAlumnicos hmicos - Classes de 4o nvel categrico definidas por:

    Solos com horizonte A hmico

    Nitossolos Brunos Distrofrricos rbricos; Nitossolos Brunos Distrficos rbricos;

    Nitossolos Brunos Aluminofrricos rbricos; Nitossolos Brunos Alumnicosrbricos Classes de 4o nvel categrico definidas por:

    Solos com cor mida amassada mais vermelha que 5YR conjugada com valor nosolo mido menor que 4 e valor no solo seco nunca superior a uma unidade emrelao ao valor no solo mido, dentro dos primeiros 100cm do horizonte B.

    Nitossolos Brunos Distrofrricos hmicos rbricos; Nitossolos Brunos Distrficos

    hmicos rbricos; Nitossolos Brunos Aluminofrricos hmicos rbricos;Nitossolos Brunos Alumnicos hmicos rbricos Classes de 4o nvel categricodefinidas por:

    Solos com horizonte A hmico e ocorrncia de cor mida amassada mais vermelhaque 5YR conjugada com valor no solo mido menor que 4 e valor no solo seconunca superior a uma unidade em relao ao valor no solo mido, dentro dosprimeiros 100cm do horizonte B (inclusive BA).

    Classe dos PlintossolosPLINTOSSOLOS PTRICOS Litoplnticos ndicos; PLINTOSSOLOS PTRICOSConcrecionrios ndicos. Classes de 4o nvel categrico definidas por:

    Solos com horizonte litoplntico ocorrendo a profundidade superior a 40cm dasuperfcie.

  • 54 Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    PLINTOSSOLOS ARGILVICOS Alumnicos espessos; PLINTOSSOLOSARGILVICOS Distrficos espessos; PLINTOSSOLOS ARGILVICOS Eutrficosespessos; PLINTOSSOLOS HPLICOS Alumnicos espessos; PLINTOSSOLOS

    HPLICOS Distrficos espessos; PLINTOSSOLOS HPLICOS Eutrficosespessos. Classes de 4o nvel categrico definidas por:

    Solos com horizonte plntico ocorrendo a profundidade superior a 100cm dasuperfcie.

    PLINTOSSOLOS PTRICOS Concrecionrios gleicos; PLINTOSSOLOSARGILVICOS Alumnicos gleicos; PLINTOSSOLOS ARGILVICOS Distrficosgleicos; PLINTOSSOLOS ARGILVICOS Eutrficos gleicos; PLINTOSSOLOS

    HPLICOS Alumnicos gleicos; PLINTOSSOLOS HPLICOS Distrficos gleicos;PLINTOSSOLOS HPLICOS Eutrficos gleicos. Classes de 4o nvel definidas por:

    Solos com horizonte glei em condio no diagnstica para Gleissolo dentro de200cm da superfcie.

    PLINTOSSOLOS PTRICOS Concrecionrios cmbicos. Classes de 4o nveldefinidas por:

    Solos com horizonte cmbico dentro de 200cm de superfcie, coincidente ou nocom o horizonte petroplntico.

    Consideraes finais

    O presente documento tem como objetivo divulgar as mudanas em discusso noComit Executivo de Classificao de Solos. Inclui propostas para avaliao crticapela comunidade pedolgica nacional. As mudanas apresentadas no sodefinitivas e, portanto, no so recomendadas para uso imediato at que o Comittenha encerrado o processo de discusso, bem como divulgado oficialmente asmodificaes e autorizado seu uso, seja atravs de comunicados ou notastcnicas, seja pela publicao da segunda edio do SiBCS, revista e atualizada.

    Solicita-se, aos usurios, o envio peridico de crticas e sugestes para que oSiBCS seja continuamente aprimorado, juntamente com a evoluo cienttica e doconhecimento dos solos brasileiros.

  • 55Propostas de Reviso e Atualizao do SBCS

    Referncias Bibliogrficas

    BRASIL. Ministrio da Agricultura. Centro Nacional de Ensino e Pesquisas Agronmicas.Servio Nacional de Pesquisas Agronmicas. Comisso de Solos. Levantamento dereconhecimento dos solos da regio sob influncia do reservatrio de Furnas:contribuio carta de solos do Brasil. Rio de Janeiro, 1962. 462p. (Boletim, 13).

    BRASIL. Ministrio da Agricultura. Departamento Nacional de Pesquisa Agropecuria.Diviso de Pesquisa Pedolgica. Levantamento exploratrio-reconhecimento de solosdo Estado do Cear. Recife, 1973. 2v. (DNPEA. Boletim Tcnico, 28; SUDENE. SriePedologia, 16).

    CHILDS, C.W. Field tests for ferrous iron and ferric-organic complexes (on exchangesites or in water soluble forms) in soils. Australian Journal of Soil Research,Melbourne, v.19, p.175-180, 1981.

    CURI, N.; LARACH, J.O.I.; KMPF, N.; MONIZ, A.C.; FONTES, L.E.F. Vocabulriode Cincia do Solo. Campinas : Sociedade Brasileira de Cincia do Solo, 1993, 90p.

    EMBRAPA. Centro de Pesquisas Pedolgicas (Rio de Janeiro, RJ). Levantamentoexploratrio-reconhecimento de solos do Estado de Alagoas. Recife, 1975a. 532p.(EMBRAPA-CPP). Boletim Tcnico, 35; SUDENE. Srie Recursos de Solos, 5).

    EMBRAPA. Centro de Pesquisas Pedolgicas (Rio de Janeiro, RJ). Levantamentoexploratrio-reconhecimento de solos do Estado de Sergipe. Recife, 1975b. 506p.(EMBRAPA-CPP. Boletim Tcnico, 36; SUDENE. Srie Recursos de Solos, 6).

    EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos (Rio de Janeiro, RJ). SistemaBrasileiro de Classificao de Solos. Braslia: Embrapa Produo da Informao; Rio deJaneiro: Embrapa Solos, 1999. 412p.

    EMBRAPA. Servio Nacional de Levantamento e Conservao