Atualização em bem-estar de pequenos ruminantes: problemas e soluções

Profa. Dra. Sirlei A. MaestáFaculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas

Curso de ZootecniaDracena - SP

- Espécies diferentes

- Exigências diferentes

- Comportamentos

diferenteswww.google.com.br

www.google.com.br

www.google.com.br

ENCARNEIRAMENTO/GESTAÇÃO/LACTAÇÃO

Idade ao encarneiramento, Inseminação Artificial

Condição Corporal

Alimentação das fêmeas

Manejo das fêmeas

Uso de cães

Conforto térmico

Pontos Críticos

C. C.

-Compromete o desenvolvimento- Parto distócico dor- Rejeição de filhote Produção de leite

Rejeição do filhote

www.google.com.brFonte: Vicente Macedo

Fonte: Vicente Macedo

Arquivo próprio

Cordeiras Ovelhas velhas

Carneiro (2011)

Inseminação Artificial Transcervical

FR após a tração após a IA, caracterizando sinal de dor aguda Freesing , Broom e Johnson (1993) é um comportamento onde o animal (ruminantes) paralisa de medo, sob condições de dor agudas

Contração abdominal foi menos intensa nos animais anestesiados

Esse comportamento exibido na forma de maior intensidade de contração é uma demonstração de dor

Carneiro (2011) com e sem anestesia

Carneiro (2011)

Carneiro (2011)

Carneiro (2011)

Macedo, 2008Macedo, 2008

- Pastagem degradada- valor nutricional-Estacionalidade de produção

- Manejo inadequado da pastagem

- Respeitar o comportamento da espécie

- Animais gregários- Pastejo baixo

- Alimentos de outras espécies Problemas metabólicos Ex: intoxicação por Cuwww.google.com.br

9

Fonte: www.google.com.br

Utilização Cães de Patoreio

Cães: para a ovelha sempre um predador

- Evitar sua utilização com ovelhas prenhes e com filhotes

- Devem ser muito bem treinados

Fonte: WWW.arnaldosilvaradialista.blogspot.com

10

- Interação homem x animal- Desconhecimento da forma correta de contenção- Instalação inadequada- “Evento”

Soluções

Respeitar o peso e a idade ao acasalamento

Flushing alimentar, boas pastagens, alimentação

adequada

Creep feeding

Vacinar as fêmeas (Clostridioses)

Manejo tranquilo - Cuidado com o uso de cães

www.google.com.br

Fonte: Vicente Macedo

Fonte: Vicente Macedo

- Fêmeas com boa C.C.- Idade e peso adequado para o encarneiramento

- Utilização de creep feeding/grazing Poupa a fêmea Adapta o cordeiro a concentrado

- Pastagem de boa qualidade valor nutricional

Torres, 2008

www.google.com.br

www.google.com.br

www.google.com.br

- Alimentação adequada a espécie

- Categoria

- Respeitar o hábito de pastejo

www.milkpoint.com.br

www.milkpoint.com.br

Treinar as pessoas que trabalham com os animais como contê-los de forma correta

Arquivo próprio

www.google.com.br

- Sombreamento

- Manejo tranquilo

- Disponibilidade de água

Cuidados com os neonatos

Pontos Críticos

Baixo peso ao nascer Falta de cuidados básicos ao nascimento Aleitamento artificial Terminação

Caudectomia Castração Descorna

5 Kg : RESISTE TEMPERATURAS DE ATÉ – 5º C, COM CHUVA E VENTO;

2 Kg : A TEMPERATURA LIMITE É 17 º C

FRIO INTENSO: DISPÊNDIO DE 70 Kcal / hora

Ingestão de colostro

Curar o umbigo

Aleitamento artificialAquecimento

Terminação

Arquivo próprio

Arquivo próprio

Arquivo próprio

Arquivo próprio

Arquivo próprio

CaudectomiaA prática do corte da cauda (caudectomia ou descola) em ruminantes foi proibida pela resolução do Conselho Federal de Medicina Veterinária nº 877, de 15 de fevereiro de 2008.

CAPÍTULO II- DOS PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS EM ANIMAIS DE PRODUÇÃO

"§ 2º São considerados procedimentos proibidos na prática médico-veterinária: castração utilizando anéis de borracha, caudectomia em ruminantes ou qualquer procedimento sem o respeito às normas de antissepsia, profilaxia, anestesia e analgesia previstos no Anexo 1 desta Resolução". 

No Anexo 1 não está inserida a caudectomia, portanto, conclui-se que a caudectomia em ruminantes, onde se incluem os ovinos, está proibida na prática médico-veterinária.

Borracha

Ferro quente Tesoura

Arquivo próprio

Arquivo próprio

Arquivo próprio

Arquivo próprio

- Por questões de saúde e higiene: sujidades

miíases

- Facilita o processo de cobertura

- No aproveitamento do pelego

- O corte da cauda quando feito com 7 dias causa

menos dor

Argumentos utilizados para se fazer

Nóbrega Neto, (2008)

relata que o neonato percebe a dor de modo mais eficaz que o animal adulto

Kent et al. (2000)

demonstraram que o comportamento do animal após a amputação pode permanecer alterado, indicando dor, por até 41 dias após a intervenção.

Graham et al., (1997), Wood et al, (1991), Price et al, 2001

mesmo realizada com procedimentos analgésicos e anestésicos, o efeito é pequeno sobre a dor provocada, principalmente na técnica que se utiliza de constrição da cauda com anel de borracha

Argumentos para NÃO fazer

DOR

Veríssimo, (2003) e Amarante et al. (1992)

constataram bicheira no ferimento causado pela caudectomia em cordeiros

Veríssimo, (2003)

Miíases

Oliveira et. al.(2009)

Prolapso retal

BULGIN (2006)

A ocorrência de prolapso em animais com cortes de cauda curta se deve ao fato do músculo esfíncter anal se inserir nas primeiras quatro vértebras coccígeas, e quando elas são removidas, os músculos não têm onde se ancorar.

Rissi et al. (2010)

Rissi et al. (2010)

Ovino com mielite supurativa pós-caudectomia apresentando típica posição de cão sentado.

Mielite supurativa pós-caudectomia. O canal medular está preenchido por material purulento.

Rissi et al. (2010)Mielite

Escore 1: ovelhas sem sujidades na região posterior; Escore 2: pequena quantidade de sujidade e fezes ao redor do ânus;Escore 3: sujidade e fezes se estendendo além do ânus, porém não chega às pernas; Escore 4: sujidades e fezes se estendendo além do ânus até a região superior da perna; Escore 5: grande área de sujidade e fezes, estendendo-se até os jarretes da ovelha.

1 5432

Escore de sujidade em ovelhas

Stamm et al. (2016)

Inexistência de relação causal entre presença da cauda e miíase.

Madeira et al. (1998), com ovinocultores da ASPACO, observou-se que animais cujas caudas não foram amputadas tiveram menor incidência de miíases que animais que foram caudectomizados

Tosquia de cascarreio

Temos alternativa???

Arquivo próprioE para os machos?Comprometimento Associações

East Friesian

Castração A castração é realizada para melhorar a qualidade da carcaça

A carne caprina de animal macho adulto inteiro apresenta aroma forte, distinto e

desagradável, caracterizado como “odor caprino” devido à produção hormonal

das glândulas sexuais dos mesmos que prejudica a comercialização da carne (MADRUGA, 1999; BRAGA et al., 2003)

Métodos utilizados

- Cirúrgico

- Anel de borracha

A expressão da dor durante a castração foi significativamente influenciada pelo método de castração (Molony et al., 2007)

Mellor et al (1991), Wood et al (1991)

Kent et al. (1993)

Nos níveis plasmáticos de cortisol

- na frenquência de posturas e comportamentos anormais

www.google.com.brwww.google.com.br

Em procedimentos cirúrgicos, o estresse decorrente da dor deve ser minimizados pela utilização de analgésicos anti-inflamatórios e anestésicos locais.

RESOLUÇÃO Nº 877, DE 15 DE FEVEREIRO DE 2008- considerando que esses procedimentos cirúrgicos devem ser realizados em condições ambientais aceitáveis, com contenção física, anestesia e analgesia adequadas, e técnica operatória que respeite os princípios do pré, trans e pós-operatório;

Apesar da castração de borracha, ter mais fácil e rápida, causou mais dor a longo prazo após a castração e teve efeitos adversos em comportamentos em comparação com a castração de Burdizzo.

Ahmed e Ahmed (2011),- anel de borracha e burdizzo (7, 21 e 42 dias de idade)

www.google.com.br

www.google.com.br

Por que fazer

A descorna tem por finalidade facilitar o manejo dos animais, evitando a ocorrência de lesões causadas por chifres no rebanho

Descorna

www.google.com.br

www.google.com.br

O objetivo da descorna é a destruição do tecido germinativo responsável pela formação do corno

Métodos utilizados

- Cauterização química pasta cáustica- Cauterização pelo calor ferro quente- Excisão do broto germinativo guilhotina

www.google.com.br

Cauterização com ferro quente

www.google.com.br

www.google.com.br

www.google.com.br

Alvarez et al. (2009), que ao estudarem cinquenta e seis cabritos descornados, verificaram que os mesmos tiveram incremento na produção de cortisol plasmático com duração de até 2,5h, e que infiltrados de lidocaína 2% não inibiram estas respostas.

Uchôa et al. (2012) observou que o bloqueio anestésico utilizado no amochamento em caprinos jovens da raça Saanen, foram insuficientes para suprimir a dor e o estresse do procedimento, ferindo gravemente o bem-estar destes animais.

Verificou ainda presença de comportamentos indicativos de desconforto e dor

Pontos críticos relacionados à sanidade

Ectima contagioso

- Uso de substâncias bactericidas, secantes;- Vacinas?- Não retirar as cascas

Fonte: Sirlei Maestá

Fonte: Sirlei Maestá

Fotossensibilização

- Retirar o animal do sol- Tratar os acometidos

Brachiara decumbens Fungo Pithomyces chartarum

Arquivo próprio

Fonte: Vicente Macedo

Foot Rot (Pododermatite, Podridão do casco)

www.google.com.br

www.google.com.br

www.google.com.br

CASQUEANDO

Foto: Cecília Veríssimo

PEDILÚVIO

Haemonchus contotus

Verminose

- Raças mais resistentes

- Consorciar pastejo ovinos/caprinos X bovinos

- Administrar o anti-helmíntico na dose correta

Abate de Ovinos/Caprinos

Pontos Críticos

Abate Informal

Falta de inspeção

Falta de frigoríficos especializados

Falta de equipamentos adequados

Falta de pessoal treinado

Perna21,94%

Lombo51,03%Tórax-

abdomen(16,75%)

Paleta(10,28%)

Tarumán & Gallo (2008) 42

Métodos Insensibilização

Pistola de dardo cativo penetrante Método elétrico

43

Maestá, (2013)

Variação da angulação dos disparos realizados por pistola de dardo cativo penetrante em cordeiros.

Maestá, (2013)

Box de atordoamento utilizado no local do estudo.Maestá, (2013)

Maestá, (2013)

47Maestá, (2013)

Perfuração maior do que 1 cm com fratura óssea e hemorragia.

Perfuração correta com 1 cm de diâmetro sem fratura óssea.

Maestá, (2013)

Arquivo próprio

Qual a solução?

OBRIGADA