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Curso: Conhecimentos Especficos p/ Polcia LegislativaProfessor: Alexandre Herculano
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Polcia Legislativa Cmara dos Deputados Parte Especfica - Teoria e Exerccios
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Aula 00 (demonstrativa): Lei no 10.826/2003
(Estatuto do Desarmamento).
SUMRIO PGINA
1. Apresentao 1
2. Cronograma 2
3. Lei no 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento). 4
4. Questes comentadas 23
5. Questes propostas 35
6. Gabarito 39
Ol meus amigos (as) do Estratgia Concursos!!!
Meu nome Alexandre Herculano e vamos iniciar o curso Parte
Especfica - Polcia Legislativa para o concurso da Cmara dos
Deputados com base no ltimo edital.
Sou Analista, trabalho na Secretaria Nacional de Segurana
Pblica, que fica no Ministrio da Justia em Braslia. Alm desse, passei,
tambm, para o TRT e TRF do Paran, MPU, Polcia Civil do Rio de Janeiro,
Polcia Rodoviria Federal PRF, e outros. Sou formado em Administrao e Ps-Graduado em Gesto da Segurana Pblica. Hoje, atuo, na SENASP,
como Coordenador de Programas e Projetos Especiais na rea de
Segurana Pblica.
Meus caros, a Cmara dos Deputados vem realizando, em
2012/2013, uma srie de concursos, e os prximos sero para Polcia
Legislativa, Consultor e Assistente Administrativo. A banca muito
provavelmente ser o CESPE, pois assim aconteceu nos dois ltimos
editais. Quanto ao programa, acredito que no teremos grandes
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alteraes, pois, nos editais recentes, a banca, praticamente, FRSLRX HFRORX o edital de 2007. Outra informao importante que pelo Portal Transparncia da Cmara, podemos perceber que h 47 vagas, s que
esse foi atualizado em 28/02/2013, assim, acredito que teremos mais de
60 vagas. O salrio do policial legislativo de aproximadamente R$
8.000,00 mais benefcios, ou seja, um excelente salrio para um cargo
que exige s o 2 grau.
E a esto animados? Espero que sim, pois o primado para o
sucesso nesta batalha. Quero dizer para vocs que estou nesta rea
(concurso pblico) h 10 anos, e passei por muitas dificuldades no
estudo, pois tinha que conciliar com o trabalho, o qual tinha hora para
entrar, contudo, no tinha para sair, rsrs...Era gerente de um grande
banco, cito isso, j que sei que muitos tm que fazer o mesmo, logo, digo
para vocs que possvel, acreditem!!!
Ento, com relao ao nosso curso selecionei algumas
questes dos ltimos concursos e farei novas questes estilo
CESPE, e dentro da realidade atual. Sendo assim, no vamos
perder tempo, estudando bem essa parte vocs sairo na frente,
j que muitos, ainda, no iniciaram os estudos! Pessoal qualquer
dvida recorram ao FRUM, ser um prazer atend-los, ok?
Este ser o cronograma do nosso curso:
Aula 0 (aula demonstrativa) 09 de setembro Lei no 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento).
Aula 1 23 de setembro Do Processo em Geral (CPP); Disposies Preliminares; Do Inqurito Policial.
Aula 2 07 de outubro Do Crime; Dos Crimes Contra a Vida e Das Leses Corporais; Dos Crimes Contra a Honra.
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Aula 3 21 de outubro Dos Crimes Contra o Patrimnio: Do Furto; Do Roubo e da Extorso; Do Dano; Do Estelionato e Outras Fraudes; Da
Receptao.
Aula 4 04 de novembro Dos Crimes Contra Administrao Pblica: Dos Crimes Praticados pelos Funcionrios Pblicos contra a Administrao
em Geral e Dos Crimes Praticados por Particular contra a Administrao
em Geral.
Aula 5 11 de novembro Lei 10.826/2003 (Questes) e Decreto 5.123, de 1 de julho de 2004.
Aula 6 18 de novembro Preveno e combate a incndios (classes de incndio, propagao de calor e agentes extintores).
Aula 7 25 de novembro Segurana de dignitrios: Tcnicas, tticas e operacionalizao; objeto e modus operandi. Anlise de Riscos: riscos,
ameaas, danos e perdas; diagnstico; aplicao de mtodos.
Aula 8 02 de dezembro Segurana de dignitrios: Planejamento de contingncias: necessidade; planejamento; componentes do
planejamento; manejo de emergncia; gerenciamento de crises;
procedimentos emergenciais. Noes de Planejamento de Segurana:
conceito, princpios, nveis, metodologia, modularidade e faseamento,
fases do planejamento.
Aula 9 09 de dezembro Segurana Corporativa Estratgica: Segurana da Gesto das reas e Instalaes; Segurana das
Telecomunicaes.
Aula 10 16 de dezembro Abordagem: a pessoas; a veculos; a edificaes.
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Aula 11 23 de dezembro Primeiros Socorros.
Aula 12 30 de dezembro Resoluo n 18, de 19/12/2003, Anexo I Criao do Departamento de Polcia da Cmara dos Deputados. Noes de tcnica policial. Regimento Interno: Ttulo IX, Captulo III Da Polcia da Cmara.
Aula 13 07 de Janeiro Reviso de toda a matria atravs de questes.
Observao importante: este curso protegido por direitos
autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera,
atualiza e consolida a legislao sobre direitos autorais e d
outras providncias.
Grupos de rateio e pirataria so clandestinos, violam a lei e
prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o
trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente
atravs do site Estratgia Concursos.
Ento vamos comear. Mas antes percam seis minutinhos para
assistir esse vdeo, tenho certeza que muitos iro se animar.
http://www.youtube.com/watch?v=qZIPGfzhzvM
Meus amigos (as), primeiro tentam fazer as questes, depois
confiram o gabarito na ltima pgina. Feito isso, vo at as questes
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comentadas, pois, nessa parte, vocs vo ver seus erros e aprendero
mais sobre o tema abordado.
1 - Lei 10.826, de 22 de dezembro de 2003.
Pessoal, s mais uma informao, essa aula demonstrativa,
assim, na aula 05 faremos mais questes sobre o Estatuto do
Desarmamento e vamos falar, tambm sobre o Decreto 5.123/04, o
qual regulamenta a Lei no 10.826/03. Antes de comearmos a nossa
aula, respondam a questo abaixo!
(Indita Alexandre Herculano) - permitido porte de arma de fogo nos tribunais do Poder Judicirio, descritos na Constituio
Federal, e os Ministrios Pblicos da Unio e dos Estados, para uso
exclusivo de servidores de seus quadros pessoais que efetivamente
estejam no exerccio de funes de segurana, na forma de regulamento
a ser emitido pelo Conselho Nacional de Justia - CNJ e pelo Conselho
Nacional do Ministrio Pblico - CNMP.
E a pessoal o que responderam? Hoje, antes de comear, quero
alertar a vocs que fiquem atentos com os materiais antigos, pois em
julho do ano passado, tivemos algumas alteraes no Estatuto do
Desarmamento, a incluso do inciso XI, no Art. 6 e a incluso do Art. 7A,
com cinco pargrafos.
A lei 12.694 de 24 de julho de 2012 foi a responsvel por essa
alterao. A questo acima trata do inciso XI do Art. 6, o qual foi includo
na lei 10.826/03, logo o item est correto. Ok? Abaixo destaco o novo
artigo do Estatuto do Desarmamento, com certeza as bancas vo comear
a cobr-lo!
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$UW o-A. As armas de fogo utilizadas pelos servidores das instituies descritas no inciso XI do art. 6o sero de propriedade,
responsabilidade e guarda das respectivas instituies, somente
podendo ser utilizadas quando em servio, devendo estas observar as
condies de uso e de armazenagem estabelecidas pelo rgo
competente, sendo o certificado de registro e a autorizao de porte
expedidos pela Polcia Federal em nome da instituio.
1o A autorizao para o porte de arma de fogo de que trata
este artigo independe do pagamento de taxa.
2o O presidente do tribunal ou o chefe do Ministrio Pblico
designar os servidores de seus quadros pessoais no exerccio de funes
de segurana que podero portar arma de fogo, respeitado o limite
mximo de 50% (cinquenta por cento) do nmero de servidores
que exeram funes de segurana.
3o O porte de arma pelos servidores das instituies de que
trata este artigo fica condicionado apresentao de documentao
comprobatria do preenchimento dos requisitos constantes do art. 4o
desta Lei, bem como formao funcional em estabelecimentos de
ensino de atividade policial e existncia de mecanismos de fiscalizao
e de controle interno, nas condies estabelecidas no regulamento desta
Lei.
4o A listagem dos servidores das instituies de que trata este
artigo dever ser atualizada semestralmente no Sinarm.
5o As instituies de que trata este artigo so obrigadas a
registrar ocorrncia policial e a comunicar Polcia Federal eventual
perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de armas de fogo,
acessrios e munies que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24
(vinte e quatro) horas dHSRLVGHRFRUULGRRIDWR
Caros, diz o artigo 1o do Estatuto, "O Sistema Nacional de Armas
Sinarm, institudo no Ministrio da Justia, no mbito da Polcia Federal,
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tem circunscrio em todo o territrio nacional.", ento o que o
Sirnarm? um conjunto de rgos ligados ao Ministrio de Justia
que tem como objetivo fiscalizar e controlar a produo e o
comrcio, o registro e o cadastramento das armas de fogo no
Brasil. Para a realizao deste trabalho, o Sinarm conta com o apoio da
Policia Federal que atua tambm no policiamento das nossas fronteiras
para prevenir e reprimir o contrabando de armas de fogo.
Ento, ao Sinarm compete:
identificar as caractersticas e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro;
cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no Pas;
cadastrar as autorizaes de porte de arma de fogo e as renovaes expedidas pela Polcia Federal;
cadastrar as transferncias de propriedade, extravio, furto, roubo e outras ocorrncias suscetveis de alterar os dados
cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de
empresas de segurana privada e de transporte de valores;
identificar as modificaes que alterem as caractersticas ou o funcionamento de arma de fogo;
integrar no cadastro os acervos policiais j existentes; cadastrar as apreenses de armas de fogo, inclusive as
vinculadas a procedimentos policiais e judiciais;
cadastrar os armeiros em atividade no Pas, bem como conceder licena para exercer a atividade;
cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e importadores autorizados de armas
de fogo, acessrios e munies;
cadastrar a identificao do cano da arma, as caractersticas das impresses de raiamento e de microestriamento de projtil
disparado, conforme marcao e testes obrigatoriamente
realizados pelo fabricante;
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informar s Secretarias de Segurana Pblica dos Estados e do Distrito Federal os registros e autorizaes de porte de armas
de fogo nos respectivos territrios, bem como manter o
cadastro atualizado para consulta.
As disposies acima no alcanam as armas de fogo das Foras
Armadas e Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus
registros prprios.
Temos que saber que obrigatrio o registro de arma de fogo no
rgo competente. S que, as armas de fogo de uso restrito sero
registradas no Comando do Exrcito, conforme regulamentao da lei
em vigo.
Para adquirir uma arma de fogo de uso permitido o interessado
dever, alm de declarar a efetiva necessidade, atender aos seguintes
requisitos:
comprovao de idoneidade, com a apresentao de certides negativas de antecedentes criminais fornecidas
pela Justia Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de no
estar respondendo a inqurito policial ou a processo
criminal, que podero ser fornecidas por meios eletrnicos;
apresentao de documento comprobatrio de ocupao lcita e de residncia certa;
comprovao de capacidade tcnica e de aptido psicolgica para o manuseio de arma de fogo,
atestadas na forma disposta no regulamento desta Lei.
Meus amigos (as), estar dispensado da capacidade tcnica e de
aptido psicolgica o interessado em adquirir arma de fogo de uso
permitido que comprove estar autorizado a portar arma com as
mesmas caractersticas daquela a ser adquirida, alm de que devero ser
comprovados periodicamente, em perodo no inferior a 3 (trs) anos, na
conformidade do estabelecido no regulamento do Estatuto, para a
renovao do Certificado de Registro de Arma de Fogo, tanto
psicolgica avaliao, como as duas primeiras! Ok?
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O Sinarm expedir autorizao de compra de arma de fogo
aps atendidos os requisitos anteriormente estabelecidos, em
nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransfervel esta
autorizao. E essa ser concedida, ou recusada com a devida
fundamentao, no prazo de 30 (trinta) dias teis, a contar da data
do requerimento do interessado.
A aquisio de munio somente poder ser feita no calibre
correspondente arma registrada e na quantidade estabelecida no
regulamento desta Lei.
A empresa que comercializar arma de fogo em territrio
nacional obrigada a comunicar a venda autoridade competente, como
tambm a manter banco de dados com todas as caractersticas da arma e
cpia dos documentos (idoneidade, ocupao lcita e avaliao
psicolgica).
A empresa que comercializa armas de fogo, acessrios e
munies responde legalmente por essas mercadorias, ficando registradas
como de sua propriedade enquanto no forem vendidas.
A comercializao de armas de fogo, acessrios e munies
entre pessoas fsicas somente ser efetivada mediante autorizao do
Sinarm.
O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em
todo o territrio nacional, autoriza o seu proprietrio a manter a
arma de fogo exclusivamente no interior de sua residncia ou
domiclio, ou dependncia desses, ou, ainda, no seu local de trabalho,
desde que seja ele o titular ou o responsvel legal pelo estabelecimento
ou empresa. Isso indica que o proprietrio no poder portar arma de
fogo fora dos locais indicados, sob pena de responsabilidade penal.
possvel manter em casa arma recebida como herana, h muito tempo?
possvel, mas para manter em casa arma de fogo, mesmo antiga,
necessrio possuir o registro fornecido pelo Sinarm atravs da Polcia
Federal. No caso de herana, se a arma j era registrada deve ser
requerida a transferncia da propriedade ao interessado e ser
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providenciado o novo registro. O certificado de registro de arma de fogo
ser expedido pela Polcia Federal e ser precedido de autorizao do
Sinarm.
Assim, a regra no Estatuto a proibio do porte de arma de fogo
em todo o territrio nacional, salvo para os casos previstos em legislao
prpria e para:
os integrantes das Foras Armadas; os integrantes de rgos referidos nos incisos do caput do
art. 144 da Constituio Federal;
os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municpios com mais de 500.000 (quinhentos mil)
habitantes, nas condies estabelecidas no regulamento desta
Lei;
os integrantes das guardas municipais dos Municpios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de 500.000
(quinhentos mil) habitantes, quando em servio;
os agentes operacionais da Agncia Brasileira de Inteligncia e os agentes do Departamento de Segurana do Gabinete de
Segurana Institucional da Presidncia da Repblica;
os integrantes dos rgos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituio Federal;
os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas
porturias;
as empresas de segurana privada e de transporte de valores constitudas, nos termos desta Lei;
para os integrantes das entidades de desporto legalmente constitudas, cujas atividades esportivas demandem o uso de
armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei,
observando-se, no que couber, a legislao ambiental.
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integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-
Fiscal e Analista Tributrio.
Ento pessoal, alm desses temos os agentes de segurana dos
tribunais e do Ministrio Pblico, conforme relatamos no incio da aula.
Porm, os integrantes das foras armadas, dos rgos de segurana,
elencados no art. 144 da CF, os agentes da ABIN e do Gabinete de
Segurana Institucional da Repblica, os guardas civis, em cidades com
mais de 500.000 habitantes e os policiais legislativos, tero direito de
portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela
respectiva corporao ou instituio, mesmo fora de servio, nos termos
do regulamento desta Lei, s que para os guardas em mbito regional,
ok?
A autorizao para o porte de arma de fogo das guardas
municipais est condicionada formao funcional de seus
integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade policial e
existncia de mecanismos de fiscalizao e de controle interno, nas
condies estabelecidas no regulamento do Estatuto do Desarmamento,
observada a superviso do Comando do Exrcito.
Esta uma forma de exigir a capacitao dos agentes que estaro
em contato direto com a populao e portando armas de fogo. Em So
Paulo o curso de formao dos integrantes das Guardas Municipais feito
na Academia de Polcia Civil que os prepara para o exerccio da profisso,
inclusive com expedio do certificado de concluso e aproveitamento.
Nesse curso os alunos so orientados sob o manuseio da arma de fogo e
tm aulas prticas de tiro para adquirirem aptido e capacidade tcnica.
Aos residentes em reas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco)
anos que comprovem depender do emprego de arma de fogo para
prover sua subsistncia alimentar familiar ser concedido pela
Polcia Federal o porte de arma de fogo, na categoria caador para
subsistncia, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1
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(um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16
(dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva necessidade
em requerimento ao qual devero ser anexados os seguintes
documentos:
documento de identificao pessoal; comprovante de residncia em rea rural; e atestado de bons antecedentes.
O caador para subsistncia que der outro uso sua arma de
fogo, independentemente de outras tipificaes penais, responder,
conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma de fogo de uso
permitido.
Aos integrantes das guardas municipais dos Municpios que
integram regies metropolitanas ser autorizado porte de arma de fogo,
quando em servio.
As armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de
segurana privada e de transporte de valores, constitudas na forma da
lei, sero de propriedade, responsabilidade e guarda das
respectivas empresas, somente podendo ser utilizadas quando em
servio, devendo essas observar as condies de uso e de armazenagem
estabelecidas pelo rgo competente, sendo o certificado de registro e a
autorizao de porte expedidos pela Polcia Federal em nome da empresa.
Caros, os empregados das empresas de segurana privada e de
transporte de valores respondero criminalmente pelo abuso que
cometerem ao utilizarem arma. Os diretores e gerentes devem
requerer o certificado de registro, a autorizao de porte Polcia Federal,
juntando cpia do contrato empresarial firmado entre a empresa
prestadora e as empresas para as quais prestar o servio de segurana e
de transporte de valores.
O proprietrio ou diretor responsvel de empresa de segurana
privada e de transporte de valores responder pelo crime de omisso de
cautela, sem prejuzo das demais sanes administrativas e civis, se
deixar de registrar ocorrncia policial e de comunicar Polcia Federal
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perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de armas de fogo,
acessrios e munies que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24
(vinte e quatro) horas depois de ocorrido o fato.
A empresa de segurana e de transporte de valores dever
apresentar documentao comprobatria do preenchimento dos
requisitos, os quais elencamos no incio da aula, quanto aos empregados
que portaro arma de fogo. A listagem dos empregados das
empresas dever ser atualizada semestralmente junto ao Sinarm.
As armas de fogo utilizadas em entidades desportivas
legalmente constitudas devem obedecer s condies de uso e de
armazenagem estabelecidas pelo rgo competente, respondendo o
possuidor ou o autorizado a portar a arma pela sua guarda na forma do
regulamento desta Lei.
Compete ao Ministrio da Justia a autorizao do porte de
arma para os responsveis pela segurana de cidados estrangeiros em
visita ou sediados no Brasil e, ao Comando do Exrcito, nos termos do
regulamento desta Lei, o registro e a concesso de porte de trnsito de
arma de fogo para colecionadores, atiradores e caadores e de
representantes estrangeiros em competio internacional oficial de tiro
realizada no territrio nacional.
A autorizao para o porte de arma de fogo de uso permitido,
em todo o territrio nacional, de competncia da Polcia Federal e
somente ser concedida aps autorizao do Sinarm. Essa, poder ser
concedida com eficcia temporria e territorial limitada, nos termos
de atos regulamentares, e depender de o requerente:
demonstrar a sua efetiva necessidade por exerccio de atividade profissional de risco ou de ameaa sua integridade
fsica;
atender s exigncias previstas no art. 4o desta Lei; apresentar documentao de propriedade de arma de fogo,
bem como o seu devido registro no rgo competente.
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A autorizao de porte de arma de fogo, prevista anteriormente,
perder automaticamente sua eficcia caso o portador dela seja detido ou
abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de substncias qumicas
ou alucingenas.
Dos crimes e das penas
Pessoal, a partir de agora vou destacar o crime e farei abaixo os
devidos comentrios, ok? Vamos l!
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido
"Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo,
acessrio ou munio, de uso permitido, em desacordo com
determinao legal ou regulamentar, no interior de sua residncia
ou dependncia desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde
que seja o titular ou o responsvel legal do estabelecimento ou
empresa:
Pena deteno, de 1 (um) a 3 (trs) anos, e multa."
Uma informao importante aqui, que durante um bom temo
(12/03 a 12/09) tivemos vrias normas, as quais concederam prazos para
regularizao da posse ilegal. Assim, o STJ e o STF denominaram aquele
SHUtRGR GH DEROLFLR FULPLQLV WHPSRUiULD RX DWLSLFLGDGH PRPHQWkQHDassim, a partir de 01.01.10 passou a ser considerado o crime de posse,
entretanto, a entrega espontnea da arma causa extintiva da
punibilidade.
Omisso de cautela
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"Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessrias para impedir
que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de
deficincia mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua
posse ou que seja de sua propriedade:
Pena deteno, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. Pargrafo nico. Nas mesmas penas incorrem o proprietrio ou
diretor responsvel de empresa de segurana e transporte de
valores que deixarem de registrar ocorrncia policial e de
comunicar Polcia Federal perda, furto, roubo ou outras formas
de extravio de arma de fogo, acessrio ou munio que estejam
sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de
ocorrido o fato."
Trata-se de crime culposo na modalidade de negligncia ou
imprudncia do proprietrio da arma em deix-la s vistas do menor de
18 anos ou de pessoa portadora de deficincia ou permitir que essas
pessoas a manuseie. Se a arma estiver carregada e disparar ferindo ou
matando o menor, ou pessoa portadora de deficincia, o proprietrio da
arma que negligenciou a sua guarda ou agiu com imprudncia
entregando-a a uma dessas pessoas, responder pelo crime. Trata-se do
princpio da consumao, que quando o crime mais grave absorve o
menos grave. Se no houver a prtica de crime mais grave, o agente
responder somente por infrao. O crime afianvel, podendo a fiana
ser concedida pela autoridade policial.
J no pargrafo nico, trata-se de omisso na comunicao
de crime ou de fato relevante que deve ser apurado de imediato, bem
como serem tomadas as providncias cabveis pelo rgo competente que
a Polcia Federal. A infrao punida com deteno de 1 (um) a 2 (dois)
anos e multa, portanto a pena de deteno cumulativa com a de
multa, no podendo ser aplicada isoladamente. Em que pese a lei
falar em comunicao sobre furto, roubo, extravio de armas, acessrios e
munies poder ser feita tambm s autoridades policiais estaduais que
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tomaro as providncias cabveis enviando a ocorrncia Polcia Federal,
nos termos do pargrafo em comento. verdade que no so todos os
municpios que tm sede da Polcia Federal para receber a comunicao
sobre os fatos aqui tratados. O crime afianvel, podendo a fiana ser
concedida pela autoridade policial.
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
"Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em
depsito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar,
remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo,
acessrio ou munio, de uso permitido, sem autorizao e em
desacordo com determinao legal ou regulamentar:
Pena recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Pargrafo nico. O crime previsto neste artigo inafianvel,
salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do
agente."
As modalidades: portar, deter e ter em depsito constituem o
crime permanente que aquela cuja consumao se perde no tempo
dependente da atividade, ao ou omisso, de quem o pratica, como
sucede no crcere privado. Para isso basta haver denncia polcia; ser
procedida diligncia no local onde est sendo cometida a infrao e o
agente ser encontrado em poder do objeto que apreendido caracterizar a
prova material do crime.
As modalidades: adquirir, fornecer e receber so crimes
instantneos que se consumam no ato em que o agente est se
apossando da arma, comprando-a ou trocando-a com outro objeto,
quando ele est fornecendo a arma a algum para ser transacionada ou
quando ele a recebe de mos de qualquer pessoa, para qualquer
finalidade.
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Aproveitando aqui, farei a seguinte pergunta: a arma
desmuniciada configura ou no crime? Pessoal, a corrente majoritria
diz que a arma desmuniciada configura crime, pois, o crime de posse ou
porte so crimes de perigo abstrato, mas no pacfico esse
entendimento. J a arma quebrada, ou seja, inapta para disparar crime
impossvel por impropriedade do objeto, j se a inaptido for relativa ser
crime. Outra coisa, no se aplica o princpio da insignificncia nos crimes
de porte e posse de munio, s que, ano passado uma turma do STJ, de
forma isolada, aplicou esse princpio no crime de porte, ok?
Disparo de arma de fogo
"Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munio em
lugar habitado ou em suas adjacncias, em via pblica ou em
direo a ela, desde que essa conduta no tenha como finalidade
a prtica de outro crime:
Pena recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Pargrafo nico. O crime previsto neste artigo inafianvel."
Acima temos duas condutas: disparar arma de fogo ou
acionar munio. A doutrina entende esse crime no se aplica, caso o
disparo para outro crime mais grave.
Pessoal, de acordo com a deciso do STF foram considerados inconstitucionais os pargrafos nicos dos artigos
14 e 15 da Lei 10.826/2003 e, portanto, sendo possvel a fiana.
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Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
"Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber,
ter em depsito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar
arma de fogo, acessrio ou munio de uso proibido ou restrito,
sem autorizao e em desacordo com determinao legal ou
regulamentar:
Pena recluso, de 3 (trs) a 6 (seis) anos, e multa. Pargrafo nico. Nas mesmas penas incorre quem:
I suprimir ou alterar marca, numerao ou qualquer sinal de identificao de arma de fogo ou artefato;
II modificar as caractersticas de arma de fogo, de forma a torn-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou
para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro
autoridade policial, perito ou juiz;
III possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendirio, sem autorizao ou em desacordo com determinao
legal ou regulamentar;
IV portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numerao, marca ou qualquer outro sinal de
identificao raspado, suprimido ou adulterado;
V vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessrio, munio ou explosivo a criana ou
adolescente; e
VI produzir, recarregar ou reciclar, sem autorizao legal, ou adulterar, de qualquer forma, munio ou explosivo."
As modalidades: possuir, deter, portar e ter em depsito,
guardar e ocultar constituem crime permanente, eis que a ao se
permanece no tempo, s cessando quando o agente for preso e o objeto
for apreendido. As modalidades: adquirir, fornecer, receber,
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transportar e ceder constituem crime instantneo porque se consumam
de imediato. Todas as modalidades so a ttulo de dolo direito, no
admitindo a culpa. Portanto trata-se de crime doloso e no culposo.
Quanto ao pargrafo nico, aplica-se, tambm, arma,
acessrio e munio de uso proibido ou restrito e tambm de uso
permitido. Segundo o STJ esse pargrafo tipo penal independente.
2XWUD FRLVD QR FDVR GH vender arma de fogo (...) a criana ou DGROHVFHQWH, aplica-se o ECA caso seja arma branca, caso contrrio, aplica-se o Estatuto do Desarmamento.
Comrcio ilegal de arma de fogo
"Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir,
ocultar, ter em depsito, desmontar, montar, remontar, adulterar,
vender, expor venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito
prprio ou alheio, no exerccio de atividade comercial ou
industrial, arma de fogo, acessrio ou munio, sem autorizao
ou em desacordo com determinao legal ou regulamentar:
Pena recluso, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. Pargrafo nico. Equipara-se atividade comercial ou industrial,
para efeito deste artigo, qualquer forma de prestao de servios,
fabricao ou comrcio irregular ou clandestino, inclusive o
exercido em residncia."
No caso acima, temos um crime instantneo, no habitual, j
que uma nica conduta o necessrio para consum-lo.
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Trfico internacional de arma de fogo
"Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou sada
do territrio nacional, a qualquer ttulo, de arma de fogo,
acessrio ou munio, sem autorizao da autoridade
competente:
Pena recluso de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Trata-se de crime instantneo, de efeitos permanentes porque o
tempo que durar a importao, a exportao e o favorecimento que pode
ser praticado em vrios atos, o indivduo est na prtica da infrao
penal. O STF e o STJ no admitem o princpio da insignificncia nesse
crime, ok?
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena
aumentada da metade se a arma de fogo, acessrio ou munio
forem de uso proibido ou restrito.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18,
a pena aumentada da metade se forem praticados por
integrante dos rgos e empresas referidas nos arts. 6o, 7o e 8o
desta Lei.
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 so
insuscetveis de liberdade provisria."
Disposies Gerais
Todas as munies comercializadas no Pas devero estar
acondicionadas em embalagens com sistema de cdigo de barras,
gravado na caixa, visando possibilitar a identificao do fabricante e do
adquirente, entre outras informaes definidas pelo regulamento desta
Lei.
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As armas de fogo apreendidas, aps a elaborao do laudo
pericial e sua juntada aos autos, quando no mais interessarem
persecuo penal sero encaminhadas pelo juiz competente ao Comando
do Exrcito, no prazo mximo de 48 (quarenta e oito) horas, para
destruio ou doao aos rgos de segurana pblica ou s Foras
Armadas, na forma do regulamento desta Lei.
As armas de fogo encaminhadas ao Comando do Exrcito que
receberem parecer favorvel doao, obedecidos o padro e a dotao
de cada Fora Armada ou rgo de segurana pblica, atendidos os
critrios de prioridade estabelecidos pelo Ministrio da Justia e ouvido o
Comando do Exrcito, sero arroladas em relatrio reservado trimestral a
ser encaminhado quelas instituies, abrindo-se-lhes prazo para
manifestao de interesse. O Comando do Exrcito encaminhar a
relao das armas a serem doadas ao juiz competente, que determinar o
seu perdimento em favor da instituio beneficiada. O transporte das
armas de fogo doadas ser de responsabilidade da instituio
beneficiada, que proceder ao seu cadastramento no Sinarm ou no
Sigma.
O Poder Judicirio instituir instrumentos para o
encaminhamento ao Sinarm ou ao Sigma, conforme se trate de arma de
uso permitido ou de uso restrito, semestralmente, da relao de armas
acauteladas em juzo, mencionando suas caractersticas e o local onde se
encontram.
So vedadas a fabricao, a venda, a comercializao e a
importao de brinquedos, rplicas e simulacros de armas de fogo, que
com estas se possam confundir. Excetuam-se da proibio as rplicas
e os simulacros destinados instruo, ao adestramento, ou coleo de
usurio autorizado, nas condies fixadas pelo Comando do Exrcito.
Caber ao Comando do Exrcito autorizar, excepcionalmente, a
aquisio de armas de fogo de uso restrito.
vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir
arma de fogo, ressalvados os integrantes: das Foras Armadas, os
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integrantes de rgos referidos nos incisos do caput do art. 144 da
Constituio Federal, das guardas municipais das capitais dos
Estados e dos Municpios com mais de 500.000 (quinhentos mil)
habitantes, nas condies estabelecidas no regulamento do Estatuto, os
agentes operacionais da Agncia Brasileira de Inteligncia e os agentes do
Departamento de Segurana do Gabinete de Segurana Institucional da
Presidncia da Repblica, os agentes operacionais da Agncia Brasileira
de Inteligncia e os agentes do Departamento de Segurana do Gabinete
de Segurana Institucional da Presidncia da Repblica, policiais
legislativos, do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os
integrantes das escoltas de presos e as guardas porturias e das
Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do
Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributrio.
Meus amigos (as) espero vocs nas prximas aulas! Vamos fechar
o edital na parte especfica.
Vamos fazer algumas questes, de concursos anteriores, para
gravamos melhor o que abordamos em aula. Vamos l!
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Questes comentadas
1) (CESPE - 2012 - Polcia Federal - Agente da Polcia Federal)
luz da lei dos crimes ambientais e do Estatuto do Desarmamento, julgue
os itens seguintes.
Responder pelo delito de omisso de cautela o proprietrio ou o diretor
responsvel de empresa de segurana e transporte de valores que deixar
de registrar ocorrncia policial e de comunicar Polcia Federal, nas
primeiras vinte e quatro horas depois de ocorrido o fato, a perda de
munio que esteja sob sua guarda.
Comentrios:
Gabarito: C.
Isso mesmo pessoal, muito cuidado com esse prazo, pois ora o
H[DPLQDGRU FRORFD GH LPHGLDWR RUD FRORFD QDV SULPHLUDV KVejamos a literalidade:
$UW'HL[DUGHREservar as cautelas necessrias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de
deficincia mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua
posse ou que seja de sua propriedade:
Pena deteno, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
Pargrafo nico. Nas mesmas penas incorrem o
proprietrio ou diretor responsvel de empresa de segurana
e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrncia policial
e de comunicar Polcia Federal perda, furto, roubo ou outras
formas de extravio de arma de fogo, acessrio ou munio que
estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas
depois de ocorrido o fato
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2) (CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado de Polcia) Considere a
seguinte situao hipottica.
Alfredo, imputvel, transportava em seu veculo um revlver de calibre
38, quando foi abordado em uma operao policial de trnsito. A
diligncia policial resultou na localizao da arma, desmuniciada, embaixo
do banco do motorista. Em um dos bolsos da mochila de Alfredo foram
localizados 5 projteis do mesmo calibre. Indagado a respeito, Alfredo
declarou no possuir autorizao legal para o porte da arma nem o
respectivo certificado de registro. O fato foi apresentado autoridade
policial competente.
Nessa situao, caber autoridade somente a apreenso da arma e das
munies e a imediata liberao de Alfredo, visto que, estando o
armamento desmuniciado, no se caracteriza o crime de porte ilegal de
arma de fogo.
Comentrios:
Gabarito: E.
Ento meus caros, para responder essa questo faz-se
necessrio o conhecimento das decises do STF. O STF j se posicionou
pela ocorrncia de crime mesmo quando a arma est sem munio, o
simples porte de munio, tambm, caracteriza o delito de porte ilegal.
Mas, no pacfico esse entendimento, ok? Vejamos:
$UPDGHVPXQLFLDGDQRFDVRGDDUPDGHVPXQLFLDGD67)+&81.057-SP , rel. Min. Seplveda Pertence) no h que se
falar em delito (de posse ou de porte de arma) porque, sem
munio, no conta ela com potencialidade lesiva real. Nesse
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mesmo sentido confira RHC 90.197-DF , Primeira Turma do
67)HDJRUDWDPEpPR+& Assim, essa questo dos crimes de posse ou porte ilegal de
arma desmuniciada ainda gera inmeras discusses no mbito do Pretrio
Excelso. Divergem ambas as Turmas sobre a tipicidade da conduta,
havendo precedentes tanto a favor quanto contra o reconhecimento
da atipicidade.
3) (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judicirio - Oficial de Justia
Avaliador) Com base nas disposies do Estatuto do
Desarmamento, da Lei Maria da Penha, do Estatuto da Criana e
do Adolescente e do Estatuto do Idoso, julgue os itens
subsequentes.
De acordo com o Estatuto do Desarmamento, constitui circunstncia
qualificadora do crime de posse ou porte de arma de fogo ou munio o
fato de ser o agente reincidente em crimes previstos nesse estatuto.
Comentrios:
Gabarito: E.
Pessoal, o Estatuto no faz meno sobre essa qualificadora. O
que temos um aumento de pena no caso de os crimes de porte, posse
no, quando praticados por integrante dos rgos e empresas elencadas
nos artigos 6, 7 e 8 do Estatuto.
$UW 3RVVXLU RX PDQWHU VRE VXD JXDUGD DUPD GH IRJRacessrio ou munio, de uso permitido, em desacordo com
determinao legal ou regulamentar, no interior de sua
residncia ou dependncia desta, ou, ainda no seu local de
trabalho, desde que seja o titular ou o responsvel legal do
estabelecimento ou empresa:
Pena deteno, de 1 (um) a 3 (trs) anos, e multa.
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Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em
depsito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar
arma de fogo, acessrio ou munio, de uso permitido, sem
autorizao e em desacordo com determinao legal ou
regulamentar:
Pena recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Pargrafo nico. O crime previsto neste artigo inafianvel,
salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do
agente. (Vide Adin 3.112- Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a
pena aumentada da metade se forem praticados por
integrante dos rgos e empresas referidas nos arts. 6o, 7o e
8o desta Lei.
4) (INDITA ALEXANDRE HERCULANO - 2013) Segundo o STF o porte de arma sem munio, o porte de arma ineficaz para o disparo e o
porte de munio isoladamente configura crime, e suas penas sero
regulamentadas pelo Estatuto do Desarmamento.
Comentrios:
Gabarito: C.
A 1 Turma do Supremo Tribunal Federal, reformulando
antigo posicionamento, passou a se pronunciar no sentido de que, para o
perfazimento do crime de porte de arma de fogo (arts. 14 e 16 do
Estatuto do Desarmamento), no importa se o artefato est ou no
municiado ou, ainda, se apresenta regular funcionamento.
(STF, 1 Turma, HC 96922/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 17/03/2009, DJe 17/04/2009. STF, 1
Turma, RHC 90197/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j.
09/06/2009. STF, 1 Turma, HC 95018/RS, Rel. Min. Carlos
Britto, j. 09/06/2009, DJe de 07/08/2009. STF, 1 Turma, HC
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96072/RJ, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 16/03/2010, DJe
de 09/04/2010).
5) (CESPE - 2010 - MPU - Tcnico de Apoio Especializado Segurana) No que se refere ao Sistema Nacional de Armas
(SINARM) e ao registro de armas, julgue os itens a seguir.
Compete exclusivamente ao Comando do Exrcito a identificao das
alteraes feitas nas caractersticas ou no funcionamento de armas de
fogo.
Comentrios:
Gabarito: E.
No competncia do Comando do Exrcito e sim do Sinarm.
Aproveitando, vamos ver essa e outras competncias desse:
$UW R 2 6LVWHPD 1DFLRQDO GH $UPDV Sinarm, institudo no Ministrio da Justia, no mbito da Polcia
Federal, tem circunscrio em todo o territrio nacional.
Art. 2o Ao Sinarm compete:
I identificar as caractersticas e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro;
II cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no Pas;
III cadastrar as autorizaes de porte de arma de fogo e as renovaes expedidas pela Polcia Federal;
IV cadastrar as transferncias de propriedade, extravio, furto, roubo e outras ocorrncias suscetveis de
alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de
fechamento de empresas de segurana privada e de
transporte de valores;
V identificar as modificaes que alterem as caractersticas ou o funcionamento de arma de fogo;
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VI integrar no cadastro os acervos policiais j existentes;
VII cadastrar as apreenses de armas de fogo, inclusive as vinculadas a procedimentos policiais e judiciais;
VIII cadastrar os armeiros em atividade no Pas, bem como conceder licena para exercer a atividade;
IX cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e importadores
autorizados de armas de fogo, acessrios e munies;
X cadastrar a identificao do cano da arma, as caractersticas das impresses de raiamento e de
microestriamento de projtil disparado, conforme marcao e
testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante;
XI informar s Secretarias de Segurana Pblica dos Estados e do Distrito Federal os registros e autorizaes de
porte de armas de fogo nos respectivos territrios, bem como
manter o cadastro atualizado para consulta.
Pargrafo nico. As disposies deste artigo no
alcanam as armas de fogo das Foras Armadas e Auxiliares,
bem como as demais que constem dos seus registros
SUySULRV
6) (CESPE 2013 - PC-BA Delegado de Polcia) Servidor pblico alfandegrio que, em servio de fiscalizao fronteiria, permitir a
determinado indivduo penalmente imputvel adentrar o territrio
nacional trazendo consigo, sem autorizao do rgo competente e sem o
devido desembarao, pistola de calibre 380 de fabricao estrangeira
dever responder pela prtica do crime de facilitao de contrabando,
com infrao do dever funcional excluda a hiptese de aplicao do
Estatuto do Desarmamento.
Comentrios:
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Gabarito: E.
Meus amigos (as), no caso acima cabe a aplicao do Estatuto.
O crime de trfico internacional de armas de fogo prev, tambm, a
conduta de facilitar a entrada ou sada das armas de fogo do territrio
nacional sem autorizao. Vejamos a literalidade:
7UiILFRLQWHUQDFLRQDOGHDUPDGHIRJR
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou
sada do territrio nacional, a qualquer ttulo, de arma de
fogo, acessrio ou munio, sem autorizao da autoridade
competente:
Pena UHFOXVmRGHTXDWURDRLWRDQRVHPXOWD
7) (CESPE - 2010 - MPU - Tcnico de Apoio Especializado Segurana) No que se refere ao Sistema Nacional de Armas
(SINARM) e ao registro de armas, julgue os itens a seguir.
Compete ao SINARM informar s secretarias de segurana pblica dos
estados e do Distrito Federal os registros e autorizaes de porte de
armas de fogo nos respectivos territrios, bem como manter o cadastro
atualizado para consulta.
Comentrios:
Gabarito: C.
Opa! Vimos acima as competncias do Sinarm, vejamos
novamente:
Art. 2o Ao Sinarm compete:
I identificar as caractersticas e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro;
II cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no Pas;
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III cadastrar as autorizaes de porte de arma de fogo e as renovaes expedidas pela Polcia Federal;
IV cadastrar as transferncias de propriedade, extravio, furto, roubo e outras ocorrncias suscetveis de
alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de
fechamento de empresas de segurana privada e de
transporte de valores;
V identificar as modificaes que alterem as caractersticas ou o funcionamento de arma de fogo;
VI integrar no cadastro os acervos policiais j existentes;
VII cadastrar as apreenses de armas de fogo, inclusive as vinculadas a procedimentos policiais e judiciais;
VIII cadastrar os armeiros em atividade no Pas, bem como conceder licena para exercer a atividade;
IX cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e importadores
autorizados de armas de fogo, acessrios e munies;
X cadastrar a identificao do cano da arma, as caractersticas das impresses de raiamento e de
microestriamento de projtil disparado, conforme marcao e
testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante;
XI informar s Secretarias de Segurana Pblica dos Estados e do Distrito Federal os registros e
autorizaes de porte de armas de fogo nos respectivos
territrios, bem como manter o cadastro atualizado
para consulta.
Pargrafo nico. As disposies deste artigo no
alcanam as armas de fogo das Foras Armadas e Auxiliares,
bem como as demais que constem dos seus registros
SUySULRV
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Pessoal, fica evidente que o estudo dessas competncias
imprescindvel, ok?
8) (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivo de Polcia Civil) Em relao s
disposies da Lei n. 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento),
assinale a opo correta.
A) Ser aplicada multa empresa de produo ou comrcio de
armamentos que realizar publicidade para venda, estimulando o uso
indiscriminado de armas de fogo, exceto nas publicaes especializadas.
B) Durante o prazo de que a populao dispe para entreg-la Polcia
Federal, o delito de posse de arma de fogo foi claramente abolido pela
referida norma.
C) amplamente admissvel a considerao da arma desmuniciada como
majorante no delito de roubo, porquanto, ainda que desprovida de
potencialidade lesiva, sua utilizao capaz de produzir temor maior
vtima.
D) A utilizao de arma de brinquedo durante um assalto acarreta a
majorao, de um tero at metade, da pena eventualmente aplicada ao
criminoso.
Comentrios:
Gabarito: A.
Ento, viram o que o examinador cobrou? Fica comprovado que
vocs no podem descartar nenhuma informao no Estatuto, sei que
muitos s estudam os crimes, mas o CESPE cobra tudo, ok? Vejamos a
literalidade:
Art. 33. Ser aplicada multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), conforme
especificar o regulamento desta Lei:
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I empresa de transporte areo, rodovirio, ferrovirio, martimo, fluvial ou lacustre que deliberadamente,
por qualquer meio, faa, promova, facilite ou permita o
transporte de arma ou munio sem a devida autorizao ou
com inobservncia das normas de segurana;
II empresa de produo ou comrcio de armamentos que realize publicidade para venda,
estimulando o uso indiscriminado de armas de fogo,
exceto nas publicaes especializadas.
Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados,
com aglomerao superior a 1000 (um mil) pessoas,
adotaro, sob pena de responsabilidade, as providncias
necessrias para evitar o ingresso de pessoas armadas,
ressalvados os eventos garantidos pelo inciso VI do art. 5o da
Constituio Federal. Pargrafo nico. As empresas responsveis pela
prestao dos servios de transporte internacional e
interestadual de passageiros adotaro as providncias
necessrias para evitar o embarque de passageiros armados.
9HMDPRVDVGHPDLVRSo}HVQRFDVRGDOHWUD%HVWiHUUDGRRque afirmou o H[DPLQDGRU SRLV QmR IRL DEROLGR PDV VLP SHUPLWLGR DSRVVH WUDQVLWyULDDSyVUHDOL]DGRRVGHYLGRVSURFHGLPHQWRV1RFDVRGDOHWUD& MiYLPRVTXHHVVHHQWHQGLPHQWRQmRpSDFtILFR1D OHWUD'Rerro est em afirmar essa majorante, j que a smula 174 foi cancelada,
assim, no cabe esse aumento. Vejamos o julgado do STJ:
Em que pese o cancelamento da Smula n. 174, do Superior Tribunal de Justia, que preconizava a possibilidade
de aumento de pena na hiptese de intimidao com arma de
brinquedo, ou ainda que se discuta a potencialidade ofensiva
do instrumento utilizado para a realizao do crime de roubo,
cabe Defesa comprovar que a causa especial de aumento da
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pena no restou configurada, pois a potencialidade ofensiva
da arma utilizada no roubo presumida.
Precedente do STF. (STJ - HC 128383 / RJ rgo Julgador: Quinta Turma - Relatora Min. Laurita Vaz Data do Julgamento: 05/05/2009).ROUBO PRATICADO MEDIANTE
CONCURSO DE AGENTES E EMPREGO DE ARMA DE
BRINQUEDO. INCIDNCIA DA CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO
DE PENA DE 3/8. IMPOSSIBILIDADE. CANCELAMENTO DA
SMULA N 174 DESTA CORTE. (STJ - HC 30638 /SP Relator Min. PAULO GALLOTTI rgo Julgador: Sexta Turma Data de Julgamento: 23/03/2004 '-(
9) (CESPE 2012 Escrivo Polcia Civil/AL) A posse de arma de brinquedo ou a utilizao de qualquer outro instrumento simulador de
arma de fogo configura, segundo expressamente previsto na norma de
regncia, crime de porte de arma.
Comentrios:
Gabarito: E.
O Estatuto do Desarmamento veda a fabricao, a venda, a
comercializao e a importao de brinquedos, rplicas e simulacros de
armas de fogo, que com estas possam se confundir. Todavia, no h
tipificao penal de tais de condutas e muito menos podemos falar na
posse de arma de brinquedo.
10) (CESPE 2012 - Tcnico Judicirio) Considere a seguinte situao hipottica.
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Antnio, penalmente capaz, foi abordado por policiais militares, que o
flagraram portando trs cartuchos intactos de munio de calibre 40, de
uso restrito das foras policiais. Indagado a respeito de sua conduta,
Antnio informou no possuir autorizao para portar as munies,
alegando, no entanto, no possuir arma de fogo de qualquer calibre.
Nessa situao, a conduta de Antnio atpica, pois a munio, por si s,
no oferece qualquer potencial lesivo.
Comentrios:
Gabarito: E.
O porte de munio apenado da mesma forma que o porte
da arma de fogo. Vejamos a literalidade:
$UW3RUWDUGHter, adquirir, fornecer, receber, ter em depsito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar
arma de fogo, acessrio ou munio, de uso permitido, sem
autorizao e em desacordo com determinao legal ou
regulamentar:
Pena recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Pargrafo nico. O crime previsto neste artigo
inafianvel, salvo quando a arma de fogo estiver registrada
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Questes Propostas
1) (CESPE - 2012 - Polcia Federal - Agente da Polcia Federal)
luz da lei dos crimes ambientais e do Estatuto do Desarmamento, julgue
os itens seguintes.
Responder pelo delito de omisso de cautela o proprietrio ou o
diretor responsvel de empresa de segurana e transporte de
valores que deixar de registrar ocorrncia policial e de comunicar
Polcia Federal, nas primeiras vinte e quatro horas depois de
ocorrido o fato, a perda de munio que esteja sob sua guarda.
2) (CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado de Polcia) Considere a
seguinte situao hipottica.
Alfredo, imputvel, transportava em seu veculo um revlver de
calibre 38, quando foi abordado em uma operao policial de
trnsito. A diligncia policial resultou na localizao da arma,
desmuniciada, embaixo do banco do motorista. Em um dos bolsos
da mochila de Alfredo foram localizados 5 projteis do mesmo
calibre. Indagado a respeito, Alfredo declarou no possuir
autorizao legal para o porte da arma nem o respectivo
certificado de registro. O fato foi apresentado autoridade policial
competente.
Nessa situao, caber autoridade somente a apreenso da
arma e das munies e a imediata liberao de Alfredo, visto que,
estando o armamento desmuniciado, no se caracteriza o crime de
porte ilegal de arma de fogo.
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3) (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judicirio - Oficial de Justia
Avaliador) Com base nas disposies do Estatuto do
Desarmamento, da Lei Maria da Penha, do Estatuto da Criana e
do Adolescente e do Estatuto do Idoso, julgue os itens
subsequentes.
De acordo com o Estatuto do Desarmamento, constitui
circunstncia qualificadora do crime de posse ou porte de arma de
fogo ou munio o fato de ser o agente reincidente em crimes
previstos nesse estatuto.
4) (INDITA ALEXANDRE HERCULANO - 2013) Segundo o STF o porte de arma sem munio, o porte de arma ineficaz para o
disparo e o porte de munio isoladamente configura crime, e
suas penas sero regulamentadas pelo Estatuto do
Desarmamento.
5) (CESPE - 2010 - MPU - Tcnico de Apoio Especializado Segurana) No que se refere ao Sistema Nacional de Armas
(SINARM) e ao registro de armas, julgue os itens a seguir.
Compete exclusivamente ao Comando do Exrcito a identificao
das alteraes feitas nas caractersticas ou no funcionamento de
armas de fogo.
6) (CESPE 2013 - PC-BA Delegado de Polcia) Servidor pblico alfandegrio que, em servio de fiscalizao fronteiria, permitir a
determinado indivduo penalmente imputvel adentrar o territrio
nacional trazendo consigo, sem autorizao do rgo competente
e sem o
devido desembarao, pistola de calibre 380 de fabricao
estrangeira dever responder pela prtica do crime de facilitao
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de contrabando, com infrao do dever funcional excluda a
hiptese de aplicao do Estatuto do Desarmamento.
7) (CESPE - 2010 - MPU - Tcnico de Apoio Especializado Segurana) No que se refere ao Sistema Nacional de Armas
(SINARM) e ao registro de armas, julgue os itens a seguir.
Compete ao SINARM informar s secretarias de segurana pblica
dos estados e do Distrito Federal os registros e autorizaes de
porte de armas de fogo nos respectivos territrios, bem como
manter o cadastro atualizado para consulta.
8) (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivo de Polcia Civil) Em relao s
disposies da Lei n. 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento),
assinale a opo correta.
A) Ser aplicada multa empresa de produo ou comrcio de
armamentos que realizar publicidade para venda, estimulando o
uso indiscriminado de armas de fogo, exceto nas publicaes
especializadas.
B) Durante o prazo de que a populao dispe para entreg-la
Polcia Federal, o delito de posse de arma de fogo foi claramente
abolido pela referida norma.
C) amplamente admissvel a considerao da arma
desmuniciada como majorante no delito de roubo, porquanto,
ainda que desprovida de potencialidade lesiva, sua utilizao
capaz de produzir temor maior vtima.
D) A utilizao de arma de brinquedo durante um assalto acarreta
a majorao, de um tero at metade, da pena eventualmente
aplicada ao criminoso.
9) (CESPE 2012 Escrivo Polcia Civil/AL) A posse de arma de brinquedo ou a utilizao de qualquer outro instrumento
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simulador de arma de fogo configura, segundo expressamente
previsto na norma de regncia, crime de porte de arma.
10) (CESPE 2012 - Tcnico Judicirio) Considere a seguinte situao hipottica.
Antnio, penalmente capaz, foi abordado por policiais militares,
que o flagraram portando trs cartuchos intactos de munio de
calibre 40, de uso restrito das foras policiais. Indagado a respeito
de sua conduta, Antnio informou no possuir autorizao para
portar as munies, alegando, no entanto, no possuir arma de
fogo de qualquer calibre.
Nessa situao, a conduta de Antnio atpica, pois a munio,
por si s, no oferece qualquer potencial lesivo.
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