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1 Atuação da Fisioterapia na Prevenção da Síndrome do Imobilismo em Pacientes Acometidos por Fraturas Cominutivas no Membro Inferior Marcos Sérgio Silva de Oliveira 1 [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia 2 Pós-graduação em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia Faculdade FAIPE Resumo Introdução: As fraturas cominutivas são aquelas que possuem mais de dois fragmentos, estas por sua vez devido ao grau de complexidade podem levar ao comprometimento da mobilidade. O tempo prolongado no leito pode resultar no que a literatura médica convencionou denominar de Síndrome do Imobilismo. Objetivos: Este estudo teve por objetivo mostrar a importância da fisioterapia na prevenção da síndrome do imobilismo e identificar os benefícios da fisioterapia durante o processo de imobilização do paciente com fratura cominutiva. Metodologia: A pesquisa foi caracterizada como revisão de literatura, o período estabelecido para a busca do material bibliográfico foi de dezembro de 2014 a fevereiro de 2015. Foram revisados artigos encontrados em bases de dados de sites científicos como: Scielo, Bireme, sites de universidades, revistas especializadas e livros datados entre os anos de 1992 a 2012. Resultados: foram encontrados na literatura resultados positivos a respeito da aplicação de técnicas da fisioterapia como forma de prevenção da síndrome do Imobilismo. Foi identificada na literatura a aplicação de diversas técnicas de maneira passiva, ativa e ativo-assistida. Conclusão: Além de favorecer e estimular a mobilização do paciente, o fisioterapeuta pode contribuir para que outras complicações não se estabeleçam de modo a promover o bem estar e melhorar a qualidade de vida do paciente. Palavras chave: Fisioterapia, Síndrome do Imobilismo, Fraturas Cominutivas no Membro Inferior. 1. Introdução O termo trauma deriva do grego, etimologicamente, significando “ferida”. Na medicina possui vários significados ambos ligados a situações não previstas e indesejáveis acometidas a um sujeito e nele produzindo algum tipo de dano. O trauma é percebido por muitos estudiosos como um evento devastador da sociedade moderna, posto que se constitui em uma epidemia silenciosa e letal, a ponto de lhe ser conferido status de problema na área da saúde pública (MATTOS e SILVÉRIO, 2012). Segundo Valente, Catarino, Ribeiro (2012) os traumas podem ser de dois tipos: fechado e penetrante. No trauma fechado existem duas forças envolvidas no impacto, compressão e laceração/estiramento. Ambas podem produzir cavitação. A laceração/estiramento surge como resultado da mudança abrupta de velocidade por parte de um órgão ou estrutura. Esta diferença na aceleração ou desaceleração faz com que partes de 1 Pós-Graduando de Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia. ² Orientadora - Fisioterapeuta, Mestra em Bioética e Direito em Saúde.

Atuação da Fisioterapia na Prevenção da Síndrome do ... · Pós-graduação em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia ... período estabelecido para a busca do material bibliográfico

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Atuação da Fisioterapia na Prevenção da

Síndrome do Imobilismo em Pacientes Acometidos por Fraturas

Cominutivas no Membro Inferior

Marcos Sérgio Silva de Oliveira1

[email protected]

Dayana Priscila Maia Mejia2

Pós-graduação em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia – Faculdade FAIPE

Resumo

Introdução: As fraturas cominutivas são aquelas que possuem mais de dois fragmentos, estas

por sua vez devido ao grau de complexidade podem levar ao comprometimento da

mobilidade. O tempo prolongado no leito pode resultar no que a literatura médica

convencionou denominar de Síndrome do Imobilismo. Objetivos: Este estudo teve por

objetivo mostrar a importância da fisioterapia na prevenção da síndrome do imobilismo e

identificar os benefícios da fisioterapia durante o processo de imobilização do paciente com

fratura cominutiva. Metodologia: A pesquisa foi caracterizada como revisão de literatura, o

período estabelecido para a busca do material bibliográfico foi de dezembro de 2014 a

fevereiro de 2015. Foram revisados artigos encontrados em bases de dados de sites científicos

como: Scielo, Bireme, sites de universidades, revistas especializadas e livros datados entre os

anos de 1992 a 2012. Resultados: foram encontrados na literatura resultados positivos a

respeito da aplicação de técnicas da fisioterapia como forma de prevenção da síndrome do

Imobilismo. Foi identificada na literatura a aplicação de diversas técnicas de maneira passiva,

ativa e ativo-assistida. Conclusão: Além de favorecer e estimular a mobilização do paciente,

o fisioterapeuta pode contribuir para que outras complicações não se estabeleçam de modo a

promover o bem estar e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Palavras chave: Fisioterapia, Síndrome do Imobilismo, Fraturas Cominutivas no Membro

Inferior.

1. Introdução

O termo trauma deriva do grego, etimologicamente, significando “ferida”. Na medicina

possui vários significados ambos ligados a situações não previstas e indesejáveis acometidas a

um sujeito e nele produzindo algum tipo de dano. O trauma é percebido por muitos estudiosos

como um evento devastador da sociedade moderna, posto que se constitui em uma epidemia

silenciosa e letal, a ponto de lhe ser conferido status de problema na área da saúde pública

(MATTOS e SILVÉRIO, 2012).

Segundo Valente, Catarino, Ribeiro (2012) os traumas podem ser de dois tipos: fechado e

penetrante. No trauma fechado existem duas forças envolvidas no impacto, compressão e

laceração/estiramento. Ambas podem produzir cavitação. A laceração/estiramento

surge como resultado da mudança abrupta de velocidade por parte de um órgão ou

estrutura. Esta diferença na aceleração ou desaceleração faz com que partes de

1 Pós-Graduando de Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia.

² Orientadora - Fisioterapeuta, Mestra em Bioética e Direito em Saúde.

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órgãos/estruturas se separem conduzindo ao rasgar de tecidos (VALENTE,

CATARINO, RIBEIRO, 2012, p. 12).

O trauma fechado é decorrente muita das vezes de acidentes com veículos automóveis, motociclos, atropelamento, quedas etc.

O trauma penetrante, por sua vez, geralmente é “causado por armas branca, armas de fogo ou

pela penetração de objetos no corpo. [...] as suas consequências clínicas dependem da energia

transferida no momento do impacto e do local da lesão” (VALENTE, CATARINO,

RIBEIRO, 2012, p. 17).

Ambos os traumas podem atingir partes variadas do corpo e dependo da localização e

fisiologia afetada receberá denominações específicas. Quando a parte afetada do corpo é um

osso recebe a denominação de trauma ortopédico.

O trauma ortopédico é uma fratura na qual se dá à ruptura da continuidade do osso, ocorrendo

quando a força aplicada sobre este é maior que a força que ele consegue suportar

(SMELTZER E BARE, 2005). Kisner e Kolby (2009), definem fratura como sendo uma

quebra estrutural na continuidade do osso, uma placa epifisária ou uma superfície articular

cartilaginosa. Às fraturas podem ser fechadas quando o osso fragmentado não aparece na

superfície, ou seja, quando não ocorre ruptura das partes moles superficiais, apenas o desnível

e movimento anormal dos ossos, ou aberta quando os ossos fraturados aparecem na superfície

corporal, devido aos rompimentos da carne e da pele (MUNIZ, 2007).

Kisner e Kolby (2009) relatam que os fatores de risco ante a esta questão incluem: o impacto

súbito, osteoporose e o histórico de quedas (sobretudo com o aumento da idade, baixos

índices de massa corporal e baixos níveis de atividade física) destacam ainda que os tipos de

fraturas podem ser: transversa, oblíqua, espiral, longitudinal e cominutiva.

O presente trabalho tem assim o objetivo de mostrar a importância da fisioterapia na

prevenção da síndrome do imobilismo e identificar os benefícios da fisioterapia durante o

processo de imobilização do paciente com fratura cominutiva. Ao longo deste apresentamos

breve fundamentação e elementos resultantes do estudo realizado.

2. Fundamentação Teórica

2.1 Fraturas cominutivas nos membros inferiores

As fraturas cominutivas são aquelas que possuem mais de dois fragmentos afetados (KISNER

E KOLBY 2009). Quando ocorrem no membro inferior, dificulta a mobilização a partir e

nesta parte do corpo.

O membro inferior é responsável pelo suporte e mobilidade do corpo humano, suas estruturas

são inervadas pelos plexos lombar e sacral (KENDAL et al., 2007). As articulações do

membro inferior são: Articulação do quadril, Articulação do joelho e Articulação do tornozelo

(HOPPENFELD, 2008).

Os membros inferiores são constituídos pelos seguintes ossos: íleo, ísquio, pubes, fêmur,

patela, tíbia, fíbula, ossos do tarso, ossos do metatarso e falanges (MIRANDA, 2008).

O fêmur é o osso mais longo e resistente, tendo como composição o osso compacto e

esponjoso e pelo corpo a diáfise e duas extremidades, as epífises: a proximal que se articulam

com o osso do quadril pelo acetábulo da pelve com a cabeça do fêmur estabilizada por um

conjunto de ligamentos capsulares, e a distal com a patela e a tíbia, colocando os joelhos e pés

mais próximos da linha mediana do corpo, sendo contornado por partes moles

(VASCONCELOS, 2012).

As figuras, 1 e 2, ilustram exemplos de fratura cominutiva nos membros inferiores. A

primeira em osso do pé e a segunda no osso da tíbia.

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Figura 1 – Fratura Cominutiva do Pé

Fonte: Rev Bras Anestesiol, 2006.

Nesta imagem percebemos claramente a fratura cominutiva nas partes que se despreendem

nos pés. Neste caso, a mesma, resultou no Bloqueio do Nervo Isquiático Via Médio Lateral da

Coxa como Opção Anestésica no Trauma.

Figura 2 – Fratura Cominutiva da Diáfise da Tíbia Esquerda

Fonte: http://www.lookfordiagnosis.com

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Esta imagems demonstra fratura cominutiva com rompimento triplo no segmento ósseo.da

diáfise da tíbia esquerda.

Kisner e Kolby (2009), sobre as fraturas cominutivas mencionam alguns padrões, conforme

observamos na figura abaixo.

Figura 3 – Padrões de Fraturas Cominutivas.

Fonte: Kisner e Kolby (2009), Exercícios Terapêuticos, pág. 335.

O padrão (A) em forma de cunha ou borboleta, (B) a fratura em 2 ou 3 níveis segmentares.

(C) fraturas com múltiplos fragmentos. Para os referidos autores mesmo nos casos em que a

fratura apresenta centenas de fragmentos, são ainda descritas como cominutivas,

Para Barbieri et al. (2001), algumas fraturas, principalmente as que apresentam cominuição,

traços intra-articulares e grandes desvios, representam um desafio ao tratamento conservador,

dada a dificuldade em obter e manter uma redução que restabeleça a congruência articular e

produza resultados clínicos e funcionais satisfatórios.

A utilização de fixadores nas fraturas cominutivas é um procedimento essencial no processo

de reabilitação (Ver figura 4). A utilização destes fixadores podem causar intensos episódios

álgicos. Segundo Imamura et al., (1995), a dor é o principal sintoma que interfere no ganho

funcional dos doentes acometidos de fratura cominutiva.

Figura 4 – Fratura Cominutiva do Colo do Fêmur com utilização de fixadores.

Fonte: Revista Acta Ortopédica Brasileira, 2010, Tratamento das fraturas femorais

subtrocantéricas com placas de bloqueio lateral da parte proximal do fêmur.

A C B

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O tratamento ante a estas situações na maioria das vezes resulta em cirurgia, com a utilização

de fixadores internos e externos no processo de reabilitação dos pacientes, isto depende da

situação e gravidade do problema. No que se refere à necessidade de mobilização precoce do

paciente sobre tal situação, esta é uma questão que cada vez mais se faz premente, uma vez

que durante muito tempo prevaleceu o posicionamento de que diante da doença, o ideal seria

o repouso. Logo, muitas pessoas diante de tal quadro, permaneciam longos períodos

imobilizados. Segundo Halar e Bell (1992), após a II Guerra Mundial, a experiência de

mobilização precoce de pessoas acometidas por lesões trouxe mais benefícios que danos,

apresentando um novo entendimento sobre o que até então vinha se desenvolvendo como

terapêutica.

Sabemos que dependendo do local e do modo como as fraturas cominutivas se apresentam,

far-se-á necessário a imobilização isolada de determinadas partes do segmento corporal, o que

não deve ser a sua totalidade. É importante destacar que devido ao uso dos fixadores externos

e internos, o paciente tende a evitar o movimento, uma vez que o mesmo resulta em um

quadro de muita dor. Contudo é necessário que este atende para a questão de que o processo

de imobilização pode acarretar sérios problemas às demais partes do corpo não afetadas,

gerando agravos à sua saúde e podendo conduzir ao que a literatura médica convencionou

denominar de Síndrome do Imobilismo.

2.2 Síndrome do Imobilismo

A Síndrome do Imobilismo pode ser definida como um descondicionamento ou redução da

capacidade funcional de todos os sistemas do organismo, em decorrência de um período

prolongado de imobilização no leito (ARRIAGADA; BACCO e CARRASCO, 1997,

ARTILES; RODRÍGUES e SUÁREZ, 1997, HALAR e BELL, 1992, OLIVEIRA; HADDAD

e KOYAMA, 1999, RUIZ e PARDO, 2001 In CAZEIRO 2010, p.153).

Segundo CHAIMOWICZ et al (2009), caracteriza-se por ser um

[...] conjunto de sinais e sintomas decorrentes da imobilidade, por restrição a uma

poltrona ou ao leito, por tempo prolongado, associada a múltiplas causas e com

implicações físicas e psicológicas e que pode levar ao óbito. Caracteriza-se por um

complexo de sinais e sintomas resultantes da limitação de movimentos e da

capacidade funcional que geram empecilho à mudança postural e a translocação

corporal. (p. 165).

Esta síndrome é resultante de um tempo prolongado de repouso. Excedendo o tempo,

caracterizado como tal. Segundo Fernandes et al (2013), considera-se que de 7 a 10 dias a

imobilidade no leito represente um período de repouso, de 12 a 15 dias de imobilização e a

partir de 15 dias decúbito de longa duração.

É certo mencionarmos que um período de imobilização e/ou decúbito de longa duração,

conduzirá o corpo a apresentar dificuldades em seu funcionamento. Silva et al (2010)

menciona que o imobilismo acomete o sistema muscoesquelético, gastrointestinal, urinário,

cardiovascular, respiratório e cutâneo e que intervenções precoces são necessárias para

prevenir problemas físicos e psicológicos. Halar e Bell (1992) citam que “os efeitos adversos

da imobilidade podem superar seus efeitos terapêuticos, tornando-se mais problemático que a

doença primária” (p.519).

Geralmente, o sistema musculoesquelético é o mais acometido pelo imobilismo,

seguido das alterações tegumentares, que promovem a formação de úlceras de

pressão, especialmente em lugares com pouco tecido adiposo e nos locais de

proeminências ósseas. Dentro do período de imobilidade no leito, o sistema

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cardiovascular também apresenta alterações em seu funcionamento, sendo que no

quadro de complicações de maior relevância encontram-se a hipotensão postural e a

trombose venosa profunda (TVP). Falta de apetite, diminuição de volume

plasmático e da absorção de nutrientes, desidratação e dificuldade no esvaziamento

da bexiga por fraqueza da musculatura do abdome e do assoalho pélvico também

são manifestações presentes na síndrome do imobilismo. No sistema respiratório, as

ameaças mais comuns são a perda de trocas gasosas eficazes devido a uma alteração

na relação V/Q (ventilação/perfusão), diminuição dos movimentos diafragmáticos e

da musculatura intercostal por perda de força muscular, e aumento da frequência

cardíaca devido a uma redução da respiração alveolar, que se torna mais

superficial (SILVA, 2014)

Dentre as principais alterações do sistema muscoesquelético resultantes do imobilismo estão:

a diminuição da força muscular, a resistência à fadiga e a força exercida pela gravidade nos

ossos e tecidos de apoio (DITTMER e TEASELL, 1993).

Para Aquino; Viana & Fonseca (2005), Caierão, Teodori e Minamoto (2007) in Cazeiro

(2010)

O sistema musculoesquelético é comumente acometido pela Síndrome do

Imobilismo, causando atrofia das fibras musculares e fraqueza muscular. Por 3 a 5

semanas de imobilização pode-se perder até metade da força muscular. Outras

alterações incluem rigidez articular, encurtamentos, contraturas, deformidades,

osteoporose por imobilização e mudanças no tecido conjuntivo (p. 153).

Ainda segundo Cazeiro (2010), durante o repouso prolongado, há uma tendência para a

formação de contraturas em posição de conforto (flexão de quadris e joelhos, tornozelos em

flexão plantar, adução e rotação interna do ombro, flexão do cotovelo, punho e dedos), como

limitações secundárias que dificultarão a mobilidade.

Em relação às complicações acometidas ao aparelho respiratório, destacamos a diminuição da

capacidade respiratória volume minuto. Diminuição do movimento do diafragma e da

excursão torácica em decorrência do comprometimento da função muscular.

Quanto ao Sistema Respiratório, a diminuição do movimento diafragmático e da

excursão torácica leva a um aumento da resistência mecânica à respiração,

diminuição da ventilação, redução da tosse e dificuldade para a eliminação das

secreções, o que pode ocasionar graves complicações, tais como atelectasia e

pneumonia hipostática. A posição deitada gera um acúmulo de líquido na base dos

pulmões, que serve de cultura para a proliferação de bactérias (CAZEIRO, 2010, p.

154).

Sobre esta questão Marcucci (2005) menciona uma complicação frequente em pacientes

acamados, a atelectasia. A atelectasia refere-se ao fechamento parcial ou total do alvéolo com

resultado de diminuição da capacidade funcional residual, da respiração superficial e

diminuição dos movimentos ativos e mudanças de decúbito. Pode levar a hipoxemia e ao

aumento de secreção, podendo ser prevenida com mudanças de decúbitos, incentivo da

atividade voluntária e aumento da profundidade da respiração.

No sistema cardiocirculalatório pode-se destacar aumento da frequência cardíaca, redução de

reserva cardíaca, hipotensão ortostática, hipotensão arterial, e tromboembolismo venoso

(FERNANDES, 2013). Perhonen et al (2001), observaram que mesmo em sujeitos normais, o

imobilização por um período de seis semanas causa alterações na função cardíaca. “Os

autores sugerem que esse fato ocorre devido à adaptação fisiológica à redução da carga e

trabalho miocárdico” (CAZEIRO, 2010, p. 154).

As alterações no Sistema Gastrointestinal podem ser de natureza referente:

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a perda do apetite, déficit nutricional, constipação e fecaloma (fezes endurecidas e

impactadas). Embora a constipação decorra de diferentes fatores, podemos citar

como possíveis causa a inibição da peristalse, a atonia muscular, a perda de volume

plasmático, a desidratação, a evacuação em posição não fisiológica (como ocorre no

uso de comadres) e o constrangimento social (CAZEIRO, 2010, p. 154).

As úlceras por pressão e complicações cutâneas como micoses, ressecamentos, dermatite e

outras são problemas ocorrentes entre os casos dermatológicos, “O paciente em estado crítico

está sujeito às escaras; [...]. As escaras surgem quando a pele e as estruturas subjacentes são

comprometidas, fazendo com que o sangue seja desviado e os vasos sanguíneos sejam

forçosamente constritos, causa de isquemia e anoxia tecidual (KNOBEL, 2002)”.

Pode-se ter associado ainda a estas questões, problemas de ordem social e psicológica, uma

vez que o paciente fica à margem de suas atividades funcionais cotidianas. imobilismo.

A perda ou diminuição da capacidade funcional do paciente impede ou modifica a

sua vida pós-internação, independentemente de continuar seu trabalho e desfrutar de

uma vida social. A imobilidade prolongada pode alterar também o estado emocional

do paciente, independente da patologia que o levou ao decúbito prolongado,

podendo apresentar ansiedade, apatia, depressão, labilidade emocional, isolamento

social entre outros [...] (LEAL, S/D, p. 4)

Estas são apenas algumas entre tantas outras complicações que podem resultar como

consequência do imobilismo.

Partindo deste pressuposto a intervenção precoce no sentido de prevenir tais complicações se

torna cada vez mais necessária na área da Saúde, sendo um trabalho a ser desempenhado com

eficácia pela equipe em contato direto com paciente e quando possível de modo

multidisciplinar.

Dentre os profissionais necessários neste processo destacamos a figura do fisioterapeuta, que

possui quando de sua formação, competências e habilidades, indispensáveis junto ao paciente

em tais condições.

2.3 Fisioterapia, Fratura Cominutiva e a Síndrome do Imobilismo

A Fisioterapia ao longo do seu estabelecimento como profissão passou por vários momentos,

até se constituir como importante elemento a se fazer presente na realidade da equipe

multidisciplinar em Saúde, junto à recuperação de pacientes em seus vários agravos e no que

aqui discutimos, no atendimento das situações de fratura cominutiva. Segundo Leal,

o trabalho do fisioterapeuta é, portanto uma construção humana, e suas possíveis

imperfeições são as marcas das práticas da profissão, no sentido de se afirmar

decisivamente como uma ciência intervencionista na saúde das pessoas. Seu

trabalho em equipe ganha contornos decorrente da observação do cotidiano e suas

formas de organização resultam da evolução da profissão ao longo de sua história,

enquanto ciência de intervenção e auxiliar no processo de regulação. Desta forma, a

necessidade de um profissional de fisioterapia em postos de saúde, são de enorme

importância, já que esse profissional vai funcionar como apoio na recuperação das

funcionalidades do corpo humano perdidas com o advento das anomalias. (p. 3-4)

A Fisioterapia tem papel de grande importância junto à Síndrome do Imobilismo, tanto no

sentido de sua prevenção quanto na reabilitação do paciente ante ao quadro instaurado. O

trabalho do profissional em fisioterapia nesses casos tem se mostrado eficaz e imprescindível,

sendo considerada parte integrante da equipe responsável pelos cuidados nestes pacientes

(STILLER 2000).

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Muita das vezes o paciente com fratura cominutiva ou seus cuidadores, acreditam que a

imobilização é a melhor maneira de se lidar com a situação por acreditarem que a

movimentação poderia trazer comprometimentos ao quadro, agravando a real situação do

paciente. O Fisioterapeuta ante a esta realidade não só funciona como profissional a realizar

as técnicas preventivas e interventivas, mas também como um educador, um orientador para

tal situação.

De modo específico, sua prática através de técnicas aplicadas como a mobilização e o

alongamento pode contribuir nos processos preventivos. Quando a síndrome já está

estabelecida as técnicas fisioterapêuticas podem ajudar na manutenção da condição motora e

na orientação dos cuidadores, no sentido de evitar outras complicações.

Cazeiro (2010), mencionando resultado dos estudos de autores como: Caierão, Teodori e

Minamoto (2007), Dittmer e Tasell (1993), Halar e Bell (1994), Oliveira, Haddad e Koyama

(1999), Rosseau (1993), Sposito, Tellini e Itami (1993), sintetiza que,

a movimentação do paciente o mais precocemente, possível de forma livre ou por

meio de exercícios é um dos meios para a prevenção da síndrome do imobilismo.

Diferentes tipos de exercícios são citados como movimentação passiva para ganho

de amplitude de movimento ou alongamento, contrações musculares breves,

exercícios isométricos, isotônicos e isocinéticos (p.158).

Tais exercícios, quase sempre, ficam sobre a responsabilidade do fisioterapeuta,

profissional da equipe de saúde, capacitado com técnicas específicas para este tipo de terapia.

Seu trabalho neste processo pode começar pela utilização de técnicas de mobilização passiva,

evoluindo o mais rápido possível para mobilizações ativas, no sentido de reduzir o tempo de

imobilização no leito e assim evitar a síndrome decorrente.

No caso da imobilização prolongada, a fisioterapia vai estimular a movimentação

precoce no leito e a independência nas atividades; estimular a deambulação; prevenir

complicações pulmonares; auxiliar na resolução de patologias pulmonares já implantadas;

promover um padrão respiratório mais eficaz; reduzir a dor; manter a força muscular e

amplitude articular; evitar encurtamentos, atrofias e/ou contraturas musculares, possibilitar

melhor mobilidade, flexibilidade, coordenação e equilíbrio; promover relaxamento, prevenir e

tratar possíveis edemas; promover a reeducação postural, prevenir escaras entre outros

(SILVA et al, 2010). Daí a grande importância deste profissional na equipe de Saúde.

.3. Metodologia

A pesquisa foi caracterizada como Revisão de literatura, o estudo visou mostrar a importância

da fisioterapia na prevenção da síndrome do imobilismo e identificar os benefícios da

fisioterapia durante o processo de imobilização do paciente com fratura cominutiva. O

período estabelecido para a busca dos estudos foi de dezembro de 2014 a fevereiro de 2015.

Os unitermos utilizados para busca de material bibliográfico foram: Fisioterapia, Síndrome do

Imobilismo, fraturas cominutivas no membro inferior.

Foi excluído o material bibliográfico que não continham conteúdos relevantes para pesquisa

como os que relatavam tratamentos medicamentosos. Foram inclusas as referências que

relatavam a utilização de técnicas fisioterapêuticas utilizadas em pacientes acamados ou que

tinham maiores chances de adquirir a síndrome do imobilismo a partir de fraturas cominutivas

nos membros inferiores.

Foram encontrados 29 artigos, destes foram selecionados 17 para elaboração do estudo,

Foram revisados artigos encontrados em bases de dados de sites científicos como, Scielo,

Bireme, sites de universidades, revistas especializadas e livros datados entre os anos de 1992

a 2012.

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4. Resultados e Discussão

Nas fraturas cominutivas é comum à utilização de fixadores internos e externos no processo

de reabilitação dos pacientes. A utilização de fixadores nas fraturas cominutivas torna o

processo de reabilitação mais complexo, pois o paciente é tomado por insegurança e medo, a

utilização destes fixadores podem causar intensos episódios álgicos. Segundo Imamura et al.,

(1995), a dor é o principal sintoma que interfere no ganho funcional destes doentes. Imamura

et al., (1995), explicam ainda que a dor nestes doentes pode ser por aumento de estímulos

nociceptivos, por interrupção das vias discriminativas aferentes sensitivas dolorosas (dor por

desaferentação) ou pela associação de ambos os mecanismos.

Por muitas vezes com a exacerbação da dor ou a fim de preveni-la o paciente diminui sua

movimentação global ou adota posturas estáticas que não favorecem o quadro reabilitativo, tal

atitude pode levar o paciente a síndrome do imobilismo. Alguns pacientes apontam a

dependência, a falta de autonomia e a imobilização no leito como algumas das experiências

mais desagradáveis deste processo (CAZEIRO e PERES, 2010).

A Fisioterapia tem papel de grande importância junto à síndrome do imobilismo, tanto no

sentido de sua prevenção quanto na reabilitação do paciente ante ao quadro instaurado. Para

Silva et al., (2008), os efeitos deletérios do repouso prolongado no leito e imobilidade têm

sido reconhecidos atualmente, podendo ocorrer também os adversos da imobilização, tais

como contratura, atrofia muscular e óssea das partes sadias e membros. Silva et al., (2008),

complementam relatando que o sistema osteomuscular é o mais acometido pelo imobilismo,

podendo ocorrer hipotrofia, atrofia muscular e descondicionamento; contraturas; osteoporose

e osteopenia; deterioração articular; ossificação heterotópica; osteomielite e deformidades.

Citam ainda que os efeitos adversos da imobilização prolongada também podem ocorrer como

contratura articular e atrofia muscular e óssea das partes sadias do membro.

O principal objetivo da reabilitação, nos pacientes com fraturas, é alcançar um grau de

funcionalidade igual ou bem próximo ao anterior à lesão. O tratamento fisioterapêutico será

importante neste paciente, buscando a mobilidade, diminuição do quadro inflamatório,

prevenção de fenômenos tromboembólicos, alívio do quadro álgico, ganho de resistência e

força muscular (GRUDTNER, 2008).

Técnicas aplicadas como a mobilização e o alongamento podem contribuir nos processos

preventivos. Quando a síndrome já está estabelecida as técnicas fisioterapêuticas podem

ajudar na manutenção da condição motora e na orientação dos cuidadores, no sentido de evitar

outras complicações.

Para Porto (2002), A mobilização precoce é uma grande aliada na promoção da higiene

brônquica e, além disso, preveni complicações circulatórias decorrentes da cirurgia e da

imobilidade no leito. A princípio inicia-se com a realização de trocas de decúbitos frequentes

e evolui para as mobilizações de segmentos e deambulação. Deve-se orientar o paciente

quanto a realizações de exercícios metabólicos ativos para os membros inferiores após a

cirurgia, pois devido à desaceleração do fluxo sanguíneo há uma predisposição ao

desenvolvimento de trombose venosa profunda. Assim, a realização de plantiflexão e

dorsiflexão lentas e máximas para melhoria do retorno venoso, pelo mecanismo de bomba

muscular das panturrilhas se faz muito importante.

Cazeiro e Peres (2010), mencionando resultado dos estudos de autores ressalta que a

movimentação do paciente o mais precocemente possível de forma livre ou por meio de

exercícios é um dos meios para a prevenção da síndrome do imobilismo. Diferentes tipos de

exercícios são citados como movimentação passiva para ganho de amplitude de movimento

ou alongamento, contrações musculares breves, exercícios isométricos, isotônicos e

isocinéticos. Tais exercícios, quase sempre, ficam sobre a responsabilidade do fisioterapeuta,

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profissional da equipe de saúde, capacitado com técnicas específicas para este tipo de terapia.

Seu trabalho neste processo pode começar pela utilização de técnicas de mobilização passiva,

evoluindo o mais rápido possível para mobilizações ativas, no sentido de reduzir o tempo de

imobilização no leito e assim evitar a síndrome decorrente. Silva et al., (2008), ressaltam que

a mobilização articular é uma técnica utilizada com várias finalidades no processo de

reabilitação.

A cinesioterapia segundo Silva et al., (2008), reestabelecerá a amplitude de movimento

articular e a força muscular perdidas neste processo, seja ela passiva, ativa, ativo-assistida ou

resistida. O fisioterapeuta deve se preocupar com o processo de cicatrização dos tecidos peri-

articulares e com o processo álgico, pontos fundamentais para reabilitação com sucesso. No

caso da imobilização prolongada, deve estimular a movimentação precoce no leito e a

independência nas atividades, estimulando a deambulação, a prevenção de complicações

pulmonares e demais funções orgânicas, reduzindo a dor, mantendo a força muscular e

amplitude articular, evitando encurtamentos, atrofias e/ou contraturas musculares, e

possibilitando melhor mobilidade ao paciente em recuperação..

Para tanto o profissional fisioterapeuta junto à equipe multidisciplinar deve planejar suas

ações, efetivando-as de modo comprometido com a qualidade de vida do paciente e com

compromisso profissional que envolve sua prática.

5. Conclusão

O papel do fisioterapeuta cada vez mais se faz necessário junto à equipe multidisciplinar de

saúde. A prevenção da síndrome do imobilismo embora seja de responsabilidade de toda a

equipe, tem nas mãos do fisioterapeuta um posicionamento de destaque, uma vez que sua

formação envolve competências, habilidades e o manuseio de técnicas específicas no

tratamento de tal realidade.

Acreditamos que cada vez mais, as secretarias de saúde devem investir na contratação de tal

profissional para a composição de seu quadro, principalmente ante as situações de trauma

ortopédico com fraturas cominutivas.

Segundo Kfuri Junior (2011), a Fisioterapia

É uma área de atuação que requer investimentos imediatos. A começar pela

hierarquização de centros de atendimento, para que sejam distribuídos devidamente

os recursos entre unidades dedicadas a traumatismos mais simples (postos de saúde,

hospitais de nível secundário) e a traumatismos complexos (centros de referência em

traumas ortopédicos). A criação de uma hierarquia entre serviços contribui para

otimizar o atendimento e a alocação de recursos humanos e técnicos (p. 3).

Certamente que em termos de políticas públicas muito ainda se tem por fazer na área do

trauma ortopédico com fraturas cominutivas, não se podendo esperar que alguns serviços

sejam efetivados para que se realizem as intervenções. Algumas situações envolvem

necessidades emergentes, a fim de se evitar a síndrome do imobilismo decorrente de tais

situações. Acreditamos que devemos nos envolver na militância por melhores condições de

Saúde Pública em nosso país. Mas nos espaços dos possíveis deixarmos nossa marca

comprometida com a Saúde de nossa população no agora.

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