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CURSOS ON-LINE – AUDITORIA P/ ICMS-SP PROFESSOR JOÃO IMBASSAHY www.pontodosconcursos.com.br 1 APRESENTAÇÃO Caros Amigos, É com enorme prazer que inicio este novo trabalho no espaço do Ponto dos Concursos. Agora para ministrar o curso on-line da disciplina de Auditoria voltado para o concurso de Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo. Até o momento em que escrevo estas linhas, não saiu o edital do concurso, mas, pelas informações que temos tido acesso, o concurso deve ser realizado no final de abril e início de maio e a banca examinadora deve ser a Fundação Carlos Chagas, ao contrário dos dois últimos concursos, realizados em 1997 e 2002, que foram aplicados pela Vunesp. Para quem não me conhece, apresento algumas informações sobre minha trajetória no universo dos concursos públicos. Sou Auditor Fiscal da Receita Federal, aprovado no concurso de setembro de 1994. Iniciei como a grande maioria de vocês, saindo em busca de um emprego que me oferecesse segurança e um salário digno. Em 1992, trabalhava em uma área totalmente diferente – sou geólogo com especialização em geofísica aplicada à exploração de petróleo- quando comecei a pensar em mudar de rumo. Após algumas semanas de angustiantes dúvidas – continuar minha antiga profissão ou me lançar em uma nova, em relação a qual não tinha grandes informações – resolvi arriscar. E qual não foi minha surpresa ao descobrir uma grande afinidade com as matérias que faziam parte deste novo mundo que passei a habitar. Contabilidade e Direito Tributário eram as minhas favoritas. Comecei a estudar muito e, principalmente, tendo um grande prazer com a evolução que sentia dia a dia. Procuro sempre passar este sentimento para os alunos. O estudo tem que gerar prazer, realização, com ele nos engrandecemos como seres humanos. Se vocês ainda não descobriram esta fonte de felicidade (estou falando sério) é porque na nossa cultura somos criados com a idéia de que o estudo e o trabalho são sacrifícios a que estamos submetidos. Esta é uma péssima herança cultural e qualquer um de vocês tem condições de mudar este sentimento. Que tal aproveitar esta ótima oportunidade que estão tendo na preparação para os concursos. Se estiverem muito estressados,

Auditoria ICMS-SP - Prof. João Imbassahy

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    APRESENTAO Caros Amigos, com enorme prazer que inicio este novo trabalho no espao do Ponto dos Concursos. Agora para ministrar o curso on-line da disciplina de Auditoria voltado para o concurso de Agente Fiscal de Rendas do Estado de So Paulo. At o momento em que escrevo estas linhas, no saiu o edital do concurso, mas, pelas informaes que temos tido acesso, o concurso deve ser realizado no final de abril e incio de maio e a banca examinadora deve ser a Fundao Carlos Chagas, ao contrrio dos dois ltimos concursos, realizados em 1997 e 2002, que foram aplicados pela Vunesp. Para quem no me conhece, apresento algumas informaes sobre minha trajetria no universo dos concursos pblicos. Sou Auditor Fiscal da Receita Federal, aprovado no concurso de setembro de 1994. Iniciei como a grande maioria de vocs, saindo em busca de um emprego que me oferecesse segurana e um salrio digno. Em 1992, trabalhava em uma rea totalmente diferente sou gelogo com especializao em geofsica aplicada explorao de petrleo- quando comecei a pensar em mudar de rumo. Aps algumas semanas de angustiantes dvidas continuar minha antiga profisso ou me lanar em uma nova, em relao a qual no tinha grandes informaes resolvi arriscar. E qual no foi minha surpresa ao descobrir uma grande afinidade com as matrias que faziam parte deste novo mundo que passei a habitar. Contabilidade e Direito Tributrio eram as minhas favoritas. Comecei a estudar muito e, principalmente, tendo um grande prazer com a evoluo que sentia dia a dia. Procuro sempre passar este sentimento para os alunos. O estudo tem que gerar prazer, realizao, com ele nos engrandecemos como seres humanos. Se vocs ainda no descobriram esta fonte de felicidade (estou falando srio) porque na nossa cultura somos criados com a idia de que o estudo e o trabalho so sacrifcios a que estamos submetidos. Esta uma pssima herana cultural e qualquer um de vocs tem condies de mudar este sentimento. Que tal aproveitar esta tima oportunidade que esto tendo na preparao para os concursos. Se estiverem muito estressados,

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    tenham em mente que se forem firmes e determinados, a recompensa vir, mais cedo ou mais tarde. Continuando a minha histria, fui aprovado no concurso de Tcnico do Tesouro Nacional (TTN), atualmente Tcnico da Receita Federal (TRF), de 1992. Depois fui aprovado no concurso de Auditor Fiscal do Tesouro Nacional (AFTN), atualmente Auditor Fiscal da Receita Federal (AFRF), de maro de 1994. O problema foi que este concurso foi suspenso por suspeita de fraude. Continuei na luta, pois o concursando acima de tudo um guerreiro, e, em setembro de 1994, houve outro concurso para o mesmo cargo e por meio deste ingressei no cargo de Auditor Fiscal do Tesouro Nacional que tanto almejava. Mas a misso no havia acabado j que eu queria continuar vivendo no mundo dos cursos preparatrios. Mesmo trabalhando na rea aduaneira, escolhi contabilidade como disciplina a ser ministrada, em funo, como falei, da grande afinidade que possuo com esta disciplina. Ministro aulas de Contabilidade Geral, Contabilidade na Lei 6.404/76, Contabilidade de Custos, Anlise das Demonstraes Financeiras e Auditoria em cursos preparatrios do Rio de Janeiro, So Paulo e, quem sabe em breve, Belo Horizonte. Desta forma, espero contribuir para o treinamento de vocs da forma mais objetiva possvel. Retornemos ao nosso tema central. Como do conhecimento dos candidatos que j militam h algum tempo no meio, a matria de Auditoria teve um grande peso nos concursos para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal, na rea de Auditoria. Assim foi nos concursos de 1996, 1998, 2000, 2002.1, 2002.2 e 2003. No ltimo concurso para o citado cargo, realizado em dezembro de 2005, s foi cobrado um tpico da matria (controles internos) inserido no programa de contabilidade geral. A disciplina tambm integrou os programas das provas de contabilidade nos ltimos concursos para o cargo de Auditor Fiscal da Previdncia Social elaborados pelo CESPE/UNB (1997, 1998, 2000 e 2003), assim como no concurso para o mesmo cargo elaborado pela ESAF, em 2002. Tambm matria constante nos concursos dos Fiscos estaduais, como o que ser realizado em So Paulo, e nos de Analista de Finanas e Controle da Controladoria Geral da Unio e da Secretaria do Tesouro

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    Nacional, do Tribunal de Contas da Unio e do Banco Central do Brasil, entre outros. Em relao ao curso on-line de Auditoria voltado para os cargos de Analista de Controle Externo do Tribunal de Contas da Unio ACE/TCU e Analista de Finanas e Controle AFC/CGU, que realizamos recentemente, h algumas diferenas importantes, como a parte de Auditoria Governamental que no deve ser cobrada no concurso de Agente Fiscal de Rendas de So Paulo. Outra diferena foi que no ltimo concurso realizado pela Vunesp, foram cobrados itens relacionados a tpicos especficos da legislao tributria, tais como presunes legais de omisso de receitas. No que tange apresentao das aulas, faremos algumas alteraes em relao ao curso anterior no tocante ordem dos assuntos, procurando seguir a seqncia estabelecida nas normas. Tambm acrescentaremos mais questes comentadas de concursos realizados pela Fundao Carlos Chagas. Nosso trabalho ser desenvolvido de acordo com a sistemtica que entendo ser a mais apropriada para um treinamento voltado para concursos pblicos, ou seja, por meio da anlise dos aspectos tericos e prticos inseridos na dinmica de resoluo de questes de provas anteriores e de simulados. No tenho dvida de que esta a forma mais eficaz de absoro dos conhecimentos e do desenvolvimento da capacidade de resoluo das questes. Os assuntos sero abordados em sete aulas, incluindo a presente, ou seja Aulas 0, 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Embora o edital no tenha sido publicado, muito provvel que o programa da disciplina no contenha grandes alteraes em relao aos dos demais concursos, pois os tpicos cobrados so basicamente os mesmos, dentre os quais se destacam Auditoria Independente das Demonstraes Financeiras e Auditoria Interna, alm, conforme j comentado, do conhecimento das Presunes Legais de Omisso de Receitas. Como a banca examinadora deve ser a Fundao Carlos Chagas e no a Vunesp, vamos deixar sair o edital para transcrevermos o programa do concurso, que, espero, no deve trazer grandes surpresas.

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    Iniciaremos nosso estudo abordando os conceitos gerais pertinentes matria de Auditoria.

    AULA 0: AUDITORIA - DEFINIO 1.1 AUDITORIA - DEFINIO

    A Auditoria Contbil constitui-se em uma das tcnicas desenvolvidas pela cincia contbil. Seu objetivo primordial o de examinar a veracidade e correo das informaes apresentadas na escriturao e nas demonstraes contbeis das entidades. As entidades compreendem as sociedades (aquelas cujo objeto econmico, ou seja, objetivam a obteno de lucros), as associaes, as fundaes e os organismos governamentais. As entidades necessitam estabelecer mecanismos de controle de seus patrimnios. Tais mecanismos so desenvolvidos por meio das tcnicas contbeis. So definidas como tcnicas contbeis:

    1. ESCRITURAO; 2. DEMONSTRAES CONTBEIS (OU DEMONSTRAES

    FINANCEIRAS); 3. ANLISE DAS DEMONSTRAES CONTBEIS; 4. AUDITORIA

    A escriturao, constitui-se na tcnica contbil por meio da qual so efetuados os registros dos fatos contbeis, quer dizer, das operaes efetuadas pelas entidades. Tais registros so efetuados por meio do mtodo das partidas dobradas ou sistema de dbito e crdito. A escriturao das entidades deve estar fundamentada em documentos comerciais e fiscais que comprovem a efetiva ocorrncia das operaes. So exemplos de documentos emitidos nas operaes comerciais: as notas fiscais, as faturas, as duplicatas e os contratos, entre outros.

    No final de cada perodo contbil (ano, semestre, trimestre ou ms), com base na escriturao efetuada, so elaboradas as demonstraes contbeis (2 tcnica contbil), por meio das quais possvel verificar a situao econmica, financeira e patrimonial das entidades no perodo de referncia.

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    Os usurios da contabilidade, tais como dirigentes, acionistas, credores e organismos governamentais de controle, entre outros, necessitam interpretar a evoluo das situaes econmicas, financeiras e patrimoniais das entidades. Tal avaliao efetuada por meio da anlise das demonstraes contbeis (3 tcnica contbil), a qual desenvolvida atravs da aplicao de anlises e ndices que visam, entre outros aspectos, mensurar a liquidez, o endividamento, os prazos mdios de pagamento, recebimento e de renovao de estoques e a rentabilidade das entidades. Nesse contexto, torna-se necessrio verificar a veracidade e correo dos registros efetuados na escriturao e nas demonstraes contbeis das entidades. Para tal verificao, so aplicadas as tcnicas e procedimentos de auditoria (4 tcnica contbil). Podemos dividir o estudo da auditoria em quatro campos: 1. Auditoria Independente das Demonstraes Contbeis A Auditoria Independente constitui-se no conjunto de procedimentos tcnicos, postos em execuo por profissionais contadores, sendo estes Auditores Independentes, Pessoa Fsica ou Empresa de Auditoria, com vistas emisso de um Parecer, o qual dever revelar se as Demonstraes Contbeis de determinada entidade so adequadas no sentido de retratar a sua real situao financeira e patrimonial, assim como se estas demonstraes foram desenvolvidas de acordo com os Princpios Fundamentais da Contabilidade, com as legislaes em vigor e com as demais normas expedidas pelos rgos reguladores responsveis. Por fora do comando contido no artigo 177, pargrafo 3, da Lei n 6.404/76 (Lei das Sociedades por Aes), a Auditoria Independente das demonstraes financeiras obrigatria para as Companhias Abertas (Sociedades Annimas que negociam suas aes no mercado de valores mobilirios (Bolsa de Valores e Mercado de Balco)). 2.Auditoria Interna Ao contrrio do Auditor Independente, o trabalho do Auditor Interno seja pessoa fsica ou sociedade o de assessorar a administrao da sociedade. Nessa funo, o Auditor Interno executa procedimentos que visam no s a verificao da veracidade das informaes contbeis (auditoria contbil) como tambm a anlise dos aspectos administrativos (auditoria operacional). 3. Auditoria Fiscal O objetivo da Auditoria Fiscal o de verificar se os contribuintes, pessoas fsicas ou jurdicas, esto efetuando o

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    recolhimento dos tributos e cumprindo as obrigaes acessrias, conforme determinam as legislaes fiscais, estejam estas no mbito da Unio, Estados ou Municpios. 4. Auditoria Governamental Constitui-se a Auditoria Governamental no conjunto de tcnicas e procedimentos desenvolvidos com vistas a avaliar a aplicao e gesto dos recursos pblicos por parte das entidades integrantes da administrao pblica direta e indireta, assim como das entidades de direito privado que administrem recursos pblicos.

    Nesta e nas prximas aulas, estudaremos detalhadamente os principais tpicos concernentes ao campo da Auditoria.

    1.2 - AUDITORIA INDEPENDENTE DAS DEMONSTRAES CONTBEIS A Auditoria Independente das Demonstraes Contbeis encontra-se regulamentada pelas normas editadas pelos seguintes rgos: a) Conselho Federal de Contabilidade CFC o rgo responsvel pela edio das Resolues que aprovam as Normas Brasileiras de Contabilidade - NBC, normas por meio das quais so regulamentadas as atividades de Auditoria Independente das Demonstraes Contbeis. b) Instituto Brasileiro de Contadores IBRACON o rgo responsvel pela edio das Normas e Procedimentos de Auditoria NPA. c) Comisso de Valores Mobilirios CVM a autarquia que regulamenta e fiscaliza as atividades das Companhias Abertas, por meio de Instrues, Deliberaes, Pareceres e Notas Explicativas. A seguir, apresentamos os tpicos relativos Auditoria Independente das Demonstraes Financeiras, tendo como base o edital do ltimo concurso para Agente Fiscal de Rendas do Estado de So Paulo, os quais estaro sujeitos a eventuais alteraes pontuais em funo do novo edital a ser publicado: 1. AUDITORIA INDEPENDENTE ASPECTOS GERAIS 2. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA ASPECTOS CONCEITUAIS

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    3. PAPIS DE TRABALHO 4. FRAUDE E ERRO 5. PLANEJAMENTO DE AUDITORIA 6. RISCO DE AUDITORIA 7. SUPERVISO E CONTROLE DE QUALIDADE 8. ESTUDO E AVALIAO DO SISTEMA CONTBIL E DE CONTROLES INTERNOS 9. CONTINUIDADE DAS ATIVIDADES DA ENTIDADE 10. AMOSTRAGEM 11. PROCESSAMENTO ELETRNICO DE DADOS 12. ESTIMATIVAS CONTBEIS 13. TRANSAES COM PARTES RELACIONADAS 14. TRANSAES E EVENTOS SUBSEQENTES 15. CARTA DE RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAO 16. CONTINGNCIAS 17. PARECER DE AUDITORIA 18. NORMAS PROFISSIONAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE

    19. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA ASPECTOS PRTICOS 19.1. AUDITORIA DAS DISPONIBILIDADES 19.2. AUDITORIA DE CONTAS A RECEBER 19.3. AUDITORIA DE ESTOQUES 19.4. AUDITORIA DAS DESPESAS ANTECIPADAS 19.5 AUDITORIA DO ATIVO PERMANENTE INVESTIMENTOS 19.6. AUDITORIA DO ATIVO PERMANENTE IMOBILIZADO 19.7. AUDITORIA DO ATIVO PERMANENTE DIFERIDO 19.8. AUDITORIA DOS PASSIVOS CONTINGENTES 19.9. AUDITORIA DO PATRIMNIO LQUIDO

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    19.10. AUDITORIA DAS CONTAS DE RESULTADO

    20. NORMAS EDITADAS PELA CVM 21. AUDITORIA INTERNA

    22. PRESUNES DE OMISSO DE RECEITAS 23. PRINCPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE Em cada um dos referidos tpicos, sero comentadas questes de concursos anteriores. DESENVOLVIMENTO DOS TPICOS 1. AUDITORIA INDEPENDENTE ASPECTOS GERAIS A seguir apresentamos, resumidamente, os principais conceitos da disciplina. Uma abordagem mais aprofundada ser efetuada nos tpicos das prximas aulas. 1.1 PARECER DE AUDITORIA Conforme j consignado, a Auditoria Independente das Demonstraes Contbeis constitui-se no conjunto de procedimentos tcnicos executados com vistas emisso de um Parecer. A Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades Annimas) estabelece: Art. 177- Par. 3. As demonstraes financeiras das companhias abertas observaro, ainda, as normas expedidas pela Comisso de Valores Mobilirios, e sero obrigatoriamente auditadas por auditores independentes registrados na mesma comisso. Cabe destacar que no item 11.1.1.1.1 da NBC T 11, aprovada pela Resoluo n 820/97, definido que Na ausncia de disposies especficas, prevalecem as prticas j consagradas pela Profisso Contbil, formalizadas ou no pelos seus organismos prprios. Este item reiteradamente cobrado em provas de auditoria.

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    AUDITORIA INDEPENDENTE DAS DEMONSTRAES CONTBEIS

    *1 Objetivo: Emisso de um PARECER, no qual o Auditor dever apresentar sua opinio sobre as Demonstraes Contbeis examinadas, em todos os seus aspectos RELEVANTES. Obrigatria para as Companhias Abertas (Lei

    6.404/76, Art. 177, Par. 3) A NBC T 11 NORMAS DE AUDITORIA INDEPENDENTE DAS DEMONSTRAES CONTBEIS estabelece: 11.1.1.1 - A auditoria das demonstraes contbeis constitui o conjunto de procedimentos tcnicos que tem por objetivo a emisso de parecer sobre a sua adequao, consoante os Princpios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente, a legislao especfica. Estabelece ainda a legislao pertinente que, no Parecer, os auditores independentes devero descrever o desenvolvimento e concluso do procedimento realizado.

    PARECER Dever revelar se as Demonstraes Contbeis esto de acordo com:

    1. Os Princpios Fundamentais de Contabilidade;

    2. As Normas Brasileiras de Contabilidade;

    3. As Legislaes Especficas;

    4.A Real situao Financeira, Econmica e Patrimonial das Entidades, em todos os aspectos Relevantes;

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    Os Princpios Fundamentais de Contabilidade encontram-se consolidados nas Resolues CFC n 750/93, 751/93 e 774/94, principalmente, na primeira, a qual dever ser conhecida em todos seus detalhes, pois questo praticamente certa em qualquer prova de contabilidade. So Princpios Fundamentais de Contabilidade os da:

    1. Entidade; 2. Continuidade; 3. Oportunidade; 4. Registro pelo Valor Original; 5. Atualizao Monetria; 6. Competncia; 7. Prudncia.

    A Resoluo CFC n 953/2003, alterou o modelo de parecer referido no item 11.3.2.3 da NBC T 11, determinando a adoo, durante o perodo em que permanecerem evoluindo os trabalhos de convergncia das Normas Brasileiras de Contabilidade e as Normas Internacionais, a substituio da expresso "com os Princpios Fundamentais de Contabilidade" por "prticas contbeis adotadas no Brasil", nos pargrafos de opinio dos Pareceres e Relatrios emitidos pelos Auditores Independentes. O pargrafo de opinio aquele no qual o Auditor manifesta suas concluses sobre as Demonstraes Contbeis auditadas. A Auditoria Independente das Demonstraes Financeiras dever ser desenvolvida em consonncia com as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC), emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e com as Normas e Procedimentos de Auditoria (NPA), emitidas pelo Instituto Brasileiro de Contadores (IBRACON).

    As principais Normas Brasileiras de Contabilidade so: 1.NBC T 11, Normas de Auditoria Independente, aprovada pela Resoluo n 820/97; 2. NBC P 1, Normas Profissionais de Auditor Independente, aprovada pela Resoluo n 821/97; 3. IT, Interpretaes Tcnicas, as quais visam interpretar itens especficos contidos nas normas supramencionadas. Como exemplo, a IT 05, Parecer dos Auditores Independentes, aprovada pela Resoluo n 830/98.

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    Pode-se afirmar que, aproximadamente, 90% das questes conceituais das provas da disciplina de auditoria so referentes s normas supracitadas, principalmente NBC T 11. A NBC T 11 aborda aspectos tcnicos, enquanto que a NBC P 1 abrange aspectos profissionais do auditor independente. Tambm funo do Auditor, verificar se, na elaborao das Demonstraes Contbeis, foram observadas as legislaes especficas, tais como as legislaes de tributos federais, estaduais, e municipais, como tambm as legislaes dos rgos reguladores (CVM e BACEN, entre outros).

    No Parecer, o Auditor dever manifestar sua opinio no que tange anlise e verificao da veracidade das informaes contidas na escriturao e nas demonstraes contbeis, revelando se estas expressam a real situao financeira, econmica e patrimonial da entidade.

    A seguir, so apresentadas algumas questes de concursos sobre o assunto em anlise:

    01. (ESAF - AFRF 2001) A republicao das demonstraes contbeis no ser necessria, conforme a NBC-T-6 - Da Divulgao das Demonstraes Contbeis quando a) forem elaboradas em desacordo com os princpios fundamentais de contabilidade. b) forem elaboradas apenas com infringncia de normas de organismos reguladores. c) no forem divulgadas informaes relevantes para o correto entendimento das demonstraes contbeis. d) as informaes constantes nas demonstraes contbeis forem consideradas insuficientes para o seu correto entendimento. e) a assemblia de scios acionistas alterar a destinao de resultado proposto pela administrao da entidade. Comentrios : primeira vista, a questo poderia assustar pelo fato do candidato desconhecer a referida NBCT 6 Da Divulgao das Demonstraes Contbeis. Nestas horas, preciso manter a tranqilidade. Mesmo no conhecendo a norma, possvel acertar a questo aplicando-se os conhecimentos adquiridos.

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    Conforme analisamos, o objetivo da Auditoria Independente das Demonstraes Contbeis o de emitir um Parecer, o qual dever revelar se as Demonstraes Contbeis esto de acordo com: 1. Os Princpios Fundamentais de Contabilidade; 2. As Normas Brasileiras de Contabilidade; 3. As Legislaes Especficas; 4. A Real situao Financeira, Econmica e Patrimonial das Entidades, em todos os aspectos Relevantes. Na presente questo, deve-se identificar a situao na qual no ser necessria a republicao das demonstraes contbeis. Ora, os requisitos apresentados so considerados essenciais na avaliao realizada pelo Auditor Independente. Assim, uma vez no cumpridos tais requisitos pela administrao, conclui-se que as Demonstraes Contbeis devero ser republicadas com as devidas retificaes. Analisando-se as opes apresentadas: a) forem elaboradas em desacordo com os princpios fundamentais de contabilidade. No foi cumprido o item 1, devendo por este motivo serem republicadas as demonstraes contveis com as devidas correes. b) forem elaboradas apenas com infringncia de normas de organismos reguladores. A infringncia de normas de organismos reguladores como o CFC e a CVM representam descumprimento dos itens 2 e 3, devendo, portanto, serem republicadas as Demonstraes Contbeis com as devidas correes. c) no forem divulgados informaes relevantes para o correto entendimento das demonstraes contbeis. A no divulgao das informaes relevantes para o correto entendimento das demonstraes contbeis representa descumprimento do item 4, ou seja, nessa situao, as Demonstraes Contbeis no retratam a real situao financeira e patrimonial da entidade, devendo, portanto, serem republicadas com as devidas correes. d) as informaes constantes nas demonstraes contbeis forem consideradas insuficientes para o seu correto entendimento. Comentrio semelhante ao da letra c.

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    e) a assemblia de scios acionistas alterar a destinao de resultado proposto pela administrao da entidade. O pargrafo 3 do artigo 176 da Lei n 6.404/76 estabelece: "As demonstraes financeiras registraro a destinao dos lucros segundo a proposta dos rgos da administrao, no pressuposto de sua aceitao pela assemblia geral." Assim, a Lei das Sociedades por Aes estabelece que caber aos rgos da administrao efetuar a proposta de destinao dos lucros, no pressuposto de sua aceitao pela assemblia geral. No dispositivo legal, est implcito que a assemblia geral poder alterar a destinao dos lucros, o que no representa motivo para a republicao das demonstraes contbeis. A NBC T 6 estabelece, em seus itens 6.3.1 e 6.3.2: 6.3.1 DISPOSIES GERAIS 6.3.1.1 A nova divulgao das demonstraes contbeis nesta norma denominada de republicao ocorre quando as demonstraes publicadas anteriormente contiverem erros significativos e/ou quando no foram divulgadas informaes relevantes para o seu correto entendimento ou que sejam consideradas insuficientes. 6.3.2 FUNDAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA REPUBLICAO 6.3.2.1 A republicao de demonstraes contbeis aplica-se quando: a) as demonstraes forem elaboradas em desacordo com os princpios

    fundamentais de contabilidade, ou com infringncia de normas de rgos reguladores; e

    b) a assemblia de scios ou acionistas, quando for o caso, aprovar a retificao das Demonstraes Contbeis Publicadas.

    6.3.2.2 As demonstraes contbeis quando republicadas devem destacar que se trata de republicao, bem como explicitar as razes que a motivaram e a data da primeira publicao. 6.3.2.3 No necessria a republicao de demonstraes contbeis, quando a assemblia de scios ou acionistas alterar apenas a destinao de resultados proposta pela administrao da Entidade. Gabarito: E

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    02. (ESAF - AFRF 2003) A expresso a ser utilizada na elaborao do pargrafo de opinio do parecer sem ressalva, emitido pelos auditores independentes, sobre as demonstraes contbeis, para identificar que as demonstraes contbeis foram avaliadas e nelas foram aplicadas as Normas Brasileiras de Contabilidade, a legislao pertinente e os Princpios Fundamentais de Contabilidade previstos pelo CFC , de acordo com: a) os princpios fundamentais de contabilidade. b) as normas brasileiras de contabilidade. c) os princpios contbeis geralmente aceitos. d) as prticas contbeis adotadas no Brasil. e) as normas contbeis nacionais e internacionais aceitas. Comentrios: A Resoluo CFC n 953/2003 alterou o modelo de parecer referido no item 11.3.2.3 da NBC T 11, substituindo o termo "Princpios Fundamentais de Contabilidade" pela expresso "prticas contbeis adotadas no Brasil", nos pargrafos de opinio dos Pareceres e Relatrios emitidos pelos Auditores Independentes. Gabarito: D

    1.2.CONDIES PARA O EXERCCIO DA AUDITORIA INDEPENDENTE DAS DEMONSTRAES CONTBEIS Conforme consignado no artigo 177, pargrafo 3, da Lei n 6.404/76, as demonstraes financeiras das companhias abertas sero obrigatoriamente auditadas por Auditores Independentes, os quais devero observar as normas expedidas pela Comisso de Valores Mobilirios (CVM) e serem registrados na mesma comisso. Da mesma forma, o Banco Central do Brasil (BACEN) determina que as Instituies Financeiras devero ser submetidas auditoria efetuada por auditores independentes, os quais devero estar registrados nesse rgo. De acordo com a NBC P 1, aprovada pela Resoluo CFC 820/97, a Auditoria Independente das Demonstraes Financeiras atividade exclusiva de contador registrado em Conselho Regional de Contabilidade (CRC).

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    Condies para o Exerccio da Atividade de Auditor Independente Contador registrado no

    Conselho Regional de Contabilidade (CRC)

    Condies para o Exerccio de Auditoria Independente em Companhias Abertas

    Contador registrado na Comisso de Valores Mobilirios (CVM)

    Condies para o Exerccio de Auditoria

    Independente em Instituies Financeiras Contador registrado no

    Banco Central do Brasil (BACEN)

    1.3. PLANEJAMENTO DA AUDITORIA INDEPENDENTE A NBC T 11, aprovada pela Resoluo CFC n 820/97, em seu item 11.2.1, estabelece os comandos relativos ao Planejamento da Auditoria, conforme a seguir transcrito: 11.2.1.1 O Auditor deve planejar seu trabalho consoante as Normas Profissionais de Auditoria Independente e estas normas, e de acordo com os prazos e demais compromissos contratualmente assumidos com a entidade. 11.2.1.2 - O planejamento pressupe adequado nvel de conhecimento sobre as atividades, os fatores econmicos, legislao aplicvel e as prticas operacionais da entidade, e o nvel de competncia de sua administrao. No item 11.2.1.3, a Norma estabelece os fatores relevantes a serem considerados na execuo dos trabalhos, os quais so sinteticamente apresentados no quadro a seguir;

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    PLANEJAMENTO DE AUDITORIA 1. Conhecimento das Prticas Contbeis adotadas pela entidade e alteraes em relao ao perodo anterior; 2. Conhecimento do Sistema Contbil e de Controles Internos (SCCI) da Entidade e seu grau de confiabilidade; 3. Avaliao dos Riscos de Auditoria em funo do volume e complexidade das transaes realizadas; 4. A Natureza, Oportunidade e Extenso dos procedimentos de auditoria a serem realizados. 5. A existncia de entidades associadas, filiais e partes relacionadas; 6. O uso de trabalhos de outros auditores independentes, especialistas e auditores internos; 7. Pareceres, relatrios e outros informes a serem entregues entidade; 8. Ateno aos prazos estabelecidos por entidades reguladoras ou fiscalizadoras e para informaes aos demais usurios. 1.3.1.Conhecimento das Prticas Contbeis adotadas pela entidade e alteraes em relao ao perodo anterior;

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    A contabilidade na condio de cincia organizada por meio de um sistema de informaes integradas, no qual deve-se pretender alcanar uma perfeita consonncia entre os dados contidos na documentao contbil e fiscal com a respectiva escriturao dos fatos e sua evidenciao nas demonstraes contbeis correspondentes. Tal sistema tem como objetivo primordial o de fornecer informaes corretas aos usurios da contabilidade, dentre os quais destacamos os dirigentes, acionistas, credores e fisco. Um dos pressupostos essenciais para que tal objetivo seja alcanado o da manuteno da uniformidade das prticas contbeis adotadas pela entidade. A prpria Lei n 6.404/76, em seu artigo 177, estabelece que A escriturao da companhia ser mantida em registros permanentes, com obedincia aos preceitos da legislao comercial e desta lei e aos princpios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar mtodos e critrios uniformes no tempo e registrar as mutaes patrimoniais segundo o regime de competncia. (grifamos) Verifica-se, assim, que a Lei das SA estabelece a observncia da uniformidade dos mtodos e critrios contbeis. Caso haja interesse ou necessidade por parte da entidade em alterar suas prticas, dever tal fato estar evidenciado em Notas Explicativas, representando estas complementos das demonstraes contbeis. Na fase inicial de seu trabalho, o Auditor deve verificar se existe uniformidade nas prticas contbeis adotadas pela entidade, assim como se ocorreram alteraes de tais prticas e, neste caso, se foram corretamente evidenciadas nas Notas Explicativas. Como exemplo, se a sociedade avaliava seus estoques pela sistemtica do inventrio permanente com base no mtodo PEPS e passou a adotar o da mdia ponderada mvel, dever tal fato estar consignado nas Notas Explicativas, evidenciando-se os efeitos nas demonstraes contbeis da companhia. A esse fato, dever estar atento o Auditor. Estabelece ainda a Norma que o planejamento deve considerar todos os fatores relevantes na execuo dos trabalhos. Dependendo do volume de operaes efetuadas pela entidade, na prtica, torna-se impossvel para o auditor examinar todos os fatos ocorridos. Dessa forma, o Auditor estabelecer a partir de que valor envolvido ir considerar os fatos contbeis relevantes, aplicando sobre estes o foco de seu trabalho a ser desenvolvido por meio de testes e amostragens com vistas a

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    verificar a veracidade e correo das informaes apresentadas na escriturao e nas demonstraes contbeis. 1.3.2. Conhecimento do Sistema Contbil e de Controles Internos (SCCI) da Entidade e seu grau de confiabilidade; Conceitua-se como Sistema Contbil e de Controles Internos (SCCI) o conjunto de mecanismos e rotinas desenvolvidos pelas entidades com vistas proteo de seus patrimnios e a garantia da integridade e tempestividade de seus registros contbeis. inerente a um eficaz Sistema Contbil e de Controles Internos a chamada segregao de funes e delimitao de responsabilidades entre os setores e funcionrios integrantes da entidade. Determinadas funes nunca devem ser atribudas ao mesmo funcionrio ou setor. Como exemplo, no deve o funcionrio responsvel pela escriturao das operaes efetuadas pela entidade ter acesso fsico aos numerrios (dinheiro ou cheques). Segregando-se as responsabilidades por estas funes, minimiza-se, significativamente, o risco de ocorrncia de fraudes contra a entidade. Outro exemplo o da segregao entre as funes de autorizao de ordens de compra de estoques com a do recebimento e custdia destes bens, ou com a da escriturao e pagamento destas aquisies. Registre-se que a responsabilidade pela elaborao e execuo do SCCI da entidade. Ao Auditor Independente cabe a avaliao da eficcia deste sistema, a ser efetuada, essencialmente, na fase de planejamento de auditoria. Tal distino objeto de vrias questes de prova. A anlise do SCCI realizada pelo Auditor compreende trs fases;

    1. Verificao da existncia do programa ou manual de controles internos na entidade;

    2. Verificao de se o SCCI est sendo executado conforme as

    definies estabelecidas pela entidade. Muitas vezes o SCCI est bem planejado, mas, na prtica, no est sendo cumprido conforme previsto, e;

    3. Verificao da eficcia do SCCI na identificao de erros e fraudes

    de efeitos relevantes.

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    A partir da obteno dos resultados desta anlise, o Auditor ter condies de direcionar seu trabalho. Obviamente, quanto mais eficaz for o SCCI, mais facilitado estar o trabalho do auditor independente, pois haver uma maior garantia da veracidade das informaes contbeis fornecidas pela entidade. Em contrapartida, um SCCI deficiente levar o Auditor a executar uma maior quantidade de procedimentos para que possa manifestar uma opinio segura sobre as demonstraes contbeis da entidade. Aps a anlise do SCCI, o Auditor ter condies de direcionar seu trabalho, definindo a natureza, a oportunidade e a extenso dos procedimentos de auditoria. Vejamos uma questo do concurso de Auditor Fiscal do Tesouro Nacional (AFTN), atualmente Auditor Fiscal da Receita Federal (AFRF), do ano de 1996, relativa ao item em anlise. 3. (ESAF- AFTN-96) Na auditoria das demonstraes contbeis, o auditor deve efetuar o estudo e avaliao do sistema contbil e de controles internos da entidade, com a finalidade principal de: a) Determinar a natureza, oportunidade e extenso dos procedimentos de auditoria. b) Verificar se os sistemas funcionam da forma como esto previstos. c) Proporcionar a emisso de relatrio de recomendao de melhorias requeridas. d) Constatar pontos fracos e ineficientes que possam gerar fraudes e erros. e) Proporcionar conhecimentos bsicos sobre a empresa e sua organizao. Comentrios: Cabe observar que a questo apresenta em todas as suas opes finalidades do auditor no estudo e avaliao do SCCI. B) Verificar se os sistemas funcionam da forma como esto previstos, conforme j ressaltado, um dos objetivos da avaliao do SCCI por parte do Auditor; C) Quando o Auditor constata falhas ou imperfeies no SCCI, deve, obrigatoriamente, comunicar entidade e propor medidas corretivas. Tal comunicao, dependendo das caractersticas da entidade auditada, ser efetuada por meio de um relatrio circunstanciado e detalhado sobre as deficincias detectadas. No

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    caso de auditorias independentes em companhias abertas, por fora da legislao da Comisso de Valores Mobilirios (Instruo CVM n 308/1999, art. 25, inciso II), o Auditor dever elaborar o referido relatrio. Em outras entidades, dependendo do contrato estabelecido entre o auditor e a entidade, a comunicao poder ser efetuada por meio de carta-comentrio. d) Tambm finalidade do auditor na anlise do SCCI constatar pontos fracos e ineficientes que possam gerar fraudes e erros. e) Outro objetivo importante na anlise do SCCI o de proporcionar conhecimentos bsicos sobre a empresa e sua organizao. No entanto, o enunciado refere-se principal finalidade do auditor ao efetuar o estudo e avaliao do sistema contbil e de controles internos da entidade. Conceitualmente, a principal finalidade do auditor nesta fase a de determinar a natureza (tipo), oportunidade (momento) e a extenso dos procedimentos de auditoria. Gabarito: Letra A 1.3.3. Avaliao dos Riscos de Auditoria em funo do volume e complexidade das transaes realizadas; A NBC T 11, aprovada pela Resoluo n 820/1997, em seu item 11.2.3.1, define o conceito de Risco de Auditoria.

    RISCO DE AUDITORIA a possibilidade do Auditor vir a emitir uma opinio tecnicamente inadequada sobre demonstraes contbeis significativamente incorretas. O conceito de Risco de Auditoria cobrado na grande maioria dos provas de auditoria. Normalmente, no que se refere ao conceito, as questes reproduzem literalmente a definio da norma. A avaliao do Risco de Auditoria efetuada pelo Auditor na fase de planejamento dos trabalhos. Tal mensurao est intimamente

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    relacionada com o grau de eficcia do SCCI da entidade. Quanto mais eficaz for o sistema, menor ser a possibilidade do Auditor manifestar uma opinio inadequada, ou seja, uma opinio equivocada sobre as Demonstraes Contbeis auditadas. Da mesma forma, o Risco de Auditoria est diretamente relacionado com o volume e a complexidade das transaes realizadas pela entidade. Quanto maior o volume e a complexidade das operaes, maior ser o risco do auditor no identificar uma distoro relevante nos saldos das contas ou nas classes de transaes. Como exemplo, se uma entidade apresenta em seu Balano Patrimonial seus Estoques avaliados por R$ 400.000,00. BALANO PATRIMONIAL ATIVO ATIVO CIRCULANTE ESTOQUES R$ 400.000 O Risco de Auditoria a possibilidade de existir um erro relevante no valor dos Estoques (valor real diferente do apresentado) e o Auditor no conseguir identific-lo. Vocs poderiam perguntar: A partir de que percentual o erro seria considerado relevante? A norma no estabelece tal percentual. Depender este da importncia dos estoques para a entidade e dos critrios de avaliao do Auditor. As grandes empresas de auditoria consideram erros relevantes para as contas do ativo circulante aqueles que ultrapassam percentuais que variam de 0,5% a 1%. A seguir, apresentada uma questo envolvendo o assunto em anlise: 4. (ESAF AFRF 2002.1)- A possibilidade de o auditor vir a emitir um parecer que contenha opinio tecnicamente inadequada sobre demonstraes contbeis significativamente incorretas denomina-se: a) Risco de auditoria b) Risco do controle c) Risco inerente d) Risco esperado e) Risco de deteco

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    Comentrios: O enunciado da questo refere-se ao conceito do Risco de Auditoria. um dos conceitos mais explorados em provas de auditoria. Gabarito: A 1.3.4. A Natureza, Oportunidade e Extenso dos procedimentos de auditoria a serem realizados. Conforme j assinalado, a principal finalidade da anlise do auditor na avaliao do SCCI o de determinar a Natureza, Oportunidade e Extenso dos procedimentos de auditoria a serem realizados. Na determinao da Natureza (Tipo), o Auditor determina quais os procedimentos de auditoria que so necessrios no caso. Verificaes fsicas e documentais de ativos, diligncias junto a clientes e fornecedores para confirmao das operaes registradas pela entidade e conferncia de conciliaes e clculos dos dados contbeis so alguns dos procedimentos aplicados pelos auditores. 1.3.5. A existncia de entidades associadas, filiais e partes relacionadas. Tambm funo do Auditor verificar a existncia de entidades que possuam vnculos jurdicos, comerciais ou operacionais com a entidade auditada. Tal anlise permite uma idia da abrangncia das atividades da entidade e, conseqentemente, da integridade dos dados gerados pelo seu sistema contbil ou da omisso de informaes relevantes. 1.3.6. O uso de trabalhos de outros auditores independentes, especialistas e auditores internos; O Auditor pode utilizar trabalhos de outros auditores independentes, auditores internos ou de especialistas. Cabe ressaltar, no entanto, que mesmo utilizando o trabalho de terceiros, o Auditor mantm integralmente a sua responsabilidade, conforme preceitua os itens 1.7.1 e 1.8.1 da NBC P 1, aprovada pela Resoluo CFC n 821/1997. 1.3.7. Pareceres, relatrios e outros informes a serem entregues entidade; No planejamento de seus trabalhos, o Auditor deve verificar todos os pareceres e relatrios a serem entregues entidade.

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    1.3.8. Ateno aos prazos estabelecidos por entidades reguladoras ou fiscalizadoras e para informaes aos demais usurios. Dever o Auditor estar atento ao cumprimento dos prazos estabelecidos pelas entidades reguladoras ou fiscalizadoras, tais como a Comisso de Valores Mobilirios. As Normas Brasileiras de Contabilidade podem ser obtidas no site do Conselho Federal de Contabilidade www.cfc.org.br. Na prxima aula, continuaremos o estudo na seqncia programada. At l e bons estudos.

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    AUDITORIA - AULA 1

    Caros amigos, Nessa ltima sexta-feira, 17/03/2006, finalmente saiu o edital do concurso de Agente Fiscal de Rendas do Estado de So Paulo elaborado pela Fundao Carlos Chagas. A matria de Auditoria est prevista na prova 2, com 15 questes e peso 2. Sobre os programas de Auditoria, Contabilidade de Custos e Anlise de Balanos esto sendo apresentados comentrios no espao abeto do Ponto dos Concursos. Em relao ao que espervamos no houve grandes novidades. Ento, vamos ao trabalho, continuando o estudo dos tpicos dentro da seqncia definida na aula 0. 2. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA ASPECTOS CONCEITUAIS Nesta aula, estudaremos os Procedimentos de Auditoria, abordando os aspectos conceituais do referido tpico. As aplicaes prticas sero estudadas nas prximas aulas. importante salientar que vrias questes de provas de auditoria so puramente conceituais, isto quer dizer que para acertar a questo o candidato deve identificar a opo que reproduz literalmente o conceito contido na norma. Em muitas ocasies, vocs iro se deparar com questes, nas quais todas ou algumas das opes estaro aparentemente certas. Nessas situaes, a alternativa considerada correta ser aquela que reproduz literalmente a norma. Teremos oportunidade de verificar esse fato em algumas questes. Aps esta breve observao, voltemos ao tema da presente aula. Conforme consignado no item 11.1.2 da NBC T 11, aprovada pela Resoluo CFC n 820/1997, os Procedimentos de Auditoria so o conjunto de tcnicas que permitem ao auditor obter evidncias ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinio sobre as demonstraes contbeis auditadas e abrangem os Testes de Observncia e Testes Substantivos. Vejam as definies no quadro a seguir:

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    PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

    1. TESTES DE OBSERVNCIA OU EXAMES DE ADERNCIA Visam obteno de razovel segurana de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administrao esto em efetivo funcionamento e cumprimento.

    2. TESTES SUBSTANTIVOS

    Visam a obteno de evidncias quanto Suficincia, Exatido e Validade dos dados produzidos pelo sistema contbil da entidade. Dividem-se em:

    a) Testes de Transaes e Saldos e;

    b) Procedimentos de Reviso Analtica

    2.1. TESTES DE OBSERVNCIA Conforme analisado na primeira aula, na fase de planejamento de auditoria, o Auditor examina o Sistema Contbil e de Controles Internos da Entidade com o principal objetivo de determinar a Natureza, a Oportunidade e a Extenso dos Procedimentos de Auditoria.

    Denominam-se Testes de Observncia ou Exames de Aderncia os procedimentos executados pelo Auditor nessa fase.

    Tambm, conforme analisado na Aula 0, conceitua-se como Sistema Contbil e de Controles Internos (SCCI) o conjunto de mecanismos e rotinas desenvolvidos pelas entidades com vistas proteo de seus patrimnios e a garantia da integridade e tempestividade de seus registros contbeis, envolvendo o estabelecimento da segregao das funes entre setores ou funcionrios e as respectivas delegaes de competncia. Vimos tambm que na anlise do SCCI o Auditor visa, basicamente, obter respostas para trs indagaes: 1.Verificar a existncia do programa de controles internos na entidade; 2.Verificar se o SCCI est sendo executado conforme as definies estabelecidas pela entidade. Muitas vezes o SCCI est bem planejado, mas, na prtica, no est sendo cumprido conforme previsto, e;

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    3.Verificar a eficcia do SCCI na identificao de erros e fraudes de efeitos relevantes.

    Os Testes de Observncia so tambm chamados de Exames de Aderncia, tendo o termo aderncia o significado de adeso dos procedimentos descritos no planejamento dos controles execuo prtica destes.

    Assim, os Testes de Observncia so aqueles executados pelo Auditor para verificar a existncia, efetividade e continuidade dos controles internos. A aplicao dos Testes de Observncia se d, por exemplo, por meio de entrevistas com os administradores e funcionrios da entidade, para verificar, entre outros aspectos, como esto distribudas as funes e responsabilidades relativas s atividades de controle dos estoques, tais como: a) Compra de Estoques - O Auditor verifica se existem pessoas com a incumbncia de detectar a necessidade de reposio de estoques e efetuar a solicitao para aquisio destes, com vistas a que sempre seja mantida uma quantidade mnima de produtos (no caso de sociedades industriais) ou de mercadorias (tratando-se de sociedades comerciais). Evita-se, assim, que eventuais pedidos de clientes no sejam atendidos por insuficincia dos bens de venda. b) Levantamento de Preos e Seleo de Fornecedores - O Auditor verifica se existem pessoas na entidade com a responsabilidade de efetuar o levantamento de preos e a seleo de fornecedores, procurando as melhores opes de compra para reposio dos estoques. c) Autorizao para Emisso de Ordens de Compra - O Auditor verifica se existem pessoas na entidade com a tarefa de autorizar as aquisies de estoques, por meio da emisso de ordens de compra. d) Recepo de Guarda dos Estoques - O Auditor verifica se existem pessoas na entidade com a incumbncia de recepcionar e guardar os estoques e os documentos de emisso dos fornecedores, como Notas Fiscais, Faturas e Duplicatas. e) Registro Contbil das Aquisies e Baixas - O Auditor verifica se existem pessoas na entidade com a incumbncia de efetuar os registros contbeis relativos s aquisies de estoques, liquidao das obrigaes com os fornecedores e baixa nos bens vendidos.

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    f) Controle de Contas a Pagar - O Auditor verifica se existem pessoas na entidade com a incumbncia de controlar os prazos de vencimento das compras a prazo. g) Pagamento das Compras - O Auditor verifica se existem pessoas na entidade com a responsabilidade de efetuar os pagamentos das aquisies de estoques efetuadas a prazo. Dessa forma, o acompanhamento do desenvolvimento das referidas atividades por parte do Auditor constitui-se em uma modalidade de Testes de Observncia. Vejamos algumas questes de concursos realizados pela ESAF relativas matria em pauta.

    Apresentaremos as questes numeradas na ordem seqencial de cada captulo.

    1.(AFRF/2001/ESAF) Para verificar a existncia, efetividade e continuidade dos controles internos da entidade, o auditor independente de demonstraes contbeis aplica: a) Testes substantivos b) Testes de observncia c) Testes de reviso analtica d) Testes de abrangncia e) Testes de conferncia de clculos Comentrios: um exemplo de questo puramente conceitual. Reproduz literalmente a definio contida na norma.

    Gabarito: B

    2. (AFTE/RN/2004/2005-ESAF) Os testes de observncia tm como objetivo obter: a) certeza de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administrao esto em efetivo funcionamento e cumprimento. b) razovel segurana de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administrao esto em efetivo funcionamento e cumprimento. c) certeza de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administrao no esto em efetivo funcionamento e cumprimento.

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    d) confiabilidade absoluta de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administrao no esto em efetivo funcionamento e parcial cumprimento. e) razovel certeza de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administrao no esto em efetivo funcionamento e cumprimento. Comentrios: Observem com ateno os termos conceituais especificados nas normas de regncia. Os Testes de Observncia visam a obteno de razovel segurana de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administrao esto em efetivo funcionamento e cumprimento. Novamente uma questo que reproduz literalmente a norma. Gabarito: B

    2.2 TESTES SUBSTANTIVOS Aps a anlise do Sistema Contbil e de Controles Internos, o Auditor ter condies de direcionar seu trabalho, estabelecendo quais procedimentos ir executar (natureza), em que reas e momentos (oportunidade ou poca) e em que quantidade (extenso) ir aplic-los. Denominam-se Testes Substantivos aqueles executados pelo Auditor aps a fase de planejamento de auditoria, quando j se tem uma idia das contas que apresentam maior risco de terem os saldos com erros relevantes, das operaes em relao s quais os Controles Internos so menos eficientes, e, portanto, esto mais sujeitas ocorrncia de erros e fraudes, enfim, quando j possvel ter uma noo melhor das demonstraes contbeis da entidade em seu conjunto. O item 11.1.2.3 da NBC T 11, define: Os Testes Substantivos visam obteno de evidncia quanto suficincia, exatido e validade dos dados produzidos pelo sistema contbil da entidade, dividindo-se em: a) testes de transaes e saldos; e b) procedimentos de reviso analtica. Entende-se por evidncia quanto suficincia, a razovel garantia de que todos os fatos contbeis relevantes esto escriturados e documentados.

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    Entende-se por evidncia quanto exatido, a razovel garantia de que tais fatos encontram-se contabilizados e documentados corretamente e se os saldos evidenciados nas Demonstraes Contbeis no contm erros relevantes. Entende-se por evidncia quanto validade, a razovel garantia de que os registros e documentos fiscais e comerciais representam operaes que de fato ocorreram, se no correspondem, por exemplo, a registros falsos ou a Notas Fiscais frias. Os Testes Substantivos dividem-se em: a) Testes de Transaes e Saldos Compreendem os procedimentos aplicados com vistas verificar se as transaes (operaes) registradas correspondem a fatos efetivamente ocorridos e se os saldos no contm erros significativos. b) Procedimentos de Reviso Analtica Compreendem os procedimentos realizados por meio de anlises e ndices que visam identificar tendncias atpicas (anormais). Como exemplo de Procedimento de Reviso Analtica, vamos supor que o Auditor avalie a variao dos valores das Despesas Gerais de uma sociedade por trs exerccios sucessivos, conforme demonstrativo abaixo:

    Exerccios 2003 2004 2005 Valores R$ 40.000,00 R$ 43.000,00 R$ 90.000,00 Tal verificao representa uma Anlise Horizontal. Constata-se a evoluo dos valores de uma conta, um grupo ou subgrupo ao longo de perodos subseqentes. Ocorreu uma variao atpica entre os valores dos exerccios de 2004 e 2005. O aumento de R$ 43.000,00 para R$ 90.000,00 nas Despesas Gerais da entidade deve ser investigado. O Auditor ter como objetivo verificar se a alterao dos valores se justifica, se de fato ocorreu ou se significou algum tipo de fraude ou erro contra a entidade. Os Testes Substantivos representam os principais procedimentos de auditoria e, em algumas questes de concursos, so definidos como o objetivo fundamental da auditoria contbil. H uma enorme quantidade de questes de concursos que versam sobre o conceito apresentado, vejamos:

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    3. (AFTN/1996/ESAF) Procedimentos de auditoria so o conjunto de tcnicas que permitem ao auditor obter evidncia ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinio sobre as demonstraes contbeis auditadas e abrangem: a) Testes de observncia e procedimentos de reviso analtica. b) Testes de transaes e saldos e testes substantivos. c) Testes de observncia e testes substantivos. d) Testes de transaes e procedimentos de reviso analtica e) Testes substantivos e procedimentos de reviso analtica Comentrios: Trata a questo do conceito de Procedimentos de Auditoria apresentado na NBC T 11, aprovada pela Resoluo n 820/1997. A questo reproduz literalmente a definio contida na norma. Gabarito: C 4. (AFTN/1998/ESAF) A concluso sobre a adequada mensurao, apresentao e divulgao das transaes econmico financeiras, em consonncia com os Princpios Fundamentais de Contabilidade, um dos objetivos dos a) Testes de observncia b) Testes de procedimentos c) Procedimentos de inspeo d) Procedimento de confirmao e) Testes substantivos Comentrios: Observem amigos, que o enunciado se refere, praticamente, ao objetivo da auditoria contbil. Deve-se, portanto, verificar qual das alternativas tem maior amplitude, qual a que abrange maior quantidade de situaes a serem constatadas pelo Auditor. Sendo os Testes Substantivos os principais procedimentos utilizados na execuo da auditoria contbil, esta ser a opo correta. Gabarito: E 5. (AFTN/1998/ESAF) Os procedimentos de auditoria que tm por finalidade obter evidncias quanto suficincia, exatido e validade dos dados gerados pelo sistema de contabilidade da entidade so denominados testes a) De observncia b) De aderncia c) De controle

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    d) Substantivos e) De existncia Comentrios: Novamente, cobrado o conceito de Testes Substantivos estabelecido na NBC T 11. Observem e gravem as palavras-chave; Suficincia, Exatido e Validade. Gabarito: D 2.3 PROCEDIMENTOS TCNICOS BSICOS DE AUDITORIA Tanto os Testes Substantivos quanto os Testes de Observncia so desenvolvidos por meio dos Procedimentos Bsicos de Auditoria. Assim, os Testes Substantivos e de Observncia so gneros, dos quais os Procedimentos Tcnicos Bsicos de Auditoria so espcies. O item 11.2.6 da NBC T 11 estabelece: 11.2.6 APLICAO DOS PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA 11.2.6..1 A aplicao dos procedimentos de auditoria deve ser realizada, em razo da complexidade e volume das operaes, por meio de provas seletivas, testes e amostragem, cabendo ao auditor, com base na anlise dos riscos de auditoria e outros elementos de que dispuser, determinar a amplitude dos exames necessrios obteno dos elementos de convico que sejam vlidos para o todo. 11.2.6.2 - Na aplicao dos testes de observncia e substantivos, o auditor deve considerar os seguintes procedimentos tcnicos bsicos: a) inspeo exame de registros, documentos e de ativos

    tangveis; b) observao acompanhamento de processo ou

    procedimento quando de sua execuo; c) investigao e confirmao obteno de informaes

    junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transao, dentro e fora da entidade;

    d) clculo conferncia da exatido aritimtica de documentos comprobatrios, registros e demonstraes contbeis e outras circunstncias; e

    e) reviso analtica verificao do comportamento de valores significativos, mediante ndices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas identificao de situao ou tendncias atpicas. (grifamos)

    Vejam o quadro a seguir: PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

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    1. TESTES DE OBSERVNCIA 2.TESTES SUBSTANTIVOS PROCEDIMENTOS BSICOS DE AUDITORIA

    a) Inspeo b) Observao c) Investigao e Confirmao d) Clculo e) Reviso Analtica

    a) Inspeo O Auditor executa o procedimento tcnico de inspeo quando examina os registros contbeis referentes a determinadas operaes, os documentos fiscais e comerciais a elas vinculados e os ativos tangveis. Como exemplo, suponhamos que o Auditor verifique o seguinte registro contbil na escriturao da entidade auditada: Mercadorias a Fornecedores R$ 300.000,00 Histrico: Aquisio de 100 unidades do produto Alfa, a R$ 3.000,00 cada. Para facilitar o entendimento, vamos imaginar que esta tenha sido a nica operao de compra realizada pela entidade no perodo auditado e que no existissem estoques anteriores. Tambm constata o Auditor que foi realizada apenas uma venda. Clientes a Receita de Vendas R$ 350.000,00 Histrico: Venda de 70 unidades do produto Alfa, a R$ 5.000,00 cada. O Auditor dever verificar os referidos lanamentos e confront-los com os documentos fiscais e comerciais (Notas Fiscais, Faturas e Duplicatas) emitidas nas compras pelos fornecedores, como tambm aqueles emitidos pela entidade nas vendas. Tambm poder verificar os documentos referentes aos controles internos da entidade, tais como os representativos de autorizaes para compra e venda e de recepo de estoques, entre outros. Nessa situao, estar o Auditor realizando o procedimento tcnico bsico de Inspeo. Tambm estar realizando a Inspeo ao acompanhar a contagem fsica de Estoques Finais (exame de ativos tangveis).

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    b) Observao O Auditor executa o procedimento tcnico da observao quando acompanha um processo ou procedimento, durante a sua execuo.

    Como exemplo, ao acompanhar as rotinas estabelecidas pela entidade para seus controles internos estar executando a observao. preciso tomar cuidado para no confundir os conceitos. Os Testes de Observncia compreendem todos os procedimentos executados pelo Auditor ao analisar o Sistema Contbil e de Controles Internos da entidade. Nessa anlise, o Auditor examina documentos e registros (inspeo), acompanha procedimentos (observao), assim como executa os demais procedimentos tcnicos bsicos. c) Investigao e Confirmao O Auditor executa o procedimento tcnico bsico de Investigao e Confirmao quando confirma junto a pessoas externas ou internas entidade a veracidade dos dados constantes dos registros contbeis e dos documentos fiscais e comerciais. Como exemplo, na situao apontada no item a (Inspeo), sendo considerados relevantes os valores envolvidos nas operaes de compra e venda, ter o Auditor a obrigao de confirmar as operaes junto aos Fornecedores e Clientes da entidade. Tal procedimento efetuado por meio da circularizao, a qual consiste no envio de cartas para que sejam confirmadas ou no as operaes indicadas. Cabe ressaltar que as cartas so assinadas pela entidade e as respectivas respostas devem ser enviadas ao Auditor. Observem o quadro a seguir: CIRCULARIZAO Entidade Carta

    (assinada pela entidade)

    Auditor Resposta (enviada ao Auditor)

    Clientes Fornecedores Bancos Seguradoras Advogados

    Registre-se que, conforme interpretao das questes referentes ao assunto, a ESAF considera que somente as pessoas indicadas (Clientes, Fornecedores, Bancos, Seguradoras e Advogados) so objeto de circularizao. Em relao a outras bancas examinadoras no h esta distino to rgida. As situaes devem ser analisadas caso a caso.

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    A Investigao e Confirmao tambm aplicada em relao s pessoas internas entidade, tais como administradores, contadores e funcionrios em geral. A investigao neste caso efetuada por meio de entrevistas. Como conveno, considera-se a informao externa mais confivel que a interna. O Pedido de Confirmao pode ser de dois tipos, Positivo ou Negativo. 1.Positivo aquele no qual solicitada a resposta em qualquer caso, seja positiva ou negativa. O pedido positivo subdivide-se em Branco ou Preto. 1.1. Branco Quando no pedido no so indicados os valores a serem confirmados; 1.2. Preto Quando no pedido so indicados os valores a serem confirmados. O Pedido Positivo Branco est associado a Sistemas de Controles Internos mais eficazes, enquanto que o Pedido Positivo Preto a Controles menos eficientes, j que neste ltimo caso, o auditor precisa de maior segurana em relao informao. 2. Negativo o pedido no qual s solicitada a resposta em caso negativo, ou seja, a carta somente ser respondida caso no tenha ocorrido a operao que se deseja confirmar. Neste tipo de pedido, em no havendo a resposta, presume-se que tenha ocorrido a operao. Quando estiverem envolvidos valores individualmente relevantes, normalmente, adotado o Pedido Positivo Preto, pois, como j dito, nesse caso, o Auditor necessita de maior segurana quanto a resposta dos terceiros envolvidos. O Pedido Negativo normalmente utilizado quando as informaes solicitadas envolverem vrias operaes que, individualmente, envolvam valores pequenos, mas que no total representem valores relevantes. O Pedido Negativo tambm usado para confirmar o Pedido Positivo. d) Clculo O Auditor executa o procedimento tcnico bsico de Clculo quando objetiva verificar a exatido dos valores indicados na Escriturao e nas Demonstraes Contbeis da entidade, tais como totalizaes de Receitas de Vendas ou Despesas (Gerais,

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    Administrativas, Financeiras e de Vendas) e Dividendos (parcela dos lucros que cabe aos acionistas), entre outras. e) Procedimentos de Reviso Analtica O Auditor aplica tais procedimentos por meio de anlises e ndices com vista a identificar tendncias atpicas. As anlises so, em grande parte, semelhantes quelas efetuadas na tcnica contbil da Anlise das Demonstraes Financeiras, tais como Anlise Horizontal, Vertical e por Quocientes. Observem que os Procedimentos de Reviso Analtica inserem-se tanto na classificao de Procedimentos Tcnicos Bsicos de Auditoria, assim como na de subdivises de Testes Substantivos. Vejamos questes de concursos pertinentes ao assunto: 6. (AFTN/1996/ESAF) Das opes abaixo, assinale a que no corresponde a um procedimento usual de auditoria a) Exame fsico, inspeo e conferncia de clculo b) Conferncia de clculo e exame da escriturao c) Exames dos documentos originais e confirmao d) Anlise do balano e anlise do fluxo de caixa e) Inspeo, investigao minuciosa e observao. Comentrios: Entende-se como usual o procedimento bsico tcnico de auditoria. Assim, dever ser assinalada a opo que no corresponde a qualquer dos procedimentos conceituados como bsicos, quais sejam, Inspeo, Observao, Investigao e Confirmao, Clculo e Procedimentos de Reviso Analtica. Temos visto que vrias questes reproduzem literalmente os conceitos estabelecidos na legislao. Dessa forma, o primeiro critrio a ser aplicado em questes conceituais o da reproduo literal da norma. No sendo possvel aplicar este critrio, cabe partir para a definio dos conceitos referentes aos ditos procedimentos tcnicos bsicos de auditoria. Ainda no sendo possvel a aplicao do segundo critrio, utiliza-se a analogia. Observem que, na presente questo, no se pode aplicar o primeiro critrio que o da literalidade, j que no h uma alternativa que reproduza literalmente os Procedimentos Bsicos

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    (Inspeo, Observao, Investigao e Confirmao, Clculo e Procedimentos de Reviso Analtica). Assim, aplica-se o segundo critrio que o correspondente s definies dos referidos procedimentos. Analisando-se as opes apresentadas: a) Exame fsico, inspeo e conferncia de clculo Exame fsico faz parte da Inspeo; Inspeo (reproduo literal da norma) e Conferncia de Clculo (Procedimento Tcnico de Clculo); b) Conferncia de clculo e exame da escriturao Conferncia de clculo; O Exame da Escriturao faz parte da Inspeo; c) Exames dos documentos originais e confirmao Exames dos documentos originais faz parte da Inspeo; Confirmao (Procedimento Tcnico Bsico de Investigao e Confirmao); Conferncia de clculo d) Anlise do balano e anlise do fluxo de caixa Anlise do Balano um termo muito genrico e no se enquadra no conceito de Procedimentos Tcnicos Bsicos de Auditoria. Anlise do Fluxo de Caixa no se constitui em Procedimento Tcnico Bsico de Auditoria; e) Inspeo, investigao minuciosa e observao. Inspeo; Investigao minuciosa (Investigao e Confirmao) e Observao. Gabarito: D 7. (AFTN/1996/ESAF) Assinale a opo que representa alguns procedimentos tcnicos bsicos de auditoria, conforme as normas de auditoria independente das demonstraes contbeis. a) Inspeo, observao, investigao e confirmao. b) Inspeo, observao e composio de saldos contbeis. c) Reviso analtica, clculo e conciliao bancria. d) Investigao e confirmao, inventrio de estoques. e) Composio e conciliao de saldos de fornecedores.

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    Comentrios: o tipo de questo em que pode ser aplicado o primeiro critrio (literalidade) Os demais procedimentos, tais como conciliaes bancrias e inventrio de estoques, embora sejam procedimentos executados pelo Auditor, no se conceituam, literalmente, como Procedimentos Tcnicos Bsicos de Auditoria. Gabarito: A 8. (AFTN/1996/ESAF) A confirmao implica a obteno de declarao formal e isenta de pessoas independentes Companhia. Quais dos procedimentos abaixo no esto relacionados com os exames de confirmao. a) Seleo criteriosa dos itens, por serem examinados atravs do procedimento de confirmao. b) Controle dos pedidos de confirmao, por serem despachados aos destinatrios. c) Procedimento alternativo de verificao para as respostas de confirmaes no recebidas d) As respostas do pedido de confirmao devem ser endereadas empresa auditada. e) Confirmaes obtidas pessoalmente, nos casos julgados apropriados pelo auditor. Comentrios: Conforme analisado na explanao referente ao Procedimento Tcnico Bsico de Investigao e Confirmao, no que tange Circularizao, vimos que as cartas com os pedidos de confirmao so assinadas pela entidade, mas as respostas devem ser enviadas ao Auditor. Cabe observar que em determinadas situaes, o Auditor pode constatar a necessidade de obter as confirmaes pessoalmente. Gabarito: D 9. (AFTN/1996/ESAF) A investigao constitui-se em um dos procedimentos da auditoria. Este deve ser utilizado em qual caso abaixo: a) Exame do saldo contbil de duplicatas a receber e dos contratos. b) Exame dos saldos bancrios de livre movimentao e dos contratos. c) Exame de contratos e do saldo de contas a pagar. d) Exame da variao de saldo de contas a pagar e dos contratos. e) Exame detalhado das aprovaes de baixas de duplicatas incobrveis

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    Comentrios: Conforme registrado no item referente Investigao e Confirmao, a ESAF considera que a Circularizao restrita aos Clientes, Fornecedores, Bancos, Seguradoras e Advogados. Mesmo admitindo-se que tal procedimento possa ser aplicado em outras situaes, para efeito de soluo de questes de provas, devemos aplicar esse entendimento. A presente questo pode ser solucionada aplicando-se o raciocnio lgico. Em quatro alternativas, so mencionados os contratos. Nestas mesmas quatro situaes, constam pessoas que sabemos serem objeto de circularizaes, tais como: a) Duplicatas a Receber (Circularizao com Clientes) b) Saldos Bancrios (Circularizao com Bancos) c) Contas a Pagar (Circularizao com Fornecedores) d) Contas a Pagar (Circularizao com Fornecedores) Dessa forma, verificamos que os contratos, no entendimento da ESAF, no so objeto de circularizaes, pois se assim no fosse, teramos quatro alternativas corretas, o que seria impossvel. Resta a opo E. No caso, a Investigao relativa a Aprovaes de Baixas de Duplicatas Incobrveis efetuada com pessoas internas entidade, com vistas avaliao dos controles internos, analisando-se se existem pessoas responsveis pela autorizao das referidas baixas. Tal definio, a ser efetuada pela entidade, visa evitar a ocorrncia de fraudes. Como exemplo, vejamos a seguinte situao: Suponhamos que em uma entidade com um Sistema Contbil e de Controle Interno deficiente, um funcionrio que responsvel, simultaneamente, pelo recebimento dos valores de vendas a prazo de clientes e pela escriturao dos referidos recebimentos, incluindo as eventuais baixas de crditos incobrveis, resolva se apropriar indevidamente de um recebimento de clientes no valor de R$ 10.000,00. O lanamento correto seria: Caixa a Clientes R$ 10.000,00

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    Mas, como o recurso recebido foi desviado, o funcionrio desonesto ocultou o desfalque, alegando que o valor no foi recebido e, portanto, teve que ser baixado na contabilidade como incobrvel. Efetuou, ento, o seguinte registro: PCLD a Clientes R$ 10.000,00 Tal desfalque denominado Permanente, pois o funcionrio tem acesso tanto aos numerrios quanto aos registros contbeis. Dessa forma, na constituio de um Sistema de Controle Interno eficaz, dever haver a segregao entre as funes de recebimento, escriturao e de autorizao para baixa de crditos incobrveis. Gabarito: E 10. (AFTN/1998/ESAF) O auditor realiza o procedimento tcnico de inspeo para a) Verificao do comportamento de valores relevantes b) Acompanhamento de processos, no momento da execuo c) Obteno de informaes junto a terceiros d) Conferncia da exatido aritmtica de documentos e registros e) Exame de registros, documentos e de ativos tangveis Comentrios: Definio conceitual do Procedimento Tcnico Bsico de Inspeo contido na NBC T 11. Gabarito: E 11. (AFTN/1998/ESAF) O procedimento tcnico de confirmao no se aplica nos exames de auditoria de: a) Passivos contingentes b) Reavaliao de imobilizado c) Saldos de clientes d) Cobertura de seguros e) Saldos de fornecedores Comentrios: Considerando o entendimento da ESAF de que somente Clientes, Fornecedores, Bancos, Seguradoras e Advogados so objeto da Circularizao, teramos:

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    a) Passivos Contingente Este termo ser estudado com maior profundidade em aulas posteriores. Os Passivos Contingentes representam as obrigaes registradas pela entidade em funo de situaes excepcionais, tais como Aes Judiciais movidas contra a entidade ou Autos de Infrao em relao aos quais so significativas as chances de perda. So calculadas, normalmente, com base em estimativas (provises do passivo exigvel). A Confirmao de Passivos Contingentes efetuada junto aos advogados da entidade. b) Reavaliao de imobilizado No entendimento da ESAF, na auditoria da reavaliao de imobilizado no seria aplicado o procedimento tcnico de confirmao. Entendo que esta viso restritiva, j que poderia ser efetuada a confirmao, por exemplo, dos laudos de reavaliao junto aos peritos. Nas demais opes, constam Clientes, Seguradoras e Fornecedores. Gabarito: B 12. (AFTN/1998/ESAF) A obteno de informaes junto a pessoas ou entidades, para confirmao de transaes, conhecida na atividade de auditoria como circularizao, pode ser de dois tipos, quanto forma de resposta: a) brancas e preta b) interna e externa c) aberta e fechada d) positiva e negativa e) ativa e passiva Comentrios: A confirmao pode ser Positiva ou Negativa, conforme exposto na presente aula. Cuidado para no haver confuso com Circularizao Branca e Preta, que so subdivises da Confirmao Positiva. Gabarito: D 13.(AFTN/1998/ESAF) Nos exames de auditoria das contas da demonstrao de resultados, os seguintes procedimentos tcnicos no so usualmente aplicados pelos auditores: a) Conferncia de clculo e registros b) Inspeo e clculo c) Confirmao e observao

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    d) Reviso analtica e inspeo e) Reviso analtica e clculo Comentrios: Esta questo pode ser resolvida de duas formas: O enunciado determina que seja assinalada a opo que corresponda a procedimentos no aplicveis s contas de resultado. a) Conferncia de Clculo utilizada, por exemplo, na soma

    das Notas Fiscais de venda e Faturas para verificao da exatido do valor das Receitas Brutas evidenciado na Demonstrao do Resultado do Exerccio. Os registros das Receitas e Despesas devem ser verificados por meio da Inspeo.

    b) Idem ao comentrio da letra A c) A Confirmao, conforme j analisado, aplicvel para aquelas cinco pessoas. Suponhamos que o Auditor se depare com o seguinte registro: Clientes a Receita de Vendas R$ 60.000,00 Conforme j consignado, quando estiverem envolvidos valores relevantes nos registros ou demonstraes contbeis relativos a contas a receber ou a pagar, saldos bancrios, seguros e passivos contingentes, o Auditor deve circularizar com as respectivas pessoas envolvidas. Dessa forma, em relao ao lanamento descrito, dever o Auditor circularizar junto ao Cliente para confirmao da operao descrita. Ao receber a resposta, o Auditor estar, automaticamente, confirmando o valor concernente Receita de Vendas. Todavia, o Teste Primrio foi dirigido para a conta Clientes, considerando-se como Teste Secundrio o efetuado sobre a conta de resultado. Assim, a Confirmao aplica-se s contas de resultado somente de forma secundria, tendo em vista ser dirigida para as contas Clientes, Fornecedores, Bancos, Seguradoras e Advogados. Outra forma de resolver a questo considerar que a aplicao do Procedimento Tcnico Bsico da Observao dirigida

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    principalmente para a anlise do Sistema Contbil e de Controles Internos. d/e) A Reviso Analtica aplicada s contas de resultado quando, conforme j visto, o Auditor analisa a variao de Despesas ou Receitas ao longo de perodos sucessivos com vistas a identificar situaes atpicas. Gabarito: C 14. (AFRF/2001/ESAF)- A concluso quanto ocorrncia efetiva de uma transao contbil um dos objetivos do auditor para a aplicao dos: a) testes de clculos b) testes de observncia c) testes de abrangncia d) testes substantivos e) testes de procedimentos Comentrios: Conforme j analisamos, os Testes Substantivos so divididos em: 1.Testes de Transaes e Saldos e; 2. Procedimentos de Reviso Analtica. Assim, quando o Auditor objetiva tirar concluses sobre a ocorrncia efetiva de uma transao contbil, estar aplicando Testes de Transaes e Saldos, ou seja, Testes Substantivos. Gabarito: D 15. (AFRF/2001/ESAF)- O pedido de confirmao (circularizao) no qual o auditor solicita que o destinatrio responda apenas se a informao estiver errada usualmente denominado na atividade de auditoria independente: a) Positivo b) Em branco c) Negativo d) Em preto e) Com divergncia Comentrios: O pedido de confirmao (circularizao) no qual o auditor solicita que o destinatrio responda apenas se a informao estiver errada denominado Negativo.

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    Gabarito: C 16.(AFRF/2001/ESAF) Para certificar-se que direitos de crdito efetivamente existem em determinada data, o auditor independente utiliza, principalmente, o procedimento de: a) conferncia de clculo dos crditos b) observao de processo de controle c) inspeo de ativos tangveis d) confirmao junto aos devedores e) reviso analtica dos recebveis Comentrios: Os direitos de crdito da entidade sero confirmados mediante a aplicao do Procedimento Tcnico Bsico de Confirmao junto aos devedores (Clientes e outras pessoas que tenham obrigaes para com a entidade). Gabarito: D 17. (AFRF/2001/ESAF) O procedimento de auditoria de verificao do comportamento de valores relevantes, mediante ndices, quocientes e outros meios, visando identificar tendncias ou situaes anormais, denomina-se: a) Reviso analtica b) Observao c) Investigao e confirmao d) Conferncia de clculo e) Inspeo Comentrios: Trata-se da definio conceitual de Procedimentos de Reviso Analtica. Gabarito: A 18.(AFRF/2002.2/ESAF) O teste referente constatao, pelo auditor, de que os oramentos para aquisio de ativos so revisados e aprovados por um funcionrio adequado, denomina-se: a) de reviso analtica b) de observncia c) substantivo d) de abrangncia e) documental

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    Comentrios: Observem que o objetivo do Auditor na execuo do procedimento descrito no enunciado o de verificar se existe a segregao de funes e a definio de responsabilidade para determinada operao de controle (reviso dos oramentos para a aquisio de ativos). Trata-se, portanto, de Teste de Observncia. Gabarito: B 19.(AFRF/2002.2/ESAF) O teste referente anlise de movimentao e investigao de quaisquer flutuaes relevantes e no usuais, entre o exerccio corrente e o exerccio anterior, nos ndices de emprstimos de curto e longo prazo, denomina-se: a) de reviso analtica b) substantivo c) de observncia d) documental e) de abrangncia Comentrios: Embora o enunciado da questo no reproduza literalmente o conceito da norma, o teste aplicado facilmente identificvel por meio da expresso-chave flutuaes relevantes e no usuais - representam situao ou tendncias atpicas. Trata-se de Teste de Reviso Analtica. Gabarito: A 20.(AFRF/2002.2/ESAF) O auditor, por meio de uma listagem de dividendos, confere a exatido dos valores de pagamentos desses, com as respectivas autorizaes dadas em atas de reunies de diretoria ou de assemblias de acionistas. Esse procedimento chama-se: a) inspeo b) observao c) investigao d) clculo e) confirmao Comentrios: Novamente, o procedimento aplicado identificado pala expresso ou palavra-chave. No caso - conferncia da exatido dos valores representam conferncia da exatido aritmtica de documentos comprobatrios, registros e demonstraes contbeis. Trata-se do procedimento de Clculo. Gabarito: D

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    21.(AFRF/2002.2/ESAF) O acompanhamento para verificar os procedimentos de contagem fsica de barras de ouro, no cofre de um determinado banco, denominado: a) investigao b) conferncia c) inspeo d) reviso e) clculo Comentrios: O procedimento descrito refere-se verificao da existncia de ativos tangveis, ou seja, de Inspeo. Poderia haver confuso caso existisse entre as alternativas o procedimento de Observao em funo de tratar-se de acompanhamento de procedimento ou processo durante a sua execuo. Gabarito: C 22. (AFC/2002/ESAF) O pedido de uma confirmao externa, denominada circularizao, quando solicita a confirmao de todas as operaes em aberto denominada: a) positiva b) negativa c) preta d) branca e) aberta

    Comentrios: Trata-se de uma denominao especfica de pedido de confirmao relativo a contas representativas de operaes que ainda no foram concludas (recebidas ou pagas). Neste caso, utiliza-se a denominao de pedido de Circularizao Aberta. Gabarito: E No que tange aos Procedimentos de Auditoria, a NBC T 11 ainda estabelece: 11.2.6.4 - Na aplicao dos testes substantivos, o auditor deve objetivar as seguintes concluses: a) existncia se o componente patrimonial existe em certa

    data. b) direitos e obrigaes se efetivamente existentes em certa

    data;

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    c) ocorrncia se a transao de fato ocorreu; d) abrangncia se todas as transaes esto registradas; e e) mensurao, apresentao e divulgao se os itens esto

    avaliados, divulgados, classificados e descritos de acordo com os Princpios fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade. (grifamos)

    11.2.6.5 Na aplicao dos procedimentos de reviso analtica, o auditor deve considerar: a) o objetivo dos procedimentos e o grau de confiabilidade dos

    resultados alcanveis; b) a natureza da entidade e o conhecimento adquirido nas

    auditorias anteriores; e c) a disponibilidade de informaes, sua relevncia e

    confiabilidade. 11.2.6.6 Se o auditor, durante a reviso analtica, no obtiver informaes objetivas suficientes para dirimir as questes suscitadas, deve efetuar verificaes adicionais, aplicando novos procedimentos de auditoria, at alcanar concluses satisfatrias.

    11.2.6.7 - Quando o valor envolvido for expressivo em relao posio patrimonial e financeira e ao resultado das operaes, deve o auditor: a) confirmar os valores das contas a receber e a pagar, atravs

    de comunicao, direta com os terceiros envolvidos; e b) acompanhar o inventrio fsico realizado pela entidade,

    executando os testes de contagem fsica e procedimentos complementares aplicveis.

    Com base no exposto, constatamos que os procedimentos de auditoria constituem-se nos meios atravs dos quais o profissional desenvolve seus trabalhos visando obter os elementos - evidncias ou provas - que sustentem seu Parecer sobre as Demonstraes Contbeis auditadas.

    A definio e aplicao dos procedimentos de auditoria a serem adotados em cada caso devem, necessariamente, estar vinculados aos objetivos a serem atingidos. Em funo destes objetivos sero definidos a natureza, oportunidade e extenso dos procedimentos, os quais constituem-se em exames (fsicos e documentais), testes de super e subavaliaes, testes de amostragem (com base em parmetros estatsticos ou no).

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    A extenso e a profundidade dos procedimentos a serem adotados deve ser definida de acordo com as circunstncias existentes no caso examinado. A extenso e profundidade sero proporcionais qualidade e segurana dos sistemas contbil e de controle interno da entidade. 23. (AFRF/2003/ESAF) De acordo com a NBC T-11, o auditor, ao aplicar os testes substantivos, deve objetivar obter as seguintes concluses: a) existncia, ocorrncia, abrangncia, direitos e obrigaes, apresentao, clculo e inspeo. b) existncia, ocorrncia, abrangncia, direitos e obrigaes, apresentao, divulgao e mensurao c) existncia, bens e direitos, ocorrncia, abrangncia, mensurao, apresentao e irrelevncia. d) ocorrncia, abrangncia, existncia, bens e direitos, mensurao, apresentao e relevncia e) mensurao, apresentao, divulgao, direitos e obrigaes, limitao, investigao e confiabilidade. Comentrios: A questo reporta-se definio contida no item 11.2.6.4. Gabarito: B Um abrao a todos e at a prxima.

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    AUDITORIA AULA: 2

    Caros amigos,

    Nesta aula, continuaremos o estudo dos aspectos tcnicos concernentes Auditoria Independente das Demonstraes Contbeis, de acordo com a seqncia estabelecida pela NBC T 11, aprovada pela Resoluo CFC n 820/1997.

    Estudaremos os seguintes tpicos: 3. PAPIS DE TRABALHO; 4. FRAUDE E ERRO; 5. PLANEJAMENTO DE AUDITORIA; 6. RISCO DE AUDITORIA; 7. SUPERVISO E CONTROLE DE QUALIDADE; 8. ESTUDO E AVALIAO DO SISTEMA CONTBIL E DE CONTROLES INTERNOS. Os referidos itens encontram-se no programa do concurso de Agente Fiscal de Rendas do Estado de So Paulo (2006) com as seguintes especificaes: Papis de trabalho. Matria evidencial. Documentao de auditoria. Planejamento de auditoria. Risco de auditoria. Superviso e controle de qualidade. Estudo e avaliao do sistema contbil e de controles internos.

    3 - PAPIS DE TRABALHO De acordo com o item 11.1.3.1 da NBC T 11, os Papis de Trabalho so o conjunto de documentos e apontamentos com informaes e provas coligidas (coletadas) pelo Auditor, preparados de forma manual, por meios eletrnicos ou por outros meios, que constituem a evidncia do trabalho executado e o fundamento de sua opinio. Acrescenta a norma, no item 11.1.3.2, que os Papis de Trabalho so de propriedade exclusiva do Auditor, o qual responsvel por sua guarda e sigilo. O referido item 11.1.3 da NBC T 11 foi revogado pela NBC T 11.3 Papis de Trabalho e Documentao da Auditoria; A seguir, transcrevemos alguns comandos da referida norma:

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    O Auditor deve registrar nos papis de trabalho informao relativa ao planejamento de auditoria, a natureza, a oportunidade e a extenso dos procedimentos aplicados, os resultados obtidos e as suas concluses da evidncia da auditoria. Os papis de trabalho devem incluir o juzo do auditor acerca de todas as questes significativas, juntamente com a concluso a que chegou, inclusive nas reas que envolvem questes de difcil julgamento. A extenso dos papis de trabalho assunto de julgamento profissional, visto que no necessrio nem prtico documentar todas as questes de que o auditor trata. Entretanto, qualquer matria que, por ser relevante, possa influir sobre o seu parecer, deve gerar papis de trabalho que apresentem as indagaes e as concluses do auditor. Ao avaliar a extenso dos papis de trabalho, o auditor deve considerar o que seria necessrio para proporcionar a outro auditor, sem experincia anterior com aquela auditoria, o entendimento do trabalho executado e a base para as principais decises tomadas, sem adentrar os aspectos detalhados da auditoria. Os papis de trabalho padronizados podem melhorar a eficcia dos trabalhos, e sua utilizao facilita a delegao de tarefas, proporcionando meio adicional de controle de qualidade. Entre os papis de trabalho padronizados, encontram-se, alm de outros: listas de verificao de procedimentos, cartas de confirmao de saldos, termos de inspees fsicas de caixa, de estoques e de outros ativos. (grifamos) Os papis de trabalho, alm de outros mais especficos, incluem: a) informaes sobre a estrutura organizacional e legal da entidade; b) cpias ou excertos de documentos legais, contratos e atas; c) informaes sobre o setor de atividades, ambiente econmico e legal

    em que a entidade opera; d) evidncias do processo de planejamento, incluindo programas de

    auditoria e quaisquer mudanas nesses programas; e) evidncias do entendimento, por parte do auditor, do sistema

    contbil e do controle interno, e sua concordncia quanto eficcia e adequao;

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    f) evidncias de avaliao dos riscos de auditoria; g) evidncias de avaliao e concluses do auditor e reviso sobre o

    trabalho da auditoria interna; h) anlises de transaes, movimentao e saldos de contas; i) anlises de tendncias, coeficientes, quocientes, ndices e outros

    indicadores significativos; j) registro da natureza, oportunidade e extenso dos procedimentos de

    auditoria e seus resultados; k) evidncias de que o trabalho executado pela equipe tcnica foi

    supervisionado e revisado; l) indicao de quem executou e revisou os procedimentos de auditoria

    e de quando o fez; m) detalhes dos procedimentos relativos s demonstraes contbeis

    auditadas por outro auditor; n) cpias de comunicaes com outros auditores, peritos, especialistas e

    terceiros; o) cpias de comunicaes administrao da entidade, e suas

    respostas, em relao aos trabalhos, s condies de contratao e s deficincias constatadas, inclusive no controle interno;

    p) cartas de responsabilidade da administrao; q) concluses do auditor acerca de aspectos significativos, incluindo o

    modo como foram resolvidas ou tratadas questes no-usuais; r) cpias das demonstraes contbeis, assinadas pela administrao

    da entidade e pelo contabilista responsvel, e do parecer e dos relatrios do auditor.

    O auditor deve adotar procedimentos apropriados para manter a custdia dos papis de trabalho pelo prazo de cinco anos, a partir da data de emisso do seu parecer. A c