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1 Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42 Janeiro/Março 2011 Trimestral Distribuição gratuita Nº 42 Auditoria de Sistemas de informação - Análise de dados em auditoria

Auditoria de Sistemas de informação - Análise de dados em ... · responsabilização dos trabalhadores, melhor informação, um melhor equilíbrio entre a vida profissional, familiar

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Janeiro/Março 2011 Trimestral Distribuição gratuita Nº 42

Auditoria de Sistemas de

informação - Análise de dados

em auditoria

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

CORPOS SOCIAIS PARA O BIÉNIO 2010 – 2011

Assembleia Geral

Presidente da Mesa: António dos Santos Ramos, CIA – Estoril Sol

Secretário: Carlos Alberto Mendes Lopes – Estradas de Portugal

Vogal: Rodrigo Mário de Carvalho – ISCAP

Conselho Fiscal Presidente: Manuel dos Santos Gomes

Vogais: Álvaro da Silva João

João Manuel Barata da Silva - CGD

Vogal Suplente: Maria de Lurdes Neves - TAP

Direcção

Presidente: Fátima Geada, PHD – TAP

Vice-Presidentes: Francisco de Melo Albino, CIA; CCSA; CGAP

António Neutel Neves, CIA – Portucel

Nuno Oliveira, CIA - AdP

José Costa Bastos – CGD

Nelson Martins, CCSA – BES

Pedro Cupertino de Miranda, CISA – SONAE

Secretário: Joaquim Leite Pinheiro

Vogais: Luís Filipe Machado, CIA; CCSA – BCP

Severo Praxedes Soares – IGF

Miguel Correia, CIA; CCSA; CFSA I – Liberty Seguros

Georgina Morais – ISCAC

Ana Cláudia – BRISA

Jorge Santos Nunes – Lusitânia

CONSELHO GERAL

Presidente: Manuel Marques Barreiro

Vice-Presidente: Manuel Agostinho Raul Fernandes

Vogais:

Domingos Sequeira – Ex-Presidente da Direcção

Orlando Sousa - SONAE

Ana Margarida Fernandes – Inspecção-Geral de Finanças

António Costa e Silva – Tribunal de Contas

Carlos Baptista da Costa – ISCAL

Octávio Castelo Paulo – Instituto Português Corporate Governance

Jean-éric Gaign – KPMG

João Frade – DELOITTE

João de Mello Franco – PT e EDP Renováveis

Jorge de Freitas Nunes – Ernst & Young

José Manuel Dias da Fonseca – APOGERIS

Francisco Martins da Rocha – Banco de Portugal

Nasser Sattar – PriceWaterhouseeCoopers

Orlando Germano da Silva - BES

Filiado na

Chapter 253

Julho/Setembro 2010 Trimestral Distribuição gratuita Nº 40

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Agenda 2011

CURSO LOCAL DATA FORMADOR

Introdução ao Controlo e Auditoria Interna Lisboa Porto

Fev. Set.

Francisco Albino, CIA, CCSA, CGAP

Auditoria Interna Baseada no Risco – Metodologia ERM Lisboa Porto

Mai. Set.

Nuno Oliveira, CIA

Auto-avaliação do Risco e do Controlo – Preparação para o Exame CCSA

Lisboa Jun. Nuno Oliveira, CIA Júlia Santos. CCSA

Avaliação da Qualidade e Performance em Auditoria Interna Lisboa Set. Fátima Geada, PhD

Relatórios de Auditoria Lisboa Mai. Francisco Albino, CIA, CCSA, CGAP

Audit Analytics Lisboa Jun. * Prof. Glenn Sumners, CIA, CPA, CFE

Amostragem para Auditoria Lisboa Dez Fátima Geada, PhD Céu Almeida, ROC

Fraude e Auditoria Interna Lisboa Set. Tiago Lopes, CIA, CCSA, CFE

SNC – Reforma da Contabilidade Lisboa Mar Baia Engana, ROC Gervásio Lérias, ROC

Auditoria de Sistemas e Tecnologias de Informação Lisboa Mai. Paulo Gomes, CISA

Segurança de Sistemas de Informação Lisboa Set. Pedro Cupertino de Miranda, CISA, CISM, CIRM

Liderança e Comunicação em Auditoria Interna Lisboa Porto

Mar Out.

Filipa Oliveira

Técnicas de Apresentação *** Lisboa Set. Filipa Oliveira

CIA Review – I Part Lisboa Jun. * Prof. Glenn Sumners, CIA, CPA, CFE

CIA Review – II Part Lisboa Jun. * Prof. Glenn Sumners, CIA, CPA, CFE

CIA Review – III Part Lisboa Jun. * Prof. Glenn Sumners, CIA, CPA, CFE

CIA Review – IV Part Lisboa Jun. * Prof. Glenn Sumners, CIA, CPA, CFE

Preparação para o exame CIA – I Parte Lisboa Set. Francisco Albino, CIA, CCSA, CGAP

Preparação para o exame CIA – II Parte Lisboa Set. Nuno Oliveira, CIA

Auditoria de Instituições Públicas – Preparação para o Exame CGAP

Lisboa Abr. Francisco Albino, CIA, CCSA, CGAP

Auditoria de Empreitadas de Obras Públicas Lisboa Mai. Sara Pestana, CIA Sofia Correia, CIA

Auditoria Interna no Sector da Saúde *** Lisboa

Seminários em parceria com o MIS ** Lisboa *

* Em língua inglesa; ** Em preparação, com realização a confirmar; *** Curso novo

Pode consultar o calendário em http://www.ipai.pt/gca/index.php?id=149

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Índice

Colabore. Envie uma sugestão.

Crise, responsabilidade social e auditoria interna, Joaquim Leite Pinheiro 9

Audire: Acerca da qualidade da auditoria interna, Manuel Marques Barreiro

12

Auditoria Informática - Métodos estatísticos

avançados podem ser utilizados por auditores e analistas como importantes componentes no conjunto de rotinas de monitorização contínua: Séries de

Tempo, Drumond de Freitas

14

A Auditoria Ambiental e a Optimização do Investimento Empresarial, Ana Bernardes

21

ACL White Paper- Detecção de Fraude com tecnologia de Data Analytics- Banca, Seguros e Cuidados de Saúde, João Revés -

25

Lista das orientações do IIA para a prática profissional da auditoria interna

29

IIA – Enquadramento internacional de práticas profissionais de auditoria interna

29

Caneta digital 32

Notícias 34

Actividade dos Núcleos para 2011 36

Post_it, Miguel Silva 38

Pesquisa de Institutos de Auditoria

Interna – Europa

39

Missão

Promover a partilha do saber e da prática em

auditoria interna, gestão do risco e controlo

interno.

Propriedade e Administração IPAI – Avenida Duque de Loulé, 5 – 2º B – 1050-085 LISBOA

[email protected]

Contribuinte nº 502 718 714; Telefone/Fax: 213 151 002

FICHA TÉCNICA

Presidente da Direcção: Fátima Geada

Director: Joaquim Leite Pinheiro

Redacção: Manuel Barreiro; Raul Fernandes

Conselho Editorial: Manuel Barreiro, Fátima Geada, Francisco Melo Albino.

Colaboradores nesta edição: Manuel Barreiro, Drumond de Freitas,

Miguel Silva, João Revés, Ana Bernardes.

Pré-impressão: IPAI

Impressão e Acabamento: CEM

Ano XIII – Nº 42 – TRIMESTRAL Janeiro/Março 2011

TIRAGEM: 1500 exemplares; Registo: DGCS com o nº 123336;

Depósito Legal: 144226/99; Expedição por correio; Grátis

Correspondência: IPAI – Avenida Duque de Loulé, 5 – 2º B – 1050-085 LISBOA Telefone/Fax: 213 151 002

[email protected]

Visite-nos em www.ipai.pt

http://pt-pt.facebook.com/people/Instituto-Auditoria-Interna-Ipai/100001504078987

http://pt.linkedin.com/in/ipaichapteriia

Nota: Os artigos vinculam exclusivamente os seus autores, não reflectindo necessariamente as posições da Direcção e do Conselho Editorial da Revista nem do IPAI. A aceitação de publicação dos artigos na Revista Auditoria Interna do IPAI, implica a autorização para a inserção no sítio do IPAI após a edição da revista impressa.

Foto da capa: JLP

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

IPAI - Membros Colectivos

http://www.ipai.pt/gca/index.php?id=45

CP

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

IPAI - Membros Colectivos

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

IPAI – Parcerias e protocolos

http://www.ipai.pt/gca/index.php?id=116

http://www.pwc.com/pt/pt

http://www.caseware.com/about-us/distributors/Equiconsulte-SA

http://www.cgov.pt/

http://www.universidade-autonoma.pt/index_ual2010.html

http://www.infocontab.com.pt/

http://www.iscad.pt/

http://www.iscac.pt/portal

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

IPAI – Parcerias e protocolo

http://www.uatlantica.pt/

http://www.isaca-lisbon.org/

www.ssp-sa.com

http://www.egp-upbs.up.pt/

http://www.ordemeconomistas.pt/xportal/xmain?xpid=oe

http://www.ey.com/PT/EN/Home http://www.deloitte.com/view/pt_PT/pt/index.htm

http://www.kpmg.com/PT/

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Editorial

“A função principal de uma empresa consiste em criar valor através de produção de bens e

serviços que a sociedade exige, gerando assim lucros para os seus proprietários e accionistas e

bem-estar para a sociedade, em especial através de um processo contínuo de criação de

emprego”.

In Comissão da Comunidade Europeia, Bruxelas, Julho 2002

A gestão empresarial, no contexto moderno, está cada vez

mais sujeita a uma forte responsabilidade e de controlo dos

seus principais dirigentes (Conselho de Administração e

Comissão Executiva, corporizados nos Chairman e CEO), o

que obriga a que as empresas se desdobrem a fornecer

informação ao mercado, não só relacionada com os

aspectos financeiros mas, com igual importância,

sobre o desenvolvimento sustentável e de

responsabilidade social.

A empresa não existe sem a comunidade onde se insere

bem como a interacção com o meio ambiente (a licença para

operar implica a observância das normas e regulamentos em

vigor).

A gestão empresarial deve, por isso, ter em conta as

condicionantes económicas, o meio ambiente e o meio social

onde a empresa está inserida e, desse modo, publicitar em

documento as políticas adoptadas e o respectivo

envolvimento com o meio social – a vertente de

responsabilidade social da empresa.

Em Portugal, algumas empresas já implementaram tais

procedimentos e publicam relatórios anuais de

“desenvolvimento sustentável e de responsabilidade social”,

havendo intenção de integrar tais informações no relatório de

gestão anual ou, pelo menos, editar um relatório nas

mesmas datas de publicitação do relatório tradicional.

Crise, responsabilidade social e

auditoria interna

Joaquim Leite Pinheiro

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

A par da adopção de princípios de Corporate Governance

(incrementados com a publicação do Sarbannes-Oxley Act),

a construção e divulgação de informação relacionada com a

responsabilidade social e desenvolvimento sustentável, vai

permitir aos investidores/accionistas e público, um

conhecimento mais profundo e adequado dos resultados das

empresas e da forma como os obtêm.

Não faz sentido, em termos éticos, que uma empresa

apresente resultados fabulosos à custa de negócios com

governos corruptos ou à custa de exploração de mão-de-

obra infantil.

As empresas devem gerir o relacionamento com os seus

empregados e todos os outros públicos (cliente,

fornecedores, accionistas, comunidade, entidades

reguladoras, etc.) com valores éticos elevados e que não

constem meramente de uma moldura mas sim de

comportamentos e práticas sustentadas em evidências e

auditáveis.

Neste contexto, será importante e necessário que a

informação sobre sustentabilidade e desenvolvimento social

obedeça a critérios de uniformização de conceitos e de

apresentação, visando garantir uma fácil comparabilidade e a

sua leitura pelos diversos públicos interessados.

Assim, o Global Reporting Iniciative (GRI) estabeleceu as

principais linhas orientadoras e os onze princípios que

devem nortear os Relatórios de Desenvolvimento

Sustentável ou de Responsabilidade Social.

Linhas Orientadoras:

1. Retrato fiável dos aspectos financeiros, sociais e

ambientais.

2. Estruturados de forma idêntica para permitir a

comparabilidade entre relatórios.

3. Estrutura flexível e utilização por qualquer empresa,

independentemente da dimensão ou actividade.

Princípios fundamentais do relatório de

Responsabilidade Social, preconizados no GRI:

1. Transparência;

2. Auditabilidade.

3. Completo (Exaustividade).

4. Relevância.

5. Contexto de sustentabilidade.

6. Exactidão.

7. Neutralidade.

8. Comparabilidade,

9. Clareza.

10. Regularidade.

Os Relatórios de Desenvolvimento Sustentável

(RDS) ou de responsabilidade social resultam, também de

uma maior exigência dos públicos/clientes (Stakeholders)

das empresas, ou dos utilizadores das organizações,

principalmente dos que têm uma maior exigência, cultura e

prática da cidadania.

Os relatórios visam comunicar aos diversos públicos,

incluindo o interno, os compromissos responsáveis da

empresa (balanço factual das acções responsáveis

desenvolvidas durante o período de reporte), responder às

preocupações dos cidadãos, promover acções de

comunicação baseadas nos valores de responsabilidade

social e comprometimento em desenvolver uma gestão ética

nos negócios da empresa.

Se quisermos a grande preocupação dos gestores modernos

e socialmente responsáveis, é possibilitar ambientes de

trabalho “saudáveis com pessoas saudáveis”, o que se

designa por “empresas autentizóticas”.

A Comissão das Comunidades Europeias no livro verde

“Promover um quadro europeu para a

responsabilidade social das empresas”

definiu um conjunto de conceitos e de princípios que ajuda a

perceber a relevância das práticas de gestão que assentem

em valores éticos e de responsabilidade social.

Editorial

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Será importante realçar alguns aspectos fundamentais:

Na dimensão interna:

1. Gestão dos Recursos Humanos, cujos

aspectos essenciais se centram em: formação,

responsabilização dos trabalhadores, melhor informação,

um melhor equilíbrio entre a vida profissional, familiar e

tempos livres, não diferenciação em termos de carreira e

de remuneração entre homens e mulheres, uma mais

justa e equitativa repartição dos lucros e uma

preocupação quanto à empregabilidade e à segurança

dos postos de trabalho; nesta vertente, começa a ser

muito criticada a política de Offshoring (deslocalização de

actividade para países com mão-de-obra mais barata) ou

mesmo alguma prática de outsourcing (subcontratação a

terceiros).

2. Saúde e Segurança no Trabalho – adopção

de formas complementares de promoção da saúde e da

segurança, com observância dos normativos e

regulamentos em vigor, bem como ter em atenção os

aspectos ergonómicos do mobiliário e os aspectos

relacionados com o fumo e o ruído nos locais de trabalho.

3. Adaptação à mudança – em caso de

reestruturação fazê-lo de uma forma socialmente

responsável, o que significa ter em consideração, de uma

forma equilibrada, os interesses das diversas partes, com

especial relevância, para uma informação transparente e

ética sobre as matérias envolvidas.

4. Gestão do impacto ambiental – implementar

oportunidades “win-win” – exploração menos intensiva

dos recursos naturais de modo a garantir por mais tempo

a sua utilização

Na dimensão externa 1. Stakeholders (partes interessadas) – ter uma

relação adequada com os parceiros comerciais,

fornecedores, clientes e autoridades públicas.

Fundamental saber trabalhar em conjunto, para reduzir a

complexidade, os custos e aumentar a qualidade.

2. Comunidades locais – a empresa deve ter uma

integração adequada na envolvente local (uma relação

biunívoca: a empresa emprega, paga uma remuneração,

concede benefícios mas precisa, por outro lado, de

salubridade, estabilidade e prosperidade da comunidade

para que consiga desenvolver-se e prosperar). A

empresa pode gerar externalidades positivas (ambiente

limpo, redes rodoviárias acessíveis e atrair trabalhadores

mais qualificados para a região; pode, igualmente gerar

externalidades negativas (ruído, poluição, emissões de

CO2, contaminação dos solos).

3. Direitos humanos: uma dimensão importante,

nomeadamente nas operações internacionais e nos

processos de globalização (por exemplo, não negociar

com governos corruptos).

Assim, as empresas devem incorporar na gestão corrente a

responsabilidade social, criando comissões consultivas e

realizando auditorias sociais periódicas..

https://www.facebook.com/ipai.auditoriainternaportugal

http://pt.linkedin.com/in/ipaichapteriia

http://www.facebook.com/TheInstituteofInternalAuditors

Editorial

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Audire

Na última sessão do Conselho Geral do IPAI, ainda

que não fizesse parte da Agenda de trabalhos, foi

abordada a importante e actual questão relacionada

com a “Qualidade da Auditoria Interna”.

Desde há algum tempo que este assunto tem vindo a ser

falado nas instâncias do IPAI.

Não obstante não ter havido, pelo menos até agora, grande

preocupação por parte das empresas portuguesas, (não de

todas, obviamente) para a adopção de práticas acerca do

conhecimento e do desempenho dos seus departamentos de

auditoria interna, visando a partir desse conhecimento a

obtenção de melhorar a qualidade da auditoria interna,

achamos que é a altura de dar passos no sentido de

promover a sua adopção, com a nota de urgente.

Como é sabido, de acordo com as Práticas Profissionais de

Auditoria Interna” “Prática recomendada 1310 – do IIA, e

sobre a Avaliação do programa de qualidade, diz o seguinte:

“A actividade da auditoria interna deverá adoptar um

processo de monitorar e avaliar a eficiência global do

programa de qualidade. O processo deverá incluir avaliações

internas e externas. Quanto à avaliação de programas de

qualidade, diz a mesma Norma: As avaliações deverão

efectuar um juízo sobre a qualidade da auditoria interna e

fazer recomendações visando a obtenção de melhorias

adequadas.

As análises sobre a qualidade dos programas deverão incluir

uma avaliação sobre (Sem ser exaustivo):

normas e código de ética, adequação às metas,

procedimentos, etc.; contribuição para a gestão de risco

e processos de governação; conformidade com as leis e

regulamentos; eficácia sobre as melhores práticas, e por

último, verificar se a actividade de auditoria interna

contribui para o valor acrescentado e para a melhoria das

operações da organização.

Acerca da qualidade da auditoria interna

Manuel Marques Barreiro

Consultor e Presidente do Conselho Geral do IPAI

A “Prática recomendada 1310 – do IIA, sobre a Avaliação do programa de qualidade,

diz o seguinte: “A actividade da auditoria interna deverá adoptar um processo de

monitorar e avaliar a eficiência global do programa de qualidade”.

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Certamente que não é novidade se disser que a avaliação da

auditoria interna não será tarefa fácil. Para além de exigir

uma equipa inteiramente disponível e altamente competente

em todas as vertentes da auditoria interna, quer em termos

teóricos (conhecimento aprofundado das “Práticas

Profissionais de Auditoria Interna”), quer em termos de

grande experiência (muito anos de exercício). Toda a equipa,

deverá ser coordenada por alguém que, para além de possuir

os requisitos atrás indicados, deve ter também no seu

curriculum larga prática de gestão de departamentos de

auditoria.

Há tempos, quando esta questão começou a ser abordada

entre a Direcção do IPAI, e já lá vão uns largos anos,

aventou-se então a hipótese de, à semelhança do que já

estava fazendo o Instituto de Auditores Internos de Espanha,

assumir também o nosso Instituto essa função.

Contudo, cedo se chegou à conclusão que não seria o IPAI a

entidade mais adequada para levar por diante essa

actividade.

É que, além de não dispor de massa crítica disponível capaz

de arcar com uma tarefa cuja envergadura, exigia também

grande responsabilidade, sentia também que o mercado não

havia ainda criado apetência para a adopção desta

funcionalidade.

Vistas as coisas por outro prisma, o IPAI enquanto

associação profissional não se sentiria muito à vontade em

assumir tal actividade que nem sequer está estatutariamente

prevista no seu objecto social.

No entanto, esse impedimento de base, não implica que o

IPAI se afaste do problema.

Aliás, tem todas as condições não só para fomentar a

adopção desta prática pelas empresas ou instituições, como

também e sobretudo, credenciar mediante disposições a

estabelecer, entidades que se disponibilizem para

desenvolver esta exigente, oportuna, e importante actividade.

Em linhas muito gerais, podemos dizer que estes trabalhos,

como é natural, têm um grande envolvimento, quer dos

auditores que se devem disponibilizar de modo a facilitar o

trabalho da equipa de análise, quer dos auditados dentro da

mesma organização, os quais deverão prestar todos os

esclarecimentos que a equipa lhes formular.

Caso contrário os resultados poderão não ser inteiramente

fidedignos, facto que descredibiliza quer a entidade que

procede à avaliação quer a organização visada.

Para além da bateria de questionários têm os inquiridos de se

submeter a entrevistas e a outros procedimentos

relacionados com a avaliação.

Os resultados obtidos permitem obter informação sobre o

grau de eficiência e eficácia da auditoria interna e,

consequentemente, do peso ou importância do departamento

de auditoria interna na organização, bem como do seu

posicionamento, (em termos de benchmarking), comparando-

o com outras organizações empresariais ou instituições

semelhantes.

Deste modo, podem alterar-se rotinas, se for caso disso,

modificar-se o desenho organizacional, alterar unidades inter-

relacionadas, promover acções de formação (quer para

auditores, quer para auditados), aconselhar e fomentar a

obtenção de certificações profissionais, nomeadamente CIA,

CGAP e CFSA.

Finalmente, se adoptadas as recomendações resultantes da

avaliação, poderão os auditores sentir maior prestígio dentro

da organização, podem o CAE, bem como todos os

responsáveis pela gestão a todos os níveis, ficar mais

tranquilos no que respeita à cobertura feita pela auditoria

interna.

Deste modo todos poderão ver e sentir também, maior

simplicidade e mais eficiência, não só pela identificação

atempada de erros e da sua correcção, mas sobretudo pelos

resultados da sua importante acção visando a sua detecção,

não esquecendo, neste contexto, a prevenção do risco como

nota relevante.

Colabore com o IPAI. Diga-nos a sua opinião para [email protected]

Audire

Page 14: Auditoria de Sistemas de informação - Análise de dados em ... · responsabilização dos trabalhadores, melhor informação, um melhor equilíbrio entre a vida profissional, familiar

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Auditoria de Sistemas

Após terem sido apresentados, em artigos anteriores, alguns dos métodos

estatísticos existentes na versão mais actualizada da ferramenta informática

de auditoria e análise de dados IDEA, na sua versão 8, nomeadamente o

cálculo dos coeficientes de correlação de Pearson e os cálculos da

regressão linear (análise de tendências) vamos hoje abordar a forma como o

IDEA trata as séries de tempo (Time Series).

Trata-se de uma análise de tendências não linear que entra em

consideração com a influência de factores sazonais no histórico dos dados

em presença. Como já anteriormente referido noutras ocasiões, o IDEA

introduz uma característica particular e única em relação a outros programas

de estatística que abordam esta matéria, que é a possibilidade de realizar as

análises agrupando as séries de dados através de uma variável de grupo

que se designa por unidade de auditoria ou de análise. Esta unidade de

auditoria pode representar por exemplo uma localização, uma divisão, ou

uma qualquer outra entidade ou agrupamento de análise dos dados.

Esta técnica, a Séries de Tempo (Time Series), é usada por auditores e

analistas de dados para determinar a tendência de evolução dos dados

perante situações em que existem factores de sazonalidade que influenciam

os dados ao longo do tempo e assumindo que o padrão associado à

tendência se mantém constante ao longo do período a extrapolar.

Esta técnica não tem sido muito utilizada devido ao facto dos programas

informáticos existentes serem muito especializados e complexos, só

permitirem analisar um grupo de dados de cada vez, os relatórios e

estatísticas de output serem extensas e difíceis e ainda dependentes de uma

pré selecção de um modelo, entre muitos existentes, gerando, cada um

deles, resultados diferentes.

Ao contrário da correlação e da regressão linear não existe uma fórmula

simples para o cálculo da análise de séries de tempo.

O Método da Decomposição foi o modelo escolhido pelo IDEA por se

entender o mais adequado para tratar dados financeiros.

Este modelo foi cuidadosamente escolhido devido ao facto do padrão de

sazonalidade ser crescente e da existência de casos excepcionais de

valores elevados e de pequenos valores.

As tarefas foram desenhadas para permitirem operar sobre muitos grupos

de dados simultaneamente (por exemplo, todos os restaurantes

pertencentes a uma cadeia de restaurantes) e os diagnósticos foram

limitados aos adequados para fins financeiros. Este método pode ser

utilizado para testar as vendas de cada uma das divisões de uma empresa

que tem vendas com uma componente sazonal.

Se os dados em análise têm uma componente sazonal (por exemplo, valores

mais elevados associados com determinados meses do ano, ou alguns dias

da semana, ou ainda determinadas horas do dia) o método das Séries de

Tempo será mais adequado do que o método da regressão linear.

O método das Séries de Tempo é uma forma mais sofisticada da análise de

tendências (regressão linear, cujo resultados obtidos seriam iguais se o

factor de sazonalidade fosse igual ao valor um) e poderá responder a muitos

tipos de questões tais como:

Para um franchisor, quais as localizações que apresentam diminuição das

vendas comparadas com as tendências do passado?

Para uma companhia aérea, quais os aeroportos onde se verificam

aumentos significativos nos roubos e desvios de bagagens?

Para um banco, quais as sucursais que têm maiores aumentos de

empréstimos?

Para um departamento da polícia, quais os agentes que têm aumentos de

horas extras?

Análise de dados em auditoria

Métodos estatísticos avançados podem ser utilizados por

auditores e analistas como importantes componentes no

conjunto de rotinas de monitorização contínua: Séries de Tempo

Drumond de Freitas – Consultor EQUICONSULTE, SA

Page 15: Auditoria de Sistemas de informação - Análise de dados em ... · responsabilização dos trabalhadores, melhor informação, um melhor equilíbrio entre a vida profissional, familiar

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Para um navio de cruzeiro ou hospital, quais os departamentos que

apresentam níveis mais elevados ou tendência crescente no consumo

de alimentos?

As respostas a questões desta natureza para um determinado período

poderão ser calculadas utilizando este método estatístico e comparadas com

os valores reais do referido período. Por exemplo, os dados referentes ao

ano de 2007 seriam comparados com as previsões para 2007 calculadas

pelo método das Séries de Tempo.

Vamos mostrar como aplicar este método de Séries de Tempo utilizando o

IDEA tomando como exemplo o seguinte cenário: Estamos em presença de

uma empresa dos Estados Unidos que presta serviços de formação para

desempregados ao abrigo de um programa governamental orientado para

dotá-los com novas habilitações profissionais.

Este programa foi fortemente subsidiado pelo governo federal. Os formandos

tinham um benefício adicional pois não precisavam de procurar activamente

trabalho durante o período da formação. A empresa tinha várias divisões

distribuídas por áreas geográficas. Cada área geográfica tinha uma

população de cerca de 30 milhões de habitantes.

No caso da Califórnia representava um único estado, no entanto, noutras

regiões do país poderiam abranger até sete estados. Todos os anos os

responsáveis pelas divisões enviavam para o departamento de controlo da

companhia um orçamento das vendas de formação para o ano seguinte.

Era atribuído aos responsáveis das divisões um bónus substancial com base

nas vendas que excediam os objectivos definidos nos orçamentos das

vendas do ano.

Foi entendido pelo departamento de controlo da empresa que esta política

poderia incentivar os responsáveis pelas divisões, de forma propositada ou

não, a sub-orçamentarem as vendas do ano seguinte para, deste modo,

incrementarem o bónus. O controlo requisitou um estudo sobre as previsões

de vendas.

Os objectivos eram saber o seguinte:

Se responsáveis das divisões tinham subestimado os

valores de vendas para o ano seguinte? e,

Se os responsáveis das divisões tinham conhecimento

efectivo do padrão de sazonalidade do negócio. Isto é, se

conheciam a forma como as estações do ano afectavam o

número de desempregados e se adequavam o número de

acções de formação às variações devidas à natureza sazonal

do negócio?

O Controlo decidiu utilizar as estatísticas de desemprego do Departamento

do Trabalho do Governo Federal no período de 1998 a 2005. Estes dados

seriam usados para prever o ano de 2006.

Estas previsões seriam então comparadas com os valores orçamentados

pelos responsáveis das divisões para 2006.

Fig. 1 – Base de Dados do número de desempregados ordenada por

Estado (STATE) e por Ano (YEAR) e período (PERIOD)

De notar que os dados do desemprego estão organizados em 13 períodos

no ano (meses entre aspas), representando cada período exactamente 4

semanas. O último período do ano poderá ter 29 ou 30 dias. Isto permite

uma comparação directa ao longo dos anos. Se assim não fosse teríamos

alguns meses com 4 fins-de-semana e outros com 5.

O controlador executou a tarefa Time Series do IDEA (ver Figura 2) com as

opções seleccionadas nas Figuras 3 a 7.

Fig. 2- Opção do menu do IDEA para Time Series

Métodos estatísticos avançados podem ser utilizados por auditores e analistas como importantes componentes no conjunto de rotinas de monitorização contínua: Séries de Tempo

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16

Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Fig. 3 - Opções seleccionadas na tarefa Time Series

Ver os detalhes deste ecrã nas Figuras seguintes.

Fig. 4 - Campos seleccionados para série da dados

Fig. 5 - Unidades de Auditoria

Fig. 6 - Unidades de auditoria a incluir nos resultados

Fig. 7 - Outros parâmetros para cálculo

Assim, o controlador optou por utilizar as séries de dados do campo

PEOPLE, a unidade de auditoria ou de análise do campo STATE, incluir

todas as ocorrências da unidade de auditoria no relatório (Result), gerar três

bases de dados, a saber; (Time Series DataBase), a base de dados das

previsões (Forecast Database) e a Base de Dados de erros (MAPE significa

– Mean Absolute percentage error) e gerar 13 previsões correspondentes a

um ano de análise, ou seja o período de sazonalidade, utilizando a escala de

tempo do tipo calendário com os meses definidos com 4 semanas.

O IDEA disponibiliza neste método outros tipos de calendários como

podemos ver na Figura 8.

Fig. 8 - Tipos de Calendários

Métodos estatísticos avançados podem ser utilizados por auditores e analistas como importantes componentes no conjunto de rotinas de monitorização contínua: Séries de Tempo

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

De seguida vamos de forma breve analisar os outputs criados pela tarefa

Time Series do IDEA.

Fig. 9 – Base de Dados Time Series

Foram gerados novos campos na base de dados da Figura 9, com as

previsões para cada um dos períodos em análise e para cada Estado, para

além de alguns campos de cálculo auxiliares intermédios.

Fig. 10 – Base de Dados Time Series Forecast

Esta base de dados da Figura 10 contém as previsões para cada Estado e

para cada período.

Fig. 11- A Base de Dados Time Series MAPE

Esta base de dados da Figura 11 contém o erro absoluto médio em

percentagem (MAPE significa – Mean Absolute percentage error) para cada

cálculo.

Esta tabela permite ao controlador identificar os erros mais significativos

através de uma simples ordenação desta base de dados.

Fig. 12 – A base de dados Time Series MAPE ordenada do erro maior

para o menor.

Desta análise verificou-se que 23 Estados apresentam erros superiores a

10%. Significa que o desvio médio da linha ajustada em relação aos valores

reais é superior a 10%.

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

O controlador verificou igualmente que os Estados mais populosos

(California, Texas e NovaYorque) se encontram no grupo dos que têm erros

mais elevados.

O IDEA permite visualizar seleccionando a unidade de auditoria pretendida

(neste caso o Estado) e verificar o desenvolvimento da análise.

Os elementos de cor azul forte são os dados reais, os vermelhos os

ajustados e os azuis-claros (realçados) os previstos.

Para o Estado do Colorado com MAPE elevado de 18,60 temos o gráfico da

Figura 13.

Fig. 13 – Gráfico do Estado do Colorado com MAPE elevado

Para o Estado do Maine com um MAPE médio de 9,47 temos o gráfico da

Figura 14.

Fig. 14 - Gráfico do Estado do Main com MAPE médio

Para o Estado de Montana com um MAPE reduzido de 3,49 temos o gráfico

da Fig.15.

Fig. 15 - Gráfico do Estado de Montana com MAPE reduzido

O controlador percorrendo os gráficos dos vários estados através da janela

de navegação do IDEA (ver Fig.16) verificou que o Estado da Califórnia

apresentava resultados particularmente interessantes como apresentado na

Fig. 17.

Fig. 16 – Janela de navegação através dos gráficos gerados pelo IDEA

para cada um dos Estados

Fig. 17 – Gráfico do Estado da Califórnia com um MAPE

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Este Estado da Califórnia com um MAPE de 10,69 ligeiramente superior aos

10%, mostra os dados reais inicialmente com uma tendência de decréscimo,

depois aumentam e voltam a diminuir outra vez (setas a azul na Fig.17).

Os dados ajustados (a vermelho) assumem que a tendência é estável (setas

a vermelho na Fig.17) e não reflectem os movimentos de subida e descida

da curva dos dados reais.

Significa que o algoritmo matemático utilizado pela Time Series, apresenta

alguns problemas. No entanto, a extrapolação calculada para o período

futuro reflecte a tendência de crescimento dos valores reais reflectindo

também o padrão real dos dados embora com valores extrapolados algo

elevados. Assim o controlador concluiu o seguinte:

Para os 23 Estados com MAPE elevados (ver a Fig.12)

os valores previstos não são fiáveis porque este

método prevê uma tendência de crescimento quando

os dados reais apontam provavelmente para valores

em 2006 iguais ou inferiores aos de 2005.

Este método mostra claramente a existência de

factores de sazonalidade associados aos dados em

análise

Futuras análises deveriam eventualmente considerar

dados dos últimos 5 anos e não dos últimos 8.

Assim o controlador deveria refazer a sua análise tendo como base o

seguinte:

O método das séries de tempo identifica claramente a existência de uma

componente sazonal nos dados em análise,

Uma previsão isenta seria utilizar os mesmos valores totais de

desemprego de 2005 para cada Estado,

A previsão realista para 2006 seria calculada a partir dos valores de 2005

entrando unicamente em consideração com o padrão médio de

sazonalidade (o qual poderia ser calculado igualmente com o IDEA

utilizando funcionalidades tais como extracções, junções, append, gráficos

e outras).

Assim, para o Estado da Califórnia, realizadas as necessárias operações,

teríamos a previsão de desempregados de acordo com o campo

REVISED_2006 que foi calculado a partir da média de desempregados de

2005, AVERAGE_2005, multiplicados pelo factor de sazonalidade,

SEASONAL_FACTOR, calculado pelo método das Séries de Tempo do

IDEA.

O factor de sazonalidade SEASONAL_FACTOR, indica em termos

percentuais qual a diferença entre o valor de cada período e o

correspondente valor médio.

As previsões de desempregados para o Estado da Califórnia seriam

apresentadas como na Fig.18.

Estes valores poderiam ser igualmente apresentados em termos gráficos a

partir do IDEA como apresentado na Fig.19.

Fig. 18 – Previsões de desempregados para 2006 calculadas através do método Time Series do IDEA

Métodos estatísticos avançados podem ser utilizados por auditores e analistas como importantes componentes no conjunto de rotinas de monitorização contínua: Séries de Tempo

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Fig. 19 - Previsões de desempregados para 2006 calculadas através do método Time Series do IDEA em representação gráfica.

A, a previsão de desempregados para 2006 é calculada a partir dos valores reais de 2005 afectando-os com o factor de

sazonalidade do período em análise.

Deste modo o controlador tinha condições para concluir de forma independente e isenta se as previsões apresentadas

pelos responsáveis das divisões eram realistas (ou eventualmente incluíam, intencionalmente ou não, valores mais

elevados) e se estes tinham conhecimento profundo do padrão de sazonalidade associado ao negócio.

Conclusão:

Esta funcionalidade existente nesta nova versão do IDEA 8 utilizando métodos estatísticos avançados pode ser de grande

utilidade para manusear grandes séries de dados através de uma unidade de auditoria definida pelo auditor.

Em rotinas de monitorização contínua em auditoria estas funcionalidades, nomeadamente quando associadas às facilidades de

automatização existentes no IDEA, serão efectivamente eficazes e de uma enorme eficiência.

Nota: Este exemplo foi retirado e resumido a partir dos manuais do programa IDEA.

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Colabore. Envie um artigo para os seguintes endereços:

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Artigos

A Auditoria Ambiental e a Optimização do Investimento Empresarial

1

ivemos em plena crise económico-financeira

internacional. O principal factor que despoletou esta

situação foi o hábito generalizado de vivermos

acima das nossas possibilidades económicas, gastando o

que não nos pertence. No entanto, esta não é a única crise

com a qual nos debatemos actualmente. Embora menos

referenciada pelos media, vivemos também um grave crise

ambiental, que curiosamente foi causada essencialmente

pelo mesmo motivo da crise financeira: consumo excessivo

de recursos (financeiros ou ambientais).

Desde a década de 70 do século XX, têm existido iniciativas

que visam juntar esforços no sentido de atenuar as

consequências das agressões que têm sido praticadas

contra o nosso Planeta e também preservar os recursos que

ainda não foram excessivamente explorados. Em resultado

desta cada vez maior preocupação com o meio ambiente

várias foram as resoluções implementadas

internacionalmente através de exigências normativas, mas

também através de iniciativas de discriminação positiva que

visam incentivar as atitudes “amigas do ambiente” e

1Excerto da Dissertação A Auditoria Ambiental e a emissão de

gases com efeito de estufa – Optimização do esforço financeiro do investimento empresarial, para obtenção do grau de Mestre em Auditoria Empresarial e Pública do ISCAC, tendo sido a primeira Mestre no ISCAC

despertar a consciência ecológica em todos e cada um de

nós.

O Relatório Planeta Vivo 2010 da WWF – World Wide Fund

vem mostrar-nos que é possível fazer reduções significativas

na pegada ecológica, desde que sejam feitas grandes

mudanças em duas áreas principais: energia e alimentação.

A 2 de Outubro de 2009, a Assembleia Geral das Nações

Unidas lança uma campanha mundial de sensibilização para

a salvaguarda da biodiversidade. Tinham assim início as

comemorações do Ano Internacional da Diversidade

Biológica 2010. Ao longo deste ano várias foram as

iniciativas, com o objectivo de celebrar a diversidade da vida

na Terra e contrariar a perda da biodiversidade no mundo.

As soluções existem, mas é fundamental saber aplicá-las

adequada e atempadamente.

Com este artigo pretende-se reforçar a importância da

preservação ambiental, abordando sobretudo o ponto

de vista das empresas e a importância da Auditoria

Ambiental como ferramenta de apoio à gestão na

tomada de decisões e como factor crucial no processo de

certificação ambiental (implementação e manutenção de um

Sistema de Gestão Ambiental).

V

A Auditoria Ambiental e a Optimização do

Investimento Empresarial

Ana Bernardes, Mestre em Auditoria Empresarial e Pública pelo ISCAC

– Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra;

Departamento de Auditoria Interna do Grupo Millenniumbcp

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Deste modo, evidenciam-se as vantagens das organizações

terem comportamentos ambientalmente responsáveis,

canalizando os seus investimentos para energias renováveis

e procurando alcançar um horizonte de sustentabilidade

economicamente rentável e simultaneamente ecológico.

No que diz respeito ao sector empresarial Português a

temática ambiental assume cada vez maior destaque, com

as crescentes exigências ao nível da avaliação de impacte

ambiental, que visa avaliar as consequências que um

determinado projecto de investimento irá causar no meio

ambiente.

Uma empresa que seja ecologicamente responsável tem

uma vantagem estratégica junto do seu mercado alvo.

Os aspectos positivos desta vantagem competitiva

resultante do respeito e preocupação ambiental são

estudados pelo marketing e pela gestão ambiental, o que

permite as empresas tomarem as suas decisões conscientes

das consequências positivas e negativas que podem resultar

das suas atitudes.

A actividade empresarial tem consequências ambientais

nefastas, que é urgente minimizar, de modo alcançar um

equilíbrio entre os mundos económico-financeiro e

ambiental. A peça chave para completar este puzzle que é a

relação entre as empresas e o Ambiente, entre os dois

mundos financeiro e ecológico é a Auditoria Ambiental.

Depois de encontrada a melhor solução de investimento que

satisfaça as necessidades de uma empresa, esta deverá

escolher a melhor solução de optimização para realizar esse

investimento.

No estudo das soluções de optimização, foi analisado o

investimento em energias renováveis levado a cabo por uma

empresa do sector da pasta e do papel – o Grupo Portucel

Soporcel.

O objectivo do estudo foi desenvolver um modelo

matemático, baseado num conjunto de parâmetros e de

variáveis que possa disponibilizar à empresa soluções de

optimização que permitam auxiliar na tomada de decisões

de gestão.

Foram levadas em linha de conta as necessidades de

financiamento que a empresa teria de suportar, bom como

os benefícios económico-financeiros resultantes do

investimento, tendo sido considerado um horizonte temporal

de 10 anos e uma duração de 5 anos para cada contrato da

dívida.

A solução de optimização visa maximizar o capital próprio da

empresa no final do horizonte de planeamento (Z), sujeito às

restrições do modelo.

Valores obtidos para Z

A Auditoria Ambiental e a Optimização do Investimento Empresarial

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23

Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Fonte: Elaboração Própria

Conforme se pode verificar pela ilustração apresentada, o modelo

matemático começa por ser um modelo geral/indiferenciado, que

não inclui o investimento em Energias Renováveis. Este

investimento é incluído no cenário base, que irá servir de ponto

de partida e termo de comparação para diversos cenários

alternativos, que apresentam pequenas variações face à solução

inicial. De salientar que, segundo o modelo de optimização

construído:

O maior valor obtido para Z acontece no Cenário 1.2, no

qual o capital próprio da empresa passa a poder

assumir valores negativos, com um limite de 1 M€.

A empresa deverá procurar obter uma taxa de

rentabilidade mínima do investimento em energias

renováveis de 16,36%, através de um preço de venda da

energia produzida que não deve ser inferior a

1,4251€/kWh. Apenas atingindo este patamar de

rentabilidade este investimento se torna rentável e é

abrangido pelo modelo.

Após a realização do investimento, é fundamental que a empresa

implemente a realização periódica de Auditorias Ambientais, de

modo a poder assegurar que, de facto, o investimento realizado

proporcionou o benefício esperado para a empresa e para o Meio

Ambiente. A realização de uma Auditoria Ambiental implica o

levantamento de circuitos processuais, de modo a permitir à

empresa:

Averiguar a evolução do impacte da sua actividade sobre

o Ambiente;

Analisar a eficácia e eficiência dos processos operativos;

Comparar:

o A realidade pós-investimento com a realidade

pré-investimento analisando o

desenvolvimento da empresa a nível

económico, financeiro e ambiental;

o A realidade alcançada após o investimento

com a realidade que se pretende alcançar, ou

seja permite à empresa realizar uma gap

analysis, avaliando onde a empresa se

encontra e onde se quer encontrar no futuro,

para deste modo poder decidir quais os meios

a que necessita de recorrer.

A Auditoria Ambiental deve ser encarada pela empresa como um

processo contínuo, que permitirá alcançar, em pleno, todos os

benefícios de uma gestão empresarial voltada para o Meio

Ambiente e não de costas voltadas para este. Deste modo, o ciclo

da Auditoria Ambiental começa com o planeamento e a

preparação da auditoria, envolve a realização da Auditoria

propriamente dita (reunião de abertura, execução da Auditoria

Ambiental, análise a avaliação do Controlo Interno, reunião da

equipa auditora e reunião de fecho), a análise da informação

recolhida e a elaboração do relatório de Auditoria.

A Auditoria Ambiental e a Optimização do Investimento Empresarial

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

No entanto, o ciclo não termina com a comunicação das

conclusões e recomendações constantes do relatório de Auditoria

Ambiental. Antes pelo contrário!

O relatório de Auditoria Ambiental deve ser visto pela gestão

como um instrumento de trabalho, deve ser objecto de uma

análise e de uma resposta por parte deste departamento e por

sua vez, esta resposta deverá ser alvo de um follow up por parte

da equipa que realizou a Auditoria Ambiental. Através deste

follow up a equipa auditora irá acompanhar a implementação das

suas recomendações, auxiliando a empresa neste processo de

desenvolvimento e evolução.

Este acompanhamento que a Auditoria Ambiental permite fazer

de forma contínua à empresa, irá auxiliar não só na

monitorização da evolução da relação da empresa com o

Ambiente, mas também na decisão de quando, com que meios e

com que abrangência realizar a próxima Auditoria Ambiental.

Não basta haver investimento em Energias Renováveis se as

empresas não recorrerem à Auditoria Ambiental, como

ferramenta para avaliar os resultados do investimento e também

como instrumento auxiliar da tomada de decisões acerca de

quando, como e em quê investir.

A Auditoria Ambiental também é fundamental para a empresa

implementar um Sistema de Gestão Ambiental, funcionando como

passo final antes de a empresa obter a certificação. Neste âmbito

destaca-se a NP EN ISO 14001:2004, que é a norma de referência

para as empresas que pretendam implementar um Sistema de

Gestão Ambiental certificado. O Sistema de Gestão Ambiental não

é um fim em si mesmo, mas um meio para atingir um fim que é a

interligação de forma positiva entre a economia e o ambiente.

Neste caso, a importância da Auditoria Ambiental reside na

averiguação das medidas necessárias e análise dos resultados da

tomada dessas medidas, para que a empresa passe a ser

detentora de um Sistema de Gestão Ambiental certificado, sendo

por isso esta Auditoria Ambiental denominada de auditoria de

certificação.

Deste modo, a Auditoria Ambiental traduz-se no fechar de um

ciclo. Um ciclo de investimento, um ciclo de certificação ou um

ciclo de investigação, como é o caso deste trabalho. No entanto, a

Auditoria Ambiental não deve ser vista como o fim do ciclo

presente, mas sim como o início do ciclo futuro, abrindo assim as

portas para a continuidade do investimento, da certificação e,

quem sabe, da investigação.

Bibliografia Consultada

CASEIRÃO, Manuel R. – Auditoria Ambiental: Perspectiva

Contabilístico-financeira. 1ª ed. Lisboa: Áreas Editora, 2003. ISBN

972-8472-42-0

HODGE, Nick – How to invest in the wind. Renewable Energy

Focus. ISSN 17550084. Vol. 10 N.º 2 (2009), p. 56-59

http://www.portucelsoporcel.com/en/index.html - consultado em

04-03-2011

http://www.wwf.pt/ - consultado em 03-03-2011

JUDKIS, Maura – Save Money, save the environment. U.S. News &

World Report. ISSN 0041-5537. Vol. 147 N.º 4 (2010), p. 58-61

Lei n.º 11/87, de 7 de Abril, alterada pelo Decreto-Lei n.º 224-

A/96, de 26 de Novembro e pela Lei n.º 13/2002, de 19 de

Fevereiro. Diário da República, 1ª série, n.º 81 (07-04-1987). Diário

da República, 1ª série-A, n.º 274 (26-11-1996). Diário da

República, 1ª série-A, n.º 42 (19-02-2002)

MORAIS, Georgina e MARTINS, Isabel – Auditoria Interna: Função

e Processo. 3ª ed. Lisboa: Áreas Editora, 2007. ISBN 978-989-8058-

11-9

NP EN ISO 14001:2004 + Emenda 1:2006. Instituto Português da

Qualidade, Junho de 2006

NP EN ISO 19011:2003. Instituto Português da Qualidade,

Dezembro de 2003

PINTO, Abel – Sistemas de Gestão Ambiental: Guia para a sua

implementação. 1ª ed. Lisboa: Edições Sílabo, 2005. ISBN 972-618-

387-1

RAMALHETE, Manuel, GUERREIRO, Jorge e MAGALHÃES, Alípio –

Programação Linear – Volume I e II. Alfragide: McGraw-Hill, 1984.

ISBN 972-9241-03.

A Auditoria Ambiental e a Optimização do Investimento Empresarial

Page 25: Auditoria de Sistemas de informação - Análise de dados em ... · responsabilização dos trabalhadores, melhor informação, um melhor equilíbrio entre a vida profissional, familiar

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Na última revista abordámos o tema da fraude, partilhando com os leitores alguns conceitos sobre a matéria

com enfoque na Administração Pública, sector normalmente muito exposto a estas práticas ilícitas. Porque

pensamos que este tema é uma fonte inesgotável de assuntos e com um “dinamismo” e uma “criatividade”

incomparáveis, decidimos estender a nossa reflexão a outros sectores do tecido económico com grande

exposição a este fenómeno.

Banca

A detecção de fraudes no sector bancário é uma actividade

crítica que pode abranger uma série de esquemas de fraude

e actuações fraudulentas de funcionários do banco e

clientes.

Uma vez que a banca é uma indústria altamente regulada,

há também uma série de requisitos de conformidade externa

que os bancos devem seguir na luta contra actividades

fraudulentas e criminosas.

Esquemas de fraude relacionados com a Banca

Banking/Financial Services – 298 Cases

Scheme Number

of Cases

Percent of

Cases

Corruption 101 33.9%

Cash on Hand 64 21.5%

Billing 37 12.4%

Check Tampering 35 11.7%

Non-Cash 33 11.1%

Skimming 32 10.7%

Larceny 29 9.7%

Expense Reimbursements 20 6.7%

Financial Statement Fraud 16 5.4%

Payroll 9 3.0%

Register Disbursements 8 2.7% 1Distribuição de esquemas de fraude na Banca

ACL White Paper- Detecção de Fraude

com tecnologia de Data Analytics

Banca, Seguros e Cuidados de Saúde

João Revés - Partner

SSP, SA, authorised channel distribution partner da ACL para Portugal

[email protected]; www.ssp-sa.com

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Apresentamos de seguida, no quadro ao lado, alguns

esquemas de fraudes típicas encontradas na banca e,

abaixo, alguns exemplos de análise dos dados que pode ser

aplicada para os detectar e impedir:

Corrupção

Encontrar clientes que aparecem nas listas negras

(OFAC, UE, UN).

Garantir a conformidade de procedimentos em linha

com as recomendações do Finantial Action Task

Force (FATF).

Identificar as transacções com entidades

constantes nas listas negras (OFAC, UE, UN).

Numerário

Identificar as transacções em numerário perto dos

limites de reporte regulamentar.

Identificar séries de transacções em numerário, por

cliente que, juntos, ultrapassam limites de reporte

regulamentar.

Identificar números estatisticamente incomuns de

transferências de dinheiro por cliente ou por conta

bancária.

Adulteração de cheques

Identificar números de cheque em falta, em

duplicado, anulados ou fora de sequência.

Identificar os cheques pagos que não

correspondem a cheques emitidos, por banco e por

cheque.

Identificar a emissão de cheques falsos.

Skimming

Identificar movimentos de depósito e de

levantamento num curto período de tempo na

mesma conta.

Encontrar indicadores de movimentação de

cheques sem provisão entre contas.

Identificar duplicação de operações de cartões de

crédito e skimming.

Apropriação indevida

Identificar apropriação indevida de contas de

clientes.

Identificar apropriação indevida de informação

sobre titulares de contas.

Identificar os empréstimos por cliente ou funcionário

do banco, sem reembolso.

Procurar empréstimo com montantes superiores ao

valor das garantias prestadas.

Analisar súbitos movimentos nas contas paradas de

clientes - identificar quem o responsável pelas

transacções nessas contas.

Isolar esquemas de fraude de hipoteca – detecção

de indicadores de esquemas de falsos

beneficiários.

Fraude Financeira

Monitorizar contas das Demonstrações Financeiras

inactivas ou em suspenso.

Identificar registos contabilísticos em momentos

suspeitos.

Seguros

A fraude em seguros, provavelmente, existe desde o início

da indústria de seguros em si. A fraude em seguros não

afecta apenas a saúde financeira das seguradoras, mas

também a de pessoas inocentes que procuram cobertura

eficaz.

Reclamações fraudulentas são um sério entrave financeiro

às seguradoras e resultam no acréscimo do custo dos

seguros em geral. Os tipos de fraude de seguros têm

aumentado e diversificado, com muitos esquemas em

sectores específicos da indústria. A vigilância é fundamental.

Esquemas de fraude relacionados com os Seguros

Insurance – 91 Cases

Scheme Number

of Cases

Percent of

Cases

Corruption 30 33.0%

Billing 19 20.9%

Check Tampering 15 16.5%

Skimming 13 14.3%

Non-Cash 9 9.9%

Cash on Hand 9 9.9%

Larceny 8 8.8%

Expense Reimbursement 7 7.7%

Payroll 6 6.6%

Financial Statement Fraud 3 3.3%

Register Disbursements 3 3.3% 1Distribuição de esquemas de fraude nos Seguros

ACL White Paper- Detecção de Fraude com tecnologia de Data Analytics - Banca, Seguros e Cuidados de Saúde

Page 27: Auditoria de Sistemas de informação - Análise de dados em ... · responsabilização dos trabalhadores, melhor informação, um melhor equilíbrio entre a vida profissional, familiar

27

Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Apresentamos quadro acima, alguns esquemas de fraudes

típicas encontradas nos seguros e, abaixo, alguns exemplos

de análise dos dados que pode ser aplicada para combater

a fraude nesta indústria:

Seguros de saúde: Prestadores

Identificar facturação excessiva: mesmo

diagnóstico, o mesmo procedimento.

Identificar o número excessivo de processos: por

dia ou local de serviço por dia e por paciente.

Procurar a facturação múltipla de processos,

mesma data do serviço.

Localizar tratamentos inadequados para a idade:

muito jovem / velho para o tratamento.

Identificar encargos com pacientes em duplicado.

Procurar médicos e pacientes com o mesmo

endereço.

Seguros de saúde: Sinistros

Identificar os pedidos em duplicado.

Rever sinistros em duplicado / inflacionados.

Encontrar famílias com comportamentos

fraudulentos, por exemplo, cinco filhos

dependentes nascidos num período de 2 anos.

Detectar tratamento inadequado ao género

específico. Por exemplo, um homem dar à luz um

bebé, o exame de próstata numa mulher, etc..

Marcar procedimentos mutuamente exclusivos. Por

exemplo, se o apêndice foi removido em 01/10/09,

então seria impossível ter apendicite em 01/01/10.

Detectar falhas nas cláusulas de exclusão (quando

aplicável).

Seguro de Vida

Determinar os padrões de pagamento indevido de

prémios.

Rever pagamentos com mais de um tipo de

instrumento.

Reportar múltiplas contas de beneficiários para

processamento de pagamentos.

Reportar a compra de vários produtos num curto

período de tempo.

Rever beneficiários com várias apólices.

Isolar transacções para acompanhamento em que

os funcionários são os beneficiários.

Detectar agentes / corretores com números

estatisticamente elevados de pagamentos de

sinistros.

Identificar pagamentos de benefícios em apólices

canceladas.

Encontrar apólices de empréstimos que são

maiores que o valor facial.

Reportar apólices com alterações não autorizadas.

Cuidados de Saúde

A fraude praticada sobre os sistemas de cuidados de saúde

representa uma grave perda financeira em muitos países.

Representa um desperdício sério na eficácia da prestação

de cuidados de saúde aos mais necessitados.

Devido ao grande número de casos notificados, investigados

e processados, tem sido identificada como uma área de "alto

risco" em muitas comunidades.

Esquemas de fraude relacionados com os Cuidados de

Saúde

Apresentamos no quadro acima, alguns esquemas de

fraudes típicas encontradas na área da saúde e, abaixo,

alguns exemplos de análise dos dados que pode ser

aplicada para os detectar e impedir:

Comparar a lista de prestadores de cuidados de

saúde excluídos com o ficheiro mestre de

fornecedores e funcionários.

Healthcare – 107 Cases

Scheme Number of

Cases

Percent of

Cases

Corruption 31 29.0%

Skimming 24 22.4%

Billing 23 21.5%

Non-Cash 21 19.6%

Check Tampering 13 12.1%

Expense Reimbursements 12 11.2%

Payroll 10 9.3%

Cash on Hand 9 8.4%

Larceny 8 7.5%

Financial Statement Fraud 4 3.7%

Register Disbursements 1 0.9% 1Distribuição de esquemas de fraude nos Cuidados de

Saúde

ACL White Paper- Detecção de Fraude com tecnologia de Data Analytics - Banca, Seguros e Cuidados de Saúde

Page 28: Auditoria de Sistemas de informação - Análise de dados em ... · responsabilização dos trabalhadores, melhor informação, um melhor equilíbrio entre a vida profissional, familiar

28

Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Procurar contrapartidas pagas em troca de negócios

referenciados.

Identificar os custos relevados fora do período

contabilístico adequado.

Comparar nomes de fornecedores, endereços, NIF´s,

NIBS com os registos da folha de pagamento aos

funcionários.

Resumir facturas avultadas sem ordens de compra,

por valor, fornecedor, etc..

Comparar o ficheiro mestre de funcionários com o

ficheiro de pessoas que recebem benefícios de

saúde da companhia de seguros.

Destacar gastos com meios complementares de

diagnóstico desnecessários.

Identificar números da Segurança Social falsos,

inválidos ou duplicados.

Identificar cobrança excessiva de actos praticados

pelo mesmo médico.

Detectar abusos nas horas extraordinárias dos

funcionários.

Identificar os vários depósitos da folha de

processamento de salários para a mesma conta

bancária.

Outros recursos

o Association of Certified Fraud Examiners (ACFE): a

maior organização de combate à fraude a nível mundial

e a principal entidade formadora nesta área

www.acfe.org

o The Institute of Internal Auditors (The IIA):

www.theiia.org

» International Standards for the Professional

Practice of Internal Auditing (Standards): os

Standards são referências obrigatórias –

estabelecem um framework para promover e

desenvolver a auditoria interna.

» Internal Auditing and Fraud Practice Guide:

orientações para assegurar a conformidade com

os International Standards for the Professional

Practice of Internal Auditing.

» GTAG 13: Fraud Prevention and Detection

Techniques in an Automated World: um guia para

auditar um programa de combate à fraude,

incluindo uma explicação dos vários tipos de data

analysis a utilizar na detecção de fraude e um

template de assessment do risco de fraude.

o Micro site da ACL dedicado à detecção de fraude:

materiais de combate à fraude, incluindo relatórios por

indústria/sector de actividade, case studies e webinars:

o www.acl.com/insurancefraud

o www.acl.com/healthcarefraud

o www.acl.com/bankingfraud

o

ACL White Paper- Detecção de Fraude com tecnologia de Data Analytics - Banca, Seguros e Cuidados de Saúde

Page 29: Auditoria de Sistemas de informação - Análise de dados em ... · responsabilização dos trabalhadores, melhor informação, um melhor equilíbrio entre a vida profissional, familiar

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Lista das orientações do IIA para a prática

profissional da auditoria interna

Francisco Melo Albino, CIA, CCSA, CGAP , Vice-Presidente da Direcção do PAI.

As actuais orientações (“guidance”) do IIA para a

prática da nossa profissão constam da publicação

IPPF – International Professional Practices

Framework, editado em finais de 2008 e em vigor

desde 1 de Janeiro de 2009. Este novo corpo de

orientações apresenta uma estrutura e sistematização

bastante diferente das que vigoraram entre 2000 e

2008.

Passou a haver assim dois grandes conjuntos de

orientações para a prática profissional da Auditoria

Interna:

I – Orientações obrigatórias (“mandatory guidance”),

compreendendo:

Definição de Auditoria Interna

Código de Ética

Normas e interpretações II – Orientações fortemente recomendadas (“strongly

recommended guidance”), compreendendo:

Tomadas de Posição

Recomendações de Práticas

Guias de Práticas o Guias de Práticas

o GTAG - Global Technology Audit Guides

o GAIT – Guide to the Assessment of IT Risk

Durante os anos de 2009 e 2010 foram sendo

publicadas e acrescentadas várias novas orientações:

14 novas Recomendações de Práticas;

1 nova norma - a N 2070 – External Service Provider and Organizational Responsibility for Internal Auditing

Resolveu assim o IIA realizar uma nova edição do

IPPF, em vigor desde 1 de Janeiro de 2011. No site do

IIA (www.theiia.org) encontra-se a versão actualizada

a 28.de Janeiro de 2011.

A fim de facilitar o melhor conhecimento e a pesquisa

das orientações profissionais entre todos os colegas,

decidimos publicar este pequeno texto, acompanhado

de uma lista completa das orientações do IIA em vigor,

à data de 28.01.2011.

IIA – Enquadramento internacional de práticas

profissionais de auditoria interna

1. ORIENTAÇÕES OBRIGATÓRIAS

1.1. Definição de Auditoria Interna

1.2. Código de Ética

1.3. Normas Internacionais para a Prática

Profissional de Auditoria Interna (Standards)

Normas de Atributos

1000 - Objectivo, Autoridade, e Responsabilidade

1010 - Reconhecimento da Definição de Auditoria Interna,

do Código de Ética e das Normas no Estatuto da Auditoria

Interna

1100 - Independência e Objectividade

1110 - Independência Organizacional

1111 - Interacção Directa com o Conselho

1120 - Objectividade Individual

1130 - Impedimentos à Independência e Objectividade

1200 - Proficiência e Adequado Cuidado Profissional

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

1210 - Proficiência

1220 – Cuidado Profissional Adequado

1230 - Desenvolvimento Profissional Contínuo

1300 - Programa de Garantia de Qualidade e

Aperfeiçoamento

1310 - Requisitos do Programa de Garantia de Qualidade e

Aperfeiçoamento

1311 - Avaliações Internas.

1312 - Avaliações Externas

1320 - Reporte sobre o Programa de Garantia de Qualidade

e Aperfeiçoamento

1321 - Utilização da Expressão “Em Conformidade com as

Normas para a Prática

Profissional de Auditoria Interna”

1322 - Reporte de Não Conformidade

Normas de Desempenho

2000 – Gestão da Actividade de Auditoria Interna

2010 – Planeamento

2020 – Comunicação e Aprovação

2030 – Gestão dos Recursos

2040 – Políticas e Procedimentos

2050 – Coordenação

2060 – Reporte aos Gestores Superiores e ao Conselho

2070 – External Service Provider and Organizational

Responsibility for Internal Auditing

2100 – Natureza do Trabalho

2110 – Governação

2120 – Gestão do Risco

2130 – Controlo

2200 – Planeamento do Compromisso de Auditoria

2201 – Considerações sobre o Planeamento

2210 – Objectivos do Compromisso

2220 – Âmbito do Compromisso

2230 – Alocação de Recursos ao Compromisso

2240 – Programa de Trabalho do Compromisso

2300 – Realização do Compromisso

2310 – Identificação da Informação

2320 – Análise e Avaliação

2330 – Documentação da Informação

2340 – Supervisão do Compromisso

2400 – Comunicação dos Resultados

2410 – Critérios para a Comunicação

2420 – Qualidade das Comunicações

2421 – Erros e Omissões

2430 – Utilização da Expressão “Conduzido em

Conformidade com as Normas Internacionais para a Prática

Profissional de Auditoria Interna”

2431 – Divulgação de Não Conformidade

2440 – Divulgação dos Resultados

2500 – Monitorização do Progresso

2600 – Resolução da Aceitação dos Riscos pelos Gestores

Superiores

Glossário

B. Orientações fortemente recomendadas

B.1. Documentos sobre Tomadas de Posição

(Position Papers)

The Role of IA in Enterprise–wide Risk Management

The Role of IA in Resourcing The IA Activity

B.2. Recomendações de Práticas (Practice

Advisories)

Relativas a Normas de Atributos

PR 1000-1: Estatuto da Auditoria Interna

PR 1110-1: Independência Organizacional

PR 1111-1: Interacção com o Conselho

PR 1120-1: Objectividade Individual

PR 1130-1: Impedimentos à Independência e Objectividade

PR 1130.A1-1: Avaliação de Operações Pelas Quais os

Auditores Internos Eram

Anteriormente Responsáveis

PR 1130.A2-1: Responsabilidade da Auditoria Interna por

Outras Funções (extra auditoria)

PR 1200-1: Proficiência e Adequado Cuidado Profissional

PR 1210-1: Proficiência

PR 1210.A1-1: Obtenção de Serviços Externos para Apoio

ou Complemento da

Actividade de Auditoria Interna

PR 1220-1: Cuidado Profissional Adequado

PR 1230-1: Formação Profissional Contínua

PR 1300-1: Programa de Garantia de Qualidade e

Aperfeiçoamento

PR 1310-1: Avaliação do Programa de Qualidade

PR 1311-1: Avaliações Internas

PR 1312-1: Avaliações Externas

PR 1312-2: Avaliações Externas: Auto-Avaliação com

Validação Independente

PR 1321-1: Utilização da Expressão “Em conformidade com

as Normas Internacionais para a Prática Profissional de

Auditoria Interna”

Relativas a Normas de Desempenho

PR 2010-1: Relação do Plano de Auditoria com o Risco e

Exposições

PA 2010-2: Using the Risk Management Process in Internal

Audit Planning

PR 2020-1: Comunicação e Aprovação

PR 2030-1: Gestão dos Recursos

PR 2040-1: Políticas e Procedimentos

PR 2050-1: Coordenação

PA 2050-2: Assurance Maps

PA 2050-3: Relying on the Work of Other Assurance

Providers

Enquadramento internacional de práticas profissionais de auditoria interna

Page 31: Auditoria de Sistemas de informação - Análise de dados em ... · responsabilização dos trabalhadores, melhor informação, um melhor equilíbrio entre a vida profissional, familiar

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

PR 2060-1: Reporte aos Gestores Superiores e ao Conselho

PA 2110-1: Governance: Definition

PA 2110-2: Governance: Relationship With Risk and Control

PA 2110-3: Governance: Assessments

PR 2120-1: Avaliação da Adequação dos Processos de

Gestão do Risco

PA 2120-2: Managing the Risk of Internal Audit Activity

PR 2130-1: Avaliação da Adequação dos Processos de

Controlo

PR 2130.A1-1: Fiabilidade e Integridade da Informação

PR 2130.A1-2: Avaliação do Enquadramento de Privacidade

de uma Organização

PR 2200-1: Planeamento do Compromisso

PA 2200-2: Using a Topdown Riskbased Approach to

Identify the Controls to Be Assessed in an

Internal Audit Engagement

PR 2210-1: Objectivos do Compromisso

PR 2210.A1-1: Avaliação do Risco no Planeamento do

Compromisso

PR 2230-1: Alocação de Recursos ao Compromisso

PR 2240-1: Programa do Trabalho do Compromisso

PA 2300-1: Use of Personal Information in Conducting

Engagements

PA 2320-1: Analytical Procedures

PR 2330 -1: Documentação da Informação

PR 2330.A1-1: Controlo de Acesso aos Arquivos do

Compromisso

PA 2330.A1-2: Granting Access to Engagement Records

PR 2330.A2-1: Retenção dos Arquivos

PR 2340-1: Supervisão do Compromisso

PA 2400-1: Legal Considerations in Communicating Results

PR 2410-1: Critérios de Comunicação

PR 2420-1: Qualidade das Comunicações

PR 2440-1: Divulgação dos Resultados

PA 2440-2: Communicating Sensitive Information Within and

Outside the Chain of Command

PA 2440.A2-1: Communications Outside the Organization

PR 2500-1: Monitorização do Progresso

PR 2500.A1-1: Processo de “Follow-up”

B.3. Guias de Práticas (Practice Guides)

B.3.1. Practice Guides

PG: Auditing Business External Relationships

PG: Formulating and Expressing Internal Audit

Options

PG: Internal Auditing and Fraud

PG: CAE Appointment, Performance

Evaluation, And Termination

PG: PG Auditing Executive Compensation and

Benefits

PG: PG Evaluating Corporate Social

Responsibility/Sustainable Development

B.3.2. Global Technology Audit Guides (GTAGs)

GTAG 1 – Information Technology Controls

GTAG-2 - Change and Patch Management Controls:

Critical for Organizational Success

GTAG-3 - Continuous Auditing Implications for

Assurance, Monitoring, and Risk

Assessment

GTAG-4 - Management of IT Auditing

GTAG-5 - Managing and Auditing Privacy Risks

GTAG-6 - Managing and Auditing IT Vulnerabilities

GTAG-7 - Information Technology Outsourcing

GTAG-8 - Auditing Application Controls

GATG-9 - Identity and Access Management

GTAG-10 - Business Continuity Management

GTAG-11 - Developing the IT Audit Plan

GTAG-12 - Auditing IT Projects

GTAG-13 - Fraud Prevention and Detection in an Automated

World

GTAG-14 - Auditing User-developed Applications

GTAG 15 – Information Security Governance

B.3.3. Guide to the Assessment of IT Risk (GAIT)

The GAIT Methodology

GAIT for IT General Control Deficiency Assessment

GAIT for Business and IT Risk

GAIT for Business and IT Risk to Scope PCI Compliance

Pode consultar mais informação:

http://www.ipai.pt/gca/index.php?id=58

http://www.ipai.pt/fotos/gca/ippf_2009_port_normas_0

809_1252171596.pdf

Enquadramento internacional de práticas profissionais de auditoria interna

Page 32: Auditoria de Sistemas de informação - Análise de dados em ... · responsabilização dos trabalhadores, melhor informação, um melhor equilíbrio entre a vida profissional, familiar

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Caneta Digital

A bad book is as much of a labor to write as a good

one, it comes as sincerely from the author's soul.

Aldous Huxley

Sugestão de leitura

A thoroughly practical guide for the practicing internal

auditor, The Internal Auditing Handbook, Third Edition

contains new, up-to-date material on the relevant

professional guidance across all business sectors that

has emerged over the last few years, including the

Combined Code and the Turnball Report.

Colabore com o IPAI. Envie a sua sugestão.

[email protected]

[email protected]

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Page 33: Auditoria de Sistemas de informação - Análise de dados em ... · responsabilização dos trabalhadores, melhor informação, um melhor equilíbrio entre a vida profissional, familiar

33

Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Livros para Venda

The International Professional Practices Framework (IPPF)

is the conceptual framework that organizes authoritative

guidance promulgated by The Institute of Internal Auditors.

Preço para sócios: 36,73 Euros; Preço para não sócios:

38,40 Euros; Acresce portes de correio: 4,00 Euros (Portugal

Continental).

Preço: 30 Euros; Portes de correio: 3,30 Euros (Portugal

Continental).

Para encomendar:

Enviar cheque a favor do Instituto Português de Auditoria

Interna, com indicação do livro pretendido e morada para

envio.

Pode utilizar o método de transferência bancária utilizando o

NIB do IPAI, com informação através do correio electrónico

[email protected]

Não hesite em contactar-nos. Telef. / Fax 213 151 002

Dr. Bombarda Azevedo

Pesquisa na rede

http://www.accaglobal.com/

ACCA (the Association of Chartered Certified Accountants)

is the global body for professional accountants. We aim to

offer business-relevant, first-choice qualifications to people of

application, ability and ambition around the world who seek a

rewarding career in accountancy, finance and management.

We support our 131,500 members and 362,000 students

throughout their careers, providing services through a

network of 82 offices and active centres..

http://www.ceiops.org/

CEIOPS is the Committee of European Insurance and

Occupational Pensions Supervisors

It was established under the terms of the European

Commission Decision 2004/6/EC of 5 November 2003,

currently repealed and replaced by Decision 2009/79/EC,

and is composed of high level representatives from the

insurance and occupational pensions supervisory authorities

of the European Union's Member States. The authorities of

the European Economic Area Member States also

participate in CEIOPS.

http://www.cesr-eu.org/

CESR is an independent Committee of European Securities

Regulators. The role of the Committee and its operational

arrangements are set out in the CESR Charter.

The Committee was established under the terms of the

European Commission’s Decision of 6 June 2001

(2001/527/EC) which was repealed and replaced by the

Commission Decision of 23 January 2009 (2009/77/EC

Nova Certificação

Pedro Cupertino de Miranda obteve a certificação CRISC

– Certified in Risk and Information Systems Control (Gestão

de Risco de Sistemas da Informação) emitida pelo ISACA

(Information Systems Audit and Control Association).

Parabéns, Pedro.

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Notícias

Optimizing Control in the Public Sector

Signing ceremony of the agreement between European

Organization of Supreme Audit Institutions

(EUROSAI) and the European Confederation of

Institutes of Internal Auditing (ECIIA).

Rome, 7th March 2011

Assinatura do Protocolo IPAI-Ordem dos Economistas

The Association of Healthcare Internal Auditors Elects 2011 Officers

Denver, Colo., February 23, 2011: The Association of Healthcare Internal Auditors (AHIA) membership has elected new Board of Director leadership to continue its role as the premier resource and advocate for internal audit professionals in healthcare.

The Tribunal de Contas of Portugal welcomes all the

Supreme Audit Institutions participants to the VIII

EUROSAI CONGRESS, Lisboa, 2011.

Our Congress will be an important opportunity to discuss and

share experiences on significant and relevant matters.

Moreover, we hope all delegates will have the possibility to

contact with Portuguese culture.

We wish you a pleasant stay in Portugal.

Bem-vindos!

Guilherme d'Oliveira Martins, President of Tribunal de Contas

Pode consultar em http://www.eurosai2011.tcontas.pt/Pages/Welcome.aspx

Page 35: Auditoria de Sistemas de informação - Análise de dados em ... · responsabilização dos trabalhadores, melhor informação, um melhor equilíbrio entre a vida profissional, familiar

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Novos associados

Liliana Temporário Guedes

Carlos Nuno Martins Cerqueira

Luis José Pinto Fonseca

Vítor Manuel Gomes C. Carvalho

Kathy Christine Pinto Tereso

Pedro Miguel Neves Alves

João Luis Santos Rouqueiro

Ana Raquel Linhares Fernandes

Manuel Eduardo Singa

Maria Fernanda Gonçalves Lacerda

Vítor Alexandre Nunes

Pedro Miguel Gregório Nascimento

Paulo Manuel Rodrigues Santos

Patrícia Maria Fernandes Silva

Ciro Jorge Mendes Ligeiro

Sónia Manuela Fonseca Silva

Helena Maria Correia Sardinha

Vítor Delgado Maria

Ivo Filipe Paes Ferreira

José Francisco Marques Martins

Renato Bastos Ferreira Santos

João Costa Martins Alves

Nuno Ricardo Carmo Simões

Augusta Maria Fernandes Morgado

Maria Leonor Silva Abecasis

Luis Filipe Cracel Viana

Helena Maria Silva Lopes

Miguel António Araújo Sousa

João Carlos Morais Mendonça

Eduardo José Ferreira Apolinário

Maria João Pereira Silva

João Paulo Andrade Pereira

Carlos Manuel Pinto Viana

Célia Maria Prata Jesus Bento

Cláudia Marisa Andrade Loureiro

Maria Alexandra Silva Santos

Francisco José Botelho Cardoso

Paulo Jorge Correa Melo

Maria Teresa Silva Azevedo

Ana Paula Fernandes Barata

Stephanie Rodrigues Neto

Isabel Maria Duarte Silva

Florbela Joana Mendes Paulo

Maria Emília Ribeiro Frade

Carla Marina Serrano Moreira

João Manuel Franco Neto

Joana Malato Júdice Bastos

Fernando Manuel Teixeira Pinto

Nuno Miguel Santos Cipriano

Hélder Lopes Batista

Dinor Clara Botelho

Carla Sofia Francisco Esteves

Lídia Isabel Damásio Saboga

Ana Maria Ferreira Valente

Fernando José Peixeira

Sofia Magda Santos Lopes

Consulte em http://www.ipai.pt/gca/index.php?id=168

Área reservada

Page 36: Auditoria de Sistemas de informação - Análise de dados em ... · responsabilização dos trabalhadores, melhor informação, um melhor equilíbrio entre a vida profissional, familiar

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Actividade dos Núcleos para 2011

Núcleo de Auditores Internos do Sector Financeiro – NASF Objectivo estratégico: Estimular e dinamizar o

desenvolvimento da função de auditoria interna no sector

financeiro (Banca e Seguros).

Objectivos operacionais: Promover a utilização do

referencial profissional do IIA; Promover a partilha de boas

práticas e o benchmarking entre as entidades portuguesas

do Sector, bem como a utilização de benchmarks

internacionais; Aumentar os níveis de eficácia e eficiência

dos Departamentos de Auditoria Interna bem como o nível

de competências dos auditores do sector;

Principais actividades a desenvolver: Continuar a

realização de Seminários com responsáveis/representantes

das instituições do sector sobre temas de maior relevo e

actualidade relativos á actividade de auditoria interna.

Objectivo de realização de 2 reuniões em 2011; Assegurar a

realização de 2 seminários do MIS Training em Lisboa, em

articulação com o pelouro da Formação, cobrindo áreas de

maior interesse para o sector financeiro e complementando

a oferta do Plano de Formação do IPAI; Promoção do IPAI e

do NASF junto das Instituições Financeiras através do envio

de brochura institucional a ser produzida; Estimular a

participação dos sócios do sector financeiro na dinamização

do site e revista do IPAI, solicitando com regularidade, por

meios a definir, o envio de documentos de interesse

profissional para colocação no site e a elaboração de artigos

para a Revista.

Núcleo de Auditores Internos do Sector Público - NASP

2ª Reunião de Auditores Internos do Sector da Saúde;

Formação específica em auditoria interna no sector da

saúde; artigos para a revista sobre temas de GR, CI e AI na

Saúde; Rede de AI do sector da Saúde. I Fórum de Auditoria

Interna das Autarquias Locais.

Núcleo de Auditores Internos do Sector dos Transportes, Infra-Estruturas e Reguladores - NASTIR

Previstas 3-4 reuniões do Núcleo, com a colaboração de

empresas de Auditoria/Consultoria.

Promover a partilha do conhecimento e de boas práticas.

Workshops/Seminários com colaboração das Universidades.

Fórum sobre o papel da Auditoria na dinamização do sector

e da Economia – colaboração com Universidades.

Núcleo de Auditoria do Sector de Sistemas de

Informação (NASINFOR)

Objectivo estratégico: Promover a partilha de conhecimento,

competências e práticas associadas à função de Auditoria

de Sistemas de Informação, garantido a boa governação, o

controlo da informação e dos sistemas nos vários sectores

de actividade.

Objectivos operacionais: Assegurar o reconhecimento da

comunidade pelo valor que a actividade de auditor de Sistemas de Informação aporta.

Estimular o livre intercâmbio entre os seus membros de técnicas, experiências e problemas relacionados com a auditoria de sistemas de informação.

Fomentar a prática de auditoria de sistemas de informação tendo por base os princípios da qualidade e da ética.

Promover a partilha de conhecimentos e competências nas áreas de auditoria de sistemas de informação.

Operacionalizar o Protocolo estabelecido entre o IPAI e o ISACA Lisbon Chapter, nomeadamente:

Alinhamento dos planos estratégicos e operacional das

duas organizações, nas temáticas comuns entre as

duas organizações.

Coordenação dos planos de formação entre as duas

organizações, particularmente nas respectivas áreas

de especialidade;

Colaboração editorial nas revistas;

Realização, em cooperação, de eventos de interesse

para as duas organizações;

Divulgação nos seus sites e revistas/Newsletters, das

actividades das duas organizações.

Principais actividades a desenvolver:

Realização de 1 Seminário Anual em parceria com o ISACA

LC sobre temas de maior relevo e actualidade, relativos às

actividades de auditoria de sistemas de informação,

segurança e gestão de risco;

Assegurar a realização de acções específicas de formação

nos temas de auditoria de sistemas de informação,

segurança e gestão de risco;

Promoção do IPAI e do NASINFOR junto das Instituições

Públicas e Privadas através do envio de brochura

institucional a ser produzida;

Estimular a participação dos sócios na dinamização do site e

revista do IPAI, solicitando o envio de documentos de

interesse profissional para colocação no site e a elaboração

de artigos para a Revista.

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Formação de Abril a Junho de 2011

Auto-avaliação do Risco e do Controlo – Preparação para o Exame CCSA Lisboa Jun. Nuno Oliveira, CIA Júlia Santos. CCSA

Relatórios de Auditoria Lisboa Mai. Francisco Albino, CIA, CCSA, CGAP

Audit Analytics Lisboa Jun. Prof. Glenn Sumners, CIA, CPA, CFE

Auditoria de Sistemas e Tecnologias de Informação Lisboa Mai. Paulo Gomes, CISA

Liderança e Comunicação em Auditoria Interna Lisboa Mar Filipa Oliveira

CIA Review – I Part Lisboa Jun. Prof. Glenn Sumners, CIA, CPA, CFE

CIA Review – II Part Lisboa Jun. Prof. Glenn Sumners, CIA, CPA, CFE

CIA Review – III Part Lisboa Jun. Prof. Glenn Sumners, CIA, CPA, CFE

CIA Review – IV Part Lisboa Jun. Prof. Glenn Sumners, CIA, CPA, CFE

Auditoria de Instituições Públicas – Preparação para o Exame CGAP Lisboa Abr. Francisco Albino, CIA, CCSA, CGAP

Auditoria de Empreitadas de Obras Públicas Lisboa Mai. Sara Pestana, CIA Sofia Correia, CIA

Consulte em http://www.ipai.pt/index.php

Eventos 2011

http://www.iia2011kl.org/iia2011kl/default.html

http://www.eciia.eu/events/eciia-conference-2011

IIA Spain will host the 2011 ECIIA European Conference. Held in the lively city of MADRID from 19 - 21 October 2011, this event

will gather the best professionals all over the world.

Protocolo celebrado com o ISACA

http://www.isaca-lisbon.org/

Page 38: Auditoria de Sistemas de informação - Análise de dados em ... · responsabilização dos trabalhadores, melhor informação, um melhor equilíbrio entre a vida profissional, familiar

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Post_it

Miguel Silva

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39

Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42

Pesquisa de Institutos de Auditoria

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http://www.iia.hu/

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Auditoria Interna Janeiro/Março 2011 Nº 42