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Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle

Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle · auditoria governamental. Abrangência de atuação. Formas e tipos. Normas relativas à execução dos trabalhos. Normas relativas à opinião

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Auditor Fiscal do Trabalho

Auditoria

Prof. Rodrigo Fontenelle

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Auditoria

Professor Rodrigo Fontenelle

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Edital

AUDITORIA: Normas brasileiras para o exercício da auditoria interna: independência, competência profissional, âmbito do trabalho, execução do trabalho e administração do órgão de auditoria interna. Auditoria no setor público federal. Finalidades e objetivos da auditoria governamental. Abrangência de atuação. Formas e tipos. Normas relativas à execução dos trabalhos. Normas relativas à opinião do auditor. Relatórios e pareceres de auditoria. Operacionalidade. Objetivos, técnicas e procedimentos de auditoria: planejamento dos trabalhos. Programas de auditoria. Papéis de trabalho. Testes de auditoria. Amostragem estatística em auditoria. Eventos ou transações subsequentes. Revisão analítica. Entrevista. Conferência de cálculo. Confirmação. Interpretação das informações. Observação. Procedimentos de auditoria em áreas específicas das demonstrações contábeis.

BANCA: Cespe

CARGO: Auditor Fiscal do Trabalho

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Auditoria

INTRODUÇÃO, CONCEITUAÇÃO E NORMAS

Conceito de Auditoria

"A auditoria compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de informações e confirmações, internas e externas, relacionadas com o controle do patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações contábeis deles decorrentes". (Franco e Marra, 2011)

A Auditoria Privada – ou Independente, Externa, Empresarial, das Demonstrações Contábeis, das Demonstrações Financeiras – é uma técnica contábil, constituída por um conjunto de procedimentos técnicos sistematizados, para obtenção e avaliação de evidências sobre as informações contidas nas demonstrações contábeis de uma empresa.

Relembrando... Para atingir suas finalidades, a Contabilidade utiliza-se das seguintes técnicas contábeis:

• Escrituração (registro dos fenômenos patrimoniais);

• Demonstrações (balanços e outras demonstrações);

• Auditoria; e

• Análise de balanços.

Normas Profissionais e Técnicas

Práticas contábeis brasileiras compreendem a legislação societária brasileira, as Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo CFC, os pronunciamentos, as interpretações e as orientações emitidos pelo CPC e homologados pelos órgãos reguladores, e as práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados, desde que atendam à NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL e, por conseguinte, estejam em consonância com as normas contábeis internacionais, ao passo que a expressão “normas internacionais de relatório financeiro (IFRS)” refere-se às “normas internacionais de contabilidade” e significa as normas emitidas pelo Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (IASB).

Normas de auditoria são as regras estabelecidas pelos órgãos reguladores da profissão contábil, em todos os países, com o objetivo de regulação e apresentação de diretrizes a serem seguidas

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por esses profissionais no exercício de suas funções. Elas estabelecem os conceitos básicos sobre as exigências em relação à pessoa do auditor, à execução de seu trabalho e ao parecer que deverá por ele ser emitido (Franco e Marra, 2011).

As Normas Brasileiras de Contabilidade – NBC –, editadas pelo CFC, devem seguir os padrões internacionais e compreendem as normas propriamente ditas, as Interpretações Técnicas e os Comunicados Técnicos. Elas entraram em vigor nos exercícios iniciados em ou após 1º de janeiro de 2010.

As normas de auditoria independente são aprovadas pelo CFC por meio de Resoluções, e classificadas em normas profissionais (NBC PA) e normas técnicas (NBC TA). Enquanto as NBC PA estabelecem regras e procedimentos de conduta a serem observados como requisitos para o exercício profissional contábil, as NBC TA descrevem conceitos doutrinários, princípios e procedimentos a serem aplicados quando da realização dos trabalhos.

    Fonte: IBRACON

A adoção dessas normas é obrigatória? Sim. De acordo com a própria Resolução CFC nº 1.328/11, a inobservância às NBC constitui infração disciplinar sujeita às penalidades previstas no Decreto-Lei nº 9.295/46, alterado pela Lei nº 12.249/10, e ao Código de Ética Profissional do Contador.

As Normas Brasileiras de Contabilidade compreendem:

• Código de Ética Profissional do Contabilista;

• Normas de Contabilidade, de Auditoria Independente e de Asseguração, de Auditoria Interna e de Perícia.

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Conceituação e Finalidade

O que é Auditoria Independente?

Técnica contábil, constituída por um conjunto de procedimentos técnicos sistematizados, para obtenção e avaliação de evidências sobre as informações contidas nas demonstrações contábeis de uma empresa.

Qual a finalidade de uma Auditoria Independente?

O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. (NBC TA 200)

Objetivos Gerais

Os objetivos gerais do auditor independente, ao conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, são:

a) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável; e

b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as constatações do auditor.

Vantagens

A auditoria independente apresenta as seguintes vantagens aos usuários das demonstrações contábeis:

• Contribui para maior exatidão das demonstrações contábeis.

• Possibilita melhores informações sobre a real situação econômica, patrimonial e financeira das empresas.

• Assegura maior exatidão dos resultados apurados.

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Auditoria Independente

A auditoria independente, entretanto, não dispõe de meios suficientes (pessoal, tempo, recursos) para uma análise aprofundada de todos os aspectos das demonstrações financeiras, limitando-se aos mais relevantes (aqueles que têm possibilidade de influenciar na opinião do usuário quanto às demonstrações).

O auditor trabalha por amostragem, dessa forma, irregularidades podem passar despercebidas pelo auditor, o que não quer dizer que seu trabalho não tenha sido bem feito.

Em circunstâncias excepcionais, o auditor pode julgar necessário não considerar uma exigência relevante em uma NBC TA. Em tais circunstâncias, o auditor deve executar procedimentos de auditoria alternativos para cumprir o objetivo dessa exigência.

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Questões

CESPE

1. (CESPE – DPF – 2013)

No Brasil, a convergência das normas brasi-leiras de auditoria aos padrões internacio-nais ocorre por meio da tradução e adequa-ção das normas emanadas pela Federação Internacional de Contadores (IFAC), do CFC e do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON). Julgue Certo ou Erra-do.

( ) Certo   ( ) Errado

ESAF

2. (ESAF – CVM – 2010)

A respeito da elaboração e divulgação das demonstrações financeiras, com base em padrões contábeis internacionais, é correto afirmar:

a) A adoção de padrões internacionais de contabilidade na elaboração e divulga-ção das demonstrações financeiras é obrigatória para as Companhias Abertas cujo capital social seja de propriedade de companhias com sede no exterior.

b) A adoção de padrões contábeis interna-cionais por parte das Companhias Aber-tas é opcional para o exercício findo em 2010 e obrigatório a partir do exercício findo em 2011.

c) Somente as Companhias Abertas com ações em bolsa deverão, a partir do exercício findo em 2010, apresentar as demonstrações financeiras consolida-das de acordo com os padrões contá-beis internacionais.

d) É opcional às Companhias Abertas a adoção dos padrões internacionais de contabilidade, desde que cumpram com as normas da legislação societária.

e) A partir do exercício findo em 2010, as Companhias Abertas deverão apre-sentar suas demonstrações financeiras consolidadas adotando o padrão contá-bil internacional.

3. (SEFAZ-CE – AFRE – 2007 – ESAF)

Na ausência de disposições específicas so-bre matéria contábil, deve o auditor:

a) solicitar que os órgãos competentes da profissão se manifestem formalmente sobre o assunto, aguardando posição para término do trabalho.

b) somente adotar práticas consagradas pela profissão contábil formalizadas pe-los órgãos da profissão.

c) basear-se em práticas já consagradas pela profissão contábil, independente de estarem ou não formalizadas pelos órgãos da profissão.

d) sempre emitir parecer com ressalva relatando no parecer o procedimento adotado e a irregularidade em relação aos princípios fundamentais de contabi-lidade.

e) não emitir parecer, em virtude de não haver procedimento contábil formal para tratamento do fato.

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FCC

4. (FCC – CNMP – 2015)

A empresa Plantio de Árvores do Norte S/A, contratou a firma de auditoria Aspectos & Consultoria, para examinar as demonstra-ções contábeis do exercício de 2014. O ob-jetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado me-diante a:

a) expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspec-tos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.

b) natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria realiza-dos pelo auditor, alinhados com o obje-tivo da auditoria.

c) obtenção, pelo auditor, de segurança razoável de que as demonstrações con-tábeis como um todo estão livres de distorção relevante, independentemen-te se causada por fraudes ou erros de conhecimento ou não dos responsáveis pela governança.

d) realização, pelo auditor, de exames nas áreas, atividades, produtos e processos, de forma a alcançar evidências adequa-das e suficientes para elaboração do re-latório de auditoria.

e) elaboração dos programas de trabalho de forma a servir como guia e meio de controle de execução do trabalho, de-vendo ser revisados e atualizados sem-pre que as circunstâncias o exigirem.

5. (FCC – TCE-RS – 2014)

O objetivo de uma auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações con-tábeis por parte dos usuários. Isso é alcan-çado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações

contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro. Esta declaração identifica a auditoria:

a) operacional, em conformidade com as NAT TCE.

b) governamental, em conformidade com as NAT TCE.

c) governamental, em conformidade com as NAG TCU.

d) independente, em conformidade com as NBC TA.

e) de regularidade, em conformidade com as NAG TCU.

6. (FCC – TCE-RS – 2014)

Os manuais, de uma maneira geral, definem auditoria como um exame analítico e peri-cial das operações contábeis, desde o início até o balanço. Nos termos da NBC TA 200, o objetivo da auditoria é:

a) levantar informações suficientes e ade-quadas que permitam comparar as me-tas fixadas com os resultados alcança-dos.

b) controlar os procedimentos contábeis para evitar que informações de interes-se da instituição auditada sejam divul-gados.

c) aumentar o grau de confiança das de-monstrações contábeis por parte dos usuários.

d) estabelecer metodologia para ação in-tegrada de todos os setores da institui-ção auditada.

e) apurar e consolidar irregularidades con-tábeis em relatório para subsidiar even-tual investigação de ilícitos administra-tivos e penais.

7. (FCC – TCE-RS – 2014)

As NBC TAs − Normas Brasileiras de Con-tabilidade TAs são escritas no contexto da auditoria de demonstrações contábeis exe-cutada por um auditor. Se, durante os traba-lhos de auditoria, o auditor concluir que de-

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terminado procedimento estabelecido por uma NBC TA será ineficaz no cumprimento do objetivo dessa exigência, deverá:

a) alterar o escopo da auditoria. b) executar procedimento alternativo. c) comunicar o fato ao Conselho Federal

de Contabilidade. d) interromper imediatamente a audito-

ria. e) executar o procedimento, uma vez que

é obrigatório.

8. (FCC – TRT - 6ª Região – 2012)

A empresa Jaú S.A. de capital aberto, por problemas administrativos e financeiros, não efetuou a auditoria externa de suas de-monstrações financeiras nos anos de 2009, 2010 e 2011. Em 2012, por determinação da CVM foi solicitada a apresentar as au-ditorias de todo o período, senão teria seu registro cancelado. A empresa precisando manter essa forma de captação de recursos, contratou auditoria para emitir:

a) parecer de auditoria para o ano de 2009 e relatório de auditoria para os anos de 2010 e 2011, mediante aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010.

b) parecer de auditoria para os anos de 2009, 2010 e 2011, mediante a aplica-ção das normas de auditoria vigentes a partir de 2010.

c) parecer de auditoria para o ano de 2009, aplicando as normas de audito-ria vigentes para o período até 2009, e relatório de auditoria para os anos de 2010 e 2011, mediante aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010.

d) relatório de auditoria para os anos de 2009, 2010 e 2011, mediante a aplica-ção das normas de auditoria vigentes até 2009.

e) relatório de auditoria para o ano de 2009, aplicando as normas de audito-ria vigentes para o período até 2009 e

parecer de auditoria, para os anos de 2010 e 2011, mediante a aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010.

9 (FCC – TRT - 24ª Região – 2011)

Ao conduzir uma auditoria de demonstra-ções contábeis, são objetivos gerais do au-ditor obter segurança:

a) razoável de que as demonstrações con-tábeis como um todo estão livres de distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor ex-presse opinião sobre se as demonstra-ções contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em con-formidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável.

b) razoável de que as demonstrações con-tábeis como um todo estão livres de distorção irrelevante, devido a erros, possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações con-tábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de parecer financeiro.

c) total de que as demonstrações contá-beis em parte estão livres de distorção relevante, devido à fraude ou erro, pos-sibilitando que o auditor expresse opi-nião sobre se as demonstrações con-tábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável.

d) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção irre-levante, devido à fraude, possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram ela-boradas, em todos os aspectos relevan-tes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável.

e) razoável de que as demonstrações con-tábeis em parte estão livres de distor-ção irrelevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor expresse

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opinião sobre se as demonstrações con-tábeis foram elaboradas, em todos os aspectos considerados, em conformida-de com a estrutura de parecer financei-ro consolidado do auditor independen-te.

10. (FCC – SEFAZ-SP – APOFP – 2010)

As normas brasileiras que estabelecem os preceitos de conduta para o exercício pro-fissional, especificamente para aqueles que atuam como auditores independentes, são estruturadas como:

a) NBC TI.b) NBC PI.c) NBC TA.d) NBC PA.e) NBC TP.

Gabarito: 1. C 2. E 3. C 4. A 5. D 6. C 7. B 8. C 9. A 10. D 

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REQUISITOS PROFISSIONAIS DO AUDITOR

Requisitos para o Exercício da Auditoria (NBC TA 200)

Antes de mais nada, deve-se ressaltar que, para exercer a atividade de auditor independente o profissional deve ser bacharel em Ciências Contábeis, registrado no CRC. Caso a empresa auditada seja companhia aberta, deverá também ter registro na Comissão de Valores Mobiliários – CVM.

A Resolução CFC nº 803/96 aprovou o Código de Ética Profissional do Contador – CEPC – que tem por objetivo fixar a forma pela qual se devem conduzir os Profissionais da Contabilidade, quando no exercício profissional e nos assuntos relacionados à profissão e à classe.

1. Ética

Os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis estão implícitos no Código de Ética Profissional do Contabilista e na NBC PA 01, que trata do controle de qualidade. Esses princípios estão em linha com os princípios do Código de Ética do IFAC, cujo cumprimento é exigido dos auditores. Os princípios são:

Prof.  Me.  Rodrigo  Fontenelle  

Integridade = Honestidade

Objetividade = Imparcialidade

Competência e zelo profissional

Confidencialidade = Sigilo

Comportamento (ou conduta) profissional  

Requisitos para o Exercício da Auditoria (NBC TA 200)

Ética (Resolução nº 803/96)

São deveres do Profissional da Contabilidade:

I – exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, observada toda a legislação vigente, em especial aos Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade, e resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais;

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II – guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade;

III – zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços a seu cargo;

IV – manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o exercício da profissão;

V – cumprir os Programas Obrigatórios de Educação Continuada estabelecidos pelo CFC; (...)

Sigilo (NBC PG 100)

A necessidade de cumprir o princípio do sigilo profissional permanece mesmo após o término das relações entre o profissional da contabilidade e seu cliente ou empregador.

Quando o profissional da contabilidade mudar de emprego ou obtiver novo cliente, ele pode usar sua experiência anterior. Contudo, ele não deve usar ou divulgar nenhuma informação confidencial obtida ou recebida em decorrência de relacionamento profissional ou comercial.

Circunstâncias nas quais os profissionais da contabilidade são ou podem ser solicitados a divulgar informações confidenciais ou nas quais essa divulgação pode ser apropriada:

a) a divulgação é permitida por lei e autorizada pelo cliente ou empregador, por escrito;

b) a divulgação é exigida por lei;

c) há dever ou direito profissional de divulgação, quando não proibido por lei.

O auditor independente, quando solicitado, por escrito e fundamentadamente, pelo Conselho Federal de Contabilidade e Conselhos Regionais de Contabilidade, deve exibir as informações obtidas durante o seu trabalho, incluindo a fase de pré-contratação dos serviços, a documentação, os papéis de trabalho e os relatórios.

2. Ceticismo Profissional

Ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente questionadora e alerta para condições que possam indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de auditoria.

O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, reconhecendo que podem existir circunstâncias que causam distorção relevante nas demonstrações contábeis. O ceticismo profissional inclui estar alerta, por exemplo, a:

• evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas;

• condições que possam indicar possível fraude;

• circunstâncias que sugiram a necessidade de procedimentos de auditoria além dos exigidos pelas NBC TAs.

A manutenção do ceticismo profissional ao longo de toda a auditoria é necessária, por exemplo, para que o auditor reduza os riscos de:

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• ignorar circunstâncias não usuais;

• generalização excessiva ao tirar conclusões das observações de auditoria;

• uso inadequado de premissas ao determinar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria e ao avaliar os resultados destes.

3. Julgamento Profissional (Soberania do Auditor)

É a aplicação do treinamento, conhecimento e experiência relevantes, dentro do contexto fornecido pelas normas de auditoria, contábeis e éticas, na tomada de decisões informadas a respeito dos cursos de ação apropriados nas circunstâncias do trabalho de auditoria.

O auditor deve exercer julgamento profissional ao planejar e executar a auditoria de demonstrações contábeis. O julgamento profissional é necessário, em particular, nas decisões sobre:

• materialidade e risco de auditoria;

• a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria e a coleta de evidências de auditoria;

• avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e se algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das NBC TAs e, com isso, os objetivos gerais do auditor;

• avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de relatório financeiro aplicável da entidade;

• extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas, por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela administração na elaboração das demonstrações contábeis.

As NBC TAs exigem que o auditor exerça o julgamento profissional e mantenha o ceticismo profissional ao longo de todo o planejamento e na execução da auditoria e, entre outras coisas:

• Identifique e avalie os riscos de distorção relevante, independentemente se causados por fraude ou erro, com base no entendimento da entidade e de seu ambiente, inclusive o controle interno da entidade.

• Obtenha evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se existem distorções relevantes por meio do planejamento e aplicação de respostas (procedimentos de auditoria) apropriadas aos riscos avaliados.

• Forme uma opinião a respeito das demonstrações contábeis com base em conclusões obtidas das evidências de auditoria.

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4. Evidência de auditoria apropriada e suficiente e risco de auditoria

Para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar alcançar conclusões razoáveis e nelas basear a sua opinião.

5. Condução da auditoria em conformidade com NBC TAs

• Normas guiam o auditor na condução dos trabalhos.

• O auditor deve cumprir com exigências legais e regulatórias, além das NBC TAs.

• Conformidade com as NBC TAs relevantes + procedimentos adicionais.

Limitações inerentes à auditoria

O auditor não é obrigado e não pode reduzir o risco de auditoria a zero, e, portanto, não pode obter segurança absoluta de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante devido à fraude ou erro.

Segundo a NBC TA 200, as limitações inerentes a uma auditoria originam-se da:

• natureza das informações contábeis;

• natureza dos procedimentos de auditoria; e

• necessidade de que a auditoria seja conduzida dentro de um período de tempo razoável e a um custo razoável.

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Questões

CESPE

1. (CESPE – AUGE-MG – 2009)

Se, no decorrer de seu trabalho, o auditor identificar circunstância adversa que possa influir na decisão de quem o tiver contrata-do ou designado, deverá fazer a comunica-ção somente quando do encerramento do referido trabalho.

( ) Certo   ( ) Errado

2. (CESPE – TCU – 2008)

As revelações acerca das demonstrações contábeis têm relação com as informações a que o auditor tem acesso pelo trabalho realizado. Desse modo, o auditor pode dei-xar de revelar informações, muitas vezes privilegiadas em razão da confidencialidade a ele conferida pela empresa sob audito-ria, desde que o usuário não seja induzido a conclusões errôneas e prejudiciais ao seu próprio interesse.

( ) Certo   ( ) Errado

ESAF

3. (ESAF – RFB – 2014)

No relatório de auditoria, deve ser divulgado que os procedimentos selecionados depen-dem do julgamento do auditor, incluindo a:

a) avaliação dos riscos de não conformida-des nas demonstrações contábeis, sem-pre causadas por fraudes.

b) estimativa dos riscos de distorção rele-vante nas demonstrações contábeis, ex-clusivamente causadas por erro, sendo

de responsabilidade da administração a ocorrência de fraudes.

c) identificação de todos os riscos de dis-torção nas demonstrações contábeis e no relatório da administração, indepen-dentemente se causada por fraude ou erro, determinando sua materialidade.

d) gestão dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, identifi-cadas na matriz de riscos, causada ex-clusivamente por erro.

e) avaliação dos riscos de distorção rele-vante nas demonstrações contábeis, in-dependentemente se causada por frau-de ou erro.

4. (ESAF – RFB – 2012)

Pode-se afirmar que, para a aceitação do risco de um trabalho de auditoria externa, deve o auditor avaliar:

I – se os sócios e equipe são, ou podem ra-zoavelmente tornar-se, suficientemente competentes para assumir o trabalho.II – qual a atitude dos colaboradores e dos grupos de colaboradores em relação ao am-biente de controle interno e seus pontos de vista sobre interpretações agressivas ou ina-dequadas de normas contábeis.III – se terá acesso aos especialistas neces-sários para a realização do trabalho.a) Todas estão corretas.b) Apenas I e II estão corretas.c) Apenas II e III estão erradas.d) Somente a III está correta.e) Todas estão erradas.

5. (ESAF – CVM – 2010)

Assinale a opção que indica uma exceção aos princípios fundamentais de ética profis-sional relevantes para o auditor na condu-

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ção de trabalhos de auditoria das demons-trações contábeis.

a) Independência técnica.b) Confidencialidade.c) Competência e zelo profissional.d) Comportamento e conduta profissio-

nal.e) Objetividade.

6. (ESAF – RECEITA FEDERAL – 2009)

O auditor da empresa Negócios S.A. esta-beleceu três procedimentos obrigatórios para emissão do parecer. O primeiro, que a empresa renovasse o contrato de auditoria para o próximo ano, o segundo, que a em-presa emitisse a carta de responsabilidade da administração e o terceiro, que o pare-cer seria assinado por sócio do escritório de contabilidade, cuja única formação é ad-ministração de empresas. Pode-se afirmar, com relação aos procedimentos, respectiva-mente, que:

a) é ético, não é procedimento de audito-ria e atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor.

b) não é ético, não é procedimento de au-ditoria e não atende as normas de audi-toria e da pessoa do auditor.

c) é ético, não deve ser considerado para emissão do parecer e atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor.

d) é ético, considera-se apenas em alguns casos para emissão do parecer e não atende as normas de auditoria e pessoa do auditor.

e) não é ético, é procedimento de audito-ria e não atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor.

FCC

7. (FCC – CGM-São Luís – 2015)

Durante os trabalhos de auditoria, o auditor deve reduzir os riscos de ignorar circuns-

tâncias não usuais e extrair conclusões ba-seadas nas evidências de auditoria. Esses objetivos podem ser alcançados, respecti-vamente, por meio:

a) do quadro de investigação atualizado e ferramenta de feedback.

b) do planejamento de auditoria e agrupa-mento de achados de auditoria.

c) da análise de relevância e análise lógica das evidências de auditoria.

d) dos riscos de auditoria e riscos de de-tecção.

e) do ceticismo profissional e julgamento profissional.

8 (FCC – SEFAZ-PE – 2014)

Contratado para realizar auditoria nas de-monstrações contábeis da empresa Queijos Coalho S/A, o auditor para obter segurança razoável e reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável e possibilitar alcançar conclusões razoáveis e nelas basear a sua opinião deve:

a) elaborar os papéis de trabalho de acor-do com os procedimentos de auditoria.

b) obter evidência de auditoria apropriada e suficiente.

c) planejar os trabalhos de auditoria to-mando por base o resultado de audito-rias anteriores.

d) realizar a auditoria de acordo com os procedimentos definidos.

e) avaliar o controle interno.

9. (FCC – TCE-GO – 2014)

Com relação aos requisitos éticos relacio-nados à auditoria de demonstrações contá-beis, no caso de trabalho de auditoria ser de interesse público e, portanto, exigido pelo Código de Ética Profissional do Contabilis-ta e pelas normas profissionais do CFC, nos termos da NBC TA 200, requer-se que o:

a) auditor seja independente da entidade sujeita à auditoria.

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b) trabalho de auditoria seja realizado por perito com experiência comprovada de no mínimo 5 anos e nomeado por auto-ridade judicial.

c) auditor seja profissional competente para executar o trabalho com experiên-cia comprovada de no mínimo 2 anos.

d) trabalho de auditoria seja realizado pela auditoria interna com a supervisão de auditor independente com experiên-cia comprovada de no mínimo 5 anos.

e) auditor seja independente e não tenha realizado trabalho de auditoria na enti-dade nos últimos 10 anos.

10. (FCC – TCE-RS – 2014)

O auditor está sujeito às exigências éticas e deve sempre estar alerta, por exemplo, à condição que possa indicar fraude, como in-formações que coloquem em dúvida a con-fiabilidade de documentos e respostas. Esse estado é denominado:

a) alerta constante por parte do auditor. b) perfil investigativo do auditor. c) capacidade de percepção do auditor. d) ceticismo profissional do auditor. e) ética profissional do auditor.

11. (FCC – TCE-RS – 2014)

As NBC TAs − Normas Brasileiras de Con-tabilidade TAs são escritas no contexto da auditoria de demonstrações contábeis exe-cutada por um auditor. Se, durante os traba-lhos de auditoria, o auditor concluir que de-terminado procedimento estabelecido por uma NBC TA será ineficaz no cumprimento do objetivo dessa exigência, deverá:

a) alterar o escopo da auditoria. b) executar procedimento alternativo. c) comunicar o fato ao Conselho Federal

de Contabilidade. d) interromper imediatamente a auditoria. e) executar o procedimento, uma vez que

é obrigatório.

12. (FCC – TCE-RS – 2014)

Nenhuma auditoria pode garantir seguran-ça absoluta de que as demonstrações con-tábeis estão livres de distorção. Uma das fontes de limitação inerentes a uma audito-ria é a:

a) capacidade técnica do auditor. b) idade média dos registros contábeis. c) cumplicidade do auditado com a audi-

toria. d) necessidade de que seja realizada num

período de tempo razoável. e) finalidade social da instituição auditada.

13. (FCC – ASLEPE – 2014)

De acordo com as Normas Brasileiras de Au-ditoria, entre os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor quando da condução de auditoria de de-monstrações contábeis, figura a:

a) integridade.b) publicidade.c) fidedignidade.d) legalidade.e) oportunidade.

14. (FCC – TCE AM – 2013)

Um auditor detectou indício de irregulari-dade fora do escopo da auditoria, fato que foi devidamente informado ao seu superior hierárquico para a adoção das providências cabíveis. Essa medida foi tomada pelo audi-tor em atendimento:

a) ao sigilo profissional.b) ao zelo profissional.c) à competência técnica.d) à independência profissional.e) à ética profissional.

15. (FCC – MPE PE – 2012)

NÃO representa um requisito necessário para que o auditor possa conduzir adequa-damente os trabalhos de asseguração das demonstrações contábeis:

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a) ceticismo profissional.b) acesso irrestrito a todas as informações

necessárias para fundamentar seu parecer.c) julgamento profissional.d) corresponsabilidade pela elaboração

das demonstrações contábeis da enti-dade auditada.

e) obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente.

16. (FCC – TRT - 6ª Região – 2012)

De acordo com as normas de auditoria ex-terna, quando o auditor desenvolve seus trabalhos com uma postura que inclui ques-tionamento e avaliação crítica e detalha-da, e desempenhe os trabalhos com alerta para condições que possam indicar possí-vel distorção, devido a erro ou fraude nas demonstrações financeiras, o auditor está aplicando:

a) julgamento profissional.b) ceticismo profissional.c) equidade profissional.d) diligência profissional.e) neutralidade profissional.

17. (FCC – TRE-CE – 2012)

Um auditor externo ao proceder a audi-toria da empresa Grãos e Cia, constata no ano de 2010, na fase pré-operacional da unidade construída em Palmas, o custo de R$ 18.000.000,00 relativos à terraplana-gem do terreno da fábrica. Foram feitos os testes, que evidenciaram que o contrato de serviços de terraplanagem foi realizado com empresa devidamente constituída juri-dicamente e em atividade normal. O paga-mento do serviço contratado foi efetuado à empresa de terraplanagem e comprovado por pagamento eletrônico constante do ex-trato bancário. O auditor em procedimento complementar e diante da expressividade dos valores foi até a unidade verificar os serviços. Ao indagar alguns funcionários foi informado que o serviço de terraplanagem havia sido feito pela prefeitura da cidade,

a qual também doou o terreno a empresa Grãos e Cia. Os funcionários também infor-maram que nunca esteve na empresa Grãos e Cia qualquer funcionário da empresa de terraplanagem contratada.

O procedimento do auditor mostra uma postura de:

a) falta de ética profissional por desconfiar da administração.

b) investigação, atitude não pertinente às atividades do auditor.

c) julgamento profissional avaliando a lici-tude dos atos da equipe de auditores.

d) representante da Governança no proces-so de identificação de todas as fraudes.

e) ceticismo profissional adequada às nor-mas de auditoria.

18. (FCC – TRT - 20ª Região – 2011)

Dentre outros, são princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o Au-ditor quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis:

a) formalismo e confiabilidade.b) integridade e pessoalidade.c) confidencialidade e motivação.d) formalismo e objetividade.e) integridade e objetividade.

19 (FCC – INFRAERO – 2011)

De acordo com as Normas Técnicas de Audi-toria Independente, é princípio fundamen-tal de ética profissional a:

a) interação com o auditado.b) objetividade.c) parcialidade.d) integralidade.e) subjetividade.

20. (FCC – TRF – 1ª Região – 2011)

É prática ética do auditor:

a) guardar sigilo das informações que ob-teve para realização da auditoria das

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demonstrações contábeis, dando di-vulgações dessas informações somente nas situações em que a lei ou as normas de auditoria permitam.

b) auditar empresa na qual sua prima de segundo grau é diretora financeira e administrativa, desde que declare no relatório de auditoria a existência dessa parte relacionada.

c) realizar auditoria de demonstrações contábeis de companhia aberta, desde que tenha no mínimo o registro no CRC, como contador.

d) conduzir os trabalhos de auditoria de forma a não repetir os procedimentos aplicados no ano anterior, para contas nas quais não foram encontradas irre-gularidades, reduzindo assim o número de contas a serem auditadas.

e) aviltar honorários com a justificativa de manutenção do cliente, do quadro de funcionários da firma e da sua estrutura administrativa.

21. (FCC – TRT - 23ª Região – 2011)

Está de acordo com o código de ética dos contadores o seguinte procedimento de um profissional de auditoria:

a) renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de confiança por parte do cliente ou empregador, a quem deverá notificar com trinta dias de antecedência, tornando públicos os motivos da renúncia.

b) guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades com-petentes, entre estas os Conselhos Re-gionais de Contabilidade.

c) anunciar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, conteúdo que resulte na diminuição do colega, da Organização Contábil ou da classe, em detrimento aos demais, sendo sempre admitida a indicação de títulos, especia-lizações, serviços oferecidos, trabalhos realizados e relação de clientes.

d) valer-se de agenciador de serviços, me-diante participação desse nos honorá-rios a receber.

e) renunciar à liberdade profissional quan-do houver quaisquer restrições ou im-posições que possam prejudicar a eficá-cia e a correção de seu trabalho.

22. (FCC – TRT - 24ª Região – 2011)

O Código de Ética Profissional do Contabilis-ta, bem como as NBC-PAs (Normas Profissio-nais do Auditor Independente), estabelecem princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor, quando da con-dução de auditoria de demonstrações con-tábeis, e fornece estrutura conceitual para a aplicação desses princípios, que estão em linha com os princípios fundamentais, cujo cumprimento pelo auditor é exigido pelo Código IFAC (International Federation of Accountants). Tais princípios são:

a) perspicácia, objetividade, competência e zelo profissional, confidencialidade.

b) perspicácia, subjetividade, competên-cia e zelo profissional, confidencialida-de, conduta profissional.

c) integridade, subjetividade, zelo profis-sional, confidencialidade, conduta pro-fissional.

d) integridade, objetividade, competência e zelo profissional, confidencialidade, conduta profissional.

e) perspicácia, competência e zelo profis-sional, transparência, conduta profis-sional.

Gabarito: 1. E 2. C 3. E 4. A 5. A 6. E 7. E 8. B 9. A 10. D 11. B 12. D 13. A 14. B 15. D 16. B 17. E  18. E 19. B 20. A 21. B 22. D

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INDEPENDÊNCIA

A independência do auditor frente à entidade salvaguarda a capacidade do auditor de formar opinião de auditoria sem ser afetado por influências que poderiam comprometer essa opinião.

A independência aprimora a capacidade do auditor de atuar com integridade, ser objetivo e manter postura de ceticismo profissional.

A independência exige:

a) independência de pensamento – postura que permite expressar uma opinião sem ser afetado por influências que comprometem o julgamento profissional, permitindo à pessoa agir com integridade, objetividade e ceticismo profissional;

b) aparência de independência – evitar fatos e circunstâncias significativos a ponto de um terceiro bem informado, tendo conhecimento de todas as informações pertinentes, incluindo as salvaguardas aplicadas, concluir dentro do razoável que a integridade, a objetividade ou o ceticismo profissional da entidade de auditoria ou de membro da equipe de auditoria ficaram comprometidos. Prof.  Me.  Rodrigo  Fontenelle  

•  É a ameaça de que interesse financeiro ou outro interesse influenciará de forma não apropriada o julgamento ou o comportamento do auditor.

Ameaça de interesse próprio

•  É a ameaça de que o auditor não avaliará apropriadamente os resultados de julgamento dado ou serviço prestado anteriormente por ele nos quais o auditor confiará para formar um julgamento como parte da prestação do serviço atual.

Ameaça de autorrevisão

•  É a ameaça de que o auditor promoverá ou defenderá a posição de seu cliente a ponto em que a sua objetividade fique comprometida.

Ameaça de defesa de

interesse do cliente

Independência

Prof.  Me.  Rodrigo  Fontenelle  

•  É a ameaça de que, devido ao relacionamento longo ou próximo com o cliente, o auditor tornar-se-á solidário aos interesses dele ou aceitará seu trabalho sem muito questionamento.

Ameaça de familiaridade

•  É a ameaça de que o auditor será dissuadido de agir objetivamente em decorrência de pressões reais ou aparentes, incluindo tentativas de exercer influência indevida sobre o auditor.

Ameaça de intimidação

Independência

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São criadas ameaças à independência quando um familiar imediato de membro da equipe de auditoria é empregado em cargo que exerce influência significativa sobre a posição financeira, o desempenho e os fluxos de caixa do cliente. A importância das ameaças depende de fatores como:

• Cargo do familiar imediato.

• Cargo do profissional na equipe de auditoria.

A importância da ameaça deve ser avaliada e salvaguardas aplicadas quando necessário para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível aceitável.

Exemplos dessas salvaguardas incluem:

• Retirada da pessoa da equipe de auditoria.

• Definição das responsabilidades da equipe de auditoria de modo que o profissional não trate de assuntos que sejam responsabilidade do familiar imediato.

Das diversas situações que podem caracterizar a perda de independência da entidade de auditoria em relação à entidade auditada, duas são mais exploradas pelas bancas:

Vínculos empregatícios ou similares por administradores, executivos ou empregados da entidade auditada, mantidos anteriormente com a entidade de auditoria. Nesse ponto, a NBC PA 290 (R1) estabelece que “a independência em relação ao cliente de auditoria é requerida durante o período de contratação e o período coberto pelas demonstrações contábeis. O período de contratação começa quando a equipe de auditoria começa a executar serviços de auditoria. O período de contratação termina quando o relatório de auditoria é emitido”.

Membros da entidade de auditoria que, anteriormente, eram administradores, executivos ou empregados da entidade auditada. Nesse ponto, a NBC PA 290 (R1) estabelece que:

Durante o período coberto pelo relatório de auditoria, se um membro da equipe de auditoria desempenhou a função de conselheiro ou diretor do cliente de auditoria, ou foi empregado em cargo que exerce influência significativa sobre a elaboração dos registros contábeis do cliente ou das demonstrações contábeis sobre as quais a firma emitirá relatório de auditoria, a ameaça criada seria tão significativa que nenhuma salvaguarda poderia reduzir a ameaça a um nível aceitável.

Quando são identificadas ameaças, exceto aquelas, claramente, insignificantes, devem ser definidas e aplicadas salvaguardas adequadas para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível aceitável. Essa decisão deve ser documentada. A natureza das salvaguardas a serem aplicadas varia conforme as circunstâncias.

Determinadas situações caracterizam a perda de independência da entidade de auditoria em relação à entidade auditada. Dentre elas, destaca-se a perda por interesses financeiros.

Interesses financeiros:

Deter interesse financeiro em cliente de auditoria pode criar ameaça de interesse próprio. A existência e importância de qualquer ameaça criada depende:

a) da função da pessoa que detém o interesse financeiro;b) se o interesse financeiro é direto ou indireto; ec) da materialidade do interesse financeiro.

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São a propriedade de títulos e valores mobiliários e quaisquer outros tipos de investimentos adquiridos ou mantidos pela entidade de auditoria, seus sócios, membros da equipe de auditoria ou membros imediatos da família dessas pessoas, relativamente à entidade auditada, suas controladas ou integrantes de um mesmo grupo econômico, dividindo-se em diretos e indiretos:

a) interesses financeiros diretos são aqueles sobre os quais o detentor tem controle, seja em ações, debêntures ou em outros títulos e valores mobiliários; e

b) interesses financeiros indiretos são aqueles sobre os quais o detentor não tem controle algum. A relevância de interesse financeiro indireto deve ser considerada no contexto da entidade auditada, do trabalho e do patrimônio líquido do indivíduo em questão.

Se um membro da equipe de auditoria, um familiar imediato dessa pessoa ou uma firma tiverem interesse financeiro direto ou interesse financeiro indireto relevante no cliente de auditoria, a ameaça de interesse próprio criada será tão significativa que nenhuma salvaguarda poderá reduzir a ameaça a um nível aceitável.

Prof.  Me.  Rodrigo  Fontenelle  

Aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável

Avaliar a importância das ameaças identificadas

Identificar ameaças à independência

Independência

Rotação dos Responsáveis Técnicos

Objetivando impedir o risco de perda da objetividade e do ceticismo do auditor, é necessária a aplicação das seguintes ações, no caso de entidade de interesse do público:

a) rotação do sócio encarregado do trabalho de auditoria e do revisor de controle de qualidade do trabalho de auditoria a intervalos menores ou iguais a cinco anos consecutivos; e

b) intervalo mínimo de dois anos para o retorno desses responsáveis técnicos à equipe de auditoria.

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Rotação da Firma de AuditoriaDe acordo com o Art. 31 da Instrução CVM nº 308/99, que dispõe sobre o registro e o exercício da atividade de auditoria independente no âmbito do mercado de valores mobiliários, o Auditor Independente – Pessoa Física – e o Auditor Independente – Pessoa Jurídica – não podem prestar serviços para um mesmo cliente, por prazo superior a cinco anos consecutivos, contados a partir da data da Instrução, exigindo-se um intervalo mínimo de três anos para a sua recontratação.

Segundo a Instrução CVM nº 509/2011:

"O prazo estabelecido no art. 31 desta Instrução é de até 10 (dez) anos consecutivos caso:

I – a companhia auditada possua Comitê de Auditoria Estatutário – CAE em funcionamento permanente; e

II – o auditor seja pessoa jurídica.

§ 1º Para a utilização da prerrogativa prevista no caput, o CAE deverá estar instalado no exercício social anterior à contratação do auditor independente.

§ 2º Adotada a prerrogativa prevista no caput, o auditor independente deve proceder à rotação do responsável técnico, diretor, gerente e de qualquer outro integrante da equipe de auditoria com função de gerência, em período não superior a 5 (cinco) anos consecutivos, com intervalo mínimo de 3 (três) anos para seu retorno".

Honorários

Quando um cliente de auditoria é entidade de interesse do público e, por dois anos consecutivos, o total de honorários desse cliente e de suas respectivas entidades relacionadas representa mais de 15% do total de honorários recebidos pela firma, ela deve divulgar para os responsáveis pela governança o fato, discutindo quais salvaguardas ela aplicará para reduzir a ameaça a um nível aceitável e aplicar a salvaguarda selecionada (contratar outro auditor ou órgão regulador para proceder à revisão de qualidade do trabalho (pós-emissão)).

Quando o total de honorários exceder significativamente 15%, a firma deve avaliar se a importância da ameaça é tal que uma revisão pós-emissão não reduziria a ameaça a um nível aceitável sendo, portanto, necessária uma revisão pré-emissão.

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Questões

FCC

1. (FCC – ISS-SP – 2012)

A independência do auditor externo da em-presa Aquisição S.A. é comprometida pelas situações:

I – A empresa Aquisição S.A. comprou a em-presa Ágile S.A.. A firma de auditoria da ad-quirente é a mesma que realizou os traba-lhos de due dilligence da empresa Aquisição S.A. e de consultoria tributária no ano da aquisição para a empresa Ágile.

II – O diretor financeiro da empresa Ági-le S.A é primo em segundo grau do diretor presidente da empresa Aquisição S.A.

III – A firma de auditoria indica escritórios de advocacia para a empresa Aquisição S.A. em suas contingências tributárias.

Afeta a independência do auditor externo o que consta em:

a) III, apenas.b) II, apenas.c) I, II e III.d) I, apenas.e) II e III, apenas.

2. (FCC – TRT - 4ª Região – 2011)

O auditor pode:

a) realizar auditoria em empresa na qual seu pai exerça cargo de diretor.

b) trabalhar em empresa cliente, desde que decorridos 360 dias de seu desliga-mento da firma de auditoria.

c) exercer julgamento profissional ao pla-nejar e executar a auditoria de demons-trações contábeis.

d) executar trabalhos de auditoria, desde que tenha formação em contabilidade ou administração.

e) ser responsabilizado pela não detecção de distorções, ainda que não sejam re-levantes para as demonstrações contá-beis como um todo.

3. (FCC – TRF – 1ª Região – 2011)

Considere as assertivas a seguir:

I – A auditoria é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto, o auditor não re-cebe poderes legais específicos, tais como o poder de busca, que podem ser necessários para tal investigação.

II – Desde que o auditor assine declaração de independência, não é mais necessário que decline de trabalhos nos quais existam, na administração da empresa auditada, pa-rentes em nível de segundo grau.

III – Em decorrência das limitações ineren-tes de uma auditoria, há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis não sejam detec-tadas, embora a auditoria seja adequada-mente planejada e executada em conformi-dade com as normas legais de auditoria.

Está correto o que se afirma SOMENTE em:

a) II e III.b) I e II. c) I. d) II. e) III.

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ESAF

4. (ESAF – RFB – 2012)

A empresa Betume S.A. é uma empresa de interesse público que vem sendo auditada pela empresa Justos Auditores Indepen-dentes, pelo mesmo sócio-principal há sete anos. Considerando a NBC PA 290, deve a firma de auditoria externa:

a) ser substituída por outra, não podendo retornar a fazer a auditoria da empresa no prazo de dez anos.

b) fazer a substituição desse sócio-princi-pal, podendo o mesmo retornar a fazer trabalhos de auditoria nessa companhia somente após cinco anos.

c) substituir toda a equipe de auditoria, podendo retornar aos trabalhos nessa companhia, decorridos no mínimo três anos.

d) trocar o sócio-principal e demais sócios--chave do trabalho, podendo retornar a fazer auditoria após decorrido o prazo de dois anos.

e) comunicar ao cliente a manutenção do sócio-principal, ficando a cargo do ór-gão regulador a determinação ou não da substituição.

5. (ESAF – CVM – 2010)

Assinale a opção que indica uma ação capaz de eliminar a perda de independência da entidade de auditoria por interesse finan-ceiro direto.

a) Fazer constar nos relatórios produzidos o tipo de interesse financeiro, a exten-são desse interesse.

b) Encerrar o trabalho de auditoria ou transferi-lo a outra entidade.

c) Alienar o interesse financeiro direto an-tes de a pessoa física tornar-se membro da equipe de auditoria.

d) Alienar o interesse financeiro ou trans-feri-lo temporariamente até a conclusão dos trabalhos.

e) Comunicar às entidades de supervisão e controle a existência desse interesse e aguardar pronunciamento.

6. (ESAF – CVM – 2010)

Visando manter a qualidade e a credibilida-de do seu trabalho, ao identificar ameaças que possam comprometer a sua indepen-dência, o auditor deve tomar a seguinte pro-vidência:

a) comunicar a direção da entidade audi-tada, para que sejam tomadas as provi-dências necessárias à sua eliminação.

b) aplicar as salvaguardas adequadas, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável, documentando-as.

c) propor aos responsáveis pela entidade de auditoria a supressão das ameaças mediante acordo entre as entidades.

d) documentar as ameaças e comunicá-las aos órgãos de supervisão e controle do setor em que atua a entidade auditada.

e) eliminar as ameaças mediante comuni-cação aos responsáveis pela governan-ça da entidade auditada e fazer constar tais providências no seu parecer.

7. (Pref. Natal – AFTM – 2008 – ESAF)

A firma de auditoria Verificações Ltda. foi convidada, pela empresa Múltiplos S.A., para elaborar proposta de auditoria para suas demonstrações contábeis relativas ao ano de 2007. O auditor, nesse período, já havia efetuado a revisão das declarações de imposto de renda da empresa e consultoria, elaborando a avaliação dos ativos de uma empresa coligada, para que a mesma fosse incorporada pela empresa Múltiplos S.A. Deve o auditor, nessa situação,

a) recusar o convite de auditoria por con-flito nos trabalhos já executados e os a serem desempenhados.

b) participar do processo elaborando pro-posta que evidencie os trabalhos já exe-cutados e os honorários cobrados.

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c) omitir os serviços de consultoria presta-dos, deixando que o cliente analise sua independência ou não para realização do trabalho.

d) exigir os trabalhos como complemento das atividades já desempenhadas na empresa.

e) aceitar o convite, com limitação de es-copo, restringindo os trabalhos somen-te aos processos dos quais não tenha participado como consultor.

8. (ESAF – CGU – Correição – 2006)

Em uma Auditoria Independente, a perda de independência pode-se dar pela ocorrên-cia dos seguintes fatos, exceto:

a) operações de créditos e garantias com a entidade auditada.

b) relacionamentos comerciais com a enti-dade auditada.

c) relacionamentos familiares e pessoais com a entidade auditada.

d) atuação como administrador ou diretor de entidade auditada.

e) recebimento dos honorários devidos pelos serviços de auditoria prestados à entidade auditada.

9. (ESAF – SEFAZ-CE – 2006)

É fator determinante para a recusa de um trabalho de auditoria externa:

a) o auditor ser importante acionista da empresa auditada.

b) o auditor ter conhecimento suficiente sobre o negócio da empresa.

c) a possibilidade de o profissional contra-tado poder realizar o trabalho com im-parcialidade.

d) a necessidade de uso de especialistas para avaliação de áreas específicas.

e) a existência de fraude ou erro nas de-monstrações auditadas.

Gabarito: 1. D 2. C 3. E 4. D 5. C 6. B 7. A 8. E 9. A

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AUDITORIA INTERNAProf.  Me.  Rodrigo  Fontenelle  

Camadas de Controle

Auditoria  Externa  

Auditoria  Interna  

Controles  Internos  

Organograma Empresarial

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Definição:

A Auditoria Interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.

Finalidade

Prof.  Me.  Rodrigo  Fontenelle  

Finalidade  

AGREGAR  VALOR   APERFEIÇOAMENTO  

PROCESSOS  

GESTÃO  

CONTROLES  INTERNOS  

Auditoria Interna

Principais objetivos:

• Verificar se as normas relativas ao sistema contábil e de controles internos estão sendo cumpridas.

• Promover medidas de incentivo para o cumprimento das normas contábeis e dos controles internos.

• Verificar a necessidade de aperfeiçoamento e propor novas normas para o sistema contábil e de controles internos.

A Auditoria Interna deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho.

A Auditoria Interna é exercida nas pessoas jurídicas de direito público, interno ou externo, e de direito privado.

Segundo a Resolução CFC nº 560/83, o auditor interno deve ter formação em Contabilidade.

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Auditoria Interna X Externa

Elementos Auditoria Interna Auditoria Externa

Profissional Funcionário da empresa (auditor interno)

Prestador de serviços independente

Ação e Objetivo Exame dos processos (operacionais e contábeis) Demonstrações financeiras

Finalidade

Promover melhorias nos controles da empresa de forma

a assegurar a proteção ao patrimônio

Opinar sobre as demonstrações financeiras

Relatório PrincipalRecomendações de

controle interno e eficiência administrativa

Relatório do Auditor Independente

Grau de Independência Menor Maior

Interessados no trabalho Empresa Empresa e público

Intensidade dos trabalhos em cada área (Volume dos Testes) Maior Menor

Continuidade do trabalho Contínuo Periódico / Pontual

Planejamento de Auditoria Interna

O planejamento do trabalho da Auditoria Interna compreende os exames preliminares das áreas, atividades, produtos e processos, para definir a amplitude e a época do trabalho a ser realizado, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela administração da entidade.

O planejamento deve ser documentado e os programas de trabalho formalmente preparados, detalhando-se o que for necessário à compreensão dos procedimentos que serão aplicados, em termos de natureza, oportunidade, extensão, equipe técnica e uso de especialistas.

O planejamento deve considerar os fatores relevantes na execução dos trabalhos, especialmente os seguintes:

• o conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de riscos da entidade;

• o conhecimento detalhado das atividades operacionais e dos sistemas contábil e de controles internos da entidade e seu grau de confiabilidade;

• a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria interna a serem aplicados, alinhados com a política de gestão de riscos da entidade;

• a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas que estejam no âmbito dos trabalhos da Auditoria Interna.

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O planejamento deve considerar os fatores relevantes na execução dos trabalhos, especialmente os seguintes:

• o uso do trabalho de especialistas;

• os riscos de auditoria, quer pelo volume ou pela complexidade das transações e operações;

• o conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação a trabalhos anteriores, semelhantes ou relacionados;

• as orientações e as expectativas externadas pela administração aos auditores internos; e

• o conhecimento da missão e objetivos estratégicos da entidade.

A análise dos riscos da Auditoria Interna deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos; estando os riscos relacionados à possibilidade de não se atingir, de forma satisfatória, o objetivo dos trabalhos. Nesse sentido, devem ser considerados, principalmente, os seguintes aspectos:

• a verificação e a comunicação de eventuais limitações ao alcance dos procedimentos da Auditoria Interna, a serem aplicados, considerando o volume ou a complexidade das transações e das operações;

• a extensão da responsabilidade do auditor interno no uso dos trabalhos de especialistas.

Evidências em Auditoria Interna

• Suficiente: é aquela que é factual e convincente, de tal forma que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor interno.

• Adequada: é aquela que, sendo confiável, propicia a melhor evidência alcançável, por meio do uso apropriado das técnicas de Auditoria Interna.

• Relevante: é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria Interna.

• Útil: é a que auxilia a entidade a atingir suas metas.

Papéis de Trabalho em Auditoria Interna

A Auditoria Interna deve ser documentada por meio de papéis de trabalho, elaborados em meio físico ou eletrônico, que devem ser organizados e arquivados de forma sistemática e racional.

Os papéis de trabalho constituem documentos e registros dos fatos, informações e provas, obtidos no curso da auditoria, a fim de evidenciar os exames realizados e dar suporte à sua opinião, críticas, sugestões e recomendações.

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Os papéis de trabalho devem ter abrangência e grau de detalhe suficientes para propiciarem a compreensão do planejamento, da natureza, da oportunidade e da extensão dos procedimentos de Auditoria Interna aplicados, bem como do julgamento exercido e do suporte das conclusões alcançadas.

Análises, demonstrações ou quaisquer outros documentos devem ter sua integridade verificada sempre que forem anexados aos papéis de trabalho.

Amostragem em Auditoria Interna

Segundo a NBC TI 01, ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou um método de seleção de itens a serem testados, podem ser empregadas técnicas de amostragem. Além disso, ao usar método de amostragem, estatística ou não, deve ser projetada e selecionada uma amostra que possa proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada.

Testes de Auditoria Interna

Testes de observância:

Visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade.

Testes substantivos:

Visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade.

Técnicas de Auditoria Interna

Inspeção:

Verificação de registros, documentos e ativos tangíveis.

Observação:

Acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução.

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Investigação e Confirmação:

Obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.

Relatório de Auditoria Interna

O relatório é o documento pelo qual a Auditoria Interna apresenta o resultado dos seus trabalhos, devendo ser redigido com objetividade e imparcialidade, de forma a expressar, claramente, suas conclusões, recomendações e providências a serem tomadas pela administração da entidade.

O relatório da Auditoria Interna deve abordar, no mínimo, os seguintes aspectos:

• o objetivo e a extensão dos trabalhos;

• a metodologia adotada;

• os principais procedimentos de auditoria aplicados e sua extensão;

• eventuais limitações ao alcance dos procedimentos de auditoria;

• a descrição dos fatos constatados e as evidências encontradas;

• os riscos associados aos fatos constatados; e

• as conclusões e as recomendações resultantes dos fatos constatados.

O relatório da Auditoria Interna deve ser apresentado a quem tenha solicitado o trabalho ou a quem este autorizar, devendo ser preservada a confidencialidade do seu conteúdo.

A Auditoria Interna deve avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial, na hipótese de constatar impropriedades/irregularidades/ilegalidades que necessitem providências imediatas da administração da entidade e que não possam aguardar o final dos exames.

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Questões

CESPE

1. (CESPE – DPU – 2016)

Com base nas normas brasileiras para o exercício e a execução de trabalho da audi-toria interna, julgue os itens subsequentes.

O principal objetivo do auditor interno é obter achados que permitam fundamentar as evidências acerca dos procedimentos de auditoria aplicados.

( ) Certo   ( ) Errado

2. (CESPE – DPU – 2016)

Com base nas normas brasileiras para o exercício e a execução de trabalho da audi-toria interna, julgue os itens subsequentes.

Recomenda-se que haja uma relação pesso-al entre o auditor interno e o gestor da en-tidade auditada, o que favorece a confiden-cialidade das informações, que não devem ser reveladas a terceiros.

( ) Certo   ( ) Errado

3. (CESPE – DPU – 2016)

Com base nas normas brasileiras para o exercício e a execução de trabalho da audi-toria interna, julgue os itens subsequentes.

Enquanto no setor privado a auditoria inter-na pode se limitar à verificação da economi-cidade e da eficiência da entidade auditada, no setor público, além dessa verificação, a auditoria interna deve avaliar também in-formações contábeis.

( ) Certo   ( ) Errado

4. (CESPE – DPU – 2016)

Os papéis de trabalho obtidos nas audito-rias internas são semelhantes em suas fina-lidades e importância aos papéis elabora-dos diretamente pelos auditores internos.

( ) Certo   ( ) Errado

5. (CESPE – DPU – 2016)

Se, durante a avaliação dos inventários de material de consumo e permanente da uni-dade auditada, a auditoria interna identifi-car falhas, além da devida fundamentação em relação às normas legais descumpridas, os auditores devem propor possíveis solu-ções em seu relatório.

( ) Certo   ( ) Errado

6. (CESPE – TCDF – 2014)

O planejamento dos trabalhos da audito-ria interna deve contemplar, entre outros fatores, o concurso de especialistas, para quem as responsabilidades são inteiramen-te transferidas.

( ) Certo   ( ) Errado

7. (CESPE – FUB-DF – 2013)

Na execução do trabalho da auditoria, o au-ditor interno deve analisar e documentar informação: necessária – o mínimo para dar certeza sobre a suspeita; apropriada – obti-da sem o concurso dos responsáveis pelas operações; material — contendo a maior parte dos valores; e consistente — que é re-corrente.

( ) Certo   ( ) Errado

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8. (CESPE – FUB-DF – 2013)

No planejamento dos trabalhos da audito-ria interna, cabe ao próprio setor definir a extensão e profundidade dos exames, mas é a administração que determina a época da realização de cada trabalho.

( ) Certo   ( ) Errado

9. (CESPE – ANP – 2013)

Em relação à natureza, campo de atuação e noções básicas de auditoria interna e exter-na, julgue os itens subsequentes.

Com a evolução da atividade empresarial e o crescimento da captação de recursos de terceiros, os investidores precisam conhecer a posição financeira e patrimonial das en-tidades, o que ocorre por meio do parecer emitido pela auditoria interna das entidades a respeito da adequação das demonstra-ções contábeis.

( ) Certo   ( ) Errado

10. (CESPE – ANP – 2013)

Em relação à natureza, campo de atuação e noções básicas de auditoria interna e exter-na, julgue os itens subsequentes.

Quanto à natureza dos procedimentos rea-lizados durante a auditoria, o auditor é limi-tado em sua investigação pela possibilidade de distorção nas informações fornecidas pela administração da auditada

( ) Certo   ( ) Errado

11. (CESPE – AFT – 2013)

Um dos requisitos para assegurar a necessá-ria independência técnica aos auditores in-ternos é a garantia de que, no planejamento de seu trabalho, eles não serão influencia-dos pelas orientações emanadas da admi-nistração da entidade e, eventualmente, por suas expectativas.

( ) Certo   ( ) Errado

12. (CESPE – TCU – 2013)

As atribuições dos auditores internos e ex-ternos diferem, pois, no primeiro caso, es-tão fixadas no contrato de trabalho, como empregado da empresa, e, no segundo, no contrato de prestação de serviços com o profissional ou empresa. O auditor interno tem responsabilidade essencialmente tra-balhista; o externo, responsabilidade profis-sional, civil e criminal.

( ) Certo   ( ) Errado

13. (CESPE – BACEN – 2013)

Ao suspeitar da ocorrência de fraude na en-tidade sob seu controle, o auditor interno deve levar o fato ao conhecimento da admi-nistração da entidade, realizando essa co-municação em conversa reservada.

( ) Certo   ( ) Errado

14. (CESPE – BACEN – 2013)

Os auditores internos de determinada en-tidade desobrigam-se de prestar ajuda ou assessoramento a equipe de auditoria in-dependente contratada para examinar as demonstrações contábeis da referida enti-dade.

( ) Certo   ( ) Errado

15. (CESPE – FUB-DF – 2013)

Na hipótese do uso de trabalhos de especia-listas, o auditor interno está isento de quais-quer responsabilidades em relação aos refe-ridos trabalhos.

( ) Certo   ( ) Errado

16. (CESPE – FUB-DF – 2013)

No caso de a auditoria interna detectar indí-cios de irregularidades no decorrer de seus trabalhos e avaliar que a administração da

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entidade deve adotar providências imedia-tas, a auditoria deve fazer a comunicação por escrito, em caráter reservado.

( ) Certo   ( ) Errado

17. (CESPE – FUB-DF – 2013)

A política e os objetivos estratégicos da enti-dade não devem influenciar o planejamento dos trabalhos da auditoria interna, que deve manter sua independência e objetividade.

( ) Certo   ( ) Errado

18. (CESPE – FUB-DF – 2013)

A auditoria interna, além de suas funções convencionais, pode ser incumbida de ava-liar o processo de governança, no que diz respeito à realização de seus objetivos de ética e valores, assim como atuar na identifi-cação e avaliação das vulnerabilidades rele-vantes a riscos.

( ) Certo   ( ) Errado

19. (CESPE – ANP – 2013)

Em relação à natureza, campo de atuação e noções básicas de auditoria interna e exter-na, julgue os itens subsequentes.

O escopo dos trabalhos do auditor interno deve ser fixado pela gerência, contudo o tra-balho do auditor externo é predefinido no contrato.

( ) Certo   ( ) Errado

20. (CESPE – FUB-DF – 2013)

Os auditores internos, apesar de sua subor-dinação à administração da empresa e do âmbito de seu trabalho, devem adotar, entre seus procedimentos, a investigação e a con-firmação, que envolvem pessoas físicas ou ju-rídicas de dentro ou de fora da entidade.

( ) Certo   ( ) Errado

21. (CESPE – TCDF – 2012)

Acerca de auditoria interna, julgue o item seguinte: os serviços de auditoria interna, estabelecidos dentro dos órgãos e institui-ções governamentais, são, na maior medida possível, no âmbito de sua respectiva estru-tura, independentes nos aspectos funcio-nais e de organização.

( ) Certo   ( ) Errado

22. (CESPE – TRE-ES – Analista Judiciário – 2011)

Com base nas normas brasileiras para o exercício da auditoria interna, julgue os itens que se seguem.

Sem prejuízo da fiscalização do Conselho Federal e dos conselhos regionais de conta-bilidade, o contador, na função de auditor, não é obrigado a disponibilizar seus papéis de trabalho, relatórios, entre outros docu-mentos, exceto nos casos de determinação judicial.

( ) Certo   ( ) Errado

23. (CESPE – STM – 2011)

O trabalho realizado pelos auditores inter-nos pode ser relevante para os auditores independentes, visto que, embora os meios utilizados por ambos, para alcançar seus ob-jetivos, sejam, necessariamente, diferentes, os objetivos de suas respectivas funções são semelhantes.

( ) Certo   ( ) Errado

24. (CESPE – TRT - 21ª Região – 2010)

A investigação e a confirmação, que consis-tem na obtenção de informações dentro ou fora da entidade, são procedimentos a se-rem considerados na aplicação dos testes de observância.

( ) Certo   ( ) Errado

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ESAF

25. (ESAF – SUSEP – 2010)

O auditor interno, ao realizar seus testes, efetuou o acompanhamento dos inventários físicos, confrontou as notas fiscais do perí-odo com os registros e realizou a circulari-zação dos advogados internos e externos. Esses procedimentos correspondem respec-tivamente a:

a) investigação, inspeção e observação.b) inspeção, observação e investigação.c) confirmação, investigação e observa-

ção.d) circularização, observação e inspeção.e) observação, Inspeção e investigação.

26. (ESAF – SEFAZ – PRJ – 2010)

Para a obtenção de informações junto a pes-soas ou entidades conhecedoras da transa-ção, dentro ou fora da entidade, o procedi-mento de auditoria a ser aplicado é:

a) inspeção.b) observação.c) revisão analítica.d) confirmação.e) solicitação de informações.

27. (ESAF – Fiscal de Rendas-RJ – 2010)

A respeito dos objetivos da auditoria interna e da auditoria independente, é correto afir-mar que:

a) o objetivo da auditoria interna é apoiar a administração da entidade no cum-primento dos seus objetivos, enquanto o da auditoria independente é a emis-são de parecer sobre as demonstrações contábeis.

b) a auditoria interna se preocupa em ava-liar os métodos e as técnicas utilizadas pela contabilidade, enquanto a audi-toria externa cuida de revisar os lança-mentos e demonstrações contábeis.

c) a atuação de ambas não difere na es-sência uma vez que os objetivos da ava-liação é sempre a contabilidade.

d) a auditoria interna cuida em verificar os aspectos financeiros da entidade, en-quanto a auditoria externa se preocu-pa com os pareceres a respeito das de-monstrações contábeis.

e) o objetivo da auditoria interna é produ-zir relatórios demonstrando as falhas e deficiências dos processos administra-tivos e os da auditoria externa é emitir parecer sobre a execução contábil e fi-nanceira da entidade.

28. (ESAF – RECEITA FEDERAL – 2009)

Com relação aos relatórios de auditoria in-terna, pode-se afirmar que:

a) podem considerar posições de interesse da administração e dos gestores, sendo conduzidos aos interesses desses.

b) devem estar disponíveis a qualquer ad-ministrador da empresa, sem restrição.

c) podem relatar parcialmente os riscos associados aos possíveis pontos a serem levantados pela auditoria externa.

d) somente devem ser emitidos antes do final dos trabalhos, quando houver irre-gularidades que requeiram ações ime-diatas.

e) não devem ser emitidos antes do final dos trabalhos, por não possuírem infor-mações completas.

29. (ESAF – SEFAZ-SP – APOFP – 2009)

Sobre a auditoria independente, é correto afirmar que tem por objetivo:

a) auxiliar a administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.

b) apresentar subsídios para o aperfeiçoa-mento da gestão e dos controles inter-nos.

c) emitir parecer sobre a adequação das demonstrações contábeis.

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d) levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a justa so-lução do litígio.

e) recomendar soluções para as não-con-formidades apontadas nos relatórios.

30. (ESAF – ANA – 2009)

Entre as Normas Brasileiras de Contabili-dade, a NBC-T-12 trata da atividade e dos procedimentos da Auditoria Interna. Nesse contexto, é correto afirmar:

a) o relatório do auditor interno deve ser redigido com objetividade e imparciali-dade.

b) o termo ‘erro’ aplica-se a atos volun-tários de omissão e manipulação de transações e operações, adulteração de documentos, registros, relatórios e de-monstrações contábeis.

c) para dar suporte aos resultados de seu trabalho, o auditor interno deve se va-ler, unicamente, da análise e interpreta-ção das informações contábeis.

d) o termo ‘fraude’ aplica-se a atos invo-luntários de omissão, desatenção, des-conhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e de-monstrações contábeis.

e) o uso de técnicas de amostragem esta-tística é vedado na auditoria interna.

Gabarito: 1. E 2. E 3. C 4. C 5. C 6. E 7. E 8. E 9. E 10. C 11. E 12. C 13. E 14. C 15. E 16. C 17. E  18. C 19. E 20. C 21. C 22. E 23. E 24. C 25. E 26. D 27. A 28. D 29. C 30. A

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PLANEJAMENTO DE AUDITORIA

Fluxo de Auditoria

Planejamento  (Avaliação  Inicial  de  Riscos)  

Testes  de  Controle  

Procedimentos  Substan=vos  

Relatório  de  Auditoria  

Fluxo de Auditoria

Planejamento de Auditoria

A"vidades  Preliminares   Estratégia  Global  

Plano  de  Auditoria   Programas  de  Auditoria  

Planejamento de Auditoria

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Atividades preliminares do trabalho de auditoria:

Realizar as atividades preliminares do trabalho de auditoria auxilia o auditor na identificação e avaliação de eventos ou situações que possam afetar adversamente a capacidade do auditor de planejar e realizar o trabalho de auditoria. A realização dessas atividades preliminares permite ao auditor planejar o trabalho de auditoria para o qual, por exemplo:

a) o auditor mantém a necessária independência e capacidade para realizar o trabalho;

b) não há problemas de integridade da administração que possam afetar a disposição do auditor de continuar o trabalho;

c) não há desentendimentos com o cliente em relação aos termos do trabalho.

Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo e iterativo, que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual.

O envolvimento do sócio do trabalho e de outros membros-chave da equipe de trabalho no planejamento da auditoria incorpora a sua experiência e seus pontos de vista, otimizando assim a eficácia e a eficiência do processo de planejamento.

Planejamento de Auditoria

O planejamento da auditoria envolve a definição de estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento de plano de auditoria. Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis de várias maneiras, inclusive para:

• auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria;

• auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que seja realizado de forma eficaz e eficiente;

• auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de capacidade e competência para responderem aos riscos esperados e na alocação apropriada de tarefas.

O auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que defina o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano de auditoria. Ao definir a estratégia global, o auditor deve:

a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance;

b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações requeridas;

c) considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para orientar os esforços da equipe do trabalho;

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d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e, quando aplicável, se é relevante o conhecimento obtido em outros trabalhos realizados pelo sócio do trabalho para a entidade; e

e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho.

O plano de auditoria é mais detalhado que a estratégia global de auditoria visto que inclui a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de trabalho. O planejamento desses procedimentos de auditoria ocorre no decurso da auditoria, à medida que o plano de auditoria para o trabalho é desenvolvido.

Exemplo: o planejamento dos procedimentos de avaliação de riscos ocorre na fase inicial de auditoria. Entretanto, o planejamento da natureza, da época e da extensão de procedimentos específicos adicionais de auditoria depende do resultado dessa avaliação de riscos.

O auditor deve desenvolver o plano de auditoria, que deve incluir a descrição de:

a) natureza, época e extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco;

b) natureza, época e extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação;

c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em conformidade com as normas de auditoria.

Trabalho  de  Auditoria  Inicial  

(a)  As  demonstrações  contábeis  do  período  anterior  não  foram  

auditadas;  ou  

(b)  As  demonstrações  contábeis  do  período  anterior  foram  auditadas  por  auditor  independente  antecessor.  

Planejamento de Auditoria

Planejamento em Auditoria Inicial:

Para a auditoria inicial, o auditor pode considerar os seguintes temas adicionais na definição da estratégia global e do plano de auditoria:

• exceto se for proibido por lei ou norma, manter contato com o auditor antecessor, por exemplo, para conduzir a revisão de seus papéis de trabalho;

• os procedimentos de auditoria necessários para obter evidência de auditoria suficiente e apropriada relativa aos saldos;

• outros procedimentos exigidos pelo sistema de controle de qualidade da firma para trabalhos de auditoria inicial.

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O auditor deve documentar:O auditor deve documentar :

Estratégia  Global   Plano  de  Auditoria  

Alterações  significa8vas  e  

razões  para  essas  alterações  

Planejamento de Auditoria

Direcionamento, supervisão e revisão

A natureza, a época e a extensão do direcionamento e da supervisão dos membros da equipe e a revisão do seu trabalho podem variar dependendo de diversos fatores, incluindo:

• O porte e a complexidade da entidade;

• A área da auditoria;

• Os riscos de distorções relevantes;

• A capacidade e a competência dos membros individuais da equipe que realiza o trabalho de auditoria.

Programa de Auditoria

Constitui-se no desenvolvimento do Plano de Auditoria, executado previamente aos trabalhos de campo, embasado em objetivos definidos e nas informações disponíveis sobre as atividades da entidade auditada. É o plano de ação detalhado, é um guia, destinado a orientar adequadamente o trabalho do auditor, permitindo-lhe, ainda, complementá-lo quando circunstâncias imprevistas lhe recomendarem.

O programa de auditoria deverá contemplar todas as informações disponíveis e necessárias ao desenvolvimento de cada trabalho a ser realizado, com vistas a determinar a extensão e a profundidade deste, e deverá ser estruturado de forma que possa ser:

• Específico: um plano para cada trabalho;

• Padronizado: destinado à aplicação em trabalhos locais ou em épocas diferentes, com pequenas alterações.

Escopo de Auditoria

Escopo é a profundidade e a amplitude do trabalho para alcançar o objetivo da fiscalização, é definido em função do tempo e dos recursos humanos e materiais disponíveis.

O escopo da auditoria deve ser estabelecido de modo suficiente a satisfazer os objetivos do trabalho.

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Questões

FCC

1. (FCC – TCE-GO – 2014)

Nas atividades de planejamento de audi-toria independente, deve o auditor esta-belecer uma estratégia global que defina o alcance, a época e a direção da auditoria. Assim, ao definir a estratégia global, deve o auditor, entre outros, nos termos da NBC TA 300:

I – elaborar o plano de auditoria, para de-finir o tipo de técnica e os procedimentos aplicáveis na revisão de seu trabalho.

II – definir os objetivos do relatório do traba-lho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações requeridas.

III – identificar as características do trabalho para definir o seu alcance.

IV – considerar os fatores que no julgamen-to profissional do auditor são significativos para orientar os esforços da equipe do tra-balho.

V – determinar a natureza, a época e a ex-tensão dos recursos necessários para reali-zar o trabalho.

Está correto o que consta APENAS em:

a) I e III.b) I, II e III.c) IV e V.d) III, IV e V.e) II, III, IV e V.

2. (FCC – TCE-PI – 2014)

O planejamento da auditoria é a fase na qual são fixadas as ações a serem executadas no trabalho de campo. Entre os principais con-

ceitos sobre os quais está fundamentada esta atividade figura a:

a) objetividade.b) publicidade.c) legalidade.d) relevância.e) impessoalidade.

3. (FCC – ASLEPE – 2014)

Em relação ao Planejamento de Auditoria, considere:

I – No início dos seus trabalhos, o auditor deve considerar se existe uniformidade nas práticas contábeis adotadas pela entidade.

II – Na determinação dos fatos relevantes que serão examinados, não cabe ao auditor determinar a partir de que valor estes fatos serão considerados.

III – o Planejamento da Auditoria é um pro-cesso que se inicia logo após a contratação dos serviços.

Está correto o que se afirma APENAS em:

a) I e III. b) III.c) II e III. d) I.e) II.

4. (FCC – TRT - 13ªRegião – 2014)

A execução dos trabalhos de auditoria é di-vidida em fases. O conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de riscos do ente auditado é elemento que deve ser verificado na fase de:

a) testes de auditoria.b) conclusão dos trabalhos de auditoria.c) planejamento de auditoria.

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d) triagem de achados de auditoria.e) avaliação de resultados de auditoria.

5. (FCC – TCE-AM – 2013)

A fase de identificação e averiguação de eventos ou situações que possam afetar adversamente a capacidade do auditor de preparar e realizar o trabalho de auditoria é denominada:

a) achados de auditoria.b) avaliação dos riscos de distorção.c) controle de auditoria.d) controle de qualidade.e) preparação da auditoria.

6. (FCC – TCE-PR – 2011)

A fase da auditoria em que se determina o momento da realização de cada uma das ta-refas é chamada de:

a) planejamento.b) análise de risco.c) estudo de caso.d) evidenciação.e) seleção de programa de trabalho.

7. (FCC – SEFAZ-SP – APOFP – 2010)

NÃO é objetivo de um programa de audito-ria:

a) traçar o roteiro de execução de um pon-to de auditoria.

b) conduzir o auditor na aplicação dos pro-cedimentos técnicos de auditoria.

c) propiciar o controle e progresso a ser alcançado no decorrer da execução das tarefas de auditoria.

d) evitar que alguma tarefa de auditoria deixe de ser executada.

e) estimar o tempo necessário para reali-zação da auditoria.

ESAF

8. (ESAF – CVM – 2010)

A respeito de planejamento na realização de auditorias é correto afirmar:

a) é a fase inicial dos trabalhos e deve ser concluída antes que as equipes especí-ficas e/ou especializadas iniciem suas avaliações.

b) constitui-se nos trabalhos iniciais de co-leta de informações a respeito da enti-dade a ser auditada e dos mecanismos de controle existentes.

c) não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo e iterativo, que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da audi-toria anterior, continuando até a conclu-são do trabalho de auditoria atual.

d) é a fase em que participa, além da equi-pe de auditoria, toda a área de gestão e governança da entidade, em especial, a área responsável pela elaboração das demonstrações contábeis.

e) consiste em definir as estratégias gerais e o plano de trabalho antes do início de qualquer atividade de avaliação e revi-são das demonstrações.

9. (ESAF – TCE-GO – 2007)

Todas as opções abaixo são importantes re-comendações acerca do planejamento da auditoria, exceto uma. Aponte a única op-ção falsa.

a) O planejamento e os programas de tra-balho não devem ser revisados mesmo que novos fatos o recomendarem.

b) O programa de auditoria deve ser de-talhado de forma a servir como guia e meio de controle do progresso dos tra-balhos.

c) O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre o ramo de atividade, negócios e práticas operacio-nais da entidade.

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d) O auditor deve documentar seu plane-jamento geral e preparar programa de trabalho por escrito, detalhando o que for necessário à compreensão dos pro-cedimentos que serão aplicados.

e) O planejamento da auditoria, quando incluir a designação de equipe técnica, deve prever a orientação e supervisão do auditor, que assumirá total responsa-bilidade pelos trabalhos executados.

10. (ESAF – SUSEP – 2006)

O auditor externo ao aceitar um novo traba-lho de auditoria em uma entidade que te-nha tido suas demonstrações contábeis, do ano anterior, auditadas por outra firma de auditoria, deve:

a) eximir-se de qualquer responsabilidade sobre as demonstrações financeiras e saldos comparativos do período ante-rior, mencionando que não foram revi-sadas por ele.

b) realizar procedimentos que evidenciem possíveis fraudes ou não conformidades nas demonstrações anteriores, mencio-nando-as em notas explicativas.

c) certificar que todas as transações pra-ticadas pela empresa nas demonstra-ções contábeis, do período anterior ao Balanço, a ser auditado, estão em con-formidade com os princípios contábeis geralmente aceitos, emitindo parecer sobre estas demonstrações comparati-vas.

d) limitar seus trabalhos à execução da auditoria no período para o qual ele foi contratado, visto que não cabe à nova firma de auditoria avaliar os trabalhos executados no período anterior, isen-tando-se da responsabilidade sobre os saldos anteriores.

e) obter evidências suficientes de que os saldos de abertura das demonstrações, a serem auditadas, não se apresentem com saldos errôneos ou inconsistentes e que os princípios contábeis estejam uniformes.

11. (ESAF – CGU – 2006)

Quando for realizada uma auditoria, pela primeira vez, na entidade, ou quando as Demonstrações Contábeis do exercício an-terior tenham sido examinadas por outro auditor independente, o planejamento da auditoria deve contemplar os seguintes pro-cedimentos, exceto:

a) a obtenção de evidências suficientes de que os saldos de abertura do exercício não contenham representações errô-neas ou inconsistentes que, de alguma maneira, distorçam as Demonstrações Contábeis do exercício atual.

b) o exame da adequação dos saldos de abertura do exercício anterior com os saldos de encerramento do exercício atual.

c) a verificação se as práticas contábeis adotadas no atual exercício são unifor-mes com as adotadas no exercício ante-rior.

d) a identificação de fatos relevantes que possam afetar as atividades da entidade e sua situação patrimonial e financeira.

e) a identificação de relevantes eventos subsequentes ao exercício anterior, re-velados ou não-revelados.

CESPE

12. (CESPE – DPU – 2016)

No planejamento dos trabalhos de auditoria a ser realizada na DPU, além da observân-cia das normas de auditoria, o auditor deve considerar as normas específicas relativas ao objeto da auditoria, ainda que tais nor-mas não sejam consideradas na avaliação da materialidade de distorções encontradas.

( ) Certo   ( ) Errado

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13. (CESPE – BACEN – 2013)

Antes de iniciar uma auditoria, o auditor independente deve avaliar os níveis de in-flação, crescimento, recessão, deflação, de-semprego e a situação política do setor eco-nômico da entidade a ser auditada.

( ) Certo   ( ) Errado

14. (CESPE – FUB-DF – 2013)

Os procedimentos de auditoria são defini-dos no próprio programa. Nessa ocasião, descreve-se o que deve ser feito e como de-vem ser realizados os exames. As averigua-ções e verificações devem permitir que os auditores formem uma opinião que funda-mente sua manifestação.

( ) Certo   ( ) Errado

15. (CESPE – UNIPAMPA – 2009)

O programa de auditoria deve ser estrutu-rado de forma que possa ser específico ou padronizado. O programa específico é mais apropriado para atividades que não se alte-rem ao longo do tempo ou para situações que contenham dados e informações simila-res. Julgue CERTO ou ERRADO.

( ) Certo   ( ) Errado

16. (CESPE – TCU – 2008)

Segundo orientação do TCU, na fase de planejamento, a equipe de auditoria deve construir uma visão geral do objeto a ser auditado. Entre as fontes de informação disponíveis, recomenda-se que notícias vei-culadas pela mídia não sejam levadas em conta, a fim de evitar a contaminação ou o direcionamento dos trabalhos, que devem caracterizar-se pela isenção e pela objetivi-dade. Julgue CERTO ou ERRADO.

( ) Certo   ( ) Errado

17. (CESPE – MC – 2008)

O programa de auditoria, elaborado pelo auditor interno, é um plano de ação deta-lhado, pois define os objetivos, determina o escopo e o roteiro de procedimentos. Além de orientar a equipe de auditoria, configura--se na essência operacional do trabalho de auditagem relativamente a uma área espe-cífica da companhia ou à gestão de determi-nado sistema organizacional, estabelecendo os procedimentos para a identificação, aná-lise, avaliação e registro da informação du-rante a execução do trabalho. Julgue CERTO ou ERRADO.

( ) Certo   ( ) Errado

18. (CESPE – TCE-AC – 2008)

A elaboração do trabalho de auditoria deve ser planejado de forma a prever a natureza, a extensão e a profundidade dos procedi-mentos que nele serão empregados, sendo dispensáveis os exames preliminares. Julgue CERTO ou ERRADO.

( ) Certo   ( ) Errado

19. (CESPE – STF – 2008)

Sempre que novos fatos recomendarem, o planejamento e os programas de trabalho devem ser revisados e atualizados. Julgue CERTO ou ERRADO.

( ) Certo   ( ) Errado

Gabarito: 1. E 2. D 3. D 4. C 5. E 6. A 7. E 8. C 9. A 10. E 11. B 12. E 13. C 14. C 15. E 16. E 17. C  18. E 19. C

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DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA

Documentação de Auditoria (Papéis de Trabalho)

Definições:

Documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria executados, da evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor (usualmente, também é utilizada a expressão “papéis de trabalho”).

Arquivo de auditoria compreende uma ou mais pastas ou outras formas de armazenamento, em forma física ou eletrônica, as quais contêm os registros que constituem a documentação de trabalho específico.

Auditor experiente é um indivíduo (interno ou externo à firma de auditoria) que possui experiência prática de auditoria e conhecimento razoável de:

(i) processos de auditoria;

(ii) normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis;

(iii) ambiente de negócios em que opera a entidade; e

(iv) assuntos de auditoria e de relatório financeiro relevantes ao setor de atividade da entidade.

Objetivo:

O objetivo do auditor é preparar documentação que forneça:

a) registro suficiente e apropriado do embasamento do relatório do auditor; e

b) evidências de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas e as exigências legais e regulamentares aplicáveis.

Natureza e Finalidade:

A documentação de auditoria fornece:

a) evidência da base do auditor para uma conclusão quanto ao cumprimento do objetivo global do auditor; e

b) evidência de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis.

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A documentação de auditoria serve ainda para:

• assistir à equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria;

• assistir aos membros da equipe de trabalho responsáveis pela direção e supervisão do trabalho de auditoria no cumprimento de suas responsabilidades de revisão;

• permitir que a equipe de trabalho possa ser responsabilizada por seu trabalho;

• manter um registro de assuntos de importância recorrente para auditorias futuras;

• permitir a condução de revisões e inspeções de controle de qualidade; e

• permitir a condução de inspeções externas em conformidade com as exigências legais, regulamentares e outras exigências aplicáveis.

O auditor deve preparar documentação de auditoria que seja suficiente para permitir que um auditor experiente, sem nenhum envolvimento anterior com a auditoria, entenda:

a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir com as normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis;

b) os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência de auditoria obtida; e

c) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito deles e os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões.

A forma, o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria dependem de fatores como:

a) tamanho e complexidade da entidade;

b) riscos identificados de distorção relevante;

c) importância da evidência de auditoria obtida;

d) metodologia e ferramentas de auditoria usadas;

e) natureza dos procedimentos de auditoria a serem executados.

Ao documentar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria executados, o auditor deve registrar:

a) as características que identificam os itens ou assuntos específicos testados;

b) quem executou o trabalho de auditoria e a data em que foi concluído; e

c) quem revisou o trabalho de auditoria executado e a data e extensão de tal revisão.

Se, em circunstâncias excepcionais, o auditor executar procedimentos novos ou adicionais ou chegar a outras conclusões após a data do relatório, o auditor deve documentar:

a) as circunstâncias identificadas;

b) os procedimentos novos ou adicionais executados, a evidência de auditoria obtida e as novas conclusões alcançadas, e seu efeito sobre o relatório do auditor; e

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c) quando e por quem as modificações resultantes da documentação de auditoria foram executadas e revisadas.

A documentação de auditoria pode ser registrada em papel, em formatos eletrônicos ou outros. Exemplos de documentação de auditoria incluem:

a) programas de auditoria;

b) análises;

c) memorandos de assuntos do trabalho;

d) resumos de assuntos significativos;

e) cartas de confirmação e representação;

f) listas de verificação;

g) correspondências (inclusive correio eletrônico) referentes a assuntos significativos.

Classificação quanto à natureza*:

Os papéis de trabalho, podem ser classificados, quanto à sua natureza em:

a) Correntes:

Utilizados apenas no exercício social objeto da auditoria. Ex.: Extratos bancários, plano de trabalho.

b) Permanentes:

Utilizados em mais de um período. Ex.: Estatuto Social, Manuais, Contratos de Financiamento de longo prazo.

A documentação de auditoria é do auditor, não da empresa auditada.

Entretanto, o conteúdo se refere à auditada. Por essa razão, o auditor só pode disponibilizar seus papéis de trabalho a terceiros se:

• Houver autorização formal prévia da empresa auditada.

• Nos casos previstos em lei ou normas de auditoria.

Técnicas de elaboração*:

• Tiques (símbolos) são utilizados para evidenciar o serviço executado.

• Devem ser identificados com o nome do auditor, data-base da auditoria e indicação do processo auditado, procedimentos efetuados, documentos analisados e conclusão do auditor.

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• Referência Cruzada é uma técnica utilizada para evidenciar trabalhos realizados em uma área que tenha influência em outras áreas de trabalho, por meio da utilização de letras codificadoras dos papéis de trabalho. Essas codificações devem ser inscritas ao lado da informação que se quer amarrar.

Lançamento de ajuste e/ou reclassificação:

• Serve para registrar distorções encontradas nos dados contábeis sob exame, que no entendimento do auditor requererão correções por parte da companhia auditada.

• Durante o trabalho, o auditor prepara os lançamentos em um papel de trabalho, de forma resumida, evidenciando com um breve histórico quais as contas e o valor envolvido.

• Ao final do trabalho, o auditor submete à apreciação da empresa, que resolverá a respeito. Caso os lançamentos propostos não sejam aceitos, dependendo da materialidade, isso poderá acarretar em uma opinião com ressalva.

Arquivamento:

O auditor deve montar a documentação em arquivo de auditoria tempestivamente após a data do relatório do auditor. Após a montagem do arquivo final de auditoria ter sido completada, o auditor não apaga nem descarta documentação de auditoria de qualquer natureza antes do fim do seu período de guarda dessa documentação.

A NBC PA 01, que trata do controle de qualidade para Firmas de Auditores Independentes, determina que um limite de tempo apropriado para concluir a montagem do arquivo final de auditoria geralmente não ultrapassa 60 dias após a data do relatório do auditor.

O período de retenção para trabalhos de auditoria geralmente não é inferior a cinco anos, a contar da data do relatório do auditor!!!

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Se o auditor julgar necessário modificar a documentação de auditoria existente ou acrescentar nova documentação de auditoria após a montagem do arquivo final de auditoria, deverá documentar as razões específicas para fazê-lo, quando e por quem foram executados e revisados.

Modificações podem ser feitas na documentação de auditoria durante o processo final de montagem se estas forem de natureza administrativa. Por exemplo:

• apagar ou descartar documentação superada;

• selecionar, conferir e acrescentar referências aos documentos;

• conferir itens das listas de verificação evidenciando ter cumprido os passos relativos ao processo de montagem do arquivo;

• documentar evidência de auditoria que o auditor obteve, discutiu e com a qual concordou junto à equipe, antes da data do relatório de auditoria.

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Questões

CESPE

1. (CESPE – FUB-DF – 2013)

Os papéis de trabalho podem referir-se à fase de planejamento ou de execução da auditoria. Entre os primeiros, destacam-se os da avaliação dos controles internos e de revisão contábil.

( ) Certo   ( ) Errado

2. (CESPE – FUB-DF – 2013)

Os papéis de trabalho usualmente são ar-quivados em duas categorias de arquivos: corrente e permanente. No arquivo perma-nente, são, em geral, arquivados documen-tos do tipo contratos de descontos de dupli-catas e demonstrações contábeis do último exercício.

( ) Certo   ( ) Errado

3. (CESPE – FUB-DF – 2013)

Uma das recomendações que os audito-res devem observar no preenchimento dos papéis de trabalho é não revelar o critério adotado para determinar o valor a partir do qual as operações foram consideradas rele-vantes.

( ) Certo   ( ) Errado

4. (CESPE – TELEBRAS – 2013)

Com relação a pontos essenciais, técnicas de elaboração e demais aspectos ineren-tes à documentação de auditoria, julgue os itens seguintes.

Todas as instruções aos membros de equi-pes de auditorias devem fazer parte da do-cumentação da auditoria (papéis de traba-lho).

( ) Certo   ( ) Errado

5. (CESPE – TELEBRAS – 2013)

Com relação a pontos essenciais, técnicas de elaboração e demais aspectos ineren-tes à documentação de auditoria, julgue os itens seguintes.

A documentação de auditoria possibilita que a equipe de trabalho seja responsabili-zada por suas atividades.

( ) Certo   ( ) Errado

6. (CESPE – TELEBRAS – 2013)

Com relação a pontos essenciais, técnicas de elaboração e demais aspectos ineren-tes à documentação de auditoria, julgue os itens seguintes.

Na documentação de auditoria, o auditor deve registrar os procedimentos executa-dos, suas conclusões e os resultados do seu trabalho. Essas conclusões irão compor os relatórios e pareceres finais da atividade re-alizada.

( ) Certo   ( ) Errado

7. (CESPE – TCE-ES – 2012)

A documentação de conteúdo corrente das auditorias de regularidade abrange, em ge-ral, apenas um exercício. Julgue CERTO ou ERRADO.

( ) Certo   ( ) Errado

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8. (CESPE – TCE-ES – 2012)

A natureza do conteúdo da documentação de auditoria caracteriza-se como corrente ou permanente, sendo o plano de contas um exemplo de documento de natureza permanente. Julgue CERTO ou ERRADO.

( ) Certo   ( ) Errado

9. (CESPE – TCE-ES – 2012)

A documentação de auditoria é um registro que pode ser utilizado na avaliação do de-sempenho dos profissionais de auditoria e de provas, caso haja processos administra-tivos e judiciais contra esses profissionais. Julgue CERTO ou ERRADO.

( ) Certo   ( ) Errado

10. (CESPE – PREVIC – 2011)

Julgue os próximos itens, referentes aos di-versos aspectos do trabalho de auditoria no setor público.

Os papéis de trabalho são de propriedade exclusiva do departamento de auditoria que os elaborou, não podendo, em nenhuma hi-pótese, ser apresentados a terceiros.

( ) Certo   ( ) Errado

11. (CESPE – TRE-BA – 2010)

Desde que sejam atualizados, alguns papéis de trabalho podem ser reutilizados, quando estiverem relacionados a auditorias realiza-das em vários períodos consecutivos.

( ) Certo   ( ) Errado

12. (CESPE – TCE-TO – 2009)

Os papéis de trabalho podem ser de nature-za corrente ou permanente. São exemplos de papéis de trabalho correntes:

a) as legislações específicas aplicáveis à empresa auditada.

b) os manuais de procedimentos internos.c) o questionário de controle interno.d) os cartões de assinaturas e rubricas dos

responsáveis pela aprovação das tran-sações.

e) as cópias de contratos de financiamen-to para capital de giro.

ESAF

13. (ESAF – RFB – 2014)

São características do auditor experiente possuir experiência prática de auditoria e conhecimento razoável de:

a) processos de auditoria, normas de au-ditoria e exigências legais aplicáveis.

b) normas de auditoria e exigências legais aplicáveis e processos judiciais cíveis dos diretores.

c) ambiente de negócios em que opera a entidade e negócios estratégicos reali-zados pelos seus concorrentes.

d) assuntos de auditoria e de relatório fi-nanceiro relevantes à atividade da enti-dade e das atividades dos conselheiros em outras empresas.

e) processos sigilosos e fórmulas dos pro-dutos registradas pela empresa e pelos seus concorrentes.

14. (ESAF – RFB – 2014)

É permitido ao auditor externo, durante o processo final de montagem dos arquivos da auditoria concluída, modificar os docu-mentos de auditoria. Não se inclui como modificação possível:

a) apagar, descartar ou destruir documen-tação superada.

b) acrescentar referências cruzadas aos documentos de trabalho.

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c) substituir carta de circularização dos ad-vogados, com nova posição das contin-gências.

d) conferir itens das listas de verificação, evidenciando ter cumprido os passos pertinentes à montagem do arquivo.

e) documentar evidência de auditoria que o auditor obteve antes da data do rela-tório de auditoria.

15. (ESAF – CVM – 2010)

Na elaboração da documentação de audito-ria (Papéis de Trabalho), no que se refere à forma, ao conteúdo e a extensão, o auditor deve levar em conta os seguintes fatores, exceto:

a) importância da evidência de auditoria obtida.

b) tamanho e complexidade da entidade auditada.

c) riscos identificados de distorções rele-vantes nas demonstrações contábeis.

d) natureza dos procedimentos de audito-ria a serem executados.

e) volume dos recursos das transações au-ditadas.

16. (ESAF – SEFAZ-SP – APOFP – 2009)

Compostos pela documentação preparada pelo auditor ou a ele fornecida na execução da auditoria, os papéis de trabalho possuem as seguintes características, exceto:

a) sua disponibilização a terceiros é permi-tida, desde que formalmente autorizada pela entidade auditada.

b) apenas abrigam informações em papel, sendo vedadas as evidências obtidas por meios eletrônicos.

c) sua confidencialidade é dever perma-nente do auditor.

d) devem ser mantidos sob a custódia do auditor por um prazo de cinco anos, a partir da data de emissão do parecer.

e) sua padronização não é obrigatória.

17. (ESAF – ANAC – 2016)

Leia o seguinte texto: "Todo trabalho de Au-ditoria deve ser documentado de modo a assegurar sua revisão e a manutenção das informações obtidas. Os denominados "pa-peis de trabalho" constituem a documen-tação que evidencia todo o trabalho desen-volvido pelo Auditor". Avalie as sentenças abaixo, no que se refere ao conceito de "pa-pel de trabalho", e assinale a opção correta.

I – Pode ter sido preparado por terceiros.

II – Pode ser classificado como transitório ou permanente.

III – Pode ter sido armazenado em meio óp-tico (CD-rom).

a) I, apenas.b) I, II, apenas.c) I, II, III estão corretas.d) II, III, apenas.e) I, III, apenas.

FCC

18. (FCC – TRT-MT – 2016)

Sobre entidade auditada, considere:

I – Complexidade.

II – Localização.

III – Finalidade social.

IV – Tamanho.

Nos termos da NBC TA 230, a forma, o con-teúdo e a extensão da documentação de au-ditoria dependem dos fatores que constam em

a) I, II e III, apenas. b) I, II e IV, apenas. c) I, II, III e IV. d) II, III e IV, apenas. e) I e IV, apenas.

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19. (FCC – TRF – 3ª Região – 2016)

Nos termos da NBC TA 230, considere:

I – Identificação de quem revisou o trabalho de auditoria executado.

II – Discussões de assuntos significativos com a administração.

III – Informações referentes a um assunto significativo que são inconsistentes com sua conclusão final.

IV – Não atendimento pelo auditor de um requisito relevante de uma norma.

V – Circunstâncias identificadas após a data do relatório do auditor.

Deve ser objeto de documentação pelo au-ditor o que consta em

a) II, IV e V, apenas.b) I, III e IV, apenas.c) II, III e V, apenas.d) I, II, III e IV, apenas.e) I, II, III, IV e V.

20. (FCC – TJ-PI – 2015)

Os papéis de trabalho devem ser organiza-dos conforme sua finalidade. São considera-das comuns:

I – Pasta permanente;

II – Pasta corrente;

III – Pasta de análise das contas;

IV – Pasta de correspondência.

Constitui um exemplo de papel de trabalho que compõe a pasta corrente:

a) análise da evolução do capital social; b) controles do fluxo de informações; c) descrição do sistema em escrituração

contábil; d) estatuto da entidade auditada e suas al-

terações; e planejamento do trabalho.

21. (FCC – TJ-PI – 2015)

Os papéis de trabalho constituem a docu-mentação preparada pelo auditor ou for-necida a este na execução da auditoria; sua guarda é responsabilidade do (a):

a) auditor responsável; b) auditoria interna; c) administração da entidade auditada; d) contador da entidade auditada; e) conselho fiscal.

22. (FCC – TCE-CE – 2015)

Com base na documentação de auditoria normatizada pela NBC TA 230,

a) o auditor deve documentar todos os as-suntos considerados ou todos os julga-mentos exercidos na auditoria.

b) é necessário que o auditor documente separadamente a conformidade em as-suntos, ainda que já demonstrada por documentos incluídos no arquivo de au-ditoria.

c) explicações verbais do auditor, por si só, não representam documentação ade-quada para o trabalho executado pelo auditor ou para conclusões obtidas, mas podem ser usadas para explicar ou es-clarecer informações obtidas na docu-mentação de auditoria.

d) a documentação de auditoria deve sem-pre ser registrada em papel, condição necessária para comprovar os funda-mentos da conclusão do auditor.

e) a precisão da documentação elaborada pelo auditor independe se foi feita de forma tempestiva ou após a realização do trabalho de auditoria.

23. (FCC – TCE-GO – 2014)

No decorrer dos trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis da empresa Dis-tribuidora de Aços Rígidos do Brasil S/A, o auditor independente constatou que o va-lor do saldo da conta duplicatas a receber, em 31.12.2013, apresentava uma diferença

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de R$ 150.000,00, referente a três duplica-tas, de um mesmo cliente, pagas no mês de novembro de 2013, não baixadas do saldo. Quanto à evidência de auditoria, nos termos da NBC TA 230, o auditor deve registrá-la:

a) no relatório da auditoria, expressando uma opinião com ressalvas.

b) no livro de ocorrências de achados de auditoria.

c) no relatório da auditoria, expressando uma opinião sem ressalvas.

d) em documentação de Auditoria (papéis de trabalho).

e) no relatório da auditoria, com absten-ção de opinião.

24. (FCC – TCE-GO – 2014)

O auditor independente, durante a execu-ção dos trabalhos de auditoria nas Demons-trações Contábeis do exercício de 2014 da empresa Abacaxi Doce S/A, constatou que o valor de duas notas fiscais referentes à ven-da à vista, após o recebimento em dinheiro do valor da venda, foram adulterados, possi-bilitando ao tesoureiro da empresa desviar R$ 10.000,00 para sua conta bancária. Em consequência, as duas notas fiscais foram contabilizadas por um valor a menor do que o recebido. Com relação à constatação (evi-dência de auditoria), deve o Auditor, nos termos da NBC TA 230,

a) recomendar ao contador que realize a conciliação bancária mensalmente.

b) registrar no relatório de auditoria.c) registrar no livro de anotações de acha-

dos de auditoria.d) solicitar ao chefe da tesouraria devolu-

ção do valor apropriado.e) registrar em documentação de audito-

ria (papéis de trabalho).

25. (FCC – ASLEPE – 2014)

Os papéis de trabalho:

I – devem conter o registro dos procedimen-tos de auditoria executados, da evidência de

auditoria relevante obtida e das conclusões alcançadas pelo auditor.

II – devem ser preparados de forma sufi-ciente para que sejam compreendidos por qualquer usuário da informação contábil.

III – têm como objetivo auxiliar a execução dos exames, servir de suporte aos relatórios e como prova em questões judiciais.

Está correto o que se afirma APENAS em:

a) II e III.b) I.c) II.d) I e III.e) I e II.

26. (FCC – ASLEPE – 2014)

Os papéis de trabalho devem ter abrangên-cia e detalhamento para propiciar a com-preensão do planejamento de auditoria em grau:

a) relativo.b) suficiente.c) adequado.d) relevante.e) exato.

27. (FCC – ICMS-RJ – 2014)

A Companhia de Calçados Impróprios do Brasil S. A. contratou determinada empresa de auditoria independente para executar a auditoria das demonstrações contábeis rela-tivas ao exercício encerrado em 31/12/2012. O documento preparado pelo auditor con-tendo o registro dos procedimentos de au-ditoria executados, das evidências obtidas e das conclusões alcançadas é denominado:

a) programa de auditoria. b) papeis de trabalho. c) relatório de auditoria. d) parecer de auditoria. e) certificado de auditoria.

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28. (FCC – TRT - 12ª Região – 2013)

Os documentos que têm por finalidade o registro das informações e fatos verificados durante a auditoria e que servem de supor-te para conclusões, ações e recomendações denominam-se:

a) papéis de trabalho.b) resumos dos testes de auditoria.c) documentos de evidenciação.d) relatórios de aspectos relevantes.e) pareceres prévios.

29. (FCC – TCE-AM – 2013)

No contexto dos procedimentos e métodos de auditoria, os papéis de trabalho são:

a) documentos que comprovam a realiza-ção de trabalhos de auditoria e não se confundem com a documentação de auditoria.

b) um retrato fiel da fiscalização, contendo a documentação de todas as questões que a auditoria aborde em seu relató-rio.

c) preparados pelo auditado e conferidos pelo auditor, que tem o dever de atestar a regularidade dos atos.

d) registros de procedimentos de audito-ria executados, de evidências relevantes obtidas e de conclusões alcançadas pelo auditor.

e) documentos físicos e não eletrônicos, uma vez que têm que ser assinados pelo auditor.

30. (FCC – TCE-PR – 2011)

Sobre os papéis de trabalho é correto afir-mar que são:

a) de propriedade da empresa ou órgão auditado.

b) documentos elaborados pelo auditor na fase que antecede o planejamento da auditoria.

c) o conjunto de formulários que contém os apontamentos obtidos pelo auditor durante o seu exame.

d) as atividades desempenhadas por cada integrante do grupo de auditoria.

e) os documentos, selecionados pelo au-ditor, que devem ficar arquivados por, pelo menos, dez anos após a emissão do parecer de auditoria.

31. (FCC – INFRAERO – 2011)

Ao conjunto de formulários que contém os apontamentos obtidos pelo auditor durante o seu exame dá-se o nome de:

a) papéis-espelho.b) registros de riscos de auditoria.c) papéis de trabalho.d) registros de planejamento de auditoria.e) quadro sinótico de auditoria.

32. (FCC – TRT - 20ª Região – 2011)

No que se refere à guarda da documenta-ção, o Auditor, para fins de fiscalização do exercício profissional, deve conservar a boa guarda pelo prazo de:

a) dezoito meses, a partir da data de emis-são do relatório e parecer relacionado com os serviços realizados.

b) dois anos, a partir da data do término dos serviços realizados.

c) três anos, a partir da data do início dos serviços realizados.

d) cinco anos, a partir da data de emissão do seu parecer, de toda a documen-tação, papéis de trabalho, relatórios e pareceres relacionados com os serviços realizados.

e) dez anos, a partir da data de entrega ou publicação do seu parecer relacionado com os serviços realizados.

Gabarito: 1. E 2. E 3. E 4. E 5. C 6. C 7. C 8. C 9. C 10. E 11. C 12. C 13. A 14. C 15. E 16. B 17. C  18. E 19. E 20. E 21. A 22. C 23. D 24. E 25. D 26. B 27. B 28. A 29. D 30. C 31. C 32. D

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TESTES E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Testes de Auditoria

Os testes (procedimentos) de auditoria permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas e podem ser divididos em dois grandes grupos: testes de controle e procedimentos substantivos, dependendo de sua finalidade.

O primeiro grupo tenta obter razoável segurança de que o controle interno da empresa funciona corretamente. Mede a eficácia do controle interno. Já o segundo objetiva obter evidências de que os valores constantes nos sistemas contábeis da entidade são suficientes, exatos e válidos.

Prof.  Me.  Rodrigo  Fontenelle  

PROCEDIMENTOS  DE  AUDITORIA  

AVALIAÇÃO  DE  RISCO  

ADICIONAIS  

TESTES  DE  CONTROLE  

PROCEDIMENTOS  SUBSTANTIVOS  

TESTE  DE  DETALHES  

PROCEDIMENTOS  ANALÍTICOS  

SUBSTANTIVOS  

Testes de Auditoria

Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações.

Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem:

a) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e

b) procedimentos analíticos substantivos.

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Testes de controle

Ao avaliar a efetividade operacional dos controles relevantes, o auditor deve avaliar se as distorções que foram detectadas pelos procedimentos substantivos indicam que os controles não estão operando efetivamente.

A ausência de detecção de distorções por procedimentos substantivos, entretanto, não fornece evidência de auditoria de que os controles relacionados com a afirmação que está sendo testada são efetivos.

Procedimentos Substantivos

Conforme verificado anteriormente, divide-se em:

a) Testes de Detalhes:

Fornece evidências quanto à adequação dos registros dos fatos contábeis.

b) Procedimentos analíticos substantivos:

Verifica o comportamento de valores significativos, por meio da aplicação de índices, quocientes, quantidades absolutas e outros meios. Objetiva detectar e analisar situações anormais/atípicas e relevantes constatadas nas demonstrações contábeis.

O auditor deve planejar e executar procedimentos substantivos para cada classe de transações, saldo de contas e divulgações relevantes, independentemente dos riscos avaliados de distorção relevante. Essa exigência reflete os fatos de que:

(i) a avaliação de risco do auditor é questão de julgamento e, portanto, pode não identificar todos os riscos de distorção relevante; e

(ii) há limitações inerentes ao controle interno, incluindo a burla dos controles pela administração.

Dependendo das circunstâncias, o auditor pode determinar que:

• executar somente procedimentos analíticos substantivos é suficiente para reduzir o risco de auditoria para um nível baixo aceitável;

• somente os testes de detalhes são apropriados;

• a combinação de procedimentos substantivos analíticos e testes de detalhes responde melhor aos riscos identificados.

Os procedimentos básicos de auditoria descritos a seguir, também chamados de técnicas de auditoria, podem ser utilizados como procedimentos de avaliação de riscos, testes de controles ou procedimentos substantivos, dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo auditor.

Podem incluir inspeção, observação, confirmação, recálculo, reexecução e procedimentos analíticos, muitas vezes em combinação, além da indagação.

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Inspeção

A inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo.

A inspeção de ativos tangíveis pode fornecer evidência de auditoria confiável quanto à sua existência, mas não necessariamente quanto aos direitos e obrigações da entidade ou à avaliação dos ativos.

Observação

A observação consiste no exame do processo ou procedimento executado por outros, por exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da execução de atividades de controle.

A observação fornece evidência de auditoria a respeito da execução de processo ou procedimento, mas é limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo fato de que o ato de observar pode afetar a maneira como o processo ou o procedimento é executado.

Confirmação Externa

Confirmação externa é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito, direta para o auditor, de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato eletrônico ou outro meio. (NBC TA 505)

Solicitação de confirmação positiva é a solicitação em que a parte que confirma responde diretamente ao auditor indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação (positiva em preto), ou forneçe as informações solicitadas (positiva em branco).

A indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade. A indagação é utilizada extensamente em toda a auditoria, além de outros procedimentos de auditoria. As indagações podem incluir desde indagações escritas formais até indagações orais informais. A avaliação das respostas às indagações é parte integral do processo de indagação.

As respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações não obtidas anteriormente ou evidência de auditoria comprobatória. Alternativamente, as respostas podem fornecer informações significativamente divergentes das informações que o auditor obteve.

Recálculo

O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros.

Reexecução

A reexecução envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade.

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Procedimentos analíticos

Os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros.

Os procedimentos analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos.

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Questões

CESPE

1. (CESPE – CGE-PI – 2015)

No planejamento da auditoria, devem estar previstos instrumentos de controle interno, como a aplicação de testes de observância e de testes de transações e saldos. Além dis-so, deve-se realizar a verificação dos dados produzidos pelo sistema contábil da entida-de para a avaliação dos riscos envolvidos na atividade de controle.

( ) Certo   ( ) Errado

2. (CESPE – CGE-PI – 2015)

Os procedimentos de revisão analítica são realizados durante a aplicação dos testes substantivos.

( ) Certo   ( ) Errado

3. (CESPE – TCDF – 2014)

O pedido de confirmação positivo, conside-rado uma evidência de qualidade melhor que o negativo, é mais indicado para as contas de clientes e fornecedores cujo sal-do seja de grande valor ou que apresentem maiores indícios de erros.

( ) Certo   ( ) Errado

Julgue os próximos itens com base no ma-nual de auditoria do TCDF.

4. (CESPE – TCDF – 2014)

A reexecução é uma técnica que consiste na simulação, pela equipe de auditoria, de to-das as etapas de realização da operação que está sendo objeto de exame.

5. (CESPE – AFT – 2013)

Se houver dúvidas sobre créditos registra-dos no ativo de uma entidade, o auditor agi-rá de modo apropriado caso recomende ao dirigente do órgão que expeça um pedido de confirmação negativo em branco ao su-posto devedor.

( ) Certo   ( ) Errado

6. (CESPE – AFT – 2013)

Os testes de aderência ou observância, cujo objetivo é identificar a existência, a efetivi-dade e a continuidade dos controles inter-nos, consistem em um conjunto de procedi-mentos de auditoria destinado a confirmar se as funções críticas de controle interno es-tão sendo efetivamente executadas.

( ) Certo   ( ) Errado

7. (CESPE – TELEBRAS – 2013)

Com relação aos testes e procedimentos de auditoria, julgue o item seguinte.

Para expressar uma opinião de forma positi-va, o auditor deve executar procedimentos relacionados aos riscos identificados, sendo esses procedimentos uma combinação de testes ou sua reexecução, procedimentos analíticos, indagação e(ou) testes de eficácia operacional de controle.

( ) Certo   ( ) Errado

8. (CESPE – TELEBRAS – 2013)

Com relação aos testes e procedimentos de auditoria, julgue o item seguinte.

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Os testes de observância são aplicados pelo auditor quando ele deseja obter provas su-ficientes e convincentes sobre transações, de maneira a lhe proporcionar fundamenta-ção para a opinião acerca de determinados fatos e para avaliar a funcionalidade do sis-tema contábil da empresa auditada.

( ) Certo   ( ) Errado

9. (CESPE – TELEBRAS – 2013)

Com relação aos testes e procedimentos de auditoria, julgue os itens subsecutivos.

Quando o auditor detecta inconsistência entre evidências oriundas de fontes diferen-tes, o julgamento profissional é o parâme-tro para decidir qual a fonte mais confiável.

( ) Certo   ( ) Errado

10. (CESPE – TELEBRAS – 2013)

Com relação aos testes e procedimentos de auditoria, julgue os itens subsecutivos.

Para expressar uma conclusão de forma po-sitiva em trabalho de asseguração razoável, é necessário que o auditor independente obtenha evidência apropriada e suficiente, com aplicação de testes substantivos e de observância.

( ) Certo   ( ) Errado

11. (CESPE – TELEBRAS – 2013)

A respeito de conceitos, princípios, origens e classificações de auditoria, julgue os itens que se seguem.

Caso um auditor pretenda emitir à entida-de auditada cartas de confirmação externa para avaliar as informações obtidas interna-mente, ele estará justificando seu ceticismo profissional.

( ) Certo   ( ) Errado

No que concerne aos testes e procedimen-tos de auditoria e à revisão analítica, julgue os itens que se seguem.

12. (CESPE – FUB-DF – 2013)

O auditor, ao examinar as rotinas adotadas pelos servidores de um órgão e as comparar com os manuais da organização e as suas normas de funcionamento, estará efetuan-do um teste de observância.

( ) Certo   ( ) Errado

13. (CESPE – FUB-DF – 2013)

Uma das características da revisão analítica consiste na fixação de uma diferença máxi-ma aceitável entre os valores observados e os esperados, que pode ser expressa em va-lor monetário, percentual, uma combinação de ambos ou, mais raramente, mediante o resultado de modelos estatísticos mais so-fisticados.

( ) Certo   ( ) Errado

14. (CESPE – FUB-DF – 2013)

Os procedimentos de auditoria são defini-dos no próprio programa. Nessa ocasião, descreve-se o que deve ser feito e como de-vem ser realizados os exames. As averigua-ções e verificações devem permitir que os auditores formem uma opinião que funda-mente sua manifestação.

( ) Certo   ( ) Errado

15. (CESPE – TCU – 2011)

Considere a seguinte situação hipotética. Durante a execução de seu trabalho, um au-ditor constatou que o órgão auditado dispo-nibilizou bens a uma instituição privada por conta da realização de determinado convê-nio. Por desconfiança em relação à opera-ção, esse auditor resolveu, apropriadamen-te, efetuar um pedido de confirmação, sem

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especificar os bens e respectivos valores, mas dos quais julgou não poder abrir mão da confirmação formal. Nessa situação hi-potética, a técnica utilizada é denominada confirmação ou circularização positiva em branco. Julgue CERTO ou ERRADO.

( ) Certo   ( ) Errado

16. (CESPE – TCU – 2011)

Se a simples verificação de um lançamento contábil não for suficiente para fornecer ao auditor elementos de convicção sobre de-terminada transação, poderá ele proceder ao exame da documentação corresponden-te. Atendidos os requisitos formais quanto ao tipo e preenchimento do documento, deverá ele ainda avaliar a pertinência da operação com os objetivos do órgão audi-tado e a autorização para a sua realização. Julgue CERTO ou ERRADO.

( ) Certo   ( ) Errado

17. (CESPE – TCU – 2008)

A circularização de ativos sempre se revela mais eficaz, pois o credor tem mais interes-se em confirmar seu crédito ou, até mesmo, em apontar possíveis irregularidades.

( ) Certo   ( ) Errado

18. (CESPE – TCU – 2008)

Na verificação de eventuais ônus sobre imó-veis de propriedade da entidade auditada, consultam-se, entre outros documentos, certidões atualizadas do registro de imó-veis, contratos de compra e venda ou de fi-nanciamento desses bens, assim como con-tratos de financiamento ou parcelamento de dívidas. Julgue CERTO ou ERRADO.

( ) Certo   ( ) Errado

ESAF

19. (ESAF – RFB – 2014)

A empresa Orion S.A. realizou a contagem de seus estoques (inventário físico), em 31 de outubro de 2013. O auditor foi contrata-do para realizar a auditoria das Demonstra-ções Contábeis de 31 de dezembro de 2013. Em relação ao inventário, deve o auditor:

a) validar a posição apresentada nas de-monstrações contábeis de 31 de dezem-bro de 2013, uma vez que foi atendida a exigência de inventariar os estoques, uma vez ao ano.

b) solicitar nova contagem de inventário em 31 de dezembro de 2013 ou na data do início dos trabalhos de auditoria, sendo sempre obrigatória sua presen-ça e participação na contagem física e aprovação dos procedimentos de inven-tário.

c) exigir que seja elaborada nota explicati-va evidenciando a posição do inventário em 31 de outubro de 2013, ressalvan-do a posição do inventário em 31 de dezembro de 2013, esclarecendo que não houve contagem das posições de estoques entre 31 de outubro e 31 de dezembro de 2013.

d) executar procedimentos para obter evi-dência de auditoria de que as variações no estoque, entre 31 de outubro de 2013 e 31 de dezembro de 2013, estão adequadamente registradas.

e) limitar sua avaliação a posição de esto-ques apresentada em 31 de outubro de 2013, restringindo o escopo de seu tra-balho na área de estoques, aos saldos apresentados nesta data.

20. (ESAF – MTUR – 2014)

A empresa Infinitive Ltda., empresa de au-ditoria independente, recebeu uma respos-ta verbal a uma solicitação de confirmação. Após obter essa confirmação, o auditor so-

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licitou à parte que formalizasse por escrito diretamente para ele e não obteve respos-ta. Nesta situação o auditor:

a) descarta definitivamente o procedi-mento, porque o mesmo não se enqua-dra na definição de confirmação exter-na direta.

b) aceita o procedimento, uma vez que adotou procedimento de confirmação suficiente.

c) classifica como confirmação negativa e valida a área auditada.

d) procura outra evidência de auditoria para suportar as informações da res-posta verbal.

e) ressalva o relatório de auditoria, evi-denciando a falta de sucesso na circula-rização.

21. (ESAF – SUSEP – 2010)

O auditor externo, ao realizar os procedi-mentos para avaliação de três processos da empresa a ser auditada, constatou a seguin-te situação:

Área 1: Baixo nível de risco, com baixa pro-babilidade de ocorrência de erros e/ou frau-des.

Área 2: Alto nível de risco, com média pro-babilidade de ocorrência de erros e/ou frau-des.

Área 3: Alto nível de risco, com alta probabi-lidade de ocorrência de erros e/ou fraudes.

Com base nas conclusões acima, pode-se afirmar que o auditor:

a) não deverá realizar testes para a área 1, visto que o risco e a probabilidade de ocorrência de erros é baixa.

b) deverá aplicar testes considerando grandes amostragens para todas as áre-as.

c) somente deverá realizar testes nas áre-as 2 e 3, as quais apresentam risco alto.

d) em decorrência da probabilidade baixa e média nos itens 1 e 2, os testes de au-

ditoria poderão ser suportados por re-latórios de confirmação feitos pela ad-ministração da empresa.

e) deverá efetuar testes em todas as áre-as, conforme estabelece as normas de auditoria.

22. (ESAF – RECEITA FEDERAL – 2009)

A empresa Agrotoxics S.A. tem seus produ-tos espalhados por diversos representantes, em todas as regiões do Brasil. Seu proces-so de vendas é por consignação, recebendo somente após a venda. O procedimento de auditoria que garantiria confirmar a quanti-dade de produtos existentes em seus repre-sentantes seria:

a) inventário físico.b) custeio ponderado.c) circularização.d) custeio integrado.e) amostragem.

23. (ESAF – RECEITA FEDERAL – 2009)

A auditoria externa realizou na empresa Avalia S.A. o cálculo do índice de rotativida-de dos estoques para verificar se apresenta-va índice correspondente às operações pra-ticadas pela empresa. Esse procedimento técnico básico corresponde a:

a) inspeção.b) revisão analítica.c) investigação.d) observação.e) confronto.

24. (ESAF – RECEITA FEDERAL – 2009)

A empresa Grandes Resultados S.A. possui prejuízos fiscais apurados nos últimos três anos. A empresa estava em fase pré-opera-cional e agora passou a operar em plena ati-vidade. As projeções para os próximos cinco anos evidenciam lucros. O procedimento técnico básico que aplicado pelo auditor constataria esse evento seria:

a) ocorrência.

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b) circularização.c) cálculo.d) inspeção.e) inventário físico.

25. (ESAF – SEFAZ-SP – APOFP – 2009)

Os testes de observância têm por objeto de análise:

a) as contas patrimoniais e de resultado.b) os procedimentos de controle de custos

adotados pela administração.c) as contas patrimoniais, apenas.d) os procedimentos de controle interno

estabelecidos pela administração.e) as contas de resultado, apenas.

26. (ESAF – SEFAZ-SP – APOFP – 2009)

Assinale a opção que preenche correta-mente a lacuna da seguinte frase: “Consi-derado um procedimento técnico básico a ser aplicado em testes de observância e substantivos, ____________ consiste(m) na verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, quocien-tes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas.”

a) a inspeçãob) a observaçãoc) a investigação e a confirmaçãod) o cálculoe) a revisão analítica

27. (ESAF – SEFAZ-SP – APOFP – 2009)

A inspeção física, por meio da contagem de numerário, é procedimento básico de audi-toria aplicável à verificação em conta do:

a) Ativo Circulante.b) Ativo Realizável a Longo Prazo.c) Ativo Permanente.d) Passivo Circulante.e) Patrimônio Líquido.

28. (ESAF – ISS-Natal-RN – 2008)

A Companhia Legal tem estabelecido, em seu manual de normas e procedimentos, que o processo de autorização dos paga-mentos seja feito de forma eletrônica, de-vendo o supervisor da área revisar todas as autorizações dos analistas. Para isso, o su-pervisor tem obrigatoriamente que entrar na área de aprovações do sistema, digitar sua senha, passar o seu cartão no leitor óptico e marcar um espaço com "X", auto-rizando. O auditor, ao visitar a área, presen-cia um analista de posse do cartão e senha do supervisor executando sua função. Esse procedimento técnico adotado pelo auditor é considerado uma:

a) investigaçãob) revisão analíticac) mensuraçãod) avaliaçãoe) observação

29. (AFRF – 2001 – ESAF)

O pedido de confirmação (circularização) no qual o auditor solicita que o destinatário responda apenas se a informação está erra-da é usualmente denominado na atividade de auditoria independente:

a) positivo.b) em branco.c) negativo.d) em preto.e) com divergência.

Gabarito: 1. E 2. C 3. C 4. E 5. E 6. C 7. C 8. E 9. E 10. C 11. C 12. C 13. C 14. C 15. C 16. C 17. E  18. C 19. D 20. D 21. E 22. A 23. B 24. D 25. D 26. E 27. A 28. E 29. C

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TESTES ESPECÍFICOS

Para cada tipo de conta das demonstrações contábeis, devemos aplicar testes e procedimentos específicos, em busca de evidências de distorções relevantes que possam justificar a existência de não conformidades porventura existentes.

Essa não conformidades – ou distorções, podem ser de quatro tipos:

• saldo superavaliado (valor maior que o real);

• saldo subavaliado (valor menor que o real);

• saldo fictício (valor inexistente ou irreal); ou

• saldo oculto (omissão de valor).

Os testes principais de superavaliação para as contas devedoras (ativo, despesas) e os de subavaliação para as contas credoras (passivo, receitas).

Em linhas gerais, o auditor confere os cálculos dos grupos de contas apresentados nas DC, para depois conferir os saldos iniciais com os saldos finais da auditoria do exercício anterior.

Adicionalmente, verifica se os saldos informados “batem” com os registrados nos livros contábeis (principalmente no Livro-razão).

Se julgar conveniente, em vista do necessário ceticismo que deve possuir, estende as verificações aos registros contábeis.

Exemplo:

Se, durante o exame das demonstrações contábeis de uma empresa para o ano findo em 31/12/2015, o auditor descobre que as despesas de pessoal estão superavaliadas, em função de os salários do mês de janeiro de 2016 terem sido provisionados erroneamente em 2015, é evidente que a conta credora de salários a pagar, classificada no passivo circulante, também está superavaliada.

Teste para superavaliação:

No teste para superavaliação, o auditor parte do valor registrado no livro-razão geral para o documento-suporte da transação, conforme demonstrado na figura a seguir.

Prof.  Me.  Rodrigo  Fontenelle  

Teste para superavaliação: No teste para superavaliação, o auditor parte do valor registrado no livro razão geral para o documento-suporte da transação, conforme demonstrado na figura a seguir.

Razão  Geral   Registro  Final   Registro  Intermediário  

Registro  Inicial  Documento  

Testes Específicos

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Teste para subavaliação:

Já no teste para subavaliação, o auditor parte do documento para o valor registrado no livro- razão geral, conforme demonstrado na figura a seguir.

Prof.  Me.  Rodrigo  Fontenelle  

Teste para subavaliação: Já no teste para subavaliação, o auditor parte do documento para o valor registrado no livro razão geral, conforme demonstrado na figura a seguir.

Documento   Registro  Inicial  

Registro  Intermediário  

Registro  Final   Razão  Geral  

Testes Específicos

Ativos e passivos – ocultos e fictícios

Os testes (superavaliação e subavaliação de contas) podem constatar que foi registrado um ativo fictício ou que há um passivo oculto naquele balanço.

Ativo fictício é quando bens e direitos existem apenas no Balanço Patrimonial, mas de fato não constam no patrimônio da empresa, não existem na “vida real”. Já Passivo fictício seria uma obrigação que somente consta nas demonstrações contábeis, mas já foi quitada ou de fato não existe.

Por outro lado, podem existir direitos e obrigações que de fato existem, mas não estão registrados na contabilidade da empresa. Nesse caso, dá-se o nome de Ativos ocultos e Passivos ocultos, respectivamente.

Situação Definição Exemplo

Saldo superavaliado

O saldo constante de uma conta da DC é superior ao saldo da mesma conta no livro-razão.

Superavaliação em conta de despesa: despesa de 100 paga em $ (valor deixa de compor “caixa”), mas escriturada como 120. Para haver compensação, ou o caixa será subavaliado em 20 ou o passivo será superavaliado com a in-clusão de um saldo fictício (conta ine-xistente).

Saldo subavaliado

O saldo constante de uma conta da DC é inferior ao saldo da mesma conta no livro-razão.

Subavaliação em conta de receita: re-ceita de 500 recebida em $ (valor pas-sa a compor “caixa”), mas escriturada como 400. Acarretará subavaliação na conta de receita e, em contrapartida, subavaliação no saldo da conta “cai-xa”, que será menor que o real.

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Situação Definição Exemplo

Saldo fictício O saldo constante de uma conta da DC não existe no livro-razão.

Para compensar desfalque de 50 no caixa, o contador intencionalmente lança o respectivo valor na conta “duplicatas a receber”.

Saldo ocultoO saldo de uma conta constante do livro-razão não foi informado nem sequer contabilizado.

Nota fiscal de venda de mercadorias a prazo, no valor de 80, não escriturada no livro diário. Essa omissão provocou uma subavaliação no saldo da conta “duplicatas a receber” e a consequente subavaliação da conta de “receitas com vendas”.

Contas do Ativo

São objetivos da aplicação de programas de auditoria em contas do Ativo:

• Integridade: tem como função a verificação de operações existentes e não registradas.

• Existência: identificar se houve operações registradas e não existentes.

• Propriedade: identificar operações registradas e não pertencentes à entidade.

• Precisão: identificar operações registradas com dados errados.

• Valorização: identificar operações calculadas erroneamente.

• Apresentação: identificar informações imprecisas nas Demonstrações Financeiras.

Caixas e Bancos

Os testes de auditoria são dirigidos para superavaliação e o principal objetivo é verificar a existência do ativo. Entre os objetivos específicos, estão a verificação da existência, da propriedade, da exatidão dos valores, a descoberta de restrições e a apresentação exata nas DC.

Principais técnicas utilizadas:

• Contagem de caixa;

• Confirmação de saldos bancários;

• Testes de conciliações bancárias.

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Desfalques no Caixa

Basicamente, existem dois tipos de desfalques de caixa: o desfalque encoberto e o desfalque não coberto.

Desfalque encoberto é aquele feito por meio de um lançamento de compensação nos registros contábeis, de modo que a falta do bem não seja notada.

O desfalque não encoberto é aquele que não é acompanhado de lançamento contábil em contrapartida. Portanto, as faltas resultantes de desfalques não encobertos podem ser escondidas apenas por determinado tempo. Há dois tipos comuns de desfalques não encobertos, que são o lapping e o kiting.

1. O lapping geralmente se faz com cobranças de contas a receber e consiste em desviar os resultados de cobranças, substituindo-se o montante desviado por cobranças posteriores.

2. O kiting é um tipo de desfalque de caixa que envolve os desembolsos ali realizados. É, essencialmente, um sistema de encobrir faltas de dinheiro com transferências, em cheques não registrados.

Os itens mais comuns de reconciliação e os procedimentos de verificação para conferência de saldos em bancos mais usualmente utilizados pelos auditores são:

Depósito em trânsito

Podem-se encobrir, temporariamente, certas faltas de dinheiro no caixa, simplesmente apresentando a maior os depósitos em trânsito. Na data da verificação, o auditor deve ter contato e, se necessário, controlado todo dinheiro em caixa, até este ser depositado no banco.

Cheques em circulação

Omitir da lista de cheques em circulação um item qualquer constitui outro meio de ocultar, ainda que temporariamente, qualquer falta de dinheiro no caixa. O extrato bancário é usado pelo auditor para garantir a exatidão da lista de cheques em circulação. A existência de cheques antigos, lançados como em circulação, assim permanecendo por longos períodos, propicia o encobrimento de desfalques.

Clientes

O principal objetivo do auditor na auditoria dos valores a receber é cobrir a existência, a avaliação e a classificação das contas.

Por serem de natureza intangível, exigem procedimentos diferentes daqueles aplicados na auditoria de caixa e bancos, tendo o auditor que aplicar critérios de julgamento não só quantitativos, mas qualitativos, por meio de evidências indiretas.

Os procedimentos de auditoria usados no exame de contas a receber podem ser classificados da seguinte maneira:

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• coleta e exame de evidências externas;

• exame de evidências internas da firma;

• procedimentos analíticos referentes a saldos de contas a receber e Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa.

Estoques

A importância dada a esse item, na auditoria das DC, deve-se ao fato de que os resultados da empresa podem ser facilmente manipulados pela superavaliação ou subavaliação dos estoques.

Os principais objetivos da auditoria de estoques são:

• verificar se as quantidades de bens declaradas realmente existem;

• verificar se os bens foram custeados e avaliados de acordo com os princípios de contabilidade;

• verificar se as informações referentes aos estoques foram adequadamente divulgadas nas DC.

Os principais procedimentos de auditoria nos estoques são a inspeção física (verificação da existência física) e os testes de avaliação (sistema de alocação de custos aos estoques).

A verificação da existência física ocorre por meio da observação e da contagem física, confrontando os resultados com os registros contábeis.

O corte das operações (cut-off) consiste em determinar o momento em que os registros contábeis auxiliares, bem como os documentos a ele relacionados, refletem o levantamento do inventário. Assim, o que estiver registrado até aquele momento será incluído, o que vier a ser registrado depois será excluído.

Investimentos

Os procedimentos usados pelo auditor para atingir o objetivo referente à existência e à propriedade dos investimentos, normalmente, compreendem exame ou confirmação. Quando há títulos envolvidos, considera-se boa prática examiná-los e confrontá-los com a contagem realizada pelo cliente.

Se esse procedimento for impraticável, uma alternativa pode ser a confirmação com o encarregado externo da custódia dos bens, ponderando sobre a reputação e os antecedentes financeiros de quem faz a confirmação.

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Os principais procedimentos utilizados são:

1. Verificação física (exame documental) dos títulos de investimento: verificação física, caso os títulos, contratos ou certificados estejam em posse da empresa; ou circularização, em caso negativo.

2. Verificação da contabilização do investimento: quando de sua aquisição e das variações ocorridas, para assegurar-se da adequação dos valores mencionados no BP.

3. Avaliações dos investimentos em coligadas e controladas (investimento relevante): deve ser feito por meio do Método de Equivalência Patrimonial – MEP –, por determinação legal.

Imobilizado

Na auditoria do imobilizado, alguns procedimentos são comuns à auditoria de outras áreas do BP, como a conferência de cálculos, a checagem de saldos do BP com saldos constantes dos livros contábeis e da documentação comprobatória.

Uma característica importante, tendo em vista a sujeição ao desgaste pelo uso, ação da natureza e obsolescência, é avaliação dos planos e cálculos de depreciação.

De acordo com Crepaldi (2012), a auditoria do imobilizado tem os seguintes objetivos:

• determinar sua existência física e a permanência em uso;

• determinar se pertence à empresa;

• determinar se foram utilizados os princípios de contabilidade, em bases uniformes.

Com base nesses objetivos, conclui-se pelas ações mais comuns:

• avaliação dos bens, inclusive correção;

• existência, propriedade e posse;

• eventual ônus sobre os bens;

• critérios e extensão das depreciações e amortizações.

Contas do Passivo

Segundo Attie (2010), a auditoria dos passivos tem como finalidade determinar:

• Se são pertencentes à empresa.

• Se foram utilizados os princípios de contabilidade.

• A existência dos ativos dados em garantia ou vinculados aos passivos.

• Se estão corretamente classificados no BP e se as divulgações cabíveis foram expostas em notas explicativas.

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Fornecedores

Em geral, o maior volume de testes recai sobre as obrigações com fornecedores. A conta fornecedores (componente do “contas a pagar”) representa uma obrigação da empresa auditada, uma dívida com fornecedores, devido às aquisições de bens ou serviços, e deve ser reconhecida quando a empresa recebe a prestação do serviço ou quando o ativo passa para sua propriedade.

Os procedimentos de auditoria são semelhantes aos utilizados nas contas a receber e podem ser identificados da seguinte forma:

• Inspeção física;

• Circularização;

• Recálculo;

• Investigação.

Advogados

A circularização dos advogados é uma forma de o auditor obter confirmação independente das informações fornecidas pela administração, referentes a situações relacionadas a litígios, pedidos de indenização ou questões tributárias.

As respostas servem de evidência para que o auditor avalie se a administração adotou os procedimentos adequados para a contabilização e/ou divulgação dos passivos não registrados e/ou das contingências (ativas ou passivas).

Seguros

Para verificação desse item, além do exame atento das apólices vigentes, é recomendável a circularização, com o objetivo principal de constatar qual a cobertura existente para os ativos da empresa, se é suficiente e adequada, e se existem outros tipos de seguros para contingências.

Folha de Pagamentos

Os procedimentos são orientados sobre a razoabilidade do saldo final a pagar. Para tanto, deve-se pesquisar o movimento durante o exercício, a fim de verificar possíveis lançamentos extraordinários.

Almeida (2010) sugere as seguintes ações:

• análise de composição do saldo da conta;

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• conferência do valor da análise com a respectiva conta do Razão da contabilidade;

• verificação de que não existam itens antigos ou anormais na análise;

• confrontação dos valores com a folha de pagamentos.

Passivo em geral

Procedimento Aplicação

Exame físico (inspeção) • Contagem das contas a pagar • Contagem dos títulos a pagar

Circularização (confirmação) • Dos fornecedores • Dos empréstimos a pagar • Das contas a pagar

Inspeção de documentos

• Exame documental das faturas / notas fiscais • Exame documental dos contratos de empréstimos • Exame das atas e assembleias • Exame documental das guias de recolhimento de impostos

Cálculo (recálculo)

• Dos impostos a pagar • Dos juros a pagar • Da composição dos fornecedores • Das provisões de férias, 13º salário • Dos royalties a pagar

Observação • Classificação adequada das contas • Observação aos princípios de contabilidade • Observação de ativos dados em garantia

Auditoria do PL

Segundo Attie (2010), a auditoria do PL tem como objetivo determinar:

• Se as ações ou títulos de propriedades do capital social foram adequadamente autorizados e emitidos.

• Se todas as normas descritas nos estatutos sociais, as obrigações legais e sociais foram cumpridas.

• Se foram utilizados os princípios de contabilidade.

• A existência de restrições de uso das contas patrimoniais.

• Se o PL está corretamente classificado no BP e se as divulgações cabíveis foram expostas por notas explicativas.

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Auditoria de Contas de Resultado

Segundo Ferreira (2008), a auditoria das contas de resultado tem como objetivo verificar se:

1. As receitas e despesas foram apropriadas de acordo com os Princípios de Contabilidade, aplicados uniformemente em relação ao exercício anterior.

2. As despesas e receitas antecipadas ou diferidas estão corretamente apresentadas em contas patrimoniais.

3. As notas explicativas esclarecem os principais critérios adotados em relação à apropriação das receitas e despesas.

4. Foram apropriadas todas as despesas correspondentes às receitas realizadas no período.

Receitas

O teste dessas transações consiste em o auditor verificar se os valores foram registrados dentro do regime de competência, se foram aprovados, se estão de acordo com a natureza dos negócios da empresa, se existe documentação suportando a operação e se a classificação contábil foi adequada.

Presunção de Omissão de Receitas

Segundo o Regulamento do Imposto de Renda (RIR), presume-se omissão no registro de receita, ressalvada ao contribuinte a prova da improcedência da presunção, a ocorrência das seguintes hipóteses:

1. A indicação na escrituração de saldo credor de caixa.

2. A falta de escrituração de pagamentos efetuados.

3. A manutenção no passivo de obrigações já pagas ou cuja exigibilidade não seja comprovada.

A omissão de receita nada mais é do que o popular “caixa 2”, ou seja, não se escritura contabilmente créditos da empresa. A intenção do contribuinte, nesse caso, é a burla do pagamento de impostos, razão pela qual o tema está disciplinado no regulamento supracitado.

Saldo credor de caixa

Por se tratar de uma conta do Ativo Circulante (e não sendo uma conta retificadora), o Caixa deve se apresentar sempre com saldo devedor ou, na pior das hipóteses, com saldo nulo. Um saldo credor nessa conta significaria dizer que houve pagamentos em montante superior ao que a empresa tinha disponível.

Dessa forma, se isso ocorrer e não se tratar de uma falha na contabilidade, resta comprovado que a empresa utilizou numerário que não havia sido contabilizado, ou seja, omissão de receita.

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Esse fenômeno também é chamado de “estouro de caixa” e indica um saldo anormal, algo atípico à natureza da conta.

Suprimentos de Caixa

Quando os recursos da empresa são insuficientes para cumprir suas necessidades, esta deve optar por obter capital de fontes externas, seja a partir de uma instituição financeira ou até mesmo junto aos proprietários da empresa, via aumento de capital ou empréstimos. Esse aporte realizado pelos sócios também é chamado de suprimento de caixa. Isso tudo é legal.

Quando não se comprova o efetivo ingresso desse recurso na empresa, tem-se caracterizado o ingresso de valores oriundos do “caixa 2”, devido ao “estouro” do caixa oficial. Nesse caso, utiliza-se como contrapartida contábil uma operação fictícia, por exemplo, algum empréstimo a pagar.

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Questões

CESPE

Com relação a métodos, técnicas e procedi-mentos de auditoria, julgue os itens subse-cutivos.

1. (CESPE – TCDF – 2014 – adaptada)

Para a verificação, de eventuais passivos omitidos, com fornecedores, recomenda-se, entre outros procedimentos, a verificação dos pagamentos efetuados em determinado período.

( ) Certo   ( ) Errado

2. (CESPE – TCU – 2013)

O auditor constata que uma conciliação bancária preparada pelo auditado está cor-reta se, a partir do saldo presente nos livros contábeis, chega ao saldo do extrato bancá-rio mediante a soma dos depósitos em trân-sito e dos cheques sem fundos e a subtração dos cheques ainda não descontados.

( ) Certo   ( ) Errado

3. (CESPE – FUB-DF – 2013)

A auditoria para apuração do valor real do patrimônio líquido de uma empresa é es-sencial em circunstâncias tais como a trans-ferência de seu controle acionário. Nessa ocasião, devem ser considerados não ape-nas os valores patrimoniais contabilizados, mas também os intangíveis.

( ) Certo   ( ) Errado

4. (CESPE – SEAD-SE – 2009)

Com base nos conceitos e aplicações da au-ditoria, julgue o item a seguir.

Entre os testes a serem efetuados pela au-ditoria de pessoal em um órgão da adminis-tração, é pertinente a verificação da compa-tibilidade dos cargos dos servidores com o regimento do referido órgão, bem como do nível exigido dos servidores com a natureza das funções exercidas.

( ) Certo   ( ) Errado

5. (CESPE – TJ-CE – 2008)

Julgue os itens a seguir, relativos à auditoria em geral, suas normas, métodos, técnicas e procedimentos.

A revisão analítica é um procedimento téc-nico básico aplicado na realização dos tes-tes de observância e substantivos, em que o auditor procura verificar a regularidade, a normalidade ou a atipicidade de situações, comparando quantidades, valores, indica-dores ou outros parâmetros.

( ) Certo   ( ) Errado

6. (CESPE – TJ-CE – 2008)

Julgue os itens a seguir, relativos à auditoria em geral, suas normas, métodos, técnicas e procedimentos.

A circularização de passivos é considera-da muito eficaz para detectar a omissão de passivos. O auditor não deve restringir o pedido de confirmação aos credores em aberto, mas incluir, também, outros com os quais a empresa tenha transacionado, pelo menos mais recentemente. A circularização deve abranger o maior percentual possível

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de credores combinado com o menor per-centual possível dos valores corresponden-tes a esses credores.

( ) Certo   ( ) Errado

7. (CESPE – TJ-CE – 2008)

Julgue os itens a seguir, relativos à auditoria em geral, suas normas, métodos, técnicas e procedimentos.

Na hipótese da existência de baixas em valo-res a receber sem o recebimento correspon-dente, o programa de auditoria deverá pre-ver a realização de procedimentos tais como o que permite a verificação das respectivas autorizações, bem como a existência de nor-mas internas e de legislação que respaldem o reconhecimento dessas perdas, além da constatação das providências adotadas para a cobrança e execução tempestiva dos valo-res devidos.

( ) Certo   ( ) Errado

8. (CESPE – TJ-CE – 2008)

Julgue os itens a seguir, relativos à auditoria em geral, suas normas, métodos, técnicas e procedimentos.

Em relação às aquisições de bens e serviços em geral, entre os procedimentos de audi-toria a serem efetuados, deve-se verificar se os encargos incorridos com os financiamen-tos para tais aquisições estão sendo apro-priados de acordo com os períodos de sua incorrência, ou seja, segundo o regime de competência.

( ) Certo   ( ) Errado

9. (CESPE – TJ-CE – 2008)

Julgue os itens a seguir, relativos à auditoria em geral, suas normas, métodos, técnicas e procedimentos.

Se, ao examinar a movimentação das en-tradas e saídas de mercadorias para venda em uma empresa, o auditor constatar que as despesas com transporte e seguro são segregadas em sua totalidade e, posterior-mente, lançadas diretamente no resultado, e o estoque é registrado pelo valor líquido da aquisição, os testes conjugando contas de ativo e de despesa apurarão, consequen-temente, superavaliação de ativo e subava-liação de despesa.

( ) Certo   ( ) Errado

ESAF

10. (ESAF – SUSEP – 2010)

O auditor externo, ao realizar testes no cál-culo do valor recuperável de um ativo imo-bilizado, feito pelo método do fluxo de caixa descontado, identificou que a taxa utilizada para descontar o fluxo de caixa estava maior que a recomendada para aquela atividade. Dessa forma, pode-se afirmar que a conta:

a) de ajuste especial no Patrimônio Líqui-do, está subavaliada.

b) de despesa de depreciação, do imobili-zado, está superavaliada.

c) do ajuste especial no Resultado do Exer-cício, está subavaliada.

d) de depreciação acumulada do imobiliza-do, está superavaliada.

e) do ativo imobilizado está subavaliada.

11. (ESAF – RECEITA FEDERAL – 2009)

O auditor externo, ao realizar auditoria na empresa Participações S.A., constatou con-trato de mútuo entre companhias coligadas, com taxas de juros de 4% a.m. e sem o reco-lhimento do IOF sobre a operação. Conside-rando que a taxa de juros praticada no mer-cado, no período do contrato, era de 2% a.m., o auditor pode afirmar que a transação:

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a) é normal e está dentro das práticas es-tabelecidas pelo mercado para opera-ções dessa natureza.

b) é normal, exceto quanto ao não reco-lhimento do IOF, que é obrigatório nas operações de crédito.

c) está irregular, por ter condições supe-riores às praticadas pelo mercado, bem como sem a retenção do IOF, obrigató-rio em todas as transações financeiras.

d) é normal, visto que operações feitas entre companhias do mesmo grupo de-vem praticar taxas de juros superiores às praticadas pelo mercado.

e) é irregular por não ser permitido em-préstimos entre companhias do grupo, mas que está correta sobre o não reco-lhimento do IOF, o qual não incide em operações feitas entre empresas não fi-nanceiras.

12. (ESAF – RECEITA FEDERAL – 2009)

A empresa de prestação de serviços NBA In-formática S.A. tem seus processos integra-dos sistemicamente. A folha de salários é integrada à contabilidade mensalmente. No mês de julho de 2009, não foi feita a para-metrização no sistema, para contabilização de uma nova verba de horas extras a pa-gar, de 100% de acréscimo. A folha de pa-gamentos apresentava remuneração de R$ 20.000,00 nessa verba. Dessa forma, pode--se afirmar que:

a) o passivo está superavaliado e o resulta-do está subavaliado.

b) o ativo está subavaliado e o passivo está superavaliado.

c) o passivo está subavaliado e o resultado está subavaliado.

d) os saldos estão adequados sem subava-liação ou superavaliação.

e) o passivo está superavaliado e o resulta-do está superavaliado.

13. (Pref. Natal-RN – AFTM – ESAF – 2008)

No processo de acompanhamento do inven-tário físico de estoques de matéria-prima, o auditor constatou a existência de quantida-des relevantes de itens que não constavam dos registros físico-financeiros e contábeis. Neste caso, o auditor pode ter descoberto:

a) ativos e passivos fictíciosb) ativos e passivos ocultosc) ativos ocultos e passivos fictíciosd) ativos fictícios e passivos ocultose) ativos obsoletos e passivos a descober-

to

14. (ESAF – SEFAZ-CE – 2007)

Ao analisar a contabilização em uma imobi-liária, de um terreno destinado à constru-ção da sede da empresa, percebeu-se que o mesmo tinha sido contabilizado nos Esto-ques. Pode-se afirmar que:

a) ao executar o teste primário de supera-valiação na conta de Terrenos no Imobi-lizado, esta conta estará sub-avaliada e a conta Estoques de Terrenos estará su-peravaliada.

b) ao praticar o teste primário de supera-valiação na conta de Estoques, a mesma estará com seu saldo sub-avaliado e o Contas a Pagar superavaliado.

c) independentemente da atividade da empresa, terrenos devem ser sempre contabilizados no Imobilizado, por se tratar de bem imóvel.

d) ao proceder o teste primário de supera-valiação do Contas a Receber, este apre-sentará saldo sub-avaliado.

e) o referido procedimento está adequa-do, em virtude de a atividade da empre-sa ser de comercialização de imóveis.

Gabarito: 1. C 2. E 3. C 4. C 5. C 6. E 7. C 8. C 9. E 10. E 11. C 12. Anulada 13. B 14. A

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EVENTOS SUBSEQUENTES

Definições:

Data das demonstrações contábeis é a data de encerramento do último período coberto pelas demonstrações contábeis.

Data de aprovação das demonstrações contábeis é a data em que todos os quadros que compõem as demonstrações contábeis foram elaborados e em que aqueles com autoridade reconhecida afirmam que assumem a responsabilidade por essas demonstrações contábeis.

Data do relatório do auditor independente é a data do relatório do auditor independente sobre as demonstrações contábeis de acordo com a NBC TA 700.

Data de divulgação das demonstrações contábeis é a data em que o relatório do auditor independente e as demonstrações contábeis auditadas são disponibilizados para terceiros.

Eventos subsequentes são eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório.

Os objetivos do auditor em relação aos eventos subsequentes são:

a) obter evidência sobre se os eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente, que precisam ser ajustados ou divulgados nas demonstrações contábeis, estão adequadamente refletidos; e

b) responder adequadamente aos fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data de seu relatório, que, se fossem do seu conhecimento naquela data (do relatório), poderiam ter levado o auditor a alterá-lo.

Prof.  Me.  Rodrigo  Fontenelle  

Término  do  Exercício  Social  

Emissão  do  Relatório  de  Auditoria  

Divulgação  das  Demonstrações    2    1    3  

Eventos Subsequentes

1. Eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente

O auditor independente deve executar procedimentos de auditoria desenhados para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente de que todos os eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente que precisam ser ajustados ou divulgados nas demonstrações contábeis foram identificados.

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O auditor independente deve executar tais procedimentos de forma a cobrir o período entre a data das demonstrações contábeis e a data do seu relatório, ou o mais próximo possível dessa data.

Se, em decorrência dos procedimentos aplicados, o auditor identificar eventos que requeiram ajuste ou divulgação nas demonstrações contábeis, o auditor independente deve determinar se cada um desses eventos está refletido de maneira apropriada nas referidas demonstrações contábeis, de acordo com a estrutura conceitual aplicável.

O auditor independente deve solicitar à administração e, quando apropriado, aos responsáveis pela governança, uma representação formal de que todos os eventos subsequentes à data das demonstrações contábeis e que, segundo a estrutura de relatório financeiro aplicável, requeiram ajuste ou divulgação foram ajustados ou divulgados.

2. Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório, mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis

O auditor independente não tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis após a data do seu relatório. Entretanto, se, após a data do seu relatório, mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis, o auditor tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento na data do relatório, poderia ter levado o auditor a alterar seu relatório, ele deve:

a) discutir o assunto com a administração e, quando apropriado, com os responsáveis pela governança;

b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, caso afirmativo;

c) indagar como a administração pretende tratar o assunto nas demonstrações contábeis.

Caso a administração altere as demonstrações contábeis, o auditor independente deve:

a) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias da alteração;

b) estender os procedimentos de auditoria até a data do novo relatório do auditor independente; e

c) fornecer novo relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis alteradas. O novo relatório do auditor independente não deve ter data anterior à data de aprovação das demonstrações contábeis alteradas.

Entretanto, se a legislação não proíbe a administração de restringir a alteração das demonstrações contábeis aos efeitos do evento ou dos eventos subsequentes que causaram esta, o auditor pode limitar os procedimentos de auditoria aos eventos subsequentes a essa alteração. Nesses casos, o auditor independente deve alterar o relatório para incluir data adicional restrita a essa alteração que indique que os procedimentos do auditor independente sobre os eventos subsequentes estão restritos unicamente às alterações das demonstrações contábeis descritas na respectiva nota explicativa.

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Exemplo de dupla data

(Data do relatório do auditor independente), exceto para a Nota Y, que é de (data da conclusão dos procedimentos de auditoria restritos à alteração descrita na Nota Y).

Eventos Subsequentes – Momento 2Prof.  Me.  Rodrigo  Fontenelle  

Auditor fica sabendo de fato que não sabia

Questiona a administração

Define se as DC devem ser alteradas

Se a administração

altera as demonstrações ...

Auditor passa a ter

responsabilidade novamente em

auditar o que foi alterado

Auditor emite nova opinião ou emite relatório com dupla data

DC e relatório do auditor são publicados

Eventos Subsequentes Momento 2

3. Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a divulgação das demonstrações contábeis

Após a divulgação das demonstrações contábeis, o auditor independente não tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis. Entretanto, se, após a divulgação das demonstrações contábeis, o auditor independente tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento na data do relatório do auditor independente, poderia tê-lo levado a alterar seu relatório, o auditor independente deve:

a) discutir o assunto com a administração e, quando apropriado, com os responsáveis pela governança;

b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, caso afirmativo, indagar como a administração pretende tratar do assunto nas demonstrações contábeis.

Caso a administração altere as demonstrações contábeis, o auditor independente deve:

a) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias das alterações e revisar as providências tomadas pela administração para garantir que todos os que receberam as demonstrações contábeis juntamente com o respectivo relatório do auditor independente sejam informados da situação;

b) quando a legislação proibir a administração de restringir a alteração das DCs aos efeitos dos eventos subsequentes que causaram essa alteração:

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(i) estender os procedimentos de auditoria até a data do novo relatório do auditor independente e datar o novo relatório com data posterior à data de aprovação das demonstrações contábeis reapresentadas; e

(ii) fornecer novo relatório do auditor independente sobre as demonstrações contábeis reapresentadas;

c) quando a legislação não proibir a administração de restringir a alteração das DCs aos efeitos dos eventos subsequentes que causaram essa alteração, alterar o relatório do auditor independente no que se refere às alterações realizadas nas DCs pela administração.

O auditor independente deve incluir no seu relatório, novo ou reemitido, Parágrafo de Ênfase com referência à nota explicativa que esclarece mais detalhadamente a razão da alteração das demonstrações contábeis emitidas anteriormente e do relatório anterior fornecido pelo auditor independente.

Caso a administração não tome as providências necessárias para garantir que todos os que receberam as demonstrações contábeis emitidas anteriormente sejam informados da situação e não altere as demonstrações contábeis nas circunstâncias em que o auditor considere necessário alterar, o auditor independente deve notificar a administração e os responsáveis pela governança, de que procurará evitar o uso por terceiros daquele relatório no futuro.

Se, apesar dessa notificação, a administração ou os responsáveis pela governança não tomarem as referidas providências necessárias, o auditor independente deve tomar as medidas apropriadas para tentar evitar o uso por terceiros daquele relatório de auditoria.

Eventos Subsequentes – Momento 3Prof.  Me.  Rodrigo  Fontenelle  

Eventos Subsequentes Momento 3

Auditor fica sabendo de fato que não sabia

Questiona a administração

Define se as alterações devem

ser alteradas

Se a administração

altera as demonstrações ...

Auditor passa a ter

responsabilidade novamente em

auditar o que foi alterado

Auditor emite nova opinião ou emite relatório com dupla data

DC e relatório do auditor, com parágrafo de ênfase, são

republicados

Auditor deve verificar

providências adotadas pela

empresa

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Questões

CESPE

1. (CESPE – TRE-ES – Analista Judiciário – 2011)

No período entre a conclusão do trabalho de auditoria e a emissão do parecer, podem ocorrer eventos subsequentes relevantes. Se houver necessidade de ajuste nas de-monstrações como de revelação em nota explicativa e a administração os efetuar, o parecer não precisará conter ressalva, de-vendo o auditor alterar a data do parecer para a da ocorrência do evento em questão ou, então, manter a data original e fazer re-ferência à data de ocorrência do evento sub-sequente.

( ) Certo   ( ) Errado

ESAF

2. (ESAF – RFB – 2014)

A administração da empresa Elevação S.A. restringiu a alteração das demonstrações contábeis aos efeitos do evento subsequen-te que causou a alteração. A legislação vi-gente, à qual a empresa está subordinada, não proíbe a empresa de proceder desta forma. Nesta situação, o auditor deve alte-rar o relatório de auditoria para:

a) retificar a data definitiva em que a em-presa deverá fazer a publicação, res-salvando essa alteração nas demons-trações contábeis, sem emitir posição sobre o evento subsequente.

b) incluir data adicional restrita a essa alte-ração que indique que os procedimen-tos do auditor independente, sobre os eventos subsequentes, estão restritos

unicamente às alterações das demons-trações contábeis descritas na respecti-va nota explicativa.

c) substituir a data do término dos traba-lhos, ressalvando o evento subsequen-te, mencionando a impossibilidade de avaliação dos impactos.

d) adicionar parágrafo de outros assuntos, evidenciando o evento subsequente, mencionando a responsabilidade dos administradores sobre os efeitos desse novo evento.

e) determinar a data de término dos tra-balhos, evidenciando a reavaliação das demonstrações contábeis de forma completa e evidenciando que não há impactos nas demonstrações anterior-mente apresentadas.

3. (ESAF – SEFAZ-SP – APOFP – 2009)

As seguintes opções constituem exemplos de transações e eventos subsequentes, ex-ceto:

a) perda em contas a receber decorrente de falência do devedor.

b) alteração do controle societário.c) aporte de recursos, inclusive como au-

mento de capital.d) variação sazonal dos custos com insu-

mos.e) destruição de estoques em decorrência

de sinistro.

4. (ESAF – RECEITA FEDERAL – 2009)

A empresa Grandes Negócios S.A. adquiriu a principal concorrente, após o encerramen-to do balanço e a emissão do parecer pelos auditores. No entanto, a empresa ainda não havia publicado suas demonstrações com o parecer. Nessa situação, a firma de auditoria deve:

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a) manter o parecer com data anterior ao evento, dando encerramento aos traba-lhos.

b) obrigatoriamente, rever o parecer con-siderando o fato relevante.

c) estabelecer que a empresa inclua o evento relevante nas notas explicativas.

d) refazer o parecer considerando as no-vas informações, determinando nova data para publicação das demonstra-ções contábeis.

e) decidir se as demonstrações devem ser ajustadas, discutir o assunto com a ad-ministração e tomar as medidas apro-priadas às circunstâncias.

5. (ESAF – Pref. Natal – ATM – 2008)

Não corresponde a um evento subsequente que gera ajuste nas demonstrações finan-ceiras:

a) decisão definitiva de processo judicial, dando ganho ou perda da causa que re-presente valor relevante.

b) perda de valor de investimentos, em decorrência do declínio do valor de mercado das ações.

c) descoberta de erros ou fraudes poste-riores, que afetam o resultado da em-presa.

d) determinação de valores referentes a pagamento de participação nos lucros ou referente a gratificações assumidas legalmente e não formalizadas.

e) ativos deteriorados, que constavam com valor significativo e que não foram ajustados.

FCC

6. (FCC – ICMS-PI – 2015)

Entre os principais métodos de seleção de amostras citados nas Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas de Auditoria, aquela em que o tamanho, a seleção e a avaliação da amostra resultam em uma conclusão em quantias de dinheiro é a amostragem

a) ao acaso. b) estatística. c) em bloco. d) aleatória. e) de unidades monetárias.

7. (FCC – TCE-RS – 2014)

Segundo as Normas Brasileiras de Conta-bilidade Técnicas de Auditoria – NBC TA, a amostragem em auditoria destina-se a possibilitar conclusões a serem tiradas de uma população inteira com base no teste de amostragem dela extraída (NBC TA 500). Existem muitos métodos para selecionar amostras (NBC TA 530), entre os principais citados nas normas. Aquela em que a quan-tidade de unidades de amostragem na po-pulação é dividida pelo tamanho da amos-tra para dar um intervalo de amostragem é a seleção:

a) em bloco.b) estatística.c) aleatória.d) ao acaso.e) sistemática.

8. (FCC – TRT - 15ª Região – 2013)

O auditor da empresa Seringueira S.A. ela-borou exame seletivo nas notas fiscais emi-tidas, para confirmação do saldo de Contas a Receber e da Receita do período. Referido procedimento:

a) é suficiente para confirmação dos sal-dos, por expressar o perfil da população inteira.

b) é um meio eficiente de constituir uma amostragem em auditoria.

c) não é um meio eficiente de obter evi-dência de auditoria.

d) é um meio eficiente de obter evidência de auditoria, mas não podem ser proje-tados para a população inteira.

e) não é um meio de evidências previsto nas normas de auditoria, sendo vedada a utilização.

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9. (FCC – TRT - 12ª Região – 2013)

A técnica utilizada para que, estatisticamen-te, seja possível formar um conceito mais se-guro do todo a ser auditado é chamada de:

a) seleção objetiva.b) inspeção por pontos relevantes.c) auditoria especializada.d) exame qualitativo.e) amostragem.

10. (FCC – ICMS-SP – 2013)

É correto afirmar, em relação ao fator de confiança na seleção da amostra, que quan-to:

a) maior o fator de confiança, maior o ta-manho da amostra e menor o nível de segurança obtido.

b) menor o fator de confiança, maior o ta-manho da amostra e da estratificação permitida.

c) maior o fator de confiança, menor o ta-manho da amostra e menor o nível de segurança obtido.

d) menor o fator de confiança, menor o tamanho da amostra e da estratificação permitida.

e) maior o fator de confiança, maior o ta-manho da amostra e o nível de seguran-ça obtido.

11. (FCC – ISS-SP – 2012)

O aumento no uso de procedimentos subs-tantivos no processo de auditoria para con-firmação dos saldos do contas a receber da empresa Financia S.A.:

a) exige a estratificação da amostra.b) obriga que a amostra seja aleatória.c) possibilita um aumento da amostra.d) causa uma diminuição da amostra.e) não influencia no tamanho da amostra.

12. (FCC – ISS-SP – 2012)

A estratificação da amostra pode ser útil quando:

a) superar a 100 unidades a quantidade de itens que compõe a amostra.

b) existir risco de mais de 10% da amostra conter erros.

c) houver uma grande amplitude nos valo-res dos itens a serem selecionados.

d) for identificada uma linearidade nos va-lores dos itens a serem selecionados.

e) for pequeno o número de itens que compõe a amostra.

13. (FCC – TRE-SP – 2012)

A técnica de amostragem que consiste em dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem com características semelhan-tes é denominada amostragem:

a) randômica.b) estratificada.c) de seleção em bloco.d) aleatória.e) de seleção com base na experiência do

auditor.

14. (FCC – INFRAERO – 2011)

Em relação à utilização de amostragem na auditoria, é correto afirmar:

a) A amostragem utilizada em auditoria é necessariamente probabilística, sob pena de ocorrerem riscos decorrentes da utili-zação do julgamento pessoal do auditor sobre os itens a serem selecionados.

b) A estratificação é o processo de divi-dir uma população em subpopulações, cada qual contendo um grupo de unida-des de amostragem com características heterogêneas.

c) O tamanho da amostra a ser determina-da pelo auditor deve considerar o risco de amostragem, bem como os erros to-leráveis e os esperados.

d) O erro tolerável é o erro mínimo na po-pulação que o auditor está disposto a aceitar e, ainda assim, concluir que o re-sultado da amostra atingiu o objetivo da auditoria.

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e) Quando o erro projetado for inferior ao erro tolerável, o auditor deve reconsi-derar sua avaliação anterior do risco de amostragem e, se esse risco for ina-ceitável, considerar a possibilidade de ampliar o procedimento de auditoria ou executar procedimentos de auditoria al-ternativos.

15. (FCC – TCE-SE – 2011)

Segundo a NBC TA 530, que versa sobre a utilização de amostragem em auditoria, é correto afirmar:

a) O objetivo da estratificação da amos-tra é o de aumentar a variabilidade dos itens de cada estrato e permitir que o tamanho da amostra seja aumentado.

b) Quanto menor o risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar, menor deve ser o tamanho da amostra.

c) Anomalia é a distorção ou o desvio com-provadamente representativo de distor-ção ou desvio em uma população.

d) O método de seleção da amostra em que o auditor não segue nenhuma téc-nica estruturada é denominado método de seleção aleatório.

e) Quanto maior a confiança do auditor em procedimentos substantivos (testes de detalhes ou procedimentos analíti-cos substantivos), menor pode ser o ta-manho da amostra.

16. (FCC – SEFAZ-SP – APOFP – 2010)

Para propiciar representatividade da popu-lação contábil aplicada nos testes de audito-ria, o auditor pode estipular intervalos uni-formes entre os itens a serem selecionados como um método de seleção de amostras denominado:

a) números aleatórios.b) amostragem de atributos.c) amostragem sistêmica.

d) amostragem por bloco.e) amostragem ao acaso.

17. (FCC – TCM-CE – ACE – 2010)

Conforme normas técnicas de auditoria in-dependente, NÃO se refere à definição de uma amostragem de auditoria:

a) a possibilidade de existência de fraude.b) os fins específicos da auditoria.c) a população da qual o auditor deseja ex-

trair a amostra.d) as condições de desvio ou distorção.e) a natureza da evidência da auditoria.

18. (FCC – SEFAZ-SP – Fiscal de Rendas – 2009)

O auditor, ao escolher as notas fiscais a se-rem examinadas, determinou que fossem separadas as notas com último dígito repre-sentado pelo número cinco. Esse procedi-mento representa uma seleção:

a) casual.b) sistemática.c) aleatória.d) direcionada.e) geométrica.

19. (FCC – TJ-PI – Auditor – 2009)

Seleção casual da amostragem é o tipo de seleção:

a) aleatória, a ser utilizada quando os va-lores do componente patrimonial apre-sentam grande índice de dispersão.

b) randômica, com o objetivo de aumentar o risco de detecção.

c) estratificada, a ser utilizada quando os valores do componente patrimonial apresentam grande índice de dispersão.

d) baseada na experiência profissional do auditor.

e) com o objetivo de aprofundar riscos de fraude ou de erro nos controles inter-nos.

Gabarito: 1. C 2. B 3. D 4. E 5. B 6. E 7. E 8. D 9. E 10. E 11. D 12. C 13. B 14. C 15. E 16. C 17. A  18. B 19. D

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AMOSTRAGEM

Um teste eficaz fornece evidência de auditoria apropriada e suficiente quando, considerada com outra evidência de auditoria obtida ou a ser obtida, for suficiente para as finalidades do auditor. Os meios à disposição do auditor para a seleção de itens a serem testados são:

a) seleção de todos os itens (exame de 100%);

b) seleção de itens específicos; e

c) amostragem de auditoria.

Quando utilizar censo

• População pequena.

• Há um risco significativo e outros meios não fornecem evidência de auditoria suficiente e adequada.

• Características são de fácil mensuração.

• Necessidade de alta precisão.

• Custo não é alto.

Objetivo

O objetivo do auditor, ao usar a amostragem em auditoria, é o de proporcionar uma base razoável para ele concluir quanto à população da qual a amostra é selecionada.

Fonte: Barbetta (2006)

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Definições

Amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens de população relevantes para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de amostragem tenham a mesma chance de ser selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite ao auditor concluir sobre toda a população.

População é o conjunto completo de dados a partir do qual a amostra é selecionada e sobre o qual o auditor deseja concluir.

Amostragem estatística é a abordagem à amostragem com as seguintes características:

a) seleção aleatória dos itens da amostra; e

b) o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras, incluindo a mensuração do risco de amostragem.

Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que constituem uma população.

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Amostragem

•  Valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que esse valor monetário não seja excedido pela distorção real na população.  

Distorção tolerável  

•  Taxa de desvio dos procedimentos de controles internos previstos, definida pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que essa taxa de desvio não seja excedida pela taxa real de desvio na população.  

Taxa tolerável de desvio  

Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes (geralmente valor monetário).

Anomalia é a distorção ou o desvio que é comprovadamente não representativo de distorção ou desvio em uma população.

Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.

Risco não resultante da amostragem é o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea, por qualquer outra razão que não seja relacionada ao risco de amostragem.

O risco de amostragem pode levar a dois tipos de conclusões errôneas:

a) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados mais eficazes do que realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que não seja identificada distorção relevante, quando, na verdade, ela existe.

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O auditor está preocupado com esse tipo de conclusão errônea, porque ela afeta a eficácia da auditoria e é provável que leve a uma opinião de auditoria não apropriada.

b) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados menos eficazes do que realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que seja identificada distorção relevante, quando, na verdade, ela não existe.

Esse tipo de conclusão errônea afeta a eficiência da auditoria, porque ela normalmente levaria a um trabalho adicional para estabelecer que as conclusões iniciais estavam incorretas.

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Afeta  a  Eficácia  Controles  são  considerados  mais  eficazes  do  que  realmente  são.    (Risco  de  Superavaliação  de  

Confiabilidade)  

Não  se  detectou  distorção  relevante  mas  ela  existe.    

(Risco  de  aceitação  Incorreta)  

Afeta  a  Eficiência  Controles  são  considerados  menos  eficazes  do  que  realmente  são.    (Risco  de  Subavaliação  de  

Confiabilidade)    

Detectou-­‐se  distorção  relevante  mas  ela  não  existe.    

 (Risco  de  rejeição  Incorreta)  

Amostragem

Definição da amostra

Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de auditoria e as características da população da qual será retirada a amostra.

A amostragem em auditoria pode ser aplicada usando tanto a abordagem de amostragem não estatística como a estatística.

Ao considerar as características da população da qual a amostra será extraída, o auditor pode determinar que a estratificação ou a seleção com base em valores é apropriada.

Na determinação da amostra, o auditor deve levar em consideração os seguintes fatores (Doutrina):

a) objetivo da amostra;

b) população objeto da amostra;

c) estratificação da amostra;

d) tamanho da amostra;

e) risco da amostragem;

f) erro tolerável; e

g) erro esperado.

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Estratificação

A eficiência da auditoria pode ser melhorada se o auditor estratificar a população, dividindo-a em subpopulações distintas que tenham características similares. O objetivo da estratificação é reduzir a variabilidade dos itens de cada estrato e, portanto, permitir que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o risco de amostragem.

Os resultados dos procedimentos de auditoria aplicados a uma amostra de itens dentro de um estrato só podem ser projetados para os itens que compõem esse estrato. Para concluir sobre toda a população, o auditor precisa considerar o risco de distorção relevante em relação a quaisquer outros estratos que componham toda a população.

De R$

5.001,00 a R$

30.000,00  

População Inicial

Estrato 1

Estrato 3

Estrato 2 R$ 1,00 R$ 50,00

R$ 1.000,00 R$ 50.000,00

R$ 200.000,00  

De R$ 1,00 a R$ 5.000,00  

De R$ 30.001,00

a R$ 200.000,00

 

Se uma classe de operações ou o saldo de uma conta tiver sido dividido em estratos, a distorção é projetada para cada estrato separadamente. As distorções projetadas para cada estrato são, então, combinadas na consideração do possível efeito das distorções no total das classes de operações ou do saldo da conta.

Seleção com base em valor

Ao executar os testes de detalhes, pode ser eficaz identificar a unidade de amostragem como unidades monetárias individuais que compõem a população. Após ter selecionado unidades específicas da população, o auditor pode, então, examinar os itens específicos.

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Tamanho da amostra

O auditor deve determinar o tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de amostragem a um nível mínimo aceitável.

O nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho da amostra exigido. Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra.

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Amostragem

Risco

Amostra

Exemplos de fatores que influenciam o tamanho da amostra

Testes de Controle

Fator Relação

Taxa tolerável de Desvio Inversa

Taxa esperada de Desvio Direta

Nível de segurança desejado pelo auditor Direta

Extensão da avaliação de riscos dos controles relevantes Direta

Testes de Detalhes

Fator Relação

Distorção Tolerável Inversa

Risco de Distorção Relevante Direta

Distorção Esperada Direta

Estratificação da População Redução

Uso de Procedimentos Alternativos Inversa

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Amostragem

•  Assegura que todos os itens da população tenham a mesma possibilidade de serem escolhidos.

Aleatória

•  Intervalo constante entre cada item selecionado. •  Divide a população pelo tamanho da amostra

desejado Sistemática

•  Julgamento profissional do auditor •  Não estatística Ao acaso Prof.  Me.  Rodrigo  Fontenelle  

Amostragem

•  Seleção com base em valores, na qual o tamanho, a seleção e a avaliação da amostra resultam em uma conclusão em valores monetários.

Unidade Monetária

•  Seleção de um ou mais blocos de itens contíguos da população.

•  Geralmente não pode ser usada em amostragem de auditoria, pois está estruturada de modo que esses itens em sequência podem ter características semelhantes entre si, mas características diferentes de outros itens de outros lugares da população.

Bloco

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Questões

CESPE

1. (CESPE – DPU – 2016)

Para reduzir o erro tolerável em uma amos-tra aleatória simples, é necessário que o au-ditor também reduza o tamanho da amos-tra.

( ) Certo   ( ) Errado

2. (CESPE – FUB-DF – 2013)

Uma das vantagens do critério de seleção de itens acima de determinado valor é que, pela lei dos grandes números, tal procedi-mento permitirá verificar uma grande pro-porção do valor total de determinada conta ou tipo de transação.

( ) Certo   ( ) Errado

3. (CESPE – FUB-DF – 2013)

Um depósito elevado além dos limites usu-ais, creditado na conta de uma empresa, in-compatível com a sua atividade e a sua mo-vimentação, é considerado uma anomalia e deve levar o auditor a obter um alto grau de certeza de que essa distorção ou desvio não seja representativo da população.

( ) Certo   ( ) Errado

4. (CESPE – FUB-DF – 2013)

No caso de um auditor se deparar com grandes populações, deverá aumentar pro-porcionalmente o tamanho da amostra, para assegurar o mesmo grau de confiança que alcançaria no caso de uma população pequena.

( ) Certo   ( ) Errado

5. (CESPE – FUB-DF – 2013)

O exame de todos os documentos ou opera-ções pode ser desejável e adequado quan-do esses documentos ou operações forem poucos e de valor unitário elevado, ou, também, quando houver risco relevante e outros meios não oferecerem evidência de auditoria apropriada e suficiente.

( ) Certo   ( ) Errado

6. (CESPE – AFT – 2013)

A aplicação do método da amostragem é, em geral, recomendada nos trabalhos de auditoria, exceto no caso de a população e a amostra serem muito pequenas, no de a população ser grande e suas características serem de difícil mensuração ou no de não haver necessidade de alta precisão.

( ) Certo   ( ) Errado

7. (CESPE – TCU – 2013)

Recomenda-se o emprego de amostragem estatística na auditoria, exceto em casos de amostra extensa, difícil mensuração das ca-racterísticas da população e desnecessida-de de alta precisão.

( ) Certo   ( ) Errado

8. (CESPE – CNJ – 2013)

A respeito das normas de auditoria aplicá-veis ao setor público, julgue os itens subse-quentes, considerando que a sigla TCU cor-responde ao Tribunal de Contas da União.

Considere que, na determinação da quanti-dade de processos licitatórios a serem ana-lisados em uma auditoria, o auditor tenha

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determinado o nível de confiança estatísti-ca em 95% e um erro tolerável de 5%, com emprego da amostragem aleatória simples. Nessa situação, durante o processo de re-visão, se a supervisão da equipe de audito-ria sugerir reduzir o erro tolerável, será ne-cessário aumentar o tamanho da amostra, mantendo-se o mesmo nível de significân-cia.

( ) Certo   ( ) Errado

9. (CESPE – TELEBRAS – 2013)

Com base nos procedimentos de empre-go de amostragem em auditoria, julgue os itens a seguir.

Na aplicação de testes de controles, o risco de amostragem pode indicar conclusões in-corretas, ao evidenciar uma distorção rele-vante, que, na verdade, inexiste.

( ) Certo   ( ) Errado

10. (CESPE – TELEBRAS – 2013)

Com base nos procedimentos de empre-go de amostragem em auditoria, julgue os itens a seguir.

Em auditoria, quando a população é muito grande, deve-se realizar a amostragem, que é a aplicação de procedimentos exclusiva-mente estatísticos na totalidade da popula-ção para a seleção de uma amostra repre-sentativa do estudo.

( ) Certo   ( ) Errado

11. (CESPE – TELEBRAS – 2013)

Com base nos procedimentos de empre-go de amostragem em auditoria, julgue os itens a seguir.

Considere que uma carteira de clientes de uma instituição financeira seja composta pelas classes ouro, prata, cobre e lata. Para que a auditoria realizada nessa instituição

possa avaliar a gestão de riscos dos financia-mentos concedidos, é mais adequado em-pregar a amostragem estratificada em fun-ção das classes de clientes, o que terá maior probabilidade de aumentar a eficiência do trabalho, desde que as subpopulações se-jam distintas e cada classe possua caracte-rísticas similares.

( ) Certo   ( ) Errado

12. (CESPE – TELEBRAS – 2013)

Com base nos procedimentos de empre-go de amostragem em auditoria, julgue os itens a seguir.

O risco de amostragem está relacionado, entre outras hipóteses, com a possibilidade de que uma amostra tenha sido selecionada com base em critérios estatísticos corretos, mas que não é adequada para representar a população.

( ) Certo   ( ) Errado

13. (CESPE – TELEBRAS – 2013)

Com base nos procedimentos de empre-go de amostragem em auditoria, julgue os itens a seguir.

Um auditor deve se ater aos aspectos quan-titativos dos desvios amostrais obtidos nas amostragens estatísticas, uma vez que os desvios causados por aspectos qualitativos são pouco relevantes para a auditoria.

( ) Certo   ( ) Errado

14. (CESPE – DPF – 2013)

O não reconhecimento de uma distorção ou de um desvio constitui um risco resultante do uso de amostragem em auditoria.

( ) Certo   ( ) Errado

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15. (CESPE – TCDF – 2011)

Embora a amostra seja selecionada cienti-ficamente e o emprego da amostragem es-tatística seja recomendável quando os itens da população apresentem características homogêneas, permanece a possibilidade de a conclusão obtida com base na amostra-gem ser diferente daquela que seria conse-guida se 100% da população fosse examina-da pelo mesmo procedimento de auditoria. Julgue CERTO ou ERRADO.

( ) Certo   ( ) Errado

16. (CESPE – TRT - 21ª Região – 2010)

A aplicação de procedimentos de auditoria a todos os pagamentos efetuados a fornece-dores de equipamentos de informática para determinado órgão da administração públi-ca não é considerada amostragem de audi-toria.

( ) Certo   ( ) Errado

17. (CESPE – TRE-BA – 2010)

É recomendável o emprego da amostragem estatística quando os itens da população apresentarem características heterogêneas.

( ) Certo   ( ) Errado

18. CESPE – TCDF – 2014)

Aplicando o devido zelo profissional, a equi-pe de auditoria elimina certamente a mar-gem de erro própria dos trabalhos realiza-dos por amostragem ou outros sistemas de testes equivalentes.

( ) Certo   ( ) Errado

ESAF

19. (ESAF – RFB – 2014)

A eficiência da auditoria na definição e utili-zação da amostra pode ser melhorada se o auditor:

a) aumentar a taxa de desvio aceitável da amostra, reduzindo o risco inerente e com características semelhantes.

b) diminuir o percentual a ser testado, mas utilizar a seleção não estatística para itens similares.

c) concluir que a distorção projetada é maior do que a distorção real de toda a amostra.

d) estratificar a população dividindo-a em subpopulações distintas que tenham ca-racterísticas similares.

e) mantiver os critérios de seleção unifor-mes e pré-definidos com a empresa au-ditada.

20. (ESAF – DNIT – 2013)

Com relação à aplicação do método da amostragem pelo Sistema de Controle Inter-no, é correto afirmar que:

a) viabiliza ações de controle quando o objeto alvo da ação é composto por ele-mentos de elevado valor unitário e se distribui de forma bem concentrada.

b) para a Administração Pública os fatores tempo e custo são irrelevantes.

c) a representatividade da amostra inde-pende de sua forma de seleção e de seu tamanho.

d) a representatividade da amostra é es-sencial para que se possa extrair conclu-sões válidas para o todo.

e) adota-se a amostra aleatória simples preferencialmente quando os elemen-tos da população estão distribuídos de maneira heterogênea.

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21. (ESAF – CGU – 2012)

Nos casos em que o auditor independente desejar reduzir o tamanho da amostra sem aumentar o risco de amostragem, dividin-do a população em subpopulações distintas que tenham características similares, deve proceder a um(a):

a) Estratificação.b) Seleção com base em valores.c) Teste de detalhes.d) Seleção sistemática.e) Detalhamento populacional.

(ESAF – RFB – 2012)

Com base na tabela a seguir, responda as próximas duas questões:

Nível de Confiança Fator de Confiança

99% 4,6

98% 3,7

95% 3,0

90% 2,3

85% 1,9

80% 1,6

75% 1,4

22. (ESAF – RFB – 2012)

Considerando que o auditor estabeleceu um grau de confiança de 95% para a amostra e que determinou uma taxa tolerável de des-vio de 5%, o número de itens a serem testa-dos é:

a) 19.b) 05.c) 60.d) 30.e) 10.

23. (ESAF – RFB – 2012)

Ao selecionar os itens nas condições estabe-lecidas na questão anterior, o auditor identi-ficou dois desvios.

Dessa forma, pode-se afirmar que o nível de segurança apresentado é:

a) alto.b) baixo.c) moderado.d) sem segurança.e) ponderado.

24. (ESAF – SEFAZ-PRJ – 2010)

Avalie, se verdadeiro ou falso, os itens a se-guir a respeito do uso de amostragem esta-tística em auditoria e assinale a opção que indica a sequência correta.

I – O nível de risco que o auditor está dispos-to a aceitar não afeta o tamanho da amos-tra exigido em razão da existência de outros controles a serem utilizados;

II – O auditor seleciona itens para a amos-tragem de forma que cada unidade de amostragem da população tenha a mesma chance de ser selecionada;

III – Existem outros riscos não resultantes da amostragem tais como o uso de procedi-mentos de auditoria não apropriados;

IV – Para os testes de controle, uma taxa de desvio da amostra inesperadamente alta pode levar a um aumento no risco identifi-cado de distorção relevante.

a) V, V, F, V b) F, V, V, V c) V, V, V, F d) F, F, F, V e) V, F, V, F

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25. (ESAF – RECEITA FEDERAL – 2009)

O auditor, ao realizar o processo de escolha da amostra, deve considerar:

I – que cada item que compõe a amostra é conhecido como unidade de amostragem;

II – que estratificação é o processo de dividir a população em subpopulações, cada qual contendo um grupo de unidades de amos-tragem com características homogêneas ou similares;

III – na determinação do tamanho da amos-tra, o risco de amostragem, sem considerar os erros esperados.

a) Somente a I é verdadeira.b) Somente a II é verdadeira.c) I e III são verdadeiras.d) Todas são falsas.e) Todas são verdadeiras.

Gabarito: 1. E 2. C 3. C 4. E 5. C 6. E 7. E 8. C 9. C 10. E 11. C 12. C 13. E 14. E 15. C 16. C 17. E  18. E 19. D 20. D 21. A 22. C 23. C 24. B 25. B

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RELATÓRIO DE AUDITORIA

Opinião do Auditor

Os objetivos do auditor são:

a) formar uma opinião sobre as demonstrações contábeis com base na avaliação das conclusões atingidas pela evidência de auditoria obtida; e

b) expressar claramente essa opinião por meio de relatório de auditoria por escrito, que também descreve a base para a referida opinião.

Opinião não modificada

Opinião não modificada ou sem modificações é a opinião expressa pelo auditor quando ele conclui que as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.

O auditor especificamente deve avaliar se, segundo os requisitos da estrutura de relatório financeiro aplicável:

a) as demonstrações contábeis divulgam adequadamente as práticas contábeis selecionadas e aplicadas;

b) as práticas contábeis selecionadas e aplicadas são consistentes com a estrutura de relatório financeiro aplicável e são apropriadas;

c) as estimativas contábeis feitas pela administração são razoáveis;

d) as informações apresentadas nas demonstrações contábeis são relevantes, confiáveis, comparáveis e compreensíveis;

e) as demonstrações contábeis fornecem divulgações adequadas para permitir que os usuários previstos entendam o efeito de transações e eventos relevantes sobre as informações incluídas nas demonstrações contábeis; e

f) a terminologia usada nas demonstrações contábeis, incluindo o título de cada demonstração contábil, é apropriada.

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Características do Relatório de Auditoria

Destinatário

O relatório do auditor independente é, normalmente, endereçado às pessoas para quem o relatório de auditoria é elaborado, frequentemente para os acionistas ou para os responsáveis pela governança da entidade, cujas demonstrações contábeis estão sendo auditadas.

Parágrafo Introdutório

O parágrafo introdutório do relatório do auditor independente deve:

a) identificar a entidade cujas demonstrações contábeis foram auditadas;

b) afirmar que as demonstrações contábeis foram auditadas;

c) identificar o título de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis;

d) fazer referência ao resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas; e

e) especificar a data ou o período de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis.

Responsabilidade da administração sobre as demonstrações contábeis

O relatório do auditor independente deve descrever a responsabilidade da administração pela elaboração das demonstrações contábeis. A descrição deve incluir uma explicação de que a administração é responsável pela elaboração das demonstrações contábeis, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável e pelos controles internos que a administração determinar como necessários para a elaboração de demonstrações contábeis que não apresentem distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro.

Responsabilidade do auditor

O relatório do auditor independente deve especificar que a responsabilidade do auditor é expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis com base na auditoria.

O relatório do auditor independente deve especificar que a auditoria foi conduzida em conformidade com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.

O relatório do auditor independente deve explicar, também, que essas normas requerem que o auditor cumpra as exigências éticas, planeje e realize a auditoria para obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis não apresentam distorção relevante.

O relatório do auditor independente deve descrever a auditoria especificando que:

a) a auditoria envolve a execução de procedimentos para obtenção de evidência de auditoria a respeito dos valores e divulgações nas demonstrações contábeis;

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b) os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causadas por fraude ou erro.

c) a auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis, tomadas em conjunto.

Opinião do auditor

Exemplo: Em nossa opinião, as demonstrações contábeis consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada da Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras e suas controladas em 31 de dezembro de 2015, o desempenho consolidado de suas operações e os fluxos de caixa consolidados para o exercício findo naquela data, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB e as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Data do relatório do auditor independente

O relatório do auditor independente não pode ter data anterior à data em que ele obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar a sua opinião sobre as demonstrações contábeis, incluindo evidência de que:

a) todas as demonstrações que compõem as demonstrações contábeis, incluindo as respectivas notas explicativas, foram elaboradas; e

b) as pessoas com autoridade reconhecida afirmam que assumem a responsabilidade sobre essas demonstrações contábeis.

RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE

Título e Destinatário

Introdução

Seção sobre a responsabilidade da administração

Seção sobre a responsabilidade do auditor e a extensão da auditoria

Seção sobre a opinião do auditor

Local, data e assinaturas

O auditor deve modificar a opinião no seu relatório de auditoria de acordo com a NBC TA 705 se:

a) concluir, com base em evidência de auditoria obtida, que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto apresentam distorções relevantes; ou

b) não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se as demonstrações contábeis tomadas em conjunto não apresentam distorções relevantes.

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Opinião com ressalva

• Tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis;

• Ele não consegue obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para suportar sua opinião, mas conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes, mas não generalizados.

Opinião adversa

• O auditor deve expressar uma opinião adversa quando, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis.

Abstenção de opinião

• O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar sua opinião, e conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizados.

Natureza do assunto

Julgamento do auditor sobre a disseminação de forma generalizada dos efeitos sobre as DCs.

Relevante, mas não generalizado Relevante e generalizado

DCs apresentam distorções relevantes COM RESSALVA ADVERSA

DCs apresentam distorções relevantes COM RESSALVA ABSTENÇÃO DE OPINIÃO

Prof.  Me.  Rodrigo  Fontenelle  

Auditor  conseguiu  obter  evidência  de  auditoria?  

NÃO.  Se  exis?rem  distorções  relevantes  elas  podem  ser  generalizadas?  

NÃO.  Emite  opinião  com  

ressalvas.  

SIM.  Se  abstém  de  

opiniar.  

SIM.  Há  distorções  relevantes?  

NÃO.  Emite  opinião  sem  

ressalvas  

SIM.  Estão  

generalizadas?  

NÃO.  Emite  opinião  com  ressalvas.  

SIM.  Emite  opinião  

adversa.  

Opinião do Auditor

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Se o auditor concluir que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizados, de modo que uma ressalva na opinião seria não adequada para comunicar a gravidade da situação, o auditor deve:

• renunciar ao trabalho de auditoria, quando possível, de acordo com as leis ou regulamentos aplicáveis; ou

• se a renúncia ao trabalho de auditoria antes da emissão do seu relatório de auditoria independente não for possível, abster-se de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis.

Parágrafo contendo a base para a modificação

Quando o auditor modifica a opinião sobre as demonstrações contábeis, ele deve, além dos elementos específicos requeridos pela NBC TA 700, incluir um parágrafo no seu relatório de auditoria independente que fornece uma descrição do assunto que deu origem à modificação. O auditor deve colocar esse parágrafo imediatamente antes do parágrafo da opinião no seu relatório de auditoria independente, utilizando o título “Base para opinião com ressalva”, “Base para opinião adversa” ou “Base para abstenção de opinião”, conforme apropriado.

Se a modificação for decorrente da impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente, o auditor deve incluir as razões dessa impossibilidade no parágrafo contendo a base para a modificação.

Mesmo que o auditor tenha emitido uma opinião adversa ou se abstido de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis, ele deve descrever, no parágrafo contendo a base para a modificação, as razões para quaisquer outros assuntos os quais ele está ciente de que teriam requerido uma modificação da opinião, assim como os respectivos efeitos.

Comunicação com os responsáveis pela governança

Quando o auditor prevê modificar a opinião no seu relatório, ele deve comunicar aos responsáveis pela governança as circunstâncias que levaram à modificação prevista e o texto proposto da modificação.

Informações suplementares apresentadas com as demonstrações contábeis

No caso de serem apresentadas informações suplementares com as demonstrações contábeis auditadas, não requeridas pela estrutura de relatório financeiro aplicável, o auditor deve avaliar se essas informações suplementares estão claramente diferenciadas das demonstrações contábeis auditadas.

Se essas informações suplementares não estão claramente diferenciadas das demonstrações contábeis auditadas, o auditor deve pedir que a administração mude a forma de apresentação das informações suplementares não auditadas. Se a administração se recusar a fazê-lo, o auditor deve explicar no relatório do auditor independente que essas informações suplementares não foram auditadas.

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Parágrafo de Ênfase e outros adicionais (NBC TA 706)

É o parágrafo incluído no relatório de auditoria referente a um assunto apropriadamente apresentado ou divulgado nas demonstrações contábeis que, de acordo com o julgamento do auditor, é de tal importância, que é fundamental para o entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis.

Quando o auditor incluir um parágrafo de ênfase no relatório, ele deve:

a) incluí-lo imediatamente após o parágrafo de opinião no relatório do auditor;

b) usar o título “Ênfase” ou outro título apropriado;

c) incluir no parágrafo uma referência clara ao assunto enfatizado e à nota explicativa que descreva de forma completa o assunto nas demonstrações contábeis; e

d) indicar que a opinião do auditor não se modifica no que diz respeito ao assunto enfatizado.

Circunstâncias em que um parágrafo de ênfase pode ser necessário:

• existência de incerteza relativa ao desfecho futuro de litígio excepcional ou ação regulatória;

• aplicação antecipada (quando permitido) de nova norma contábil (por exemplo, nova prática contábil introduzida pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC)) com efeito disseminado de forma generalizada nas demonstrações contábeis, antes da sua data de vigência;

• grande catástrofe que tenha tido, ou continue a ter, efeito significativo sobre a posição patrimonial e financeira da entidade.

Situações em que é exigida a inclusão de um parágrafo de ênfase:

• eventos subsequentes;

• dúvida quanto à continuidade operacional da empresa;

• auditoria de propósitos especiais.

Parágrafos de outros assuntos no relatório do auditor independente

Se o auditor considerar necessário comunicar outro assunto, não apresentado nem divulgado nas demonstrações contábeis, e que, de acordo com seu julgamento, é relevante para o entendimento, pelos usuários, da auditoria, da responsabilidade do auditor ou do relatório de auditoria, e não for proibido por lei ou regulamento, ele deve fazê-lo em um parágrafo no relatório de auditoria, com o título “Outros assuntos” ou outro título apropriado. O auditor deve incluir esse parágrafo imediatamente após o parágrafo de opinião e qualquer parágrafo de ênfase, ou em outra parte do relatório, se o conteúdo do parágrafo de outros assuntos for relevante para a seção "Outras Responsabilidades de Relatório".

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Questões

CESPE

1. (CESPE – TCU – 2015)

Situação hipotética: Os seguintes parágra-fos fazem parte de um relatório de audito-res independentes:

I – Conforme mencionado na nota explicati-va nº 3, em decorrência das reclassificações nela descritas, os valores correspondentes referentes à demonstração do fluxo de cai-xa consolidado para o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, apresentados para fins de comparação, foram ajustados e es-tão sendo reapresentados como previsto no CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erro e CPC 26(R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis. Nossa opinião não contém modi-ficação relacionada a esse assunto.

II – Examinamos, também, as demonstra-ções individual e consolidada do valor adi-cionado (DVA), referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014, elaboradas sob a responsabilidade da administração da Companhia, e cuja apresentação é requeri-da pela legislação societária brasileira para companhias abertas. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedi-mentos de auditoria descritos anterior-mente e, em nossa opinião, estão adequa-damente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demons-trações financeiras tomadas em conjunto.

Assertiva: Nesse caso, considerando-se a es-trutura do relatório dos auditores indepen-dentes sobre as demonstrações financeiras (parecer dos auditores independentes), é correto afirmar que o parágrafo I é um pa-

rágrafo de ênfase e o parágrafo II é um pará-grafo de opinião.

( ) Certo   ( ) Errado

2. (CESPE – TCU – 2015)

Situação hipotética: Um auditor indepen-dente verificou que as taxas de depreciação utilizadas por uma empresa foram calcu-ladas pelo método das somas dos dígitos. Além disso, o auditor verificou que tal pro-cedimento diferia daquele realizado no últi-mo exercício, quando foi adotado o método das quotas constantes, sem evidenciar em notas explicativas.

Assertiva: Diante desses fatos, por se tratar apenas de uma mudança de política con-tábil, a conduta adequada do auditor inde-pendente seria considerar como não rele-vante a alteração descrita.

( ) Certo   ( ) Errado

3. (CESPE – TCU – 2015)

Ao emitir parecer com abstenção de opi-nião para as demonstrações contábeis de uma entidade, o auditor não estará isento da responsabilidade de mencionar, no pare-cer, qualquer desvio que possa influenciar a decisão do usuário das demonstrações, in-dependentemente da relevância ou da ma-terialidade desse desvio.

( ) Certo   ( ) Errado

4. (CESPE – TCE-RN – 2015)

De acordo com as normas técnicas de audi-toria estabelecidas nas normas brasileiras de contabilidade (NBC–TA), julgue os itens seguintes.

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Se o auditor não obtiver evidência de audi-toria apropriada e suficiente para concluir que inexistem distorções relevantes nas demonstrações contábeis tomadas em con-junto, ele não deverá modificar sua opinião no relatório de auditoria.

( ) Certo   ( ) Errado

5. (CESPE – MPE-PI – 2012)

Com referência a papéis de trabalho e rela-tórios de auditoria, julgue os itens a seguir.

Considere que um auditor encarregado de realizar auditoria em determinada institui-ção inclua em seu relatório o parágrafo de ênfase, por meio do qual ele expresse incer-tezas em relação a um fato relevante, cujo desfecho possa afetar significativamente a posição patrimonial dessa instituição. Nes-se caso, a inclusão desse parágrafo de ênfa-se é motivo para que o relatório seja deno-minado parecer adverso.

( ) Certo   ( ) Errado

6. (CESPE – TCE-TO – 2009)

O parecer dos auditores independentes é o documento mediante o qual os mesmos ex-pressam sua opinião acerca das demonstra-ções contábeis nele indicadas. Acerca desse assunto, assinale a opção correta.

a) Por meio do parecer, o auditor assume responsabilidade de ordem privada, de natureza estritamente contratual.

b) O parecer deve ser assinado por conta-dor ou técnico de contabilidade regu-larmente registrado em CRC.

c) A data do parecer deve corresponder a das demonstrações que tenham sido auditadas.

d) O auditor, mesmo abstendo-se de emi-tir opinião a respeito das demonstra-ções, é responsável por mencionar qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário das in-formações.

e) Em caso de incerteza acerca de fato relevante, o auditor deve abster-se de opinar, desde que haja nota explicativa da administração relacionada ao fato.

7. (CESPE – TCE-TO – 2009)

O auditor contábil externo é responsável pela emissão de parecer acerca das de-monstrações contábeis de empresas. Acer-ca da responsabilidade do auditor e as es-pecificidades na condução de seus exames, assinale a opção correta.

a) De acordo com as normas de auditoria geralmente aceitas, as fraquezas rele-vantes encontradas ao longo dos exames devem necessariamente ser identifica-das separadamente e comunicadas no relatório ao comitê de auditoria ou ór-gão equivalente da empresa auditada.

b) Caso o auditor constate evidências de que ativos não se encontram adequa-damente protegidos contra apropriação indébita deverá apontar em seus papéis de trabalho, mas não é obrigado a emitir reportable condition sobre o assunto.

c) Apesar das normas de auditoria não exigirem revisões pós-auditoria, se o auditor descubra, logo após a data de emissão de seu parecer, um procedi-mento que foi omitido ao longo de seus exames, essa descoberta poderá resul-tar em programa de inspeção de seu próprio sistema de controle de qualida-de ou em uma revisão por pares.

d) Caso o auditor constate evidências de que há instalações inadequadas para a guarda de ativos deverá apontar em seus papéis de trabalho, mas não é obrigado a emitir reportable condition sobre o assunto.

e) Nos relatórios de reportable condition deverá conter parágrafo que indique que a finalidade dos trabalhos de audi-toria é emitir parecer sobre as demons-trações contábeis e assegurar a eficiên-cia, eficácia e efetividade dos controles internos.

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8. (CESPE – TCU – 2008)

No processo de auditoria, após examinadas todas as evidências disponíveis, o auditor pode confiar, integralmente, na fidedignida-de e na correção das demonstrações contá-beis de uma entidade e, sempre que as evi-dências sejam insuficientes, o auditor deve fazer ressalvas em seu parecer.

( ) Certo   ( ) Errado

ESAF

9. (ESAF – RECEITA FEDERAL – 2009)

A empresa de Transportes S.A. é uma em-presa que tem seus registros contábeis e procedimentos estabelecidos por agência de fiscalização. A agência estabeleceu pro-cedimento para registro das concessões que diverge significativamente, do procedimen-to estabelecido pelo Conselho Federal de Contabilidade. Nessa situação, deve o audi-tor emitir parecer:

a) sem abstenção de opinião.b) adverso.c) com ressalva.d) sem ressalva, mas evidenciando em

nota explicativa a divergência.e) com abstenção de opinião.

10. (ESAF – SEFAZ-SP – APOFP – 2009)

Assinale a opção que preenche corretamen-te as lacunas da seguinte frase: “O auditor deve emitir parecer ______(1)______ quan-do verificar que as demonstrações contá-beis estão incorretas ou incompletas, em tal magnitude que impossibilite a emissão do parecer ______(2)______.”

a) (1) adverso // (2) com ressalvab) (1) com ressalva // (2) adversoc) (1) com abstenção de opinião // (2) com

ressalva

d) (1) com abstenção de opinião // (2) ad-verso

e) (1) adverso // (2) com abstenção de opi-nião

11. (ESAF – CVM – 2010)

No parecer sobre as demonstrações contá-beis, o auditor deve emitir sua opinião afir-mando se estas representam adequadamen-te ou não a situação patrimonial da entidade. Nesse parecer, devem ser observados os se-guintes aspectos relevantes, exceto:

a) as obrigações para o período seguinte.b) a origem e a aplicação dos recursos para

o período a que correspondem.c) as mutações do patrimônio líquido.d) a posição patrimonial e financeira.e) o resultado das operações no período.

12. (ESAF – SUSEP – 2010)

O auditor externo, ao avaliar as demonstra-ções contábeis da empresa Evolution S.A., identificou que a empresa está discutindo a similaridade de seus produtos com produ-tos de concorrentes que possuem isenção de tributação. A empresa não vem reco-lhendo o referido tributo há mais de 5 anos e o valor relativo a essa contingência é signi-ficativo. Caso a decisão vier a ser contrária à empresa, a mesma entrará em processo de descontinuidade. A decisão deve ter seu mérito julgado em quatro anos. Dessa for-ma deve o auditor emitir parecer:

a) negativa de opinião, por não poder fir-mar opinião sobre as demonstrações contábeis.

b) com ressalva, evidenciando o fato como restritivo às demonstrações contábeis.

c) adverso, por não permitir avaliar as de-monstrações contábeis.

d) sem ressalva, visto que há incerteza no desdobramento da causa.

e) sem ressalva, com introdução de pará-grafo de ênfase fazendo referência à nota explicativa que deve descrever de-talhadamente o evento.

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13. (ESAF – RECEITA FEDERAL – 2009)

Na emissão de parecer com abstenção de opinião para as demonstrações contábeis de uma entidade, pode-se afirmar que:

a) elimina a responsabilidade do auditor de emitir qualquer parecer devendo este comunicar à administração da em-presa da suspensão dos trabalhos.

b) não suprime a responsabilidade do au-ditor de mencionar, no parecer, qual-quer desvio, independente da rele-vância ou materialidade, que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações.

c) exclui a responsabilidade do auditor de se manifestar sob qualquer aspecto das demonstrações.

d) não elimina a responsabilidade do audi-tor de mencionar, no parecer, qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstra-ções.

e) extingue a responsabilidade do auditor de mencionar, no parecer, qualquer des-vio relevante que possa influenciar a de-cisão do usuário dessas demonstrações.

FCC

14. (FCC – TJ-PI – 2015)

A auditoria consiste no levantamento, exa-me e avaliação de procedimentos, opera-ções, rotinas e demonstrações contábeis de uma entidade. A partir da compreensão conceitual, é correto dizer que o objeto do trabalho de auditoria se circunscreve:

a) a fatos não registrados documental-mente;

b) ao conjunto de elementos de controle do patrimônio administrado;

c) aos papéis de trabalho; d) aos registros contábeis; e) ao relatório com a opinião de auditor.

15. (FCC – TCE-CE – 2015)

Na auditoria das demonstrações contábeis do exercício de 2014 da Companhia de Dis-tribuição de Águas e Limpeza de Mananciais do Estado, o auditor constatou diversas dis-torções. Tendo o auditor obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, con-cluiu que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não ge-neralizadas nas demonstrações contábeis. Nestas condições, de acordo com as Normas de Auditoria NBC TAs, deve o auditor:

a) expressar uma opinião com ressalva. b) considerar as demonstrações contábeis

irregulares. c) expressar uma opinião adversa. d) considerar as demonstrações contábeis

regulares, com ressalvas. e) expressar uma opinião sem ressalva,

mas com recomendação.

16. (FCC – ICMS-PI – 2015)

O auditor, quando, não consegue obter evi-dência de auditoria apropriada e suficiente para suportar sua opinião, concluindo que os possíveis efeitos de distorções não detec-tadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e gene-ralizadas, deverá expressar sua opinião por meio de

a) Relatório com Abstenção de opinião. b) Certificado de Regularidade com Ressal-

va. c) Parecer Adverso. d) Parecer Limpo com parágrafo de ênfase. e) Certificado de Regularidade.

17. (FCC – CNMP – 2015)

Na realização dos trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis do exercício de 2014 da Indústria de Calças e Camisas do Sul S/A, o auditor não conseguiu obter evi-dência apropriada e suficiente de auditoria para suportar sua opinião, mas concluiu que os possíveis efeitos de distorções não detec-

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tadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes, mas não generalizados. Nestas condições, o auditor deve:

a) considerar as demonstrações contábeis irregulares.

b) expressar uma opinião, com ressalvas. c) expressar uma opinião sem ressalvas,

apenas para os itens examinados. d) comunicar ao conselho fiscal da empre-

sa e adotar novos procedimentos de au-ditoria.

e) abster-se de expressar uma opinião.

18. (FCC – TCM-GO – 2015)

O auditor, quando obtida evidência de au-ditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em con-junto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis, deve expressar--se por meio de:

a) opinião adversa. b) opinião sem ressalva. c) renúncia do trabalho. d) opinião com parágrafo de ênfase. e) abstenção de opinião.

19. (FCC – SEFAZ-PE – 2014)

O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. No relatório do au-ditor independente deve constar que a ela-boração e adequada apresentação das de-monstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil é de responsabilidade:

a) do controle interno.b) da auditoria interna.c) dos acionistas majoritários.d) do departamento de contabilidade.e) da administração.

20. (FCC – SEFAZ-PE – 2014)

O relatório do auditor independente sobre as demonstrações contábeis deve especifi-

car que a auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. O relatório deve explicar, tam-bém, que essas normas requerem o cumpri-mento de exigências éticas pelo auditor e que:

a) os procedimentos de auditoria sejam elaborados com o objetivo de solucio-nar e prevenir fraudes e erros.

b) o programa de auditoria seja aprovado pela administração da entidade.

c) a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razo-ável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.

d) a aprovação e a divulgação das demons-trações contábeis sejam de responsabi-lidade do sistema de controle interno da entidade.

e) a avaliação do controle interno seja exe-cutada pela auditoria interna.

21. (FCC – SEFAZ-PE – 2014)

Bartolomeu Guimarães, auditor indepen-dente, na realização de auditoria das de-monstrações contábeis da empresa Baratão do Norte S/A, tendo obtido evidências de auditoria apropriadas e suficientes, concluiu que as distorções detectadas, individual-mente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contá-beis. Nestas condições, o auditor deve:

a) emitir uma opinião adversa.b) emitir uma opinião sem ressalva.c) emitir uma opinião com ressalvas.d) abster-se de opinar.e) emitir uma opinião pela irregularidade.

22. (FCC – TCE-RS – 2014)

Nas circunstâncias em que o auditor, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, indivi-dualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis; ou, não consegue obter evidên-cia apropriada e suficiente de auditoria para

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suportar sua opinião, mas conclui que os possíveis efeitos de distorções não detec-tadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes, mas não generalizados, sua opinião a ser expressada, no parecer ou relatório de auditoria, deve ser:

a) com ênfase.b) com abstenção.c) com ressalva.d) adversa.e) limpa.

23. (FCC – TCE-RS – 2014)

Durante a realização do seu trabalho, o audi-tor não conseguiu obter segurança razoável relativa às informações nem emitir opinião com ressalva. Nesse caso, o auditor deve:

a) abster de emitir opinião ou renunciar ao trabalho, se possível.

b) aumentar o tamanho da amostragem. c) convocar reunião com os administrado-

res da instituição auditada. d) solicitar reforço para sua equipe de au-

ditoria. e) trancar a auditoria

24. (FCC – ASLEPE – 2014)

Quando o auditor conclui que as demons-trações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a es-trutura de relatório financeiro aplicável, de-verá expressar uma opinião:

a) idônea.b) conclusiva.c) favorável.d) não modificada.e) modificada.

Gabarito: 1. E 2. E 3. E 4. E 5. E 6. D 7. C 8. E 9. C 10. A 11. A 12. E 13. D 14. B 15. A 16. A 17. B  18. A 19. E 20. C 21. A 22. C 23. A 24. D

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FINALIDADES, OBJETIVOS E ABRANGÊNCIA DE ATUAÇÃO DA AUDITORIA GOVERNAMENTAL

Camadas de Controle

Controle  Externo  (TCU)  

Sistema  de  Controle  

Interno  do  PEF  (CGU)  

Controles  Internos  

Camadas de Controle

Constituição Federal

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Parágrafo Único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

Finalidades do Sistema de Controle Interno

O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal visa à avaliação da ação governamental e da gestão dos administradores públicos federais, por intermédio da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, e a apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

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O SCI-PEF tem as seguintes finalidades:

I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;

II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e nas entidades da Administração Pública Federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;

IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

1 - Avaliar

Cumprimento das Metas Previstas no Plano Plurianual

Execução Dos Programas de Governo

Dos Orçamentos da União

2 - Comprovar a Legalidade

3 – Avaliar Resultados Eficiência

Eficácia

Gestão

Orçamentária

Financeira

Patrimonial

Órgãos e Entidades da Adm. Direta

Adm. Indireta

4 - Controlar

Operações de Crédito

Avais

Garantias

Direitos e haveres do Estado

5 - Apoiar o Controle Externo no exercício de sua missão institucional

Conceituação

Auditoria Governamental é o conjunto de técnicas que visa a avaliar a gestão pública pelos processos e resultados gerenciais, e a aplicação de recursos públicos por entidades de direito público e privado, mediante a confrontação entre uma situação encontrada com um determinado critério técnico, operacional ou legal.

Tem por objetivo primordial garantir resultados operacionais na gerência da coisa pública.

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Atividades Complementares

• Elaboração da PCPR

• Controle Social

• Auditoria de Tomada de Contas Especial

• Análise de Processos de Pessoal

• Avaliação das Unidades de Auditoria Interna

• Diligências

Organização e Estrutura

Integram o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal:Integram o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal:

•  A Controladoria-Geral da União, incumbida da orientação normativa e da supervisão técnica dos órgãos e das unidades que compõem o Sistema.

Órgão Central

•  As Secretarias de Controle Interno (CISET) do Ministério da Defesa, do Ministério das Relações Exteriores, da Casa Civil e da Advocacia - Geral da União.

Órgãos Setoriais

•  As Unidades de Controle Interno dos comandos militares, como setoriais da Secretaria de Controle Interno do Ministério da Defesa.

Unidades Setoriais

•  As Gerências Regionais de Controle nos Estados. Unidades

Regionais do Órgão Central

Organização e Estrutura

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Sistema  de  Controle  Interno  

Órgão  Central  (CGU)  

Órgãos  Setoriais  

(MD,  MRE,  Casa  Civil)  

Unidades  Setoriais  

(Comandos  Militares)  

Unidades  Regionais  (CGU  nos  Estados)  

Auditorias  Internas  AECI  

Organização e Estrutura

A área de atuação da CGU, além das funções de órgão central, abrange todos os órgãos e unidades do Poder Executivo Federal, excetuados aqueles jurisdicionados pelos órgãos setoriais.

A Secretaria de Controle Interno da Casa Civil tem como área de atuação todos os órgãos integrantes da Presidência da República, além de outros determinados em legislação específica, sendo, ainda, responsável pelas atividades de Controle Interno da Advocacia-Geral da União até a criação do seu órgão próprio.

Objetos sujeitos à atuação do SCI-PEF

Constituem objetos de exames realizados pelo SCI-PEF, nos órgãos da Administração Direta, entidades da Administração Indireta Federal e entidades privadas:

I – os sistemas administrativos e operacionais de controle interno administrativo utilizados na gestão orçamentária, financeira, patrimonial, operacional e de pessoal;

II – a execução dos planos, programas, projetos e atividades que envolvam aplicação de recursos públicos federais;

III – a aplicação dos recursos do Tesouro Nacional transferidos a entidades públicas ou privadas;

IV – os contratos firmados por gestores públicos com entidades públicas ou privadas para prestação de serviços, execução de obras e fornecimento de materiais;

V – os processos de licitação, sua dispensa ou inexigibilidade;

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VI – os instrumentos e sistemas de guarda e conservação dos bens e do patrimônio sob responsabilidade das unidades da Administração Direta e entidades da Administração Indireta Federal;

VII – os atos administrativos que resultem direitos e obrigações para o Poder Público Federal, em especial, os relacionados com a contratação de empréstimos internos ou externos, assunção de dívidas, securitizações e concessão de avais;

VIII – a arrecadação, a restituição e as renúncias de receitas de tributos federais;

IX – os sistemas eletrônicos de processamento de dados, suas informações de entrada e de saída, objetivando constatar:

a) segurança física do ambiente e das instalações do centro de processamento de dados;

b) segurança lógica e a confidencialidade nos sistemas desenvolvidos em computadores de diversos portes;

c) eficácia dos serviços prestados pela área de informática;

d) eficiência na utilização dos diversos computadores existentes na entidade;

X – verificação do cumprimento da legislação pertinente;

XI – os processos de Tomadas de Contas Especial, sindicância, inquéritos administrativos e outros atos administrativos de caráter apuratório;

XII – os processos de admissão e desligamento de pessoal e os de concessão de aposentadoria, reforma e pensão; e

XIII – os projetos de cooperação técnica com organismos internacionais e projetos de financiamento ou doação de organismos multilaterais de crédito com qualquer órgão ou entidade no país.

Abrangência de Atuação

A abrangência de atuação do SCI-PEF inclui as atividades de gestão das unidades da administração direta, entidades da Administração Indireta Federal, programas de trabalho, recursos e sistemas de controles administrativo, operacional e contábil, projetos financiados por recursos externos, projetos de cooperação junto a organismos internacionais, a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante contratos de gestão, transferências a fundo, convênio, acordo, ajuste ou outro instrumento congênere.

Estão sujeitos à atuação do SCI-PEF quaisquer pessoas física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

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ABRANGÊNCIA DE ATUAÇÃO DO SISTEMA

DE CONTROLE INTERNO

Atividades de gestão Unidades da Administração Direta

Entidades da Administração Indireta

Programas de trabalho, recursos e sistemas de controles administrativo, operacional e contábil

Projetos

Financiados por recursos externos

De cooperação junto a organismos internacionais

Aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante

Contrato de gestão

Transferências a fundo

Convênio

Acordo

Ajuste

Ou outro instrumento congênere

Abrangência de Atuação

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Questões

CESPE

1. (CESPE – TCU – 2015)

A respeito do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, disciplinado pela Lei nº 10.180/2001, julgue o item abaixo.

São finalidades do Sistema de Controle In-terno do Poder Executivo: a comprovação da legalidade e a avaliação de resultados da gestão orçamentária, financeira e patri-monial, o controle das operações de crédito e o apoio ao controle externo; entretanto, não compete a esse sistema a avaliação do cumprimento de= metas previstas no plano plurianual por essa tarefa estar relacionada à execução de programas de governo.

( ) Certo   ( ) Errado

2. (CESPE – Câmara dos Deputados – 2014)

Em relação aos sistemas de controle exer-cidos no âmbito da administração pública brasileira e da competência, da jurisdição e do exame de contas por parte do TCU, jul-gue os itens subsecutivos.

Compete aos sistemas de controle internos mantidos pelos Poderes Legislativo, Execu-tivo e Judiciário do governo federal exercer o controle das operações de crédito e dos direitos e haveres da União.

( ) Certo   ( ) Errado

3. (CESPE – TCE-ES-ACE – 2012)

A Secretaria Federal de Controle, órgão cen-tral do sistema de controle interno do Poder Executivo federal, abrange, em sua área de atuação, todos os órgãos do Poder Executivo federal, realizando auditorias e fiscalizações.

( ) Certo   ( ) Errado

4. (CESPE – FUB – 2011)

Com relação aos aspectos que envolvem os sistemas de controle interno, julgue o item as seguir.

O controle sobre as operações de crédito, avais e garantias é competência do contro-le interno, mas o cumprimento das metas previstas no plano plurianual (PPA) e nos orçamentos da União deve ser acompanha-do exclusivamente pelo sistema de planeja-mento de orçamento.

( ) Certo   ( ) Errado

5. (CESPE – PREVIC – 2011)

A finalidade básica da auditoria é encontrar erros e fraudes nos demonstrativos contá-beis examinados.

( ) Certo   ( ) Errado

6. (CESPE – MPU – 2010)

Com respeito ao controle interno e ao ex-terno e à prestação de contas no âmbito da União, julgue o item subsequente.

A fiscalização contábil, financeira, orçamen-tária, operacional e patrimonial dos órgãos federais é da competência do Congresso Nacional, e é realizada mediante controle externo. Não cabe à Controladoria-Geral da União (CGU), por ser órgão de controle in-terno, realizar o mesmo tipo de fiscalização em um mesmo órgão quando esse trabalho estiver sendo feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

( ) Certo   ( ) Errado

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7. (CESPE – TCU – 2007)

A auditoria no setor público federal, concei-tuada como o conjunto de técnicas utilizado na avaliação da gestão pública, é ferramen-ta de controle do Estado para melhor apli-cação de seus recursos. Com relação a esse tema, julgue os itens que se seguem.

A aplicação dos recursos transferidos pelo Tesouro Nacional a entidades privadas é um dos objetos dos exames de auditoria, cuja finalidade primordial é garantir resultados operacionais na gerência da coisa pública.

( ) Certo   ( ) Errado

ESAF

8. (ESAF – APO-MPOG – 2015)

Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciá-rio manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

I – Avaliar o cumprimento das metas previs-tas no plano plurianual, a _______________ dos programas de governo e dos orçamen-tos da União. II – Comprovar a legalidade e avaliar os re-sultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e pa-trimonial nos órgãos e entidades da ad-ministração federal, bem como da aplica-ção de recursos públicos por entidades de ______________. III – Exercer o controle das operações de crédito, _______________, bem como dos direitos e haveres da União.

IV – Apoiar o controle _______________, no exercício de sua missão institucional. Assinale a opção que contém a sequência correta para o preenchimento das lacunas.

a) aplicação / de direito privado / finanças e avais / interno.

b) eficácia / de direito público / avais e ga-rantias / externo.

c) execução / de direito privado / avais e garantias / externo.

d) eficiência / de direito público / finanças e avais / interno.

e) vulnerabilidade / de direito privado / avais e garantias / externo.

9. (ESAF – DNIT – 2013)

Entre as competências dos órgãos e unida-des do Sistema de Controle Interno do Po-der Executivo Federal, menciona-se:

a) estabelecer as metas a serem atingidas pelo PPA.

b) participar da elaboração dos orçamen-tos da União.

c) aprovar as operações que envolvam avais e garantias.

d) monitorar a atuação das auditorias ex-ternas das entidades estatais.

e) apurar atos inquinados de irregulares, praticados por agentes privados com recursos públicos.

10. (ESAF – CGU – 2012)

Constitui uma atividade complementar do Sistema de Controle Interno do Poder Exe-cutivo Federal avaliar:

a) a execução dos programas de governo.b) o cumprimento das metas do Plano Plu-

rianual.c) a gestão dos administradores públicos

federais.d) a aplicação de recursos públicos por en-

tidades de Direito Privado.e) as unidades de auditoria interna das enti-

dades da Administração Indireta Federal.

11. (ESAF – CGU – 2012)

Nos termos da Constituição Federal, tanto o Congresso Nacional quanto os sistemas de controle interno de cada Poder podem exer-cer fiscalizações da seguinte ordem, exceto:

a) Contábil.b) Ambiental.c) Patrimonial.

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d) Operacional.e) Financeira.

12. (ESAF – CGU – 2008)

De acordo com a Lei n. 10.180/01, são de competência dos órgãos e unidades do Sis-tema de Controle Interno do Poder Executi-vo Federal as seguintes ações, exceto:

a) avaliar o cumprimento das metas esta-belecidas no plano plurianual.

b) avaliar a execução dos orçamentos da União.

c) realizar auditoria sobre a gestão dos re-cursos públicos federais sob a responsa-bilidade de órgãos e entidades públicos e privados.

d) realizar auditorias nos sistemas contábil, financeiro, orçamentário e de pessoal das entidades privadas que guardem ou gerenciem recursos públicos federais.

e) avaliar o desempenho da auditoria in-terna das entidades da administração indireta federal.

13. (ESAF – CGU – 2006)

O Sistema de Controle Interno do Poder Exe-cutivo Federal tem as seguintes finalidades, exceto:

a) avaliar o cumprimento das metas pre-vistas no Plano Plurianual, a execução dos programas de governo e dos orça-mentos da União.

b) apreciar as contas prestadas anualmen-te pelo Presidente da República.

c) comprovar a legalidade e avaliar os re-sultados, quanto à eficácia e à eficiên-cia da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e nas entidades da Administração Pública Federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.

d) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União.

e) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

14. (ESAF – TCE-GO – 2007)

A atual Constituição do Brasil diz que “os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, o Sistema de Controle Interno”. Segundo o artigo consti-tucional de n° 74 não é finalidade do Siste-ma de Controle Interno:

a) avaliar o cumprimento das metas pre-vistas no plano plurianual.

b) avaliar a gestão dos administradores pú-blicos, utilizando como instrumentos a auditoria e a fiscalização.

c) verificar a probidade da Administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros pú-blicos e o cumprimento do orçamento.

d) exercer o controle das operações de crédito; avais e garantias.

e) avaliar a execução dos programas de go-verno e dos orçamentos.

15. (ESAF – TCE-GO – 2007)

Sobre o sistema de controle interno da União, é correto afirmar:

a) que sua função é dependente do con-trole externo, ao qual se subordina e em nome do qual atua.

b) que, entre suas competências, está a de exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União.

c) que, ao contrário do que ocorre com o exercício do controle externo pelo Tri-bunal de Contas da União, não lhe com-pete avaliar os resultados da execução dos programas de governo, salvo quan-do esta atividade estiver vinculada à avaliação das metas previstas no plano plurianual.

d) que ele é único, para todos os Poderes, que deverão mantê-lo de forma integra-da.

e) que os seus responsáveis poderão ser solidariamente responsabilizados por ir-regularidade ou ilegalidade que, conhe-cida no exercício de suas funções, não

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for cientificada ao Ministro Chefe da Casa Civil da Presidência da República.

16. (ESAF – CGU – 2004)

É função do sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal prestar:

a) consultoria aos administradores de bens e recursos públicos nos assuntos pertinentes à área de competência do Sistema de Controle Interno.

b) orientação aos administradores de bens e recursos públicos nos assuntos perti-nentes à área de competência do Siste-ma de Controle Interno.

c) serviços de elaboração de relatórios contábeis aos administradores de bens e recursos públicos nos assuntos perti-nentes à área de competência do Siste-ma de Controle Interno.

d) serviços advocatícios aos administrado-res de bens e recursos públicos nos as-suntos pertinentes à área de competên-cia do Sistema de Controle Interno.

e) assessoramento jurídico aos administra-dores de bens e recursos públicos nos assuntos pertinentes à área de compe-tência do Sistema de Controle Interno.

17. (ESAF – CGU – 2004)

O Sistema de Controle Interno do Poder Exe-cutivo Federal tem as seguintes finalidades:

( ) Avaliar o cumprimento das metas pre-vistas no Plano Plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.

( ) Comprovar a legalidade e avaliar os re-sultados, quanto à eficácia e à eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimo-nial dos órgãos e das entidades da Adminis-tração Pública Federal, bem como da aplica-ção de recursos públicos por entidades de direito privado.

( ) Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos di-reitos e haveres da União.

Com relação às sentenças acima, assinale com V as verdadeiras e com F as falsas e in-dique a opção correta.

a) V, V, Vb) V, V, Fc) F, F, Vd) F, F, Fe) V, F, F

18. (ESAF – MPU – 2004)

São finalidades do sistema de controle inter-no do Poder Executivo federal, exceto:

a) avaliar o cumprimento das metas pre-vistas no Plano Plurianual, a execução dos programas de governo e dos orça-mentos da União.

b) comprovar a legalidade e avaliar os re-sultados, quanto à eficácia e à eficiência da gestão orçamentária, financeira e pa-trimonial nos órgãos e entidades da ad-ministração pública federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.

c) prestar orientação aos administradores de bens e recursos públicos nos assun-tos pertinentes à área de competência do sistema de controle interno, inclusi-ve sobre a forma de prestar contas.

d) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União.

e) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Gabarito: 1. E 2. C 3. E 4. E 5. E 6. E 7. E 8. C 9. E 10. E 11. B 12. D 13. B 14. C 15. B 16. B 17. A  18. C

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FORMAS E TIPOS DE AUDITORIA NO SCI-PEF

Prof.  Me.  Rodrigo  Fontenelle  

Tipos  de  Auditoria  

Auditoria  de  

Avaliação  da  Gestão  

Auditoria  de  

Acompanhamento  da  Gestão  

Auditoria  Operacional  

Auditoria  Contábil  

Auditoria  Especial  

Auditoria de Avaliação da Gestão

• Objetiva emitir opinião com vistas a certificar a regularidade das contas.

• Verificar a execução de contratos, acordos, convênios ou ajustes, a probidade na aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados.

• Compreende, entre outros, os seguintes aspectos: exame das peças que instruem os processos de tomada ou prestação de contas; exame da documentação comprobatória dos atos e fatos administrativos; verificação da eficiência dos sistemas de controles administrativo e contábil; verificação do cumprimento da legislação pertinente; e avaliação dos resultados operacionais e da execução dos programas de governo quanto à economicidade, eficiência e eficácia dos mesmos.

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Auditoria de Acompanhamento da Gestão

• Realizada ao longo dos processos de gestão.

• Tem como objetivo atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma unidade ou entidade federal.

• Evidencia melhorias e economias existentes no processo ou previne gargalos ao desempenho da sua missão institucional.

Auditoria Operacional

• Avalia as ações gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional, ou parte dele, das unidades ou entidades da administração pública federal, programas de governo, projetos, atividades, ou segmentos destes.

• Finalidade de emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da eficiência, eficácia e economicidade, procurando auxiliar a administração na gerência e nos resultados, por meio de recomendações, que visem aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar a responsabilidade gerencial.

• Esse tipo de procedimento auditorial consiste numa atividade de assessoramento ao gestor público.

Auditoria Contábil

• Compreende o exame dos registros e documentos, e a coleta de informações e confirmações, mediante procedimentos específicos, pertinentes ao controle do patrimônio de uma unidade, entidade ou projeto.

• Objetiva obter elementos comprobatórios suficientes que permitam opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e se as demonstrações deles originárias refletem, adequadamente, em seus aspectos mais relevantes, a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e as demais situações nelas demonstradas.

• Tem por objeto, também, verificar a efetividade e a aplicação de recursos externos, oriundos de agentes financeiros e organismos internacionais, por unidades ou entidades públicas executoras de projetos celebrados com aqueles organismos com vistas a emitir opinião sobre a adequação e fidedignidade das demonstrações financeiras.

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Auditoria Especial

• Objetiva o exame de fatos ou situações consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinária, sendo realizadas para atender determinação expressa de autoridade competente.

• Classifica-se nesse tipo os demais trabalhos auditoriais não inseridos em outras classes de atividades.

Formas de ExecuçãoProf.  Me.  Rodrigo  Fontenelle  

Direta

•  Centralizada

•  Descentralizada

•  Integrada

Indireta

•  Compartilhada

•  Terceirizada

Simplificada

Formas de Execução

Direta

Trata-se das atividades de auditoria executadas diretamente por servidores em exercício nos órgãos e unidades do SCI-PEF, sendo subdividas em:

Prof.  Me.  Rodrigo  Fontenelle  

•  Executada exclusivamente por servidores em exercício nos Órgãos Central ou setoriais do SCI-PEF.

Centralizada

•  Executada exclusivamente por servidores em exercício nas unidades regionais ou setoriais do SCI-PEF.

Descentralizada

•  Executada conjuntamente por servidores em exercício nos Órgãos Central, setoriais, unidades regionais e/ou setoriais do SCI-PEF.

Integrada

Direta Trata-se das atividades de auditoria executadas diretamente por servidores em exercício nos órgãos e unidades do SCI-PEF, sendo subdividas em:  

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Indireta

Trata-se das atividades de auditoria executadas com a participação de servidores não lotados nos órgãos e unidades do SCI-PEF, que desempenham atividades de auditoria em quaisquer instituições da Administração Pública Federal ou entidade privada.

Prof.  Me.  Rodrigo  Fontenelle  

•  Coordenada pelo SCI-PEF com o auxílio de órgãos/instituições públicas ou privada.

Compartilhada

•  Executada por instituições privadas, ou seja, pelas denominadas empresas de auditoria externa.

Terceirizada

Trata-se das atividades de auditoria executadas com a participação de servidores não lotados nos órgãos e unidades do SCI-PEF, que desempenham atividades de auditoria em quaisquer instituições da Administração Pública Federal ou entidade privada.

Indireta

Simplificada

• Trata-se das atividades de auditoria realizadas por servidores em exercício nos Órgãos Central, setoriais, unidades regionais ou setoriais do SCI-PEF.

• Sobre informações obtidas por meio de exame de processos e por meio eletrônico, específico das unidades ou entidades federais, cujo custo-benefício não justifica o deslocamento de uma equipe para o órgão.

• Essa forma de execução de auditoria pressupõe a utilização de indicadores de desempenho que fundamentam a opinião do agente executor das ações de controle.

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Questões

CESPE

1. (CESPE – DPU – 2016)

A auditoria de avaliação da gestão atua em tempo real sobre os atos efetivos e os efei-tos potenciais positivos e negativos de uma unidade ou entidade federal, com vistas a certificar as contas prestadas pelo gestor.

( ) Certo   ( ) Errado

2. (CESPE – Câmara dos Deputados – 2014)

A respeito dos tipos e modalidades de audi-toria no setor público, julgue os itens a se-guir.

Um dos objetivos da auditoria contábil é emitir opinião acerca da adequação e da fi-dedignidade das demonstrações financeiras quanto à aplicação, por parte das entidades públicas executoras, de recursos externos oriundos de projetos celebrados com orga-nismos internacionais.

( ) Certo   ( ) Errado

3. (CESPE – Câmara dos Deputados – 2014)

A respeito dos tipos e modalidades de audi-toria no setor público, julgue os itens a se-guir.

Por meio da auditoria operacional preveem--se os obstáculos ao desempenho da missão institucional da entidade, uma vez que se atua em tempo real sobre os atos efetivos da entidade.

( ) Certo   ( ) Errado

4. (CESPE – AFT – 2013)

O relatório de auditoria de recursos exter-nos deve ser elaborado pelo organismo in-ternacional contratante e encaminhado à Controladoria-Geral da União e às unidades setoriais e regionais do Sistema de Controle Interno.

( ) Certo   ( ) Errado

5. (CESPE – ANP – 2013)

A auditoria de acompanhamento de gestão é realizada ao longo do exercício financeiro em curso, com o objetivo de atuar em tem-po real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos, com vistas a certificar a regularidade das contas.

( ) Certo   ( ) Errado

6. (CESPE – CNJ – 2013)

A auditoria que tem como objetivo especí-fico o melhoramento das operações exami-nadas, consubstanciada na análise da efi-ciência, eficácia e economicidade da ação administrativa, é denominada auditoria de gestão.

( ) Certo   ( ) Errado

7. (CESPE – MPE-PI – 2012)

A contratação de uma empresa privada de auditoria para a apuração de possível irre-gularidade no âmbito de determinada uni-dade administrativa caracteriza uma forma de fiscalização denominada compartilhada, em que a responsabilidade pela execução do serviço é assumida conjuntamente pela administração e pela contratada.

( ) Certo   ( ) Errado

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8. (CESPE – TCE-ES-Auditor – 2012)

Com base nas normas de controle interno do Poder Executivo federal, julgue o item seguinte.

Classifica-se como indireta e simplificada a auditoria executada em órgãos públicos pe-las denominadas empresas de auditoria ex-terna, contratadas quando o deslocamento de servidores em exercício no órgão central é considerado inviável.

( ) Certo   ( ) Errado

9. (CESPE – TCE-ES-ACE – 2012)

A auditoria coordenada pelo sistema de controle interno do Poder Executivo federal e, de forma auxiliar, pelos órgãos e(ou) ins-tituições publicas ou privadas e classificada, quanto a forma de execução, como indireta e compartilhada.

( ) Certo   ( ) Errado

10. (CESPE – PREVIC – 2011)

Para que uma auditoria seja classificada como do tipo especial, não basta que tra-te de fatos ou situações relevantes e tenha sido determinada pela autoridade compe-tente.

( ) Certo   ( ) Errado

11. (CESPE – PREVIC – 2011)

A auditoria indireta, realizada com a partici-pação de servidores não lotados nos órgãos e unidades do sistema de controle interno, pode também ser feita de forma integrada.

( ) Certo   ( ) Errado

12. (CESPE – DETRAN-ES – 2010)

No âmbito da administração pública, a audi-toria integrada consiste no exame simultâ-neo dos demonstrativos de todas as unida-des administrativas vinculadas a um mesmo ministério.

( ) Certo   ( ) Errado

13. (MPU – 2010 – CESPE)

Com respeito ao controle interno e ao ex-terno e à prestação de contas no âmbito da União, julgue os itens subsequentes.

Após o término de cada exercício, o órgão público organiza seu processo de prestação de contas, que é auditado pelo controle in-terno mediante auditoria de programas.

( ) Certo   ( ) Errado

14. (CESPE – DETRAN-ES – 2010)

A auditoria de acompanhamento da gestão compreende o exame dos registros e docu-mentos e tem a finalidade de obter elemen-tos comprobatórios suficientes para opinar se os demonstrativos refletem a situação econômica da entidade.

( ) Certo   ( ) Errado

ESAF

15. (ESAF – CGU – 2012)

Uma auditoria qualquer, coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Exe-cutivo Federal com o auxílio de uma empre-sa privada de auditoria, deve ter sua forma de execução classificada como:

a) Centralizada.b) Descentralizada.c) Integrada.d) Compartilhada.e) Terceirizada.

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16. (ESAF – SEFAZ-PI – 2009)

O tipo de auditoria que tem por objetivo emitir opinião com vistas a certificar a regu-laridade das contas das unidades e das enti-dades da administração pública, verificar a execução de contratos, acordos, convênios ou ajustes, bem como a probidade na apli-cação dos dinheiros públicos, é denomina-da, de acordo com as normas de auditoria governamental:

a) Auditoria de Avaliação da Gestãob) Auditoria de Acompanhamento da Ges-

tãoc) Auditoria Contábild) Auditoria Operacionale) Auditoria Especial

17. (ESAF – SEFAZ-PI – 2009)

Os trabalhos de auditoria coordenados pelo órgão de auditoria governamental, com o auxílio de órgãos ou instituições públicas ou privadas de auditoria ou fiscalização, são uma forma de auditoria governamental de-nominada:

a) Direta – Centralizadab) Indireta – Compartilhadac) Direta – Descentralizadad) Indireta – Terceirizadae) Direta – Integrada

18. (ESAF – ANA – 2009)

Assinale a opção verdadeira a respeito de auditoria, no Setor Público Federal, cuja execução é realizada de forma direta.

a) São todos os trabalhos de fiscalização executados pelo Sistema de Auditoria Interna, no âmbito da administração fe-deral, que avalia a correta aplicação dos recursos públicos.

b) São aquelas realizadas na administração direta e indireta integrantes do Orça-mento Geral da União visando avaliar o cumprimento das políticas públicas.

c) É aquela realizada pelos servidores em exercício no Sistema de Controle Inter-

no do Poder Executivo Federal e está subdividida em centralizada, descentra-lizada e integrada.

d) São fiscalizações e avaliações realizadas diretamente pelos órgãos envolvidos na execução das políticas públicas.

e) São trabalhos executados diretamente pelas auditorias internas das institui-ções federais diretas e indiretas, para avaliar o cumprimento da lei fiscal.

19. (ESAF – CGU – 2008)

Segundo a IN SFC/MF n. 001/2001, o pro-cedimento que tem por objetivo avaliar as ações gerenciais e os procedimentos rela-cionados ao processo operacional, ou parte dele, das unidades ou entidades da admi-nistração pública federal, programas de go-verno, projetos, atividades, ou segmentos destes, com a finalidade de emitir uma opi-nião sobre a gestão quanto aos aspectos da eficiência, eficácia e economicidade, procu-rando auxiliar a administração na gerência e nos resultados, por meio de recomendações que visem aprimorar os procedimentos, me-lhorar os controles e aumentar a responsa-bilidade gerencial, classifica-se como:

a) Auditoria de Avaliação da Gestão.b) Auditoria Contábil.c) Auditoria de Acompanhamento da Ges-

tão.d) Auditoria Operacional.e) Auditoria Especial.

20. (ESAF – CGU – 2006)

Nos termos da Instrução Normativa nº 001/2001, da Secretaria Federal de Contro-le, a Auditoria Governamental direta pode assumir as seguintes formas:

a) centralizada, descentralizada e integrada.b) simplificada, compartilhada e terceiriza-

da.c) concentrada, simplificada e difusa.d) concentrada, desconcentrada e delegada.e) simplificada, compartilhada e descon-

centrada.

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21. (ESAF – CGU – 2006)

De acordo com a IN SFC/MF nº 01/2001, as-sinale a opção que apresenta uma classifica-ção de auditoria incorreta.

a) Auditoria contábil.b) Auditoria de avaliação da gestão.c) Auditoria de acompanhamento da ges-

tão.d) Auditoria financeira.e) Auditoria especial.

Gabarito: 1. E 2. C 3. E 4. E 5. E 6. E 7. E 8. E 9. C 10. C 11. E 12. E 13. E 14. E 15. D 16. A 17. B  18. C 21. D 20. A 21. D

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NORMAS RELATIVAS À OPINIÃO DO SCI-PEF

Documentos de Auditoria

Solicitação de Auditoria

Documento utilizado para formalizar pedido de documentos, informações, justificativas e outros assuntos relevantes, emitido antes ou durante o desenvolvimento dos trabalhos de campo.

Registro das Constatações

É o documento destinado ao registro das verificações significativas detectadas no desenvolvimento dos trabalhos, a ser elaborado de forma concisa, com base em cada relatório. Objetiva possibilitar a criação de um banco de dados relevantes sobre os órgãos ou entidades, tais como:

a) irregularidades, deficiências e impropriedades; e

b) fatos que mereçam exames mais profundos, em outra oportunidade, por fugirem ao escopo dos trabalhos realizados.

Nota

Nota é o documento destinado a dar ciência ao gestor/administrador da área examinada, no decorrer dos exames, das impropriedades ou irregularidades constatadas ou apuradas no desenvolvimento dos trabalhos. Tem a finalidade de obter a manifestação dos agentes sobre fatos que resultaram em prejuízo à Fazenda Nacional ou sobre outras situações que necessitem de esclarecimentos formais.

Relatório

Os Relatórios constituem-se na forma pela qual os resultados dos trabalhos realizados são levados ao conhecimento das autoridades competentes, com as seguintes finalidades:

a) à direção, fornecendo dados para tomada de decisões sobre a política de área supervisionada;

b) às gerências executivas, com vistas ao atendimento das recomendações sobre as operações de sua responsabilidade;

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c) aos responsáveis pela execução das tarefas, para correção de erros detectados;

d) ao Tribunal de Contas da União, como resultado dos exames efetuados; e

e) a outras autoridades interessadas, dependendo do tipo ou forma de auditoria/fiscalização realizada.

Certificado

O Certificado é o documento que representa a opinião do Sistema de Controle Interno sobre a exatidão e regularidade, ou não, da gestão e a adequacidade, ou não, das peças examinadas, devendo ser assinado pelo Coordenador-Geral ou Gerente Regional de Controle Interno, ou ainda, autoridades de nível hierárquico equivalentes nos órgãos e unidades setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.

Parecer do Dirigente do Órgão de Controle Interno

É peça compulsória a ser inserida nos processos de tomada e prestação de contas, que serão remetidos ao Tribunal de Contas da União.

O parecer constitui-se na peça documental que externaliza a avaliação conclusiva do Sistema de Controle Interno sobre a gestão examinada, para que os autos sejam submetidos à autoridade ministerial que se pronunciará na forma prevista no artigo 52, da Lei nº 8.443/92.

O parecer consignará qualquer irregularidade ou ilegalidade constatada, indicando as medidas adotadas para corrigir as falhas identificadas, bem como avaliará a eficiência e a eficácia da gestão, inclusive quanto à economia na utilização dos recursos públicos.

Prof.  Me.  Rodrigo  Fontenelle  

Relatório  

• Por  quem  executa  o  trabalho.  (AFC)  

•  forma  pela  qual  os  resultados  dos  trabalhos  realizados  são  levados  ao  conhecimento  das  autoridades  competentes.  

Cer,ficado  

• Pelo  Coordenador-­‐Geral  ou  Gerente  Regional  de  Controle  Interno.  

•  representa  a  opinião  do  Sistema  de  Controle  Interno    

Parecer  

• Pelo  Dirigente  do  Órgão  de  Controle  Interno.  

• Peça  compulsória  em  TC  e  PC.  

• Externaliza  a  avaliação  conclusiva  do  Sistema  de  Controle  Interno.  

Documentos de Auditoria

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Normas relativas à Opinião

A opinião do Órgão ou Unidade de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve ser expressa por meio de Relatório, Parecer, Certificado ou Nota.

O Certificado de Auditoria será emitido na verificação das contas dos responsáveis pela aplicação, utilização ou guarda de bens e valores públicos, e de todo aquele que der causa à perda, subtração ou estrago de valores, bens e materiais de propriedade ou responsabilidade da União.

Os tipos de Certificado são:

I. Certificado de Regularidade – será emitido quando o Órgão ou Unidade de Controle Interno formar a opinião de que na gestão dos recursos públicos foram adequadamente observados os princípios da legalidade, legitimidade e economicidade.

II. Certificado de Regularidade com Ressalvas – será emitido quando o Órgão ou Unidade de Controle Interno constatar falhas, omissões ou impropriedades de natureza formal no cumprimento das normas e diretrizes governamentais, quanto à legalidade, legitimidade e economicidade e que, pela sua irrelevância ou imaterialidade, não caracterizem irregularidade de atuação dos agentes responsáveis.

III. Certificado de Irregularidade – será emitido quando o Órgão ou Unidade de Controle Interno verificar a não observância da aplicação dos princípios de legalidade, legitimidade e economicidade, constatando a existência de desfalque, alcance, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo quantificável para a Fazenda Nacional e/ou comprometam, substancialmente, as demonstrações financeiras e a respectiva gestão dos agentes responsáveis, no período ou exercício examinado.

O Órgão ou Unidade de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve emitir o Certificado de Auditoria levando em consideração a jurisprudência do Tribunal de Contas da União, suas súmulas e decisões julgadas em casos semelhantes, de modo a garantir adequada uniformidade de entendimento.

O Certificado de Auditoria ou Parecer, requer o atendimento dos seguintes requisitos:

I. indicar número do processo, exercício examinado, unidade gestora/entidade examinada;

II. citar, no parágrafo inicial, o escopo do trabalho em função do tipo de auditoria realizada;

III. registrar, no parágrafo intermediário, as impropriedades ou irregularidades que:

a) caracterizem a inobservância de normas legais e regulamentares;

b) afetem a gestão ou situação examinada;

c) comprometam a economicidade, legalidade e legitimidade da gestão ou situação examinada; e

d) resultem ou não em prejuízo à Fazenda Nacional.

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IV. observado o contido no parágrafo intermediário, concluir, no parágrafo final, emitindo opinião quanto à regularidade, ou não, da gestão examinada;

V. conter data do Certificado correspondente ao dia de sua emissão;

VI. conter assinatura do Coordenador-Geral ou Gerente Regional de Controle Interno, ou ainda, autoridades hierárquicas equivalentes nos órgãos e unidade setoriais do SCI-PEF; e

VII. no caso de auditoria contábil, conter o nome e o número de registro no Conselho Regional de Contabilidade do servidor do SCI-PEF que examinou as demonstrações financeiras.

Quando o Órgão ou Unidade de Controle Interno do Poder Executivo Federal não obtiver elementos comprobatórios suficientes e adequados, de tal modo que impeça-o de formar opinião quanto à regularidade da gestão, a opinião decorrente dos exames fica sobrestada, por prazo previamente fixado para o cumprimento de diligência pelo órgão ou entidade examinado, quando então, mediante novos exames, o SCI-PEF emitirá o competente Certificado. ATENÇÃO!!!

Neste caso, quando sobrestado o exame, o órgão do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve dar ciência da ocorrência ao Tribunal de Contas da União.

Na ocorrência de eventos ou transações subsequentes ao período examinado que, pela sua relevância, possam influir substancialmente na posição financeira e patrimonial da unidade ou entidade examinada, é indispensável que esses fatos sejam considerados em seu Certificado.

O Órgão ou Unidade de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve usar de toda acuidade e prudência no momento de definir o tipo de Certificado que emitirá como resultado dos trabalhos realizados.

Deve levar em conta, principalmente, que determinadas constatações relacionadas com falhas, omissões e impropriedades podem significar situações simplesmente impróprias, quando caberá a emissão de Certificado de Regularidade ou de Regularidade com Ressalvas, ou até mesmo irregulares, quando caberá a emissão de Certificado de Regularidade com Ressalvas ou de Irregularidade.

Tudo dependerá do acurado exame de todas as circunstâncias envolvidas na situação em julgamento, quando o Órgão ou Unidade de Controle Interno do Poder Executivo Federal terá de avaliar, em conjunto, fatores tais como: frequência da incidência no exercício; reincidência de constatação em exercícios anteriores; descumprimento a recomendações anteriores; evidência da intenção; ocorrência de prejuízo à Fazenda Nacional; jurisprudência de decisões do Tribunal de Contas da União na apreciação de casos semelhantes; e outros fatores que possam contribuir para a adequada definição do tipo de certificado a ser emitido.

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Questões

CESPE

1. (CESPE – TCU – 2013)

O órgão ou unidade de controle interno do Poder Executivo federal, ao emitir um rela-tório sobre os resultados dos trabalhos rea-lizados, faz uma comunicação que se desti-na não somente aos responsáveis e órgãos internos do ente auditado, mas também ao TCU e a outras autoridades interessadas e competentes.

( ) Certo   ( ) Errado

2. (CESPE – TCU – 2011)

No âmbito do sistema de controle interno do Poder Executivo, se o órgão auditado for beneficiário de recursos externos e não for-necer elementos comprobatórios suficien-tes e adequados que permitam ao auditor formar opinião sobre a regularidade de sua utilização, o exame das contas ficará sobres-tado por prazo indeterminado, com emis-são de certificado de irregularidade pelo sistema de controle interno.

( ) Certo   ( ) Errado

3. (MPU – Analista – 2010 – CESPE)

Um auditor identificou falhas de natureza formal nos demonstrativos contábeis, que não representaram prejuízo ao erário. Nes-sa situação, a opinião do auditor sobre as contas deve ser regular com ressalvas. Jul-gue CERTO ou ERRADO.

( ) Certo   ( ) Errado

4. (CESPE – SECGEPE – 2010)

A opinião do órgão ou da unidade do siste-ma de controle interno do Poder Executivo federal é expressa de diversas maneiras. Com respeito a esse tema, assinale a opção correta.

a) Parecer é um conjunto de sugestões ao gestor auditado, para melhorar o desempenho de órgão/entidade auditado(a).

b) Certificado de regularidade com res-salvas é expedido quando as irregula-ridades são consideradas de pequena monta para as dimensões de órgão/en-tidade auditado(a).

c) Independentemente do fato de a opi-nião ser emitida por um órgão ou uni-dade, a auditoria contábil é prerroga-tiva de profissional da área, registrado em CRC.

d) A nota é uma comunicação ao audita-do, ao final dos exames, das improprie-dades e irregularidades constatadas.

e) Relatório é a comunicação dos resulta-dos dos trabalhos realizados, em que o Tribunal de Contas da União (TCU) de-termina as providências a serem adota-das.

5. (IBRAM – Analista – 2009 – CESPE)

No que se refere a auditoria no setor públi-co, julgue os itens seguintes. Para emissão do certificado de regularidade, na gestão dos recursos públicos, deverá ser verificado o princípio da legalidade.

( ) Certo   ( ) Errado

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6. (CESPE – TCE-AC – 2008)

Sabendo que a auditoria governamental visa avaliar a gestão pública e a aplicação de recursos públicos e considerando os mode-los para elaboração de documentos no se-tor público, assinale a opção incorreta.

a) O registro das constatações de auditoria é um documento pós-auditoria destina-do a registrar as verificações significati-vas detectadas no desenvolvimento dos trabalhos, com base em cada relatório de auditoria.

b) O relatório de auditoria é o documento por meio do qual os resultados dos tra-balhos realizados são levados ao conhe-cimento das auditorias competentes.

c) A nota de auditoria é o documento des-tinado a dar ciência ao gestor da área examinada, ao final dos exames, das impropriedades ou irregularidades de-tectadas, proporcionando, assim, maior suporte à opinião do auditor na emis-são do seu parecer de auditoria.

d) O parecer de auditoria tem como fina-lidade consignar qualquer irregularida-de constatada, indicando as medidas a serem adotadas para corrigir as falhas identificadas.

e) O certificado de auditoria é o documen-to que representa a opinião dos mem-bros do sistema de controle interno sobre a exatidão e a regularidade da gestão, além da adequabilidade das pe-ças examinadas.

7. (CESPE – TCE-AC – 2008)

A auditoria do controle interno deve ser re-gistrada por meio de relatório, parecer, cer-tificado ou nota. Acerca desse assunto, assi-nale a opção correta.

a) No certificado de auditoria citam-se, no parágrafo final, as irregularidades que afetam a gestão.

b) O certificado de auditoria, no caso de auditoria contábil, dispensa o número do registro do auditor no Conselho Re-gional de Contabilidade.

c) É por meio do registro das constatações que os resultados dos exames realiza-dos pelo controle interno são levados ao conhecimento do TCU.

d) Os papéis de trabalho do auditor são do-cumentos que não podem ser obtidos a partir de qualquer outra fonte além das informações contidas em seus próprios trabalhos de auditoria e fiscalização.

e) O parecer do dirigente do órgão do con-trole interno é peça documental que externaliza a avaliação conclusiva do controle interno e deve ser inserida, compulsoriamente, nos processos de tomada e prestação de contas.

8. (CESPE – TJDFT – 2008)

A diferença entre o certificado de regulari-dade com ressalva e o de irregularidade, no setor público, a exemplo do que ocorre no setor privado, entre pareceres com ressal-va e adverso, depende não só da natureza, mas também da materialidade das circuns-tâncias. É o caso, por exemplo, de registros e demonstrações contábeis inadequados ou incorretos.

( ) Certo   ( ) Errado

ESAF

9. (ESAF – CGU – 2012)

Se compararmos as normas aplicáveis à au-ditoria independente com as normas apli-cáveis à auditoria no setor público, no que tange à emissão de opinião, é correto afir-mar que:

a) na auditoria independente, uma opi-nião deve ser sempre emitida.

b) grosso modo, uma opinião adversa equi-vale a um Certificado de Regularidade.

c) o auditor independente pode emitir sua opinião ou abster-se de fazê-lo.

d) ao lidar com fraudes contábeis, o audi-tor independente deve opinar pela irre-gularidade.

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e) apenas no setor público é possível a abstenção de opinião.

10. (ESAF – CGU – 2012)

O documento destinado a dar ciência ao ges-tor/administrador da área examinada, no de-correr dos exames, das impropriedades ou irregularidades constatadas no desenvolvi-mento dos trabalhos, é denominado:

a) Certificado.b) Parecer de Auditoria.c) Nota.d) Registro das Constatações.e) Solicitação de Auditoria.

11. (ESAF – SEFAZ-PI – 2009)

Na situação em que verificar a não obser-vância do princípio da economicidade na gestão financeira dos agentes responsáveis pela unidade auditada, constando desfal-que que comprometa significativamente as demonstrações financeiras do período exa-minado, a auditoria governamental deverá emitir:

a) Certificado de Regularidade com Ressalvasb) Certificado de Irregularidadec) Relatório de Abstenção de Opiniãod) Parecer Adversoe) Parecer de Ilegalidade

12. (ESAF – CGU – 2008)

Segundo a IN SFC/MF nº 001/2001, o docu-mento que representa a opinião do Sistema de Controle Interno sobre a exatidão e regu-laridade, ou não, da gestão e a adequacida-de, ou não, das peças examinadas, devendo ser assinado pelo Coordenador-Geral ou Gerente Regional de Controle Interno, ou ainda, por autoridades de nível hierárquico equivalentes nos órgãos e unidades seto-riais do Sistema de Controle Interno do Po-der Executivo Federal, denomina-se:

a) Certificado.b) Relatório.c) Parecer do Dirigente do Órgão de Con-

trole Interno.d) Registro das Constatações.e) Solicitação de Auditoria.

13. (ESAF – CGU – 2008)

De acordo com a IN SFC/MF n. 001/2001, a opinião do Órgão ou Unidade de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve ser expressa por meio dos seguintes instrumen-tos, exceto:

a) Certificado.b) Auto de Infração.c) Nota.d) Parecer.e) Relatório.

14. (ESAF – CGU – 2006)

No decorrer dos exames, o documento des-tinado a dar ciência ao gestor/administra-dor da área examinada, das impropriedades ou irregularidades constatadas ou apuradas no desenvolvimento dos trabalhos, com a fi-nalidade de obter a manifestação dos agen-tes sobre fatos que resultaram em prejuízo à Fazenda Nacional ou de outras situações que necessitem de esclarecimentos formais chama-se:

a) Nota.b) Solicitação de Auditoria.c) Relatório.d) Certificado.e) Parecer.

Gabarito: 1. C 2. E 3. C 4. C 5. E 6. C 7. E 8. C 9. C 10. C 11. B 12. A 13. B 14. A

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RESUMÃO

• As novas normas de auditoria, seguindo a convergência internacional, entraram em vigor em 01/01/2010.

• A adoção das normas é obrigatória e sua inobservância constitui infração disciplinar.

• O objetivo da Auditoria Independente é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.

• O auditor independente deve ser bacharel em Ciências Contábeis, registrado no CRC. Para auditoria em companhias abertas, além disso, deve ter o registro na CVM.

• São requisitos do auditor: ética; ceticismo; julgamento profissional; evidência de auditoria apropriada e suficiente; e condução de auditoria em conformidade com as NBC TA.

• Princípios Fundamentais de Ética: integridade; objetividade; competência e zelo profissional; confidencialidade e comportamento profissional.

• O auditor nunca conseguirá reduzir o risco de auditoria a zero, pois há limitações no trabalho de auditoria.

• Para o auditor não basta ter independência de pensamento. Também deve aparentar independência.

• Independência é a capacidade que o auditor tem de julgar e atuar com integridade e objetividade.

• Categorias que podem gerar ameaça à independência: interesse próprio; autorrevisão; defesa de interesse do cliente; familiaridade e intimidação.

• Quando são identificadas ameaças significantes devem ser definidas e aplicadas salvaguardas adequadas para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível aceitável.

• Apesar de existirem exceções, a rotação do sócio encarregado do trabalho e do revisor do controle de qualidade não deve ser superior a 5 anos, podendo retornar à equipe de auditoria após 2 anos.

• A auditoria interna deve estar ligada à alta administração (de preferência ao Conselho de Administração, quando existir) para que tenha a autonomia necessária na realização dos seus trabalhos.

• A Auditoria Interna tem como objetivo auxiliar a administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.

• A principal semelhança entre a Auditoria Interna e a Externa está relacionada aos métodos de trabalho, que, via de regra, são bastante parecidos.

• O documento principal do auditor interno é chamado de Relatório de Auditoria Interna. Deve ser imparcial e objetivo e contém recomendações à empresa auditada.

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• O relatório da Auditoria Interna deve ser apresentado a quem tenha solicitado o trabalho ou a quem este autorizar, devendo ser preservada a confidencialidade do seu conteúdo.

• A auditoria interna pode emitir relatório parcial, caso constate impropriedade / irregulari-dade / ilegalidade que necessite de providência imediata.

• A Auditoria Interna é exercida em pessoas jurídicas de direito público, interno ou externo, e de direito privado.

• A princípio, apenas quando o auditor interno estiver realizando auditoria contábil será exigida a formação em ciências contábeis e consequente registro no CRC.

• A finalidade da Auditoria Interna é agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, por meio da recomendação de soluções para as não conformidades apontadas nos relatórios.

• É atribuição da Auditoria Interna assessorar a administração da entidade nesse sentido, informando-a, sempre por escrito e de maneira reservada, sobre quaisquer indícios de irregularidades detectados no decorrer do trabalho.

• A prevenção de fraudes e erros não é atribuição principal, finalidade precípua, objetivo maior, e outras afirmações desse tipo, da Auditoria Interna. É da administração da empresa.

• O planejamento de auditoria interna deve seguir as diretrizes estabelecidas pela administração da entidade.

• O documento de planejamento do auditor interno é chamado de Programa de Trabalho e deve conter natureza, oportunidade, extensão, equipe técnica e necessidade do uso de especialistas.

• A análise de riscos da auditoria interna é feita na fase de planejamento, quando devem ser consideradas eventuais limitações da auditoria a ser realizada e também a extensão da responsabilidade do auditor interno no uso de especialistas.

• Para as normas de auditoria interna, as informações devem ser suficientes (factual e convicente), adequadas (melhor evidência alcançável), relevantes (suporta as conclusões) e úteis (auxilia a entidade).

• As normas de auditoria interna preveem, para os testes de observância, apenas as seguintes técnicas:

• Inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis.

• Observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução.

• Investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.

• O planejamento é a primeira fase da auditoria, é flexível e não se encerra com o início dos trabalhos de campo (execução da auditoria).

• Escopo é a profundidade e amplitude do trabalho para alcançar o objetivo da fiscalização, e é definido em função do tempo e dos recursos humanos e materiais disponíveis.

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• Os dois documentos de planejamento previstos pela NBC TA 300 são a Estratégia Global (mais amplo) e o Plano de Auditoria (mais específico).

• O Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo e iterativo, que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual.

• O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria sempre que necessário no curso da auditoria.

• A definição da estratégia global de auditoria e o plano de auditoria detalhado não são necessariamente processos isolados ou sequenciais, estando intimamente relacionados.

• Na Estratégia Global são determinadas a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho.

• Já no Plano de Auditoria são definidas a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de trabalho.

• Programa de Auditoria é o plano de ação detalhado, um guia de auditoria, que pode ser específico ou padronizado. Ex.: Check-list.

• Em uma auditoria inicial, além de todos os fatores comumente analisados, o auditor também deverá tomar alguns cuidados extras, como a verificação do saldo inicial das demonstrações financeiras e a verificação dos papéis de trabalho do auditor antecessor, quando possível.

• Os programas de trabalho devem ser estruturados de forma a servir como guia e meio de controle de execução do trabalho, devendo ser revisados e atualizados sempre que as circunstâncias o exigirem.

• Os testes de auditoria podem ser classificados em testes de observância (também chamados de controle ou aderência) e testes substantivos (procedimentos substantivos).

• Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações.

• Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações. Divide-se em: Testes de Detalhes e Procedimentos de Revisão Analítica.

• Inspeção de registros e documentos envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo.

• Recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros. Pode ser realizado manual ou eletronicamente.

• Observação consiste no exame de processo ou procedimento executado por outros.

• Indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade.

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• Confirmação Externa representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra mídia. Pode ser Positiva (quando exige uma resposta da parte que confirma) ou Negativa (quando a parte só precisa responder se discordar).

• A Confirmação Positiva pode ser Preta (quando se colocam os valores que serão confirmados) ou Branca (quando não se colocam).

• Revisão Analítica objetiva verificar o comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situações ou tendências atípicas.

• Reexecução envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade.

• As não conformidades ou distorções encontradas nas DC podem ser de quatro tipos: saldo superavaliado, saldo subavaliado, saldo fictício e saldo oculto.

• A experiência tem demonstrado que se devem dirigir os testes principais de superavaliação para as contas devedoras (ativo, despesas) e os de subavaliação para as contas credoras (passivo, receitas).

• No teste para superavaliação, o auditor parte do valor registrado no livro-razão geral para o documento-suporte da transação. Já no teste para subavaliação, o auditor parte desse documento para o valor registrado no livro-razão geral.

• Ativo fictício é quando bens e direitos existem apenas no Balanço Patrimonial, mas de fato não constam no patrimônio da empresa. Já o Passivo fictício seria uma obrigação que somente consta nas demonstrações contábeis, mas já foi quitada ou de fato não existe.

• Podem existir direitos e obrigações que de fato existem, mas não estão registrados na contabilidade da empresa. Nesse caso, dá-se o nome de Ativos ocultos e Passivos ocultos, respectivamente.

• São objetivos da aplicação de programas de auditoria em contas do ativo, verificar integridade, existência, propriedade, precisão, valorização e apresentação.

• Documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria executados, da evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor.

• Arquivo de auditoria compreende uma ou mais pastas ou outras formas de armazenamento, em forma física ou eletrônica, as quais contêm os registros que constituem a documentação de trabalho específico.

• A documentação de auditoria fornece a evidência da base do auditor para uma conclusão quanto ao cumprimento do objetivo global do auditor e evidência de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis.

• Explicações verbais do auditor não representam documentação adequada para o trabalho executado pelo auditor ou para as conclusões obtidas, mas podem ser usadas para explicar ou esclarecer informações contidas na documentação de auditoria.

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• Um limite de tempo apropriado para concluir a montagem do arquivo final de auditoria geralmente não ultrapassa 60 dias após a data do relatório do auditor.

• O período de retenção da documentação de auditoria geralmente não é inferior a cinco anos, a contar da data do relatório do auditor.

• Os papéis de trabalho podem ser classificados quanto à sua natureza em: i) Correntes, que são aqueles utilizados apenas no exercício social objeto da auditoria e ii) Permanentes, quando são utilizados em mais de um período.

• Amostragem estatística é a abordagem à amostragem com as seguintes características: (a) seleção aleatória dos itens da amostra; e (b) o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras, incluindo a mensuração do risco de amostragem.

• Amostragem não estatística é aquela em que a amostra é determinada pelo auditor utilizando sua experiência, critério e conhecimento da entidade.

• A representatividade é uma característica fundamental para a amostra, que depende da forma de seleção e do tamanho da amostra.

• Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.

• Risco não resultante da amostragem é o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea por qualquer outra razão que não seja relacionada ao risco de amostragem.

• Anomalia é a distorção ou o desvio que é comprovadamente não representativo em uma população.

• Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que constituem uma população.

• Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes.

• O objetivo da estratificação é reduzir a variabilidade dos itens de cada estrato e, portanto, permitir que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o risco de amostragem.

• Na Estratificação, os resultados dos procedimentos de auditoria aplicados a uma amostra de itens dentro de um estrato só podem ser projetados para os itens que compõem esse estrato.

• Não se recomenda a utilização de amostragem quando: a) a população é considerada muito pequena e a sua amostra fica relativamente grande; b) as características da população são de fácil mensuração, mesmo que a população não seja pequena; e c) há necessidade de alta precisão.

• Afeta a Eficácia da auditoria: quando os controles são considerados mais eficazes do que realmente são ou quando não se detectou distorção relevante, mas ela existe.

• Afeta a Eficiência da auditoria: quando os controles são considerados menos eficazes do que realmente são ou quando se detectou distorção relevante, mas ela não existe.

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• Ao planejar e determinar a amostra de auditoria, o auditor deverá considerar os seguintes aspectos: a) objetivos da auditoria; b) população; c) estratificação; d) tamanho da amostra; e) risco da amostragem; f) erro tolerável; e g) erro esperado.

• A amostragem em auditoria pode ser aplicada usando tanto a abordagem de amostragem não estatística como a estatística.

• Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra.

• Quanto menor a taxa tolerável de desvio que o auditor irá aceitar, maior o tamanho da amostra que precisará testar.

• Quanto mais alta for a taxa esperada de desvio, maior o tamanho da amostra para que o auditor esteja em posição de fazer uma estimativa razoável dessa taxa.

• Quanto maior for o nível de segurança que o auditor espera que os resultados da amostra sejam de fato indicativos com relação à incidência real de desvio na população, maior deve ser o tamanho da amostra.

• Quanto mais segurança o auditor pretende obter da efetividade dos controles, menor a avaliação do auditor quanto ao risco de distorção relevante e maior deve ser o tamanho da amostra.

• Quanto menor for a distorção tolerável aceita pelo auditor, maior deverá ser o tamanho da amostra.

• Quanto mais alta for a avaliação do risco de distorção relevante, maior deve ser o tamanho da amostra.

• Quanto maior for o valor da distorção que o auditor espera encontrar na população, maior deve ser o tamanho da amostra para se fazer uma estimativa razoável do valor real de distorção na população.

• Quanto mais o auditor confia em outros procedimentos substantivos para reduzir a um nível aceitável o risco de detecção relacionado com uma população em particular, menos segurança precisa da amostragem e, portanto, menor pode ser o tamanho da amostra.

• São métodos de seleção da amostra: a) aleatória; b) sistemática; c) unidade monetária; d) ao acaso; e e) bloco.

• Eventos subsequentes são eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente, e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório.

• O auditor independente deve executar procedimentos de auditoria desenhados para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente de que todos os eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente que precisam ser ajustados ou divulgados nas demonstrações foram identificados.

• O auditor independente não tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis após a data do seu relatório. Entretanto, após a conclusão do seu relatório, mas antes da publicação das demonstrações, se tomar conhecimento de fato que poderia tê-lo levado a alterar sua opinião, deve discutir o

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assunto com a administração e caso as demonstrações sejam alteradas, executar novos procedimentos de auditoria nos pontos modificados.

• Nesse caso, o auditor deve alterar o relatório para incluir data adicional restrita a essa alteração, que indique que os procedimentos do auditor independente sobre os eventos subsequentes estão restritos unicamente às alterações descritas na nota explicativa.

• Se esses fatos chegarem ao conhecimento do auditor após a publicação das demonstrações, além dos procedimentos adotados nos itens anteriores, o auditor deve verificar quais as ações implementadas pela empresa para que todos que tiveram acesso às demonstrações retificadas sejam informados dessa nova situação.

• São formas de opinião do auditor: sem ressalvas, com ressalvas, adversa ou abstenção de opinião.

• Quando o auditor modificar sua opinião ele deve, antes do parágrafo da opinião, incluir um parágrafo para fornecer uma descrição do assunto que deu origem à modificação. Esse parágrafo deve ter a denominação de “base para opinião com ressalva”; “base para opinião adversa” ou “base para abstenção de opinião”.

• Parágrafo de Ênfase refere-se a um assunto apropriadamente apresentado nas DC que, de acordo com o julgamento do auditor, é de tal importância para o entendimento do usuário, que justifica que se chame a atenção para o assunto. Deve ser inserido imediatamente após o parágrafo de opinião, com o título “Ênfase”.

• Estrutura de um relatório de auditoria independente: 1) Introdução; 2) Parágrafo de Responsabilidade da Administração; 3) Parágrafo de Responsabilidade do Auditor; 4) Base para a modificação da opinião do auditor (não tem em relatório sem ressalvas); 5) Opinião do Auditor; 6) Parágrafo de Ênfase (a critério do auditor); e 7) Parágrafo de Outros Assuntos (a critério do auditor).

• O relatório do auditor independente não pode ter data anterior à data em que ele obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar a sua opinião.

Natureza do assunto que gerou a modificação

Julgamento do auditor sobre a disseminação de forma generalizada dos efeitos ou possíveis efeitos sobre as

demonstrações contábeis

Relevante, mas não generalizado Relevante e generalizado

As demonstrações contábeis apresentam distorções

relevantesOpinião com ressalva Opinião adversa

Impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente

Opinião com ressalva Abstenção de opinião

• A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

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• Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

• O SCI-PEF tem as seguintes finalidades:

I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;

II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e nas entidades da Administração Pública Federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;

IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

• São atividades complementares do SCI-PEF, e não finalidades: a elaboração da PCPR, o controle social, a auditoria de Tomada de Contas Especial, análise de Processos de Pessoal, avaliação das Unidades de Auditoria Interna e diligências.

• Tipos de Auditoria: Avaliação da Gestão, Acompanhamento da Gestão, Contábil, Operacional e Especial.

• Auditoria de Avaliação da Gestão: regularidade das contas. Verifica a execução de contratos, acordos, convênios e ajustes.

• Auditoria de Acompanhamento da Gestão: ao longo do processo de gestão. Tempo real. Previne gargalos.

• Auditoria Contábil: controle do patrimônio, registros contábeis e aplicação de recursos externos oriundos de organismos internacionais.

• Auditoria Operacional: procedimentos relacionados ao processo operacional. Avalia programas de governo, projetos e atividades. Emite opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da eficiência, eficácia e economicidade. Atividade de assessoramento ao gestor público.

• Auditoria Especial: situações relevantes de natureza incomum ou extraordinária. Demais trabalhos.

• Formas de execução: Direta (centralizada, descentralizada ou integrada), Indireta (compartilhada ou terceirizada) e Simplificada.

• Centralizada: órgão central ou setoriais.

• Descentralizada: unidades regionais ou setoriais.

• Integrada: órgãos e unidades do SCI-PEF em conjunto.

• Compartilhada: SCI-PEF + órgãos/instituições públicas ou privadas.

• Terceirizada: auditoria externa (independente).

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• Simplificada: exame de processo e meio eletrônico. Relação custo/beneficio. Indicadores de desempenho.

• Solicitação de Auditoria: formaliza pedido de documentos. Antes ou durante os trabalhos de campo.

• Nota: documento destinado a dar ciência ao gestor da área examinada, no decorrer dos exames, das impropriedades ou irregularidades constatadas ou apuradas no desenvolvimento dos trabalhos.

• Relatório: forma pela qual os resultados dos trabalhos realizados são levados ao conhecimento das autoridades competentes.

• Certificado: representa a opinião do Sistema de Controle Interno sobre a exatidão e regularidade, ou não, da gestão e a adequacidade, ou não, das peças examinadas.

• Parecer: peça documental que externaliza a avaliação conclusiva do Sistema de Controle Interno sobre a gestão examinada.

• A opinião do Órgão ou Unidade de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve ser expressa por meio de Relatório, Parecer, Certificado ou Nota.

• Certificado pode ser:

• de regularidade: gestão observou os princípios da legalidade, legitimidade e economicidade.

• de regularidade com ressalvas: há falhas, omissões ou impropriedades de natureza formal, mas irrelevantes ou imateriais.

• de irregularidade: existência de desfalque, alcance, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo quantificável.

• Quando o auditor não obtiver elementos comprobatórios suficientes e adequados, de tal modo que impeça-o de formar opinião quanto à regularidade da gestão, a opinião fica sobrestada. NÃO EXISTE CERTIFICADO COM ABSTENÇÃO DE OPINIÃO!