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MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO 5ª INSPETORIA DE CONTABILIDADE E FINANÇAS DO EXÉRCITO (5ª ICFEx / 1982) Última Atualização: ABR 18 Nota Informativa Especial Orientação aos Agentes da Administração (Separata ao Boletim Informativo nº 04/2018)

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MINISTÉRIO DA DEFESAEXÉRCITO BRASILEIRO

5ª INSPETORIA DE CONTABILIDADE E FINANÇAS DO EXÉRCITO(5ª ICFEx / 1982)

– Atualizada e Ampliada

Última Atualização: ABR 18

Nota Informativa Especial Orientação aos Agentes da Administração

(Separata ao Boletim Informativo nº 04/2018)

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ÍNDICEI - INTRODUÇÃO..........................................................................................................................5II - PRECEITOS PARA OS AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO...............................................10III - DIRETRIZ ESPECIAL DE GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA DO COMANDANTE DO EXÉRCITO PARA O ANO DE 2018, DE 8 DE MARÇO DE 2018........11IV - SISTEMAS CORPORATIVOS.............................................................................................15V - CONSULTAS AO SISTEMA SEF..........................................................................................24VI - IRREGULARIDADES E IMPROPRIEDADES ADMINISTRATIVAS..............................27VII – PESSOAL / PAGAMENTO.................................................................................................31VIII – ROL DOS RESPONSÁVEIS.............................................................................................50IX - PATRIMÔNIO........................................................................................................................52X - ASPECTOS DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIO-FINANCEIRA...........................................66XI - LICITAÇÕES.........................................................................................................................88XII - SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS - SRP................................................................142XIII - CONTRATOS....................................................................................................................157XIV- ASPECTOS CONTÁBEIS-FINANCEIROS.....................................................................175XV - PUBLICAÇÃO DE MATÉRIA NA IMPRENSA OFICIAL..............................................201XVI - CONFORMIDADE DOS REGISTROS DE GESTÃO....................................................207XVII - PREJUÍZOS AO ERÁRIO – APURAÇÃO – RESPONSABILIDADES.......................213XVIII - SUPRIMENTO DE FUNDOS E CPGF.........................................................................229XIX – FUSEx – DESPESAS COM OCS/PSA............................................................................242XX – CONTROLES INTERNOS ADMINISTRATIVOS..........................................................252XXI – SISTEMA DE CONCESSÃO DE DIÁRIAS E PASSAGENS (SCDP)..........................257XXII - DIVERSOS......................................................................................................................261

1. Doações e Patrocínios e Prêmios........................................................................................2612. Divulgação do Boletim Informativo (BINFO)....................................................................2623. Sistemas Corporativos para Consulta.................................................................................2624. Uso do Subsistema COMUNICA do SIAFI (Mensagem SIAFI) - Recomendações..........2625. Msg SIAFI/SIASG - Visto OD...........................................................................................2636. Substituição de OD.............................................................................................................2637. Certificação Digital - OD e Pregoeiro.................................................................................2638. Atendimento a Diligências da ICFEx / Prazo.....................................................................2639. Não Atendimento a Diligências Recebidas – Ocorrência Contábil....................................26310. Licenciamento Ambiental das Obras Militares - Sequência de Ações..............................26311. Denúncias anônimas..........................................................................................................26312. CNPJ – Alteração de Responsável....................................................................................26613. Simpósio de Administração no âmbito da UG..................................................................26614. Ações Judiciais Contra o Comando do Exército – Orientações........................................26615. Viagem de Orientação Técnica da Secretaria de Economia e Finanças (VOT/SEF)........268

Anexo “A” - DIEx nº 066-SATT/5ª ICFEx/CIRCULAR, DE 11 JUL 12...................................270Anexo “B” - QUADRO-CONTROLE DO OD...........................................................................273Anexo “C” - FLUXOGRAMAS DE CONTROLES INTERNOS ADMINISTRATIVOS.........276Anexo “D” - ORIENTAÇÃO TÉCNICO-NORMATIVA N º 01 - PLANEJAMENTO DAS CONTRATAÇÕES......................................................................................................................280

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5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 03/2018 ...................... fl 3

Índice alfabético

A Auditoria e a sua finalidade...........................................................................................................253Ações Judiciais Contra o Comando do Exército – Orientações.......................................................266Ajuda de Custo e Transporte..............................................................................................................41Aquisição de Bebidas alcoólicas......................................................................................................123Aquisição de softwares.......................................................................................................................78Arquivamento de Documentos de Prestação de Contas...................................................................207Auxílio Funeral...................................................................................................................................44Auxílio Transporte..............................................................................................................................34CADIN..............................................................................................................................................113Carta de Preposição..........................................................................................................................190CEIS..................................................................................................................................................112Certificação Digital - OD e Pregoeiro..............................................................................................263CNPJ – Alteração de Responsável....................................................................................................266Compensação Pecuniária....................................................................................................................38Compras Sustentáveis.......................................................................................................................127Contratação de Energia Elétrica e de Serviços de Fornecimento de Água e Esgoto........................121Contratação de Serviços de Tecnologia da Informação....................................................................124CONTRATOS...................................................................................................................................157CONTRATOS COM OCS/PSA.......................................................................................................173Controle do Patrimônio......................................................................................................................52CONTROLES INTERNOS ADMINISTRATIVOS.........................................................................252Declaração de Bens e Rendas (DBR).................................................................................................46Denúncias anônimas.........................................................................................................................263Depreciação de Bens........................................................................................................................193Despesa de Capital e Despesa Corrente.............................................................................................76Despesas com alimentação - Restaurante/Lanchonete - Classificação da Despesa.........................198Despesas com contratação para acesso à INTERNET.......................................................................87Destaques............................................................................................................................................73Desvio de finalidade...........................................................................................................................66Desvio de objeto.................................................................................................................................66Dispensa por Emergência.................................................................................................................118Doações..............................................................................................................................................54Doações e Patrocínios e Prêmios......................................................................................................261Encargos/Atribuições do Fiscal........................................................................................................167Entesouramento de Recursos............................................................................................................192Espécies de Sanções e efeitos...........................................................................................................107Exame de Pagamento..........................................................................................................................32Expectativa de Crédito........................................................................................................................72Férias não gozadas..............................................................................................................................49Fiscalização de Contratos.................................................................................................................161FLUXOGRAMAS DE CONTROLES INTERNOS ADMINISTRATIVOS...................................276FUSEx – DESPESAS COM OCS/PSA...........................................................................................242Gêneros Perecíveis.............................................................................................................................75Imprensa Nacional – Pagamento......................................................................................................191Impugnação do Edital.......................................................................................................................101Inexequibilidade de Propostas..........................................................................................................125Inexigibilidade..................................................................................................................................120Intenção de recurso...........................................................................................................................101Intenção de Recurso..........................................................................................................................101

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Inventários..........................................................................................................................................56Licenciamento Ambiental das Obras Militares - Sequência de Ações.............................................263Licitação por lote..............................................................................................................................128Links úteis........................................................................................................................................141Margem Consignável..........................................................................................................................47Material bibliográfico.........................................................................................................................83Microempresa e Empresa de Pequeno Porte em licitações..............................................................129Mnt de PNR Funcionais de Cmt, Chefes e Diretores e de OM..........................................................76Módulo CUSTOS do SIGA..............................................................................................................195Módulo CUSTOS do SIGA - Recomendações/Observações...........................................................195Não Atendimento a Diligências Recebidas – Ocorrência Contábil..................................................263Natureza de Despesa...........................................................................................................................88Nota de Lançamento.........................................................................................................................181Novo SIGA.........................................................................................................................................17Pagamento - Obrigatoriedade Certidão..............................................................................................85Pagamento de Pessoal.........................................................................................................................31Pagamento para empresa com situação irregular no SICAF..............................................................84Parecer Jurídico..................................................................................................................................97Pedidos de Esclarecimentos..............................................................................................................100Pesquisa de Preços..............................................................................................................................93Preço.................................................................................................................................................120Pregão Eletrônico...............................................................................................................................98PREJUÍZOS AO ERÁRIO – APURAÇÃO – RESPONSABILIDADES........................................213Princípios da Administração Pública....................................................................................................6Procedimentos Contábeis para o fechamento do mês......................................................................186PUBLICAÇÃO DE MATÉRIA NA IMPRENSA OFICIAL...........................................................201Quadro Resumo de Publicações.......................................................................................................204QUADRO-CONTROLE DO OD.....................................................................................................273Questionário de Avaliação dos Controles Internos (QACI).............................................................255Reajuste de Preços............................................................................................................................159Reequilíbrio Econômico-Financeiro.................................................................................................158Repactuação......................................................................................................................................159Requisição..........................................................................................................................................92Rotina Prática Sup Fundos...............................................................................................................233SAG....................................................................................................................................................22Sanção Administrativa a Licitantes..................................................................................................105Seguro Obrigatório de Viaturas e Licenciamento...............................................................................73Senha REDE/SIAFI............................................................................................................................16SISCONSIG.......................................................................................................................................20Sistema de Concessão de Diárias e Passagens (SCDP)......................................................................21SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS - SRP.............................................................................142Unidade Gestora NÃO Participante (“carona”)................................................................................149Uso Duradouro...................................................................................................................................57Valores de multa...............................................................................................................................114XVI - CONFORMIDADE DOS REGISTROS DE GESTÃO.........................................................207 Restos a Pagar....................................................................................................................................85 Suprimento de Fundos e CPGF no âmbito do EB...........................................................................229

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I - INTRODUÇÃO

Antes de abordar assuntos específicos, faz-se oportuno, mesmo que de forma sucinta, localizara administração do Exército, em particular, a administração das Unidades Gestores (UG) vinculadasno cenário da Administração Pública, a fim de tentar melhor compreender e justificar algumasexigências, comportamentos, rotinas, processos e procedimentos, que todo o administrador públicodeve respeitar, preservar e submeter-se.

O Exército é um órgão da Administração Pública Federal Direta como se verifica em simplespassada de olhos no Regulamento de Administração do Exército (RAE). Assim sendo, é preciso definirqual o regime jurídico a que nos sujeitamos.

O que é regime jurídico? Sinteticamente, é o conjunto de regras que disciplinam determinadoinstituto. Em se tratando de Administração Pública, são as normas que buscam atender ao interessepúblico. Normalmente, para atingir esses objetivos, as normas jurídicas desse tipo de regime jurídicoconcedem uma posição estatal privilegiada, ou seja, o Estado localiza-se num patamar desuperioridade em relação ao particular, justamente por defender o interesse de uma coletividade. Daísurge o direito administrativo como ramo autônomo do direito e que teve seu nascimento nos fins doséculo XVIII, com forte influência do direito francês, tido por inovador no trato das matériascorrelatas à Administração Pública.

São muitos os conceitos do que vem a ser o Direito Administrativo, mas, simplificando, é oconjunto dos princípios jurídicos que tratam da Administração Pública, suas entidades, órgãos, agentespúblicos. Nesse cenário é fácil concluir que os dois princípios estruturantes do Direito Administrativosão a supremacia do interesse público sobre o interesse particular e indisponibilidade dointeresse público. Assim, denotamos como principal característica o fato de haver uma desigualdadejurídica entre cada uma das partes envolvidas. De um lado, encontramos a Administração Pública,que defende os interesses coletivos; de outro, o particular. Havendo conflito entre tais interesses,haverá de prevalecer o da coletividade, representado pela Administração. Isto posto, veja que esta seencontra num patamar superior ao particular, diferentemente do que ocorre no Direito Privado, ondeas partes estão em igualdade de condições.

Do texto constitucional, destaca-se o seguinte:

DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICADISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do DistritoFederal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade eeficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Ora, percebe-se que a administração está baseada em diversos princípios. Então, o que deve-seentender sobre a definição de princípios?

Os princípios constituem o fundamento, alicerce, ou seja, a base de um sistema. Revelam oconjunto de regras ou preceitos, que se fixam para servir de norma a toda espécie de ação jurídica,traçando, assim, a conduta a ser obedecida em qualquer operação jurídica. Exprimem sentido maisrelevante que o da própria norma ou regra jurídica, condicionando todas as estruturações subsequentesSão as ideias centrais de um sistema, ao qual dão um sentido lógico, harmonioso, racional, permitindoa compreensão de seu modo de organizar-se. A enunciação dos princípios de um sistema tem autilidade de ajudar o ato de conhecimento do sistema jurídico que o ordenam e possuem caráternormativo, pois são usados para resolverem casos concretos1

1 SUNDFELD, Carlos Ari, in Fundamentos de Direito Público, 3ª ed, São Paulo: Malheiros, 1997, p. 176.

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Lembre-se de que não existe hierarquia entre os princípios. Cada um tem sua importância enão se diz que um prevalece sobre o outro. A aplicação, caso a caso, é que acaba, indiretamente,dando mais valor a um ou outro, mas isso não quer dizer que exista tal hierarquia. Um princípio quenão seja usado num determinado caso pode ser o mais importante em outro. O interessante está emanalisar o conjunto deles no caso concreto. Em resumo, princípios, devem ser sopesados econsiderados de forma unívoca, iluminando-se uns aos outros de forma sistêmica, mas sempre tendoem mente o caso concreto. Inferências frias e meramente burocráticas terminam por afastar a inegávelrazão para a qual são elaboradas as leis2.

A seguir serão apresentados, resumidamente, os princípios citados no texto constitucional:1. Legalidade - significa que o administrador público está, em toda a sua atividade funcional,

sujeito aos mandamentos da lei, e às exigências do bem-comum, e deles não se pode afastar oudesviar, sob pena de praticar ato inválido e expor-se à responsabilidade disciplinar, civil e criminal,conforme o caso. Na Administração Pública não há liberdade, nem vontade pessoal. Enquanto naadministração particular é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe, na Administração Pública só épermitido fazer o que a lei autoriza.

Cabe recordar trecho de Acórdão do TCU:

ACÓRDÃO nº 2.243/2005 - TCU - PLENÁRIO “(…)32 - ADEMAIS VALE LEMBRAR NOVAMENTE QUE O SERVIDOR PÚBLICO CIVIL OU MILITARENCONTRA-SE SUBORDINADO À LEI E, POR ISSO, TEM O DEVER DE SOLUCIONAR AS DIFICULDADESENFRENTADAS POR SUA UNIDADE OU SETOR COM ESTRITA OBSERVÂNCIA DA LEGALIDADE. NÃOPODE SIMPLESMENTE IGNORAR A LEGISLAÇÃO.” (DOU nº 2, de 03 Jan 06)

2. Impessoalidade - é vedada a prática de ato administrativo sem interesse público. Portanto,todo ato que visar interesse privado, atender a favores ou perseguições e, ainda, revestir-se devaidades ou promoção pessoal, constitui uma forma de desvio de finalidade. Esse desvio de condutados agentes públicos constitui uma das mais insidiosas modalidades de abuso de poder.

3. Moralidade - os romanos já diziam que “non omne quod licet honestum est” (nem tudo o queé legal é honesto). Obedecendo a esse princípio, deve o administrador, além de seguir o que a leidetermina, pautar sua conduta na moral comum, fazendo o que for melhor e mais útil ao interessepúblico. Tem que separar, além do bem do mal, o legal do ilegal, o justo do injusto, o conveniente doinconveniente e, também, o honesto do desonesto. É a moral interna da instituição, que condiciona oexercício de qualquer dos poderes, mesmo o discricionário.

4. Publicidade - é a divulgação oficial do ato para conhecimento público e início de seus efeitosexternos. Daí porque as leis, atos e contratos administrativos, que produzem consequências jurídicasfora dos órgãos que os emitem exigem publicidade para adquirirem validade universal, isto é, peranteas partes e terceiros. (Vide capítulo específico sobre publicações de atos no DOU/Imprensa Oficial).Na oportunidade, cabe ressalvar que publicidade não significa necessariamente a publicação que estáligada a formalidade de um ato administrativo. A publicidade é a regra geral para os atos daadministração.

5. Eficiência - é o que impõe à administração pública direta e indireta e a seus agentes apersecução do bem comum, por meio do exercício de suas competências de forma imparcial, neutra,

2 Parecer nº 033 – AJ/SEF, de 21 Mai 06.

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transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e sempre em busca da qualidade, primando pelaadoção dos critérios legais e morais necessários para melhor utilização possível dos recursos públicos,de maneira a evitarem-se desperdícios e garantir-se maior rentabilidade social.3

Compulsando a legislação, será possível encontrar, com muita frequência, referências aosprincípios que norteiam a administração pública, não somente os elencados na CF, mas outroscorrelatos, que nem por isso são menos importantes. Um bom exemplo é o disposto na Lei nº 9.784,de 29 Jan 99, que regula o Processo Administrativo no âmbito da Administração Pública Federal:

art. 2º. A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação,razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse públicoe eficiência.

Neste mesmo sentido, o disposto na Lei de Licitações (8.666/93) afirma:

art 3º. A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar aproposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com osprincípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, daprobidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes sãocorrelatos.

Também o Decreto nº 5450, de 31 maio 05, que regula a modalidade de licitação Pregão emsua forma eletrônica, assim dispõe:

art 5º. A licitação na modalidade de pregão é condicionada aos princípios básicos da legalidade,impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, eficiência, probidade administrativa, vinculação aoinstrumento convocatório e do julgamento objetivo, bem como aos princípios correlatos da razoabilidade,competitividade e proporcionalidade.

Do exposto, depreende-se que a legislação não pode afrontar os princípios citados, servindo osmesmos de inspiração para o legislador, além de atender outras duas finalidades: interpretativa esupletiva. Será interpretativa para orientar o intérprete ou o julgador na aplicação da lei, já, quandoservir para suprir eventual lacuna existente na legislação terá a função supletiva. Vale portanto,reafirmar, em outras palavras, que aquele administrador que entender e compreender, mesmo que deforma básica, os princípios da administração pública, dificilmente produzirá atos contrários alegislação e/ou a administração.

Assim, torna-se necessário verificar o conceito de administração4 que nada mais é que aprática de atos necessários à gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros disponíveis, visandoa alcançar os objetivos preestabelecidos pela organização.

Observa-se que o conceito de administração está vinculado a prática de atos. E para oexercício da administração é conferido ao agente (administrador) as funções que lhe permitirãoexercer atividades administrativas5 que é o conjunto de operações que viabilizam a prática dos atos efatos6 administrativos resultantes da ação dos agentes da administração, em todos os níveisconsiderados.

3 MORAES, Alexandre. Reforma Administrativa:Emenda Constitucional nº 19/98. 3ª ed., São Paulo: Atlas, 1999, p. 30.

4 De acordo o art 2º do Regulamento de Administração do Exército (RAE).5 Idem.6 De acordo com o art 2º do RAE:

Ato Administrativo - providência de ordem geral, praticada por um agente visando à boa marcha daadministração e da qual não decorre alteração no patrimônio (propostas de orçamentos, licitações, planos internos detrabalho, tomadas de contas, etc);

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Para que estes atos administrativos não sejam viciados, isto é, passíveis de serem nulos ouanuláveis, e em que pesem algumas divergências doutrinárias, mais especificamente sobre a distinçãoentre os requisitos e pressupostos de validade e existência, pode-se resumir que esses atos devematender aos seguintes requisitos para serem válidos:

a. competência - é o dever-poder atribuído por lei a alguém para exercer atos da funçãoadministrativa. O ato administrativo deve ser editado por quem tenha competência.

b. finalidade - a razão jurídica pela qual um ato administrativo foi abstratamente previsto noordenamento jurídico. O administrador, ao praticar o ato, tem que fazê-lo em busca da finalidade parao qual foi criado e se praticá-lo de forma diferente, haverá abuso de poder ou desvio de finalidade.

c. forma - é a maneira pela qual se revela o conteúdo para o mundo jurídico. Ex: Decreto,Portaria, Alvará, Notificação, entre outros. Os atos normalmente são praticados por uma formaescrita, mas nada impede que o sejam através de comandos verbais ou sinais.

Cabe salientar que um ato pode ter forma e não ter formalidade, tornando-o inválido. Assim,formalidade é a maneira específica pela qual um ato administrativo deve ser praticado para que sejaválido. Exemplo: Contrato sobre direito real imobiliário deve ser feito por escritura pública. Caso sejafeito por contrato particular, terá uma forma, mas não terá a formalidade devida de ser realizado porescritura pública. Outro exemplo, embora controverso, é o caso da celebração de um contrato dedespesa sem ter havido a publicação de seu extrato no Diário Oficial da União (DOU), conformedetermina o § único do art 61, da Lei nº 8.666/93. Neste caso, houve a forma (contrato) mas não aformalidade exigida (publicação), portanto, é possível afirmar que o ato é inválido, pois, o citadodispositivo indica que a publicação do extrato do contrato na Imprensa Oficial (DOU) é condição paraa sua eficácia.

d. motivo - é o acontecimento da realidade que autoriza a prática do ato administrativo. Ex: omotivo da demissão de um empregado é o fato de faltar mais de 30 dias.

e. objeto - é a realidade sobre a qual se declara. Ato inexistente tem aparência de ato, por terconteúdo e forma, mas não é ato, pois não tem objeto. Como exemplo é possível citar a demissão defuncionário morto. Deve-se atentar para o núcleo do ato administrativo. No exemplo deatestar orecebimento de mercadorias em uma nota fiscal, o objeto é o recebimento de mercadorias.

Por fim, com estas considerações iniciais, procurou-se apresentar noções básicas queemprestam suporte aos atos praticados pelos agentes públicos, independente do assunto. Assim,servirão para melhor compreender e avaliar se os atos estão em conformidade com o ordenamentonormativo do país.

OS PRINCÍPIOS SÃO IMPRESCINDÍVEIS NA ADMINISTRAÇÃO DEQUALQUER UG.

Fato Administrativo - providência praticada por um agente e da qual decorre alteração no patrimônio(aquisições ou vendas, recebimentos ou fornecimentos, cargas ou descargas, etc).

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II - PRECEITOS PARA OS AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO

Os Preceitos7 para os Agentes da Administração são normas de conduta estabelecidas pelaSecretaria de Economia e Finanças (SEF), atualizados em 2013, para serem observados por todos osagentes da administração, a saber:

1. Planejar e executar o planejado.

2. Cumprir a legislação.

3. Segregar as funções e individualizar as senhas.

4. Contabilizar, medir, avaliar e agir.

5. Priorizar a conformidade dos registros de gestão.

6. Cumprir as rotinas de fiscalização e controle.

7. Manter estreita relação com a ICFEx de vinculação e atender às diligências

8. Capacitar, orientar, motivar, valorizar o comprometimento e elogiar.

9. Responsabilizar, permitindo a ampla defesa e o contraditório.

10. Administrar com ética, transparência e efetividade.

(Publicado no B Info 06/2013 e disponível na Página da SEF na internet)

7 Conforme Moderno Dicionário da Língua Portuguesa - Michaelis - Ed Melhoramentos. Preceito: Ordem oumandamento. O que é recomendado como regra e ensinamento. Determinação, norma, guia para qualquer procedimento.Disposição, doutrina, instrução.

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III - DIRETRIZ ESPECIAL DE GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA DOCOMANDANTE DO EXÉRCITO PARA O ANO DE 2018, DE 8 DE MARÇO DE 2018

1. PREMISSASa. A prontidão é o estado de normalidade da Força Terrestre, incluindo-se a prontidãoorçamentária. Portanto, devem ser perseguidas as condições para que a Força esteja instruída, armada,equipada, adestrada e com os recursos orçamentários oportunamente disponíveis, visando assegurar ocumprimento de quaisquer de suas missões previstas na Constituição Federal e nas atribuiçõessubsidiárias previstas na Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999.

b. A Emenda Constitucional 95/2016 (EC 95/2016) instituiu um novo regime fiscal, com limitesindividualizados sobre as despesas primárias para cada exercício. Como consequência, se comparadasàs Bases Contingenciáveis (despesas discricionárias) dos Orçamentos de 2016 e 2017 (5º bimestre),verifica-se um aumento no valor das despesas obrigatórias com pessoal e a consequente redução deLimites de Empenho e de Movimentação Financeira para as despesas primárias discricionárias, comexpectativas ainda mais restritivas para 2018, bem como para os próximos anos.

c. Os valores constantes na Lei Orçamentária Anual para 2018 (LOA 2018) para o ExércitoBrasileiro (EB) são inferiores aos da LOA 2017 (consideradas as despesas discricionárias, exceto oPAC/Avançar). Além disso, a continuidade do ambiente de dificuldades e restrições da economia doPaís, contingenciamentos sucessivos e a perspectiva de flexibilização do orçamento (revisão dasdespesas obrigatórias) apontam para a necessidade de o EB continuar mantendo o foco naracionalização administrativa e no controle de gastos, que tragam economia e diminuição de custos,com especial atenção para as diretrizes emanadas pelo Estado-Maior do Exército (EME).

d. As graves crises que o País vem enfrentando, pressupõem a continuidade do emprego do EB emações de defesa da pátria e por iniciativa de qualquer dos poderes constitucionais, de garantia da lei eda ordem, a exemplo, já em 2018, da Op POTIGUAR III, no Rio Grande do Norte, bem como noSistema Prisional dos estados brasileiros. Em decorrência, o planejamento para emprego da ForçaTerrestre precisa ser permanentemente atualizado, particularmente quanto aos custos das operações,visando ao essencial e oportuno aporte orçamentário. Importante se faz destacar que o Comando doExército planeja os recursos orçamentários para preparo de seus contingentes, havendo necessidade deimediato aporte por ocasião do emprego.

e. O efetivo preparo dos recursos humanos, a existência de estoques de suprimentos de todas asclasses, capacidade de transporte imediata de tropas (inclusive aérea) e de recursos orçamentários quegarantam, quando se fizer necessário, períodos de permanência da tropa fora de seus aquartelamentos,tornam-se fatores determinantes para o oportuno emprego do Exército.

f. A continuidade dos Programas Estratégicos do Exército (PrgEE) é fator essencial para aconsecução dos objetivos estratégicos da Força Terrestre.

g. A Proteção Social dos Militares das Forças Armadas (PSMFA) e a Reestruturação daRemuneração dos Militares das Forças Armadas são temas prioritários do Comando do Exército parao ano de 2018.

h. Provável apoio à realização das Eleições Presidenciais 2018.

2. SITUAÇÃO

A LOA 2018, no que se refere ao Exército, permite as seguintes constatações:

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a. os recursos previstos para o Aprestamento do EB, administração da unidade, logística militarterrestre e ensino mostram-se inferiores aos alocados na LOA 2017, e continuam muito abaixo dasreais necessidades da Força. Dessa forma, limitam o estado de prontidão desejado, a continuidade dasações ora em andamento, bem como outras que porventura surjam ao longo do corrente exercíciofinanceiro;

b. os valores alocados para as despesas classificadas como obrigatórias (alimentação de rancho,fardamento, movimentação de pessoal, assistência médica, indenização de representação no exterior edemais benefícios - auxilio transporte, assistência pré-escolar, auxílio Alimentação, auxíliofardamento, auxílio funeral e auxílio natalidade), estão adequados para atender às necessidades em2018 e não são sujeitos a contingenciamentos. A disponibilidade de tais valores em despesasobrigatórias contribui efetivamente para a prontidão da Força Terrestre; e

c. no que se refere ao Fundo do Exército (FEx), os recursos orçamentários alocados na LOA sãoinferiores aos valores estimados para arrecadação de receitas próprias em 2018, o que imporá, maisuma vez, a necessidade de priorizar as atividades de apoio à Família Militar, as atividades atendidasexclusivamente pelo FEx e as atividades finalísticas.

3. DECISÃO

No que se refere à gestão orçamentária e financeira para o exercício de 2018, determino:[...]

“(...)14) Em relação às Unidades Gestoras Executoras (UGE):

a) atuar proativamente com o objetivo de maximizar resultados e reduzir perdas;

b) orientar para que façam uso adequado e oportuno dos empenhos e dos empenhos estimativos,reduzindo o “crédito disponível”;

c) viabilizar a capacitação dos Agentes da Administração em todos os níveis;

d) prevenir inconsistências contábeis, atuando de perto em cada uma delas;

e) instruir e orientar quanto à importância do planejamento prévio na elaboração dos processos deaquisições, licitações e contratos, bem como para sua oportunidade;

f) orientar aquelas que detenham atribuição de pagamento de pessoal quanto à necessidade do fielcumprimento da legislação em vigor e à tempestividade na concessão de direitos remuneratórios, a fimde evitar a ocorrência de despesas de exercícios anteriores e a prescrição de benefícios;

g) instruir todas as UGE que previnam a ocorrência de dano ao erário por pagamentos indevidos,utilizando-se o Exame de Pagamento de Pessoal (EB90-N-02.001) - Normas para o Exame dePagamento de Pessoal, aprovadas pela Portaria nº 02-SEF, de 3 de fevereiro de 2014, como um dosinstrumentos de controle e fiscalização; e

h) incentivar e monitorar as UGE quanto à adoção de medidas que permitam a compatibilizaçãodos lançamentos no Sistema Automático de Pagamento de Pessoal (SIAPPES) e no Sistema dePagamento de Pessoal (SIPPES).

15) Nos exercícios financeiros de 2016 e 2017 houve oferta e disponibilização de financeiro para oEB para pagamento de todas as despesas que estivessem liquidadas. Ainda assim, os valores quepassaram como restos a pagar nesses anos foram muito elevados, tendo, inclusive, ocorrido ampliação

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de 23% em 2017, em relação ao ano anterior. No exercício financeiro, diferentemente do retardo naliberação de limites orçamentários ocorrido nos últimos anos, já na 1ª quinzena de fevereiro, houveliberação de 95,5% do total dos valores alocados para o EB na LOA/2018. Nesse cenário, todoesforço deve ser empregado no sentido de, no estrito cumprimento da legislação, buscar reduzir osrestos a pagar.

f. ao Centro de Controle Interno do Exército (CCIEx)

1) Verificar, no âmbito da Força e com o apoio das Inspetorias de Contabilidade e Finanças doExército (ICFEx), o emprego dos recursos dentro da finalidade prevista nas dotações orçamentárias edas normas em vigor, orientando, com oportunidade, a correção de inconsistências, quando for o caso.

2) Verificar, com o apoio das ICFEx, o desempenho da gestão das unidades do Comando doExército e das Entidades Vinculadas, comprovar a legalidade e a legitimidade dos atos e examinar osresultados quanto à economicidade, à eficiência e à eficácia da gestão orçamentária, patrimonial, depessoal e demais sistemas administrativos e operacionais, com vistas ao fortalecimento da governançano âmbito do Comando do Exército.

3) Conduzir a interlocução entre o Comando do Exército e o Tribunal de Contas da União (TCU),para fins de atendimento das respectivas requisições de informações, mantendo o Gabinete doComandante do Exército informado.

4) Iniciar estudos para a implantação da auditoria digital no âmbito do EB, de modo que se possautilizar ferramentas que permitam o cruzamento de dados, buscando a eficiência no emprego dosrecursos públicos, aprimoramento dos mecanismos de controle e auxílio no combate à corrupção.

5) Promover a prática sistemática da Gestão de Riscos, com o objetivo de aumentar a capacidade doEB para lidar com incertezas, estimular a transparência organizacional e contribuir para o usoeficiente, eficaz e efetivo de recursos, bem como para o fortalecimento da imagem da Força Terrestre.

g. a todos os destinatários desta Diretriz

1) As restrições orçamentárias impostas exigem que a atuação do OD seja determinante no empregotempestivo da totalidade dos recursos recebidos, devendo, obrigatoriamente, quando daimpossibilidade de empregar algum recurso recebido, reportar a quem o provisionou, oportunamente.

2) Os planejamentos existentes nas OM devem estar, rigorosamente, de acordo com os recursosdisponibilizados.

3) Agir como se o exercício financeiro terminasse em 31 de outubro de 2018. Para isso, empenhar,no mínimo, 80% dos créditos até 31 de agosto e 90% até 28 de setembro, excetuando-se os casos nosquais isso não seja possível.

4) Manter a austeridade e respeitar a ordem dos estágios da despesa (empenho, liquidação epagamento).

5) Utilizar, imediatamente, os recursos financeiros sub-repassados, evitando o entesouramento (nãoutilização dos recursos financeiros no prazo de 48 horas úteis, após seu recebimento pela UG), queacarreta prejuízos à atuação da Força nas negociações externas para ampliação dos LP.

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6) Envidar todos os esforços a fim de reduzir o cancelamento de despesas inscritas em Restos aPagar, atentando para o prescrito no Decreto nº 7.654, de 23 de dezembro de 2011.

7) Considerando que não há justificativas para a falta do registro das conformidades de gestão(CONFREG), os OD devem estabelecer rotinas diárias visando a evitar a incidência de datas sem acorrespondente conformidade. De igual forma, os OD devem definir procedimentos internos junto aoSIAFI com o objetivo de sanar, ao final de cada mês, as inconsistências contábeis verificadas em suasUG.

8) O OD deverá estabelecer rotina diária de regularização dos desequilíbrios contábeis apontadospela transação "CONDESAUD”, no SIAFI Web, visando à redução de ocorrências contábeisregistradas no Balanço Geral da União (BGU).

9) Adotar medidas que assegurem a implementação do SIPPES.

10) Manter, até o dia 31 de dezembro de 2018, inclusive, equipes capacitadas e meios necessáriospara que, nas unidades gestoras, bem como nos ODG/ODS/ODOp, se possa assegurar, até o últimodia do exercício financeiro, a capacidade de empenhar recursos orçamentários porventuradisponibilizados para o Exército e/ou de realizar pagamentos a fornecedores, bem como a efetivaçãode todas as atividades relacionadas ao encerramento do exercício financeiro.

11) Como agente da administração, adotar as medidas administrativas cabíveis, previstas na legislaçãoem vigor, junto aos fornecedores e prestadores de serviço que deixarem de honrar com oscompromissos assumidos nos contratos firmados.

12) Atender, tempestivamente, às recomendações do CCIEx e das ICFEx/SEF.

13) Finalmente, recomendo a prática cotidiana dos preceitos para os agentes da administração,veiculados pela SEF em sua página na internet/intranet.

Esta Inspetoria, recomenda por fim que é conveniente tomar conhecimento da Diretrizdo Secretário de Economia e Finanças, disponíveis na intranet da SEF (intranet.sef.eb.mil.br).

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IV - SISTEMAS CORPORATIVOS

1. Introdução

Há uma série de Sistemas Gerenciais Corporativos da Administração Pública Federal (SIASG,SIAFI) e outros mais específicos do Exército. São apresentados a seguir alguns conceitos ecaracterísticas desses sistemas:

a. SIAFI - Sistema de Administração Financeira do Governo Federal - é o sistemainformatizado que registra, controla e contabiliza toda a execução Orçamentária, Financeira ePatrimonial do Governo Federal, em tempo real, por meio de operadores das diversas UnidadesGestoras (UG) integrantes do sistema, que registram os documentos e efetuam consultas. A Secretariado Tesouro Nacional (STN), por meio da Coordenação Geral de Sistemas de Informática (CGSI), é aresponsável pelo desenvolvimento, operação e manutenção do SIAFI. Possui os módulos Operacional,Educacional e Gerencial.

b. SISG - Sistema de Serviços Gerais - integrado pelos órgãos e pelas entidades daAdministração Federal direta, autárquica e fundacional, é o sistema que organiza a gestão dasatividades de serviços gerais, compreendendo licitações, contratações, transportes, comunicaçõesadministrativas, documentação e administração de edifícios públicos e de imóveis. No âmbito doSISG, são estabelecidas diretrizes, normas e atividades operacionais que são comuns a todos os órgãose entidades que o integram, visando a melhor coordenação e eficiência das atividades de apoioadministrativo no Governo Federal. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) é oórgão central do SISG, exercendo essa competência por intermédio da Secretaria de LogísticaTecnologia da Informação (SLTI).

c. SIASG - Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (SIASG) - é o sistemainformatizado de apoio às atividades operacionais no âmbito do SISG, sendo uma ferramenta demodernização na Administração Federal, em especial, nas atividades de cadastramento defornecedores, catálogo de materiais e serviços e registro de preços de bens e serviços. O SIASG estáramificado pelos órgãos e pelas entidades integrantes do SISG, por meio de terminais informatizados.O SIASG tem a missão de integrar os órgãos da administração direta, autárquica e fundacional, emtodos os níveis, sendo que o MPOG é o órgão central normativo. Possui os módulos de produção etreinamento (Treino-SIASG), sendo desprovido de senha e cujo acesso se dá por meio da RedeSERPRO.

2. Módulos do SIAFI/SIASG

SISTEMA SIAFI

COMUNICA CONEXEC CONFDOC CONFLUXOCONFOP PAGAMENTO EXECUTOR MUDAUGPROTOCOLO CAIXA CONFCONT DÍVIDACONTÁBIL EXTRATOR

SISTEMA SIASG

CADASTRO FINANCEIRO CONTRATO FISCALRESP-UASG PASSAGEM COMUNICA CON-GERALCOMPRAS PREGÃO HOMPREGÃO CONVENIOSUPRIDO NOVOSICAF1 NOVOSICAF2 PRESIDENTEIRP DIVULGA 1 DIVULGA 2 CRONOGRAMA

Cada módulo citado acima é composto de perfil8 e transações9.

8 Conjunto de “transações/opções” colocadas à disposição do operador para a realização de suas atividades.9 Unidade de operação do SIAFI/SIASG que corresponde à determinada atividade de entrada ou consulta aos dados nossistema.

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A relação dos perfis com as respectivas transações integrantes de cada subsistema, bem comoos conceitos, o acesso de usuários, a reativação de senha, o perfil, entre outras ações, estãocondensadas na Cartilha “Senhas” elaborada por esta Inspetoria e disponível na página eletrônica(www.5icfex.eb.mil.br).

3. Senha de Acesso ao Sistema REDE/SIAFI

Desde 2007, as senhas de acesso aos sistemas da Rede SERPRO são remetidas por contaseletrônicas específicas de cada UG e em arquivos criptografados, devendo ser acessada somente pelousuário habilitado da UG (conformador de operadores titular e/ou o seu substituto), que é oresponsável pela entrega da(s) senha(s) ao(s) usuário(s), bem como demais procedimentosrelacionados, como informar o recebimento da senha, expedir os formulários, controlar o registro deentrega da senha, controlar o arquivo de documentos, entre outros.

Sobre o presente assunto é salutar relembrar sobre as recomendações constantes da Msg nº 210- SATT - CIRCULAR - 5 ª ICFEx (2008/0339090), de 26 MAR 08, onde são destacados algunsprocedimentos, que permanecem em vigor:(...)

2. COMO E DE CONHECIMENTO, ESTA INSPETORIA E O ORGAO DE CADASTRO REGIONAL DOSSISTEMAS ACIMA CITADOS, PORTANTO, E RESPONSAVEL PELOCADASTRAMENTO/INCLUSAO/CONTROLE DE USUARIOS DAS UG VINCULADAS NOS MESMOS.

3. CONFORME PUBLICADO NO BOLETIM INFORMATIVO NR 11-2007 (OF NR 108-SATT-CIRCULAR, DE 29NOV 07 - UG SEDE), E POSTERIORMENTE, ESTENDIDOS AS UG FORA DE SEDE (OF 118 A 141-SATT, DE20 DEZ 07), FORAM IMPLANTADOS NOVOS PROCEDIMENTOS NA SISTEMATICA DE TRAMITACAO DESENHAS E DOCUMENTOS CORRELATOS SOBRE OS JA MENCIONADOS SISTEMAS. ASSIM SENDO,FORAM DEFINIDOS ALGUNS ENCARGOS SOB RESPONSABILIDADE DO USUARIO DA UG COM O PERFILCONFOP - CONFORMIDADE DE OPERADORES (TITULAR E SUBSTITUTO).

(...)

7. DIANTE DO EXPOSTO E COM O FOCO DE SEMPRE ATENDER DE FORMA EFICAZ E SATISFATORIA ASUG VINCULADAS, SOLICITO A V SA DIFUNDIR NO AMBITO DA UG, QUE LIGACOES TELEFONICASPARA ESTA ICFEX, A FIM DE TRATAR DO ASSUNTO EM COMENTO, A PARTIR DESTA DATA, DEVERAO,OBRIGATORIAMENTE, SER REALIZADAS PELO USUARIO COM O PERFIL CONFOP (TITULAR OUSUBSTITUTO).

8. NA OPORTUNIDADE, EM QUE PESE AS INUMERAS OBSERVACOES/RECOMENDACOES/SOLICITACOESPRETERITAS DESTA ICFEX, UTILIZANDO-SE DOS VARIADOS MEIOS DE COMUNICACAO (BOLETINSINFORMATIVOS, OFICIOS, MENSAGENS SIAFI, ETC), HA UM NUMERO EXCESSIVO DE PEDIDOS DEREATIVACAO DE USUARIOS NOS ALUDIDOS SISTEMAS, QUE QUASE NA TOTALIDADE, E DECORRENTEDE USO INDEVIDO DA SENHA PELO USUARIO OU FALTA DE ACESSO DO MESMO DENTRO DO PRAZODE SEGURANCA DO SISTEMA, ASSIM RESUMIDO:

SISTEMA SITUAÇÃO DO USUÁRIO MOTIVO

SENHA-REDEUSUÁRIO BLOQUEADO USO INCORRETO DE SENHA

USUÁRIO INATIVO 35 DIAS SEM ACESSO

SIAFIUSUÁRIO BLOQUEADO USO INCORRETO DE SENHA

USUÁRIO INIBIDO 90 DIAS SEM ACESSO

9. PORTANTO, MAIS UMA VEZ, RENOVO SOLICITACAO NO SENTIDO DESSECOMANDO/CHEFIA/DIRECAO ENVIDAR ESFORCO DO USO RACIONAL DO SISTEMA, FISCALIZANDO OSUSUARIOS CADASTRADOS NA REDE SERPRO, EM PARTICULAR, SENHA REDE/SIASG E SIAFI, QUE NAOFIQUEM MAIS DE 30 (TRINTA) DIAS SEM ACESSAR AO SISTEMA (SENHA REDE), BEM COMO TENHAMMAIS ATENCAO A SENHA DE ACESSO, EVITANDO "QUEIMAR" A(S) MESMA(S). AINDA, QUE OSUSUARIOS DA UG SEJAM DEVIDAMENTE ORIENTADOS PELO USUARIO CONFOP, SUGERINDO, QUE O

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ASSUNTO SEJA APRECIADO NO SIMPOSIO DE ADMINISTRACAO DA UG OU OUTRA FORMA DEDIFUSAO DE PROCEDIMENTOS E CUIDADOS NO USO DA(S) SENHA(S).

Observações:

- Pedido de reativação de senha de usuário(s) no sistema SERPRO, deve conter o NOMECOMPLETO do Usuário e o número do CPF, sob pena de não ser efetivada a reativação.

- Pedido de inclusão do perfil PREGÃO deverá vir acompanhado da cópia da folha do BI quepublicou a nomeação do(s) pregoeiro(s).

- Sobre a conformidade de operadores no Sistema da Rede SERPRO (SIASG/SIAFI),consultar o capítulo Conformidades.

- A Msg SIASG 060071-DLSG-SIASG, de 01 Set 10, publicada no BINFO 09/2010,apresenta as regras adotadas para a definição das senhas, no intuito de cumprir o item 1.5.3 doAcórdão n° 377/2010 do Plenário do TCU. Tais regras visam aumentar as medidas de segurança,conforme pode ser observado a seguir:SENHORES USUARIOS.,

EM CUMPRIMENTO AO ITEM 1.5.3 DO ACORDAO N° 377/2010 DO PLENARIO DO TRIBUNAL DE CONTASDA UNIAO, QUE DETERMINA A UTILIZACAO DE BOAS PRATICAS DE SEGURANCA NA FORMACAO DESENHAS, O SERPRO ADOTA NOVAS REGRAS NA DEFINICAO DE SENHA PARA OS SISTEMAS QUEUTILIZAM O SENHA-REDE.

(…)

NA FORMACAO DE NOVA SENHA, “NAO” SERA PERMITIDO UTILIZAR OS FORMATOS DE SENHAABAIXO:

1- DATAS DE ANIVERSARIO, CASAMENTO, NASCIMENTO E OUTRAS:; 200611988;

2- NUMERO DE TELEFONE: 20219000;

3- CARACTERES IDENTICOS: AAA97BVTC OU XBUFE22222;

4- SENHAS CONSECUTIVAS: MCPSRV06, MCPSRV07, MCPSRV08;

5- SOMENTE CARACTERES NUMERICOS: 0913567826;

6- SOMENTE CARACTERES ALFABETICOS: MPCXZTRVS;

7- SENHAS COM SEGUENCIA DO TECLADO: ASDFGH, POIUYT, CLKJHG;

8- SENHA INVERTIDA: CHAVE1579 – 9751EVAHC;

9- PARTES DO NOME: MAR13579 (MARCOS), IR97531 (PEREIRA);

10- FORMATO DATA: RSCGUJUN10, PKBFEMAI2010;

11- A PALAVRA “NOVA”: NOVA13579;

12- MENOS DE 6 CARACTERES ALFANUMERICOS: 08MB6;

13- MAIS DE 12 CARACTERES ALFANUMERICOS: 842135076UGV2;

14- SENHA IGUAL A UMA DAS TRES ULTIMAS SENHAS JA UTILIZADAS.

ASSIM SENDO INFORMAMOS QUE O SIASG E UM DOS SISTEMA QUE UTILIZAM DO SENHA REDE,PORTANTO SEGUIRA AS REGRAS ACIMAS DEFINIDAS.

ATENCIOSAMENTE

DEPARTAMENTO DE LOGÍSTICA E SERVICOS GERAIS

4. Novo SIGA

O Sistema de Informações Gerenciais e Acompanhamento Orçamentário (SIGA) foidesenvolvido, inicialmente, para atender às demandas da Diretoria de Gestão Orçamentária da

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Secretaria da Economia e Finanças (DGO/SEF), com a finalidade de racionalizar e otimizar a gestãodos recursos da Unidade Orçamentária Fundo do Exército, aprimorando os processos utilizados noSistema de Economia e Finanças.

O Novo SIGA atualmente é composto pelos módulos Custos, Receita, MovimentaçõesFinanceiras, Crédito, Danos ao Erário, Aplicações Financeiras e Administrador que apresenta diversosbenefícios como a possibilidade de realizar a administração de usuários de forma escalonada e efetivae a integração do SIGA com a extração de dados do SIAFI.

O acesso ao Novo SIGA é feito pelos endereços: http://intranet.dgo.eb.mil.br , Sistemas =>SIGA ou diretamente em http://siga.eb.mil.br .

O Sistema é fiscalizado também pela ICFEx, utilizando-se dos relatórios disponíveis.

A Msg SIAFI 0524880-DGO, de 09 Maio 08, que retransmitiu a Msg 0438956, de 17 Abr 08,contém orientações sobre a utilização do módulo Receita. Ao referenciar a Msg 2007/1106677dirigidas às UG, aquela Diretoria determinou que todas as receitas fossem cadastradas nesse modulo eque somente seriam atendidas solicitações de credito nas fontes pares (recursos próprios das UG)quando a respectiva receita estivesse vinculada a um contrato cadastrado no referido sistema.

Para verificar o fiel cumprimento da determinação acima, esta Inspetoria utiliza os relatóriosdisponíveis no módulo Receita (relatório de controle de recolhimento; relatório previsto x realizado –detalhado e relatório previsto x realizado – resumido), a fim de confirmar se toda a arrecadação da UGestá associada a uma receita prevista nesse módulo. Alternativamente, poderá se comparar oscontratos cadastrados pela UG no módulo Receita, com o arquivo de contratos existentes na UG porocasião das Visitas de Auditoria.

A prática acima viabiliza a efetiva execução do art. 26, da Portaria n° 11-SEF, de 28 jul 11,que assim dispõe:

“a fiscalização do cumprimento das presentes normas devera ser realizada pelas Inspetorias de Contabilidade eFinanças do Exército (ICFEx), em particular no que se referir a contabilização entre os valores lançados noSistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) e no SIGA com os estabelecidos nosrespectivos contratos, bem como os valores devidos a própria UG, aos OG e ao FEx, conforme o caso”.

Desta forma, recomenda-se manter atualizados e, ainda, realizar o cadastramento detodos os contratos de receita no Sistema SIGA.

Lembretes:

- eventuais correções de cadastros validados indevidamente devem ser solicitadas ao Fundo doExército (167086), que realizará a mudança do status dos contratos de validado para pendente. Após amudança do status, a UG deverá providenciar as correções e validar novamente o contrato;

- a responsabilidade pelo pleno funcionamento e implantação tempestiva do módulo de Receitaé de responsabilidade do OD;

- o resgate de numerário deve ser solicitado no módulo “Aplicação Financeira”.

- as receitas geradas por contratos (permissão de uso, cessão de uso), bem como aquelas nãocontratuais (locações esporádicas, receitas de PNR) deverão ser cadastradas no módulo de Receita doSIGA, conforme Msg 2007/0603246-DGO, de 08/05/07.

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- cada OM poderá possuir 2(dois) Administradores de Usuários da OM (Adm Usu OM), devendoconstar os seguintes dados na solicitação a esta ICFEx:- OM e CODOM:- POSTO/GRADUAÇÃO:- NOME:- CPF:- PREC-CP OU MATRÍCULA (SC):- E-MAIL PESSOAL (de provedores de e-mail @gmail.com, @hotmail.com ou @yahoo.com.br).

- O Manual do Usuário SIGA poderá ser obtido emhttp://intranet.dgo.eb.mil.br/index.php/pt/manuais-da-dgo , como também, orientações contidas emhttp://www.5icfex.eb.mil.br/index.php/satt-acesso-usuarios-menu#novosiga

A conformidade de usuários no Novo SIGA tornar-se-á obrigatória a partir do 3º mês da migraçãoplena do Novo SIGA ou conforme orientações oportunas/futuras.

5. SIAPPES-SIPPES

Atualmente o SIAPPES (Sistema Automático de Pagamento de Pessoal) é o sistema que pagao efetivo do Exército Brasileiro. Este sistema é feito em linguagem antiga e com diversas limitaçõestecnológicas. A necessidade de alinhar o sistema a estrutura jurídica, no que diz respeito à segregaçãode funções, em que o militar que implanta o dado não é o mesmo que paga, somado à demanda deincorporar: implantação facilitada de alterações no pagamento, sistema de auditoria, pagamento debenefícios diários e incorporar o sistema de consignações, provocou a necessidade de atualização dosistema.

O projeto SIPPES (Sistema de Pagamento de Pessoal) teve início em 2003, em sua fase deplanejamento, e em 2005 houve a contratação de um consórcio para sua construção.

Atualmente se encontra em fase de implantação.

6. CICS ON-LINE - CITEx/CPEx

Banco de Dados gerenciado pelo Centro Integrado de Telemática do Exército – CITEx- e peloCPEx para transmissão de arquivos de pagamento de pessoal da UG. Por medida de segurança eorientação do CPEx, o CITEx só tem realizado o cadastramento do OD e um auxiliar com perfil“consulta”.

A senha do OD é intransferível.

Por ocasião da passagem de Comando/Direção/Chefia, destaca-se a necessidade de que sejasolicitado a esta ICFEx, mediante DIEx, o cadastramento do OD no citado Sistema. Para tanto,deverá ser encaminhado o Formulário 1-Cadastro de Acesso de Operador, referente à inclusão e,também, à exclusão de usuários a serem substituídos. O modelo de formulário se encontra disponívelna página eletrônica desta Setorial Contábil.

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De acordo com o constante no Anexo “A” do B Info 07-2009, a SEF, referente à consultadesta Inspetoria (Ofício nº 070 - SATT, de 25 Maio 09), o CPEx autorizou o cadastramento de maisde um usuário no sistema “CICS ON-LINE”, além do Ordenador de Despesa da UG (Oficio n° 018-Gestor/CPEx/SEF, de 24 Jun 09). Diante deste permissivo, as UG que julgarem necessário realizar ocadastro de outro usuário no citado sistema, além do OD, deverá remeter a esta ICFEx, via DIEx, oformulário de inclusão. Destaca-se que esse usuário terá acesso apenas às consultas ao sistema, pois,permanece a competência exclusiva do Ordenador de Despesa de transmitir os arquivos de pagamentoda UG. Assuntos do “CICs On-Line” podem ser tratados pelos meios: (61) 3415-7075, RITEx 860-7085/7019 e [email protected] com cópia para [email protected] .

7. Intranet - CPEx

O acesso a área exclusiva da UA na Intranet do CPEx (cpex-intranet.eb.mil.br) permite, dentreoutros recursos, acesso a informações não ostensivas daquele Centro, relacionadas a atividade depagamento. O acesso se dá por senha de operadores previamente cadastrados pelo Ordenador deDespesa, inclusive nos casos de operadores de OM vinculada.

Importante consultar a NI nº 336/CPEx, de 14 Set 07 que também contém orientações sobrecadastramento de OD substituto.

Também deve ser consultado o Of nº 653-S/5-Ch CPEx, de 12 Ago 04, onde constamorientações sobre pedidos de senha e a quantidade de operadores que poderão ser cadastrados,conforme o tipo de Órgão Pagador (OP Ativa/OP Ativa + Inat/Pensionistas e SIP).

8. SIPEO

Sistema de Planejamento e Execução Orçamentária do DGP, cuja a finalidade, dentre outras, éa de executar procedimentos para elaboração e execução referente à Movimentação de Pessoal,conforme regulado pela Msg 0095305-DGP, de 19/01/09. O Sistema NÃO é gerenciado pela ICFEx.

A OM com autonomia administrativa deverá possuir operador cadastrado no sistema,conforme modelo de formulário encontrado no endereço eletrônico http://www2.dgp.eb.mil.br/.

Outras informações consultar o documento acima citado, publicado no B Info 01/2009, destaInspetoria.

9. SISCONSIG

Sistema informatizado desenvolvido pela SG5/SEF e pelo CPEx, para gerenciar, em temporeal, as consignações em folha de pagamento dos descontos autorizados dos militares e pensionistasvinculados ao Comando do Exército, efetuados pelas Entidades Consignatárias (EC) credenciadaspelo Centro de Pagamento do Exército (CPEx).

O manual do SISCONSIG está disponível na intranet do CPEx.Todo OD deve ter acesso ao SISCONSIG e acessá-lo, no mínimo, a cada 45 dias.

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5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 03/2018 ...................... fl 20

O OD é responsável por cadastrar o seu substituto, por ocasião de férias ou passagem decomando/função. O OD também é responsável pela concessão/restrição de acesso dos militares de suaOM10.

Recomenda-se que na passagem de função (especialmente na passagem de Comando), seja incluída adisponibilização do acesso ao SISCONSIG ao novo OD, bem como a impressão do relatório daciência de todos os militares da OM que tem acesso ao aludido sistema.

Tal sistema é dotado de medidas preventivas de segurança. Todos os OD/Ch SPP/Aux SPP devem,obrigatoriamente, possuir CERTIFICAÇÃO DIGITAL (A3 ou A4) para ter acesso ao SISCONSIG(semelhante ao disponibilizado pelo SERPRO para os pregoeiros).

A Certificação Digital é um tipo de tecnologia de identificação que permite que transações eletrônicasdos mais diversos tipos sejam feitas com integridade, autenticidade e confidencialidade, de forma aevitar adulterações, interceptações ou outros tipos de fraude.

O Certificado Digital (espécie de e-CPF) é individual, não pode ser repassado de uma pessoa paraoutra e cada um deve possuir o seu. Várias são as autoridades certificadoras (SERPRO, CERTSIGN,CORREIOS etc).

Ponto que merece destaque é que a Certificação Digital impede a negativa de autoria, em outraspalavras, conclui-se que os responsáveis não devem emprestar seus “tokens”. As mensagens SIAFI2009/1228597, de 26 out 09 e 2010/0104997, de 25 jan 10, tornaram a Certificação DigitalOBRIGATÓRIA, desde 01 mar 10.

Por fim, recomenda-se a leitura da NI 341-CPEx, de 2008, disponível no site daquele Centro.

Para outros tópicos, consultar o Capítulo Pessoal/Pagamento.

10. Sistema de Concessão de Diárias e Passagens (SCDP)

Esse Sistema está previsto no Decreto 5.992/2006 e deve ser utilizado por todos os órgãos daAdministração Pública Federal direta, autárquica e fundacional.

O link de acesso para o SCDP é o www2.scdp.gov.br

Para ter acesso ao sistema é necessário informar para a ICFEx de vinculação os seguintes dados:- Nome completo;- CPF;- e-mail funcional;- telefone de contato;- função a ser desempenhada.

Preferencialmente deve ser utilizado o modelo de formulário de acesso ao SCDP disponível no site daInspetoria e no tutorial da SEF sobre o SCDP.

10 Esta ICFEx, referenciando o DIEx 103-S/6.5/Gab CPEx (Circular), de 20 abr 12, publicado em anexo ao B Info4/2012, orientou as UG a providenciarem o cadastro do atual OD e/ou exclusão de OD anteriormente cadastrado. OManual do SISCONSIG contém as orientações necessárias. Observar a rotina para exclusão de usuários antigos constanteda pág 16 e seguintes. Em caso de dificuldade, fazer contato diretamente com o CITEx, conforme discriminado no própriomanual.

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A SEF estabeleceu as seguintes associações de perfis no SCDP com as respectivas funções nasUG/OM:

Perfil no SCDPFunção Associada na

UG/OMNecessita de certificação

digital?

Autoridade Superior Of General Cmt de OM Sim

Ordenador de Despesas OD de UG Sim

Proponente S Cmt OM Sim

Coordenador Financeiro Enc St Fin UG Sim

Titular de cartão de crédito OD Não

Consultor de ViagemInternacional

Fisc Adm Não

Administrador de Reembolso Fiscal de Contrato Não

Solicitante de Passagem St Aqs UG Não

Solicitante de Viagem Militar escalado Não

Coordenador OrçamentárioSuperior

Fisc Adm Não

Coordenador OrçamentárioSetorial

St Aqs UG Não

11. SAG

Em 2014, a 2ª ICFEx (São Paulo/SP) desenvolveu o Sistema de Acompanhamento da Gestão(SAG), o qual tem por finalidade facilitar os trabalhos de acompanhamento da execução dos recursosdisponibilizados a Unidades Gestoras (UG), de forma simples e intuitiva, sem a necessidade deconhecimentos contábeis aprofundados.

Tal sistema possibilita o aperfeiçoamento do controle interno administrativo, por parte dasOM/UG, facilitando o acompanhamento, fiscalização e controle, verificando ocorrência deimpropriedades na execução financeira, contábil e patrimonial, evitando assim que as mesmascometam irregularidades administrativas.

Em 23 de novembro de 2016 a Diretriz do Secretário de Economia e Finanças - Sistema deAcompanhamento de Gestão, traçou propostas de expansão e melhorias, com o intuito assegurar aconsolidação e torná-lo um sistema corporativo do Comando do Exército.

Tendo em vista as alterações no SAG 2017, em especial, referentes a criação de módulos deacesso, e de acordo com o item 04, das perguntas frequentes do endereçohttp://10.12.4.42/sag2017/index.php, seguem os Módulos:

a) Auditoria - neste módulo, o usuário previamente autorizado poderá ter acesso aoscruzamentos de dados que o SAG oferece. Basicamente estarão presentes neste módulo as funções jáexistentes como “indícios”. Como sugestão, atribuir este perfil ao OD, Fiscal Administrativo e/ouConformador de Registro de Gestão;

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b) Compras - neste módulo, o usuário previamente autorizado poderá ter acesso aos dadosreferentes as compras, atualmente já existentes como “compras/gcalc”. Como sugestão, atribuir esteperfil ao chefe da SALC e outros Agentes da Administração previstos no RAE, de acordo com aindicação do OD;

c) Gestão de recursos - neste módulo, o usuário previamente autorizado poderá ter acesso aosdados referentes a execução orçamentaria, financeira e patrimonial, além dos documentos SIAFI.Como sugestão, atribuir este perfil aos Agentes da Administração previstos no RAE, de acordo com aindicação do OD;

d) Comum - Agentes da Administração previstos no RAE, de acordo com a indicação do OD;e

e) Esplanada Sustentável - Agentes da Administração responsável pelos lançamentos e/ououtros, de acordo com a indicação do OD;

Solicitar aos operadores do sistema no mínimo os perfis "Comum" e "Gestão".

Os dados necessários para atender a solicitação da UG para inclusão/alteração de operadores:1- Nome completo;2- Nome de guerra;3- CPF;4- Posto/Grad;5- Cargo/Função;6- Telefone;7- Unidade Gestora;8- Código da UG;9- E-mail corporativo;10- Perfis Solicitados (assinalar apenas os perfis necessários) ( ) Comum ( ) Gestão ( ) Esplanada ( ) Compras ( ) Auditoria11- Observações;12- Assinatura do Operador (não é obrigatória para exclusões de usuários)

As solicitações de inclusão de operadores devem ser feitas via DIEx. As reativações e

alterações/inclusões de perfis podem ser feitas via mensagem SIAFI enviadas pelo OD ou pelo usuáriodo SIAFI com o perfil CONFOP.

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V - CONSULTAS AO SISTEMA SEF

As consultas11 sobre assuntos da área orçamentária-financeira, patrimonial e pessoal devem serendereçadas à ICFEx, como está previsto na Portaria n° 004-SEF, de 06 nov 02.

No entanto, visando a não sobrecarregar o Sistema, recomenda-se que, antes de encaminharconsulta a esta Inspetoria, a UG realize alguns passos:

1. Fazer um exame detalhado do assunto, para verificar se é da de área de competência daSEF/ICFEx;

2. Pesquisar o assunto no site da Assessoria Jurídica da SEF (Asse1) , para verificar se não setrata de caso já orientado no âmbito da Força(http://intranet.sef.eb.mil.br/sef/assessoria1/oficios.htm);

3. Pesquisar, também, no site da Assessoria Técnico-Normativa da SEF:(http://intranet.sef.eb.mil.br/sef/assessoria2/INDEX/INDEX_LEGISL.html); e

11 Orientação ratificada pelos Of n° 031 Asse Jur (A1/SEF), de 11 FEV 08 e Msg SIAFI nº 0134509, de 01 FEV 10, doCPEx (B Info 02/2010).

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5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 03/2018 ...................... fl 24

Após esses passos, caso ainda persista a dúvida, fazer a consulta conforme previsto na Portarianº 004-SEF/2002, especialmente aquelas referentes a área de pessoal (geração de direitos).

Para tanto, a UG deverá realizá-la nos moldes determinados no Of nº 72 – A/2 – CIRCULAR,de 30 ago 10, publicado no B Info 08-2010, ou seja, sob a forma de documento denominadoMEMÓRIA.

Na próxima pagina é apresentado um modelo do citado documento, que deve conter osseguintes tópicos/títulos: MEMÓRIA: 1. ASSUNTO; 2. ORIGEM; 3. PROBLEMA; 4. DADOSDISPONÍVEIS; 5. APRECIAÇÃO; 6. LEGISLAÇÃO PERTINENTE e 7. PROPOSTA (ouPARECER), além da DECISÃO ou DESPACHO.

Nada muito diferente do previsto na Portaria nº 004-SEF/2002, que define que a consulta deveconter informações do assunto, a legislação pertinente, o estudo comparativo das razões favoráveis àtese da Consulta e/ou dos motivos que lhes são contrários e o entendimento da questão em estudo,pela UG.

Por meio do B Info 02/2010, renovou-se a necessidade de a UG se manifestar sobre oassunto, emitindo o seu entendimento, pois, na hipótese de esta ICFEx não ter condições deresponder a consulta formulada, a consulta será encaminhada à SEF, juntamente com o estudo destaInspetoria.

Consultas sobre Ajuda de Custo e Transporte não devem ser enviadas para a ICFEx. De-vem ser submetidas ao Departamento-Geral do Pessoal (DGP), por intermédio das Regiões Militaresde vinculação, conforme DIEx nº 21-Asse1/SSEF/SEF - CIRCULAR , de 01 Ago 12, em razão dacompetência daquele Departamentopara a análise das controvérsias acerca das verbas em epígrafe (exvi da Portaria nº 172-DGP, de 04 ago 06).

Especificamente sobre assuntos técnicos-normativos é importante reforçar a recomendação daMsg SIAFI 0360608-SEF, de 30 MAR 10 sobre a necessidade de as UG consultarem a página daAssessoria 2-SEF na intranet, onde estão disponibilizados “Mapas Mentais, Conceituais e Esboçossobre Assuntos Técnico-Normativos”, os quais constituem um instrumento de aprendizagem,memorização, organização e síntese de informações, sobre diversos assuntos como: Conformidade dosRegistros de Gestão, Fiscal de Contrato, Rol dos Responsáveis, Suprimento de Fundos, Despesas comOCS/PSA, Apuração de Indícios de Irregularidade Administrativas, Controles InternosAdministrativos, Nota Fiscal Eletrônica, entre outros.

Cabe salientar que as consultas versando sobre assuntos de natureza contábil devem conter:

- descrição completa do assunto, ainda que ja houver sido relatado anteriormente por telefone;

- análises efetuadas no âmbito da UG;

- identificação da UG (160XXX ou 167XXX), citando as contas -contábeis, contas-correntes,número dos documentos envolvidos, se foi utilizado o novo CPR além de outras informações úteispara a solução do problema;

- fundamentação/amparo legal, se for o caso; e

- propostas para solução, se for o caso.

É vedado encaminhar consulta diretamente à SEF ! ! !

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Modelo de Documento - MEMÓRIA

Símbolo daOM

MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO

OM expedidora

Memória para Decisão No XXXX – Seção

Data: dd/mm/aa

1 ASSUNTO: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

2. REFERÊNCIA: a. Port no xxxxxxxx

3. ANEXO: PROJETO DE LEI No XXXXXXX

4. ELEMENTOS DE APOIO À DECISÃO: a. A Base........ b. c.

5. PARECER DA SEÇÃO a. Parecer favorável ( desfavorável ). b.

6. DECISÃO DO CMT/CH /DIR __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________

Posto Nome do Cmt/Ch/Dir Cmt/Ch/Dir da OM

1o o assunto a ser tratado; 2o campo – a legislação pertinente que trata do tema estudado; 3o campo – destinado para os anexos (se for o caso). São os documentos diversos,

disponíveis para melhor compreensão do tema; 4o campo – a linha do tempo, abordando os fatos e atos de forma objetiva; 5o campo – o parecer de quem estudou o tema, apresentando as possíveis repercussões e as

justificativas; e 6o campo – a decisão da autoridade com recomendações (se for o caso).

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VI - IRREGULARIDADES E IMPROPRIEDADES ADMINISTRATIVAS

Um dos objetivos deste capítulo é evitar que os gestores pratiquem atos em desacordo com alegislação que possam ser caracterizados como impropriedade e/ou irregularidade administrativa.Assim, serão apresentadas, a seguir, algumas situações/fatos que exemplificam a diferenciação dessesconceitos.

A IRREGULARIDADE Administrativa é a falha caracterizada pela não observância aosprincípios da legalidade, legitimidade, eficiência, eficácia e economicidade, constatando-se a existênciade desfalque, alcance, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo quantificável aoErário.

A IMPROPRIEDADE Administrativa, por sua vez, é a falha de natureza formal que nãoresulta em dano ao Erário, porém evidencia a não observância aos princípios da legalidade,legitimidade, eficiência, eficácia e economicidade 12.

Irregularidades/Impropriedades mais frequentes

1. Pessoal/Pagamento

- deficiência no controle da apresentação anual de Inativos e Pensionistas, deixando desuspender o pagamento daqueles que não se apresentam à SIP/OP, ao qual estão vinculados, dentro doprazo previsto na legislação (Cap VIII, da IR 30-29);

- deficiência na implantação e no controle do pagamento de auxílio-transporte e/oucompensação orgânica, gerando pagamentos indevidos;

- valores proporcionais de auxílio-transporte (recebimento atrasado ou despesa anular)calculados indevidamente (não considerar os feriados nacionais e regionais e expedientesadministrativos na realização de despesa anular de auxílio-transporte);

- atuação deficiente das equipes de exame de pagamento, que não identificam erros noscálculos de pagamento de auxílio-transporte e de assistência pré-escolar;

- não observância da segregação de funções nas atividades geradoras de pagamento;- implantação indevida de pessoal/direitos/benefícios;- falta de publicação em BI da ordem para implantação de direitos/benefícios;- inclusão de adicional de férias no FAP, sem levar em consideração o plano de férias;- falta da conferência mensal do efetivo pago com o existente por meio dos relatórios

disponibilizados pelo CPEx; - etapas de auxílio-alimentação sacadas a maior ou recolhidas do beneficiário; e- não excluir do sistema de pagamento os militares licenciados.

2. Contratações

- falta e/ou falha no planejamento anual para contratação de bens/serviços;- não caracterização da emergência por ocasião das contratações realizadas por meio de

dispensa de licitação amparada no art. 24, Inciso IV, da Lei nº 8.666/93;- realização de contratações com dispensa de licitação sem a devida justificativa, em

desrespeito aos art. 26 e 38, inciso VI, da Lei 8.666/93;- compra direta e/ou realização de certames sem a prévia e ampla pesquisa de preços de

mercado;- ausência de orçamento detalhado em planilhas nas contratações de obras e serviços;- pesquisa de preço sem identificação do responsável pela sua realização;- ausência de projeto básico da obra ou serviço a ser executado;

12 Conforme Portaria nº 018-Cmt Ex, de 17 jan 13, que aprovou o Manual de Auditoria (EB10-MT-13.001),1ª Ed, 2013

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5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 03/2018 ...................... fl 27

- alterações nos projetos originais de execução de obras e serviços sem as devidas justificativas,tanto técnicas quanto quantitativas, conforme art. 65, inciso I, da Lei nº 8.666/93 e sem aformalização de termo aditivo;

- descumprimento das normas e condições estabelecidas no instrumento convocatório, emparticular, recebimento de material diferente do previsto;

- não abertura de processo administrativo com a finalidade de apurar e sancionar, sfc,fornecedor que atrasa e/ou não entrega material/serviço;

- inobservância do art. 23, § 1º, da Lei nº 8.666/93 e Decisão nº 393/1994-Plenário, dentreoutras inúmeras recomendações, quanto à obrigatoriedade de licitação por itens quando o objeto forde natureza divisível;

- falta de registro de contratos no SICON e o consequente acompanhamento da execução noSIASG/SICON;

- Termos Aditivos de contratos sem parecer da assessoria jurídica (CJU/AGU);- falta de Termo de Contrato nos casos em que é obrigatório;- falta da nomeação e da atuação do fiscal de contrato;- falta de cláusulas de reajustes nos contratos de exploração econômica de bens;- inversão dos Estágios da Despesa com recebimento do bem/serviço sem empenho e/ou

pagamento sem o recebimento do bem ou serviço;- falta de critério ou utilização indevida do SRP;- falta de planejamento conjunto de órgãos/unidades visando a aquisição de bens/serviços

comuns;- realização de SRP com quantidades estimadas sem critério;- mistura de itens diversos (ramos de mercados empresariais distintos) em um mesmo pregão

sem definir de forma clara no objeto do edital;- itens adjudicados com valores acima do preço de referência e sem a devida justificativa;- adesão à Ata de Registro de Preços de outros órgãos/unidades sem prévia pesquisa de

mercado e/ou verificação da vantajosidade da aquisição/contratação;- desvio de finalidade na aplicação de recursos;- realizar aquisições dissociadas do objeto/finalidade do convênio/destaque, inclusive no que

diz respeito a recebimentos de bens/serviços após prazo previsto no termo pactuado; e- aquisição de grandes quantidades de materiais com empenho ordinário, sem haver

capacidade de estoque na UG.

3. Patrimônio

- falta de compatibilização do patrimônio entre o SIAFI e o SISCOFIS;- divergências entre o saldo existente no SISCOFIS e o saldo físico;- divergências nas unidades de medida utilizadas nas entradas de materiais no SISCOFIS

(mesma ficha com unidades de medidas distintas);- não comprovação da aplicação dos bens consumidos;- doações recebidas sem o devido registro no patrimônio; - não distinguir contratação de serviço de emprego de material;- não distinguir despesa de capital de despesa corrente; - falta de oportunidade nos lançamentos do SISCOFIS; e- descontrole de combustível e de gêneros alimentícios.

4. Contábil

- obra concluída e que ainda permanece com saldo na conta contábil 1.2.3.2.1.06.01 – Obrasem Andamento;

- falta de registro da baixa de depreciação;- falta de atualização e de preenchimento do RAOM - Relatório de Análise de OM;

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5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 03/2018 ...................... fl 28

- não realizar a unificação patrimonial até o final do mês;- CNPJ do favorecido da OB diferente do favorecido da Nota de Empenho (NE);- preenchimento da UG pagadora diferente da UG emitente do documento hábil por ocasião da

liquidação;- aquisição de software em Naturezas de Despesas(ND) incorreta;- utilização de ND extintas;- deixar bens e materiais em trânsito por mais de 30 dias;

- deixar de regularizar a conta de depósitos de terceiros por mais de 60 dias;- demora na regularização das Contas Contábeis - 2.1.8.8.1.01.99 ( 218820199, 218840199,

218850199 ) Outros Consignatários, 2.1.8.9.1.45.00 ( 218924500 , 218944500, 218944500,218954500 ) Recursos da GRU, 218913601 ( 218923601, 218943601, 218953601 ) GRU-Valoresem Trânsito para Estorno e 218913603 Ordens Bancárias Canceladas; e

- saldos, no final do mês, nas Contas Contábeis -2.1.8.8.1.01.99 ( 218820199, 218840199,218850199 ) Outros Consignatários, 2.1.8.9.1.45.00 ( 218924500 , 218944500, 218944500,218954500 ) Recursos da GRU, 218913601 ( 218923601, 218943601, 218953601 ) GRU-Valoresem Trânsito para Estorno e 218913603 Ordens Bancárias Canceladas.

5. FUSEx

- falta e/ou auditoria deficiente nas contas médicas (lisura);- negociações diretas com as OCS de valores referente a taxas de comercialização e aplicação

de outras tabelas não constantes em contrato;- Guias de Encaminhamento já auditadas e sem detalhamento dos procedimentos que foram

executados (diárias, taxas, medicamentos, materiais, OPME, entre outros); e- contratação de OCS não credenciada.

6. Dano ao Erário - Processo de Apuração

a. O cadastro do processo no SISADE é obrigatório e substitui a comunicação da OM (não hámais a necessidade da UG comunicar à ICFEx de vinculação da instauração de sindicância ou de IPM,desde que realize o cadastro tempestivo das informações junto ao SISADE);

b. O acompanhamento por meio do SISADE, que deverá ser atualizado de forma frequente,até o completo desfecho dos procedimentos de apuração, do ressarcimento total do débito, da efetivainscrição em dívida ativa ou da imputação do prejuízo à União, independentemente da movimentaçãode seu responsável, de sua transferência para a inatividade ou de sua exclusão do serviço ativo.

c. O RAAIIA será gerado e tramitará, exclusivamente, via SISADE.

d. Além do registro no SISADE, o Cmt, Ch ou Dir OM deverá providenciar os registrospertinentes dos valores em apuração, no Sistema Integrado de Administração Financeira do GovernoFederal (SIAFI), nos termos da Cartilha para Contabilização de Diversos Responsáveis e Dano aoErário da 5 ª ICFEx (a ser divulgada após apreciação do CCIEx).

e. Apurada a responsabilidade pecuniária e identificado o responsável, o Cmt, Ch ou Dir OM,independentemente das comunicações regulamentares, deverá adotar as seguintes providências:

- nos casos de IPM, instaurar sindicância com a finalidade de oportunizar o exercício docontraditório e a ampla defesa aos responsáveis qualificados; e

- nos casos de sindicância, por ocasião da solução, emitir a Notificação do Débito contendo aorigem e o valor do débito imputado ao responsável, a forma e as condições de pagamento e aoportunidade para que o responsável reconheça a dívida, mediante a assinatura do Termo deReconhecimento de Dívida (TRD).

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5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 03/2018 ...................... fl 29

f. Cópia dos processos de apuração de dano ao erário e do TRD permanecerão arquivados no

Setor de Conformidade do Registro de Gestão da Unidade Gestora (UG), em condições de atender aqualquer questionamento do controle interno ou externo.

g. Se da apuração dos fatos resultar como responsabilizado servidor público regido pela Lei nº8.112, de 11 de novembro de 1990, deverão ser observados os preceitos desta Lei, mais precisamenteseus artigos 46 e 47.

h. Com a finalidade de subsidiar tanto a decisão da autoridade instauradora quanto o parecer doSindicante, orienta-se observar, além do disposto na Portaria 1.324-Cmt Ex, 4 OUT 17, o constantedo Parecer nº 048/AJ/SEF, de 13 AGO 09 que trata de apuração de danos ao erário e do Parecer nº111/AJ/SEF, de 30 SET 13, que trata de comprovação de má fé.

7. Financeiro

- falta de apropriação de receitas geradas na UG e/ou qualquer outro recurso;- comprovação inadequada de Suprimento de Fundos; e- deixar de responder diligência ou descumprir prazos.

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VII – PESSOAL / PAGAMENTO

1. Orientações Gerais

Aproximadamente 83%13 dos recursos repassados à Força são destinados para a atividade dePagamento de Pessoal.

Assim sendo, tal atividade deve ser merecedora de toda a atenção por parte da UG, em particu-lar do Ordenador de Despesa.

Neste sentido, serão apresentadas, a seguir, recomendações desta Inspetoria já publicadas emBoletins Informativos anteriores (com alterações para adequação à legislação atual):

“Oriento os Sr OD que mandem observar, fielmente, a execução das atividades deExame de Pagamento de Pessoal (EPP), o qual se encontra regulado pela Portaria nº008-SEF, de 06 Maio 08 (REVOGADA PELA PORTARIA Nº 02-SEF, DE 3 DE FE-VEREIRO DE 2014 ). O EPP, além de obrigatório, é um instrumento eficaz no contro-le e na fiscalização de tal atividade. Na oportunidade, recomendo observar o contidono Inc X, Art 9º, da Portaria reguladora que impõe a obrigatoriedade de, pelo menosuma vez por ano, ser ministrado para os Quadros da UG/OP, instruções sobre o refe-rido exame. Ainda, recomendo mandar observar:

a. se o efetivo da OM corresponde ao efetivo pago (o Relatório Nominal PPF280X -Relação de Contemplados deve ser confrontando com a Relação Nominal do Efetivoda Unidade). [Consultar letra “e” do item 6 da NI nº 001-CPEx, de 11 JUN 03];

b. se foi feita a exclusão do sistema de pagamento do efetivo variável no mêssubsequente ao licenciamento e dos militares temporários licenciados no mêssubsequente ao recebimento da compensação pecuniária;

c. se, mensalmente, é realizado pelo Fiscal Administrativo e Cmt SU/Contingentes oEPP dos militares do EV, Oficiais/Praças em Situação Especial e Pessoal Civilcontratado Temporariamente, confrontando a relação da fração com o pagamentoprocessado;

d. se há militares recebendo Auxílio-Transporte (AT) indevidamente, ou seja, verificarse o endereço indicado na solicitação do benefício se encontra desatualizado ou nãocorresponde com a real situação (exemplo: militar efetivamente é “laranjeira” masrecebe o benefício como se fizesse o trajeto residência-quartel diariamente). Caberecordar que o AT foi criado para subsidiar o deslocamento, em transporte coletivo,no trajeto residência-local de trabalho-residência, de acordo com a Portaria nº 098-DGP, de 31 Out 01 e Portaria nº 269, de 11 Dez 07;

e. se estão sendo realizadas as despesas a anular (DA) do AT no mês subsequente, emdecorrência dos dias não trabalhados (férias, acampamentos, baixa hospitalar,serviço etc). As SU, mensalmente, devem encaminhar a SPP uma “planilha” com osmotivos e os totais dos dias a serem descontados de cada militar ou servidor civil,para publicação em BI da despesa a anular a ser realizada

f. se as DA estão sendo realizadas conforme preconiza o Manual do Usuário do CPEx;

g. só definir os contracheques que serão examinados após a transmissão do FIP/FAPdigital para o CITEx, não delegando a escolha (que deve ser do OD) e não utilizandoqualquer tipo de escala;

h. o OD não deverá delegar a transmissão dos arquivos de pagamento; e

i. por fim, se todas as alterações no FIP e FAP foram devidamente publicadas em BI.”

13 Palestra do CPEx por ocasião da VOT à 5ª RM, em julho de 2013

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(adaptação de matéria publicada no B Info 02/2008 e republicada no B Info 06/2008 eatualizada com a legislação mais recente)

Oportuno, conforme se depreende no B Info 2/2012 (Msg 0438166-CPEx, de 28 mar 12), quea UG adote nas atividades de pagamento, um calendário MENSAL e PRÓPRIO dos eventos depagamento, a fim de planejar/gerenciar de forma segura os procedimentos deimplantação/exclusão/alteração e em consonância com o cronograma disponibilizado mensalmentepelo CPEx (INTRANET).

Importante que se dê atenção, principalmente, para incorporação, férias e licenciamento, a fimde evitar danos ao erário. Neste cenário, é ideal que todos os lançamentos (FIP/FAP) sejam realizadosantes do último dia de encerramento da 1ª corrida, pois no planejamento deve ser considerado os atospreparatórios: publicação em BI, conferência FIP/FAP pela Equipe de Exame de Pagamento,despacho e transmissão do arquivo para o banco de dados CITEx pelo OD com uso da senha pessoal eintransferível (senha master).

Recomenda-se que todo o pagamento da UG seja processado na 1ª corrida, ficando, portanto, a 2ªcorrida apenas para eventual correção apontada no relatório de crítica disponibilizado após oprocessamento da 1ª corrida. A 3ª corrida é do CPEx, não havendo ingerência da UG.

Ainda, observar as condições/situações e procedimentos sobre requisição de pagamentocomplementar (RPCMA/RPCMIP/RPCPC), que é uma situação atípica.

Por fim, observar data limite (condição e procedimento excepcional) sobre bloqueio ereversão, a fim de evitar dano ao erário. (Msg 0503076, de 12 abr 12, Msg 0515512, de 25 abr 12,Msg 0438166, de 28 mar 12)

2. Exame de Pagamento

Atividade de vital importância, o exame de pagamento se constitui em ótimo instrumento deacompanhamento, controle e fiscalização das atividades de pagamento. Destaca-se, a seguir, apublicação realizada por esta Inspetoria no B Info 04/2008 (atualizada com a legislação mais recente),onde são apontadas falhas na fiscalização dessa atividade, em particular, quando do licenciamento demilitares:

“Têm sido observado por esta ICFEx pagamentos indevidos realizados pelas UG decorrentes da NÃOexclusão de militares do Sistema de Pagamento do Exército, quando do licenciamento dos mesmos. Salvooutro entendimento e/ou outra situação muito excepcional, tais IRREGULARIDADESADMNISTRATIVAS são INADIMISSÍVEIS, pois, para evitá-las, é suficiente o Chefe da Seção/Divisãode Pessoal/Pagamento de Pessoal conferir, MENSALMENTE, o efetivo pago pelo CPEx com o efetivo realda OM, ou seja, a UG além de verificar os efetivos (pago e existente), deve confrontar a relação nominalde militares contemplados pelo CPEx naquele mês com a relação nominal de militares da OM. Ademais,reforçando a ideia da INADIMISSIBILIDADE desta situação, MENSALMENTE a UG realiza o Examede Pagamento de Pessoal, assim, podemos inferir que o mesmo não tem sido realizado com correção eatenção, bem como os Chefes de Divisão/Seção de Pessoal também não tem cumprido o recomendadopela legislação.

[...]

Cabe recordar que os pagamentos indevidos devem ser apurados por sindicância/IPM, e não havendoreposição ao Erário por aqueles que receberam indevidamente, o(s) responsável (eis) pelo pagamentodevem ressarcir a União dos prejuízos causados, conforme previsão do § 3o, art 149, do RAE,independente das sanções disciplinares e/ou criminais.

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Observação: O Exame de Pagamento de Pessoal, atualmente, está normatizado pela Portarianº 002-SEF, de 03 FEV 14 e tem como objetivo controlar e fiscalizar a atividade de pagamentode pessoal, por meio da análise dos documentos disponibilizados pelo CPEx e pela verificaçãoda correção dos dados constantes dos arquivos de pagamento das unidades gestoras (UG)/Ór-gãos Pagadores (OP), considerando a legislação e os fatos geradores de direitos e de obrigaçõesreferentes à remuneração.

Entre as novidades trazidas pela Portaria 02-SEF/2014 tem-se que os militares da ativa,inativos, servidores civis na ativa e aposentados e pensionistas terão seus contracheques exami-nados no ano, com base na Tabela Determinante do Tamanho da Amostragem, prevista no seu§3º, do Art 4º, conforme a seguir:

Efetivo total da UG Efetivo anual mínimo da UGa ser examinado

Até 249 100%

De 250 a 499 82%

De 500 a 749 69%

De 750 a 999 59%

De 1.000 a 2.499 52%

De 2.500 a 4.999 30%

De 5.000 a 9.999 18%

De 10.000 a 24.999 10%

A partir de 25.000 5%

Cabe salientar que o §5º do Art 4º dessa Portaria destaca que os implantados, os reincluídos,os transferidos no mês para a UG/OP, os apresentados pela 1ª vez na SIP, os que mudaram desituação, os pensionistas que receberam o seu primeiro pagamento e os que tiveram alterações depagamento no mês devem ser examinados além do efetivo da amostragem.

3. Pagamentos Indevidos - Prejuízos ao Erário - Devolução de Valores

Sobre pagamentos indevidos que provocam prejuízos ao Erário e que, por muitas das vezes,são decorrentes de falhas administrativas, implicando responsabilidade civil e administrativa deagentes da administração, recomendo consultar o capítulo Prejuízo ao Erário - Apuração -Responsabilidades.

4. Inativos e Pensionistas

Área em que tem se verificado casos de pagamentos indevidos decorrentes de falhasadministrativas, em particular, de fiscalização deficiente em tal atividade, gerando transtornosadministrativos (IPM, Sindicância, Processo Administrativo etc), além de comprometimentopatrimonial pessoal de agentes administrativos para saldar os prejuízos a que deram causa. Assim, afim de evitar tal situação, recomenda-se a observância dos seguintes tópicos:

4.1. Apresentação de Inativos e Pensionistas - exercer o rigoroso controle deapresentação anual de Inativos e Pensionistas. Estes deverão se apresentar, ANUALMENTE e

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PESSOALMENTE no OP de vinculação, sendo válida a apresentação feita por procurador, curadorou tutor. O Cmt/Ch/Dir deve mandar suspender o pagamento daqueles que não se apresentarem, sobpena de possível responsabilidade em caso de pagamento indevido realizado pela Administração.(consultar art 17 a 23 da Portaria nº 82-DGP, de 23 ABR 14 - Aprova a Reedição das InstruçõesReguladoras para a Administração de Civis, Inativos e Pensionistas do Exército.

4.2. Inativo Inválido - aqueles inválidos, sem possibilidade de locomoção, deverão sofrer avisita técnica pelo OP, conforme § 2º e inc II, Art 19 da Portaria nº 82-DGP, de 23 ABR 14)

4.3. Procurador/Tutor/Curador de Inativos - o OP deverá manter organizado e atualizado,cadastro de vinculados que são representados, assistidos ou tutelados letra a) do Inc XIII, Art 6º,Portaria nº 82-DGP, de 23 ABR 14).

4.4. Pasta de Documentos de Inativos e Pensionistas - observar se constam todos osdocumentos elencados nos inc I a VII do Art 59 e o Art 62, tudo da Portaria nº 82-DGP, de 23 ABR14 .

4.5. Auxílio-Invalidez - o inativo, militar ou ex-combatente reformado, que recebe oreferido benefício deve, anualmente, entregar uma Declaração que não exerce atividade remunerada,pública ou privada e submeter-se, periodicamente, a critério da administração, a exames médicos paraque seja comprovada a situação atual de invalidez. (art 66 da Portaria nº 82-DGP, de 23 ABR 14 )

4.5.1. Renovação de Auxílio-Invalidez - conforme Portaria nº 086-DGP, de 13 Abr09, a qual aprovou as Normas Técnicas da DCIP, prevê que a concessão do referido benefício é decompetência daquela diretoria, pelo período de 2 (dois) anos, ficando a renovação condicionada a novoprocesso e a constatação por JIS. Assim sendo, o Cmt/Ch/Dir deve providenciar para que, aquelesinativos que se encontrem nessa situação, passem por JIS para confirmar a necessidade de cuidadospermanentes de enfermagem e hospitalização, condição para o pagamento do benefício.

4.6. Pagamento de Servidores Civis e Pensionistas - Cruzamento SIAPE x SISOB - a Msg0158635-CPEx, de 03 Fev 09, ratifica determinação constante no Of nº 064/SRH/MP, de 04 Set 02 eItem 22 da NI nº 001/SPC/CPEx, de 02 Mai 07, sobre a necessidade das UORG que realizampagamento de Servidor Civil e Pensionista que, MENSALMENTE, acessem o sitewww.siapenet.gov.br (órgão/consulta/batimento SIAPE/SCO), a fim de verificar se algum servidor oupensionista vinculado a sua UORG está incluído no batimento, tomando as medidas previstas paraconferência e exclusão. Para demais procedimentos, consultar o documento citado.

5. Auxílio Transporte - AT

O AT foi criado para subsidiar o deslocamento, em transporte coletivo, no trajeto residência-local de trabalho-residência, sendo regulado pelo pelo Decreto nº 2.963, de 24 Fev 1999 e pelasPortarias nº 098 - DGP, de 31 Out 01 e nº 269 - DGP, de 11 Dez 07 e Portaria 849 Cmt Ex, de 14 Jul16.

A concessão de tal benefício também tem gerado processos administrativos de apuração dedanos ao Erário, face a pagamentos indevidos realizados. Assim, é importante reforçar a necessidadeda frequente fiscalização no pagamento do aludido auxílio. Para tanto, seguem algumas orientaçõesespecíficas:

5.1. Comprovação de Endereço - a administração deve verificar se o endereço indicado nasolicitação do benefício corresponde com a real situação e/ou endereço (exemplo: militar “laranjeira”

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mas recebe o benefício como se fizesse o trajeto residência-quartel diariamente. Neste caso, devehaver fiscalização e não é possível pagar o referido auxílio ao militar).

5.2. Despesa a Anular (DA) - se estão sendo realizadas as despesas a anular (DA) do AT nomês subsequente, em decorrência dos dias não trabalhados (férias, acampamentos, baixa hospitalar,serviço, feriados, meses com menos de 22 dias úteis etc). As SU, mensalmente, devem encaminhar aSPP uma “planilha” com os motivos e os totais dos dias a serem descontados de cada militar ouservidor civil, para publicação em BI da despesa a anular a ser realizada

5.3. Cálculo da Despesa a Anular - se as DA estão sendo realizadas conforme preconiza oManual do Usuário do CPEx.

5.4. Deslocamento Superior a 22 dias - conforme publicado no B Info 08/2008, o Parecer nº090-2002-DGP/Asse Jur, de 21 Nov 02, orienta que nos casos concretos, quando houver necessidadede o militar deslocar-se para o serviço em mais de 22 dias no mês deverá receber o ATcorrespondente, porém, a limitação do desconto de 6% referente a 22 dias (desconto = soldo / 30 X22 X 6%) deve ser mantido, mesmo tendo trabalhado por mais dias, por expressa disposição legal.

5.5. Deslocamento somente nos fins de semana - por intermédio do Of nº 219 - Asse Jur -09 (A1/SEF), de 19 Jun 09, a SEF é de entendimento que não é possível a concessão de auxílio-transporte a militares que se deslocam para suas residências apenas nos finais de semana, citandoexpedientes pretéritos sobre o tema (Of nº 332-Asse Jur-08, de 13 Nov 08; Of nº 169-Asse Jur-09, de28 Abr 09; e Of nº 176-Asse Jur-09, de 08 Maio 09). Ademais, a SEF consolidou o entendimentoexposto, por meio do Parecer nº 070/AJ/SEF, de 30 Set 09, publicado no B Info 10/2009, onderatifica a IMPOSSIBILIDADE de pagamento de AT nesta situação.

5.6. Militares que moram em outros Municípios/Estado e/ou em localidades distantes dolocal de trabalho - conforme Parecer nº 070/AJ/SEF, de 30 Set 09, publicado no B Info 10/2009,acima citado, a SEF ratifica entendimento que o direito a tal verba indenizatória não se vincula alimite de distância entre a residência e local de trabalho. Também não se deve considerar o conceitode “transporte coletivo” de maneira restritiva. Assim, a percepção do benefício precisa ser analisadade acordo com o caso concreto. A utilização de meio de transporte seletivo ou especial não invalida opagamento de tal benefício.

5.7. Militares que se deslocam por meios próprios - também o Parecer nº 070/AJ/SEF, de30 Set 09, publicado no B Info 10/2009 e o DIEx nº 177-Asse1/SSEF/SEF – CIRCULAR, de 14 Jun16, ratifica posicionamento no sentido de NÃO ser cabível pagamento nesta hipótese, em que pesedecisão judicial14 em sentido contrário, já reformada.

5.8. Militares que se utilizam de meios disponíveis pela OM – também não têm direito aobenefício.

5.9. Ressarcimento de auxílio-transporte – o Of nº 411 - Asse Jur - 09 (A1/SEF), de 01Dez 09, publicado no B Info 12/2009, informa que o auxílio deve ser pago de forma prévia e não porressarcimento.

No que diz respeito à Orientação Normativa MPOG nº 4, de 8 abr 11, que estabeleceorientação quanto ao pagamento de auxílio-transporte aos servidores nos deslocamentos

14 Apelação de Mandado de Segurança nº 2005.70.01.004213-1/PR cujo relator foi o Juiz Federal Roger Raupp Rios, doTRT da 4ª Região. Entretanto, a decisão foi reformada pelo STJ, conforme publicado no Boletim Informativo nº 07/2010.

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residência/trabalho/residência, cabe destacar que sua aplicabilidade foi SUSPENSA, conforme Of nº184-Asse Jur/SEF, de 18 out 11.

6. Adicional de Habilitação

Observar a Portaria 768 Cmt Ex, de 5 Jul 17 e as orientações da Assessoria1/SEF(http://intranet.sef.eb.mil.br/index.php/a1/oficios-pareceres).

7.Assistência Pré-Escolar

Observar a legislação prevista na Portaria Ministerial nº 10, de 13 JAN 16- Orientações sobre onovo valor teto do Auxílio pré-escolar, constante no BInfo 03/2016.

Atentar que o benefício é destinado a filhos e/ou dependentes, a partir do nascimento (mediantesolicitação), até completar 5 anos, 11 meses e 29 dias.

Cabe destacar que o militar só perde o direito ao benefício quando seu dependente completa seisanos de idade, sendo que o término do pagamento se dá no mês subsequente àquele em que se verificao aniversário, qualquer que seja o dia. Sendo assim, não importa a data de aniversário do dependente:1º, 2, 5, 10, 29, 30 ou 31, o direito à assistência pré-escolar cessará no mês seguinte à sua datanatalícia. (DIEx nº 51-Asse1/SSEF/SEF, de 27 ago 12.)

Importante:Recomenda-se a leitura do Manual do Usuário Nº 1 - Militar da Ativa, An. 6 - A.6 -

ASSISTÊNCIA PRÉ-ESCOLAR - Código A77 – ASSIST PRE-ESC : código de saque semi-automático a ser lançado no FAP CODOM UA para o Auxílio Pré-

escolar com PRAZO DETERMINADO; o SIAPPES irá excluir automaticamente o benefício no mês subsequente ao prazo constante

do código; a UG deverá lançar para cada filho com direito ao Auxílio Pré-escolar um código A77 com

valor e prazo determinado.

8. Segregação de Funções

Observar o princípio da segregação de funções nas atividades de pagamento (geração dedireitos/publicação em BI; elaboração de FIP/FAP; Transmissão do Pagamento).

9. Compensação Orgânica

Para a incorporação do benefício, verificar se os militares atendem às exigências dos seguintesnormativos:

- Decreto nº 4.307, de 18 jul 02; - Portaria nº 083-Cmt Ex, de 02 Mai 06 (Plano de Provas Atividade Especial de Salto com

Paraquedas); - Portaria nº 206-DGP, de 17 Dez 03 (Compensação Orgânica Atividade Sujeita a Radiação

Ionizante);- Portaria nº 236-Cmt Ex, de 06 Mai 03 (Plano de Provas de Exercícios para Atividade de

Mergulho);- Portaria nº 541-Cmt Ex, de 1 Jul 13 (Plano de Provas para as Atividades Especiais de Voo em

Aeronave Militar e de Controle de Tráfego Aéreo – EB10-P-01.001); e Portaria nº 950-Cmt Ex, de 14 Nov 12 (Plano de Provas para a Atividade Especial de

Observação Aérea).

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A fim de evitar eventuais processos/prejuízos, foi expedida a seguinte Msg CIRCULAR,publicada no B Info 04/2012:

Msg nº 68 - SATT/CIRCULAR, de 9 abr 12 (Msg 2012/0484434)

ASSUNTO: COMPENSAÇÃO ORGANICA

DO CH DA 5ª ICFEX

AO SR OD UG VINCULADAS

1. TRATA A PRESENTE SOBRE PAGAMENTO DE COMPENSAÇÃO ORGÂNICA.

2. NAO E INCOMUM CONSTATAR-SE PAGAMENTOS INDEVIDOS NA RUBRICA"ADICIONAL DE COMPENSAÇÃO ORGANICA", QUE E UMA PARCELAREMUNERATORIA DEVIDA AO MILITAR PARA COMPENSACAO DE DESGASTEORGANICO DO DESEMPENHO CONTINUADO DE ATIVIDADES ESPECIAIS,CONFORME REGULAMENTAÇÃO.

3. A TABELA V DA MEDIDA PROVISORIA Nº 2.215-10, DE 31 AGO 01, PREVE ASSITUACOES E O VALOR PERCENTUAL QUE INCIDE SOBRE O SOLDO O QUALDEVERA SER OBJETO DE VERIFICACAO DA PERTINENCIA DO SEUPAGAMENTO.

4. ASSIM, COM A FINALIDADE DE EVITAR TAL IRREGULARIDADEADMINISTRATIVA, QUE GERA CONSEQUENCIAS DELETERIAS PARA TODA AADMINISTRACAO COM A INVASAO PATRIMONIAL DE AGENTES DAADMINISTRACAO RESPONSABILIZADOS E/OU CONTRIBUIRAM PARA AOCORRENCIA DO DANO AO ERARIO, ESTA INSPETORIA RECOMENDA AADOCAO DE ALGUNS ATOS/PROCEDIMENTOS, EM PARTICULAR, REFERENTEAO ADICIONAL DE ATIVIDADES DE SALTO DE PARAQUEDAS:

A. INCLUIR NO EXAME DE CONTRACHEQUES, NA PRIMEIRA OPORTUNIDADE,TODOS OS MILITARES RECEM CHEGADOS A OM, CONFORME JA PREVISTO NALEGISLAÇÃO (PORTARIA Nº 008-SEF, DE 06 MAIO 08).

B. ESPECIAL ATENCAO DEVE SER DADA AQUELE(S) QUE RECEBE(M) OCITADO ADICIONAL. PARA TANTO, A EQUIPE DE EXAME DE PAGAMENTO(EPP) DEVERA, OBRIGATORIAMENTE, ANALISAR/COMPROVAR SE OPERCENTUAL RECEBIDOS PELO(S) MILITAR(ES) ESTAO DE ACORDO COM ODOCUMENTO HABIL, OU SEJA, SE A COTA-PARTE RECEBIDA E AQUELAREGISTRADA NA "DECLARACAO DE SALTOS", DOCUMENTO OBRIGATORIOEXPEDIDA PELA OM PARAQUEDISTA, CONFORME ART 26 E SEGUINTES DAPORTARIA Nº 083-CMT EX, DE 2 MAR 06; TAMBEM DEVE VERIFICAR SOBREQUAL POSTO/GRADUACAO HOUVE A INCORPORACAO DA COTA;

C. NA OPORTUNDIDADE, PRUDENTE E MUITO CONVENIENTE QUE A OMEXIGA DE TODO MILITAR TRANSFERIDO ORIUNDO DA BRIGADAPRAQUEDISTA, A DECLARACAO RETRO MENCIONADA, A FIM DE QUE JATENHA CONHECIMENTO PRELIMINAR DA COTA-PARTE QUE O MESMO FAZJUS;

D. NESTE PARTICULAR (MILITAR CONCLUDENTE DO CURSO DEPARQUEDISMO), A OM DEVE ATENTAR PARA A CORRECAO DA COTA-PARTECORRESPONDENTE, LOGO APOS OS TRES MESES "DE CARENCIA" O QUAL OMILITAR CONCLUDENTE RECEBE A INTEGRALIDADE DA COTA (20/20). ASSIM,JULGAMOS CONVENIENTE QUE O SEU CONTRACHEQUE SEJA EXAMINADOPOSTERIORMENTE (ENTRE 4 E MAXIMO DE 6 MESES), INDEPENDENTE DASAÇÕES DESENVOLVIDAS PELOS AGENTES DA ADMINISTRACAO, EMPARTICULAR, DAQUELES DA SECAO DE PESSOAL/PAGAMENTO;

E. NA MESMA LINHA, PROCEDIMENTO SIMILAR PARA AQUELESMOVIMENTADOS DA BRIGADA PARAQUEDISTA, VISTO QUE, NORMALMENTECUMPREM O PLANO DE PROVAS ANUAL E TAMBEM RECEBEM AINTEGRALIDADE DA COTA (20/20) NOS TRES MESES SEGUINTES; (VIDE ART 18,

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DA PORTARIA Nº 083-CMT EX, DE 2 MAR 06)

F. AINDA, RECOMENDAMOS PROCEDIMENTO SIMILAR, CADA QUAL COM SUAPECULIARIDADE, NAS DEMAIS ATIVIDADES QUE GERAM PAGAMENTO DECOMPENSACAO ORGANICA PREVISTA NO ART 4° DO DECRETO Nº 4.307, DE 18DE JUL 02.

4. OPORTUNO RECORDAR QUE O CONTROLE INTERNO E UMA ATIVIDADEINERENTE AO COMANDO, SENDO RAZOAVEL QUE A OM ADOTE MEDIDASPREVENTIVAS/PROATIVAS NO SENTIDO DE EVITAR O COMETIMENTO DEIRREGULARIDADES ADMINISTRATIVAS E/OU DANOS AO ERARIO.

5. NESSA ESTEIRA, JULGAMOS UMA MEDIDA INTERESSANTE QUE A OMFACA, ANUALMENTE, UMA ANALISE NO PAGAMENTO DE TODOS AQUELESQUE PERCEBEM QUALQUER VERBA DE COMPENSACAO ORGANICA,DESIGNANDO UM COMISSAO ESPECIFICA.

6. POR DERRADEIRO, AS MEDIDAS ACIMA SE APLICAM TAMBEM AOUNIVERSO DE INATIVOS E PENSIONISTAS MILITARES.

10. Compensação Pecuniária

O assunto é regulado pela Lei nº 7.963, de 21 Dez 89, combinado com o Decreto regulador nº99.425, de 30 Jul 90, prevendo que fará jus à percepção de compensação pecuniária Oficial ou Praçaque for licenciado ex officio e por término de prorrogação de tempo de serviço. Também é precisobuscar conceito do art 121 da Lei nº 6.880/80 (Estatuto dos Militares), que trata da demissão exofficio. A SEF tem se manifestado continuadamente sobre esse benefício. Entretanto, face aspeculiaridades de cada caso e os desdobramentos quando da aplicação da Lei, julga-se oportunorecomendar que seja consultada sempre a matéria na intranet daquela Secretaria (Assessoria1) diantedo pagamento do direito em comento.

Observar o previsto no Art 149, da Portaria nº 046 – DGP, de 27 MAR 12, que trata do serviçomilitar temporário.

Destaca-se o seguinte documento:

(Transcrição Msg 0552817-CPEx, de 17 maio 10)DO ORDENADOR DE DESPESAS DO CPEX

AO(S) SR(S) ORDENADORES DE DESPESAS

MILITAR DA ATIVA ESCLARECIMENTO SOBRE COMPENSACAO PECUNIARIA

MENSAGEM SIAFI NR 438-21/6-CPEX, DE 17 MAI 10

1. TRATA O PRESENTE EXPEDIENTE DE ESCLARECIMENTO SOBRECOMPENSACAO PECUNIARIA.

2. INFORMO A TODAS AS UG QUE OS MILITARES EXCLUIDOS DO SERVICOATIVO POR REFORMA, DEMISSAO, PERDA DO POSTO E DA PATENTE,ANULACAO DE INCORPORACAO, DESINCORPORACAO, DESERCAO,LICENCIADOS A PEDIDO, LICENCIADOS EX-OFFICIO POR CONVENIENCIA DOSERVICO, A BEM DA DISCIPLINA OU POR CONDENACAO TRANSITADA EMJULGADO NAO FAZEM JUS AO PAGAMENTO DA COMPENSACAO PECUNIARIA,POR NAO ESTAREM ENQUADRADOS NA SITUACAO DESCRITA NO ART 1° DALEI NR 7963, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1989.

Militares temporários (MFDV) - não prestam serviço militar inicial obrigatório os militarestemporários (MFDV) já dispensados anteriormente desse mesmo serviço. Assim, possuem o direito àcompensação pecuniária por todos os anos completos, inclusive o primeiro, desde que preenchidos osdemais requisitos, como o caráter ex officio do licenciamento. Tal entendimento se deve ao que prevê oartigo 1º, da Lei nº 7963/89:

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“Art. 1º O oficial ou a praça, licenciado ex officio por término de prorrogação detempo de serviço, fará jus à compensação pecuniária equivalente a 1 (uma)remuneração mensal por ano de efetivo serviço militar prestado, tomando-se comobase de cálculo o valor da remuneração correspondente ao posto ou à graduação, nadata de pagamento da referida compensação.

§ 1º Para efeito de apuração dos anos de efetivo serviço, a fração de tempo igual ousuperior a cento e oitenta dias será considerada um ano.

§ 2º O benefício desta Lei não se aplica ao período do serviço militar obrigatório.”

O assunto estava consolidado no Of n° 122 - Asse Jur – 10 (A1/SEF), de 11 jun 10, disponívelna intranet da SEF/assessoria 1. No entanto, diante das inovações trazidas pela Lei nº 12.336, de 26out 2010, que modificou a Lei nº 4.375, de 17 ago 1964 (Lei do Serviço Militar – LSM) e a Lei nº5.292, de 8 jun 1967 (Prestação Serviço Militar pelos MFDV), o pagamento da compensaçãopecuniária aos citados militares temporários, passou a envolver novos pressupostos, a saber:

a. Os MFDV do segmento feminino, continuam fazendo jus à compensação pecuniária portodo o período trabalhado, eis que, em tempo de paz, prestam serviço militar voluntário:

b. Quanto ao segmento masculino, abrem-se as seguintes possibilidades:

(1) Os MFDV que já prestaram serviço militar obrigatório, fazem jus à compensaçãopecuniária por todo o período em que serviram como profissionais destas áreas, haja vista que já seencontram em dia com o dever cívico de servir à Pátria;

(2) Os MFDV que adiaram a incorporação e que, diante da conclusão do curso superior,apresentaram-se para o cumprimento do serviço militar obrigatório, não fazem jus à compensaçãopecuniária pelo primeiro ano, vez que ainda pendente o cumprimento do dever de servir à Pátria;

(3) Os MFDV que receberam o CDI e que tiveram o ato de dispensa ratificado, fazem jus àcompensação pecuniária pelo primeiro ano de serviço, já que a dispensa foi confirmada, não havendoque se falar em qualquer pendência quanto ao serviço militar obrigatório; e

(4) Os MFDV que receberam o CDI e que tiveram o ato de e dispensa retificado, medianterecolhimento do aludido certificado, não fazem jus à compensação pecuniária pelo primeiro anotrabalhado, porquanto se encontram em serviço militar obrigatório.

Assim, observa-se que poderão ocorrer casos em que a convocação do militar ocorreu sob aégide da Lei antiga (sem as alterações trazidas pela Lei nº 12.336, de 26 out 10) gerando discussõessobre qual legislação deverá incidir para fins de pagamento de compensação pecuniária.

De fato, pelos ditames dessa nova norma, é imprescindível saber se o Certificado de Dispensade Incorporação – CDI, por ocasião da conclusão do curso de Medicina, Farmácia, Odontologia ouVeterinária, foi revalidado ou recolhido (ratificação ou retificação do ato de dispensa para fins deincorporação), o que em diversos casos não terá ocorrido à época de ingresso às fileiras da ForçaTerrestre, porque tal exigência ainda não existia.

Assim, em homenagem ao princípio da razoabilidade que, basicamente, impõe aoadministrador eleger a solução mais razoável para o problema jurídico concreto, a decisão que seimpõe é de que, dentro dos standars de aceitabilidade, os militares médicos, farmacêuticos, dentistas eveterinários:

(1) convocados antes das alterações promovidas na Lei do Serviço Militar, se portadores doCDI e se preenchidos os demais requisitos, como o caráter ex officio do licenciamento, fazem jus àcompensação pecuniária por todos os anos trabalhados, inclusive o primeiro; e

(2) convocados após as alterações, desde que já implementadas pelas Regiões Militares asexigências quanto à ratificação da dispensa ou ao recolhimento do CDI, submetem-se aos novos

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parâmetros legais, discorridos no item (4), de modo que fica revisto o entendimento consolidadopelo Ofício nº 122 – Asse Jur – 10, de 11 jun 10, no que dispõe em contrário.

(Extraído do Of nº 075 – Asse Jur – 11 (A1/SEF), CIRCULAR, de 19 maio 11)

Ainda sobre o tema em comento, pertinente consultar Msg 0337151, de 24 mar 10, Msg0723275, de 23 jun 10 e Msg 0880145, de 26 jun 12, todas do CPEx, sobre procedimentos de saquee o DIEx nº 261-S1/Gab/CPEx – CIRCULAR, de 19 Mar 15.

O amparo legal para o licenciamento dos militares temporários é a alínea “a” do § 3º do art.121 do Estatuto dos Militares, podendo ser combinado com outros regulamentos ou normas (Inc I, §2º, art 32, do RCORE- R68; Inc I e II ou III, art 182, da NT – 13 (DSM) – Portaria nº 251 – DGP, de11 nov 2009).

- Militar aprovado em Concurso Público:

Não faz jus à compensação pecuniária o militar licenciado ex officio, antes do término dotempo de serviço a que estava obrigado, em virtude de aprovação em concurso para o provimento decargo público, conforme documentos15 transcritos no B Info 01/2012 e no DIEx nº 1283-S1/Gab/CPEx – CIRCULAR, de 12 Nov 15.

- Militar de Carreira não Estabilizado:

O pagamento desta verba remuneratória é devida a sargento de carreira não estabilizado queteve indeferido seu pedido de reengajamento e, em consequência, foi licenciado ex-offício das fileirasdo Exército ao término de prorrogação de tempo de serviço, conforme Of nº 053 – Asse Jur – 10(A1/SEF, de 23 Mar 10).

11. Ajuda de Custo/Indenização de transporte/diárias /Indenização de bagagem na mesma sede.

Sobre o assunto, consideram-se importantes os seguintes documentos:

Indenização de bagagem na mesma sede: Consultar o DIEx nº 80-Asse1/SSEF/SEF –CIRCULAR, de 31 Mar 16.

(Transcrição Msg 0019976-DGP, de 05 jan 09)

DO: CHEFE DA DIORFA/DGPAO: SR ORDENADOR DE DESPESASASSUNTO: PAGAMENTO DE AJUDA DE CUSTO E IND DE TRANSPORTEA FIM DE FORNECER, COM A UTILIZAÇÃO DE CONSULTAS DO SIAFIGERENCIAL, DADOS NECESSÁRIOS PARA O BANCO DE INFORMAÇÕESESTRATÉGICAS E GERENCIAL DO MD (BIEG), OS PAGAMENTOS DE DESPESASRELATIVAS À DESLOCAMENTO (DIÁRIAS E PASSAGENS) E MOVIMENTAÇÃODE PESSOAL (AJUDA DE CUSTO E INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE), NÃOPODERÃO SER EFETUADOS POR INTERMÉDIO DE LISTA DE CREDOR. NOENTANTO, PODERÁ SER UTILIZADA A TRANSAÇÃO "ATULOB" (ATUALIZA

15 Of nº 021 – A2.2.6 Gab Cmt Ex, de 16 jan 12 encaminhado pelo Of nº 022 – Asse Jur – 12 (A1/SEF), CIRCULAR,de 23 jan 12

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LISTA DE OB) DO SIAFI, OU SER EFETUADO O PAGAMENTO ATRAVÉS DEORDEM BANCÁRIA INDIVIDUAL.

(Transcrição Msg 0070761-DGP, de 13 jan 09)DO: CHEFE DA DIORFA/DGP

AO: SR ORDENADOR DE DESPESAS

ASSUNTO: PAGAMENTO DE AJ DE CUSTO, INDZ TRNP, DIÁRIAS E PASSAGENS

1. A FIM DE FORNECER, COM A UTILIZAÇÃO DE CONSULTAS DO SIAFIGERENCIAL, DADOS NECESSÁRIOS PARA O BANCO DE INFORMAÇÕESESTRATÉGICAS E GERENCIAL DO MD (BIEG), OS PAGAMENTOS DE DESPESASRELATIVAS À DESLOCAMENTO A SERVIÇO (DÍARIAS E PASSAGENS) EMOVIMENTAÇÃO DE PESSOAL (AJUDA DE CUSTO E INDENIZAÇÃO DETRANSPORTE), NÃO PODERÃO SER EFETUADOS POR INTERMÉDIO DE LISTADE CREDOR. NO ENTANTO, PODERÁ SER UTILIZADA A TRANSAÇÃO"ATULOB" (ATUALIZA LISTA DE OB) DO SIAFI, OU SER EFETUADO OPAGAMENTO ATRAVÉS DE ORDEM BANCÁRIA INDIVIDUAL.

2. OS PAGAMENTOS REFERENTES A AJUDA DE CUSTO E INDENIZAÇÃO DETRANSPORTE PARA UM MESMO FAVORECIDO DEVERÃO SER DISTINTOS,(SEPARADOS), UMA ORDEM BANCÁRIA (OB) PARA CADA DIREITOREMUNERATÓRIO SUPRACITADO, CONFORME DESCRIÇÃO ABAIXO:

EX: 1 (UMA) OB PARA AJUDA DE CUSTO;

1 (UMA) OB PARA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE.

3. O CAMPO OBSERVAÇÃO DEVERÁ SER INICIADO COM O TEXTO REFERENTEAO PAGAMENTO A SER EFETUADO CONFORME EXEMPLOS ABAIXO:

EX: AJUDA DE CUSTO: PG MAPAS N° 176/NC N° 184/COTA DCEM; INDZ TRNP:PG MAPAS N° 178/NC N° 190/COTA DCEM.

4. OUTRAS INFORMAÇÕES JULGADAS PERTINENTES DEVERÃO SERCOMPLETADAS.

No mesmo sentido a Msg 0280895 - DGP, de 10 Mar 09 e Msg 0287520 - DGP, de 10 Mar09, ambas publicadas no B Info 03/2009. Também consultar Msg 0148403, de 04 Fev 10 e Msg0139437, de 02 Fev 10, ambas do DGP, publicadas no B Info 02/2010.

11.1. Consulta sobre Ajuda de Custo e Transporte

Conforme citado no capítulo de “Consultas ao Sistema SEF/ICFEx”, as consultas sobre otema devem ser submetidas ao DGP, por meio das Regiões Militares de vinculação, de acordo com oDIEx nº 21-Asse1/SSEF/SEF - CIRCULAR , de 1º ago 12, em razão da competência do Departa-mento-Geral do Pessoal para a análise das controvérsias acerca das verbas em epígrafe (ex vi da Porta-ria nº 172-DGP, de 04 ago 06).

12. Pagamento de Ajuda de Custo ou de Diárias

Sobre o assunto, o Anexo A ao B Info 02/2009, publicou o parecer do Ministério da Defesa,que conclui pela aplicabilidade de uma ou outra verba, assim sintetizado:

a) na movimentação com desligamento de Organização Militar (OM) e mudançade sede cabe ao militar o direito à ajuda de custo;b) no afastamento até 15 (quinze) dias é cabível o pagamento de diárias; e c) na movimentação para comissão superior a 15 (quinze) dias, sem desligamento deOrganização Militar, cabe, em tese, tanto diárias como ajuda de custo, oportunidadena qual deverá ser aplicado o direito remuneratório de menor valor, conforme solu-ção preconizada no artigo 19, parágrafo único, do Decreto n° 4.307/2002.

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13. Gratificação de Representação de Comando

O Decreto nº 8.733, de 2 de maio de 2016 regulamenta a gratificação de representação de quetrata a Medida Provisória no 2.215-10, de 31 de agosto de 2001.

A Msg 0355667-CPEx, de 15 Mar 07, regula procedimentos sobre o pagamento de tal benefí-cio. Importante alertar sobre o ajuste de contas por ocasião da passagem de comando, a fim de evitarpagamentos indevidos. Assim, os OD das OM que receberem militar exonerado da função de coman-do deverão verificar se o mesmo continua recebendo, em contracheque, a referida gratificação e, se foro caso, mandar alterar, bem como fazer a respectiva despesa a anular.

O Of nº 066 - ASSE JUR - 05 (A1/SEF), de 25 Maio 05, estabelece que o Comandante substi-tuído também faz jus a gratificação no dia da passagem de comando.

Ainda, pertinente citar o Of nº 305 – Asse Jur – 10 (A1/SEF) , de, 14 dez 10, versando sobrea possibilidade de pagamento da gratificação quando diante da assunção interina de comando.

Importante:No que concerne ao cômputo do numero de dias, o pagamento da Gratificação de Re-

presentação 2%, deve considerar o período superior a oito horas como um dia, para missões que te-nham duração inferior a 24 horas, bem como, considerar no último dia o período superior a oito horascomo um dia, para missões que tenham duração superior a 24 horas (PARECER Nº 88/AJ/SEF, de19 Out 06).

14. SIAPE x Cadastro de Óbitos - Cruzamento de dados

As UORG que realizam pagamento de servidor civil ou pensionista, mensalmente, como roti-na, devem acessar o site https://www1.siapenet.gov.br/orgao/consulta/batimento/siape/sco, e verificarse algum servidor ou pensionista vinculado está excluído pelo batimento, adotando as medidas perti-nentes, conforme documento abaixo:

(Transcrição da Msg 0158635-CPEx, de 03 fev 09)

DO CHEFE DO CPEX

TODAS AS UNIDADES COM ENCARGOS DE PAGAMENTO DE SERVIDORESCIVIS E PENSIONISTAS

MSG 004-S3.I/CPEX, DE FEV 09

1. VERSA A PRESENTE MENSAGEM SOBRE CRUZAMENTO DADOS BASES SIAPEE CADASTRO DE OBITO.

2. ORIENTO A UG QUANTO A FIEL OBSERVANCIA E CUMPRIMENTO DOPRESCRITO NO OFICIO-CIRCULAR N° 64/SRH/MP, DE 04 SET 02, E ITEM 22 DANOTA INFORMATIVA NR 001/SPC/CPEX, DE 02 MAI 2007, ENCONTRADA NAINTRANET DO CPEX NO LINK PARA A PAGINA DO SERVIDOR CIVIL, COM OSEGUINTE TEOR;

- AS UORG QUE REALIZAM PAGAMENTO DE SERVIDORES CIVIL OUPENSIONISTA MENSALMENTE, COMO ROTINA, DEVEM ACESSAR O SITEWWW.SIAPENET.GOV.BR.ORGAO, CONSULTA, BATIMENTO SIAPE/SCO, EVERIFICAR SE ALGUM SERVIDOR OU PENSIONISTA VINCULADO A SUA UORGESTA EXCLUIDO PELO BATIMENTO CASO EXISTA, TOMAR AS SEGUINTESPROVIDENCIAS;

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A) SE REALMENTE O SERVIDOR FALECEU, INFORMAR AO CPEXIMEDIATAMENTE DE ACORDO COM O MODELO DE RADIOGRAMACONSTANTE NA NI, PARA QUE SEJA SUBSTITUIDA A EXCLUSAO PELO SISOB(SISTEMA DE OBITOS), POR EXCLUSAO POR FALECIMENTO;

B) SE A UORG TIVER CERTEZA QUE O SERVIDOR OU PENSIONISTA NAOFALECEU, SOLICITAR IMEDIATAMENTE AO CPEX, VIA RADIOGRAMAURGENTE, A EXCLUSAO DO SISOB E O ACERTO DO PAGAMENTO;

C) NAS SITUACOES “A” E “B” E OBRIGATORIO A UORG INFORMAR AO CPEX.

15. Fichas Financeiras

As Msg SIAFI nº 0026897, de 06 Jan 09, nº 0281179, de 11 Mar 08 e nº 0471960(CIRCULAR), de 28 Abr 05, todas do CPEx, informam que, para maior celeridade, as requisiçõesde Fichas Financeiras realizadas por órgãos do Poder Judiciário e dos órgãos de Defesa da União e,também, as solicitações dos militares da ativa, inativos e pensionistas, foi franqueada às AssessoriasJurídicas dos Comandos das RM, o acesso ao banco de dados das fichas financeiras de todo o Brasildo pessoal vinculado. Portanto, as solicitações/requisições que não forem atendidas pela própria UGdeverão ser dirigidas diretamente às RM.

Ainda, referente as Fichas Financeiras e Planilhas de Cálculo o CPEx somente disponibilizano seu Banco de Dados, as Fichas Financeiras, a partir de janeiro de 1989. Assim, diante de pedidosdo Poder Judiciário e/ou órgãos de defesa da União, bem como solicitações de militares da ativa,inativos e pensionistas, anteriores ao ano de 1989, a UG de vinculação deverá confeccioná-lautilizando como parâmetros os assentamentos funcionais dos interessados. Consultar a Msg 0782201,de 06 jul 10, do CPEx, publicada no B Info 07/2010.

16. Pensão Alimentícia – Desconto – Incidência do 13º salário na base de cálculo

Conforme Of nº 055 - Asse Jur (A1/SEF), de 25 Mar 08, à semelhança de posição vigente noSuperior Tribunal de Justiça (STJ), a SEF se manifestou no sentido de que o adicional natalino deveintegrar a base de cálculo da pensão alimentícia, não importando a forma como foram acordados osalimentos. Entretanto, recomendo aos Sr OD/Cmt/Ch/Dir que mandem observar sempre o teor dasentença judicial que estabeleceu pagamento da pensão. Em caso de dúvida, é prudente consultar ojuízo competente, pois, não cabem ilações sobre decisão judicial.

17. Pagamento referente a Exercícios Anteriores

Regulado pela Portaria nº 1.054-Min Ex/1997, atualizada pela Portaria nº 793-Cmt Ex, de 12dez 03 e Portaria nº 189-Cmt Ex, de 17 mar 11.

Exercícios anteriores são aquelas despesas que constituem obrigações de pagamento referentes aexercícios já encerrados e que serão atendidas com recursos do Exercício Financeiro corrente.

Nenhuma Despesa de Exercícios Anteriores poderá ser ressarcida sem que haja, antes, oreconhecimento do direito por parte da autoridade competente para empenhá-la (Ordenador deDespesas). Neste aspecto, vale alertar que no “campo” reconhecimento da dívida e parecer o OD devedeclarar: “reconheço a dívida e a obrigatoriedade do seu pagamento”, evitando, portanto, colocar asexpressões que constam dos modelos existentes nas Instruções Gerais para a Correspondência doExército – EB10-IG-01.001, de 2001, como por exemplo “foram observadas as exigências legais parao prosseguimento. Encaminhe-se”

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A seguir são apresentadas algumas situações específicas de Exercícios Anteriores, conformepublicado no B Info nº 9/2011:

17.1. Auxílio Natalidade - para fins de cálculo, computar-se-á a data do evento, ou seja,valor do soldo na Data do Nascimento. No caso de adoção, computar para fins de cálculo o valor dosoldo na data da adoção e, ainda, no caso de paternidade tardia, a data do reconhecimento da mesma.

17.2. Compensação Pecuniária - consultar título específico sobre direitos à compensaçãopecuniária paga ao militar temporário, por ocasião de seu licenciamento ex-offício. Oficial ou praça,licenciado por término de prorrogação do tempo de serviço.

17.3. Gratificação de Representação - deve constar o grupo data-hora da partida e dachegada e ainda o número de dias.

17.4. Principais erros nos processos - transcrevem-se, a seguir, os erros mais comunsverificados por aquele órgão pagador:

- ausência de assinatura do OD na solicitação de pagamento, no verso e anverso dodocumento;

- ausência de informações de ajuste de contas;- ausência de documentos obrigatórios;- ausência do termo "reconheço a dívida" pelo OD; e- ausência da implantação do processo no formulário ON LINE.

17.5. Funcionários Civis da Ativa, Inativos e Pensionistas - observar tambémrecomendações da Msg 1055732-CPEx, de 17 SET 08 .

17.6. Incidência de Imposto de Renda sobre Rendimentos Recebidos - de acordo com aMsg 1057710-SEF, de 27 jul 11 e, conforme IN RFB n° 1.127, de 7 fev 11, alterada pela IN RFB n°1.310, de 28 dez 12, a incidência de imposto de renda sobre o recebimento de valores atrasados,recebidos acumuladamente de exercícios anteriores ou do próprio exercício dar-se-a mês a mês, acontar do início do direito referido, devendo-se levar em consideração as alíquotas e tabelas dasépocas próprias a que se referem tais rendimentos.

18. Auxílio Funeral

O Of n° 280 - Asse Jur - 09, de 04 Ago 09, publicado no BInfo nº 08-2009, esclarecedeterminados procedimentos/situações sobre o pagamento da verba em comento. Ainda, o Of nº 073– Asse Jur – 11 (A1/SEF), de 16 maio 11, publicado B Info 05/2011, contém orientações sobre opagamento do auxílio concomitantemente com o Seguro Decessos – Assistência Funeral. Consultar,também, a NI nº 001-S/4-CPEx.

19. Procedimentos para Elaboração e Execução dos Planejamento referente a Movimentaçãode Pessoal

Consultar a Msg 0095305-DGP, de 19 jan 09, publicada no B Info 01/2009.

20. Bloqueio Bancário

O pedido de bloqueio bancário de “militar ativa” (licenciado, falecido, desertor) deverá serefetuado de acordo com o Cronograma Mensal de Pagamento de Pessoal, disponibilizado no site doCPEx. Se não for possível, por motivos fortuitos, a UG deve cumprir o que prescreve o item 5, letra E

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da NI nº 001-CPEx, de 15 Abr 08, ou seja, solicitar diretamente à instituição bancária do ex-militar obloqueio, antes da data do pagamento e com tempo hábil para as medidas administrativas daquelaInstituição.

Outras informações consultar Msg 0473958-CPEx, de 28 Abr 10. Consultar tambémorientação da Msg 0660681-CPEx, de 15 jun 12 citada no item 29, deste capítulo - Tramitação deSolicitações ao CPEx.

21. Inclusão de Menores Beneficiários do FUSEx

Conforme Of nº 1373 - FUSEx - CADBEN - CIRCULAR, de 05 Dez 07, os militares quepretendam incluir menores como beneficiários dependentes no FUSEx, inexistindo processo de tutelaou adoção, estão agindo contrariamente à legislação normativa do referido Fundo, ao equiparar ouniverso de dependentes para fins de Estatuto com o universo de beneficiários dependentes do FUSEx,os quais não se igualam devido à diversidade de critérios de admissão.

22. Militares Temporários e em Licença para Tratar de Interesse Particular - Recolhimento aoFEx em favor do FUSEx

O Of nº 014-DGP/DSau.SDir Ap Sau, de 21 Maio 10, publicado no B Info 06/2010,encaminhado a todas as RM, com fundamento nas Port nº 048-DGP, de 28 Fev 08 (IR 30-38), Port nº049-DGP, de 28 Fev 08 (IR 30-39) e Port nº 256-DGP, de 22 Out 09 (IR 30-41), normatizaprocedimentos sobre recolhimentos em favor do FUSEx dos militares que se encontram na situaçãocitada, em particular, quando o militar temporário se encontrar há 60 (sessenta) dias doreengajamento/licenciamento e quando militar se encontrar em LTIP.

23. LTIP

Conforme posicionamento da SEF, constante do Parecer 075/AJ/SEF, de 09 de julho de 2013,o período passado em LTIP não é computável para efeitos de auxílio fardamento e deve haverrecolhimento para a pensão militar durante o interregno respectivo.

24. Auxílio Alimentação - Praça in ferior a 3º Sargento

Conforme art 69 do Decreto nº 4.307, 18 jul 02, o qual regulamenta a LRM, a praça, degraduação inferior a 3º Sargento, quando em férias regulamentares e não for alimentada pela União,fará jus a uma vez a etapa comum fixada para a localidade, devendo, a UG providenciar o saquequando das férias.

25. Benefícios aos Trabalhadores Contratados (Lei n° 8.745/93 – Contrato por Tempodeterminado)

Por meio da Msg 0701928-SEF, de 12 maio 11, a SEF, referenciando Of Circular n°06/SEAFI/SOF/MP, de 04 abr 11, anexo ao Of n° 4180, de 14 abr 11, do Diretor do Departamentode Planejamento, Orçamento e Finanças, da Secretaria de Coordenação e Organização Institucional,do Ministério da Defesa DEORF/SEORI/MP, orientou que:

a. aos trabalhadores contratados por tempo determinado são devidos apenas o auxílio-alimentação, a assistência pré-escolar e o auxílio-transporte; e

b. esses trabalhadores não fazem jus a assistência médica e odontológica, entretanto,“excepcionalmente” poderá ser devida a participação em Plano de Assistência a Saúde Suplementar.

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26. Demissão do Serviço Ativo e Cobrança Administrativa

Consultar Portaria nº 109-DGP, 03 JUN 13, que aprovou as Normas Técnicas para Processosde Demissão do Serviço Ativo do Exército e Cobrança Administrativa (EB 30-N-30.002), revogando aPortaria 65-DGP, de 26 Abr 12.

27. Declaração de Bens e Rendas (DBR)

Em decorrência da aplicação dos princípios da Administração Pública da moralidade e datransparência e, ainda, de acordo com o contido no art 13 da Lei n° 8.429/92, combinado com a Leinº 8.730/93, existe a obrigatoriedade de determinados agentes/servidores apresentarem a declaraçãode bens e rendas16.

O assunto está regulamentado no Decreto nº 5.483/05, bem como institui a sindicânciapatrimonial. Já no âmbito interno o assunto foi regulado pela Portaria nº 434, de 24 ago 94. Assim, osagentes da administração17 nominados naquela Portaria estão sujeitos à apresentação da DBR.

A Msg 1068959-SEF, de 29 jul 11, contém orientações sobre o tema, esclarecendo que:

a. os agentes públicos retro poderão optar pela apresentação da DBR ou pela autorização deacesso aos dados da DIRPF;

b. a DBR deverá ser preenchida em formulário, em papel, reproduzido a partir do modeloque constitui o anexo I da IN - TCU n° 67, de 6 jul 11;

c. em alternativa ao formulário a que se refere o item anterior, os agentes públicos poderãoapresentar ao setor de pessoal da UG, autorização de acesso aos dados da DIRPF entregue à RFB,conforme modelo estabelecido no anexo II da IN citada; e

d. os procedimentos para elaboração do relatório de gestão e do relatório de auditoria degestão que instruem as contas das UG e entidades vinculadas, serão definidos anualmente peloCCIEx.

O CCIEx, por meio da Msg 1283141-CCIEx, de 14 set 11, tratou da obrigatoriedade daapresentação da DBR ou da autorização de acesso aos dados da DIRPF por todos quanto exerçamcargos ou funções de confiança na administração direta, indireta e fundacional. Tal documentocontém, também, orientações específicas visando a cumprir determinações, em especial, a prevista no

16 Legislação aplicável: Leis n° 8.429/92 (sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimentoilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional-Lei deImprobidade Administrativa); Lei nº 8.730, de 10 nov 93 (obrigatoriedade da declaração de bens e rendas para o exercíciode cargos, empregos e funções nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário); Portaria nº 434, de 24 ago 94 - Aprovouas Instruções Gerais para a Apresentação de Declaração de Bens e Rendas, por Agente Público, no âmbito do Ministériodo Exército - IG 20-16; Decreto n° 5.483, de 30 jun 05, regulamenta o art 13 da Lei n° 8.429/92; Decreto nº 5.751, de 12abr 06; Portarias-Cmt Ex nº 236 e 237, ambas de 11 maio 06; Portaria Interministerial MP/CGU n° 298, de 6 set 07; DN-TCU nº 108, de 24 nov 10; IN - TCU n° 65, de 20 abri 11; Portaria-TCU nº 123, de 12 maio 11; Msg 1068959-SEF, de29 jul 11; IN-TCU nº 67, de 6 jul 11, alterada pela IN-TCU nº 69, de 13 jun 12 que acrescentou o art 15-A.

17 Ministro do Exército; - Presidente, Vice-presidente, Superintendente e Diretor da FHE/POUPEX; - Presidente, Vice-Presidente, Superintendente e Diretor da IMBEL; - Chefe da Divisão do Fundo do Exército; Ordenador de Despesa eAgente Diretor; Fiscal Administrativo; Encarregado de Setor Financeiro; Encarregado de Setor de Material; Encarregadode Setor de Aprovisionamento; Encarregado de Setor de Aquisição; Encarregado de Setor de Pessoal; Gestor/Encarregadode Depósito; Chefe de Seção de Inativos e Pensionistas; Chefe de Seção Regional de Transporte Administrativo;Presidente e Membros de Comissão Especial de Licitação, para a licitação do tipo concorrência, e Membros de ComissãoPermanente de Licitação; Responsável permanente pela liquidação de despesas, em órgãos setoriais e de apoio setorial; eServidor civil que exerça cargo, função ou emprego de confiança.

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Inc XVII, do art. 2°, da Portaria nº 434, de 24 ago 94 e as contidas na DN-TCU nº 108/2010 e naPortaria-TCU nº 123/2011.

Por fim, por intermédio do DIEx nº 286-SCCR/CCIEx (CIRCULAR), de 15 jun 12, o CCIExencaminhou cópia do Of nº 05929/Astec/Ciset-MD, de 5 jun 12, e seu apenso (circular do TCU),pois considerando a previsão contida no art 2º da IN - TCU nº 67, de 6 jul 11, acerca da necessidadede se adotar medidas para resguardar o sigilo e preservar a confidencialidade das informações dasDeclarações de Bens e Rendas apresentadas pelas autoridades e servidores públicos federais, tendoem vista o disposto no art 325 do Código Penal (Violação de Sigilo Funcional) e no § único do art 5ºda Lei nº 8.730/1993.

28. SISCONSIG/Margem Consignável/Reserva de Margem - Termo de Garantia de Aluguel

Como visto no capítulo Sistemas, o SICONSIG é um sistema informatizado para gerenciar, emtempo real, as consignações em folha de pagamento dos descontos autorizados dos militares epensionistas vinculados ao Comando do Exército.

28.1. Margem Consignável - vinculado diretamente ao tema, a Margem consignável (MC)que é um valor sobre a remuneração que pode ser objeto de desconto (obrigatório/autorizados) emfolha do servidor. Na aplicação dos descontos, o militar não pode receber quantia inferior a 30% dasua remuneração ou proventos (art. 14, §3º, da MP nº 2215/2001). Desta forma, na implantação dedescontos obrigatórios em favor da UG, deve se tentar conciliar o valor a ser inserido com a MCdisponível. O cálculo da MC está regulado no art. 8º da Portaria nº 046-SEF, 1º jul 2005, sendo que apartir de 1º fev 2010, o SISCONSIG não considera o Auxílio-Invalidez (B09) para este cálculo (videParecer nº 053/AJ/SEF, de 19 ago 2009). O militar que tiver desconto excluído para implantação dePensão Judicial ou Desconto Obrigatório ficará com a Margem Negativa. Também oportuno reforçarque na eventual hipótese de exclusão de desconto autorizado não fica o militar ou pensionistadesobrigado de efetuar o pagamento da dívida. A Margem Consignável é on-line, portanto, aSEF/CPEx não interfere no processo. Logo, diante de uma quitação de empréstimo, a EC éresponsável por excluir o desconto, sendo que, automaticamente, o valor da parcela retorna para MC.No caso de fraudes em contracheques (implantação de desconto indevido), as OM deverão seguir oprevisto na NI nº 341/CPEx, de 22 set 2008.

28.2. Reserva de Margem- Termo de Garantia de Aluguel - É condição essencial que otermo só pode ser firmado após feita a reserva de margem consignável, concluindo-se que só pode serconcedido para quem tem Margem Consignável.

28.3 Exclusão de Descontos Autorizados - para excluir descontos autorizados é necessárioexcluir do SISCONSIG & FAP DIGITAL, publicando-se em BI, além de informar as EC, juiz, militare todos os demais interessados. Deve se respeitar a ordem de exclusão do SISCONSIG, bem como seramplamente justificada com seus respectivos amparos publicados em Boletim Interno (Vide Msg0578555, de 21 mai 2010).

Conforme Msg nº 057 - SATT, CIRCULAR, de 23 mar 12, ocorre nos casos denecessidade para implantação de desconto obrigatório, pensão alimentícia e adequação aorecebimento do mínimo de 30% (trinta por cento). A execução deverá ser processada via FAP digitale amplamente justificada, após a publicação da ordem no BI.

Como alertado, o acesso ao SISCONSIG é obrigação do OD e da seção de pagamento.Logo, após ampla divulgação, desde 01 nov 11, a UG deve realizar todos os pedidos de exclusão dedesconto no SISCONSIG, bem como pelo FAP digital, sendo que o CPEx só atenderá casos deredução de desconto por ordem judicial ou de não exclusão por falha devidamente comprovada nosistema.

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28.4. Módulo OD do SISCONSIG – Confirme informado pelo CPEX, via DIEx no1134-S6/Gab/CPEx, de 10 NOV 14, foi acrescentado no MÓDULO ORDENADOR DE DESPESASdo SISCONSIG o Submódulo RESERVA E EXCLUSÃO DE GARANTIA DE ALUGUEL.

No submódulo RESERVA E EXCLUSÃO DE GARANTIA DE ALUGUEL, disponívelexclusivamente ao Ordenador de Despesas, este poderá efetuar reserva de margem consignável para oTermo de Garantia de Aluguel, bem como excluí-la por término do contrato.

Conforme consta no Manual do SISCONSIG, a reserva de margem para Termo deGarantia de Aluguel somente pode ser efetuada se o consignante dispuser de margem livre que atendao valor a ser reservado. Não deve ser excluído desconto com a finalidade de reservar margem paraTermo de Garantia de Aluguel.

Por fim, o CPEx informou que o Manual do SISCONSIG está em fase final de revisão eserá disponibilizado no site da intranet do CPEx a versão atualizada com o Submódulo RESERVA EEXCLUSÃO DE GARANTIA DE ALUGUEL.

28.5. Margem Consignável dos Pensionistas Militares – Diante da necessidade deadequação aos ditames da Lei nº 1.046/1950, e tendo em vista que as legislações militares regulam amatéria sem, entretanto, abranger os pensionistas, a margem consignável dos pensionistas militaresficou definida em 30%, somente para os descontos autorizados, diferenciando-se da margem de 70%dos militares que, na verdade, abrange o somatório de descontos obrigatórios e autorizados.

A alteração entrou em vigor a partir de 1º de dezembro de 2011, conforme previsto naPortaria nº 014-SEF/2011, que alterou o art. 8º da Portaria nº 046-SEF/2005, não atingindo, poroutro lado, os contratos firmados anteriormente à entrada em vigor da citada alteração, que deverãopermanecer consignados em folha de pagamento até suas defenitivas extinções, obdecendo-se àsregras administrativas previstas ao tempo de suas respectivas contratações (DIEx nº 1000-S/6/Gab/CPEx, de 17 abr 13).

29. Tramitação de Solicitações ao CPEx

Conforme Msg 0660681-CPEx, de 15 jun 12, as solicitações de alteração de pagamento ourelacionadas à consignações deve ocorrer pelos documentos constantes das IG para a correspondênciado Exército- EB10-IG-01.001, devendo ser assinadas de próprio punho, enquanto não houvercertificação digital nos documentos, poderão ser encaminhadas pelos seguintes meios de comunicação:

- estafeta da UG; - Carta/SEDEx endereçada ao CPEx; - via EBnet, desde que estejam assinadas e escaneadas;- via fax: (61) 2035-3648 ou (61)2035-3691 ou pelo ritex:860- 3648 ou 850-3691 (telefones

atuais, em função da mudança do CPEx para o QG no SMU em Brasília-DF). Observar para enviar as solicitações somente por um meio de comunicação e evitar o reenvio

delas, eliminando assim, duplicidade de documentos no protocolo daquele Centro.O bloqueio e reversão, pode ser solicitado por meio de mensagem SIAFI, a fim de dar

celeridade no atendimento e, principalmente, evitar o dano ao erário.

30. Pensão Civil concedida à filha maior, cujo estado civil seja diferente de solteira

O Anexo A do B Info 02/2012 transcreveu o DIEx n° 103-5.8/Div Jur/5ª RM-5ª DE –CIRCULAR, de 14 fev 12, o qual encaminhou o Of nº 3-DCIPAS – CIRCULAR, de 8 fev 12, nosentido de esclarecer que é indevida a existência de pensão CIVIL quando o estado civil declaradopela beneficiária for diferente de solteira. Na oportunidade, vale ressaltar que a Pensão MILITARobedece outra legislação.

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31. Férias não gozadas

Atentar para as observações contidas no DIEx nº 10-ASSE1/ASSE/SSEF – CIRCULAR, de 10Jan 18 e no DIEx nº 23-ASSE1/SSEF/SEF, de 26 Jan 18.

32. Auxílio-natalidade

Atentar para as observações contidas no DIEx nº 005-ASSE1/ASSE/SSEF, de 04 JAN 18.

33. Complemento de salário-mínimo - soldado EV Inativo

Atentar para as observações contidas no DIEx nº 009-ASSE1/ASSE/SSEF, de 09 JAN 18.

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VIII – ROL DOS RESPONSÁVEIS

Documento extraído do SIAFI e que integra a Prestação de Contas Anual (PCA) da Unidade,relacionando todos os servidores que exerceram função administrativa e os respectivos períodos.

Integram o Rol dos Responsáveis:

CODNATUREZA DE

RESPONSABILIDADE CARGO OU FUNÇÃO OBSERVAÇÃO

100.001 Ordenador de Despesas Comandante da Unidade Exceto, Cmdo RM/CmdoBda/Cmdo Militar de Área

103.001 Ordenador de Despesa porDelegação de Competência

Oficial Superior comprecedência hierárquica aos

demais Agt Adm da Unidade

Cmdo RM/Cmdo Bda/CmdoMilitar de Área

110.001Responsável pela

Conformidade de Registro deGestão

Encarregado daConformidade dos Registros

de Gestão-

132.001Dirigente Máximo da UJ que

Apresenta as Contas Oficial General Cmdo RM/Cmdo Bda

138.001 Responsável pelos Atos deGestão Financeira

Encarregado do SetorFinanceiro (Tesoureiro) -

306.001 Responsável pela Gestão doPatrimônio – Bens Móveis Fiscal Administrativo -

342.001 Gestor de Pessoal S1 - Encarregado do Setor dePessoal -

342.002Gestor de Pessoal -

Encarregado dos Direitos deInativos/Pensões

Chefe da Seção de Inativos ePensionistas

Quando o responsável pelo pagamentode inativos e pensionistas não for o

próprio Enc St Pes

Quando da Prestação Contas Anual (PCA), as UG vinculadas a está ICFEx deverãoobservar as orientações específicas sobre a impressão do Rol como se segue:

1) as unidades deverão providenciar o Rol de Responsáveis (160XXX e 167XXX) extraídodo SIAFI, por intermédio da transação >CONAGENTE, com todas as naturezas deresponsabilidade. O Rol de Responsáveis será assinado pelo Dirigente Máximo e peloEncarregado do Setor de Pessoal.

2) O campo para assinaturas destina-se:a) ao Dirigente Máximo da Unidade que apresenta as contas; e

b) ao Encarregado da Seção de Pessoal.

3) Ainda, quando da Prestação Contas Anual (PCA), observar as orientações específicas sobrea impressão do Rol como “relatório” e o prazo correspondente para remessa.

Os procedimentos para lançar os dados dos agentes (titular, substituto e interino) continuamsendo realizados por intermédio das transações “ATUAGENTE” E “CONAGENTE”.

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Sobre o assunto, transcreve-se o documento a seguir, com orientação da SFC/CGU:

(Transcrição Msg 1449104-SEF, de 8 DEZ 09)

DO SUBSECRETARIO DE ECONOMIA E FINANCASAOS SENHORES ORDENADORES DE DESPESASREF: MENSAGEM SIAFI 2009/1397678 – GSCON/SFC/CGU, DE 27 DE NOVEMBRODE 2009.1. INFORMO AOS ORDENADORES DE DESPESAS (OD) QUE DE ACORDO COM ODOCUMENTO DA REFERENCIA, NÃO HÁ NECESSIDADE DE LANCAMENTO NOROL DE RESPONSAVEIS, DOS PERIODOS DE AFASTAMENTO, FERIAS,LICENCAS, VIAGENS E OUTROS, RELACIONADOS AS ATIVIDADES DOSAGENTES DA ADMINISTRACAO DAS UNIDADES GESTORAS (UG)

2. AINDA, CONFORME ORIENTACAO DA COORDENACAO-GERAL DE CONTASDO GOVERNO – GSCON, AS UG DEVERAO MANTER ATUALIZADO APENAS OCADASTRO COM OS REGISTROS DOS AGENTES “TITULARES” E “SUBSTITUTO”COM AS RESPECTIVAS “NATUREZAS DE RESPONSABILIDADE” E “DATAS DENOMEACAO E DE EXONERACAO”.

3. DIANTE DO EXPOSTO, ESTA SECRETARIA INFORMA QUE O BOLETIMINTERNO (BI), PREVISTO NO ARTIGO 173 DO REGULAMENTO INTERNO E DOSSERVICOS GERAIS – R-1 (RISG), E O UNICO INSTRUMENTO DE CONTROLE DASALTERACOES OCORRIDAS COM O PESSOAL, NO QUE SE REFERE ASSITUACOES DE AFASTAMENTO DESCRITOS NO ITEM “1” DA PRESENTEMENSAGEM.

Quanto ao preenchimento do Rol dos Responsáveis na transação ATUCREDOR do SIAFI,atentar que o endereço residencial informado para cada agente da administração arrolado deve ser o“residencial”, ou seja, aquele do “domicílio do agente”, conforme Instrução Normativa-TCU nº 63, de1° de setembro de 2010.

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IX - PATRIMÔNIO

1. Considerações Gerais

As Visitas de Auditoria têm comprovado deficiências no controle do patrimônio (materialpermanente/consumo). A matemática é simples, ou seja, a entrada menos o consumo deve ser igual aoestoque físico existente. Entretanto, parece que isto não é o principal. Importante, além da“matemática”, é o EFETIVO CONTROLE do material.

Por isso, é imperioso que a OM SEMPRE tenha capacidade de responder, prontamente:

- quem pediu material?

- por quê? qual o motivo/destino/aplicação?

- se a quantidade é compatível para atender aquela demanda/solicitação?

- quem autorizou?

2. Controle

Para tanto, uma simples e elementar ferramenta de controle é o PEDIDO ESCRITURADO edevidamente autorizado pelo Fiscal Administrativo e/ou outros. A SEF há muito tempo vemmostrando a sua preocupação com o assunto, como se pode ver no teor da Msg SIAFI 2008/1284694-D Cont, de 06 nov 08:

DO: DIRETOR DE CONTABILIDADE AO: SRS CHEFES DE ICFEX

1. VERSA A PRESENTE MENSAGEM SOBRE PROCEDIMENTOS A SEREMADOTADOS PELAS UG VINCULADAS A ESSA ICFEX COM RELAÇÃO AOCONTROLE PATRIMONIAL.

2. VISANDO À PADRONIZAÇÃO E OTIMIZAÇÃO DO CONTROLE PATRIMONIALEXECUTADO PELAS DIVERSAS UG VINCULADAS A ESSA INSPETORIA,SOLICITO-VOS ORIENTÁ-LAS NO SENTIDO DE REGISTRAREM SUASMOVIMENTAÇÕES DE ESTOQUE (RMA E RMB) NO SISTEMA DE CONTROLEFÍSICO (SISCOFIS).

3. OS RELATÓRIOS GERADOS PELO SISCOFIS (RMA E RMB) DEVERÃO SERAPRECIADOS NA REUNIÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS MENSAL, NOSMOLDES DO QUE PRECONIZA O ART 15, DA PORT 009-SEF, DE 13 DEDEZEMBRO DE 1999; OCASIÃO EM QUE SERÃO COMPATIBILIZADOS COM OSRESPECTIVOS SALDOS CONTÁBEIS GERADOS PELO SIAFI.

4. OS RELATÓRIOS EM COMENTO, UMA VEZ APROVADOS PELO OD, SERÃOARQUIVADOS NA FISCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA, OU SEÇÃOEQUIVALENTE (SUPORTE DOCUMENTAL), CONFORME ITEM 4.18.2 DOROTEIRO PARA A EXECUÇÃO DA CONFORMIDADE DE SUPORTEDOCUMENTAL, E CONSTARÃO DE SEU VERSO AS OBSERVAÇÕES QUE SEFIZEREM NECESSÁRIAS.

5. É IMPERIOSO QUE OS OD DE SUAS UG DE VINCULAÇÃO ADOTEM ESTESPROCEDIMENTOS AINDA NO CORRENTE EXERCÍCIO FINANCEIRO.

BRASÍLIA, DF, 6 DE NOVEMBRO DE 2008.

GEN DIV MÁRCIO ROSENDO DE MELO DIRETOR DE CONTABILIDADE “

Onde se lê: O ART 15, DA PORT 009-SEF, DE 13 DE DEZEMBRO DE 1999.

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Leia-se: O ART 22, da Portaria nº 018-SEF, de 20 DEZ 13 - Normas para Prestação de Contasdos Recursos Utilizados pelas Unidades Gestoras do Exército Brasileiro (EB90-N-08.002), 2ª Edição,2013.

Assim, são destacados a seguir os procedimentos obrigatórios que auxiliam no controlepatrimonial:

- publicar em BI as entradas e saídas de material, para fins de registro no SISCOFIS;

- o Fiscal administrativo deve consolidar as movimentações referentes aos bens patrimoniais epublicá-las, semanalmente, obedecendo ao princípio da oportunidade;

- a UG deverá proceder, no mínimo uma vez por mês, à conciliação entre os registros dasmovimentações patrimoniais realizados no SIAFI com os registros realizados no SISCOFIS, o quefacilitará a verificação e a correção de possíveis divergências entre os saldos no mês em que elasefetivamente ocorrerem;

- além do registro imprescindível de todas as entradas e saídas de material no SISCOFIS, é deextrema importância que a UG realize, pelo menos ao final de cada exercício, por ocasião da Prestaçãode Contas Anual, o levantamento físico do seu estoque, apurando as divergências deste com os saldosregistrados no SISCOFIS e em seguida, comparando com os saldos da contabilidade. Esta é aoportunidade para a UG verificar eventuais falhas no sistema de controle, identificando-as e apurandoeventual irregularidades; e

- ainda, conforme determina o Art. 142 do RAE, na transmissão de responsabilidade por bensmóveis, (material permanente e/ou consumo) deverá ser realizada a conferência da escrituração e oexame quantitativo e qualitativo do material.

A Inspetoria, em suas visitas de auditoria, tem verificado que as Unidades Gestoras normalmentenão mantem em seus arquivos os registros que possibilitem identificar com clareza, as obras ouserviços que foram executados, bem como, os materiais de construção que foram empregados nosmesmos, gerando dificuldades na comprovação da execução das despesas. Esta Unidade ControleInterno sugere que os Ordenadores de Despesas mandem acrescentar aos arquivos documentais daUG, registros das obras ou serviços dessa natureza, tais como:

- Fotos de antes, durante e depois da realização da obra ou serviço, principalmente quando osmateriais empregados ficam internos (tubulações, ferragens, fiações estruturas, etc) ou quandoocorrem mudanças na estrutura anteriormente existente; e

- Controle de materiais empregados nas obras ou serviços, registrando em livro, ficha ou outrodocumento, os materiais e quantidades, bem como descrevendo o serviço realizado.

Para auxiliar o controle do material recomenda-se observar os Fluxogramas de Pedidoe Entrada de Material na UG, disponíveis no Anexo “C” da presente Nota InformativaEspecial e, também, na página da 5ª ICFEx, no link: h ttp://www.5icfex.eb.mil.br

3. Relatórios

Os relatórios gerados pelo SISCOFIS (RMA e RMB) devem ser apreciados na Reuniãode Prestação de Contas Mensal, nos moldes do que preconiza o item 3 do Anexo 10, da Portaria nº18 – SEF, de 20 DEZ 13 - Aprova as Normas para Prestação de Contas dos Recursos utilizados pelasUnidades Gestoras do Exercito Brasileiro (EB- 90-N-008,002), 2ª Edição-2013, e revoga a Port 012-SEF, de 27 dez 12, ocasião em que serão compatibilizados com os respectivos saldos contábeis

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gerados pelo SIAFI. Caso haja divergências, estas deverão constar no RPCM, com a devidaconciliação.

Uma vez aprovados pelo OD, os relatórios devem ser enviados para a Seção de Conformidadede Registro de Gestão (SCRG), para o conformador tomar as seguintes providências:

a. verificar a compatibilidade dos saldos:

1) caso esteja compatível, registrar a conformidade “sem restrição”;

2) caso não esteja compatível, mas conciliado no RPCM, registrar a conformidade “semrestrição”;

3) caso não esteja compatível, nem conciliado no RPCM, registrar a conformidade “comrestrição”, código “920-SALDO CONTABIL DO ALMOX. NAO CONFERE C/RMA” ou “921-SALDO CONTABIL BENS MOVEIS NAO CONFERE C/RMB”.

b. arquivados os relatórios, conforme inciso VII, do § 2°, da mesma Port 012-SEF, de 27 dez12 , e constarão de seu verso as observações que se fizerem necessárias.

4. Bens e Materiais em Trânsito

Não deve existir saldo nas contas de Bens Móveis e Materiais em Trânsito por mais de ummês, conforme letra “c”, do item 4.2.4, do Manual SIAFI 021003 - Manual de Análise dosDemonstrativos e Auditores Contábeis. Verificar o Capítulo “Aspectos Contábeis/Financeiros”.

5. Doações

Não aceitar doações de material da Receita Federal e/ou outro órgão, caso não seja utilizado,efetivamente pela OM, bem como não alienar (vender, permutar, etc). Importante atentar para o fatode que o recebimento de qualquer material, deve vir acompanhado de Guia, ou Termo de Doação, ou,ainda, no caso de material da Receita Federal, do ADM (Ato de Destinação de Mercadoria) para queo possa ser incluído ou relacionado no patrimônio da UG. Não esquecer que uma via do Termo deDoação deve ser arquivado na SCRG.

O B Info 03/2010 transcreveu as Portarias nº 445 - Cmt Ex, de 15 Ago 03 (Estabelece ascondições para a solicitação e recebimento, por cessão, de bens apreendidos, abandonados oudisponíveis, administrados pela Secretaria da Receita Federal) e Portaria nº 12 - D Log, de 1º Out 03(Aprovou as Normas para o Recebimento por Cessão e/ou Doação do Material da Gestão doDepartamento Logístico, por Organizações Militares do Exército).

Nos casos em que as doações envolvam recebimento de veículos observar as orientações daDiretoria de Material (Informativo nº 16, da D Mat, de DEZ 08) conforme o quadro transcrito abaixo:

PROBLEMA PARECER DA D MAT

- Pendências na justiça. - Não receber.

- Dívidas de IPVA com o DETRAN. - Não receber com dívida de exercício financeirofindo.

- Dívidas de multas com o DETRAN. - Não receber.

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- Problemas de Trnsf no DETRAN. - Não receber.

- Pintura em mau estado. - Pode ser recebido, mas com custos a cargo daOM recebedora.

- Necessidades em Mnt. - Não receber quando o custo da manutençãoultrapassar em 10% o valor atual do veículo.

- Veículos com mais de dez anos de uso e quenão fazem parte da cadeia de manutenção esuprimento do EB.

- Não receber. - Quando for conveniente o recebimento de veículo que contrarie as normas, em função, principalmente, da sua especialidade ou de seu grande porte, deverá ser remetido à D Mat o processo para estudo.- O processo deverá conter justificativas e pareceres técnicos que indiquem as vantagens para o EB no recebimento do veículo.

Ainda, sobre o tema, recomenda-se consultar o capítulo Diversos, onde é publicado documentoregulando procedimentos sobre doações e patrocínios recebidos pela UG. Cabe recordar que a Msg338268 - D Aud, de 28 Jun 01, publicada no B Info 06/2001, determina que a UG que receberdoações de bens, equipamentos materiais ou qualquer título, deverá providenciar o cadastramento dodoador no SIAFI antes da assinatura do “Termo de Doação”; a inscrição no SIAFI deverá ser realizadaatravés da transação “ ATUCREDOR” e deverá conter todos os dados da pessoa física ou jurídica queefetuar a doação.

6. Descarga

Conforme está previsto no Regulamento de Administração do Exército (RAE), no caso deinservibilidade de material, o mesmo poderá ser descarregado, sem a necessidade da confecção doTermo de Exame e Averiguação de Material (TEAM), quando o material preencher, simultaneamente,as três condições abaixo:

a) for de tempo de duração indeterminado ou tiver atingido o tempo mínimo de duraçãoprevisto;

b) for de valor atual inferior a 5 (cinco) MVR (Maior Valor de Referência); ou outro índiceque venha a substituí-lo; e

c) não for controlado.

É importante ressaltar que por meio do inciso III, do art. 3º, da Lei nº 8.177, de 01 Mar 91, foiextinto o MVR. Em substituição ao supracitado indexador da economia, a Administração Públicapassou a utilizar o equivalente a 0,25% (zero, vinte e cinco por cento) do valor previsto no inciso II,do art. 24, da Lei nº 8.666/93, conforme consta no Of. N° 062-A/2, de 8 Maio 07, da SEF, ou seja, oMVR passou a valer R$ 200,00 (duzentos reais).

Portanto o valor da letra b), acima mencionada pode ser considerado como o de R$ 1.000,00(um mil reais).

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7. Uniforme/Equipamento - Missão no Haiti

O DIEx nº 412-SGLFE/D Abst - CIRCULAR, de 23 jul 12, encaminhado às RM, orientasobre destinação patrimonial a ser dada a alguns itens fornecidos aos integrantes de Unidade de Forçade Paz, quando a Unidade for formada dentro da área de responsabilidade da Região Militar:

a. capacete balístico - uma vez entregue ao militar, e tendo este seguido destino para amissão, deve ser providenciada a transferência patrimonial, via SIAFI, para o Cmdo Ba Ap Log Ex(CODUG 160238). Ao final da missão o militar deixará o capacete no Haiti e o mesmo passará a serde responsabilidade da Base Ap Log Ex, a quem caberá repatriá-lo e manutení-lo, sendo que eventuaissobras resultantes (material novo), independente do motivo, devem ser recolhidas ao OP da RM emquestão e posteriormente encaminhados ao 1º D Sup;

b. uniformes em geral - uma vez entregue ao militar, e tendo este seguido destino para amissão, deve ser descarregado/desrelacionado. Nenhum item de uniforme será recolhido do militarquando do retorno da missão e eventuais sobras (material novo), independente do motivo, devem serrecolhidas ao OP da RM e contabilizados na próxima IAFEx;

c. equipamentos em geral - uma vez entregue ao militar, e tendo este seguido destino para amissão, deve ser providenciada a transferência patrimonial, via SIAFI, para o Cmdo Ba Ap Log Ex(CODUG 160238). Ao final da missão o militar deixará seus equipamentos no Haiti e os mesmospassarão a ser de responsabilidade da Base Ap Log Ex, a quem caberá repatriá-los e manutení-los,sendo que eventuais sobras resultantes (material novo), independente do motivo, devem ser recolhidasao OP da RM em questão e posteriormente mandados ao 1º D Sup; e

d. saco de campanha - uma vez entregue ao militar, e tendo este seguido destino para amissão, deve ser descarregado. O item será recolhido do militar quando do retorno da missão, eincluído na carga da Unidade de origem, do militar, como material de 2ª Classe (Qual o valor a serincluído no SISCOFIS/SIAFI **item 09 - material de uso duradouro**), sendo que eventuais sobrasresultantes (material novo), independente do motivo, devem ser recolhidas ao OP da RM em questão.

8. Inventários

Por ocasião da Prestação de Contas Anual a UG deve remeter a Setorial Contábil de Vinculação,devidamente assinado pelo Ordenador de Despesa e pelo Fiscal Administrativo, o inventário extraídodo SISCOFIS em 31 de dezembro, das contas contábeis abaixo:

a. 12.311.XX.YY - Bens Móveis (material permanente), acompanhado do RMB; eb. 11.5XX.YY.KK - Estoques (material de distribuição, material de consumo, material para

venda ou revenda e para doação), acompanhado do RMA;

Na remessa dos inventários deve ser observado o seguinte:

a. os valores constantes do inventário deverão estar conciliados com os valores constantes doRMA, RMB e SIAFI;

b. as quantidades e os bens constantes do inventário, RMA e RMB, deverão retratar fielmentea realidade patrimonial da UG (estoque físico);

c. a UG deverá, junto com o inventário, remeter um documento em separado chamado"NOTA EXPLICATIVA", onde a(s) divergência(s) sfc, deverá(ão) ser devidamente esclarecida(s) oujustificada(s);

d. quando não houver divergência(s) nas informações acima mencionadas, as notasexplicativas deverão ser remetidas com a observação "sem alteração";

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e. após as informações das divergências, ou do termo "sem alteração", constantes dodocumento "nota explicativa", deverá constar a seguinte expressão "as informações constantesdeste documento e do inventário retratam a realidade patrimonial desta UG"; e

f. o inventário e o documento "Nota Explicativa" deverão estar com o nome do Ordenador deDespesas e do Fiscal Administrativo.

9. Uso Duradouro

Sobre o assunto, destaca-se o seguinte ofício que deve ser seguido pelas UG:

- (Transcrição do Of n° 15 –Dir/D Cont/SEF, de 01 Ago 07)

Do Subsecretário de Economia e FinançasAo Sr Chefe da 7ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do ExércitoAssunto: registro contábil de material classe II.Referência: Ofício n° 015-S/1-7ª ICFEx, de 09 de julho de 2007.

1. Versa o presente expediente sobre procedimento para registro contábil dematerial classe II – Material de Intendência, após ter sido distribuído doalmoxarifado para as subunidades e/ou frações das organizações militares.

2. Sobre o assunto, e tomando por base consulta formulada por essa ICFEx,informo-vos que esta Secretaria entende que o registro contábil de materiaisClasse II, deve, após ter sido distribuído do almoxarifado para as subunidadese/ou frações, receber o seguinte tratamento.

a. Aspectos relevantes a considerar:

1) Portaria n° 09 – D Log, 27 de junho de 2002 – Aprova as NormasAdministrativas Relativas ao Suprimento (NARSUP) e dispõe no seu Art 8°que, são conceituações genéricas:

a) XXXII – Material de Consumo – é todo item, peça, artigo ougênero alimentício que se destina à aplicação, transformação, utilização ouemprego imediato e que, quando utilizado, perde suas característicasindividuais e isoladas, quando suas características próprias têm permanênciasuperior a 2 (dois) anos, chama-se material de consumo de duração elevado(grifo nosso); e

b) XXXV – Material de 2ª classe - é o material já usado,podendo ser reutilizado, após revisado e reparado, se for o caso; (grifonosso).”

2) Portaria nº 017 – EME , de 08 de março de 2007

3) Portaria nº 030­SEF, de 09 de novembro de 2009, revogou aPortaria nº 012­SEF, de 13 de dezembro de 1990, e a Portaria nº 002­SEF,de   17   de   fevereiro   de   1998,   que   dispõem   sobre   as   Normas   para   aRealização de Registros Contábeis no Ministério do Exército.

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4) Norma de Execução n° 4 – C Cont/STN, de 31 de outubro de1997.

“Com relação às despesas “com material de consumo de usoduradouro”, ou seja, aquele que apesar de normalmente considerado comomaterial de consumo, necessita ser controlado com material permanentedevido a sua maior durabilidade, quantidade utilizada ou valor monetáriorelevante, seu registro deverá ser efetuado através de evento especifico (grifonosso).”

5) Portaria n° 023-DGS, de 31 de agosto 1999 – Aprova asInstruções Reguladoras para a Distribuição de Fardamento (IR 70-04)

“Art. 5°. As peças de fardamento e de roupa de cama e de banhodevem ser escrituradas como patrimônio da OM nas Fichas Geral deMovimento de Material de Consumo e nas Fichas de Estoque de Material deConsumo no almoxarifado e, mesmo após distribuído, devem permanecerrelacionadas como material de 2ª classe, nas Fichas Geral de Movimento deMaterial de Consumo na subunidade, como responsabilidade pessoal de seususuários (grifo nosso).

Art. 6°. Qualquer peça de fardamento ou de cama e de banho quese tornar inservível, independente do tempo previsto de duração, após serexaminada e constatada a sua inservibilidade, será excluída do patrimônio oudesrelacionada, mediante publicação em Boletim Interno (BI), e deduzidados respectivos fichários (grifo nosso).”

b. Orientações a serem seguidas:

1) o material de uso duradouro recebido dos órgãos provedores seráregistrado, na UG, nas Contas Contábeis 11.318.01.00 – Material deConsumo e 62.212.00.00 – Bens de Estoque;

2) enquanto o material permanecer no almoxarifado da UG, ficamantido o registro na Conta Contábil 11.318.01.00;

3) após a movimentação do material do almoxarifado para a subunidadedependência, deverá ser gerada uma Nota de Lançamento – NL com o evento540465 – Apropriação da Saída de Material de Almoxarifado (11.318.01.00),e consequente entrada na conta Material de uso Duradouro (14.212.87.00),quando da requisição ao almoxarifado;

4) após constatada a inservibilidade do material e o fato administrativoter sido publicado em BI, emitir nova NL com o evento 540440 –Transferência de Bens Móveis para o Estoque Interno e 540127 – registro doDesfazimento de Bens Móveis (outras formas e alienação), obrigatoriamente,passando pela conta contábil 14.212.92.03 – Bens Móveis a reparar ou emprocesso de descarga; e

5) o material adquirido e classificado como de consumo deverá dar saídado OP; caberá à UG providenciar a entrada, recebimento a apropriação domaterial e sua consequente reclassificação.

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3. Em consequência, solicito a essa ICFEx transmitir às suas UG vinculadas asorientações acima, para fins de estrito cumprimento.

Gen Div SEBASTIÃO PEÇANHASubsecretário de Economia e Finanças.”

Comentários:

Onde se lê 540440, leia-se IMB051.

Onde se lê 540127, leia-se IMB026.

a. Aspectos relevantes a considerar:

2) … Conta Contábil 14.212.87.00.leia-se:

2) … Conta Contábil 12.311.99.10.Onde se lê:

b. Orientações a serem seguidas:

1) o material de uso duradouro recebido dos órgãos provedores será registrado, na UG, nas ContasContábeis 11.318.01.00 – Material de Consumo e 62.212.00.00 – Bens de Estoque;

2) enquanto o material permanecer no almoxarifado da UG, fica mantido o registro na Conta Contábil11.318.01.00;

leia-se:

1) o material de uso duradouro recebido dos órgãos provedores será registrado, na UG, na ContaContábil 11.561.01.00 – Material de Consumo;

2) enquanto o material permanecer no almoxarifado da UG, fica mantido o registro na Conta Contábil11.561.01.00;

(….)

Em relação ao número 3 do item “b. Orientações a serem seguidas:” , as contas “11.318.01.00” e“14.212.87.00” passaram a integrar o novo Plano de Contas como sendo “11.561.01.00 – material deconsumo” e “12.311.99.10 – material de uso duradouro”, respectivamente. Os procedimentos para transferência da conta “material de consumo” para a conta “material de usoduradouro” passaram a ser efetuados dentro do SIAFI WEB, por meio de “Documento Hábil (DH)”do tipo “PA”.

Em relação ao número 4 do item “b. Orientações a serem seguidas:” , os procedimentos devem serefetuados no SIAFI WEB, por meio de “Documento Hábil (DH)” do tipo “PA” conforme se segue:

Aba Outros Lançamentos

Situação: IMB051

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Nome da Situação: Reclassificação de bens móveis para bens móveis em almoxarifado c/c007

Subitem da Despesa: 87 Bens Móveis em Almoxarifado: 1.2.3.1.1.08.05 Bens Móveis: 1.2.3.1.1.99.10

Situação: IMB026 Nome da Situação: Baixa de bens móveis - c/c 007 Subitem da Despesa: 87

Conta de Bens Móveis: 1.2.3.1.1.08.05

Obs: Caso exista depreciação no bem a ser baixado, seguir as orientações contidas na Cartilhade Depreciação da D Cont.

10. Bens não Localizados

Em conformidade com a Macrofunção 02.03.35 - REAVALIAÇÃO E REDUÇÃO AOVALOR RECUPERÁVEL, foi elaborada a MSG SIAFI 2016/1268941, de 16 Ago 16 e MSG SIAFI2016/1276125, de 17 Ago 16, versando sobre os procedimentos a serem adotados pelas UG casoverifiquem que apresentam Bens não Localizados e Materiais não Localizados.

11. Baixa de Depreciação

A depreciação e a amortização devem ser reconhecidas até que o valor líquido contábil do ativoseja igual ao valor residual ou quando o ativo é desativado por baixa de qualquer natureza.

Os procedimentos podem ser observados nas Cartilhas elaboradas pela D Cont, disponíveis emIntranet: <http://intranet.dcont.eb.mil.br/>, e tem por base o Manual SIAFI Web - Macrofunções02.03.30 (Depreciação, Amortização e Exaustão).

Afim de padronização, seguem os passos a serem executados, conforme a legislação vigente,devendo os lançamentos serem efetuados no SIAFI WEB, Documento Hábil “PA”, aba “outroslançamentos”.

1) Documento “PA” – Geral (para todos os casos de baixa de depreciação)

1º) “IMB051” - RECLASSIFICAÇÃO DE BENS MÓVEIS PARA BENS EMALMOXARIFIADO C/C 007.

- Subitem da despesa – subitem do material a ser baixado- Bens Móveis em Almoxarifado - 1231108XX, para transferência usar 01 e descarga 05- Bens Móveis – 12311XXXX – usar a conta contábil que se encontra o material.- Valor: Valor histórico do Bem (o mesmo constante no B Adm).

2º) “IMB159” - RECLASSIFICAÇÃO DE C/C DE DEPRECIACAO ACUMULADA DEBENS MÓVEIS.

- Novo Bem Móvel: 1231108XX, para transferência usar 01 e descarga 05.- Bem Móvel Baixado – 12311XXXX – usar a conta corrente que se encontra o material.- Valor: Valor da Baixa da Depreciação

2) Documento “PA” – Caso de Transferência de Material (Antes de executar os passos aseguir, realizar as ações previstas no item 1).

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1º) Na Aba - “Dados Básicos” preencher o campo “Código do Credor” com o código da UG emcaso de transferência do material.

2º) Na Aba “Outros Lançamentos” - incluir a Situação “IMB038” - TRANSFERÊNCIA DEBENS DO IMOBILIZADO PARA OUTRA UG.

- Normal/Estorno: Normal- Subitem da despesa – subitem do material a ser transferido- Bens Móveis em Almoxarifado - 1231108XX, para transferência usar 01- Valor: Valor Líquido Contábil

3º) “IMB012” - APURAÇÃO DO VALOR CONTÁBIL LÍQUIDO DE BENS MÓVEIS PELABAIXA DA DEPRECIAÇÃO .

- Subitem da despesa – subitem do material a ser transferido- Bens Móveis em Almoxarifado - 1231108XX, para transferência usar 01- Valor: Valor da Baixa da Depreciação

3) Documento “PA” – Caso de Baixa de Material (Antes de executar os passos a seguir,realizar as ações previstas no item 1).

1º) Na Aba “Outros Lançamentos” - incluir a Situação “IMB026” - BAIXA DE BENS MÓVEIS– C/C 007.

- Subitem da despesa – subitem do material a ser baixado- Conta de Bens Móveis - 1231108XX, para baixa usar 05- Valor: Valor Líquido Contábil

2º) “IMB012” - APURAÇÃO DO VALOR CONTÁBIL LÍQUIDO DE BENS MÓVEIS PELABAIXA DA DEPRECIAÇÃO .

- Subitem da despesa – subitem do material a ser baixado- Bens Móveis em Almoxarifado - 1231108XX, para baixa usar 05- Valor: Valor da Baixa da Depreciação

12. Combustíveis

12.1 UG Coordenadora (OC)

A UG Coordenadora (OC) transfere o saldo, a ser entregue na UG Tanque (OT), deAdiantamento a Fornecedores para a OT, de acordo com o planejamento, devendo utilizar odocumento PA com a situação CRD302 (Transferência de UG de Adiantamento a Fornecedores),informado no campo Observação o nº do contrato, tipo do combustível, volume, valor por litro, o nºde protocolo de saque emitido pelo Portal da Petrobras e o DIEx que informou a OT da transferênciado combustível.

12.2 OM Tanque (OT)

A OT transfere o saldo de Adiantamento a Fornecedores para Estoque Interno ou a Distribuir,conforme esta ter ou não OM sob sua responsabilidade para abastecimento, quando receber ocombustível pela distribuidora tendo como documento de origem a Nota de Simples Remessa emitidapela distribuidora, o PA de transferência do OC e o documento que o OC informou à OT

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Quando houver o abastecimento pela UG Consumidora, a OM Tanque deve transferir,quinzenalmente, o saldo de Estoque para a UG Consumidora do Combustível devendo utilizar odocumento PA com a situação ETQ010 (Transferência de Estoques entre UG - UG que transfere).

No campo Observação do PA deve ser informado o nº da Guia de remessa, o tipo decombustível, o valor unitário, a quantidade e o período compreendido e ainda deverá ser remetidopara a OM abastecida as autorizações de abastecimento e/ou relação com a Vtr, motorista, EB/Placa,data, quantidade e tipo de combustível.

12.3 OM Consumidora (Abastecida)

A UG Consumidora confirma o recebimento por transferência de estoque de combustível, de acordo com a documentação específica de transferência. No SIAFI deve confirmar o recebimento, obrigatoriamente, através do documento PA com a situação ETQ011 (Confirmação do Recebimento).

No SIAFI deve - se utilizar o documento PA com a situação ETQ001 (Baixa de Estoque de Almoxarifado por Consumo), devendo ser registrada a entrada do combustível no SISCOFIS e no momento da sua baixa deve ser informado o centro de custo apropriado. Não deve ser utilizado no SISCOFIS o centro de custo “999”.

13. Bens Imóveis

13.1 Escrituração e Acompanhamento de Bens Imóveis

A Macrofunção 02.11.07 – IMÓVEIS DE PROPRIEDADE DA UNIÃO apresenta osprocedimentos a serem adotados, relacionados com o cadastramento, a avaliação e registro no SIAFIdos imóveis de propriedade da União entre outros.

Enquanto a obra estiver sendo executada, deve ser classificada como “Bens imóveis emandamento”, assim definida pela Parte II-PCP, do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público(MCASP):

Bens imóveis em andamento: compreende os valores de bens imóveis em andamento,ainda não concluídos. Exemplos: obras em andamento, estudos e projetos (queenglobem limpeza do terreno, serviços topográficos etc), benfeitoria em propriedade deterceiros, dentre outros.

As contas mais utilizadas que contemplam os “Bens imóveis em andamento” são as seguintes:

12321.06.05 – Estudos e Projetos; e

12321.06.01 – Obras em Andamento;

14211.96.00 – Almoxarifado de Obras.

Estas contas exigem contas-correntes, que correspondam à Inscrição Genérica, cujo objetivo éa individualização de cada obra.

Os procedimentos para cadastramento da Inscrição Genérica são os seguintes:

1) através da transação >ATUGENER implantar a Inscrição Genérica IM, da seguinte forma:

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2) após a abertura da tela específica, no vídeo do SIAFI, digitar no campo intitulado "TIPO" asigla IM (Individualização de Imóveis);

3) no campo intitulado "CÓDIGO" transcrever nos dois primeiros dígitos o código numéricocorrespondente à Região Militar (01 a 12), no caso da 5ª RM, utilizar “05”; nos dois dígitos seguintes(3º e 4º) transcrever uma das siglas seguintes: OC, OM, RC ou RI; os três dígitos finais estãoreservados para o número individualizado do Imóvel em construção ou construído (numeraçãosequencial); a numeração sequencial pode ser consultada por meio da transação >CONGENER, doSIAFI.

4) no campo intitulado "TÍTULO" especificar de forma reduzida o nome da obra a serconstruída; e

5) no campo intitulado "DESCRIÇÃO", informar obrigatoriamente de forma detalhada, asespecificações da obra, área etc, ou seja tudo que possa esclarecer questionamentos dos ControlesInterno e Externo, inclusive o número do Convênio, quando for o caso.

Significado das Siglas:

O significado das siglas a serem transcritas no 3º e 4º dígitos do campo "CÓDIGO" são asseguintes:

OC = "Obras de Cooperação", onde estarão inseridas todas as obras decorrentes de recursosorçamentários recebidos de outros órgãos, por meio de convênios, quando o concedente dos recursos éintegrante do SIAFI (Destaques);

OM = "Obras Militares", onde estarão inseridas todas as obras decorrentes de recursosorçamentários do MEx gerenciados ou não pela DOM;

RC = Obras decorrentes de "Recursos de Convênios", onde o concedente não seja integrantedo SIAFI (Estados, Municípios, etc), ou seja, quando a SEF descentraliza o crédito e o concedenterepassa o numerário; e

RI = Obras Executadas com "Recursos Internos" provisionados pelo Fundo do Exército, osquais se subdividem em 03 (três) tipos:

a - Recursos financeiros captados pelas UG, necessitando apenas de crédito sem sub-repasse;

b - Recursos gerenciados pelo DEC; e

c - Recursos autorizados pelo Sr Comandante do Exército.

Para essas três situações específicas (dentro da sigla RI) são determinadas as seguintessequências de numeração na inscrição/conta-corrente IM:

- numeração (centena) iniciada com os dígitos 1,3,5, ou 7, para obras autorizados pelo SrComandante do Exército. Exemplo: Obras determinadas pelo Sr Comandante em UG sediada na 5ªRM: IM 05RI1XX (ou 3XX; 5XX; 7XX);

- numeração (centena) iniciada com os dígitos 2,4,6 ou 8, para obras com recursos financeiroscaptados pela própria UG (necessidade apenas de crédito sem sub-repasse). Exemplo: Obra comrecursos próprios da UG sediada na 5ª Região Militar: IM05RI2XX (ou 4XX; 6XX; 8XX);

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- numeração (centena) iniciada com o número 9, para obras gerenciadas pelo DEC comrecursos da UG Secundária. Exemplo: Obra com essa especificação em UG jurisdicionada a 7ª RegiãoMilitar: IM07RI9XX;

- numeração (centena) iniciada com o número 0XX (de 001 à 099), dentro da sigla RI, seconstituirá como "Reserva" do Fundo do Exército, a qual só será utilizada com autorização da SEF.

Obs.1: Para as outras siglas (OC, OM e RC) poderá ser utilizada qualquer numeração noformato centena XXX, sequencial por obra construída ou em construção, consultada a transação>CONGENER, do SIAFI.

Obs.2: Não se deve utilizar “999”.

A liquidação das despesas relativas às obras em andamento devem ser realizadas após aconclusão de cada etapa, conforme contrato, por intermédio do SICON/CRONOGRAMA, ou por meiodo CPR, do Novo SIAFI, observando a Inscrição Genérica de cada obra.

Após a conclusão da obra referente a bens de uso especial, o saldo deve ser transferido àRegião Militar responsável pelos bens imóveis, por meio do SIAFI WEB, com Documento Hábil(DH) do tipo “PA”, conforme a seguir:

Aba Outros Lançamentos

Situação: IMB048Nome da Situação: Transferência de bens imoveis pelo termino de construções, reformas -c/c008Código de Individualização do Imóvel: lançar o código que foi criado no “ATUGENER” para oimóvel em questão, constante na conta contábil 12.321.06.05 ou 12.321.06.01, conforme o caso Bens Imóveis Transferido: 12.321.06.05 ou 12.321.06.01, conforme o caso

Essa situação ocasionará saldo na conta contábil 12.321.99.05 - BENS IMOVEIS ACLASSIFICAR/ A REGISTRAR da Região Militar, a qual deverá realizar o seguinte procedimentopara regularização: Situação: IMB027Nome da Situação: Baixa de bens imóveis – C/C 008

Código de Individualização do Imóvel: lançar o código para o imóvel em questão, constante naconta contábil 12.321.99.05

Bens Imóveis : 12.321.99.05

A fim de realizar as contabilizações supramencionadas, é importante que as UG, SRO/CRO eRegiões Militares realizem as providências previstas nas Normas de Administração de ObrasMilitares (NAOM), particularmente as previstas no Art. 39:

“Art. 39. O Termo de Exame, Recebimento e Entrega de Obra (TEREO) é o documentoque transfere a benfeitoria da responsabilidade da CRO / SRO para a OM, bem comopossibilita a atualização patrimonial do imóvel da União.

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§ 1o O TEREO deverá ser elaborado em 4 ( quatro ) vias: 1 ( uma ) para a DOM; 1(uma) para o Serviço de Patrimônio da Região Militar; 1 ( uma ) para a CRO / SRO; e1 ( uma ) para a OM usuária. § 2o A Comissão entregará o TEREO à CRO / SRO, que providenciará a remessa dasvias aos seus destinos. § 3o O TEREO deverá ser elaborado até 15 ( quinze ) dias após o RecebimentoProvisório, visando a possibilitar a execução das correções, pela empresa executora,dos problemas surgidos devido ao uso, antes do Recebimento Definitivo da obra pelocontratante. Art. 39 O Termo de Exame, Bens imóveis em andamento: compreende os valores debens imóveis em andamento, ainda não concluídos. Exemplos: obras em andamento,estudos e projetos (que englobem limpeza do terreno, serviços topográficos etc),benfeitoria em propriedade de terceiros, dentre outros.” (Grifo nosso)

É importante ressaltar que as obras realizadas nos bens da unidade por meio das ND 449051,449030, 449039, ou 4490XX, referem-se à categoria econômica 4-despesa de capital e, portantocausam um acréscimo patrimonial. Este fato faz com que o OD e seus agentes da administraçãotenham a necessidade de realizar uma criteriosa seleção das Naturezas de Despesas a serem utilizadas,para que não sejam feitas despesas de capital em obras ou serviços de engenharia que não irãoocasionar aumento patrimonial.

Caso a obra seja Bens de Uso Comum (estradas, ruas, praças, etc.), não cabe registro deacréscimo patrimonial, devendo ser baixada com o evento 54.0.477.

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X - ASPECTOS DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIO-FINANCEIRA

No capítulo Introdução, foi dito que a administração da UG deve seguir os princípiosencartados no texto constitucional, bem como outros correlatos, independente de estarem explícitos nalegislação esparsa que envolve a Administração.

Neste cenário, torna-se imperioso apresentar algumas recomendações que reforçam anecessidade de conhecer e, principalmente, aplicar os citados princípios:

1.1. C ontrole da Execução Orçamentária - Aplicação de Recursos Públicos - Finalidade -Orientações do Comandante do Exército - recomendação18 na aplicação dos recursos públicos:

2. Informo a V Exa que, no cumprimento das suas atribuições regimentais decontrole interno, esta Secretaria tem constatado a ocorrência de possíveisimpropriedades ou mesmo despesas que, embora regulares, aparentam estardistantes da finalidade dos recursos recebidos, mormente aquelas relativas adestaques e convênios, ocasionando questionamentos, seja por parte de órgãosexternos (TCU e Ministério Público, por exemplo), seja pela mídia.

3. Em consequência, o Sr Comandante do Exército recomendou-me sejam repassadasas seguintes orientações especiais acerca do assunto:

a. quando do recebimento dos recursos, antes de efetuar a licitação (quando for ocaso) ou emissão de qualquer empenho, deverão os responsáveis da administraçãoestudar atentamente:

- a finalidade do recurso concedido;

- a descrição do projeto/atividade; e

- as despesas enquadradas nas ND específicas.

b. durante todo o processo de execução da despesa, empenho por empenho, primarpelo bom senso, exercendo a análise crítica sobre cada ato administrativo praticado.

Diante dessas recomendações, é pertinente diferenciar o significado de Desvio de Objeto e deFinalidade, visto que tal prática não é tão incomum quando da aplicação de recursos, em particular,daqueles transferidos por outros órgãos/entidades para execução descentralizada de ações de Governo.Para tanto, são apresentadas as lições extraídas do TCU19:

Pode-se entender como desvio de objeto aquela alteração e não descaracterizaa natureza do objeto, mas o altera sem a autorização do concedente, o querevela irregularidade na gestão do convênio.

Segundo o TCU : “Também se deve mencionar que a jurisprudência destaCorte de Contas distingue o desvio de finalidade do desvio de objeto emconvênios, considerando como falha formal a aplicação de recursos dentro damesma finalidade do convênio e em prol do interesse público, embora fora doobjeto estrito do convênio.” Acórdão nº 1313/2009 – Plenário (TC002.856/2006-8), publicado na Ata nº 24/2009 – Plenário, Ministro MarcosVilaça.

O desvio de finalidade consiste em destinação de recursos oriundos deconvênios para objeto diverso do que fora ajustado. Ainda que em situação

18 Of nº 009 a 026 - Gab Sect - SEF, de 30 jun 08, publicado no B Info 06/2008, destacando cuidados na aplicação dosrecursos públicos.19 Manual de Análise e Instrução de Tomada de Contas Especial - TCE do Tribunal de Contas da União – TCU ,disponível em http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/comunidades/contas/tce

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emergencial, é defeso aplicar esses recursos em finalidade diversa da qualtenha sido definido o objeto.

Para se exemplificar, consiste em desvio de finalidade a aplicação dos recursosrecebidos para construir uma escola na construção de uma ponte. O desvio definalidade pode ser verificado toda vez que a aplicação dos recursos envolvaórgãos concedentes diversos. Nesse exemplo, pode-se entender que o Ministérioda Educação não teria interesse em construir uma ponte, caso este fosse oobjeto discriminado no plano de trabalho submetido para aprovação por partedo concedente, motivo por que, para esse objetivo, provavelmente seriaconcedente a União, por intermédio do Ministério das Cidades, e não peloMinistério da Educação.

O desvio de finalidade pode ensejar o chamamento aos autos do órgão ouentidade convenente, a fim de restituir os valores incorporados ao seupatrimônio.

Nesse sentido, ver Acórdão nº 788/2009 - Plenário (TC 015.307/2001-2),publicado in DOU de 27.4.2009. Relator Ministro Marcos Bemquerer Costa.Ver Acórdão nº 88/2009 – 2ª Câmara (TC 002.762/2008-6), publicado inDOU de 30.1.2009. Relator Ministro Aroldo Cedraz.

Assim, reforça-se o cuidado que o administrador deve observar quando da aplicação derecursos, em especial, aqueles decorrentes de convênios e/ou destaques, ou seja, quando determinadaUG, por intermédio do MD/Comando do Exército, recebe crédito/recursos para execução deProgramas/Finalidades específicas, como por exemplo: construção, reforma, manutenção de rodoviasou ferrovias, apoio a situações emergenciais, calamidades pública, operações de garantia da Lei e daOrdem, entre outras.

Nesse sentido, transcreve-se a seguir recomendação do TCU, com destaque nosso:

Ementa: determinação ao Ministério da Defesa (MD) para que oriente as UnidadesGestoras (UG’s) vinculadas à execução dos 5º Jogos Mundiais Militares a: a)efetuarem, imediatamente após o recebimento dos bens adquiridos, o devido registrode incorporação patrimonial; b) absterem-se de realizar despesas fora da finalidadedelineadas para o Projeto ou Atividade específica, no âmbito dos V JogosMundiais Militares; c) especificamente em relação à Comissão do Exército Brasileiroem Washington (UG 160094), apresentar descrição clara do objeto para conferirmaior transparência às notas de empenhos emitidas na importação de produtosdestinados aos V Jogos Mundiais Militares (itens 9.1.1.1 a 9.1.1.3, TC-029.738/2010-5, Acórdão nº 1.443/2011-Plenário). DOU de 03.06.2011, S. 1, p. 116.

1.2. Aplicação de Recursos Públicos - Legalidade - Eficiência e Economicidade - já foialertado neste documento sobre a obediência aos princípios informadores da Administração Pública20.O Comando do Exército, como não poderia ser diferente, demonstra a crescente preocupação evigilância dos órgãos de Controle Interno e Externo na Gestão dos Recursos Públicos.

Assim, não basta aplicar os recursos sob o manto da legalidade em sentido estrito. É precisoobedecer a outros princípios correlatos, como os princípios da razoabilidade, proporcionalidade,eficiência e economicidade.

20 Consultar capítulo Introdução

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Nos próximos itens estão transcritas do Manual “Orientações aos Agentes da Administração– 2017”, da Diretoria de Gestão Orçamentária, algumas recomendações para cada tipo de despesa(água, energia elétrica e telefonia, correios e internet) com a finalidade de cumprir os princípios daeficiência e economicidade:

1.3. Faturas de Energia Elétrica - Contrato de Fornecimento

a. A UG deverá realizar o acompanhamento diário do consumo de energiaelétrica para que possa agir prontamente em casos de elevação súbita doconsumo, estabelecendo os procedimentos a serem adotados;

b. Verificar qual o tipo de contrato existente entre a OM e a concessionária.Se a entrada de energia da Unidade for de baixa tensão, o contrato maisadequado é o convencional. Se for de média ou alta tensão, o maisadequado é o horo-sazonal verde. É importante buscar o assessoramento,tanto da concessionária quanto da SRO/CRO da RM de vinculação, para aadoção do melhor contrato;

c. Informar prontamente à DGO, quando algum fato causar um aumentoextraordinário no consumo de energia, principalmente o relacionado com aenergia reativa e que venha a impactar a expectativa de crédito planejada;

d. Fazer constar do campo observação das NS o mês de referência, a data deemissão e de vencimento da fatura;

e. Classificar, nos seguintes subitens de despesa, o pagamento de multa oujuros, quando houver, justificando os motivos no Relatóriode Prestação de Contas Mensal:

- multa - 3. 3. 90. 39. 36 - juros - 3. 3. 90. 39. 37

f. Não empregar os recursos da Ação 2000 para o pagamento de despesascom a energia elétrica de PNR, Clube e Hotel de Trânsito;

g. O crédito para o empenho da despesa relativa à Contribuição para oCusteio da Iluminação Pública também está inserido neste PII3DAFUNCONC; e

h. Extrair no sítio da concessionária a cópia da fatura, a fim de evitar atrasosna liquidação por atraso no envio do documento ou por extravio, quegeram multas e juros.

1.4. Faturas de Água e Esgoto - Contrato de Fornecimento

a. Controlar diariamente o consumo, permitindo a pronta atuação em caso desua elevação súbita, fato que poderá ser constatado na análise dos valoresmensais das faturas;

b. Realizar inspeções periódicas nas instalações hidráulicas, com o intuito deverificar vazamentos;

c. Obter, por intermédio da RM, o apoio da CRO/SRO para melhor utilizaresse serviço;

d. Verificar a possibilidade de construir ou reativar poço artesiano,informando imediatamente à DGO (160073), quando o mesmo estiverem funcionamento;

e. Contatar a concessionária de serviço público, no sentido de obter assessoriatécnica na busca da redução do consumo;

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f. Informar prontamente à DGO quando algum fato causar um aumentoextraordinário de consumo de água na UG e que venha a impactar aexpectativa de crédito planejada;

g. Fazer constar do campo observação das NS o mês de referência, a data deemissão e de vencimento da fatura;

h. Extrair no sítio da concessionária a cópia da fatura, a fim de evitar atrasosna liquidação por atraso no envio do documento ou por extravio, que geram multas e juros;

i. Classificar, nos seguintes subitens de despesa, o pagamento de multa oujuros, quando houver, justificando os motivos no Relatório de Prestação deContas Mensal:

- multa - 3. 3. 90. 39. 36 - juros - 3. 3. 90. 39. 37

j. Não empregar recursos da Ação 2000 para o pagamento de despesas com aágua/esgoto de PNR, Clube ou Hotel de Trânsito; e

k. Poços artesianos: quando ocorrer uma necessidade de recursos para atenderàs despesas de emergência com os equipamentos instalados em poçosartesianos e/ou estações de tratamento de água, o OD deverá informarIMEDIATAMENTE à DGO (UG 160073).

1.5. Faturas de Telefonia Fixa, Móvel e Satelital - Contrato de Fornecimento

a. Utilizar prioritariamente a RITEx;

b. Restringir as ligações interurbanas ao mínimo indispensável; c. Obter, junto à companhia telefônica local, a instalação de telefones públicos

no interior do aquartelamento; d. Restringir o número de linhas telefônicas que realizam ligações externas;e. Utilizar os horários estabelecidos pelas concessionárias como promocionais,

ou seja, que ofereçam desconto, evitando ao máximo os horários em que astarifas são sobretaxadas. Exemplo: das 09 às 12 e das 14h às 18h, o custode uma ligação interurbana é o dobro do preço normal;

f. Identificar nas faturas, as ligações interurbanas particulares realizadas epublicá-las em boletim Interno da UG, juntamente com a relação nominale os valores correspondentes a serem indenizados, bem como a ordem paraos usuários efetuarem os recolhimentos devidos ao setor financeiro;

g. Classificar, nos seguintes subitens de despesa, o pagamento de multa oujuros, quando houver, justificando os motivos no relatóriodo OD:

- multa - 3. 3. 90. 39. 36 - juros - 3. 3. 90. 39. 37

h. Quando a OM/UG receber aparelho celular e desejar habilitá-lo, solicitar àDGO autorização para tal, uma vez que poderá não haver créditodisponível para essa despesa;

i. Verificar a possibilidade da contratação da Internet Banda Larga, com afinalidade de reduzir os gastos com a telefonia fixa;

j. Fazer constar do campo observação das NS o mês de referência, a data deemissão e de vencimento da fatura;

k. Fazer constar no campo observação da ordem bancária os números e datasdas faturas correspondentes. Não fazer pagamentos parciais;

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l. Não utilizar contrato coletivo de telefonia, com CNPJ da OM, para usoparticular das linhas telefônicas;

m. Extrair no sítio da concessionária a cópia da fatura, a fim de evitar atrasosna liquidação por atraso no envio do documento ou por extravio, quegeram multas e juros; e

n. A falta de liquidação da despesa poderá ocasionar o bloqueio dasdescentralizações de crédito.

1.6 Solicitação de alteração de expectativa de crédito ou crédito suplementar paraconcessionárias

A DGO, com base nas informações prestadas pela UG/OM para as solicitações dealteração de expectativa de créditos e/ou suplementação de crédito, irá confrontá-las com os relatóriosextraídos no SIAFI – STN - Tesouro Gerencial, para subsidiar a análise do pleito solicitado.

1.7. Finalidade do Crédito Recebido

(Transcrição Msg 0305957-DGO, de 16 mar 09)1. A FINALIDADE DO CREDITO RECEBIDO PELAS UG E DEFINIDA EM UMPLANEJAMENTO ESTRATEGICO (LEI DO PLANO PLURIANUAL – PPA), EMDIRETRIZES ORCAMENTARIAS (LEI DE DIRETRIZES ORCAMENTARIA) E NAEXECUCAO DOS PROGRAMAS DE TRABALHO DISCRIMINADOS NA LEIORCAMENTARIA ANUAL.

2. NO QUE DIZ RESPEITO A ACAO 2000 DO PAA, ESTA DIRETORIA UTILIZA,AINDA, COMO INSTRUMENTOS DE ESPECIFICACAO DO ORCAMENTO, OPLANO INTERNO E O CAMPO OBSERVAÇÃO DA NOTA DE MOVIMENTACAO DECREDITO (NC), ALEM DAS ORIENTACOES AOS AGENTES DA ADMINISTRACAO.

3. SOBRE O ASSUNTO ACIMA EXPOSTO, ESTA DIRETORIA DETERMINA AOSSRS ORDENADORES DE DESPESAS, O FIEL CUMPRIMENTO DAS FINALIDADESDOS CREDITOS RECEBIDOS E QUE, EM CASO DE DUVIDAS, RECORRAM ASSUAS ICFEX DE VINCULACAO OU A ESTA DIRETORIA, COM O OBJETIVO DEQUE NAO. SEJAM REALIZADAS DESPESAS PASSIVEIS DE ANULACAO,IMPUGNACAO E/OU RESSARCIMENTO

4. LEMBRO, AINDA, AOS SRS ORDENADORES DE DESPESAS, AO REALIZAREMDESPESAS, DEVERAO SER OBSERVADOS OS PRINCIPIOS DA LEGALIDADE,UTILIDADE, LEGITIMIDADE, ECONOMICIDADE E OPORTUNIDADE.

1.8. Diretrizes do Comandante do Exército -

(Transcrição Msg 0464187-SEF, de 03 abr 12)1. EM CUMPRIMENTO ÀS DETERMINAÇÕES DO COMANDANTE DO EXÉRCITO,REALIZADAS POR INTERMÉDIO DA ORDEM FRAGMENTÁRIA Nº 001 - A/3.2, DE27 FEVEREIRO DE 2012, RELACIONADAS À EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DOEXERCÍCIO FINANCEIRO DE 2012, ESTA SECRETARIA DESTACA AS SEGUINTESDIRETRIZES A SEREM OBSERVADAS PELOS SRS. AGENTES DAADMINISTRAÇÃO:

(...)

2. ESTA SECRETARIA RESSALTA QUE AS METAS, ACIMA MENCIONADAS,DEVERÃO SER ALCANÇADAS COM O FIEL CUMPRIMENTO DAS ETAPAS EESTÁGIOS DA DESPESA, DAS NORMAS LEGAIS EM VIGOR, E QUE SEJAMOBSERVADOS OS PRINCÍPIOS DA ECONOMICIDADE, EFICIÊNCIA EEFETIVIDADE NA APLICAÇÃO DOS RECURSOS DISPONIBILIZADOS AOEXÉRCITO BRASILEIRO.

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Assim, com os exemplos acima, procurou-se além de orientar sobre tema específico, reforçar ojá exposto no capítulo Introdução, onde tratou-se da importância e da inafastabilidade da aplicaçãodos princípios da Administração Pública.

Por fim e com a finalidade de ilustrar a responsabilidade do gestor no sentido de valorizar aeficiência na aplicação dos recursos públicos, apresenta-se a seguir trecho de Acórdão do TCUversando sobre responsabilidade civil daquele que causar prejuízo aos cofres públicos:

- Assunto: PAGAMENTO DE JUROS - Responsabilidade de Servidor. DOU de31.01.2008, S. 1, p. 116. Ementa: o TCU determinou ao (.....) que, quandohouvesse pagamento de contas (telefone, energia elétrica, água, etc.) deresponsabilidade do órgão em atraso, que viesse a acarretar prejuízo para oerário com encargos (juros de mora e multa), adotasse providências para aidentificação do responsável pela falha, a fim de se proceder à cobrançaamigável ou ao desconto em folha de pagamento do prejuízo causado peloservidor, nos termos do art. 46 da Lei nº 8.112/1990 (item 1.2, TC-009.773/2006-5, Acórdão nº 20/2008 – TCU - 2ª Câmara).

O que diz respeito à responsabilidade do servidor com os desdobramentos de apuração deprejuízo ao Erário e a consequente obrigatoriedade da cobrança do(s) responsável(eis) por eventuaisprejuízos causados é tratado no capítulo específico Prejuízo ao Erário - Apuração - Responsabilidades.

2. Receitas Arrecadadas – Recolhimento

A Msg 0775561-SEF, de 09 jul 09, ratifica a obrigatoriedade do recolhimento das receitasarrecadadas. Observa-se que é uma das principais irregularidades que podem ser cometidas pela UG.

1. POR SOLICITACAO DA DIRETORIA DE AUDITORIA, ESTA SECRETARIARESOLVE DIFUNDIR AS UNIDADES GESTORAS (UG) DO COMANDO DOEXERCITO A DETERMINACAO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIAO (TCU),CONTIDA NO ACORDAO 1185/2009-PLENARIO, NA FORMA QUE SEGUE.

- SEJAM RECOLHIDAS AOS COFRES DA UNIAO AS RECEITAS ARRECADADASNAS RESPECTIVAS ORGANIZACOES MILITARES, EM CUMPRIMENTO AO ART.56 DA LEI 4.320/64.

2. NAO OBSTANTE A RECOMENDACAO ACIMA, ESTA SECRETARIA JULGAOPORTUNO RECOMENDAR AOS AGENTES DA ADMINISTRACAO DAS UG, AFIEL OBSERVANCIA DOS PROCEDIMENTOS DESCRITOS NO SUBITEM 4.3MODULO DE RECEITA”, DO MANUAL DE INSTRUCAO DO SISTEMA DEINFORMACOES GERENCIAIS E ACOMPANHAMENTO ORCAMENTARIO-SIGA,ELABORADO PELA DIRETORIA DE GESTAO ORCAMENTARIA-DGO, E DASNORMAS ESTABELECIDAS NA PORTARIA N° 017-SEF, DE 25 DE OUTUBRO DE2006, ALTERADA PELA PORTARIA N° 022-SEF, DE 07 DE NOVEMBRO DE 2008.

Notas:

1) Portaria nº 11-SEF, de 28 jul 11, alterada pela Port. 6-SEF, de 02 abr2012, revogou as Portarias mencionas na mensagem retro; e

2) nova versão do Manual do SIGA alterou a numeração do MóduloReceita para 03.00.00.

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3. Expectativa de Crédito

A Msg 1388672-SEF, de 28 Nov 08, traz uma breve definição, além de orientar sobre apossibilidade de início de realização de licitação:

“A. CONFORME DICIONÁRIO DA LINGUA PORTUGUESA (AURELIO 2ª EDIÇÃO),EXPECTATIVA SIGNIFICA ESPERANÇA FUNDADA EM SUPOSTOS DIREITOS,PROBABILIDADE OU PROMESSAS; E

B. DO PONTO DE VISTA ADMINISTRATIVO, ESTA SECRETARIA CONSIDERAEXPECTATIVA DE CRÉDITO, PARA FINS DE ADOÇÃO DE PROVIDÊNCIASDESTINADAS A REALIZAÇÃO DE DESPESAS, A PREVISÃO FUNDAMENTADAEM DOCUMENTOS OFICIAIS TAIS COMO: A ASSINATURA DE CONVÊNIO COMO CRONOGRAMA DE LIBERAÇÃO DE RECURSOS DEFINIDO; E ACORRESPONDÊNCIA DE AUTORIDADE COMPETENTE ANUNCIANDO ALIBERAÇÃO DE RECURSOS, EM DETERMINADA DATA. TRATA-SE DASUBMISSÃO DA ESTIMATIVA DE DESPESAS AOS LIMITES DOS VALORESAPROVADOS PELA LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL E RETIFICAÇÕESPOSTERIORES (CRÉDITOS ADICIONAIS).

2. ASSIM, OCORRENDO QUALQUER DOS PRESSUPOSTOS SUPRACITADOS, A UGPODERÁ - EM TERMOS DE LICITAÇÃO - EXPEDIR ATOS CONVOCATÓRIOS,RECEBER E ABRIR AS PROPOSTAS, ADJUDICAR O VENCEDOR DO CERTAME,MAS SOMENTE HOMOLOGAR (ATO PRIVATIVO DO OD), CONTRATAR EEMPENHAR A DESPESA QUANDO HOUVER A DISPONIBILIDADE EFETIVA DOCRÉDITO ORÇAMENTÁRIO, OU SEJA, A EMISSÃO DE NOTA DEMOVIMENTAÇÃO DE CRÉDITO - NC, PELO ÓRGÃO DE DIREÇÃO SETORIAL.

3. OUTROSSIM, CABE RESSALTAR QUE, PARA O LICITANTE, O OBJETO DALICITAÇÃO "ADJUDICADO" CRIA SOMENTE A EXPECTATIVA DE DIREITO,CONFIGURANDO-SE DIREITO REAL, COM A HOMOLOGAÇÃO DO CERTAME, AEFETIVA CONTRATACAO COM O EMPENHO DA DESPESA.”

Ainda sobre o tema, a Msg 1047580-SEF, de 14 set 09, afirma:DO SECRETÁRIO DE ECONOMIA E FINANCAS

AOS SENHORES GESTORES OS ORGAOS DE DIRECAO SETORIAL (ODS) EORGAO DE DIRECAO GERAL (ODG)

1. INFORMO A V EXA QUE O PLANO DE APLICACAO DE RECURSOSELABORADO PELOS ODS/ODG (UGR), COM BASE NA APROVACAO DA LEIORCAMENTARIA ANUAL, E O INSTRUMENTO DE ORIENTACAO MAISADEQUADO PARA A ADMINISTRACAO DAS UG, COM O PROPOSITO DEVIABILIZAR A ADOCAO DE PROVIDENCIAS PREVIAMENTE DESTINADAS AREALIZACAO DAS DESPESAS.

2. DESSA FORMA, O PLANO DE APLICACAO DE RECURSOS PASSA ACARACTERIZAR A SITUACAO DE “EXPECTATIVA DE CREDITO”, OCASIAOEM QUE CABERA A ADMINISTRACAO DA UG EXPEDIR ATOSCONVOCATORIOS, RECEBER E ABRIR AS PROPOSTAS DE PRECOS, ADJUDICARO (S) VENCEDOR(ES) DO CERTAME; MAS SOMENTE HOMOLOGAR (ATOPRIVATIVO DO OD), CONTRATAR E EMPENHAR A DESPESA, QUANDO HOUVERA DISPONIBILIDADE EFETIVA DO CREDITO ORCAMENTARIO, OU SEJA, AEMISSAO DE NOTA DE MOVIMENTACAO DE CREDITO – NC, PELAS UGR.

3. ESTA SECRETARIA JULGA OPORTUNO CONSIDERAR QUE O USO DOPREGAO PELO SISTEMA DE REGISTRO DE PRECOS (SRP), COM VALIDADE DE01 (UM) ANO, TEM SIDO A OPCAO MAIS VANTAJOSA PARA AS UG, COMOPROCEDIMENTO PARA REALIZACAO D DESPESAS, COM A “EXPECTATIVA DECREDITO”.

4. DIANTE DO EXPOSTO, ESTA SECRETARIA ASSEVERA QUE A DIVULGACAODO PLANO DE APLICACAO DE RECURSOS, COMO FONTE DE INFORMACAOPARA AS UG, SE CONSTITUIRA NA PREVISAO DE DESCENTRALIZACAO DE

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CREDITO ORCAMENTARIOS, O QUE GARANTIRA O CUMPRIMENTO PREVIODAS OBRIGACOES ADMINISTRATIVAS PARA A REALIZACAO DAS DESPESAS.

4. Recebimento de Destaques

Considerando que algumas UG têm recebido dotações orçamentárias diretamente de UnidadesOrçamentárias (UO) pertencentes a Órgãos estranhos à Força, a Msg SIAFI 0916624-SEF, de 02 jul12, parcialmente transcrita, reforça orientações pretéritas21:

1 CONSIDERANDO QUE ALGUMAS UG TEM RECEBIDO DOTAÇOESORCAMENTARIAS DIRETAMENTE DE UNIDADES ORÇAMENTARIASPERTENCENTES A ORGAOS ESTRANHOS A FORÇA, ESTA SECRETARIARECOMENDA O SEGUINTE:

- TODO CREDITO QUE INGRESSAR NO COMANDO DO EXERCITO DEVERAOCORRER PELA UG 160509 - SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS-GESTOR;

- AS DESCENTRALIZAÇOES DE CREDITO PARA AS UGE SERAO REALIZADASPELOS ORGAOS DE DIREÇAO SETORIAL;

- AS UGE NAO TEM AUTORIZAÇAO PARA REALIZAR QUALQUERMODIFICACAO NA NATUREZA DA DESPESA, UGR E/OU PLANO INTERNO.

2 - CASO A UGE RECEBA QUALQUER CREDITO DIRETAMENTE DE ORGAOESTRANHO A FORÇA, O MESMO DEVERA SER INFORMADO PARA QUE ANULEO CREDITO E CONCEDA O DESTAQUE POR INTERMEDIO DO MD (UG 110407).

3 - CASO A UGE RECEBA O FINANCEIRO REFERENTE AO DESTAQUERECEBIDO, DEVERÁ DEVOLVÊ-LO, PARA QUE O MESMO SEJADESCENTRALIZADO TAMBÉM AO MD.

5. Aquisição de Viaturas Administrativas

A Msg SIAFI nº 1138129-DGO, de 06 Out 08, determina que antes de a UG iniciar oprocesso de aquisição de Vtr Adm com recursos próprios, deve consultar o COLOG e que somenteapós a autorização deste deve encaminhar a solicitação do crédito à SGFEx/DGO, por intermédio doSIGA e concomitantemente informar ao FEx, UG 167086, via MSG SIAFI, sobre a autorizaçãorecebida referenciando o nº identificador do pleito feito no SIGA. Tal procedimento tem por finalidadeevitar, dentre outras, aquisições em desacordo com requisitos exigidos pela cadeia logística (padrão deutilização, aquisição de suprimento e garantia do produto), gerando problemas para aquele Comandoque, eventualmente, se vê obrigado a redistribuir Vtr adquiridas de modo impróprio, de forma aatender às conveniências do Exército Brasileiro.

6. P agamento de Seguro Obrigatório de Viaturas e Licenciamento

A Msg SIAFI 0932009-D Cont, de 18 Ago 08, orientou que, em virtude de deliberação doTCU (Acórdão nº 1276/2008), a partir daquela data, as UG deveriam adotar os seguintesprocedimentos:

6.1 Quanto ao Pagamento do Seguro Obrigatórioa. emitir empenho tendo como favorecido à Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro

DPVAT Ltda – CNPJ 09.248.608/0001-04, na ND 33903969-Seguros em Geral;

21 Msg 0768877, de 08 jul 08, Msg 0988978, de 31ago 09, Msg 0759238, de 30 jun 10, Msg 1131180, de 11 ago 11,todas da SEF.

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b. solicitar o(s) boleto(s) bancário(s) com código de barras, emitido(s) em favor da própriaseguradora, por meio do e-mail: [email protected], informando os dados da viatura(código RENAVAN, placa, outros);

c. efetuar a liquidação no novo CPR, documento hábil "NP", situação “DSP001”, contacorrente "banco" (OBB) e identificador de transferência o código da UG + DPVA (exemplo:160075dpva). A liquidação também poderá ser efetuada por OB fatura;

d. realizar o pagamento para a seguradora; ee. outras informações podem ser obtidas na página oficial do DPVAT:

www.dpvatseguro.com.br. Não é possível emitir ou solicitar o boleto bancário pelo site.

6.2 Quanto ao Pagamento do Licenciamento

a. emitir empenho para o DETRAN do Estado ou outro órgão determinado pela Secretaria deEstado da Fazenda, utilizando a ND 339047-10-Taxas; e

b. efetuar a liquidação no novo CPR, documento hábil "NP", situação “DSP001”, contacorrente "banco" (OBB) e identificador de transferência o código da UG + DPVA (exemplo:160075dpva).

A publicação Orientações aos Agentes da Administração 2017 - DGO, disponível no sitedaquela Diretoria, contém outras orientações, inclusive, quanto ao pagamento de multa de trânsito,conforme transcrição abaixo:

“Não está prevista a concessão de crédito para pagamento de multas de trânsito. Talocorrência, após apurada a responsabilidade, deve ser imputada ao infrator.

Somente após processo administrativo, caso não seja identificado o responsável pelasinfrações, poderá ser realizado o atendimento à solicitação de crédito para pagamento de multas detrânsito.

Impossibilitada a UG de cobrança imediata ao infrator, poderá solicitar autorizaçãoà DGO, mediante exposição de motivos, para utilizar recurso recebido pela UG no PII3DAFUNADOM, na natureza de despesa 339047 e, posteriormente, recolher ao Fundo do Exército arestituição feita pelo infrator.”

Comentário da ICFEx

Em caso de multa de trânsito, a UG deverá agilizar os procedimentos de apuração daresponsabilidade e quitação da mesma, a fim de não causar atrasos no processo de pagamento dasdespesas com Seguro Obrigatório e Licenciamento, que poderão ocasionar a cobrança de multa ejuros.

7. Crédito para Manutenção de Viatura

Todos os escalões de manutenção passaram, desde 2007, para a responsabilidade do COLOG.

Os créditos necessários às taxas de licenciamento e seguro obrigatório das Vtr Adm continuamsendo descentralizados pela DGO.

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8. Indenizações de Telefonemas

A UG deve identificar as ligações particulares porventura realizadas pelos servidores, sendo ovalor correspondente às mesmas recolhido por meio de GRU, tendo a UG como favorecida.

9. Pagamento de Gêneros Perecíveis

Esta ICFEx, em 2009, consultou a SEF no sentido de ratificar e/ou retificar entendimento deque toda mercadoria deve ser entregue com a respectiva Nota Fiscal, não havendo amparo parautilização de NOTA de REMESSA:

(Msg 1410788/CIRCULAR, de 01 dez 09, da 5ª ICFEx)

1. TRATA ESTA MENSAGEM SOBRE RECEBIMENTO, LIQUIDAÇÃO EPAGAMENTO DE GÊNEROS PERECÍVEIS.

2. A FIM DE EVITAR A OCORRENCIA, DE RECEBIMENTO, LIQUIDACAO EPAGAMENTO DE GÊNEROS PERECIVEIS (HORTIFRUTIGRANJEIROS, PAO, ETC)CONTRARIANDO O PREVISTO NA MSG 305836, DE 13 JUN 01, DA SEF-GESTOR,PUBLICADA NO BOLETIM INFORMATIVO Nº 06/2001, DESTA INSPETORIA,ORIENTO A V SA MANDAR OBSERVAR O SEGUINTE:

- O RECEBIMENTO, DIÁRIO OU SEMANAL, DE GÊNEROS PERECÍVEIS, DEVERÁSER ACOMPANHADO DE NOTA DE REMESSA, MOMENTO EM QUE SERÁVERIFICADO SE OS ITENS E VALORES CONSTANTES DA MESMA ESTÃO DEACORDO COM O EMPENHO; E

- QUINZENALMENTE, O FORNECEDOR APRESENTARÁ NOTA FISCAL PARA ACOMPROVAÇÃO DA DESPESA, CUJO VALOR TOTAL, DEVERÁ COINCIDIR COMO SOMATÓRIO DAS NOTAS DE REMESSA QUE ACOMPANHARAM A ENTREGADOS PRODUTOS.

3. ORIENTO A V SA, AINDA, MANDAR OBSERVAR O PREVISTO NOS ARTS. 36, 38E 42 DO DECRETO Nº 93.872, DE 23 DEZ 86, QUE TRATAM DA LIQUIDAÇÃO EPAGAMENTO DA DESPESA

A SEF manteve22 posição no sentido de considerar como aceitável a nota de remessa diária quepode ser emitida pelo próprio padeiro responsável pela entrega, seguida da exigência pela UG daemissão, quinzenalmente, de nota fiscal para comprovação da respectiva despesa, quitação, liquidaçãoe posterior pagamento. Entretanto, ressalva que no entanto, caso o fato motivador da presente consultaseja a exigência do fisco estadual - para este caso especificamente - que seja atendida a determinaçãodo órgão competente do estado do Paraná.

Assim sendo, esta ICFEx julga que não há previsão legal para que pão e/ou qualquer outramercadoria em situação similar de entrega frequente, fruto de operação de compra e venda (pão,hortifrutigranjeiros etc), sejam entregues desacompanhados da respectiva Nota Fiscal, em função doprevisto na legislação23. Ainda, não se verifica nenhum óbice e/ou outra dificuldade de a UG

22 Resposta da SEF por meio do DIEx nº 16-Asse2/SSEF/SEF, de 7 de maio 12, onde destaca ser certo que, conformedeterminam os regulamentos do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações deserviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação (RICMS) dos estados, toda circulação de mercadoriasdeve ser acompanhada de nota fiscal, que é o documento hábil que comprova a ocorrência do fato gerador do referidoimposto. Entretanto, empresta suporte a possibilidade de uso da Nota de Remessa com a alegação do princípio darazoabilidade no qual a administração pública deve, a cada ato, mostrar a pertinência (correspondência) em relação àprevisão abstrata em lei e os fatos em concreto que foram trazidos à sua apreciação. Assim, renova a possibilidade, à luz doprincípio da razoabilidade, de atender às peculiaridades inerentes às UG do EB. 23 Ajuste nº 07/01 do Sistema Nacional Integrado de Informações Econômico-Fiscais –SINIEF; Lei Complementar nº 87,de 13 SET 1996, que dispõe sobre o imposto dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação demercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (Lei KANDIR);e Regulamento do ICMS do Estado do Paraná, aprovado pelo Decreto nº 1.980, de 21 DEZ 2007.

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receber/liquidar entrega diária de pão acompanhado de Nota Fiscal, bastando que seja definido oresponsável pelo seu recebimento e ateste. Nessa esteira, também os procedimentos de apropriação noCPR e consequente pagamento, seja por NF e/ou quantidade de NF por período.

10. Mnt de PNR Funcionais de Cmt, Chefes e Diretores e de OM

Proceder conforme Portaria N° 5-SEF, de 06 de fevereiro de 2013-Normas para o Emprego deRecursos do Fundo do Exército na Aquisição de Bens Móveis para os Próprios Nacionais ResidenciaisFuncionais de Comandantes, Chefes e Diretores - 1ª Edição, 2013.

11. Classificação Orçamentária - Despesa de Capital e Despesa Corrente – Natureza deDespesa

A fim de subsidiar os atos dos Ordenadores de Despesas (OD) na gestão patrimonial eorçamentária e permitir um melhor enquadramento das diversas despesas que a Unidade Gestora(UG) realiza no seu cotidiano, segue abaixo um resumo de perguntas e respostas extraídas do Manualde Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) – 7ª Edição (Válido a partir do exercício de2017), da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) disponível em:http://www.tesouro.fazenda.gov.br/mcasp.

1 – Em uma licitação para execução de serviços de reparo de instalaçõeshidrossanitárias com fornecimento de peças, a proposta vencedora apresentou uma planilhacom preços para peças e materiais (R$ 2.000,00) e mão-de-obra (R$ 1.000,00). Como procederà classificação contábil nesse caso? Só em material, em razão de sua predominância ouregistrar a despesa em razão da planilha apresentada?

RespostaSempre que for possível, a administração pública deve registrar a despesa no elemento de

despesa adequado, para possibilitar a identificação correta do objeto do gasto. No caso em questão,existem dois objetos de gastos distintos: a entidade deverá registrar uma parte da despesa em materialde consumo ((R$ 2.000,00) e outra parte como serviço (R$ 1.000,00).

Comentário da ICFExComo se verifica, a finalidade da classificação contábil é registrar a real variação do que ocorre

no patrimônio, a fim de definir com precisão o objeto da despesa antes de sua realização. Assim sendo,a UG tem que classificar a despesa conforme a realidade do caso concreto, ou seja, realizar duas Notasde Empenhos nas devidas Naturezas de Despesas.

2 – No caso de contrato continuado de serviço de manutenção de aparelhos com ofornecimento de peças incluso no mesmo contrato, sem distinção dos objetos de gasto, oempenho deve ser feito no elemento de despesa 3.3.90.39, pelo valor total ou devem ser feitosdois empenhos, um na natureza de despesa 3.3.90.39 e outro na 3.3.90.30, para atendereventuais despesas com o fornecimento de peças?

RespostaConforme definição constante deste manual, o elemento de despesa tem por finalidade

identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material deconsumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma e outros de que a administração públicase serve para a consecução de seus fins.

Portanto, para emissão do empenho deve-se identificar o objeto do gasto que, no caso, é aprestação de serviços com base no contrato de manutenção de aparelhos, já que não é possível nocontrato fazer a distinção entre os objetos de gasto. Assim, torna-se desnecessária a emissão de dois

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empenhos, sendo emitido apenas um na ND 3.3.90.39, pois o fornecimento de peças está incluso enão altera o valor do contrato.

Comentário da ICFExNesta situação não é possível levantar previamente o que se vai gastar em material e em

serviço. Como o objeto do contrato é prestação de serviço para manutenção de aparelhos, a realvariação que ocorrerá no patrimônio será proveniente da prestação de serviço, então a NE será na ND3.3.90.39.

3 – Como proceder para identificar se a Despesa de MATERIAL DE CONSUMO OUSERVIÇOS DE TERCEIROS, deve ser classificada em Despesas CORRENTES ou deCAPITAL? Ex: 3.3.90.30.16 e 4.4.90.30.16 (material de expediente).

RespostaA estrutura da natureza da despesa é flexível, quanto aos relacionamentos entre elementos e

grupos de despesa, podendo ser combinados e estruturados em razão do objeto do gasto a serregistrado.

Conforme definições constantes neste manual, são classificadas como despesas correntesaquelas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital eclassificam-se como despesas de capital aquelas que contribuem, diretamente, para a formação ouaquisição de um bem de capital.

Por exemplo, a aquisição de materiais de construção por uma Prefeitura, se for utilizada para amanutenção do seu prédio (bem de capital já existente), será considerada como despesa corrente, poiso gasto não estará formando e nem participando na aquisição de um bem de capital, e sim mantendoum bem de capital já existente. Entretanto, caso este gasto seja utilizado como parte do materialempregado na construção de uma nova escola (futuro bem de capital), ele será considerado comodespesa de capital. Para tanto, deverá estar inserido no orçamento da obra, desde o seu planejamentoaté a execução.

Assim, a classificação das despesas em material de consumo e em outros serviços de terceiros– pessoa física, na categoria corrente ou de capital dependerá se o gasto destina-se ou não para aformação ou aquisição de bem de capital.

Portanto, por exemplo, se o ente decide executar uma obra pública (prédio) diretamente, ocimento adquirido (e outros materiais) terá a classificação 4.4.90.30 - Material de Consumo, quando adespesa ocasionar ampliação ou constituição do imóvel ou 3390-30, quando não consistir emampliação do imóvel.

Quanto à classificação da despesa como 3390-39 ou 4490-51 deve ser observado o seguinte,conforme descrição deste manual:

"Serão considerados serviços de terceiros as despesas com:- Reparos, consertos, revisões, pinturas, reformas e adaptações de bens imóveis semque ocorra a ampliação do imóvel;- Reparos em instalações elétricas e hidráulicas;- Reparos, recuperações e adaptações de biombos, carpetes, divisórias e lambris;

- Manutenção de elevadores, limpeza de fossa e afins.

Quando a despesa ocasionar a ampliação do imóvel, tal despesa deverá serconsiderada como obras e instalações, portanto, despesas com investimento."

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Quando a despesa ocasionar a ampliação relevante do potencial de geração debenefícios econômicos futuros do imóvel, tal despesa deverá ser considerada comoobras e instalações, portanto, despesas com investimento.

Comentários da ICFExOs Agentes da Administração devem realizar uma análise do que vai ocorrer no patrimônio da

unidade, pois a CASP visa demonstrar a sua correta alteração/variação.

Despesas de Capital e Despesas CorrentesA despesa de capital se caracteriza por provocar uma ampliação ou um relevante aumento do

valor líquido contábil do patrimônio24, o que não ocorre no caso de despesa corrente. (observar o Planode Contas da União).

Na verdade, a distinção é devida em função da categoria econômica da despesa, ou seja, anatureza de despesa (ND) que começa com o dígito n° 4 é classificada como despesa de capital, já nocaso de despesa corrente a ND que começa com o dígito nº 3.

Exemplos da classificação orçamentária quanto a Natureza de Despesa:

a. 3.3.90.30.24

Categoria Econômica – 3 – Despesas CorrentesGrupo da Despesa – 3 – Outras Despesas CorrentesModalidade de Aplicação – 90 – Aplicação DiretaElemento da Despesa – 30 – Material de ConsumoSubelemento da Despesa – 24 – Material para Manutenção de Bens Imóveis e Instalações b. 4.4.90.30.24

Categoria Econômica – 4 – Despesas de CapitalGrupo da Despesa – 4 – InvestimentosModalidade de Aplicação – 90 – Aplicação DiretaElemento da Despesa – 30 – Material de ConsumoSubelemento da Despesa – 24 – Material de ConstruçãoNo primeiro exemplo, trata-se de aquisição de material para manutenção de bens imóveis.

Portanto, não ocorrerá nem ampliação, nem aumento relevante do potencial econômico do valor doimóvel. Já o outro exemplo se refere à aquisição de material para realizar uma construção, umaampliação ou alguma obra ou serviço que acarretará um aumento relevante do potencial econômicodo valor do imóvel.

Em ambos os exemplos é importante observar que a variação ocasionada no patrimônio foi ofator preponderante para a classificação da despesa.

4 – Qual a classificação do ativo e da despesa com a Aquisição de softwares?

RespostaOs softwares devem ser tratados como ativos imobilizados ou intangíveis, conforme consta no

MCASP.

Para saber se um ativo que contém elementos intangíveis e tangíveis deve ser tratado comoativo imobilizado ou como ativo intangível, a entidade avalia qual elemento é mais significativo. Porexemplo, um software de uma máquina-ferramenta controlada por computador que não funciona semesse software específico é parte integrante do referido equipamento, devendo ser tratado como ativo

24 Valor líquido contábil é o valor do bem registrado na contabilidade, em uma determinada data, deduzido dacorrespondente depreciação, amortização ou exaustão acumulada.

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imobilizado. Isso se aplica ao sistema operacional de um computador. Quando o software não é parteintegrante do respectivo hardware, ele deve ser tratado como ativo intangível.

Dessa maneira, considerando que, com a aquisição de softwares ocorre a incorporação de ativoimobilizado ou intangível, a natureza de despesa correta a ser utilizada nesse tipo de aquisição é a4.4.90.39. ou 4.4.90.37.

Assim, todo o software adquirido, independentemente se é de base ou de aplicação, deverá serclassificado como 4.4.90.39 ou 4.4.90.37, amortizando-se de acordo com a licença de uso. A únicadiferença será com relação à classificação no patrimônio, sendo classificado como imobilizado, casoseja inerente e essencial para o funcionamento do computador (como o sistema operacional), ouintangível, no caso dos demais (antivírus, aplicativos diversos, etc.).

Alerta-se para o fato de que, quando o computador é adquirido com softwares tipo OEM(Original Equipment Manufacturer), aquele que vem pré-instalado (embutido), o computador comoum todo deve ser classificado como 4.4.90.52.

Comentário da ICFEx

A partir do presente Exercício Financeiro, conforme MSG SIAFI 2017/1588412, de 8 DEZ17, da Coordenação Geral de Contabilidade, abaixo transcrita, os serviços de Tecnologia daInformação e Comunicação – TIC foram migrados do Elemento 39 para o Elemento 40:

“COM O ADVENTO DA PORTARIA CONJUNTA SOF/STN Nº 2, DE 30 DEOUTUBRO DE 2017, INFORMAMOS QUE OS SERVICOS DE TECNOLOGIA DAINFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO - TIC, REGISTRADOS NO ELEMENTO 39,SERÃO MIGRADOS PARA O ELEMENTO 40 A PARTIR DO EXERCÍCIO DE 2018.DESSA FORMA, AS SEGUINTES NATUREZAS DE DESPESAS (MODALIDADE DEAPLICAÇÃO 90 E 91) SERÃO EXCLUÍDAS: 33903908 - MANUTENCAO DE SOFTWARE 33903911 - LOCAÇÃO DE SOFTWARES 33903926 - DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE 33903927 - SUPORTE DE INFRAESTRUTURA DE T.I 33903928 - SUPORTE A USUARIOS DE T.I. 33903930 - HOSPEDAGEM DE SISTEMAS 33903931 - LOCACAO DE EQUIPAMENTOS DE PROCESSAMENTO DE DADOS33903956 - SERVICOS DE TECNOLOGIA DA INFORMACAO 33903957 - SERVICOS TECNICOS PROFISSIONAIS DE T.I. 33913956 - SERVICOS DE TECNOLOGIA DA INFORMACAO 33913957 - SERVICOS DE PROC. DE DADOS SSAMENTO DE DADOS 33913995 - MANUT.CONS.EQUIP. DE PROCESSAMENTO DE DADOS 33913997 - COMUNICACAO DE DADOS 33913911 - LOCACAO DE SOFTWARES 33913908 - MANUTENCAO DE SOFTWARE 33913911 - LOCACAO DE SOFTWARES 33913926 - DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE. 33913927 - SUPORTE DE INFRAESTRUTURA. 33913928 - SUPORTE A USUARIOS DE T.I. 33913930 - HOSPEDAGEM DE SISTEMAS. 33913931 - LOCACAO DE EQUIPAMENTOS DE PROC. DE DADOS

OS SERVIÇOS DE TELEFONIA FIXA E MÓVEL, QUANDO INTEGRAREMPACOTE DE COMUNICAÇÃO DE DADOS TAMBÉM SERÃO REGISTRADOS NOELEMENTO 40.

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OS QUE NÃO INTEGRAM PACOTE DE DADOS CONTINUAM SENDOREGISTRADOS NA NATUREZA DE DESPESA 33903958 - SERVICOS DETELECOMUNICACOES.

OS SERVICOS DE CONSULTORIA EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃOCONTINUAM SENDO REGISTRADOS NA NATUREZA DE DESPESA 33903504. COM RELAÇÃO ÀS DESPESAS DE CAPITAL,INFORMAMOS QUE O ELEMENTODE DESPESA 52 CONTINUA SENDO UTILIZADO NORMALMENTE. DESSA FORMA, AS ALTERAÇÕES SE RESTRINGEM ÀS DESPESAS CORRENTESE AO ELEMENTO DE DESPESA 39. ATENCIOSAMENTE, CCONT/STN”

As novas ND podem ser consultadas no SIAFI através do comando >CONNATSOF,informando no Campo NATUREZA DE DESPESA a ND “44904000” e após teclar enter.

A aquisição de softwares é considerada uma despesa de capital. Assim, será utilizada a ND4.4.90.40. Sobre o assunto, esta Inspetoria consultou a Diretoria de Contabilidade (D Cont), porintermédio das Msg 2011/0540217 e 0540243, de 28 mar 2011, obtendo como resposta (Msg2011/0673962 – D Cont, de 04 maio 2011), com destaque para o trecho a seguir :

a. em processo de despesa que envolva aquisição de Software, seja com ou sem licitação,utilizar Despesa de Capital na Natureza de Despesa (ND) 4.4.90.39.93 – AQUISIÇÃO DESOFTWARE;

b. ainda, nas contratações, com ou sem licitação, para desenvolvimento de Software, utilizar,também, Despesa de Capital na Natureza de Despesa (ND) 4.4.90.39.92 - DESENVOLVIMENTODE SOFTWARE; e

c. portanto, NÃO está autorizada a aquisição e a contratação de desenvolvimento de Software,utilizando Despesas Correntes, ou seja, nas ND 3.3.90.30 e 3.3.90.39, respectivamente, como estavaocorrendo em exercícios anteriores.

(A íntegra dos documentos citados podem ser consultados no B Info 04/2011)

Nota: Com a mudança do Elemento 39 para o Elemento 40, as ND para aquisição e dedesenvolvimento de SOFTWARES ficaram:

4.4.90.40.01 – DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE;4.4.90.40.05 – AQUISICAO DE SOFTWARE PRONTO; e4.4.90.40.06 – AQUISICAO DE SOFTWARE SOB ENCOMENDA OU CUSTOMIZADOS

5 – A natureza de despesa 3.3.90.33 destina-se a registrar passagens e despesas comlocomoção de servidores em razão de mudança de domicílio no interesse da administração? Epassagens que se fizerem necessárias ao deslocamento do servidor em decorrência do serviçoadministrativo?

RespostaConforme definição constante deste Manual, o elemento de despesa 33 – Passagens e Despesas

com Locomoção – tem como natureza de gasto a aquisição de passagens, podendo ser viagem deservidor público ou outra pessoa indicada em ato oficial. Portanto, é correta a utilização da natureza de

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despesa 3.3.90.33 para a aquisição de passagens, em decorrência do serviço administrativo, ou devidoà mudança de domicílio de servidor ou pessoa, do quadro do órgão ou não.

6 – A compra de peças de informática, tais como placas, teclado, entre outros, deve serregistrada como despesa corrente ou de capital?

Resposta Conforme definições no MCASP, o objeto da compra guarda relação com o elemento dedespesa. Neste caso específico, as peças classificam-se como material de consumo – elemento 30.Para, contudo, identificar qual a categoria econômica a ser utilizada, deve-se observar se a despesaorçamentária agrega ou não benefício econômico ao bem. Deste modo, normalmente as peças de informática devem ser contabilizadas como despesa decapital, na natureza de despesa – 4.4.90.30 – por agregarem valor ao bem ao qual vierem a serincorporadas. Contudo, na classificação de peças de reposição, imediata ou para estoque, deve serconsiderada a natureza 3.3.90.30, dado que foi simplesmente restabelecido um estado defuncionamento anterior, já contabilmente registrado.

Assim, quando a aquisição for para substituir partes do computador e implicar relevantesalterações nas características funcionais como, por exemplo, substituição de processador com aumentode velocidade da máquina, a despesa deve ser classificada como de capital, na natureza de despesa4.4.90.30. Em casos contrários, deverá ser classificada como 3.3.90.30.

Comentários da ICFExNeste caso deve-se, também, verificar a variação que ocorrerá no patrimônio. Caso seja

adquirida uma peça para reposição, devido a gastos com manutenção, sem com isso aumentarsua capacidade de produção ou período de vida útil, sua classificação será na ND 3.3.90.30.

Agora, se a aquisição da peça é para melhoria do bem ou para reposição e, com issoaumentando o valor do bem em relação ao seu valor líquido contábil, ou a sua capacidade deprodução, ou, ainda, o período de vida útil, sua classificação será na ND 4.4.90.30.

Caso o objetivo seja realizar um upgrade no computador (melhoria) será realizada a aquisiçãodas peças na ND 4.4.90.30.

7 – Como proceder para identificar o elemento de despesa com contratação de serviços(36 – Outros Serviços de Terceiros Pessoa Física; 37 – Locação de mão-de-obra; 39 – OutrosServiços de Terceiros Pessoa Jurídica)?

RespostaQuando um órgão contrata o serviço de uma pessoa física (autônomo) deve registrar a despesa

no elemento 36 – Outros Serviços de Terceiros Pessoa Física, mas se a contratação da prestação deserviço for com uma pessoa jurídica, pode ser classificada, via de regra, em um dos elementos abaixo:

37 – Locação de Mão-de-obra – despesas com prestação de serviços por pessoas jurídicas paraórgãos públicos, tais como limpeza e higiene, vigilância ostensiva e outros, nos casos em que ocontrato especifique o quantitativo físico do pessoal a ser utilizado; ou

39 – Despesas orçamentárias decorrentes da prestação de serviços por pessoas jurídicas paraórgãos públicos, tais como: assinaturas de jornais e periódicos; tarifas de energia elétrica, gás, água eesgoto; serviços de comunicação (telefone, telex, correios, etc.); fretes e carretos; locação de imóveis(inclusive despesas de condomínio e tributos à conta do locatário, quando previstos no contrato delocação); locação de equipamentos e materiais permanentes; software; conservação e adaptação debens imóveis; seguros em geral (exceto os decorrentes de obrigação patronal); serviços de asseio ehigiene; serviços de divulgação, impressão, encadernação e emolduramento; serviços funerários;despesas com congressos, simpósios, conferências ou exposições; vale-refeição; auxílio creche(exclusive a indenização a servidor); habilitação de telefonia fixa e móvel celular; e outros congêneres,

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bem como os encargos resultantes do pagamento com atraso das obrigações de que trata este elementode despesa.

Portanto, se um determinado órgão contratar uma empresa para prestar serviço de limpeza, oelemento a ser utilizado será o 39 – Outros Serviços de Terceiros Pessoa Jurídica, mas se esse órgãocontratar uma empresa para prestar o serviço de limpeza e no contrato estiver estipulado oquantitativo de dez funcionários na limpeza, por exemplo, o elemento será o 37 – Locação de Mão-de-obra.

8 – Como classificar a despesa com material adquirido por encomenda?

RespostaDe acordo com a Parte I do MCASP – Procedimentos Contábeis Orçamentários, o único

critério usado para classificar a despesa de material adquirido por encomenda, do ponto de vistacontábil, é o fornecimento ou não da mercadoria. Dessa forma, no caso citado, se não houverfornecimento do material por parte do órgão, a despesa será de material e não de serviços. Quanto àclassificação do material, depende do fim a que ele se destina, podendo ser nos seguintes elementos:

30 – Material de Consumo32 – Material de Distribuição Gratuita52 – Equipamentos e Material Permanente

Na classificação da despesa de material por encomenda, a despesa orçamentária só deverá serclassificada como serviços de terceiros se o próprio órgão ou entidade fornecer a matéria prima. Casocontrário, deverá ser classificada no elemento de despesa 52, em se tratando de confecção de materialpermanente, ou no elemento de despesa 30, se material de consumo. Algumas vezes ocorrem dúvidas,em virtude de divergências entre a adequada classificação da despesa orçamentária e o tipo dodocumento fiscal emitido pela contratada (Ex: Nota Fiscal de Serviço, Nota Fiscal de Venda aoConsumidor etc.). Nesses casos, a contabilidade deve procurar bem informar, seguindo, se fornecessário para tanto, a essência ao invés da forma e buscar a consecução de seus objetivos:demonstrar o patrimônio e controlar o orçamento.

Comentários da ICFExNo intuito de deixar esse conceito mais didático, são apresentados os seguintes exemplos

ilustrativos:a. Se a UG vier a adquirir madeira para realização de um serviço a ser executado em

determinada instalação, essa despesa será classificada na ND 3.3.90.30;

b. Se a UG vier a adquirir madeira para confecção de uma mesa na sua carpintaria, essadespesa será classificada na ND 4.4.90.30;

c) Se a UG vier a adquirir madeira para confecção de uma mesa e contratou uma carpintariapara a referida confecção, essas despesas serão classificadas na ND 4.4.90.30 e 4.4.90.39,respectivamente; e

d) Se a UG encomendou a uma carpintaria a confecção de uma mesa, sem fornecimento dematerial, essa despesa será classificada na ND 4.4.90.52.

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9 – Qual a classificação de despesa com aquisição de Material bibliográfico?

RespostaOs livros e demais materiais bibliográficos apresentam características de material permanente

(durabilidade superior a dois anos, não é quebradiço, não é perecível, não é incorporável a outro bem,não se destina a transformação). Porém, o art. 18 da Lei nº 10.753/2003, considera os livrosadquiridos para bibliotecas públicas como material de consumo.

“Art. 18. Com a finalidade de controlar os bens patrimoniais das bibliotecas públicas, o livronão é considerado material permanente.”

As demais bibliotecas devem classificar a despesa com aquisição de material bibliográficocomo material permanente.

“Art. 2º Considera-se livro, para efeitos desta Lei, a publicação de textos escritos emfichas ou folhas, não periódica, grampeada, colada ou costurada, em volumecartonado, encadernado ou em brochura, em capas avulsas, em qualquer formato eacabamento.

Parágrafo único. São equiparados a livro:

I – fascículos, publicações de qualquer natureza que representem parte de livro; II – materiais avulsos relacionados com o livro, impressos em papel ou em materialsimilar; III – roteiros de leitura para controle e estudo de literatura ou de obras didáticas; IV – álbuns para colorir, pintar, recortar ou armar; V – atlas geográficos, históricos, anatômicos, mapas e cartogramas; VI – textos derivados de livro ou originais, produzidos por editores, mediante contratode edição celebrado com o autor, com a utilização de qualquer suporte; VII – livros em meio digital, magnético e ótico, para uso exclusivo de pessoas comdeficiência visual; VIII – livros impressos no Sistema Braille.

Biblioteca Pública é uma unidade bibliotecária destinada indistintamente a todos ossegmentos da comunidade, com acervos de interesse geral, voltados essencialmente à disseminação daleitura e hábitos associados entre um público amplo definido basicamente em termos geográficos, semconfundir com as bibliotecas destinadas a atender um segmento da comunidade com um propósitoespecífico”. (Acórdão 111/2006 – 1ª Câmara – Tribunal de Contas da União – TCU)

Assim, as bibliotecas públicas devem efetuar o controle patrimonial dos seus livros,adquiridos como material de consumo, de modo simplificado via relação do material (relação-carga)e/ou verificação periódica da quantidade de itens requisitados, não sendo necessária a identificação donúmero do registro patrimonial.

Essas bibliotecas definirão instruções internas que estabelecerão as regras e procedimentos decontroles internos com base na legislação pertinente.

As aquisições que não se destinarem às bibliotecas públicas deverão manter osprocedimentos de aquisição e classificação na natureza de despesa 4.4.90.52 – Material Permanente –incorporando ao patrimônio. Portanto, devem ser registradas em conta de ativo imobilizado.

Com relação às bibliotecas existentes no Exército Brasileiro, a D Cont, por meio da Msg SIAFI 2016/1280778, de 18Ago16, se manifestou conforme transcrito a seguir:(...)

“ 1. VERSA O PRESENTE EXPEDIENTE SOBRE CLASSIFICAÇÃO CONTÁBIL DE MATE- RIALBIBLIOGRÁFICO REFERENTE AS BIBLIOTECAS EXISTENTES NO EXÉRCITO BRASILEIRO.

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2. INFORMO QUE, APÓS CONSULTA FEITA AO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E CULTURADO EXÉRCITO (DECEX), ÓRGÃO RESPONSÁVEL POR REGULAR AS BIBLIOTECAS NO ÂMBITODO EXÉRCITO, ESSE RESPONDEU QUE NO ÂMBITO DO DEPARTAMENTO, INCLUSIVE NOSESTABELECIMENTOS DE ENSINO DO EXÉRCITO, NÃO HÁ BIBLIOTECAS QUE SEENQUADREM COMO BIBLIOTECAS PÚBLICAS.”

(...)

Comentário da ICFEx

Como se pode observar, nenhuma Organização Militar do Exército possui bibliotecaspúblicas.

Dessa maneira, as aquisições de material bibliográficos por parte das UG deverão manter osprocedimentos de aquisição e classificação na natureza de despesa 449052 Equipamentos e MaterialPermanente - incorporando ao patrimônio na conta Coleções e Materiais Bibliográficos -1.2.3.1.1.04.02, utilizando-se a Situação DSP201 - Aquisição de Bens Móveis.

12. Pagamento para empresa com situação irregular no SICAF diante de Bens/Serviçosefetivamente entregues ou realizados

A UG deve seguir as orientações abaixo apontadas:

(Transcrição Msg SIASG 060971-SLTI/DLSG, de 14 out 10)

INFORMAMOS QUE OS BENS OU SERVICOS EFETIVAMENTE ENTREGUES OUREALIZADOS DEVEM SER PAGOS, AINDA QUE CONSTE IRREGULARIDADE DOFORNECEDOR NO SICAF, CONFORME PARECER PGFN/CJU 401, DE 23 DEMARCO DE 2000;

“18.1. A CLAUSULA CONTRATUAL QUE PREVE A SUSPENSAO DOSPAGAMENTOS, QUANDO A CONTRATADA ESTIVER IRREGULAR JUNTO AOSICAF, NAO ENCONTRA AMPARO LEGAL.

18.2. ESTA CLAUSULA DEVERA SER DECLARADA NULA NOS CONTRATOS EMVIGOR;

18.3. CONSTATADA A SITUACAO DE IRREGULARIDADE DA CONTRATADAJUNTO AO SICAF, DEVE-SE PROVIDENCIAR SUA ADVERTENCIA, POR ESCRITO,NO SENTIDO DE QUE, EM PRAZO EXEQUIVEL (DESDE LOGO DETERMINADO),A CONTRATADA REGULARIZE SUA SITUACAO JUNTO AO SICAF OU, NOMESMO PRAZO, APRESENTE SUA DEFESA, SOB PENA DE RESCISAO DOCONTRATO; ESTE PRAZO PODERA SER PROROGADO A CRITERIO DAADMINISTRACAO;

18.4 UMA CLAUSULA NESSE SENTIDO DEVERA CONSTAR DOS NOVOSCONTRATOS QUE ACOMPANHAM OS EDITAIS DE LICITACAO EMANDAMENTO, DEVENDO SER PROMOVIDAS AS SUBSTITUICOES DOSMODELOS JA RETIRADOS PELOS INTERESSADOS (TAIS SUBSTITUICOES NAOENSEJAM MODIFICACAO DA DATA DA ABERTURA DA LICITACAO POIS AALTERACAO NAO AFETA, INQUESTIONAVELMENTE, A FORMULACAO DASPROPOSTAS - § 4° DO ART. 2 DA LEI N° 8.666, DE 1993).”

ATENCIOSAMENTECOORDENACAO GERAL DE NORMAS

SLTI/DLSG

Sobre o assunto, cabe destaque também o Of nº 128 – A/2, de 23 out 2008, que respondeuconsulta desta ICFEx (Of n° 90 - SATT, de 29 set 2008), disponível no endereçohttp://intranet.sef.eb.mil.br/sef/assessoria2/INDEX/INDEX_LEGISL.html.

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13. Pagamento - Obrigatoriedade Certidão

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que todos os órgãos dos Poderes Executivo,Legislativo e Judiciário da União fossem orientados para que exigirem das empresas contratadas, emcada ato de pagamento, a apresentação da devida Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT),de modo a dar efetivo cumprimento às disposições constantes dos artigos 27, IV, 29, V, e 55, XIII, daLei nº 8.666/93, c/c os artigos 1º e 4º da Lei nº 12.440, de 7 jul 11, atentando, em especial, para osalutar efeito do cumprimento desta nova regra sobre o novo Enunciado 331 da Súmula deJurisprudência do TST. (Acórdão nº1054/2012 – TCU – Plenário).

No mesmo sentido a Msg 0916210-SEF, de 02 jul 12, determinou que:A. FAZER CONSTAR DOS RESPECTIVOS EDITAIS DE LICITAÇÃO A EXIGÊNCIADA CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITOS TRABALHISTAS - CNDT, INSTITUÍDAPELA LEI Nº 12.440, DE 7 DE JULHO DE 2011, EM VIGOR DESDE 4 DE JANEIRODE 2012; E

B. EXIGIR DA EMPRESA CONTRATADA A APRESENTAÇÃO DE CÓPIA DACNDT, ANEXADA A CADA TÍTULO DE CRÉDITO COMPROBATÓRIO (NOTAFISCAL/FATURA) EMITIDO, QUANDO DA EFETIVA ENTREGA DOS BENS,PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E REALIZAÇÃO DE OBRAS.

14. Restos a Pagar

No encerramento de cada exercício financeiro, as despesas legalmente empenhadas, não pagase não canceladas até 31 de dezembro deverão ser registradas contabilmente como obrigações a pagardo exercício seguinte (“resíduos passivos”) em conta denominada Restos Pagar. As referidas despesas,entretanto, serão financiadas à conta de recursos arrecadados durante o exercício financeiro em queverificou-se a efetivação do empenho.

A definição de Restos a Pagar vem da Lei nº 4.320, de 17 mar 1964, que estabelece normais gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, Estados, Municípiose do Distrito Federal, conforme a seguir:

“Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31de dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.”

Denomina-se como processados aquelas despesas “legalmente empenhadas cujo objeto de empenho já foi recebido, ou seja, aquelas cujo 2º estágio da despesa (liquidação) já ocorreu”. Já os não processados são aqueles derivados de despesas “legalmente empenhadas que não foram liquidadas e nem pagas até 31 de dezembro do mesmo exercício”.

Na proximidade do encerramento do exercício financeiro são expedidas orientaçõescomplementares sobre o assunto, incluindo o calendário de eventos. De maneira geral, uma despesa éinscrita em Restos a Pagar por dois motivos:

a. falta de comprovação documental e/ou física da sua realização; ou

b. pela ausência do pagamento, oriunda da falta de dinheiro (numerário) ou de tempo hábil noano para a sua realização.

Trata-se de um procedimento normal dentro dos sistemas da Contabilidade Pública. O que é tecnicamente questionável nesse assunto é a inscrição em Restos a Pagar quando não

houve adequação financeira do orçamento, fazendo o ente público atrasar compromissos e incorrer emjuros pelo atraso.

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É justamente neste caso que a Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF estabelece limitações,como por exemplo o disposto no seu art 42, que determina que o titular do Poder ou do Órgão, nosúltimos dois quadrimestres de seu mandato, está proibido de contrair obrigação de despesa que nãopossam ser cumpridas integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercícioseguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este feito.

Para os tribunais de contas tal fato é considerado uma desobediência gravíssima à legislação.No caso de descumprimento desse disposto, poderá ser aplicado o previsto no art 359 do

Código Penal (revigorado através da Lei n.º 10.028/00) - pena de reclusão de um a quatro anos. Sob oponto de vista técnico, tornou-se fundamental a utilização de recursos contábeis para a previsão docaixa ao final do período. Busca-se, com isso, prevenir que se infrinja a LRF.

Sobre o assunto cabe destaque, também, para o que segue:

a. devido ao princípio orçamentário da anualidade, os recursos arrecadados no exercíciofinanceiro são destinados à execução das despesas no mesmo exercício, ou seja, como regra geral, asdespesas devem ser empenhadas, liquidadas e pagas dentro no mesmo exercício financeiro. Salvocasos concretos previamente estabelecidos, Restos a Pagar são exceções à regra geral;

b. todos os gastos/despesas públicas devem se submeter ao prévio planejamento deaquisição/contratação. Daí infere-se que as despesas empenhadas no ano foram planejadas;

c. entretanto, não é incomum determinada UG, na proximidade do encerramento do exercíciofinanceiro, receber créditos e, sem o devido planejamento das suas necessidades, realizar empenho(s)desprovido(s) de planejamento com o objetivo primeiro de “eliminar” o crédito disponível/concedido;

d. uma das consequências dessa falta de planejamento é que os empenhos realizados nessascondições (restos a pagar), por vezes, são “esquecidos” pela administração da própria UG no exercíciofinanceiro seguinte, gerando uma situação atípica, contraditória e inexplicável, visto que osbens/serviços inscritos deixaram de ser exigidos junto ao fornecedor. Trata-se, na verdade, de umdesperdício do orçamento anterior

e. paradoxalmente, a UG realiza um novo processo de aquisição com a finalidade de contrataraquele mesmo material/serviço que fora objeto de inscrição em restos a pagar, sem no entanto, terimplementado medidas objetivas para o recebimento do bem/serviço, inclusive com abertura deprocesso administrativo competente nos casos de atraso na entrega pelo fornecedor;

f. nessa linha de raciocínio, não parece absurdo citar que muitas despesas são inscritas emrestos a pagar por falta de cumprimento de prazo de entrega pelo fornecedor/contratado. Ora,caracteriza-se uma clara situação de obrigatoriedade da aplicação de sanção ao fornecedor quedescumpriu cláusula contratual, pois se trata de interesse público indisponível, conforme será visto notítulo Contratações/Sanções;

g. neste caso, a UG deve avaliar, antes do encerramento do exercício, a situação concreta, poispoderá inclusive estar diante de casos não somente de atraso de entrega mas sim de inadimplênciatotal da obrigação por parte do fornecedor. Evidente que, nessa hipótese, deve providenciar ocancelamento do empenho emitido e não inscrever tal despesa em restos a pagar; providenciando ocompetente processo sancionatório;

h. destaca-se que tal orientação consta da Ordem Fragmentária nº 1 - A/3.2 da SEF, de 27 fev2012, a Diretriz Geral do Comandante do Exército, constando determinação aos ODS no sentido deOrientar a adoção de medidas administrativas cabíveis, previstas na legislação em vigor, junto afornecedores e prestadores de serviços que deixarem de honrar os compromissos assumidos noscontratos firmados. Novamente, cabe recordar que o TCU tem exigido explicações de gestores quedeixaram de sancionar fornecedores por atraso na entrega de bens e serviços; e

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15. Despesas com contratação para acesso à INTERNET

As UG devem observar os procedimentos previstos na Msg 1206688-DGO, de 29 ago 11, emparticular, no que diz respeito aos pedidos de recursos para a DGO com a finalidade de aquisição de"link" de acesso à Internet, que deve ser acompanhado do parecer do CTA/CT da área.

16. Recursos em Caráter Emergencial

Conforme Msg 1283137-DGO, de 14 set 11, as solicitações de recursos emergenciais deverãoser feitas por intermédio do sistema OPUS, módulo ficha-modelo 18, e deverão ser encaminhadas àsRegiões Militares enquadrantes, conforme diretrizes emanadas pelo Chefe do DEC. (Consultarorientações da Msg 1323714-Cmdo 5ª RM-5ª DE, CIRCULAR, de 21 set 11, sobre PDOM/Fichas).

Conforme o Manual “Orientações aos Agentes da Administração 2017” da Diretoria deGestão Orçamentária, item 16 – Recursos para obras emergenciais, “Obra de emergência é aqueladestinada a corrigir alterações em benfeitoria ou instalação, particularmente decorrentes de sinistros(descargas elétricas, vendavais, temporais, enchentes, incêndios e outros fenômenos imprevisíveis,independentes da vontade humana) e que passem a impedir o seu uso, por apresentarem risco àintegridade física de pessoal, animal ou material ou configurarem condições inaceitáveis dedesconforto. Para o atendimento de despesas com obras emergenciais, a UG deverá solicitar o créditoao Departamento de Engenharia e Construção, de acordo com as orientações contidas na Portaria n°001/DEC, de 29 mar 02 (N 50-1)”.

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XI - LICITAÇÕES

1. Conceitos/Definições

Por meio de documento específico25, abaixo transcrito, a SEF fez breve considerações sobreaspectos orçamentários-financeiros de gestão:

1. A despesa orçamentária é classificada em três etapas: planejamento e contratação;execução; e controle e avaliação.

2. A etapa do "planejamento e contratação" abrange, de modo geral, a fixação dadespesa orçamentária; a descentralização/movimentação de créditos orçamentários; aprogramação orçamentária e financeira; e o processo de licitação.

3. Quando a descentralização envolver UG de um mesmo órgão, tem-se adescentralização interna, também chamada de "provisão". Se, porventura, ocorrerentre UG de órgãos ou entidades de estrutura diferente, ter-se-á uma descentralizaçãoexterna, também denominada de "destaque".

(...)

6. O processo de licitação compreende um conjunto de procedimentos administrativosque objetivam adquirir materiais, contratar obras e serviços, alienar ou ceder bens aterceiros, bem como fazer concessões de serviços públicos com as melhores condiçõespara o Estado.

7. A etapa da "execução" corresponde aos estágios da despesa orçamentária públicana forma prevista na Lei nº 4.320/1964: empenho, liquidação e pagamento.

8. Os Empenhos podem ser classificados em: Ordinário, Estimativo e Global.

9. Não obstante a prática já adotada no âmbito da Força Terrestre, o Manual deDespesa Nacional recomenda constar no instrumento contratual o número da NE,visto que representa a garantia ao credor de que existe crédito orçamentário disponívele suficiente para atender a despesa objeto do contrato. Nos casos em que o instrumentode contrato é facultativo, a Lei nº 8.666/1993 admite a possibilidade de substituí-lopela NE, hipótese em que o empenho representa o próprio contrato.

10. A liquidação consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo porbase os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito e tem por objetivoapurar (artigo 63 da Lei nº 4.320/1964):

- a origem e o objeto do que se deve pagar;

- a importância exata a pagar; e

- a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação.

a. Natureza de Despesa? A Natureza de Despesa (ND), conforme se verifica na tabela a seguir, informa a categoria

econômica da despesa, o grupo a que ela pertence, a modalidade de aplicação e o elemento. No SIOP, o código representativo é composto por oito dígitos, assim representados com as

devidas anotações e, ainda, destacando-se as mais frequentes utilizadas pelas UG:

Exemplo:

25 A Msg SIAFI nº 1326645-SEF, de 17 Nov 08, publicada no B Info 11/2008-5ª ICFEx, alerta sobre conceitos contidosnos Manuais de Receita Nacional e de Despesa Nacional, publicados por meio da Portaria Conjunta nº 3-STN/SOF, de 14Out 08.

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1º dígito 2º dígito 3º e 4º dígitos 5 e 6º dígitos 7º e 8º dígitos

3 3 90 30 17

Classificação Dígitos Comentários

CategoriaEconômica 1º

São as Despesas Correntes ou de Capital, cuja diferença é a contribuição diretapara a formação ou aquisição de um bem de capital. No SIOP: "3" Corrente e"4" Capital

Grupo de Naturezada Despesa (GND)

O GND é um agregador de elemento de despesa com as mesmas característicasquanto ao objeto de gasto. No SIOP: "1" Pessoal e Encargos Sociais; "2" Jurose Encargos da Dívida; "3" Outras Despesas Correntes; "4" Investimentos;"5" Inversões financeiras e "6" Amortização da Dívida

Modalidade deAplicação

3º4º

Indica se os recursos serão aplicados mediante transferência financeira, oudiretamente para entidades privadas sem fins lucrativos e outras instituições; ou,então, diretamente pela unidade detentora do crédito orçamentário, ou poroutro órgão no âmbito do mesmo nível de Governo. Objetiva, principalmente,eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados.No SIOP: "90" Aplicações Diretas - Aplicação direta, pela unidadeorçamentária, dos créditos a ela alocados ou oriundos de descentralização deoutras entidades integrantes ou não dos Orçamentos Fiscal ou da SeguridadeSocial, no âmbito da mesma esfera de governo.

Elemento deDespesa

5º6º

A finalidade é identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos evantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceirosprestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações,equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros que aAdministração Pública utiliza para a consecução de seus fins. No SIOP: "30"Material de Consumo; "39" Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica e"52" Equipamentos e Material Permanente

Subelemento7º8º desdobramento facultativo do elemento de despesa.

Assim, no exemplo 3.3.90.30-17, temos:3 – Despesa corrente;3 – Outras despesas correntes;90 – Aplicações diretas;30 – Material de Consumo; e 17 – Material de processamento de dados

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Nota de Dotação Nota de Dotação

Provisão Nota de Crédito-NC

Provisão Nota de Crédito-NC

Emite a Nota de Empenho

Notas1. UNIDADE GESTORA (UG) - É um conceito genérico de Unidade Orçamentária ou Administrativa que

realiza atos de gestão orçamentária, financeira e/ou patrimonial.2. UNIDADE GESTORA EXECUTORA (UGE) - Unidade que realiza atos de gestão orçamentária,

financeira e/ou patrimonial. Poderá ser UG Primária (160XXX), quando realizar atos vinculados à UnidadeOrçamentária Comando do Exército (ou Fundação Osório). Será considerada UG Secundária (167XXX),quando realizar atos de gestão vinculados à UO Fundo do Exército.

3. UNIDADE GESTORA RESPONSÁVEL (UGR) - Unidade que responde pela realização da parcela doprograma de trabalho contida num crédito. Tem atribuição de gerir os diversos Projetos e Atividades, por isso onome RESPONSÁVEL (UGR). No Comando do Exército as UGR, são aquelas com as atribuições de ÓrgãosSetoriais (OS). Exemplo: DGP, COTER, etc.

4. UNIDADE ORÇAMENTÁRIA - Unidade da Administração Direta a quem o Orçamento da Uniãoconsigna dotações especificas para a realização de seus programas de trabalho e sobre os quais exerce o poderde disposição.

b. Plano Interno - PI

O Plano Interno (PI) é adotado no âmbito do Exército Brasileiro como um instrumento deplanejamento e de acompanhamento da ação programada com a finalidade de otimizar a ExecuçãoOrçamentária e Financeira, bem como permitir o acompanhamento e o controle da realização dasdespesas.

Usado como forma de detalhamento de um projeto/atividade, permite uma interligação entre oque é planejado com o que efetivamente é executado. A estrutura visa também atender à demandacrescente por informações gerenciais que hoje não são passíveis de serem obtidas por intermédio deoutras transações existentes no SIAFI. Novos PI podem ser criados de acordo com a necessidade decada UGR, mediante aprovação do Estado-Maior do Exército.

Para consultar a descrição do PI, acesse, no SIAFI, a transação “>CONPI”

Cmdo ExUO

Min TransporteUO

Órgão Central do Orçamento - SOF

UGR

Unidades ExecutorasUG

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Exemplo: PI I 3 DA FUN ADOM

Identifica o Item (Administração da OM) Identifica o Título do PI (Funcionamento) Identifica o Encargo (Despesas Administrativas) Identifica o Órgão de Apoio (DGO) Identifica o Gestor (SEF)

c. Obrigatoriedade de Licitar

A contratação de bens e serviços no âmbito da Administração Pública (Federal, Estadual eMunicipal) deve ser realizada por licitação. Esta é a regra geral prevista no art 37 da CF/88, reforçadana Msg SIAFI 0760224-SEF, de 06 jul 09 a seguir transcrita:

(...)

F. OBSERVE QUE A REGRA A SER CUMPRIDA PELA ADMINISTRACAO PUBLICAE A LICITACAO, SENDO QUE SUA DISPENSA SO PODE SER EFETUADA EMCASOS EXCEPCIONAIS, DEVIDAMENTE JUSTIFICADOS, DE MODO QUE ACONTRATACAO DIRETA DEVE SER REALIZADA COM MUITA CAUTELA;

Assim, mesmo nos processos de geração de receita, independentemente do valor a serrecolhido, a licitação deve ser realizada sempre que houver condições de competitividade. .(Recomenda-se observar o trecho do Acórdão nº 159-TCU-Plenário, publicado no B Info 3/2012)

d. Planejamento das aquisições

O TCU tem exigido dos administradores o devido planejamento orçamentário, incluindo-se aías aquisições (custeio e investimento). Na verdade, é a obediência ao princípio da anualidade doorçamento. O planejamento, além de permitir gastos eficientes e coerentes, tem a finalidade acessóriade definir as modalidades de licitação e evitar o fracionamento da despesa26.

Evidência recente de tal fato foram as Instruções Normativas nº 05-MP, de 26 Maio 17 e nº01-MP, de 29 Mar 18 que abordam a necessidade dos estudos preliminares e da equipe deplanejamento tanto na contratação de serviços como na aquisição de bens.

e. Fracionamento x Parcelamento

O art 23 da Lei 8.666/93 dispõe:(...)§ 1º. As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração serão divididas emtantas PARCELAS quantas se comprovem técnica e economicamente viáveis,procedendo-se à licitação com vistas ao MELHOR APROVEITAMENTO dos recursosdisponíveis no mercado e à AMPLIAÇÃO DA COMPETITIVIDADE SEM PERDA DAECONOMIA DE ESCALA.

Como se percebe no dispositivo retro o parcelamento é perfeitamente legal, cujascaracterísticas são: licitações distintas para cada fase; e utilização da modalidade prevista paraexecução do objeto global. Qualquer outra forma de procedimento que não a estipulada no parágrafo1º caracterizará o fracionamento o que é proibido, conforme os § 2º e 5º do mesmo artigo.

26 Consultar também o item específico sobre Sistema de Registro de Preços

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§ 2º Na execução de obras e serviços e nas compras de bens, parceladas nos termosdo parágrafo anterior, a cada etapa ou conjunto de etapas da obra, serviço oucompra, há de corresponder licitação distinta, preservada a modalidade pertinentepara a execução do objeto em licitação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)§ 5o É vedada a utilização da modalidade "convite" ou "tomada de preços", conformeo caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviçosda mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta econcomitantemente, sempre que o somatório de seus valores caracterizar o caso de"tomada de preços" ou "concorrência", respectivamente, nos termos deste artigo, excetopara as parcelas de natureza específica que possam ser executadas por pessoas ouempresas de especialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço. (Redaçãodada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Assim, o fracionamento, da forma acima, é tipificado como crime (art 93), seja peladispensa de licitação (Art. 24, I e II) seja pela fuga à modalidade licitatória (art 23, § 5º).

Entretanto, há uma exceção à regra, na qual é permitida a manutenção da modalidadelicitatória cabível, para as etapas de uma mesma obra ou serviço (Art 23, § 5º, in fine), desde que serefiram a parcelas de natureza específica que possam ser realizadas por pessoas de especialidadediversa daquela do executor da obra ou serviço.

Nesse caso, por ocasião de contratações de obras, onde em uma determinada etapa, épossível realizar uma licitação específica, adotando-se outra modalidade de licitação, desde que serefira a parcela de natureza específica e que possa ser realizada por pessoal (licitante) deespecialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço.

Tem ligação com o aproveitamento de mercado (especialidade de serviço), obtendo-se, emprincípio, serviço de melhor qualidade e com preço mais vantajoso. Assim, vai ao encontro dadefinição de eficiência da administração.

Por fim, recomenda-se a leitura das matérias publicadas nos B Info 2/2011 e 11/2015.

f. Requisição

É um documento obrigatório que precede a despesa, devendo ser anexado ao processo deaquisição, independente da modalidade de licitação27.

A requisição é expedida pelo interessado (seção requisitante), devendo constar a especificaçãotécnica do bem/serviço pretendido. É na requisição que o OD autoriza a despesa e indica qual adotação orçamentária a ser utilizada, bem como a modalidade de licitação a ser aplicada ou se é casode dispensa/inexigibilidade de licitação. Para tanto, é razoável que contemple a pesquisa de preçoscomo anexo, justamente para auxiliar na escolha da modalidade a ser utilizada, bem como verificar sehá crédito disponível e suficiente capaz de atender a futura contratação.

Por fim, recomenda-se a leitura de matéria publicada no B Info 08-2010, onde se complementao assunto e suas consequências.

27 IG 12-02 (Portaria nº 305-Min Ex, de 24 MAIO 1995 – IG para a Realização de Licitações e Contratos no Min Ex)art. 13 – Toda compra, obra ou serviço será sempre precedida de requisição, que importará na responsabilidade

da autoridade requisitante quanto a sua quantidade e quanto à necessidade dos serviços que lhe são afetos.Parágrafo único – A requisição deverá conter a especificação das obras e dos serviços a contratar e dos bens a

adquirir e será submetida ao OD, que, aprovando-a, determinará a abertura do processo administrativo, iniciando-se oprocedimento da licitação.

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g. Pesquisa de Preços

Procedimento de extrema relevância na fase interna da aquisição.

Reiteradas são as decisões do TCU exigindo no bojo do processo a pesquisa e/ou forma comoos preços foram obtidos, inclusive para as despesas feitas sob a forma de dispensa. Ora, o motivo éverificar, dentre outros, os seguintes aspectos:

- se há disponibilidade orçamentária28 para a contratação; e

- verificar a modalidade de licitação (Concorrência, Tomada de Preços e Convite) a seraplicada, em que pese a modalidade pregão poder ser utilizada para qualquer valor. Entretanto, nocaso de obras e serviços não comuns, a modalidade pregão, em princípio, não é aplicada.

Ainda, a pesquisa de preços, antecedendo qualquer contratação, com ou sem licitação, tem ocondão de aferir se o preço contratado está em consonância com o preço praticado no mercado29, afim de evitar eventual prejuízo decorrente de superfaturamento.

Ratificando a obrigatoriedade da pesquisa de preços, em qualquer processo de aquisição, a Msg0760224-SEF, de 06 Jul 09 e Msg 1481381-SEF, de 14 Dez 09 transcrevem algumas determinaçõesdo TCU, contidas nos Acórdãos 1195/2009 - Plenário, 2965/2009 - 2ª Câmara, 3018/2009 - 2ªCâmara e 6101/2009 - 2ª Câmara, na forma que segue:

Msg 0760224-SEF, de 06 Jul 09

A. FACA CONSTAR DOS PROCESSOS DE DISPENSA DE LICITACAO,ESPECIALMENTE NAS HIPOTESES DE CONTRATACAO EMERGENCIAL, AJUSTIFICATIVA DE PRECOS A QUE SE REFERE O INCISO III DO ART. 26 DA LEI8.666/1993, MESMO NAS HIPOTESES EM QUE SOMENTE UM FORNECEDORPOSSA PRESTAR OS SERVICOS NECESSARIOS A ADMINISTRACAO, MEDIANTEA VERIFICACAO DA CONFORMIDADE DO ORCAMENTO COM OS PRECOSCORRENTES NO MERCADO OU FIXADOS POR ORGAO OFICIAL COMPETENTEOU, AINDA, COM OS CONSTANTES DO SISTEMA DE REGISTRO DE PRECOS, OSQUAIS DEVEM SER REGISTRADOS NOS AUTOS, CONFORME DECISAO TCU627/1999 – PLENARIO;(...)J. PROMOVA AMPLA PESQUISA DE MERCADO, DE MODO A JUSTIFICAR OSPRECOS ORCADOS PELA ADMINISTRACAO, CONFORME O ART. 3° DODECRETO 3.931/2001;

- Mais esclarecedores são os trechos de Acórdãos ora transcritos:

Determinação à (….) para que, nos procedimentos licitatórios, proceda a umadetalhada estimativa de preços com base em pesquisa fundamentada em informaçõesde diversas fontes propriamente avaliadas, como, por exemplo, cotações específicascom fornecedores, contratos anteriores do próprio órgão, contratos de outros órgãos e,

28 Lei 8.666/93, art 14. Nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de seu objeto e indicação dosrecursos orçamentários para seu pagamento, sob pena de nulidade do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dadocausa. Art 55. São cláusulas necessárias em todo o contrato as que estabeleçam...V – o crédito pelo qual correrá a despesa,29 Lei 8.666/93, art 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos: ...IV -verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e, conforme o caso, com os preços correntes nomercado ou fixados por órgão oficial competente, ou ainda com os constantes do sistema de registro de preços, os quaisdeverão ser devidamente registrados na ata de julgamento, promovendo-se a desclassificação das propostasdesconformes ou incompatíveis;

A contratação deve ser precedida por pesquisa de preço, inclusive nas cessões de uso.

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em especial, os valores registrados no Sistema de Preços Praticados do SIASG e nasatas de registro de preços da Administração Pública Federal, de forma a possibilitar aestimativa mais real possível, em conformidade com os arts. 6º, inc. IX, alínea "f", e43, inc. IV, da Lei nº 8.666/1993 (item 9.2.1, TC-027.585/2009-8, Acórdão nº47/2011-Plenário).

(...) só efetivar contratações diretas após comprovação da compatibilidade dos preçospraticados com os do mercado, mediante pesquisa de preços, devendo adocumentação pertinente constar do respectivo processo de dispensa. (Acórdão nº713/2009-Plenário-TCU)

(...) faça constar dos processos licitatórios toda a documentação que deu suporte àformação do preço estimado pela Administração, valor esse utilizado como parâmetronas contratações de bens e serviços. (Acórdão nº 663/2009-Plenário-TCU)

abster-se de adjudicar propostas com valores superiores aos preços de referênciaestimados na fase interna de seus processos licitatórios, com vistas a dar eficácia aodisposto no art. 48, inciso II, da Lei nº 8.666, de 1993. (Acórdão nº 4.852/2010-Plenário-TCU)

abster-se de efetuar contratação por preços acima da estimativa de mercado realizadapreviamente, obedecendo a lei do menor preço. (Acórdão nº 655/2011-Plenário-TCU)

Uma questão que merece consideração é quando os preços das propostas/lances se encontramacima dos estimados pela administração, independente da modalidade de licitação. No caso de pregãoeletrônico, o pregoeiro deverá negociar para que os valores da proposta sejam compatíveis com oanteriormente estimado.

A pesquisa se mostra importante, também, para evitar eventual responsabilização por dano aoerário em decorrência de aquisição com preço acima de mercado, conforme se verifica no Acórdão nº1693/2012-TCU-Plenário, em Processo nº TC 029.040/2011-6.2. versando sobre responsabilizaçãosolidária de agentes por prejuízos causados ao erário, em decorrência de graves deficiências noorçamento prévio dos serviços de locação de mobiliário e a permissão e celebração de contrato nessascondições30.

Cabe destacar o que prevê a Lei de Licitações nos seguintes artigos:

30 O Acórdão converteu os autos em TCE, a fim de convocar os responsáveis solidários para apresentarem defesa sobre airregularidade ou recolher aos cofres do Tesouro Nacional a importância de R$ x,xx. As condutas descritas são: 1) Coordenadordo C omitê de Planejamento Operacional: ter consentido a elaboração de Termo de Referência ao Pregão Eletrônico (...) comgraves deficiências no orçamento prévio dos serviços; por haver permitido a celebração e ordenado a descentralização de créditoorçamentário para custeio do Contrato sem antes certificar se os valores unitários de locação de bens móveis eram os maiseconomicamente vantajosos ao Erário, fato que ensejou dano aos cofres do Tesouro Nacional; 2) Membro: haver elaboradoTermo de Referência ao edital do Pregão Eletrônico (...), o qual contemplou orçamento prévio dos serviços de locação demobiliário para a (...), com base em pesquisa de preço genérica e deficiente, sem adequada composição dos custos unitários esem demonstração da razoabilidade dos valores estimados, a influenciar o procedimento licitatório e induzir à celebração decontrato antieconômico, acarretando dano os cofres do Tesouro Nacional; 3) Membro da Comissão Especial de Apoio do Comitêde Planejamento Operacional: haver elaborado orçamento prévio dos serviços de locação de mobiliário para as (…), com baseem pesquisa de preço genérica e deficiente, sem adequada composição dos custos unitários e sem demonstração da razoabilidadedos valores estimados, a influenciar o procedimento licitatório e induzir à celebração de contrato antieconômico, acarretandodano os cofres do Tesouro Nacional; 4) Ordenador de Despesa: por haver aprovado Termo de Referência ao Pregão Eletrônico(...) com graves deficiências no orçamento prévio dos serviços de locação, por ter homologado o resultado da referida licitação,assinado instrumento de contrato, dos quais resultaram pagamentos de despesas contratuais com indícios de sobrepreço,acarretando dano aos cofres do Tesouro Nacional; 5) Empresa (...): por ser beneficiária dos pagamentos pelos serviços de locaçãode mobiliário para as (...), prestados durante a realização dos V Jogos Mundiais Militares, conforme Contrato, nos quais foramidentificados sobrepreços no valor total de R$ x,xx.

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Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão:(...)V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades daAdministração Pública.

Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintesprocedimentos: (...)IV - verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e,conforme o caso, com os preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficialcompetente, ou ainda com os constantes do sistema de registro de preços, os quaisdeverão ser devidamente registrados na ata de julgamento, promovendo-se adesclassificação das propostas desconformes ou incompatíveis; (grifo nosso)

Uma pesquisa de mercado bem feita depende de uma especificação precisa do material queserá adquirido, bem como do detalhamento das condições de entrega e do quantitativo que seráadquirido.

O Art 4º da IN 5 SLTI, de 27 de junho de 2014, proibiu as pesquisas realizadas com preçospromocionais ou com preços obtidos em sites de compras coletivas.

Assim, tendo em vista a relevância que essa etapa tem na fase interna da licitação e, ao mesmotempo, o impacto que produz na decisão do pregoeiro (e ou da Comissão de Licitação), julga-se porbem apresentar algumas considerações sobre os possíveis locais onde podem ser realizadas taispesquisas:

A deflagração de procedimentos licitatórios exige estimativa de preços que pode serrealizada a partir de consultas a fontes variadas, como fornecedores, licitaçõessimilares, atas de registro de preços, contratações realizadas por entes privados emcondições semelhantes, entre outras. No entanto, os valores obtidos por meio dessasconsultas que sejam incapazes re refletir a realidade do mercado devem serdesprezados. (Acórdão nº 868/2013-Plenário-TCU).

Determinação à […] para que, ao estimar o custo de contratação, adote como base,preferencialmente, os preços praticados em contratações similares, bem como aquelesparametrizados em indicadores setoriais, tabelas de fabricantes, valores oficiais dereferência, tarifas públicas ou outros equivalentes, se for o caso, nos termos do art. 15,inciso XII, b, da IN/SLTI-MP nº 2/2008, valendo-se de consultas de preçosdiretamente junto a potenciais fornecedores somente quando não for possível utilizar-se dos citados expedientes. (Acórdão nº 3.395/2013-2ª Câmara-TCU)

Como boa prática, cabe destacar a Portaria expedida pelo Tribunal de Justiça do DistritoFederal e dos Territórios (TJDFT), que normatizou, para aquele órgão, diretrizes para a realização depesquisa de preços de mercado para as licitações, conforme a seguir:

Portaria nº 886-GPR/TJDFT, de 24 JUN 13

Da realização da pesquisa de preços

Art. 4° Para se obter a estimativa de preços, a unidade solicitante poderá utilizar-sede:

I – fontes oficiais;II – pesquisa de mercado, com detalhamento da proposta pelo fornecedor, em estritaconformidade com o solicitado;III – valores constantes de banco de preços externos, desde que previamentecontratados pelo TJDFT, para pesquisa relacionada a itens de alta recorrência;

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IV – pesquisas em sítios eletrônicos de empresas conhecidas no mercado nacional;V – revistas especializadas;VI – demais fontes de pesquisa que a Administração entender necessárias, caso aunidade responsável pela pesquisa de preços tenha dificuldades em obtê-la, desde quedevidamente detalhada e justificada;

§ 1° Para os efeitos desta Portaria, são considerados documentos comprobatórios osoriundos das fontes mencionadas nos incisos I ao VI deste artigo.

§ 2° A ordem de pesquisa deve seguir a sequência dos incisos deste artigo, passando-se para o próximo inciso sempre que não houver êxito na pesquisa nos moldes doinciso anterior.

§ 3° Consideram-se fontes oficiais as seguintes:

I – o Sistema de Registro de Preços – SISRP;II – o Sistema de Preços Praticados – SISPP;III – as tabelas oficiais de responsabilidade de órgãos ou entidades públicos – SINAPI,ORSE, SICRO;IV – o resultado das cotações eletrônicas do Comprasnet; (atual Portal de ComprasGovernamentais)V – as atas de registro de preços e contratações ou aquisições realizadas no âmbito daAdministração Pública, desde que não sejam em intervalo superior a 6 (seis) meses dadata da abertura do processo administrativo que deu origem à ata.

§ 4° Se não houver a possibilidade de a unidade solicitante apresentar os trêsorçamentos mencionados no § 1º do art. 2º desta Portaria, deve ser feita a devidajustificativa e submetida à Secretaria-Geral do TJDFT para deliberação.

§ 5° Devem ser desconsiderados, de plano, pelas áreas demandantes os valores dequaisquer das fontes utilizadas para a estimativa de custo que, manifestadamente, nãorepresentem a realidade do mercado.

Art. 5° A pesquisa de preços pode, dependendo do objeto, abranger qualquer regiãodo País e, em casos específicos, devidamente justificados, mercados externos.

Parágrafo único. A pesquisa será realizada com base em informações padronizadas,de tal forma que sejam evitadas distorções no seu resultado, devendo contemplar:

I – descrição completa e detalhada do objeto;II – quantidades estimadas de fornecimento;III – prazos máximos, locais e condições de entrega;IV – condições de pagamento;V – outras informações que possam interferir na formação do preço.

Relevante salientar, também, o exposto a seguir31, como pontos importantes em uma pesquisade mercado:

- Fazer a pesquisa de posse da correta definição do objeto e da quantidadealmejada, pois objetos semelhantes, mas de especificação distinta, têmdiferença de preço;- Buscar orçamentos na praça em que ocorrerá a contratação, pois o frete e adisponibilidade alteram o valor do produto;

31 Túlio Bastos Barbosa, economista do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas, autor do livro“Formação de Preços”, Editora Negócios Públicos, 2007

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- Evitar buscar orçamento em indústria se, pelo quantitativo, sua licitação foratraente apenas para varejistas (e vice-versa);- Tomar cuidado com preços de sítios de comércio eletrônico. É possível queesses preços estejam abaixo da média do mercado varejista. Além disso, nelessempre é o frete o que impacta no preço divulgado;- Informar ao elaborador do orçamento as condições de pagamento, pois istoinfluencia no preço do produto; e- Na hipótese de utilizar atas de registro de preço para embasar seu orçamento,procure as que são de órgãos que tenham a mesma base geográfica que o órgãolicitante e características similares às suas necessidades.

Assim sendo, recomenda-se a leitura de matéria publicada no B Info 08-2010, onde secomplementa o assunto e suas consequências. Nessa mesma linha, ainda, as recomendações contidasna Msg 1027108-5ª ICFEx, CIRCULAR, de de 26 Ago 10, que trata de justificativas e pesquisa depreço quando da prorrogação de contratos.

Cabe destacar a Súmula 259-TCU, publicada no Anexo C ao BINFO 11/2013, que trata, entreoutros assuntos, da fixação de preços máximos em licitações.

Por fim, de mais recente foi editada pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação doMinistério do Planejamento, Orçamento e Gestão a Instrução Normativa nº 03, de 20 Abr 17 que aatualizou a IN nº 5, de 27 de junho de 2014 e o Caderno de Logística Pesquisa de Preços que dispõesobre os procedimentos administrativos básicos para a realização de pesquisa de preços para aquisiçãode bens e contratação de serviços em geral.

h. Parecer Jurídico

Obrigatória a análise jurídica dos Instrumentos Convocatórios (Edital), conforme dispõe o art38 da Lei nº 8.666/93, exceção da carta convite32 nos casos que dela NÃO resulte contrato.

As minutas de contrato devem sempre acompanhar o Edital como um de seus anexos (§ únicodo art 38).

No tocante à competência para emissão de Parecer Jurídico, conforme Of nº 353 - Asse Jur -09 (A1/SEF), de 15 Out 09, publicado no B Info 10/2009, a SEF ratifica o exposto no Of nº 558 -A2.10 - Gab Cmt Ex, de 17 Set 09, definindo que os processos licitatórios no âmbito do Exércitodevem ser encaminhados às Consultorias Jurídicas da União da Advocacia Geral da União(CJU/AGU) para emissão dos correspondentes Pareceres Jurídicos.

Em 2013, a SEF pronunciou-se também pelo seguinte posicionamento nessa área:

a. todo e qualquer processo licitatório, inclusive dispensas e inexigibilidades, deve ser analisadosob o aspecto jurídico, por órgão competente, no teor da Nota DECOR/CGU/AGU nº 007/2007-SFT33; e

b. além dos itens citados na letra “a” acima, também devem ser alvo de análise pelas CJU asminutas de editais e de quaisquer contratos, convênios, termos aditivos e ajustes de todo o gênero,mesmo os idênticos e repetitivos. No entanto, se a CJU/AGU declinar dessa competência, de formaexpressa, a análise competente deverá ser realizada pela assessoria jurídica da grande unidade (Bda,RM, DE ou Gpt E) a que a Unidade Gestora estiver vinculada34.

No que diz respeito, especificamente, sobre processos de dispensa e inexigibilidade, no ano de2013 foram expedidos os seguintes documentos pela SEF acerca do assunto: DIEx nº 085-

32 De acordo com orientação da Msg nº 684692-SEF, de 31 Out 03, publicado no B Info 10/2003.

33 De acordo com DIEx nº 085-Asse1/SSEF, de 12 Jun 13, da SEF, publicado no B Info 11/2013.

34 De acordo com DIEx nº 131-Asse1/SSEF, de 12 Set 13, da SEF, publicado no B Info 11/2013

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Asse1/SSEF/SEF, de 12 JUN 13, DIEx nº 131—Asse1/SSEF/SEF, de 12 SET 13 e DIEx nº 174-Asse1/SSEF/SEF, de 05 NOV 13, todos publicados no BINFO 11/2013/5ª ICFEx.

Sobre esse assunto, ao abordar as dispensas de pequeno valor e as inexigibilidades que tambémse enquadrem nos valores estabelecidos nos incisos I e II do Art 24, da Lei nº 8.666/93, a AGUexpediu a ON nº 46, de 26 FEV 14, a seguir transcrita:

O ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO [...] resolve expedir a presente orientaçãonormativa, de caráter obrigatório a todos os órgãos jurídicos enumerados nos arts. 2ºe 17 da Lei Complementar nº 73, de 1993:

SOMENTE É OBRIGATÓRIA A MANIFESTAÇÃO JURÍDICA NAS CONTRATAÇÕESDE PEQUENO VALOR COM FUNDAMENTO NO ART. 24, I OU II, DA LEI Nº8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993, QUANDO HOUVER MINUTA DE CONTRATONÃO PADRONIZADA OU HAJA, O ADMINISTRADOR, SUSCITADO DÚVIDAJURÍDICA SOBRE TAL CONTRATAÇÃO. APLICA-SE O MESMO ENTENDIMENTOÀS CONTRATAÇÕES FUNDADAS NO ART. 25 DA LEI Nº 8.666, DE 1993, DESDEQUE SEUS VALORES SUBSUMAM-SE AOS LIMITES PREVISTOS NOS INCISOS I EII DO ART. 24 DA LEI Nº 8.666, DE 1993.

i. Pregão Eletrônico - Uso Obrigatório para bens e serviços comuns

A SEF, referenciando Acórdão nº 2584/2008 - TCU - 2ª Câmara, determinou, por intermédioda Msg 1237268, de 28 OUT 08, que se utilize obrigatoriamente a modalidade Pregão para adquirirbens e serviços comuns, em observância ao disposto no art 4º do Decreto nº 5.450/2005. Ainda,consoante o citado, determinou que se planeje tempestiva e adequadamente as aquisições de mesmanatureza, a fim de evitar a realização de múltiplos certames para compras de objetos semelhantes e,assim, obter economia de escala, em observância ao princípio constitucional da eficiência. Nessesentido, consultar título SRP.

A questão que pode gerar dúvidas, é sobre a definição de que vem a ser bem ou serviçoscomuns, em que pese a Lei nº 10.520 trazer no § único, art 1º que são aqueles cujos padrões dedesempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificaçõesusuais no mercado.

Neste sentido, vale trazer os ensinamentos de Jessé Torres Pereira Junior que entrevêem-secomo comuns, para fins de aplicação do pregão, compras e serviços que apresentem três notas básicas:(a) aquisição habitual no dia-a-dia administrativo; (b) refiram-se ao objeto cujas característicasencontrem no mercado padrões usuais de especificação; (c). os fatores de critérios e julgamento daspropostas sejam rigorosamente objetivos, centrados no menor preço”. (Comentários à Lei de Licitaçõese Contratações da Administração Pública, 8ª ed. Rio de Janeiro, Renovar, 2009, p.1057). Com estascaracterísticas atendidas nada impede que o bem/serviço seja contratado por meio de pregão.

Ainda, como regra geral, não é possível a contratação de serviços de engenharia por meio damodalidade pregão, presencial ou eletrônico, salvo se a administração pública conseguir demonstrarque o serviço pretendido, em que pese se tratar de serviço de engenharia, na verdade, enquadra-se nacategoria de serviços comuns nos termos do art 1º da Lei nº 10.520/02. A subsidiar tal assertiva, aDecisão nº 674/02 – TCU – Plenário. Na mesma linha o Acórdão nº 1.617/06 e, em particular, asúmula nº 257/10, onde aquela corte de contas define que O uso do pregão nas contratações deserviços comuns de engenharia encontra amparo na Lei nº 10.520/02.

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Daí extrai-se que bem/serviço comum, nos termos da Lei nº 10.520/02, não pode ser sinônimode bem ou serviço “simples”, podendo, ser extremamente complexo mas se enquadrar como comum afim de poder ser aplicada a modalidade pregão.

Observe que a discussão é sobre o uso da modalidade pregão na contratação de serviços deengenharia e não a dispensa das formalidades/procedimentos decorrentes do serviço propriamentedito. Ressalte-se a necessidade de obediência à contratação com profissionais ou empresas queatendam às disposições da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966 e, ainda, que satisfaçam às disposições doCONFEA/CREA. Oportuno também recordar que em qualquer caso (obra/serviço) de engenharia énecessário a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e o seu recolhimento junto à entidadecompetente (CREA), para tanto, sugere-se sempre o assessoramento de órgão técnico.

Atualmente, não há autorização legislativa para adoção do pregão para obras de engenharia.(art. 6º, do decreto 5.450/05). No entanto, cabe destacar que a Súmula nº 257-TCU permitiu autilização do pregão eletrônico para serviços comuns de engenharia.

Para tentar ilustrar a diferença entre obra e serviço, apresenta-se o quadro a seguir, elaboradopelo Instituto Brasileiro de Obras Públicas:

Fonte: Orientação Técnica 02/2009-IBRAOP, disponível em http://www.ibraop.org.br

Nesse ponto cabe salientar o que prevê a Orientação Normativa nº 54-AGU, de 25 Abr 14:

"Compete ao agente ou setor técnico da administração declarar que o objetolicitatório é de natureza comum para efeito de utilização da modalidade pregãoe definir se o objeto corresponde a obra ou serviço de engenharia, sendoatribuição do órgão jurídico analisar o devido enquadramento da modalidadelicitatória aplicável."

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Assim, recomenda-se que a UG sempre consulte o órgão técnico (CRO de vinculação) para sanareventuais dúvidas a respeito do enquadramento do objeto como obra ou serviço de engenharia.

j. Pedidos de Esclarecimentos / Impugnação do Edital / Intenção de Recurso /Julgamento do Recurso - Pregão

j.1. Pedidos de Esclarecimentos – decorrente do previsto no Art 19 do Decreto 5.450/05,dispõe que os pedidos de esclarecimentos referentes ao processo licitatório deverão ser enviados aopregoeiro, até três dias úteis anteriores à data fixada para abertura da sessão pública, exclusivamentepor meio eletrônico via internet, no endereço indicado no edital. Situação também prevista no Art 12do Decreto nº 3.555/00, embora com prazo diferenciado (2 dias úteis).

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Duas situações merecem destaque neste quesito:

a. o pregoeiro deve analisar e disponibilizar a resposta no ambiente eletrônico (Portal deCompras Governamentais), a fim de que todos os participantes tenham acesso às informaçõesprestadas; e

b. conveniente lembrar que qualquer modificação no edital exige divulgação pelo mesmoinstrumento de publicação em que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmenteestabelecido, exceto quando, inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas .(art 20, Decreto nº 5.450/05). Em outras palavras, a administração deve analisar se os esclarecimentosproduzem ou não alteração na formulação das propostas, pois havendo modificação, novo prazodeverá ser reaberto.

j.2. Impugnação do Edital – possibilidade prevista no art 18 do Decreto nº 5450 e art 12do Decreto nº 3.555/00 dispondo que Até dois dias úteis antes da data fixada para abertura da sessãopública, qualquer pessoa poderá impugnar o ato convocatório do pregão, na forma eletrônica, cabendoao pregoeiro, auxiliado pelo setor responsável pela elaboração do edital, decidir sobre a impugnaçãono prazo de até vinte e quatro horas (§ 1º, art 18). Da mesma forma, se acolhida a impugnação contrao ato convocatório, será definida e publicada nova data para realização do certame. (§ 2º, art 18)

j.3. Intenção de Recurso - a Msg SIAFI 1055693-SEF, de 17 Set 08, referenciandoAcórdão n° 1.990/2008 - Plenário - TCU, informou que foi determinado ao então MPOG para quefosse estabelecido, pelo menos 30 (trinta) minutos, como o tempo mínimo para apresentação deintenção de recurso por parte dos licitantes, quando da realização de Pregões Eletrônicos.

O tempo de intenção de recurso deve ser avaliado com cautela pelo pregoeiro, a fim deoportunizar ao licitante o direito subjetivo de recorrer de decisão, classificação e/ou habilitação. Alicitante deve se manifestar após a fase de habilitação se pretende recorrer de decisão, sendo um pré-requisito para poder apresentar o recurso propriamente dito, com prazo de 3 dias úteis.

Assim, prazos exíguos e não compatíveis com a complexidade do certame, comprometema licitante a exercer o seu direito. Caso a licitante não apresente a manifestação da intenção derecurso, ficará impedida de pelo menos, via Portal de Compras Governamentais, encaminhar orecurso propriamente dito.

j.4. Aceitabilidade da intenção de recurso pelo pregoeiro - É possível o pregoeiro nãoaceitar a intenção de recurso da licitante, mas recomenda-se que essa análise deve limitar-se ao juízode admissibilidade (sucumbência, tempestividade, legitimidade, interesse e motivação) do recurso enão adentrar no mérito das alegações da empresa.

j.5. Intenção de recurso – motivação - recurso – fatos novos/diferentes – a intenção éinterposta na própria sessão com a manifestação da licitante do interesse de recorrer no prazo de 3dias. Nesse caso, pode o licitante apresentar fatos novos em sua peça recursal (razões de recurso) ouficará vinculado à motivação apresentada na sessão pública?

Quando houver fatos novos na peça recursal o pregoeiro poderá analisá-los de acordo como princípio da autotutela da administração e rever os seus atos administrativos, em conformidade como disposto no art 49, da Lei nº 8666/93; art 53, da Lei nº 9784/99; e art 29, do Decreto nº 5450/05).

j.6. Julgamento do Recurso / Processo – compete ao pregoeiro por força do previsto noInc VIII, art 9º do Decreto nº 3.555/00 e Inc VII, art 11 do Decreto nº 5450/05, receber, analisar e

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decidir recursos. Entretanto, se na hipótese de reconsideração da decisão (juízo de retratação) opregoeiro mantê-la, o recurso deverá ser encaminhado a autoridade superior.

k. Recebimento de Material/Serviço - Especificações - Conferência

É obrigação da Administração controlar o recebimento de mercadorias, em conformidade como PODER/DEVER de fiscalização de seus contratos35.

O art 67 do RAE determina que todo material destinado à UA, deverá ser entregueacompanhado de nota fiscal ou documento equivalente, guia de remessa ou fornecimento, cabendo aosencarregados de material ou a comissão nomeada, (se for o caso) proceder à conferência destematerial, analisando o estado, qualidade ou qualquer outro aspecto dos mesmos.

Independente do responsável pelo recebimento, é fácil concluir que este deve conferir se omaterial REALMENTE atende às especificações previstas e ou exigidas, principalmente, materialentregue em decorrência de aquisições/processo licitatório, onde, as especificações completas seencontram em edital. Fácil perceber que deve haver integração/comunicação para que o responsávelpelo recebimento tenha condições e capacidade, além do conhecimento do que deve ser conferido.

Qualquer recebimento de material fora das especificações poderá ser objeto dequestionamento, tanto do controle interno e/ou externo. Evidente que se houver recebimento fora dasespecificações, deverá ser MUITO bem justificado, em homenagem ao princípio da motivação dosatos da administração. Na oportunidade, cabe relembrar a decisão publicada no B Info 05/2008:

Assunto: PREGÃO ELETRÔNICO. DOU de 23.05.2008, S. 1, p. 157. Ementa: o TCUdeterminou à (...), que, por ocasião da realização de licitações na modalidade depregão eletrônico: a) mantivesse uniformidade na descrição de itens contidos no editaldo pregão em relação ao registrado no sistema COMPRASNET [atual Portal deCompras Governamentais]; (...) c) se abstivesse de aceitar propostas de bens comcaracterísticas diferentes das especificadas em edital, em respeito ao princípio devinculação ao instrumento convocatório, consoante o art. 3º da Lei nº 8.666/1993(itens 9.3.1, 9.3.2 e 2º 9.3.2, TC-003.781/2008-6, Acórdão nº 930/2008-TCU-Plenário).

Fácil concluir, então, que bem/serviço deve ser recebido/prestado de acordo com as condiçõespreviamente estipuladas, ou seja, a administração deve respeitar/preservar e, principalmente, cumpriras condições que ela mesmo estipulou quando elaborou o edital, como obediência ao princípio davinculação ao instrumento convocatório.

Nada mais justo, pois, se a administração aceitar objeto com características diferentes dolicitado será um desrespeito aos demais licitantes que participaram do processo e, que, inclusivepoderiam oferecer melhores condições se soubessem que seria aceito outro objeto em substituição aolicitado.

Corroboram essa ideia os seguintes documentos da SEF:

(Parecer nº 043/AJ/SEF , de 15 MAIO 13)5. CONCLUSÃO

Isso posto, é de se afirmar que:

35 item 1.5, TC011.795/20060, Acórdão TCU 208/2008 - 1ª Câmara

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a. Tendo em vista o Princípio de Vinculação ao Edital, a Administração não podereceber objeto em especificação diversa daquela prevista no instrumento convocatório– seja de qualidade inferior, seja de qualidade superior, seja de qualidade diversa.

b. Se o edital previu especificamente o fornecimento de HD de 500 GB, não abrindo apossibilidade de entrega de equipamento superior, não será possível à Administraçãoaceitar qualquer outra configuração que não aquela constante do instrumentoconvocatório.

(DIEx nº 135-Asse1/SSEF/SEF , de 19 SET 13)

4. Com razão essa ICFEx. De fato, o entendimento do Tribunal de Contas da União éno sentido de que a entrega de equipamento de marca diversa daquela indicada naproposta vencedora viola o disposto no §1o do art. 54 e o art. 66, ambos da Lei8.666, de 1993

[...]

6. Isso posto, esta Secretaria concorda com essa Setorial no sentido de que não cabeao [UG] aceitar elevador eletromecânico da marca TECNIBRAS quando o indicadopelo vencedor havia sido o da marca ENGECASS, eis que tal procedimento viola aorientação vigente no Tribunal de Contas da União.

Por fim, apresenta-se a seguir entendimento mais recente da SEF sobre recebimento dematerial diverso do constante da Ata de Registro de Preços:

DIEx nº 243-Asse1/SSEF/SEF , de 22 AGO 16)

1. Por intermédio do documento de referência essa 2a Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército (2a ICFEx) formulou consulta acerca da possibilidade desubstituição de equipamento de informática registrado em Ata de Registro de Preço poroutro da mesma marca, com qualidade superior e pelo mesmo preço, uma vez quehouve descontinuidade na produção daquele.(...)10. Em síntese, a substituição do equipamento registrado pode acontecer, desde que determinados requisitos sejam observados: a. o produto deve ser da mesma natureza (isto é, se o produto registrado foi umnotebook, só pode ser substituído por outro notebook, jamais por um mouse,microcomputador desktop, dentre outros); b. comprovado fato superveniente não imputável ao licitante vencedor, o qualinviabilizou o fornecimento do produto anteriormente cotado (ex: descontinuidade doproduto pelo fabricante); c. demonstração de que o novo produto ofertado deve ser de qualidade igual ousuperior à inicialmente cotada, de forma a atender todos os requisitos que foramsolicitados no edital; d. manutenção do preço registrado; e. interesse público na preservação da ARP.

11. A título de exemplificação, transcreve-se trecho do relatório, do voto e do Acórdãoproferido nos autos do TC 008.404/2009-1: “TC-008.404/2009-1 ACÓRDÃO Nº 558/2010 – TCU – Plenário [...] 86. O equipamento ofertado não foi entregue, sob a alegação de que havia sidodescontinuado, ocorrendo a sua substituição por outra marca e modelo, de

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características inferiores, mas a despesa foi liquidada, sendo o objeto aceito peloordenador de despesas, com pagamento em 20/5/2009, redundando na perda doobjeto da medida cautelar aprovada na sessão plenária de 24/6/2009 deste Tribunal,destinada a evitar que se consumasse a aquisição dos equipamentos. Verifico que, realmente, o Sr. Pró-Reitor de Administração autorizou não uma, masduas vezes a troca de equipamento. Na primeira alteração, do modelo Sony Vaio parao LG-R405, o responsável louvou-se em pesquisa de preços, ao que consta. Nasegunda alteração, que elegeu o equipamento Semp Toshiba, a aceitaçãofundamentou-se em simples e-mail da contratada informando as especificaçõestécnicas do produto. Não há, assim, comprovação robusta da equivalênciaoperacional do modelo eleito com aquele informado pela contratada ainda na fasede licitação. E, é de dizer também, de equivalência de preço, já que a pesquisamercadológica foi feita apenas para a primeira alteração.

Conduta: Infração ao disposto no art. 41 da Lei 8.666/93. [...] 9.5.1. autorização para recebimento pela Unirio de notebook da fabricante SempToshiba, marca distinta da oferecida na proposta da empresa vencedora do PregãoEletrônico Registro de Preços n.o 37/2008 que era da fabricante Sony, à míngua deanálise técnica que assegure o atendimento das especificações do edital e que aperformance do novo equipamento da marca Semp Toshiba seja idêntica oumelhor ao da marca Sony;” (Grifo nosso)

12. Verifica-se da leitura do acima transcrito que o TCU imputou responsabilização ao Administrador em razão da falta de comprovação de equivalência doequipamento, e não pela impossibilidade de substituição, o que se coaduna com oentendimento narrado anteriormente.

l. Atraso na Entrega de Bem/Serviço / Dever de Sancionar

Como visto logo acima, a Administração tem o dever de controlar o recebimento demercadorias, aplicando penalidades às empresas contratadas que atrasarem a entrega de mercadorias,descumprindo as cláusulas acordadas. Vale alertar que o TCU tem exigido explicações dosadministradores sobre o motivo da NÃO aplicação de Sanções Administrativas aoslicitantes/fornecedores36.

Em linhas econômicas pode-se distinguir que o ato é vinculado, quando a lei estabelece que,perante certas condições, a Administração deve agir de tal forma, sem liberdade de escolha. O ato édiscricionário, quando a lei deixa certa margem de liberdade de decisão diante do caso concreto, demodo que a autoridade poderá escolher, segundo critérios de conveniência e oportunidade, qual omelhor caminho para o interesse público.

36 autos de TC 475.053/95-8, onde aquele Tribunal condenou ação de determinado órgão que deixou de aplicar a sançãoadministrativa à contratada, que entregou objeto com atraso.

Em regra geral, é VEDADO aceitar objeto diferente do licitado.

A aplicação de sanção não é um ato discricionário e sim, um ato vinculado.

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m. Sanção Administrativa a Licitantes

Inicialmente, vale reproduzir trecho da INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 4- MP/SLTI, de 11Set 14 (sobre o processo de contratação de Soluções de Tecnologia da Informação pelos órgãosintegrantes do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação - SISP do PoderExecutivo Federal) que orienta de forma clara o critério a ser adotado:

Art. 18. A definição das responsabilidades da contratante, da contratada e doórgão gerenciador do registro de preços, quando aplicável, deverá observar:d) aplicar à contratada as sanções administrativas regulamentares e contratuaiscabíveis, comunicando ao órgão gerenciador da Ata de Registro de Preços,quando se tratar de contrato oriundo de Ata de Registro de Preços…Art. 20. O Modelo de Gestão do contrato, definido a partir do Modelo deExecução do Contrato, deverá contemplar as condições para gestão efiscalização do contrato de fornecimento da Solução de Tecnologia daInformação, observando, quando possível:IV - definição clara e detalhada das sanções administrativas, de acordo com osarts. 86, 87 e 88 da Lei no 8.666, de 1993, juntamente com o art. 7o da Leino 10.520, de 2002, observando: a) vinculação aos termos contratuais; b) proporcionalidade das sanções previstas ao grau do prejuízo causado pelo descumprimento das respectivas obrigações; c) as situações em que advertências ou multas serão aplicadas, com seuspercentuais correspondentes, que obedecerão a uma escala gradual para assanções recorrentes; d) as situações em que o contrato será rescindido por parte da Administraçãodevido ao não atendimento de termos contratuais, da recorrência de aplicaçãode multas ou outros motivos; e) as situações em que a contratada terá suspensa a participação em licitaçõese impedimento para contratar com a Administração; e f) as situações em que a contratada será declarada inidônea para licitar oucontratar com a Administração, conforme previsto em Lei; V - procedimentos para emissão de nota fiscal e pagamento, descontados osvalores oriundos da aplicação de eventuais glosas ou sanções.

m.1. Obrigatoriedade da Aplicação – a Lei nº 8.666/93, determina tópicos obrigatórios quedevem constar em edital, assim dispondo:

Art 40. O edital conterá.....

III – sanções para o caso de inadimplemento.

Ainda, nessa mesma linha:

Art 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e osvalores das multas; Art 58. O regime jurídico dos contratos... III – fiscalizar-lhes a execuçãoIV – aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;

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Art 66. O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo com ascláusulas avençadas e as normas desta Lei, respondendo cada uma pelasconsequências de sua inexecução total ou parcial.Art. 77. A inexecução total ou parcial do contrato enseja a sua rescisão, com asconsequências contratuais e as previstas em lei ou regulamento. Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o contratado àmulta de mora, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato. Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá,garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções: I - advertência;II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratarcom a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a AdministraçãoPública ......

Sobre o assunto, ainda cabe abordar a orientação da SEF a seguir transcrita:

(Msg 1481381-SEF, de 14 DEZ 09)DO: SUBSECRETARIO DE ECONOMIA E FINANCAS

AOS SENHORES ORDENADORES DE DESPESAS

REF: OFICIO N° 482-SSCR/DAUD, DE 08 DE DEZEMBRO DE 2009, DO DIRETORDE AUDITORIA.

1. EM ATENDIMENTO A SOLICITACAO CONTIDA NO DOCUMENTO DAREFERENCIA ESTA SECRETARIA RESOLVEU DIFUNDIR AS UNIDADESGESTORAS (UG) AS RECOMENDACOES CONTIDAS NO ACORDAO N° 6101/2009-TCU – 2ª CAMARA DE 17 DE NOVEMBRO DE 2009, NA FORMA DOS ITENSABAIXO TRANSCRITOS;

“1.5. DETERMINACOES;

1.5.1.4. SE ABSTENHA DE PROMOVER A RESCISAO AMIGAVEL DE CONTRATOS,FUNDAMENTADA NO ART 79, INCISO II, DA LEI 8.666/1993, QUANDO RESTARCONFIGURADO O DESCUMPRIMENTO, AINDA QUE PARCIAL, DAS CONDICOESPACTUADAS PELAS EMPRESAS CONTRATADAS, LEMBRANDO QUE ESTAS, EMTAIS CIRCUNSTANCIAS, RESPEITADO O DEVIDO PROCESSO LEGAL, ESTAOSUJEITAS A UMA DAS SANCOES PREVISTAS NO ART 87 DO REFERIDODIPLOMA LEGAL;

1.5.1.5. OBSERVE, NO CASO DE ATRASO INJUSTIFICADO NA EXECUCAO DECONTRATO. O PREVISTO NO ART 86 DA LEI 8.666/1993 E APLIQUE AOCONTRATADO MULTA DE MORA, NA FORMA PREVISTA NO INSTRUMENTOCONVOCATORIO OU NO CONTRATO;”

No ano de 2011, a 5ª ICFEx expediu a Msg 644 - S Cont (CIRCULAR), de 7 jun 11(2011/0818533), tratando da obrigatoriedade da sanção quando do atraso e/ou não entrega demercadorias no âmbito do tema Restos a Pagar.

Destaca-se, também a Diretriz Especial de Gestão Orçamentária e Financeira doComandante do Exército para o ano de 2018, de 08 Mar 18, em seu item “3.”, letra “g”, “11)”:

“Como agente da administração, adotar as medidas administrativas cabíveis, previstas nalegislação em vigor, junto aos fornecedores e prestadores de serviço que deixarem de honrar com oscompromissos assumidos nos contratos firmados”.

É pacífico que o administrador tem o PODER-DEVER de sancionar diante da infração.

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Ainda nessa condão, torna-se relevante transcrever trecho de matéria publicada noBLC/NDJ37, ainda atual:

“A ineficácia das sanções administrativas não decorre, propriamente, da ausência deprevisão legal ou de sua insuficiência, mas, especialmente, da forma com que a lei éinterpretada e aplicada. Os órgãos e entidades da Administração Pública nãocumprem a lei com o rigor que deveriam. Em muitos casos, diante da inequívocainfração administrativa, a Administração deixa de aplicar a correspondente sanção,tornando-se, aos olhos do infrator, uma entidade benevolente, que perdoa as infraçõescometidas. A não-aplicação da sanção administrativa diante da ocorrência de umainfração, mais do que reforçar o sentimento de impunidade hoje corrente nasociedade, fere, de morte, o princípio da indisponibilidade do interesse público.

A não-aplicação das sanções, especialmente, a licitantes e contratados, passa por umproblema de fundo cultural, pois, em sua maioria, os ocupantes de cargos públicosainda não se deram conta de que exercem função pública e, por isso, não devem agirde acordo com suas próprias conveniências, mas unicamente nos termos da lei,perseguindo a finalidade por ela estabelecida.”

m.2. Espécies de Sanções e efeitos – Sobre esse assunto é importante valer-se deadaptação de matéria publicada no BLC/NDJ acima citado, em que a autora comenta sobre assanções administrativas nas licitações e contratações públicas.

A Lei nº 8.666/93, que institui normas gerais de licitação e contratos administrativos,bem como a Lei nº 10.520/02, que disciplina a modalidade de licitação denominada pregão,estabelecem sanções administrativas, que como visto acima, devem ser aplicadas a licitantes econtratados que descumprem prescrições legais e contratuais.

Em regra geral, a sanção administrativa é uma consequência jurídica aplicada em face dodescumprimento de um dever (de fazer ou não fazer algo) imposto pelo direito e com a finalidade depreservar a disciplina da vida em sociedade. Nessa esteira, a sanção tem caráter repressivo, porqueobjetiva intimidar o infrator para que não reincida na conduta ilícita.

Ao mesmo tempo, também tem natureza didática, pois induz as demais pessoasajustarem seus comportamentos aos padrões definidos pelo direito. Nesse sentido "As multas elevadastêm a finalidade de desestimular a prática da evasão de divisas e, se não fossem elevadas, possivelmente nãoteriam o caráter preventivo pretendido. Elas têm um escopo didático. Não se afasta, contudo, considerações emtorno da razoabilidade das multas e de saber se são ‘necessárias ao atendimento do interesse público’ (art. 2º,VI, Lei 9.784/99)”.38

Com as considerações retro, os tipos de sanções estão previstas no art 87: - advertência;- multa;- suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a

administração; e- declaração de inidoneidade.

Cada uma tem características próprias:

37 Boletim de Licitações e Contratos-NDJ/outubro de 2008, Angélica Petian, Especialista em Direito Administrativo

38 Desembargadora Federal Marga Barth Tessler, in O exercício do poder de polícia e o prazo prescritivo para a aplicaçãoda sanção administrativa depois da Lei nº 9.873/99, Revista de doutrina da 4ª Região, TRF/4. (disponível emwww.revistadoutrina.trf4.gov.br):

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a. A advertência é a sanção de menor gravidade, aplicável em decorrência de inexecuçãoparcial do ajuste e que não imponha gravame à Administração. O efeito da advertência é alertar ofornecedor, bem como tornar a fiscalização do contrato mais atenta para possível reincidência oucometimento de outra infração. A singularidade na sua aplicação é que as fases de aplicaçãopropriamente dita e execução da sanção se confundem, pois uma vez formalizada a advertência, porescrito, a execução já se consumou.

b. A multa, prevista no art. 87, II, da Lei nº 8.666/93, é uma penalidade pecuniária quepode ser imposta desde a infrações de menor gravidade até às mais severas, variando, assim, o seuvalor. Tem natureza meramente punitiva ou moratória.

Geralmente, o valor da multa é definido em percentual sobre o valor do contrato ou daparcela inadimplida. Embora a Lei de Licitações não fixe um limite máximo para as penaspecuniárias, deve-se atentar para a aplicação subsidiária do art. 412 do Código Civil, o qualestabelece que “o valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da obrigaçãoprincipal”.

c. A pena de suspensão temporária de participação em licitação e impedimento decontratar com a Administração se destina a hipóteses de maior gravidade, já que impõe aoapenado a impossibilidade de participar de licitações e de celebrar contratos com a Administraçãopor prazo não superior a dois anos, no caso de licitações conduzidas pelas modalidades Convite,Tomada de Preços e Concorrência e de até 5 (cinco) anos no caso de licitações conduzidas pelamodalidade pregão39.

A primeira peculiaridade desta espécie de sanção é que, além de ser aplicada nashipóteses de inexecução contratual, pode, também, ser aplicada às empresas ou aos profissionais que,em razão de contratos administrativos, tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, pormeios dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer tributos; tenham praticado atos ilícitosvisando frustrar os objetivos da licitação; ou demonstrem não possuir idoneidade para contratar coma Administração em virtude de atos ilícitos praticados, por expressa previsão do art. 88 da Lei nº8.666/93.

A segunda peculiaridade refere-se à abrangência subjetiva desta penalidade. A discussãoreside em saber se a restrição de licitar e contratar se limita ao órgão que impôs a pena ou é extensivaaos demais órgãos da mesma Administração, ou, até, de esferas diversas. Muito se discutiu e sediscute sobre os efeitos desta sanção. Marçal Justen Filho sustenta que a penalidade não pode ficarrestrita a um único órgão, devendo seus efeitos ser estendidos para toda a Administração Pública. Emsentido oposto, Maria Sylvia Zanella Di Pietro, afirma que, ao utilizar a expressão “Administração”, oart. 87, Inc III, o fez com o conteúdo exposto no art. 6º, XII, da mesma Lei nº 8.666/93, o qualestabelece que, para os fins desta lei, considera-se Administração o “órgão, entidade ou unidadeadministrativa pela qual a Administração Pública opera e atua concretamente”.

No ano de 2013, a SEF pronunciou-se a respeito do assunto nos seguintes termos:

(DIEx nº 142-Asse1/SSEF/SEF, de 01 OUT 13) 5. Em vista do exposto, esta Secretaria entende que:

39 Cabe destaque que a Lei 10.520/2002 que regula a modalidade pregão não discrimina essa sanção como“Suspensão temporária”. Especificamente o Art 7º dessa lei cita que a empresa poderá ser descredenciada noSICAF, ou nos sistemas de cadastramento de fornecedores a que se refere o inciso XIV do art. 4o desta Lei,pelo prazo de até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demaiscominações legais. Entende-se que a suspensão temporária e o descredenciamento englobam, em análise ampla,uma forma semelhante de impedimento.

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a. A sanção prevista no inciso III, do art. 87 da Lei 8.666, de 1993, de suspensão temporária de participar em licitação e de impedimento de contratar com aAdministração, é restrita ao órgão responsável pela imputação. No âmbito do Exército,pois, isso significa que tal penalidade, desde que imposta por qualquer unidadegestora, produzirá efeitos em relação a todas as demais unidades gestoras destaForça Singular. b. A sanção prevista no art. 7º da Lei 10.520, de 2002, produz efeitos em relação a todos os órgãos do ente federativo ao qual pertence o órgão sancionador. Assim,qualquer penalidade com tal fundamento, desde que imposta por órgão daAdministração Pública Federal, se estenderá a todas as unidades gestoras doExército.

À título de contribuição, reproduz-se o documento a seguir que orienta sobrepadronização de publicação de penalidade imposta a fornecedor:

(Transcrição Msg SIASG 057748-DLSG/SIASG, de 28 ABR 10)SENHORES DIRIGENTES

POR SOLICITACAO DA CONTRALODORIA-GERAL DA UNIAO, ORIENTAMOSORGAOS E ENTIDADES PUBLICAS A UTILIZAREM O MODELO PROPOSTO,QUANDO DA PUBLICACAO, NO DIARIO OFICIAL DA UNIAO, DASPENALIDADES DE SUSPENSAO TEMPORARIA, DECLARACAO DEINIDONEIDADED E IMPEDIMENTO DE LICITAR E CONTRATAR. O MODELOTAMBEM DEVE SER UTILIZADO, QUANDO DO REGISTRO DA PENALIDADE NOSICAF.

AVISO DE PENALIDADE

A/O (ORGAO SANCIONADOR) RESOLVE, APLICAR A EMPRESA (RAZAOSOCIAL, OU NOME FANTASIA), CNPJ (XX.XXX.XXX/XXXX-XX), A PENALIDADEDE (SUSPENSAO/DECLARACAO DE INIDONEIDADE/IMPEDIMENTO), COMBASE NO ART. XX DA LEI XXX, QUE SE INICIARA EM (DATA INICIAL) ETERMINARA (DATA FINAL). A PENALIDADE E RESULTADO DA APURACAO DEIRREGULARIDADES OCORRIDAS NA (LICITACAO Nº XXX/PREGAO NºXXX/COPNTRATO Nº XXX0 ATRAVES DO PROCESSO ADMINISTRATIVO(NUMERO DO PROCESSO).

ATC. COORDENACAO-GERAL DE NORMAS /DLSG/SLTI-MP

d. A pena de declaração de inidoneidade também tem cabimento perante infraçõesgraves, pois se trata de severa restrição de direitos que impede a apenada de licitar e contratar com aAdministração Pública por prazo indeterminado, até que seja promovida a sua reabilitação.

As principais diferenças entre as penalidades previstas no art. 87, III e IV, da Lei deLicitações são:

- a competência para aplicação;- o prazo; e- a extensão dos efeitos.

A suspensão temporária prevista na Lei 8.666/93 produz efeito em todo o Exército, caso tenha sido aplicada por uma UG do Exército.

=================================================O descredenciamento previsto na Lei 10.520/02 produz efeito em todo o Exército,

caso tenha sido aplicado por UG integrante da Administração Pública Federal

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Nos termos do art. 87, § 3º, da Lei nº 8.666/ 93, a sanção estabelecida no Inc IV desteartigo é de competência exclusiva de Ministro do Estado, secretário estadual ou municipal. Omencionado dispositivo legal somente aponta autoridades do Poder Executivo. A jurisprudência,contudo, assentou o entendimento de que as penalidades nos Tribunais não necessitam daparticipação do Poder Executivo.

Como a penalidade de declaração de inidoneidade é a mais gravosa dentre as previstaspela Lei de Licitações, a competência para aplicá-la deve ficar reservada à autoridade máxima decada órgão. No caso do EB, o Comandante do Exército e/ou o Ministro da Defesa, conforme previstono Decreto nº 5.751, de 12 de abril de 2006, que Aprova a Estrutura Regimental e o QuadroDemonstrativo dos Cargos em Comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS edas Funções Gratificadas do Comando do Exército do Ministério da Defesa, e dá outras providências,dispondo no Anexo I:

DAS ATRIBUIÇÕES DOS DIRIGENTES

Do Comandante do ExércitoArt. 20. Ao Comandante do Exército, além das atribuições previstas na legislação emvigor e consoante diretrizes do Ministro de Estado da Defesa, incumbe:

XV - estabelecer, no âmbito do Comando do Exército, a rescisão contratual, quandodo interesse público, e aplicar a pena de declaração de inidoneidade;

O prazo da declaração de inidoneidade é indeterminado, ficando o infrator sujeito a estegravame enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida areabilitação perante a autoridade que aplicou a penalidade. A reabilitação consiste no desfazimento doato que ensejou a punição, na reparação dos danos causados ou no ressarcimento à Administração e aterceiros, quando for o caso. Para que a sanção não seja perpétua, o que não se admite em nossoordenamento jurídico, o ato que declara a inidoneidade deve estabelecer as condições de reabilitação.

No tocante aos efeitos, a declaração de inidoneidade é a penalidade mais extensa, porqueo impedimento de licitar e contratar abrange todos os órgãos da Administração Pública, isto é, todosos órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Esta interpretaçãoé feita com fulcro no art. 87, IV, combinado com o art. 6º, XI, da Lei nº 8.666/93.

Outra importante questão a ser destacada é que a declaração de inidoneidade,diversamente da suspensão de licitar e contratar, leva à rescisão de todos os contratos do infrator coma Administração Pública.

Ainda que a lei não tenha feito esta previsão expressamente, não se pode deixar dedefendê-la, sob pena de a Administração manter contratos com empresa sabidamente inidônea. Nestesentido vide trecho do documento infra, publicado no B Info 11/2008:

(Transcrição Msg 1302341-SEF, de 11 nov 08)DO: SUBSECRETÁRIO DE ECONOMIA E FINANÇAS

AOS: SENHORES ORDENADORES DE DESPESAS

REF: ENCAM Nº 1.750-A/3.3, DE 06 DE NOVEMBRO DE 2008, DO CHEFE DOGABINETE DO COMANDANTE DO EXÉRCITO.

(...)

2. CONFORME O DISPOSTO NO ART. 87, INCISO IV, DA LEI Nº 8.666/93, ADECLARAÇÃO DE INIDONEIDADE ACARRETA A PROIBIÇÃO DE QUE ASCITADAS EMPRESAS LICITEM E CONTRATEM COM A ADMINISTRAÇÃOPÚBLICA E, TAMBÉM, A RESCISÃO DOS CONTRATOS EM CURSO, SALVO

O declarado inidôneo deve ter seus contratos rescindidos unilateralmente pela Adm Pública.

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NAQUELES CASOS EM QUE O INTERESSE PÚBLICO IMPONHA, SEGUNDOJUSTIFICATIVA DO ADMINISTRADOR, A CONTINUIDADE DA EXECUÇÃO DAAVENÇA FIRMADA (ITEM 2, DO AVISO-CIRCULAR Nº 006/2008/CGU-PR).

3. EM HAVENDO CONVÊNIOS OU CONTRATOS DE REPASSE CELEBRADOS, EMCUJA EXECUÇÃO ESTEJAM ENVOLVIDAS AS REFERIDAS EMPRESAS, ASMESMAS CAUTELAS DEVERÃO SER TOMADAS PELOS GESTORES, RAZÃOPELA QUAL O MINISTRO DE ESTADO DO CONTROLE E DA TRANSPARÊNCIADIRIGIU SEMELHANTE COMUNICAÇÃO AOS SENHORES GOVERNADORES DEESTADO (ITEM 3, DO AVISO CIRCULAR Nº 006/2008/CGU/PR): DECLARAÇÃO DEINIDONEIDADE DE EMPRESAS - A/2 SEF.

Assim, coerente com os princípios da transparência, publicidade e eficiência, o GovernoFederal, conforme informado na Msg nº 0337328-SEF, de 24 Mar 10, a Portaria nº 516-CGU, de 15Mar 10, disponibilizou um Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS), com afinalidade de consolidar e divulgar a relação de empresas ou profissionais que sofreram sanções quetenham efeito “restrição ao direito de participar em licitações ou de celebrar contratos com aadministração pública”, constando o registro das seguintes sanções:

i) sanções de suspensão temporária e impedimento de contratar (art 87, Inc III); ii) declaração de inidoneidade (art 87, Inc IV); iii) impedimento de contratar (art 7º Lei 10.520); iv) proibição de contatar com o poder público e receber benefícios e incentivos (art 12,

Lei nº 8.429/92);v) proibição de contratar com o poder público (art 81, § 3º, Lei nº 9.504/97); declaração

de inidoneidade pelo TCU (art 46, Lei nº 8.443/92).

Não obstante a instituição do CEIS, a administração das UG, bem como integrantes dascomissões de licitações, pregoeiros e suas equipes de apoio, dispõem de instrumentos de consulta noSICAF, que atualmente está disponível no ambiente do Portal de Compras Governamentais, nosmódulos a seguir:

Módulo Consulta Situação do Fornecedor

Módulo Consulta Registro de Ocorrências

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A consulta ao banco de dados do CEIS é obrigatória, bem como as consultas ao SICAFna condução dos processos licitatórios, nas contratações por meio de contrato, nota de empenho ouinstrumento equivalente (consultar também Msg 0503480-SEF, de 12 abr 12). Estas consultas devemocorrer na mesma dada e antes da emissão da nota de empenho/assinatura do contrato, bem como,durante a vigência deste, de forma a garantir que o contratado mantenha todas as condições dehabilitação exigidas no certame.

m.3. Competência – Antes de tratar do assunto, cabe lembrar que as sanções devem estarpreviamente definidas no edital, a fim de poderem ser aplicadas àqueles que descumprirem com ascondições pactuadas, conforme acórdão publicado B Info 10/2009 e transcrito a seguir:

Assuntos: CONTRATOS, LICITAÇÕES e SINAPI. DOU de 23.10.2009, S. 1, p. 125.Ementa: determinação ao (....) que (...) c) especifique, de forma objetiva, ashipóteses de aplicação de sanção à empresa contratada, nos termos do art. 55, VII,da Lei nº 8.666/1993; (itens 9.1.1 a 9.1.4, TC-012.266/2009-0, Acórdão nº2.466/2009-Plenário).

Quando a lei não estipula a dimensão da sanção, como é o caso da Lei de Licitações, ou ofaz entre parâmetros mínimos e máximos, cabe ao aplicador a tarefa de dimensioná-la de acordo coma extensão e a intensidade da infração cometida. Embora não escrito, a aplicação da sanção deveráobedecer ao princípio da proporcionalidade e razoabilidade.

Assim, antes de abordarmos especificamente a pena de multa, cabe abordar acompetência para as demais sanções:

a. advertência: OD/Cmt;

b. suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com aAdministração: OD/Cmt;

c. declaração de inidoneidade: Comandante do Exército; e

d. multa: OD/Cmt

O CEIS deve ser consultado na condução dos processos licitatórios

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m.4 CADIN

O Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal (CADIN) éum banco de dados que contém os nomes40:

- de pessoas físicas e jurídicas com obrigações pecuniárias vencidas e não pagas para com órgãos e entidades da Administração Pública Federal, direta e indireta;

- de pessoas físicas que estejam com a inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF)cancelada e de pessoas jurídicas que sejam declaradas inaptas perante o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

O art. 6º, inciso III, da Lei n.º 10.522/2002, exige que os órgãos e entidades daAdministração Pública Federal, direta e indireta, realizem a consulta ao CADIN por ocasião dacelebração de convênios, acordos, ajustes ou contratos que envolvam desembolso, a qualquer título, derecursos públicos, e respectivos aditamentos. No entanto, apenas o registro no CADIN não impede acontratação com empresas inscritas naquele cadastro, como pode ser observado no Acórdão a seguir:

Além disso, “não vislumbra o caráter determinante quanto ao destino da contrataçãono art. 6º, inciso III da Lei n.º 10.522/2002, pois o texto legal exige a consulta, masnão estabelece o impedimento de contratação com empresas inscritas naquelecadastro. Verifica que se trata de norma restritiva e que, por esta razão, não pode serinterpretada de forma ampliativa.”. Em seu voto, o relator destacou que o art. 6º, III,da Lei n.º 10.522/2002, “não veta, de modo absoluto, a celebração de contratos comempresa inscrita no Cadin, vez que o citado artigo de lei prescreve apenas quanto àconsulta prévia ao Cadin”. O relator fez menção, ainda, ao seguinte trecho do votocondutor do Acórdão n.º 390/2004-Plenário: “A Medida Provisória nº 1.490, de07/06/1996, assim estabelecia: ‘Art. 6º É obrigatória a consulta prévia ao CADIN,pelos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, direta e indireta, para:[...] III - celebração de convênios, acordos, ajustes ou contratos que envolvamdesembolso, a qualquer título, de recursos públicos, e respectivos aditamentos. [...] Art.7º A existência de registro no CADIN há mais de trinta dias constitui fator impeditivopara a celebração de qualquer dos atos previstos no artigo anterior.’ Assim, pelodisposto no seu art. 7º, seria vedada a contratação de empresas inscritas no Cadin. OSTF, em julgamento de 19/06/1996, concedeu medida liminar suspendendo os efeitosdesse art. 7º. Tal ação ainda não foi julgada no mérito. O próprio Poder Executivo,entretanto, quando da edição da MP nº 1863-52, de 26/08/1999, norma que tratavado Cadin, excluiu o referido art. 7º. E a própria Lei nº 10.522/02, oriunda daconversão da medida provisória, também não trouxe esse dispositivo. Dessa forma,não há vedação legal para a contratação de empresas inscritas no Cadin. Permaneceem vigor a obrigatoriedade de consulta prévia ao cadastro, pelos órgãos e entidadesda Administração Pública Federal, direta e indireta, para a celebração decontratos que envolvam o desembolso de recursos públicos. Trata-se de medida depouca efetividade prática, uma vez que a inscrição ou não no Cadin não traráqualquer conseqüência em relação às contratações a serem realizadas.”. Acolhendo ovoto do relator, deliberou o Colegiado no sentido de dar provimento parcial ao recursopara tornar insubsistente o subitem 1.7.3 do Acórdão nº 5502/2008-2ª Câmara -Acórdão nº 6246/2010-2ª Câmara-TCU (grifo nosso)

40 Fonte: Banco Central, disponível no endereço http://www.bcb.gov.br/?CADINFAQ

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m.5. Critérios

Em que pese a aplicação das sanções serem de competência das autoridades acimacitadas, impende considerar que, embora guarde uma relação de discricionariedade na suamensuração, as mesmas devem se submeter aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade.

No âmbito jurídico, o conceito de razoabilidade encontra-se intimamente ligado ao deproporcionalidade, sendo, muitas vezes, usado até como sinônimos, embora tal fato constitua errotécnico.

A razoabilidade, ou uso da razão, do ponderável, do sensato, varia de tempos em tempos,de região para região, não encontrando parâmetros fixos para sua aferição. O princípio darazoabilidade encontra-se intimamente ligado aos valores sociais, éticos, culturais, históricos ehumanitários de determinada nação ou sociedade; os quais variam de acordo com o tempo e o lugar deaplicação.41

Assim, o conceito de razoabilidade passa por três aspectos:

a. adequação - sugere que é necessário verificar se determinada medida representa o meiocerto para levar ao atingimento de determinado fim, baseado no interesse público;

b. necessidade - também denominada princípio da exigibilidade ou máxima dos meiosmais suaves, exige que a medida restritiva seja indispensável para a conservação de um direito, e queesta não possa ser substituída por outra menos gravosa; e

c. proporcionalidade - também conhecida por máxima do sopesamento, impõe acomparação entre a importância da realização do fim e a intensidade da restrição aos direitosfundamentais.

Se, por um lado, o princípio da proporcionalidade impõe a aplicação de severa sançãoquando a infração for grave, por outro, limita a discricionariedade do aplicador, obrigando-o a manteruma relação de justeza entre a infração e a sanção, evitando, com isso, a prática de excessos que sãocombatidas pelos tribunais.

Resta destacar, ainda, que a Lei nº 8.666/93 não exige a prévia aplicação de penalidade demenor gravidade para, depois, passar à mais gravosa. Assim, não é necessária a aplicação da pena deadvertência previamente à pena de multa, tampouco desta, para chegar à suspensão do direito delicitar e contratar. No entanto, as sanções previstas nos incs. I, III e IV podem ser aplicadasconjuntamente com a pena de multa, mas não são cumulativas entre si. E, mais, a aplicação dessaspenalidades não impede a rescisão do contrato, de acordo com a previsão do art. 77 da Lei deLicitações.

m.6. Valores de multa

É uma penalidade pecuniária imposta por motivo de infrações de menor gravidade até àsmais severas, variando, assim, o seu valor. Tem natureza punitiva ou moratória.

A multa moratória é, normalmente, utilizada nas hipóteses de atraso de entrega debem/serviço (art 86). Já nos casos de inexecução total ou parcial da obrigação (art 87), é aplicada

41 SILVA NETO, Ulysses Gonçalves da. Da razoabilidade à proporcionalidade na Administração Pública. ConteúdoJurídico, Brasília-DF: 13 dez. 2008. Disponível em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.22431>.

Quanto maior for a ofensa ao interesse público mais extensa e gravosa deve ser a sanção, sob pena de a sanção tornar-se inócua e revelar-se um estímulo

ao cometimento de infrações.

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com caráter punitivo e compensatório pelas perdas e danos provocados. Também se aplica nos casosde descumprimento de cláusulas contratuais (obrigações acessórias legais ou extra-legais)relacionadas no instrumento contratual, independente das demais cominações legais cumulativas. Asua finalidade é reprimir condutas lesivas à administração e desestimular a inexecução contratual.

No texto da Lei Federal nº 8.666/93, não consta qualquer parâmetro para a fixação dasaludidas multas. Dessa forma, um referencial que se mostrou pertinente para a aplicação da multa demora foi o constante do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90, alterada pela nº9.298/96), o qual prevê expressamente:

Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviço.

§ 1º. As multas de mora decorrentes do inadimplemento de obrigação no termo nãopoderão ser superiores a dois por cento do valor da prestação.

Contudo, a situação contemplada no preceito supra não se aplica, diretamente, àslicitações e contratações administrativas, sendo mero referencial, podendo a Administração fixar, eminstrumento convocatório e ou no contrato, outro percentual.

Tendo em vista que a multa moratória possui natureza sancionatória aplicável aos casosem que há demora no cumprimento da obrigação, entende-se necessário que sua fixação seja empercentual diário sobre o valor do ajuste. A praxe administrativa é fixar o mencionado percentual entre0,2% (zero vírgula dois por cento) a 0,4% (zero vírgula quatro por cento) ao dia de atraso noadimplemento da obrigação.

Quanto ao percentual da multa compensatória, o Código Civil Brasileiro, em seu art. 920,estabelece que o valor da cláusula penal não poderá ser superior ao da obrigação principal.

Entretanto, como o objetivo da multa compensatória é o de indenizar os prejuízosadvindos do não-cumprimento da obrigação, entende-se que o percentual a ser fixado para a referidapena não deve ser excessivo. Saliente-se, ainda, que o percentual de 20% (vinte por cento) é ousualmente utilizado pelos órgãos e pelas entidades da Administração Pública, mas diante daspeculiaridades do objeto, a Administração poderá adotar outro, que melhor atenda às suasnecessidades.

Para isso, são lançados os seguintes questionamentos:

- se a licitante atrasar um dia a entrega ou atrasar 20 dias, a multa deve ser a mesma?

- até quando se considera atraso?

- a partir de que momento se caracteriza o inadimplemento da obrigação?

- se a licitante atrasar a entrega de um lote de cadeiras para substituir as existentes noauditório será multada em um valor/percentual, mas se a licitante atrasar a entrega de um lote de “kit”de hemodiálise será aplicada a multa no mesmo valor/percentual ?

- caso a licitante contratada para a execução do serviço de buffet na reunião anual dospresidentes dos países do MERCOSUL não comparecer no dia do evento, qual será o valor/percentualda multa por inexecução total da obrigação? Será o mesmo valor caso uma licitante deixasse deentregar 100 resmas de papel A4?

Portanto, a previsão das aludidas multas em instrumento convocatório deve atuar comofator inibidor, de modo que o licitante ou o contratado abstenha-se de praticar ato que possa vir agerar sua aplicação. Ao determinar um percentual ínfimo, cujo montante seja inexpressivo, teremosque as multas não cumprirão a sua finalidade, uma vez que, em determinadas ocasiões, será mais

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vantajoso ou mais fácil ao licitante, ou ao contratado, descumprir a obrigação (parcial ou total) do quecumpri-la.

Tem-se, assim, que o instrumento convocatório da licitação, bem como o contrato, deverádisciplinar o assunto, documentos que pertencem à seara da discricionariedade administrativa.

Em que pese a supremacia do interesse público sobre o interesse particular, é certo queas penalidades (incluindo-se a multa) não devem ser aplicadas de modo aleatório e desproporcional,devendo atender a finalidade da norma, evitar o prejuízo descabido dos licitantes e, muito menos,captar proveitos econômicos ao Poder Público.

Os valores e percentuais devem ser ponderados, conforme os princípios da razoabilidadee proporcionalidade.

Assim, a administração deve sempre considerar o gravame provocado pelo atraso e ogravame provocado pela inexecução, bem como a natureza do objeto, relacionando-o com o prejuízo(material e moral) causado pela conduta lesiva.

Como boa prática, sugere-se que o edital estabeleça critérios de mensuração paraidentificação e aplicação de sanções, destacando e diferenciando aquelas infrações consideradas maisgraves pela UG das mais brandas e, se possível, associando às sanções correspondentes. A seguir seráapresentado um exemplo ilustrativo (os itens citados servem meramente para tornar mais clara a boaprática, de forma que cada UG deve adaptar a situação ao objeto, à complexidade e às eventuaisconsequências advindas das infrações cometidas pelos licitantes/fornecedores):

Infração Grau

Desistir da proposta de preço após o início da fase de habilitação 1

Deixar de encaminhar anexos de proposta durante a fase de aceitação

2

… ...

Consequência:Grau Multa compensatória Sanção Administrativa

1 Sim (X% por ocorrência) Advertência

2 Sim (Y% por ocorrência) Impedimento de licitar (até 6meses)

3 Sim (Z% por ocorrência Impedimento de licitar (6 mesesa 1 ano)

X Impedimento de licitar (5 anos)

Fonte: Edital de pregão eletrônico 13/2016, da UG 30º BI Mec (160206)

Sobre esse assunto, importante destacar que os novos modelos de termos de referência,adaptados à IN nº 05-MP/201 (dispõe sobre as regras e diretrizes do procedimento de contratação deserviços sob o regime de execução indireta no âmbito da Administração Pública), disponibilizadospela Comissão Permanente de Licitações e Contratos Administrativos da Advocacia-Geral da União jápossuem citações ao formato acima citado com mensuração de critérios para aplicação de sanções,conforme pode ser observado no seguinte endereço:

http://www.agu.gov.br/page/content/detail/id_conteudo/270265

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Em todo caso, é recomendável consultar a assessoria jurídica sobre o assunto.

m.7. Procedimentos para Aplicação de Sanção

Independente da sanção a ser aplicada, ela deve estar prevista, de forma clara e precisa,no edital.

Para que se possa cumprir a obrigação de sancionar o fornecedor, em conformidade como previsto em edital, incluindo as multas (moratória/compensatória), deverá ser oportunizado,conforme preceito constitucional, a ampla defesa e o contraditório, também referidos no § 2º, Art 87,Lei nº 8.666/93, de forma que qualquer registro de ocorrência com fornecedor somente seráformalizado à vista da correspondente documentação comprobatória.

Portanto, após o devido processo administrativo42, a UG deve registrar as ocorrências noSICAF

Na hipótese de não pagamento de multa e após os procedimentos acima, o processo deveser encaminhado, por intermédio do Comando da Região Militar, para a inscrição na Dívida Ativae/ou cobrança judicial pela Advocacia Geral da União (AGU), conforme a legislação em vigor.

n. Atraso Imotivado de Obra/Serviço

É proibido o retardamento imotivado da execução de obra ou dos serviços, ou de suas parcelas,se existente previsão orçamentária para sua execução total, exceto nos casos de insuficiência financeiraou comprovado motivo de ordem técnica, justificados em despacho circunstanciado da autoridadecompetente.

o. Exigências de Garantia

A UG deverá estabelecer em edital o percentual (até 5%, conforme Art 56 da Lei nº 8.666/93)e faculta ao licitante vencedor optar entre uma das seguintes modalidades43:

I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública;II - seguro-garantia; ou III - fiança bancária.

p. Contratação Direta

É uma exceção da regra geral de licitação. Entretanto, convém destacar alguns aspectosimportantes.

p.1. Considerações gerais - O Tribunal de Contas da União (TCU) publicou o livro“Orientações Básicas de Licitações & Contratos, 4ª edição, ano 2010”, cuja leitura pelos Agentes daAdministração é altamente recomendável, em particular, por aqueles envolvidos diretamente nasatividades de aquisição de bens e serviços.

42 Processo administrativo na sua definição mais ampla, ou seja, formalizar todos os atos que comprovem a notificação dofornecedor para, em querendo, apresentar razões de defesa, em prazo não inferior a 5 (cinco) dias úteis. Neste processodeve constar todos os demais atos correlatos, justificativas apresentadas e documentos comprobatórios, que no final,resultarão na decisão da autoridade competente (OD), que deve ser publicada em BI. No caso de declaração deinidoneidade, como já visto, o processo deve ser encaminhado ao Comandante do Exército.

43 De acordo com o §1º do Art 56 da Lei 8.666/93 a UG não pode impor ao contratado qual será a modalidade degarantia. A UG estabelece o valor dentro do limite de 5% e o contratado opta por uma das 3 modalidades.

É obrigatório o registro das ocorrências, incluindo multas/sanções no SICAF.

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A citada publicação, disponível no site www.tcu.gov.br, link “Publicações”, contéminformações sintéticas, objetivas e práticas sobre o tema Licitações e Contratos, inclusive comtranscrições de Decisões/Acórdãos daquela Corte de Contas a cada assunto analisado. Assim sendo,julga-se oportuno publicar um breve resumo sobre a contratação direta de bens e serviços, contido napágina 575 e seguintes:

No entanto, a lei apresenta exceções. São os casos em que a licitação é legalmentedispensada, dispensável ou inexigível, prevista no comando de licitações. No caso de dispensa, alicitação é possível, por haver possibilidade de competição, mas não é obrigatória, enquanto nainexigibilidade não é possível a concorrência.

A contratação por meio de dispensa de licitação se faz por:

- licitação dispensada (art. 17); e

- licitação dispensável (art. 24).

O administrador deve ser cauteloso ao decidir-se pela contratação direta, pois a Lei deLicitações considera ilícito penal dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses descritas em lei, oudeixar de observar as formalidades pertinentes. Confirme-se:

Msg 0760224-SEF, de 06 jul 09

(...)F. OBSERVE QUE A REGRA A SER CUMPRIDA PELA ADMINISTRACAO PUBLICAE A LICITACAO, SENDO QUE SUA DISPENSA SO PODE SER EFETUADA EMCASOS EXCEPCIONAIS, DEVIDAMENTE JUSTIFICADOS, DE MODO QUE ACONTRATACAO DIRETA DEVE SER REALIZADA COM MUITA CAUTELA.

No tocante à formalidade, a contratação por dispensa ou inexigibilidade deve seguir ritualsemelhante a contratação mediante licitação. Inúmeras são as decisões da corte de contas no sentidode constar no processo a justificativa formal da escolha do fornecedor, justificativa de preços econdições contratuais, de modo a verificar a economicidade da escolha da(s) contratada(s) emcomparação aos preços e condições oferecidos por outras igualmente qualificadas, além da verificaçãoda regularidade fiscal.

Vale lembrar, o contido no § 2º, art 4º do Decreto nº 5.450, de Mai 05 e, regulamentadopela Portaria nº 306-MPOG, de 13 dez 01:

As dispensas, exceto por valor (inc I e II, Art 24, Lei 8.666/93), as situações deinexigibilidade previstas na Lei de Licitações, deverão ser comunicados dentro de três dias àautoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de cinco dias, comocondição para eficácia dos atos, necessariamente justificados. Outras informações consultar o capítuloPublicação de Matéria no DOU/Imprensa Nacional.

p.2. Dispensa por Emergência - hipótese prevista no Inc IV, art 24, da Lei nº 8.666/93 e,que só deve ser empregada, após apurada análise pelo OD, pois carece de justificativas/pressupostos afim de que seja realizada de forma lícita. É preciso verificar/constatar:

- a urgência concreta e efetiva de atendimento;

A licitação é a regra para a Adm Pública quando contrata bens/serviços.

Nas compras diretas de bens, utilizar, preferencialmente, o Sistema de Cotação Eletrônica.

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- a plena demonstração da potencialidade do dano;

- a eficácia da contratação para elidir tal risco;

- a imprevisibilidade do evento44;

- que não seja decorrente da falta de planejamento (Decisões 300/95-2ª Câmara, 25/99-Plenário, 260/02-Plenário e 771/05-2ª Câmara e 694/06); e

- que não houve má gestão de recursos, desídia ou inércia do administrador45.

É o entendimento do TCU:

[...] para a regularidade da contratação por emergência é necessário que o fato nãodecorra da falta de planejamento, deve existir urgência concreta e efetiva deatendimento, exista risco concreto e provável e a contratação seja o meio adequado deafastar o risco. (Processo n° 014.243/93-8. Decisão n° 374/1994 – Plenário).

Logo, conclui-se que a Administração deve comprovar tecnicamente a justificativa para acontratação por emergência, citando dados e fatos que, no conjunto, permitam embasar com a devidasegurança e certeza a decisão de dispensar a licitação. Para tanto, a comprovação pode se dar pormeio de laudos, fotos e outros necessários, dependendo de cada caso.

Aqui é cabível alertar que a Administração deverá promover os processos licitatórios com aantecedência necessária para que a sua conclusão seja realizada antes do término do contrato vigente,evitando-se a descontinuidade da prestação dos serviços e, consequentemente, evitando a dispensa delicitação por emergência, a fim de suprir a vacância. Confirme-se: [...] a falta de planejamentoadequado pelo administrador, principalmente quanto aos cronogramas dos procedimentos licitatórios,não justifica a contratação direta por emergência. (Vide Acórdão 25/99, das Decisões n° 530/96, n°811/96, n° 172/96 e n° 347/94, todos do Plenário TCU)

Outro ponto que merece atenção é que a urgência deve se encontrar na execução do objeto enão só no ajuste contratual.

Com efeito veja o dispositivo legal, com grifos nosso:

art 24. É dispensável a licitação:

IV- nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizadaurgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer asegurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ouparticulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situaçãoemergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser

44 A previsibilidade da situação de risco afasta a legalidade da contratação por emergência, a exemplo do estoque demedicamentos. (Mensagem CONED/STN 174920, de 13 set. 93, in TCE-RJ PROCESSO nº 100.419-2/07 )45 Orientação Normativa da AGU, conforme Msg 0449818-SEF, de 22 abr 09:

1) A CONTRATACAO DIRETA COM FUNDAMENTO NO INC. IV DO ART. 24 DA LEI N°8.666, DE 1993, EXIGE QUE, CONCOMITANTEMENTE, SEJA APURADO SE A SITUAÇÃO EMERGENCIALFOI GERADA POR FALTA DE PLANEJAMENTO, DESIDIA OU MÁ GESTÃO, HIPÓTESE QUE, QUEM LHEDEU CAUSA SERA RESPONSABILIZADO NA FORMA DA LEI;

Em sentido similar: TCU. Processo n° 015.764/95-8. Decisão n° 811/1996 – Plenário.

Oportuno citar que o TCU também já firmou jurisprudência (exemplo nos acórdãos nº 348/2003 e nº1705/2003), orientando no sentido da realização de licitação com a antecedência necessária, de modo a evitar situações emque o atraso do início dos certames licitatórios seja a causa para as contratações com fulcro no Art. 24, inciso IV da Lei nº8.666/93.

Não basta urgência para contratar mas também para executar o objeto.

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concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos eininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada aprorrogação dos respectivos contratos;

p.3. Dispensa com fundamento nos Inc V e VII do art 24 - não se dispensa licitação caso alicitação fracassada ou deserta tenha sido realizada na modalidade convite, conforme Msg 0449818-SEF, de 22 Abr 09;

p.4. Inexigibilidade - a contratação nessa situação, ocorre em consequência daimpossibilidade ou inviabilidade de competição. Deve seguir o ritual previsto no art 26, Lei 8.666/93,portanto, valendo as recomendações nas considerações gerais retro. Nesse sentido, vejamos a decisãoabaixo:

INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO. DOU de 19.07.2007, S. 1, p. 69. Ementa: oTCU determinou à (......) que atentasse para que o processo de inexigibilidade fosseinstruído com os elementos estabelecidos no parágrafo único, art. 26 da Lei nº8.666/1993 e item 2.5 do Decreto nº 2.745/98, quanto à razão da escolha dofornecedor ou executante e à justificativa de preço, de forma a coibir acontecimentoscomo a escolha de uma empresa de eventos, sem justificativa e sem comparativo depreços de outras empresas pesquisadas (item 2.8, TC-010.020/2003-1, Acórdão nº1.897/2007-TCU-2ª Câmara).

Vale observar recomendação da AGU, conforme disposto na Msg 0449818-SEF, de 22abr 09 no sentido de que:

p.5. Preço - Cautela

Toda e qualquer contratação deve ser precedida de ampla pesquisa de mercado por razõesdiversas já apontadas46. Portanto, mesmo nas hipóteses de dispensa de licitação, incluindo a poremergência, o procedimento é o mesmo. Válido também para os casos de Inexigibilidade. Confirme-se:

Acórdão 267/01 - 1ª Câmara - TCU

- É necessário consultar o maior número possível de interessados em contratações decaráter emergencial, em atenção aos princípios da impessoalidade e da moralidade,que devem reger todas as atividades do administrador público.

Na mesma esteira de cautela neste tipo de contratação, vale reproduzir trecho da Msg0760224-SEF, de 06 jul 09:

(...)

1. POR SOLICITACAO DA DIRETORIA DE AUDITORIA, ESTA SECRETARIARESOLVE DIFUNDIR AS UNIDADES GESTORAS (UG) DO COMANDO DOEXERCITO AS DETERMINACOES DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIAO (TCU),CONTIDAS NOS ACORDAOS 1195/2009 - PLENARIO, 2965/2009 - 2ª CAMARA E3018/2009 - 2ª CAMARA, NA FORMA QUE SEGUE.

A. FACA CONSTAR DOS PROCESSOS DE DISPENSA DE LICITACAO,ESPECIALMENTE NAS HIPOTESES DE CONTRATACAO EMERGENCIAL, AJUSTIFICATIVA DE PRECOS A QUE SE REFERE O INCISO III DO ART. 26 DA LEI8.666/1993, MESMO NAS HIPOTESES EM QUE SOMENTE UM FORNECEDORPOSSA PRESTAR OS SERVICOS NECESSARIOS A ADMINISTRACAO, MEDIANTEA VERIFICACAO DA CONFORMIDADE DO ORCAMENTO COM OS PRECOS

46 Consultar título Pesquisa de Preços neste capítulo

a contratação com fulcro no Inc I, art 25, não pode abranger serviços.

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CORRENTES NO MERCADO OU FIXADOS POR ORGAO OFICIAL COMPETENTEOU, AINDA, COM OS CONSTANTES DO SISTEMA DE REGISTRO DE PRECOS, OSQUAIS DEVEM SER REGISTRADOS NOS AUTOS, CONFORME DECISAO TCU627/1999 – PLENARIO;

p.6. Contratação de Energia Elétrica e de Serviços de Fornecimento de Água e Esgoto

O amparo para a contratação de fornecimento de energia elétrica é o Inc XXII, art 24, jápara o fornecimento de água e esgoto, deve ser realizada por Inexigibilidade, conforme art 25, ambosda Lei 8.66/93. Para melhor explicar esta situação, atentar para o teor do documento a seguir:

(Msg 1285974- 5ª ICFEx, de 09 NOV 09)

ASSUNTO: MSG NR 1250 - S CONT (CIRCULAR)

REF: OF NR 065 - A/2 SEF - CIRCULAR, DE 18 JUN 2002

AO SR CH EM/CMT/CH/DIR

1. TRATA ESTA MENSAGEM SOBRE CONTRATACAO DE ENERGIA ELETRICA EDE SERVICOS DE FORNECIMENTO DE AGUA E ESGOTO.

2. A FIM DE DIRIMIR DUVIDAS SOBRE O ASSUNTO E MELHOR ORIENTAR ASUG VINCULADAS, JULGAMOS OPORTUNO REVER ALGUNS PROCEDIMENTOS:

A. EM ENTENDIMENTO PRETÉRITO, A CONTRATAÇÃO DE ENERGIAELETRICA E DE SERVICOS DE FORNECIMENTO DE AGUA E ESGOTO, COMDESPESA ESTIMADA INFERIOR AO VALOR MENSAL DE R$ 8.000,00 (OITO MILREAIS), GOZANDO DE PERMISSIVO DA SECRETARIA DE ECONOMIA EFINANCAS (SEF), PODERIA SER AMPARADA NO INC II DO ART 24 DA LEI Nº8.666/93. ENTRETANTO, A SEF, RECENTEMENTE ASSIM SE PRONUNCIOU:

(...)

"NAO DEVE CONSIDERAR "DESPESAS MENSAIS ESTIMADAS SUPERIORES A R$8.000,00" E "DESPESAS MENSAIS ESTIMADAS INFERIORES A R$ 8.000,00", UMAVEZ QUE HÁ NECESSIDADE DE PLANEJAMENTO DE UTILIZACAO DERECURSOS, RESPEITANDO O PRINCIPIO DA "ANUALIDADE ORCAMENTARIA",OU SEJA, TODO O EXERCICIO FINANCEIRO."

B. SIGNIFICA DIZER QUE A UG, CASO TENHA DESPESAS ESTIMADAS "ANUAIS"COM CONTRATACAO DE CONCESSIONARIA DO SERVICO PUBLICO (LUZ EAGUA) SUPERIORES AO LIMITE DE DISPENSA DE LICITAÇÃO (INC II, ART 24,LEI Nº 8.666/93), OU SEJA, R$ 8.000,00, DEVERÁ:

1) PARA CONTRATACAO DE ENERGIA ELETRICA, REALIZAR PROCESSO DEDISPENSA DE LICITACAO, AMPARADA NO INC XXII, ART 24, LEI NR 8.666/93, OQUAL DEVERÁ SER REALIZADO SOB OS DITAMES DO ART 26, LEI NR 8.666/93,PORTANTO, TAL ATO ADMINISTRATIVO DEVE SER RATIFICADO PELAAUTORIDADE SUPERIOR (ART 5, IG 12-02, PORT MINISTERIAL NR 305, 24 MAI1995) PARA, EM SEGUIDA, A REFERIDA DISPENSA SER DEVIDAMENTEPUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO (DOU), ATRAVÉS DO SISTEMASIASG / SIDEC / DISPINEXIG / IALDISPINEX; E

2) PARA CONTRATACAO DE SERVICOS DE FORNECIMENTO DE AGUA EESGOTO, REALIZAR PROCESSO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO,AMPARADA NO CAPUT, ART 25, LEI NR 8.666/93 E SEGUIR OS DEMAIS RITOSLEGAIS PARA A INEXIGIBILIDADE A SEMELHANÇA DOS PROCEDIMENTOSCITADOS NO ITEM ANTERIOR.

C. A FIM DE NAO ACARRETAR ATRASOS NOS PROCESSOSRETROMENCIONADOS E OBTER A EFICACIA DO ATO ADMINISTRATIVO, COMA PUBLICACAO DA MATERIA NO DOU, É RECOMENDÁVEL QUE OS MESMOS

Em toda contratação, mesmo nas dispensas/inexigibilidades, é preciso justificar os preços.

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SEJAM ENCAMINHADOS PARA A RATIFICACAO PELA AUTORIDADE SUPERIORCOM ANTECEDÊNCIA MINIMA, DE TAL MANEIRA QUE SUA PUBLICAÇÃO NODOU SEJA REALIZADA ANTES DO INICIO DO PERÍODO DE VIGÊNCIA DADISPENSA DE LICITAÇÃO E/OU INEXIGIBILIDADE QUE, NOS CASOS EMQUESTÃO, NORMALMENTE, SE INICIA EM 01 DE JANEIRO E TERMINA EM 31DEZEMBRO DO MESMO ANO.

D. CABE REMEMORAR, COM INTUITO DE EVITAR EQUÍVOCOS OBSERVADOS,QUE O PROCESSO DE DISPENSA E/OU INEXIGIBILIDADE PARA ESTES CASOSESPECÍFICOS DEVEM SER REALIZADOS ANUALMENTE E QUE O VALOR A SERREGISTRADO NO SIASG/SIDEC É AQUELE ESTIMADO POR CONCESSIONARIAPARA O ANO INTEIRO.

3. DIANTE DO EXPOSTO, SOLICITO A V SA MANDAR ESTIMAR O GASTOANUAL COM ENERGIA ELÉCTRICA E FORNECIMENTO DE AGUA E ESGOTOPARA O EXERCÍCIO SEGUINTE, CUMPRINDO OS PROCEDIMENTOS RETROCITADOS E PROVIDENCIANDO, SE FOR O CASO, AS DEVIDAS CORREÇÕES.

Destaca-se, nesse assunto, o que prevê a Orientação Normativa nº 36-AGU, de 13 DEZ11:

"A ADMINISTRAÇÃO PODE ESTABELECER A VIGÊNCIA POR PRAZOINDETERMINADO NOS CONTRATOS EM QUE SEJA USUÁRIA DE SERVIÇOSPÚBLICOS ESSENCIAIS DE ENERGIA ELÉTRICA, ÁGUA E ESGOTO, SERVIÇOSPOSTAIS MONOPOLIZADOS PELA ECT (EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS ETELÉGRAFOS) E AJUSTES FIRMADOS COM A IMPRENSA NACIONAL, DESDEQUE NO PROCESSO DA CONTRATAÇÃO ESTEJAM EXPLICITADOS OS MOTIVOSQUE JUSTIFICAM A ADOÇÃO DO PRAZO INDETERMINADO E COMPROVADAS,A CADA EXERCÍCIO FINANCEIRO, A ESTIMATIVA DE CONSUMO E AEXISTÊNCIA DE PREVISÃO DE RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS."

Cabe salientar que, em 2013, a SEF emitiu o DIEx nº 140-Asse1/SSEF, de 30 Set 13,abordando a Orientação Normativa nº 36-AGU, conforme a seguir:

3. De acordo com essa Setorial, seria possível, em vista do entendimento acima,orientar as UG no sentido de que a publicação da dispensa ou da inexigibilidade e dorespectivo contrato, seria necessária apenas uma vez. Com isso, a cada ano, seriapreciso indicar apenas a estimativa de consumo e a previsão de recursosorçamentários.

4. De fato, a limitação de 60 meses, prevista no art. 57 da Lei 8.666, de 1993, no quetange à vigência dos contratos, não se aplica aos ajustes em que a Administraçãofigure como usuária de serviço público. É o que se extrai do inciso II do §3º do art. 62do citado diploma legal: [...]

5. Em vista do exposto, tem-se como pertinente a conclusão apresentada por essaSetorial: no que se refere à contratação de serviços públicos de energia elétrica, água eesgoto, pelas UG, é possível adotar-se a Orientação Normativa no 36, da AGU. Comisso, a publicação da dispensa ou da inexigibilidade e do respectivo instrumento deajuste, será necessária apenas uma vez. Como consequência, a cada ano, serãoindicadas a estimativa de consumo e a previsão de recursos orçamentários pertinentes.

p.7. Planejamento das Contratações - com o intuito de auxiliar as UG no processo decontratação de bens e serviços, a Secretaria de Economia e Finanças, por meio doDIEx nº 132-Asse2/SSEF/SEF – CIRCULAR, de 30 SET 14, expediu a Orientação Técnico-Normativa nº 01 – Planejamento das Contratações (Anexo “D” da presente Nota InformativaEspecial).

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Outro ponto importante sobre planejamento das contratações está implícito na InstruçãoNormativa nº 01-MPDG, de 29 Mar 18, que dispõe sobre o Sistema de Planejamento eGerenciamento de Contratações e sobre a elaboração do Plano Anual de Contratações de bens,serviços, obras e soluções de tecnologia da informação e comunicações no âmbito da AdministraçãoPública federal direta, autárquica e fundacional, que pode ser consultado no seguinte endereço:

https://www.comprasgovernamentais.gov.br/index.php/legislacao/instrucoes-normativas/861-pgc-in

p.8. P esquisa de preços para a aquisição de bens e contratação de serviços em geral - aSecretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento eGestão, no uso das atribuições, expediu a Instrução Normativa Nº 05, DE 27 DE JUNHO DE 2014,que versa sobre os procedimentos administrativos básicos para a realização de pesquisa de preçospara a aquisição de bens e contratação de serviços em geral, disponível no link:http://www.comprasgovernamentais.gov.br/arquivos/caderno/pesquisa_precos-02-09.pdf

No mesmo sentido, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão disponibilizou oCaderno de Logística – Pesquisa de Preços, visando esclarecer os procedimentos administrativosbásicos na realização de pesquisa de preços para aquisição de bens e contratação de serviços emgeral disciplinados pela Instrução Normativa no 5, de 27 de junho de 2014, através do link:http://www.comprasgovernamentais.gov.br/arquivos/caderno/pesquisa_precos-02-09.pdf

q. Outras situações/recomendações

q.1. Aquisição de Bebidas alcoólicas - por meio do Of n° 207-A/2 - CIRCULAR, de 10Dez 07, a SEF atualiza procedimentos para aquisição de bebidas alcoólicas. Assim, transcreve-se tre-cho do referido documento:

a. As aquisições desse tipo de artigo devem pautar-se pela extrema parcimônia emsuas quantidades, ser esporádicas, restringindo-se ao mínimo necessário à utilizaçãoem festividades e eventos comemorativos que guardem correlação com os objetivosinstitucionais da Organização Militar, tais como: aniversário da UG, festa do patro-no da Arma ou Serviço, formatura de diplomações, término de cursos e outros simila-res.

b. As aquisições para utilização em Hotéis de Trânsito podem ser realizadas, desdeque em quantidades adequadas para o funcionamento do “serviço de frigobar”. Nessecaso, quando da elaboração da nota de empenho, a qual deverá ser feita na gestão00001, órgão 52904 – Fundo do Exército, a UG deverá utilizar a Rubrica Hospeda-gem e descrever, obrigatoriamente, no campo descrição do empenho, a citação: “Bensdestinados ao Hotel de Trânsito”.

c. A UG deve, a critério do Ordenador de Despesas, realizar um planejamento das ne-cessidades e publicar antecipadamente em Boletim Interno, a data de previsão da re-alização do evento institucional (item 2.a.) cuja comemoração ensejará a aquisiçãode bebidas alcoólicas, realizando o processo licitatório ou a dispensa para a aquisi-ção dos produtos empenhando na gestão 00001, órgão 52904 – Fundo do Exército, nanatureza de despesa (ND) – 34903923 – Festividades e Homenagens (Contratação deServiços ou Buffet) ou na ND – 34903015 – Material para Festividades e Homenagens(Aquisição de Bens, inclusive bebidas diversas).

d. É importante destacar que tais despesas devem ser efetuadas na rubrica adequada eque, em nenhuma hipótese, poderão ser utilizados os recursos destinados à Ação 2000do PAA (Programa de Apoio Administrativo), e nem os direcionados à atividade derancho (exceto no tocante à aquisição de refrigerantes, que pode ser absorvida pelaprópria OM, se a comemoração for exclusivamente em âmbito interno, observadas as

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Normas Administrativas Relativas ao Suprimento (NARSUP- aprovadas pela Portarian° 09 – D Log, de 27 de junho de 2002).

3. Consubstanciada no acima exposto, esta Secretaria retifica o entendimento mantidono Ofício n° 085-A2/SEF (CIRCULAR), de 16 Out 97, e destaca que tais dispêndiosdevem obedecer a mais rígida contenção e ser alvo do mais absoluto controle pelo OD,seja dos preços resultantes dos processos de aquisição, seja das quantidades a seremadquiridas, sempre as menores possíveis, restringindo-se ao mínimo necessário. Detodo modo, deve ser evitada a aquisição de bebidas destiladas (Whisky, por exemplo),devido ao seu elevado preço, mesmo se observados todos os passos prescritos noitem 2.

Nota: na oportunidade, é obrigatória a consulta à Portaria nº 3.771-MD, de 30 nov 2011, quedispõe sobre as Diretrizes para a aplicação de recursos públicos em solenidades, cerimoniais, homena-gens, eventos comemorativos, recepções, troca de brindes e quaisquer outros do gênero por órgãos eunidades da administração central do Ministério da Defesa, Comandos das Forças Singulares e entida-des vinculadas, complementada pela Portaria nº 125-Cmt Ex, de 24 fev 12.

q.2. Contratação de Serviços de Tecnologia da Informação – Sobre esse assunto , con-sultar as Msg 0703487, de 22 Jun 09, 0940529 e 0940627, de 19 Ago 09, todas da SEF, publicadasnos B Info 06 e 08/2009, respectivamente. Vale verificar o contido no Acórdão 1.233 - TCU - Plená-rio, citado no capítulo sobre SRP.

Além disso, observar as seguintes Instruções Normativas do MP: nº 02, de 02 Jan 15 e nº 01, de29 Mar 18.

q.3. Sessão Publica para convite, concorrência e TP - SIASGNET/Sessão Publica

(Transcrição Msg 1047323-SEF, de 14 set 09)DO SUBSECRETARIO DE ECONOMIA E FINANCAS

AOS SENHORES CHEFES DE ICFEX

1. VERSA O PRESENTE EXPEDIENTE SOBRE IMPLANTACAO DA SESSAOPUBLICA PARA LICITACAO NAS MODALIDADES DE CONVITE,CONCORRENCIA E TOMADA DE PRECOS.

2. INFORMO AOS CHEFES DE ICFEX QUE O DEPARTAMENTO DE LOGISTICA ESERVICOS GERAIS, UASG 200999, ENVIOU AOS USUARIOS DO SIASG AMENSAGEM N° 05254, DE 09 DE SETEMBRO DE 2009, ABAIXO TRANSCRITA:

“O MINISTERIO DO PLANEJAMENTO, ORCAMENTO E GESTAO – MP, NOAMBITO DE SUA ATUACAO, POR INTERMEDIO DA SECRETARIA DE LOGISTICAE TECNOLOGIA DA INFORMACAO – SLTI, E DO DEPARTAMENTO DELOGISTICA E SERVICOS GERAIS – DLSG, ESTA IMPLANTANDO NO SITIOWW.COM W PRASNET.GOV.BR [atual www.comprasgovernamentais.gov.br], APARTIR DE 03/09/2009, UM NOVO SISTEMA DENOMINADO “SIASGNET/SESSAOPUBLICA”, FUNCIONALIDADE PARA REALIZACAO DOS CERTAMESLICITATORIOS ATRAVES DO COMPRASNET [Atual Portal de ComprasGovernamentais] DOS OUTROS TIPOS DE LICITACAO COMO CONVITE,CONCORRENCIA E TOMADA DE PRECOS, DE FORMA PRESENCIAL.

OS PROCEDIMENTOS ESTAO DISPONIVEIS NO MANUAL NO ACESSOLIVRE/PUBLICACOES/MANUAIS/SESSAO PUBLICA – SIASGNET.

PARA OPERACIONALIZACAO DA LICITACAO NO SITIO COMPRASNET [atualPortal de Compras Governamentais] E NECESSARIO SOLICITAR PERFIL DE“PRESIDENTE” PARA O USUARIO QUE EXERCA A FUNCAO DE PRESIDENTE DECOMISSAO AO CADASTRADOR PARCIAL DO SEU ORGAO NO SIASG,JUNTAMENTE COM A COPIA DO DOCUMENTO QUE O NOMEOU PARA OCARGO.

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ATENCIOSAMENTE;DEPARTAMENTO DE LOGISTICA E SERVICOS GERAIS”

3. EM CONSEQUENCIA DA MENSAGEM ACIMA TRANSCRITA, OS USUARIOSDAS UG VINCULADAS, DESIGNADOS COMO PRESIDENTES DE COMISSAO DELICITACAO, DEVERAO SER HABILITADOS NO PERFIL “PRESIDENTE” PELOCADASTRADOR PARCIAL DO SISTEMA SENHA – REDE (SIASG) DESSASETORIAL CONTABIL.

q.4. Obrigatoriedade de apresentação da Declaração de Elaboração Independente deProposta - a Instrução Normativa nº 02 – SLTI/MPOG, de 17 Set 09, estabelece a obrigatoriedade deapresentação da declaração de elaboração independente de proposta, em procedimentos licitatórios, noâmbito dos órgãos e entidades integrantes do Sistema de Serviços Gerais – SISG.

q.5. Inexequibilidade de Propostas - conforme Msg 1234834, de 27 Out 09, a SEF,referenciando Acórdão nº 5540/2009 - TCU - 1ª Câmara, recomenda:

A. FUNDAMENTE A INEXEQUIBILIDADE DAS PROPOSTAS DE PRECOS PELASQUAIS VENHAM A SER DESCLASSIFICADAS COM BASE EM PARAMETROSOBJETIVOS DE JULGAMENTO, NOS TERMOS DOS ARTS. 44 E 48, INCISO II, DALEI N° 8.666/1993, E NO ART. 4°, INCISOS X E XI, DA LEI 10.520/2002;

B. AO DEFINIR CRITERIOS DE INEXEQUIBILIDADE, ABSTENHA-SE DE FIXARPRECOS MINIMOS, CRITERIOS ESTATISTICOS OU FAIXAS DE VARIACAO EMRELACAO A PRECOS DE REFERENCIAS, UMA VEZ QUE ESSA FIXACAO EVEDADA PELO ART. 40 INCISO X, DA LEI N° 8.666/1993, ALEM DE IMPEDIR AOBTENCAO DA PROPOSTA MAIS VANTAJOSA PARA A ADMINISTRACAO;

Ainda, sobre o tema é importante observar o documento abaixo:

(Transcrição Msg 0585873-SEF, de 24 maio 10)

DO SUBSECRETÁRIO DE ECONOMIA E FINANÇAS

AOS SENHORES ORDENADORES DE DESPESAS

1. INFORMO AOS ORDENADORES DE DESPESAS (OD) QUE O INC. II, DO CAPUTDO ART. 48, DA LEI 8.666/93, COM REDAÇÃO DADA PELA LEI 8.883/ 94, ARESPEITO DE PROPOSTAS INEXEQUÍVEIS, APONTA NO SENTIDO DE QUE ÉNECESSÁRIA A VERIFICAÇÃO, POR PARTE DA ADMINISTRAÇÃO, "QUANTO ÀSUA VIABILIDADE OU NÃO ATRAVÉS DE DOCUMENTAÇÃO QUE COMPROVEQUE OS CUSTOS DOS INSUMOS SÃO COERENTES COM OS DE MERCADO E QUEOS COEFICIENTES DE PRODUTIVIDADE SÃO COMPATÍVEIS COM A EXECUÇÃODO OBJETO DO CONTRATO, CONDIÇÕES ESTAS NECESSARIAMENTEESPECIFICADAS NO ATO CONVOCATÓRIO DA LICITAÇÃO".

2. INFORMO, AINDA, QUE A APURAÇÃO DA INEXEQUIBILIDADE DAPROPOSTA NO ÂMBITO DO PREGÃO TEM DE SER FEITA CASO A CASO, SEM APOSSIBILIDADE DE ELEIÇÃO DE UMA REGRA OBJETIVA PADRONIZADA EIMUTÁVEL. ISSO SIGNIFICA QUE A ADMINISTRAÇÃO DA UG TEM DECONHECER O MERCADO, A COMPOSIÇÃO DE CUSTOS E AS CARACTERÍSTICASPERTINENTES AO OBJETO LICITADO, DE MODO A AVALIAR GENERICAMENTEO LIMITE DA INEXEQUIBILIDADE, O QUAL TERÁ DE SER TESTADO NO CASOCONCRETO. EM RESPALDO A ESSE POSICIONAMENTO O TCU SE MANIFESTOUSOBRE O TEMA, CONFORME JURISPRUDÊNCIAS, DENTRE OUTRAS, A SEGUIRTRANSCRITAS.

A."NOS TERMOS DA JURISPRUDÊNCIA DO TCU, NÃO CABE AO PREGOEIROOU À COMISSÃO DE LICITAÇÃO DECLARAR A INEXEQUIBILIDADE DAPROPOSTA DA LICITANTE, MAS FACULTAR AOS PARTICIPANTES DOCERTAME A POSSIBILIDADE DE COMPROVAREM A EXEQUIBILIDADE DASSUAS PROPOSTAS." (TCU, ACÓRDÃO Nº 559/2009, 1ª CÂMARA, RELATORMINISTRO AUGUSTO NARDES).

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B."A DESCLASSIFICAÇÃO INDEVIDA DA PROPOSTA DE MENOR PREÇO,CONSIDERADA INEXEQUÍVEL EM DECORRÊNCIA DA APLICAÇÃOEQUIVOCADA DAS REGRAS INSCULPIDAS NO ART. 48, DA LEI 8.666/93,JUSTIFICA A ANULAÇÃO DO ATO IRREGULAR PRATICADO BEM COMO DOSDEMAIS ATOS QUE DELE TENHAM DECORRIDO." (TCU, ACÓRDÃO Nº 294/2008,PLENÁRIO, RELATOR MINISTRO RAIMUNDO CARREIRO).

C."NO QUE SE REFERE À INEXEQUIBILIDADE, ENTENDO QUE A COMPREENSÃO DEVE SER SEMPRE NO SENTIDO DE QUE A BUSCA É PELA SATISFAÇÃODO INTERESSE PÚBLICO EM CONDIÇÕES QUE, ALÉM DE VANTAJOSAS PARA AADMINISTRAÇÃO, CONTENTAM PREÇOS QUE POSSAM SER SUPORTADOSPELO CONTRATADO SEM O COMPROMETIMENTO DA REGULAR PRESTAÇÃOCONTRATADA. NÃO É O OBJETIVO DO ESTADO ESPOLIAR O PARTICULAR,TÃO POUCO IMISCUIR-SE EM DECISÕES DE ORDEM ESTRATÉGICA OUECONÔMICA DAS EMPRESAS. POR OUTRO LADO, CABE AO PRÓPRIOINTERESSADO A DECISÃO ACERCA DO PREÇO MÍNIMO QUE ELE PODESUPORTAR.

ASSIM, O PROCEDIMENTO PARA A AFERIÇÃO DE INEXEQUIBILIDADE DEPREÇO DEFINIDO NO ART. 48, II, § 1º, ALÍNEAS "A" E "B", DA LEI 8.666/93,CONDUZ A UMA PRESUNÇÃO RELATIVA DE INEXEQUIBILIDADE DE PREÇOS.ISSO PORQUE, ALÉM DE O PROCEDIMENTO ENCERRAR FRAGILIDADES, DADOQUE ESTABELECE DEPENDÊNCIA EM RELAÇÃO A PREÇOS DEFINIDOS PELOSPARTICIPANTES, SEMPRE HAVERÁ POSSIBILIDADE DE O LICITANTECOMPROVAR SUA CAPACIDADE DE BEM EXECUTAR OS PREÇOS PROPOSTOS,ATENDENDO SATISFATORIAMENTE O INTERESSE DA ADMINISTRAÇÃO."(TCU, EXCERTO DO ACÓRDÃO Nº 287 / 2008PLENÁRIO, RELATOR MINISTROUBIRATAN AGUIAR).

D."SEIS EMPRESAS APRESENTARAM PROPOSTAS DE PREÇOS PARA O PREGÃOELETRÔNICO Nº 72/2007, PROMOVIDO PELA. PARA AQUISIÇÃO DE SOFTWAREDE GERENCIAMENTO INTEGRADO DAS ÁREAS DE COMPRAS,ALMOXARIFADO E CONTROLE DE PATRIMÔNIO. TRÊS FORAMDESCLASSIFICADAS ANTES DA FASE DE LANCES POR TEREM SUASPROPOSTAS DE PREÇOS, RESPECTIVAMENTE DE R$ 800.000,00, R$ 1.490.000,00 ER$ 1.500.000,00, SIDO JULGADAS INEXEQUÍVEIS. (...)

O PRIMEIRO FATO QUE CAUSA ESPÉCIE NESTE CERTAME É ADESQUALIFICAÇÃO SUMÁRIA DAS PROPOSTAS MAIS BAIXAS. ACREDITO QUEO JUÍZO DE INEXEQUIBILIDADE SEJA UMA DAS FACULDADES POSTAS ÀDISPOSIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO CUJO O EXERCÍCIO DEMANDA A MÁXIMACAUTELA E COMEDIMENTO. AFINAL, É PRECISO UM CONHECIMENTO MUITOPROFUNDO DO OBJETO CONTRATADO, SEUS CUSTOS E MÉTODOS DEPRODUÇÃO PARA QUE SE POSSA AFIRMAR, COM RAZOÁVEL GRAU DECERTEZA, QUE CERTO PRODUTO OU SERVIÇO NÃO PODE SER FORNECIDOPOR AQUELE PREÇO. A QUESTÃO SE TORNA MAIS DELICADA QUANDOVERIFICAMOS QUE O VALOR COM QUE UMA EMPRESA CONSEGUE OFERECERUM BEM NO MERCADO DEPENDE, MUITAS VEZES, DE PARTICULARIDADESINERENTES ÀQUELE NEGÓCIO, COMO POR EXEMPLO, A EXISTÊNCIA DEESTOQUES ANTIGOS, A DISPONIBILIDADE IMEDIATA DO PRODUTO, AECONOMIA DE ESCALA, ETC. NESTES CASOS PODE EXISTIR UMDESLOCAMENTO DOS PREÇOS PRATICADOS POR DETERMINADOFORNECEDOR EM RELAÇÃO AOS DOS DEMAIS CONCORRENTES, SEM QUEISSO IMPLIQUE SUA INEXEQUIBILIDADE. (...)

JULGO QUE AS QUESTÕES DISCUTIDAS ACIMA SÃO SUFICIENTES PARACONSUBSTANCIAR A EXISTÊNCIA DE INDÍCIOS DE IRREGULARIDADES QUE,SE CONFIRMADAS, PODERÃO IMPLICAR A ANTIECONOMICIDADE DACONTRATAÇÃO, COM DANO À ENTIDADE. A SITUAÇÃO TAMBÉM RECLAMA AATUAÇÃO IMEDIATA DESTE TRIBUNAL, SOB PENA DE SEREM EFETIVADOS OSPAGAMENTOS À CONTRATADA, CONSOLIDANDO-SE EVENTUAL PREJUÍZO."

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(TCU, EXCERTO DO ACORDÃO Nº 284/2008, PLENÁRIO, RELATOR MINISTROMARCOS VILAÇA).

3. APÓS TAIS JURISPRUDÊNCIAS, ESTA SECRETARIA ORIENTA AADMINISTRAÇÃO DAS UNIDADES GESTORAS QUE A SISTEMÁTICA VOLTADAAO EXAME DE PROPOSTAS QUANTO AO PREÇO, APRESENTA-SE TAMBÉMCOMO UMA CONDIÇÃO PARA ACEITAÇÃO DE COTAÇÕES EM LICITAÇÕESREALIZADAS NA MODALIDADE DE PREGÃO, SENDO DEVER DO PREGOEIROPROCLAMAR A INACEITABILIDADE QUANDO CONSTATAR QUE O PREÇOÚLTIMO OFERTADO NÃO SE ACHA COMPATIBILIZADO À REALIDADEPREVIAMENTE VERIFICADA E INSCRITA NO TERMO DE REFERÊNCIA. NÃOCONSTITUI MERA FACULDADE, PORTANTO, AVALIAR E COMPARAR PREÇOS.É DEVER LEGAL ADMITIR A PERMANÊNCIA DE LICITANTES QUE SEAPRESENTEM EM CONDIÇÕES DE EXECUTAR O CONTRATO A SEROPORTUNAMENTE CELEBRADO, CONTRATO ESTE QUE DEVE RESPEITAR ASCARACTERÍSTICAS DE ONEROSIDADE E COMUTATIVIDADE TÍPICA DOSCONTRATOS ADMINISTRATIVOS.

q.6. P rojeto “Fractal” - projeto disponível no endereçohttp://www1.previdencia.gov.br/fractal/index.html, desenvolvido por servidores públicos das áreasjurídicas, administrativa e de controle Interno do Ministério da Previdência Social, com o apoio daDATAPREV. Um dos objetivos do projeto é facilitar a aprendizagem organizacional e fortalecer osControles Internos Administrativos, mediante o uso de mapas conceituais, com ênfase, num primeiromomento, para as licitações públicas e os contratos administrativos regidos pela Lei n° 8.666/1993.Neste sentido, a SEF, por meio da Msg 0428631, de 15/04/09 determina a difusão aos OD, fato estejá publicado nos B Info 03 e 05/2008. Vale a pena conferir!

q.7. Alienação/Arrendamento de Imóveis – Competência do Comando do Exército –conforme Of nº 072 – Asse Jur – 11 (A1/SEF), CIRCULAR, de 16 maio 11, informou sobreaprovação pelo Ministro Advogado-Geral da União de despacho onde define a competência doComandante do Exército para autorizar a alienação de imóveis administrados pela Força Terrestre.Outras informações consultar o documento publicado no B Info 05/2011.

q.8. Leilão– Sobre o assunto cabe destacar que a SEF, por meio do DIEx n° 73-Asse2/SSEF/SEF – CIRCULAR de 07 Maio 2013 , publicado no B Info 05/2013 orientou sobre anecessidade de realizar licitação para a contratação de leiloeiro oficial.

q.9. Compras Sustentáveis – O Portal de Compras Governamentais possui um linkonde disponibiliza diversas informações sobre o assunto:http://www.comprasgovernamentais.gov.br/gestor-de-compras/sustentabilidade

Além disso, a Secretaria de Economia e Finanças expediu o DIEx 14-Asse2/SSEF/SEF-Circular, de 29 Jan 15 apontando as seguintes práticas que devem ser adotadas pelas UG:

“a. nas licitações, levar em consideração os processos de extração, utilização edescarte dos produtos e matérias primas (Art 152, da Port nº 001-DEC/2011);b. nas aquisições de produtos, dar preferência àqueles fabricados por fonte não poluidora, bem como por materiais que não prejudiquem a natureza (ex: produtos de limpeza biodegradáveis);c. para classificação da proposta, considerar o critério avaliativo e de ordenação (classificação) de empresas que sejam capazes de apresentar certificado ambiental (ISO), vedada a exigência de certificação para habilitação dos participantes;d. adotar procedimentos pela aquisição de bens e produtos passíveis de reutilização, reciclagem ou reabastecimento (refil e/ou recarga);

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e. evitar aquisição de produtos ou equipamentos que destroem a camada de ozônio;f. nas especificações do projeto básico ou executivo, visar à economia da manutenção e operacionalização da edificação, à redução do consumo de energia e água, bem como à utilização de tecnologias que reduzem os impactos ambientais;g. contemplar os custos necessários para mitigar ou eliminar os impactos ambientais;h. na execução de obras e Sv Eng, observar todos os custos necessários àobtenção das licenças e autorizações ambientais, incluindo os custos paraexecução de estudo ambiental quando necessário.”

q.10 Licitação por lote ou grupo - Sobre o assunto cabe abordar o que prevê o TCU:

“Licitação em lotes ou grupos, como se itens fossem, deve ser vista com cau-tela pelo agente público, porque pode afastar licitantes que não possam ha-bilitar-se a fornecer a totalidade dos itens especificados nos lotes ou grupos,com prejuízo para a Administração.

Em principio, essa divisão só se justifica quando o lote ou grupo for constituídode vários itens para um só local ou ambiente. Por exemplo: compra de móveis,em que todos os itens constantes do lote ou grupo, destinados a um determinadoambiente, devem ser adquiridos de uma só empresa, de forma a manter idênti-co estilo, modelo, design etc.” (Licitações e Contratos TCU – 4ª edição, 2010,pag 239)

Assim, os agentes da administração devem ser zelosos com essa conduta, pois emMUITAS situações haverá prejuízo à competição e à economicidade. Observe:

A Administração deve, também, promover a divisão em lotes do objeto licita-do, quando disso resultar aumento da competitividade entre interessados efor ela economicamente e tecnicamente viável. - Acórdão 607/2008 PlenárioTCU. (grifo nosso)

Desta forma, torna-se de vital importância haver uma justificativa contundente para oagrupamento em lotes, conforme pode ser observado no trecho do Acórdão 1167/2012-Plenário TCUa seguir transcrito:

Ainda que tal agregação tenha juntado, em um mesmo lote, itens que nãoguardariam total correlação em seu processo produtivo, prosseguiu o relatorem seu voto, teria trazido a vantagem de unir todos os itens imprescindíveispara a perfeita utilização laboratorial. Assim, sopesando as inegáveisvantagens operacionais e pedagógicas advindas desse agrupamento em cotejocom a competitividade necessária ao certame, entendeu não haver máculas aoprocedimento examinado. Votou, então, pela revogação da cautelaranteriormente concedida, bem como pelo arquivamento do processo, no que foiacompanhado pelo Plenário.

Outros acórdãos do TCU que tratam da situação do lote são o 2977/2012 e 2695/2013,todos do Plenário e comentados no Anexo C ao BINFO 11/2013-5ª ICFEx.

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Cabe ressaltar que, por ocasião do preço final do lote, devem ser analisados os preçosunitário e global, com o intuito de comprovar o respeito aos preços estabelecidos como referência,como pode ser observado a seguir:Exemplo: Aquisição em lote de 50 calça camufladas e 50 gandolas . Neste caso existe uma justificativa técnicapara o agrupamento – padronização.

Preço de referência da calça: R$ 50,00Preço de referência da gandola: R$ 50,00Preço de referência do conjunto calça e gandola: R$ 100,00

Neste caso, hipoteticamente, é possível obter um licitante vencedor com preço final, após afase de lances, no valor de R$ 90,00 (abaixo do preço de referência do grupo), no entanto em duassituações distintas:

Situação 1 Situação 2

Item Material Preço (R$) Item Material Preço (R$)

Lote 1Calça 60,00

Lote 1Calça 45,00

Gandola 30,00 Gandola 45,00

Total 90,00 Total 90,00

Proposta que não pode ser aceita Proposta que pode ser aceita

Note que na Situação 1 a proposta não poderá ser aceita em virtude do item “Calça” estaracima do preço de referência, em que pese o preço do lote ter ficado em valor inferior ao estabelecido.

No caso da Situação 2 tem-se uma proposta que pode ser aceita, em função do preço do loteter ficado abaixo da referência, bem como o dos itens que o compõem.

Outra ressalva importante diz respeito à Orientação expedida pelo Ministério do Planejamento,por meio de Msg SIASG no ano de 2018 tratando da questão do lote, em função de diversos Acórdãosdo TCU sobre o assunto (a saber: nº 2.977/2012-P, 2.695/2013-P, 343/2014-P, 4.205/2014-1ªC,757/2015-P, 588/2016-P, 2.901/2016-P e 3.081/2016-P):

Nas licitações realizadas sob a modelagem de aquisição por preço global degrupo de itens, somente será admitida as seguintes hipóteses:a) aquisição da totalidade dos itens de grupo, respeitadas as proporções dequantitativos definidos no certame; oub) aquisição de item isolado para o qual o preço unitário adjudicado aovencedor seja o menor preço válido ofertado para o mesmo item na fase delances.Constitui irregularidade a aquisição (emissão de empenho) de item de grupoadjudicado por preço global, de forma isolada, quando o preço unitárioadjudicado ao vencedor do lote não for o menor lance válido ofertado nadisputa relativo ao item

q.11. Participação de Microempresa e Empresa de Pequeno Porte em licitações – Osart. 42 a 49 da Lei Complementar nº 123/2006 estabelecem o tratamento favorecido, diferenciado e

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simplificado que deve ser concedido às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (ME/EPP). Essetratamento foi regulamentado pelo Decreto nº 6.204/2007.

A seguir serão apresentados os documentos mais recentes que tratam do assunto:

q.11.1 Participação exclusiva de ME/EPP em licitações de valor inferior a R$ 80 mil:

Tendo em vista dúvida apresentada por uma UG vinculada, a 5ª ICFEx elaborouconsulta à SEF sobre o entendimento do inc I, do Art 48, da Lei Comp 123/2006. Se deveria seentender que o valor de R$ 80 mil era para o total da licitação, ou por item.

Obteve como resposta o seguinte documento, publicado no B Info 03/2014:

DIEx nº 21-Asse1/SSEF/SEF, de 12 MAR 14

1. Trata-se de consulta acerca da exclusividade destinada às microempresas,empresas de pequeno porte e cooperativas nos pregões eletrônicos conduzidospela Administração Militar.

2. Segundo documentos disponibilizados por essa Setorial Contábil, a dúvidacinge-se nos termos seguintes: o limite de R$ 80.000,00, definido no artigo 48,inciso I, da Lei Complementar nº 123, de 2006, recai sobre cada um dos itensda licitação ou sobre o valor resultante da soma destes?

3. Para tanto, esclareceu essa consulente que uma UG a ela vinculada enfrentadificuldade na condução de seus pregões, tendo em vista que, se de um lado, aConsultoria Jurídica da União no Estado de Santa Catarina (CJU/SC)recomendou que o valor de R$ 80.000,00 deva ser considerado para cadaitem da licitação; de outro, o portal Comprasnet (Portal de ComprasGovernamentais), instrumento utilizado para cadastramento dos processoslicitatórios em tal modalidade, não admite que a soma dos valores ultrapassedada quantia.

4. Destarte, passou a traçar considerações capazes de solucionar o impasse,sustentando que a exclusividade destinada a entidades de menor porte nospregões eletrônicos não possui caráter obrigatório, mas se trata de faculdadeda Administração, especialmente em homenagem ao princípio da amplacompetição.

5. Nessa senda, cumpre asseverar que os argumentos apresentados nãopossuem razão de prosperar, haja vista que a exclusividade destinada àsmicroempresas, empresas de pequeno porte e cooperativas nos pregõeseletrônicos, cujas contratações sejam até R$ 80.000,00, restou referendadapelo Decreto nº 6.204, de 2007, in verbis:

Art. 6 Os órgãos e entidades contratantes deverão realizar processolicitatório destinado exclusivamente à participação de microempresas eempresas de pequeno porte nas contratações cujo valor seja de até R$80.000,00 (oitenta mil reais). (destaques acrescidos)

6. Mais ainda, o Tribunal de Contas da União (TCU) já se manifestoufavorável acerca da obrigatoriedade da exclusividade, como se observa

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implicitamente do Acórdão 3.771/2011 – Primeira Câmara -que, indo além,assentou que tal exigência recai de forma autônoma sobre cada um dos itensda licitação. É o que se verifica a seguir:

“Apesar de o valor global exceder o limite de R$ 80.000,00 previstos noart. 48, I, da LC nº 123/2006 e no art. 6º do Decreto nº 6.204/2007 paraa realização de processo licitatório destinado exclusivamente àparticipação de microempresas e empresas de pequeno porte, o certameestava dividido em 52 itens de concorrência autônomos entre si, sendo,assim, cada item disputado de maneira independente dos demais”.(destaques acrescidos)

7. E foi, exatamente com fundamento na decisão da Corte de Contas que aControladoria-Geral da União (CGU) exarou o Parecer nº01/2013/GT/Portaria nº 11, de 10 de agosto de 2012, documento este no qualse baseou a Consultoria Jurídica da União no Estado de Santa Catarina(CJU/SC), para fins de recomendação à UG deflagradora da consulta a estaSecretaria.

8. Nesse diapasão, urge destacar alguns trechos do aludido Parecer, a fim decorroborar para a elucidação do assunto:

"10. Em licitações divididas em itens, lotes ou grupos, cada item (lote ougrupo) representa uma licitação separada das demais, com julgamentos eadjudicações independentes. 11. A divisão de licitação em itens atende àregra de parcelamento inscrita no art. 23, § 1º, da Lei nº 8.666/93, a quealude a Súmula nº 247, do Tribunal de Contas da União, além de ensejareconomia de tempo e de recursos financeiros, uma vez que é realizadauma única licitação para objetos específicos. 13. Se fossem realizadaslicitações apartadas, ou seja, fossem publicados vários instrumentosconvocatórios independentes, e em cada um deles houvesse um único objeto(item), com valor estimado igual ou inferior a R$ 80.000,00, não haveriadúvida acerca da exclusiva participação de entidades de menor porte. 14.Existindo itens (ou lotes/grupos) num mesmo instrumento convocatório, comvalores iguais ou inferiores a R$ 80.000,00, para cada um deles o editalpoderá regulamentar a exclusiva participação de entidades de menorporte, conforme preceitua o art. 48, I, da Lei Complementar nº 123/06.Para os demais itens, com valores individuais superiores a R$ 80.000,00,o mesmo instrumento convocatório estenderá a participação às demaiscategorias empresariais do ramo do objeto em licitação (grande e médioporte), concedendo tratamento privilegiado às entidades de menor portena hipótese de ocorrer o 'empate ficto'." (art. 44 da Lei Complementar nº123/06) (destaques acrescidos)

9. Logo, afastada a plausibilidade de se tratar de mera faculdade doadministrador a destinação exclusiva em apreço, resta abordar a questão dadificuldade aparentemente apresentada pelo portal Comprasnet [atual Portalde Compras Governamentais] e enfrentada pela UG.

10. A respeito, esta Secretaria acabou por simular um fictício pregão junto aoreferido portal, o qual segue anexo, a fim de averiguar o porquê da recusa do

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portal no prosseguimento do processo e concluiu que há probabilidade de terocorrido o seguinte:

10.1 É possível que, ao lançar as informações no Comprasnet [atual Portal de Compras Governamentais], a UG tenha marcado o campo "Licitação com todos os itens com participação exclusiva de ME/EPP/Cooperativas.". (Figura 1)

10.2 Nesse passo, ainda que possa corresponder à verdade dos fatos (quandotodos os itens são realmente destinados a tais entidades de menor porte), oportal acaba por lançar de maneira automática as informações no campo"Tipo de benefício" (Figura 2), o que acaba por ocasionar o erro apontadopela UG consistente na mensagem "Para licitações com participação exclusivade ME/EPP/Cooperativas, a soma dos valores estimados dos itens (quantidade* valor unitário) deve ser menor ou igual a R$ 80.000,00." (Figura 3)

10.3 Todavia, se a UG deixar de marcar o campo "Licitação com todos os itenscom participação exclusiva de ME/EPP/Cooperativas." (Figura 4), observandoque o campo "Tipo de benefício" (Figura 5) permanecerá sem informações eclicar em "Alterar" (Figura 5), lançando a informação "Tipo de Benefício" eescolhendo o "Tipo 1" manualmente (Figura 6), a informação será inserida nocorrespondente campo (Figura 7).

10.4 Dessa forma, o sistema passa a reconhecer como correto o lançamento dainformação consistente à destinação de exclusividade às microempresas,empresas de pequeno porte e cooperativas nos pregões divididos em diversositens (Figura 8), tal qual preceituado pelo citado Parecer nº01/2013/GT/Portaria nº 11, de 10 de agosto de 2012.

10.5 Note-se que o procedimento deverá ser repetido item por item, de formaa garantir que as informações sejam lançadas uma a uma, caso contráriopoderá ocorrer outro erro como o apontado na consulta.

11. Ao final, pois, apenas a título elucidativo, cumpre frisar que a condução doprocesso pela UG não demonstra um erro propriamente, mas acaba por gerarum bug,restando, como alternativa, a adoção da sistemática descrita para sealcançar êxito no pregão pretendido.

12. Do mesmo modo, cabe ressaltar que a sugestão ora explicitada, sem deixarde reconhecer a conveniência de se informar tal problema à autoridadecompetente junto ao portal, apenas pretende resolver a problemática dentro decritérios de razoabilidade.

13. Nesses termos, encaminho-vos o presente expediente para fins deesclarecimento da UG vinculada

Gen Div GERSON FORINISubsecretário de Economia e Finanças

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Obs: Os Anexos do DIEx nº 21-Asse1/SSEF/SEF, de 12 MAR 14 transcrito acima trazemilustrações do passo-a-passo que deve ser seguido no Portal de Compras. Esses anexos podem serconsultados no seguinte endereço: http://intranet.sef.eb.mil.br/a1/destaque.html

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q.11.2 Verificação do faturamento da ME/EPP – Possibilidade de inabilitação – Com oadvento do tratamento diferenciado e favorecido concedido às ME/EPP tornou-se cada vez maisnecessário uma análise acurada, por parte do pregoeiro e de sua equipe de apoio, no sentido decertificar que uma empresa que venceu uma licitação em função desses tratamentos de fatoenquadrava-se como ME/EPP.

Para tanto é fundamental conhecer o critério para se saber se uma empresa é ME/EPP:

- Microempresa47 - a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individualde responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art 966 da Lei nº 10.406, de 10 dejaneiro de 2002 (Código Civil)48, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou noRegistro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que aufira, em cada ano-calendário,receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e

- Empresa de Pequeno Porte49 - a sociedade empresária, a sociedade simples, aempresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art 966 da Lei nº10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de EmpresasMercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ouinferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).

47 Definição de acordo com o Inc I, art 3º, da Lei Comp 123, de 14 DEZ 06.48 Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção oua circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, denatureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício daprofissão constituir elemento de empresa.49 Definição de acordo com o Inc II, art 3º, da Lei Comp 123, de 14 DEZ 06.

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Fato é que algumas empresas vem participando de licitações, mesmo tendo auferidoreceita bruta superior a R$ 4.800.000,00, principalmente em função de seu enquadramento seratualizado perante a Receita Federal após a atualização do seu balanço social.

Diante desse contexto o pregoeiro e sua equipe devem se valer de ferramentas edocumentos hábeis que possam comprovar se uma empresa realmente é ME/EPP, no intuito de seevitar a fraude e possíveis condutas lesivas durante um certame licitatório. Destaca-se, em especial,que a ME/EPP DECLARA no Portal de Compras Governamentais, “sob as penas da Lei, quecumpre os requisitos estabelecidos no Art. 3º da Lei Complementar nº 123”.

Logo, se a empresa participa de um certame licitatório e vence algum item por ter seusufruído dos benefícios da Lei Comp 123, sem de fato possuir tal direito, essa empresa, NOMÍNIMO, está emitindo uma declaração falsa e deve ser severamente sancionada, conforme pode serobservado nos seguintes Acórdãos do TCU:

ACÓRDÃO Nº 206/2013 – TCU – Plenário

10. No caso presente, apurou-se que a empresa [...] habilitou-se indevidamentecomo empresa de pequeno porte em três pregões conduzidos por unidadesgovernamentais, a saber:

[…]

11. Os três certames foram dirigidos exclusivamente para microempresas (ME) ouempresas de pequeno porte (EPP), nos termos da Lei Complementar 123/2006, quegarante, sob certas condições, tratamento diferenciado e favorável às empresas assimclassificadas, de acordo com seus respectivos faturamentos brutos anuais. Nos casosanalisados, o limite para a classificação como EPP – categoria autodeclarada pelaDental SP Ltda. – era, à época, de até R$ 2.400.000,00/ano, nos termos do caput c/co § 9º do art. 3º da LC 123/2006 (limite posteriormente majorado pela LC 139/2011,após os pregões em tela).

12. Conforme verificado no Relatório, a empresa [...], devidamente instada adefender-se no processo, apresentou alegações que não lograram descaracterizar airregularidade de sua conduta. Nesse passo, transcrevo, com pequenos ajustes deforma, algumas passagens relevantes da instrução final da Secex que bem denotam areprovabilidade da conduta da referida pessoa jurídica, verbis:

22. A [....] obteve faturamento bruto superior a R$ 2.400.000,00 em2009 e 2010, anos anteriores aos certames – e nem seria plausível uma eventualtentativa de negar esse fato, visto que, conforme se verifica em consulta ao Siafi(peças 40 e 41), considerando apenas os recebimentos da administração públicafederal, o faturamento bruto da empresa já ultrapassaria em muito esse limite [R$3.727.606,41, em 2009, peça 40; e R$ 3.129.121,36, em 2010, peça 41].

23. (...) para participar de cada uma das licitações, a [...] confirmou sua condiçãode empresa de pequeno porte (EPP) emitindo declarações específicas, queconstam às peças 18, 26 e 34, nos seguintes termos: “Declaro, sob as penas daLei, que cumpro os requisitos estabelecidos no Art. 3º da Lei Complementar nº123, de 14 de dezembro de 2006, alterada pela Lei nº 11.488, de 15 de junho de2007, em seu Art. 34, que essa Empresa/Cooperativa está apta a usufruir dotratamento favorecido estabelecido nos artigos 42 ao 49 da referida LeiComplementar”.

25. (...) era obrigação da empresa informar a esses terceiros [Receita Federal doBrasil, Comitê Gestor do Simples Nacional e pregoeiro] se atendia ou não osrequisitos da LC 123/2006, e não o contrário.

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25.1. (...) a empresa somente pôde participar dos três pregões em exame porquedeclarou, em cada uma dessas licitações, sob as penas da lei, que cumpria osrequisitos estabelecidos no art. 3º da LC 123/2006, exigência prevista nosrespectivos editais (peças 8, 22 e 30) e no art. 11 do Decreto nº 6.204/2007.

25.2 (...) contrariamente ao alegado pela empresa, é sua obrigaçãocomunicar à Receita Federal do Brasil a extrapolação do limite máximo da receitabruta para fins de exclusão do Simples Nacional, nos termos do art. 30 da LC123/2006.

25.3 (...) era obrigação da empresa solicitar o seu desenquadramento dasituação especial de EPP ao Presidente da Junta Comercial do Estado de SãoPaulo (Jucesp), nos termos do art. 1º da Instrução Normativa nº 103/200750, doDepartamento Nacional de Registro do Comércio, mas a empresa deixou defazê-lo, conforme se verifica na ficha cadastral emitida pela Jucesp em 1/10/2012(peça 47, p. 2-5).

26. (...) os três pregões em exame eram exclusivos para microempresas,empresas de pequeno porte ou cooperativas enquadradas no art. 34 da Lei nº11.488/2007, conforme os respectivos editais (peças 8, 22 e 30). Portanto, emnada contribui para a defesa da empresa a afirmação de que não utilizou o direitode preferência previsto no art. 44 da LC 123/2006, visto que, em uma licitaçãoexclusiva, como é o caso dos pregões em exame, o usufruto do tratamentodiferenciado e favorável concedido a empresas qualificadas como ME ou EPP sematerializa com a simples participação da empresa no certame (art. 48, inciso I,da LC 123/2006).

28. (...) aplica-se, ao presente caso, o entendimento constante no relatórioque fundamenta o Acórdão nº 1.782/2012-TCU-Plenário (proferido no processode representação TC 012.545/2011-2 quando da apreciação de pedido dereexame interposto contra o Acórdão nº 3.074/2011-TCU-Plenário), no sentido deque “a apresentação de declarações divergentes da realidade e a participaçãodeliberada e vitória em certames exclusivos para microempresas e empresas depequeno porte demonstram conduta passível de apenação com aimpossibilidade de licitar e contratar com a Administração por curto período”.(grifei)

ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão doPlenário, diante das razões expostas pelo Relator, em:

9.2 nos termos do art. 46 da Lei nº 8.443/92, declarar a empresa [...]. (CNPJ ...)inidônea para participar de licitação na Administração Pública Federal porperíodo de 6 (seis) meses;

https://contas.tcu.gov.br/pesquisaJurisprudencia/#/pesquisa/acordao-completo

ACÓRDÃO Nº 1604/2013 – TCU – Plenário

Outros Acórdãos que tratam sobre o assunto são os seguintes:- Acórdão 298/2011 Plenário - Acórdão 3217/2010 Plenário (Sumário) - Acórdão 1137/2011 Plenário (Voto do Ministro Relator)

50 Art. 1º O enquadramento, reenquadramento e desenquadramento de microempresa e empresa de pequeno portepelas Juntas Comerciais será efetuado, conforme o caso, mediante arquivamento de declaração procedida peloempresário ou sociedade em instrumento específico para essa finalidade. (IN 103/2007 – DNRC)

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- Acórdão 4025/2010 Primeira Câmara (Relação)

Assim, tendo em vista a relevância do assunto, recomenda-se que os pregoeiros e asequipes de apoio busquem o máximo de informações para certificar que uma empresa beneficiadacom os tratamentos previstos na Lei Comp 123/2006 realmente esteja enquadrada como ME/EPP.

Para tanto, se faz necessária a consulta nos sites da Receita Federal e do Portal daTransparência, além da utilização do SIAFI, no intuito de identificar faturamento superior aoestabelecido pela Lei Comp 123/2006 a essas empresas.

q.11.3Aquisição de gêneros de agricultura familiar – Sobre o assunto a SEF se pronuncioupor meio dos DIEx 197/2013 e 221/2015, todos da Asse1, da seguinte forma:

DIEx nº 197Asse1/SSEF/SEF, de 05 DEZ 133. O estudo realizado por essa ICFEx [Memória elaborada pela 3ª ICFEx] não merecereparos. Com efeito, esgota a matéria não sendo necessário qualquer espécie deacréscimo. Desta forma, esta Secretaria ratifica o entendimento pela possibilidade deaquisição de alimentos por dispensa de licitação através da modalidade de comprainstitucional , no âmbito do PAA, precedida de chamada pública , desde queatendidos as demais condicionantes da legislação antes mencionada.

DIEx nº 221Asse1/SSEF/SEF, de 27 NOV 154. Isso posto, esta Secretaria concorda com o entendimento manifestado por essaSetorial Contábil a respeito da consulta em exame: as OM do Exército estãoabrangidas pela obrigatoriedade de que trata o art. 1º do Decreto no 8.473, de 2015,no tocante à aquisição de alimentos de agricultores familiares e suas organizações.Os procedimentos operacionais a serem adotados nesse sentido constam do DIEx nº197-Asse1/SSEF/SEF, de 2013.

Assim, no intuito de auxiliar as UG na execução desse tipo de aquisição, informo que aResolução nº 50-MDS, de 26 SET 12, bem como os modelos de Chamada Pública da AgriculturaFamiliar e o Modelo de contrato de compra e venda da Agricultura Familiar podem ser obtidos no sitedo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (https://mds.gov.br/assuntos/seguranca-alimentar/programa-de-aquisicao-de-alimentos-paa)

Outras informações também podem ser obtidas no site da Companhia Nacional deAbastecimento: http://www.conab.gov.br/conteudos.php?a=1125&t=2

Importante: Observar o que prevê a IN nº 02-MP, de 29 Mar 18, que Dispõe sobre a CompraInstitucional de alimentos fornecidos por agricultores familiares e pelos demais beneficiários da Lei n.º 11.326,de 24 de julho de 2006, disponível no seguinte endereço:

https://www.comprasgovernamentais.gov.br/index.php/legislacao/instrucoes-normativas/898-in2-2018

q.12. Ocorrências Impeditivas Indiretas– Tal funcionalidade foi implantada para evitarfraudes, conforme apontado no Acórdão nº 2.115/2015, do Plenário do TCU, por parte de empresas que,estando impedidas de participar de licitações, utilizavam-se de outras empresas, para poder burlar apenalização. Assim, até que a empresa penalizada seja reabilitada, nos casos de inidoneidade, ou que o prazo dasanção tenha transcorrido nos casos de suspensão e impedimento de licitar, o alerta continua sendo emitido emcertidão disponível no SICAF, não bastando que ocorram alterações no quadro societário para que tal alertadeixe de constar no SICAF.

Tal funcionalidade foi divulgada aos usuários do Portal de Compras Governamentais, por meiode notícia divulgada em 16 Set 15, disponível no seguinte endereço:

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http://www.comprasgovernamentais.gov.br/noticias/16-09-2015-2013-esclarecimento-sobre-os-alertas-de-penalizacao-por-declaracao-de-inidoneidade-no-portal-comprasnet

O Portal de Compras informou, ainda, que a mera existência de Ocorrência Impeditiva Indiretanão pode ser interpretada como impedimento de contratar com o Poder Público, cabendo ao pregoeirodiligenciar antes de desclassificar a empresa, a fim de verificar a existência ou não da fraude.

Sobre esse assunto é importante destacar também o que consta do Acórdão 2218/2011-TCU(1ª Câmara):

“3. Presume-se fraude quando a sociedade que procura participar de certamelicitatório possui objeto social similar e, cumulativamente, ao menos um sócio-controlador e/ou sócio-gerente em comum com a entidade apenada com as sançõesde suspensão temporária ou declaração de inidoneidade, previstas nos incisos III e IVdo art. 87 da Lei 8.666/1993.”

Especificamente sobre o impedimento de licitar, a AGU se manifestou, por meio daOrientação Normativa nº 49, de 25 Abr 14, da seguinte forma:

“A aplicação das sanções de impedimento de licitar e contratar no âmbito daunião (art. 7° da lei n° 10.520, de 2002) e de declaração de inidoneidade (art.87, inc. iv, da lei n° 8.666, de 1993) possuem efeito ex nunc, competindo àadministração, diante de contratos existentes, avaliar a imediata rescisão nocaso concreto."

Em relação às consequências do impedimento de licitar no que tange a eventuaiscontratos em andamento, a SEF expediu o DIEx nº 520-Asse2/SSEF/SEF- Circular, de 21 Dez 17,publicado no BINFO 12/2017-5ª ICFEx, de onde se extrai que:

3. Consubstanciada no acima exposto, esta Secretaria entende o seguinte: a. as sanções em tela têm efeito para o futuro, ou seja, referem-se a novosajustes entabulados pela Administração, não atingindo, necessariamente, oscontratos em andamento; b. para dar prosseguimento a contratos em andamento, com empresas quereceberam no seu decorrer a referida sanção, o ordenador de despesas (OD)deve avaliar, sob sua inteira responsabilidade, a conveniência e aoportunidade, julgando os princípios da economicidade, eficiência elegalidade, levando em conta as consequências para a Administração, emvirtude de sua interrupção; c. o OD deverá informar à ICFEx de vinculação e ainda, fazer constar a suadecisão no boletim interno e no relatório de prestação de contas mensal da UG;e d. a ICFEx de vinculação ao ser informada da decisão do OD deverá avaliarcaso a caso e se for necessário, orientar à UG quanto à regularidade doprosseguimento do contrato. 4. Por fim, ratifico o entendimento da 12ª ICFEx no sentido de que é possível a manutenção do contrato vigente entre aquela UG e a citada empresa,considerando que a sanção em tela possui apenas efeitos ex nunc , ou seja,para o futuro, não atingindo contratos em andamento.

q.13. Aquisição de peças para Viaturas e contratação de serviços de manutençãopreventiva e corretiva– Normativo mais recente na área é a Portaria nº 440-Cmt Ex, de 23 Mar 18

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que aprova as Normas para contratação de serviços de manutenção preventiva e corretiva, e aquisiçãode peças para viaturas e veículos administrativos e operacionais, bem como máquinas e equipamentos de Engenharia, no âmbito do Comando do Exército (EB10-N-08.010), 1a Edição, 2018.

Da citada Portaria extrai-se o que segue:

Art. 3º Para os efeitos desta Portaria, define-se:I - manutenção preventiva: são procedimentos destinados a prevenir aocorrência de quebras e defeitos nos mecanismos e nas peças dos veículos,máquinas e equipamentos de engenharia, com o escopo de mantê-los emperfeito estado de funcionamento, de acordo com as recomendações dofabricante, manual do condutor e outras orientações expressas; e II - manutenção corretiva: são procedimentos destinados a recolocar osveículos, máquinas e equipamentos em seu perfeito estado de funcionamento,seja efetuando ajustes e regulagens ou reparos, substituindo peças, mecanismos,componentes, suprimentos, acessórios, inclusive pneus, latarias, borrachas,forros e outros que se fizerem necessários.

Art. 4º Para a contratação de serviços de manutenção preventiva e corretiva,e aquisição de peças para viaturas e veículos administrativos e operacionais,bem como máquinas e equipamentos de engenharia, poderá ser utilizada amodalidade de licitação Pregão Eletrônico, no Sistema de Registro de Preços,tendo como critério de julgamento o menor preço, com base no maiordesconto oferecido sobre a tabela de preços do fabricante.

Parágrafo único. Deverá constar do processo administrativo a justificativa deque o critério de julgamento menor preço, aferido pelo maior desconto sobre atabela de preços especificada, é a única medida econômica eoperacionalmente viável.

Art. 5º Poderão ser adquiridas peças de reposição de qualquer marca, desdeque essas possuam as mesmas especificações técnicas, características e padrõesde qualidade das peças de produção genuínas, segundo a norma ABNT NBR15296, ou outra que venha a substituí-la.

Art. 6º Os itens serão agrupados, preferencialmente, da seguinte forma: I - serviços; a) serviços mecânicos; b) serviços elétricos; e c) serviços de funilaria. II - peças mecânicas; III - peças elétricas; e IV - peças para funilaria.

Art. 9º O Comando Logístico deverá disponibilizar para as Unidades Gestoras(UG) as tabelas de preço de peças dos fabricantes das viaturas e veículosadministrativos e operacionais utilizados pelo Exército.

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Art. 10. O Departamento de Engenharia e Construção deverá disponibilizarpara as UG as tabelas de preço de peças dos fabricantes das máquinas eequipamentos de engenharia utilizados pelo Exército. Art. 11. A Secretaria de Economia e Finanças deverá pormenorizar osprocedimentos relacionados às presentes normas por meio de orientaçõestécnicas específicas.

Recomenda-se que as UG observem tais normas para a aquisição de peças e acontratação de serviços de manutenção preventiva e corretiva de viaturas, máquinas e equipamentos.

q.14. Links úteis – A área de aquisições está sempre sendo atualizada e, para que osagentes da administração mantenham-se em condições de desempenhar suas atividades, obedecendoas normas em vigor, é importante que se busque informações no seguintes sites recomendados poresta Inspetoria: q.14.1 Portal de Compras Governamentais:

www.compras governamentais .gov.br – Link de “Perguntas e RespostasFrequentes”;

www.compras governamentais .gov.br – Link de “Capacitação”;

q.14.2 – Ementário da Gestão Pública - https://groups.google.com/d/forum/prgg

q.14.3 - Tribunal de Contas da Uniãowww.tcu.gov.br – Link “Normas e Orientações”www.tcu.gov.br – Link “Publicações Institucionais”

q.14.4 – Escola Nacional de Administração Públicawww.enap.gov.br/ – Link “Cursos”

q.14.4 – Comunidade de Prática sobre Compras Públicashttps://comunidades.enap.gov.br/mod/page/view.php?id=81 -

q.14.5 – Escola de Administração Fazendáriawww.esaf.fazenda.gov.br/ – Link “Capacitação”

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XII - SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS - SRP

1. Considerações Gerais

O Sistema de Registro de Preços - SRP51 é um conjunto de procedimentos de contratação debens e serviços para aquisições futuras, por meio de licitação na modalidade concorrência ou pregão,em que as empresas assumem o compromisso de fornecer bens e serviços a preços e prazosregistrados em uma ata específica52 e a contratação é realizada quando melhor convier às entidadesque integram esta Ata.

O SRP advém do contido no art 15 da Lei nº 8.666/93, que dispõe que, sempre que possível,as compras deverão ser realizadas por este Sistema. Mais recentemente, o Decreto nº 7.892, de 23JAN 13, regulamentou esse Sistema no âmbito da Administração Federal. O Exército autorizou o seuuso, inicialmente, por meio da Portaria nº 006-SEF, de 15 Out 03, que foi editada na vigência doentão Decreto 3.931/2001. Atualmente, no âmbito do Comando do Exército, o SRP é regulado pelaPortaria nº 01-SEF, de 27 JAN 14.

É possível afirmar que o SRP é uma ferramenta ágil de contratação, com as seguintesvantagens:

- a contratação ocorre quando do surgimento da necessidade, criando uma espécie de“almoxarifado virtual”, com a utilização de “estoques” de bens e serviços, sem os encargos dearmazenagem;

- redução no tempo da contratação;- economia de recursos, com a redução do número de processos;- possibilidade de ser usado por outros órgãos da administração federal;- necessidade de disponibilização de orçamento apenas quando da efetiva contratação; - preços unificados; e- padronização de material.

Assim, diante de tão importante ferramenta, é importante alertar53 que a sua utilização deveocorrer nas seguintes hipóteses previstas no Decreto nº 7.892/2013:

Art. 3º O Sistema de Registro de Preços poderá ser adotado nas seguintes hipó-teses:I - quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade decontratações frequentes;II - quando for conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas par-celadas ou contratação de serviços remunerados por unidade de medida ouem regime de tarefa;

51 Definição de acordo com o Inc I, art 2º, Dec nº 7.892, de 23 Jan 13.52 De acordo com o Inc II, art 2º, Dec nº 7.892, de 23 Jan 13, Ata de Registro de Preços – Documento vinculativo,obrigacional, com características de compromisso para futura contratação, onde se registram preços, fornecedores, órgãosparticipantes e condições a serem praticadas, conforme disposições contidas no edital e nas propostas apresentadas.53 Em AGO 11, com a participação de representantes das UG e Brigadas, foi realizada palestra no Comando Regional, emconjunto com a CJU/AGU/PR, onde foi abordado diversos tópicos sob o tema, conforme se comprova no Of nº 148 –SATT, de 18 AGO 2011, endereçado aquele G Cmdo. Ainda, por intermédio do DIEx nº 028 - SATT/5ª ICFEx 10 abr2012, esta Inspetoria ratificou a necessidade daquele Comando Regional coordenar a implantação no âmbito de suajurisdição. Em sentido similar, a Msg nº 069 - SATT/CIRCULAR, DE 03 ABR 2012 (MSG 2012/0516401)

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III - quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviçospara atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de go-verno; ouIV - quando, pela natureza do objeto, não for possível definir previamente oquantitativo a ser demandado pela Administração54. (grifo nosso)

Sobre o assunto, cabe destaque para os seguintes tópicos:

2. Aquisições frequentes/parceladas

Não se deve usar o SRP para aquisições “pontuais” que podem ser realizadas por processosespecíficos, conforme a modalidade mais adequada.

Entende-se que o rol ali expresso é taxativo e, portanto, limita a sua aplicação para apenas assituações elencadas nos incisos de I a IV do Art 3º do Decreto 7.892/2013.

3. Objeto de mesma natureza

Preferencialmente, colocar em um mesmo processo, itens de mesma natureza ou de naturezasimilar, evitando aproveitar o mesmo certame para inserir objetos de natureza distinta do objetoprincipal. Exemplos:

Mais adequado: SRP de material de expediente ou material de expediente e processamento dedados;

Menos adequado: SRP contendo material de expediente e limpeza. Se houver itens de natureza diferentes em um mesmo processo, a UG deve atentar para a

descrição sucinta do objeto, de tal forma que aqueles que tomarem conhecimento do certame pelasimples leitura da descrição possam identificar, mesmo que de forma genérica, quais os itens que estãosendo licitados.

Para melhor explicar, voltemos ao exemplo do item acima. Se houver processo para aquisiçãode material de expediente e limpeza, a UG deve descrever na definição do objeto “aquisição dematerial de expediente e limpeza”, sob pena, de se assim não o fizer, violar o princípio datransparência e da publicidade.

Sobre esse tema, cabe destaque o Acórdão 1134/2017-2ª Câmara-TCU que determinou a umaOrganização Militar do Exército que:

9.5. determinar ao […] a adoção de providências internas que previnam aocorrência de irregularidades semelhantes às identificadas no PregãoEletrônico no 5/2016, com base no art. 7o da Resolução TCU no 265/2014,abstendo-se de incorrer nas seguintes falhas: 9.5.1. licitação conjunta para aquisição e instalação dos condicionadores dear, sem a realização de estudos técnicos preliminares que demonstrem, técnicae economicamente, que essa opção é, de fato, a mais vantajosa ao interessepúblico e que o parcelamento entre a compra dos equipamentos e a respectivainstalação traria efetivo prejuízo aos fins almejados; 9.5.2. inclusão de serviços que fogem, por completo, ao objeto principal docertame, não podendo ser considerados como obrigação acessória, tais comoos serviços de recomposição de ambientes, além da falta de maiordetalhamento com relação aos demais serviços efetivamente relacionados coma instalação dos equipamentos de ar condicionado (serviços na rede elétrica,rede frigorígena e drenos);

54No âmbito do Exército, as hipóteses de utilização estão previstas no Art 5º, da Portaria nº 01-SEF/2014

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9.5.3. realização de licitação para Sistema de Registro de Preços (SRP),quando: i) não há qualquer indicativo de padronização para justificar autilização desse procedimento; ii) não se mostra razoável a hipótese de que osórgãos participantes do SRP, em função de suas particularidades,demandariam o "pacote fechado" de bens e serviços indicados no termo dereferência do Pregão Eletrônico no 5/2016, com a inclusão até mesmo darecomposição de ambientes; iii) a descrição desses serviços não apresenta odevido detalhamento; iv) não há evidências de que a aludida aquisição porSRP se enquadra perfeitamente nas hipóteses admitidas pelo art. 3o do Decreton.o 7.892, de 2013, que regulamenta o SRP;9.5.4. ausência de projeto básico detalhado, com a definição de critérios clarose objetivos quanto aos equipamentos e serviços necessários ao atendimento dasdemandas da unidade, aí incluído o melhor dimensionamento da potência dosaparelhos de ar condicionado, a área dos ambientes a refrigerar e a distânciaentre as unidades internas e externas dos equipamentos;

4. Quantidades estimadas/Planejamento

Quando da fase interna da licitação (planejamento), verificar minuciosamente asnecessidades/quantidades de cada item constante do SRP, considerando também o consumo para operíodo de vigência do SRP (Vigência da Ata de Registro de Preços), como respeito aos licitantesparticipantes, a fim de evitar falsas expectativas de consumo para o licitante registrado.

É o previsto explicitamente no Inc II, art 9º do Decreto normativo, além do § 7º, Inc III, art15, da Lei nº 8.666/93. Em outras palavras, devem ser evitadas as situações em que a UG estimou quevai adquirir, no período de 12 meses 500 resmas de papel A4 e, ao final da vigência da Ata, seconstata que a UG adquiriu apenas 50 resmas.

A UG tem o dever de planejar suas aquisições. Salvo fato devidamente justificado e em quepese a não obrigatoriedade da aquisição quando da realização de um SRP, a situação acima descritanão poderá ocorrer.

Uma vez que a administração realiza o processo por SRP, evidentemente que pretende utilizá-lo, se não, está realizando gastos desnecessários.

5. Situações de Emergência - Planejamento - Uso do SRP

Correlato com o assunto retro apresentado, o SRP é uma ferramenta apropriada para evitarcontratações sob a infundada alegação de emergência. Assim, conforme documento já citado55, atentarpara a mensagem abaixo:

Msg 0760224-SEF, de 06 jul 09:(...)E. PARA FUTURAS AQUISICOES DE DETERMINADOS MATERIAIS, TAL COMONUTRICAO PARENTERAL – NPT, UTILIZE-SE DO SISTEMA DE REGISTRO DEPRECOS – SRP, DE MODO A EVITAR AQUISICOES DE MATERIAIS OU SERVICOSFUNDAMENTADOS NO ART. 24, INCISO IV, DA LEI N° 8.666/93, UMA VEZ QUE AFALTA DE PLANEJAMENTO NAO CONSTITUI MOTIVO PARACARACTERIZACAO DE EMERGENCIA;

6. Quantidades mínimas

55 Item “obrigatoriedade de licitar” e item “pesquisa de preços”, tudo do Capítulo “Licitações”

As quantidades e unidades a registradas devem ser planejadas em função do consumo e provável utilização, obtidas mediante adequada técnica de estimação

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Outro aspecto que deve ser observado, em particular, quando da elaboração do edital, é o de aUG definir as quantidades mínimas a serem propostas pelos licitantes, conforme art 9º (...), Inc IV- aquantidade mínima de unidades a ser cotada, por item, no caso de bens.

A UG deve definir a quantidade mínima de bem a ser requisitada/entregue, a fim de permitir oplanejamento do licitante, bem como a viabilidade da participação deste no certame.

Exemplificando: a UG deve definir qual a quantidade mínima que deve requisitar de papel A4para ser entregue no prazo estabelecido em edital.

Torna-se inviável, por exemplo, a UG requisitar uma primeira entrega de 5 resmas, duassemanas depois requisitar mais 10 resmas e depois de mais uma semana requisitar mais 15, e assimsucessivamente.

Trata-se de questão gerencial. É preciso observar a viabilidade e o custo dessas entregasínfimas pelo licitante.

7. Publicidade

Atenção para o disposto no § 6º, do art 17 do Decreto nº 5.450, de 31 Maio 05, sobredivulgação de pregão realizado por SRP:

Recomenda-se que a contratação do jornal de circulação local, regional ou nacional ocorra porintermédio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) por inexigibilidade, tendo em vista ser umórgão de divulgação de atos oficiais.

Não se recomenda que a contratação ocorra diretamente com as empresas que administram osjornais.

8. Pesquisa de Preço

Incontáveis as referências ao assunto, em particular, sobre a necessidade de uma amplapesquisa de preço, independente da modalidade de licitação, antecedendo a aquisição/contratação.Destaca-se que a pesquisa de preços atende, dentre outras, as seguintes finalidades:

- estimativa da despesa e, por consequência, se há disponibilidade de recursos orçamentáriospara atender aquela aquisição;

- escolha da modalidade de licitação adequada;

- dar cumprimento ao previsto no Inc IV, do art 5º, no sentido de verificar se os preçosofertados são compatíveis com os praticados no mercado; e

- registrar o preço estimado no Portal de Compras Governamentais quando docadastramento/divulgação de uma licitação.

O tema precisa ser analisado em face do que prescreve o art 12 do Decreto 7.892/2013, quedispõe sobre a possibilidade de o preço registrado ser revisto. Neste sentido, salienta-se que o preçopode ser revisto somente para menor.

Daí, a necessidade frequente da administração verificar se os preços registrados estãocompatíveis com a realidade de mercado.

Como exemplo, pode-se trazer fato real, quando por questões de políticas econômicas oGoverno suprimiu a incidência do Imposto de Produção Industrial (IPI) em alguns itens de consumo.Assim, é evidente que o preço final para o consumidor caiu e na hipótese de haver algum item nestasituação e registrado em processo pela administração, esta, deveria revê-lo, cumprindo o previsto noartigo citado.

É obrigatória a publicação de aviso no jornal de circulação nacional/regional, independente do valor estimado nos casos de SRP.

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Importa dizer que se o fornecedor se recusar a reduzir o seu preço, isso implica no cancelamentodo seu registro, conforme a seguir:

Art. 20. O registro do fornecedor será cancelado quando:

III - não aceitar reduzir o seu preço registrado, na hipótese deste se tornar supe-rior àqueles praticados no mercado;

Quando os preços registrados se tornam menor do que o de mercado e o fornecedor não pudercumprir o compromisso, o órgão gerenciador poderá liberar o fornecedor do compromisso assumido,desde que a comunicação da elevação de preços ocorra antes do pedido de fornecimento e semaplicação de penalidade se comprovada a veracidade dos motivos e comprovantes apresentados.

Ainda sobre pesquisa de preços, consultar o capítulo Licitações, onde se complementa o assuntoe suas consequências.

9. UG Gerenciadora/Participantes - Redução de processos/custos - Economia de escala

Já observado que uma das vantagens do SRP é a economia processual, o que permite agilidadenas contratações, bem como a redução do número de processos e via de regra, também a redução degastos com o processo propriamente dito (pessoal, material e publicações).

Com o advento do Decreto 7.892/2013, espera-se que órgãos da administração, seja UG daForça ou até mesmo outros órgãos estranhos à Força, participem de pregões por SRP, cada vezmenos, na condição de “carona”.

Na vigência do Decreto anterior não era raro deparar com UG localizadas na mesmaguarnição realizando processos licitatórios distintos, visando à aquisição do mesmo objeto/serviço. Emque pese não haver irregularidade, torna-se difícil justificar aquisição do mesmo objeto por preçosdiferentes e, aparentemente, sob condições bem similares (prazo e local de entrega, por exemplo).

Assim, salvo motivo plenamente justificado, as aquisições de itens comuns, sob esta forma deaquisição, deve ser feita em conjunto pelas UG por SRP. Tomando como exemplo 3 (três) UGlocalizadas em uma mesma cidade, conclui-se facilmente que as aquisições de itens comuns àquelasdevem ser realizadas em conjunto, independente do bem/serviço (material de expediente, limpeza,suprimentos de informática, manutenção de bens imóveis, GLP, pão, entre outros).

Quais serão as vantagens? Principalmente, obter preços mais vantajosos advindos com a demanda conjunta.

Cabe destaque que, para ampliar o nº de participantes e diminuir a quantidade de “caronas”,desde agosto de 2008 está disponível, no Portal de Compras Governamentais a Intenção de Registrode Preços (IRP) que, agora, está regulada no art 4º do Decreto 7.892/201356.

Por meio da IRP, antes da divulgação do edital, a UG gerenciadora cadastra os itens quepretende licitar, disponibilizando para que qualquer órgão da administração pública federal informesua intenção de participar, com os respectivos quantitativos.

As adesões migram automaticamente para o Portal de Compras Governamentais e a UGgerenciadora terá o trabalho, apenas, de informar no edital quais são as UG participantes, o endereçocorrespondente e as quantidades de itens.

Tal funcionalidade está disponível no perfil “pregoeiro” no SIASG e permite acessar o seguinteambiente:

56 A IRP também está previsto na Portaria nº 01-SEF/2014 em seu inc II, Art 7º.

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Da mesma forma, se a UG pretende participar da licitação por SRP, poderá utilizar a mesmafuncionalidade, só que na opção “Manifestar Interesse”:

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10. UG Gerenciadora/Participante

A fim de cumprir o previsto no item anterior, é necessário que haja a definição prévia da UGgerenciadora e participantes. Neste sentido, a regra geral é que os G Cmdo/GU exerçam acoordenação dessa atividade, podendo a execução ser delegada às UG. Neste sentido, do B Info 01-2009 constou a consulta realizada à SEF, por intermédio do Of nº 02-SATT, de 13 JAN 09, em quefoi obtida a seguinte resposta:

Msg 00888542-SEF, de 16 jan 09REF: OFICIO Nº 02-SATT/5ª ICFEX, DE 13 DE JANEIRO DE 2009.

1. VERSA O PRESENTE EXPEDIENTE SOBRE GERENCIAMENTO DE LICITAÇÕESCOM UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS (SRP).

2. APÓS ESTUDAR O ASSUNTO SOB O ASPECTO TÉCNICO-NORMATIVO, ESTASECRETARIA RATIFICA O ENTENDIMENTO DESSA INSPETORIA QUANTO ÀPOSSIBILIDADE DE UMA UG COM ESTRUTURA ADMINISTRATIVA ADEQUADASER AUTORIZADA PELO COMANDO DE GUARNIÇÃO OU COMANDO DEREGIÃO MILITAR, PARA EXERCER A FUNÇÃO DE GERENCIADORA EMLICITAÇÃO COM UTILIZAÇAO DO SRP, DE ACORDO COM A PORTARIA Nº 006-SEF, DE 15 DE OUTUBRO DE 2003.

Diante do exposto, recomenda-se aos G Cmdo/GU que exerçam o controle dessa atividade eque incentivem, quando da realização de SRP, a participação das UG, em especial, as localizadas namesma guarnição, a fim de aproveitar os benefícios da economia de escala, bem como evitar acontratação de mesmo objeto por preços diferenciados sem aparente justificativa.

Novidade trazida pela Portaria nº 01-SEF/2014 é o seu Art 12:

Art. 12. O SRP, no âmbito do Exército, obedecerá ao planejamento dosórgãos setoriais e seus órgãos técnicos normativos quanto aos procedimentospara aquisição dos bens e serviços peculiares aos sistemas sob suaresponsabilidade, o qual regulará se as licitações e respectivas compras serãorealizadas centralizadamente pelo próprio órgão, ou por alguma UGvocacionada em âmbito regional ou diretamente pelas UG interessadas.

§ 1º As aquisições de bens e serviços comuns a diversas OM deverão serrealizadas no âmbito das guarnições sob a coordenação do seu respectivocomandante da guarnição. (grifo nosso)

11. Ata de Registro de Preços e Contrato

Primeiramente, não se pode confundir Ata de Registro de Preços (ARP) com a Ata da SessãoPública, pois são documentos distintos e independentes. A primeira, conforme já citado no início, éum documento anexo ao edital e feito pela administração, já a segunda é um documento feitoautomaticamente pelo sistema quando do término da fase de habilitação, onde são registrados osacontecimentos do certame.

Assim, pergunta-se: há a necessidade de formalizar contrato nas aquisições feitas porSRP ou a ARP é suficiente?

Observando o Art 15 do Decreto atual pode-se concluir que o contrato poderá ser dispensado,ou seja, a regra para adoção de termos de contratos obedecerá o previsto na Lei das Licitações.

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No entanto, a UG pode analisar caso a caso e optar pela adoção do termo de contratoconcomitante à ARP.

12. Publicação da Ata/Contratos e Vigência

Tanto o extrato do termo de contrato como o extrato do resultado da licitação precisam serpublicados, conforme visto no Capítulo Publicação de matérias no DOU. Entretanto, pertinentecomplementar que os contratos decorrentes de um SRP só poderão ser celebrados durante a vigênciada Ata, quando, então, submeter-se-ão às regras da Lei nº 8.666/93 (regra geral de vigência doscréditos orçamentários e possibilidade de prorrogação de até 60 meses, nos casos de contrato deexecução continuada, desde que expressamente previsto no edital e ainda, que se mantenha vantajosopara a administração - §2º, art 12, do Decreto nº 7.892/13, combinado com § 4º, art 57, Lei n°8.666/93). Vejamos:

Decreto 7.892/13

Art. 12. (...)§ 2º A vigência dos contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preçosserá definida nos instrumentos convocatórios, observado o disposto no art. 57da Lei nº 8.666, de 1993.

Regra geral - Lei 8.666/93

Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigênciados respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:

Exceções - Lei 8.666/93

Art. 57. (...)

I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas noPlano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse daAdministração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;

II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que deverãoter a sua duração dimensionada com vistas à obtenção de preços e condiçõesmais vantajosas para a Administração, limitada a duração a sessenta meses;

IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática,podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) mesesapós o início da vigência do contrato.

Cabe reforçar que a validade da Ata é de no máximo um ano. O Acórdão nº 991/2009reforça a afirmativa. Nesta mesma linha, a Orientação Normativa nº 19 - AGU esclarece que o prazode validade da ata de registro de preços é de no máximo um ano, nos termos do art. 15, §3º, Inc. III, daLei nº 8.666, de 1993, razão porque eventual prorrogação da sua vigência, com fundamento no § 2º doart. 4º do Decreto nº 3.931, de 2001, somente será admitida até o referido limite, e desde quedevidamente justificada, mediante autorização da autoridade superior e que a proposta continue semostrando mais vantajosa. (grifo nosso)

Nota: O Decreto nº 3.931/2001 foi revogado pelo Decreto nº 7.892/2013.

13. Unidade Gestora NÃO Participante (“carona”)

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Até a vigência do Decreto nº 3931/01, o limite para os “caronas” aderirem a atas era bastantepermissivo, podendo cada um deles realizar aquisições de 100% do total dos bens/serviços registrados.Na verdade, a adesão era ilimitada, situação veementemente combatida pelo TCU57.

Nenhuma novidade que a figura do “carona” (em particular, a possibilidade de aderênciailimitada), NUNCA foi bem aceita, seja na doutrina e até mesmo pelo nosso órgão máximo decontrole. Tal prática seria alvo de mudanças e a criação do Aviso de Intenção de Registro de Preçosinalizava para eventual e futura impossibilidade desta prática. Na edição anterior desta NotaInformativa, inclusive, foi referenciada a recomendação do Tribunal de Contas do Estado de SantaCatarina58 para os jurisdicionados daquele Tribunal não aderirem à Ata de outros órgãos, além deoutras citações como o Acórdão 1233/2012-Plenário-TCU e a Msg SIAFI Circular 137-SATT/2012que já previam uma mudança de entendimento.

Assim, com o advento do Decreto 7.892, a participação extraordinária (“carona”) ficoubastante limitada, conforme a seguir:

Art. 22. Desde que devidamente justificada a vantagem, a ata de registro depreços, durante sua vigência, poderá ser utilizada por qualquer órgão ouentidade da administração pública federal que não tenha participado docertame licitatório, mediante anuência do órgão gerenciador. § 3º As aquisições ou contratações adicionais a que se refere este artigo nãopoderão exceder, por órgão ou entidade, a cem por cento dos quantitativos dositens do instrumento convocatório e registrados na ata de registro de preçospara o órgão gerenciador e órgãos participantes.

Como pode ser visto no caput do Art 22, com grifo nosso, o “carona” obrigatoriamente teráque realizar pesquisa de mercado que comprove que aquela adesão é vantajosa.

Do Decreto anterior, permanece a necessidade de o fornecedor optar por aceitar forneceritens ao “carona”, desde que devidamente autorizado pela UG gerenciadora, com as seguintesnovidades impostas pelo novo Decreto:

- deve haver previsão em edital da gerenciadora para essa participação extraordinária;- aquisição das “caronas” está limitada ao quíntuplo do que foi registrado e a, no máximo,

100% por UG;- para a aquisição do “carona”, deve ter havido ao menos uma aquisição do item por algum

participante da ata, exceto quando, justificadamente, não houver a previsão no edital para aquisição oucontratação pelo órgão gerenciador; e

- a aquisição do “carona” tem que ocorrer até 90 dias após a solicitação à Gerenciadora edentro do prazo de validade da ata, conforme pode ser visto observado seguir:

DA UTILIZAÇÃO DA ATA DE REGISTRO DE PREÇOS POR ÓRGÃO OUENTIDADES NÃO PARTICIPANTES

57 Acórdão nº 1.487/07 – Plenário58 TC/SC - Prejulgado nº 1.895: 1. O Sistema de Registro de Preços, previsto no art. 15 da Lei (federal) nº 8.666/93, é umaferramenta gerencial que permite ao Administrador Público adquirir de acordo com as necessidades do órgão ou daentidade licitante, mas os decretos e as resoluções regulamentadoras não podem dispor além da Lei das Licitações oucontrariar os princípios constitucionais. 2. Por se considerar que o sistema de "carona", instituído no art. 8º do Decreto(federal) n. 3.931/2001, fere o princípio da legalidade, não devem os jurisdicionados deste Tribunal utilizar as atas deregistro de preços de órgãos ou entidades da esfera municipal, estadual ou federal para contratar com particulares, oupermitir a utilização de suas atas por outros órgãos ou entidades de qualquer esfera, excetuada a situação contemplada naLei (federal) n. 10.191/2001.

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Art. 22. [...]

§ 2º Caberá ao fornecedor beneficiário da ata de registro de preços,observadas as condições nela estabelecidas, optar pela aceitação ou não dofornecimento decorrente de adesão, desde que não prejudique as obrigaçõespresentes e futuras decorrentes da ata, assumidas com o órgão gerenciador eórgãos participantes. § 4º O instrumento convocatório deverá prever que o quantitativodecorrente das adesões à ata de registro de preços não poderá exceder, natotalidade, ao quíntuplo do quantitativo de cada item registrado na ata deregistro de preços para o órgão gerenciador e órgãos participantes,independente do número de órgãos não participantes que aderirem. § 6º Após a autorização do órgão gerenciador, o órgão não participantedeverá efetivar a aquisição ou contratação solicitada em até noventa dias,observado o prazo de vigência da ata.

13.1. Adesão somente na mesma esfera, para órgãos federais

Dispõe a orientação normativa nº 21 - AGU, de 1º Abr 09, conforme informado pela MsgSIASG 052391-DLSG, de 16 abr 09, publicada no B Info 04/2009:

É VEDADA AOS ÓRGÃOS PÚBLICOS FEDERAIS A ADESÃO À ATA DEREGISTRO DE PREÇOS, QUANDO A LICITAÇÃO TIVER SIDO REALIZADAPELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTADUAL, MUNICIPAL OU DODISTRITO FEDERAL.

O Decreto 7.892/2013 traz o seguinte entendimento quanto a essa questão:

Art. 22. [...]

§ 8º É vedada aos órgãos e entidades da administração pública federal aadesão a ata de registro de preços gerenciada por órgão ou entidademunicipal, distrital ou estadual.

§ 9º É facultada aos órgãos ou entidades municipais, distritais ou estaduaisa adesão a ata de registro de preços da Administração Pública Federal.

13.2. Pressupostos para Adesão a Atas de outros Órgãos

É necessário que a administração antes de utilizar um registro de preços como carona querealize, preliminarmente, um processo administrativo da aquisição pretendida, ou seja, um processosimilar a qualquer outro feito para aquisição. Em outras palavras, a administração deverá verificar aconveniência e oportunidade da aquisição, bem como a devida definição do objeto/serviço e, ainda, apesquisa de preço.

Somente após estes procedimentos que a administração poderá consultar/pesquisar atasvigentes e, para tanto, formalizar o processo caso determinada Ata atenda ao especificado e se mostrevantajosa para a administração naquele caso concreto.

Não é demais lembrar que uma vez decidido pela adesão a uma Ata de Registro de Preçoscomo UG Não Participante (carona), a administração deve realizar prévia consulta e anuência doórgão gerenciador, além de obter formalmente a aceitação, pelo fornecedor, da contratação

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pretendida, condicionada esta à ausência de prejuízo aos compromissos assumidos na Ata de Registrode Preços.

Novidade trazida pelo Portal de Compras Governamentais é que tal solicitação da UG“carona” à UG Gerenciadora e a respectiva concordância poderão ser efetuadas no sistema, por meioda funcionalidade “Gestão de Ata”

Importante: para as UG “carona” deverão ser mantidas as mesmas condições do registro,ressalvadas apenas as renegociações promovidas pelo órgão gerenciador que se fizerem necessárias.

13.3. Outras considerações sobre "CARONA"

Sobre adesão a Atas de outros órgãos, foi expedida a CIRCULAR (Msg nº 068 -SATT/CIRCULAR, de 02 abr 2012 (2012/0484434) cujo trecho a seguir permanece atual (B Info04/2012):

5. A FIM DE EVITAR IMPROPRIEDADES E IRREGULARIDADES NOS PROCESSOSDE AQUISICAO DE BENS/SERVICOS NESTA CONDICAO (ADESAO A ATAS DESRP COMO ORGAO NAO INTEGRANTE - CARONA), BEM COMO RESGUARDARINTERESSE PUBLICO DE AQUISICOES VANTAJOSAS E ECONOMICAS, ETC,RECOMENDO QUE, ANTES DE QUALQUER ADESAO OBSERVAR O QUE SESEGUE:

A. TODA AQUISICAO E PRECEDIDA DE UMA "REQUISICAO" A QUALCONTEM A DESCRICAO DO BEM/SERVIÇO, BEM COMO A AUTORIZACAO DOORDENADOR DE DESPESA E DEMAIS REQUISITOS (INDICACAO DA FONTE DERECURSOS, MODALIDADE LICITATORIA, ETC);

B. TAMBEM COMO REQUISITO A QUALQUER PROCESSO DE AQUISICAO, ENECESSARIO A REALIZACAO DA PESQUISA DE PRECO QUE, DENTRE OUTRASFINALIDADES, PERMITE VERIFICAR SE HA CREDITO SUFICIENTE PARAAQUISICAO, ESCOLHA DA MODALIDADE LICITATORIA A SER ADOTADA E,AINDA, PERMITIR O JULGAMENTO DA PROPOSTA NO SENTIDO DE VERIFICARSE A MESMA E COMPATVEL COM O PRECO OFERTADO/ALCANCADO/OBTIDOCOM O PRATICADO NO MERCADO;

C. COMO DE CONHECIMENTO, UMA DAS POSSIVEIS FORMA DE AQUISICAOE A UTILIZACAO DE LICITACAO - SRP REALIZADO POR OUTRA UG E/OUOUTRO ORGAO DA ADMINISTRACAO. ENTRETANTO, COMO JA SALIENTADOO USO DEVE SER CRITERIOSO E PONDERADO NO SENTIDO DE CELEBRARAQUISICOES VANTAJOSAS E ECONOMICAS PARA A ADMINISTRACAO;

D. ASSIM SENDO, E IMPERIOSO QUE A UG REALIZE AS ETAPAS CITADASACIMA (A E B). SOMENTE APOS CUMPRIDAS AS MESMAS QUE A UG PODERIAINICIAR UM PROCESSO VISANDO A AQUISICAO PRETENDIDA, UTILIZANDO-SE DE LICITACAO REALIZADA POR OUTRA UG/ORGAO; e

E. PARA TANTO DEVE OBTER AUTORIZACAO FORMAL DO ORGAOGERENCIADOR PARA UTILIZAR A ATA, BEM COMO DO COMPROMISSO DOVENCEDOR/FORNECEDOR NO SENTIDO DE ACEITAR O FORNECIMENTODAQUELE(S) ITEM(ENS) NO PRECO REGISTRADO E NO PRAZO AVENCADO,UMA VEZ QUE O QUE O MESMO NÃO TER OBRIGATORIEDADE DE ATENDERAQUELES QUE NÃO PARTICIPARAM INICIALMENTE DO CERTAME(GERENCIADOR/PARTICIPANTES). VALE RESSALTAR QUE TODAS ASCONDICOES DEVEM SER PREVIAMENTE VERIFICADAS (DESCRICAO DOOBJETO, CONDICOES E LOCAL DE ENTREGA, ETC);

6. CONCLUI-SE QUE A UG DEVE REALIZAR UM PROCESSO COMUM A TODA EQUALQUER AQUISICAO (ESPECIFICACAO DO BEM/SERVIÇO, REQUISICAO,AUTORIZACAO, PESQUISA DE PREÇO, ETC). SOMENTE APOS ESTAS ETAPASQUE A UG PODERA UTILIZAR ATA DE OUTRO ORGAO, SENDOESSENCIAL/FUNDAMENTAL QUE HAJA A COMPROVACAO QUE A ADESAO FOIMAIS VANTAJOSA PARA A ADMINISTRACAO.

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7. ASSIM, RECOMENDO A UG ANEXAR JUNTO COM A NOTA DE EMPENHO:

A. REQUISICAO DO BEM/SERVICO COM RESPECTIVO DESPACHO DO OD;

B. PESQUISA DE PRECO;

C. DECLARACAO EXPRESSA E/OU DESPACHO DO OD PARA UTILIZAR ATA DEOUTRA UG/ORGAO, INCLUSIVE COM DOCUMENTO FORMAL (FAX/OFICIO/E-MAIL) QUE SOLICITA/AUTORIZA A UTILIZACAO DA ATA;

D. DOCUMENTO COMPROVANDO "ACEITE" DO FORNECEDOR;

E. CONSULTA IMPRESSA DA SITUAÇÃO DO FORNECEDOR NO SICAF;PREVIAMENTE A EMISSÃO DA NOTA DE EMPENHO - MSG SIAFI NR2010/1528833 E 1528877, DE 30 NOV 10);

8. OS DOCUMENTOS DEVERAO SER ARQUIVADOS NA SECAO DECONFORMIDADE DOS REGISTROS DE GESTAO.

(....)

Complementarmente, cabe destacar que os documentos que devem compor os processosde aquisição como Unidade Gestora Não Participante (UGNP), estão previstos nos Art 18, da Portarianº01-SEF, de 27 Jan 14 (Normatiza, no âmbito do Exército, o Sistema deRegistro de Preços ) e, ainda, o Anexo 13 da Portaria nº 18-SEF, de 20 Dez 13 (Normas paraPrestação de Contas dos Recursos Utilizados pelas Unidades Gestoras do Exército Brasileiro)

14. Outras Questões específicas

14.1. É necessário Parecer Jurídico nos processos de “carona”?

Julga-se conveniente nos casos que envolva contrato. Em caso de dúvida e/ou esclarecimentos,é prudente solicitar o devido parecer.

14.2. Penalização do fornecedor - quem penaliza? A participante ou o ÓrgãoGerenciador da Ata?

Com a edição do novo Decreto, tanto o órgão gerenciador como os participantes podemaplicar penalidades aos fornecedores.

No caso de órgão participante, esse deverá conduzir todo o processo administrativo, registrar aocorrência no SICAF e, ao final, informar ao órgão gerenciador sobre a penalidade aplicada.

14.3. Outras recomendações

Cabe especial destaque para a Msg SIAFI 2013/0498952, expedida pela SEF logo após aedição do Decreto nº 7.892/2013, conforme a seguir:

(Mensagem SIAFI: 2013/0498952 de 26/02/13, da SEF)

DO SUBSECRETÁRIO DE ECONOMIA E FINANÇAS AOS SENHORES ORDENADORES DE DESPESAS REF: MSG SIAFI 2013/0301175, DE 25 DE JANEIRO DE 2013

1. INFORMO AOS SENHORES ORDENADORES DE DESPESAS QUE ODECRETO N° 7892, DE 23 DE JANEIRO DE 2013 ENTROU EM VIGOR A PARTIRDE 24 DE FEVEREIRO DE 2013.

2. TENDO EM VISTA A IMPORTÂNCIA DO ASSUNTO, RETRANSMITIDO A

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MSG SIASG N° 078269, DE 25/02/2013, DA DLSG/SIASG/DF, ABAIXOTRANSCRITA:

"ASSUNTO: VIGÊNCIA DO DECRETO No 7.892, DE 2013 – SRP INFORMAMOSA TODOS OS ÓRGÃOS E ENTIDADES LICITANTES E CONTRATANTESVINCULADOS AO SISTEMA DE SERVIÇOS GERAIS - SISG QUE, A PARTIR DEHOJE, 25/2/2013, O PROCESSO DE COMPRAS PELO SISTEMA DE REGISTRODE PREÇOS DEVERÁ OBSERVAR O DISPOSTO NO DECRETO N° 7.892, DE23/1/2013.

PARA TANTO CUMPRE TECER AS SEGUINTES ORIENTAÇÕES: 1) É OBRIGATÓRIA A PREVISÃO NO EDITAL PARA REGISTRO DE PREÇOSDO QUANTITATIVO RESERVADO PARA AQUISIÇÃO TANTO PELO ÓRGÃOGERENCIADOR E ÓRGÃOS PARTICIPANTES QUANTO PELOS ÓRGÃOS NÃOPARTICIPANTES (ART. 9°, INCISOS II E III). 2) OS ÓRGÃOS NÃO PARTICIPANTES OU "CARONAS" SOMENTE PODERÃOEFETUAR ADESÕES ÀS ATAS SE O ÓRGÃO GERENCIADOREXPRESSAMENTE ADMITIR NO EDITAL (ART. 9°, INC. III). 3) AS ADESÕES ÀS ATAS, CASO PERMITIDAS, SOMENTE PODERÃO SEREFETUADAS COM AUTORIZAÇÃO DO ÓRGÃO GERENCIADOR, E APÓS APRIMEIRA AQUISIÇÃO OU CONTRATAÇÃO POR ÓRGÃO INTEGRANTE DAATA. APÓS A AUTORIZAÇÃO DO ÓRGÃO GERENCIADOR, O "CARONA"DEVERÁ EFETIVAR A AQUISIÇÃO OU CONTRATAÇÃO SOLICITADA EM ATÉ90 (NOVENTA) DIAS, OBSERVANDO O PRAZO DE VIGÊNCIA DA ATA (ART.22, §§ 5º E 6º). 4) NÃO EXISTINDO PREVISÃO EDITALÍCIA SOBRE A ESTIMATIVA DEQUANTIDADES A SEREM ADQUIRIDAS PELOS ÓRGÃOS NÃOPARTICIPANTES OU "CARONAS" FICA PROIBIDA QUALQUER ADESÃO. 5) O ORGÃO GERENCIADOR PODERÁ ADMITIR, ATRAVÉS DOINSTRUMENTO CONVOCATÓRIO, ADESÕES ATÉ 5 (CINCO) VEZES AQUANTIDADE DE ITENS REGISTRADOS PARA O ÓRGÃO GERENCIADOR EÓRGÃOS PARTICIPANTES QUE ADERIREM (ART. 22. § 4°). 6) CADA ÓRGÃO NÃO PARTICIPANTE OU "CARONA" NÃO PODERÁEXCEDER A CEM POR CENTO DOS QUANTITATIVOS DOS ITENS (ART. 22.§3°).

BRASÍLIA-DF, 26 DE FEVEREIRO DE 2013 GEN DIV GERSON FORINI

SUBSECRETÁRIO DE ECONOMIA E FINANÇAS

15. Características da Portaria nº 01-SEF/2014:

- SRP obedecerá ao planejamento dos órgãos setoriais (Art. 12);

- Criação do Grupo de Coordenação e Acompanhamento das Licitações e Contratos (GCALC),no âmbito das guarnições, composto pelos Fiscais Administrativos das UG (Art. 13);

- Aquisições de bens e serviços comuns a diversas OM deverão ser realizadas no âmbito dasguarnições, sob a coordenação de seus respectivos Cmt (§1º, Art. 12);

- A UG Gerenciadora deverá remeter Msg SIAFI à ICFEx informando sobre a abertura de IRP(§5º, do Art 15); e

- Durante a fase de planejamento da licitação a UG Gerenciadora irá elaborar um documentochamado demonstrativo de necessidades para registro de preços. Posteriormente, por ocasião daaquisição, será confeccionada a requisição (Art. 15, §6º e 8º).

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15.1 Composição dos processos

A Port nº 01-SEF/2014 inovou ao relacionar os itens que devem compor os processos delicitação das UG Gerenciadora (UGG), Participantes (UGP) e Não Participantes (UGNP).

No entanto, deve-se alertar que não basta observar os artigos correspondentes dessa Portaria.Também deve-se levar em conta os documentos exigidos no Anexo 13 da Portaria nº 18-SEF, de 20DEZ 13 – Normas para Prestação de Contas dos Recursos Utilizados pelas UG do Exército, conformecada caso:

15.1.1 Composição dos processos – UGG

- Documentos relacionados no Art 38 da Lei 8.666/1993 (caso se trate de Concorrência); Art 21 do Dec 3.555/2000 (caso se trate de Pregão Presencial) ou Art 30 do Decreto 5.450/2005 (caso se trate de Pregão Eletrônico);

- Impressão da relação de preços praticados para o bem pretendido, extraída do módulo gerencial doPortal de Compras Governamentais e pesquisa de mercado (§4º, Art 15, Port 01-SEF/14); e

- Documentos relacionados nos incisos I a VII do Art 19, da Port 01-SEF/14, que inclui a comunicação à UGNP sobre autorização ou não à adesão.

15.1.2 Composição dos processos – UGP

- Capa;

- Índice;

- Documento da Unidade à UGG manifestando interesse em participar do registro de preços e respectiva estimativa de consumo (inciso II, art. 5º, do Decreto no 7892/2013);

- Requisição da Unidade, com despacho do OD vinculado ao processo licitatório originário do órgão gerenciador;

- Extrato da Ata do SRP do órgão gerenciador com o resultado do certame (não é necessário a impressão do histórico);

- Notas de Empenhos ou documentos equivalentes (art. 62 da Lei 8.666/1993); e

- Documentos relacionados nos incisos I a XIV do Art 17, da Port 01-SEF/14.

15.1.3 Composição dos processos – UGNP

- Capa;

- Índice;

- Requisição da Unidade, com despacho do OD vinculando-se o processo de aquisição ao processo licitatório originário da UGG;

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- Documento de pesquisa de preços de mercado que comprove a vantagem quanto à utilização do processo (SIASG/SISPP) visando atender o art. 22, do Dec 7892/2013;

- Documento da Unidade interessada ao órgão gerenciador do SRP formalizando a consulta para participar do processo (utilização da Ata de Registro de Preços);

- Documento do órgão gerenciador com a respectiva concordância;

- Documento da UGNP ao fornecedor exteriorizando interesse de adquirir itens constantes da Ata do Órgão Gerenciador;

- Documentos com a manifestação dos licitantes vencedores em fornecer ou não os itens de interesse da UGNP;

- Extrato da Ata do SRP do órgão gerenciador, extraído do sistema, com o resultado do certame (não é necessário a impressão do “histórico”);

- Nota de Empenho ou documentos equivalentes (art. 62 da Lei 8.666/1993); e

- Documentos relacionados nos incisos I a XVII do Art 18, da Port 01-SEF/14.

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XIII - CONTRATOS

1. Introdução

Uma das principais falhas observadas na gestão de contratos, além da falta de publicação doseu extrato na imprensa oficial, conforme os ditames do § único do art 61 da Lei nº 8.666/93, dizrespeito às falhas de fiscalização, ou até mesmo, a sua ausência. Dependendo do caso concreto,situações indevidamente fiscalizadas poderão trazer transtornos administrativos e/ou demandasjudiciais contra a Força.

Se não bastasse o previsto na legislação e nas inúmeras orientações dos órgão técnicos, seja decontrole interno e/ou externo, o Comando Militar do Sul, por meio da 5ª Região Militar, expediu oParecer n° 033 - Asse Jur, de 27 Maio 09, abordando as atribuições do Fiscal de Contrato, que foipublicado no B Info 08/2009.

Ao lado das recomendações constantes do citado anexo, julga-se oportuno recordar o quesegue:

2. Considerações Gerais

O contrato administrativo é todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da AdministraçãoPública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulaçãode obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada59.

Ou seja, o contrato é acordo feito com base na vontade das partes e na autorização jurídica,capaz de criar, regular, modificar ou extinguir relações jurídicas de conteúdo patrimonial. Já o termode contrato é o instrumento onde são reguladas as condições e responsabilidades advindas da vontadedas partes, ou seja, o documento formalizado.

Assim sendo, contrato não requer, obrigatoriamente, o instrumento termo de contrato. A Notade Empenho, por exemplo, é um contrato, embora sem aquela conhecida formalização.60

Cabe lembrar que os contratos administrativos são regidos pela Lei nº 8.666/93 (art 54 eseguintes), regulando-se pelos preceitos de direito público, aplicando-lhes, supletivamente, osprincípios da teoria geral dos contratos e das disposições do direito privado.

As observações foram separadas por tipo de contrato.

CONTRATOS DE DESPESA

3. Obrigatoriedade do termo de contrato

Como regra, é obrigatório nos casos citados no art 62 da Lei de Licitações.

4. Obrigatoriedade de publicação

Após a assinatura, a UG deve providenciar a publicação do extrato do contrato no DiárioOficial da União (DOU). A publicação no DOU ocorre via SIASG/SICON, onde, além do registro do

59 $ único, Art 2º, da Lei nº 8.666/93.60 O capítulo Licitações cita que o Manual de Despesa Nacional recomenda constar no instrumento contratual o númeroda NE, visto que representa a garantia ao credor de que existe crédito orçamentário disponível e suficiente para atender adespesa objeto do contrato. Nos casos em que o instrumento de contrato é facultativo, a Lei nº 8.666/1993 admite apossibilidade de substituí-lo pela NE, hipótese em que o empenho representa o próprio contrato.(Manual de DespesaNacional conforme Portaria Conjunta STN/SOF nº 3, 2008, 1ª edição. p. 61).

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extrato do contrato são realizados demais procedimentos correlatos (cronograma, aferição, liquidação,inclusão de fiscal). Diversas recomendações neste sentido já foram expedidas pela DGO61.

Vale reforçar a obrigatoriedade da inclusão prevista na Lei do Orçamento62.

5. P razo para publicação

Até o 5º dia útil subsequente ao da assinatura, assim dispondo a Lei nº 8.666/93:

art 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes,a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação,da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas desta Lei e àscláusulas contratuais.

§ único. A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos naimprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será providenciadapela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, paraocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda quesem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei.

6. Nota de Empenho (NE)

O número da NE deve constar no corpo do contrato (vide Considerações Gerais), a fim dedefinir por onde correrão as despesas referentes ao mesmo. Quando realizado o lançamento do extratodo contrato no DOU/SIASG/SICON, o número da NE é requisitada. Oportuno rememorar:

- empenho ordinário - nos casos em que o valor total é determinado e conhecido;

- empenho estimativo - nos casos em que o valor total não é determinado; e

- empenho global - nos casos em que o valor total é conhecido, mas sujeito a parcelamento.

7. Prazo de vigência

Observar o art 57, Lei nº 8.666/93, limitados a vigência dos créditos orçamentários. Oscontratos continuados, se assim previsto e houver vantagem para a administração, poderão serprorrogados até o limite de 60 (sessenta) meses.

8. Análise Jurídica

É obrigatório parecer jurídico para a aprovação do texto do contrato. Quando resultante deprocesso licitatório, a MINUTA deve ser anexada ao Edital. Sobre parecer jurídico, consultar tambémo capítulo Licitações onde consta a competência e os casos em que deve ser emitido parecer jurídico.

9. Reequilíbrio Econômico-Financeiro

O art 65 da Lei 8.666/93 trata da possibilidade do restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro do contrato. É importante, no entanto, diferenciar de reajuste e repactuação de preços.

61 A Msg 2157380, de 27 dez 10, onde a DGO orienta que a descentralização de recursos para atender a despesas comcontratos administrativos, somente ocorrerá após cadastro do mesmo no SIASG/SICON, dentre outras exigências. Namesma linha o contido na Msg 0678921, de 05 maio 11.62 Lei nº 13.473, de 08 Ago17 - Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e execução da Lei Orçamentária de 2018 edá outras providências. Art. 16. Os órgãos e as entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal, da Seguridade Social e deInvestimento deverão disponibilizar no Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais - SIASG e no Sistema deGestão de Convênios e Contratos de Repasse - SICONV, no que couber, informações referentes aos contratos e aosconvênios ou instrumentos congêneres firmados, com a identificação das respectivas categorias de programação e fontes derecursos quando se tratar de convênios ou instrumentos congêneres, observadas as normas estabelecidas pelo PoderExecutivo.

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Como regra, o reequilíbrio decorre da teoria geral dos contratos, ou seja, quando uma das partes,diferentemente do inicialmente pactuado, sofre um ônus excessivo, provocando o desajuste e ferindooutro princípio que veda o enriquecimento ilícito. O reequilíbrio pode ser solicitado a qualquer tempo,por ambas as partes.

10. Reajuste de Preços

É uma solução desenvolvida pela convivência com processos inflacionários, isto é, é impossívelmanter o preço nominal dos contratos quando existem taxas de inflação crescentes e sistemáticas.

A prática do reajuste de preços foi durante muito anos entendida como necessária para arealidade brasileira. Desde a adoção do Plano Real, cujo principal pressuposto era a não indexação depreços, não mais se recomenda ter reajuste de preços, mas sim repactuação de preços.

11. Repactuação

Tem como objetivo encontrar um novo preço para os serviços (ou obras) que estão sendoprestados, com base na elevação (ou diminuição) efetiva de custos dos insumos utilizados.

A repactuação é permitida, desde que observado o interregno mínimo de um ano, a contar dadata limite para a apresentação da proposta, ou da data do orçamento a que a proposta se referir, ouda data da última repactuação.

A repactuação deve ser precedida de cálculo e demonstração analítica do aumento ou daredução dos custos, de acordo com a vigente Planilha de Composição de Custos e Formação dePreços, devendo ser observada a adequação aos novos preços de mercado.

Os efeitos financeiros da repactuação são devidos a contar da data da solicitação, desde quedevidamente acompanhada dos documentos comprobatórios, cabendo à parte interessada a iniciativa eo encargo dos cálculos e da demonstração analítica do aumento ou da redução dos custos.

Referências: Acórdão 1.563/2004 – Plenário – Item 9.1.3/4/5 do acórdão e itens 18 e 20 dovoto; Acórdãos do Plenário de n°s. 1.563/2004 e 474/2005; § 1°, art. 3° da Lei n° 10.192/2001(reajuste de contratos); Acórdão n° 2.219/2005 - TCU - 1ª Câmara, item 1.1.

Resumidamente temos o seguinte63:

AlteraçõesContratuais Período Formalização Acordo Necessidade de

previsão em edital

Reajuste A cada 12 meses Apostilamento Unilateral Sim

Revisão Não previsível Termo Aditivo Bilateral Não

Repactuação A cada 12 meses Termo Aditivo Bilateral Sim

Importante:

O DIEx nº 32--Asse2/SSEF/SEF – CIRCULAR, de 17 MAR 14, publicado no B Info03/2014, trata do Acórdão nº 2859/2013-Plenário-TCU, sobre revisão dos contratos de serviços noâmbito da Administração Pública Federal em consequência da redução de custos obtida porfornecedores como resultado da desoneração da folha de pagamento concedida pelo Plano BrasilMaior (art. 7º, da Lei nº 12.546/2011 e art. 2º, do Decreto nº 7.828/2012).

63 Fonte: 9º Congresso Brasileiro de Pregoeiros/2014

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Como decurso do disposto no citado Acórdão, o TCU determinou que os órgãos públicos,com base no art. 65, § 5º, da Lei nº 8.666/93, adotassem as medidas necessárias à revisão de seuscontratos, mediante alteração nas planilhas de custos, atentando para os efeitos retroativos às datas deinício da desoneração.

Determinou ainda que as UG buscassem obter administrativamente o ressarcimento dosvalores pagos a maior (elisão do dano) em relação aos contratos já encerrados, firmados com empresasbeneficiadas pela referida desoneração e, ainda, que fossem enviadas àquela Corte as informaçõessobre as medidas adotadas, incluindo o detalhamento sobre a quantidade de contratos revisados ou emrevisão, valores originais e a economia obtida.

Recomenda-se, ainda, a leitura da Msg Informativa desta Inspetoria nº 2017/1488149, de 22Nov 17, que abordou os instrumentos do reajuste, da repactuação e da revisão nos contratos.

12. Responsabilidades

A responsabilidade do contratado é subjetiva, ou seja, precisa-se comprovar sua culpa no danocausado a terceiros, enquanto que a Administração responde objetivamente por estes danos,independentemente de culpa, conforme regra do § 6º, art 37 da Constituição Federal64.

Em decorrência da responsabilidade, deve o contratado obedecer ao previsto no art 69 da Lei8666/9365.

12.1. Responsabilidade Previdenciária/Trabalhista

Apenas este quesito já é suficiente para sustentar a obrigatoriedade da fiscalização dequalquer contrato. Devido as implicações e relevância, transcrevemos o dispositivo da Lei nº 8.666/93:

Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários,fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.

§1o A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais ecomerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seupagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e ouso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. (Redação dadapela Lei nº 9.032, de 1995)

Observe que a regra é a não transferência dos encargos para a administração. Entretanto, aprópria legislação faz ressalva quanto aos encargos previdenciários:

§ 2o A Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelosencargos previdenciários resultantes da execução do contrato, nos termos do art. 31da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.66 (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

64 Art 37.....§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicosresponderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra oresponsável nos casos de dolo ou culpa.65 Art. 69. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou emparte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiaisempregados.66 Art. 31. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime detrabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços erecolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao daemissão da respectiva NF ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele

dia, observado o disposto no §5o do art. 33 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.933/09).

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Por outro lado, embora controverso67, nos contratos de prestação de serviço, aAdministração é responsável SUBSIDIARIAMENTE pelos encargos trabalhistas (Enunciado 331-TST)

13. Fiscalização de Contratos

O acompanhamento e fiscalização do contrato é instrumento poderoso que o gestor dispõepara defesa do interesse público. É dever da administração acompanhar e fiscalizar o contrato paraverificar o cumprimento das disposições contratuais, técnicas e administrativas, em todos os seusaspectos68.

Por força do previsto na Lei 8666/9369 e como já visto, qualquer contrato, formalizado portermo ou não, deve ser fiscalizado. Reforça-se esse entendimento a IN nº 05-MP, de 26 Maio 17, quedispõe sobre as regras e diretrizes do procedimento de contratação de serviços sob o regime deexecução indireta..

Observa-se, ainda, fruto de decisões do TCU, a necessidade de se distinguir o instituto dafiscalização da gestão contratual.

Considera-se muito importante, para o fiscal de contrato, a leitura do Anexo C das Orientaçõesaos Agentes da Administração-2017, editado pela DGO e disponível no site daquela Diretoria e,também, no site da 5ª ICFEx.

13.1. Fiscalização/Gestão – Diferenças

A gestão do contrato significa administrar todo o contrato, desde sua formalização até oseu encerramento, sendo uma atividade de gerenciamento. É um serviço administrativo que pode serexercido por uma pessoa ou por um setor. Diferentemente da atividade fiscalizatória que é aquelaexercida por um representante, por meio de ato delegatório/designatório, a quem compete cuidarpontualmente de alguns aspectos daquele contrato, ou seja, tem a função de administrar/fiscalizar umaparte específica do ajuste.

O fiscal, via de regra, ficará fisicamente no local da prestação do serviço, da realização daobra ou da entrega do material, observando, portanto, a execução deste contrato, confrontando aexecução com as condições anteriormente avençadas, como por exemplo, especificação do objeto,forma de execução dos serviços e prazos.

67 O TST defende que a responsabilidade pelas obrigações trabalhistas do empregador também deve recair sobre otomador de serviço, mesmo que este seja a Administração Pública. A doutrina não é pacífica sobre a legalidade desteenunciado, entendendo muitos que esta disposição afronta os limites de competência constitucionalmente atribuídos àquelaCorte, violando cabalmente a Lei 8.666/93. Aplicando-se tal Enunciado, viola-se o art 55, Inc XII, Lei nº 8.666/93 quetrata das cláusulas obrigatórias de um contrato onde é obrigação do contratado manter, durante toda a execução docontrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidasna licitação. Por via de consequência, não se autoriza ao contratado criar, durante a execução contratual, obrigaçãotrabalhista para o contratante; e tão pouco descumprir itens como capacidade financeira, conforme lição de Carlos PintoCoelho Mota, in Eficácia nas Licitações e Contratos: estrutura da contratação, concessões e permissões, responsabilidadefiscal, pregão, parcerias público-privadas. 10ª ed., Belo Horizonte: Del Rey, 2005, p.509. Para os defensores, não seaplicando a Súmula 331 sobre a Lei nº 8.666/93, revelaria incontestável antinomia com os preceitos constitucionais davalorização social do trabalho e da responsabilidade do Estado, sendo, portanto, valorizado os interesses do trabalhador emdetrimento dos interesses do Estado, independentemente do disposto na Lei nº 8.666/93.68 Msg SIAFI 2007/1131615, de 29 Ago 07, da SEF.69 Art. 66. O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as normasdesta Lei, respondendo cada uma pelas consequências de sua inexecução total ou parcial. Art. 67. A execução do contratodeverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado.

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A diferença apontada permite afirmar que a fiscalização é uma das atividades de gestão docontrato. Em outras palavras, gestão engloba fiscalização. Gestão é macro, já a fiscalização é micro,conforme diagrama a seguir:

Evidente que, até por falta dessa diferenciação legal, existirão pontos de dificuldade paradistinguir se determinado ato é de gestão ou de fiscalização. É recomendado às UG, dentro de suacompetência e como atividade obrigatória de controle interno, que definam as atribuições de gestão eas de fiscalização, sustentando que o fiscal não é competente, por exemplo, para impor penalidades oudeterminar rescisão contratual.

Caberia ao fiscal, sim, anotar em registro próprio, as ocorrências observadas durante aexecução, apontando falhas, atrasos, inadimplementos ou descumprimento, informando a autoridadeas atitudes já tomadas, para que esta, dentro de suas competências funcionais, possa decidir,motivadamente, sobre os procedimentos a serem adotados70.

Dissipando as dúvidas sobre competências de gestor e fiscal, a SEF, por meio dodocumento retro definiu obrigações das competências citadas:

(Transcrição da Msg 1404155-SEF, de 6 out 11) DO SUBSECRETÁRIO DE ECONOMIA E FINANCAS

AOS SENHORES CHEFES DE ICFEX

REF: - LEI 4.320/1964;

LEI 8.666/1993;

DECRETO 98.820/1990 (RAE);

DECRETO 2.271/1997;

70 A própria lei prevê a necessidade de apoio para os detentores dessas responsabilidades. (gestores de contratos), que nãosão nominados de forma própria pela lei. Ao verificar o que diz o art. 67 vê-se: ”A execução do contrato deverá seracompanhada [gestor] e fiscalizada [fiscal] por um representante da Administração especialmente designado (...)” (grifo ecomentário nosso). Assim, os gestores e fiscais podem ser assistidos por terceiros (internos ou externos). Cabe destacarque, não é possível adotar o termo acompanhar como sinônimo de fiscalizar. Acompanhar, pela interpretação da lei,significa aquele que toma decisões sobre gestão do negócio, como, por exemplo, avaliar prorrogações contratuais,indicação de aplicação de penalidades, reajustes ou repactuações do preço. Deste modo, o fiscal de contrato tem a funçãode gerar informações para o gestor, como, por exemplo, a realização de medições dos serviços, verificação do corretocálculo e recolhimento das parcelas trabalhistas, previdenciárias e tributárias. Note-se que a fiscalização pode e dever tercaráter de especialização. Não proceder dessa forma é desrespeitar os princípios da eficiência e o da especialização. Deve-se lembrar, ainda, que a Constituição Federal impõe aos agentes públicos a observação do princípio da eficiência. Isto é,buscar permanentemente a melhor utilização possível dos recursos públicos, de maneira a garantir a maior rentabilidadesocial e evitar desperdícios ao erário público. Assim, tais profissionais deverão administrar contratos habitualmente deforma legal, moral, profissional, impessoal, eficaz, imparcial e neutra na busca da obtenção da qualidade dos serviçoscontratados. Esses profissionais suportarão com suas carreiras, patrimônio pessoal e liberdade os ônus decorrentes dainadequada gestão contratual, conforme preveem os artigos 82 e 84 da Lei de Licitações. LEIRA, Jerônimo Souto. Aresponsabilidade dos gestores e fiscais de contratos de órgãos da administração, direta, autarquias, fundações públicas,empresas públicas e sociedades de economia mista. Disponível em http://www.onecursos.com.br/index.php.

Gestão

Fiscalização

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PORTARIA MINISTERIAL Nº 305/1995 (IG 12-02);

MSG SIAFI Nº 2007/1130567, DA SEF;

MSG SIAFI Nº 2006/1085315, DA SEF;

IN Nº 02-SLTI/MPOG/2008;

IN Nº 04-SLTI/MPOG/2010; E

ACÓRDÃO TCU Nº 1534/2009 - 1ª CÂMARA

1. VERSA O PRESENTE EXPEDIENTE SOBRE FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS.

2. CONSIDERANDO A RELEVÂNCIA DO ASSUNTO E A VASTA LEGISLAÇÃOPRODUZIDA POR DIFERENTES ÓRGÃOS COM ESTRUTURA ADMINISTRATIVADIFERENCIADA DO COMANDO DO EXÉRCITO, E CONSIDERANDO, TAMBÉM,QUE A ADOCAO DE MANUAIS E CARTILHAS DE OUTROS ÓRGÃOS OUENTIDADES (IN Nº 02-SLTI/MPOG/2008, POR EXEMPLO), NA SUA ÍNTEGRA,PODE LEVAR A DESVIOS DE FUNÇÃO DE PESSOAL OU DISFUNÇÕES, ESTASECRETARIA ESCLARECE E ORIENTA O QUE SEGUE:

A. OS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS DEVERÃO SER ACOMPANHADOS EFISCALIZADOS.

B. A LEI Nº 8.666/93, AO TRATAR DA EXECUÇÃO DOS CONTRATOSCELEBRADOS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, PRECONIZA EM SEU ART. 67QUE A "EXECUÇÃO" DO CONTRATO DEVE SER ACOMPANHADA EFISCALIZADA POR REPRESENTANTE DA ADMINISTRAÇÃO (AGENTE "67")QUE, NO EXERCÍCIO DE SUAS ATRIBUIÇÕES, DEVERÁ ANOTAR, EM REGISTROPRÓPRIO, TODAS AS OCORRÊNCIAS PERTINENTES, MANTENDO SEUSSUPERIORES HIERÁRQUICOS, DEVIDAMENTE INFORMADOS (TAL AGENTE É OFISCAL DO CONTRATO).

C. O REGISTRO É O ELEMENTO ESSENCIAL QUE AUTORIZA AS AÇÕESSUBSEQUENTES COM VISTA A SUBSIDIAR OS PROCEDIMENTOS DELIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO DOS SERVIÇOS (ART. 63, § 2º, INCISO III, LEI4.320).

D. A INEXISTÊNCIA DE ATOS FORMAIS DE DESIGNAÇÃO DE FISCAIS PARA OSCONTRATOS NAO SIGNIFICA QUE NAO HA RESPONSAVEIS PELO MESMO, POISO CONTRATO EM SI E DE NATUREZA FORMAL, QUE É SUPRIDA PELO MENOSPARCIALMENTE, PELA DISCRIMINAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS DAS DIVERSASUNIDADES (OU SEÇÕES) CONFORME ACÓRDÃO 1534/2009.

E. INDEPENDENTEMENTE DE DESIGNAÇÃO FORMAL, A ADMINISTRAÇÃOTEM O DEVER DE ACOMPANHAR E FISCALIZAR A EXECUÇÃO DO CONTRATO,O QUE CONSTITUI-SE EM UM INSTRUMENTO DE CONTROLE FUNDAMENTALSOBRE O CONTRATADO, POSSIBILITANDO A VERIFICAÇÃO DOCUMPRIMENTO DO CRONOGRAMA DAS OBRAS OU DOS SERVIÇOS, BEMCOMO A VERIFICAÇÃO DA EXATA QUANTIDADE E DA QUALIDADE MÍNIMAACEITÁVEL DOS SERVIÇOS CONTRATADOS.

F. A DESIGNAÇÃO DO FISCAL DO CONTRATO NÃO EXIME O ORDENADOR DEDESPESA DE ACOMPANHAR E FISCALIZAR A EXECUÇÃO DO CONTRATO,PORQUE ELE É O RESPONSÁVEL PELA AUTORIZAÇÃO DO PAGAMENTO.

G. A PRESTAÇÃO DE UM SERVIÇO REQUER O DEVIDO DOCUMENTO FISCALPARA QUE SEJAM REGISTRADOS E RECOLHIDOS OS TRIBUTOS ENVOLVIDOS,ALÉM DE SERVIR DE AMPARO LEGAL PARA A LIQUIDAÇÃO DA DESPESA.ASSIM, QUANDO O CONTRATANTE NÃO TOMA A DEVIDA CAUTELA PARANÃO INCORRER EM ERRO NO ATESTO DE DOCUMENTO QUE NÃO ESPELHA AREALIDADE DOS FATOS OU QUANDO DISPENSA A APRESENTAÇÃO DESSEDOCUMENTO, ESTÁ DIRETAMENTE CONTRIBUINDO PARA A NÃOOBSERVÂNCIA DAS EXIGÊNCIAS FISCAIS. É NESTE MOMENTO QUE O FISCALDO CONTRATO DEVE ATUAR, CABENDO-LHE ANOTAR EM REGISTROPRÓPRIO TODAS AS OCORRÊNCIAS RELACIONADAS COM A EXECUÇÃO DO

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CONTRATO, DETERMINANDO OU COMUNICANDO A NECESSIDADE DEPROVIDÊNCIAS PARA A REGULARIZAÇÃO DAS FALTAS OU DE DEFEITOSOBSERVADOS. AO FISCAL DO CONTRATO CABE, PORTANTO, ARESPONSABILIDADE PELO ATESTO DOS SERVIÇOS E PELA FISCALIZAÇÃOEFICICIENTE DA EXECUÇÃO DO CONTRATO.

H. O FISCAL DO CONTRATO DEVE SER DESIGNADO, PREFERENCIALMENTE,ENTRE OS INTEGRANTES DA FISCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA, EM VIRTUDEDAS ATRIBUIÇÕES DESTA SEÇÃO E POR QUESTÕES DE RACIONALIZAÇÃOADMINISTRATIVA, OBSERVANDO-SE O PRINCÍPIO DA SEGREGAÇÃO DEFUNÇÕES, PODENDO, CASO NECESSÁRIO, SER DESIGNADO AGENTE DEOUTRA SEÇÃO, MILITAR OU CIVIL, QUE POSSUA CONHECIMENTOS TÉCNICOSNECESSÁRIOS PARA A FISCALIZAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO CONTRATO.

3. DENTRE AS PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DO FISCAL DO CONTRATO,DESTACAM-SE:

A. REGISTRAR AS OCORRÊNCIAS RELACIONADAS COM A "EXECUÇÃO" DOCONTRATO PELO QUAL FOR RESPONSÁVEL;

B. DETERMINAR AS MEDIDAS NECESSÁRIAS AO FIEL CUMPRIMENTO DOOBJETO DO CONTRATO, BEM COMO A REGULARIZAÇÃO DAS FALTAS,DEFEITOS OU INFORMAÇÕES OBSERVADAS, EM CASO DE URGÊNCIA OUEMERGÊNCIA, CIENTIFICANDO NA PRIMEIRA OPORTUNIDADE AADMINISTRAÇÃO.

C. COMUNICAR A ADMINISTRACAO AS OCORRENCIAS, FALTAS OUDEFEITOS OBSERVADOS, SUGERINDO AS MEDIDAS NECESSARIAS PARA OFIEL CUMPRIMENTO DO OBJETO DO CONTRATO;

D. ATESTAR AS FATURAS/NOTAS FISCAIS CORRESPONDENTES ÀS ETAPASEXECUTADAS APÓS A VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE DOS SERVIÇOS/OBRAS, PARA EFEITO DE PAGAMENTO (OBSERVADA A COMISSÃO DERECEBIMENTO, NO CASO DAS COMPRAS PREVISTAS NO § 8º, ART. 17, DA LEINº 8.666/93 E NOS §§ 1º A 4º, DO ART. 66, DO REGULAMENTO DEADMINISTRAÇÃO DO EXÉRCITO (RAE), APROVADO PELO DECRETO Nº 98.820,DE 12 DE JANEIRO DE 1990);

E. CERTIFICAR SE O NÚMERO DE EMPREGADOS ALOCADOS AO SERVIÇO,PELA EMPRESA CONTRATADA, ESTÁ DE ACORDO COM O CONTRATOFIRMADO, PARA CADA FUNÇÃO EM PARTICULAR.

F. FISCALIZAR A QUANTIDADE E A QUALIDADE DOS PRODUTOSUTILIZADOS, QUANDO FOR O CASO; E

G. INCLUIR E EXCLUIR MEDIÇÕES E CONFERENCIAS NO SIASG/SICON.

4. COMPETE À ADMINISTRACAO DA UG (POR MEIO DA FISCALIZACAOADMINISTRATIVA OU SUBSECAO EQUIVALENTE) ENTRE OUTRASATRIBUICOES, QUANTO A FISCALIZACAO DOS CONTRATOS:

A. FORNECIMENTO E ABERTURA DE LIVRO PARA O FISCAL DO CONTRATOREGISTRAR AS OCORRENCIAS;

B. VERIFICAR SE O CONTRATADO RESPEITA AS NORMAS DE SEGURANCADO TRABALHO, QUANDO FOR O CASO;

C. VERIFICAR SE O CONTRATADO MANTEM DURANTE A EXECUCAOCONTRATUAL AS CONDICOES EXIGIDAS PARA A HABILITACAO;

D. VERIFICAR, ANTES DO TERMINO DA VIGENCIA, SE HA NECESSIDADE DEABERTURA DE NOVO PROCESSO LICITATORIO;

E. COMUNICAR AO CONTRATADO, ANTES DO TERMINO DA VIGENCIA DOCONTRATO, SE HA, OU NAO, INTENCAO DE PRORROGACAO DE CONTRATO;

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F. NO CASO DE CESSAO DE MAO DE OBRA EXCLUSIVA, VERIFICAR SE OCONTRATADO RECOLHE OS ENCARGOS TRABALHISTAS, PREVIDENCIARIOS ETRIBUTARIOS RELACIONADOS AO CONTRATO;

G. CONFIRMAR A IDENTIDADE DOS EMPREGADOS DO CONTRATADO QUEPRESTAM SERVICOS NA OM;

H. REALIZAR TODOS OS PROCEDIMENTOS DA REPACTUACAO DE PRECOSDOS CONTRATOS;

I. OFICIAR FORMALMENTE O CONTRATADO, POR MEIO DE DOCUMENTODEVIDAMENTE ASSINADO PELO ORDENADOR DE DESPESAS,DETERMINANDO A REGULARIZACAO DAS FALTAS OU DEFEITOSOBSERVADOS;

J. ELABORAR PLANILHA-RESUMO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS;E

K. EXIGIR DO CONTRATADO OS COMPROVANTES DE PAGAMENTO DOSSALARIOS, VALES-TRANSPORTE E AUXILIO ALIMENTACAO DOSEMPREGADOS.

5. OS CHEFES DE ICFEX DEVERAO DIVULGAR O TEOR DA PRESENTEMENSAGEM AS SUAS UNIDADES GESTORAS VINCULADAS POR MEIO DEPUBLICACAO NO BOLETIM INFORMATIVO DO MES DE OUTUBRO DE 2011.

BRASILIA-DF, 06 DE OUTUBRO DE 2011

GEN DIV CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO SUBSECRETARIO DE ECONOMIA E FINANCAS

Nota: consultar também a Msg 1131615-SEF, de 29 ago 07 sobre a valorização doEncargo de Fiscal de Contrato e Parecer nº 033/09 – Asse Jur/CMS, de 27 maio 09, encaminhadopor intermédio do Of. n° 926-Div Jur/5.10/Cmdo 5ª RM-5ªDE – CIRCULAR, de 7 ago 09,publicado B Info 8/2009, sobre atribuições de fiscal de contrato e procedimentos no caso dequestionamentos do Ministério Público Federal.

13.2. Importância de documentar atos de gestão e fiscalização

Nos termos do art 67 da Lei nº 8.666/93, o fiscal deve anotar em registro próprio todas asocorrências relacionadas aquele determinado contrato evitando ou se precavendo de eventualinadimplemento ou descumprimento, inclusive servindo para aplicação de penalidades/multa e atémesmo a rescisão. Em função disso, é imprescindível que todos os atos do fiscal e gestor sejamregistrados formalmente em processo ou livro específico, para que, em caso de necessidade deverificação e ou apuração de responsabilidades, existam dados aptos a justificar e fundamentar asatitudes adotadas, inclusive perante ao Controle Externo.

13.3. Gestor do Contrato – Outras Considerações

Acompanhar e fiscalizar são atividades distintas, portanto, compete ao gestor acompanhare gerenciar o contrato. Quem desempenha a tarefa de gestor?

Depende da estrutura da UG e do seu controle, podendo ser designado um agente ou umdeterminado setor.

Imperioso é que tal tarefa seja desempenhada por aqueles que possuam uma visão geral detodo o processo de contratação e da legislação que a regula, bem como das demais correlatas.

Em resumo, sugere-se que o gestor tenha:

- domínio da organização;

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- conhecimento do mercado daquele objeto do contrato; e

- noções de direito.Tais exigências se devem pelo fato que o gestor pode ser responsabilizado71 nas esferas

administrativas, penal e civil por irregularidades advindas do contrato. Significa que poderá ser objetode sanção, inclusive patrimonial, com aplicação de multa pelo órgão de controle externo, além deeventual indenização/reparação por danos ao Erário cujo assunto é tratado no capítulo Apuração deIrregularidades e Danos ao Erário.

Essa diferenciação de atividades vem se tornando tão evidente que a IN 05/2017-MPsepara um capítulo (Capítulo V – a partir do Art 39) para tratar da gestão do contrato:

Art. 39. As atividades de gestão e fiscalização da execução contratual são o conjunto deações que tem por objetivo aferir o cumprimento dos resultados previstos pela Administração para osserviços contratados, verificar a regularidade das obrigações previdenciárias, fiscais e trabalhistas, bemcomo prestar apoio à instrução processual e o encaminhamento da documentação pertinente ao setor decontratos para a formalização dos procedimentos relativos a repactuação, alteração, reequilíbrio,prorrogação, pagamento, eventual aplicação de sanções, extinção dos contratos, dentre outras, comvista a assegurar o cumprimento das cláusulas avençadas e a solução de problemas relativos ao objeto.

Note também que a IN 05-MP/2017 considera relevante que o responsável pelafiscalização do contrato participe também das etapas de estudos preliminares e de gerenciamento derisco, conforme pode ser observado a seguir:

Art. 21. Os procedimentos iniciais do Planejamento da Contratação consistem nas seguintesatividades:

d) a indicação do servidor ou servidores para compor a equipe que irá elaborar os EstudosPreliminares e o Gerenciamento de Risco e, se necessário, daquele a quem será confiada a fiscalizaçãodos serviços, o qual poderá participar de todas as etapas do planejamento da contratação, observado odisposto no § 1º do art. 22;

Mais adiante, no Art 40, podemos observar a conceituação de diversas funções, queenvolvem, inclusive, o público usuário, conforme a seguir:

I - Gestão da Execução do Contrato: é a coordenação das atividades relacionadas à fiscalizaçãotécnica, administrativa, setorial e pelo público usuário, bem como dos atos preparatórios à instruçãoprocessual e ao encaminhamento da documentação pertinente ao setor de contratos para formalizaçãodos procedimentos quanto aos aspectos que envolvam a prorrogação, alteração, reequilíbrio,pagamento, eventual aplicação de sanções, extinção dos contratos, dentre outros;

II - Fiscalização Técnica: é o acompanhamento com o objetivo de avaliar a execução do objeto nosmoldes contratados e, se for o caso, aferir se a quantidade, qualidade, tempo e modo da prestação dosserviços estão compatíveis com os indicadores de níveis mínimos de desempenho estipulados no atoconvocatório, para efeito de pagamento conforme o resultado, podendo ser auxiliado pela fiscalizaçãode que trata o inciso V deste artigo;

71 Lei nº 8.666/93. Art.82. Os agentes administrativos que praticarem atos em desacordo com os preceitos desta Lei ouvisando a frustrar os objetivos da licitação sujeitam-se às sanções previstas nesta Lei e nos regulamentos próprios, semprejuízo das responsabilidades civil e criminal que seu ato ensejar. Art. 83. Os crimes definidos nesta Lei, ainda quesimplesmente tentados, sujeitam os seus autores, quando servidores públicos, além das sanções penais, à perda do cargo,emprego, função ou mandato eletivo. Art. 84. Considera-se servidor público, para os fins desta Lei, aquele que exerce,mesmo que transitoriamente ou sem remuneração, cargo, função ou emprego público.

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III - Fiscalização Administrativa: é o acompanhamento dos aspectos administrativos da execução dosserviços nos contratos com regime de dedicação exclusiva de mão de obra quanto às obrigaçõesprevidenciárias, fiscais e trabalhistas, bem como quanto às providências tempestivas nos casos deinadimplemento;

IV - Fiscalização Setorial: é o acompanhamento da execução do contrato nos aspectos técnicos ouadministrativos quando a prestação dos serviços ocorrer concomitantemente em setores distintos ou emunidades desconcentradas de um mesmo órgão ou entidade; e

V - Fiscalização pelo Público Usuário: é o acompanhamento da execução contratual por pesquisa desatisfação junto ao usuário, com o objetivo de aferir os resultados da prestação dos serviços, os recursosmateriais e os procedimentos utilizados pela contratada, quando for o caso, ou outro fator determinantepara a avaliação dos aspectos qualitativos do objeto.

Pela interpretação dessa IN, verifica-se que quanto mais complexo for o contrato, maisnecessário se torna separar as atribuições do fiscal técnico, do fiscal administrativo, do fiscal setorialdo contrato e desses com o do gestor.

13.4. Fiscal de Contrato – Outras Considerações

Conforme explicado e previsto no art 67, Lei 8.666/ 93, para cada contrato em vigor, devehaver um Fiscal designado como o responsável pelo ateste da entrega/prestação do bem/serviço.

Para exemplificar essa função, são apresentados acórdãos do CTU sobre o assunto:

Assunto: CONTRATOS. D.O.U. de 01.02.2006, S. 1, p. 79. Ementa: o TCUrecomendou à (...) que observasse o disposto no art. 67 da Lei no 8.666/1993,procedendo à indicação de servidor para acompanhar e fiscalizar contratossob sua responsabilidade, salientando, ainda, que a fiscalização, depreferência, deve ser feita por técnico da área da qual está sendo executado oserviço, tendo em vista que o atesto por alguém sem o devido conhecimentopoderá gerar prejuízo à Administração Pública (item 2, TC-009.352/2004-7,Acórdão nº 4/2006-1ª Câmara).

Nomeie servidor para atuar na condição de fiscal de contrato, em atendimentoao disposto no art. 67 da Lei nº 8.666/1993. (Acórdão 100/2008 - Plenário)

(…) em atenção aos arts. 67 da Lei nº 8.666/1993 e 6º do Decreto nº2.271/1997, mantenha fiscal formalmente designado durante toda a vigênciados contratos celebrados pela entidade. Acórdão 670/2008 – Plenário

13.4.1. Encargos/Atribuições do Fiscal

Como um dos encargos do fiscal de contrato tem-se a de realizar atividades pontuais nasua execução, registrando a operação de aferição no sistema SIASG/SICON, ou seja, declarar noreferido sistema, que determinada parcela de bem/serviço foi entregue/executado em consonância como pactuado na nota fiscal. Esta operação declaratória e fiscalizatória é denominada medição.

Evidente que o fiscal deve certificar se o serviço e/ou bem foi executado/entregue deacordo com o previsto no contrato/edital. Entretanto, a fiscalização deve ser ampla, não se limitando

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ao aspecto quantitativo ou qualitativo do bem/serviço. A administração deve exigir uma série deprocedimentos/documentos do contratado, a fim de ver cumprida a lei e resguardar eventualresponsabilidade já citada, em particular, as referentes aos encargos trabalhistas e previdenciários.

13.4.2. Contratos para a Execução de Serviços

Sobre esse tema torna-se relevante trazer que a IN 05/2017-MP agrega em muito aotrazer no seu Art 44, os aspectos gerais da fiscalização e o início da prestação do serviços,apresentando práticas significativas que fazem diferença no dia-a-dia da fiscalização:

Art. 44 [...]

§ 2º As comunicações entre o órgão ou entidade e a contratada devem serrealizadas por escrito sempre que o ato exigir tal formalidade, admitindo-se,excepcionalmente, o uso de mensagem eletrônica para esse fim.

Art. 45. Após a assinatura do contrato, sempre que a natureza da prestação dosserviços exigir, o órgão ou entidade deverá promover reunião inicial paraapresentação do plano de fiscalização, que conterá informações acerca das obrigaçõescontratuais, dos mecanismos de fiscalização, das estratégias para execução do objeto,do plano complementar de execução da contratada, quando houver, do método deaferição dos resultados e das sanções aplicáveis, dentre outros.

§ 2º O órgão ou entidade contratante deverá realizar reuniões periódicas com opreposto, de modo a garantir a qualidade da execução e os resultados previstos para aprestação dos serviços.

Art. 46. As ocorrências acerca da execução contratual deverão ser registradasdurante toda a vigência da prestação dos serviços, cabendo ao gestor e fiscais,observadas suas atribuições, a adoção das providências necessárias ao fielcumprimento das cláusulas contratuais, conforme o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 67da Lei nº 8.666, de 1993.

Art. 47. A execução dos contratos deverá ser acompanhada e fiscalizada por meiode instrumentos de controle que compreendam a mensuração dos seguintesaspectos, quando for o caso:

I - os resultados alcançados em relação ao contratado, com a verificação dos prazosde execução e da qualidade demandada;

II - os recursos humanos empregados em função da quantidade e da formaçãoprofissional exigidas;

III - a qualidade e quantidade dos recursos materiais utilizados;

IV - a adequação dos serviços prestados à rotina de execução estabelecida;

V - o cumprimento das demais obrigações decorrentes do contrato; e

VI - a satisfação do público usuário.

Importante: Cabe especial destaque a necessária consulta aos seguintes documentos:

- Anexo III da IN nº 05-MPOG/2017, que traz as Diretrizes para Elaboração dos EstudosPreliminares;

- Anexo VII-B, da mesma IN – Diretrizes Específicas para Elaboração do AtoConvocatório, em especial o trecho que trata dos mecanismos de controle interno;

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- Anexo VIII, da mesma IN – Da Fiscalização Técnica e Administrativa;

- Art 93 a 99 da Portaria nº 305-Min Ex, de 24 MAIO 95 (IG 12-02), que tratam daexecução, recebimento, acompanhamento e fiscalização dos contratos.

- link para perguntas e respostas sobre a IN 05/2017 no Portal de ComprasGovernamentais: https://www.comprasgovernamentais.gov.br/index.php/in-servico-faq

13.5. Preposto da empresa/objeto da contratação

O contratado deve manter preposto, aceito pela administração, especificamente para obrase serviços, de acordo com art 68 da Lei nº 8.666/93. É por meio do preposto que a administração faráas exigências legais, recomendações e outras condições pactuadas no contrato. Sua presença é vital,pois, caso contrário, a relação de subordinação/vinculação entre os empregados/empregador poderá sedescaracterizar e, em consequência, estará aberto o caminho para eventual demanda judicial contra oExército no sentido de ser reconhecido vínculo empregatício72, em que pese as controvérsias sobre oassunto. O objetivo é afastar a pessoalidade e subordinação direta na relação entre a administração e oempregado da contratada. Depreende-se que a empresa contratada dirigirá a prestação dos serviçosdos seus respectivos empregados na administração, o que significa que o trabalho pode ser realizadopor diferentes trabalhadores. Caso contrário, ou seja, se houver vinculação pessoal do empregado aotrabalho a ser realizado (pessoalidade) e ficar este sujeito às ordens da tomadora dos serviços(administração) ficará evidenciado vínculo de subordinação direta. Ora, não é sem razão a vedaçãoinserta na IN regulatória. Confirme-se:

Art. 5º. É vedado à Administração ou aos seus servidores praticar atos deingerência na administração da contratada, a exemplo de:

I - possibilitar ou dar causa a atos de subordinação, vinculação hierárquica,prestação de contas, aplicação de sanção e supervisão direta sobre osempregados da contratada;

II - exercer o poder de mando sobre os empregados da contratada, devendoreportar-se somente aos prepostos ou responsáveis por ela indicados, excetoquando o objeto da contratação previr a notificação direta para a execuçãodas tarefas previamente descritas no contrato de prestação de serviços para afunção específica, tais como nos serviços de recepção, apoio administrativo ouao usuário;

72 Exemplo ilustrado é o caso do barbeiro em OM do CMS que teve reconhecido o vínculo empregatício com a União.Embora decorrente de contrato de receita, o ensinamento é o mesmo, ou seja, evitar a relação direta de subordinação. Naação trabalhista ajuizada na 1ª Vara do Trabalho do Rio Grande do Sul, o reclamante pretendeu o reconhecimento darelação de emprego com a União. Para tanto, afirmou que trabalhou pessoalmente na função de barbeiro desde o início de1968, sob as ordens verbais e escritas do Ente Público e de seus representantes. Em sua defesa, a União afirmou que aOrganização Militar e todas as unidades das Forças Armadas Nacionais têm permissão para ceder, de forma onerosa, ouso de fração das suas instalações para que sejam exploradas em atividades lícitas e em apoio ao pessoal militar e, por isso,a relação entre as partes era de natureza administrativa. Acrescentou que o trabalho era feito de forma autônoma e sempagamento de salários. Todavia, ao apreciar as provas dos autos, a Juíza sentenciante considerou presentes os elementosque configuram a relação de emprego, quais sejam, pessoalidade, onerosidade, habitualidade e subordinação (art. 3ºda CLT). Destacou, ainda, a comprovação do início da relação entre as partes em 1º/02/1968. Nesse sentido consideroudesnecessária a prévia aprovação do barbeiro em concurso público em razão de a atual Constituição, promulgada em 5 deoutubro de 1988, reconhecer validade das contratações feitas pela Administração Pública anteriores à sua vigência. Adecisão foi ratificada pelo Tribunal da 4ª Região (RS), provocando o recurso pela União, cujo trancamento deu origem aoagravo de instrumento apreciado na Primeira Turma. Na sessão de julgamento, os ministros ratificaram a decisão gaúcha.AIRR– 96240-07.2004.5.04.0121

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Para simplificar, o que se contrata é o “serviço” e não a “pessoa”. Em contrato deprestação de serviço de limpeza, por exemplo, o objeto é a limpeza e não a contratação de“faxineira(o)”.

13.6. Livro Registro de Ocorrência

Como se verifica na Msg 1131615-SEF, de 29 abr 07 (item 2, letra C e item 3, letra A) éobrigatório que a administração disponha de documento onde conste o registro das ocorrências docontrato, conforme consta no § 1º, art 67 da Lei nº 8.666/93. É uma forma de comunicação entre ocontratante e contratado, a fim de tornar pública as ocorrências/alterações daquela contratação, alémde servir de histórico para eventual rescisão contratual:

Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:[...]VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na formado § 1o do art. 67 desta Lei; (grifo nosso)

14. Telefonia em Grupo

As Msg SIAFI 0048428-SEF, de 10 JAN 07 e 0311061-DGO, de 18 MAR 08, alertamsobre a proibição de realização de contratos coletivos (plano empresa) com empresas de telefonia,utilizando o CNPJ da UG, que inclua, além das linhas da UG, linhas exclusivas de PNR e de militarese/ou civis da OM.

14.1 Pagamento de telefonia com atraso

A Msg SIAFI 0963595-DGO, de 26 AGO 08 trata da necessidade de extrair no site daconcessionária a cópia da fatura, a fim de evitar atrasos na liquidação por atraso no envio dodocumento ou por extravio, que geram multas e juros.

Na hipótese de ocorrência de multa e juros, tal fato deverá ser justificado no Relatório dePrestação de Contas Mensal.

14.2 Telefonia e internet

Cabe destacar que, na hipótese de uma mesma empresa vencer a licitação para o contratode telefonia e internet, as faturas deverão ser separadas

15. M andamentos do Apoio Administrativo em Contratos Administrativos sobgestão da DGO (disponível nas Orientações aos Agentes da Administração, 2017)

1) Somente realizar contrato com recursos da Ação 2000 se o objeto estiver elencado nasOrientações aos Agentes da Administração e seu valor for resultado de uma pesquisa de preços;

2) Dar andamento ao processo licitatório a partir do momento que a UG receber aexpectativa de crédito para o ano seguinte;

3)- Homologar a licitação conforme a expectativa de crédito informada pela DGO; 4) Informar à DGO sobre o registro do contrato no SIASG/SICON, tão logo o contrato

seja cadastrado.5) Somente solicitar reajuste quando os valores forem insuficientes para honrar os

contratos já firmados ou para aqueles imprescindíveis a serem firmados.6) Designar em BI o fiscal de contrato para o seu acompanhamento e fiscalização;7) Verificar o andamento das liquidações e pagamentos dos contratos nas reuniões de

prestações de contas;

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8) Providenciar a renovação ou substituição do contrato, com a devida antecedência, porocasião do término de sua vigência, como forma de evitar que a empresa contratada continue a prestaro serviço sem que tenha sido renovado o seu contrato;

9) Realizar a liquidação da despesa, com oportunidade, para evitar o pagamento de jurose multas; e

10) Avaliar, no final do exercício, a necessidade de inscrição em restos a pagar da parcelade dezembro.

CONTRATOS DE RECEITA/CESSÃO DE USO

16. Recomendações Gerais

Respeitando as devidas particularidades, os contratos de receita devem ser fiscalizados àsemelhança dos contratos de despesa. O B Info 05/2008 – 5ª ICFEx, publicou a matéria abaixo, quetranscrevemos na íntegra:

Os cessionários que exploram atividades econômicas no interior da OM (cantina, alfaiataria,barbearia, etc) deverão cumprir com suas obrigações tributárias, trabalhistas, sociais, fiscais, etc, ou seja, devemobedecer a legislação vigente da atividade comercial exercida. Assim, oportuno rememorar o disposto naPortaria n° 011-DEC, de 04 Out 05, a qual aprova as Instruções Reguladoras de Utilização do PatrimônioImobiliário da União Jurisdicionado ao Comando do Exército (IR 50-13) , a seguir transcrito:

Art. 27. O cessionário obriga-se a:(...) II - arcar com o pagamento de taxas e ônus fiscais eventualmente aplicáveis ao imóvel cedido;

III - cumprir com as obrigações legais relativas a encargos fiscais, trabalhistas, sociais,previdenciários, civis e comerciais que onerem a atividade a que se propõe, eximindo o Comando do Exército dequaisquer dessas responsabilidades;

IV - apresentar registro de todos os órgãos a que estiver obrigado por força de sua atividade;

V - submeter-se à fiscalização do cedente, das autoridades fiscais, sanitárias, tributárias eprevidenciárias;

VI - não usar o nome do Comando do Exército para aquisição de mercadorias ou bens, assim comopara contratar serviços; e

Diante do exposto, recomendo aos Sr Ordenadores de Despesa que mandem, através de suaDivisão/Seção de Fiscalização verificar as obrigações legais abaixo resumidas, independentemente deoutras exigências legais e/ou outras averiguações anteriormente realizadas pela UG:

a) se a empresa está legalmente constituída (Cartão do CNPJ/MF, Contrato Social, Registro JuntaComercial, etc);

b) se o alvará de funcionamento está afixado em local visível e, ainda, se o mesmo está dentro do prazode validade pois, salvo outro juízo, é imperioso para a empresa exercer atividade econômica (cantina,alfaiataria, etc) no interior da OM possuir o Alvará de Licença para Localização e Funcionamento.Cabível ressaltar que o referido alvará se refere a funcionamento no interior da OM, portanto, nodocumento deve constar o endereço onde a empresa exercerá as atividades, ou seja, o endereço da OM.Ademais, é o que está previsto no próprio modelo de Contrato de Cessão de Uso para Exercício deAtividade de Apoio constante na já citada portaria, dispondo que o cessionário deve obediência àsnormas relacionadas com o funcionamento da atividade;

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c) se os funcionários/empregados estão contratados regularmente, inclusive, verificando se há menor deidade trabalhando no local. Embora a responsabilidade seja da empresa, é conveniente, a fim de evitaruma eventual demanda judicial, a UG exigir o cumprimento da legislação, no caso específico, doordenamento trabalhista. Para tanto, pode-se exigir o CAGED (*), bem como os comprovantes derecolhimento das contribuições trabalhistas-sociais (INSS-FGTS). Ademais, salvo prova em contrário, aempresa é obrigada a afixar cópia da Guia da Previdência Social, referente ao mês de competênciaanterior, durante o período de um mês, no quadro de horário da empresa o qual está previsto no art 74da CLT;

d) na mesma vertente, se os Círculos Militares ou Clubes de St/Sgt, Associação de Pais e Mestres deEstabelecimento de Ensino, Grêmios, etc que ocupam instalação na OM estão contratando funcionáriosde forma regular, a fim evitar uma possível demanda judicial contra o Exército;

e) se o cessionário for pessoa jurídica inscrita no SIMPLES, deverá manter no estabelecimento, em localvisível ao público, placa indicativa que esclareça tratar-se de microempresa ou empresa de pequenoporte inscrita no Simples;

f) se o cessionário está comercializando produtos compatíveis com a atividade licitada, fazendodiligências no caso de indícios/suspeitas de venda/comércio de mercadorias/produtos de procedênciaduvidosa;

g) se houve alguma espécie de “cessão de direitos” após a ocupação da instalação, ou seja, se ocessionário contratado é realmente aquele que exerce a atividade na OM;

h) conforme art 28 da Portaria retro mencionada, verificar se existe controle individualizado porcessionário sobre o consumo de energia elétrica, de água, de esgoto, de telefone, de lixo ou limpezapública, etc. Se na impossibilidade técnica de separar tais despesas ou qualquer delas, se há cobrançada UG, a fim de que o(s) cessionário(s) participe(em), proporcionalmente, do rateio da(s) mesma(s),devendo, para tanto, haver algum cálculo/índice que possa mensurar o gasto estimado daquele(s)cessionário(s);

i) se está sendo aplicado o índice de correção/reajuste previsto no Termo de Contrato, quando daprorrogação do mesmo;

j) se está sendo aplicada as sanções previstas quando do inadimplemento total e/ou parcial do contrato,incluindo a cobrança da multa e juros previsto no referido contrato, em caso de mora no pagamento dovalor da cessão; e

k) ainda, havendo violação de cláusulas contratuais, isto é, não cumprimento de obrigação pelacontratada, a UG, de acordo com o caso concreto e com o previsto em contrato, deve aplicar as sançõesprevistas, inclusive promovendo a competente rescisão contratual, respeitando-se o contraditório eampla-defesa.

Nota:(*) O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED foi criado pelo Governo Federal,através da Lei nº 4.923/65, que instituiu o registro permanente de admissões e dispensa de empregados,sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. Este Cadastro Geral serve como base paraa elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas ligados ao mercado de trabalho, ao mesmotempo em que subsidia a tomada de decisões para ações governamentais. É utilizado, ainda, peloPrograma de Seguro-Desemprego, para conferir os dados referentes aos vínculos trabalhistas, além deoutros programas sociais.

17. Notificação de Cessionários - Sanções Administrativas - Aplicação

No caso de atraso no pagamento de valores devidos, bem como outras infrações, a UG devenotificar o cessionário e, após a defesa do mesmo, aplicar as sanções e penalidades previstas emcontrato (multa, juros etc). Eventual não pagamento de multa e juros deverá ser DEVIDAMENTEjustificada no RPCM.

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18. Remessa de Termo de Contrato para a ICFEx - Desobrigação

Em resposta a consulta formulada por esta ICFEx (Of nº 05 - SATT, de 06 Mar 08), a SEF,por intermédio do Of nº 018 - A/2, de 18 Mar 08, ratificou que os contratos de exploração de receitadevem ser arquivados na Seção de Conformidade dos Registros de Gestão, ficando à disposição doscontroles externo e interno e NÃO devem ser remetidos à ICFEx.

Importante: cabe salientar a obrigatoriedade de cadastrar esses contratos no SIGA.

19. Parecer Jurídico

A minuta do termo de contrato deve ser analisado nos mesmos moldes de um contrato dedespesa pela CJU/AGU.

19.1. Parecer Jurídico nos Termos de Contratos oriundos de Dispensa de Licitaçãoamparados nos incisos I e II do Art 24 da Lei 8.666/93 e/ou Processos de Inexigibilidade de valorigual ou inferior aos mesmos limites

Acerca do assunto, a AGU se manifestou da seguinte forma:

ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 46, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2014

SOMENTE É OBRIGATÓRIA A MANIFESTAÇÃO JURÍDICA NAS CONTRATAÇÕES DEPEQUENO VALOR COM FUNDAMENTO NO ART. 24, I OU II, DA LEI Nº 8.666, DE 21 DEJUNHO DE 1993, QUANDO HOUVER MINUTA DE CONTRATO NÃO PADRONIZADA OUHAJA, O ADMINISTRADOR, SUSCITADO DÚVIDA JURÍDICA SOBRE TALCONTRATAÇÃO. APLICA-SE O MESMO ENTENDIMENTO ÀS CONTRATAÇÕES FUNDADASNO ART. 25 DA LEI Nº 8.666, DE 1993, DESDE QUE SEUS VALORES SUBSUMAM-SE AOSLIMITES PREVISTOS NOS INCISOS I E II DO ART. 24 DA LEI Nº 8.666, DE 1993.

CONTRATOS COM OCS/PSA

20. Considerações gerais

Contratação permeada de peculiaridades em razão do objeto singular (serviços médicos). Emque pesem as exceções, inafastável a obediência aos princípios que norteiam qualquer contratação(legalidade, eficiência, transparência, publicidade, razoabilidade, proporcionalidade etc). O B Info04/2008, publicou o Of no 22-SATT - CIRCULAR - 5ª ICFEx, de 28 ABR 08, com diversasinformações/orientações sobre o assunto. Naquele documento foi alertado sobre o montante dosvalores empenhados nessa atividade. Assim, imperioso é o rigor no controle destes gastos. Pelaimportância da matéria, julga-se por bem, republicar o citado documento, o qual se encontra noCapítulo XIX.

Sobre liquidação de despesa com PSA, consultar a Msg 1084861-5ª ICFEx, de 02 AGO 11.

O B Info 11/2008, publicou a resposta da SEF à consulta formulada pela 7ª ICFEx, sobre arealização de Processo de Inexigibilidade.

Tal assunto mostrou-se de tamanha relevância que foi motivo da inserção do Capítulo XIXnesta edição da presente Nota Informativa Especial, que trata especificamente das peculiaridades doFUSEx e das despesas com OCS/PSA.

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BOAS PRÁTICAS EM CONTRATOS

21. Instrumento de Medição de Resultado (IMR)Previsto no Art. 50, “I”, “c” da IN 05-MP/2017 e em seu Anexo VIII-A, é o mecanismo que

define, em bases compreensíveis, tangíveis, objetivamente observáveis e comprováveis, os níveisesperados de qualidade da prestação do serviço e as respectivas adequações de pagamento. Possui amesma natureza e substitui o Acordo de Nível de Serviço (ANS), sendo que um dos seus principaisobjetivos é a busca da eficiência com o estabelecimento de procedimentos e condições que permi-tem e estimulem a melhoria constante dos serviços prestados.

A sua utilização é apropriada para serviços em que a qualidade é elemento essencial doobjeto, sem o qual o serviço, mesmo que prestado na sua totalidade, não se mostra adequado.Assim, a regra é que quaisquer serviços devem ser prestados na quantidade, tempo e modo previstosno edital, entretanto, há algumas espécies de objeto em que além desses requisitos, a qualidade deveser aferida para que seja considerada a execução na sua plenitude, não bastando que simplesmente oserviço seja concluído pelo contratado.

Para tanto, é imprescindível que a natureza dos serviços a serem contratados possibilite aaferição da qualidade em que será prestado, cuja escolha de atividades (preferencialmente maisrelevantes) e indicadores mínimos de desempenho devem ser previamente delineados para que ocontratado tenha ciência e cautela na execução, pois a utilização do IMR, ou outro instrumentosubstituto, permitirá ao gestor glosar o pagamento de serviços não prestados ou prestados emdesconformidade com o previsto no edital.

Assim, considera-se plenamente recomendável a adoção do IMR nas UG, mesmo que de forma ex-perimental, com o objetivo de melhorar a qualidade dos serviços prestados pelas empresas.

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XIV- ASPECTOS CONTÁBEIS-FINANCEIROS

1. Transparência de Lançamentos Contábeis

A Contabilidade é a ciência que tem como objetivo observar, registrar e informar os fatoseconômico-financeiros acontecidos dentro de um patrimônio pertencente a uma entidade; mediante aaplicação do seu conjunto de princípios, normas, técnicas e procedimentos próprios.

O objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades, que está em constante alteração.

A finalidade da contabilidade é controlar o patrimônio das entidades apurando o resultado,além de fornecer informações aos diversos usuários. No caso específico da administração pública,fornecer informações aos gestores, aos órgãos de controle interno e externo e, principalmente, àsociedade.

Diante dessas considerações, corroboradas pelas características qualitativas dainformação contábil73, conjugado com os princípios da administração pública já referenciados emcapítulos anteriores, em especial, aos da transparência e publicidade, verifica-se que os lançamentoscontábeis devem ser claros, concisos e precisos, a fim de retratar a realidade dos fatos e permitir oentendimento das operações/demonstrações realizadas, conforme pode ser observado a seguir:

Ementa: determinação à (…) para que preencha os campos previstos dosdocumentos do SIAFI com descrição completa dos fatos originários da despesa(contrato, objeto, licitação), utilizando-se, quando necessário, do campo“observações”, em obediência ao princípio da transparência e a fim deaprimorar os controles internos da Unidade (item 9.7.3, TC 010.191/2005-5,Acórdão 6.286/2010-1ª Câmara - DOU de 06.10.2010, S 1, p. 137.)

O documento a seguir confirma essa necessidade das informações públicas – contábeis, fiscaise orçamentárias-financeiras serem confiáveis, retratarem a realidade dos fatos tempestivamente e,principalmente, serem objetivas e esclarecedoras dos atos e fatos administrativos:

(Transcrição da Msg 0625139-SEF, de 01 JUN 10)

DO: SUBSECRETÁRIO DE ECONOMIA E FINANÇASAOS: SENHORES ORDENADORES DE DESPESASREF: A. MSG SIAFI 2010/0573584 - SFC/CGU, DE 20 DE MAIO DE 2010;

B. PORTARIA Nº 009-SEF, DE 13 DE DEZEMBRO DE 1999 (APROVA ASNORMAS PARA A PRESTAÇÃO DE CONTAS DOS RECURSOS UTILIZADOS PELASUNIDADES GESTORAS DO EXÉRCITO BRASILEIRO);

C. MANUAL DO USUÁRIO/SIASG, EMPENHO - MINUTA DE EMPENHO,MANUAL SISME;

D. MACROFUNÇÃO 02.03.01 - ELABORAÇÃO E EXECUÇÃOORÇAMENTÁRIA, DO MANUAL SIAFI, ITEM 4.8 - ESTÁGIOS DA EXECUÇÃO DADESPESA;

E. MACROFUNÇÃO 02.03.03 - PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃOFINANCEIRA, DO MANUAL SIAFI, ITENS 3.3 - ORDENS BANCÁRIAS E 3.4 -CANCELAMENTO DE ORDEM BANCÁRIA;

73 São características qualitativas : RELEVÂNCIA, REPRESENTAÇÃO FIDEDÍGNA, COMPREENSIBILIDADE,TEMPESTIVIDADE, COMPARABILIDADE E VERIFICABILIDADE, conforme NBC TSP Estrutura Conceitual,de 23 de setembro de 2016 .

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F. MACROFUNÇÃO 02.03.23 - CONTAS A PAGAR E A RECEBER - CPR,DO MANUAL SIAFI; E

G. PORTARIA Nº 017-SEF, DE 25 DE OUTUBRO DE 2006 (APROVA ASNORMAS PARA A ADMINISTRAÇÃO DAS RECEITAS GERADAS PELASUNIDADES GESTORAS), ALTERADA PELA PORTARIA Nº 022-SEF, DE 07 DENOVEMBRO DE 2008.

1. INFORMO AOS ORDENADORES DE DESPESAS QUE COM A FINALIDADE DEASSEGURAR A TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL DOS ENTES DAFEDERAÇÃO, FOI PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO, DE 27 DE MAIODE 2010, EDIÇÃO EXTRA, O DECRETO Nº 7.185, DE 27 DE MAIO DE 2010, QUEDISPÕE SOBRE O PADRÃO MÍNIMO DE QUALIDADE DO SISTEMA INTEGRADODE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE, NO ÂMBITO DE CADA ENTEDA FEDERAÇÃO, NOS TERMOS DO ARTIGO 48, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO III,DA LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 04 DE MAIO DE 2000, E DÁ OUTRASPROVIDÊNCIAS."

2. COM FULCRO NAS DISPOSIÇÕES CONTIDAS NO CITADO DECRETO -QUEENTROU EM VIGOR NA DATA DA SUA PUBLICAÇÃO - ESTA SECRETARIARESOLVEU DESTACAR O QUE SE SEGUE.

A. O SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLEUTILIZADO NO ÂMBITO DE CADA ENTE DA FEDERAÇÃO, DORAVANTEDENOMINADO "SISTEMA", DEVERÁ PERMITIR A LIBERAÇÃO EM TEMPO REALDAS INFORMAÇÕES PORMENORIZADAS SOBRE A EXECUÇÃOORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA DAS UNIDADES GESTORAS, REFERENTES ÀRECEITA E À DESPESA, BEM COMO O REGISTRO CONTÁBIL TEMPESTIVO DOSATOS E FATOS QUE AFETAM OU POSSAM AFETAR O PATRIMÔNIO DAENTIDADE.

B. INTEGRARÃO O "SISTEMA" TODAS AS ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃODIRETA, AS AUTARQUIAS, AS FUNDAÇÕES, OS FUNDOS E AS EMPRESASESTATAIS DEPENDENTES, SEM PREJUÍZO DA AUTONOMIA DO ORDENADORDE DESPESA PARA A GESTÃO DOS CRÉDITOS E RECURSOS AUTORIZADOS NAFORMA DA LEGISLAÇÃO VIGENTE E EM CONFORMIDADE COM OS LIMITESDE EMPENHO E O CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO ESTABELECIDO.

C. FICA ENTENDIDO COMO "LIBERAÇÃO EM TEMPO REAL", ADISPONIBILIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES, EM MEIO ELETRÔNICO QUEPOSSIBILITE AMPLO ACESSO PÚBLICO, ATÉ O PRIMEIRO DIA ÚTILSUBSEQUENTE À DATA DO REGISTRO CONTÁBIL NO RESPECTIVO "SISTEMA",SEM PREJUÍZO DO DESEMPENHO E DA PRESERVAÇÃO DAS ROTINAS DESEGURANÇA OPERACIONAL NECESSÁRIOS AO SEU PLENO FUNCIONAMENTO.

D. SEM PREJUÍZO DOS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAISCONSTITUCIONALMENTE ESTABELECIDOS, O "SISTEMA" DEVERÁ GERAR,PARA DISPONIBILIZAÇÃO EM MEIO ELETRÔNICO QUE POSSIBILITE AMPLOACESSO PÚBLICO, PELO MENOS, AS SEGUINTES INFORMAÇÕES RELATIVASAOS ATOS PRATICADOS PELAS UNIDADES GESTORAS NO DECORRER DAEXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA:

1) QUANTO À DESPESA:

(A) O VALOR DO EMPENHO, LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO;

(B) O NÚMERO DO CORRESPONDENTE PROCESSO DA EXECUÇÃO, QUANDOFOR O CASO;

(C) A CLASSIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA, ESPECIFICANDO A UNIDADEORÇAMENTÁRIA, FUNÇÃO, SUBFUNÇÃO, NATUREZA DA DESPESA E A FONTEDOS RECURSOS QUE FINANCIARAM O GASTO;

(D) A PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA BENEFICIÁRIA DO PAGAMENTO,INCLUSIVE NOS DESEMBOLSOS DE OPERAÇÕES INDEPENDENTES DA

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EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA, EXCETO NO CASO DE FOLHA DE PAGAMENTODE PESSOAL E DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS;

(E) O PROCEDIMENTO LICITATÓRIO REALIZADO, BEM COMO À SUA DISPENSAOU INEXIGIBILIDADE, QUANDO FOR O CASO, COM O NÚMERO DOCORRESPONDENTE PROCESSO; E

(F) O BEM FORNECIDO OU SERVIÇO PRESTADO, QUANDO FOR O CASO.

2) QUANTO À RECEITA, OS VALORES DE TODAS AS RECEITAS DA UNIDADEGESTORA, COMPREENDENDO NO MÍNIMO SUA NATUREZA, RELATIVAS À:

(A) PREVISÃO;

(B) LANÇAMENTO, QUANDO FOR O CASO; E

(C) ARRECADAÇÃO, INCLUSIVE REFERENTE A RECURSOSEXTRAORDINÁRIOS. E. NO PRAZO DE CENTO E OITENTA DIAS A CONTAR DE27 DE MAIO DE 2010, OUVIDAS REPRESENTAÇÕES DOS ENTES DAFEDERAÇÃO, ATO DO MINISTÉRIO DA FAZENDA ESTABELECERÁ REQUISITOSTECNOLÓGICOS ADICIONAIS, INCLUSIVE RELATIVOS À SEGURANÇA DO"SISTEMA", E REQUISITOS CONTÁBEIS, CONSIDERANDO OS PRAZOS DEIMPLANTAÇÃO DO PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO(PCASP), APROVADOS PELA SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL.

3. DIANTE DO EXPOSTO ACIMA, ESTA SECRETARIA - NO CUMPRIMENTO DASSUAS ATRIBUIÇÕES REGIMENTAIS - RECOMENDA AOS ORDENADORES DEDESPESAS E AOS DEMAIS AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO DAS UNIDADESGESTORAS, O FIEL CUMPRIMENTO DAS NORMAS E PROCEDIMENTOS EMVIGOR, BEM COMO A FIEL OBSERVÂNCIA DAS ORIENTAÇÕES CONTIDAS NOSDOCUMENTOS DA REFERÊNCIA; E JULGA IMPRESCINDÍVEL DESTACAR O QUESE SEGUE.

A. QUANTO AO PREENCHIMENTO DA NOTA DE EMPENHO - NE:

1) O CAMPO "FAVORECIDO" TEM DE SER O VENCEDOR DO PROCESSOLICITATÓRIO REALIZADO;

2) O CAMPO "OBSERVAÇÃO" DEVERÁ CONTER TODAS AS INFORMAÇÕESNECESSÁRIAS PARA QUE HAJA A CONFERÊNCIA DA CORRETACONTABILIZAÇÃO, OU SEJA:

(A) Nº E DATA DA NC E ÓRGÃO GESTOR EMITENTE;

(B) Nº DO PROCESSO LICITATÓRIO REALIZADO;

(C) CONCESSÃO DE DIÁRIAS: BOLETIM INTERNO E DATA DA PUBLICAÇÃO,PERÍODO, Nº DE DIÁRIAS CONCEDIDAS, VALOR CONSIDERADO, TRECHO DAVIAGEM E ADICIONAL DE EMBARQUE E DESEMBARQUE, QUANDO HOUVER;

(D) SUPRIMENTO DE FUNDOS: AUTORIZAÇÃO/PROPOSTA DE CONCESSÃO,FINALIDADE, DATA DE CONCESSÃO, PERÍODO DE APLICAÇÃO E DATALIMITE PARA COMPROVAÇÃO;

(E) CONTRATAÇÕES DIVERSAS: Nº DO CONTRATO E DOS SEUS TERMOSADITIVOS, NÚMERO DO CONVÊNIO E SEUS TERMOS ADITIVOS; E

(F) DESCRIÇÃO SUCINTA DO MATERIAL/SERVIÇO /OBRA (A DESCRIÇÃODETALHADA DEVERÁ SER FEITA NOS CAMPOS ESPECÍFICOS, CONFORMEITEM 3) A SEGUIR.

3) NO CAMPO "DESCRIÇÃO" AS UG DEVEM CARACTERIZARADEQUADAMENTE/DETALHADAMENTE O BEM E/OU O SERVIÇO QUE ESTÁSENDO ADQUIRIDO, DE FORMA CLARA E COMPLETA, INDICANDO OS ITENSSEQUENCIALMENTE, O SUBITEM DA DESPESA, QUANTIDADE, VALORUNITÁRIO, VALOR TOTAL, OBJETO, MARCA; EVITANDO DESCRIÇÕESGENÉRICAS COMO: COMPRA DE MATERIAL DE CONSUMO, ASSINATURA DEPERIÓDICOS POR UM ANO, ETC; E

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4) NOS DADOS RELATIVOS AO CAMPO "CRONOGRAMA" É IMPORTANTE QUEA UG INDIQUE A DATA PROVÁVEL DO PAGAMENTO OU DISCRIMINE,MENSALMENTE, QUANDO FOR O CASO, AS PARCELAS A SEREM PAGAS,INDICANDO-SE PARA CADA CASO AS DATAS DOS PROVÁVEIS PAGAMENTOS.EVENTUAIS DIVERGÊNCIAS NÃO SIGNIFICAM NECESSARIAMENTEINCORREÇÕES, UMA VEZ QUE ESTAS INFORMAÇÕES DESTINAM-SE AALIMENTAR O FLUXO DE CAIXA DA UG, QUE É UMA FERRAMENTA DEPROGRAMAÇÃO FINANCEIRA (CONFLUXO). É IMPORTANTE INDICARTAMBÉM NO CRONOGRAMA AS PARCELAS QUE SERÃO PAGAS NO"EXERCÍCIO SEGUINTE" MEDIANTE RESTOS A PAGAR.

B. QUANTO AO PREENCHIMENTO DE NOTA DE LANÇAMENTO (NL) E DE NOTADE LANÇAMENTO DE SISTEMA (NS):1) O SISTEMA PERMITE O REGISTRO DA NL E DA NS COM DATA DECONTABILIZAÇÃO DIVERSA DO DIA DO LANÇAMENTO; NO ENTANTO, ADATA DE EMISSÃO DEVE SER COMPATÍVEL COM A EFETIVA OCORRÊNCIADOS FATOS QUE GERARAM SUA EMISSÃO. EIS ALGUNS CASOS ESPECIAIS:

(A) DOCUMENTO DE LIQUIDAÇÃO DA DESPESA DEVE TER DATA POSTERIOROU IGUAL A EMISSÃO DA FATURA/NOTA FISCAL;

(B) DOCUMENTO DE MOVIMENTAÇÃO DE BENS DEVE TER DATA DE EMISSÃOCOMPATÍVEL COM A EFETIVA TRANSFERÊNCIA DOS BENS OU ORECEBIMENTO;

(C) RECLASSIFICAÇÃO/BAIXA DE RESPONSABILIDADE DE SUPRIMENTO DEFUNDOS DEVE TER DATA DE EMISSÃO COMPATÍVEL COM O PERÍODO DECOMPROVAÇÃO; O PRAZO DE COMPROVAÇÃO DO SUPRIMENTO DE FUNDOSQUE DEVE SER CUMPRIDO PELO SUPRIDO, NÃO SE CONFUNDE COM O PRAZOA SER DADO AO RESPONSÁVEL PELO LANÇAMENTO NO SIAFI;

(D) NOS CASOS DE CONCESSÕES DE DIÁRIAS, SUPRIMENTO DE FUNDOS, EREGISTRO DE CONTRATOS, O CAMPO "OBSERVAÇÃO" DEVERÁ CONTER ASINFORMAÇÕES DESCRITAS NAS LETRAS "C", "D" E "E" DO ITEM 3.A. 2) ACIMA;

(E) NOS CASOS DE LIQUIDAÇÃO DE DESPESAS PARA PAGAMENTOS DIVERSOSDEVERÁ CONSTAR DO CAMPO "OBSERVAÇÃO": Nº DA NF/RECIBO/FATURA,MÊS DE COMPETÊNCIA, SÍNTESE DO PRODUTO/SERVIÇO, REDUÇÃO DE BASEDE CÁLCULO DE TRIBUTOS (FUNDAMENTOS), REGULARIDADE SOCIAL,REGULARIDADE FISCAL MUNICIPAL/ESTADUAL/FEDERAL, OPÇÃO PELOSIMPLES;

(F) O CAMPO "CLASSIFICAÇÃO 1" DEVERÁ SER PREENCHIDO COM ASCONTAS DE CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA, EM NÍVEL DE ESCRITURAÇÃO,ENVOLVIDAS NO PROCESSO DE CONTABILIZAÇÃO. PARA MAIORESDETALHES SOBRE A EXATIDÃO DAS CONTAS DE CLASSIFICAÇÃO, DEVERÁSER UTILIZADA A TRANSAÇÃO ">CONCONTA" DO SIAFI; E

(G) AS NS GERADAS POR OCASIÃO DA LIQUIDAÇÃO DA DESPESA, CUJOPAGAMENTO SE DÁ POR BOLETO BANCÁRIO, COM CÓDIGO DE BARRAS,EFETIVADOS POR ORDEM BANCÁRIA DE FATURA - OBD, NECESSARIAMENTESAIRÃO EM NOME DO BANCO DO BRASIL, ENTIDADE RESPONSÁVEL PARAEMISSÃO DO BOLETO E PELA TRANSFERÊNCIA DO RECURSO AO CREDOR.

C. QUANTO AO PREENCHIMENTO DA ORDEM BANCÁRIA (OB):

1) CONSIDERANDO QUE AS UG DO COMANDO DO EXÉRCITO UTILIZAM OSUBSISTEMA "CONTAS A PAGAR E A RECEBER - CPR", NA MODALIDADETOTAL, O PAGAMENTO OCORRERÁ PELA REALIZAÇÃO NA "CONFLUXO"(HABILITAÇÃO DO USUÁRIO) DO COMPROMISSO PENDENTE, GERADO NOMOMENTO DA INCLUSÃO DO DOCUMENTO DE ORIGEM (NOTAFISCAL/FATURA, RECIBO DE PAGAMENTO A AUTÔNOMO, FOLHA DEPAGAMENTO E OUTRAS), POR MEIO DA TRANSAÇÃO >ATUCPR;CONSEQUENTEMENTE, AS INFORMAÇÕES USADAS NA GERAÇÃO DA OB SÃO

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AS MESMAS UTILIZADAS NA EMISSÃO DA NOTA DE LANÇAMENTO DESISTEMA - NS.

2) O CPR VINCULA OS DOCUMENTOS CITADOS NO ITEM 1) ANTERIOR, LOGO,UMA VEZ TENDO SIDO REALIZADA A CONFERÊNCIA DA NS, AS INFORMASISCUSTOS ÇÕES DA CONTABILIZAÇÃO DA OB TAMBÉM ESTARÃOCONFERIDAS. NESTE CASO, ESTA SECRETARIA RECOMENDA ATENÇÃOESPECIAL QUANDO O FAVORECIDO DA OB FOR DIFERENTE DO FAVORECIDODA NE, CONFORME ORIENTAÇÕES CONTIDAS NA MENSAGEM SIAFI2010/0336391 - CCONT/STN, DE 24 DE MARÇO DE 2010.

4. ESTA SECRETARIA ASSEVERA QUE AS RECOMENDAÇÕES E ORIENTAÇÕESCONTIDAS NA PRESENTE MENSAGEM INTENSIFICAM O ZELO QUANTO AOCORRETO PREENCHIMENTO DOS DOCUMENTOS, ESTES, TORNADOSDISPONÍVEIS NO PORTAL DA TRANSPARÊNCIA, COM AMPLO ACESSOPÚBLICO.

BRASÍLIA - DF, 01 DE JUNHO DE 2010GEN DIV GERSON FORINI

RESP P/SUBSECRETÁRIO DE ECONOMIA E FINANÇAS

Notas: a) a Portaria nº 017-SEF, de 25 OUT 06 e a Portaria nº 022-SEF, de07 NOV 08 foram revogadas pela Portaria n° 011-SEF, de 28 JUL 11.

b) a Portaria Nº 009-SEF, de 13 DEZ 1999, foi revogada pelaPortaria nº 012-SEF, de 27 DEZ 12, que fpor sua vez foi revogada pelaPortaria nº 018-SEF, de 20 DEZ 13.

c) A MACROFUNÇÃO 02.03.03 - PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃOFINANCEIRA, DO MANUAL SIAFI, não possui mais os ITENS 3.3 -ORDENS BANCÁRIAS e 3.4 - CANCELAMENTO DE ORDEMBANCÁRIA. Tais itens podem ser consultados na MACROFUNÇÃO02.03.05 – CONTA ÚNICA DO TESOURO NACIONAL.

d) A transação CONFLUXO foi substituída pela transaçãoGERCOMP do SIAFI-Web.

e) A transação ATUCPR foi substituída pela transação INCDHdo SIAFI-Web.

É importante ressaltar que os documentos emitidos no SIAFI estão disponíveis no Portal daTransparência na internet (desde maio de 2010), explicitando todas as fases da realização da despesa(empenho, liquidação e pagamento), inclusive seus campos descritivos, que passaram a ser de domíniopúblico, permitindo ao cidadão conhecer em detalhes como o Governo Federal executa o seuorçamento.

Assim, recomenda-se a todos os operadores dos sistemas corporativos (SIAFI/SIASG etc) queintensifiquem o zelo quanto ao correto preenchimento dos documentos, principalmente nos camposdescritivos (observações), para que sejam evitados erros nas informações ali descritas. Nesse sentido,recomenda-se que sejam observados os seguintes tópicos:

1.1. Descrição do Bem/Serviço em NE

Além do publicado no título “LICITAÇÕES” sobre a importância da descrição debem/serviço, em particular, no processo licitatório, alerta-se para o publicado no B Info 09/2007, queorienta sobre a necessidade de se especificar com clareza e precisão os bens e/ou serviços contratados,não deixando as NE com descrição incompleta e/ou imprecisa do bem/serviço.

Ainda, observar que, no campo “observação” da NE, deve constar, além das informaçõesjá registradas, a expressão “documentação comprobatória de regularidade verificada” nos casos de si-

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tuação de não cadastramento do fornecedor no SICAF ou fornecedor com o seu cadastramentovencido.

BINFO 09/2007 – 5ª ICFEx3ª PARTE – Orientação Técnica

5. Orientações

b. Nota de Empenho – Descrição do Objeto – Recomendações

2. (…) esta ICFEx tem verificado grande incidência de emissão de Notas deEmpenho (NE) no SIAFI com descrição incompleta do bem/serviço contratado,não constando informações julgadas essenciais, comprometendo atransparência dos fatos administrativos registrados no citado Sistema.(…)4. Nessa senda, e a fim de salvaguardar a Administração de uma eventualinterpelação sobre o objeto contratado, esta ICFEx considera: a. a descrição dobem/serviço constante na NE não pode ser vacilante, suscitando dúvidas,quanto ao objeto contratado; e b. a descrição de material é mais pacífica emenos suscetível a equívocos, haja vista que a descrição do mesmo é trazida dopreviamente do catalogado no SIASG. Entretanto, as descrições do serviçodevem ser objeto de uma descrição mais cuidadosa, no sentido de não faltarinformações do tipo, quantidade de unidades/itens que foram objeto do serviço;em que material/local foi prestado o serviço; etc.5. A fim de melhor ilustrar o ora aqui narrado, vejamos os exemplos abaixo, osquais correspondem a descrições de serviços extraídas do SIAFI e com acorrespondente sugestão (exemplo) de uma melhor descrição:

1) 1º Exemplo Descrição do SIAFI: “Serviço de manutenção de impressoras” Descrição Sugestionada: “Sv de Mnt de duas impressoras à jato de tinta,marca HP, modelo 820 Cxi, consistindo em revisão geral e troca dodispositivo tal.........”;

2) 2º Exemplo Descrição do SIAFI: “Serviço de manutenção de veículos” Descrição Sugestionada: “Sv de Troca de pastilha e fluído de freio doveículo Fiat Uno Mille 1.0, ano 2000, placa XXX 9999”;Observação: em caso da UG ter outra(s) OM sem autonomia, mas vinculada(s)administrativamente, conveniente citar em qual OM foi aplicado o serviço e/ouonde se encontra o material/instalação. Portanto, o caso acima, ficaria maispreciso se a descrição fosse “Troca de pastilha e fluído de freio do veículoFiat Uno Mille 1.0, ano 2000, placa XXX 9999”, pertencente a OM/SU tal;

3) 3º Exemplo Descrição do SIAFI: “Serviço de dedetização” Descrição Sugestionada: “Sv de Dedetização, consistindo de (definirsucintamente processo/método e material e/ou outras informações), na área doSv Aprov da OM tal, perfazendo uma área total, aproximada, de “X” M2”;

4) 4º Exemplo

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Descrição do SIAFI : “Locação de ônibus” Descrição Sugestionada: “Sv de Locação de dois ônibus, tipo “leito ouexecutivo ou convencional”, capac XX lugares, no período de DD a DD deMM/AAAA, a fim de transportar Efetivo XX, entre as cidades de __/___( ida/volta), cfe OSv nº xx, etc , etc, etc” ;

5) 5º Exemplo Descrição do SIAFI: “Serviço de lixamento e sintecagem de piso” Descrição Sugestionada: “Lixamento e Aplicação de Sinteco, tipopoliuretano, 2 demãos, em, aproximadamente, “X” M2 correspondente asala e quartos do PNR “Y” , situado na rua X”.

6. Os exemplos acima, são meramente ilustrativos. A UG deverá analisar asituação fática, a fim de inserir outras informações julgadas pertinentes,visando definir com precisão o objeto (…). Para tanto, a UG poderá/deveráutilizar o campo “observação” constante do corpo da NE, apondo informaçõescomplementares, tais como a finalidade da aquisição.

7. Nos casos de serviços de manutenção de bens imóveis, é imperioso constarna NE, onde os serviços/materiais foram executados/aplicados, em virtudedestes tipos de contratações serem objetos de frequente análise, verificação e/ouauditoria dos órgãos de controle interno e externo. 8. As NE cujas descrições dobem/serviço suscitarem dúvidas, poderão ser objeto de diligência, visando a(s)retificação(ões) da(s) mesma(s).

1.2. Nota de Lançamento

A Norma Brasileira de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – NBC T 16.5, aprovadapela Resolução CFC n° 1.132, de 21 Nov 08 – trata sobre Registro Contábil e determina:

“2. Para efeito desta Norma, entende-se por:Documento de suporte: qualquer documento hábil, físico ou eletrônico que comprove atransação na entidade do setor público, utilizado para sustentação ou comprovação doregistro contábil.(...)13. São elementos essenciais do registro contábil:(a) a data da ocorrência da transação;(b) a conta debitada;(c) a conta creditada;(d) o histórico da transação de forma descritiva ou por meio do uso de código dehistórico padronizado, quando se tratar de escrituração eletrônica, baseado em tabelaauxiliar inclusa em plano de contas;(e) o valor da transação;(f) o número de controle para identificar os registros eletrônicos que integram ummesmo lançamento contábil.

14. O registro dos bens, direitos e obrigações deve possibilitar a indicação doselementos necessários à sua perfeita caracterização e identificação.” (grifo nosso)

O documento Nota de Lançamento (NL) é utilizado no SIAFI para realizar um registrocontábil. O Manual SIAFI regula a utilização da NL por intermédio da MACROFUNÇÃO 140436 –

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TRANSAÇÃO NL - NOTA DE LANÇAMENTO POR EVENTO e orienta como preencher osdiversos campos daquele documento Destaca-se:

“140436 - TRANSAÇÃO NL - NOTA DE LANÇAMENTO POR EVENTO

1 - FINALIDADE Permitir registrar apropriações de despesas e receitas, e outras situações nãovinculadas a documentos específicos.

3 - MODELO E INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO (…) (11) – OBSERVAÇÃO – informar o motivo pelo qual a NL está sendo emitida; campo alfanumérico, de até 234 posições. ”

Como se percebe, o campo “Observação” da NL tem que ser utilizado para colocar ohistórico do registro contábil , atendendo, dessa maneira, as características qualitativas da informaçãocontábil de relevância, representação fidedigna, compreensibilidade, tempestividade, comparabilidadee verificabilidade, previstas nas Normas Brasileiras de Contabilidade – NBC TSP EstruturaConceitual, de 23 de setembro de 2016. Para tanto esse campo deve conter o(s) documento(s)hábil(eis) que deu(ram) suporte ao registro e todos os fatos que permitam identificar os motivosdaquele registro contábil, a fim de possibilitar a transparência aos atos praticados.

Exemplos de campo observação que atendem a recomendação:- “Anulação parcial da 2012NL000252, de 2 ago 12, por a mesma ter sido emitida com o

valor incorreto, de acordo com Bol Adm n° 123, de 30 jul 12.”- “Descarga de uma mesa, ficha 0023, por ter sido considerada inservível, de acordo com o

publicado no BI n° 038, de 13 abr 12.”- “Inclusão em carga de três Barracas com característica XXXX, produzida nesta UG em

xx/xx/xxxx, conforme publicado no Bol Adm n° 10, de 04 ago 12.”- “Acerto Contábil do saldo da Conta XXXXXX, referente a XXXXX, a fim de regularizar a

equação XXXX, conforme o documento XXXX”

Exemplos de campo observação que não atendem a recomendação:

- “Regularização contábil”;

- “Estorno”;

-”Anulação”;

- “ Alteração de valores”.

- “Anulação conforme orientação da 5ª ICFEx”;

O preenchimento incorreto do campo “observação” nos documentos emitidos no SIAFI (web e operacional), são passíveis de registro de Ocorrência Contábil para a UG.

As recomendações/observações apontadas servem para qualquer lançamento contábil,como é o caso das liquidações de despesas de concessionárias de serviços públicos, em que serecomenda constar no campo observação das NS, as informações constantes das faturas - mês dereferência e data de emissão e vencimento74.

74 Conforme Msg 0923175-DGO, de 15 ago 08.

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2. Contas Contábeis

Visando manter a consistência das informações contábeis, orienta-se a proceder, de formatempestiva, à análise e a regularização das contas da UG, a fim de se evitar registro de“ocorrências” (antiga “restrição”) na Conformidade Contábil, registrada pela ICFEx.

3. Análises e verificações diárias no SIAFI

Acessar diariamente no SIAFI WEB a transação “CONDESAUD”.

- Unidade Gestora: 160XXX / 167XXX; e - Mês para Consulta: selecionar mês.

Analisar as equações descritas, identificando e regularizando as impropriedades, de acordocom os manuais SIAFI 021003 – Manual de Análise dos Demonstrativos e Auditores Contábeis e021006 – Manual de Regularizações Contábeis, disponíveis emhttp://manualsiafi.tesouro.fazenda.gov.br/.

4. Inconsistências que geram registro de Ocorrência Contábil

A transação CONAUD (Consultar Equação de Auditor) do SIAFIWEB apresenta o ROL detodas as equações existentes, bem como informações referentes ao prazo de regularização de cadauma.

4.1. Conta "OUTROS"

Verificado no SIAFI WEB, pela transação "CONDESAUD". As ocorrências mais comunsdestas inconsistências são as seguintes: - saldo na conta 2.1.8.8.1.01.99 - Outros Consignatários;

- liquidação de despesas no subitem "99";- contas de Variação Patrimonial Diminutiva – VPD, representativas de “outros” -

33XXX99YY. 4.2. Saldo invertido em contas do balancete

Para verificar saldo invertido, acessar a transação "BALANCETE" e preencher os camposconforme abaixo:

- UNIDADE GESTORA: 160XXX ou 167XXX;- GESTAO: 00001- TOTAIS POR CLASSE: N

- MES: (informar mês a ser analisado)- CONTA CONTABIL: 100000000- NIVEL DE DESDOBRAMENTO: 7- ESCRITURACAO: S- CONTA CORRENTE: (não preencher)- AMPLITUDE: 4- DEMONSTRACAO:

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( 2 ) 1.POR CONTA CONTABIL 2. POR CONTA CORRENTE( 1 ) 1.ATE O MES 2. NO MES( 2 ) 1.SALDO E MOVIMENTO 2. SOMENTE SALDOS- MOSTRAR SALDOS( 2 ) 1.DIFERENTE DE ZERO 2. SOMENTE OS INVERTIDOS 3.TODOS

Obs.: teclando "enter" aparecerão todas as contas com saldos invertidos.

4.3. As equações da transação "CONDESAUD" que apresentarem código na coluna "REST"

O registro da conformidade contábil será, obrigatoriamente, “Com Ocorrência”, do tipo“ressalva”. As demais equações, que não apresentam código na coluna "REST", deverão ser analisadasconforme o prazo de permanência de saldo na conta.

4.4. Depreciação de bens móveis

Serão considerados:- os valores mensais registrados no SIAFI, compatíveis com Relatório de Apropriação da

Depreciação de Imobilizado (Bens Móveis);- a evolução da depreciação ao longo do exercício, isto é, os valores devem ser constantes,

exceto se houver inclusão de material em carga no mês anterior ou baixa/transferência de bens no mêscorrente;

- a correta contabilização da baixa da depreciação; e- a compatibilização entre os valores do Relatório Sintético de Depreciação Acumulada e o

saldo da respectiva conta-corrente da conta contábil 12381.01.00 – Depreciação Acumulada – BensMóveis do SIAFI.

4.5. Unificação patrimonial

A unificação patrimonial é a transferência de patrimônio adquirido na UG Secundária(167XXX) para a UG Primária (160XXX) e deve ser realizada até o último dia do mês. Aconselha-seque se faça concomitante com a liquidação. Devem ser unificados os saldos relativos a bens móveis,imóveis e intangíveis.

4.6. Pagamento de despesa cujo beneficiário da Ordem Bancária seja diferente do favorecidoda Nota de Empenho

Sobre o assunto, o item 2.6.5.9, do Manual do SIAFI 021213 – ROTINA PARA EMISSÃODE NOTA DE EMPENHO apresenta o seguinte texto:

O SIAFI permite fazer o pagamento para credor da OB diferente do credor favorecidoda NE. No momento da confirmação do documento de liquidação é apresentada amensagem de alerta para o gestor continuar ou não com a geração do documento.Portanto, existindo saldo nas contas contábeis envolvidas nos roteiros dos eventosindicados na situação de liquidação o documento será gerado. O sistema não podeobrigar que os credores da NE e OB seja os mesmos devido a várias rotinas daAdministração Pública, que por suas peculiaridades precisam deste tipo de tratamento.O documento de liquidação emitido fica com uma indicação em relação à divergênciado credor. Isso pode ser identificado no relatório de conformidade de registro degestão.

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Por se tratar de ato discricionário, o gestor deve justificar o porquê do credor na notade empenho ser diferente da ordem bancária.

Quando houver pagamento de despesa com OB diferente do favorecido do empenho, o motivodeve ser detalhado no campo “OBSERVAÇÃO” da OB. Caso não haja justificativa, as contas da UGestão sujeitas ao registro da conformidade contábil “Com Ocorrência”.

4.7. Inconsistência/divergência dos dados lançados no Módulo CUSTOS do SIGA , bem como

ausência de informação mensal no Relatório de Análise de OM

4.8. Ausência de Conformidade dos Registro de Gestão ou registro "com restrição"

4.9. D emais equações da CONDESAUD , que também deverão ser objeto de análise eregularização, observando os prazos fixados para cada equação

4.10. Demais desequilíbrios, não se limitando apenas aos mencionados acima

4.11. Compatibilização entre o RMA e RMB do SISCOFIS com as respectivas contas doSIAFI

As UG que porventura não atenderem às solicitações e orientações da ICFEx, D Cont ouCCONT estarão sujeitas as seguintes restrições contábeis:

- Restrição 316:- Título: Falta/Atraso Cumprimento de Diligências;- Grupo: 199 – Alerta – Outros; e- Descrição: pendência – indica a existência de pendências apontadas em relatórios de

auditoria e do TCU, ainda não atendidas, bem como pendências de respostas a diligências da Setorialde Contabilidade.

- Restrição 318:- Título: Não Atend. Orientação Órgão Cont Set/Central- Grupo: 199 – Alerta – Outros; e- Descrição: pendência – as restrições registradas neste código referem-se ao não atendimento

de mensagens enviadas pela CCONT/STN, pela setorial/seccional de contabilidade, as quaisconstavam orientações/procedimentos específicos p/ regularização, bem como ao não atendimento deofícios, documentos e solicitações similares.

5. Regularização das contas contábeis

Procedimentos de regularização, incluindo eventos e prazo, a fim de evitar restrições naconformidade contábil da UG e do BGU podem ser verificados nas MACROFUNÇÕES contidas noManual SIAFI, disponível no site "http://manualsiafi.tesouro.fazenda.gov.br".

Destacam-se os seguintes tópicos: Macrofunção 020314 - Conformidade de Registro deGestão; Macrofunção 020315 - Conformidade Contábil; Macrofunção 021003 - Manual de Análise

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dos Demonstrativos e Auditores Contábeis e Macrofunção 021006 - Manual de RegularizaçõesContábeis.

6. Procedimentos Contábeis para o fechamento do mês :

Com a finalidade de orientar as UG vinculadas a esta Inspetoria, foram elaboradas as seguintesrecomendações quanto às análises contábeis a serem realizadas pelas UG, em especial para oencerramento contábil do mês:

a. consultar o calendário de fechamento do mês, por meio da transação “>CONFECMES”, doSIAFI;

b. analisar as contas contábeis e providenciar as regularizações no máximo até o último dia útildo mês.

Embora os procedimentos no final do mês sejam rotineiros, verifica-se que algumas UG nãovêm atentando para as regularizações pertinentes, mesmo sendo mensalmente alertadas por meio demensagem circular, principalmente nos seguintes aspectos:

1) falta de unificação patrimonial;2) não regularização da conta contábil 218810199 – Outros Consignatários;3) contabilização das contas contábeis 218914500 – Recursos da GRU e 218913601 –

GRU – Valores em Trânsito para Estorno Despesa sem a devida emissão da GRU no mesmo mês; aregra geral é proceder à regularização do registro dentro do mês; os documentos lançados no mêssubsequente, mas registrados a partir do dia 25 do mês aberto, poderão ser regularizados dentro dopróximo mês; esta regra só não vale para o mês de dezembro;

4) não regularização da conta contábil 218913603 – OB Canceladas;5) falta de contabilização da depreciação no SIAFI;6) emissão da “PA / NS” de depreciação no mês subsequente ao da referência, com data de

emissão e de valorização diferente do último dia útil do mês de referência;7) não contabilização da baixa de depreciação; e8) não preenchimento do Relatório de Análise de OM (RAOM), do SISCUSTOS.

Com a finalidade de contribuir para uma melhor gestão administrativa/contábil das UGvinculadas, evitando com isso inconsistências contábeis nos demostrativos financeiros da UG, o queocasiona registro da conformidade contábil "Com Ocorrência" (restrição contábil nas contas da UG),sugere-se que as UG observem o seguinte:

1) o Encarregado do Setor Financeiro deve providenciar para que, quando for executado oregistro contábil da liquidação de material na UG Secundária (167XXX), seja realizadoconcomitantemente o registro contábil da unificação patrimonial, estando atento para que asunificações referentes ao mês sejam contabilizadas com a data do último dia útil do mês;

2) o Encarregado do Setor de Pessoal deve enviar imediatamente para o Setor Financeiroda UG o relatório PPP 760X (descontos em favor da UA), assim que o CPEx disponibilizar o referidorelatório, atentando para que este envio ocorra antes do último dia útil do mês;

3) o Encarregado do Setor Financeiro, de posse do relatório acima citado, deveimediatamente realizar a regularização da conta contábil 218810199 – Outros Consignatários,atentando para que esta regularização seja contabilizada com a data do último dia útil do mês;

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4) caso o relatório PPP 760X não seja enviado ao setor financeiro até o último dia útil,deverá ser providenciada a transferência do saldo da conta contábil 218810199– OutrosConsignatários, com data de contabilização até o último dia útil do mês, para conta contábil218810409 – Depósitos de Terceiros;

5) caso ocorra o acima citado, deverão ser apurados os motivos de não ter sido enviado orelatório PPP 760X ao setor financeiro, antes do último dia útil do mês;

6) diariamente o Encarregado do Setor Financeiro deverá consultar as contas contábeis218914500 – Recursos da GRU e 218913601 – GRU – Valores em Transito para Estorno Despesa.Caso tenha saldo, emitir imediatamente o Documento Hábil de regularização tipo “DD”(INCLUIR),caso se refira a despesa do exercício ou retificar a GRU no SISGRU quando a despesa for de outroexercício, para a devida regularização do saldo da conta em questão, lembrando que essa contacontábil não pode ter saldo no final do mês;

7) diariamente o Encarregado do Setor Financeiro deverá consultar a conta contábil218913603 – OB Canceladas. Caso tenha saldo, regularizar imediatamente, por meio de DocumentoHábil do tipo "DB - DEVOLUÇÃO DE OB CANCELADA", atentando para qual o tipo se situaçãoutilizar, conforme cada caso, lembrando que essa conta contábil também não pode ter saldo no finaldo mês. Importante ressaltar que a rotina de regularização de OB CANCELADA quando o valor nãoé devido foi alterada, conforme orientações contidas nas Mensagens SIAFI 2018/0210388, de 2 FEV18 (MSG 107 - S Cont) e 20180295701, de 20 FEV 18 (MSG 184 – S Cont);

8) o Fiscal Administrativo deve providenciar para que seja gerado no SISCOFIS o relatóriode depreciação de bens, no primeiro dia do mês subsequente ao mês que se refere a depreciação.Baseado neste relatório, realizar o registro contábil da depreciação daquele mês, assim como asbaixas de depreciação que constarem do relatório, com data de contabilização do último dia útil domês. Caso a UG encontre algum problema que impossibilite a geração do relatório de depreciação debens, deverá fazer o registro da depreciação no SIAFI com base no relatório do mês anterior eposteriormente fazer o ajuste necessário. A falta do registro da depreciação no SIAFI é motivo para oregistro de “Ocorrência Contábil” para a UG;

9) o Fiscal Administrativo, que é o gerente de CUSTOS da OM, deve providenciar que osdados Módulo de Custos do SIGA sejam atualizados mensalmente; e

10) o Fiscal Administrativo deve consultar o RAOM entre os dia 15 e 18 de cada mês eprovidenciar para que sejam regularizadas todas as considerações feitas no campo "Observações feitaspela ICFEx", informando os procedimentos adotados no campo "Providências Tomadas pela OM",até o dia 28 de cada mês. Caso não haja alteração, preencher este campo com a expressão "Semalteração".

Por fim, relembra-se mais uma vez que o não cumprimento das orientações gera, para a UG,registro da conformidade contábil "Com Ocorrência", código "318-Não Atend. Orientação ÓrgãoCont Set/Central".

7. Pagamentos a Empresas com Situação Fiscal Irregular

Consultar o Of n° 090 - SATT, de 29 Set 08, em particular os itens 29 e 30 do citadodocumento, que foi publicado no Anexo “B” do B Info 10/2008.

Cabe também observar o previsto na IN nº 04-MPOG, de 15 OUT 13.

8. Receitas Creditadas na Fonte 33

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As receitas oriundas da Fonte 33 (ressarcimento de despesas) das UG devem ser transferidas,imediatamente e em sua totalidade (100%), para a UG 167086, por meio de “PF”, situação“TRF005”. Exemplos de receita da fonte 33: indenização de telefonemas particulares.

9. Receitas Provenientes de PNR

Todas as receitas provenientes de PNR, subtraídos os percentuais a serem repassados asassociações condominiais, deverão ser recolhidas ao Fundo do Exército, ou seja, os recursosfinanceiros da fonte de recursos 0250270010 só poderão ser empregados para pagamento deempenhos liquidados e devolução indenizatória com financeiros recebidos como sub-repassesconcedidos pelo Fundo do Exército.

Os procedimentos acima aplicam-se para todas as receitas arrecadadas e que, também, os sub-repasses recebidos e não empregados, no período de cinco dias, deverão ser devolvidos ao Fundo doExército, por meio de PF devolução, situação “TRF005”.

10. Detalhamento de Crédito

A UG deve solicitar ao Fundo do Exército (UG 167086), por meio de Msg SIAFI, qualquertransposição e/ou modificação de NC recebida, sendo incumbência da ICFEx conferir as ND emitidaspelas UG e diligenciar, se for o caso.

11. Receitas Arrecadadas - Recolhimento

Observar que sejam recolhidas aos cofres da União as receitas arrecadadas nas OM, emcumprimento ao art. 56 da Lei nº 4.320/64.75

12. Retenção na fonte da contribuição ao INSS - Execução de Serviço

Não é incomum haver questionamento das UG sobre retenção (INSS) diante de Nota Fiscal deServiços. Assim, pertinente transcrever trecho do documento76 da SEF sobre o assunto:

4.13 APURAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DA RETENÇÃO

Em regra, a base de cálculo da retenção é o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo deprestação de serviço emitido pela empresa contratada. Todavia, quando a empresa prestadora deserviços fornecer materiais e/ou equipamentos para a execução do serviço, esta base de cálculopoderá ser reduzida, conforme os itens a seguir:

4.13.1 VALORES DE MATERIAIS OU DE EQUIPAMENTOS DISCRIMINADOS NO CONTRATO E EM NF

Os valores de materiais ou de equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os equipamentosmanuais, fornecidos pela contratada, discriminados no contrato e na nota fiscal, na fatura ou norecibo de prestação de serviços, não integram a base de cálculo da retenção, desde quecomprovados.

75 Consultar Msg 0775561-SEF, de 09 jul 09.76 ESTUDO TÉCNICO-NORMATIVO 001 – RETENÇÃO DE TRIBUTOS NA FONTE POR UNIDADESGESTORAS DO COMANDO DO EXÉRCITO – AGOSTO/2009 (ATUALIZAÇÃO JUL/2014) disponível emhttp://10.67.106.73/sef/assessoria2/Leis/Estudo_001_A2_SEF_Ret_Trib_UG.pdf

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O valor do material fornecido ao contratante ou o de locação de equipamento de terceiros,utilizado na execução do serviço, não poderá ser superior ao valor de aquisição ou delocação para fins de apuração da base de cálculo da retenção.

Considera-se discriminação no contrato os valores nele consignados, relativos ao materialou equipamentos, ou os previstos em planilha à parte, desde que esta seja parte integrantedo contrato mediante cláusula nele expressa.

4.13.2 VALORES DE MATERIAIS OU DE EQUIPAMENTOS PREVISTOS EM CONTRATOE COM DISCRIMINAÇÃO EM NF

Os valores de materiais ou de equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os equipamentos manuais, cujo fornecimento esteja previsto em contrato, sem a respectiva discriminação de valores, desde que discriminados na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não integram a base de cálculo da retenção, devendo o valor desta(*) corresponder no mínimo a:

Os valores de materiais ou de equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os equipamentosmanuais, cujo fornecimento esteja previsto em contrato, sem a respectiva discriminação de valores,desde que discriminados na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, nãointegram a base de cálculo da retenção, devendo o valor desta corresponder no mínimo a:

a) 50% (cinquenta por cento) do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação deserviços;

b) 30% (trinta por cento) do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação deserviços para os serviços de transporte passageiros, cujas despesas de combustível e de manutençãodos veículos corram por conta da contratada;

c) 65% (sessenta e cinco por cento) quando se referir à limpeza hospitalar e oitenta por centoquando se referir aos demais tipos de limpezas, do valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo deprestação de serviços. (*) O GRIFO É NOSSO(*) O termo “desta” refere-se a “base de cálculo”

4.13.3 UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO INERENTE À EXECUÇÃO DOS SV COMDISCRIMINAÇÃO EM NF

Se a utilização de equipamento for inerente à execução dos serviços contratados, desde que haja adiscriminação de valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, e alémdisso, não haja discriminação de valores em contrato, independentemente da previsão contratual dofornecimento de equipamento, a base de cálculo da retenção corresponderá, no mínimo, para aprestação de serviços em geral, a 50% (cinquenta por cento) do valor bruto da nota fiscal, dafatura ou do recibo de prestação de serviços. No caso da prestação de serviços na área daconstrução civil, a base de cálculo da retenção corresponderá aos percentuais abaixo relacionados:

a) 10% (dez por cento) para pavimentação asfáltica;

b) 15% (quinze por cento) para terraplenagem, aterro sanitário e dragagem;

c) 45% (quarenta e cinco por cento) para obras de arte (pontes ou viadutos);

d) 50% (cinquenta por cento) para drenagem; e

e) 35% (trinta e cinco por cento) para os demais serviços realizados com a utilização deequipamentos, exceto os manuais.

Quando na mesma nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços constar a execução demais de um dos serviços cujos valores não constem individualmente discriminados na nota fiscal,na fatura, ou no recibo, deverá ser aplicado o percentual correspondente a cada tipo de serviço,

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conforme disposto em contrato, ou o percentual maior, se o contrato não permitir identificar o valorde cada serviço.

O valor do material fornecido ao contratante ou o de locação de equipamento de terceiros, utilizadona execução do serviço, não poderá ser superior ao valor de aquisição ou de locação para fins deapuração da base de cálculo da retenção.

4.13.4 UTILIZAÇÃO DE MATERIAL OU EQUIPAMENTO NÃO INERENTE À EXECUÇÃO DO SERVIÇO

Não existindo previsão contratual de fornecimento de material ou utilização de equipamento e o usodeste equipamento não for inerente ao serviço, mesmo havendo discriminação de valores na notafiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, a base de cálculo da retenção será o valorbruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, exceto no caso do serviço detransporte de passageiros, para o qual a base de cálculo da retenção corresponderá, no mínimo, àprevista no inciso II do art. 150 da IN MPS/SRP no 03/2005.

Na falta de discriminação de valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação deserviços, a base de cálculo da retenção será o seu valor bruto, ainda que exista previsão contratualpara o fornecimento de material ou utilização de equipamento, com ou sem discriminação devalores em contrato.

13. R etenção de tributos e contribuições relativos aos pagamentos pelo fornecimento de bens,prestação de serviços e obras, nas contratações de pessoas físicas, jurídicas, e microempresas ouempresas de pequeno porte optantes pelo SIMPLES Nacional

Consultar na página da intranet da SEF, Assessorias e Seções, Técnico Normativa (A2),retenções de tributos na fonte por UG, ESTUDO TÉCNICO-NORMATIVO 001 - RETENÇÃO DETRIBUTOS NA FONTE POR UNIDADES GESTORAS DO COMANDO DO EXÉRCITO,atualizada em JUL/2014, disponível em: http://10.67.106.73/sef/assessoria2/Leis/Estudo_001_A2_SEF_Ret_Trib_UG.pdf

Essa última atualização complementa e altera alguns itens da matéria publicada no B Info 08-2009, que trata do Estudo Técnico Normativo nº 001 - Responsabilidade Tributária: um estudo sobrea retenção tributária na fonte por Unidades Gestoras (UG).

14. Liquidação/Pagamento: Matriz x Filial – Carta de Preposição

Sobre o assunto segue parecer desta ICFEx constante na Memória nº 01 – S Cont, de 05Jun17,ratificada pela SEF por meio do DIEx nº 336-Asse2/SSEF/SEF, de 29Ago17:

“5. PARECER DA SEÇÃO DE CONTABILIDADE

a. Conforme analisado, entendemos que matriz e filial pertencem a uma mesma pessoa jurídica,aceitando-se a possibilidade da empresa matriz emitir o empenho e a filial emitir a nota fiscal, ou vicee versa.

b. Entendemos que a carta de preposição serve para a empresa que participou do certame autorizarsua filial, ou vice e versa, a emitir nota fiscal e realizar a liquidação do serviço. No entanto,entendemos que o pagamento deve ser realizado para quem emitiu a nota fiscal, devido aretenção dos impostos.

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c. Todavia, se a matriz participar do processo licitatório, e a filial emitir nota fiscal, os documentosque comprovem regularidade fiscal da empresa podem ser solicitados também da empresa filial, tendoem vista que a regularidade é verificada apenas de quem participou do certame.

d. Os entendimentos da letra “a”, “b” e “c”, mencionados acima, serão aplicados se for constatadoque não haverá nenhum prejuízo para a administração pública.”

Cabe destacar ainda o constante no DIEx nº 390-Asse2/SSEF/SEF, de 05Out17 constante na áreada Assessoria 2 da intranet daquela Secretaria, que trata sobre situação relacionada ao tema,destacando o seguinte trecho do referido documento:

“a. é possível a entrega de material por empresa filial diferente daquela vencedora do item dalicitação, ou seja, os CNPJ constantes no contrato (Nota de Empenho) e o da Nota Fiscal poderão serdiferentes. No entanto, a Unidade Gestora (UG) deverá exigir, para efetuar a liquidação e opagamento, uma “Carta de Preposição”, onde a matriz nomeará a filial como sua preposta nacitada operação (entrega do bem). Neste caso, é importante destacar que a liquidação e opagamento devem ser realizados no mesmo CNPJ da nota fiscal recebida; (grifo nosso)

(...)c. por fim, ressalta-se que o OD deverá justificar seu ato no relatório de prestação de contas

mensal e encaminhar todos os documentos comprobatórios à Seção de Conformidade dosRegistros de Gestão.” (grifo nosso)

Dessa maneira, retifica-se o entendimento desta ICFEx em versões anteriores desta NotaInformativa, chegando-se ao entendimento de que a carta de preposição poderá ser usada tanto para aliquidação como para o pagamento de Nota Fiscal de filial em relação a empenho emitido para aMatriz, desde que sejam observadas todas as orientações transcritas acima.

15. Imprensa Nacional – Pagamento

Transcrição de trecho do MANUAL DE ORIENTAÇÕES AOS AGENTES DAADMINISTRAÇÃO – DGO – 2017:

“Capítulo VI – DESPESAS EVENTUAIS DE FUNCIONAMENTO(…)

“As despesas com assinatura do Diário Oficial bem como as publicações na imprensa oficial sãoatendidas pela DGO, mediante solicitação da UG, por estarem enquadradas na Modalidade deAplicação – Operação Intra-SIAFI (91).”

(...)

A solicitação do crédito junto a DGO deve ser efetuada por meio de Mensagem SIAFI,conforme modelo disponibilizado no mesmo manual. Outros créditos para custear publicações relacionadas a processos licitatórios/contratos, que nãorelacionados aos programas relacionados à DGO, são de responsabilidade dos órgãos responsáveispelo programa finalístico em questão.

Exemplos: 1) a despesa com a Imprensa Nacional relativa a obra deverá ser paga pelo ProgramaFinalístico a que ela estiver relacionada. 2) a despesa com a publicação de um edital de licitação para a

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5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 03/2018 ...................... fl 191

aquisição de gêneros do QS e/ou QR (Classe I) deve ser paga com os recursos da Diretoria deAbastecimento/COLOG, órgão que provisionou a OM.

Sendo assim, as solicitações para publicações referentes a despesas com créditos recebidosde outros Órgãos deverão ser encaminhadas aos respectivos Órgãos. (Orientações aos Agentesda Administração – DGO – 2017)

Exemplos: 1) a despesa com a Imprensa Nacional relativa a obra deverá ser paga peloPrograma Finalístico a que ela estiver relacionada. 2) a despesa com a publicação de um edital delicitação para a aquisição de gêneros do QS e/ou QR (Classe I) deve ser paga com os recursos daDiretoria de Abastecimento/COLOG, órgão que provisionou a OM. (Orientações aos Agentes daAdministração – DGO - 2013)

16. Entesouramento de Recursos

Caracteriza-se o entesouramento quando a UG excede o prazo limite estabelecido parapermanência de saldo na conta 111122001 – LIMITE DE SAQUE COM VINCULACAO DEPAGAMENTO. Sobre o assunto, a D Cont pronunciou-se por intermédio da mensagem2012/1445097, de 8 OUT 12, abaixo transcrita:

DO: DIRETOR DE CONTABILIDADEAO SR ORDENADOR DE DESPESAS

1. TRATA O PRESENTE DE RECOLHIMENTO DE SALDOS NA CONTALIMITE DE SAQUE COM VINCULAÇÃO DE PAGAMENTO.

2. ESTA DIRETORIA TEM OBSERVADO QUE ALGUMAS UG PERMANECEMCOM SALDO NA CONTA LIMITE DE SAQUE SUPERIOR A 2 DIAS ÚTEIS,PRÁTICA QUE REDUZ O REPASSE DO MINISTÉRIO DA DEFESA AOCOMANDO DO EXÉRCITO.

3. COM O INTUITO DE PADRONIZAR OS PROCEDIMENTOS DERECOLHIMENTO DE SALDOS, ESTA DIRETORIA ORIENTA O SEGUINTE:

A) SALDO NÃO UTILIZADO NO PRAZO DE 2 DIAS ÚTEIS:- A UG DEVERÁ INFORMAR À ICFEX DE VINCULAÇÃO O NOVO

PRAZO NECESSÁRIO PARA A LIQUIDAÇÃO DO PAGAMENTO DAOBRIGAÇÃO.

- SE NÃO FOR UTILIZAR O RECURSO, A UG DEVERÁ SOLICITARAUTORIZAÇÃO PARA RECOLHIMENTO DE SALDO À DCONT VIA MSGSIAFI.

- A ICFEX DEVERÁ DILIGENCIAR AS UG A FIM DE VERIFICAR OCUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES ACIMA.

B) SALDO QUE SERÁ UTILIZADO NO PAGAMENTO DE OUTRADESPESA NO MESMO PLANO INTERNO A SER LIQUIDADO NO PRAZO DE3 DIAS ÚTEIS.

- CASO O VALOR TOTAL A LIQUIDAR SEJA MAIOR DO QUE OSALDO EXISTENTE, A UG DEVERÁ AGUARDAR A PRÓXIMA LIBERAÇÃODE FINANCEIRO, CONTENDO A DIFERENÇA PARA EFETUAR OPAGAMENTO.

- A UG DEVERÁ INFORMAR À ICFEX A RESPEITO DASLIQUIDAÇÕES QUE SERÃO PAGAS COM O SALDO REMANESCENTE.

C) SALDO EXISTENTE NO ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO:

O crédito para custear publicações relacionadas a processos licitatórios/contratos é de responsabilidade do órgão que provisionou a OM.

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- CASO O SALDO SEJA ORIUNDO DE SUB-REPASSE DA DCONT ENÃO HAJA COMPROMISSO PENDENTES, A UG DEVERÁ SOLICITARAUTORIZAÇÃO PRÉVIA PARA QUE O MESMO SEJA RECOLHIDO ATÉ OÚLTIMO DIA ÚTIL DO MÊS DE DEZEMBRO.

D) SALDO NAS FONTES 0190080000 E 0190000000, VINCULAÇÃO 987,988 E 990, OU FONTE/VINCULAÇÃO 01770000000/500 ORIUNDO DEDESPESAS NÃO OCORRIDAS (DEVOLUÇÃO DE DIÁRIAS DE SUPRIMENTODE FUNDOS, OBRIGAÇÃO COM O FORNECEDOR, DE PAGAMENTOPESSOAL EFETUADO A MAIOR), ORDENS BANCÁRIAS CANCELADAS:

- SE O SALDO FOR PROVENIENTE DA DEVOLUÇÃO DE DESPESASRELATIVAS AOS RECURSOS DA GESTÃO DCONT, A UG DEVERÁRECLASSIFICÁ-LO NA MESMA FONTE/ VINCULAÇÃO DA PF QUEORIGINOU O RECURSO, ANTES DE SOLICITAR AUTORIZAÇÃO PARARECOLHIMENTO DO MESMO.

- APÓS A RECLASSIFICAÇÃO E A CONSEQUENTE AUTORIZAÇÃOPARA DEVOLUÇÃO DE SALDO, O RECOLHIMENTO DEVERÁ OCORRERNO PRAZO DE 2 DIAS ÚTEIS.

- A ICFEX DEVERÁ DILIGENCIAR AS UG A FIM DE VERIFICAR OCUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES ACIMA.

4. QUANTO A NECESSIDADE DE RECOLHIMENTO DE SALDOS,ADOTAR OS SEGUINTES PROCEDIMENTOS:

A) A UG DEVERÁ SOLICITAR AUTORIZAÇÃO, VIA MSG SIAFI, COM ASSEGUINTES INFORMAÇÕES: O NR DO DOCUMENTO CONTÁBIL QUECANCELOU A LIQUIDAÇÃO DA DESPESA, A JUSTIFICATIVA DOCANCELAMENTO (DEVOLUÇÃO DE SUPRIMENTO DE FUNDOS,ANULAÇÃO DE OBRIGAÇÕES COM FORNECEDOR, DEVOLUÇÃO DEDIÁRIAS OU TRANSFÊRENCIA DE MILITAR, ETC), O VALOR A SERRECOLHIDO E, PRINCINPALMENTE, O NR DA PF DA DCONT QUEORIGINOU O RECURSO.

B) APÓS O ENVIO DA MSG, A UG DEVERÁ AGUARDAR A RESPOSTADA DCONT PARA, SE FOR O CASO, REALIZAR A DEVOLUÇÃO.

5. OS SALDOS RECOLHIDOS PELAS UG, SEM A DEVIDA AUTORIZAÇÃO,SERÃO DEVOLVIDOS POR ESTA DIRETORIA PARA QUE SEJAMEFETUADOS DE ACORDO COM AS ROTINAS CONTIDAS NESTA MSG. 6. EM CONSEQUÊNCIA, TORNO SEM EFEITO AS MSG SIAFI 2009/0647091,DE 08JUN09, E 2012/0631945, DE 09MAI12, AMBAS DESTA DIRETORIA.

BRASÍLIA, DF 08 OUTUBRO DE 2012.

GEN BDA OSCAR HENRIQUE GRAULT VIANNA DE LIMA DIRETOR DE CONTABILIDADE.

17. Depreciação de Bens

A contabilização da depreciação de bens foi implantada no Comando do Exército em novembro de2010. Os procedimentos para realizar a depreciação constam da Cartilha de Depreciação, disponívelno endereço http://intranet.dcont.eb.mil.br/ e na palestra da Semana de Atualização Administrativa2017, disponível em http://www.5icfex.eb.mil.br/index.php/satt-temas-importantes-menu

A depreciação deve ser executada no SISCOFIS, no primeiro dia útil do mês subsequente, elançada no SIAFI, com data do último dia útil do mês a que se refere. Neste caso, deve ser informadano campo “DATA DE EMISSÃO”, “VALORIZAÇÃO” e “DATA DO REGISTRO” dodocumento hábil “PA” o último dia útil do mês anterior.

17.1. Obrigatoriedade d o Registro Depreciação, Amortização e Exaustão

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(Transcrição Msg 0308523-CCont/STN, de 17 mar 10)PREZADOS SENHORES,

COM REFERENCIA A OBRIGATORIEDADE DO REGISTRO DA DEPRECIACAO,AMORTIZACAO E EXAUSTAO ESCLARECEMOS O SEGUINTE;

1. A NBCASP 16.9 APROVADA PELA RESOLUCAO 1.136/2008 ESTABELECEUCRITERIOS E PROCEDIMENTOS PARA O REGISTRO CONTABIL DADEPRECIACAO, DA AMORTIZACAO E DA EXAUSTAO.

2. O REGISTRO DESSES FATOS BUSCA O RESGATE DA CONTABILIDADEPATRIMONIAL, FORNECENDO QUALIDADE, RELAVANCIA E CREDIBILIDADE AINFORMACAO CONTABIL.

3. FAVORECE A IMPLANTACAO DO SISTEMA DE CUSTOS, QUE PERMITIRA AAVALIACAO E O ACOMPANHAMENTO DA GESTAO ORCAMENTARIA,FINANCEIRA E PATRIMONIAL, contabilização da depreciação foi implantadano Comando do Exército em novembro de 2010. Os procedimentos pararealizar a depreciação constam da Cartilha de Depreciação, disponível noendereço http://dcont.sef.eb.mil.br (intranet) e no site www.5icfex.eb.mil.br, link“Contabilidade”. EM CONFORMIDADE AO ART. 50, DA LRF 101/2000.

ESCLARECEMOS AINDA QUE O REGISTRO DA CONFORMIDADE CONTABILCOM RESTRICAO NAO EH UM INSTRUMENTO PUNITIVO, O QUE SE BUSCA EEVIDENCIAR SE A INFORMACAO CONTABIL ESTA OBSERVANDO PARCIAL OUINTEGRALMENTE OS PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE E ALEGISLACAO VIGENTE.

ENTENDEMOS TAMBEM QUE A FALTA DO REGISTRO DA DEPRECIACAO,AMORTIZACAO E EXAUSTAO EVIDENCIARIA A NECESSIDADE DEIMPLANTACAO DE MECANISMOS PARA A COMPLETA OPERACIONALIZACAODO REFERIDO PROCEDIMENTO.

POR FIM, RESSALTAMOS QUE SE TRATA DE UMA DEMANDA EXIGIDA PELALEGISLACAO VIGENTE E PELAS NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADEAPLICADA AO SETOR PUBLICO, DEVENDO SEM NORMATIZADA EIMPLEMENTADA.

DIANTE DO EXPOSTO, COLOCANDO-NOS A DISPOSICAO PARA AUXILIAR NOQUE FOR CABIVEL.

ATENCIOSAMENTECCONT/STN

17.2. Depreciação e adequação de procedimentos no SISCOFIS

(Transcrição da Msg 2011/0577917, de 8 abr11, da D Cont

DO: SUBDIRETOR DE CONTABILIDADE

AOS: SRS CHEFES DE ICFEX

1. VERSA A PRESENTE MENSAGEM SOBRE ADEQUACAO DE PROCEDIMENTOSDE DEPRECIACAO A SEREM OBSERVADOS NO APLICATIVO SISCOFIS OM.

2. FOI OBSERVADO POR ESTA DIRETORIA A EXISTENCIA DE MATERIAIS QUE,EMBORA ESTEJAM REGISTRADOS NO SISCOFIS, NAO ESTAO SOFRENDODEPRECIACAO.

3. EM FACE DO ACIMA EXPOSTO, INCUMBIU-ME O SR DIRETOR DECONTABILIDADE DE INFORMAR A ESSA INSPETORIA SOBRE A ROTINA A SERADOTADA PELO OPERADOR DO SISCOFIS POR OCASIAO DA INCLUSAO EMCARGA DE BEM MOVEL PERMAMENTE QUE DEMANDE ABERTURA DE NOVA

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FICHA NO SISTEMA DE CONTROLE FISICO CONFORME ABAIXOESPECIFICADO;

A) REALIZAR A ABERTURA DE NOVA FICHA;

B) REALIZAR A CLASSIFICACAO NA CONTA CONTABIL A QUE O BEMPERTENCERA;

C) REALIZAR A “PARAMETRIZACAO NIVEL FICHA” DA FICHA EM QUESTAOCOMO SE SEGUE; MATERIAL PERMANENTE>DEPRECIACAO DE BENSMOVEIS>PARAMETRIZACAO NIVEL FICHA>SELECIONAR A CONTADESEJADA:>FILTRAR>SELECIONAR A FICHA DESEJADA>PARAMETRIZARCONFORME TABELA DA DCONT>EXECUTAR

4. E IMPERATIVO QUE O PROCEDIMENTO DE PARAMETRIZACAO DESCRITAACIMA CORRA ANTES DA GERACAO DA DEPRECIACAO E DA EXTRACAO DORELATORIO SINTETICO DE DEPRECIACAO, QUE SUBSIDIARA A EMISSAO DANL DE APROPRIACAO DA DEPRECIACAO MENSAL NO SIAFI.

5. A TITULO DE SUGESTAO, ESTA DIRETORIA, ORIENTA QUE, A FIM DE SEREMEVITADAS EVENTUAIS FALHAS, OS OPERADORES DO SISCOFIS EXECUTEM ODESCRITO NA LETRA D), DO ITEM 3, SEMPRE ANTES DA EXTRACAO DORELATORIO SINTETICO DE DEPRECIACAO PARA A EMISSAO DA NL DEAPROPRIACAO DA DEPRECIACAO MENSAL.

6. SOBRE O ASSUNTO EM EPIGRAFE, DESTACAMOS QUE OS PROCEDIMENTOSDESCRITOS DEVERAO, IMPRETERIVELMENTE, SER ADOTADOS, APENAS NOSCASOS DE ABERTURA DE NOVA FICHA NO SISCOFIS.

7. ESTA DIRETORIA SOLICITA QUE A PRESENTE ORIENTACAO SEJADIVULGADA AS UG VINCULADAS A ESSA ICFEX ATENTOS A POSSIBILIDADEDE SURGIMENTOS DE EVENTUAIS SALDOS CONTABEIS A DEPRECIAR NOSMESES ANTERIORES EM DECORRENCIA DESTA NOVA ROTINA, OS AJUSTESDOS REFERIDOS SALDOS DEVERAO SER EFETUADOS ATE 31 MAI 11.

18. Módulo CUSTOS do SIGA - Recomendações/Observações

A partir de 23 de fevereiro de 2018, o SISCUSTOS foi substituído pelo Módulo CUSTOS do

SIGA, podendo ser acessado por meio do endereço eletrônico http://siga.eb.mil.br.

As orientações sobre o Módulo CUSTOS do SIGA poderão ser consultadas por meio do Manual

do Usuário – Módulo de Custos, que se encontra disponível dentro daquele sistema, o qual poderá ser

acessado por meio do SIGA, módulo CUSTOS, ou pela intranet da D Cont

(http://intranet.dcont.eb.mil.br/), no link SISCUSTOS.

18.1. Gestão de Custos

As orientações a seguir, dentre outras, podem ser consultadas na palestra da Semana deAtualização Administrativa, disponível em http://www.5icfex.eb.mil.br

Custos: gastos realizados com compras de materiais e com prestações de serviços, sendoutilizados na execução de determinadas atividades da OM.

Portaria no 020 – SEF, de 22 Dez 11, cria a Setorial de Custos do Comando do Exército edá outras providências.

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Manual do Usuário – Módulo de Custos: tem a finalidade de auxiliar o usuário a realizar asações presentes no Módulo de Custos do SIGA. Portanto, ele deve esclarecer o funcionamento domódulo e sua finalidade, evitando erros de preenchimento e enfatizando a importância do uso corretopara os objetivos finais do processo.

19. Pagamento de Pessoal com Inscrição Genérica

A seguir é transcrita a Msg do CPEx que atualiza as orientações da Msg 673622-SEF, de 28OUT 03:

(Transcrição Msg 0458850-CPEx, de 02 ABR 12)

DO: OD DO CPEX

AO: SR ORDENADOR DE DESPESAS

ASSUNTO: PAGAMENTO DE PESSOAL (SITUAÇÕES DIVERSAS).

1. VERSA A PRESENTE MENSAGEM SOBRE ORIENTAÇÕES ACERCA DEPROCEDIMENTOS RELATIVOS AOS RECURSOS PARA PAGAMENTO DEPESSOAL.

2. SOLICITO AOS SENHORES OD QUE DETERMINEM AOS AGENTES DAADMINISTRAÇÃO ENCARREGADOS QUE ATENTEM PARA OS SEGUINTESPROCEDIMENTOS:

A. NA IDENTIFICAÇÃO DE RECURSOS DE PAGAMENTO DE PESSOAL, CONTA(*) 211490100 (DEPÓSITOS DE TERCEIROS), TENDO POR FINALIDADEDEVOLUÇÃO PARA ESTE CENTRO ATRAVÉS DE PF, ADOTAR, SEMPRE, ASINSCRIÇÕES GENÉRICAS (IG) A SEGUIR, CONFORME EXIJA A SITUAÇÃO:

* TDTDEVREV - EFETIVO VARIÁVEL

* TDTDMILAT - MILITAR ATIVA

* TDCNAB240 - INCONSISTÊNCIA BANCÁRIA RELACIONADA

* TDINC2222 - INCONSISTÊNCIA BANCÁRIA RELACIONADA

* TDREVCIVA - CIVIL ATIVA

* TDTDCIVIN - CIVIL INATIVO

* TDTDCIVPE - CIVIL PENSIONISTA

* TDPENDCIV - PENDÊNCIAS DE CONSIGNAÇÃO PESSOAL CIVIL

* TDTDMILIN - MILITAR INATIVO

* TDTDMILPE - PENSIONISTA DE PENSÃO MILITAR

* TDPGTOEVT - PAGAMENTO EVENTUAL

* TDEXAMILA - MILITAR ATIVA EXERCÍCIOS ANTERIORES

* TDEXAMILI - MILITAR INATIVO EXERCÍCIOS ANTERIORES

* TDEXAMILP - MILITAR PENSIONISTA EXERCÍCIOS ANTERIORES

* TDEXACIVA - CIVIL ATIVA EXERCÍCIOS ANTERIORES

* TDEXACIVI - CIVIL INATIVO EXERCÍCIOS ANTERIORES

* TDEXACIVP - CIVIL PENSIONISTA EXERCÍCIOS ANTERIORES

B. NO CAMPO "OBSERVAÇÃO" DA PF A UG DEVERÁ PRESTAR AS SEGUINTESINFORMAÇÕES:

- NR E DATA DA PF/RA QUE A UG RECEBEU O RECURSO;

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- NOME DO MILITAR OU CIVIL QUE ESTÁ RESTITUINDO O VALOR;

- PREC/CP OU MATRÍCULA;

- CPF;

- MOTIVO DA REVERSÃO; E

- DATA DO ÓBITO, LICENCIAMENTO, SITUAÇÃO OUTRA (CONFORME OCASO).

C. O RECURSO DEVERÁ SER RESTITUIDO AO CPEX, SEM NECESSIDADE DEAUTORIZAÇÃO, ATRAVÉS DE (**) "PF" ESPÉCIE 8 (REMESSA) E/OU 9(DEVOLUÇÃO), TIPO 12, INSCRIÇÃO 1 (UMA DAS INSCRIÇÕES GENÉRICAS DONR 1), FONTE DE RECURSO, VINCULAÇÃO DE PAGAMENTO E VALOR.

D. CONSIDERANDO QUE O RECURSO ESTEJA CLASSIFICADO NA CONTACONTÁBIL (*) 21149.01.00 (DEPÓSITO DE TERCEIROS), CONTUDO, EM CONTACORRENTE DIFERENTE DA QUE SERÁ UTILIZADA NA PF, A UG DEVERÁFAZER A NL, CONFORME EXEMPLO ABAIXO: (***)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 VALOR

805887 C/C ONDE SE ENCONTRA O RECURSO (EX: CPF) R$

800887 IG A SER UTILIZADA NA PF (EX: TDTDMILAT) R$

3. O SALDO DE RECURSOS QUE NÃO SERÃO UTILIZADOS PELA UG DEVERÃOSER DEVOLVIDOS IMEDIATAMENTE AO CPEX.

4. A PERMANÊNCIA DE SALDO NA CONTA (*) 21149.01.00 (DEPÓSITO DETERCEIROS) GERA RESTRIÇÃO NA TRANSAÇÃO (****)"CONCONTIR" DO SIAFI(EQUAÇÃO 095 - DEPÓSITOS PARA QUEM DE DIREITO), SENDO A UG PASSÍVELDE RESTRIÇÃO CONTÁBIL POR PARTE DA ICFEX DE VINCULAÇÃO, LOGO,ATENTAR PARA O PRAZO TOLERÁVEL QUE É DE 60 DIAS.

5. RESSALTA-SE, QUE AO RECEBER RECURSOS DO CPEX, A UG NÃO PODERÁCRIAR, ALTERAR E/OU RECLASSIFICAR ESSES RECURSOS EM OUTRAINSCRIÇÃO, OBJETIVANDO DEVOLUÇÃO PARA ESTE CENTRO, EXCEÇÃOPARA EMISSÃO DE OB E/OU DOCUMENTO DE RETENÇÃO (DARF, GRU...) PARAQUEM DE DIREITO.

6. POR FIM, DESTACA-SE A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO E LEITURADAS NOTAS INFORMATIVAS/CPEX NR 321, DE 24 DE SETEMBRO DE 2001 E 337,DE 27 DE FEVEREIRO DE 2008, DISPONÍVEIS EM (*****)HTTP://CPEX-INTRANET.EB.MIL.BR(LINK: LEGISLAÇÃO/NOTA INFORMATIVA).

BRASÍLIA-DF, 02 DE ABRIL DE 2012.

CESAR ALEX BARROS TORRES - CEL INT ORDENADOR DE DESPESAS DO CPEx

Os grifos nossos (*) (**) (***) e (****) se referem a alterações de termos e/ou procedimentos conforme a seguir:

(*) Alterada para conta 218810409 (conta constante no Plano de Contas Aplicado ao Setor Público em vigor – PCASP)

(**) Novo procedimento de devolução ao CPEx, por meio de PF emitida no SIAFI WEB, conforme a seguir:

A) Aba “Menu Geral”;

B) Opção “Programação Financeira”;

C) Opção “Movimentação Financeira”;

D) Opção “Transferir Recurso Financeiro”:

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1) Primeira tela:

a) Campo “UG emitente” = própria UG;

b) Campo “UG favorecida” = 160063 (CPEx); e

c) “Incluir”.

2) Segunda tela:

a) Campo “Situação” = TRF001;

b) Campo “Recurso” = 3;

c) Campo “Fonte de Recurso” = 0190000000;

d) Campo “Categoria de Gasto” = P;

e) Campo “Vinculação de Pagamento” = 990;

f) Campo “CNPJ/CPF/UG/IG ou 999” = Inscrição Genérica que será transferido o recurso (Letra A. do número 2. da mensagem do CPEx transcrita neste item 19);

g) Campo “Obrigação/Depósito” = 2.1.8.8.1.04.09; e

h) “Confirmar”.

3) Terceira tela:

Conferir as informações e clicar em “Transferir”.

(***) Novo modelo da NL:

L EVENTO INSCRICAO CLAS.CONT CLAS.ORC VALOR

01 700787 (1) 218810409 ________ $$$

02 705787 (2) 218810409 ________ $$$

(1) FONTE EM QUE ESTÁ O NUMERÁRIO (CONTA 111122001-LIMITE DESAQUE COM VINCULACAO DE PGTO-OFSS) + INSCRIÇÃO GENÉRICA,CPF OU CNPJ, CONFORME O CASO.

(2) FONTE + INSCRIÇÃO GENÉRICA, CPF OU CNPJ, ONDE A UG DEVERECLASSIFICAR O VALOR, CONFORME O CASO.

(****) Nova transação SIAFI WEB = “CONDESAUD” , Nova Equação SIAFIWEB = “105 – DEPÓSITO PARA QUEM DE DIREITO”

(*****) Novo endereço: http://intranet.cpex.eb.mil.br/intranet/index.php/menu-legislacao/notas-informativas

20. Vinculação na Fonte 412 (modalidade de saque) – Recursos de destaque - Suprimento deFundos

Consultar o Capítulo “Suprimento de Fundos e CPGF”.

21. Despesas com alimentação - Restaurante/Lanchonete - Classificação da Despesa

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Após consulta77 do 63º BI, no sentido de esclarecer se nos deslocamentos, as despesas comalimentação em restaurantes e lanchonetes são enquadradas como serviço ou como aquisição dematerial de consumo, esta ICFEx entendeu que:

(...) 3. APOS ANALISE DO CONTIDO NA MENSAGEM DE REFERENCIA EIMPORTANTE TRAZER A LUME A LEGISLACAO QUE TRATA DO ASSUNTO:

A. O PLANO DE CONTAS DA UNIAO (*) CLASSIFICA NA CONTA ABAIXOESPECIFICADA AS DESPESAS COM AQUISICAO DE REFEICOES PREPARADAS:

- CONTA CONTABIL: 3.3.3.9.0.39.41 (**)- TITULO: FORNECIMENTO DE ALIMENTACAO- FUNCAO: REGISTRA O VALOR DAS DESPESAS COM AQUISICAO DE

REFEICOES PREPARADAS, INCLUSIVE LANCHES E SIMILARES.

B. O MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PUBLICO -PARTE 1, PAGINAS 108 E 109 (***) , TRATA O ASSUNTO DA SEGUINTE FORMA:

"ALGUMAS VEZES OCORREM DUVIDAS, EM VIRTUDE DEDIVERGENCIAS ENTRE A ADEQUADA CLASSIFICACAO DA DESPESAORCAMENTARIA E O TIPO DO DOCUMENTO FISCAL EMITIDO PELACONTRATADA (EX: NOTA FISCAL DE SERVICO, NOTA FISCAL DEVENDA AO CONSUMIDOR. ETC.). NESSES CASOS, A CONTABILIDADEDEVE PROCURAR BEM INFORMAR, SEGUINDO, SE FOR NECESSARIOPARA TANTO, A ESSENCIA AO INVES DA FORMA E BUSCAR ACONSECUCAO DE SEUS OBJETIVOS: DEMONSTRAR O PATRIMONIO ECONTROLAR O ORCAMENTO.

OBS: PORTANTO, A DESPESA ORCAMENTARIA DEVERA SER CLASSIFICADAINDEPENDENTEMENTE DO TIPO DE DOCUMENTO FISCAL EMITIDO PELACONTRATADA"

C. A LEI COMPLEMENTAR NR 116, DE 31 JUL 03, QUE DISPOE SOBRESERVICOS DE QUALQUER NATUREZA, DE COMPETENCIA DOS MUNICIPIOS EDISTRI TO FEDERAL, NAO PREVE TRIBUTACAO DE ISS PARA SERVICO DEFORNECIMENTO DE ALIMENTACAO, INCLUSIVE NO NR 17.11 DA LISTAANEXA A LEI, DESTACA QUE SERA CONSIDERADO SERVICO COM INCIDENCIADE ISS O SEGUINTE:

"17.11 – ORGANIZACAO DE FESTAS E RECEPCOES; BUFE (EXCETO OFORNECIMENTO DE ALIMENTACAO E BEBIDAS, QUE FICA SUJEITO AOICMS)"

OBS: PORTANTO VERIFICA-SE QUE FORNECIMENTO DE ALIMENTACAO, FICASUJEITO A INCIDENCIA DE ICMS, OU SEJA O ESTABELECIMENTO TERA QUEEMITIR NOTA FISCAL DE CONSUMO.

4. PARA MELHOR ENTENDIMENTO DESSA UG E IMPORTANTE EXPLICAR ORACIOCINIO UTILIZADO:

A. O PLANO DE CONTAS DA UNIAO PREVE QUE A AQUISICAO DEALIMENTACAO PREPARADA DEVE SER CLASSIFICADA NA CONTACONTABIL:3.3.3.9.0.39.41(**);

B. A STN DETERMINA A CLASIFICACAO CONTABIL DAS AQUISICOES DEBENS/SERVICOS, OBEDECAM O PREVISTO NO PLANO DE CONTAS, PARAMELHOR RETRATAR A VARIACAO PATRIMONIAL, INDEPENDENTE DALEGISLACAO FISCAL;

C. A LEI COMPLEMENTAR NR 116/03, NAO PREVE A INCIDENCIA DE ISSPARA FORNECIMENTO DE ALIMENTACAO, INCLUSIVE DESTACA QUE TERAINCIDENCIA DE ICMS.

77 Msg 1208313, de 29 ago 11, da OM e correspondente resposta desta ICFEx (Msg 1261118 e 1261125, de 9 set 11)

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D. AS AQUISICOES DE BENS SAO REALIZADAS NA CONTA CONTABIL 3.3.3.9.0.30.XX(****), E SAO COMPROVADAS POR INTERMEDIO DE NOTA FISCAL DECONSUMO, QUE, INVARIALVELMENTE, SOFREM INCIDENCIA DE ICMS;

E. AS CONTRATACOES DE SERVICOS REALIZADAS NA CONTA CONTABIL3.3.3.9.0.39.XX(*****), SAO COMPROVADAS, NORMALMENTE, PORINTERMEDIO DE NOTA FISCAL DE PRESTACAO DE SERVICO, QUEINVARIALVELMENTE, SOFREM INCIDENCIA DE ISS; E

F. EXCETUA-SE A REGRA A AQUISICAO DE REFEICOES PREPARADAS QUEE UMA DESPESA CONTABILMENTE CLASSIFICADA NA CONTA 3.3.3.9.0.39.41,INDEPENDENTE DO TIPO DE NOTA FISCAL EMITIDA PELO FORNECEDOR.

5. DIANTE DO EXPOSTO, ORIENTO A V SA MANDAR PROCEDER CONFORMESE SEGUE:

A. CLASSIFICAR A DESPESA NA CONTA CONTABIL CONTA CONTABIL: 3.3.3.9.0.39.41 - FORNECIMENTO DE ALIMENTACAO;

B. REALIZAR A COMPROVACAO COM A NOTA FISCAL EMITIDA PELOFORNECEDOR; E

C. CASO A NOTA FISCAL EMITIDA SEJA DE MATERIAL, MOTIVAR OAMPARO PARA TER UMA DESPESA NA CONTA CONTABIL: 3.3.3.9.0.39.41,COMPROVADA COM NOTA FISCAL DE CONSUMO, E ANEXAR NO PROCESSO.6. INFORMO A V SA QUE:

A. O PRESENTE PARECER REFERE-SE AO CASO CONCRETO, OBJETO DACONSULTA REALIZADA POR ESSA UG, EM FUTURAS CONTRATACOES COMOBJETO DIFERENTE DESTA CONSULTA, POREM COM O MESMO PROBLEMA,ESSA UG DEVERA SOLICITAR NOVAS ORIENTACOES A ESTA INSPETORIA; E

B. DEVIDO A URGENCIA DO ASUNTO E A COMPLEXIDAE DOSQUESTIONAMENTOS REALIZADOS, AS RESPOSTAS SERAO ENVIADAS PARACADA QUESITO A MEDIDA QUE OS MESMOS FOREM SOLUCIONADOS PORESTA INSPETORIA.

Considerou-se, assim, o efeito contábil e não o fiscal:

Os grifos nossos (*) (**) (***) (****) e (*****), se referem a alterações de termos e/ou procedimentos conforme a seguir:

(*) Plano de Contas Aplicado ao Setor Público – PCASP;

(**) No PCASP não existe mais essa conta contábil. O lançamento da despesa ocorre em uma conta contábil de Variação Patrimonial Diminutiva - VPD , nesse caso é “3.3.2.3.1.12.00 – FORNECIMENTO DE ALIMENTAÇÃO.

A Natureza de Despesa para este tipo de aquisição é “33903941-FORNECIMENTODE ALIMENTAÇÃO”.

Para maiores detalhes sobre consulta de ND e VPD, Consultar palestra da Semanade Atualização Administrativa, disponível em:

http://www.5icfex.eb.mil.br

(***) O MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PUBLICO -PARTE 1, PAGINA 110 (7ª EDIÇÃO – 2017)

(****) ND 339030XX – MATERIAL DE CONSUMO

(*****) ND 339039XX - OUTROS SERVICOS DE TERCEIROS-PESSOA JURIDICA

Despesa com alimentação em deslocamento deve ser classificada como prestação de serviçona conta-contábil 3.3.3.90.39.41- FORNECIMENTO DE ALIMENTAÇÃO (**)

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XV - PUBLICAÇÃO DE MATÉRIA NA IMPRENSA OFICIAL

1. Introdução

A regra geral é que os atos da administração sejam públicos, a fim de cumprir o princípio datransparência e publicidade. Ao agir assim, concede-se o direito ao cidadão de fiscalizar os atos degestão, como premissa do estado democrático de direito.

Assim, com as exceções previstas na legislação e atendendo a publicidade, alguns atosnecessariamente devem ser publicados na Imprensa Oficial (DOU) e/ou outros meios de comunicação(Internet/Jornal etc).

Procurou-se, nos próximos tópicos, fazer uma separação didática para resumir o assunto.

2. Diário Oficial da União

Devem ser objetos de publicação todos os atos administrativos relativos à contratação pública,sendo remetidos ao DOU, automaticamente, conforme procedimento registrado no SIASG:

a. Avisos de Licitação nas modalidades de Pregão, Concorrência, Tomada de Preços (TP),Concurso e Leilão, independentemente dos valores estimados da contratação, conforme disposto noart 21 da Lei nº 8.666/93, combinado com Inc I, art 4º, da Lei nº 10.520/02.

Obs: A publicação do aviso da modalidade convite é opcional, sendo necessária somente asua divulgação. A critério do OD, poderá ser publicado, opção disponível no momento do lançamentono Portal de Compras Governamentais. Observar a real necessidade, a fim de evitar gastodesnecessário.

b. resultados de julgamento de habilitação, bem como resultado de julgamento daspropostas (nos casos de Concorrência e TP), conforme §1º, art 109 da Lei nº 8.666/9378;

c. para o resultado de licitação na modalidade Pregão (com/sem SRP), observar o modelodeterminado na Msg 0265169, de 05 Mar 09, publicada no B Info 03/2009, combinado com oprevisto na letra b), Inc XII, art 30, do Decreto n° 5.450, de 31 Maio 05. Frise-se a retificaçãoproduzida pela Msg 0684487-SEF, de 17 Jun 09 (Binfo 07-2009), no sentido de informar que aautoridade responsável pela publicação é o Ordenador de Despesas, portanto, deve ser registradoo “NOME e POSTO do ORDENADOR DE DESPESAS da UG”. Ademais, saliente-se que oresponsável pelas publicações na área de contratação é o OD. Assim, torna-se um equívocoadministrativo divulgação feita em nome de “Pregoeiro”, ou de “Presidente de Comissão deLicitação”.

d. atos de anulação e revogação de licitação, conforme se depreende na leitura do §1º, art109 da Lei nº 8.666/93;

e. as Inexigibilidades de Licitação, independente dos valores da aquisição, conformedisposto no art 26 da Lei nº 8.666/9379;

f. os extratos de contratos de despesa, como condição de eficácia, de acordo com os dadossolicitados no Subsistema SICON do SIASG, conforme previsão do § único do art 61 da Lei nº8.666/93 e letra b), Inc XII, art 30, do Decreto n° 5.450, de 31 Maio 05.

78 Ficará dispensada a publicação nas hipóteses em que estiverem presentes todos os prepostos dos licitantes no ato quefoi adotada a decisão, podendo, então, ser feita a comunicação direta aos interessados e registradas em ATA.79 Consultar situação específica de contratação de concessionárias de serviço público (água/gás e/ou telefonia), bem comoOCS/PSA.

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Obs: Importa destacar que a Orientação Normativa/AGU nº 33, de 13 dez 2011 dispõeque "O ato administrativo que autoriza a contratação direta (art. 17, §§ 2º e 4º, art. 24, inc. III eseguintes, e art. 25 da Lei nº 8.666, de 1993) deve ser publicado na imprensa oficial, sendodesnecessária a publicação do extrato contratual”.

g. as rescisões de contrato, conforme art 109, da Lei nº 8.666/93; e

h. as dispensas de licitação (art 24), com exceção das hipóteses previstas nos Inc I e II.

3. Internet

A publicação de atos de contratação na internet80 está referenciada tanto no Decreto nº5.450/05 como no Decreto nº 3.555/00. No entanto, a UG também poderá disponibilizar informaçõesrelativas à avisos de licitações na sua página na internet.

4. SIASGNet

Com o documento abaixo, também a sessão pública para Convite, Concorrência e Tomada dePreços ficará também disponível na internet. Confirme-se:

(Transcrição Msg 1047323-SEF, de 14 set 09)

DO SUBSECRETARIO DE ECONOMIA E FINANCASAOS SENHORES CHEFES DE ICFEX

1. VERSA O PRESENTE EXPEDIENTE SOBRE IMPLANTACAO DA SESSAOPUBLICA PARA LICITACAO NAS MODALIDADES DE CONVITE,CONCORRENCIA E TOMADA DE PRECOS.

2. INFORMO AOS CHEFES DE ICFEX QUE O DEPARTAMENTO DE LOGISTICA ESERVICOS GERAIS, UASG 200999, ENVIOU AOS USUARIOS DO SIASG AMENSAGEM N° 05254, DE 09 DE SETEMBRO DE 2009, ABAIXO TRANSCRITA:

“O MINISTERIO DO PLANEJAMENTO, ORCAMENTO E GESTAO – MP, NOAMBITO DE SUA ATUACAO, POR INTERMEDIO DA SECRETARIA DE LOGISTICAE TECNOLOGIA DA INFORMACAO – SLTI, E DO DEPARTAMENTO DELOGISTICA E SERVICOS GERAIS – DLSG, ESTA IMPLANTANDO NO SITIOWWW.COMPRASNET,GOV.BR [atual www.comprasgovernamentais.gov.br], APARTIR DE 03/09/2009, UM NOVO SISTEMA DENOMINADO “SIASGNET/SESSAOPUBLICA”, FUNCIONALIDADE PARA REALIZACAO DOS CERTAMESLICITATORIOS ATRAVES DO COMPRASNET (Atual Portal de ComprasGovernamentais) DOS OUTROS TIPOS DE LICITACAO COMO CONVITE,CONCORRENCIA E TOMADA DE PRECOS, DE FORMA PRESENCIAL.

OS PROCEDIMENTOS ESTAO DISPONIVEIS NO MANUAL NO ACESSOLIVRE/PUBLICACOES/MANUAIS/SESSAO PUBLICA – SIASGNET.

PARA OPERACIONALIZACAO DA LICITACAO NO SITIO COMPRASNET ENECESSARIO SOLICITAR PERFIL DE “PRESIDENTE” PARA O USUARIO QUEEXERCA A FUNCAO DE PRESIDENTE DE COMISSAO AO CADASTRADORPARCIAL DO SEU ORGAO NO SIASG, JUNTAMENTE COM A COPIA DODOCUMENTO QUE O NOMEOU PARA O CARGO.

ATENCIOSAMENTE;DEPARTAMENTO DE LOGISTICA E SERVICOS GERAIS”

3. EM CONSEQUENCIA DA MENSAGEM ACIMA TRANSCRITA, OS USUARIOSDAS UG VINCULADAS, DESIGNADOS COMO PRESIDENTES DE COMISSAO DELICITACAO, DEVERAO SER HABILITADOS NO PERFIL “PRESIDENTE” PELO

80 www.compra sgovernamentais .gov.br

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CADASTRADOR PARCIAL DO SISTEMA SENHA – REDE (SIASG) DESSASETORIAL CONTABIL.

5. Jornal

Alguns atos da administração necessitam, além da publicação na Imprensa Oficial, serpublicados, também, na imprensa não oficial.

Neste quesito, cabe destaque para as denominações citadas na legislação que trata daslicitações de maneira geral (Lei nº 8.666/93) e no regramento específico da modalidade Pregão.

Como pode se observar, há referências a expressões Jornal Diário de Circulação Estadual e/ouMunicipal, caso do art 21 da Lei nº 8.666/93. Já na Lei nº 10.520/02, especificamente, Inc I, art 4º,encontramos jornal de circulação local e jornal de grande circulação. O Decreto nº 3.555/00 no seuart 11, repete a expressão jornal de grande circulação local mas “inova” quando se refere a jornal degrande circulação regional ou nacional, termos repetidos no Decreto nº 5.450/05 (art 17).

De forma sintética, são apresentadas considerações sobre o assunto:

5.1. Jornal de grande circulação local - os Avisos de Licitação nas modalidadesConcorrência, Tomada de Preços, Concurso e Leilão, conforme Inc II, art 21 da Lei nº 8.666/93.Também os avisos de Licitação na modalidade Pregão, quando os valores estimados da contratação forsuperior a R$ 650.000,00 e inferior a R$ 1.300.000,00, conforme inc II, do art 17 do Decreto nº5.450/05.

5.2. Jornal de grande circulação regional ou nacional - os Avisos de Licitação na modalidadePregão para as contratações estimadas em valor superior a R$ 1.300.000,00 e para as licitaçõesrealizadas por SRP, independente do valor estimado, conforme inc III, do art 17 combinado com o§6º, tudo do Art 17, do Decreto 5.450/05.

Observação:

1) é opcional a publicação em jornal de circulação local/estadual, para divulgar Avisos delicitação na modalidade Pregão para valores estimados de contratação até R$ 650.000,00. Cabelembrar que a publicação na Imprensa Oficial não está dispensada.

2) no caso de pregão do tipo SRP, independente de valores, deverá ser dada a maiorpublicidade possível, ou seja, publicar o aviso em jornal de circulação estadual/regional/nacional.

3) Não há necessidade de realizar processos de contratação do serviço de publicação emjornais. Essa contratação poderá ocorrer por intermédio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC),que providenciará a cotação com os jornais disponíveis na região de publicação.

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6. Quadro Resumo de Publicações

ModalidadeValor Estimado da

ContrataçãoDOU

Internet[1]

JornalEstadual/Reg/

Nacional

JornalLocal

Amparo

Convite – Aviso deLicitação

Até R$ 80.000,00 (para comprase serviços) ou até R$ 150.000,00

(para obras e serviços deengenharia)

[2] x - -Por exclusão, art 21,

Lei nº 8.666/93

TP – Aviso de Licitação

Entre R$ 80.000,00 e R$650.000,00 (para compras e

serviços) ou entre R$ 150.000,00e R$ 1.500.000,00 (para obras e

serviços de engenharia)

x x x -Art 21, Lei n°

8.666/93

Concorrência – Aviso deLicitação

Valores maiores que R$650.000,00 (para compras eserviços) ou maiores que R$1.500.000,00 (para obras e

serviços de engenharia)

x x x -Art 21, Lei n°

8.666/93

Concorrência e TP –Resultado de Habilitação

[3]Independente do Valor Licitado x x - -

§ 1º, art 109, Lei nº8.666/93

Concorrência e TP –Resultado de Julgamento

de Propostas [3]Independente do Valor Licitado x x - -

§ 1º, art 109, Lei nº8.666/93

Anulação/Revogação deLicitação

Independente do Valor Licitado x x - -§ 1º, art 109, Lei nº

8.666/93

Dispensa com amparo noInc I e II, art 24

Até R$ 8.000,00 (para compras eserviços) ou até R$ 15.000,00

(para obras e serviços deengenharia)

Não se publica[4]Art 26, Lei n°

8.666/93

Dispensa com amparonos demais Inc do art 24

[5]Independente de valor x - - -

art 26, Lei nº8.666/93

Inexigibilidade deLicitação [6]

Qualquer valor x - - -art 26, Lei nº

8.666/93

Extratos de Contratos [7] Qualquer valor x - - -§ único do art 61,Lei nº 8.666/93

Rescisão Contratual Qualquer valor x - - -§ 1º, art 109, Lei nº

8.666/93

Pregão Eletrônico –Aviso de Licitação

Até R$ 650.000,00 x x - -Inc I, art 17, Dec

5.450/05

Pregão Eletrônico –Aviso de Licitação

> R$ 650.000,00 até R$1.300.000,00

x x - xInc II, art 17, Dec

5.450/05

Pregão Eletrônico –Aviso de Licitação

> R$ 1.300.000,00 x x x -Inc III, art 17, Dec

5.450/05

Pregão c/ SRP – Avisode Licitação [8]

Qualquer valor x x x -§ 6º, art 17, Dec nº

5.450/05

Pregão – Resultado [9] Qualquer valor x x - -letra b), inc XII, art30, Dec 5.450/ 05

Aviso deCredenciamento de

OCS/PSA [10]Qualquer valor - - - x

Legenda:

[1] Fica automaticamente disponível na internet, no Portal de Compras Governamentais, depois dolançamento no Sistema de Divulgação de Compras.

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[2] Dispensável.

[3] Conforme § 1º, art 109, Lei 8.666/93, é dispensável a publicação se presentes todos os prepostosdos licitantes no ato em que foi adotada a decisão, quando poderá ser feita por comunicação direta aosinteressados e lavrada em ata.

[4] Mesmo não sendo obrigatória a publicação, a UG poderá utilizar o sistema de CotaçãoEletrônica disponível no Portal de Compras Governamentais para obter maior competiçãonesses casos de dispensa.

[5] Exceção é a contratação de concessionária do serviço público. No caso de contratação EnergiaElétrica e Gás Natural que, gozando de permissivo da SEF, deve ser enquadrada no Inc II, art 24 nassituações em que a despesa estimada for inferior ao valor ANUAL de R$ 8.000,00 (oito mil reais).Neste caso, NÃO carece de publicação. Já se a despesa ANUAL ultrapassar R$ 8.000,00, deve seramparada no Inc XXII, art 24, Lei nº 8.666/93, portanto, levada a publicação obrigatória no DOU.Neste caso, recomenda-se realizar o registro com valor total estimado previsto no exercíciofinanceiro, a fim de realizar apenas uma única publicação. Consultar o capítulo contratações/licitações.

[6] No caso de contratação de serviço de concessionária de água e telefone (se houver inviabilidade decompetição) e desde que a despesa estimada seja inferior ao valor de R$ 8.000,00 ANUAL, poderáser enquadrada no Inc II, art 24, com a finalidade de economia de recursos. É um permissivo da SEF.Consultar o capítulo contratações/licitações.

[7] Conforme exposto no título acima "DOU" e de acordo com Orientação Normativa/AGU nº 33, de13 dez 2011, é desnecessária a publicação do extrato contratual quando este foi decorrente de atoadministrativo de contratação direta (art. 17, §§ 2º e 4º, art. 24, inc. III e seguintes, e art. 25 da Lei nº8.666, de 1993) previamente publicado na imprensa oficial.

[8] Observar o Art 6º, inc VII, da Port 01-SEF, de 27 JAN 14, alterada pela Port 11-SEF, de 03 ABR14.

[9] Observar o modelo determinado na Msg 0265169, de 05 Mar 09, publicada no B Info 03/2009.

[10] Anualmente, realizado pelas OMS/UG FUSEx.

Importante:

1) As contratações de OCS/PSA (dispensas, inexigibilidades e contratos) são permeadas deexceções. Além da Msg SIAFI a seguir transcrita, sugere-se consultar as recomendações constantes doCapítulo XIX da presente Nota Informativa Especial:

(Transcrição Msg 0760224-SEF, de 06 jul 09)(...)B. QUANDO DAS PUBLICACOES DOS TERMOS DE INEXIGIBILIDADE DELICITACAO COM AS OCS E PSA NO DOU, QUE A UNIDADE OBSERVE OPRINCIPIO BASICO DA PUBLICIDADE, VISANDO A LEGALIDADE DOS ATOSPREVISTOS NO ART. 26 DA LEI N° 8.666/93 E SUAS ALTERACOES, BEM COMOATENTE PARA OS PROCEDIMENTOS DE ELABORACAO DOS AVISOS ERESUMOS A SEREM PUBLICADOS, QUE DEVEM GARANTIR QUE ASINFORMACOES DIVULGADAS SEJAM CONFIAVEIS, EXATAS E COMPLETAS;

2) No tocante à publicação, especificamente de inexigibilidade de OCS/PSA, a UG deveobservar o aspecto econômico do princípio da eficiência no sentido de realizar, sempre que possível,única publicação no DOU, relacionando os eventuais credenciados. Observar o contido na letra “c” e“d” do item “3” do Of nº 22-SATT-5ª ICFEx/2008, constante no Capítulo XX.

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3) As dispensas e inexigibilidades a que se referem o art 26 da Lei 8.666/93 devem serpublicadas, conforme citado acima. Entretanto, conforme Msg 2009/0760224-SEF, de 06 Jul 09 e emobservância ao princípio da economicidade, se os valores estiverem dentro dos limites fixados pelosInc I e II do art, 24 da Lei n° 8.666/93, não será necessária a publicação.

4) As dispensas, exceto por valor e as situações de inexigibilidade previstos na Lei deLicitações, deverão ser comunicadas, dentro de três dias, à autoridade superior, para ratificação epublicação na imprensa oficial, no prazo de cinco dias, como condição para eficácia dos atos,necessariamente justificados, conforme art 26, Lei nº 8.666/93.

5) Horário de envio de matéria para o DOU: a Msg SIASG 041482-DLSG/SIASG, de04/01/08, informou que a inclusão de matéria para publicação no dia seguinte, por intermédio doSIASG, deve ser realizada ate às 16:00h.

6) LEMBRETES

Quando da publicação de Inexigibilidade de OCS/PSA, no campo “justificativa” registrar “porse tratar de profissionais credenciados pela associação da classe e serem remunerados pela tabelada Associação Médica Brasileira (AMB)”

Não publicar/realizar uma Inexigibilidade para cada OCS ou PSA. Em respeito ao aspectoeconômico do princípio da eficiência, realizar única publicação, sempre que possível, onde constarãoas empresas/profissionais credenciados e os respectivos valores estimados para o período considerado.

Nas Dispensas referentes a concessionária do serviço público (Energia Elétrica/Gás Natural),quando o valor ANUAL estimado da despesa for superior ao montante de R$ 8.000,00 (oito milreais), realizar o registro no SIASG/SIDEC com o valor total estimado previsto no exercíciofinanceiro a fim de realizar apenas uma única publicação.

Nos casos de Inexigibilidade de Licitação (Água/Esgoto), independente do valor, realizar oregistro no Portal de Compras Governamentais com o valor total estimado para o exercício financeiro.

Não realizar a divulgação do aviso de licitação, bem como demais atos correlatos (resultadosde julgamento de habilitação, de julgamento de proposta, revogação/anulação de licitação, de extratode Ata de SRP) em nome do “Pregoeiro”, “Presidente de Comissão de Licitação”, etc. A autoridaderesponsável pela publicação é o Ordenador de Despesa.

Da mesma forma, o Ordenador de Despesa é o responsável pela Declaração de Dispensa ouInexigibilidade (casos do art 24, exceto Inc I e II e art 25), sendo a autoridade competente pararatificar o ato o Comandante da Região Militar na maioria dos casos. Na dúvida, consultar o Art 5ºdas IG 12-02.

Na publicação de extratos de contratos, atentar para registrar no campo Fundamento Legal odispositivo de amparo, ou seja, “parágrafo único do art 61 da Lei nº 8.666/93”.

Nas publicações de resultado de licitação na modalidade Pregão, em particular, do tipo SRP,observar o modelo determinado na Msg 0265169-SEF, de 05 MAR 09 (B Info 03/2009) com aretificação produzida pela Msg 0684487-SEF, de 17 JUN 09 (B Info 06/2009).

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XVI - CONFORMIDADE DOS REGISTROS DE GESTÃO

1. Considerações iniciais

Função que foi implementada, inicialmente, pela Portaria no 09-SEF, de 13 DEZ 99,posteriormente alterada pela Portaria nº 12-SEF, de 27 DEZ 12 e, atualmente, regulada pela Portarianº 18-SEF, de 20 DEZ 13 - Normas para a Prestação de Contas dos Recursos Utilizados pelasUnidades Gestoras do Exército Brasileiro.

Atualmente a função de Encarregado pela Conformidade dos Registro de Gestão deve serexercida por Oficial (titular e substituto), publicada em BI, ou, na impossibilidade destes edevidamente justificado pelo OD, poderá ser designado um S Ten/Sgt ou Servidor Civil, ocasião emque a UG deve informar à ICFEx de vinculação, para conhecimento.81

2. Arquivamento de Documentos de Prestação de Contas

Conforme documento infra, o prazo de arquivamento de prestação de contas foi alterado da se-guinte forma:

(Instrução Normativa – TCU nº 63, de 01 set 10 – Estabelece normas de organização e deapresentação dos relatórios de gestão e das peças complementares que constituirão os processos decontas da Administração Pública Federal, para julgamento do TCU, nos termos do art. 7º da Lei nº8.443/92)

Art. 14. As unidades jurisdicionadas e os órgãos de controle interno devem manter a guarda dosdocumentos comprobatórios de cada exercício, incluídos os de natureza sigilosa, de acordo com osseguintes prazos:

I. dez anos, contados a partir da apresentação do relatório de gestão ao Tribunal, para as unidadesjurisdicionadas não relacionadas para constituição de processo de contas no exercício;

II. Cinco anos, contados a partir da data do julgamento das contas dos responsáveis pelo Tribunal,para as unidades jurisdicionadas relacionadas para constituição de processo de contas no exercício.

Parágrafo único. O descumprimento do disposto no caput deste artigo poderá sujeitar o responsável àsanção prevista no inciso II do art. 58 da Lei nº 8.443, de 1992, sem prejuízo da instauração detomada de contas especial para apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e quantificação dodano ao Erário, se for o caso.

Seguindo o estabelecido pelo TCU, e particularizando o tema no âmbito do Exército, consta na Porta-ria nº 18-SEF, de 20 DEZ 13 - Normas para a Prestação de Contas dos Recursos Utilizados pelasUnidades Gestoras do Exército Brasileiro:

Art. 18. Na SCRG será mantida em arquivo a documentação comprobatória dos atos e fatos de gestãoorçamentária, financeira, contábil, patrimonial e de pessoal praticados pela administração das UG doComando do Exército, conforme os prazos a seguir:

I – para os exercícios de 2007 e anteriores, manter em arquivo pelo prazo de 05 (cinco) anos,contados a partir da data do julgamento das contas dos responsáveis pelo Tribunal de Contas da União(TCU);II – para os exercícios de 2008 e seguintes, manter em arquivo pelo prazo de 10 (dez) anos, contadosa partir da apresentação do relatório de gestão ao TC

81 Conforme Msg 0340023, de 30 JAN 13

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U, para as “unidades jurisdicionadas não relacionadas para constituição de processo de contas noexercício” e pelo prazo de 05 (cinco) anos, contados a partir da data do julgamento das contas dosresponsáveis pelo TCU, para as “unidades jurisdicionadas relacionadas para constituição de processode contas no exercício”;III – a documentação relativa às contas julgadas irregulares pelo TCU permanecerá na UG,aguardando orientação do Centro de Controle Interno do Exército (CCIEx) de como proceder para oseu arquivamento; eIV – a documentação correspondente a comprovantes de recolhimento de encargos sociais (INSS,FGTS, etc.) não poderá ser destruída, devendo ser arquivada em pastas próprias, com vistas agarantir a necessária comprovação dos recolhimentos efetuados e resguardar os interesses dosrespectivos contribuintes e do Comando do Exército.Art. 19. Os documentos registrados no SIAFI e identificados no relatório para conformidade não serãoimpressos e nem arquivados na SCRG, com exceção das NE que deverão ser assinadas pelo OD.

A situação da aprovação das contas da UG podem ser consultadas na página da intranet do CCIEx ouno site do TCU.

2.1. Arquivamento de Documentos Contas de Convênios - Prazo de 20 (vinte) anos

(Transcrição Msg SIASG 057497-DLSG/SIASG, de 09 abr 10)SENHORES DIRIGENTES

INFORMAMOS QUE FOI PROLATADA A SEGUINTE SENTENCA NOS AUTOS DA ACAO CIVIL PUBLICA Nº2009.34.00.026.027-5, DA 17ª VARA DA JUSTICA FEDERAL DO DISTRITO FEDERAL;

“(....) JULGO PROCEDENTES OS PEDIDOS PARA DETERMINAR QUE A UNIAO SE ABSTENHA DEDESTRUIR OS DOCUMENTOS RELATIVOS A PRESTAÇÃO DE CONTAS DE CONVÊNIOS E CONTRATOSFIRMADOS PELOS ORGAOS FEDERAIS PELO PRAZO MINIMO DE 20 (VINTE) ANOS, A CONTAR DOTERMINO DA VIGENCIA DO CONTRATO OU CONVENIO, PODENDO MANTÊ-LOS EM ARQUIVOSDIGITAIS, SE PREFERIR.”

PORTANTO, TODOS OS ORGAOS E ENTIDADES COINCIDENTES DEVEM ADEQUAR OS TERMOS DECONVENIO, OBSERVANDO QUE A GUARDA DOS DOCUMENTOS SEJA EFETUADA POR 20 ANOS,SUSPENDENDO-SE DE IMEDIATO O PRAZO FIXADO NO 3° DA PORTARIA INTERMINISTERIAL N° 127, DE29 DE MAIO DE 2008, ATE O TRANSITO FINAL DA SENTENCA.

Ressalta-se que a Portaria Interministerial nº 127, de 29 de maio de 2008, foi revogada pelaPortaria Interministerial nº 507, de 24 de novembro de 2011, e esta foi revogada pela PortariaInterministerial nº 424, de 30 de dezembro de 2016, que em seu art. 4º, § 3º, destaca: “O convenentedeverá manter os documentos relacionados ao instrumento pelo prazo de 10 (dez) anos, contados dadata em que foi apresentada a prestação de contas ou do decurso do prazo para a apresentação daprestação de contas”

Sobre o mesmo assunto, consultar Of nº 002 – A/2 (CIRCULAR), de 11 jan 10, publicadono B Info nº 01/2010. Ainda, neste sentido, o Of nº 019-Div Jur/5.8 – Circular, de 12 jan2011encaminhou em anexo o Of nº 073/2010 – Circular – NAJ/CGU/AGUSC, de 26 nov 10 e outrosanexos (Mem Circular nº 103/2010/CGU/AGU, de 16 nov 10; Nota nº199/2010/DECOR/CGU/AGU; Despacho/CGCAL/CONJUR/MTE/Nº 016/2010, de 1º mar 10).

2.2. Arquivamento de Documentos - Outras áreas

(Transcrição Art 14, da IN 06-STN, de 31 OUT 07)

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“Os demonstrativos mensais da movimentação de almoxarifado, de bens móveis, imóveis e intangíveis, de selosde controle, de mercadorias apreendidas, da conciliação bancária e demais demonstrativos de controlepatrimonial, deverão ser arquivados pela Unidade Gestora Executora. Parágrafo único. Os demonstrativos referidos no caput deste artigo deverão ser arquivados por ordemcronológica de competência e sua ausência ensejará restrição na Conformidade dos Registros de Gestão doúltimo dia útil do mês a que se refere. ”

Conforme artigo a seguir, toda documentação e processo da UG, deverá estar organizado emordem cronológica, de tal forma que permita o acesso adequado e ágil das informações e dos dadosque ali constam.

(Transcrição Art 15, da IN 06-STN, de 31 OUT 07)“Os processos e documentos relativos a licitações, dispensa, inexigibilidade, contratos, suprimento de fundos con-vênios e/ou similares serão arquivados em ordem cronológica nas respectivas Unidades Gestoras Executoras, se-paradamente, por modalidade de licitação, conforme registro contábil.

§ 1º Os processos e documentos resultantes de aditamentos a instrumentos formalizados, quer sejam contratos,convênios e/ou similares, deverão ser apensados aos processos originais e mantidos em arquivos, nas respectivasunidades gestoras executoras, na mesma ordem cronológica. § 2º Os processos resultantes das liberações de recurso s e das prestações de contas de convênios e/ou similares ede suprimento de fundos deverão ser anexados aos processos originais e mantidos em arquivo na mesma ordemcronológica por unidade gestora. “

Outras novidades trazidas pela Portaria nº 018-SEF/2013 são os seguintes:

- Anexo 13 – Composição dos Processos Licitatórios de Sistema de Registro de Preços (SRP).- Anexo 14 – Composição dos Processos de Dispensa e Inexigibilidade de Licitação Realizada

de Forma Centralizada nas Regiões Militares; e- Anexo 15 – Arquivamento de Documentação Pertinente às Despesas do FUSEx

3. Execução

Consiste na certificação dos registros dos atos e fatos de execução orçamentária, financeira epatrimonial incluídos no SIAFI e da existência de documentos hábeis que comprovem as operaçõesefetuadas.

Realizada por usuário com o perfil CONFDOC no SIAFI, que não deve exercer atividades nasáreas orçamentária, financeira e patrimonial da UG, em função do princípio da segregação de função.O responsável titular deve ser incluído no Rol de Responsáveis, sendo que o seu substituto deveraconstar no rol somente no período da efetiva substituição.

O responsável pela Conformidade (Titular/Substituto) deverá ser oficial designado pelo OD em BI. Naimpossibilidade de o responsável titular e o seu substituto serem oficiais, o OD poderá designar para afunção subtenentes, sargentos ou servidores civis, informando o ato à Inspetoria de Contabilidade eFinanças do Exército (ICFEx) de vinculação, por meio de expediente emitido pelo próprio OD.

A conformidade de registro de gestão deverá ser registrada em até 03 (três) dias úteis a contar da datado registro dos atos e fatos de execução orçamentária, financeira e patrimonial no SIAFI, podendo seratualizada até a data fixada, pela STN, para o fechamento do mês. Verificar Msg 0065060-D Cont, de14 jan 10.

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A UG deverá proceder diariamente à análise do relatório “conformidade dos registros de gestão”,obtido por meio da transação IMPCONFREG (imprime conformidade registro de gestão) no SIAFI,no qual constam todos os registros do dia.

Após a análise do relatório IMPCONFREG, o servidor responsável deverá registrar a conformidadede registro de gestão por meio da transação ATUCONFREG (atualiza conformidade de registro degestão), indicando, em caso de restrição, um dos códigos existentes na transação CONRESTREG(consulta restrição registro de gestão). Após o registro, a conformidade poderá ser consultada comutilização da transação CONCONFREG (consulta conformidade dos registros de gestão).

A conformidade deverá ser efetuada nas UG primária e secundária, podendo ser registradacom uma das seguintes situações:

sem restrição: quando a documentação comprovar de forma fidedigna os atos e fatos de gestãorealizados; ou

com restrição:

- quando a documentação não comprovar, de forma fidedigna, os atos e fatos de gestãorealizados;

- quando da inexistência da documentação que dê suporte aos registros efetuados;

- quando o registro não espelhar os atos e fatos de gestão realizados, e não for corrigida peloresponsável; e

- quando ocorrerem registros não autorizados pelos responsáveis por atos e fatos de gestão.

A ausência ou o registro com restrição da Conformidade dos Registros de Gestão implicará o registrode Conformidade Contábil com ocorrência. A Msg 0034341-SEF, de 08/01/08, recomenda sobre anecessidade de que a conformidade seja executada com tempestividade, com o propósito de evitardiligências da STN, tendo em vista o disposto no item 3.10, da MACFROFUNÇÃO 020314-Conformidade dos Registro de Gestão, transcrito, in verbis:

“3.10 – a ausência de registro da conformidade de registro de gestão em qualquer dia da semana anterior, desdeque tenha havido movimento contábil, implica no encaminhamento de mensagem gerada automaticamente pelosistema, a ser disponibilizada no segundo dia útil, da semana seguinte.”

O Encarregado da Conformidade de Registro de Gestão, conforme Msg 0647139-CCont/STN,de 08/06/09, poderá também registrar com o código 951-DOCUMENTAÇÃO NÃO ANALISADA.Esse código foi uma criação da STN com o intuito de viabilizar o adequado registro, conformeinstituído no artigo 10 da IN n° 06, de 31 Out 07, devendo ser utilizado quando o responsável peloregistro não conseguir, por qualquer motivo, analisar, dentro do prazo legalmente instituído de 03(três) dias úteis, a documentação comprobatória dos registro de gestão.

Trata-se de um código de restrição que, se não for alterado ate o fechamento do mês (verificar esseprazo via transação >CONFECMES) implicará restrição na conformidade contábil. Dessa forma, essecódigo de restrição (951) deverá ser utilizado de forma provisória e substituído pelo registroadequado, com ou sem restrição, até o fechamento do mês.

Há o caso da documentação não ser encaminhada tempestivamente para que o Encarregado daConformidade de Registro de Gestão as analise. Neste caso, deverá ser utilizado o código de restrição“900-FALTA DE TEMPESTIVIDADE NA REMESSA DE DOCUMENTOS”. Da mesma forma,esse código de restrição (900) deverá ser utilizado de forma provisória e substituído pelo registroadequado, com ou sem restrição, até o fechamento do mês.

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5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 03/2018 ...................... fl 210

Os responsáveis pela conformidade dos registros de gestão, titular e substituto, devem ter seusrespectivos CPF atualizados na tabela de UG (ATUUG) no campo “conformidade dos registrosde gestão”.

Por se confundir com a denominação anterior de Conformidade Documental, a SEF, por meioda Msg SIAFI 1068740-, de 15/08/07, alerta sobre a importância dessa função, destacando que umaeventual falta de preparo dos agentes que a exercem é, em geral, atribuída a grande rotatividade nopreenchimento dessa função. Define, ainda, como uma função-chave na Administração, pois se tratado verdadeiro “assessor de controle interno” da UG, recordando ser Agente da Administração que fazparte do “Rol dos Responsáveis” e cuja a presença é obrigatória na Reunião de Prestação de ContaMensal. Por fim, na mensagem supracitada foi recomendada, também, a possibilidade de que os OD:

a. mantenham na função de “Encarregado do Suporte Documental” [Entenda-se Encarregadopela Conformidade dos Registros de Gestão] o mesmo Agente da Administração por um prazo de 2 a 3anos; e

b. estimulem e verifiquem continuamente o preparo desse agente.

Do exposto, verifica-se que o Chefe da Seção de Conformidade dos Registro de Gestão éresponsável pela verificação da documentação hábil que empresta suporte aos registros contábeis,financeiros, patrimoniais dos atos administrativos efetuados pelos agentes da administração da UG etambém é o corresponsável pelas irregularidades e impropriedades cometidas, em particular, quandoatesta, via sistema, que determinado ato administrativo encontra-se em conformidade com a legislaçãoe não há documentação hábil de amparo. Razão pela qual o mesmo se encontra no Rol dosResponsáveis.

Ainda, sobre deficiências na conformidade, publico trecho do documento82 abaixo, elaboradopela 11ª ICFEx:

“Importante comentar a incidência de deficiências apresentadas por algumas UG, seja pela ausência oupela falta de tempestividade, alegando diversos problemas. Em princípio não são motivos de justificativa para afalta de conformidade:

a. férias ou dispensas do titular ou do substituto;

b. dias sem expediente administrativo ou meio expediente;

c. serviços de escala, inspeções e visitas, exercício no terreno

e missões externas;

d. feriados militares, municipais e estaduais (somente os feriados nacionais são computados como dias nãoúteis);

e. senha dos responsáveis bloqueada (utilização da senha errada ou indevida por mais de duas vezes ou nãoutilização por mais de 30 dias o que leva ao bloqueio da senha/CPF); e

f. a ocorrência de problemas técnicos com os equipamentos ou problemas operacionais, pois cabe a UGprovidenciar acesso ao sistema através de outros equipamentos existentes nas proximidades (UG vizinha, outrosórgãos da administração pública, acesso via internet, entre outros).

Ainda, falta de registro da conformidade de gestão, de acordo com determinação do escalão superior,deve ser objeto de “restrição contábil” no mês de competência, quando do registro da conformidade contábilmensal pela ICFEx, o que será mencionado na tomada de contas anual da UG.

Se por algum motivo a UG não efetuar a conformidade de gestão, deverá informar a ICFEx, via MsgSIAFI:

82 Observações extraídas da Msg 094083/11ª ICFEx, de 21 jan 10

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a. motivo(s) pelo qual não foi realizado o registro;

b. se a documentação foi ou não analisada;

c. se a documentação está com ou sem alteração; e

d. se a documentação está ou não arquivada na UG.”

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XVII - PREJUÍZOS AO ERÁRIO – APURAÇÃO – RESPONSABILIDADES

Inicialmente deve ser ressaltado que a Portaria 008-SEF, de 23 DEZ 03 foi revogada emoutubro de 2017. Atualmente a apuração de irregularidades administrativas está normatizadapela Portaria 1.324-Cmt Ex, de 4 OUT 17, publicada na Separata ao BE nº 41/2017, de 13OUT 17.

1. INSTRUMENTOS DE APURAÇÃO

a. Na ocorrência de fatos ou da prática de atos de qualquer natureza que contenham indícios de danoao erário, o Comandante (Cmt), Chefe (Ch) ou Diretor (Dir) da Organização Militar (OM), comoautoridade administrativa competente, SOB PENA DE RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA,deve, imediatamente, adotar medidas administrativas para caracterização ou elisão do dano, apuraçãodos fatos, identificação dos responsáveis, quantificação do dano e obtenção do ressarcimento,observados os princípios norteadores dos processos administrativos.

b. A sindicância, nos termos das Instruções Gerais para a Elaboração de Sindicância, deverá seradotada como procedimento padrão para a apuração e ressarcimento.

c. Em situações específicas, conforme legislação própria, será instaurado, de imediato, o InquéritoPolicial Militar (IPM), instrumento de apuração sumária de fato e de sua autoria que, nos termoslegais, CONFIGURE CRIME MILITAR, com caráter de instrução provisória, cuja finalidadeprecípua é a de ministrar elementos necessários à propositura da ação penal.

d. Em caráter excepcional, a TCE poderá ser utilizada como instrumento de apuração. A instauraçãoda TCE não poderá exceder o prazo máximo de 180 dias contados da data do evento ilegal, ilegítimoou antieconômico, quando conhecida, ou da data da ciência do fato pela administração.

e. Os processos de apuração de dano ao erário com valor original igual ou superior a R$ 100.000,00(cem mil reais) devem ter tratamento prioritário até a correspondente instauração da TCE.

f. Nos casos em que os trabalhos de auditoria do CCIEx e das ICFEx concluírem pela ocorrência dedano ao erário, com a respectiva qualificação do responsável, será instaurada sindicância com afinalidade exclusiva de oportunizar aos responsáveis o exercício do contraditório e da ampla defesa.

g. O Cmt, Ch ou Dir OM, por ocasião da instauração de sindicância para apurar indícios de dano aoerário, deverá, além de DELIMITAR PORMENORIZADAMENTE O OBJETO A SER ALVODA APURAÇÃO, DETERMINAR, QUANDO NECESSÁRIA, A CONSULTA, PELOSENCARREGADOS, À ASSESSORIA DE APOIO PARA ASSUNTOS JURÍDICOS DA OMOU DO COMANDO ENQUADRANTE, para fim de receber orientação técnica, quando dorecebimento da incumbência, durante o trâmite processual e antes da elaboração do relatório.

h. O Cmt, Ch ou Dir OM determinará, ainda, que o encarregado faça a juntada aos autos dosseguintes documentos: - cópia, quando for o caso, do relatório e da solução do IPM ou de outro documento que tenha dadoorigem à sindicância; - Matriz de Responsabilização (Anexo A da Portaria 1324-Cmt Ex, de 4 OUT 17); - Ficha de Qualificação do Responsável (Anexo B da Portaria 1324-Cmt Ex, de 4 OUT 17); e

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- Demonstrativo Financeiro do Débito individualizado (Anexo C da da Portaria 1324-Cmt Ex, de 4OUT 17).

i. O sindicante deve manifestar-se obrigatoriamente: 1) nos casos de acidentes com viaturas, a sindicância deverá ser instruída em conformidade com asInstruções Gerais para a Apuração de Acidentes Envolvendo Viaturas;2) nos casos de dano em instalações ou de perda ou extravio de materiais diversos, se manifestar sobrea existência de dolo, negligência, imprudência ou imperícia por parte do sindicado;3) nos casos de pagamentos indevidos relativos ao pessoal da ativa, inativos e pensionistas:a) indicação, como sindicado, daquele que foi beneficiado com a implantação da verba indevida;b) relato sobre o contexto fático que levou à implantação da verba imerecida;c) a data da implantação da verba;d) se houve influência ou interferência, por parte do beneficiado, na implantação;e) se havia dúvida plausível sobre a interpretação, validade ou incidência da norma em que sefundamentaria o direito à verba, no momento da edição do ato que autorizou o pagamento da mesma;f) se era razoável, ainda que errônea, a interpretação, pela administração, da norma em que sefundamentaria o direito à verba; eg) se houve boa-fé ou comprovada má-fé por parte do beneficiado.4) nos casos de prejuízo imputado à União, o encarregado da sindicância deverá se manifestar sobre aexistência de causa que justifique a imputação à União conforme legislação vigente;5) em todos os casos:a) se há ou não dano ao erário, com a descrição detalhada da situação que deu origem ao dano,lastreada em documentos, narrativas e outros elementos probatórios que deem suporte à comprovaçãode sua ocorrência;b) proceder à oitiva daqueles que tenham exercido as funções relacionadas aos fatos a serem apuradosà época da ocorrência dos mesmos e, ainda, de outros agentes que tenham participado direta ouindiretamente do fato em apuração;c) evidenciação, por intermédio da Matriz de Responsabilização, exceto nos casos de prejuízoimputado à União, da relação entre a situação que deu origem ao dano e a conduta ilegal, ilegítima ouantieconômica da pessoa física ou jurídica a quem se imputa a obrigação de ressarcir os cofrespúblicos;d) as razões pela não imputação de prejuízo ao sindicado;e) a existência de direitos do responsável ou de terceiros; ef) outras situações que devam ser relatadas à administração militar.

j. Na solução da sindicância, o Cmt, Ch ou Dir OM deverá se manifestar, obrigatoriamente, nomínimo, acerca dos seguintes pontos: 1) imputar, efetivamente, a responsabilidade pelos danos causados àqueles que, por suas ações ouomissões, deram-lhe causa; 2) determinar que o responsável seja notificado para que recolha, no prazo de 15 (quinze) dias, o valordo prejuízo a ele imputado; 3) dar oportunidade ao responsável para que este reconheça a dívida, mediante a assinatura do Termode Reconhecimento de Dívida (Anexo E), e autorize o desconto em contracheque; e 4) decorrido o prazo para interposição de recurso, determinar que os seguintes documentos sejamregistrados no Sistema de Acompanhamento de Dano ao Erário (SISADE): - cópia do relatório da sindicância; - cópia da solução da sindicância; - cópia da Matriz de Responsabilização; e - demonstrativo financeiro de débito individualizado.

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2. CONSIDERAÇÕES SOBRE RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

a. A responsabilidade dos componentes da administração que participarem de determinado evento é,em princípio, solidária e ocorre quando há multiplicidade de devedores, os quais estão obrigados pelatotalidade da prestação devida. Cada titular, isoladamente, responde pela totalidade da prestação,embora assista o direito de regresso aos demais.

b. Na ocorrência de responsabilidade solidária, o pagamento parcial não é suficiente para afastar aresponsabilidade de um corresponsável.

3. REFERÊNCIA SOBRE O PROCESSO ADMINISTRATIVO DE RESPONSABILIZAÇÃO(PAR)

Conforme previsto no art. 9º da portaria 1324-Cmt Ex, 4 OUT 17, a constatação de possívelocorrência de atos lesivos à administração pública praticados por pessoa jurídica será tratada nostermos da Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013.

4. PROVIDÊNCIAS DA ORGANIZAÇÃO MILITAR (OM)

a. O cadastro do processo no SISADE é obrigatório e substitui a comunicação da OM (não há mais anecessidade da UG comunicar à ICFEx de vinculação da instauração de sindicância ou de IPM, desdeque realize o cadastro tempestivo das informações junto ao SISADE);

b. O acompanhamento por meio do SISADE, que deverá ser atualizado de forma frequente, até ocompleto desfecho dos procedimentos de apuração, do ressarcimento total do débito, da efetivainscrição em dívida ativa ou da imputação do prejuízo à União, independentemente da movimentaçãode seu responsável, de sua transferência para a inatividade ou de sua exclusão do serviço ativo.

c. O RAAIIA será gerado e tramitará, exclusivamente, via SISADE.

d. Além do registro no SISADE, o Cmt, Ch ou Dir OM deverá providenciar os registros pertinentesdos valores em apuração, no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal(SIAFI), nos termos da Cartilha para Contabilização de Diversos Responsáveis e Dano ao Erário da 5ª ICFEx (a ser divulgada após apreciação do CCIEx).

e. Apurada a responsabilidade pecuniária e identificado o responsável, o Cmt, Ch ou Dir OM,independentemente das comunicações regulamentares, deverá adotar as seguintes providências:- nos casos de IPM, instaurar sindicância com a finalidade de oportunizar o exercício do contraditórioe a ampla defesa aos responsáveis qualificados; e- nos casos de sindicância, por ocasião da solução, emitir a Notificação do Débito contendo a origem eo valor do débito imputado ao responsável, a forma e as condições de pagamento e a oportunidadepara que o responsável reconheça a dívida, mediante a assinatura do Termo de Reconhecimento deDívida (TRD). f. Cópia dos processos de apuração de dano ao erário e do TRD permanecerão arquivados no Setor deConformidade do Registro de Gestão da Unidade Gestora (UG), em condições de atender a qualquerquestionamento do controle interno ou externo.

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g. Se da apuração dos fatos resultar como responsabilizado servidor público regido pela Lei nº 8.112,de 11 de novembro de 1990, deverão ser observados os preceitos desta Lei, mais precisamente seusartigos 46 e 47.

Com a finalidade de subsidiar tanto a decisão da autoridade instauradora quanto o parecer doSindicante, orienta-se observar, além do disposto na Portaria 1.324-Cmt Ex, 4 OUT 17, o constantedo Parecer nº 048/AJ/SEF, de 13 AGO 09 que trata de apuração de danos ao erário e do Parecer nº111/AJ/SEF, de 30 SET 13, que trata de comprovação de má fé.

5. ATUALIZAÇÃO DO DÉBITO

a. A atualização do débito com o erário deverá ser mensal, registrada em campo específico doSISADE (Soma das Atualizações) e seguir as normas e decisões do TCU.

b. No curso da apuração da sindicância:- não havendo comprovada má-fé por parte do administrado, a dívida será atualizada monetariamente,com base na variação do IPCA, não havendo incidência de juros; e- havendo comprovada má-fé, os débitos devem ser atualizados com base na taxa do Sistema Especialde Liquidação e de Custódia (SELIC); ec. poderá ser utilizado, como ferramenta para a atualização do débito, o Sistema Débito do TCU.

c. Após a fase de apuração: conforme previsto no §2º do art. 35 da Portaria nº 1.324-Cmt Ex, haveráincidência de juros de mora a partir do término do prazo para recolher a quantia devida, previsto nanotificação. O NÃO PAGAMENTO OU O INÍCIO DO PAGAMENTO DE FORMAPARCELADA IMPLICA NA ATUALIZAÇÃO DA DÍVIDA, EXCLUSIVAMENTE, PELATAXA SELIC, INDEPENDENTEMENTE DE BOA FÉ.

d. Frise-se: A atualização monetária pelo IPCA, quando não comprovada a má-fé, somente se darádurante o decorrer do processo de apuração (sindicância) e da notificação para recolher a quantiadevida. Neste sentido, consultar DIEx nº 090-Asse1/SSEF/SEF, de 18 de junho de 2013, e item5.2.4.11. do Parecer 111/AJ/SEF, de 30 de setembro de 2013 (disponíveis na intranet da SEF). Taldistinção, após a expedição da Portaria 1.324-Cmt Ex, de 4 OUT 17, foi mantida, como ratificadojunto ao CCIEx (conforme divulgado pelo DIEx nº 12-DE/SAF/5ª ICFEx – CIRCULAR, de 22 JAN17 e DIEx nº 40-DE/SAF/5ª ICFEx – CIRCULAR, de 1 FEV 18).

e. A atualização monetária e os juros moratórios incidentes sobre o valor do débito devem sercalculados segundo o prescrito na legislação vigente e com incidência a partir:- da data do crédito na conta bancária específica, quando conhecida, ou da data do repasse dosrecursos - no caso de omissão no dever de prestar contas ou quando as contas apresentadas nãocomprovarem a regular aplicação dos recursos, exceto nas ocorrências previstas no item abaixo;- da data do pagamento - quando houver impugnação de despesas específicas e os recursos tiveremsido aplicados no mercado financeiro ou quando caracterizada a responsabilidade de terceiro; ou- da data do evento, quando conhecida, ou da data de ciência do fato pela administração - nos demaiscasos.Vejamos o caso esquemático abaixo:- Instauração da sindicância e lançamento da portaria no SISADE: 01 MAR 18;- Data da publicação da solução da sindicância em BI: 02 ABR 18;

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- Emite-se o TRD com o valor original do débito e a notificação com o valor atualizado, dando o prazode 15 (quinze) dias, a contar do recebimento, para se efetuar o pagamento. No caso até 17 ABR 18;- A partir do prazo para quitação, deve-se utilizar a taxa SELIC na atualização mensal do débito. Em qualquer caso, os cálculos acima poderão ser realizados por meio do Sistema Débito do TCU83.

Atenção: para casos que envolvam restituição de ajuda de custo e indenização de transporte, a UGdeve seguir as orientações constante nos DIEx nº 328-DE/SAF/5ª ICFEx , de 2 AGO 17, e o DIExnº 97-Asse1/SSEF/SEF, de 14 ABR 16. Num primeiro momento esta restituição não se configuradano ao erário e, por isso, deve seguir a sistemática de atualização prevista na Portaria nº 290-DGP,de 9 DEZ 13.

6. PARCELAMENTO DA DÍVIDA E COMPETÊNCIA DO ORDENADOR DE DESPESAS

a. Nos casos em que houver parcelamento da dívida, o Cmt, Ch ou Dir OM definirá o valor mensal dodesconto, considerando:- se o valor da prestação é suficiente para o pagamento dos juros e para a amortização do valor dadívida atualizado; - O MENOR NÚMERO DE PRESTAÇÕES POSSÍVEL, levando-se em conta o LIMITEMÁXIMO DISPONÍVEL DA MARGEM CONSIGNÁVEL do responsável;- o limite de até 60 (sessenta) vezes para o parcelamento da dívida; e- que o valor de cada parcela deverá ser atualizado mensalmente e, quando for o caso, acrescido dosjuros correspondentes.

b. A responsabilidade pelo acompanhamento do processo e pela atualização do débito, até a quitaçãodo dano ou inscrição na dívida ativa da união, é da OM onde ocorreu o dano (onde o processo foiinstaurado).

c. As indenizações a imputar ou imputadas aos militares temporários deverão ser dimensionadas,sempre que possível, de modo a permitir que os descontos sejam concluídos antes da respectivaexclusão do serviço ativo.

d. Na implantação dos descontos no contracheque do responsável, deverão ser observadas as seguintesprescrições:- se militar da ativa, inativo ou pensionista, os descontos deverão observar as disposições constantes naMedida Provisória no 2.215-10, de 31 de agosto de 2001, e na Portaria no 046-SEF, de 1º de julho de2005, ou normas que venham a substituí-las; e- se servidor ativo, aposentado ou pensionista, pertencente aos quadros do Comando do Exército, osdescontos deverão observar a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e o Decreto no 6.386, de 29de fevereiro de 2008, ou normas que venham a substituí-las.

e. Implantado o desconto em contracheque e havendo contestação judicial pelo responsável, o Cmt,Ch ou Dir OM deverá proceder da seguinte forma:- quando receber ordem judicial no sentido de interromper os descontos, deverá cumpri-la e informarao Juízo e à correspondente assessoria de apoio para assuntos jurídicos para adoção das medidascabíveis;

83 http://portal.tcu.gov.br/sistema-atualizacao-de-debito/

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- aguardar o pronunciamento definitivo do Juízo e, sendo a decisão judicial desfavorável aoresponsável pelo prejuízo, restabelecer o desconto;- caso a decisão, após a apreciação do recurso cabível, seja favorável ao responsável e,consequentemente, determine à administração para que mantenha a suspensão dos descontos, deveráinformar à ICFEx e esta ao CCIEx para a adoção das providências cabíveis; e- nos casos de ocorrência de processo penal transitado em julgado, em que o militar tenha sidoabsolvido por negativa de autoria ou inexistência do fato, caberá o ressarcimento da União ao militardos valores eventualmente descontados, devidamente atualizados, após certificação e manifestação dacorrespondente assessoria de apoio para assuntos jurídicos. Para estes casos a UG deve seguir asorientações do DIEx 306-Asse 1/SSEF/SEF, de 16 OUT 17.

f. Os descontos em contracheque devem ser implantados em favor da UG que instaurou oprocedimento apuratório.

g. OS RECURSOS QUE O MILITAR RECEBE A TÍTULO DE COMPENSAÇÃOPECUNIÁRIA (que é prevista na Lei nº 7.963, de 21 de dezembro de 1989 e regulada peloDECRETO No 99.425, DE 30 DE JULHO DE 1990) PODEM SER UTILIZADOS PARA ORESSARCIMENTO DO DANO AO ERÁRIO, conforme esclarecido pela SEF em parecerexarado no DIEx 65-Ass1/SSEF, de 11 SET 12.

h. O parcelamento do débito só é possível por meio de desconto nos vencimentos que osresponsáveis pela indenização recebam do Comando do Exército (pessoal da ativa, inativo, pessoalcivil e pensionistas).

i. Não há previsão legal para o parcelamento via GRU. O PAGAMENTO VIA GRU DEVEOCORRER DE UMA SÓ VEZ (PARCELA ÚNICA), INDEPENDENTEMENTE DEVÍNCULOS COM O COMANDO DO EXÉRCITO.

Importante destacar que existem casos em que a dívida deve ser quitada integralmente em parcelaúnica por expressa previsão normativa84, como é o caso da restituição de valores recebidos a título deindenização de transporte e ajuda de custo, quando o militar deixar de seguir destino por interessepróprio. Para estes casos a UG deve observar o constante nos DIEx nº 328-DE/SAF/5ª ICFEx , de2 AGO 17, e o DIEx nº 97-Asse1/SSEF/SEF, de 14 ABR 16.

j. As indenizações à Fazenda Nacional constituem-se descontos obrigatórios85, logo, têm precedênciasobre os descontos autorizados86, cabendo ao OD, em caso de a margem consignável do responsávelnão suportar, fazer a exclusão dos descontos autorizados com o fim de possibilitar a inclusão dodesconto relativo à dívida com a Fazenda87. As indenizações a imputar ou imputadas aos militaresdeverão ser dimensionadas, sempre que possível, de modo a permitir que os descontos sejamconcluídos antes do respectivo licenciamento ou exclusão do serviço ativo88.

84Ver artigos 39, III, 40, 58 e 59, § 2º todos do Decreto nº 4.307, de 18 de julho de 2002.

85Conforme art. 15, V da Medida Provisória nº 2215-10/2001.

86Conforme art. 9º da Portaria nº 046-SEF, de 1º de julho de 2005.

87Consoante orientação do CPEx, constante no DIEx nº 1000-S/6/Gab/CPEx, de 17 abr 13.

88Consoante art. 150 do Regulamento de Administração do Exército (RAE) e §3º do Art. 20 da Portaria1324-Cmt Ex, de 4 OUT 17.

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7. TERMO DE RECONHECIMENTO DE DÍVIDA

a. O modelo de Termo de Reconhecimento de Dívida (TRD) é o constante no Anexo E à Portaria nº1.324-Cmt Ex, de 04 OUT 17.

b. No TRD deve constar o valor ORIGINAL do dano.

8. DANOS CAUSADOS A TERCEIROS POR VIATURA

a. Conforme ratificado na Msg nº 0597248-SEF, de 28 MAIO 08, os recursos paraindenização de danos causados a terceiros por viatura pertencente ao Exército deverão ser solicitados,por intermédio da RM, empregando, inclusive o Sistema SIGA89. Somente após o ressarcimento do(s)terceiro(s) é que se poderá cobrar o débito do(s) responsável(eis). Os procedimentos a serem adotadosconstam da Msg nº 0559079-DGO, de 18 MAIO 10.

b. Nos casos de acidentes com viaturas, a sindicância deverá ser instruída em conformidade com asInstruções Gerais para a Apuração de Acidentes Envolvendo Viaturas Pertencentes ao Exército eIndenizações de Danos Causados à União e a Terceiros, ou norma que venha a substituí-la.

9. RESPONSÁVEIS AUSENTES, EM LUGAR INCERTO OU NÃO SABIDO

Quando o domicílio do responsável foi indefinido a notificação prévia deverá ser efetuada pormeio de edital publicado no Diário Oficial da União (DOU), com cópia anexada aos autos.

10. ATUALIZAÇÃO DE PROCESSOS NO RAAIIA E NO SIDADE

a. O Relatório de Acompanhamento da Apuração de Indícios de IrregularidadesAdministrativas (RAAIIA) será gerado e tramitará, exclusivamente, via SISADE.

b. Todo o acompanhamento do processo, desde o cadastramento tempestivo do processo junto aoSISADE, assim como a atualização do débito, até a quitação do dano ou a sua efetiva inscrição nadívida ativa da União, é da UG que instaurou o procedimento apuratório, independentemente demovimentação ou transferência para a reserva remunerada do responsável pelo dano.

c. Nos casos de pagamento de pessoal, quando constatada a responsabilidade subsidiária decorrente deimplantação indevida, a apuração do dano e da respectiva responsabilidade pela implantação indevida,bem como o acompanhamento decorrente, serão efetivados no âmbito da OM onde ocorreu o atoadministrativo indevido.

Obs: a partir da publicação da Portaria 1324-Cmt Ex, de 4 OUT 17, o RAAIIA será gerado etramitará, exclusivamente, via SISADE, tornando desnecessário o envio do mesmo, via impressa eanexado ao Relatório de Prestação de Contas Mensal (RPCM), conforme §3º do Art 11 da portariacitada (DIEx nº 515-DE/SAF/5ª ICFEx , de 8 NOV 17).

89Conforme item 02.01.00 do Manual do Sistema de Informações Gerenciais e Acompanhamento Orçamentário daDiretoria de Gestão Orçamentária (SIGA/DGO).

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11. CONTABILIZAÇÃO DOS DANOS/PREJUÍZOS

a. A separata ao B Info nº 8/2011, “Cartilha de Contabilização de Danos ao Erário”, elaborada poresta Inspetoria, contém orientações no sentido de facilitar os registros contábeis quando houver danoao erário (extravio/falta de material permanente, consumo, pagamento indevido, entre outros).

b. Em vista da mudanças no plano de contas do SIAFI e em alterações na macrofunção DiversosResponsáveis, essa cartilha foi atualizada e SERÁ DIVULGADA após apreciação do CCIEx.

12. ENCAMINHAMENTO PARA DÍVIDA ATIVA DA UNIÃO JUNTO À PGFN

a. Parâmetros para encaminhamento para Dívida Ativa da União (§ 3º e § 4º do Art. 33, da Portaria 1.324-Cmt Ex, de 4 OUT 17): - valores iguais ou superior a R$ 1.000,00 (mil reais);- se o valor for inferior a R$ 1.000,00 (mil reais), a OM deverá mantê-la sob a sua administração,observando a atualização mensal e a incidência de juros (até que o valor da dívida atinja o referido limite(§3º do Art. 32 da Portaria 1.324-Cmt Ex, de 4 OUT 17); no SISADE estes processos devem ter seu statusalterado para “Em acompanhamento do débito/atualização”);- processos que envolvam militares ativos e inativos, ex-militares temporários (quando o débito foiconstituído no serviço ativo);- processos que envolvam aqueles que se relacionam com a união por meio de contratos, convênios einstrumentos congêneres; e- encaminhamento por intermédio da Região Militar.

b. Caso a PGFN indeferir a inscrição na DAU, encaminhar o débito para ajuizamento de ação de cobrança.

13. ENCAMINHAMENTO PARA DÍVIDA ATIVA DA UNIÃO JUNTO À PGU:

a. Parâmetros para encaminhamento para ajuizamento de ação de cobrança (§ 5º do Art. 33, da Portaria1.324-Cmt Ex, de 4 OUT 17): - independe do valor do dano (não importa se maior, igual ou superior a R$ 1.000,00 – mil reais);- processos que envolvam pensionistas (quando não for possível o desconto em contracheque);- processos que envolvam aqueles que não têm qualquer vínculo com a Administração Militar;- processos cujos pedidos de inscrição na dívida ativa da união foram indeferidos pela PGFN (juntar aoprocesso eventual despacho de indeferimento da PGFN); e- encaminhamento por intermédio da RM, da DE ou da OM valor GU a que a OM de origem estivervinculada.b. Nos casos em que a PGU indefira pedido de ajuizamento de ação de cobrança:- juntar ao processo eventual despacho de indeferimento PGU;- não imputar automaticamente o dano à União; e- informar à 5ª ICFEx caso não se obtenha o êxito (a 5ª ICFEx, por sua vez, informará ao CCIEx).

14. SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DE DANO AO ERÁRIO

a. Apresentação do Sistema:

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O Sistema de Acompanhamento de Dano ao Erário (SISADE) é um sistema utilizado para o registroon-line dos processos de apuração de irregularidades administrativas (sindicâncias, IPM e processosadministrativos) instaurados pelas UG.

O SISADE tem por finalidade otimizar o gerenciamento das informações registradas nos Relatórios deAcompanhamento da Apuração de Indícios de Irregularidades Administrativas (RAAIIA),principalmente no que tange ao cadastro, trâmite, acompanhamento e tomada de decisão acerca deprocessos relacionados com a apuração de danos ao erário.

b. Uso do Sistema

Para o uso do SISADE, faz-se necessário que a UG ICFEx acesse, via intranet, o endereçohttps://sistemas.cciex.eb.mil.br/sisade/ , utilizando o navegador Mozila ou Google Chrome, e observeos seguintes passos:

1) Cadastro de Operador:- ao digitar o endereço eletrônico acima citado, a interface do sistema ficará disponível, bastando clicarem "solicitar cadastro" - "selecionar sua OM" - "enviar" (abrirá uma ficha cadastral, a qual cadaoperador preencherá, criando sua própria senha de acesso de, no mínimo, sete caracteres). Feito ocadastro, basta enviar. O login será o CPF cadastrado; e- o cadastro do operador será homologado pelo Ordenador de Despesas (OD) da UG vinculada (essahomologação segregada e escalonada visa ao controle e à segurança das informações, uma vez que osusuários das ICFEx e os OD de UG poderão homologar, alterar e excluir seus respectivos operadores).

2) Cadastro de Ordenador de Despesas:- o Ordenador de Despesas, para realizar seu cadastro, deverá seguir os mesmos passos que osOperadores; e- o cadastro do Ordenador de Despesas será homologado pela 5ª ICFEx.

3) Cadastro dos Processos:- uma vez que todos os usuários estejam cadastrados e homologados no SISADE, conforme descritoacima, os processos poderão ser inseridos por intermédio dos operadores das UG, bastando acessar olink "cadastrar" e, em seguida, selecionando a aba "processo"; e- caso o processo ainda não esteja concluído ou solucionado no âmbito da UG (Ex: sindicância emandamento), no campo "valor" digite um VALOR ESTIMATIVO; caso contrário, o sistema nãopermitirá o cadastramento do processo.

4) Cadastro de Responsáveis pelos danos:- para cadastrar os responsáveis, basta clicar em "cadastrar", selecionar a aba "responsáveis",selecionar o processo e registrar o respectivo(s) responsável(eis); e- poderá ser cadastrado mais de um responsável por processo.

5) Cadastro de Pagamentos realizados:- seguidos os passos anteriores, é possível cadastrar o valor pago e a forma como este pagamentoocorreu (GRU ou contracheque), com a respectiva data de recolhimento; e- cabe destacar que nem todos os processos terão responsáveis identificados e, consequentemente, nãohaverá pagamentos.

c. Cuidados a serem tomados nos registros efetuados no SISADE

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A UG deve, logo após cadastrar o processo, inserir como informação no histórico, um resumoda portaria de instauração do procedimento.

Ao cadastrar os processos no SISADE as UG devem verificar a correção, a coerência e acompatibilidade dos dados cadastrados no Sistema por seus operadores, atentando, especialmente paraos seguintes pontos:1) de modo geral:- tempestividade no cadastramento do ato de instauração do processo de apuração (ciência do Órgãode Controle Interno);- preenchimento correto de todos os campos de cada processo;- coerência entre a descrição do fato, a solução do processo e as medidas adotadas pela UG, bemcomo o necessário andamento da quitação da dívida;- compatibilidade da solução do processo com o parecer expedido pela 5ª ICFEx, tanto na FichaSimplificada de Análise quanto na análise do processo;- lapso temporal razoável entre a instauração do processo e a sua solução, bem como as efetivasprovidências para recomposição do dano;- processos com status "em apuração" por prazos superiores aos previstos nas normas (IPM,sindicância);- processos em fase de pagamento que continuam com o status "em apuração";- processos concluídos, mas sem o registro de pagamento de qualquer parcela por parte doresponsável; e - processos quitados, mas não arquivados.

2) nos processos com o status "Processo de Inscrição na Dívida Ativa da União ou submetido à PGU":- se há processos com esse status, mas sem a identificação de responsável(eis); e- se há processos que já possuem o nº de protocolo na dívida ativa, mas que ainda não foramarquivados (o link para consulta ao site da Procuradoria da Fazenda Nacional encontra-se no SISADEem "CONSULTAR / LINKS ÚTEIS").

3) nos processos com o status "Em Apuração":- se há processos com esse status, mas que já estão solucionados; e- se há processos com mais de 120 dias nesse status, sem registro de nenhum despacho nemjustificativa.

4) nos processos com o status "Processo de Pagamento":- se há processos com esse status, mas sem nenhum registro de pagamento ou, ao contrário, comevidências de quitação;- se há processos com pagamentos suspensos, mas sem nenhum registro acerca da motivação; e- se na ocorrência de valores de parcelas mensais que inviabilizam a quitação da dívida, inclusiveestendendo-se por mais de 60 (sessenta) parcelas (o parcelamento deve ser dimensionado em nomáximo 60 parcelas, que devem viabilizar a quitação dentro desse prazo; caso contrário, a dívidadeverá ser inscrita na Procuradoria da Fazenda Nacional ou encaminhada para ajuizamento de ação decobrança).

5) em relação ao preenchimento dos campo Valor e Valor Atual de cada processo (DIEx nº 407-SPE/CCIEx – CIRCULAR: 3/11/2016):“ Solicitamos a todos que alterem o campo "Valor" e "Valor Atual" de cada processo em andamento nasua UG, adequando-os ao que se segue: CAMPO "VALOR" - registrar neste campo SOMENTE o valorORIGINAL (extraído do processo de apuração); CAMPO "VALOR ATUAL" - registrar SOMENTE osomatório das atualizações efetivamente ocorridas até o presente momento em cada processo. Os

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processos cujos campos estejam em desacordo com esta orientação deverão ser corrigidos, para quesejam alinhados à nova plataforma do SISADE, a ser lançada oportunamente."

6) em relação aos usuários cadastrados em cada UG:- as UG devem realizar rotineiramente uma apreciação de seus usuários do sistema, procedendo aexclusão dos operadores já movimentados para outra OM ou cuja movimentação interna na OM (trocade função) torne desnecessário seu cadastro;- a UG deve manter gerenciar os usuários cadastrados por meio daquele que possui o perfil“Cmt/Ch/Dir/OD” no sistema; e- as UG devem ficar atentas para a mudança do Ordenador de Despesas, mantendo a 5ª ICFExatualizada por meio de Msg SIAFI.

d. Manual do SISADE

Eventuais dúvidas poderão ser tiradas por intermédio do manual do SISADE, disponível emhttps://sistemas.cciex.eb.mil.br/sisade/index.php.

O Manual tem sido alterado rotineiramente pelo CCIEx. A versão atual é de 16 MAR 18.

Caso as dúvidas permaneçam, a UG deverá contatar a Seção de Auditoria e Fiscalização do 5ª ICFEx.

A 5ª ICFEx registrará ocorrência contábil (código 316), no SIAFI, para as UG que se encontram compendências no SISADE, por "falta/atraso no cumprimento de diligências"

15. PRINCIPAIS IMPROPRIEDADES NOS PROCESSOS DE APURAÇÃO DE DANOS AOERÁRIO

Recebimento Indevido de Recursos da União

Impropriedade Recomendação

Deixar de comprovar no Processo Administrativoque o recurso foi recebido de boa ou má-fé.

Observar o Ofício nº 359/AJ/SEF, de 20 OUT09. Parecer Jurídico nº 111/AJ/ SEF, de 20 SET13.

Aplicar, indevidamente, a Súmula no 249/TCU,de 11 MAIO 2007.

Observar o Parecer Jurídico no 048/AJ/SEF, de13 AGO 09, que cita os casos em que a Súmuladeve ser aplicada e Parecer Jurídico nº 111/AJ/SEF, de 20 SET 13.

Deixar de oferecer ao beneficiado pelo erroadministrativo a oportunidade de,voluntariamente, ter o índice reduzido e derestituir valores recebidos indevidamente.

Observar o Parecer Jurídico no 048/AJ/SEF, de13 AGO 2009 e Parecer Jurídico nº 111/AJ/SEF, de 20 SET 13.

Deixar de abrir IPM quando ocorrer saquesindevidos na conta de pensionista falecida, queconfigurem crime.

Observar o Ofício no 132/Gab Cmt Ex, de 13DEZ 06.

Deixar de observar os procedimentos corretospara apuração de irregularidades.

Observar o fluxograma contido no ParecerJurídico no 048/AJ/SEF, de 13 AGO 09 e no e

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Parecer Jurídico nº 111/AJ/ SEF, de 20 SET 13.

Acidente com Viaturas

Impropriedade Recomendação

Deixar de instaurar Sindicância quando o acidentefor sem vítimas ou não houver indícios de crimemilitar.

Observar o Cap II, do Título I, da Portaria no039/Gab Cmt Ex, de 28 JAN 10.

Encerrar a Sindicância quando os envolvidosassumirem a responsabilidade pelos débitos.

A UG deverá anexar o Termo deReconhecimento da Dívida e prosseguir com oProcesso (Sindicância, Perícia e Parecer Técnico)de acordo com o § 1o, do art 14, da Portaria no039/Gab Cmt Ex, de 28 JAN 10.

Ressarcimento de Débito com a União

Impropriedade Recomendação

Deixar de efetuar o desconto emfolha quando o militar nãopossui margem consignável.

Seguir o previsto nos artigos 20 e 21 da Portaria 1.324-Cmt Ex, de4 OUT 17. Observar, também, no que não for conflitante emrelação ao disposto na Portaria 1.324-Cmt Ex, de 4 OUT 17, oconstante no Parecer no 058/AJ/SEF, de 20 Jun 07, Of no090/AJ/SEF, de 20 Jun 07 e DIEx nº 1000-S/6/Gab/CPEx, de 17ABR 13.

Deixar de atualizar o débito.

Seguir o previsto nos artigos 35 a 37 da Portaria 1.324-Cmt Ex, de4 OUT 17 e os DIEx nº 40-DE/SAF/5ª ICFEx – CIRCULAR, de1 FEV 18, DIEx nº 14-DE/SAF/5ª ICFEx - CIRCULAR, de 23Jan 18, DIEx nº 12-DE/SAF/5ª ICFEx – CIRCULAR, de 22 JAN18, DIEx nº 090-Asse1/SSEF/SEF, de 18 de junho de 2013, eitem 5.2.4.11. do Parecer 111/AJ/SEF, de 30 de setembro de2013.

Deixar de envidar esforços paranotificar o responsável pelodébito, quando este nãopertencer à Força.

A UG poderá designar um militar para localizar e notificar oresponsável; se o responsável se recusar a assinar a notificação,poderá ser feita com testemunhas. Não sendo localizado oresponsável a UG poderá publicar a notificação no DOU. § 7º e§8º do Art 8º da Portaria 1.324-Cmt Ex, de 4 OUT 17.

Deixar de acompanhar o débitoquando o militar é transferidopara outra OM.

A UG na qual o militar causou o dano ao erário é a responsável poracompanhar o débito, tomando as seguintes medidas:1. Encaminhar cópia do processo à UG de destino para, caso sejanecessário, implantar o desconto em contracheque do responsável;2. Solicitar que o desconto em contracheque seja realizado emfavor da UG que instaurou o procedimento;3. Manter a ICFEx informada por meio do SISADE; e4. Dar quitação aos responsáveis, constando no processo talinformação, desde que recolhidos todos os encargos da dívida.

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Deixar de acompanhar inscriçãona Dívida Ativa da União,quando o causador do dano serecusar a ressarcir ao erário.

Solicitar a inscrição na Dívida Ativa da União via Região Militar emanter a ICFEx informada até o deslinde do caso (informar aICFEx o número de protocolo da inscrição na Dívida Ativa daUnião).

Deixar de acompanhar oajuizamento da ação de cobrançajunto à PGU.

Solicitar o ajuizamento da ação de cobrança junto à PGU viaAssessoria Jurídica da GU a que estiver subordinada a UG queinstaurou o procedimento. Registrar no SISADE o número deprotocolo do ajuizamento da ação de cobrança.

Deixar de envidar esforços paraque o erário seja recomposto nomenor tempo possível.

1. Tratando-se de militar, observar o prescrito no art 20 e 21 daPortaria 1324-Cmt Ex, de 4 OUT 17. No que não for divergente aesta portaria, observar, também, o Parecer no 058/AJ/SEF, de 20JUN 07 e Ofício no 090/AJ/SEF, de 16 ABR 07.2. O desconto deve ser realizado em parcelas mensais dosvencimentos em valor que cubra o montante da dívida e osencargos legais.3. Tratando-se de pessoa não vinculada à Administração, deveráser proposta a recomposição do dano ao erário via GRU emparcela única.

Deixar de verificar se o valor daparcela será capaz de amortizaro valor da dívida mais opagamento de juros dentro doprazo máximo permitido (60meses de desconto emcontracheque).

O cálculo do valor de prestações futuras pode ser calculadousando-se a Calculador do Cidadão do Banco Central. Com o valortotal do dano a ser restituído, o número de parcelas (até 60) mais amédia da taxa SELIC do último ano, consegue-se obter o valormínimo da prestação a ser implantada no contracheque. Se não for possível realizar o ressarcimento nos termos do Art 20 e21 da Portaria 1324, a UG deverá encaminhar o débito parainscrição na DAU ou para ajuizamento de ação de cobrança.

Impropriedades Comuns

Impropriedade Recomendação

Deixar de abrir sindicância para conceder odireito de ampla defesa, em caso de danocomprovado em IPM.

Observar o § 2º do Art 4º da Portaria 1324-CmtEx, 4 OUT 17.

Deixar de lançar no SISADE a instauração deSindicância sobre dano ao erário.

Observar o §1º do Art. 11 da Portaria no 1324-Cmt Ex, de 04 OUT 17.

Designar como Sindicante militar semprecedência hierárquica sobre o Sindicado.

Observar o art 20 da Portaria no 107-Gab CmtEx, de 13 FEV 12.

Estimar incorretamente o valor do dano quandodo cadastramento do processo junto ao SISADE.

Buscar inserir o valor mais próximo possível dodano. Exemplos:- extravio de material: inserir o valor da últimainclusão em cargo de bem similar ou o preçoatual junto ao comércio;- pagamento indevido de 10% a mais de tempo deserviço ao longo de 8 anos: (8x12x valor dotempo de servido que se julga inicialmente

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Impropriedades Comuns

Impropriedade Recomendação

incorreto)

Deixar de atualizar no SISADE o deslinde dasinformações no histórico do processo.

Observar o Art. 23 da Portaria no 1324-Cmt Ex,de 04 OUT 17.

Deixar registrar/atualizar os dados dos processosde ressarcimento ao erário no SISADE.

Os processos devem ser cadastrados no SISADEtão logo sejam instaurados. Após o cadastroinicial, os dados devem ser atualizados conformeos atos do processo (alteração de status, cadastrode responsáveis, valoresimputados/pagos/corrigidos, etc).

16. DIEX EXPEDIDOS PELA 5ª ICFEX SOBRE DANO AO ERÁRIO, SISADE E PORTARIA 1324-CMT EX, DE 4 OUT 17, AO LONGO DE 2017 E MARÇO DE 2018:

- DIEx nº 44-DE/SAF/5ª ICFEx - CIRCULAR, de 9 mar17: SISADE – atualização dos campos“valor original” e “soma das atualizações”;- DIEx nº 89-DE/SAF/5ª ICFEx - CIRCULAR , 29 mar 17: apuração de irregularidadesadministrativas – SISADE E in 76-TCU e TCE;DIEx nº 251-DE/SAF/5ª ICFEx, de 11 JUL 17: registro da ciência do fato no SISADEDIEx nº 321-DE/SAF/5ª ICFEx, de 1 ago 17: dano ao erário - inscrição na Dívida Ativa da União eajuizamento de ação de cobrança;DIEx nº 498-DE/SAF/5ª ICFEx, de 1 nov 17: Principais alterações nas Normas para Apuração deIrregularidades Administrativas - Portaria nº 1.324-Cmt Ex, de 4 Out 2017;DIEx nº 514-DE/SAF/5ª ICFEx, de 8 Nov 17: Remessa de Relatórios de Auditoria de Relatórios eSoluções de Sindicâncias ao Ministério Público Militar e correspondente registro no SISADE;DIEx nº 600-DE/SAF/5ª ICFEx , de 21 DEZ 17: Alterações no SISADE;DIEx nº 603-DE/SAF/5ª ICFEx - CIRCULAR 21dez17: PCA 2017 - informações sobre a apuraçãode Dano ao Erário;DIEx nº 1-DE/SAF/5ª ICFEx - CIRCULAR , 2 de janeiro de 2018, manual do SISADE - nova versão(28 DEZ 17);DIEx nº 10-DE/SAF/5ª ICFEx - CIRCULAR , 16 jan 18: Dano ao erário na área de pessoalDIEx nº 12-DE/SAF/5ª ICFEx - CIRCULAR , 22 jan 18: dúvidas relacionadas às Normas paraApuração de Irregularidades Administrativas - Portaria nº 1.324-Cmt Ex - 5ª ICFEx;DIEx nº 14-DE/SAF/5ª ICFEx – CIRCULAR, 23 de janeiro de 2018, atualização de débitosdecorrentes de danos ao erário e registros no SISADE (“Soma das atualizações”);DIEx nº 40-DE/SAF/5ª ICFEx – CIRCULAR, 1 de fevereiro de 2018, atualização de débitosdecorrentes de danos ao erário e registros no SISADE (“Soma das atualizações”) - reiteração;DIEx nº 47-DE/SAF/5ª ICFEx , 6 de fevereiro de 2018, Remessa de Relatórios de Auditoria deRelatórios e Soluções de Sindicâncias ao Ministério Público Militar e correspondente registro noSISADE – reiteração;DIEx nº 54-DE/SAF/5ª ICFEx , 6 de fevereiro de 2018, cadastro de usuários no SISADE;DIEx nº 77-DE/SAF/5ª ICFEx – CIRCULAR, 20 de fevereiro de 2018, manual do SISADE - novaversão (15 FEV 18); eDIEx nº 132-DE/SAF/5ª ICFEx - CIRCULAR , 12 de março de 2018, SISADE – gerenciamento /responsabilidades no âmbito da UG.

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17.LEGISLAÇÃO/DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA/ CONSULTA

Constituição da República Federativa do Brasil de 5 de outubro de 1988;Lei nº 6.880, de 9 DEZ 80 – Dispõe sobre o Estatuto dos Militares;Lei nº 8.112, de 11 DEZ 90–Dispõe sobre o Estatuto do Servidor Público Civil da União;Lei nº 9.784, de 29 JAN 99 – Regula o Processo Administrativo no Âmbito da Administração PúblicaFederal;Lei nº 10.406, de 10 JAN 02 – Institui o Código Civil Brasileiro;Medida Provisória nº 2215-10, de 31 AGO 01–Dispõe sobre a Remuneração dos Militares;Decreto nº 4.307, de 18 JUL 02 – Regulamenta a MP nº 2215-10/2001;Decreto nº 20.910, de 6 JAN 32 – Regula a Prescrição Quinquenal;Decreto nº 98.820, de 12 JAN 90 – Aprova o Regulamento de Administração do Exército (RAE);Portaria nº 039-Cmt Ex, de 28 JAN 10 – IG para apuração de acidentes envolvendo Vtr pertencentesao Exército e indenizações de danos causados à União e a terceiros;Portaria nº 049-MF, de 1º ABR 04 – Estabelece limites de valor para a inscrição de débitos fiscais naDívida Ativa da União;Portaria nº 107-Cmt Ex, de 13 FEV 12 – IG para Elaboração de Sindicância no âmbito do EB;Portaria nº 004-SEF, de 30 AGO 00 – Normas para Realização das Atividades de Auditoria dasICFEx;Portaria nº 018-SEF, de 20 DEZ 03 – Normas para Prestação de Contas dos Recursos Utilizadospelas UG do EB;Portaria nº 815-SEF, de 28 SET 12 – Aprova as Normas para a Realização de Tomada de ContasEspecial (TCE);Portaria nº 046-SEF, de 1º JUL 05 – Aprova as Normas Complementares para Consignação deDescontos em Folha de Pagamento;Portaria nº 15-PGFN/RFB, de 15 DEZ 09 – Dispõe sobre parcelamento de débitos para com aFazenda Nacional (valor mínimo de cada parcela);Portaria nº 1324- Cmt Ex, de 4 OUT 17 – Aprova as Normas para Apuração de IrregularidadesAdministrativas e dá outras providências.Of nº 158-Asse Jur-04 (A1-SEF), de 16 DEZ 04 – Implantação de desconto sem a anuência doresponsabilizado; necessidade de Sindicância, mesmo que o responsável reconheça a dívida;Necessidade de sindicância mesmo quando o valor do dano for inferior a R$ 1.000,00 e oresponsável que não pertença à Administração assine termo de reconhecimento de dívida; Of nº 015-A/2-SEF, de 03 MAR 05 – Orientações quanto a procedimentos relativos a apuração eressarcimento do dano ao Erário;Of nº 172-A1/SEF, de 04 SET 06 – Define responsabilidade Objetiva do Exército em caso de Dano aTerceiro – Direito de regresso;Of nº 090-A1/SEF, de 16 ABR 07 – Possibilidade de parcelamento da dívida em mais de 60 parcelas;independência entre as instâncias (judicial, administrativa e cível) (apenas disposições que nãosejam conflitantes com a Portaria nº 1324- Cmt Ex, de 4 OUT 17);Of nº 236-A1/SEF, de 03 JUL 09 – Implantação do desconto em contracheque mesmo sem aanuência do responsável; responsabilização do agente da Administração somente quando não forpossível o alcance do beneficiado administrativa ou judicialmente;Of nº 391-A1/SEF, CIRCULAR, de 10 NOV 09 – Restituição de valores recebidos por força dedecisão judicial posteriormente reformada;Of nº 359-A1/SEF, CIRCULAR, de 20 OUT 09 – Comprovação de má-fé;Of nº 042-A1/SEF, de 01 MAR 10 – Necessidade de comprovação da má-fé através de documentos;

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5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 03/2018 ...................... fl 227

Of nº 047-A1/SEF, de 11 MAR 10 – Princípio da segurança jurídica e aplicação retroativa de novainterpretação; restituição de valores recebidos por força de decisão judicial posteriormente revogada;DIEx n° 306-Asse1/SSEF/SEF, 16 de outubro de 2017 - pagamento de valores devidos pela uniãoem decorrência de decisão judicial transitada em julgado.Parecer nº 058/AJ/SEF, de 20 JUN 07 – Limites de parcelamento do débito relativo a danos aoErário;Parecer nº 048/AJ/SEF, de 13 AGO 09 – Apuração de danos ao erário; responsabilidade subsidiáriado agente da Administração; aplicação das Súmulas 249-TCU e 34-AGU;Parecer nº 332/CONJUR-MD, de 21 AGO 09 – Restituição de valores recebidos indevidamente –Aplicação das Súmulas 249-TCU e 34-AGU – Devolução de valores recebidos por força de decisãojudicial precária (antecipação de tutela/medidas liminares).DIEx nº 015-Asse1/SSEF/SEF, de 2013, de 19 FEV 13 - atualização monetária e juros incidentes nasrecomposições do erário.DIEx nº 90-Asse1/SSEF/SEF, de 18 JUN 13 – juros de mora.DIEx nº 175-Asse1/SSEF/SEF – 5 NOV 13 – Dívida em favor do FUSEx.DIEx nº 111-Asse2/SSEF/SEF, de 17 JUL 13 - Inscrição de pessoa física ou jurídica no CADIN deÓrgãos e Entidades Federais. DIEx nº 151-Asse1/SSEF/SEF, de 8 SET 14 – atualização monetária.DIEx nº 211-Asse1/SSEF/SEF, 17 NOV 15 - ressarcimento ao erário - conversão em moedanacional.DIEx nº 193-Asse1/SSEF/SEF, 27 JUN 16 - parcelamento de indenização por oficiais demissionáriosdo QEM.DIEx nº 306-Asse1/SSEF/SEF, de 16 Out 17: cumprimento de ordem judicial referente a devoluçãode valores.DIEx nº 368-Asse1/SSEF/SEF, de 6 DEZ 17: danos causados a veículos de terceiros.DIEx nº 12-ASSE1/ASSE/SSEF, de 11 JAN 18: pensão militar - adicional de habilitação e adicionalde tempo de serviço.

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5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 03/2018 ...................... fl 228

XVIII - SUPRIMENTO DE FUNDOS E CPGF

1. Suprimento de Fundos e CPGF no âmbito do EB

No âmbito do Exército Brasileiro, a Portaria nº 012-SEF, de 16 JUN 08 dispõe sobre a utilização doCartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF) e da Conta Corrente tipo “B”.De acordo com a Portaria supracitada, o CPGF é o instrumento que deve ser usado para paga -mento de suprimentos de fundos, sendo que somente na impossibilidade (devidamente justifi-cada) da utilização do referido cartão poderá ser utilizado a conta tipo "B". Destaca-se, do Art 4º da Port 12-SEF/2008, a condição de que o agente suprido não pode ser o pró-prio Ordenador de Despesas, tendo em vista se tratar da autoridade que concede o suprimento de fun-dos.Cabe salientar, ainda, a necessidade de, antes de conceder o Suprimento de Fundos, observar os se-guintes documentos complementares:- Macrofunção do Manual SIAFI 02.11.2190;- Port nº 2.039, de 14 de abril de 2014, do Ministério da Defesa;- Portaria Normativa nº 997/MD, de 30 de abril de 2015;- Acórdão nº 1276/2008-TCU-PLENÁRIO;

- Manual Cartão de Pagamento do Governo Federal, disponível em

http://www.tesouro.fazenda.gov.br/-/cartao-de-pagamento-do-governo-federal

- Manual de Suprimento de Fundos e Cartão de Pagamento da Controladoria-Geral da União,disponível em http://www.cgu.gov.br/Publicacoes/orientacoes-aos-gestores/arquivos/suprimento-de-fundos-e-cartao-de-pagamento.pdf; e

- Portaria nº 018-SEF/2013 – em especial: a. Anexo 7 - Proposta de Concessão de Suprimento de Fundos – PCSF; b. Anexo 8 - Quadro Demonstrativo da Realização da Despesa por Meio da Concessão deSuprimento de Fundos; e

c. Anexo 9 - Relação de Despesas sem Comprovantes.

2. Entendimentos Normativos

O B Info 08/2008 publicou resumo do Acórdão 1276/2008-Plenário do TCU, tratando de Su-primento de Fundos e da utilização do CPGF, firmando os seguintes entendimentos, resu-midamente transcritos a seguir:

“9.2. firmar os seguintes entendimentos, em caráter normativo:

9.21. as hipóteses previstas nos incisos I a III do art. 45 do Decreto nº 93.872/1986 exaurem o rol doscasos em que é possível a concessão de suprimento de fundos, devendo ser submetidas ao processonormal de aplicação as despesas cujos valores excedam ao fixado pela Portaria MF nº 95/2002, ou quenão sejam eventuais e não exijam pronto pagamento ou as que não tenham caráter sigiloso (...);

9.2.2. o suprimento de fundos aplica-se apenas às despesas realizadas em caráter excepcional, e, porisso, aquelas que se apresentem passíveis de planejamento devem ser submetidas ao procedimentolicitatório ou de dispensa de licitação, dependendo da estimativa de valor dos bens ou serviços a seremadquiridos (...);

90 disponível em http://manualsiafi.tesouro.fazenda.gov.br/

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9.2.3. os limites estabelecidos pelo art. 1º da Portaria nº 95/2002, do Ministério da Fazenda, referem-sea todo e qualquer tipo de suprimento de fundos e não apenas aos destinados a atender às despesas depequeno vulto, ressalvados os casos expressamente autorizados por Ministro de Estado ou autoridade denível hierárquico equivalente, desde que caracterizada a necessidade em despacho fundamentado,consoante o disposto no § 3º do art. 1º daquele normativo (Portaria MF nº 95/2002) (...);

9.2.4. a utilização de suprimento de fundos para aquisição, por uma mesma unidade gestora, de bensou serviços mediante diversas compras em um único exercício e para idêntico subelemento de despesa,cujo valor total supere os limites dos incisos I ou II do art. 24 da Lei nº 8.666/1993, constituifracionamento de despesa, situação vedada pelos referidos dispositivos legais (...);

9.2.5. a realização de dispêndios mediante suprimento de fundos com direcionamento a determinadosfornecedores constitui afronta ao princípio da impessoalidade, consagrado no art. 37 da ConstituiçãoFederal (...);

[...]

9.2.7. a concessão de suprimento de fundos, sempre precedida de motivação que evidencie anecessidade e excepcionalidade da utilização do referido instrumento, somente é admissível apósformalização da demanda a ser atendida, discriminados, sempre que possível, os objetos a seremadquiridos, especialmente em relação às despesas de pequeno vulto, em observância ao disposto no art.45 do Decreto nº 93.872/1986, bem como da Macrofunção SIAFI 02.11.21 (...);

9.2.8. até a eventual implantação do sistema informatizado a que alude o item 9.3.1 deste acórdão, oato de concessão de suprimento de fundos deve ser amplamente divulgado em boletim interno e emmeio eletrônico de acesso público, em atendimento ao princípio da publicidade (...);

9.2.9. na prestação de contas da utilização de suprimento de fundos, o suprido deve, quando for ocaso, apresentar justificativa inequívoca da situação excepcional que o levou a fazer uso do cartão depagamento na modalidade "saques em espécie", em atendimento ao estabelecido no art. 45 do Decretonº 93.872/1986, com a redação dada pelo Decreto nº 6.370/2008, bem assim no art. 4º, § 2º, daPortaria MPOG nº 41/2005, e na Macrofunção SIAFI 02.11.21(...);

9.2.10. as faturas encaminhadas pela instituição operadora do Cartão de Pagamento do GovernoFederal (CPGF) devem ser juntadas aos processos de prestação de contas correspondentes, para fins deconfronto com os demais documentos que dão suporte às despesas efetuadas no período (...);

9.2.11. o atesto do recebimento de material ou da prestação de serviço deve ser efetuado por servidordistinto da pessoa do suprido, em obediência à Macrofunção SIAFI 02.11.21 (...);

[...]

9.6. determinar à Secretaria do Tesouro Nacional que, na qualidade de gestora do SIAFI, orienteimediatamente todos os órgãos/entidades federais quanto à necessidade de ser preenchido corretamenteo campo "modalidade de licitação", na oportunidade da emissão da Nota de Empenho, de modo aevitar que seja apontado como "não-aplicável" aquilo que deveria ser registrado como "suprimento defundos", favorecendo a que o sistema reflita adequadamente o montante da despesa realizada por esseinstrumento (cf. item 6.2 do relatório de auditoria);

9.7. determinar ao (...) que:

[...]

9.7.2. passe a inserir, nos processos de prestação de contas de suprimentos de fundos, os extratos dascontas tipo "B", em cumprimento ao disposto na Macrofunção SIAFI 02.11.21, item 11.4.5 (cf. item9.1.10 do relatório de auditoria);

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9.7.3. observe o que dispõem a Lei nº 4.320/1964, art. 65, o Decreto nº 93.872/1986, art 45, e o art. 1ºda Portaria GDG nº 02/1995, passando a realizar a contratação de serviços de manutenção preventivae corretiva ou pequenos reparos mediante licitação ou dispensa, dependendo da estimativa do valor dosserviços (cf. item 9.2.1 do relatório de auditoria);

9.9. determinar ao (...) que:

9.9.1. atente para o previsto na Macrofunção SIAFI 02.11.21, itens 5, 6 e 7, e nos itens I a III do art. 18e, ainda, no art. 22 da OI/INSS/DIROFL nº 10/2007, fazendo constar do ato de concessão dosuprimento de fundos informações pertinentes ao prazo máximo para aplicação dos recursos, ao prazopara a apresentação da prestação de contas e, quando da concessão mediante Cartão de Pagamento doGoverno Federal (CPGF), informações quanto à sistemática de pagamento e ao valor limite paramodalidade saque e fatura, de forma que não seja ultrapassado o montante constante da respectivaNota de Empenho, em face do disposto no art. 5º da Portaria MPOG nº 41/2005 e na MacrofunçãoSIAFI 02.11.21(...);

9.9.2. cumpra as disposições da Macrofunção SIAFI 02.11.21, item 9, e do art. 36 da OI/INSS/DIROFLnº 10/2007, deixando de conceder suprimento de fundos para a aquisição de material permanente (...);

9.9.3. oriente seus servidores no sentido de que a concessão de suprimento de fundos passe a ocorrersomente a critério do ordenador de despesas e sob sua inteira responsabilidade, vedada a concessão naqual a pessoa do suprido se confunda com a pessoa do ordenador, em face do disposto no art. 65 daLei nº 4.320/1964, no art. 45 do Decreto nº 93.872/1986 e na Macrofunção SIAFI 02.11.21, item 2(...);

9.9.6. na hipótese de prestação de contas aprovada com ressalva, tome as providências necessárias àsua regularização, instaurando, se for o caso, tomada de contas especial (...);

9.9.7. verifique se os documentos juntados à prestação de contas apresentam data de emissão igual ouposterior à da entrega do numerário, bem assim se foram emitidos dentro do período fixado para aaplicação dos recursos, em obediência ao disposto na Macrofunção SIAFI 02.11.21, item 11.6 (...);

9.9.8. oriente seus supridos para que juntem às prestações de contas de suprimentos de fundos osdocumentos originais devidamente atestados, emitidos em nome da autarquia, comprovando asdespesas realizadas, em cumprimento ao contido no item 11.4.5 da Macrofunção SIAFI 02.11.21);

9.11. determinar ao (...) que:

9.11.1. oriente seus supridos no sentido de que as despesas realizadas mediante suprimento de fundosdevem ser comprovadas por documento fiscal específico, emitido pelo fornecedor do material ouprestador do serviço, com a declaração de recebimento da importância paga, conforme estabelecido naMacrofunção SIAFI 02.11.21, item 11.5(...);

9.11.3. cuide para que os processos de que se trata tenham suas folhas devidamente numeradas erubricadas (...);

9.13. determinar à (...) que:

9.13.2. adote procedimentos com o objetivo de controlar o montante dos gastos executados comsuprimento de fundos, de forma a evitar a ocorrência de fracionamento de despesas, em atenção aodisposto na Lei nº 8.666/1993, art. 24, II, e na Portaria MF nº 95/2002, arts. 1º e 2º (...);

2. Créditos de destaque (modalidade de saque)

As UG que receberem recursos de destaque e necessitarem conceder suprimentos de fundos,poderão adotar os seguintes procedimentos:

a. utilizar somente o CPGF na modalidade fatura;

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b. não utilizar o CPGF na modalidade saque; ec. caso necessitem que o agente suprido tenha que estar com o numerário, conceda o

suprimento de fundos por intermédio da conta tipo "B", justificando o motivo da necessidade.

3. Concessão de Suprimento de Fundos em Caráter Excepcional - Procedimentos

O B Info 09/2008, Anexo B, publicou o Of n° 053 - Dir/D Cont/SEF, de 27 AGO 08, constando osprocedimentos no caso de concessão de Suprimento de Fundos em caráter excepcional.

4. Manual de S uprimento de Fundos e CPGF

A CGU elaborou manual denominado “Suprimento de Fundos e Cartão de Pagamento”, quebusca orientar os gestores federais quanto à utilização dos recursos por Suprimento de Fundos emovimentados por meio do CPGF.

Inicialmente, o manual traz 40 (quarenta) perguntas e respostas que, em linguagem clara ecom muitos exemplos, são esclarecidas dúvidas sobre despesas passíveis de realização com osuprimento de fundos, pagamento de despesas em viagens e com alimentação em serviço, dentreoutras.

O citado manual traz, ainda, todas as normas sobre a administração dos suprimentos de fundoseditadas entre 1964 e 2006. O conteúdo do manual esta disponível no sitio eletrônico da CGU:http://www.cgu.gov.br/Publicacoes/orientacoes-aos-gestores/arquivos/suprimento-de-fundos-e-cartao-de-pagamento.pdf

5. Recomendações relevantes

5.1) Msg 2009/0194455-DCont, de 12 Fev 09 - retransmissão da Msg 2009/0188526-CCont-STN,informando que emissão do documento hábil “SF” no subsistema CPR deve ser utilizado como credoro CPF do Agente Suprido, exceto para as despesas classificadas em lei como sigilosas e para as quaisseja imprescindível a manutenção do sigilo do agente público responsável pelo gasto.

5.2) Msg 2009/0536991-CCont, de 13 Maio 09 - as notas de empenho relativas a suprimento defundos devem ser emitidas na modalidade de licitação 09-suprimento de fundos, no sentido de que osistema reflita adequadamente o montante da despesa realizada por esse instrumento.

5.3) Msg 2009/0992984-CCont/STN, de 01 Set 09, as UG abstenham-se de emitir documentos hábeis'SF” em nome da própria UG para os casos em que a despesa não seja classificada como sigilosa.Quando a despesa for classificada como sigilosa, deve-se utilizar uma das situações de suprimento defundos específicas, as quais encontram-se relacionadas na Macrofunção SIAFI 02.11.21, Quadro I.

5.4) Observar os pareceres e orientações relacionados ao presente assunto constantes emhttp://intranet.sef.eb.mil.br/a2/destaque.html

5.5) A Portaria Normativa nº 997/MD, de 30 de abril de 2015, alterou o anexo da Portaria Normati-va nº 2.039/MD, de 14 de agosto de 2014, especialmente no que tange o art.7º § 4º "poderão serabertas as contas bancárias destinadas à movimentação de suprimento de fundos para atender às pe-culiaridades dos comandos da marinha, do exército e da aeronáutica, nos termos do § 2º do art.3º dodecreto nº 6.370, de 1º de fevereiro de 2008."

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5.6) A Secretaria de Economia e Finanças, por meio da Msg 2014/1648622, estabeleceu quepara a autorização, em caráter excepcional, de suprimento de fundos em conta tipo “B”, faz-se neces-sária a existência de 2 (duas) premissas: - a impossibilidade de utilização do Cartão de Pagamentos do Governo Federal (CPGF),devidamente justificada; e- possuir o parecer favorável da ICFEx de vinculação.

5.7) DIEx nº 16-SATT/5a ICFEx – CIRCULAR, trata sobre orientações arespeito da utilização do Suprimento de Fundos (www.5icfex.eb.mil.br).

5.7) MSG SIAFI 2017/0231824 – orientações sobre suprimentos de fundos – Custos. Retransmissão da MSG 2017/0153287, da D Cont. No momento da concessão do SF, deve-se utilizar o subitem 96 eapós a prestação de contas, deve-se efetuar a reclassificação para o subitem de acordo com a despesa realizada e informar o centro de custo, conforme o selecionado para a OM.

6. Rotina Prática

Orientações sobre a rotina prática do Suprimento de Fundos podem ser consultadas por meio da Ma-crofunção 021121 – SUPRIMENTO DE FUNDOS. A seguir, são passados alguns aspectos relevantes em relação a operacionalização do Suprimentos deFundos:

1) Empenho:

A. emitido no SIASG;B. modalidade de licitação “09 - Suprimento de Fundos”;C. no subitem “96 – Pagamento Antecipado”D. amparo do Decreto 93.872, de 23 de dezembro de 1986:- 01 para despesas eventuais.- 02 para despesas de caráter sigiloso- 03 para despesas de pequeno vulto.E. campo observação deverá conter obrigatoriamente o período de aplicação e comprovação

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2) Procedimentos no SIAFIWEB:

A. Documento Hábil tipo “SF”;B. Preenchimento de documentos:

B.1. ABA “DADOS BÁSICOS”

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B.2. ABA “PRINCIPAL COM ORÇAMENTO”

Utilizar uma das situações previstas na macrofunção 021121, conforme cada caso:

- SPF003: Despesas Correntes e de Capital – Saque e Fatura;- SPF005: Despesas Correntes e de Capital – Saque e Fatura – Sigiloso; e- SPF006: Despesas Correntes e de Capital – Somente Fatura.

Obs: Nos casos das liquidações efetuadas na UG 167XXX, quando se tratar de SPF003, o numerário poderá ser subrepassado na vinculação 400. Neste caso, solicitar a alteração de vinculação para 412 a fim de permitir o saque por parte do agente suprido.

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B.3. ABA “DEDUÇÃO” – PAGAMENTO DA FATURA

Utilizar situação “DOB029” para todos os casos:

(*) Quando em um mesmo documento hábil existirem dois ou mais empenhos com naturezas dedespesa diferentes (Ex: ND 30 e 39), realizar a conferência dos gastos (por meio das Notas Fiscais oupelo programa de Auto Atendimento Setor Público), a fim de realizar os relacionamentoscorretamente antes de se pagar a fatura.

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B.3.1. PREENCHIMENTO DO “PRÉ-DOC”

B.4. ABA “OUTROS LANÇAMENTOS” – RECLASSIFICAÇÃO DAS DESPESAS

Quando da comprovação do Suprimento de Fundos, após apresentação das notas fiscais por parte doagente suprido, o Setor Financeiro da UG realizará a reclassificação das despesas, transferindo o saldodo subitem 96 para o subitem em que foram realizadas as mesmas.As situações SPEXXX e SPNXXX para realizar o estorno e a nova classificação, respectivamente,encontram-se disponíveis no Quadro I, da macrofunção 021121.

(*) Em caso de dúvidas em relação a qual subitem reclassificar a despesa, utilizar a transação >CONNATSOF no SIAFI operacional (tela preta), conforme procedimento abaixo:

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A. SIAFI operacional;B. Transação >CONNATSOF;C. Natureza da Despesa: 33903000; D. Teclar “PF2”;E. Detalhar o subitem que se deseja consultar; eF. Caso persista dúvida na função do subitem, teclar “PF4=EXPANDE FUNCAO”.

Obs: Não poderá ser reclassificado no subitem 99

(**) Para consultar qual conta de Variação Patrimonial Diminutiva utilizar, acessar a transação>CONORIGEM no SIAFI operacional (tela preta) , conforme procedimento abaixo:

A. SIAFI operacional;B. Transação >CONORIGEM;C. Conta Contábil Origem: 3339030XX; (3+339030+subitem da despesa); D. Teclar “PF6=CONTAS PCASP”; eE. Utilizar a conta (CONTA PCASP) equivalente.

B.5. ABA “CENTRO DE CUSTOS”

(*) Nos casos de Suprimento de Fundos referentes a material de consumo, deverá ser lançada aentrada e saída do mesmo no SISCOFIS (Msg SIAFI 2017/0153287 0231824, da D Cont).Como sugestão desta ICFEx, na comprovação, de posse das notas fiscais, lançar no SISCOFIS aentrada e, em seguida, saída do material, informando o CC da atividade/dependência.

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B.6. ABA “DESPESA A ANULAR” –VALORES NÃO UTILIZADOS PELO AGENTE SUPRIDO

Obs: Após o lançamento, o valor retornará para o empenho, onde o mesmo deverá ser anulado paraque retorne a crédito disponível.

B.7. DEVOLUÇÃO DE VALORES POR PARTE DO AGENTE SUPRIDO - DU

Quando necessária a devolução de valores por parte do Agente Suprido, este deverá recolher onumerário por meio de GRU, código 68808-8.Após a devolução, a UG deverá incluir novo documento hábil tipo “DU”, utilizando umas dassituações DSFXXX constantes no Quadro I da macrofunção 021121.

B.7.1. ABA “DADOS BÁSICOS” - DU

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B.7.2. ABA “PRINCIPAL COM ORÇAMENTO” - DU

B.7.3. ABA “DADOS DE RECEBIMENTO” - DU

B.7.4.PREENCHIMENTO “PRÉ-DOC” - DU

3) Devolução do numerário não utilizado

Após encerrado o processo de prestação de contas do Suprimento de Fundos a UG deverá enviarMsg SIAFI à D CONT, solicitando autorização para devolução do numerário não utilizado. Apósreceber autorização daquela diretoria, a UG deverá fazer uma PF para devolução do valor nãoutilizado.

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3.1. Procedimento no SIAFIWEB para devolução do numerário

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XIX – FUSEx – DESPESAS COM OCS/PSA

1. Considerações Iniciais

Com o objetivo de contribuir para a melhoria dos controles internos administrativos91 daUG e evitar que os gestores pratiquem atos em desacordo com a legislação vigente, relativa à aplicaçãode recursos do FUSEx com OCS/PSA, são apresentados a seguir alguns fatos/situações queexemplificam práticas não adequadas, em que algumas UG têm incorrido, com recomendações paraevitar possíveis impropriedades e/ou irregularidades administrativas:

Impropriedades/Irregularidades Recomendações

Edital/Contrato

Divergência entre o que consta no editalde credenciamento e o contrato firmadocom a Organização Civil de Saúde(OCS) ou Profissional de SaúdeAutônomo (PSA), especialmente nascondições de pagamento.

- Observar para que as condições de pagamento previstasno edital de credenciamento sejam as mesmas presentes noTermo de Contrato/Credenciamento firmado entre a UG ea OCS/PSA.

Divergência entre o Termo Aditivo e oTermo de Contrato/Credenciamentoinicial firmado com a OCS/PSA.

- Certificar para que o Termo Aditivo seja firmado combase no objeto e nas condições previstas no Termo deContrato/Credenciamento Inicial.- Elaborar e divulgar novo Edital de Credenciamento, nahipótese de necessidade de alteração do objeto e/oucondições previstas no Termo deContrato/Credenciamento inicial firmado entre a UG e aOCS/PSA.

Serviço(s) e material(ais) sem previsãono referencial de custos constante doTermo de Contrato/Credenciamento e/ouTermo Aditivo firmado com a OCS/PSA(Ex: Ar comprimido, oxigênio, taxa decomercialização de OPME, taxas de sala,diárias, dentre outros).

- Realizar um levantamento detalhado de todos os serviçose materiais a serem utilizados com cada OCS/PSA.- Incluir no edital de credenciamento, e por conseguinte noTermo de Contrato/Credenciamento, o referencial decustos com os valores e/ou tabelas (Brasíndice, SIMPRO,AMB, CBHPM etc) dos procedimentos médicos,medicamentos, materiais hospitalares, diárias e taxas decomercialização (OPME, ar comprimido, oxigênio etc)necessários, apresentando de forma detalhada as condiçõesde pagamento.

Termo de Contrato/Credenciamento e/ouTermo Aditivo sem previsão de margem decomercialização, a ser acrescida ao Preço deFábrica (PF), nos casos de medicamentos deuso restrito hospitalar, soluçõesparenterais/nutrições enterais e materiaisdescartáveis.

- Prever em contrato a margem de comercialização (%) aser acrescida no PF para os casos de medicamentos de usorestrito hospitalar, soluções parenterais/nutrições enteraise materiais descartáveis. O percentual a ser aplicado deveser aquele devidamente autorizado pelo escalão superiorresponsável.

91 Os controles internos administrativos devem ser entendidos como quaisquer ações, métodos ou procedimentosadotados pelas unidades organizacionais, relacionados com a eficiência operacional e obediência às diretrizes estratégicaspara aumentar a probabilidade de que os objetivos e metas sejam atingidos (item 5.1 – Capítulo V do Manual de Auditoria- EB10-MT-13.001, 1ª Edição, publicado na Portaria nº 018 - Cmt Ex, de 17 JAN 13).

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Impropriedades/Irregularidades Recomendações

A UG não possui assinaturas relativas aoGuia Brasíndice e à Revista SIMPRO,utilizadas como referenciais paracobrança de materiais e medicamentosou, quando dispõe, as mesmas estãodesatualizadas. Tal situação prejudicadaa realização da lisura das despesasmédicas.

- Providenciar a assinatura do guia e/ou da revista a seremutilizados como referenciais de cobrança de materiais emedicamentos e na realização da lisura.- Observar que os mesmos devem estar atualizados e que arenovação das assinaturas seja realizada tempestivamentepara permitir continuidade da realização das lisuras.Lembrar que o guia/revista a ser utilizado na lisura éaquele correspondente à data da realização doprocedimento.

Falta definição da forma de cobrança deOPME (Órteses, Próteses e MateriaisEspeciais).

- Definir no edital de credenciamento e, por conseguinte,no Termo de Contrato/Credenciamento, de maneira clarae detalhada, a forma que será realizada a cobrança dasOPME, ou seja, prever, entre outros: (1) a taxa de comercialização (%) a ser aplicada sobre opreço da Nota Fiscal;(2) a apresentação de pesquisa de preços realizada pelaOCS;(3) a necessidade da OCS solicitar autorização prévia, nosprocedimentos eletivos, para a aquisição das OPME;(4) a necessidade de envio da Nota Fiscal do materialadquirido; e(5) os casos excepcionais (urgência).

Execução do Contrato

Divergência entre os valores dosprocedimentos médicos, medicamentos,materiais descartáveis, soluçõesparenterais/nutrições enterais comaqueles constantes do referencial previstoem Termo de Contrato/Credenciamento(Ex.: Brasíndice, SIMPRO, CMED,AMB e/ou CBHPM).

- Apurar, por meio da Comissão de Lisura, se os valoresfaturados estão em conformidade com as condições evalores estabelecidos no Termo deContrato/Credenciamento vigente.- Abster-se de autorizar qualquer pagamento às OCS/PSAcujos serviços/materiais e valores não estejam em estritaconformidade com o previsto no Termo deContrato/Credenciamento, ou em seus Termos Aditivoslegalmente estabelecidos.

Procedimentos médicos, medicamentos,materiais e/ou soluções não constantesno referencial e tabelas previstos emcontrato (Ex.: Brasíndice, SIMPRO,CMED, AMB e/ou CBHPM).

- Implementar rotina para avaliar de forma criteriosa erigorosa o Termo de Contrato/Credenciamento, antes dasua publicação, atentando, em especial, no que diz respeitoas condições de pagamento dos serviços a serem prestadospelas OCS/PSA, descrevendo-as de forma clara ecompleta, abrangendo todos os serviços que serãoprestados e/ou materiais que serão utilizados, com asrespectivas tabelas ou parâmetros em que serão pagas àOCS/PSA. Prever no edital de credenciamento comoserão pagos os casos excepcionais que porventura nãoforam incluídos no referencial de custos.

Divergência entre as quantidades deDiárias e o período de internação.

- Verificar a cobrança das diárias e confrontar com a datada entrada e da alta do paciente. Em caso de divergência, aUG deverá glosar os valores cobrados a maior.

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Impropriedades/Irregularidades Recomendações

Nos casos de OPME, falta no processo asolicitação pelo médico assistente dosmateriais a serem utilizados noprocedimento, a pesquisa de preçosrealizada pela OCS e a cópia da NotaFiscal.

- Observar para que nas aquisições de OPME constem noprocesso:- solicitação do médico assistente em lista discriminadados materiais para aquisição;- pesquisa de preços contendo no mínimo três cotações; e- cópia da Nota Fiscal devidamente preenchida.

Pagamento da Guia de Encaminhamentodivergente da fatura emitida pelaOCS/PSA.

- Atentar para que os valores constantes da Guia deEncaminhamento sejam os mesmos faturados pelaOCS/PSA, descontadas as glosas.

A descrição dos procedimentos na Guiade Encaminhamento não condiz como(s) serviço(s) e/ou procedimento(s)prestado(s).

- Atentar para o correto preenchimento da Guia deEncaminhamento do serviço(s) e/ou procedimento(s), emespecial quanto à descrição correta do que foi realizadopela OCS/PSA. Assim, os itens da guia devem serdetalhados tanto quanto possível (separar valores dediárias, medicamentos, materiais etc) para que, após aauditagem, reflitam realmente os itens da fatura da OCS,possibilitando assim que os dados constantes no sistema doDGP sejam os mais precisos possíveis.

A Guia de Encaminhamento não constano processo.

- Incluir nos procedimentos de auditoria das contasmédicas a verificação se consta(m) no processo a(s)guia(s) de encaminhamento referente(s) ao beneficiário.

Falta assinatura do beneficiário na Guiade Encaminhamento.

- Atentar para que todas as guias emitidas para obeneficiário estejam assinadas pelo mesmo, salvo exceçõesjustificadas.

Falta assinatura do Cmt/Ch ou Diretorda OM/OMS/UG FUSEx nas Guias deEncaminhamento com valores acima deR$ 10.000,00 (dez mil reais), auditadasou não.

- Observar para que todas as guias de encaminhamentocom valores acima de R$ 10.000,00 (dez mil reais)estejam assinadas pelo Cmt/Ch ou Diretor (Of. n° 011 –DGP Sau, 16 abr 10).

O desconto (do beneficiário) de 20%sobre total da fatura não foi realizado.

- Verificar se o campo “Valor Devido” corresponde aos20% referentes à participação do beneficiário e se estevalor foi implantado na Ficha Financeira do titular.

Falta Planilha de Controle de Internaçõesnas OCS credenciadas.

- Realizar um rigoroso controle dos beneficiáriosinternados nas OCS, atentando para a necessidade de umpermanente acompanhamento dessas internações(auditoria concorrente) - Of n° 483, DSau.SDir Ap Sau,de 1º JUN 10.

Lisura/Glosa

Falta lisura nas faturas para verificar seas despesas estão previstas e/ou deacordo com o Termo deContrato/Credenciamento.

- Realizar a lisura de todas as contas médicas, adotando osprocedimentos necessários à correta liquidação dasdespesas, verificando se os valores constantes da fatura(serviços, medicamentos, materiais descartáveis, diárias,taxas etc) estão em estrita consonância com o estabelecidono Termo de Contrato/Credenciamento.

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Impropriedades/Irregularidades Recomendações

Falta lisura nos procedimentos médicospara verificar se os procedimentoscompetem com a situação clínica dobeneficiário.

- Realizar a lisura de todas as contas médicas, adotando osprocedimentos necessários a correta liquidação dasdespesas, verificando se os serviços constantes da fatura daOCS/PSA estão coerentes com o encaminhamentorealizado e se os procedimentos, medicamentos emateriais estão coerentes com o serviço prestado (tipo demedicamento/material e quantidades utilizadas).

Falta da auditoria concorrente (aquelaem que o médico auditor da UG FUSExrealiza a chamada “visita hospitalar”), afim de verificar a composição dasdespesas, bem como a assistênciaprestada aos beneficiários internados.

- Cumprir as determinações constantes na Msg SIAFI nº2010/0515262, de 07 MAIO 10, da Diretoria de Saúde,publicada no Boletim Informativo nº 05/2010, destaInspetoria, transcritas do Of nº 011-DGP.D Sau.S Dir APSau, de 16 ABR 10, que tratam de melhorias no processode gestão dos recursos de saúde, dentre estas, anecessidade da “auditoria concorrente”.

Falta formalização, por meio de glosa,das divergências encontradas na lisura.

- Atentar para que o médico/enfermeiro auditorresponsável apresente por escrito à OCS/PSA asdivergências encontradas na lisura.

Falta de publicação em Boletim Interno(BI) da designação do(s) médico(s)responsável(is) pelas visitas hospitalares.

- Deverá ser designado por intermédio de BI o(s)médico(s) responsável(is) pelas visitas às OCS (Of n° 011-DGP Sau, 16 ABR 10).

A equipe responsável pela lisura decontas médicas também é responsávelpelo atendimento da Seção FUSEx.

- Observar a necessidade da segregação de função entre aComissão de Lisura e a Seção FUSEx (Art 23 Port n° 759– Gab Cmt Ex, de 20 DEZ 02).

2. Boas Práticas

Outro objetivo desta publicação é apresentar boas práticas realizadas por algumas das UGvinculadas a esta Inspetoria, oferecendo assim oportunidade de melhoria na gestão dos controlesinternos administrativos referente a despesas do FUSEx (contratação de OCS/PSA):

Boas Práticas - Área FUSEx

1) Desmembramento do edital de credenciamento, colocando como anexo o referencial de custos dosserviços e procedimentos a serem prestados. Isso permite que no edital seja apresentado o arcabouçojurídico e no referencial de custos (anexo ao edital) todos os procedimentos e serviços que serãoprestados, contendo de maneira detalhada a forma que os mesmo serão prestados, bem como a formade cobrança e seus valores (modelo utilizado pelo HGeC).

2) Edital de credenciamento com recebimento de propostas por período prolongado (6 meses). Permiteo recebimento e a inclusão de propostas de novas OCS/PSA por um período de tempo maior (casoutilizado pelo H Gu Fl).

3) Procedimentos médicos: classificação por tipo de procedimento, com a tabela de cobrança e edição,aplicando Custo Operacional e, no caso dos honorários médicos, a tabela específica com banda deredução (se for o caso), podendo também utilizar valores diferentes para cada porte hospitalar

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Boas Práticas - Área FUSEx

(previstos em edital).

4) Exames Complementares: detalhamento dos exames laboratoriais, exames e serviços de diagnósticoe terapia, com tabela de cobrança e Coeficiente de Honorários – CH, no caso da AMB, ou CustoOperacional, no caso da CBHPM, para os honorários, informando ainda o percentual de redução.

5) Medicamentos de alto custo e materiais especiais discriminados em tabela específica (anexo) com osprocedimentos a serem adotados para sua aquisição.

6) Filme radiológico: tamanho do filme com base em tabela (AMB, CBHPM) e valores a seremcobrados (Ex.: Colégio Brasileiro de Radiologia).

7) Diárias discriminadas por tipo de diária (hospitalar, hospital-dia, acompanhante), composição dasdiárias (normal e especial) e tipo de acomodação (quarto privativo, semi-privativo, enfermaria,berçário, UTI), além do padrão das acomodações por militar e sua graduação e dos cargos ou funçõesde servidores civis.

8) Taxas de Salas: compreende as salas tais como cirúrgica, de recuperação, obstétrica e ambulatoriais(quimioterapia, pronto-socorro, radiologia, pequenas cirurgias, endoscopia etc). Para cada sala édemonstrado o que está ou não previsto na mesma.

9) Gasoterapia: quantifica conforme a vazão e remuneração por hora ou sessão (modelo de tabela doHGeC).Aspiração R$ x,xx

Ar comprimido (cada hora) R$ x,xx

Oxigênio (2 Litros/min) cada hora R$ x,xx

Oxigênio (3 Litros/min) cada hora R$ x,xx

Oxigênio (6 Litros/min) cada hora R$ x,xx

Oxigênio (10 Litros/min) cada hora R$ x,xx

Oxigênio (15 Litros/min) cada hora R$ x,xx

Inalação (os materiais, medicamentos e soluções estão inclusos na taxa) R$ x,xx

Protóxido de Azoto (cada hora) R$ x,xx

Óxido Nítrico R$ x,xx

Gás Carbônico (cada hora) R$ x,xxPara cada procedimento é apresentada uma explicação de como a vazão será remunerada.

10) Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutricionista e Psicologia: valores apresentados em tabela,detalhando a forma de cobrança para cada procedimento.

11) Pacotes: pacotes específicos para os procedimentos de dermatologia, cardiologia, oftalmologia,endoscopia, ginecologia e obstetrícia, dentre outros.

Ressalta-se que as boas práticas apresentadas servem de modelo, que devem ser adaptadas àsnecessidades de cada UG FUSEx. É importante que o maior número de procedimentos e serviçossejam contemplados no Contrato/Credenciamento a ser firmado com a(s) OCS/PSA contratada(s).

3. Of nº 22-SATT/5ª ICFEx, de 28 ABR 08

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Transcreve-se, a seguir, orientação circular expedida pela 5ª ICFEx sobre a contratação deOCS/PSA por parte das OMS e UG-FUSEx:

1. Trata o presente sobre contratação de Organização Civil de Saúde (OCS) e Profissionaisde Saúde Autônomos (PSA).

2. Como é de conhecimento de V Sa, a contratação das entidades e profissionais de saúdeobedece a ritual peculiar e permeado de exceções e permissivos autorizados pelaSecretaria de Economia e Finanças (SEF).

3. A fim de dirimir duvidas e melhor orientar as UG vinculadas, especificamente, asOrganizações Militares de Saúde (OMS), Postos Médicos de Guarnição (PMGu) e as UGcom encargo de atendimento do FUSEx, Unidade de Atendimento (UAt), que realizam estetipo de contratação/despesa, julgamos oportuno rever alguns procedimentos:

a. em entendimento pretérito, a contratação de determinada OCS/PSA, com despesaestimada inferior ao valor mensal de R$ 8.000,00 (oito mil reais), poderia ser amparadano Inc II, art 24, Lei nº 8.666/93. Entretanto, a SEF, recentemente assim se pronunciou:

(...) "as dotações orçamentárias para atender despesas com OCS/PSA estão vinculadas a

programas de trabalho convenientemente definidos, com o propósito de permitiravaliações do desempenho gerencial em termos de economicidade, eficiência, eficácia eefetividade, respeitados os princípios da anualidade orçamentária e da competência dadespesa. Consequentemente, o valor anual para fins de contratação de OCS/PSA, comfulcro no Inc II, do art 24, da Lei 8.666/93, na modalidade "dispensa de licitação", é deR$ 8.000,00."

b. significa dizer, caso a UG tenha despesas estimadas "anuais" com determinadaOCS/PSA superiores ao limite de dispensa de licitação (Inc II, art 24, Lei nº 8.666/93), ouseja, R$ 8.000,00, deverá realizar processo de Inexigibilidade de licitação, o qual deveráser realizado sob os ditames do art 26, Lei nº 8.666/93, portanto, tal ato administrativodeve ser ratificado pela autoridade superior (Comandante da Região Militar) para, emseguida, a referida Inexigibilidade ser devidamente publicada no Diário Oficial da União(DOU), através do Sistema SIASG/ SIDEC/DISPINEXIG/IALDISPINEX;

c. a fim de reduzir gastos com publicações, recomendamos realizar uma únicapublicação desta natureza, para tanto, a UG deverá, no mesmo processo deInexigibilidade, relacionar todas as OCS/PSA com gastos estimados anuais superiores aR$ 8.000,00 (oito mil reais);

d. considerando valores estimados, caso haja previsão de gastos anuais próximos a R$8.000,00 (oito mil reais), com determinada OCS/PSA, recomendamos a UG já incluirestas no mesmo processo, pois assim, evitar-se-á uma eventual nova publicação, caso adespesa ultrapasse este valor no decorrer do ano;

e. cabe rememorar, com intuito de evitar equívocos comumente observados, que ovalor a ser registrado no SIASG/SIDEC é aquele estimado por OCS/PSA para o anointeiro, e não outros valores, como por exemplo, o valor inicial da primeira despesaefetuada e/ou total do crédito disponível no momento do lançamento da referidaInexigibilidade no sistema;

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f. ainda, as OCS/PSA deverão ser submetidas a prévio cadastramento/ credenciamentopela UG, com o fito de verificar se atendem as condições para uma eventual e futuracontratação. Assim sendo, a UG deve elaborar, preliminarmente, "edital decredenciamento", onde constará o regramento e as condições de habilitação destasentidades e profissionais;

g. consoante com os princípios da Igualdade, Publicidade, Transparência, etc, a UGdeverá publicar, anualmente, aviso em jornal de circulação local, manifestando o desejode contratar/credenciar OCS/PSA nas especialidades (conforme necessidades da UG),mesmo que as demais OCS/PSA estejam atendendo as necessidades da UG, isto é, permitirque outros interessados possam se habilitar;

h. no tocante a contrato, como regra geral, todo o serviço parcelado e/ou continuadodeve ser formalizado por "termo de contrato", sendo seu extrato publicado no DOU, porintermédio do SIASG, módulo "SICON", bem como demais procedimentos correlatos(cronograma, fiscal do contrato, aferição/apropriação, etc). Entretanto, como a matériasegue regramento especifico, como já citado anteriormente, vejamos orientaçõesespecíficas sobre o tema:

1) contratação estimada até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), anual, por OCS/PSA,não há obrigatoriedade da publicação do extrato do contrato no DOU e, por conseguinte,o registro do mesmo no SIASG/SICON. A critério do OD, o mesmo poderá ser publicado; e

2) já a contratação com valor estimado superior a R$ 80.000,00 (oitenta milreais), anual, por OCS/PSA, deverá ter o extrato do contrato publicado no DOU, valedizer, registrado no SIASG/SICON.

i. no quesito nota de empenho (NE), a mesma deve ser realizada no SIASG/SISME,sob a modalidade "inexigível", atentando para preencher o campo "inciso" constante naNE com os dígitos "00", a fim de que o sistema reconheça como "caput" do art 25, da Leinº 8.666/93;

j. quanto à apropriação para a liquidação das despesas, a UG deverá adotar osseguintes procedimentos:

1) liquidação de despesas "com" contrato registrado no SIASG/SICON, ou seja,valor estimado da contratação anual superior a R$ 80.000,00 (oitenta mil reais):

a) realizar a inclusão do contrato no SIASG/SICON/CRONOGRAMA, visandoo acompanhamento e a medição do mesmo. Após inicializar o cronograma, registrar ovalor total estimado do contrato no SIASG/SICON/CRONOGRAMA/APROPRIACT/REGIVACONT. Este procedimento gera saldo, por meiode nota de lançamento (NL) na conta contábil 19.972.02.00 - contrato de serviços; e

b) proceder a liquidação da despesa no SIASG/SICON/CRONOGRAMA/APROPRIANF/INCNOTAFIS, utilizando o documento hábil "NO" e a situação "p02". Jápara a inclusão das deduções referentes às despesas, acessar o documento(2008NOxxxxxx), transação ATUCPR do SIAFI, informando na 1ª tela a opção "a"-alteração.

2) para liquidação de despesas "sem" contrato, ou seja, valor estimado dacontratação anual inferior a R$ 80.000,00 (oitenta mil reais):

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a) realizar a inclusão da Inexigibilidade no SIASG/SICON/ CRONOGRAMA,visando o acompanhamento e a medição do serviço prestado. Após inicializar ocronograma, registrar o valor do mesmo noSIASG/SICON/CRONOGRAMA/APROPRIACT/ENCROSCONT. Este procedimento "não"gera saldo na conta contábil 19.972.02.00 - contrato de serviços; e

b) proceder a liquidação da despesa noSIASG/SICON/CRONOGRAMA/APROPRIANF/INCNOTAFIS, utilizando o documentohábil "NP" e a situação "p01". Já para a inclusão das deduções referentes as despesas, aUG deverá acessar o documento (2008NOxxxxxx) na transação ATUCPR do SIAFI,informando na 1ª tela a opção "a"- alteração.

3) para liquidação de despesas realizadas na modalidade dispensa de licitação,ou seja, valor estimado da contratação inferior a R$ 8.000,00 (oito mil reais) anual:

- proceder a liquidação da despesa no SIAFI, utilizando a transação"ATUCPR", o documento hábil "NP" e a situação "p01".

4. Ainda, como procedimento de despesa e de acordo com os princípios norteadores daadministração, a UG deverá cumprir o previsto nos art 14 e 15 da Portaria nº 048-DGP,de 28 Fev 08, a qual aprova as Instruções Reguladoras para Assistência Médico-Hospitalar aos Beneficiários do FUSEx (IR 30-38). Com efeito, o beneficiário quandoencaminhado, poderá escolher a OCS/PSA que melhor lhe convier dentre os previamentecontratados na especialidade indicada para o seu atendimento, para tanto, as UG deverãomanter uma relação atualizada de OCS/PSA contratados ou conveniados, que deverá serdivulgada aos beneficiários vinculados.

5. A título de informação, no âmbito da 5ª Região Militar, as OMS, PMGu e UAt, noexercício passado (2007), empenharam e liquidaram valores superiores a vinte e novemilhões de reais nesta atividade.

6. Portanto, recomendo a V Sa mandar observar a legislação vigente e demaisorientações sobre o assunto, a fim de que este tipo de despesa seja contratada sob osrigores da lei.

7. Corroborando com números retro citados, é cediço que estas despesas, muitas vezes, sãopor demais peculiares e singulares, vale dizer incisivamente, precisam de fiscalizaçãoespecífica, especializada e eficaz, a fim de evitar pagamentos indevidos e equivocados,causando prejuízos para a Administração Pública.

8. Ademais, parece ser esta preocupação também dos órgãos superiores. Confirme-se:

a. Portaria nº 759-Cmt Ex, de 20 Dez 02, a prova as Normas para Implantação eFuncionamento das Comissões de Ética Médica, de Revisão de Prontuário Médico, deLisura de Contas Médicas e de Controle de Infecção Hospitalar em Organizações Militaresde Saúde do Exército

DA COMISSÃO DE LISURA DE CONTAS MÉDICAS

Art. 20. A Comissão de Lisura de Contas Médicas destina-se a efetuar revisão técnica, ética econtábil das contas hospitalares e ambulatoriais, procedentes de prestadorescontratados/credenciados pelo Sistema de Saúde do Exército, para evitar possíveis distorções,

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controlar a qualidade dos serviços e, sobretudo, zelar pelo criterioso emprego dos recursosfinanceiros.

Art. 22. Nas OMS em que o volume de contas a serem revisadas for expressivo, os oficiaisintegrantes da Comissão de Lisura deverão, em princípio, a critério do diretor, dedicarem-seexclusivamente às atividades próprias da revisão.

Art. 23. A Comissão de Lisura de Contas Médicas manterá estreita ligação com a seção Fundo deSaúde do Exército (FUSEx) sem vinculação ou subordinação, com livre acesso aos contratos ecredenciamentos dos prestadores de serviço.

Art. 24. A Comissão tem as seguintes atribuições e competências:(...)II - verificar a existência da documentação de encaminhamento ou de caracterização deemergência/urgência;III - conferir, de acordo com tabelas apropriadas, medicamentos e materiais cobrados, com os queforam prescritos nas "papeletas" e nas fichas de gastos do centro cirúrgico e/ou de enfermagem;IV - verificar se os honorários médicos estão de acordo com o estabelecido nos contratos ou, emcasos específicos, se são compatíveis com a prática médica;V - no emprego de material de alto custo, verificar se o preço é compatível com o mercado, casonão seja necessário efetuar licitação;VIII - carimbar, datar e assinar o verso do espelho da fatura, para fim de comprovação daconformidade efetuada;X - elaborar, mensalmente, o relatório estatístico das conformidades efetuadas, constando osomatório dos valores originalmente apresentados, após a revisão, e das respectivas diferenças; eXI - corrigir a carmim as distorções detectadas.

b. o Sr Diretor de Saúde, por intermédio da Msg 0923329-DGP, de 30 Jun 06,determina que a Comissão de Lisura Médica elabore um “processo contábil da despesarealizada”, referente a cada paciente encaminhado para internação;

c. a SEF, por meio do Of nº 044-A/2-CIRCULAR, de 13 Jun 05, se reportando ao Ofnº 157-DGP-DAP-FUSEx, de 07 Jun 05, enfatiza que a lisura é pré-requisito para aliquidação e deve ser atestada no verso das Notas Fiscais e Recibos de Pagamento deAutônomos (RPA); e

d. a Portaria 173-DGP, de 28 Nov 06, a qual aprova as Instruções Reguladoras dePostos Médicos de Guarnição – IR 30-86, dispõe no art 10 que compete às chefias dosPMGu observar a Portaria nº 759-Cmt Ex, acima citada.

9. Solicito a V Sa, além dos documentos citados, mandar consultar, no mínimo, o que sesegue, sem prejuízo de outras publicações sobre o assunto:

- Msg SIASG nº 002153-DLSG, de 31 Jul 01; - Msg 0439619-SEF, de 24 Jul 03; - Of nº 049-A2/SEF-Circular, de 22 Mai 01; - Of nº 065-A2/SEF-Circular, de 18 Jun 02; - Of nº 184-A2/SEF, de 20 Nov 07 (intranet.sef.eb.mil.br/assessoria2/index.htm); e

- Parecer nº 033-AJ/SEF, de 11 Mai 06 (http://intranet.sef.eb.mil.br/assessoria1);

10. Diante do exposto, solicito a V Sa mandar verificar se essa UG cumpre osprocedimentos retro citados, providenciando, se for o caso, desde já, as devidas correções.

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AUGUSTO CEZAR AZEVEDO CARDOSO - Cel Chefe da 5ª ICFEx

4. Norma Técnica sobre Auditoria Médica no âmbito do Exército Brasileiro (NTAUMEx) - Ja-neiro/2017

A referida Norma Técnica, trata sobre a Auditoria Médica no âmbito do EB, destacamos ostópicos abaixo, a fim de contribuir com a melhoria de importantes processos relacionados as ativida-des realizadas pelas OM e ainda com a qualidade dos serviços prestados aos beneficiários do SSEx:

a. Quanto às auditorias prévias, verificar, nos casos que envolvam o uso de Órteses, Próteses eMateriais Especiais (OPME), as autorizações de procedimento e os orçamentos com os custos dasOPME, comparando os orçamentos com os alores reais praticados no mercado local, conforme incisoII do Art. 16° da NTAUMEx e Art. 3° da Lei n° 8666/93.

Tal procedimento visa verificar a existência de sobrepreço e os impactos desnecessários noSSEx, tendo em vista o alto custo das OPME;

b. Quanto às auditorias concorrentes, verificar (nas OM que possuem termos de credenciamen-tos com instituições de saúde que realizem a internação de pacientes) se existe na OM Censo Diáriode Pacientes Baixados, Plano de Visita aos Pacientes Baixados e Relatório de Visita Hospitalar, con-forme Art. 7°, 17° e inciso 2° do Art. 18° da NTAUMEx.

Tal procedimento pode impactar na melhoria da qualidade dos serviços prestados pelos creden-ciados, devido a uma atuação mais efetiva dos médicos, e na redução dos custos de internação;

5. Portaria nº 018-SEF/2013

A supracitada Portaria, que trata das Normas para a Prestação de Contas dos Recursos Utili-zados pelas UG do EB, traz, em seu Anexo 15, um roteiro para controle e arquivamento de documen-tação pertinente às despesas do FUSEx, destacando os documentos que devem estar presentes na Se-ção de Conformidade dos Registros de Gestão, no Setor Financeiro e no Setor FUSEx das UG.

6. Advocacia-Geral da União (AGU)

A AGU disponibiliza modelos de minutas de editais de credenciamento, termos de contrato elistas referenciais relacionadas às áreas do FUSEx, SAMMED e PASS em seu site:

Fonte: (http://www.agu.gov.br/page/content/detail/id_conteudo/158492)

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XX – CONTROLES INTERNOS ADMINISTRATIVOS

1. Conceito

A Portaria nº 018-Cmt Ex, de 17 JAN 13 (EB10-MT-13.001, 1ª Edição, 2013) aprovou o Manual deAuditoria.Trata-se de uma publicação que surgiu com a finalidade de consolidar, em um só documento, a vasta ecomplexa legislação que embasa a atividade de auditoria no âmbito do Exército Brasileiro.De acordo com a supracitada Portaria, o conceito de Controles Internos Administrativos é oseguinte:Conjunto de atividades, planos, rotinas, métodos e procedimentos interligados, estabelecidos com vistasa assegurar que os objetivos das unidades sejam alcançados, de forma confiável e concreta,evidenciando eventuais desvios ao longo da gestão, tendo por objetivo geral evitar a ocorrência deimpropriedades e irregularidades e, por objetivos específicos, os que seguem:

a) observar as normas legais e regulamentares;b) assegurar, nas informações contábeis, financeiras, administrativas e operacionais, sua exatidão,confiabilidade, integridade e oportunidade;c) evitar o cometimento de erros, desperdícios, abusos, práticas antieconômicas e fraudes;d) salvaguardar os ativos financeiros e físicos quanto à sua boa e regular utilização, bem comoassegurar a legitimidade do passivo; ee) assegurar a aderência das atividades às diretrizes, planos, normas e procedimentos da unidade.(grifo nosso)

Complementando esse conceito, o Manual de Auditoria, em seu Capítulo V, afirma:

5.1.1 Os controles internos administrativos devem ser entendidos como quaisquer ações, métodos ouprocedimentos adotados pelas unidades organizacionais, relacionados com a eficiência operacional eobediência às diretrizes estratégicas para aumentar a probabilidade de que os objetivos e metas sejamatingidos.

5.1.2 Os controles internos administrativos podem ser dos seguintes tipos:

5.1.2.1 PREVENTIVOS – buscam evitar que fatos indesejáveis ocorram;5.1.2.2 DETECTORES – para detectar e corrigir fatos indesejáveis já ocorridos;5.1.2.3 DIRETIVOS – para provocar ou encorajar a ocorrência de um fato desejável.

5.1.3 Em linhas gerais, são objetivos dos controles internos administrativos:

a) salvaguardar os ativos de prejuízos decorrentes de fraudes ou de erros não intencionais;b) antecipar-se, preventivamente, ao cometimento de erros, desperdícios, abusos, práticasantieconômicas e fraudes;c) assegurar a validade e integridade dos dados financeiros e contábeis que serão utilizados para atomada de decisões;d) incrementar a eficiência operacional e promover a obediência às normas internas;e) assegurar aderência às diretrizes estratégicas, planos, normas e procedimentos da unidadeorganizacional;

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f) propiciar informações oportunas e confiáveis, inclusive de caráter administrativo/operacional, sobreos resultados e efeitos atingidos; eg) permitir a implementação de programas, projetos, atividades, sistemas e operações, visando obtereconomicidade, eficiência, efetividade e equidade. (grifo nosso)

5.1.4 Os controles internos administrativos implementados no Comando do Exército têm caráterprioritariamente preventivo, e servem como instrumentos auxiliares de gestão relativamente a todos osníveis hierárquico organizacionais.

5.1.5 Um necessário ambiente de controle no Comando do Exército, fomentado pelas atitudes e açõesdos gestores, inclui:a) valores éticos compartilhados;b) estrutura organizacional;c) delegação de competência;d) política e prática da gestão de pessoas;e) competência técnica dos profissionais; ef) canais de comunicação capazes de dar à gestões informações adequadas e fidedignas.É pertinente diferenciar o significado de controles internos administrativos do significado de Audito-ria. Vejamos algumas definições.

A Auditoria e a sua finalidade, de acordo com a Portaria nº 018-SEF/2013:É o conjunto de técnicas que visa avaliar a gestão e a aplicação de recursos públicos, com a finalidade de comprovar alegalidade e legitimidade dos atos e fatos administrativos, assim como os resultados alcançados, quanto aos aspectosde eficiência, eficácia e economicidade da gestão.

FINALIDADE DA ATIVIDADE DE AUDITORIA

3.1.1 A finalidade clássica da atividade de auditoria interna governamental é comprovar a legalidade e legitimidadedos atos e fatos administrativos, assim como avaliar os resultados alcançados, quanto aos aspectos de economicidade,eficiência, eficácia, efetividade e equidade da gestão orçamentária, financeira, patrimonial, operacional, contábil e fi -nalística.

A auditoria interna governamental de acordo com a Instrução Normativa SFCI nº 03, DE 09 DE JU-NHO DE 2017:

A auditoria interna governamental é uma atividade independente e objetiva de avaliação e de consulto-ria, desenhada para adicionar valor e melhorar as operações de uma organização. Deve buscar auxili-ar as organizações públicas a realizarem seus objetivos, a partir da aplicação de uma abordagem siste-mática e disciplinada para avaliar e melhorar a eficácia dos processos de governança, de gerenciamen-to de riscos e de controles internos.

Reiteradas são as decisões do TCU quanto a necessidade dessa diferenciação:

a) observar as diferenças conceituais entre controle interno (a cargo dos gestores responsáveis pelosprocessos que recebem o controle) e auditoria interna, de forma a não atribuir atividades de cogestão àunidade de auditoria interna; b) avaliar, em decorrência da distinção conceitual mencionada na letra“a”, a necessidade de segregar as atribuições e competências da atual Secretaria de Controle Interno,de forma que essa unidade organizacional não possua concomitantemente atribuições e competênciasrelativas a atividades de controle interno e a atividades de auditoria interna; c) incluir, nas atividadesde auditoria interna, a avaliação da gestão de riscos da organização (itens 9.1.12 a 9.1.14, TC-017.635/2014-4, Acórdão nº 2.743/2015-Plenário).

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a) observem as diferenças conceituais entre controle interno e auditoria interna, de forma a nãoatribuir atividades de cogestão à Unidade de Auditoria Interna; b) em decorrência da distinçãoconceitual acima, avaliem a necessidade de segregar as atribuições e competências das atuaissecretarias de controle interno (ou equivalentes), de forma que a mesma unidade organizacional nãopossua concomitantemente atribuições e competências relativas a atividades de controle interno e asatividades de auditoria interna; (item 9.5.1, TC-025.068/2013-0, Acórdão nº 2.622/2015-Plenário).

2. Avaliação dos Controles

Tão importante quanto a implantação de controles internos administrativos, no âmbito das UG, é aavaliação desses controles para que possa ser possível mensurar se os objetivos estão sendoalcançados. Com relação aos aspectos de avaliação desses controles, o Manual de Auditoria traz o seguinte:5.2.1 Relação custo/benefício que consiste na avaliação do custo de um controle em relação aosbenefícios que ele possa proporcionar.

5.2.2 Qualificação adequada, treinamento e rodízios de servidores, uma vez que a eficácia doscontroles internos administrativos está diretamente relacionada com a competência, formaçãoprofissional e integridade do pessoal. É imprescindível haver uma política de pessoal que contemple:

a) a seleção e o treinamento de forma criteriosa e sistematizada, buscando melhor rendimento emenores custos;b) o rodízio de funções, com vistas a reduzir/eliminar possibilidades de fraudes;c) a necessidade de os servidores civis e militares gozarem férias regularmente, como forma inclusive deevitar a dissimulação de irregularidades; ed) a delegação de poderes e definição de responsabilidades, conforme previsto em lei, será utilizadacomo instrumento de descentralização administrativa, com vistas a assegurar maior rapidez eobjetividade às decisões. O ato de delegação deverá indicar, com precisão, a autoridade diligente, aautoridade delegada e o objeto da delegação, além de observar o seguinte:1. Existência de regimento interno e organograma adequados, em que a definição de autoridade econsequentes responsabilidades sejam claras e satisfaçam plenamente as necessidades da organização;2. Existência de manuais de procedimentos e rotinas, claramente determinados, que considerem asfunções de todos os setores da organização;3. Segregação de funções, devendo a estrutura das unidades organizacionais prever a separação entrequem autoriza ou aprova a execução, o controle e a contabilização, de tal forma que nenhuma pessoadetenha competências e atribuições em desacordo com este princípio;4. Instruções devidamente formalizadas para se atingir um grau de segurança adequado, sendoindispensável, para tanto, que as ações, procedimentos e instruções sejam claros e objetivos e emitidospor autoridade competente;5. Controles sobre as transações que se materializam pelo acompanhamento dos fatos contábeis,financeiros e operacionais e autorizados por autoridade competente; e6. aderência às diretrizes e normas legais para assegurar que o controle interno administrativoobserve as diretrizes, planos, normas, leis, regulamentos e procedimentos administrativos; e que os atose fatos de gestão sejam realizados com legitimidade e legalidade e relacionados com a finalidade dasUG, das entidades vinculadas e do FEx. (grifo nosso)

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É sabido que existem limitações inerentes aos controles internos administrativos, tendo em vista apossibilidade de ocorrência de falhas humanas, como interpretação errônea de instruções, negligência,conluio, entre outras.

Assim, a Portaria nº 018-Cmt Ex/2013 inova ao trazer o Questionário de Avaliação dos ControlesInternos (QACI), em seu Anexo “A”, que permite realizar uma avaliação preliminar. É útil ressaltarque tal questionário faz parte do Relatório de Gestão (item 3 – Estruturas de Governança e deAutocontrole da Gestão), elaborado pela UG por ocasião da Prestação de Contas Anual (PCA).

Desta forma, após a aplicação do QACI, quanto maior for o grau de adequação dos controles internosadministrativos aferidos pelas respostas aos questionamentos, menor será a vulnerabilidade, podendo-se, em consequência, dispensar os testes adicionais de auditoria ou, ainda, determinar uma menorextensão e profundidade dos próprios testes.

A seguir, é apresentado o QACI.

ELEMENTOS DO SISTEMA DE CONTROLES INTERNOS A SEREM AVALIADOS VALORES

Ambiente de Controle 1 2 3 4 5

1. A alta administração percebe os controles internos como essenciais à consecução dosobjetivos da unidade e dão suporte adequado ao seu funcionamento.

2. Os mecanismos gerais de controle instituídos pela UJ são percebidos por todos osservidores e funcionários nos diversos níveis da estrutura da unidade.

3. A comunicação dentro da UJ é adequada e eficiente.

4. Existe código formalizado de ética ou de conduta.

5. Os procedimentos e as instruções operacionais são padronizados e estão postos emdocumentos formais.

6. Há mecanismos que garantem ou incentivam a participação dos funcionários e servidoresdos diversos níveis da estrutura da UJ na elaboração dos procedimentos, das instruções operacionaisou código de ética ou conduta.

7. As delegações de autoridade e competência são acompanhadas de definições claras dasresponsabilidades.

8. Existe adequada segregação de funções nos processos e atividades da competência da UJ.

9. Os controles internos adotados contribuem para a consecução dos resultados planejadospela UJ.

Avaliação de Risco 1 2 3 4 5

10. Os objetivos e metas da unidade jurisdicionada estão formalizados.

11. Há clara identificação dos processos críticos para a consecução dos objetivos e metas daunidade.

12. É prática da unidade o diagnóstico dos riscos (de origem interna ou externa) envolvidos nosseus processos estratégicos, bem como a identificação da probabilidade de ocorrência desses riscos ea consequente adoção de medidas para mitigá-los.

13. É prática da unidade a definição de níveis de riscos operacionais, de informações e deconformidade que podem ser assumidos pelos diversos níveis da gestão.

14. A avaliação de riscos é feita de forma contínua, de modo a identificar mudanças no perfil derisco da UJ ocasionadas por transformações nos ambientes interno e externo.

15. Os riscos identificados são mensurados e classificados de modo a serem tratados em umaescala de prioridades e a gerar informações úteis à tomada de decisão.

16. Não há ocorrência de fraudes e perdas que sejam decorrentes de fragilidades nos processosinternos da unidade.

17. Na ocorrência de fraudes e desvios, é prática da unidade instaurar sindicância para apurarresponsabilidades e exigir eventuais ressarcimentos.

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18. Há norma ou regulamento para as atividades de guarda, estoque e inventário de bens evalores de responsabilidade da unidade.

Procedimentos de Controle 1 2 3 4 5

19. Existem políticas e ações, de natureza preventiva ou de detecção, para diminuir os riscos ealcançar os objetivos da UJ, claramente estabelecidas.

20. As atividades de controle adotadas pela UJ são apropriadas e funcionam consistentementede acordo com um plano de longo prazo.

21. As atividades de controle adotadas pela UJ possuem custo apropriado ao nível de benefíciosque possam derivar de sua aplicação.

22. As atividades de controle adotadas pela UJ são abrangentes e razoáveis e estão diretamenterelacionadas com os objetivos de controle.

Informação e Comunicação 1 2 3 4 5

23. A informação relevante para UJ é devidamente identificada, documentada, armazenada ecomunicada tempestivamente às pessoas adequadas.

24. As informações consideradas relevantes pela UJ são dotadas de qualidade suficiente parapermitir ao gestor tomar as decisões apropriadas.

25. A informação disponível para as unidades internas e pessoas da UJ é apropriada,tempestiva, atual, precisa e acessível.

26. A Informação divulgada internamente atende às expectativas dos diversos grupos eindivíduos da UJ, contribuindo para a execução das responsabilidades de forma eficaz.

27. A comunicação das informações perpassa todos os níveis hierárquicos da UJ, em todas asdireções, por todos os seus componentes e por toda a sua estrutura.

Monitoramento 1 2 3 4 5

28. O sistema de controle interno da UJ é constantemente monitorado para avaliar sua validadee qualidade ao longo do tempo.

29. O sistema de controle interno da UJ tem sido considerado adequado e efetivo pelasavaliações sofridas.

30. O sistema de controle interno da UJ tem contribuído para a melhoria de seu desempenho.

ORIENTAÇÕES PARA PREENCHIMENTO DO QACI

A UG deve assinalar na coluna “Avaliação” um “X” num dos valores da escala de 1 a 5, de acordo com a validade daafirmativa no contexto da UG principal, considerando os seguintes conceitos:

(1) Totalmente inválida: Significa que o conteúdo da afirmativa é integralmente não observado no contexto da UJ.(2) Parcialmente inválida: Significa que o conteúdo da afirmativa é parcialmente observado no contexto da UJ,porém, em sua minoria.(3) Neutra: Significa que não há como avaliar se o conteúdo da afirmativa é ou não observado no contexto da UJ.(4) Parcialmente válida: Significa que o conteúdo da afirmativa é parcialmente observado no contexto da UJ, porém,em sua maioria.(5) Totalmente válido. Significa que o conteúdo da afirmativa é integralmente observado no contexto da UJ.

Para analisar as afirmativas constantes do quadro, devem-se reunir pessoas que possam representar as áreas estratégicas daunidade.

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XXI – SISTEMA DE CONCESSÃO DE DIÁRIAS E PASSAGENS (SCDP)

A Diretriz do Secretário de Economia e Finanças, de 30 Nov 16 (disponível no site da 5ªICFEx) tem como referência o Decreto 6.258/2007 e estabelece como objetivo implantar o Sistemade Concessão de Diárias e Passagens no âmbito do Exército Brasileiro até 01 Jul 17.

1. Considerações iniciais

O Decreto 6.258/2007 alterou o Decreto 5.992, de forma que o Art 12-A passou a serredigido da seguinte forma:O Sistema de Concessão de Diárias e Passagens - SCDP do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão é de utilizaçãoobrigatória pelos órgãos da administração pública federal direta, autárquica e fundacional.

O Sistema é administrado pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e podeser acessado por meio do site: www2.scdp.gov.br

2. Cronograma de implantação

01 Mar 17 a 30 Abr 17 – As ICFEx deverão realizar treinamento com os usuários cadastrados noSCDP das UG vinculadas;01 Maio 17 a 30 Jun 17 – As ICFEx deverão realizar o levantamento de óbices e dificuldadesencontradas, por ocasião do treinamento e informar a Assessoria 2/SEF para que possa ser levado aoconhecimento do MPDG;A partir de 01 Jul 17 – As UG vinculadas deverão estar em condições de utilizar o SCDP para opagamento de diárias e aquisição de passagens.

3. Níveis de acesso

O Gestor Setorial do Comando do Exército, em um primeiro momento, é o Chefe daAssessoria 2/SEF, responsável pelo contato junto ao MPDG e pelo gerenciamento de todo o sistemano âmbito do Exército;

As ICFEx possuirão o perfil de Gestor Setorial no âmbito das atribuições junto às UGvinculadas;

As UG serão usuárias do SCDP no que tange ao pagamento de diárias e aquisição depassagens;

As UG que necessitarem de grau de sigilo para o pagamento de diárias e aquisição depassagens deverão solicitar o respectivo perfil às ICFEx de vinculação que, após parecer da Inspetoriae aprovação da SEF, receberá o perfil correspondente,

4. Principais Agentes do Sistema

4.1 Solicitante de viagem É o responsável pelo cadastramento da solicitação, alteração, cancelamento,

antecipação/prorrogação/complementação, e pela prestação de contas da viagem. Deve ser um militar escalado pela UG e não pode acumular a função com o Solicitante de

passagem.

4.2 Solicitante de passagemÉ o servidor formalmente designado, no âmbito de cada unidade, de acordo com o disposto no

regulamento de cada órgão e entidade, responsável pela verificação da cotação de preços das agências

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contratadas, comparando-os com os praticados no mercado, pela indicação da reserva e pelasolicitação e a autorização para a emissão de bilhetes de passagens.

Deve ser um militar pertencente à Seção de Aquisições da UG e não pode acumular a funçãocom o Solicitante de viagem.

4.3 Autoridade SuperiorÉ o responsável pela aprovação das viagens urgentes, com pedido de passagem aérea, cuja data

da solicitação seja inferior a dez dias do início da viagem (Portaria nº 505/2009, Art. 1º, Inciso I -MP).

- É responsável também pela autorização de nova viagem sem prestação de contas daanteriormente realizada (Portaria nº 505/2009, Art. 4º, § 2º – MP)

- É responsável também pela autorização de viagem com prazo superior a dez dias contínuos,mais de 10 pessoas para o mesmo evento, mais de 40 diárias intercaladas no ano (Decreto7.689/2012).

Essa função necessita de certificação digital (token A-3)

4.4. Ordenador de DespesasÉ o responsável pela autorização da despesa relativa a diárias e passagens, podendo fazer a

alteração do projeto/atividade e do empenho.Essa função necessita de certificação digital (token A-3)

4.5 ProponenteÉ o responsável pela avaliação da indicação do proposto e pertinência da missão, efetuando a

autorização administrativa. É ainda o responsável pela aprovação da prestação de contas (Decreto nº5992/2006, Art. 5º, § 1º).

Nas UG e nas OM sem autonomia administrativa essa função é atribuição do S Cmt.Essa função necessita de certificação digital (token A-3)

4.6 Coordenador FinanceiroÉ o responsável por cadastrar no SCDP os empenhos de diárias e passagens emitidos no SIAFI

e efetuar o pagamento das diárias. Deve estar cadastrado e autorizado a emitir ordem bancária noSIAFI.

Essa função necessita de certificação digital (token A-3)

4.7 Coordenador Orçamentário SuperiorÉ o responsável por controlar o orçamento disponibilizado para o órgão e distribuir o recurso

por UGR - Unidade Gestora Responsável.Nas UG essa função é atribuição do Fiscal Administrativo.

4.8 Coordenador Orçamentário SetorialÉ o responsável por distribuir o recurso por UGR - Unidade Gestora Responsável, de acordo

com a configuração orçamentária, por Natureza de Despesa ou por Empenho. Nas UG essa função é atribuição do Ch SALC.

4.9 Assessor do Proponente / Assessor da Autoridade Superior / Assessor do Ordenador deDespesas

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É o responsável pela análise prévia das solicitações de viagem em sua área de atuação, solicitaa correção de erros, sem alterações de mérito. Não possui poder de decisão, manifesta a concordânciaou discordância do processo. A sua inclusão é opcional, a qual é facultada aos aprovadores indicaralguém de confiança para realizar esse trabalho

Um mesmo usuário pode realizar a atividade de assessoria para mais de uma autoridadeaprovadora.

5. Características do Sistema

O sistema é interligado com os seguintes sistemas/usuários: - Receita Federal do Brasil- SIAPEnet- SIORG- SIAFIWEB- Companhias aéreas- Agências de viagem credenciadas

5.1 Diárias- O sistema possibilita a liquidação e o pagamento das diárias, gerando os respectivos

documentos hábeis no SIAFI;- Especificamente os empenhos de diárias devem ser emitidos em favor da UG;- O sistema gerencia o pagamento das diárias e permite a anexação de documentos ao longo de

todo o processo;

5.2 Passagens- O pagamento das passagens é realizado por intermédio do Cartão de Pagamento do Governo

Federal (CPGF) – Passagens Aéreas, cujo titular do cartão é o Ordenador de Despesas;- O controle orçamentário deverá ser realizado por empenho;

- Enquanto não há a completa implantação do sistema, as demais rotinas permanecem em vigor;- Especificamente os empenhos de passagens serão emitidos em favor do Banco do Brasil, uma vezque o pagamento das passagens será efetuado por meio do CPGF;- As aquisições devem ocorrer, preferencialmente por meio da modalidade “Compra Direta”, sendoque, a aquisição com agências de viagens deve ocorrer em caráter excepcional;e- Importante: No caso de passagens rodoviárias, a UG terá que fazer a aquisição com a agência deturismo, que deverá ser credenciada no sistema. Outra opção é o de a UG verificar no sistema aexistência de agências já credenciadas e tentar firmar o respectivo contrato, desde que se adeque àspeculiaridades e necessidades.

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6. Fluxo do processo

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5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 03/2018 ...................... fl 260

XXII - DIVERSOS

1. Doações e Patrocínios e Prêmios

O recebimento de patrocínio/doação é legal. Por intermédio do documento abaixo transcrito,a SEF orienta sobre procedimentos a serem adotados, quando do recebimento de patrocínio ou da ces-são de instalação a título oneroso ou não:

(Transcrição do Of n° 011- SPE/D Aud/SEF-Circular, 10 Dez 07 - Publicado B Info12/2007)

(...)

a. patrocínio

1) quando a UG receber diretamente do patrocinador, qualquer valor em dinheiro ou cheque, esse será deposita-do na conta única do tesouro, por meio da guia de Recolhimento Único (GRU) e contabilizado na unidade orça-mentário Fundo do Exército (F. Ex). A partir desse momento, esse recurso transmuda-se para público e a despesarespectiva seguirá o rito normal, ou seja:

solicitar o crédito ao F Ex;

antes de empenhar, verificar a necessidade de licitar-se ou não; e

incluir no patrimônio o material adquirido ou o resultado da prestação de serviço que provoque sua alteração.

2) quando a UG receber o material e/ou a prestação de serviço, que altere o seu patrimônio, e não valores em di-nheiro ou cheque, esses serão incluídos em carga, seguindo a legislação em vigor.

3) quando o valor, o material ou o serviço prestado for administrado exclusivamente pelo patrocinador ou poroutra organização que não seja a própria UG, somente será incluído no patrimônio tudo que alterá-lo. Os valoresnão serão contabilizados, pois não são geridos pela UG. È necessário celebrar um contrato que especifique todasas atividades envolvidas no patrocínio.

b. cessão de instalações

- a cessão de instalações da UG ou de suas vinculadas para terceiros, a título oneroso ou não, para a realizaçãode atividades diversas, tais como: um dia no quartel, exposições, shows e outras congêneres, deverá ser consubs-tanciada em um contrato, que especificará todas as atividades, direitos e deveres. Não esquecer as despesas comas concessionárias de serviços públicos.

3. Assim sendo, informo-vos que o recebimento de patrocínio é legal. As UG devem ser orientadas a não o solici -tarem compulsivamente, como também evitarem recebê-lo, constantemente, dos seus próprios fornecedores, a fimde resguardar a ética e a transparência no trato dos atos e fatos da gestão pública.

4. Caso a UG deseja criar uma sociedade para receber os patrocínios, deverá cumprir o seguinte:

a esta sociedade será civil, apolítica, apartidária e sem fins lucrativos;

b. o embasamento legal está no art 5° da Constituição Federal, em seus incisos XVII, XVIII e XIV;

c. não possuir o seu endereço ou de suas vinculadas;

d. não ser gerida por seus militares ou civis ou de suas vinculadas; e

e. compor a sua diretoria com militares da reserva e/ou civis.

5. informo-vos, também, que na mídia anexa está a palestra que foi proferida pelo Sr Secretário de Economia eFinanças na reunião citada no item 1 acima.

Ainda, sobre o assunto, reforçando o cuidado na geração/aplicação de recursos dessanatureza, cabe destaque o seguinte Acórdão do TCU:

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- Assunto: LANCHES E REFEIÇÕES. DOU de 14.08.2009, S. 1, p. 170. Ementa: determinação ao (...) paraque: a) abstenha-se de realizar despesas com encontros em churrascarias, pizzarias, bares, restaurantes ouestabelecimentos assemelhados, ainda que destinados à divulgação institucional junto a jornalistas ou à captaçãode recursos junto a patrocinadores, tendo em vista os princípios da eficiência e da moralidade administrativaprevistos no art. 37 da Constituição Federal; b) abstenha-se de realizar despesas com serviços de “buffet”,lanches, jantares, festividades e outros eventos congêneres, em razão de inexistir norma legal que as autorize,consoante reiteradas decisões da Corte de Contas em casos análogos (itens 1.5.1.4 e 1.5.1.5, TC-016.963/2007-8, Acórdão nº 4.070/2009-2ª Câmara).

Em linha similar (Acórdão nº 5.488/2011 - 1ª Câmara e Acórdão nº 6.259/2011 - 2ªCâmara, Acórdão nº 281/2012 - Plenário, Acórdão nº 354/2012 - 1ª Câmara), o TCU alerta que nãose pode realizar despesas com atividades que não estejam vinculadas às suas finalidades institucionais,tais como confraternizações, festividades, eventos comemorativos e outros congêneres.

No que se refere a prêmios ressaltam-se as orientações constantes do DIEx nº 83-Asse2/SSEF/SEF, de 30 AGO 12 que versa sobre a possibilidade de aquisição de materialpermanente, tais como tablet e notebook, por estabelecimentos de ensino do Exército, para ofertar aosalunos que se destacam no decorrer do ano letivo, a título de premiação.

Oportuno, ainda, observar o constante no DIEx nº 107-Asse2/SSEF/SEF, de 15 AGO14, que alerta acerca da distribuição de brindes de natureza pessoal oriundos de doações da ReceitaFederal do Brasil (RFB).

2. Divulgação do Boletim Informativo (BINFO)

Conforme Msg 1026104-SEF, de 10 Set 08, o B Info também deve ser divulgado às OM SEMautonomia administrativa, por se tratar de um valioso instrumento de padronização de conceitos e pro-cedimentos de controle interno, para atender a todos os agentes da administração, em todos os níveisde conhecimento, inclusive aqueles servidores que tenham sob sua responsabilidade a guarda do mate-rial existente na OM.

Cabe alertar sobre a obrigatoriedade da leitura e divulgação a todos os agentes da ad -ministração (Agt Adm), além dos motivos já citados, também pelo fato de inúmeras deter-minações, procedimentos, prazos serem ali publicados.

3. Sistemas Corporativos para Consulta

Para verificar se uma empresa está habilitada para prestação de serviços ou fornecimento dedeterminado bem, poderá ser consultado o SIASG/SICAF, bem como o sítio da Receita Federal(www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/cnpj/cnpjreva/cnpjreva_solicitacao.asp). Já para a consulta dos Códigos de Atividades Econômicas pode ser utilizado o sítio do IBGE(http://www.cnae.ibge.gov.br).

4. Uso do Subsistema COMUNICA do SIAFI (Mensagem SIAFI) - Recomendações

A Msg 0485055-SEF, de 29 Abr 08, que reitera a Msg 0888496, de 16 Jul 07, recomenda que as UGse abstenham de utilizar o SIAFI para transmitir mensagens com assuntos fora de sua finalidade, taiscomo oferecimento de vagas em OM a serem preenchidas por militares interessados (movimentaçãode pessoal, por exemplo), pois as mesmas congestionam o Subsistema "COMUNICA", prejudicando otrâmite de assuntos que lhe são realmente correlatos (itens 1 e 4.6, do código 02.01.00, do manualSIAFI).

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5. Msg SIAFI/SIASG - Visto OD

Todas as Mensagens do Sistema COMUNICA (SIASG/SIAFI), expedidas e recebidas, deverão servisadas pelo OD.

6. Substituição de OD

Nos períodos de afastamento do OD por prazo superior a 30 dias deve ser elaborado oRelatório de Passagem de Função de Ordenador de Despesas, conforme prevê a Portaria 18-SEF/2013, que possui, inclusive, o modelo desse documento em seu Anexo 11.

7. Certificação Digital - OD e Pregoeiro

Os OD e os pregoeiros das UG deverão obter a certificação digital junto ao SERPRO, a fim dereceberem o dispositivo (“token”) que permitirá homologar e operar o pregão, respectivamente. Emcaso de dúvida, consultar a Msg SIASG 046720-DLSG, de 28/04/08.

Importante destacar que, conforme Orientação aos Agentes da Administração da DGO (2017),o pedido do crédito para o pagamento da certificação digital do OD e do Pregoeiro deve ser efetuado àDGO, enquanto que para os demais usuários do SCDP deve ser pedido para a SEF por intermédio daICFEx de vinculação.

8. Atendimento a Diligências da ICFEx / Prazo

Se outro prazo diferente não for estabelecido, as diligências enviadas por esta ICFEx deverãoser respondidas pela UG no prazo máximo de 15 (quinze) dias, conforme Of nº 029 - A/2 - SEF, de22 MAR 07.

9. Não Atendimento a Diligências Recebidas – Ocorrência Contábil

A falta ou atraso, bem como pendências de respostas a diligências desta ICFEx, poderá impli-car em Ocorrência Contábil (antiga Restrição Contábil) da UG sob o código 316 - Falta/Atraso nocumprimento de diligência ou 318 - Nao atend. orientacao Orgao Cont Set/Central. Outras situaçõestambém poderão ser objeto de Ocorrência Contábil. Consultar os códigos e motivos no SIAFI OPE-RACIONAL na transação >CONRESTCON.

10. Licenciamento Ambiental das Obras Militares - Sequência de Ações

O licenciamento ambiental é uma obrigação legal prévia à instalação de qualquerempreendimento ou atividade potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente. Nessecenário, recomenda-se observar o contido no Noticiário do Exército (NE) nº 10.646, de 25 fevereirode 2010, bem como seu Encarte, que publica orientações da Diretoria de Patrimônio sobreLicenciamento Ambiental, informando sobre instauração do processo, ações preliminares,licenciamento prévio, licenciamento especial, licenciamento de instalação, licenciamento de operação,bem como um tópico específico sobre licenciamento de obras militares.

11. Denúncias anônimas

Conforme publicado no B Info 07/2010, por meio do Of n° 656-Div Jur – CIRCULAR, de 12jul 10, o Cmdo 5ª RM-5ª DE encaminhou as suas OM subordinadas e ou vinculadas, cópia do Of n°

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391-A2.6 (Circular), de 1° jun 10, do Ch Gab Cmt EB, versando sobre o tratamento a ser dado àsdenúncias anônimas recebidas por OM do Exército.

Assim, para simplificar, transcrevemos trecho contendo orientações sobre o tratamento damatéria:

... eventual denúncia anônima recebida por qualquer Organização Militar deverá, nos termos da conclusão doParecer n° 192/2010/CONJUR/MD, de 13 de abril de 2010, ter o seguinte tratamento:

“a) Nenhuma denúncia ou escrito anônimo pode justificar, desde que isoladamente, a imediata apuração porparte da autoridade pública em processo ou procedimento formal;

b) Denúncias apócrifas não podem ser incorporadas formalmente ao processo. Só os escritos produzidos pelopróprio acusado ou a ele imputados, ou que sejam eles próprios o corpo de delito, podem ser juntados aoprocesso;

c) O poder público provocado por denúncia anônima disque denuncia por exemplo pode adotar medidassumárias de verificação, com prudência e discrição sem formação de processo ou procedimentos, destinadas aconferir a plausibilidade dos fatos nela denunciados. Acaso encontrados elementos de verossimilhança poderá oPoder Público formalizar a abertura do processo ou procedimento cabível, desde que mantendo completadesvinculação desse procedimento estatal em relação à peça apócrifa, ou seja, desde que baseada nos elementosverificados pela ação preliminar do próprio estado:

d) Cumpre ignorar de imediato aquelas denúncias anônimas que desejam apenas atacar por ressentimento oumá-fé os desafetos colegas ou superiores bem como aquelas notoriamente de caráter calunioso, difamatório einjurioso:

e) Em conclusão, nenhum processo ou procedimento formal do Poder Público pode ser instaurado tendo comofundamento causal documentos ou escritos anônimos, sendo vedada sua juntada aos autos.”

3. Incumbiu-me, ainda, de informar que maiores detalhes sobre o assunto podem ser encontrados no “PortalJurídico do Exército Brasileiro”, no sitio www.portaljuridico.eb.mil.br, sob o título “Denúncias recebidasanonimamente”.

Tal assunto também foi objeto da edição da Portaria nº 13-Cmt Ex, de 14 JAN13, conforme aseguir:

Portaria nº 013-Cmt Ex, de 14 jan 13- Regula, no âmbito do Exército Brasileiro, a execução demedidas sumárias para verificação de fatos apontados por meio de denúncias anônimas.

O COMANDANTE DO EXÉRCITO, no uso da competência que lhe confere o art. 4º da LeiComplementar nº 97, de 9 de junho de 1999, e art. 20, incisos I e XIV, do Decreto nº 5.751, de 12 deabril de 2006 e considerando:

a. as orientações contidas no Parecer nº AGU/GV-01/2007, de 26 de novembro de 2007, e no Parecernº 192/2010/CONJUR/MD, de 13 de abril de 2010; b. o previsto no art. 2º, § 3º, das Instruções Gerais para Elaboração de Sindicância no Âmbito doExército (EB10-IG-09.001), aprovadas pela Portaria nº 107, de 13 de fevereiro de 2012; e c. a necessidade de regular o procedimento para a realização de medidas sumárias para verificação daeventual procedência de denúncias anônimas, com o objetivo de coletar elementos para análise sobre ocabimento de instauração de sindicância ou inquérito policial militar – IPM.

RESOLVE

Art. 1º As medidas sumárias para verificação de denúncias anônimas dirigidas a OrganizaçõesMilitares do Exército devem ser realizadas de acordo com as normas de caráter geral previstas nestaPortaria.

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Parágrafo único. O Órgão de Direção Geral e os Órgãos de Direção Setorial poderão expedir normasespecíficas para situações especiais nas suas áreas de atribuição e para atender às peculiaridades deemprego em operações militares.

Art 2º Denúncia anônima, para fins desta portaria, são todas as delações que não contenham ou nãopermitam a correta identificação do autor, formuladas por qualquer do povo no intuito de relataralgum tipo de irregularidade, realizadas mediante expediente apócrifo (telefonema, e-mail, carta, etc).

Art. 3º A denúncia anônima deverá ser objeto de verificação sumária, realizada com prudência ediscrição, em caráter sigiloso, sem formação de processo ou procedimento, destinada a verificar aplausibilidade e/ou a verossimilhança dos fatos nela relatados e coletar elementos que permitamverificar o cabimento da instauração de sindicância, IPM, ou processo administrativo, desde quecontenha a indicação da prática de irregularidade ou ilegalidade em narrativa clara e objetiva, comcircunstâncias e referências que permitam a individualização do militar ou do servidor envolvido ou, aomenos, do fato apontado.

Parágrafo único. Mediante despacho fundamentado, poderão ser arquivadas de imediato aquelasdenúncias anônimas que desejam apenas atacar, por ressentimento ou má-fé, os desafetos, pares ousuperiores, bem como aquelas notoriamente de caráter calunioso, difamatório e injurioso ou que nãocontenham os requisitos elencados no caput do artigo, salvo se as circunstâncias sugerirem a apuraçãode ofício.

Art. 4º As medidas sumárias de verificação serão determinadas, por meio de ordem de serviçosimplificada, pelo comandante, chefe ou diretor da organização militar (OM) a qual tenha sido dirigidaa denúncia, devendo ser concluídas no prazo de 30 dias, assegurado o sigilo das medidas apuratórias.

Parágrafo único. Caso a autoridade entenda que o fato apontado situa-se fora do âmbito de suasatribuições deverá encaminhar a denúncia ao escalão competente, mantido o sigilo necessário.

Art. 5º A designação para realização das medidas sumárias de verificação deve recair em pessoalhabilitado e indicado para apurar a atividade objeto da denúncia. Os militares ou servidoresdesignados para a realização das medidas sumárias de verificação deverão assinar termo decompromisso da manutenção do sigilo.

Parágrafo único. Caso não possua pessoal habilitado para a realização das medidas sumárias deverificação, a OM deverá solicitar apoio ao escalão superior.

Art. 6º O militar ou a equipe designada realizará a verificação buscando identificar elementos queindiquem verossimilhança nas informações contidas na denúncia anônima e que possibilitem a aberturade sindicância, IPM ou processo administrativo.

§ 1º O militar ou equipe designada, por intermédio do comandante, chefe ou diretor da OM, poderásolicitar informações e documentos da administração, a fim de coletar os dados necessários à análisedos fatos.

§ 2º Não deverão ser procedidas inquirições, pedidos de prisões ou de buscas e apreensões, nesta fasede verificação sumária. Art. 7º O militar designado apresentará relatório ao comandante, chefe ou diretor da OM, indicando eanexando os elementos coletados que sirvam de subsídio à decisão desta autoridade.

§ 1º Entendendo haver elementos de verossimilhança, o comandante, chefe ou diretor determinará ainstauração de sindicância, IPM ou outro procedimento administrativo, conforme o caso. Nestahipótese, os elementos de verossimilhança coletados por intermédio das medidas sumárias de

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verificação farão parte dos autos, desvinculados da denúncia apócrifa, a qual não será juntada aoprocedimento administrativo instaurado.

§ 2º A decisão do comandante, chefe ou diretor que entender pela improcedência das medidas sumáriasde verificação deverá ser fundamentada, devendo a documentação relacionada ser arquivada na 2aSeção da OM.

Art. 8º O procedimento previsto nesta portaria não se aplica aos casos em que, a partir de denúnciaanônima, o Ministério Público Militar tenha formalizado requisição para instauração de IPM, a qualdeverá ser atendida consoante o disposto no art. 10, alínea c, do Código de Processo Penal Militar.

Art. 9º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.

O anexo dessa Portaria apresenta um modelo de relatório para a realização dessa apuraçãosumária.

12. CNPJ – Alteração de Responsável

Conforme Msg 0962285-DGO, de 08 jul 11 e 1315585, de 20 set 11, as UG que possuemCNPJ próprio (matriz e filial) devem, sempre que ocorrer a troca de comando, proceder à alteração doregistro de responsável pelo CNPJ perante a Receita Federal, utilizando o código 202 (alteração dapessoa física perante o CNPJ), conforme Orientação aos Agentes da Administração da DGO,disponível na página daquela Diretoria.

Em consequência, é recomendável que a UG proceda, na semana da passagem de comando, àtroca do responsável pelo CNPJ da UG, passando do Cmt substituído para o Cmt substituto.

Cabe salientar que, diante da troca de comando, será necessária, também, a aquisição denovos certificados digitais a serem regravados nos tokens existentes. (Consultar Msg 1361671-DGO,de 28 SET 11). Observar o contido no DIEx nº 59-Asse2/SSEF/SEF - CIRCULAR, - Anexo: - DIEx nº 300-A3.3-A3-GabCmtEx - CIRCULAR, 2 MAR 17. Anexo "B", que trata da Substituição de responsáveis pelosCNPJ de Organizações Militares (OM) do Exército.

13. Simpósio de Administração no âmbito da UG

O OD deve realizar, anualmente, Simpósio de Administração92 visando aqualificação/aperfeiçoamento dos quadros da UG.

Há na página da SEF instruções sobre o assunto, assim como modelo de palestras já prontas.Sugere-se que os OD aproveitem o Simpósio para padronizar procedimentos entre as diversas

seções para, assim, permitir um melhor controle interno administrativo.

14. Ações Judiciais Contra o Comando do Exército – Orientações

Foi publicado no B Info 09/2008 o documento a seguir que trata de Parecer Jurídico da 12ªRM, datado de 20 SET 1998.

Tal documento está sendo republicado com a finalidade de analisar eventuais equívocosadministrativos que a UG possa vir a cometer. Como pode ser visto, em que pese o tempo dapublicação do documento, é possível afirmar que o Parecer a seguir continua atual.

92 A SEF expede orientações sobre o tema no início de cada exercício.

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Transcrição do Parecer Jurídico nº 101-98 / 12ª RM - Ações Judiciais Contra oMinistério do Exército

1. Trata sobre ações judiciais interpostas contra a União Federal/Ministério do Exército, por vezes, arguindovínculo empregatício e o consequente pagamento de direito trabalhista, ou, por vezes, pleiteando indenização pordano pessoal ou material sofrido em área militar.

2. As ações judiciais decorrem de civis ou militares (pessoa física ou jurídica) que por uma razão ou outra,executam de forma contínua, dentro da área militar, serviços ou atividades que geram direitos e obrigações, semque para isso exista contrato escrito, regulado as relações jurídicas entre as partes envolvidas.

3. O Exército tem perdido ações dessa natureza, pois, em juízo fica caracterizada a falha da AdministraçãoMilitar pela não observância de normas legais.

4. Constata-se que a irregularidade perdurou por vários anos, era pública e notória, porém não foi tomada, comoportunidade, a efetiva decisão para sanar o problema.

5. Na maioria das vezes, as irregularidades exsurgem travestidas em "vício de tolerância ou pseudo-assistencialismo" externadas por ações ou omissões tais que se seguem:

§ exploração de serviços de cantina, barbearia, alfaiataria, lavanderia, livraria, tipografia, xerocópia, fotografia,filmagem, videoteca, engraxate e etc, sem o devido termo de permissão de uso;

§ termo de permissão de uso com prazo de vigência expirado, porém, tolera-se a ocupação do imóvel e aexploração da atividade;

§ empregado de permissionário, trabalhando dentro da área do quartel, porém, sem contrato de trabalho e semrecolher as contribuições para o INSS e FGTS;

§ permissionário que não recolhe os impostos a que está obrigado por lei em decorrência da atividade explorada;

§ utilização indevida de empregado de permissionário, ou, do próprio permissionário, em serviços de repartiçõesou subunidades da OM;

§ empregado de firma contratada (empreiteiras, construtoras, fornecedores, prestadores de serviço) cedido à OMpara prestar serviço diferente daquele constante do objeto do contrato;

§ empregado de firma contratada pelo Exército com a situação contratual trabalhista e previdenciária irregular;

§ menor que presta serviço a permissionário ou firma contratada, com a situação trabalhista e previdenciáriairregular e sem autorização expressa do Cmdo e dos pais para transitar em área militar;

§ exploração de atividade comercial de extração de madeira, frutas, capim, pedras, areia, aterro, etc, sem odevido termo de contrato;

§ menor que presta serviço de engraxate a militares da OM, em situação contratual trabalhista e previdenciáriairregular e sem autorização expressa do Cmdo e dos pais para transitar em área militar;

§ ginásios, campos, quadras, pistas, auditórios, salões que são alugados em termo de contrato, sem registrocontábil e controle financeiro;

§ capela militar, jardim, campo de futebol ou área de instrução que são zeladas por particular sem termo decontrato; Conforme publicado no título “Orientações”, por meio do Of n° 656-Div Jur – CIRCULAR, de 12 jul10, o Cmdo 5ª RM-5ª DE encaminhou as suas OM subordinadas e ou vinculadas, cópia do Of n° 391-A2.6(Circular), de 1° jun 10, do Ch Gab Cmt EB, versando sobre o tratamento a ser dado às denúncias anônimasrecebidas por OM do Exército.

§ militar licenciado ou transferido para a reserva ou servidor civil aposentado, considerado "gente nossa", quedesvinculados permanecem prestando serviço ou exercendo atividades sem termo de contrato;

§ cultivo de plantações ou criação de animais, em área militar, por militar ou civil, com objetivo de exploraçãoeconômica sem contrato escrito, sem registro contábil e controle financeiro;

§ exploração de serviços de lavagem de automóvel particular em instalações de OM, sem registros e controles;

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§ exploração de serviços de transportes pela OM, com fornecimento a particular, sem registro e controle;

§ cessão de instalação precária construída em campo de instrução ou terreno do Exército para militar ouservidor civil residir, sem definir através de termo escrito, se a ocupação é como locação ou é para fins de guardae vigilância do imóvel;

§ ocupação de instalação precária, mediante descontos de indenização de moradia, em folha de pagamento, semque a instalação atenda aos requisitos para ser considerado PNR na forma das Normas Internas do Exército;

§ exploração e venda de fotografias e filmagens, por militar da ativa, da própria OM e dentro de área militar,sem termo escrito, com interferência no desempenho, face a sobreposição de atividades;

§ arrecadação indevida de dinheiro de soldados, mediante desconto compulsório em folha de pagamento paraconservação ou manutenção de bens ou para adquirir meios de instrução;

§ intermediação indevida, pela Administração Militar, mediante o recolhimento de dinheiro de soldados, porocasião do pagamento, com a finalidade de repassá-lo a permissionários ou a grêmios recreativos;

§ coleta e comercialização de resíduos de rancho e de lixo reciclável, sem observância das Normas Internas doExército;

§ contratação de civis para prestar serviços em Hotel de Trânsito, porém, com a situação trabalhista irregular;

§ geração de receita própria por Hotel de Trânsito, sem registro contábil e controle financeiro;

§ pessoas jurídicas de direito privado, tais como: Círculos Militares, Clubes de Sargentos, Clubes de Cabos eSoldados, Associações de Pais e Mestres de Estabelecimento de Ensino, Grêmios Recreativos de Cabos e Soldadosde OM, que contratam empregados ou assumem obrigações de forma irregular, resultando em ação judicialcontra o Exército, face a localização da entidade em área militar ou pela vinculação ao nome do Exército;

§ presença de estagiário de curso superior, em OM do Exército, sem o devido termo de convênio ou similar;

§ contratação de pessoal considerado como "mão-de-obra temporária" sem observar as normas específicas quetratam do assunto.

6. O descumprimento das normas específicas que regem as situações alinhadas, quando não causa prejuízo àNação, denigre a imagem da Força, depõe contra a Administração Militar e o Comando da OM.

7. A inexistência de contrato expresso regendo as relações jurídicas, a ausência de publicação dos atos em BI daOM e em DOU, a falta de registro contábil e controle financeiro, mesmo que sem dolo ou má fé, pode colocar emdúvida a Ação de Comando e atentar contra os Princípios Constitucionais de Legalidade e Publicidade que regema Administração Pública (Art. 37 da CF/88).

8. É bom frisar que todo ajuste que a Administração Pública faz com o particular exige um termo escrito paralhe dar suporte jurídico e que na Administração Militar do Exército não existe contrato verbal.

É recomendável, pois, a efetiva ação e fiscalização dos Agentes Executores e dos Ordenadores de Despesas, naárea do Cmdo da 12ª RM, no sentido do fiel cumprimento das normas específicas referentes aos assuntosabordados, a fim de evitar irregularidade administrativa, financeira, contábil e ações judiciais contra o Exército.Manaus (AM), 20 Set 98.

Assina: MIGUEL ANTONIO CORDEIRO - Cap QCO Dir - Chefe da Asse Jur da 12ª RM.

DESPACHO: Em 20 Set 98.

01. Aprovo.

02. Publique-se na íntegra em BIR.

03. Remeta-se cópia aos OD da área da 12ª RM.

Assina: Gen Bda ADALBERTO BUENO DA CRUZ. Comandante da 12ª Região Militar".

15. Viagem de Orientação Técnica da Secretaria de Economia e Finanças (VOT/SEF)

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Tem como objetivo atualizar os conhecimentos dos agentes da administração (Agt Adm) nos

aspectos mais importantes de interesse para o Sistema de Economia e Finanças.

A atividade se desenvolve com palestras da SEF, de suas Organizações Militares Diretamente

Subordinadas (OMDS) e do Centro de Controle Interno do Exército. Também são realizadas oficinas

de licitações e contratos, pagamento de pessoal , conformidade dos registros de gestão e gestão da

contabilidade.

Durante a VOT é aplicada a Verificação do Nível de Conhecimentos (VNC) aos seguintes Agt

Adm:

- Ordenador de Despesas;

- Fiscal Administrativo;

- Encarregado da Conformidade dos Registros de Gestão;

- Encarregado de Licitações e Contratos;

- Encarregado do Setor Financeiro;

- Encarregado do Setor de Pessoal; e

- Chefe da Seção de Pagamento de Pessoal.

Em razão da importância do evento, recomenda-se a participação efetiva de todos os Agt Adm

da UG na VOT/SEF.

As VOT/SEF são desenvolvidas conforme calendário anual elaborado pela SEF.

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Anexo “A” - DIEx nº 066-SATT/5ª ICFEx/CIRCULAR, DE 11 JUL 12

Transcrição do documento referenciado no Capítulo “Licitações”

DIEx nº 066-SATT/5ª ICFEx/CIRCULAREB: 64605.000711/2012-08

Curitiba, PR, 11 de julho de 2012

Do Chefe da 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do ExércitoAo Sr CHEM/Cmt/Ch/DirAssunto: Despesa/Execução/Justificativas/ComprovaçãoReferência: Msg 2012/0938672-SEF, de 5 jul 12

1. Trata o presente sobre aplicação de recursos (gestão orçamentária-financeira).

2. A SEF encaminhou aos OD o documento referenciado, informando que o TCU instaurou PortariaEspecífica de Fiscalização (Port nº 1.464, de 29 maio 12) com o objetivo de acompanhar as AÇÕESdo MD relativas ao PROJETO "EMPREGO DAS FORÇAS ARMADAS NA CONFERÊNCIA DASNAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - CONFERÊNCIA RIO + 20",devendo as UG envolvidas ficarem ECD de apresentar, dentre outros, os seguintes documentos:

a. processos administrativos licitatórios que fundamentaram as aquisições e serviços, inclusive osrelativos às dispensas e inexigibilidades;

b. documentos que formalizaram as requisições dos objetos contratados;

c. justificativas dos preços dos objetos contratados;

d. justificativas para as contratações dos serviços e/ou para as aquisições dos objetos das despesas noprograma "EMPREGO DAS FORÇAS ARMADAS NA CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDASSOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - CONFERÊNCIA RIO + 20" (PROGRAMA1383/AÇÃO 14M2);

e. ata do pregão;

f. solicitação de adesão à ata do pregão;

g. autorização de adesão à ata do pregão;

h. contratos assinados; e

i. processos de despesas realizadas ou exposição de motivos da não liquidação das despesas.

3. Na oportunidade, a fim de contribuir e despertar para a relevância do assunto (justificativas ecomprovação de despesa), informo a V Sa o que se segue:

a. ora, a UG deve sempre ficar ECD de comprovar/justificar toda e qualquer aquisição/contração debens/serviços e, não somente dos processos de despesa decorrente dos recursos "RIO + 20". Comefeito e sem alongar: é obrigação do gestor público prestar contas;

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b. observe que foi destacado as expressões PROGRAMA e AÇÕES, que são componentes doPrograma de Trabalho93 definido na LOA94, aprovada no ano anterior;

c. o PROGRAMA é uma meta do Governo orientada para a realização dos objetivos estratégicosdefinidos para o período do PPA95, sendo a AÇÃO um detalhamento deste já visando a sua execução,expressada por um PROJETO96 ou ATIVIDADE97, que na programação orçamentária é representadapor uma sequência de 8 (oito) dígitos;

d. o porque das considerações retro? Ora, é justamente para destacar que um dos pressupostos dequalquer aquisição/contratação pública é o PLANEJAMENTO. Então, ao administrador/gestor cabeatender fielmente ao previsto na LOA, ou seja, ao PROGRAMA e AÇÃO cujo aquele determinadocrédito foi concedido. Não é sem razão citado na letra "d" do nº 2., prevendo justificativas para ascontratações dos serviços e/ou para as aquisições dos objetos das despesas no programa;

e. no caso concreto, se trata de um PROJETO (1º dígito ímpar do sequencial de oito, cujo códigocompleto é 14M20000), portanto, a ação é limitada98 no tempo, motivo pelo qual as justificativas nocaso da não liquidação da despesa, conforme citado na letra "i", do nº 2.. Ora, portanto, é fácilperceber que todo o processo de aquisição/contratação para atender este PROGRAMA deve serlicitado/empenhado/liquidado antes e/ou no máximo durante a atividade, pois, se não acontecer isso,há fortes indícios de irregularidades, má-gestão e/ou planejamento deficiente, podendo o gestor serdevidamente responsabilizado99;

f. observe também que os documentos citados são da fase interna ou externa100 da aquisição/licitação eque representam atos obrigatórios/essenciais/fundamentais com a finalidade de emprestar suportefático aos princípios da Administração Pública previstos na Constituição Federal, Lei nº 8.666/93,dentre outros diplomas legais (Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, Eficiência,Motivação, etc);

93 São as programações orçamentárias previstas na estrutura atual do orçamento público, que contêm informaçõesqualitativas e quantitativas, sejam físicas ou financeiras. O programa de trabalho, que define qualitativamente aprogramação orçamentária, deve responder, de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato deorçar, sendo, do ponto de vista operacional, composto dos seguintes blocos de informação: classificação por esfera,classificação institucional, classificação funcional e estrutura programática . (Manual Técnico de Orçamento - SOF/2013)94 Lei especial que contém a discriminação da receita e da despesa pública, de forma a evidenciar a política econômicafinanceira e o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. Étambém conhecida como Lei de Meios, porque possibilita os meios para o desenvolvimento das ações relativas aosdiversos órgãos e entidades que integram a administração pública.95 Instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal, que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes,os objetivos e as metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para asrelativas aos programas de duração continuada. 96 Instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações,limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo97 Instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operaçõesque se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da açãode Governo. 98 Vide item 3 (nota)99 Lei nº 8.429/92. art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente oude terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano. Lei 8.443/92. Art. 58. O Tribunal poderá aplicar multa de... aosresponsáveis por: I - contas julgadas irregulares de que não resulte débito, nos termos do § único do art. 19 desta Lei; II -ato praticado com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacionale patrimonial; III - ato de gestão ilegítimo ou antieconômico de que resulte injustificado dano ao Erário;100 Fases que didaticamente é dividida a aquisição/licitação, considerando a fase interna os procedimentos doplanejamento (requisição, definição do objeto, quantidades, escolha da modalidade licitatória, etc) até adivulgação/publicação aviso/edital, quando se tem início a fase externa, ou seja, início do processo de execução da despesa.

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g. da sequência de dígitos do Programa de Trabalho, conhecido como classificação por Natureza daDespesa (ND), representa a categoria econômica da despesa, o grupo a que ela pertence, a modalidadede aplicação e o elemento. Em resumo, dentre tantos exemplos, 3.3.90.30, 3.3.90.39, 4.4.90.52,descrevem/representam uma parte quantitativa101 do programa de trabalho. É importante mas éACESSÓRIA, que evidentemente deve ser obedecida. Entretanto, esta classificação contábil domaterial e/ou serviço deve estar plenamente ajustada com a finalidade do PROGRAMA e da AÇÃO.Isso, vale a ressalva, serve para toda e qualquer aquisição/contratação;

h. nesse cenário, se verifica forte tendência do controle externo de acompanhar/fiscalizar osPROGRAMAS específicos/eventuais e/ou destaques102 e/ou convênios dos diversos ministérios, comopor exemplo no MD/Exército, os créditos concedidos para atender a PROGRAMAS depreparo/emprego do BRABAT, Segurança do RIO + 20, Realização Jogos Mundiais Militares,Programa Força no Esporte - Destaque do Ministério do Esporte, etc;

4. Diante das linhas econômicas ora citadas, recomendo a ampla divulgação do documentoreferenciado, bem como este, esperando sensibilizar todos os agentes da administração no sentido que:

a. na fase de planejamento da aquisição/contratação, seja atentamente observado/analisado/estudadoqual a finalidade do crédito concedido, analisando criteriosamente o PROGRAMA e a AÇÃO;

b. especialmente, diante de um PROJETO, o planejamento da contratação/aquisição (definição objeto,quantidades, licitação, empenho e liquidação, etc) seja realizado antes e/ou no máximo durante aexecução da atividade, pois, salvo alguma situação específica, podemos asseverar que empenho e/ouliquidação tardia, após o término do PROGRAMA, são atos contrários a regularidade das contas;

c. atividades de recuperação/reforma/ampliação/construção, etc de instalações físicas devem ser muitobem analisadas/ponderadas, cabendo, o gestor/administrador demonstrar o nexo de causalidade, ouseja, a execução do serviços/contratação com o cumprimento do PROGRAMA e AÇÃO. Também, aUG deve analisar eventual necessidade de aquisição de material permanente (despesa de capital) parao cumprimento do PROGRAMA, conjugando com possibilidade de já existir o bem no estoque ou emoutra UG. O que queremos reforçar com tal afirmativa? Ora, é para espancar qualquer pensamento dogestor no sentido de aproveitar o PROGRAMA para suprir eventual necessidade anterior da UG destematerial/serviço e/ou raciocinar com a possibilidade/oportunidade de melhoria, como se depreende,de instalação e/ou equipamento; e

d. por fim, também, como toda e qualquer contratação, o administrador/gestor tem o dever desancionar e aplicar multa ao fornecedor/vencedor, respeitando o devido processo legal, no caso deatraso na entrega e/ou inexecução total da obrigação. Redobrar atenção em casos de PROJETOSespecíficos/especiais e , mais ainda, aqueles de curta duração, onde o atraso e/ou inexecução, total ouparcial, possa comprometer ou prejudicar o cumprimento do PROGRAMA. Em princípio, aliquidação tardia é reprovável.

RICARDO ARAÚJO LOPES – Cel Chefe da 5ª ICFEx

101 Vide definição de Programa de Trabalho102 Operação descentralizadora de crédito orçamentário entre UG de órgãos ou entidades de estrutura diferente, sendouma uma descentralização externa, também denominada de "destaque". Quando envolver UG de um mesmo órgão, ocorrea descentralização interna, também chamada de "provisão".

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Anexo “B” - QUADRO-CONTROLE DO OD

(PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES DA UG)

O quadro a seguir traz os principais documentos e prazos que devem ser observados no âmbito dasUG. Tem como finalidade apresentar de forma resumida e didática as principais informações das áreasorçamentária, financeira e patrimonial.

Documento/Informação/Atividade

Referência Providência da UG / PrazosResponsável

diretoObs

Relatório de Gestão daUG (PCA)

IN TCU e Orientaçõespara elaboração da PCA -

CCIExCalendário anual do CCIEx OD (1)

Rol de Responsáveis doSIAFI (PCA)

IN TCU e Orientaçõespara elaboração da PCA -

CCIExCalendário anual do CCIEx OD (1)

Transmissão da DIRF Site da RFB e Msg da SEF Calendário anual da RFB OD (2)

Transmissão da GFIP

Site da RFB: http://www.receita.fazenda.gov.br/previdencia/GFIP/

GFIP1FGTS.htm

Mensalmente OD (3)

SISCONSIG Site do CPExCadastrar o novo OD no

SISCONSIGOD (4)

Certificação digital /(token)

Orientação aos Agt Adm –DGO

Alterar o CPF do novoDirigente Máximo da UG no

CNPJ junto à RFBOD (4)

Certificação digital /(token)

Orientação aos Agt Adm –DGO

Providenciar a certificaçãodigital do novo Dirigente

MáximoOD (4)

Certificação digital /(token)

www.compras governamentais .gov.br

Emitir o certificado digitalpara homologação de

licitaçõesOD (4)

RAIS www.rais.gov.brCalendário anual do

Ministério do Trabalho eEmprego

OD (5)

Notas de Auditoria –Esclarecimentos da UG

Portaria Nr 018-Cmt Ex,de 17 JAN 13

Remeter à ICFEx conformeprazo estipulado

OD

Relatório de Auditoria –Manifestação da UG

Portaria Nr 018-Cmt Ex,de 17 JAN 13

Remeter à ICFEx em até 30dias úteis após a data de

recebimento do Relatóriopela UG

OD

VOT / SEF Diretriz da SEFParticipar com a presença de

todos os Agt AdmOD

Simpósio deAdministração da UG

Diretriz e orientações nosite da SEF e em Msg

SIAFI da SEF

Ministrar instruções para osAgt Adm e demais oficiais einformar à ICFEx sobre a sua

realização

OD

B Info - 5ª ICFEx Msg da ICFEx informandoa disponibilização do B

Realizar a leitura, atentarpara as orientações e

OD

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Documento/Informação/Atividade

Referência Providência da UG / PrazosResponsável

diretoObs

Infoinformar à ICFEx até o dia

15 de cada mês

Decisão judicialdesfavorável à União em

processo de dano aoErário para interromper

descontos

Portaria Nr 008-SEF, 23DEZ 03

Informar imediatamente àICFEx

OD

Relatório deAcompanhamento de

Apuração de Indícios deIrregularidade

Administrativa (RAAIIA)

Portaria Nr 008-SEF, de23 DEZ 03

Remeter o RAAIIAtrimestralmente, fazendo

constar nos RPCM de março,junho, setembro e dezembro

a inclusão e o envio doRAAIIA Trimestral.

OD 8

Relatório de Prestação deContas Mensal (RPCM)

Portaria Nr 018-SEF, de20 DEZ 13

Remeter à ICFEx até o 15°dia útil do mês subsequente

Enc St Fin

Relatório do Exame dePagamento de Pessoal

(REPP)

Portaria Nr 002-SEF, de03 FEV 14

Remeter à ICFEx até o 15°dia útil do mês subsequente

Enc Pg Pes

SIAFI - Conformidadedos Registros de Gestão

Manual SIAFI - Conf RegGestão (Macrofunção

020314)

Registrar em até 3 dias úteisa contar do registro da

operação no SIAFI, podendoser atualizada até a data

fixada para o fechamento domês.

Ch Seç ConfReg Gestão

(6)

SIAFI - Conformidade deoperadores

Manual do SIAFIRegistrar no 1° dia útil do

mêsEnc St Fin

SIAFI - UnificaçãoPatrimonial

Manual SIAFI e NotaInformativa Especial 5ª

ICFEx

Realizar até o último dia útildo mês

Enc St Fin

SIAFI - EntesouramentoMsg 2012/1445097-SEF,

de 8 OUT 12Verificação a ocorrência

diariamenteEnc St Fin

SIAFI - DepreciaçãoCartilha de Depreciação da

D Cont e Manual SIAFI(Macrofunção 020330)

Registrar no SIAFI até ofechamento do mês, com

data de emissão, valorizaçãoe registro da PA/NS do

último dia do mês

Fisc Adm (6)

SIAFIWEB -CONDESAUD

Manual SIAFI deRegularizações Contábeis

(Macrofunção 021016)Verificar diariamente Enc St Fin

SIAFI - Conta Contábil218810199 - Outros

Consignatários

Manual SIAFI e NotaInformativa Especial 5ª

ICFEx

Regularizar até o último diaútil do mês

Enc St Fin

SIAFI-Conta Contábil218914500-Recursos de

GRU e 218913601-GRU-Valores em Trânsito para

Estorno Despesa

Manual SIAFI e NotaInformativa Especial 5ª

ICFEx

Regularizar até o último diaútil do mês

Enc St Fin

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Documento/Informação/Atividade

Referência Providência da UG / PrazosResponsável

diretoObs

SIAFI - Conta Contábil218913603-OB

canceladas

Manual SIAFI e NotaInformativa Especial 5ª

ICFEx

Consultar até último o diaútil do mês

Enc St Fin

SIAFI - Saldos Invertidosno Balancete

Manual SIAFI e NotaInformativa Especial 5ª

ICFEx

Assim que identificado, deveser regularizado até último

dia útil do mêsEnc St Fin

Inventário de Bens comNota Explicativa (PCA)

IN TCU e Msg SIAFI daSEF

Calendário anual do CCIEx Fisc Adm (1)

SIAFI x SISCOFISNota Informativa Especial

5ª ICFEx

Realizar a compatibilizaçãoentre o RMA e RMB do

SISCOFIS com asrespectivas contas do SIAFIaté o fechamento contábil do

mês

Fisc Adm (6)

SISCOFIS - Estoque SIMATEx

(http://simatex.colog.eb.mil.br/)

Remeter semanalmente parao COLOG

Fisc Adm

SISCOFIS – Relatório deDepreciação de Bens eRelatório Sintético de

Depreciação Acumulada

Msg SIAFI Nr2015/1404923, de

26AGO16 – 5ª ICFEx

Remeter à ICFEx no 1° diaútil do mês subsequente

Fisc Adm

SISCUSTOS Manual do SISCUSTOSManter atualizado conformeManual do SISCUSTOS da

D ContFisc Adm

SISCUSTOS-RAOM Manual do SISCUSTOS Verificar mensalmente Fisc Adm

SIGA - Conformidade deoperadores

Manual do SIGARegistrar até o dia 10 de

cada mêsEnc St Fin (7)

Diligências (Resposta daUG)

Diretriz da D Cont

Atender às solicitações eobservar prazo de

resposta/regularizaçãoconstante na Msg/DIEx da

ICFEx

Enc St Fin

Legenda:(1) - Normalmente em janeiro (2) - Normalmente em fevereiro(3) - Até o dia 7 do mês seguinte ao pagamento ocorrido, para as UG que tiverem informações a prestar sobre a Previdência Social / FGTS de autônomo contratado(4) - Por ocasião da Psg Cmdo/Ch/Dir da OM(5) - Normalmente entre janeiro e fevereiro (6) - Para consultar a data do fechamento do mês, acessar no SIAFI a transação >CONFECMES,coluna “UG” (7) - Inclusive OM sem autonomia, em razão do SISCUSTOS(8) Conforme sistemática prevista no DIEx nº 12-Fisc/SAF/5ª ICFEx – CIRCULAR, de 2 FEV 17

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Anexo “C” - FLUXOGRAMAS DE CONTROLES INTERNOS ADMINISTRATIVOS

Os fluxogramas a seguir foram elaborados pela 5ª ICFEx, com a finalidade de servir como ferramentade apoio para as UG vinculadas, no contexto dos controles internos administrativos.Podem ser adaptadas às peculiaridades de cada UG, conforme cada caso.

Fluxograma nº 01

Fluxograma nº 02

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Fluxograma nº 03

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Fluxograma nº 04

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Anexo “D” - ORIENTAÇÃO TÉCNICO-NORMATIVA N º 01 - PLANEJAMENTO DASCONTRATAÇÕES

MINISTÉRIO DA DEFESAEXÉRCITO BRASILEIRO

SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS(Contadoria Geral / 1841)

ORIENTAÇÃO TÉCNICO-NORMATIVA N º 01 - PLANEJAMENTO DAS CONTRATAÇÕES

1. Nesta orientação, por questão de simplificação, os termos contratação e aquisição são empregados como sinônimos.

2. Com o intuito de orientar as unidades gestoras (UG) esta Secretaria faz as considerações erecomendações abaixo.

a. “Planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente os objetivos a alcançar e o que deve ser feito para alcançá-los”1.

b. Planejar é uma função administrativa essencial.c. O gestor público tem o dever de administrar os recursos públicos de forma eficaz e

eficiente, o que só pode ser cumprido com o planejamento.d. A falta de planejamento incorre na inobservância jurídica do disposto no caput do Art. 37

da CF/1988, pois age contra o princípio da eficiência.e. Conforme o inciso I, do Art. 6º do Decreto-Lei 200/1967, o planejamento é requisito

indispensável para que a administração pública possa contratar bens e serviços de forma satisfatória e consiste no levantamento prévio de necessidades, realizado em harmonia com o planejamento estratégico.

f. O “ANEXO A” exprime o modelo sintético de contratações.g. O “ANEXO B” apresenta o modelo do processo de planejamento das contratações.h. Conforme o modelo do “ANEXO B”, o planejamento das aquisições e contratações pode

ser dividido nas seguintes etapas:1) definição da necessidade (problema) e indicação da possível solução,

consubstanciada no pedido de material ou solicitação de obra ou serviço;2) indicação da solução, do objeto e das demais obrigações que integram o

encargo (obrigações do fornecedor ou contratado), dentre as quais local de execução e entrega;prazo de execução ou entrega; garantia do fabricante; garantia de execução do contrato; suportetécnico; exigência de treinamento; recursos materiais (máquinas e equipamentos) a serem utilizadosna execução do encargo; recursos humanos a serem utilizados na execução do encargo; recursostecnológicos a serem empregados na execução; realização de visita técnica; definição danecessidade de realização de viagens e deslocamentos; exigências de apresentação de amostras,relatórios técnicos, testes, ensaios ou avaliações durante a licitação ou no curso da execução docontrato; cessão de direitos, transferências de tecnologias, dados e códigos, etc.; obrigação deauxiliar na transição do contrato para um terceiro; recolhimento de tributos, contribuições, taxas,

1 CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna

administração das organizações. 7ed.rev. e atual. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. p. 94.

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tarifas e outros custos que tenham relação com o encargo a ser cumprido; e produtividade a serrespeitada;

3) determinação do valor a ser pago pelo encargo;4) indicação orçamentária e financeira;

5) confecção da requisição, que conterá a necessidade, a quantidade e as especificações do produto,serviço ou obra, assim como a indicação da nota de movimentação de crédito (NC) pela qualcorrerá a despesa ou o documento no qual se baseia a expectativa de crédito;

6) aprovação da autoridade competente;7) determinação do procedimento a ser adotado na fase externa e na

modalidade de licitação, se for o caso;8) determinação do regime de execução;9) definição do tipo e dos critérios de julgamento da licitação;10) referenciação das condições pessoais de licitação;11) caracterização das condições de apresentação das propostas;12) tratamento das condições específicas de execução do contrato, tais como

previsão do fiscal de contrato e necessidade do contratado indicar um preposto; troca deinformações entre as partes e como ela ocorrerá; fixação de obrigações das partes (deveres edisciplina); forma e critério de apuração da qualidade do objeto; forma e critério de apuração daquantidade do objeto; cronograma físico-financeiro; sanções para o caso de descumprimento dasobrigações; data, forma e condições de pagamento; verificação da possibilidade de reajuste ourepactuação, se for o caso; prazo de vigência do contrato; e indicação das condições e dos prazospara o recebimento do objeto;13) identificar e analisar os riscos (observar a Msg SIAFI 2014/091367, de 13 jun 14, da SEF –Riscos e Controles nas Aquisições);14) estabelecer o tratamento dos riscos;

15) elaboração do edital e de anexos;16) elaboração e aprovação do edital pela Assessoria Jurídica ou envio para

Consultoria Jurídica da União na área da UG, para aprovação; e17) envio do aviso de edital para publicação2.

i. O “ANEXO D” apresenta um fluxograma horizontal de uma aquisição, a título de exemplo.j. A necessidade é formulada por um documento denominado pedido ou solicitação.

Esse documento deve ser assinado pelo responsável da área, seção, subunidade, etc. que identifica ademanda. O papel desse agente responsável é fundamental, pois cabe a ele configurar váriasinformações para a tomada de decisão, dentre as quais, a definição da solução (objeto dacontratação). O pedido ou solicitação pode ser feito conforme modelo do EGGCF, modelopadronizado pela UA ou DIEx.

k. O projeto básico está definido no inciso IX, Art. 6º, da Lei 8.666/93.l. O termo de referência está definido no inciso I da Lei 10.520/02, no inciso II do

Art. 8º do Decreto nº 3.555/00 e no inciso I, do Art. 9º do Decreto nº 5.450/05.m. Nas UG que realizam um grande volume de compras, os integrantes das seções

requisitantes poderão fazer-se representar na elaboração do edital (termo de referência).n. O Tribunal de Contas da União tem se posicionado que todo e qualquer serviço

(não somente o de engenharia) carece de projeto básico, conforme decisão n° 277/1994 – Plenário3.o. À semelhança do projeto básico, o termo de referência deve conter todos os

elementos e informações necessárias à seleção do contratado e à execução fiel do objeto dalicitação.

2MENDES, Renato G. O processo da contratação pública: fases, etapas e atos. Curitiba: Zênite, 2012.

3MENDES, Renato G. (coord.) Lei de licitações e contratos anotada: notas e comentários à Lei nº 8.666/93. 9.

ed. Curitiba: Zênite, 2013.

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5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 03/2018 ...................... fl 281

p. A IN 06 – SLTI/MP, de 23 de dezembro de 2013, define projeto básico ou termo dereferência como documento que deverá conter os elementos técnicos capazes de propiciar aavaliação do custo, pela Administração, com a contratação e os elementos técnicos e suficientes,com nível de precisão adequado, para caracterizar o serviço a ser contratado e orientar a execução efiscalização contratual. Isso vai ao encontro da necessidade que a Administração possui para disporde um instrumento que concentre todas as informações necessárias à execução do objeto dalicitação.

q. “O conteúdo do projeto básico dependerá da natureza do objeto a ser licitado.Deverá ser tanto mais complexo e minucioso na medida em que assim o exija o objeto da futuracontratação”4.

r. O planejamento das contratações obedecerá aos princípios da legalidade,impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, finalidade, motivação, razoabilidade,proporcionalidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica e interesse público, conforme oArt. 2º da Lei 9.784, de 29 de janeiro de 1999.

s. As atividades de planejamento das contratações devem levar em conta as seguintespremissas:

1) o objeto deve atender à efetiva necessidade da Administração,garantir a qualidade, possibilitar solução econômica e não restringir imotivadamente o certame;

2) o preço pago pelo objeto deve ser justo e exequível;3) as exigências legais devem ser obedecidas;4) as regras do processo licitatório devem ser claras, conhecidas e

definidas, para assegurar a obtenção do encargo desejado;5) a competição entre os licitantes deve ser efetiva, de modo que todos

disponham das mesmas informações;6) as discriminações, se houver, sejam justificáveis por razões de

ordem técnica ou jurídica e as exigências definidas devem ser indispensáveis para garantir eassegurar o cumprimento do objeto; e

7) a seleção do vencedor do certame deverá ocorrer por critériosobjetivos, conforme prescreve a legislação vigente.

t. O edital tem que materializar o encargo na sua integralidade, ou seja, com base noencargo, o licitante definirá sua remuneração, que é a expressão financeira do encargo5.

u. O procedimento licitatório, sempre que possível, basear-se-á na expectativa decrédito, conforme as MSG SIAFI 2008/1388672 – SEF, de 28 Nov 08, 2009/1017831 – SEF, de 08Set 09 e Art. 120 da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO (Lei nº 12.919, de 24 de dezembro de2013).v. O “ANEXO C” apresenta um mapa mental com os itens mais relevantes sobre expectativa decrédito.

x. O “ANEXO E” exibe um Check List para verificação do processo de planejamentodas contratações.

y. O planejamento das contratações deve estar alinhado com os demais planos da UGou unidades enquadrantes (Planejamento Estratégico, Plano de Ação Anual, Plano Diretor deTecnologia da Informação, etc).3. Esta Secretaria orienta, ainda, que os responsáveis pelas UG:a. planejem as licitações para execução no exercício seguinte, mesmo quando estiver prevista apassagem de função;

4JUSTIN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de licitações e contratos administrativos. 11 ed. São Paulo:

Dialética, 2005. p. 101.5

MENDES, Renato G. O processo da contratação pública: fases, etapas e atos. Curitiba: Zênite, 2012.

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b. elaborem um plano de licitações anuais, com base na série histórica da UG, afim de evidenciar operfil de compras e servir de ferramenta para o planejamento;c. mantenham sempre mais de um oficial capacitado a realizar licitações.

Brasília – DF, 23 de setembro de 2014.

____________________________________GEN DIV JOSÉ CARLOS NADER MOTTA

Subsecretário de Economia e Finanças

ANEXO A – MODELO DE PROCESSO DE CONTRATAÇÃO (Anexo “D”)

disponível em http://www.5icfex.eb.mil.br/index.php/satt-temas-importantes-menu

ANEXO B – MODELO DE PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO (Anexo “D”)

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ANEXO C – MAPA MENTAL EXPECTATIVA DE CRÉDITO (Anexo “D”)

ANEXO D – FLUXOGRAMA HORIZONTAL (Anexo “D”)

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ANEXO E – CHECKLIST (Anexo “D”)

PLANEJAMENTO DAS CONTRATAÇÕES

NºORDEM

ITEM SIM NÃO OBS

1 Definição da necessidade (problema) eindicação da possível solução,consubstanciado no pedido de material ousolicitação de obra ou serviço.

2 Indicação da solução, do objeto e das demaisobrigações que integram o encargo.

2.1 Local de execução e entrega.2.2 Prazo de execução ou entrega.2.3 Garantia do fabricante.2.5 Garantia de execução do contrato.2.6 Suporte técnico.2.7 Exigência de treinamento.2.8 Recursos materiais (máquinas e

equipamentos).2.9 Recursos humanos a serem utilizados na

execução do encargo.2.10 Recursos tecnológicos a serem empregados na

execução.2.11 Realização de visita técnica.2.12 Definição da necessidade de realização de

viagens e deslocamentos.2.13 Exigências de apresentação de amostras.2.14 Relatórios técnicos, testes, ensaios ou

avaliações durante a licitação ou no curso daexecução do contrato.

2.15 Cessão de direitos, transferência detecnologia, dados e códigos, etc.

2.16 Obrigação de auxiliar na transição do contratopara um terceiro.

2.17 Recolhimento de tributos.2.18 Contribuições, taxas, tarifas e outros custos

que tenham relação com o encargo a sercumprido.

2.19 Produtividade.3 Determinação do valor a ser pago pelo

encargo.4 Indicação orçamentária e financeira.5 Requisição.5.1 Necessidade, quantidade e especificações do

produto, serviço ou obra.5.2 Indicação da NC.5.3 Expectativa de crédito.6 Aprovação da autoridade competente.7 Determinação do procedimento a ser adotado

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5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército - Separata ao Boletim Informativo nº 03/2018 ...................... fl 286

na fase externa e na modalidade de licitação.8 Determinação do regime de execução.9 Definição do tipo e dos critérios do

julgamento da licitação.10 Referenciação das condições pessoais de

licitação11 Caracterização das condições de apresentação

das propostas.12 Tratamento das condições específicas de

execução do contrato.12.1 Previsão do fiscal de contrato e necessidade

do contratado indicar um preposto.12.2 Troca de informações entre as partes e como

ela ocorrerá.12.3 Fixação de obrigações das partes (deveres e

disciplina).12.4 Forma e critério de apuração da qualidade do

objeto.12.5 Forma e critério de apuração da quantidade do

objeto.12.6 Cronograma físico-financeiro.12.7 Sanções para o caso de descumprimento das

obrigações.12.8 Data, forma e condições de pagamento.12.9 Verificação da possibilidade de reajuste ou

repactuação.12.10 Prazo de vigência do contrato.

12.11Indicação das condições e dos prazos para orecebimento do objeto.

13 Identificar e analisar os riscos.14 Estabelecer o tratamento dos riscos.15 Elaboração do edital e de anexos.16 Elaboração e aprovação do edital pela

Assessoria Jurídica ou Consultoria Jurídica daUnião, conforme o caso.

Fonte: Chefe da Asse 2/SEF, 2014.