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NOES DE DIREITO ADMINISTRATIVO - PATRCIA CARLA
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Oi, gente! Tudo bem?
Iniciaremos hoje os nossos encontros de Direito Administrativo.
Fora, coragem e f em Deus.
Esse cargo seu, acredite!
Olha s, j sabemos que a nossa banca ser a FUNRIO, no entanto,
quero dizer a vocs que essa banca muito, muito, muito fraca....
alm disso ela no tem uma diversidade to grande de questes.
Assim, para um estudo bacana da nossa disciplina e objetivando uma
melhor preparao para o concurso do INSS, iremos fazer alm de
questes FUNRIO, questes de outras bancas, tais como CESPE e
FCC.
Na nossa 1 aula veremos o seguinte contedo:
AULA 01
1 Estado, governo e administrao pblica: conceitos, elementos, poderes e organizao; natureza, fins e princpios. 2 Direito Administrativo: conceito, fontes e princpios. 3 Organizao administrativa da Unio; administrao direta e indireta.
Rumo aprovao!
Beijo e bons estudos.
Com carinho,
Profa. Patrcia Carla
Princpios da Administrao Pblica
No Direito, princpios so frmulas nas quais esto contidos os
pensamentos diretores do ordenamento, de uma disciplina legal ou
de um instituto jurdico. Os princpios constituem as bases nas quais
assentam institutos e normas jurdicas.
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No Direito Administrativo, os princpios revestem-se de grande
importncia. Por ser um ramo do direito de elaborao recente e no
codificado (no temos cdigo de Direito Administrativo!) os princpios
auxiliam a compreenso e consolidao de seus institutos.
A importncia dos princpios para o Direito Administrativo deve-se
tambm ao fato de que eles possibilitam a soluo de casos no
previstos em lei, para permitir uma melhor compreenso dos textos
esparsos e para conferir certa segurana aos cidados quanto
extenso dos seus direitos e deveres.
Segundo o prof. Celso Antnio Bandeira de Mello, princpio , pois,
por definio, mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro
alicerce dele, disposio fundamental que se irradia sobre diferentes
normas, compondo-lhes o esprito e servindo de critrio para exata
compreenso e inteligncia delas, exatamente porque define a lgica
e a racionalidade do sistema normativo, conferindo-lhes a tnica que
lhe d sentido harmnico. Para o referido autor, violar um princpio
muito mais grave do que violar uma norma.
Os princpios revestem-se de funo positiva ao se considerar a
influncia que exercem na elaborao de normas e decises
sucessivas, na atividade de interpretao e integrao do direito;
atuam, assim, na tarefa de criao, desenvolvimento e execuo do
direito e de medidas para que se realize a justia e a paz social; sua
funo negativa significa a rejeio de valores e normas que os
contrariam.
Em resumo, pode-se afirmar que os princpios cumprem duas funes
essenciais dentro do Direito Administrativo, vejamos:
1. Funo hermenutica: o princpio pode ser utilizado para a
interpretao de determinada norma;
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2. Funo integrativa: o princpio pode ser tambm utilizado
para suprir lacunas em caso de ausncia de norma legal acerca
de determinada matria.
Na Constituio de 1988 encontram-se mencionados explicitamente
como princpios os seguintes: Legalidade, Impessoalidade,
Moralidade, Publicidade e Eficincia (este ltimo acrescentado pela EC
19/1998). Outros princpios do Direito Administrativo decorrem da lei,
da elaborao jurisprudencial e doutrinria.
Vejamos agora cada um dos princpios do Direito Administrativo mais
cobrados em provas de concursos. Vamos comear pelos princpios
expressos na CF/1988, art. 37, caput: Legalidade, Impessoalidade,
Moralidade, Publicidade e Eficincia = LIMPE A ADMINISTRAO!
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Princpio da Legalidade: Tal princpio decorrncia do Estado de
Direito e traduz a idia de que a Administrao s pode fazer o que a
lei permite. Ao contrrio, na relao entre particulares, o princpio
aplicvel o da autonomia da vontade, segundo o qual o particular
pode fazer tudo o que a lei no probe.
ATENO: Essa frase cai em toda prova! Helly Lopes Meirelles:
Enquanto na administrao particular lcito fazer tudo o que a lei
no probe, na Administrao Pblica s permitido fazer o que a lei
autoriza.
A relao que o particular tem com a lei de liberdade e autonomia
da vontade, de modo que os ditames legais operam fixando limites
negativos atuao privada. Assim, o silncio da lei quanto ao
regramento de determinada conduta recebido na esfera particular
como permisso para agir. Por isso, normas permissivas no Direito
Privado tendem a ser desnecessrias, j que a simples ausncia de
disciplina legal equivale a autorizao. As normas privadas
permissivas servem para criar excees dentro de proibies gerais
ou reforar liberdades j existentes em decorrncia da falta de
regramento. O Direito Privado tem uma norma geral permissiva
implcita, pois a ausncia de norma especfica est tacitamente
regulada como permisso genrica.
Ao contrrio, a relao do agente pblico com a lei de
subordinao, razo pela qual os regramentos estabelecidos pelo
legislador desenham limites positivos para as atividades pblicas. Por
isso, a ausncia de disciplina legal sobre certo comportamento
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significa no mbito da Administrao Pblica uma proibio de agir. O
legislador define normas pblicas proibitivas somente para
excepcionar permisses gerais ou rechaar comportamentos vedados
pela falta de norma especfica. No Direito Pblico existe uma norma
geral proibitiva implcita na medida em que a falta de regra especfica
atrai a incidncia de um comando proibitivo genrico.
Diferenas entre legalidade privada e legalidade pblica
Critrio de diferenciao
Legalidade privada
Legalidade pblica
Destinatrio Particulares Agentes pblicos
Fundamento Autonomia da vontade
Subordinao
Significado Podem fazer tudo o que a lei no
probe
S podem fazer o que a lei autoriza
Silncio legislativo Equivale a permisso
Equivale a proibio
Sentido da norma especfica
Normas permissivas excepcionam
proibies gerais ou reforam liberdades
Normas proibitivas excepcionam
permisses gerais ou reforam vedaes
Norma geral implcita Permissiva Proibitiva
Na relao administrativa, a vontade da Administrao Pblica a
que decorre da lei. Aqui no se aplica a autonomia das vontades das
relaes particulares. A relao que o particular tem com a lei de
liberdade e autonomia da vontade, de modo que os ditames legais
operam fixando limites negativos atuao privada. Dessa forma, o
silncio da lei quanto ao regramento de determinada conduta
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recebido na esfera particular como permisso para agir. Ao contrrio,
a relao do agente com a lei de subordinao, assim, a ausncia
de disciplina legal sobre certo comportamento significa no mbito da
Administrao Pblica uma proibio de agir.
De acordo com a CF/88, art. 84, IV, compete ao Presidente da
Repblica sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como
expedir decretos e regulamentos para a sua fiel execuo.
Evidencia-se, destarte, que mesmo os decretos, inclusive quando
expedem regulamentos, s podem ser produzidos para ensejar
execuo fiel da lei, ou seja, pressupem sempre uma dada lei da
qual sejam os fiis executores.
Em decorrncia disso, a Administrao Pblica no pode, por simples
ato administrativo, conceder direitos de qualquer espcie, criar
obrigaes ou impor vedaes aos administrados; para tanto, ela
depende de lei. A Lei n 9.784/99, que regula o processo
administrativo federal, prev que nos processos administrativos sero
observados, entre outros, os critrios de atuao conforme a lei e o
direito.
ATENO! A existncia de atos administrativos discricionrios (a ser
estudado nas prximas aulas) NO constitui exceo ao princpio da
legalidade. Pelo princpio da legalidade o administrador s poder
fazer aquilo que a lei autoriza ou permite. No entanto, tal princpio
no exclui a atividade discricionria do administrador uma vez que a
Administrao em certos casos ter que usar a discricionariedade
para efetivamente atender finalidade legal e, como conseqncia,
atender ao princpio da legalidade. interessante observar que
discricionariedade no se confunde com arbitrariedade, esta ilegal,
ato praticado fora dos limites da lei. J aquela liberdade de ao
dentro da lei.
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Bloco da legalidade e princpio da juridicidade: o princpio da
legalidade no se reduz ao simples cumprimento da lei em sentido
estrito. A Lei Federal n 9.784/99, no art. 2, pargrafo nico, I,
define legalidade como o dever de atuao conforme a lei e o Direito.
A redao do dispositivo permite contemplar o que a doutrina
estrangeira tem chamado de princpio da juridicidade, isto , a
obrigao de os agentes pblicos respeitarem a lei e outros
instrumentos normativos existentes na ordem jurdica. A juridicidade
uma ampliao do contedo tradicional da legalidade. Alm de
cumprir leis ordinrias e leis complementares (lei em sentido estrito),
a Administrao est obrigada a respeitar o denominado bloco da
legalidade. Significa dizer que as regras vinculantes da atividade
administrativa emanam de outros veculos normativos, a saber: a) A
Constituio Federal, incluindo as Emendas Constitucionais; b)
Constituies Estaduais e Leis Orgnicas; c) Medidas Provisrias; d)
Tratados e Convenes Internacionais; e) Costumes; f) Atos
Administrativos normativos como decretos e regimentos internos; g)
Decretos Legislativos e Resolues (art.59, CF); h) Princpios Gerais
do Direito.
Princpio da Impessoalidade: A impessoalidade tanto aplicada
aos particulares como prpria Administrao Pblica. Quando a
impessoalidade aplicada aos particulares, est relacionada com a
finalidade pblica que deve nortear a atividade administrativa. Nesse
sentido, a Administrao no pode prejudicar e nem beneficiar
pessoas determinadas, uma vez que sempre o interesse pblico que
deve conduzir a atividade do administrador.
Assim, o princpio da impessoalidade, considerado por muitos
administrativistas como princpio da finalidade, impe ao
administrador pblico que s pratique o ato para o seu fim legal de
forma impessoal. A finalidade de todo ato administrativo sempre o
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interesse pblico, o ato que se apartar desse objetivo sujeitar-se- a
invalidao por desvio de finalidade, que a Lei de Ao Popular
conceituou como o fim diverso daquele previsto, explcita ou
implicitamente, na regra de competncia do agente (Lei n
4.717/65, art. 2, pargrafo nico, e).
A relao da impessoalidade com a noo de finalidade pblica
indiscutvel. Para Helly Lopes Meirelles, o princpio da impessoalidade
nada mais do que o clssico princpio da finalidade, o qual impe
ao administrador pblico que s pratique o ato para seu fim legal. E o
fim legal unicamente aquele que a norma de Direito indica expressa
ou virtualmente como objetivo do ato, de forma impessoal.
Ao agir visando a finalidade pblica prevista em lei, a Administrao
Pblica necessariamente imprime impessoalidade e objetividade na
atuao, evitando tomar decises baseadas em preferncia pessoal
ou sentimento de perseguio.
Quando a impessoalidade aplicada ao administrador, aplica-se a
idia da proibio de nomes, smbolos ou imagens que caracterizem
promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos em
publicidade de atos, programas, obras, servios e campanhas dos
rgos pblicos.
A presena de nomes, smbolos ou imagens de agentes ou
autoridades nas propagandas governamentais compromete a noo
de res publica e a impessoalidade da gesto da coisa pblica. Pela
mesma razo ofende a impessoalidade: a) nome de poltico; b)
imprimir logomarcas (pequenas imagens que simbolizam polticos ou
denominaes partidrias, como vassouras, vasos, rosas, bonecos
etc) em equipamentos pblicos ou uniformes escolares; c) manter a
data de inaugurao ao lado da obra.
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No julgamento do RE 191668 do RS, julgado em 14 de abril de 2008,
o STF entendeu que a incluso de slogan de partido poltico na
publicidade dos atos governamentais tambm ofende o art. 37, 1,
da CF: Considerou-se que a referida regra constitucional objetiva
assegurar a impessoalidade da divulgao dos atos governamentais,
que devem voltar-se exclusivamente para o interesse social, sendo
incompatvel com a meno de nomes, smbolos ou imagens, a
includos slogans que caracterizem a promoo pessoal ou de
servidores pblicos. Asseverou-se que a possibilidade de vinculao
do contedo da divulgao com o partido poltico a que pertena o
titular do cargo pblico, ofende o princpio da impessoalidade e
desnatura o carter educativo, informativo e de orientao que
constam do comando imposto na Constituio.
A Lei n 9.784/99, em seu art. 2, pargrafo nico, inciso III, exige
objetividade no atendimento do interesse pblico, vedando a
promoo pessoal de agentes ou autoridades. (grifou-se)
Vale lembrar que o princpio da impessoalidade tambm aplicado na
Teoria do Agente de Fato, quando se reconhece validade aos atos
praticados por funcionrio irregularmente investido no cargo ou
funo, sob fundamento de que os atos so do rgo e no do agente
pblico. Vejamos: a atuao dos agentes pblicos imputada ao
Estado, significando um agir impessoal da Administrao. Assim, as
realizaes no devem ser atribudas pessoa fsica do agente
pblico, mas pessoa jurdica estatal a que estiver ligado. Por isso
que, em regra, a responsabilidade pela reparao de danos causados
no exerccio regular da funo administrativa do Estado, e no do
agente que realizou a conduta.
Princpio da Moralidade: Deve-se entender a moralidade
administrativa como um conjunto de valores ticos que fixam um
padro de conduta que deve ser necessariamente observado pelos
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agentes pblicos como condio para uma honesta, proba e ntegra
gesto da coisa pblica, de modo a impor que estes agentes atuem
no desempenho de suas funes com retido de carter, decncia,
lealdade, decoro e boa-f.
ATENO! A moralidade no se confunde com a legalidade
administrativa. A norma ou atividade pode estar perfeita do ponto de
vista legal, mas moralmente deficiente, caso no represente atitude
tica e de boa-f, no sendo til a adoo desta norma ou atividade.
Assim, legalidade moralidade e so princpios autnomos, ambos tem
previso expressa na CF/1988, art. 37, caput.
ATENO! A moralidade administrativa difere da moral comum. O
princpio jurdico da moralidade administrativa no impe o dever de
atendimento moral comum vigente na sociedade, mas exige
respeito a padres ticos, de boa-f, decoro, lealdade, honestidade e
probidade incorporados pela prtica diria ao conceito de boa
administrao.
A imoralidade administrativa produz efeitos jurdicos, j que acarreta
a anulao do ato, que pode ser decretada pela prpria Administrao
(princpio da autotutela) ou pelo Poder Judicirio.
A Lei n 9784/99 prev o princpio da moralidade no art. 2, caput,
como um dos princpios a que se obriga a Administrao Pblica; e,
no pargrafo nico, inciso IV, exige atuao segundo padres ticos
de probidade, decoro e boa-f, com referncia evidente aos
principais aspectos da moralidade administrativa.
Um outro aspecto importante da moralidade est na Smula
Vinculante n13 que veda a prtica do nepotismo no servio pblico.
Vejamos:
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Smula Vinculante n 13 do Supremo Tribunal Federal, de
21/08/2008: A nomeao de cnjuge, companheiro ou parente em
linha reta, colateral ou por afinidade, at o terceiro grau, inclusive, da
autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurdica
investido em cargo de direo, chefia ou assessoramento, para o
exerccio de cargo em comisso ou de confiana ou, ainda, de funo
gratificada na administrao pblica direta e indireta em qualquer dos
Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios,
compreendido o ajuste mediante designaes recprocas, viola a
Constituio Federal.
ATENO! O prprio Supremo Tribunal Federal ressalvou que a
proibio NO extensiva aos agentes polticos do Poder Executivo
como ministros de estado e secretrios estaduais, distritais e
municipais (Rcl MC AgR 6650/PR, STF).
A CF/1988, ao consagrar o princpio da moralidade, determinou a
necessidade de sua proteo e a responsabilizao do administrador
pblico amoral ou imoral. Para tanto, encontram-se no ordenamento
jurdico inmeros mecanismos para impedir atos de imoralidade tais
como:
a) Regras sobre a improbidade administrativa, no art. 37, 4, CF
e na Lei n 8.429/92;
b) Crimes de responsabilidade do Presidente da Repblica e de
outros agentes polticos, CF/1988, art. 85, art. 5, LXXIII;
c) Ao Popular, CF/1988, art. 5, LXXIII e Lei n 4.717/65;
Alm dos citados acima, h ainda outros instrumentos de proteo da
moralidade administrativa previstos no ordenamento jurdico, como,
por exemplo, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LC n101/00).
Instrumentos para defesa da moralidade:
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A legislao brasileira prev diversos instrumentos de proteo da
moralidade administrativa. Merecem destaque os seguintes:
a) Ao Popular: a ser proposta por qualquer cidado contra ato
lesivo ao patrimnio pblico ou de entidade de que o Estado
participe, moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimnio histrico e cultural (art. 5, LVIII, da CF e Lei n
4717/65);
b) Controle externo exercido pelos Tribunais de Contas: nos
termos do art. 70 da CF, cabe aos Tribunais de Contas da Unio a
fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e
patrimonial da Unio e das entidades da administrao direta e
indireta, quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao
das subvenes e renncia de receitas;
c) Comisses Parlamentares de Inqurito (CPIs): o art. 58,
3, da Constituio Federal autoriza a instaurao, mediante
requerimento de um tero dos membros da Cmara dos Deputados
ou do Senado, em conjunto ou separadamente, de comisso
parlamentar de inqurito com poderes de investigao prprios de
autoridades judiciais para apurao de fato determinado;
d) Ao Civil Pblica de Improbidade Administrativa: de
legitimidade do Ministrio Pblico e demais pessoas jurdicas
interessadas, pode ser intentada contra ato de improbidade praticado
por qualquer agente pblico, servidor ou no, contra a administrao
direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da Unio, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municpios, de Territrio, de
empresa incorporada ao patrimnio pblico ou de entidade para cuja
criao ou custeio o errio haja concorrido ou concorra com mais de
cinqenta por cento do patrimnio ou da receita anual (Lei n
8429/92). As penas aplicveis so perda dos bens ou valores
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acrescidos ilicitamente ao patrimnio, ressarcimento integral do dano,
perda da funo pblica, suspenso dos direitos polticos, pagamento
de multa civil e proibio de contratar com o Poder Pblico ou receber
benefcios ou incentivos fiscais ou creditcios.
Princpio da Publicidade: Em conseqncia deste princpio,
expressado na CF/1988, art. 37, caput, todos tem o direito de
receber dos rgos pblicos informaes de seu interesse particular
ou de interesse coletivo ou geral (CF/1988, art. 5, XXXIII).
A publicidade representa condio de eficcia para os atos
administrativos (ela NO elemento formativo do ato
administrativo), marcando o incio de produo de seus efeitos
externos, j que ningum est obrigado a cumprir um ato
administrativo se desconhece a sua existncia. Assim, o ato
administrativo, como de resto todo ato jurdico, tem na sua
publicao o incio de sua existncia no mundo jurdico, irradiando, a
partir de ento, seus legais efeitos, produzindo, assim, direitos e
deveres.
O modo de dar-se a publicidade varia conforme o tipo de ato. No caso
dos atos individuais, que so dirigidos a destinatrio certo, ou mesmo
para atos internos, a publicidade garantida pela simples
comunicao do interessado, ex. autorizao para o servidor sair
mais cedo.
Quanto aos atos gerais, isto , dirigidos a destinatrios
indeterminados, a publicidade depende de publicao no Dirio
Oficial, ex. edital convocatrio para concurso pblico.
Tambm exigem publicao no Dirio Oficial os atos individuais de
efeitos coletivos, que so aqueles do interesse imediato de um
indivduo, mas com repercusso para um grupo de pessoas, ex.
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deferimento de frias de servidor (implica a redistribuio de tarefas
todos na repartio).
Os objetivos da publicidade dos atos administrativos so os
seguintes:
a) Exteriorizar a vontade da Administrao Pblica divulgando o
seu contedo para conhecimento pblico;
b) Tornar exigvel o contedo do ato;
c) Desencadear a produo de efeitos do ato;
d) Permitir o controle de legalidade do comportamento do
administrador.
A desobedincia ao dever de publicar os atos oficiais pode
caracterizar ato de improbidade administrativa, Lei n 8.429/92, art.
11, inciso IV.
Como no existe princpio absoluto, a publicidade comporta excees,
ou seja, a publicidade a regra que comporta excees, seja por
exigncia dos interesses sociais, seja por imperativos da segurana
do Estado.
A Lei n 11.111, de maio de 2005, regulamentando o art. 5, XXXIII,
CF/1988, disciplina o acesso aos documentos pblicos de interesse
particular, interesse coletivo ou interesse geral, ressalvadas as
hipteses em que o sigilo seja ou permanea imprescindvel
segurana da sociedade e do Estado (art. 2).
Princpio da Eficincia: Este princpio, acrescido Constituio
Federal pela EC n 19/98, visa exigir que a Administrao Pblica
funcione de forma mais eficiente, preocupada com o seu desempenho
e em alcanar resultados cada vez mais positivos, procurando a
busca pela maior produtividade, em contraposio aos velhos hbitos
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e rotinas burocrticas que sempre nortearam a atividade pblica. A
eficincia est ligada a uma noo de Administrao mais moderna,
mais gerencial, preocupada com resultados.
So conseqncias desse princpio as criaes de institutos como
contratos de gesto, agncias executivas e reguladoras, organizaes
sociais e a procura pela ampliao de autonomia de rgos e
entidades.
O princpio da eficincia tambm pode ser considerado em relao ao
modo de atuao do agente pblico, do qual se espera o melhor
desempenho possvel de suas atribuies, para lograr os melhores
resultados; e em relao ao modo de organizar, estruturar, disciplinar
a Administrao Pblica, tambm com o mesmo objetivo de alcanar
os melhores resultados na prestao do servio pblico.
A exigncia de eficincia ao agente pblico acarretou a alterao
feita, tambm pela EC n 19/98, no art. 41, 1, da Constituio
Federal, ao criar nova possibilidade de perda do cargo para o servidor
pblico estvel mediante procedimento de avaliao peridica de
desempenho, na forma da lei complementar, assegurada ampla
defesa. Dessa forma, o servidor, mesmo estvel, que no seja
eficiente em seu desempenho funcional, poder perder o cargo, aps
a devida regulamentao da matria por lei complementar.
Para o servidor ainda no estvel, tambm houve mudanas
decorrentes da exigncia de eficincia, vez que a reforma
administrativa alterou o art. 41, caput, ao aumentar o tempo de
efetivo exerccio exigido para aquisio de estabilidade de dois para
trs anos, e acrescentou o 4, segundo o qual como condio para
a aquisio da estabilidade, obrigatria a avaliao especial de
desempenho por comisso instituda para essa finalidade, condio
essa no exigida anteriormente.
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EFICINCIA X EFICCIA X EFETIVIDADE
Segundo a lio de Jos dos Santos Carvalho Filho, eficincia, eficcia
e efetividade so conceitos que no se confundem. A eficincia seria
o modo pelo qual se exerce a funo administrativa. A eficcia diz
respeito aos meios e instrumentos empregados pelo agente. E a
efetividade voltada para os resultados de sua atuao.
PRINCPIOS INFRACONSTITUCIONAIS
O universo dos princpios do Direito Administrativo no se esgota no
plano constitucional. Os doutrinadores fazem referncia a diversos
outros princpios administrativos, muitos dos quais esto previstos na
legislao infraconstitucional, especialmente no art. 2, da Lei n
9784/99: A Administrao Pblica obedecer, dentre outros, aos
princpios da legalidade, finalidade, motivao, razoabilidade,
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditrio,
segurana jurdica, interesse pblico e eficincia.
Importante frisar que a falta de previso constitucional no significa
menor importncia diante dos princpios diretamente mencionados no
Texto Maior. Princpios infraconstitucionais e doutrinrios tm a
mesma relevncia sistmica daqueles referidos na Constituio
Federal.
Princpio da Supremacia do interesse pblico sobre o interesse
do particular: Uma vez que o Estado representa toda a coletividade,
o interesse da Administrao deve ser entendido como interesse de
todos, e, portanto, deve prevalecer quando em conflito com
determinado interesse particular, desde que sejam respeitados os
direitos individuais deste.
Tal princpio exalta a superioridade do interesse da coletividade,
estabelecendo a prevalncia do interesse pblico sobre o interesse do
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particular, como condio indispensvel de assegurar e viabilizar os
interesses individuais.
A Administrao Pblica est sujeita ao chamado regime
jurdico administrativo que formado pelo princpio da
supremacia do interesse pblico e pelo princpio da
indisponibilidade do interesse pblico.
Pelo princpio da supremacia vigora a verticalidade nas relaes entre
a Administrao e o particular, desse princpio resulta a exigibilidade
e executoriedade dos atos administrativos, as clusulas exorbitantes
dentro dos contratos administrativos, a interveno do Estado sobre a
propriedade privada etc.
J o Princpio da Indisponibilidade do interesse pblico serve
para limitar a atuao do agente pblico, revelando-se um
contrapeso superioridade descrita no princpio da supremacia do
interesse pblico. Sendo o interesse pblico qualificado como prprio
da coletividade, este no se encontra livre disposio de quem quer
que seja, por ser insuscetvel de apropriao. Os prprios sujeitos da
Administrao que o representam no tem disponibilidade sobre ele,
haja vista que lhes incumbe to-somente zel-lo, no desempenho de
um dever.
Assim, os bens e o interesse pblico so indisponveis, porque
pertencem coletividade. , por isso, o administrador, mero gestor
da coisa pblica, no tendo disponibilidade sobre os interesses
confiados sua guarda e realizao. Desse princpio resulta a
obrigatoriedade da Administrao fazer concurso pblico para o
preenchimento dos seus cargos, bem como se submeter ao
procedimento licitatrio para aquisio de bens e servios.
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Princpio da Motivao: A Administrao Pblica deve motivar os
seus atos, ou seja, demonstrar os motivos pelos quais est agindo de
determinada maneira, para conhecimento e garantia dos
administrados, que assim tero a possibilidade de contestar o motivo
alegado pela Administrao, caso discordem do mesmo.
A Lei n 9.784/99 trouxe de forma expressa o princpio da motivao
em seu art. 2, segundo o qual nos processos administrativos sero
observados, entre outros, os critrios de indicao dos pressupostos
de fato e de direito que determinam a deciso.
A referida Lei em seu art. 50, 1, permitiu a denominada motivao
aliunde ou per relationem, segundo a qual a concordncia com
fundamentos anteriores, informaes, decises ou propostas j
considerada motivao do ato administrativo. Ope-se a chamada
motivao contextual em que os fundamentos de fato e de direito
esto indicados no prprio contexto do ato, no havendo remisso
motivao externa.
Dessa forma, no viola o princpio da motivao dos atos
administrativos o ato da autoridade que, ao deliberar acerca de
recurso administrativo, mantm deciso com base em parecer de
consultoria jurdica, sem maiores consideraes.
interessante lembrar que quando o administrador motiva o ato, ele
estar vinculado ao motivo, em virtude da aplicao da Teoria dos
Motivos Determinantes. De acordo com esta teoria, a Administrao
tem total vinculao com os motivos que apresenta para a prtica do
ato, de tal sorte que, se inexistentes os motivos, o ato ser anulado.
ATENO: A motivao deve ser apresentada simultaneamente ou
no instante seguinte prtica do ato. Motivao intempestiva
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(posterior) ou extempornea (anterior) causa nulidade do ato
administrativo.
ATENO: Determina o art. 50, 1, da Lei n 9784/99, que a
motivao deve ser explcita, clara e congruente, podendo consistir
em declaraes de concordncia com fundamentos de anteriores
pareceres, informaes, decises ou propostas, que sero parte
integrante do ato. Ao definir esses trs atributos, o legislador desejou
inibir a apresentao de motivao implcita, obscura ou
desarrazoada.
Princpio da Segurana jurdica: Est relacionado necessidade
de respeito, pela Administrao, boa-f dos administrados que com
ela interagem, no sentido de que, quando esses tem um determinado
direito reconhecido pela Administrao, no podem vir a ser
prejudicados, ulteriormente, por mudanas de entendimento da
prpria Administrao sobre aquela matria.
Tambm chamado de boa-f ou proteo confiana, o princpio da
segurana jurdica um fundamento geral aplicvel a todo o Direito.
Seu contedo volta-se garantia de estabilidade social e
previsibilidade das atuaes estatais. Alinha-se finalidade primeira
de toda a ordem jurdica que propiciar segurana e estabilidade
para o convvio social, evitando sobressaltos e surpresas nas aes
governamentais.
Em termos prticos seu principal emprego no Direito Administrativo
est na proibio de aplicao retroativa de novas interpretaes de
dispositivos legais e normas administrativas. nesse sentido que
deve ser compreendida a norma prevista no art. 2, pargrafo nico,
XIII, da Lei n 9784/99: nos processos administrativos sero
observados, entre outros, os critrios de: (...) XIII interpretao da
norma administrativa de forma que melhor garanta o atendimento do
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fim pblico a que se dirige, vedada a aplicao retroativa de nova
interpretao.
Segundo a doutrina, diversos institutos jurdicos refletem a proteo
da segurana jurdica, tais como: decadncia, prescrio, precluso,
usucapio, direito adquirido, irretroatividade da lei, coisa julgada e
manuteno de atos praticados por funcionrio de fato,
Princpio da Proporcionalidade: Tal princpio irradia para a
Administrao Pblica a obedincia ao bom senso, moderao,
prudncia, proibio de excessos, equidade e valores afins. um
princpio constitucional implcito que exige a verificao do ato do
poder pblico quanto aos seguintes caracteres: adequao
(utilidade), necessidade (exigibilidade) e proporcionalidade em
sentido estrito.
Assim, aplicado tal princpio Administrao Pblica, impe-se que as
entidades, rgos e agentes pblicos, no desempenho das funes
administrativas, adotem meios que, para a realizao de seus fins,
revelem-se adequados, necessrios e proporcionais.
A lei n 9.784/99 explicitou, a nvel infraconstitucional, o referido
princpio, exigindo da Administrao Pblica a observncia do
princpio da razoabilidade e da proporcionalidade. Com efeito, prev o
seu art. 2, caput, que a Administrao Pblica obedecer, dentre
outros, aos princpios da legalidade, finalidade, motivao,
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditrio, segurana jurdica, interesse pblico e eficincia.
Ademais, prev a Lei em tela, no pargrafo nico do art. 2, que nos
processos administrativos sero observados, entre outros, os critrios
de adequao entre meios e fins, vedada a imposio de obrigaes,
restries e sanes em medida superior quelas estritamente
necessrias ao atendimento do interesse pblico.
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PROPORCIONALIDADE PERANTE A LEI
E PROPORCIONALIDADE NA LEI
O respeito proporcionalidade vincula a Administrao Pblica e o
Poder Legislativo. Fala-se, assim, em proporcionalidade perante a lei
e proporcionalidade na lei.
A proporcionalidade perante a lei aplica-se ao administrador pblico,
que dever evitar exageros no modo de aplicao da lei ao caso
concreto.
Pelo contrrio, a proporcionalidade na lei constitui exigncia aplicvel
ao legislador, pois, no momento de criao da norma, est obrigado,
sob pena de violao do devido processo legal material (art. 5, LIV,
CF), a estabelecer penas adequadas gravidade dos comportamentos
a serem reprimidos.
Princpio da Razoabilidade: Segundo Jos dos Santos Carvalho
Filho, Razoabilidade a qualidade do que razovel, ou seja, aquilo
que se situa dentro de limites aceitveis.
Ser razovel uma exigncia inerente ao exerccio de qualquer
funo pblica. Sob vigncia do Estado de Direito no se pode admitir
a utilizao de prerrogativas pblicas sem moderao e racionalidade.
A prpria noo de competncia implica a existncia de limites e
restries sobre o modo como as tarefas pblicas devem ser
desempenhadas. No Direito Administrativo o princpio da
razoabilidade impe a obrigao de os agentes pblicos realizarem
suas funes com equilbrio, coerncia e bom senso. No basta
atender finalidade pblica predefinida pela lei, importa tambm
saber como o fim pblico deve ser atendido. Trata-se da exigncia
implcita da legalidade.
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Comportamentos imoderados, abusivos, irracionais, desequilibrados,
inadequados, desmedidos, incoerentes ou desarrazoados no so
compatveis com o interesse pblico, pois geram a possibilidade de
invalidao judicial ou administrativa do ato deles resultante.
Vejam o seguinte exemplo: Prefeito resolve construir uma escola,
seria razovel se o Prefeito anterior no tivesse deixado 6 escolas
inacabadas! Ora, se h 6 escolas inacabadas pela gesto anterior,
construir uma nova escola viola o princpio da razoabilidade.
Princpio da Isonomia: A Constituio Federal, no art.5, caput,
estabelece que, sem distino de qualquer natureza, todos so iguais
perante a lei. Todos devem ser tratados por ela igualmente tanto
quando concede benefcio, confere isenes ou outorga vantagens
como quando prescreve sacrifcios, multas, sanes e agravos. Tal
princpio tem a finalidade de impedir distines, discriminaes e
privilgios arbitrrios ou odiosos. Toda diferenciao deve estar
fundamentada em uma justificativa objetiva e razovel, sendo que a
violao ao princpio da igualdade restar caracterizada toda vez que
o elemento discriminador for de encontro a uma finalidade albergada
pelo ordenamento jurdico. comum a distino entre igualdade
formal e material. A primeira, tambm conhecida como igualdade
perante a lei (Jos Afonso da Silva), consiste no tratamento igual
conferido a todos os seres de uma mesma categoria essencial. A
igualdade material consiste na busca pela igualizao dos desiguais
por meio da concesso de direitos sociais substanciais. Para que haja
uma igualdade material necessrio que o Estado atue positivamente
proporcionando aos menos favorecidos igualdades reais de condies.
A Carta Magna consagra a igualdade formal, mas impe a busca por
uma igualdade material, conforme se pode depreender de vrios
dispositivos, dente eles, o art.3, III que estabelece como um dos
objetivos fundamentais da Repblica Federativa do Brasil a reduo
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das desigualdades sociais e regionais. As chamadas discriminaes
positivas ou aes afirmativas aes que beneficiam grupos menos
favorecidos para que tenham igualdade material de condies no
so vedadas pela Constituio, desde que amparadas por critrios
justificveis e albergados pelo ordenamento jurdico.
Smula 339, STF: No cabe ao poder judicirio, que no tem funo legislativa, aumentar vencimentos de servidores pblicos sob fundamento de isonomia.
Princpio da Autotutela: Consagra o controle interno que a
Administrao Pblica exerce sobre seus prprios atos. Como
conseqncia da sua independncia funcional, a Administrao no
precisa recorrer ao Judicirio para anular seus atos ilegais e revogar
os atos inconvenientes que pratica. Consiste no poder-dever de
retirada dos atos administrativos por meio da anulao e da
revogao. A anulao envolve problema de legalidade, a revogao
trata de mrito do ato administrativo.
O princpio da autotutela decorrncia da supremacia do interesse
pblico e encontra-se consagrado em duas smulas do STF:
Smula 356: A administrao pblica pode declarar a nulidade dos
seus prprios atos.
Smula 473: A administrao pode anular seus prprios atos,
quando eivados de vcios que os tornam ilegais, porque deles no se
originam direitos; ou revog-los, por motivo de convenincia ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciao judicial.
A utilizao do verbo pode para se referir anulao est
equivocada nas duas smulas. A Administrao deve anular seus atos
ilegais.
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Por fim, convm destacar que autotutela no se confunde com tutela
administrativa ou tutela ministerial. Esta ltima o poder de
superviso ministerial exercido pela Administrao Direta sobre
entidades da Administrao Indireta.
Vamos sintetizar tudo?
1. Princpio da legalidade: uma exigncia que decorre do
Estado de Direito, ou seja, da submisso do Estado ao imprio
da ordem jurdica. Assim, a atividade administrativa s pode
ser exercida em conformidade com a lei. Para a Administrao
a legalidade, ou seja, ela s faz aquilo que a lei autoriza ou
permite. Para o particular a autonomia da vontade, ou seja,
ele pode fazer tudo o que quiser desde que a lei no proba;
2. Princpio da impessoalidade: exige que a atividade
administrativa seja exercida de modo a atender a todos os
administrados, ou seja, a coletividade, e no a certos
membros em detrimento de outros, devendo apresentar-se,
portanto, de forma impessoal. A impessoalidade veda a
prtica do nepotismo, afastando os parentes da Administrao
Pblica (SV 3). De acordo com tal princpio a atividade
administrativa exercida pelo agente pblico imputada ao
rgo e no ao prprio agente;
3. Princpio da Moralidade: determina o emprego da tica,
honestidade, retido, probidade, boa-f e lealdade com as
instituies administrativas e polticas no exerccio da
atividade administrativa;
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4. Princpio da publicidade: exige uma atividade
administrativa transparente, a fim de que o administrado
tome conhecimento dos comportamentos administrativos do
Estado. A publicidade condio de eficcia do ato
administrativo;
5. Princpio da eficincia: introduzido pela EC n 19/1998,
trouxe para a Administrao o dever explcito de realizar as
suas atribuies com rapidez, perfeio e rendimento;
6. Princpio da supremacia do interesse pblico: este
princpio exalta a superioridade do interesse da coletividade,
estabelecendo a prevalncia do interesse pblico sobre o
interesse do particular, como condio indispensvel de
assegurar e viabilizar os interesses individuais;
7. Princpio da indisponibilidade do interesse pblico: os
bens e os interesses pblicos no esto entregues livre
disposio da vontade do administrador. Ao contrrio, cumpre
a ele o dever de proteg-los nos termos da finalidade legal a
que esto vinculados;
8. Princpio da motivao: por este princpio o ato
administrativo deve ser motivado, seja ele discricionrio ou
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vinculado. Quando o administrador motiva o ato, mesmo
aquele no qual no obrigatria a motivao (ex. exonerao
de servidor pblico ocupante de cargo em comisso), ele
estar vinculado ao motivo, em face da aplicao da Teoria
dos Motivos Determinantes;
9. A Teoria dos Motivos Determinantes implica para a
Administrao a total vinculao com os motivos que
apresenta para a prtica do ato, dessa forma, inexistentes os
motivos, o ato ser anulado;
10. A Lei n 9.784/99, em seu art. 50, 1, permitiu a
denominada motivao aliunde ou per relationem, segundo a
qual a concordncia com fundamentos anteriores,
informaes, decises ou propostas j considerada
motivao do ato administrativo;
11. Princpio da Segurana Jurdica: Esse princpio
tambm chamado de boa-f ou proteo confiana, por
ele fica vedada a aplicao retroativa de nova interpretao
de norma administrativa.
JURISPRUDNCIA SOBRE O ASSUNTO DA AULA:
Princpio da Impessoalidade. Constituio Estadual pode proibir
atribuio de nome de pessoa viva a bens e logradouros pblicos.
ADI 307/CE, rel. Min. Eros Grau, INFO 494 STF.
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O direito constitucional de petio e o princpio da legalidade no
implicam a necessidade de esgotamento da via administrativa para
discusso judicial (RE 233.582/RJ, INFO 506 STF).
A exigncia de depsito ou arrolamento prvio de bens e direitos
como condio de admissibilidade de recurso administrativo
constitui obstculo srio (e intransponvel, para considerveis
parcelas da populao) ao exerccio do direito de petio (CR, art.
5, XXXIV), alm de caracterizar ofensa ao princpio do
contraditrio (CR, art. 5, LV) (ADI 1976/DF, INFO 461 STF).
Smula Vinculante 21: inconstitucional a exigncia de depsito
ou arrolamento prvios de dinheiro ou bens para admissibilidade
de recurso administrativo
Estado x Governo x Administrao Pblica
Noes de Estado: O Estado pessoa jurdica territorial soberana,
formada pelos elementos povo, territrio e governo soberano. Esses
trs elementos so indissociveis e indispensveis para a noo de
um Estado independente: o povo, em um dado territrio, organizado
segundo sua livre e soberana vontade.
O Estado um ente personalizado (pessoa jurdica de direito pblico,
nos termos dos arts. 40 e 41 do Cdigo Civil), apresentando-se
tanto nas relaes internacionais, no convvio com outros Estados
soberanos, quanto internamente como sujeito capaz de adquirir
direitos e contrair obrigaes na ordem jurdica.
A organizao do Estado matria de cunho constitucional,
especialmente no tocante diviso poltica do seu territrio,
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organizao de seus Poderes, forma de governo adotada e ao modo
de aquisio do poder pelos governantes.
Noes de Governo: No mbito do direito administrativo, a
expresso governo usualmente empregada para designar o
conjunto de rgos constitucionais responsveis pela funo poltica
do Estado. O governo tem a incumbncia de exercer a direo
suprema e geral do Estado, determinar a forma de realizao de seus
objetivos, estabelecer as diretrizes que pautaro sua atuao, os
planos governamentais, sempre visando a conferir unidade
soberania estatal. Essa funo poltica, prpria do governo, abrange
atribuies que decorrem diretamente da Constituio e por esta se
regulam.
Conforme se constata, a noo de governo est relacionada com a
funo poltica de comando, de coordenao, de direo e de fixao
de planos e diretrizes de atuao do Estado (as denominadas polticas
pblicas). No se confunde com o conceito de administrao pblica
em sentido estrito, que vem a ser o aparelhamento de que dispe o
Estado para a mera execuo das polticas do governo, das polticas
pblicas, estabelecidas no exerccio da atividade poltica.
Noes de Administrao Pblica: Administrao Pblica em
sentido amplo abrange os rgos de governo, que exercem funo
poltica e tambm os rgos e pessoas jurdicas que exercem funo
meramente administrativa. Deve-se entender por funo poltica,
neste contexto, o estabelecimento das diretrizes e programas de ao
governamental, dos planos de atuao do governo, a fixao das
denominadas polticas pblicas. De outra parte, funo meramente
administrativa resume-se execuo das polticas pblicas
formuladas no exerccio da referida atividade poltica.
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Administrao pblica em sentido estrito s inclui os rgos e
pessoas jurdicas que exercem funo meramente administrativa, de
execuo dos programas de governo. Ficam excludos os rgos
polticos e as funes polticas, de elaborao das polticas pblicas.
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ADMINISTRAO PBLICA EM SENTIDO FORMAL, SUBJETIVO OU ORGNICO
Administrao pblica em sentido formal, subjetivo ou orgnico o
conjunto de rgos, pessoas jurdicas e agentes que o nosso
ordenamento jurdico identifica como administrao pblica, no
importa a atividade que exeram (como regra, evidentemente, esses
rgos, entidades e agentes desempenham funo administrativa).
O Brasil adota o critrio formal de administrao pblica. Portanto,
somente administrao pblica, juridicamente, aquilo que nosso
direito assim considera, no importa a atividade que exera. A
administrao pblica, segundo nosso ordenamento jurdico,
integrada exclusivamente: a) pelos rgos integrantes da
denominada administrao direta (so os rgos integrantes da
estrutura de uma pessoa poltica que exercem funo administrativa)
e b) pelas entidades da administrao indireta.
So entidades da administrao indireta:
a) autarquias;
b) fundaes pblicas;
c) empresas pblicas;
d) sociedades de economia mista
ADMINISTRAO PBLICA EM SENTIDO MATERIAL, OBJETIVO OU FUNCIONAL
Administrao pblica em sentido material, objetivo ou funcional
representa o conjunto de atividades que costumam ser consideradas
prprias da funo administrativa. O conceito adota como referncia
a atividade (o que realizado), no obrigatoriamente quem a exerce.
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So usualmente apontadas como prprias da administrao pblica
em sentido material as seguintes atividades:
a) servio pblico: prestaes concretas que representem, em si
mesmas, diretamente, utilidades ou comodidades materiais
para a populao em geral, oferecidas pela administrao
pblica formal ou por particulares delegatrios sob regime de
direito pblico;
b) polcia administrativa: restries ou condicionamentos
impostos ao exerccio de atividades privadas em benefcio do
interesse pblico; ex. atividades de fiscalizao;
c) fomento: incentivo iniciativa privada de utilidade pblica, por
exemplo, mediante a concesso de benefcios ou incentivos
fiscais;
d) interveno: abrangendo toda interveno do Estado no setor
privado, exceto a sua atuao direta como agente econmico;
est includa a interveno na propriedade privada, a exemplo
da desapropriao e do tombamento, e a interveno no
domnio econmico como agente normativo e regulador, por
exemplo, mediante a atuao das agncias reguladoras, a
adoo de medidas de represso a prticas tendentes
eliminao da concorrncia, a formao de estoques
reguladores etc.
Organizao da Administrao Pblica
Entidades polticas, pessoas polticas, ou entes federados so os
integrantes da Federao brasileira, caracterizados por possurem
autonomia poltica. Simplificadamente, pode-se dizer que a
autonomia poltica traduzida pela capacidade de auto-organizao
(elaborao das prprias Constituies ou Leis Orgnicas) e,
sobretudo, pela possibilidade de legislar, mais precisamente, de
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editar leis com fundamento em competncias prprias, diretamente
atribudas pela Constituio da Repblica.
As entidades polticas so pessoas jurdicas de direito pblico interno,
dotadas de diversas competncias de natureza poltica, legislativa e
administrativa, todas elas conferidas diretamente pela Constituio
Federal.
No Brasil, so entidades polticas a Unio, os Estados, o Distrito
Federal e os Municpios.
Entidades administrativas so as pessoas jurdicas que integram a
administrao pblica formal brasileira, sem dispor de autonomia
poltica. Mais especificamente, entidades administrativas so as
pessoas jurdicas que compem a administrao indireta, a saber, as
autarquias, as fundaes pblicas, as empresas pblicas e as
sociedades de economia mista.
As entidades polticas tm competncias legislativas e
administrativas, recebidas diretamente da Constituio Federal,
enquanto as entidades administrativas s possuem competncias
administrativas, isto , de mera execuo de leis. Uma entidade
administrativa recebe suas competncias da lei que a cria ou autoriza
sua criao, editada pela pessoa poltica que originalmente recebeu
da Constituio Federal essas competncias.
DESCENTRALIZAO # DESCONCENTRAO
Concentrao o modo de cumprimento de competncias
administrativas por meio de rgos pblicos despersonalizados e sem
divises internas em reparties ou departamentos.
Na desconcentrao as atribuies so repartidas entre rgos
pblicos pertencentes a uma nica pessoa jurdica, mantendo a
vinculao hierrquica. Ex. de desconcentrao so os ministrios da
Unio, as secretarias estaduais e municipais, as delegacias de policia,
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os postos de atendimento da Receita Federal, as subprefeituras, os
Tribunais, as Casas Legislativas.
O conceito central da concentrao e da desconcentrao a noo
de rgo pblico.
rgo pblico um ncleo de competncias estatais sem
personalidade jurdica prpria.
O conjunto formado pela somatria de todos os rgos pblicos
recebe o nome de Administrao Pblica Direta ou Centralizada.
Pertencem Administrao Direta todas as entidades federativas, ou
seja, Unio, Estados, Distrito Federal, Territrios e Municpios.
CENTRALIZAO # DESCENTRALIZAO
Centralizao o desempenho de competncias administrativas por
uma nica pessoa jurdica governamental. o que ocorre, por
exemplo, com as atribuies exercidas diretamente pela Unio,
Estados, Distrito Federal e Municpios.
J na descentralizao, as competncias administrativas so
exercidas por pessoas jurdicas autnomas, criadas pelo Estado para
tal finalidade. Ex. autarquias, fundaes pblicas, empresas pblicas
e sociedades de economia mista.
O instituto fundamental da descentralizao o de entidade. Nos
termos do art. 1, 2, II, da Lei n 9784/99, entidade a unidade
de atuao dotada de personalidade jurdica prpria. Tendo
personalidade autnoma, tais entidades respondem judicialmente
pelos prejuzos causados por seus agentes pblicos.
A descentralizao, nos termos do art. 6, do Decreto-Lei n 200/67,
tem natureza jurdica de principio fundamental da organizao
administrativa.
O conjunto de pessoas jurdicas autnomas criadas pelo Estado
recebe o nome de Administrao Pblica Indireta ou Descentralizada.
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Essa descentralizao poder acontecer de duas formas:
Descentralizao por outorga: diz-se outorgado ao servio
repassado pela lei, que inclui a titularidade e a execuo e por prazo
indeterminado.
Descentralizao por delegao: transfere-se somente a execuo
do servio, por meio de contrato administrativo e por prazo
determinado.
UNIO
ESTADOS
MUNICPIOS
DF
AUTARQUIAS
FUNDAES
SOC. ECON. MISTA
EMP. PBLICAS
LEI
ENTE A + ENTE B
(descentralizao)
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Descentralizao
Por outorga
Por delegao
Lei
Contrato
Transfere a titularidade e a execuo do servio
Transfere apenas a execuo do servio
Prazo indeterminado
Prazo determinado
Ex. autarquia
Ex. concesso de servio pblico
fcil memorizar, veja:
dEscentralizao = Ente = Entidade = pEssoa
Na descentralizao no h hierarquia ou subordinao, mas um
controle finalstico, ministerial, tutela (no pra confundir com
autotutela que o poder que a Administrao possui de anular e
revogar os seus prprios atos).
Dessa forma, o controle administrativo da Administrao Direta sobre
entidades da Administrao Indireta dito finalstico, focado que na
verificao quanto ao atingimento das finalidades para as quais foram
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estas institudas. Tal controle tambm chamado de tutela
administrativa ou superviso ministerial.
Exemplo de descentralizao: quando a Unio transferiu a
titularidade dos servios relativos seguridade social ao INSS
(autarquia federal).
descOncentrao = rgo
Na desconcentrao temos os rgos, centros de competncia
institudos para o desempenho de funes estatais, atravs de seus
agentes, cuja atuao imputada pessoa jurdica a que pertencem.
Os rgos so entes despersonalizados, dizer, no tem
personalidade jurdica, no so capazes de exercer, por sua conta,
direitos ou assumir obrigaes, ao contrrio dos entes.
Exemplo de desconcentrao: ministrios, secretarias,
departamentos, delegacia etc.
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AUTARQUIA
DPTO. DE PESSOAL
UNIO
MINISTRIOS
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A descentralizao acontece de vrias formas, vejamos:
1. Descentralizao poltica: ocorre sempre que pessoas
jurdicas de direito pblico concorram com competncias
polticas, com competncia para legislar;
2. Descentralizao administrativa: ocorre a criao de entes
personalizados, com poder de autoadministrao, capacidade
de gerir os prprios negcios, mas com subordinao a leis e a
regras impostas pelo ente central;
3. Descentralizao territorial ou geogrfica: ocorre com
entidade local geograficamente delimitada, dotada de
personalidade jurdica prpria de direito pblico, com
capacidade administrativa genrica para exercer a totalidade ou
a maior parte dos encargos pblicos de interesse da
coletividade. o caso dos territrios;
4. Descentralizao por servios, funcional ou tcnica: se
verifica quando a Administrao Direta cria uma pessoa jurdica
de direito pblico ou privado e a ela transfere a titularidade e a
execuo de determinado servio pblico;
5. Descentralizao por colaborao: ocorre quando a
Administrao transfere a execuo de determinado servio
pblico pessoa jurdica de direito privado, previamente
existente. Nesse caso o Poder Pblico conserva a titularidade do
servio, podendo dispor dele de acordo com o interesse pblico.
O instrumento de formalizao, via de regra, um contrato ou
ato administrativo unilateral.
A diferena entre concentrao e desconcentrao leva em conta a
quantidade de rgos pblicos encarregados do exerccio das
competncias administrativas. Por outro lado, a distino entre
centralizao e descentralizao baseia-se no nmero de pessoas
jurdicas autnomas competentes para desempenhar tarefas pblicas.
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Quadro comparativo entre desconcentrao e descentralizao
Desconcentrao Descentralizao
Competncias atribudas a rgos pblicos sem personalidade jurdica prpria
Competncias atribudas a entidades com personalidade jurdica autnoma
O conjunto de rgos forma a chamada Administrao Pblica Direta ou Centralizada
O conjunto de entidades forma a chamada Administrao Pblica Indireta ou Descentralizada
rgo no podem ser acionados diretamente perante o Poder Judicirio, com exceo de alguns rgos dotados de capacidade processual especial
Entidades descentralizadas respondem judicialmente pelos prejuzos causados a particulares
Ex. Ministrios, Secretarias, Delegacias de Polcia, Delegacias da Receita Federal, Tribunais e Casas Legislativas
Ex. Autarquias, Fundaes Pblicas, Empresas Pblicas e Sociedades de Economia Mista
Qual a diferena entre administrao pblica extroversa e
administrao pblica introversa? Administrao Pblica extroversa o conjunto de relaes jurdicas
externas entre o Poder Pblico e os administrados. A Administrao
Pblica introversa significa o complexo das vinculaes internas
envolvendo agentes pblicos, rgos estatais e entidades
administrativas.
Teoria do rgo Pblico
A doutrina sempre procurou explicar como a atuao do agente
pblico atribuda ao Estado. A evoluo do tema encontrou respaldo
na formulao de trs teorias diferentes:
a) Teoria do Mandato: Por esta teoria, que toma por base um
instituto tpico do direito privado, a relao entre o Estado e
seus agentes pblicos teria por base o contrato de mandato.
Mandato, para o Direito Privado, o contrato mediante o qual
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uma pessoa, o mandante, outorga poderes a outra, o
mandatrio, para que este execute determinados atos em
nome do mandante e sob a responsabilidade deste. O
instrumento do contrato de mandato a procurao. Assim, o
agente, pessoa fsica, seria o mandatrio da pessoa jurdica,
agindo em seu nome e sob a responsabilidade dela, em razo
de outorga especfica de poderes. A principal crtica a esta
teoria decorre da impossibilidade lgica de o Estado, que no
possui vontade prpria, outorgar o mandato. No se responde,
assim, questo: quem outorga o mandato ao agente pblico?
Outro ponto importante e no solucionado pela teoria diz
respeito responsabilizao do Estado quando o mandatrio
exorbitasse dos limites da procurao. Se fosse adotada a
disciplina jurdica delineada para o instituto do mandato no
direito privado, o Estado no responderia perante terceiros
quando o mandatrio agisse com excesso de poderes, ou seja,
alm das atribuies a ele conferidas.
b) Teoria da Representao: Pela teoria da representao, o
agente pblico seria equiparado ao representante das pessoas
incapazes (incapacidade civil, como a do menor de idade). O
agente seria uma espcie de tutor ou curador do Estado, que o
representaria nos atos que necessitasse praticar. Como
enfatiza Helly Lopes Meirelles, inconcebvel que o incapaz
outorgue validamente a sua prpria representao.
c) Teoria do rgo: Por esta teoria, amplamente adotada por
nossa doutrina e jurisprudncia, presume-se que a pessoa
jurdica manifesta sua vontade por meio dos rgos, que so
partes integrantes da prpria estrutura da pessoa jurdica, de
tal modo que, quando os agentes que atuam nestes rgos
manifestam a sua vontade, considera-se que esta foi
manifestada pelo prprio Estado. Fala-se em imputao (e no
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representao) da atuao do agente, pessoa natural, pessoa
jurdica.
Maria Sylvia Di Pietro explica que essa teoria utilizada para justificar
a validade dos atos praticados por funcionrio de fato, pois considera
que o ato por ele praticado ato do rgo, imputvel, portanto,
Administrao.
Deve-se notar que no qualquer ato que ser imputado ao Estado.
necessrio que o ato revista-se, ao menos, de aparncia de ato
jurdico legtimo e seja praticado por algum que se deva presumir
ser um agente pblico (teoria da aparncia). Fora desses casos, o ato
no ser considerado ato do Estado.
CARACTERSICAS DOS RGOS PBLICOS
1) integram a estrutura de uma pessoa poltica (Unio, Estado,
Municpio, DF), no caso dos rgos da administrao direta, ou
de uma pessoa jurdica administrativa (autarquia, fundao,
empresa pblica ou sociedade de economia mista), no caso de
rgos da administrao indireta;
2) no possuem personalidade jurdica;
3) so resultado da desconcentrao;]
4) alguns possuem autonomia gerencial, oramentria e
financeira;
5) podem firmar, por meio de seus administradores, contratos de
gesto com outros rgos ou com pessoas jurdicas;
6) no tm capacidade para representar em juzo a pessoa
jurdica que integram;
7) alguns tm capacidade processual para defesa em juzo de
suas prerrogativas funcionais;
8) no possuem patrimnio prprio.
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Classificao dos rgos Pblicos Quanto a sua estrutura, os rgos podem ser:
a) rgos simples: ou unitrios, so constitudos por um s centro
de competncia. Estes rgos no so subdivididos em sua
estrutura interna, integrando-se em rgos maiores. No
interessa o nmero de cargos que tenha o rgo, mas sim a
inexistncia de subdivises com atribuies especficas em sua
estrutura, ou seja, estes rgos exercem suas atribuies
prprias de forma concentrada.
b) rgos compostos: os rgos compostos renem em sua
estrutura diversos rgos, como resultado da desconcentrao
administrativa. o que ocorre com os ministrios e secretarias.
c) rgos singulares: tambm denominados unipessoais, so os
rgos em que a atuao ou as decises so atribuies de um
nico agente, seu chefe e representante. Ex. Presidncia da
Repblica.
d) rgos colegiados: tambm denominados pluripessoais, so
caracterizados por atuarem e decidirem mediante obrigatria
manifestao conjunta de seus membros. Os atos e decises
so tomados aps a liberao e aprovao pelos membros
integrantes do rgo, conforme as regras regimentais
pertinentes a quorum de instalao, de deliberao, de
aprovao etc. Ex. Congresso Nacional e os tribunais.
e) rgos independentes: os rgos independentes so os
diretamente previstos no texto constitucional, representando os
trs Poderes (Cmara dos Deputados, Senado Federal, STF, STJ
e demais tribunais, Presidncia da Repblica, e seus simtricos
nas demais esferas da Federao). So os rgos sem qualquer
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subordinao hierrquica ou funcional. As atribuies destes
rgos so exercidas por agentes polticos.
f) rgos autnomos: situam-se na cpula da administrao,
hierarquicamente logo abaixo dos rgos independentes.
Possuem ampla autonomia administrativa, financeira e tcnica,
caracterizando-se como rgos diretivos. Ex. Ministrios,
Secretarias de Estado, Advocacia Geral da Unio etc.
g) rgos superiores: so rgos que possuem atribuies de
direo, controle e deciso, mas que sempre esto sujeitos ao
controle hierrquico de uma chefia mais alta. No tm
autonomia administrativa nem financeira. Ex. Procuradorias,
Coordenadorias, Gabinetes etc.
h) rgos subalternos: so todos os rgos que exercem
atribuies de mera execuo, sempre subordinados a vrios
nveis hierrquicos superiores. Tm reduzido pode decisrio. Ex.
sees de expediente, de pessoal, de material, de portaria.
AUTARQUIAS
Autarquias so pessoas jurdicas de direito pblico, cuja principal
diferena perante os entes polticos Unio, os Estados-membros,
Distrito Federal e Municpios a falta de capacidade de fazer suas
prprias leis (capacidade poltica), limitando-se capacidade de
autoadministrar-se, nos limites impostos pela lei.
De acordo com a CF/1988, art. 37, XIX e XX, sua criao deve ser
feita por lei especfica, bem como a criao de suas subsidirias ou a
participao em empresas privadas. Tal lei de iniciativa exclusiva do
Chefe do Executivo.
Espcies de Autarquia:
Autarquia Territorial/geogrfica: a diviso geogrfica, com
personalidade jurdica prpria, criada para prestar servios genricos
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sociedade, como sade, educao, segurana, justia etc. Exemplos
desse tipo de autarquia so os territrios federais, que atualmente
no existem no Brasil, mas podem vir a ser criados (art. 33, CF/88).
No faz parte da federao, no possuem autonomia legislativa, e
so subordinados ao poder central;
Autarquia de servios/institucional: aquela criada por lei
possuindo capacidade administrativa especfica, restrita ao servio
pblico determinado que lhe foi imputado. Ex. INSS;
Autarquia Fundacional: a fundao pblica de direito pblico, a
elas se aplicaro todas as prerrogativas das autarquias, ou seja, o
regime jurdico de direito pblico;
Autarquia Corporativa: tambm chamada de corporaes
profissionais ou autarquias profissionais, so entidades com atuao
de interesse pblico encarregadas de exercer controle e fiscalizao
sobre determinadas categorias profissionais. Ex. CRO, CRM, CREA.
ATENO! A OAB, segundo o STF, no considerada uma autarquia
profissional.
Agncia Reguladora: Com o fenmeno da desestatizao, que
promoveu a mudana de paradigma do Estado brasileiro, de
prestador para regulador e fiscalizador, ganhou importncia a
presente figura da agncia reguladora.
Trata-se de autarquia criada sob regime especial, com a atribuio de
exercer o poder normativo das concesses e permisses de servios
pblicos, competncia essa que, originalmente, do Poder Pblico.
Sua competncia, ento, de natureza exclusivamente
administrativa.
Assim, exerce o poder de polcia, fiscalizando e controlando a atuao
dos concessionrios e permissionrios. Exemplos: ANEEL, ANA,
ANATEL, ANS.
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Agncia Executiva: uma qualidade ou atributo de pessoa jurdica
de direito pblico (autarquia ou fundao pblica) que celebre
contrato de gesto, tambm conhecido como acordo-programa (art.
37, 8, CF/88 e art. 5, Lei Federal n 9.637/98), para otimizar
recursos, reduzir custos, aperfeioar o servio pblico. Exemplo:
INMETRO.
Caractersticas das Autarquias
1 pessoas jurdicas de direito pblico:
2 so criadas e extintas mediante lei especfica;
3 dotadas de autonomia gerencial, oramentria e patrimonial;
4 so imunes a impostos;
5 celebram contratos administrativos;
6 o regime normal de contratao estatutrio;
7 possuem as prerrogativas especiais da Fazenda Pblica;
8 responsabilidade objetiva e direta;
9 seus bens so bens pblicos;
10 no exercem atividade econmica
EMPRESA PBLICA & SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
A definio de empresa pblica foi dada pelo Decreto-Lei n 200/67,
em seu art. 6, II, que dizia ser ... entidade dotada de personalidade
jurdica de direito privado, com patrimnio prprio e capital exclusivo
do Estado, criada por lei (de acordo com a atual CF/88, em seu art.
37, XIX, exige-se apenas lei especfica para autorizao; uma vez
autorizada, a criao dar-se- por meio de decreto) para a
explorao de atividade econmica, podendo revestir-se de qualquer
das formas admitidas em direito.
Da mesma forma que a empresa pblica, a definio de sociedade de
economia mista tambm foi dada pelo Decreto-Lei n 200/67, em seu
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art. 6, III, in verbis: ... entidade dotada de personalidade jurdica
de direito privado, criada por lei para a explorao de atividade
econmica, sob a forma de sociedade annima.
Enquanto as empresas pblicas devem ter 100% do capital pblico,
nas sociedades de economia mista a participao deve ser majoritria
do Poder Pblico, admitindo-se a participao de capital privado.
Por outro lado, as empresas pblicas podem revestir-se de qualquer
forma admitida em direito, enquanto que as sociedades de economia
mista devem ser sob a forma de sociedade annima. A primeira pode
ser civil ou comercial; a segunda, sempre comercial.
Finalmente, enquanto a empresa pblica tem foros diferentes (Justia
Federal, no caso das empresas pblicas federais, e Justia Estadual,
no caso das estaduais e municipais), as sociedades de economia
mista tm como foro, em geral, a Justia Estadual.
Caractersticas das Empresas Pblicas
1 Criao autorizada por lei especfica;
2 Todo o capital pblico;
3 Forma organizacional livre;
4 Suas demandas so de competncia da Justia Federal (no caso
das empresas pblicas distritais, estaduais ou municipais, em regra,
as demandas so julgadas em varas especializadas da Fazenda
Pblica na Justia Estadual)
Caractersticas das Sociedades de Economia Mista
1 Criao autorizada por lei especfica; 2 A maioria do capital pblico;
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3 Forma de sociedade annima; 4 Demandas so julgadas na Justia Estadual Vamos resumir as diferenas entre elas em um quadro para facilitar a
nossa memorizao?
EMPRESA PBLICA
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
CAPITAL
100% PBLICO
MISTO (PBLICO E PRIVADO)
FORMA DECONSTITUIO
ADMITE QQ FORMA
APENAS S/A
COMPETNCIA PARA
JULGAMENTO DE SUAS AES
A DEPENDER, PODER SER JF OU
JE.
APENAS JE
FALNCIA
Lei n 11.101/2005 (Lei de Falncia), art. 2, I: esta Lei no se aplica a empresa pblica e sociedade de economia mista
FUNDAO Fundao um patrimnio personalizado, sem fins lucrativos,
destinado a um fim especfico. Prev o art. 37, XIX da CF/88, que a
criao de fundaes ser autorizada por lei especfica, sendo que lei
complementar definir suas reas de atuao. A fundao goza de
privilgios tributrios, ou seja, a fundao pblica tem imunidade
para impostos, quando ao patrimnio, rendas e servios vinculados
NOES DE DIREITO ADMINISTRATIVO - PATRCIA CARLA
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s suas finalidades essenciais (art. 150, VI, a e 2, CF). A fundao
pblica pode ser de direito pblico ou de direito privado, se for de
direito pblico ser uma espcie de fundao, chamada autarquia
fundacional.
OS & OSCIP (TERCEIRO SETOR) O nome terceiro setor designa atividades que no so, nem
governamentais (primeiro setor), nem empresariais e econmicas
(Segundo setor). Desse modo, o terceiro setor composto por
entidades privadas da sociedade civil que exercem atividade de
interesse pblico sem finalidade lucrativa.
O regime aplicvel a tais entidades predominantemente privado,
parcialmente derrogado por normas de Direito Pblico.
So os chamados entes de cooperao e NO INTEGRAM A
ADMINISTRAO INDIRETA.
Organizao Social: So pessoas jurdicas de direito privado sem
fins lucrativos, voltadas ao desempenho de atividades de interesse
pblico, em especial nas reas de sade, cultura, ensino, pesquisa,
tecnologia, meio ambiente que, declaradas de interesse social ou de
utilidade pblica, celebram contratos de gesto com a Administrao
Pblica.
Assim, no so entidades da Administrao Indireta, mas apenas
pessoas jurdicas de direito privado que prestam atividades pblicas
atravs de contrato de gesto, com apoio e controle pblicos.
Organizaes da sociedade civil de interesse pblico: Elas tm
finalidades semelhantes s Organizaes Sociais. Contudo, no so
criadas a partir da extino de rgos, mas sim devem atuar h pelo
menos um ano no ramo de atividade em questo.
NOES DE DIREITO ADMINISTRATIVO - PATRCIA CARLA
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So organizaes no governamentais (ONGs) que cumpriram os
requisitos da lei, em especial os relativos transparncia
administrativa. Cumpridos tais requisitos, a outorga da qualificao
como OSCIP ato vinculado (Lei n 9.790/99, art. 1, 2).
A Administrao firma Termo de Parceria com a OSCIP para executar
um plano de modernizao da Administrao, que, em tese, uma
necessidade temporria (Lei n 9.790/99, art. 9). Tal termo uma
alternativa vantajosa aos convnios, tendo maior agilidade e
razoabilidade em prestar contas. Sujeitam-se ao controle do Tribunal
de Contas e s regras de licitao.
Servios Sociais Autnomos: So todos aqueles institudos por lei,
com personalidade jurdica de direito privado, para ministrar
assistncia ou ensino a certas categorias sociais ou grupos
profissionais, sem fins lucrativos, sendo mantidos por dotaes
oramentrias ou por contribuies parafiscais. (Hely Lopes
Meirelles). Ex. SESI.
Outro quadro para facilitar o nosso estudo:
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ORGANIZAO SOCIAL OS
(Lei n. 9637/98)
ORGANIZAO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PBLICO
OSCIP
(Lei n. 9790/99)
Atividades: ensino, pesquisa cientfica, ao desenvolvimento
tecnolgico, proteo e preservao do meio ambiente, cultura e sade
art. 1
Atividades: o mbito de suas atividades mais amplo.
Art. 3 da Lei n 9.790/99
Entidades: sociedades, associaes ou fundaes, sem fins lucrativos
Entidades: a lei estabelece expressamente quais entidades no podem ser credenciadas como OSCIP, dentre as quais algumas ONGS,
conforme art. 2.
CONTRATO DE GESTO
TERMO DE PARCERIA
QUALIFICAO ATO DISCRICIONRIO
QUALIFICAO ATO VINCULADO
A LEI EXIGE QUE A OS POSSUA UM CONSELHO DE ADMINISTRAO
A LEI EXIGE QUE A OSCIP POSSUA UM CONSELHO FISCAL
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Vamos agora exercitar o que aprendemos na aula de hoje?
Lista de Questes
1 (FUNRIO/MPOG/Agente/2009) Com relao ao regime dos
empregados de uma sociedade de economia mista correto afirmar:
a) contratao por concurso pblico e regidos pelas normas do
Regime Jurdico nico dos Servidores Pblicos Federais (Lei n
8112/90);
b) contratao por concurso pblico e regidos pelas normas da
Consolidao das Leis do Trabalho;
c) contratao sem concurso pblico e regidos pelas normas do
Regime Jurdico nico dos Servidores Pblicos Federais (Lei n
8112/90);
d) contratao sem concurso pblico e regidos pelas normas da
Consolidao das Leis do Trabalho;
e) contratao sem concurso pblico e regidos exclusivamente pelo
Estatuto Social da Sociedade de Economia Mista.
2 (Vunesp/SPTrans/Advogado/2012) Os bens e interesses
pblicos no pertencem Administrao nem a seus agentes. Cabe-
lhes apenas geri-los, conserv-los e por eles velar em prol da
coletividade, esta sim a verdadeira titular dos direitos e interesses
pblicos. (Jos dos Santos Carvalho Filho in Manual de Direito
Administrativo)
A conceituao acima reproduzida trata de um dos princpios do
direito administrativo. Assinale a alternativa que contm um princpio
que corretamente representa essa conceituao doutrinria.
a) Autotutela
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b) Eficincia
c) Indisponibilidade
d) Proteo confiana
e) Precauo
3 (Vunesp/Fundao Casa/Analista/2010) Sobre o regime
jurdico da Administrao Pblica, correto afirmar que:
a) segundo o princpio da isonomia, a Administrao no pode ter
privilgios em suas relaes com os administrados.
b) as pessoas administrativas tm disponibilidade sobre os interesses
pblicos confiados sua guarda.
c) a Administrao pode revogar os seus prprios atos, mas no pode
anul-los.
d) o princpio da continuidade fundamenta a encampao da
concesso do servio pblico pelo Estado.
e) o ato discricionrio do administrador que no transgrediu nenhuma
norma concreta e expressa no pode ser submetido apreciao do
Poder Judicirio.
4 (Vunesp/TJ-SP/Juiz/2009) A Smula n 13, do Supremo
Tribunal Federal, ps um ponto final na prtica do chamado
"nepotismo" na Administrao Pblica brasileira. Nos julgados que
deram ensejo referida Smula, foram destacados alguns pontos
fundamentais para a sua exata compreenso, tais como:
a) somente por lei formal pode ser vedada a nomeao para cargo
em comisso de parente prximo, cuja funo administrativa seja de
assessoramento.
b) a investidura poltica, ou seja, sem concurso pblico, por si s,
revela-se afrontosa moralidade pblica.
NOES DE DIREITO ADMINISTRATIVO - PATRCIA CARLA
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c) a Smula n 13, do STF, compatvel com o ideal republicano, j
que este abriga o exerccio do poder administrativo pro domo sua.
d) no caracteriza imoralidade administrativa a nomeao, pela
autoridade administrativa competente, de parente prximo para
ocupar cargo pblico de natureza poltica.
5 (Vunesp/TJ-SP/Juiz/2009) Um dos aspectos primordiais do
Direito Administrativo brasileiro o de ser um conjunto:
a) de princpios e normas aglutinador dos poderes do Estado de
maneira a colocar o administrado em relao de subordinao
hierrquica a tais poderes.
b) de princpios e normas que no alberga a noo de bem de
domnio privado do Estado.
c) instrumental de princpios e normas que regula exclusivamente as
relaes jurdicas administrativas entre o Estado e o particular.
d) de princpios e normas limitador dos poderes do Estado.
6 (FCC/TRE-PE/Tcnico/2011) No que concerne s fontes do
Direito Administrativo, correto afirmar que:
a) o costume no considerado fonte do Direito Administrativo.
b) uma das caractersticas da jurisprudncia o seu universalismo,
ou seja, enquanto a doutrina tende a nacionalizar-se, a jurisprudncia
tende a universalizar-se.
c) embora no influa na elaborao das leis, a doutrina exerce papel
fundamental apenas nas decises contenciosas, ordenando, assim, o
prprio Direito Administrativo.
d) tanto a Constituio Federal como a lei em sentido estrito
constituem fontes primrias do Direito Administrativo.
NOES DE DIREITO ADMINISTRATIVO - PATRCIA CARLA
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e) tendo em vista a relevncia jurdica da jurisprudncia, ela sempre
obriga a Administrao Pblica.
7 (FCC/TRT-SE/Analista/2011) No que concerne
Administrao Pblica, o princpio da especialidade tem por
caracterstica:
a) a descentralizao administrativa atravs da criao de entidades
que integram a Administrao Indireta.
b) a fiscalizao das atividades dos entes da Administrao Indireta.
c) o controle de seus prprios atos, com possibilidade de utilizar-se
dos institutos da anulao e revogao dos atos administrativos.
d) a relao de coordenao e subordinao entre uns rgos da
Administrao Pblica e outros, cada qual com atribuies definidas
em lei.
e) a identificao com o princpio da supremacia do interesse privado,
inerente atuao estatal.
8 (FCC/TRE-AP/Analista/2011) A conduta do agente pblico
que se vale da publicidade oficial para realizar promoo pessoal
atenta contra os seguintes princpios da Administrao Pblica:
a) razoabilidade e legalidade.
b) eficincia e publicidade.
c) publicidade e proporcionalidade.
d) motivao e eficincia.
e) impessoalidade e moralidade.
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9 (FCC/TRT-1/Tcnico/2011) Analise as seguintes proposies,
extradas dos ensinamentos dos respectivos Juristas Jos dos Santos
Carvalho Filho e Celso Antnio Bandeira de Mello:
I. O ncleo desse princpio a procura de produtividade e
economicidade e, o que mais importante, a exigncia de reduzir os
desperdcios de dinheiro pblico, o que impe a execuo dos
servios pblicos com presteza, perfeio e rendimento funcional.
II. No texto constitucional h algumas referncias a aplicaes
concretas deste princpio, como por exemplo, no art. 37, II, ao exigir
que o ingresso no cargo, funo ou emprego pblico depende de
concurso, exatamente para que todos possam disputar-lhes o acesso
em plena igualdade.
As assertivas I e II tratam, respectivamente, dos seguintes princpios
da Administrao Pblica:
a) moralidade e legalidade.
b) eficincia e impessoalidade.
c) legalidade e publicidade.
d) eficincia e legalidade.
e) legalidade e moralidade.
10 (FCC/TRT-23/Tcnico/2011) O Jurista Celso Antnio
Bandeira de Mello apresenta o seguinte conceito para um dos
princpios bsicos da Administrao Pblica: De acordo com ele, a
Administrao e seus agentes tm de atuar na conformidade de
princpios ticos. (...) Compreendem-se em seu mbito, como
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evidente, os chamados princpios da lealdade e boa-f. Trata-se do
princpio da:
a) motivao.
b) eficincia.
c) legalidade.
d) razoabilidade.
e) moralidade.
11 (FCC/TJ-AP/Titular de servios de notas e
registros/2011) Constituem princpios do processo administrativo,
explcitos ou implcitos no Direito positivo:
a) oficialidade, publicidade e motivao.
b) sigilo, economia processual e unilateralidade.
c) on