5
Atualize MBF - 1 Informativo do Agronegócio Atualize MBF N o 3.010 - Ano VIII Segunda-feira, 02 de maio de 2016 Brasil supera China como maior importador de etanol norte-americano Siamig, 26/04/2016 O Brasil foi um dos principais destinos das exportações de etanol dos Estados Unidos. De acordo com a Datagro, dos 259,37 milhões de litros de etanol exportados pelos EUA em fevereiro deste ano, 83,59 milhões de litros foram enviados para o mercado brasileiro. Neste período, o Brasil superou a China nas importações do etanol norte-americano. Os chineses adquiriram apenas 33,65 milhões de litros. Já a Ásia continua responsável por absorver boa parte das vendas externas. Somente para Índia, por exemplo, os EUA aumentaram as exportações para 32,08 milhões de litros em fevereiro. Os EUA deverão expandir ainda mais suas exportações. No acumulado do ano, já foram 593,18 milhões de litros exportados, contra 590,62 milhões no mesmo período de 2015. Consequentemente, devido à ampla oferta no mercado domestico em adição à baixa disponibilidade no Brasil, os EUA reduziram as importações. De janeiro a fevereiro, foram 102,76 milhões de litros importados, ante 135,65 milhões de litros no mesmo período do ano passado.(Fonte: Datagro - Texto extraído do portal Universo Agro – 25/04) Usinas contratam menos para corte de cana Comércio de Jahu, reproduzido pelo JornalCana, 25/04/2016 Apesar do início da safra de cana-de-açúcar na região de Jaú, trabalhadores rurais estão angustiados. A contratação para o serviço neste ano diminuiu e muitos lavradores, sobretudo do Distrito de Potunduva, estão desempregados. Não é possível estimar de quanto foi a queda, uma vez que a safra está em curso, mas a derrubada nos empregos é percebida pelo menos desde 2011 na região Centro-Sul do País. Fatores conjunturais e um elemento específico contribuíram para este cenário. Além da sequência de safras de saldo negativo, por causa da seca ou da falta de estímulo para o etanol, a mecanização substituiu boa parte dos homens e mulheres que atuavam na lavoura. Desde 2014, vigora o protocolo agroambiental, que proíbe a queima da palha da cana – delegando às máquinas a tarefa de executar a colheita. Etanol hidratado sobe e açúcar acumula alta no mês de abril, aponta Cepea Globo Rural, 26/04/2016 Depois de alguns dias com poucos negócios entre usinas e distribuidoras de combustível, os preços do etanol hidratado indicaram uma relativa estabilidade no mercado de São Paulo. A avaliação foi divulgada, na terça-feira (26/4) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). De acordo com os pesquisadores, poucas usinas paulistas foram ao mercado na última semana. No entanto, houve entrada do combustível com origem em outros estados, especialmente Goiás. Diante disso, a média do Cepea registrou alta de 0,25% na última semana, chegando a R$ 1,3725 o litro, sem considerar a incidência de impostos. O mesmo não foi observado para o etanol anidro. A variedade registrou baixa de 1,21% na última semana, para R$ 1,5612 o litro, também sem a incidência de impostos. Açúcar - No caso do açúcar, a valorização dos preços na Bolsa de Nova York e a estabilidade no mercado interno diminuíram a vantagem das vendas no mercado disponível de São Paulo, informa o Cepea. No acumulado do mês, o indicador da instituição para o mercado físico tem queda de 0,51%, fechando a R$ 76,25 a saca de 50 quilos. Endividamento por tonelada de cana cai na safra Canal Rural, 27/04/2016 A melhora nos preços de açúcar e etanol ao longo de 2015 contribuiu para que as usinas reduzissem o endividamento por tonelada de cana-de-açúcar. No ciclo 2015/2016, encerrado em março, essa dívida ficou em R$ 142 a tonelada, em comparação com valor próximo de R$ 150 por tonelada na temporada anterior. Ainda assim, é bem maior que o de quase R$ 25 a tonelada registrado há 10 anos, na safra 2005/2006. Os números foram apresentados pelo Rabobank, em São Paulo. De acordo com Andy Duff, especialista do banco, a safra 2016/2017 no Centro-Sul, iniciada neste mês, tem prospectos positivos em termos de preço de açúcar, câmbio e situação financeira das usinas. Na ponta oposta, a crise política e econômica no país é algo prejudicial ao setor sucroenergético. A dívida líquida do setor como um todo ainda beira os R$ 100 bilhões.

Atualize - MBF Agribusiness€¦ · milhões de toneladas em relação às 31,22 milhões de toneladas registradas na safra 2015/2016. Etanol - A produção de etanol na safra 2016/2017

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Atualize - MBF Agribusiness€¦ · milhões de toneladas em relação às 31,22 milhões de toneladas registradas na safra 2015/2016. Etanol - A produção de etanol na safra 2016/2017

Atualize MBF - 1

Informativo do AgronegócioAtualize

MBFNo 3.010 - Ano VIII Segunda-feira, 02 de maio de 2016

Brasil supera China como maior importador de etanol norte-americano

Siamig, 26/04/2016

O Brasil foi um dos principais destinos das exportações de etanol dos Estados Unidos. De acordo com a Datagro, dos 259,37 milhões de litros de etanol exportados pelos EUA em fevereiro deste ano, 83,59 milhões de litros foram enviados para o mercado brasileiro.

Neste período, o Brasil superou a China nas importações do etanol norte-americano. Os chineses adquiriram apenas 33,65 milhões de litros.

Já a Ásia continua responsável por absorver boa parte das vendas externas. Somente para Índia, por exemplo, os EUA aumentaram as exportações para 32,08 milhões de litros em fevereiro.

Os EUA deverão expandir ainda mais suas exportações. No acumulado do ano, já foram 593,18 milhões de litros exportados, contra 590,62 milhões no mesmo período de 2015.

Consequentemente, devido à ampla oferta no mercado domestico em adição à baixa disponibilidade no Brasil, os EUA reduziram as importações. De janeiro a fevereiro, foram 102,76 milhões de litros importados, ante 135,65 milhões de litros no mesmo período do ano passado.(Fonte: Datagro - Texto extraído do portal Universo Agro – 25/04)

Usinas contratam menos para corte de cana

Comércio de Jahu, reproduzido pelo JornalCana, 25/04/2016

Apesar do início da safra de cana-de-açúcar na região de Jaú, trabalhadores rurais estão angustiados. A contratação para o serviço neste ano diminuiu e muitos lavradores, sobretudo do Distrito de Potunduva, estão desempregados. Não é possível estimar de quanto foi a queda, uma vez que a safra está em curso, mas a derrubada nos empregos é percebida pelo menos desde 2011 na região Centro-Sul do País.

Fatores conjunturais e um elemento específico contribuíram para este cenário. Além da sequência de safras de saldo negativo, por causa da seca ou da falta de estímulo para o etanol, a mecanização substituiu boa parte dos homens e mulheres que atuavam na lavoura. Desde 2014, vigora o protocolo agroambiental, que proíbe a queima da palha da cana – delegando às máquinas a tarefa de executar a colheita.

Etanol hidratado sobe e açúcar acumula alta no mês de abril, aponta Cepea

Globo Rural, 26/04/2016

Depois de alguns dias com poucos negócios entre usinas e distribuidoras de combustível, os preços do etanol hidratado indicaram uma relativa estabilidade no mercado de São Paulo. A avaliação foi divulgada, na terça-feira (26/4) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

De acordo com os pesquisadores, poucas usinas paulistas foram ao mercado na última semana. No entanto, houve entrada do combustível com origem em outros estados, especialmente Goiás. Diante disso, a média do Cepea registrou alta de 0,25% na última semana, chegando a R$ 1,3725 o litro, sem considerar a incidência de impostos.

O mesmo não foi observado para o etanol anidro. A variedade registrou baixa de 1,21% na última semana, para R$ 1,5612 o litro, também sem a incidência de impostos.

Açúcar - No caso do açúcar, a valorização dos preços na Bolsa de Nova York e a estabilidade no mercado interno diminuíram a vantagem das vendas no mercado disponível de São Paulo, informa o Cepea. No acumulado do mês, o indicador da instituição para o mercado físico tem queda de 0,51%, fechando a R$ 76,25 a saca de 50 quilos.

Endividamento por tonelada de cana cai na safra

Canal Rural, 27/04/2016

A melhora nos preços de açúcar e etanol ao longo de 2015 contribuiu para que as usinas reduzissem o endividamento por tonelada de cana-de-açúcar. No ciclo 2015/2016, encerrado em março, essa dívida ficou em R$ 142 a tonelada, em comparação com valor próximo de R$ 150 por tonelada na temporada anterior.

Ainda assim, é bem maior que o de quase R$ 25 a tonelada registrado há 10 anos, na safra 2005/2006. Os números foram apresentados pelo Rabobank, em São Paulo.

De acordo com Andy Duff, especialista do banco, a safra 2016/2017 no Centro-Sul, iniciada neste mês, tem prospectos positivos em termos de preço de açúcar, câmbio e situação financeira das usinas. Na ponta oposta, a crise política e econômica no país é algo prejudicial ao setor sucroenergético. A dívida líquida do setor como um todo ainda beira os R$ 100 bilhões.

Page 2: Atualize - MBF Agribusiness€¦ · milhões de toneladas em relação às 31,22 milhões de toneladas registradas na safra 2015/2016. Etanol - A produção de etanol na safra 2016/2017

Atualize MBF - 2

Acordo entre Mapa e Apex reforça promoção do agronegócio

brasileiro no exteriorMapa, 26/04/2016

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) assinaram na terça-feira (26) acordo de cooperação técnica que prevê uma série de ações para promover o agronegócio brasileiro no exterior e atrair investidores.

O acordo, assinado pela ministra Kátia Abreu e pelo presidente da Apex-Brasil, David Barioni Neto, terá duração de dois anos e orçamento de R$ 12 milhões. Setenta por cento dos recursos são da Apex-Brasil e 30%, do Mapa. O objetivo é promover o alimento brasileiro no exterior, abrir mercados e consolidar os existentes. Foram selecionados os setores de carnes (bovina, suína e de aves) e derivados, produtos lácteos, pescados, frutas e sucos, grãos, café, alimentos e bebidas e máquinas e equipamentos.

O grupo alvo de países, blocos e regiões está entre os integrantes do Plano Nacional de Exportações e inclui China, Coreia do Sul, Oriente Médio, Estados Unidos, Rússia, Japão, União Europeia, África Subsaariana e Sudeste Asiático.

Segundo a ministra, a parceria faz parte de um programa ousado de promoção internacional dos produtos do agronegócio. “É uma estratégia inteligente para superarmos os momentos difíceis e que leva em consideração a nova realidade cambial do país. Ao manter uma demanda crescente para as empresas locais, a conquista de mercados estrangeiros promove a criação de empregos no Brasil e incentiva os investimentos”. Para o presidente da Apex-Brasil, a promoção comercial ajuda o Brasil a ser reconhecido como fornecedor confiável de alimentos. “É um forte instrumento de estímulo à competividade das empresas brasileiras”, observa Barioni.

Ações - O acordo permitirá a realização de missões empresariais ao exterior, seminários e encontros com compradores no Brasil. Para a atração de investimentos, está prevista a criação de bancos de dados de investidores estrangeiros e de projetos no Brasil. Por meio do acordo, também será desenvolvido um serviço de relacionamento com possíveis empresários interessados em investir no país. Além disso, a cooperação possibilitará organizar missões internacionais do Ministério da Agricultura. A parceira ainda prevê estudos com informações de mercado para subsidiar os setores envolvidos nas missões empresariais e nos encontros com compradores estrangeiros no Brasil. Essas análises também poderão ser úteis para se dimensionar o impacto de acordos comerciais sobre o agronegócio brasileiro. O setor agrícola vem comemorando a abertura e a ampliação de mercados internacionais. Apenas no primeiro trimestre deste ano, a cadeia produtiva registrou saldo positivo de US$ 17 bilhões, um aumento de 8,7% em comparação ao mesmo período de 2015.

Moagem de cana da safra 2016/2017 deve atingir 630 mi de toneladas no Centro-Sul

Canal Rural, 27/04/2016

A moagem da região Centro-Sul do Brasil deverá alcançar entre 605 e 630 milhões de toneladas de cana no ciclo 2016/2017, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). O resultado vai depender das condições climáticas, agronômicas e operacionais vigentes nos próximos 12 meses.

O diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, explica que “o número de variáveis fora do controle e de difícil previsão dificultam uma maior assertividade sobre a produção”. A presença de um canavial envelhecido; a indefinição sobre as condições climáticas; o risco de florescimento em algumas importantes regiões produtoras; a dúvida sobre o comportamento da lavoura colhida na entressafra, que representou 9% da área colhida; e a possibilidade de ocorrência de geadas em áreas de produção são alguns dos fatores que levaram a entidade a divulgar um intervalo para retratar as diferentes possibilidades de resultado para a safra que se iniciou este mês, completou Rodrigues.

De acordo com a Unica, a projeção elaborada remete a uma produção de açúcar entre 33,50 e 35,00 milhões de toneladas, com crescimento de 2,28 a 3,78 milhões de toneladas em relação às 31,22 milhões de toneladas registradas na safra 2015/2016.

Etanol - A produção de etanol na safra 2016/2017 deve totalizar entre 27,50 e 28,70 bilhões de litros. Deste volume, entre 10,80 e 11,00 bilhões de litros serão de etanol anidro e entre 16,70 e 17,70 bilhões de litros de etanol hidratado.

Rodrigues salienta que “os diferentes cenários para a safra 2016/2017 indicam a possibilidade de avanço na produção de açúcar sem comprometimento da oferta recorde de etanol observada no último ano”.

Além do preço relativo dos dois produtos, a fabricação de açúcar também será definida pela necessidade de caixa das empresas mais endividadas, pela qualidade da cana processada, pelas restrições logísticas para a exportação enfrentadas por algumas regiões e pela própria capacidade de produção das usinas, acrescentou.

ATR - Por fim, a estimativa para o teor de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana é de 134,00 a 136,00 kg na safra 2016/2017, contra 130,51 kg registrados no último ciclo.

Acompanhe a MBF Agribusiness no Facebook:

www.facebook.com/MBF.Agribusiness

Page 3: Atualize - MBF Agribusiness€¦ · milhões de toneladas em relação às 31,22 milhões de toneladas registradas na safra 2015/2016. Etanol - A produção de etanol na safra 2016/2017

Atualize MBF - 3

As Usinas do centro-sul do Brasil produziram um volume recorde de açúcar na primeira quinzena da temporada 2016/17, no início de abril, disse na quarta-feira a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), admitindo também dificuldades em prever o tamanho da nova safra. A Unica disse que as indústrias produziram 1,43 milhão de toneladas de açúcar na primeira quinzena de abril, alta de 261 por cento ante o mesmo período do ano passado.

As usinas processaram 32,84 milhões de toneladas de cana na quinzena, alta anual de 152 por cento. "Essa quantidade processada é explicada pelo clima extremamente seco observado na primeira metade do mês, o que permitiu um excepcional aproveitamento de tempo pelas industriais, e pelo grande número de empresas em operação no período", disse a Unica.

No início de abril de 2016, 137 usinas e destilarias estavam em operação no centro-sul, subindo para 205 unidades no fim da quinzena, de um total de 287 usinas existentes na região, informou a Unica.

Os preços do açúcar bruto na bolsa de Nova York aceleraram perdas após a divulgação dos números da quinzena, que ficaram acima da média das previsões do mercado. Às 13:07, o contrato para julho era negociado com queda de 2 por cento, a 15,73 centavos de dólar por libra-peso.

Centro-Sul do Brasil produz recorde de açúcar no início da temporada

Terra, 27/04/2016

Índia deverá tornar-se importador líquido de açúcar em 2016/17

Reuters, reproduzido pelo Terra, 27/04/2016

A Índia deverá tornar-se um importador líquido de açúcar em 2016/17, após dois anos seguidos de seca que afetaram canais de irrigação e danificaram canaviais, com a produção do maior Estado produtor do país recuando 40 por cento. Caso isso se confirme, será a primeira vez em quatro anos que o país terá posição de importador líquido, em um movimento que poderá dar mais sustentação aos preços globais, que já estão em alta. O déficit na Índia também daria a produtores rivais como Paquistão, Tailândia e Brasil uma chance de aumentar suas exportações. "A Índia precisará importar no próximo ano devido à queda na produção", disse à Reuters o presidente da Associação dos Comerciantes de Açúcar de Mumbai, Ashok Jain. "A seca afetou severamente as plantações de cana no Estado de Maharashtra. O governo deveria parar de exportar agora, para reduzir a necessidade de importação na próxima temporada." No próximo ano, a produção de Maharashtra poderá cair abaixo de 5 milhões de toneladas, colocando a produção total da Índia em 22,5 milhões de toneladas, segundo estimativas da Associação de Usinas de Açúcar do Oeste da Índia. O consumo doméstico é projetado em 26 milhões de toneladas.

Envelhecimento dos canaviais pode prejudicar produção de açúcar

brasileira no futuroReuters, reproduzido pelo UOL, 27/04/2016

As condições climáticas não poderiam ter sido melhores durante os últimos 30 dias para o início da colheita da cana no centro-sul do Brasil, mas a seca que acelerou a moagem reteve o replantio de canaviais mais velhos, o que pode impactar negativamente as produções futuras.

O Brasil está nos primeiros estágios de uma safra recorde de cana que pode atingir até 630 milhões de toneladas, de acordo com o grupo industrial Unica, graças à amplas chuvas no fim do ano passado e no início deste ano.

As usinas estão avançando muito nos campos após a falta de chuva nos últimos 35 dias.

Mas, de acordo com especialistas, as boas condições para a colheita podem custar ao setor produtividades agrícolas no futuro, com a seca atingindo a cana recém-plantada e as plantas que estão brotando após o corte em meio à falta de umidade.

Vanessa Nardy, analista do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), disse que os canaviais do centro-sul têm necessidade de renovação urgente após anos de investimentos abaixo do ideal devido à má situação financeira das usinas.

"Estamos quase 40 por cento abaixo da taxa de replantio de cana vista há dois anos", ela disse.

De acordo com dados do CTC, a taxa de replantio dos canaviais está em 10 por cento da área cultivada total em 2015, a mínima desde pelo menos 2005.

"Temos preocupação com o que vai acontecer no ano que vem", disse o diretor técnico da Unica, Antonio de Pádua Rodrigues.

Na atual temporada 2016/17, que vai de abril a março, a quantidade de cana que está chegando ao seu quarto ou quinto ano de cortes aumentou, enquanto as plantas no segundo ou terceiro anos de produção caiu.

Os canaviais podem crescer novamente sem replantio por até cinco ou mais anos. Mas eles são mais produtivos nos primeiros anos de produção, com o rendimento caindo gradualmente conforme envelhecem.

Mas ambos Nardy e Padua disseram que boas condições climáticas, com amplas chuvas, como vistas nos últimos seis meses, podem compensar para a ocorrência de outra grande safra no ano que vem, mesmo se o replantio for abaixo do ideal e os canaviais envelhecerem.

O aprofundamento da crise econômica no Brasil e as frágeis condições financeiras das usinas do país também pressionarão os calendários de replantio das usinas.

O replantio é uma das operações mais caras para uma usina.

Page 4: Atualize - MBF Agribusiness€¦ · milhões de toneladas em relação às 31,22 milhões de toneladas registradas na safra 2015/2016. Etanol - A produção de etanol na safra 2016/2017

Atualize MBF - 4

Paraná projeta colher 46 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra

G1 PR, 28/04/2016

O Paraná deve colher 46 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2016/2017, conforme estimativa do Departamento de Economia Rural (Deral), ligado à Secretaria de Agricultura e do Abastecimento.

A colheita começou neste mês de abril e termina em março de 2017. A projeção aponta estabilidade em relação à safra anterior, com rendimento maior, impactado pela renovação das plantas, pelo clima e pela readequação dos produtores ao mercado.Com essa quantidade de cana, a produção de açúcar deve ficar próxima dos 3 milhões de toneladas no estado. Em relação ao álcool, a produção estimada para o Paraná é de 1,65 bilhão de litros.

Com isso, o Paraná deve permanecer como o quinto maior produtor brasileiro de cana, terceiro de açúcar e quinto de álcool. Segundo o Deral, 52% da cana é transformada em açúcar e 48% em álcool.

De acordo com o presidente da Associação de Produtores de Bioenergia do Paraná (Alcopar), Miguel Tranin, o ano de 2016 começou atípico, com um ritmo de moagem acelerado no primeiro trimestre, quando tradicionalmente as usinas reduzem o movimento à espera da safra nova. Em março, o setor bateu recorde no Paraná, com o processamento de 3,081 milhões de toneladas de cana, segundo a Alcopar. Tranin explica que, devido às chuvas, o volume de moagem no fim do ano passado estava abaixo do esperado, com 39 milhões de toneladas. “As usinas, então, aproveitaram o início do ano para fazer a moagem. Com isso, não teremos a cana bisada, que é a cana-de-açúcar proveniente da safra anterior que é processada no ano seguinte, para ser computada no período 2016/2017”, diz Miguel Tranin.

A previsão da Alcopar é de uma produção próxima da registrada na safra anterior, com 43 milhões de toneladas de cana, diferente da estimativa da Secretaria estadual da Agricultura (de 44 a 46 milhões).

Para Tranin, 2016 ainda será um ano de desafios, mas as perspectivas são mais otimistas. “A nossa expectativa é de uma melhora a partir de 2017, principalmente nos preços e na rentabilidade da atividade”, diz.

Boas práticas estão em 26,3% da área de cana do Estado de SP, dizem secretarias

Globo Rural, 28/04/2016

Pelo menos 26,3% da área de lavouras de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo estão adequados às boas práticas ambientais. A proporção corresponde a 5.405.772 hectares. A informação está no relatório referente à safra 2015/2016 do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético, apresentado na quinta-feira (28/4) durante a Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), pelas Secretarias Estaduais de Agricultura e de Meio Ambiente.

"O Protocolo é um conjunto de ações do governo e dos setores produtivos, destacadas as usinas e fornecedores de cana. Não é uma lei que obriga, por isso destaco a adesão dos produtores rurais", afirmou Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura, considerando o resultado expressivo.

Entre os principais resultados destacados pelas autoridades paulistas, o consumo de água no processamento da cana caiu 33% entre 2010 e 2015. Na safra 2015/2016, chegou a um metro cúbico (1000 litros) por tonelada moída. Na década de 90, esse volume era de 5 metros cúbicos.

Foi estimada também uma redução de 89% na emissão de gases de efeito estufa pelo setor desde a safra 2006/2007. A variação corresponde a 8,65 milhões de toneladas que deixaram de ir para a atmosfera, de acordo com o documento.

Queimadas - Uma das principais medidas previstas no Protocolo Agroambiental é a substituição do uso da queimada na colheita da cana pelo trabalho mecanizado. Na safra 2015/2016, a proporção chegou a 91,3% sem o uso do fogo, o equivalente a 3,46 milhões de hectares.

A safra 2016/2017, iniciada em primeiro de abril, é a última em que a queima poderá ser utilizada.

A secretária de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Patricia Iglecias, disse que serão adotadas medidas para coibir crimes ambientais e punir responsáveis. Ela disse que não há prazo para as ações e avaliou que o trabalho evitará que produtores de cana sejam indevidamente punidos.

A produção de cana na Paraíba referente à safra 2015/2016 contabilizou um resultado final de 5.068.684 toneladas, somando a matéria-prima de fornecedores ligados à Asplan, com a cana dos acionistas de indústrias sucroalcooleiras. Esse quantitativo foi inferior ao da safra passada que atingiu 6.723.322 toneladas. Os cerca de 1.800 fornecedores ligados à Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) responderam por uma produção de 2.167.632,23 toneladas. Embora a safra tenha sido menor, a remuneração dos produtores teve uma melhora, já que o preço médio da tonelada

Safra 2015/2016 de cana-de-açúcar na Paraíba ultrapassa 5 milhões de toneladasParaíba Total, 29/04/2016

da cana foi negociado a R$ 87,48, enquanto que na safra passada esse valor médio ficou em R$ 63,51. A queda de produção prevista para o Nordeste, segundo o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, se confirmou, mas de maneira mais atenuada na Paraíba. “Alagoas, o maior produtor da região, caiu de 26 milhões de toneladas para pouco mais de 14 milhões, Pernambuco também perdeu com uma safra de 11 milhões e a Paraíba, apesar de ter um tipo de solo mais raso, de tabuleiro costeiro, foi quem menos teve redução de safra proporcionalmente”, atesta.

Page 5: Atualize - MBF Agribusiness€¦ · milhões de toneladas em relação às 31,22 milhões de toneladas registradas na safra 2015/2016. Etanol - A produção de etanol na safra 2016/2017

Fornecendo atualizações diáriasa executivos do Agronegócio.Atualize MBF Agribusiness Assessoria Empresarial Ltda.

Jornalista Responsável: Andréia Moreno - MTb 29.978

Fechamento edição:02/05/2016 - 12h00

Resumo de notícias de 25/4 a 02/05

Atualize MBF - 5

Wilmar recebe açúcar bruto na bolsa de NY pela 5ª vez consecutiva

Reuters, reproduzido pelo Terra, 29/04/2016

A Wilmar International adquiriu cerca de 422 mil toneladas de açúcar contra o contrato da bolsa ICE que expirou na sexta-feira, disseram operadores, registrando a quinta compra consecutiva por meio da bolsa para empresa agrícola de Cingapura.

Os 8.309 lotes de açúcar devem vir do Brasil e da Argentina, disseram os operadores norte-americanos. A Wilmar International não pode ser imediatamente contatada para comentários devido ao horário tardio em Cingapura.

ANP: preços do etanol caem em 18 Estados e voltam a ser competitivos em SP Udop, 02/05/2016

A ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis apurou que os preços do etanol hidratado recuaram em 18 estados e no Distrito Federal, na semana de 24 a 30 de abril, e subiram em outros oito estados. A maior baixa foi em Minas Gerais, onde os preços caíram 6,13% no comparativo com a semana anterior. A maior alta ocorreu no Rio Grande do Norte, onde o litro do biocombustível, na média, subiu 1,82%. A ANP também apurou que após alguns meses em desvantagem, o etanol voltou a ser competitivo, economicamente, com a gasolina, no estado de São Paulo, onde a paridade entre os dois combustíveis ficou, no preço médio, em 68,34%. Os analistas destacam que é economicamente vantajoso abastecer com etanol quando o preço do biocombustível estiver abaixo dos 70% do valor cobrado pelo derivado do petróleo. A fórmula não analisa as demais externalidades positivas de se abastecer com etanol, biocombustível renovável.

Nos estados do Mato Grosso, Minas Gerais e Paraná, a paridade econômica também já é encontrada em muitos postos, mas na média de preços medida pela ANP, ainda não se obteve a economicidade.

Preços caem no mercado paulista - Os preços do etanol caíram no mercado paulista medido pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), da USP, baseados na semana de 25 a 29 de abril. O hidratado desvalorizou 2,23% e o anidro, 0,94%. O etanol hidratado fechou cotado a R$ 1,3452 o litro na última semana, contra R$ 1,3725 da semana de 18 a 22 de abril. Já o anidro fechou cotado em R$ 1,5466 o litro na semana de 25 a 29 de abril, contra R$ 1,5612 da semana anterior.

Etanol diário - O etanol hidratado medido pelo índice Esalq/BVMF, também fechou em baixa de 0,04% na última sexta-feira, com negócios firmados em R$ 1.284,50 o metro cúbico.

Mercado do açúcar tem forte alta e rompe barreira por 16 cents/lb

Udop, 02/05/2016

Influenciado por movimentos técnicos, pela recuperação dos preços do petróleo, pela queda na produção de açúcar da Índia e pela queda do dólar ante o real, os preços do açúcar fecharam com uma forte alta nas bolsas internacionais na última sexta-feira (29), rompendo a barreira dos 16 centavos de dólar por libra-peso. No comparativo entre os preços praticados nos dias 1º e 29 de abril, na Ice Future, vemos que a commodity valorizou 6,45% no mês de abril, considerando o vencimento maio/16 que expirou na última sexta-feira.

"A vigorosa maneira com que os preços reagiram na sessão de sexta-feira pode ser atribuída à queda da produção da Índia, a menor desde 2009/2010; ou ao apetite dos fundos que continuam apostando na subida de preços do açúcar e aumentando suas posições compradas; ou, ainda, à valorização do real contra o dólar que pode mudar a arbitragem do açúcar com o etanol e afetar a disponibilidade do primeiro. Enfim, tem para todos os gostos", destacou o diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa em seu artigo semanal onde comenta a reação dos preços.

Com a forte alta, o açúcar fechou com valorização de 84 pontos no vencimento maio/16, e negócios firmados em 16,16 centavos de dólar por libra-peso.

Na tela de julho/16, a alta foi de 61 pontos e negócios em 16,32 cents/lb. Nos demais vencimentos as valorizações ficaram entre 34 e 53 pontos.

Londres - Em Londres também houve forte recuperação de preços. No vencimento agosto/16 a commodity fechou cotada em US$ 467,40 a tonelada, alta de 9,70 dólares no comparativo com a véspera. As demais telas ficaram entre 7 e 10 dólares mais caras.

Ainda segundo Corrêa, "vamos ter um mercado extremamente interessante como há muito não se via. É o momento de apontar os lápis e escolher a estratégia de gestão de risco correta para aproveitar as oportunidades. Fence, hedge com opções usando o delta, futuros, seja qual for o apetite que se tenha ao risco, o setor tem um amplo cardápio de estratégias que deverão ajudar a agregar valor ao acionista".

Mercado doméstico - Já o mercado doméstico fechou em baixa na última sexta.

Segundo o índice Cepea/Esalq, da USP, a saca de 50 quilos do tipo cristal foi comercializada pelas usinas paulistas em R$ 75,18, baixa de 0,33% no comparativo com os preços da véspera.

Esta foi a quarta sessão seguida de queda nos preços da commodity, em São Paulo.