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Auditoria p/ Receita Federal Exercícios Comentados Prof. Claudenir Brito e Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 00 Prof. Claudenir Brito Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 42 AULA 00: Auditoria Interna versus Auditoria Externa. Conceito, Objetivos, Responsabilidades, Funções, Atribuições. SUMÁRIO PÁGINA Apresentação 1 Análise da prova anterior (2009) 3 Cronograma 4 Questões ESAF 5 Outras questões 19 Relação de questões comentadas na aula 31 Olá, Pessoal! Meu nome é Rodrigo Fontenelle e sou Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU), lotado em Brasília/DF. Sou professor de Auditoria Privada, Governamental e Técnicas de Controle em cursos presenciais preparatórios para concursos públicos em MG e DF, além de cursos online. Foi com muita satisfação que recebi o convite do Prof. Claudenir, companheiro na CGU, para ingressar no time do ESTRATÉGIA CONCURSOS e, assim, elaborarmos os cursos de auditoria em conjunto. Estamos escrevendo um livro juntos, que deverá ser lançado no final do ano, e tenho certeza que esse entrosamento só irá contribuir para a qualidade das aulas e, consequentemente, para o sucesso de vocês concurseiros na hora da prova. Meu nome é Claudenir Brito, e fui militar do Exército Brasileiro por quase 17 anos, saindo em 2008, no posto de Capitão. Atualmente, sou o Auditor-Chefe da Auditoria Interna do DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes , Autarquia vinculada ao Ministério dos Transportes. Sou Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União, aprovado em 15º lugar no concurso de 2008, e professor de Auditoria Governamental e Privada, além de Controle Externo, em cursos preparatórios na capital do país, no Rio de Janeiro e em Salvador. Ah, e professor no Estratégia, claro. Como já havia comentado na área aberta do site, convidei o Prof. Rodrigo Fontenelle para uma parceria nas aulas do Estratégia por alguns motivos: estamos escrevendo um livro em coautoria, conheço

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AULA 00: Auditoria Interna versus Auditoria

Externa. Conceito, Objetivos, Responsabilidades,

Funções, Atribuições.

SUMÁRIO PÁGINA

Apresentação 1

Análise da prova anterior (2009) 3

Cronograma 4

Questões ESAF 5

Outras questões 19

Relação de questões comentadas na aula 31

Olá, Pessoal!

Meu nome é Rodrigo Fontenelle e sou Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU), lotado em Brasília/DF. Sou

professor de Auditoria Privada, Governamental e Técnicas de Controle em cursos presenciais preparatórios para concursos públicos em MG e

DF, além de cursos online.

Foi com muita satisfação que recebi o convite do Prof. Claudenir, companheiro na CGU, para ingressar no time do ESTRATÉGIA

CONCURSOS e, assim, elaborarmos os cursos de auditoria em conjunto.

Estamos escrevendo um livro juntos, que deverá ser lançado no final do ano, e tenho certeza que esse entrosamento só irá contribuir para

a qualidade das aulas e, consequentemente, para o sucesso de vocês concurseiros na hora da prova.

Meu nome é Claudenir Brito, e fui militar do Exército Brasileiro por

quase 17 anos, saindo em 2008, no posto de Capitão.

Atualmente, sou o Auditor-Chefe da Auditoria Interna do DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes –, Autarquia

vinculada ao Ministério dos Transportes. Sou Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União, aprovado em 15º lugar no

concurso de 2008, e professor de Auditoria Governamental e Privada, além de Controle Externo, em cursos preparatórios na capital do país,

no Rio de Janeiro e em Salvador. Ah, e professor no Estratégia, claro.

Como já havia comentado na área aberta do site, convidei o Prof.

Rodrigo Fontenelle para uma parceria nas aulas do Estratégia por alguns motivos: estamos escrevendo um livro em coautoria, conheço

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o trabalho dele e sei que é excelente professor e excelente profissional da carreira da CGU, além de ser um cara muito gente

boa.

Feitas as apresentações, vamos falar um pouco de como será desenvolvido o curso. Nossa proposta é abordar toda a matéria

cobrada no último edital da Receita Federal do Brasil, a partir da resolução de mais de duzentos exercícios. Acreditamos que essa é a

melhor forma de fixar a matéria e, a partir da verificação dos pontos

que não estão tendo um bom aproveitamento, voltar na teoria e consolidar o aprendizado.

Como vocês já sabem, a contabilidade passa por um processo de

fortes mudanças, com a convergência das normas brasileiras nas normas internacionais (IFRS) emitidas pelo International Accounting

Standards Board – IASB, comitê responsável pela normatização da área contábil internacional. Por essa razão, o Conselho Federal de

Contabilidade – CFC tem emitido, desde 2009, diversas resoluções no intuito de adaptar as novas Normas Brasileiras de Contabilidade

(NBC) às Normas Internacionais.

A Auditoria, por ser uma técnica contábil, também passa por esse processo. Nos últimos anos foram emitidas novas normas brasileiras -

técnicas e profissionais - relacionadas à Auditoria, denominadas NBC

TA e NBC PA. Nesse sentido, as provas de concursos públicos, no que diz respeito a essa disciplina, vêm passando por mudanças na forma

de abordagem de suas questões, adotando as novas nomenclaturas e cobrando, muitas vezes, o conhecimento literal da nova

normatização, como veremos no decorrer das resoluções das questões.

Entendemos que, por ser um curso voltado para a RFB, quanto mais

questões da ESAF trouxermos para vocês, melhor será o entendimento de como essa banca tem cobrando a disciplina

auditoria nos concursos por ela realizados. Entretanto, como vocês também já sabem, não há tantas provas de auditoria recentes

elaboradas pela ESAF, o que fez com que adotássemos a seguinte postura.

Traremos o maior número de questões possíveis dessa banca, em cada tema, mesmo tendo que recorrer a provas mais antigas.

Acordamos com vocês, a partir de agora, em resolver pelo menos 30 questões a cada aula e, quando não existirem esse número de

exercícios da ESAF, buscaremos questões de outras bancas.

Considerando as mudanças ocorridas nas normas de auditoria, já mencionadas aqui, destacaremos, em cada questão que tenha sido

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elaborada a partir da legislação revogada, as diferenças em relação às normas atuais, destacando os principais pontos que vocês deverão

ficar atentos a partir da implementação da nova legislação.

Como sempre falamos antes das aulas, nosso objetivo aqui não é ensinar auditoria, mas fazer questões de auditoria. Pra quem ainda

não tem uma familiaridade muito grande com a disciplina, verão que as questões se repetem ao longo dos anos. Dessa forma, focando nos

principais temas que sempre estão presentes nas provas,

conseguirão, de forma objetiva, interpretar e resolver as questões.

Assim como em uma auditoria, o processo de estudo pra concurso deve ser baseado na gestão de risco. Vocês têm pelo menos 15

outras disciplinas pra estudar e, mesmo que consigam ver tudo, terão que focar em alguma coisa. Nossa responsabilidade, aqui, é fazer

essa gestão de risco (na disciplina Auditoria, é claro) pra vocês.

Dessa forma, procuraremos focar nos temas mais cobrados nas provas. Por isso, não se assustem se determinados tópicos de cada

aula tiverem apenas uma ou duas questões, e outros apresentarem oito, dez. Isso será proposital e baseado na nossa análise acerca da

probabilidade de cobrança de cada tema, a partir de provas anteriores.

Análise da prova anterior da RFB (2009)

A prova anterior contou com 20 questões, peso 2, com um mínimo de 8 acertos, como vimos. A banca tentou abordar as questões a partir

de casos práticos que versavam acerca dos seguintes assuntos:

Assunto Número de questões

Responsabilidades do auditor 1

Eventos subsequentes 1

Carta de responsabilidade da Administração

(Representação Formal*) 1

Tipos de testes em áreas específicas 2

Amostragem 2

Ética 2

Procedimentos de auditoria 3

Parecer (Relatório do Auditor Independente*) 4

Normas de auditoria 4

Total 20 *Novas nomenclaturas a partir da legislação vigente atualmente.

Como podemos observar, as matérias mais cobradas foram os procedimentos de auditoria, os pareceres e as normas em geral, o

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que é comum nas provas de auditoria privada. Entretanto, é importante sabermos que, em Auditoria, também é comum que

algumas questões acabem tratando de mais de um assunto, o que foi o caso nessa prova.

Cronograma

O curso será dividido didaticamente em 8 aulas, além desta

inaugural, da seguinte forma:

Aula demonstrativa (22/04/12)

Auditoria Interna versus Auditoria Externa. Conceito, Objetivos, Responsabilidades, Funções, Atribuições (item 2 do edital).

Aula 1 (29/04/12)

Aspectos Gerais. Normas de Auditoria. Ética Profissional, Responsabilidade Legal, Objetivo, Controle de Qualidade (item 1 do

edital).

Aula 2 (06/05/12) Desenvolvimento do Plano de Auditoria. Estratégia de Auditoria,

Sistema de Informações, Controle Interno, Risco de Auditoria (item 3 do edital). Fraudes e erros. Relevância e Materialidade (sem cobrança

explícita no edital).

Aula 3 (13/05/12)

Testes e procedimentos de auditoria (itens 4 e 5 do edital).

Aula 4 (20/05/12) Tipos de Teste em Áreas Específicas das Demonstrações Contábeis:

Caixa e Bancos, Clientes, Estoques, Investimentos, Imobilizado, Fornecedores, Advogados, Seguros, Folha de Pagamentos (item 6 do

edital).

Aula 5 (27/05/12) Amostragem Estatística: Tipos de Amostragem, Tamanho da

Amostra, Risco de Amostragem, Seleção da Amostra, Avaliação do Resultado do Teste (item 7 do edital).

Aula 6 (03/06/12) Representações formais: objetivo, conteúdo (item 8 do edital).

Documentação de Auditoria (sem cobrança explícita no edital). Princípios de Contabilidade (sem cobrança explícita no edital).

Aula 7 (10/06/12)

Uso do Trabalho de Outros Profissionais: outro Auditor Independente, Auditor Interno, Especialista de Outra Área (item 9 do edital) e

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Eventos Subsequentes (item 10 do edital). Continuidade Operacional. Contingências. Estimativas Contábeis. (sem cobrança explícita no

edital).

Aula 8 (17/06/12) Relatório do Auditor Independente. Opinião não modificada e

modificada, Estrutura, Elementos (item 11 do edital).

Seguindo esse cronograma, a previsão é que nosso curso dure em

torno de 2 meses. Bom, feitas essas considerações, vamos ao que interessa: questões!

Sejam bem-vindos ao nosso curso.

1 - (ESAF / CVM / 2010) - A respeito da elaboração e divulgação das demonstrações financeiras, com base em

padrões contábeis internacionais, é correto afirmar: a) a adoção de padrões internacionais de contabilidade na elaboração

e divulgação das demonstrações financeiras é obrigatória para as Companhias Abertas cujo capital social seja de propriedade de

companhias com sede no exterior. b) a adoção de padrões contábeis internacionais por parte das

Companhias Abertas é opcional para o exercício findo em 2010 e

obrigatório a partir do exercício findo em 2011. c) somente as Companhias Abertas com ações em bolsa deverão, a

partir do exercício findo em 2010, apresentar as demonstrações financeiras consolidadas de acordo com os padrões contábeis

internacionais. d) é opcional às Companhias Abertas a adoção dos padrões

internacionais de contabilidade, desde que cumpram com as normas da legislação societária.

e) a partir do exercício findo em 2010, as Companhias Abertas deverão apresentar suas demonstrações financeiras consolidadas

adotando o padrão contábil internacional.

Comentários: Segundo o art. 1º da Instrução CVM 457/2007, “as companhias

abertas deverão, a partir do exercício findo em 2010, apresentar as

suas demonstrações financeiras consolidadas adotando o padrão contábil internacional, de acordo com os pronunciamentos emitidos

pelo International Accounting Standards Board – IASB”. Cabe observar que as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à

Auditoria Independente (NBC PA e NBC TA) são aplicadas, segundo o Conselho Federal de Contabilidade, para os exercícios iniciados em ou

após 1º de janeiro de 2010. Ressalta-se, entretanto, que para pequenas e médias empresas não reguladas, esse prazo foi

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prorrogado em um ano, podendo as mesmas se utilizar da legislação anterior para exercícios que se encerrem até 31/12/2011, conforme

Resolução CFC nº 1325/2011. Dessa forma, a letra “a” está errada, pois o local onde a sede da

empresa está localizada não é critério para a adoção da nova legislação. Independente de estar listada em bolsa de valores ou não,

todas as empresas de capital aberto são obrigadas a adotarem as novas normas para exercícios findados em 2010, o que torna a letra

“c” incorreta. As letras “b” e “d” estão erradas por irem de encontro

ao que é exposto na letra “e”, a opção correta. Resposta: Letra E

2 - (ESAF / SEFAZ/SP - APOFP / 2009) - Sobre a auditoria

independente, é correto afirmar que tem por objetivo: a) auxiliar a administração da entidade no cumprimento de seus

objetivos. b) apresentar subsídios para o aperfeiçoamento da gestão e dos

controles internos. c) emitir parecer sobre a adequação das demonstrações contábeis.

d) levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a justa solução do litígio.

e) recomendar soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios.

Comentários: Questão bastante comum em provas de auditoria. Para respondê-la,

basta saber o objetivo de uma auditoria independente, que é, segundo a NBC TA 200, “aumentar o grau de confiança nas

demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as

demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório

financeiro aplicável”. (grifos nossos) Deve-se ressaltar que a questão ainda traz a opinião do auditor

independente com a nomenclatura antiga (“Parecer”), pois foi elaborada antes da nova normatização. A partir da edição da NBC TA

700, o produto do auditor independente, por meio do qual ele manifesta sua opinião, passou a chamar Relatório do Auditor

Independente.

As letras “a”, “b”, “d” e “e” são características e/ou objetivos da Auditoria Interna, conforme veremos em questões mais adiante.

Resposta: Letra C

3 - (ESAF / SUSEP / 2010) - Com relação à atividade profissional do auditor externo, pode-se afirmar que:

I. o auditor externo, ao realizar a auditoria em entidade seguradora, pode ter nível de parentesco até segundo grau com os

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administradores e gestores da entidade auditada, desde que declare para a SUSEP, CVM e CFC, antes do início da auditoria, este vínculo.

II. todo auditor externo, registrado no Conselho Federal de Contabilidade, que tenha registro no CNAI – Cadastro Nacional de

Auditores Independentes, pode realizar auditoria em Seguradoras e Entidade de Previdência Complementar Aberta.

III. para ser auditor responsável pelos trabalhos, exercendo a função de sócio de auditoria, o auditor deve ter formação em nível superior

nos cursos de administração de empresas ou contabilidade.

Assinale a opção correta, com relação às afirmativas acima. a) Somente a I e II são verdadeiras.

b) Somente I e III são falsas. c) Todas são verdadeiras.

d) Somente II e III são falsas. e) Todas são falsas.

Comentários:

Para responder a essa questão, além de conhecimento das normas profissionais de auditoria, era necessário o conhecimento de

legislação específica das seguradoras, por se tratar de prova da SUSEP. De qualquer forma, já dá pra tirarmos algumas informações a

respeito da atividade profissional do auditor independente. De acordo com a NBC PA 290, a independência do auditor pode ser

afetada por ameaças de familiaridade que ocorre quando, em virtude

de relacionamento estreito com uma entidade auditada, com seus administradores, com diretores ou com empregados, a entidade de

auditoria ou membro da equipe de auditoria passa a se identificar, demasiadamente, com os interesses da entidade auditada. A norma

fala em familiar imediato (cônjuge e todos os dependentes, financeiramente, dos membros da equipe de auditoria) e não em grau

de parentesco. Dessa forma, o item I está errado. A Resolução nº 118 do Conselho Nacional de Seguros Privados

(CNSP), lista uma série de situações em que é vedada a contratação e a manutenção de auditor independente por parte das sociedades

supervisionadas. Dessa forma, não é todo o auditor externo que pode realizar auditoria em Seguradoras e Entidade de Previdência

Complementar Aberta. Portanto, o item II está errado. Por fim, o item III também é falso, pois, o auditor responsável pelos

trabalhos de auditoria deve ser bacharel em ciências contábeis,

conforme determina o § 1º da Resolução CFC nº 560/83, o qual estabelece que são atribuições privativas dos contadores as

atividades de auditoria interna, externa e perícia, entre outras. Dessa forma, não é permitido aos técnicos em contabilidade nem a

profissional com qualquer outra graduação que não seja em contabilidade o exercício dessas atividades.

Resposta: E

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4 - (ESAF / RECEITA FEDERAL / 2009) - Com relação aos relatórios de auditoria interna, pode-se afirmar que:

a) podem considerar posições de interesse da administração e dos gestores, sendo conduzidos aos interesses desses.

b) devem estar disponíveis a qualquer administrador da empresa, sem restrição.

c) podem relatar parcialmente os riscos associados aos possíveis pontos a serem levantados pela auditoria externa.

d) somente devem ser emitidos antes do final dos trabalhos, quando

houver irregularidades que requeiram ações imediatas. e) não devem ser emitidos antes do final dos trabalhos, por não

possuírem informações completas.

Comentários: Segundo o item 12.3 da NBC TI 01 (antiga NBC T12), o relatório é “o

documento pelo qual a Auditoria Interna apresenta o resultado dos seus trabalhos, devendo ser redigido com objetividade e

imparcialidade, de forma a expressar, claramente, suas conclusões, recomendações e providências a serem tomadas pela administração

da entidade.” (Grifos nossos). Dessa forma, a alternativa “a” está errada, pois o auditor interno deve ser imparcial em seu trabalho.

A mesma norma determina que “o relatório da Auditoria Interna deve ser apresentado a quem tenha solicitado o trabalho ou a quem este

autorizar, devendo ser preservada a confidencialidade do seu

conteúdo”, devendo, portanto, a letra “b” ser considerada incorreta. Por fim, a norma supracitada indica que “a Auditoria Interna deve

avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial, na hipótese de constatar impropriedades/irregularidades/ ilegalidades que

necessitem providências imediatas da administração da entidade, e que não possam aguardar o final dos exames.” Deste modo, a

alternativa “c” e “e” estão erradas e a letra “d” corresponde exatamente à oportunidade em que deve ser emitido o relatório

parcial. Resposta: D

5 - (ESAF / RECEITA FEDERAL / 2009) - A responsabilidade

primária na prevenção e detecção de fraudes e erros é: a) da administração.

b) da auditoria interna.

c) do conselho de administração. d) da auditoria externa.

e) do comitê de auditoria. Comentários:

Segundo a NBC T 11, norma vigente quando da aplicação dessa prova, a responsabilidade primária na prevenção e identificação de

fraudes e erros é da administração da entidade, através da implementação e manutenção de adequado sistema contábil e de

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controle interno. Entretanto, o auditor deve planejar seu trabalho de forma a detectar fraudes e erros que impliquem efeitos relevantes

nas demonstrações contábeis. Embora essa norma tenha sido revogada, o item 4 da NBC TA 240

(vigente) estabelece que “a principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da entidade

e da sua administração”. Por fim, conforme verificamos na NBC TI 01, a Auditoria Interna

“deve assessorar a administração da entidade no trabalho de

prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou

confirmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho.” (grifos nossos)

Resposta: A

6 - (ESAF / PMRJ / 2010) - A respeito dos objetivos da auditoria interna e da auditoria independente, é correto

afirmar que: a) o objetivo da auditoria interna é apoiar a administração da

entidade no cumprimento dos seus objetivos, enquanto o da auditoria independente é a emissão de parecer sobre as demonstrações

contábeis. b) a auditoria interna se preocupa em avaliar os métodos e as

técnicas utilizadas pela contabilidade, enquanto a auditoria externa

cuida de revisar os lançamentos e demonstrações contábeis. c) a atuação de ambas não difere na essência uma vez que os

objetivos da avaliação é sempre a contabilidade. d) a auditoria interna cuida em verificar os aspectos financeiros da

entidade, enquanto a auditoria externa se preocupa com os pareceres a respeito das demonstrações contábeis.

e) o objetivo da auditoria interna é produzir relatórios demonstrando as falhas e deficiências dos processos administrativos e os da

auditoria externa é emitir parecer sobre a execução contábil e financeira da entidade.

Comentários:

Pessoal, essa é uma típica questão de prova, quando o assunto é a diferenciação entre auditoria interna e externa. Para respondê-la não

era necessário um conhecimento mais profundo das principais

diferenças entre esses dois tipos de auditoria, mas apenas o entendimento dos seus objetivos.

Segundo a NBC TA 200, o objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é

alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em

todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.

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Já a auditoria interna (NBC TI 01) compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente

estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de

informações e de controles internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da

entidade no cumprimento de seus objetivos. Portanto, pessoal, a partir de agora não dá pra errar!

Dessa forma, a única alternativa que demonstra de forma correta e

completa os principais objetivos dessas duas auditorias é a letra “a”, ressalvando, apenas, que o produto final do auditor independente

agora é chamado de Relatório e não mais de Parecer. A alternativa “b” está errada, pois a auditoria externa não revisa os

lançamentos das demonstrações contábeis, apenas emite uma opinião e a auditoria interna tem uma função muito mais ampla do

que avaliar as técnicas utilizadas pela contabilidade. A letra “c” está incorreta, pois como vimos, os objetivos desses dois

tipos de auditoria são bem distintos. A auditoria interna não cuida apenas dos aspectos financeiros da

entidade, conforme verificamos a partir de sua definição. Portanto, a letra “d” também está errada.

Por fim, a letra “e” está incorreta, pois o responsável primário pela prevenção e detecção de erros, falhas e fraudes é a própria

administração e não a auditoria interna. Dessa forma, seu objetivo

não é emitir um relatório apontando as falhas e deficiências e sim emitir um relatório avaliando os processos administrativos e

operacionais da empresa, que podem ou não apresentar erros. Objetivando demonstrar as principais diferenças entre auditoria

interna e externa, apresentamos o quando comparativo a seguir.

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Fonte: elaborado pelos autores

Resposta: A

7 - (ESAF / ANA / 2009) - Entre as Normas Brasileiras de

Contabilidade, a NBC-T-12 trata da atividade e dos procedimentos da Auditoria Interna. Nesse contexto, é correto

afirmar: a) o relatório do auditor interno deve ser redigido com objetividade e

imparcialidade.

b) o termo ‘erro’ aplica-se a atos voluntários de omissão e manipulação de transações e operações, adulteração de documentos,

registros, relatórios e demonstrações contábeis. c) para dar suporte aos resultados de seu trabalho, o auditor interno

deve se valer, unicamente, da análise e interpretação das informações contábeis.

d) o termo ‘fraude’ aplica-se a atos involuntários de omissão, desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na

elaboração de registros e demonstrações contábeis. e) o uso de técnicas de amostragem estatística é vedado na auditoria

interna.

Comentários: Conforme visto na questão 4 desta aula, o relatório é o documento

pelo qual a Auditoria Interna apresenta o resultado dos seus

trabalhos, devendo ser redigido com objetividade e imparcialidade, de forma a expressar, claramente, suas conclusões, recomendações e

providências a serem tomadas pela administração da entidade. Portanto, o gabarito da questão é a letra “a”.

A letra “b” e “d” apresentaram as definições de erro e fraude de forma inversa. Assim, para torná-las corretas basta substituir a

palavra erro por fraude na letra “b” e fraude por erro na letra “d”. A letra “c” está incorreta, pois o foco do auditor interno não é a

análise das demonstrações contábeis, mas a avaliação do controle

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interno, processos, sistemas, etc. da entidade. Portanto, irá se valer de toda a documentação utilizada para analisar esses itens para dar

suporte aos resultados do seu trabalho. Por fim, a letra “e” está completamente errada, pois, assim como o

auditor externo, o auditor interno pode utilizar tanto a amostragem estatística quanto a não estatística.

Resposta: A

8 - (ESAF / ICMS-RN / 2005) - A responsabilidade primária na

prevenção e identificação de fraude e erros da entidade é: a) da auditoria independente da entidade.

b) do contador da entidade. c) da consultoria contábil da entidade.

d) do advogado da entidade. e) da administração da entidade.

Comentários:

Pessoal, trouxemos essa questão só para vocês verem que, como falamos no início desta aula, as questões se repetem! Parece ou não

com a questão 5 resolvida aqui? Mesma banca e quatro anos de diferença entre as duas provas.

Como vocês já sabem, a responsabilidade primária pela prevenção e detecção de fraude e erros é da administração da entidade.

Resposta: E

9 - (ESAF / ICMS-RN / 2005) - O auditor externo, ao auditar

entidade que controle outras empresas e que registre seus investimentos pelo método de equivalência patrimonial, tem

responsabilidade sobre: a) as demonstrações contábeis das controladas que serviram de base

para cálculo da equivalência patrimonial. b) o cálculo das equivalências patrimoniais registradas nos

investimentos das entidades controladas. c) a apresentação da reserva de reavaliação efetuada nas controladas

no Patrimônio Líquido da Controladora. d) os pareceres emitidos para as entidades controladas e emitidos

por outros auditores independentes. e) a apresentação da reavaliação efetuada nas controladas e

registrada no Patrimônio Líquido da Controlada.

Comentários:

Entendermos que a questão ficou mal formulada, pois o auditor externo não tem responsabilidade sobre a apresentação da reserva

de avaliação nem sobre nenhuma outra parte das demonstrações contábeis. Ele tem responsabilidade sobre a opinião acerca dessas

demonstrações.

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De qualquer forma, não adianta brigar com a banca. A resposta é a letra “c”, pois é a única que se refere a uma característica da

demonstração contábil da controladora (de responsabilidade do auditor). Todas as outras alternativas se referem a características das

demonstrações contábeis das controladas e, dessa forma, fora da responsabilidade do auditor externo.

Resposta: C

10 - (ESAF / RFB / 2003) - Assinale a assertiva correta quanto

às características da auditoria interna e externa. a) A auditoria interna é independente da empresa e a auditoria

externa deve realizar testes nos controles internos e modificá-los quando necessário.

b) A auditoria interna é obrigatória, conforme determina a Lei 6.404/76, e a auditoria externa deve disponibilizar seus papéis de

trabalho sempre que solicitados. c) A auditoria interna tem como objetivo atender à gestão da

empresa e a auditoria externa atender às necessidades da diretoria da empresa.

d) A auditoria interna não avalia os controles internos e a auditoria externa os elabora, modifica e implanta na empresa auditada.

e) A auditoria interna tem como objetivo a revisão das atividades da empresa continuamente e a auditoria externa é independente em

todos os aspectos.

Comentários:

Mais uma questão que tenta buscar do concurseiro se ele sabe diferenciar auditoria interna e externa.

Tanto o trabalho do auditor interno quanto o do externo deve ser independente. A diferença é que o interno é funcionário da empresa,

portanto, seu grau de independência tende a ser menor. Dessa forma, ele é dependente da estrutura da empresa. Os dois também

realizam testes nos controles internos (chamados de Testes de Controle). Entretanto, a responsabilidade pela mudança nos controles

internos é da própria administração e não do auditor, seja ele interno ou externo. Portanto, a letra “a” está errada.

A letra “b” também está incorreta, pois a Lei nº 6.404/76 estabelece que as demonstrações financeiras das companhias abertas serão

obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes

registrados na CVM. Não fala nada de auditoria interna. Além disso, veremos em aulas posteriores que os papéis de trabalho são

propriedade do auditor, e não há obrigatoriedade de que os apresentem sempre que solicitados. Devem ser disponibilizados a

partir de obrigação legal ou quando autorizado pela entidade auditada.

A auditoria interna assessora a alta administração da empresa, mas a auditoria externa não tem como função atender às necessidades da

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diretoria da empresa. Ela apenas é contratada para emitir uma opinião acerca das demonstrações contábeis. Portanto, a letra “c”

está errada. A letra “d” está incorreta, pois, como já vimos, a auditoria interna

avalia sim os controles internos, sendo responsabilidade da própria empresa, e não do auditor, a elaboração, implantação e modificação

desses controles. Por fim, a letra “e” está correta, pois uma característica do trabalho

da auditoria interna é, por ser um departamento da própria empresa

auditada, a continuidade de suas atividades, ao contrário da auditoria independente, que é pontual.

Resposta: E

11 - (ESAF / ANA / 2009) - No processo de auditoria independente, deve-se:

a) garantir a viabilidade futura da entidade. b) dividir a responsabilidade entre a equipe técnica e o auditor.

c) abolir o uso de práticas consagradas pela Profissão Contábil. d) certificar a continuidade da empresa pelos próximos 5 anos.

e) emitir o parecer com assinatura de contador devidamente registrado.

Comentários:

A alternativa “a” está incorreta, pois, de acordo com a NBC T-11

(vigente à época da prova), o parecer do auditor independente tem por limite os próprios objetivos da auditoria das demonstrações

contábeis e não representa, pois, garantia de viabilidade futura da entidade ou algum tipo de atestado de eficácia da administração na

gestão dos negócios. A NBC TA 200, vigente atualmente, não modificou esse entendimento. Segundo essa norma, o auditor não

pode prever esses eventos ou condições futuras. Consequentemente, a ausência de qualquer referência à incerteza de continuidade

operacional, no relatório do auditor independente, não pode ser considerada uma garantia da capacidade de continuidade operacional.

A letra “b” está incorreta, pois a responsabilidade pelo trabalho de auditoria é exclusiva do auditor.

A norma especifica que, na ausência de disposições específicas, prevalecem as práticas já consagradas pela Profissão Contábil,

formalizadas ou não pelos seus organismos próprios. Portanto, a letra

“c” está incorreta. A alternativa “d” também está errada, pelos mesmos motivos

apresentados na análise da letra “a”, não sendo possível, para o auditor, “garantir” a continuidade da empresa, pois estaria atestando

certa eficácia da administração. Por fim, a letra “e” é o gabarito da questão. De acordo com a NBC T-

11, o parecer é de exclusiva responsabilidade de contador registrado no Conselho Regional de Contabilidade. Atenção! CRC e não CFC.

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Embora a NBC T-11 tenha sido revogada, essa exclusividade continua, uma vez que a Resolução CFC nº 560/83 continua vigente.

Resposta: E.

12 - (ESAF / RFB / 2003) - Das atribuições adicionais do auditor independente, quando na execução de trabalhos de

auditoria de empresas que tenham ações negociadas no mercado de valores mobiliários, não está previsto:

a) verificar se as demonstrações e o parecer de auditoria publicados

estão de acordo com as demonstrações auditadas e com o parecer emitido.

b) verificar se as informações divulgadas no relatório da administração estão em consonância com as demonstrações

auditadas. c) elaborar relatório sobre deficiências encontradas nos controles

internos das companhias auditadas, informando à administração e ao Conselho Fiscal.

d) verificar se as informações constantes da Demonstração do Fluxo de Caixa, bem como a estrutura utilizada correspondem à

determinada pela CVM. e) verificar se a destinação dada ao resultado foi feita de acordo com

o estabelecido na Lei 6.404/76, no estatuto da empresa e nas normas da CVM.

Comentários: A Instrução CVM nº 308, de 14/05/99, que dispõe sobre o registro e

o exercício da atividade de auditoria independente no âmbito do mercado de valores mobiliários, em seu Art. 25, estabelece que, no

exercício de suas atividades no âmbito do mercado de valores mobiliários, o auditor independente deverá verificar adicionalmente:

- se as demonstrações contábeis e o parecer de auditoria foram divulgados nos jornais em que seja obrigatória a sua publicação

e se estes correspondem às demonstrações contábeis auditadas e ao relatório ou parecer originalmente emitido;

- se as informações e análises contábeis e financeiras apresentadas no relatório da administração da entidade estão

em consonância com as demonstrações contábeis auditadas; - se as destinações do resultado da entidade estão de acordo

com as disposições da lei societária, com o seu estatuto social e

com as normas emanadas da CVM; - o eventual descumprimento das disposições legais e

regulamentares aplicáveis às atividades da entidade auditada e/ou relativas à sua condição de entidade integrante do

mercado de valores mobiliários, que tenham, ou possam vir a ter reflexos relevantes nas demonstrações contábeis ou nas

operações da entidade auditada;

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- elaborar e encaminhar à administração e, quando solicitado, ao Conselho Fiscal, relatório circunstanciado que contenha suas

observações a respeito de deficiências ou ineficácia dos controles internos e dos procedimentos contábeis da entidade

auditada. Assim, podemos verificar que a única alternativa que não atende ao

pedido é a de letra “d”. Resposta: D.

13 - (ESAF / ISS-Recife/PE / 2003) - A opção que representa o objetivo da auditoria externa é:

a) A elaboração das normas e procedimentos econômicos, financeiros e de auditoria da empresa auditada.

b) Expressar um palpite sobre a posição patrimonial e financeira da empresa sem assegurar que elas representem adequadamente as

operações da empresa. c) Assegurar que as demonstrações financeiras irrelevantes

representem a situação contábil-financeira da empresa de forma fidedigna.

d) O processo pelo qual o auditor se certifica de que as demonstrações financeiras representam adequadamente, em todos

os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da empresa.

e) Garantir que todos os lançamentos contábeis foram efetuados

corretamente nos livros da empresa.

Comentários: A alternativa “a” está incorreta, pois a elaboração de normas internas

cabe, em geral, à administração. A letra “b” também está errada, pois a “opinião” sobre a posição

patrimonial e financeira da empresa deve incluir se elas representam adequadamente as operações da empresa.

A alternativa “c” está incorreta, pois os aspectos a serem observados são os relevantes, e não os irrelevantes.

A letra “d” representa exatamente o objetivo da auditoria externa e, portanto, é o gabarito da questão.

Por fim, a alternativa “e” está incorreta, pois o trabalho do auditor independente não consegue alcançar todos os lançamentos contábeis,

devido a limitações de tempo e recursos, focando apenas nos mais

relevantes. Lembrem-se, o auditor externo trabalha por amostragem! Resposta: D.

14 - (ESAF / ICMS-RN / 2005) - Analise as afirmativas a

seguir e assinale a opção correta. I. A auditoria interna deve assessorar a administração na

prevenção de fraudes e erros; II. A auditoria interna é independente e imparcial;

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III. Fraude é o ato intencional de omissão praticado para manipular documentos, registros e relatórios.

a) As assertivas I, II e III estão erradas. b) As assertivas I, II e III estão corretas.

c) As assertivas I e II estão corretas e a III está incorreta. d) As assertivas II e III estão incorretas e a I está correta.

e) As assertivas I e III estão corretas e a II está incorreta.

Comentários:

Como vimos há pouco, a assertiva I está correta, por ser uma das atribuições da auditoria interna.

Embora não concordemos, a banca considerou a assertiva II incorreta, pois entendeu que auditoria interna não é independente e

imparcial, embora necessite de certa autonomia para a realização de seus trabalhos. A auditoria interna deve ser sim independente e

imparcial. As questões mais atuais têm procurado comparar a independência da auditoria interna com a da auditoria externa. Nesse

caso, deve-se ter o entendimento de que a interna é menos independente que a externa, por estar localizada dentro da empresa

auditada, o que faz com que dependa, dessa forma, da estrutura da empresa (espaço físico, salários, etc.).

A assertiva III está correta, pois a diferença entre fraude e erro é que enquanto a fraude resulta de um ato intencional, o erro é

consequência de um ato não intencional.

Resposta: E.

15 - (ESAF / CGU / 2004) - Não é função da auditoria interna avaliar a:

a) eficácia dos processos dos controles internos. b) eficiência dos sistemas de informações.

c) eficiência dos processos de produção. d) integridade do ambiente de controles internos.

e) economicidade dos controles internos.

Comentários: Conforme vimos anteriormente, a NBC TI 01 define Auditoria Interna

da seguinte forma: “compreende os exames, análises, avaliações,

levantamentos e comprovações, metodologicamente

estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos

processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente, e de

gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus

objetivos.” (grifamos)

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Como se pode observar, a única alternativa que não corresponde à definição de auditoria interna proposta pela NBC TI 01 é a de letra

“C”. A eficiência dos processos produtivos deve ser uma preocupação do próprio gerente dessa área.

Resposta: C.

16 - (ESAF / INSS / 2002) - É uma característica da auditoria interna:

a) manter independência total da empresa.

b) ser sempre executada por profissional liberal. c) emitir parecer sobre as demonstrações financeiras.

d) revisar integralmente os registros contábeis. e) existir em todas empresas de capital aberto.

Comentários:

A letra “a” está incorreta, pois a auditoria interna não mantém independência total, inclusive pelo fato de que seus auditores são

funcionários da empresa. Veja como essa questão é diferente da forma como o tema foi abordado na questão 14. Aqui, a alternativa

diz independência total, o que já sabemos que a auditoria interna não tem. Mas não quer dizer que ela não seja independente.

A alternativa “b” está incorreta, pois a auditoria interna é executada por funcionários da empresa, como vimos. Outro ponto a se destacar

é que a auditoria interna também existe no setor público, e é

realizada por servidores públicos do próprio órgão ou entidade auditados.

A letra “c” está errada, por apresentar uma característica da auditoria independente.

A alternativa “d” é a única que apresenta uma característica da auditoria interna, sendo, portanto, o gabarito da questão.

Por fim, a letra “e” está incorreta, pois a auditoria interna, ao contrário da auditoria independente, não é obrigatória em todas as

empresas de capital aberto. Resposta: D.

17 - (ESAF / CGU / 2006) - Preencha a lacuna com a

expressão adequada. A ___________________ compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e

comprovações, metodologicamente estruturados para a

avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e

de controles internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração

da entidade no cumprimento de seus objetivos. a) Auditoria Independente.

b) Auditoria Governamental. c) Técnica de amostragem em Auditoria.

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d) Auditoria Externa. e) Auditoria Interna.

Comentários:

Questão bastante simples, em que a banca trouxe uma transcrição exata da norma, no caso a NBC TI 01, que define que a Auditoria

Interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação

da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos

processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a

assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.

A alternativa “ a” e “d” estão incorretas, pois a Auditoria Independente (externa) não tem por objetivo assistir à administração

da entidade no cumprimento de seus objetivos, mas emitir uma opinião sobre as demonstrações contábeis.

Já a letra “b” também está errada, pois, embora exista uma Auditoria Interna Governamental, a expressão utilizada (Auditoria

Governamental) inclui as auditorias realizadas pelos Tribunais de Contas, que não fazem parte da Auditoria Interna.

Por fim, a alternativa “c” está incorreta. A técnica de amostragem é utilizada durante a fase de planejamento da auditoria, a fim de se

definir o escopo (objetivo da auditoria), tendo em vista que, em

geral, não é possível que se efetue uma avaliação da totalidade das operações (censo).

Resposta: E.

Pessoal, conforme combinado no início, trouxemos as principais questões da ESAF acerca do tema da nossa aula de

hoje. A partir de agora selecionamos algumas questões das principais bancas e concursos do país, para que entendam

como o assunto tem sido abordado por essas examinadoras.

18 - (FCC / SEFAZ/SP - APOFP / 2010) - As normas brasileiras que estabelecem os preceitos de conduta para o exercício

profissional, especificamente para aqueles que atuam como auditores independentes, são estruturadas como:

a) NBC TI.

b) NBC PI. c) NBC TA.

d) NBC PA. e) NBC TP.

Comentários:

Segundo a Resolução CFC nº 1.328/2011, que dispõe sobre a Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade, as NBC PA são as

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Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas, especificamente, aos contadores que atuam como auditores independentes. Essa mesma

Resolução define, ainda: NBC TI são as normas técnicas aplicáveis aos trabalhos de

Auditoria Interna; NBC PI são as normas profissionais aplicadas especificamente

aos contadores que atuam como auditores internos; NBC TA são as normas técnicas aplicadas à Auditoria

convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria

Independente emitidas pela IFAC (Federação Internacional de Contadores); e

NBC TP são as normas técnicas aplicáveis aos trabalhos de Perícia.

As palavras-chave para identificar que a questão tratava da NBC PA eram: profissional e auditor independente.

Por fim, para deixar ainda mais claro, apresentamos o quadro a seguir, que esquematiza a nova estrutura das normas brasileiras de

contabilidade.

Fonte: Ibracon

Resposta: Letra D

19 - (FGV / SEFAZ/RJ – Fiscal de Rendas / 2009) - A respeito

de conceituação e objetivos da auditoria independente, analise as afirmativas a seguir:

I. A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer

sobre a sua adequação, consoante os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for

pertinente, à legislação específica.

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II. Na ausência de disposições específicas, prevalecem as práticas já consagradas pela profissão contábil, formalizadas ou não pelos seus

organismos próprios. III. O auditor considera adequadas e suficientes, para o

entendimento dos usuários, as informações divulgadas nas demonstrações contábeis, apenas em termos de conteúdo, salvo

declaração expressa em contrário, constante do parecer. Assinale:

a) se somente a afirmativa III estiver correta.

b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários:

O item I está correto, como já vimos, já que expressa o principal objetivo de uma auditoria independente. Ressalvamos, mais uma vez,

que a nomenclatura parecer mudou para relatório. O item II também está correto, pois foi retirado, na literalidade, da

norma vigente à época (NBC T 11). Pela mesma razão, o item III está errado, uma vez que a norma estabelecia que as informações

divulgadas nas demonstrações contábeis devessem ser consideradas adequadas e suficientes não apenas no conteúdo, mas também na

forma.

Deve-se ressaltar que, atualmente, a NBC TA 200 traz os mesmos conceitos, embora um pouco mais abrangente. Ela estabelece, por

exemplo, que o auditor deve formar sua opinião sobre se as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos

relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.

Além disso, determina que, em alguns casos, a estrutura de relatório financeiro aplicável pode abranger fontes como: interpretações

contábeis publicadas de diferente autoridade emitidas por organizações normatizadoras, profissionais ou reguladoras; pontos de

vista publicados de diferentes autoridades sobre assuntos contábeis emergentes, emitidos por organizações normatizadoras, profissionais

ou reguladoras; práticas gerais e de setor amplamente reconhecidas e prevalecentes; e literatura contábil.

Resposta: Letra B

20 - (FGV / SEFAZ/RJ – Auditor Fiscal / 2011) - Considerando o

que determina o Conselho Federal de Contabilidade, assinale a alternativa correta.

a) Pessoa externa qualificada é uma pessoa de dentro da firma com competência e habilidades que poderia atuar como sócio

encarregado do trabalho.

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b) Pelo menos uma vez a cada seis meses, a firma deve obter confirmação por escrito do cumprimento de suas políticas e

procedimentos sobre independência de todo o pessoal da firma, que precisa ser independente por exigências éticas relevantes.

c) No caso específico de trabalho de auditoria, o período de retenção seria normalmente de pelo menos quatro anos, a partir da data do

relatório do auditor independente ou, se superior, da data do relatório do auditor independente do grupo. A documentação do

trabalho é de propriedade da firma. A firma pode, a seu critério,

disponibilizar partes ou trechos da documentação do trabalho aos clientes, desde que essa divulgação não prejudique a validade do

trabalho realizado ou, no caso de trabalhos de asseguração, a independência da firma ou do seu pessoal.

d) Equipe de trabalho são os sócios e o quadro técnico envolvidos no trabalho e quaisquer pessoas contratadas pela firma ou uma firma

da mesma rede para executar procedimentos do trabalho. Isso exclui especialistas externos contratados pela firma ou por firma

da mesma rede. e) Recomenda-se, com vistas à manutenção da qualidade

(independência), que seja efetuado o rodízio do sócio do trabalho após o período de três anos.

Comentários:

Da mesma forma que a questão anterior, a FGV retirou definições

literais da norma (no caso, a NBC PA 01), apenas trocando ou inserindo palavras para torná-las incorretas.

Segundo essa norma, Pessoa externa qualificada é uma pessoa de fora da firma com competência e habilidades que poderia atuar

como sócio encarregado do trabalho. Portanto, a letra “a” está errada.

A mesma norma estabelece que pelo menos uma vez por ano, a firma deve obter confirmação por escrito do cumprimento de suas

políticas e procedimentos sobre independência de todo o pessoal da firma, que precisa ser independente por exigências éticas relevantes.

Dessa forma, a assertiva “b” também está incorreta. Em relação à retenção da documentação de auditoria, foi estabelecido

que, no caso específico de trabalho de auditoria, o período de retenção seria normalmente de pelo menos cinco anos, a partir

da data do relatório do auditor independente ou, se superior, da data

do relatório do auditor independente do grupo. Portanto, a letra “c” está errada. Ressalta-se que a segunda parte dessa assertiva está

correta. Por fim, a norma profissional que trata da independência do auditor

independente reconhece que a ameaça de familiaridade é especialmente relevante no contexto de auditoria de demonstrações

contábeis de modo que requer o rodízio do sócio do trabalho após o período de cinco anos, e não três anos, como foi colocado pela

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alternativa “e”. Ressalta-se que, a partir da NBC PA 290, que trata da independência do auditor, o retorno desse sócio à auditoria naquela

empresa auditada deve observar pelo menos dois anos, e não três, como era previsto na NBC PA 02, revogada.

Resposta: D

21 - (CESGRANRIO / BACEN / 2009) - Quanto às características da auditoria interna e externa, analise as afirmativas a seguir.

I - O processo pelo qual o auditor se certifica de que as

demonstrações financeiras representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da

empresa, por meio da emissão de parecer, caracteriza a auditoria externa.

II - O exercício da auditoria interna é privativo de contabilista registrado no Conselho Regional de Contabilidade da jurisdição.

III - A principal característica da auditoria interna é a independência, ou seja, não possui vínculo com a empresa auditada.

IV - O parecer do auditor independente pode ser classificado em: sem ressalva, com ressalva, adverso ou com abstenção de opinião.

Está correto SOMENTE o que se afirma em: a) I e II.

b) I e IV. c) II e III.

d) III e IV.

e) I, II e III.

Comentários: Conforme já tínhamos visto nas questões da ESAF, as bancas

exploram bastante a diferenciação entre auditoria interna e externa. Nesta questão, o item I está correto, pois descreve exatamente o

objetivo do auditor independente, que é emitir uma opinião sobre a fidedignidade das demonstrações contábeis. Ressalta-se, mais uma

vez, que a questão é de 2009, antes da edição das novas normas de auditoria, e por isso a forma de emitir essa opinião era por meio do

Parecer do Auditor Independente. A partir da NBC TA 700, como já sabemos, mudou-se o nome desse documento para Relatório do

Auditor Independente. O item II está errado, pois segundo a Resolução CFC nº 560/83, as

atividades de auditoria interna são privativas de contadores, assim

como a dos auditores independentes e dos peritos contábeis. Dessa forma, não é permitido aos técnicos em contabilidade o exercício da

auditoria interna. Como a expressão contabilista abrange tanto o bacharel em ciências contábeis quanto o técnico em contabilidade, a

alternativa está errada. O item III também está incorreto, pois quem não possui vínculo com

a empresa auditada é o auditor independente. O auditor interno é funcionário da empresa, mas também possui independência técnica,

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embora esta seja menor que a do auditor externo, conforme já vimos anteriormente.

Por fim o item IV está correto, pois quando da vigência da NBC T 11, era exatamente essa a classificação do parecer do auditor

independente. Veremos na aula 8 a nova nomenclatura para a classificação dos relatórios do auditor independente.

Resposta: B

22 - (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2011) - Com a crescente

expansão dos negócios, as administrações das empresas instituíram o órgão de auditoria interna, que, em muitos ramos, tornou-se um

setor obrigatório por força de lei. A auditoria interna auxilia a organização a alcançar seus objetivos, adotando uma abordagem

sistemática para a: a) avaliação e melhoria da eficácia dos processos de gerenciamento

de riscos, de controle e governança corporativa. b) avaliação dos índices de liquidez e financeiros a fim de assegurar a

boa saúde financeira da empresa. c) elaboração do mapeamento organizacional por meio de entrevistas

com todos os funcionários. d) emissão do parecer sobre as demonstrações contábeis e

publicação em jornal de grande circulação. e) revisão das contas contábeis para elaboração do balanço.

Comentários: Conforme visto anteriormente, segundo a NBC TI 01 a auditoria

interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação

da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos

integrados ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de

seus objetivos. (grifos nossos) Dessa forma, a letra “a” aborda exatamente as características da

auditoria interna. As alternativas “b”, “c” e “e” apresentam procedimentos que são de responsabilidade da própria administração

e não do auditor interno. Já a emissão do parecer sobre as demonstrações contábeis é de responsabilidade do auditor

independente. Cabe ressaltar, mais uma vez, que a CESGRANRIO

continua adotando, mesmo em provas recentes como esta (2011), a nomenclatura Parecer, apesar de esse termo já ter sido substituído,

desde 2009, quando da edição da NBC TA 700, pelo Relatório do Auditor Independente. Portanto, atenção!

Resposta: A

23 - (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2011) - O gerenciamento de riscos dentro da empresa é uma atividade fundamental que servirá de

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apoio para diversas outras atividades, como planejamento estratégico, auditoria interna, etc. Nesse contexto, durante uma

auditoria, o auditor interno deve: a) preparar toda a estrutura da gestão de riscos, realizando o

mapeamento de todas as atividades chaves relacionadas ao processo auditado.

b) justificar à alta administração da empresa os pontos levantados em consequência de falhas na gestão de riscos dos processos

auditados.

c) identificar o tipo de risco associado aos processos auditados, verificando se estão classificados adequadamente quanto à sua

natureza, evitando a ocorrência de duplicidade nos testes de auditoria.

d) avaliar a aplicação de ferramentas de alta tecnologia que são eficazes para a realização da gestão dos riscos associados aos

processos auditados. e) avaliar e monitorar os riscos dos processos auditados, verificando

as consequências quando os objetivos não são atingidos e se os controles associados mitigam os riscos existentes.

Comentários:

A questão tenta confundir o candidato, combinando procedimentos que são de responsabilidade da própria administração, do próprio

controle interno da empresa, com responsabilidades que são do

auditor interno. A alternativa “a” está incorreta, pois quem elabora a estrutura de

gestão de riscos dos processos da empresa são os gerentes, diretores, etc. e não o auditor interno, o que não impede que o

auditor interno utilize gestão de riscos e auditoria baseada em riscos para traçar seu planejamento de auditoria.

A letra “b” também está errada, pois também são os gerentes, diretores, etc. os responsáveis por justificativas à alta administração

de alguma falha na gestão de riscos. A classificação de risco dos processos não tem relação com a

ocorrência ou não de duplicidade nos testes de auditoria. Além disso, a avaliação realizada pelo auditor interno é da gestão de riscos da

empresa e não das ferramentas de alta tecnologia. Portanto, as opções “c” e “d” estão incorretas.

Por fim, a alternativa “e” aborda exatamente a maneira como o

auditor interno deve agir em relação aos riscos dos processos auditados, que é monitorar esses riscos, avaliando o controle interno

e os resultados alcançados. Resposta: E

24 - (FCC / SEFAZ/SP – Fiscal de Rendas / 2009) - O trabalho

da auditoria interna: a) tem maior independência que o de auditoria externa.

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b) é responsável pela implantação e pelo cumprimento dos controles internos.

c) deve estar subordinado ao da Controladoria da empresa. d) deve emitir parecer, que será publicado com as demonstrações

contábeis. e) deve efetuar a revisão e o aperfeiçoamento dos controles internos.

Comentários:

A Fundação Carlos Chagas procurou, da mesma forma como as

outras bancas que vimos até agora, verificar o conhecimento do candidato acerca da auditoria interna, mas também das diferenças

entre esta e a auditoria independente. A letra “a” está incorreta, pois ambas têm independência, embora a

da auditoria independente seja considerada maior por não ter vínculo empregatício com a entidade auditada.

A alternativa “b” também está errada, já que a implantação e cumprimento dos controles internos são de responsabilidade da

própria administração e não da auditoria interna. A letra “c” é falsa porque a auditoria interna deve estar ligada

diretamente a mais alta administração da entidade e não à Controladoria, para que não haja nenhuma influencia nos resultados

dos trabalhos de auditoria interna. Quem deve emitir Parecer (atualmente, Relatório de Auditoria

Independente) é o auditor independente e não o auditor interno.

Dessa forma, a alternativa “d” está incorreta. Por fim, a letra “e” é a resposta certa, já que é responsabilidade do

auditor interno a revisão e o aperfeiçoamento dos controles internos por meio das recomendações contidas no relatório do auditor interno.

Resposta: E

25 - (FCC / SEFAZ/SP - APOFP / 2010) - As auditorias internas e externas atuam em diferentes graus de profundidade e de extensão

nas tarefas de auditoria. Embora exista uma conexão nos trabalhos de ambas, é função da auditoria externa:

a) acompanhar o cumprimento de normas técnicas e a política de administração da empresa, na consecução dos seus objetivos.

b) avaliar e testar os sistemas de controles internos e contábil, em busca da razoável fidedignidade das demonstrações financeiras.

c) desenvolver continuamente o trabalho de auditoria na empresa,

concluindo as tarefas com a elaboração de relatórios. d) seguir as normas e procedimentos de auditoria na execução dos

trabalhos, com grau de independência limitado. e) prevenir erros e fraudes, sugerindo aos administradores da

empresa os ajustes necessários.

Comentários:

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Novamente, exige-se do “concurseiro” a distinção entre auditoria interna e externa. Os procedimentos apresentados nas alternativas

“a”, “c”, “d” e “e” referem-se a funções da auditoria interna. A única opção que aborda procedimentos adotados pelos auditores externos é

a letra “b”, já que o objetivo destes auditores é expressar opinião sobre a fidedignidade das demonstrações contábeis.

Cabe ressaltar que a Fundação Carlos Chagas traz, na letra “d”, o termo independência limitada. Algumas bancas consideram a

auditoria interna menos independente que a externa, outras tratam

essa independência como limitada, e há também aquelas que preferem utilizar o termo autonomia e não independência, quando se

referem à auditoria interna. Portanto, atenção na forma de cobrança pelas diversas bancas!

Resposta: B

26 - (FGV / SENADO FEDERAL / 2008) – Assinale a afirmativa incorreta sobre a diferença entre Auditoria Interna e Auditoria

Externa. a) O auditor interno possui autonomia enquanto o auditor externo

possui independência. b) O auditor interno é empregado da empresa e o auditor externo é

contratado. c) Uma finalidade da auditoria interna é emitir parecer para a

adequação do controle interno e da auditoria externa, é emitir

parecer sobre adequação das demonstrações contábeis. d) Na auditoria interna são realizados testes substantivos, e na

auditoria externa, testes de relevância. e) O auditor interno executa auditoria contábil e operacional, e a

auditoria externa executa apenas auditoria contábil.

Comentários: Mais uma questão, desta vez da FGV, que cobra do candidato o

conhecimento das principais diferenças entre auditoria interna e externa.

A letra “a” está correta. A FGV é uma das bancas que utiliza o termo autonomia do auditor interno com o objetivo de diferenciar da

independência do auditor externo. A alternativa “b” também está certa, uma vez que são essas as relações de trabalho existentes entre

auditor interno/externo e empresa.

As alternativas “c” e “e” apresentam corretamente os objetivos e procedimentos executados pelos auditores internos e externos. Por

fim, a letra “d” é a opção errada, pois na auditoria interna são realizados testes substantivos e de observância (NBC TI 01, item

12.2.3), mas o auditor externo também executa esses dois tipos de testes (agora denominados Procedimentos Substantivos e Testes de

Controle, respectivamente, como veremos na Aula 3). A relevância é

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uma característica a ser observada nos dois tipos de auditoria, e não um teste.

Resposta: D

27 - (FGV / SEFAZ/RJ – Fiscal de Rendas / 2010) – De acordo com a Resolução CFC n.º 1229/09, as atividades inerentes a auditoria

interna estão relacionadas nas alternativas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a.

a) Revisão da conformidade com leis e regulamentos.

b) Monitoramento da auditoria externa. c) Exame das informações contábeis e operacionais.

d) Revisão das atividades operacionais. e) Gestão de risco.

Comentários:

Nesta questão a FGV cobrou, explicitamente, uma nova norma de auditoria. A Resolução CFC n.º 1229/09 aprovou a NBC TA 610, que

trata da utilização do trabalho de auditoria interna. Segundo o item A3 dessa norma, as atividades da função de auditoria interna podem

incluir um ou mais dos itens a seguir: Monitoramento do controle interno.

Exame das informações contábeis e operacionais. Revisão das atividades operacionais.

Revisão da conformidade com leis e regulamentos.

Gestão de risco. Governança.

Verifica-se, portanto, que a banca cobrou, mais uma vez, a literalidade da norma. Desse modo, a única opção que não é

considerada uma atividade inerente à auditoria interna é a letra “b”, já que o monitoramento que é realizado pelo auditor interno é o do

controle interno e não da auditoria externa. Resposta: B

28 - (FGV / SEFAZ/RJ – Fiscal de Rendas / 2010) – Com relação

à Resolução 986/03, que estabelece os procedimentos relacionados à Auditoria Interna, analise as afirmativas a seguir.

I. Tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da

gestão e dos controles internos, por meio da recomendação de

soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios. II. Deve ser documentada por meio de papéis de trabalho, elaborados

em meio físico ou eletrônico, que devem ser organizados e arquivados de forma sistemática e racional.

III. Deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por

escrito, de maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou

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confirmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho.

Assinale: a) se somente a afirmativa II estiver correta.

b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários: Os itens desta questão foram retirados na íntegra da NBC TI 01.

O item I está exatamente como descrito no item 12.1.1.4 da norma, que estabelece que a auditoria interna “tem por finalidade agregar

valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos,

por meio da recomendação de soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios”.

O item II foi retirado do item 12.1.2.1: “A Auditoria Interna deve ser documentada por meio de papéis de trabalho, elaborados em meio

físico ou eletrônico, que devem ser organizados e arquivados de forma sistemática e racional”.

Por fim, o item III foi transcrito do item 12.1.3.1, que determina que a auditoria interna “deve assessorar a administração da entidade no

trabalho de prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la,

sempre por escrito, de maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu

trabalho”. Resposta: E

29 - (FGV / SEFAZ/RJ – Fiscal de Rendas / 2009) - De acordo

com a Resolução CFC n.º 986/03, com relação à auditoria interna, assinale a afirmativa incorreta.

a) Compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação

da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles

internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos. b) Está estruturada em procedimentos, com enfoque técnico,

objetivo, sistemático e disciplinado, e tem por finalidade agregar

valor ao resultado da organização. c) Compreende, para fins de planejamento, os exames preliminares

das áreas, atividades, produtos e processos que definem a amplitude e a época do trabalho a ser realizado.

d) Realiza exames e investigações, incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem obter subsídios suficientes para

fundamentar as conclusões e recomendações à administração da entidade.

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e) É fundamentada por informações denominadas de “referências”, que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de modo

a fornecer base sólida para as conclusões e recomendações à administração da entidade.

Comentários:

Como podemos observar, a FGV tem cobrado a NBC TI 01 na literalidade, e esta é mais uma questão cujas alternativas foram

retiradas sem alterações dos itens dessa norma. Até mesmo na

alternativa errada, letra “e”, a banca trocou apenas uma palavra, para tentar confundir o candidato. Na verdade, o auditor interno

fundamenta seus resultados por meio de informações denominadas “evidências” e não “referências”. Mas não se preocupem.

Abordaremos o tema evidências em outra aula. Resposta: E

30 - (CESPE / TCE/TO / 2009) - De acordo com a relação do

auditor com a entidade auditada, distinguem-se as auditorias interna e externa. Acerca desse assunto, assinale a opção correta.

a) O vínculo de emprego do auditor interno lhe retira a independência profissional desejável para atuar nos termos das normas vigentes.

b) As empresas, de um modo geral, independentemente de seu porte e da relação custo-benefício, devem dispor de auditoria interna

permanente.

c) A auditoria interna não tem como objetivo precípuo a emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis, sendo executada mais

para fins administrativos internos do que para prestação de contas a terceiros.

d) A auditoria externa deve prescindir do concurso da auditoria interna, sob pena de ser induzida em seus exames e perder a

desejável independência. e) A auditoria externa deve atuar permanentemente e

continuamente, exercendo um controle prévio, concomitante e consequente.

Comentários:

O vínculo empregatício do auditor interno não retira sua independência profissional. Portanto, a letra “a” está errada.

Auditoria Interna é um princípio do controle interno e deve ser

instituída observando outro princípio, que é o da relação custo-benefício. Dessa forma, a alternativa “b” está incorreta, pois o custo

de uma auditoria interna não pode ser maior que seus benefícios para a empresa.

A letra “d” também está errada, pois a auditoria externa pode utilizar os trabalhos da auditoria interna, conforme verificado no item 11 da

NBC TA 610: “Para que o auditor independente possa utilizar um trabalho específico dos auditores internos, o auditor independente

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deve avaliar e executar os procedimentos de auditoria nesse trabalho para determinar a sua adequação para atender aos seus objetivos

como auditor independente”. A alternativa “e” está incorreta, pois é a auditoria interna que deve

atuar permanentemente e continuamente na entidade, e não a externa. Por fim, a letra “c” está correta, já que o objetivo de emitir

uma opinião sobre as demonstrações contábeis é do auditor externo e não do interno.

Resposta: C

Bom pessoal, por hoje é isso. Espero que tenham gostado dessa aula

demonstrativa. Temos certeza de que o curso completo dará a vocês condições de revisarem toda a matéria e compreenderem melhor

como a disciplina é abordada, não apenas pela ESAF, mas também pelas principais bancas do país.

Segue, a partir de agora, a relação de questões comentadas durante

a aula, a fim de que possam resolver as questões sem os comentários, como um simulado. O gabarito está ao final.

Até a próxima aula!

Bons estudos!

QUESTÕES COMENTADAS DURANTE A AULA 1 - (ESAF / CVM / 2010) - A respeito da elaboração e divulgação das demonstrações financeiras, com base em padrões contábeis

internacionais, é correto afirmar: a) a adoção de padrões internacionais de contabilidade na elaboração

e divulgação das demonstrações financeiras é obrigatória para as Companhias Abertas cujo capital social seja de propriedade de

companhias com sede no exterior. b) a adoção de padrões contábeis internacionais por parte das

Companhias Abertas é opcional para o exercício findo em 2010 e obrigatório a partir do exercício findo em 2011.

c) somente as Companhias Abertas com ações em bolsa deverão, a

partir do exercício findo em 2010, apresentar as demonstrações financeiras consolidadas de acordo com os padrões contábeis

internacionais. d) é opcional às Companhias Abertas a adoção dos padrões

internacionais de contabilidade, desde que cumpram com as normas da legislação societária.

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e) a partir do exercício findo em 2010, as Companhias Abertas deverão apresentar suas demonstrações financeiras consolidadas

adotando o padrão contábil internacional.

2 - (ESAF / SEFAZ/SP - APOFP / 2009) - Sobre a auditoria independente, é correto afirmar que tem por objetivo:

a) auxiliar a administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.

b) apresentar subsídios para o aperfeiçoamento da gestão e dos

controles internos. c) emitir parecer sobre a adequação das demonstrações contábeis.

d) levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a justa solução do litígio.

e) recomendar soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios.

3 - (ESAF / SUSEP / 2010) - Com relação à atividade profissional do

auditor externo, pode-se afirmar que: I. o auditor externo, ao realizar a auditoria em entidade seguradora,

pode ter nível de parentesco até segundo grau com os administradores e gestores da entidade auditada, desde que declare

para a SUSEP, CVM e CFC, antes do início da auditoria, este vínculo. II. todo auditor externo, registrado no Conselho Federal de

Contabilidade, que tenha registro no CNAI – Cadastro Nacional de

Auditores Independentes, pode realizar auditoria em Seguradoras e Entidade de Previdência Complementar Aberta.

III. para ser auditor responsável pelos trabalhos, exercendo a função de sócio de auditoria, o auditor deve ter formação em nível superior

nos cursos de administração de empresas ou contabilidade. Assinale a opção correta, com relação às afirmativas acima.

a) Somente a I e II são verdadeiras. b) Somente I e III são falsas.

c) Todas são verdadeiras. d) Somente II e III são falsas.

e) Todas são falsas.

4 - (ESAF / RECEITA FEDERAL / 2009) - Com relação aos relatórios de auditoria interna, pode-se afirmar que:

a) podem considerar posições de interesse da administração e dos

gestores, sendo conduzidos aos interesses desses. b) devem estar disponíveis a qualquer administrador da empresa,

sem restrição. c) podem relatar parcialmente os riscos associados aos possíveis

pontos a serem levantados pela auditoria externa. d) somente devem ser emitidos antes do final dos trabalhos, quando

houver irregularidades que requeiram ações imediatas.

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e) não devem ser emitidos antes do final dos trabalhos, por não possuírem informações completas.

5 - (ESAF / RECEITA FEDERAL / 2009) - A responsabilidade primária

na prevenção e detecção de fraudes e erros é: a) da administração.

b) da auditoria interna. c) do conselho de administração.

d) da auditoria externa.

e) do comitê de auditoria.

6 - (ESAF / PMRJ / 2010) - A respeito dos objetivos da auditoria interna e da auditoria independente, é correto afirmar que:

a) o objetivo da auditoria interna é apoiar a administração da entidade no cumprimento dos seus objetivos, enquanto o da auditoria

independente é a emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis.

b) a auditoria interna se preocupa em avaliar os métodos e as técnicas utilizadas pela contabilidade, enquanto a auditoria externa

cuida de revisar os lançamentos e demonstrações contábeis. c) a atuação de ambas não difere na essência uma vez que os

objetivos da avaliação é sempre a contabilidade. d) a auditoria interna cuida em verificar os aspectos financeiros da

entidade, enquanto a auditoria externa se preocupa com os pareceres

a respeito das demonstrações contábeis. e) o objetivo da auditoria interna é produzir relatórios demonstrando

as falhas e deficiências dos processos administrativos e os da auditoria externa é emitir parecer sobre a execução contábil e

financeira da entidade.

7 - (ESAF / ANA / 2009) - Entre as Normas Brasileiras de Contabilidade, a NBC-T-12 trata da atividade e dos procedimentos da

Auditoria Interna. Nesse contexto, é correto afirmar: a) o relatório do auditor interno deve ser redigido com objetividade e

imparcialidade. b) o termo ‘erro’ aplica-se a atos voluntários de omissão e

manipulação de transações e operações, adulteração de documentos, registros, relatórios e demonstrações contábeis.

c) para dar suporte aos resultados de seu trabalho, o auditor interno

deve se valer, unicamente, da análise e interpretação das informações contábeis.

d) o termo ‘fraude’ aplica-se a atos involuntários de omissão, desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na

elaboração de registros e demonstrações contábeis. e) o uso de técnicas de amostragem estatística é vedado na auditoria

interna.

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8 - (ESAF / ICMS-RN / 2005) - A responsabilidade primária na prevenção e identificação de fraude e erros da entidade é:

a) da auditoria independente da entidade. b) do contador da entidade.

c) da consultoria contábil da entidade. d) do advogado da entidade.

e) da administração da entidade.

9 - (ESAF / ICMS-RN / 2005) - O auditor externo, ao auditar entidade

que controle outras empresas e que registre seus investimentos pelo método de equivalência patrimonial, tem responsabilidade sobre:

a) as demonstrações contábeis das controladas que serviram de base para cálculo da equivalência patrimonial.

b) o cálculo das equivalências patrimoniais registradas nos investimentos das entidades controladas.

c) a apresentação da reserva de reavaliação efetuada nas controladas no Patrimônio Líquido da Controladora.

d) os pareceres emitidos para as entidades controladas e emitidos por outros auditores independentes.

e) a apresentação da reavaliação efetuada nas controladas e registrada no Patrimônio Líquido da Controlada.

10 - (ESAF / RFB / 2003) - Assinale a assertiva correta quanto às

características da auditoria interna e externa.

a) A auditoria interna é independente da empresa e a auditoria externa deve realizar testes nos controles internos e modificá-los

quando necessário. b) A auditoria interna é obrigatória, conforme determina a Lei

6.404/76, e a auditoria externa deve disponibilizar seus papéis de trabalho sempre que solicitados.

c) A auditoria interna tem como objetivo atender à gestão da empresa e a auditoria externa atender às necessidades da diretoria

da empresa. d) A auditoria interna não avalia os controles internos e a auditoria

externa os elabora, modifica e implanta na empresa auditada. e) A auditoria interna tem como objetivo a revisão das atividades da

empresa continuamente e a auditoria externa é independente em todos os aspectos.

11 - (ESAF / ANA / 2009) - No processo de auditoria independente, deve-se:

a) garantir a viabilidade futura da entidade. b) dividir a responsabilidade entre a equipe técnica e o auditor.

c) abolir o uso de práticas consagradas pela Profissão Contábil. d) certificar a continuidade da empresa pelos próximos 5 anos.

e) emitir o parecer com assinatura de contador devidamente registrado.

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12 - (ESAF / RFB / 2003) - Das atribuições adicionais do auditor

independente, quando na execução de trabalhos de auditoria de empresas que tenham ações negociadas no mercado de valores

mobiliários, não está previsto: a) verificar se as demonstrações e o parecer de auditoria publicados

estão de acordo com as demonstrações auditadas e com o parecer emitido.

b) verificar se as informações divulgadas no relatório da

administração estão em consonância com as demonstrações auditadas.

c) elaborar relatório sobre deficiências encontradas nos controles internos das companhias auditadas, informando à administração e ao

Conselho Fiscal. d) verificar se as informações constantes da Demonstração do Fluxo

de Caixa, bem como a estrutura utilizada correspondem à determinada pela CVM.

e) verificar se a destinação dada ao resultado foi feita de acordo com o estabelecido na Lei 6.404/76, no estatuto da empresa e nas normas

da CVM.

13 - (ESAF / ISS-Recife/PE / 2003) - A opção que representa o objetivo da auditoria externa é:

a) A elaboração das normas e procedimentos econômicos, financeiros

e de auditoria da empresa auditada. b) Expressar um palpite sobre a posição patrimonial e financeira da

empresa sem assegurar que elas representem adequadamente as operações da empresa.

c) Assegurar que as demonstrações financeiras irrelevantes representem a situação contábil-financeira da empresa de forma

fidedigna. d) O processo pelo qual o auditor se certifica de que as

demonstrações financeiras representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da

empresa. e) Garantir que todos os lançamentos contábeis foram efetuados

corretamente nos livros da empresa.

14 - (ESAF / ICMS-RN / 2005) - Analise as afirmativas a seguir e

assinale a opção correta. I. A auditoria interna deve assessorar a administração na prevenção

de fraudes e erros; II. A auditoria interna é independente e imparcial;

III. Fraude é o ato intencional de omissão praticado para manipular documentos, registros e relatórios.

a) As assertivas I, II e III estão erradas. b) As assertivas I, II e III estão corretas.

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c) As assertivas I e II estão corretas e a III está incorreta. d) As assertivas II e III estão incorretas e a I está correta.

e) As assertivas I e III estão corretas e a II está incorreta.

15 - (ESAF / CGU / 2004) - Não é função da auditoria interna avaliar a:

a) eficácia dos processos dos controles internos. b) eficiência dos sistemas de informações.

c) eficiência dos processos de produção.

d) integridade do ambiente de controles internos. e) economicidade dos controles internos.

16 - (ESAF / INSS / 2002) - É uma característica da auditoria interna:

a) manter independência total da empresa. b) ser sempre executada por profissional liberal.

c) emitir parecer sobre as demonstrações financeiras. d) revisar integralmente os registros contábeis.

e) existir em todas empresas de capital aberto.

17 - (ESAF / CGU / 2006) - Preencha a lacuna com a expressão adequada. A ___________________ compreende os exames,

análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade,

adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos

sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à

administração da entidade no cumprimento de seus objetivos. a) Auditoria Independente.

b) Auditoria Governamental. c) Técnica de amostragem em Auditoria.

d) Auditoria Externa. e) Auditoria Interna.

18 - (FCC / SEFAZ/SP - APOFP / 2010) - As normas brasileiras que

estabelecem os preceitos de conduta para o exercício profissional, especificamente para aqueles que atuam como auditores

independentes, são estruturadas como: a) NBC TI.

b) NBC PI.

c) NBC TA. d) NBC PA.

e) NBC TP.

19 - (FGV / SEFAZ/RJ – Fiscal de Rendas / 2009) - A respeito de conceituação e objetivos da auditoria independente, analise as

afirmativas a seguir:

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I. A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer

sobre a sua adequação, consoante os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for

pertinente, à legislação específica. II. Na ausência de disposições específicas, prevalecem as práticas já

consagradas pela profissão contábil, formalizadas ou não pelos seus organismos próprios.

III. O auditor considera adequadas e suficientes, para o

entendimento dos usuários, as informações divulgadas nas demonstrações contábeis, apenas em termos de conteúdo, salvo

declaração expressa em contrário, constante do parecer. Assinale:

a) se somente a afirmativa III estiver correta. b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

20 - (FGV / SEFAZ/RJ – Auditor Fiscal / 2011) - Considerando o que determina o Conselho Federal de Contabilidade, assinale a alternativa

correta. a) Pessoa externa qualificada é uma pessoa de dentro da firma com

competência e habilidades que poderia atuar como sócio

encarregado do trabalho. b) Pelo menos uma vez a cada seis meses, a firma deve obter

confirmação por escrito do cumprimento de suas políticas e procedimentos sobre independência de todo o pessoal da firma,

que precisa ser independente por exigências éticas relevantes. c) No caso específico de trabalho de auditoria, o período de retenção

seria normalmente de pelo menos quatro anos, a partir da data do relatório do auditor independente ou, se superior, da data do

relatório do auditor independente do grupo. A documentação do trabalho é de propriedade da firma. A firma pode, a seu critério,

disponibilizar partes ou trechos da documentação do trabalho aos clientes, desde que essa divulgação não prejudique a validade do

trabalho realizado ou, no caso de trabalhos de asseguração, a independência da firma ou do seu pessoal.

d) Equipe de trabalho são os sócios e o quadro técnico envolvidos no

trabalho e quaisquer pessoas contratadas pela firma ou uma firma da mesma rede para executar procedimentos do trabalho. Isso

exclui especialistas externos contratados pela firma ou por firma da mesma rede.

e) Recomenda-se, com vistas à manutenção da qualidade (independência), que seja efetuado o rodízio do sócio do trabalho

após o período de três anos.

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21 - (CESGRANRIO / BACEN / 2009) - Quanto às características da auditoria interna e externa, analise as afirmativas a seguir.

I - O processo pelo qual o auditor se certifica de que as demonstrações financeiras representam adequadamente, em todos

os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da empresa, por meio da emissão de parecer, caracteriza a auditoria

externa. II - O exercício da auditoria interna é privativo de contabilista

registrado no Conselho Regional de Contabilidade da jurisdição.

III - A principal característica da auditoria interna é a independência, ou seja, não possui vínculo com a empresa auditada.

IV - O parecer do auditor independente pode ser classificado em: sem ressalva, com ressalva, adverso ou com abstenção de opinião.

Está correto SOMENTE o que se afirma em: a) I e II.

b) I e IV. c) II e III.

d) III e IV. e) I, II e III.

22 - (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2011) - Com a crescente

expansão dos negócios, as administrações das empresas instituíram o órgão de auditoria interna, que, em muitos ramos, tornou-se um

setor obrigatório por força de lei. A auditoria interna auxilia a

organização a alcançar seus objetivos, adotando uma abordagem sistemática para a:

a) avaliação e melhoria da eficácia dos processos de gerenciamento de riscos, de controle e governança corporativa.

b) avaliação dos índices de liquidez e financeiros a fim de assegurar a boa saúde financeira da empresa.

c) elaboração do mapeamento organizacional por meio de entrevistas com todos os funcionários.

d) emissão do parecer sobre as demonstrações contábeis e publicação em jornal de grande circulação.

e) revisão das contas contábeis para elaboração do balanço.

23 - (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2011) - O gerenciamento de riscos dentro da empresa é uma atividade fundamental que servirá de

apoio para diversas outras atividades, como planejamento

estratégico, auditoria interna, etc. Nesse contexto, durante uma auditoria, o auditor interno deve:

a) preparar toda a estrutura da gestão de riscos, realizando o mapeamento de todas as atividades chaves relacionadas ao

processo auditado. b) justificar à alta administração da empresa os pontos levantados

em consequência de falhas na gestão de riscos dos processos auditados.

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c) identificar o tipo de risco associado aos processos auditados, verificando se estão classificados adequadamente quanto à sua

natureza, evitando a ocorrência de duplicidade nos testes de auditoria.

d) avaliar a aplicação de ferramentas de alta tecnologia que são eficazes para a realização da gestão dos riscos associados aos

processos auditados. e) avaliar e monitorar os riscos dos processos auditados, verificando

as consequências quando os objetivos não são atingidos e se os

controles associados mitigam os riscos existentes.

24 - (FCC / SEFAZ/SP – Fiscal de Rendas / 2009) - O trabalho da auditoria interna:

a) tem maior independência que o de auditoria externa. b) é responsável pela implantação e pelo cumprimento dos controles

internos. c) deve estar subordinado ao da Controladoria da empresa.

d) deve emitir parecer, que será publicado com as demonstrações contábeis.

e) deve efetuar a revisão e o aperfeiçoamento dos controles internos.

25 - (FCC / SEFAZ/SP - APOFP / 2010) - As auditorias internas e externas atuam em diferentes graus de profundidade e de extensão

nas tarefas de auditoria. Embora exista uma conexão nos trabalhos

de ambas, é função da auditoria externa: a) acompanhar o cumprimento de normas técnicas e a política de

administração da empresa, na consecução dos seus objetivos. b) avaliar e testar os sistemas de controles internos e contábil, em

busca da razoável fidedignidade das demonstrações financeiras. c) desenvolver continuamente o trabalho de auditoria na empresa,

concluindo as tarefas com a elaboração de relatórios. d) seguir as normas e procedimentos de auditoria na execução dos

trabalhos, com grau de independência limitado. e) prevenir erros e fraudes, sugerindo aos administradores da

empresa os ajustes necessários.

26 - (FGV / SENADO FEDERAL / 2008) – Assinale a afirmativa incorreta sobre a diferença entre Auditoria Interna e Auditoria

Externa.

a) O auditor interno possui autonomia enquanto o auditor externo possui independência.

b) O auditor interno é empregado da empresa e o auditor externo é contratado.

c) Uma finalidade da auditoria interna é emitir parecer para a adequação do controle interno e da auditoria externa, é emitir

parecer sobre adequação das demonstrações contábeis.

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d) Na auditoria interna são realizados testes substantivos, e na auditoria externa, testes de relevância.

e) O auditor interno executa auditoria contábil e operacional, e a auditoria externa executa apenas auditoria contábil.

27 - (FGV / SEFAZ/RJ – Fiscal de Rendas / 2010) – De acordo com a

Resolução CFC n.º 1229/09, as atividades inerentes a auditoria interna estão relacionadas nas alternativas a seguir, à exceção de

uma. Assinale-a.

a) Revisão da conformidade com leis e regulamentos. b) Monitoramento da auditoria externa.

c) Exame das informações contábeis e operacionais. d) Revisão das atividades operacionais.

e) Gestão de risco.

28 - (FGV / SEFAZ/RJ – Fiscal de Rendas / 2010) – Com relação à Resolução 986/03, que estabelece os procedimentos relacionados à

Auditoria Interna, analise as afirmativas a seguir. I. Tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização,

apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, por meio da recomendação de

soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios. II. Deve ser documentada por meio de papéis de trabalho, elaborados

em meio físico ou eletrônico, que devem ser organizados e

arquivados de forma sistemática e racional. III. Deve assessorar a administração da entidade no trabalho de

prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou

confirmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho.

Assinale: a) se somente a afirmativa II estiver correta.

b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

29 - (FGV / SEFAZ/RJ – Fiscal de Rendas / 2009) - De acordo com a

Resolução CFC n.º 986/03, com relação à auditoria interna, assinale a

afirmativa incorreta. a) Compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e

comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade

dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos.

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b) Está estruturada em procedimentos, com enfoque técnico, objetivo, sistemático e disciplinado, e tem por finalidade agregar

valor ao resultado da organização. c) Compreende, para fins de planejamento, os exames preliminares

das áreas, atividades, produtos e processos que definem a amplitude e a época do trabalho a ser realizado.

d) Realiza exames e investigações, incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem obter subsídios suficientes para

fundamentar as conclusões e recomendações à administração da

entidade. e) É fundamentada por informações denominadas de “referências”,

que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de modo a fornecer base sólida para as conclusões e recomendações à

administração da entidade.

30 - (CESPE / TCE/TO / 2009) - De acordo com a relação do auditor com a entidade auditada, distinguem-se as auditorias interna e

externa. Acerca desse assunto, assinale a opção correta. a) O vínculo de emprego do auditor interno lhe retira a

independência profissional desejável para atuar nos termos das normas vigentes.

b) As empresas, de um modo geral, independentemente de seu porte e da relação custo-benefício, devem dispor de auditoria

interna permanente.

c) A auditoria interna não tem como objetivo precípuo a emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis, sendo executada

mais para fins administrativos internos do que para prestação de contas a terceiros.

d) A auditoria externa deve prescindir do concurso da auditoria interna, sob pena de ser induzida em seus exames e perder a

desejável independência. e) A auditoria externa deve atuar permanentemente e

continuamente, exercendo um controle prévio, concomitante e consequente.

Gabarito:

1 – E 2 – C

3 – E

4 – D 5 – A

6 – A 7 – A

8 – E 9 – C

10 – E

11 – E 12 – D

13 – D

14 – E 15 – C

16 – D 17 – E

18 – B 19 – B

20 – D

21 – B 22 – A

23 – E

24 – E 25 – B

26 – D 27 – B

28 – E 29 – E

30 – C

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Referências utilizadas na elaboração das aulas (Atualizado até a presente aula)

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo:

Atlas, 2010.

________. Auditoria Interna. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

CASTRO, Domingos Poubel de. Auditoria e controle interno na

administração pública. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Normas Brasileiras de Contabilidade.

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed.

São Paulo: Atlas, 2010.

FONTENELLE, Rodrigo. Auditoria: mais de 219 questões de concursos com gabarito comentado. Rio de Janeiro: Elsevier. 1. ed. 2012.

FRANCO, Hilário e MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

JUND, Sérgio. Auditoria: conceitos, normas, técnicas e

procedimentos. 9. ed. Rio de janeiro: Elsevier, 2007.

RIBEIRO, Juliana Moura e RIBEIRO, Osni Moura. Auditoria fácil. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

WANDERLEY, Carlos Alexandre Nascimento. Auditoria: teoria e

questões. 1. ed. Rio de Janeiro: Ferreira, 2011.