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    CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL POLCIA RODOVIRIA FEDERAL

    PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

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    Aula 011.1. Direitos e deveres individuais e coletivos

    I. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS----------------------------------------------------- 3

    II. PRINCIPAIS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS---------- 20

    III. PRINCIPAIS DIREITOS E GARANTIAS EM DIREITO PENAL------------------- 50

    IV. QUESTES DA AULA------------------------------------------------------------------------------------------ 85

    V. GABARITO ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 94

    VI. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA------------------------------------------------------------------------- 95

    Ol futuros Policiais Rodovirios Federais!

    Prontos para o SEU salrio de R$ 5.804,95 e uma vida cheia deaventuras?

    Bem-vindos ao curso de Direito Constitucional em teoria e exerccios! Esperoque tenham gostado da aula inaugural e prestem muita ateno quelamatria, pois ela bastante recorrente nas provas de concursos!

    Nessa aula, estudaremos a seguinte parte do seu edital: 1.1. Direitos edeveres individuais e coletivos.

    Vocs observaro que a parte de exerccios est bastante extensa: sero 65exerccios comentados! Isso para que possamos GABARITAR a prova deDireito Constitucional! Como explicado e combinado na aula inaugural,usaremos exerccios do Cespe e, de forma complementar, de outras bancas,

    para que voc tenha uma cobertura completa da matria.

    Ao responder as questes, leia todos os comentrios, pois foram feitas vriasobservaes alm da mera resoluo da questo, ok?

    Voc notar que alguns esquemas e respostas foram exaustivamenterepetidos nos comentrios das questes. Isso no por acaso! Sugiroque voc os revise vrias vezes, para internalizar o conhecimento.

    Como tambm combinado na aula inaugural, no se preocupe com o nmerode pginas das nossas aulas (d uma olhada em quantas so). Esse materialfoi desenvolvido para que a sua leitura flua tranquilamente e seja

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    bastante rpida. Na aula de hoje, teremos APENAS 40 pginas decontedo (teoria). O restante das pginas dividido entre 65 exerccioscomentados, MUITOS esquemas e uma lista com as questes da aula.

    Dessa forma, apesar de o nmero de pginas ser elevado, a leitura do material bastante rpida e agradvel!

    Caso tenham alguma dvida, mandem-na para o frum ou para o [email protected].

    Vamos ento nossa aula!

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    I. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

    1.CONSIDERAES GERAIS

    Meus caros Policiais Rodovirios Federais, primeiramente, vocs devem saberque a grande maioria dos direitos e garantias fundamentais est prevista noartigo 5 da Constituio. Contudo, eles no esto contidos exclusivamente noreferido artigo. Dessa forma, os direitos e garantias fundamentais estoprevistos no art. 5o da Constituio, esparramados ao longo da CF etambm implcitos em seu texto, no constituindo um rol taxativo.Como exemplo, temos o Princpio da anterioridade eleitoral (art. 16) e o

    Princpio da anterioridade tributria (art. 150, III, b).

    Tais direitos podem ser didaticamente subdivididos da seguinte forma:

    Direitos individuais e coletivos; Direitos sociais; Direitos de nacionalidade; Direitos polticos; Partidos polticos; e

    Remdios constitucionais.

    Deve-se, desde j, frisar que nem todos os direitos e garantiasfundamentais so clusulas ptreas, apenas os direitos e garantiasINDIVIDUAIS o so. Assim, os direitos individuais so espcie do gnerodireitos e garantias fundamentais e somente aqueles (os individuais) soclusulas ptreas. Confira o art. 60, 4o da CF:

    Art. 60, 4 - No ser objeto de deliberao a proposta de

    emenda tendente a abolir:I - a forma federativa de Estado;

    II - o voto direto, secreto, universal e peridico;

    III - a separao dos Poderes;

    IV - os direitos e garantias individuais.

    Por fim, o rol dos direitos e garantias fundamentais (DGF) previstos naConstituio no taxativo, podendo haver outros DGF no previstos

    expressamente no texto constitucional. Observe o art. 5 2: Os direitos egarantias expressos nesta Constituio no excluem outros decorrentes do

    D

    ireitoseGarantias

    Fundamentais

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    regime e dos princpios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em

    que a Repblica Federativa do Brasil seja parte.

    Esquematizando:

    Direitos e garantias - Direitos individuais e coletivosfundamentais - Direitos Sociais

    - Direitos de Nacionalidade art. 5o + ao longo da CF- Direitos Polticos- Partidos Polticos- Remdios constitucionais

    Os Direitos Fundamentais esto no art. 5

    o

    + ao longo da CF (no se resumem ao art. 5

    0

    )- Princpio da anterioridade eleitoral (art. 16)- Princpio da anterioridade tributria (art. 150, III, b)

    Nem todos os Direitos Fundamentais so ptreos somente os INDIVIDUAIS (art. 60,par. 4o, IV)

    Direito INDIVIDUAL espcie dos Direitos Fundamentais

    Rol no taxativo (art. 5, 2)

    2.GERAES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

    At a Idade Mdia, o Estado podia interferir na vida das pessoas como bementendesse. Ele era soberano e o Rei no precisava respeitar nenhum limite oulei. Esse contexto permitiu que o Estado cometesse uma srie de abusos eatrocidades, sem o menor limite ou respeito aos seus sditos.

    Esta uma histria bem conhecida e que mostra a desproporcionalidade do

    poder do Estado: havia duas mes brigando para saber de quem era o filho. ORei simplesmente mandou cortar o menino ao meio e dar metade da criana acada uma delas. A me que no aceitou a proposta do rei e preferiu que o filhoficasse vivo, ainda que com a outra me, era a verdadeira progenitora dacriana.

    Histrias como essa, para ns, beiram ao ridculo, mas expressam bem opoder do Estado em outras pocas.

    Com o passar do tempo, na era do Liberalismo, a populao passou a serevoltar com esses abusos que o Estado cometia e passou a reivindicar direitos

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    como a vida, a liberdade, a propriedade, entre outros. Esses direitospressupem uma no ao do Estado, ou seja, o Estado no pode mataralgum injustamente; o Estado no pode tirar os bens de algum

    injustamente, assim como no pode tirar a liberdade de algum injustamente.

    Esse foi o contexto onde surgiram os primeiros direitos fundamentais (oudireitos de 1. Gerao) e, justamente por serem uma barreira ao doEstado (o Estado no pode matar algum injustamente; o Estado no podetirar os bens de algum injustamente, etc.), so chamados de liberdadesnegativas. Entre os direitos de 1 gerao, esto o direito vida,propriedade, liberdade etc.

    Com o passar do tempo, j na Revoluo Industrial, mais abusos eramcometidos: jornadas de trabalho de 15 a 18 horas por dia e 7 dias por semana,crianas trabalhando, no havia frias etc...

    Nesse contexto, surgiram os direitos de 2 gerao: o Estado deveria agirpara promover os direitos. Ele deveria editar leis para que os trabalhadorestivessem frias; ele deveria agir para que os trabalhadores possussem 13salrio, jornada de trabalho justa etc. Dessa forma, os direitos de 2 geraorequerem uma ao do Estado e so relacionados igualdade. So exemplosde direitos de 2 gerao: direitos dos trabalhadores, educao, sade, dentreoutros.

    Com o passar do tempo e, principalmente no perodo ps-Grande Guerra, acomunidade internacional comeou a se preocupar com os direitostransindividuais (que ultrapassam o indivduo), como o meio ambiente, odesenvolvimento e a comunicao, ou seja, direitos relacionados fraternidade. Esses so direitos de 3 gerao.

    Com a globalizao, vieram os direitos de 4 gerao, relacionados comengenharia gentica, transgnicos, softwares etc.

    Esquematizando:

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    Geraes dos Direitos Fundamentais

    Direitos de 1 Gerao - Liberdade- Liberdades negativas - Pressupem uma no ao do Estado- Liberdades pblicas e direitos polticos- Direitos individuais- Contexto histrico: Liberalismo

    Direitos de - Igualdade2 Gerao - Direitos sociais (trabalhadores, educao, sade, moradia...)

    - Direitos culturais e econmicos- Liberdades positivas: o Estado tem que agir- Contexto histrico: Revoluo industrial

    Direitos de - Fraternidade / Solidariedade3 Gerao - Diretos Difusos

    - Meio ambiente, consumidores...

    Direitos de - Engenharia gentica4 Gerao - Softwares

    - Transgnicos

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    3.CARACTERSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

    Historicidade: esses direitos foram construdos no decorrer do tempo,

    juntamente com o desenvolvimento da prpria sociedade. Assim, possuemcarter histrico, nascendo com o Cristianismo, passando pelas diversasrevolues e chegando aos dias de hoje.

    Universalidade: destinam-se a TODOS os seres humanos, sem qualquerforma de distino ou discriminao.

    Dessa forma, os direitos fundamentais se aplicam a TODOS os brasileirose estrangeiros, residentes ou no no Brasil. Aplicam-se a pessoas fsicas

    e jurdicas, ao Estado e nas relaes entre particulares.

    O Estado tambm pode ser titular de direitos fundamentais. (ex:propriedade). Alis, existem direitos fundamentais direcionadosexclusivamente ao Estado, como a requisio administrativa.

    No entanto, isso no significa que todos os direitos fundamentais soaplicados a todas essas figuras na mesma proporo. A regra que os DGFse aplicam aos brasileiros e aos estrangeiros. No entanto, alguns direitos

    fundamentais no se aplicam aos estrangeiros, por exemplo, a aopopular.

    Da mesma forma, os direitos e garantias fundamentais se aplicam spessoas fsicas, jurdicas, nacionais e estrangeiras. No entanto, alguns noso aplicados s pessoas jurdicas, por exemplo, a liberdade.

    Limitabilidade: a maior parte da doutrina diz que os direitosfundamentais no so absolutos, podendo haver limitaes quando um

    direito fundamental entra em confronto com outro. Exemplo: direito depropriedade vs direito de desapropriao do Estado; direito intimidade vsliberdade de expresso...

    Mas o que acontece se um direito meu entrar em conflito com o direito de

    outra pessoa? Nesse caso, os direitos fundamentais no podem sersimplesmente suprimidos. Devem-se equilibrar tais direitos usando-se oprincpio da harmonizao.

    OBS: existem doutrinadores, como Gilmar Mendes, que dizem que ADIGNIDADE DA PESSOA HUMANA um direito

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    SUPRACONSTITUCIONAL (acima da prpria Constituio), podendoapenas ser confrontado com ele mesmo. Olhe esse trecho, retirado de seulivro:

    A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA apresenta-se alheia aqualquer outro confronto com outro princpio ou regra, em faceda necessria interpretao de sua coliso somente consigoprpria. Nessa medida, tem-se a dignidade da pessoa humanacomo princpio de hierarquia SUPRACONSTITUCIONAL.

    Como dito acima, a posio dominante que nenhum direitofundamental absoluto, ou seja, todos eles podem ser limitados,

    respeitando-se, obviamente, princpios como a razoabilidade,proporcionalidade etc.

    Concorrncia: podem ser exercidos cumulativamente, ou seja, ao mesmotempo.

    Imprescritibilidade: no so perdidos se no forem usados.

    Irrenunciabilidade: os direitos fundamentais no podem ser renunciados

    por seu titular (seu dono). Eles podem at no ser exercidos, mas nuncapodero ser renunciados.

    Alguns autores dizem que pode haver renncia temporria de algunsdireitos fundamentais e desde que no ofenda a dignidade da pessoahumana. Ex: reality shows, onde se renuncia, temporariamente, aintimidade e a vida privada.

    Inalienabilidade: os direitos fundamentais no podem ser vendidos, so

    indisponveis e no possuem contedo econmico-patrimonial.

    Aplicabilidade imediata: O 1 do art. 5o. diz que as normas definidorasdos direitos e garantias fundamentais tm aplicao imediata.

    Ateno: isso no significa que todos os direitos fundamentais so normasde eficcia plena. Existem os trs tipos de normas de direitos e garantiasfundamentais: plena, contida e limitada.

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    Esquematizando:

    Historicidade possuem carter histrico, passando pelas diversas revolues e chegandoaos dias de hoje.

    Universalidadedestinam-se a TODOS os seres humanos, sem qualquer forma de distinoou discriminao.

    Abrangncia:

    Todos os brasileiros e estrangeiros, residentes ou no no Brasil

    Pessoa Fsica, Jurdica e EstadooEx: direito de propriedade

    Existem direitos fundamentais direcionados somente ao EstadooEx: requisio administrativa

    Direitos fundamentais aplicam-se tambm nas relaes entre particularesoEx: trabalhador, danos morais

    Limitabilidade os direitos fundamentais no so absolutos, podendo haver limitaesquando um direito fundamental entra em confronto com outro.

    Nopodem ser simplesmente suprimidos se houver conflito, pode apenas ser reduzidaa eficcia

    oPrincpio da harmonizao

    Nenhum Direito Fundamental absoluto (maioria da doutrina)

    OBS: Gilmar Mendes: a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA apresenta-se alheia

    a qualquer outro confronto com outro princpio ou regra, em face da necessriainterpretao de sua coliso somente consigo prpria. Nessa medida, tem-se adignidade da pessoa humana como princpio de hierarquiaSUPRACONSTITUCIONAL

    Concorrncia podem ser exercidos cumulativamente

    Imprescritibilidade no so perdidos se no forem usados.

    Irrenunciabilidade eles podem no ser exercidos, mas nunca podero ser renunciados. Renncia Temporria dos direitos fundamentais: Cabe

    Pode renunciar direito intimidade e vida privada, desde que no ofenda adignidade da pessoa humana

    oEx: reality shows

    Inalienabilidade no podem ser vendidos, so indisponveis e no possuem contedoeconmico-patrimonial.

    Aplicabilidade imeditada art. 5o, 1o: as normas definidoras dos direitos e garantiasfundamentais tm aplicao imediata.

    No tem nada a ver com normas de eficcia PLENA

    Lembrando: Existem direitos e garantias nos 3 tipos de normas (plena, contida eLTDA)

    Caractersticasdosd

    ireitosegarantiasfundamentais

    No a doutrina dominante

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    4.OBSERVAES

    a) Segundo o art. 5, 3, includo pela EC 45/2004, os Tratados

    Internacionais que versarem sobre direitos humanos e que foremaprovados por dois turnos e 3/5 dos votos por cada uma das CasasCongresso Nacional tero fora de Emenda Constitucional. AConveno sobre os Direitos da Pessoa com Deficincia foi o primeiroTratado Internacional sobre direitos humanos aprovado com fora de ECpelo Brasil.

    Ateno! Estamos falando de Tratados Internacionais sobre direitosHUMANOS (no direitos fundamentais).

    Observe que tais tratados no integram e nem modificam o texto daCF, apenas possuem fora de Emenda Constituio.

    Dessa forma, os tratados internacionais podem possuir 3 statusdiferentes no ordenamento jurdico brasileiro:

    LEI ORDINRIA - Tratados Internacionais que no versem sobreDireitos Humanos e forem aprovados pelo procedimento

    comum.

    SUPRALEGAL - Tratados Internacionais que versem sobre DireitosHumanos e forem aprovados por procedimento comum.

    EMENDA CONSTITUCIONAL - Tratados Internacionais que versemsobre Direitos Humanos aprovados por 3/5 dos votos em 2turnos (procedimento especial).

    b) Teoria da Eficcia Vertical dos Direitos Fundamentais: diz respeito aplicabilidade desses direitos como limites atuao dos governantesem favor dos governados. Ela se refere aos limites da interfernciado Estado na vida dos particulares.

    c) Teoria da Eficcia Horizontal dos Direitos Fundamentais: se referes relaes entre particulares. Aqui, os destinatrios dos preceitosconstitucionais so os particulares (pessoas fsicas ou jurdicas). H umaevoluo da posio do Estado, antes como adversrio, para guardio

    dos direitos fundamentais.

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    d) Diferena entre direitos, garantias e remdios constitucionais:Meu caro aluno e futuro Policial Rodovirio Federal, essa diferenciao bastante simples e pode ser feita com a simples observao do esquema

    abaixo:o Direitos: so os bens e vantagens prescritos na CFo Garantias: so os instrumentos que asseguram o exerccio dos direitos.

    Remdios: so uma espcie de garantia

    Remdios Administrativos - Direito de certido- Direito de petio

    Judiciais - Habeas Corpus (HC)- Habeas Data (HD)

    - Mandado de Segurana (MS)- Mandado de Segurana Coletivo (MSC)- Ao Popular (AP)- Mandado de Injuno (MI)

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    EXERCCIOS

    1. (CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) Embora a CF estabelea

    como destinatrios dos direitos e garantias fundamentais tanto os brasileirosquanto os estrangeiros residentes no pas, a doutrina e o STF entendem que osestrangeiros no residentes (como os que estiverem em trnsito no pas)tambm fazem jus a todos os direitos, garantias e aes constitucionaisprevistos no art. 5.o da Carta da Repblica.

    O nico erro est na palavra todos. De fato, a regra que os direitose garantias fundamentais se aplicam aos brasileiros e estrangeiros,residentes ou no no pas. No entanto, nem todos os direitos do art. 5

    se aplicam aos estrangeiros. Querem um exemplo? A ao popular um instituto do qual somente os cidados brasileiros podem lanarmo.

    Gabarito: Errado.

    2. (CESPE - 2012 - TJ-AL - Cargos de Nvel Superior) O regime jurdico dasliberdades pblicas protege as pessoas naturais brasileiras e as pessoasjurdicas constitudas segundo a lei nacional, s quais so garantidos os

    direitos existncia, segurana, propriedade, proteo tributria e aosremdios constitucionais, direitos esses que no alcanam os estrangeiros emterritrio nacional.

    Os estrangeiros residentes em territrio nacional esto expressamenteprotegidos pelas normas fundamentais da Constituio (veja no caputdo art. 5). Apesar de a Constituio ser omissa em relao aosestrangeiros no residentes no pas, o entendimento jurisprudencial que os mesmos tambm so titulares de direitos e garantias

    fundamentais, no que for possvel.

    Gabarito: Errado.

    3. (CESPE - 2012 - TJ-AL - Cargos de Nvel Superior) As normas queconsubstanciam os direitos fundamentais democrticos e individuais so deeficcia e aplicabilidade mediata.

    O 1 do art. 5 diz que as normas definidoras dos direitos egarantias fundamentais tm aplicao imediata.

    Gabarito: Errado.

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    4. (CESPE - 2012 - Banco da Amaznia - Tcnico Cientfico) Os direitosfundamentais cumprem a funo de direito de defesa dos cidados, sob duplaperspectiva, por serem normas de competncia negativa para os poderes

    pblicos, ou seja, que no lhes permitem a ingerncia na esfera jurdicaindividual, e por implicarem um poder, que se confere ao indivduo, no spara que ele exera tais direitos positivamente, mas tambm para que exija,dos poderes pblicos, a correo das omisses a eles relativas.

    isso mesmo! Os direitos fundamentais consistem na limitao dopoder do Estado de interferir na vida das pessoas, e ao mesmo tempoconferem prerrogativas aos particulares de pleitearem aes Estataisque contemplem seus direitos.

    Gabarito: Certo.

    5. (CESPE - 2011 - TJ-PB - Juiz) A jurisprudncia do STF reconhece que osestrangeiros, mesmo os no residentes no pas, so destinatrios dos direitosfundamentais consagrados pela CF, sem distino de qualquer espcie emrelao aos brasileiros. No mesmo sentido, as pessoas jurdicas sodestinatrias dos direitos e garantias elencados na CF, na mesma proporodas pessoas fsicas.

    Muito boa essa questo! Realmente, a regra que os direitos egarantias fundamentais se aplicam aos brasileiros e aos estrangeiros.No entanto, alguns direitos fundamentais no se aplicam aosestrangeiros, por exemplo, a ao popular.

    Da mesma forma, os direitos e garantias fundamentais se aplicam spessoas fsicas, jurdicas, nacionais e estrangeiras. No entanto, algunsno so aplicados s pessoas jurdicas, por exemplo a liberdade.

    Gabarito: Errado.

    6. (MPE-PR - 2011 - MPE-PR - Promotor de Justia) Quando houver conflito entredois ou mais direitos e garantias fundamentais, o operador do direito deveinterpret-los de forma a coordenar e combinar os bens jurdicos em dissenso,evitando o sacrifcio total de uns em relao aos outros, realizando umareduo proporcional do mbito de alcance de cada qual, de forma a conseguiruma aplicao harmnica do texto constitucional.

    O item est perfeito. Os direitos fundamentais no podem sersuprimidos. Assim, quando houver conflito entre dois ou mais direitos,

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    o aplicador do direito deve encontrar uma interpretao que equilibreos direitos em confronto, se utilizando do princpio da harmonizao.

    Gabarito: Certo.7. (MPE-PR - 2011 - MPE-PR - Promotor de Justia) De acordo com autorizada

    doutrina, os interesses transindividuais se inscrevem entre os direitosdenominados de primeira gerao;

    Os direitos de primeira gerao so os direitos relacionados liberdade. Os direitos transindividuais (que ultrapassam o indivduo)so relacionados fraternidade e so direitos de terceira gerao.

    Gabarito: Errado.

    8. (MPE-PR - 2011 - MPE-PR - Promotor de Justia) Em regra, as normas quedefinem os direitos fundamentais democrticos e individuais so de eficcia eaplicabilidade imediata.

    Nem todos os direitos fundamentais so normas de eficcia plena.Lembrando que existem direitos e garantias fundamentais inseridosnos trs tipos de normas: plena, contida e limitada. No entanto, em

    regra, eles possuem sim eficcia imediata. Alm disso, a CF estabeleceque: art. 5 1 - As normas definidoras dos direitos e garantiasfundamentais tm aplicao imediata.

    Gabarito: Certo.

    9. (CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo) As pessoasjurdicas de direito privado ou pblico so destinatrias dos direitos e garantiasfundamentais compatveis com sua natureza.

    Os direitos e garantias fundamentais so universais. Dessa forma, seaplicam a todas as pessoas, nacionais ou estrangeiras, fsicas oujurdicas, pblicas ou privadas, de acordo a sua natureza. Comoexemplo, existem alguns direitos aplicados somente s pessoas fsicas,como a vida e a liberdade. J outros direitos so aplicados somenteaos nacionais, como a ao popular.

    Gabarito: Certo.

    10. (CESPE - 2011 - STM - Tcnico Judicirio - Segurana) Os direitos e asgarantias expressos na Constituio Federal de 1988 (CF) excluem outros de

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    carter constitucional decorrentes do regime e dos princpios por ela adotados,uma vez que a enumerao constante no artigo 5. da CF taxativa.

    Os direitos e garantias fundamentais (DGF) constantes no art. 5 soexemplificativos. Assim, existem outros DGF esparramados no texto daConstituio. Como exemplo, o princpio da anterioridade eleitoral doart. 16. Alm disso, os DGF podem estar implcitos no textoconstitucional. Observe o art. 5, 2: Os direitos e garantiasexpressos nesta Constituio NO EXCLUEM outros decorrentes doregime e dos princpios por ela adotados, ou dos tratadosinternacionais em que a Repblica Federativa do Brasil seja parte.

    Gabarito: Errado.

    11. (CESPE - 2011 - STM - Cargos de Nvel) As liberdades individuais garantidasna Constituio Federal de 1988 no possuem carter absoluto.

    A maior parte da doutrina diz que os direitos fundamentais no soabsolutos, podendo haver limitaes quando um direito fundamentalentra em confronto com outro. Exemplo: direito de propriedade vsdireito de desapropriao do Estado; direito intimidade vs liberdade

    de expresso...

    Gabarito: Certo.

    12. (CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo) O exerccio dosdireitos e garantias fundamentais est sujeito aos prazos prescricionaisprevistos na CF e no Cdigo Civil brasileiro.

    Os direitos e garantias fundamentais so imprescritveis, assim, elesjamais sero perdidos caso no sejam usados. Vamos recordar asdemais caractersticas dos direitos fundamentais.

    Gabarito: Errado.

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    Historicidade possuem carter histrico, passando pelas diversas revolues e chegandoaos dias de hoje.

    Universalidadedestinam-se a TODOS os seres humanos, sem qualquer forma de distino

    ou discriminao. Abrangncia:

    Todos os brasileiros e estrangeiros, residentes ou no no Brasil

    Pessoa Fsica, Jurdica e EstadooEx: direito de propriedade

    Existem direitos fundamentais direcionados somente ao EstadooEx: requisio administrativa

    Direitos fundamentais aplicam-se tambm nas relaes entre particularesoEx: trabalhador, danos morais

    Limitabilidade os direitos fundamentais no so absolutos, podendo haver limitaesquando um direito fundamental entra em confronto com outro.

    Nopodem ser simplesmente suprimidos se houver conflito, pode apenas ser reduzidaa eficcia

    oPrincpio da harmonizao

    Nenhum Direito Fundamental absoluto (maioria da doutrina)

    OBS: Gilmar Mendes: a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA apresenta-se alheiaa qualquer outro confronto com outro princpio ou regra, em face da necessriainterpretao de sua coliso somente consigo prpria. Nessa medida, tem-se adignidade da pessoa humana como princpio de hierarquiaSUPRACONSTITUCIONAL

    Concorrncia podem ser exercidos cumulativamente

    Imprescritibilidade no so perdidos se no forem usados.

    Irrenunciabilidade eles podem no ser exercidos, mas nunca podero ser renunciados. Renncia Temporria dos direitos fundamentais: Cabe

    Pode renunciar direito intimidade e vida privada, desde que no ofenda adignidade da pessoa humanaoEx: reality shows

    Inalienabilidade no podem ser vendidos, so indisponveis e no possuem contedoeconmico-patrimonial.

    Aplicabilidade imeditada art. 5o, 1o: as normas definidoras dos direitos e garantiasfundamentais tm aplicao imediata.

    No tem nada a ver com normas de eficcia PLENA Lembrando: Existem direitos e garantias nos 3 tipos de normas (plena, contida e

    LTDA)

    Caractersticasd

    osdireitosegarantiasfunda

    mentais

    No a doutrina dominante

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    13. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) Os direitos fundamentais, pela suaprpria relevncia, no so suscetveis de renncia nem tampouco deautolimitaes.

    Em regra, os direitos fundamentais no podem ser renunciados porseu titular (seu dono). Eles podem at no ser exercidos, mas nuncapodero ser renunciados. No entanto, alguns autores dizem que podehaver renncia temporria de alguns direitos fundamentais e desdeque no ofenda a dignidade da pessoa humana. Ex: reality shows,onde se renuncia, temporariamente, a intimidade e a vida privada.

    Gabarito: Errado.

    14. (CESPE - 2011 - PC-ES - Perito Papiloscpico) A caracterstica de relatividadedos direitos fundamentais possibilita que a prpria Constituio Federal de1988 (CF) ou o legislador ordinrio venham a impor restries ao exercciodesses direitos.

    De fato, os direitos e garantias fundamentais no so absolutos (sorelativos). Alm disso, a prpria Constituio pode impor restries aoexerccio desses direitos. Lembre-se, no entanto, que as emendas

    Constituio devem sempre respeitar as clusulas ptreas e o direitoadquirido, o ato jurdico perfeito e a coisa julgada.

    Alm disso, a lei tambm pode impor restries aos DGF. Tome comoexemplo as normas constitucionais de eficcia contida. Elas produzemplenos efeitos at que uma lei posterior limite o exerccio dessesdireitos.

    Gabarito: Certo.

    15. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) A indenizao por danos morais tem seumbito de proteo adstrito s pessoas fsicas, j que as pessoas jurdicas nopodem ser consideradas titulares dos direitos e das garantias fundamentais.

    Tanto as pessoas fsicas quanto as jurdicas, nacionais ou estrangeiras,residentes ou no no Brasil e, inclusive o Estado, so titulares dosdireitos fundamentais. Dessa forma, uma empresa (pessoa jurdica)possui direito imagem e propriedade, por exemplo.

    Gabarito: Errado.

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    16. (CESPE/DPE-ES/2009) Os direitos de primeira gerao ou dimenso (direitoscivis e polticos) que compreendem as liberdades clssicas, negativas ouformais realam o princpio da igualdade; os direitos de segunda gerao

    (direitos econmicos, sociais e culturais) que se identificam com asliberdades positivas, reais ou concretas acentuam o princpio da liberdade;os direitos de terceira gerao que materializam poderes de titularidadecoletiva atribudos genericamente a todas as formaes sociais consagram oprincpio da solidariedade.

    A questo inverteu os conceitos da primeira e segunda gerao. Osdireitos de primeira gerao esto relacionados LIBERDADE, e os desegunda gerao se relacionam IGUALDADE. Lembre-se do esquema:

    Geraes dos Direitos Fundamentais

    Direitos de 1 Gerao - Liberdade- Liberdades negativas - Pressupem uma no ao do Estado- Liberdades pblicas e direitos polticos- Direitos individuais- Contexto histrico: Liberalismo

    Direitos de - Igualdade2 Gerao - Direitos sociais (trabalhadores, educao, sade, moradia...)

    - Direitos culturais e econmicos- Liberdades positivas: o Estado tem que agir- Contexto histrico: Revoluo industrial

    Direitos de - Fraternidade / Solidariedade3 Gerao - Diretos Difusos

    - Meio ambiente, consumidores...

    Direitos de - Engenharia gentica4 Gerao - Softwares

    - Transgnicos

    Gabarito: Errado.

    17. (CESPE/MMA/2009) Os direitos e garantias fundamentais encontram-sedestacados exclusivamente no art. 5 do texto constitucional.

    Os direitos e garantias fundamentais esto elencados em todo o texto

    constitucional e no apenas no art. 5. Assim, existem direitosindividuais que no esto no artigo 5 como o princpio da

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    anterioridade da lei eleitoral (art. 16) e anterioridade tributria (art.150, III, b). Alm disso, os DGF podem tambm estar implcitos.

    Gabarito: Errado.18. (CESPE/PGE-AL/2008) Sabendo que o 2. do art. 5. da CF dispe que os

    direitos e garantias nela expressos no excluem outros decorrentes do regimee dos princpios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que aRepblica Federativa do Brasil seja parte, ento, correto afirmar que, naanlise desse dispositivo constitucional, tanto a doutrina quanto o STF sempreforam unnimes ao afirmar que os tratados internacionais ratificados peloBrasil referentes aos direitos fundamentais possuem status de norma

    constitucional.

    Somente os tratados internacionais sobre DIREITOS HUMANOS (e nodireitos fundamentais) podem ter status de Emenda Constitucional.Alm disso, essa previso somente foi acrescentada pela EC 45/2004.Antes dela, o Supremo entendia que os tratados internacionaissomente poderiam ter fora de Lei Ordinria.

    Gabarito: Errado.

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    II.PRINCIPAIS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAISE COLETIVOS

    Meu amigo e futuro Policial Rodovirio Federal, antes de comearmos a estudaresse assunto, devo fazer um alerta. Essa matria sobre os direitos e garantiasfundamentais (DGF) bastante prtica e fala sobre diversas situaes donosso dia a dia. Assim, quando comeamos a estudar os DGF, tendemos aextrapolar muito a matria e a ficar pensando: e se acontecesse isso?, e seacontecesse aquilo? Dessa forma, cuidado para no deixar a suaimaginao voar muito. Mantenha-se focado nas informaesrepassadas na aula, ok?

    ...

    Direito vida

    Como j explicado, os Direitos e Garantias Fundamentais foram criados paralimitar a interveno do Estado na vida das pessoas. At a Idade Mdia, oEstado podia interferir na vida das pessoas como bem entendesse, inclusive,poderia retirar a vida das pessoas como bem entedesse. Hoje em dia, o Estado

    no pode mais fazer isso e o direito vida preservado pela Constituiobrasileira.

    Trs consideraes para fins de prova:

    1- O direito vida inclui o direito a uma vida digna e no apenas estar vivo.

    2- A Constituio brasileira prev que no pode haver pena de morte(regra), salvo em caso de guerra declarada (exceo).

    3- O STF decidiu que a pesquisa cientfica com clulas-tronco no fere aConstituio.

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    Princpio da Igualdade / Isonomia (art. 5, I)

    A Constituio brasileira deve buscar a igualdade de fato (igualdade material)

    entre as pessoas e no apenas a igualdade perante a lei (igualdade formal).Dessa forma, com o intuito de fazer as pessoas competirem em p deigualdade, pode haver as chamadas discriminaes positivas, ou seja, oEstado d uma fora para equilibrar a balana. Dessa forma, o Estado devepromover a Igualdade para os iguais e desigualdade para os desiguais, namedida de sua desigualdade.

    Exemplo 1: o Estado brasileiro entendeu que os portadores de necessidadesespeciais (PNE) no estavam competindo em p de igualdade com as pessoas

    normaisem concursos pblicos. Assim, hoje, deve haver reserva de vagaspara os PNE nos concursos pblicos. Essa uma discriminao positiva.

    Exemplo 2: o Estado brasileiro entendeu que os negros no estavamcompetindo em p de igualdade com as pessoas brancasnos vestibularesdas universidades pblicas. Assim, hoje, existem cotas para os negros emalgumas universidades brasileiras. Esse outro exemplo de discriminaopositiva para garantir a igualdade material e no apenas a igualdade formal.

    Por fim, essa uma norma autoaplicvel e no suscetvel deregulamentao ou de complementao normativa.

    Princpio da legalidade (art. 5, II)

    Antigamente, o Estado poderia obrigar as pessoas a fazer praticamente tudo oque ele quisesse. Isso dava margem a uma srie de abusos cometidos peloEstado. Hoje em dia, a Constituio protege os cidados e diz que ningumser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude delei.

    Em relao aos deveres e obrigaes de fazer ou de no fazer alguma coisa, osparticulares se submetem a um regime diferente do Poder Pblico. Osparticulares podem fazer tudo aquilo que quiserem, desde que no sejaproibido por lei. Isso se chama autonomia da vontade.

    J o Estado somente pode fazer aquilo que a Lei manda ou permite. Esse o

    princpio da legalidade estrita.

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    O princpio da legalidade, portanto, nos diz que a criao ou modificao dedireitos ou obrigaes depende de lei. Mas qual tipo de lei? A lei emsentido estrito, ou seja, somente as leis que o Poder Legislativo produz (as leis

    ordinrias, leis complementares, etc), ou isso pode ser feito pela lei em sentidoamplo, englobando tambm atos normativos infralegais (abaixo da lei)? Adoutrina majoritria defende a segunda opo, ou seja, a lei em sentidoamplo.

    Muito prximo ao princpio da legalidade, existe outro princpio chamado dePrincpio da Reserva Legal. Ele ocorre quando a CF deixa aregulamentao de algum tema para a lei infraconstitucional, ou seja, a leique est abaixo da Constituio. A depender de qual tipo de norma poderegulamentar a Constituio, o princpio da Reserva Legal se divide em dois:

    1- Reserva Legal Absoluta: quando a disciplina de determinada matria reservada, pela Constituio, somente lei em sentido estrito. Assim,exclui-se qualquer outra fonte infralegal (infra=abaixo; legal=da lei).Assim, somente uma LEI fabricada pelo poder legislativo poderegulamentar uma matria prevista na CF.

    Ex: a CF diz que a Unio pode instituir impostos e o Supremo entendeque se aplica a reserva legal absoluta. Assim, os impostos somentepodem ser criados impostos por uma LEI (aquela produzida peloCongresso Nacional).

    2- Reserva Legal Relativa: quando Constituio tambm exige a ediode uma lei para sua regulamentao, mas permite que ela apenas fixe osparmetros de atuao a serem complementados por ato infralegal.Dessa forma, a disciplina de determinada matria , em parte,

    admissvel a outra fonte diversa da lei (ex: decreto regulamentar,portarias, instrues normativas, etc.).

    Ex: a CF diz que a administrao pblica, se quiser ir s compras, deverealizar licitao...... a esse dispositivo se aplica a reserva legal relativa.Assim, foi editada a lei 8.666/93 para regulamentar esse dispositivoconstitucional. Alm da lei 8.666/93, vrios outros atos normativosinfralegais tambm disciplinam as licitaes, como o decreto 5.450/05, aInstruo Normativa 02/08 do MPOG, o decreto 7.174/10, etc.

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    Esto vendo? A norma constitucional regulamentada por uma lei etambm por atos infralegais (abaixo da lei).

    Esquematizando: Direito vida

    o Direito de no ser morto e de ter uma vida dignao No pode ter pena de morte salvo em caso de guerra declaradao Clulas-tronco: pode

    Princpio da Igualdade / Isonomia (art. 50, I)o Igualdade material (de fato) e no somente a igualdade formal (perante a lei)o Igualdade para os iguais e desigualdade para os desiguais, na medida de sua

    desigualdade

    o Discriminaes positivas. Ex: vagas para PNE em concursos pblicos

    o autoaplicvel e NO suscetvel de regulamentao ou de complementaonormativa.

    Princpio da legalidade (art. 50, II)o Divergncia doutrinriao Particular: autonomia da vontadeo Administrao pblica: s faz o que a lei permitir (legalidade estrita)

    o Princpio da legalidade: a criao ou modificao de direitos ou obrigaes

    depende de lei (em sentido amplo).

    o Princpio da reserva legal: quando a CF deixa a regulamentao de algum tema paraa lei (norma jurdica regularmente produzida pelo processo legislativo previsto naCF sentido estrito)

    Reserva legal absoluta: quando a disciplina de determinada matria reservada, pela Constituio, somente lei em sentido estrito. Assim,exclui-se qualquer outra fonte infralegal.

    Reserva legal relativa: quando a disciplina de determinada matria , em

    parte, admissvel a outra fonte diversa da lei (ex: decreto regulamentar).

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    Liberdade de conscincia, crena e culto

    H algum tempo atrs, o Estado determinava que as pessoas acreditassem em

    um tipo de crena ou religio e essa deveria ser seguida. Caso o cidadoconfessasse outra religio ou outra crena, o Estado determinava a sua morte.A Inquisio um exemplo disso.

    Hoje em dia, a CF88 estabelece a garantia das pessoas que ningum serprivado de direitos por motivo de crena religiosa ou de convico filosfica ou

    poltica, salvo se as invocar para eximir-se de obrigao legal a todos imposta

    e recusar-se a cumprir prestao alternativa, fixada em lei.

    Assim, a CF estabelece que no se pode privar ningum de direitos, ou seja,no se pode restringir o direito de ningum, s porque ela pensa diferente oucr em alguma religio diferente, a no ser que isso seja usado comodesculpa para se esquivar de uma obrigao imposta a todos pela lei.

    Exemplo: todo homem tem que servir o exrcito brasileiro assim quecompleta 18 anos. Isso uma obrigao legal que imposta a todos pela lei.No entanto, se uma determinada pessoa fala que contra a violncia e queisso vai contra suas crenas, tudo bem: o Estado no obrigar esse indivduo a

    servir o exrcito. Mas ele ter que cumprir uma prestao alternativa.

    Por outro lado, se a pessoa se recusa a servir o exrcito e tambm se recusa aprestar a pena alternativa, ela estar se esquivando de suas obrigaes legaise, nesse caso, poder sim haver restrio de direitos (no caso, ele perdeos direitos polticos).

    Alm disso, a lei deve proteger os locais de culto, liturgias e cerimnias eassegurar a prestao de assistncia religiosa nas entidades civis e militaresde internao coletiva (ex: presdios).

    Liberdade de manifestao do pensamento (art. 5, IV)

    Hoje em dia, cada um pode expressar o seu pensamento como quiser.Antigamente isso no era permitido. Porm, vedado o anonimato, pois,caso essa manifestao cause dano a algum, haver o direito a indenizaoalm do direito de resposta proporcional ao dano (agravo) causado.

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    Recentemente, o STF decidiu que no se precisa de diploma para exercer aprofisso de jornalista, justamente para ampliar o direito de liberdade demanifestao de pensamento.

    Alm disso, vedada instaurao de Inqurito Policial ou Dennciaexclusivamente com base em denncia annima. Dessa forma, asautoridades pblicas devem coletar mais provas (indcios de autoria ematerialidade do crime) para que seja aberto o inqurito policial ou a aopenal.

    Explicando melhor: o inqurito policial um procedimento investigativo queocorre antes de ser instaurada a ao penal. Ele serve justamente para coletar

    provas para que a ao penal seja instaurada. A denncia, por sua vez, oinstrumento que inicia a ao penal.

    Dessa forma, vedada tanto a instaurao da ao penal (por meio dadenncia) quanto de inqurito policial somente com base em dennciaannima. Observe que a autoridade policial deve sim investigar a dennciaannima, o que ele no pode instaurar o inqurito policial antes de coletarmais provas.

    Igualmente, vedada a instaurao de inqurito policial quando a conduta,claramente, no for um crime, ou seja, no for tpica.

    Liberdade de atividade intelectual, artstica, cientfica ou decomunicao e indenizao em caso de danos

    Todo indivduo pode estudar o que quiser, pode exercer a arte como quiser,pesquisar, produzir a cincia como quiser e se comunicar como quiser,independente de licena ou censura. No entanto, se essa arte,comunicao ou pesquisa cientfica causarem dano a algum, caber o direitoa indenizao.

    Inviolabilidade domiciliar

    Durante o perodo da ditadura militar, o Estado cometia uma srie de abusos,entrando nas casas das pessoas e desrespeitando seus direitos a intimidade ea vida privada.

    Hoje em dia, o Estado no pode entrar na casa das pessoas como bementender. Ele s poder faz-lo em trs casos:

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    1- Com o consentimento do morador. Nesse caso, obviamente, se omorador permite, pode-se entrar em sua casa a qualquer horrio, dedia ou de noite, com ou sem ordem judicial.

    2- Em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro.Nesse caso, tambm se pode entrar na casa de algum a qualquerhorrio, de dia ou de noite e independente de ordem judicial.

    3- Por determinao judicial. Nesse ltimo caso, o Estado, em regra,somente pode entrar na casa de algum durante o dia.

    Excepcionalmente, o STF recentemente decidiu que para instalar

    escuta policial em um escritrio de advocacia que era usado paracometimento de crimes, PODE-SE entrar a noite (lembrando:sempre com autorizao judicial).

    Uma ltima observao quanto a esse direito que o conceito de casa bastante amplo, sendo entendido como a residncia, domiclio ou o local ondea pessoa exerce sua profisso, desde que seja restrito ao pblico. Ex:escritrio, garagens, consultrio mdico, quarto de hotel etc.

    Liberdade de profisso

    A Constituio estabelece que livre o exerccio de qualquer trabalho, ofcio ouprofisso, desde que atendidas as qualificaes que a lei estabelecer. Assim,qualquer pessoa pode exercer qualquer profisso, desde que cumpra osrequisitos previstos na lei. Essa uma norma de eficcia contida, ou seja,que pode ser exercida plenamente at que seja criada uma lei que restrinjaesse direito.

    Como exemplo, desde a promulgao da CF, qualquer um pode exercer aprofisso de borracheiro, sem ter que preencher nenhum requisito ou obterautorizao. No entanto, se uma lei for promulgada e regulamentar a profissode borracheiro, em tese, ela pode exigir que, a partir daquele momento, essaprofisso s poder ser exercida por profissional com curso em engenhariamecnica. Esto vendo? Um direito que era amplo passa a ser maisrestrito.

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    Liberdade de informao

    Todos tm direito ao acesso informao, resguardado o sigilo da fonte,

    quando necessrio ao exerccio profissional. Tomemos como exemplo umjornalista, que no precisa divulgar de onde vieram as informaes que elepublicou. No entanto, ele se responsabiliza pelas informaes divulgadas,devendo indenizar o prejudicado, caso haja danos indevidos.

    O STF tambm decidiu que a proibio de divulgao de pesquisas eleitoraisquinze dias antes do pleito inconstitucional (Adin 3.741). Assim, permitidaa divulgao de pesquisas eleitorais a qualquer momento antes do pleito.

    Esquematizando:

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    Liberdade de conscincia, crena e cultoo Ningum ser privado de direitos por motivo de crena religiosa, filosfica ou

    poltica

    Salvo se as invocar para eximir-se de obrigao a todos imposta erecusar-se a cumprir prestao alternativao A lei deve proteger os locais de culto, liturgias e cerimnias (eficcia LTDA)

    Liberdade de culto (eficcia plena)o Assegurada prestao de assistncia religiosa nas entidades civis e militares de

    internao coletiva

    Liberdade de manifestao do pensamento (art. 50, IV)o Vedado o anonimatoo Assegura o direito de resposta proporcional ao agravo e indenizao em caso de

    dano (art. 50, V)o No precisa diploma para ser jornalista

    o Vedado instaurao de Inqurito - exclusivamente com base em denncia annimaPolicial ou Denncia - quando a conduta atpica (HC 82.969)

    Liberdade de atividade intelectual, artstica, cientfica ou de comunicao eindenizao em caso de danos

    o No precisa de licenao Independente de censurao Se causar dano, tem que indenizar

    Inviolabilidade domiciliaro Salvo por 1 Consentimento: dia e noite, com ou sem ordem judicial

    2 - Flagrante delito, desastre ou prestar socorro: dia e noite, com ousem ordem judicial

    3 - Determinaojudicial - Regra: durante o DIA- Exceo: Para instalar escuta policialPODE a noite (com autorizao judicial)

    o Casa = domiclio, escritrio, garagens, consultrio mdico, quarto de hotel... Qualquer lugar restrito ao pblico

    Liberdade de profissoo Atendidas as qualificaes que a lei estabelecer (eficcia Contida)

    Liberdade de informao:o Acesso a informao, resguardado o sigilo da fonte, quando necessrio ao exerccio

    profissional

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    Liberdade de locomoo

    Todos podem entrar, permanecer e sair do pas com seus bens, nos termos da

    lei e em tempos de paz. No entanto, esse direito pode sofrer restries nosEstados de Defesa e de Stio.

    Requisio

    Em regra, o Estado no pode se utilizar da propriedade de algum. O direito depropriedade bastante precioso para as pessoas. No entanto,excepcionalmente, em caso de iminente perigo pblico, a autoridadecompetente poder usar da propriedade particular. Essa utilizao pode ser

    feita sem autorizao judicial, devido urgncia (iminente perigo pblico).Caso haja algum dano, assegurada indenizao ao proprietrio dos bensutilizados. No entanto, essa indenizao sempre posterior ao uso esomente ocorrer se houver dano ao patrimnio do particular, no sendocabvel indenizao somente pelo uso da propriedade.

    Direito de herana e estatuto sucessrio

    Todos possuem o direito de herana. Caso o de cujus (o morto) seja

    estrangeiro, a Constituio d uma colher de ch para os herdeiros e prevque deve ser aplicada a lei mais favorvel: ou do Brasil ou a do de cujus.

    Ressalta-se que pode haver imposto sobre a herana e que tal tributo decompetncia estadual.

    Direito de propriedade intelectual, industrial e de direitos autorais

    A CF88 assegura a todos o direito de propriedade intelectual, industrial e de

    direitos autorais. No entanto, algumas regras devem ser seguidas:

    1- A propriedade intelectual e de direitos autorais permanente parao autor e temporria para os sucessores.

    2- J a propriedade industrial sempre temporria.

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    Direito de reunio em locais abertos ao pblico

    A Constituio assegura que todas as pessoas podem se reunir em locais

    abertos ao pblico (ex: passeatas e manifestaes). No entanto, essa reuniodeve seguir 3 regras:

    1- Ser pacfica.

    2- Sem armas.

    Desse dispositivo, decorre o fato de que uma reunio de policiaismanifestando pelo seu direito de greve ou por melhores salrios, porexemplo, deve ser sem armas.

    3- necessrio o aviso prvio s autoridades competentes.

    ATENO: no preciso pedir AUTORIZAO e sim apenas oaviso prvio para preparao antecipada do poder pblico, comoorganizao, policiamento, desvio de trnsito etc. O aviso prvio servetambm para que no se frustre outra reunio que estejaanteriormente agendada para o mesmo local.

    O direito de reunio pode ser restringido no Estado de Defesa e suspenso no

    Estado de Stio e, caso seja violado, o remdio correto a ser utilizado omandado de segurana (geralmente, as questes de prova dizem que habeas corpus, cuidado!).

    Sigilo de correspondncia, comunicaes telegrficas, de dados etelefnicas

    O artigo 5, XII versa que inviolvel o sigilo da correspondncia e dascomunicaes telegrficas, de dados e das comunicaes telefnicas, salvo, no

    ltimo caso, por ordem judicial, nas hipteses e na forma que a lei estabelecerpara fins de investigao criminal ou instruo processual penal.

    Se fizermos uma leitura desatenta deste inciso, podemos chegar a umaconcluso errnea de que somente o sigilo das comunicaes telefnicas podeser quebrado. No entanto todos os sigilos podem ser relativizados e noapenas o das comunicaes telefnicas.

    Alm disso, os sigilos de correspondncia e comunicaes podem ser restritos

    nos Estados de Stio e de Defesa (art. 139, III e 136, 1, I).

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    Uma observao bastante curiosa: o contraditrio e ampla defesa soPOSTERIORES quebra dos sigilos.

    Contraditrio e ampla defesa so duas garantias constitucionais queestabelecem que todos os que esto sendo acusados de algumairregularidade possuem o direito de responder s acusaes, ou seja, decontestar as acusaes e dar a sua verso dos fatos. Alm disso, todostm o direito de produzir as provas da maneira mais ampla possvel(desde que de acordo com a lei).

    No entanto, quando acontecem algumas quebras de sigilo, o contraditrio ea ampla defesa ocorrem somente aps a quebra. Imagine s um

    traficante sendo investigado pela polcia. bvio que primeiro se faz a quebrado sigilo das comunicaes para somente depois ser oferecido o contraditrio ea ampla defesa ao traficante. Caso ocorresse o contrrio, o criminoso jsaberia de antemo que estaria sendo investigado e as investigaes restariamfrustradas.

    o Sigilo das comunicaes telefnicas

    Quando se fala em quebra das comunicaes telefnicas, est se falando

    em escuta policial, grampo. Assim, por ser a intimidade um direitobastante sensvel, a CF88 estabelece que as comunicaes telefnicaspodem ser quebradas apenas:

    1- Por ordem Judicial E

    2- Somente para fins de investigao criminal ou instruoprocessual penal.

    Alm disso, pode-se usar uma prova legalmente autorizada e gerada emprocesso criminal para instruir processo administrativo ou civil.

    Ateno: em mbito administrativo ou civil JAMAIS poder havera quebra do sigilo das comunicaes. No entanto, se a prova forlegalmente gerada em processo criminal, pode-se aproveit-la parainstruir processo administrativo ou civil.

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    o Sigilo bancrio

    O sigilo bancrio pode ser quebrado por:

    1- Juiz

    2- CPI

    Quanto CPI, esta, ao quebrar o sigilo bancrio de algum, tem quefundamentar em fatos especficos e a quebra deve ter duraodeterminada.

    Duas observaes importantssimas:

    1- O Ministrio Pblico no pode quebrar o sigilo bancrio.Deve haver ordem judicial (Inq. 2.245, Rel Min Joaquim Barbosa).

    No entanto, ressalta-se o fato de que j houve um caso em que oSTF afastou seu entendimento tradicional sobre a incompetnciado MP em determinar a quebra do sigilo bancrio para permiti-la,visando proteger o patrimnio pblico (MS 21.729/DF).

    2- Autoridades Tributrias tambm NO PODEM quebrar sigilobancrio.

    Existe bastante discusso acerca da possibilidade das autoridadestributrias realizarem a quebra do sigilo bancrio emprocedimentos fiscais. Observe o art. 6 da Lei Complementar 105:

    As autoridades e os agentes fiscais tributrios da Unio, dos Estados,

    do Distrito Federal e dos Municpios somente podero examinar

    documentos, livros e registros de instituies financeiras, inclusive osreferentes a contas de depsitos e aplicaes financeiras,quando houver processo administrativo instaurado ou

    procedimento fiscal em curso e tais exames sejam consideradosindispensveis pela autoridade administrativa competente.

    No entanto, o STF j decidiu que Conflita com a Carta daRepblica norma legal atribuindo Receita Federal partena relao jurdico-tributria o afastamento do sigilo dedados relativos ao contribuinte(RE 389.808).

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    Apesar de a deciso do STF ter sido somente para o caso concreto,possuindo validade apenas para as partes do processo, a melhordoutrina entende que o posicionamento j no sentido de no

    permitir que as autoridades tributrias quebrem o sigilobancrio.

    Por fim, o Supremo Tribunal Federal entende que possvel a interceptaode carta de presidirio pela administrao penitenciria, por questes desegurana pblica.

    Esquematizando:

    Liberdade de locomooo Pode entrar, permanecer e sair do pas com seus benso Nos termos da lei e em tempos de pazo Restries no Estado de Defesa e Stio

    Requisio - Iminente perigo pblico- Autoridade competente pode usar da propriedade particular- Assegurada indenizao - Posterior

    - Se houver dano

    Direito de herana e estatuto sucessrioo Aplica a lei mais favorvel: ou do Brasil ou a do de cujuso Pode haver imposto de herana (E+DF)

    Propriedade - Intelectual permanente para o autor e- Direitos autorais temporria para os sucessores- Industrial - temporria

    Direito de reunio em - Pacfica,locais abertos ao pblico - Sem armas Reunio de policiais: no pode ir armado

    o No precisa de autorizao Mas precisa avisar autoridades Desde que no frustre outra reunio j marcada

    o Pode ser - Restringido no Estado de Defesa- Suspenso no Estado de Stio

    o Remdio caso o direito de reunio seja violado: MS (questo diz que HC)

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    Sigilo de correspondncia, comunicaes telegrficas, de dados e telefnicaso Art. 5o XII aparente restrio

    Pode relativizar TODAS e no s a comunicao telefnica

    o Correspondncia e comunicaes:podem ser restritas nos Estados de Stio e Defesa(art. 139,III e 136, 1, I)o O contraditrio e a ampla defesa so POSTERIORES quebra

    o Sigilo das comunicaes Telefnicas Quebra para investigao CRIMINAL Por ordem Judicial Pode usar uma prova legalmente autorizada e gerada em processo criminal

    para instruir processo administrativo e civil

    o interceptao de carta de presidirio: Pode (segurana pblica)

    Sigilo bancrioo Quebrado por - Juiz

    - CPI tem que fundamentar em fatos especficos e ter duraodeterminada

    o MP NO pode quebrar sigilo bancrio tem que pedir ao Juiz (Inq. 2.245, Rel Min Joaquim Barbosa) Ressalta-se o fato de que j houve um caso em que o STF afastou seu

    entendimento tradicional sobre a incompetncia do MP em determinar aquebra do sigilo bancrio para permiti-la, visando proteger o patrimnio

    pblico (MS 21.729/DF).

    o Autoridades Tributrias NO PODEM quebrar sigilo bancrio LC 105, art. 6: As autoridades e os agentes fiscais tributrios da Unio,

    dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios somente podero

    examinar documentos, livros e registros de instituies financeiras,

    inclusive os referentes a contas de depsitos e aplicaes financeiras,

    quando houver processo administrativo instaurado ou procedimento

    fiscal em curso e tais exames sejam considerados indispensveis pela

    autoridade administrativa competente.

    STF: Conflita com a Carta da Repblica norma legal atribuindo

    Receita Federal parte na relao jurdico-tributria o afastamento do

    sigilo de dados relativos ao contribuinte (RE 389.808).

    Nopodemq

    uebraro

    sigilobancrio

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    Direito de associao

    Outra proteo dos cidados frente ao Estado que a Constituio assegura o

    direito de associao, independente de autorizao do Estado.

    No entanto, essa liberdade no plena: so vedadas associaes decarter paramilitar. Associaes paramilitares so corporaes particularesde cidados armados, fardados e adestrados, que no fazem parte do exrcitoou da polcia de um pas.

    Aqui, devemos fazer uma distino que no to importante para fins deprovas, mas de extrema relevncia para a compreenso da matria:

    o Associao: reunio de um grupo de pessoas ou de entidades em buscade interesses comuns, sejam eles econmicos, sociais, filantrpicos,cientficos, polticos ou culturais.

    o Cooperativa: associao com fins econmicos e participao nomercado.

    Para que as pessoas se renam em forma de cooperativas, no necessria

    autorizao do Estado, desde que seja na forma da lei.

    J para que as pessoas se renam em forma de associaes, no necessria autorizao do Estado e nem de ser na forma da lei. tambmvedada a interferncia estatal em seu funcionamento.

    Uma outra observao importante: a nica forma de se DISSOLVERCOMPULSORIAMENTE uma associao por sentena judicial transitadaem julgado.

    ATENO: pode-se SUSPENDERas atividades de uma associao por ordemjudicial (no precisa estar transitada em julgado), mas para DISSOLV-LACOMPULSORIAMENTE, somente por sentena judicial transitada em julgado.

    o Associaes: Representao e Substituio Processual

    Para entendermos esses dois institutos do direito, devemos antesentender o conceito de Legitimidade Ativa: a capacidade de pedir o

    direito em juzo (capacidade de entrar com a ao).

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    Em regra, somente pode-se entrar no judicirio para proteger direitoprprio (em nome prprio). Assim, somente o dono do direito podeentrar com uma ao no Poder Judicirio, ou seja, somente o dono do

    direito possui a legitimidade ativa. No entanto, existem dois institutosque so excees a essa regra: a representao e a substituioprocessual.

    A representao processual ocorre quando algum age paradefender direito alheio em nome alheio. Nesse caso, o representadoprecisa dar uma autorizao expressa para o seu representante.

    J a substituio processual ocorre quando se age para defender

    direito alheio em nome prprio. Nesse caso, no necessria umaautorizao expressa do representado.

    Pois bem, as associaes podem representar os seus associados.Lembre-se de que necessria autorizao expressa e especfica, pois caso de representao processual. No entanto, no se precisa deautorizao expressa de cada associado individualmente, podendo talautorizao ser feita em assembleia.

    Outra observao importante que as associaes podem representar oassociado nas esferas civil e administrativa, judicial e extrajudicial, masno podem representar o associado em direito penal.

    Alm disso, as associaes legalmente constitudas h pelo menos 1 anoe em defesa de seus membros e associados podem impetrar o mandadode segurana coletivo. Nesse caso (e somente nesse), a associaoser substituta processual, no precisando de autorizao dos

    associados, bastando uma autorizao genrica no estatuto.

    Por ltimo, o sindicato substituto processual irrestrito na defesa dedireitos dos trabalhadores.

    Esquematizando:

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    Direito de associaoo Liberdade no plena

    Vedado de carter paramilitar

    o Cooperativas - no precisa de autorizao- mas tem que ser na forma da lei

    o Associaes - No precisam de autorizao e nem de ser na forma da lei

    - nica forma de dissolver compulsoriamente uma ASSOCIAO:sentena judicial transitada em julgado

    - Pode suspender as atividades - Ordem judicial- No precisa transitar em julgado

    o Representao e Substituio Processual

    Legitimidade ativa capacidade de pedir o direito em juzo (capacidade deentrar com a ao)

    Regra: defesa de direito prprio em nome prprio

    Representao Processual - Defesa de direito alheio em nome alheio- Precisa de autorizao do representado

    Substituio - Defesa de direito alheio em nome prprio

    Processual - Tambm chamada de legitimidade ativa extraordinria- No precisa de autorizao do substitudo

    Pode REPRESENTARo associado

    Precisa de autorizao expressa e especfica, pois caso deREPRESENTAO PROCESSUAL

    o No precisa de autorizao expressa de cada associadoindividualmente

    Pode ser feita em assembleia

    Podem representar o associado nas esferas civil e administrativa,judicial e extrajudicial, mas NO PODEM REPRESENTAR OASSOCIADO EM DIREITO PENAL

    Para MSCOLETIVO no precisa de autorizao expressa ( caso deSUBSTITUIO PROCESSUAL)

    Pode ser autorizao genrica no estatuto

    Substituto Processual IRRESTRITO

    Na defesa de direitos dos trabalhadores

    Associao

    Sindicato

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    Direito de informao de rgos pblicos

    A Constituio Federal assegura a todos o direito de receber dos rgos

    pblicos informaes de seu interesse particular, coletivo ou geral, porexemplo: informaes sobre licitaes e contratos pblicos. No entanto, oPoder Pblico pode fazer sigilo se a informao for necessria segurana dasociedade e do Estado.

    Ateno: O direito de informao de rgos pblicos diferente do direito depetio ou de certido (os prximos direitos a serem estudados). Cuidado parano confundir!

    Direito de petio e obteno de certides

    A Constituio assegura o direito de qualquer pessoa, fsica ou jurdica,nacional ou estrangeira, de obter certides em reparties pblicas em defesade direitos ou esclarecimentos de interesse pessoal; ou ainda, de peticionar(pedir) aos mesmos em defesa de seus direitos ou contra ilegalidade ou abusode poder. Esse direito pode ser exercido independentemente de taxas oude advogado e um remdio administrativo.

    O prazo para que a Administrao emita as certides , em regra, de 15 diase, caso a mesma no se manifeste, o remdio judicial correto para proteger odireito ser o Mandado de Segurana (cuidado! Muitas questes deprova dizem que o habeas data!)

    ATENO: Direito petio e certido diferente de capacidade postulatria.Esta ltima a capacidade que o advogado tem de conversar com o juiz/agirem juzo. Dessa forma, em regra, para que possamos entrar com alguma aono judicirio, devemos faz-lo por meio de um advogado, pois esse o nicoque possui a capacidade de agir em juzo (capacidade postulatria).

    o Depsito prvio da quantia questionada: VEDADO (no pode)

    O STF entende que vedado o depsito prvio da quantia questionadapara se entrar com recurso administrativo (smula vinculante 21) etambm para que o particular discuta a exigibilidade de crdito tributriocom uma ao no judicirio (smula vinculante 28).

    Explicando melhor, caso um particular esteja disputando com o Estadosobre alguma quantia (exemplo, uma multa) e pretenda entrar com um

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    recurso administrativo, ele no precisa pagar previamente a quantiaquestionada. Dessa forma, ele pode primeiro entrar com o recurso, para,somente se perder, pagar a quantia questionada.

    O mesmo entendimento vale para as aes no judicirio em que sediscuta exigibilidade de crdito tributrio.

    Esquematizando:

    Direito de informao de rgos pblicoso Receber dos rgos pblicos informaes de seu interesse particular, coletivo ou geral

    No direito de petio nem de certido.

    Poder pblico pode fazer sigilo se a informao for necessria segurana dasociedade e do Estadoo Ex: informao sobre licitaes e contratos

    Direito de petio e obteno de certideso Direito de qualquer pessoa - Fsica ou jurdica

    - Nacional ou estrangeirao Independente de taxaso No precisa de advogadoo um remdio administrativo

    o Petio aos poderes pblicos - Em defesa de direitos- Contra ilegalidade ou abuso de poder

    o Certides em reparties - Defesa de direitospblicas, para - Esclarecimentos de situaes de interesse pessoal

    Prazo das certides: 15 dias

    Se a Administrao no se manifestar: MS e no HD

    o Direito petio e certido diferente de capacidade postulatria (advogado)

    o Depsito prvio da quantia Para RECURSO ADMINISTRATIVOquestionada: VEDADO - Smula Vinculante 21

    Para o acesso ao Judicirio- Exigibilidade de crdito tributrio: O Estado no

    pode exigir depsito prvio para que o particularentre com a ao no judicirio.

    - Smula vinculante 28

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    Princpio do Juiz Natural

    A CF88 estabelece que:

    - ningum ser processado nem sentenciado seno pela autoridade

    competente;

    - no haver juzo ou tribunal de exceo; (Se um tribunal no asseguraras garantias constitucionais s partes em litgio, ele ser consideradotribunal de exceo).

    Assim, a Constituio protege o cidado porque assegura que todos saibam

    qual ser a autoridade julgadora (o foro competente) antes mesmo dese entrar com uma ao no Poder Judicirio.

    Por exemplo: imagine que Jos cometa um crime que choque toda a populaonacional e que cause grave comoo de toda a nao. Imagine tambm que sequeira criar um Tribunal somente para julgar esse tipo de crime. O princpio doJuiz Natural assegura que Jos no poder ser julgado por esse novo Tribunal,uma vez que sua condenao seria quase certa, pois todos esto comovidos ea autoridade julgadora no seria imparcial.

    Assim, essa garantia constitucional assegura que as regras dejulgamento e processo no sejam mudadas durante o jogo. No exemplo,Jos ser julgado por um Juiz Criminal de primeira instncia (se for o caso) eno por um Tribunal criado somente para julg-lo.

    Outra observao: o princpio do juiz natural no vlido somente para oJudicirio, mas tambm para o Legislativo nas causas em que for julgador (Ex:Senado Federal julga o Presidente da Repblica por crime de

    responsabilidade).

    Princpio da inafastabilidade da jurisdio

    O princpio da inafastabilidade da jurisdio tambm possui outros nomes:direito de ao, princpio do livre acesso ao judicirio, princpio daubiquidade da justia.

    Ele est previsto no art. 5, XXXV: a lei no excluir da apreciao do PoderJudicirio leso ou ameaa a direito.

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    Assim, esse princpio uma garantia constitucional de que qualquer leso ouameaa a qualquer direito pode ser apreciada pelo Poder Judicirio. Issogarante que qualquer pessoa que teve seu direito lesado ou ameaado pelo

    Estado ou por outro particular possa buscar a reparao ou proteo no PoderJudicirio.

    ATENO: esse direito no se confunde com o direito de petio.

    Em decorrncia dele, no preciso que se pea primeiro um direitoadministrativamente (na Receita Federal, INSS etc.) para s depois se recorrerao judicirio. Qualquer um pode, ento, entrar diretamente com a ao nojuzo competente (Poder Judicirio), sem precisar pedir primeiro nas vias

    administrativas.

    Dessa forma, caso o direito de algum esteja sendo ameaado por um ato doEstado, via de regra, pode-se entrar no Judicirio mesmo sem terentrado administrativamente. A isso, d-se o nome de ausncia dajurisdio condicionada ou ausncia da instncia administrativa decurso forado.

    Alm disso, em regra, a opo pela via judicial implica renncia tcita

    via administrativa e o processo se extingue no estado em que seencontrar. Dessa forma, se algum estiver discutindo um direito em mbitoadministrativo, ela poder entrar no judicirio quando bem entender. Noentanto, caso entre no judicirio, o processo administrativo ser extinto noestado em que se encontrar.

    Excepcionalmente, exige-se a utilizao primria da via administrativa para,somente depois, se poder entrar com a ao no Poder Judicirio. Isso se

    chama jurisdio condicionada ou instncia administrativa de cursoforado e ocorre em 3 casos:

    1- Justia desportiva

    2- Habeas Data

    3- Reclamao ao STF de ato que contrarie Smula Vinculante

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    o O Poder Judicirio no pode adentrar em:

    1- Atos interna corporis (Ex. Regimento Interno das Casas

    Legislativas).

    Exemplo: se durante o processo legislativo (o procedimento quefabrica uma lei), ocorrer violao ao Regimento Interno da CasaLegislativa, em regra, o Poder Judicirio no poder apreciar essaviolao, pois isso fere a separao dos poderes.

    Por outro lado, se o ato ferir, ao mesmo tempo, o Regimento Internoda Casa Legislativa e a Constituio Federal, a sim, caber

    interveno do Poder Judicirio. Isso acontece no porque o ato violouo Regimento Interno, mas sim porque ele violou a Constituio.

    2- Discricionariedade administrativa (convenincia e oportunidade).

    Por exemplo: a nomeao para um cargo em comisso ou funocomissionada no pode ser apreciada pelo poder judicirio quanto aomrito. Quem decide quem deve ou no ser nomeado para a funo o Administrador.

    Por outro lado, os referidos atos podem ser apreciados quanto legalidade.

    o Taxa judiciria calculada sobre o valor global da causa

    Em regra, para se entrar com uma ao no Poder Judicirio e se obteruma prestao jurisdicional, deve-se pagar uma taxa. Essa taxa sechama taxa judiciria e calculada sobre o valor da causa. Dessa

    forma, quanto maior for o valor da causa, maior ser a taxa cobradapara a prestao jurisdicional.

    No entanto, a taxa judiciria no pode ter um valor ilimitado paraque o Estado no enriquea ilicitamente. Assim, ela deve ter um valormximo (No se preocupe com esse valor. Ele no assunto da suaprova de Direito Constitucional).

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    Limites retroatividade da lei

    A Constituio assegura que a Lei no prejudicar o direito adquirido, o ato

    jurdico perfeito e a coisa julgada.

    De forma bem resumida:

    o Direito adquirido: aquele direito que j foi incorporado ao patrimniojurdico de uma pessoa, independentemente de j ter sido exercido ou no.Exemplo: se uma pessoa j cumpriu todos os requisitos para se aposentar,mesmo que ela no tenha efetivamente se aposentado, ela j tem o direitoadquirido aposentadoria;

    o Ato jurdico perfeito: aquele que cumpriu todos os requisitos para seuaperfeioamento, segundo a lei vigente poca que se realizou;

    o Coisa julgada: aquela ao que o poder judicirio j julgou e contra aqual no cabe mais recurso.

    Dessa forma, essa garantia constitucional confere a segurana jurdica paraos cidados, garantindo que nem mesmo uma lei poder ferir um desses trsitens.

    Uma observao importante que no se alega direito adquirido frenteao:

    1- Poder Constituinte Originrio: assim, uma nova Constituio noprecisa respeitar o direito adquirido. Ela ilimitada.

    Lembre-se que uma Emenda Constitucional (fruto do PoderConstituinte Reformador ou Revisor) no pode desrespeitar o direito

    adquirido, nem o ato jurdico perfeito e nem a coisa julgada.2- Criao ou aumento de tributos: ningum tem o direito adquirido

    de no pagar impostos (tributos).

    3- Mudana de padro monetrio.

    4- Regime jurdico de Servidor

    Uma breve exceo irretroatividade que a lei penal pode retroagir parabeneficiar o ru. Assim, se a sociedade edita uma lei apenando um crimecom uma pena mais branda, no h sentido em manter uma pena mais severapara aqueles que praticaram o crime antes da nova lei.

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    Ao contrrio, a lei no pode retroagir para prejudicar o ru. Assim, se asociedade edita uma lei apenando um crime com uma pena mais severa, essapena mais grave no pode ser aplicada a quem praticou o crime antes da lei.

    Esquematizando:

    Princpio do Juiz Natural

    o LIII - ningum ser processado nem sentenciado seno pela autoridade competente;

    o XXXVII - no haver juzo ou tribunal de exceo; (Se um tribunal no assegurar asgarantias constitucionais s partes litigantes, ele ser considerado tribunal de exceo)

    o No s para o Judicirio tambm para o Legislativo nas causas em que for julgar Ex: Senado Federal julgar o Presidente por crime de responsabilidade

    Princpio da - Inafastabilidade da jurisdio- Direito de ao- Princpio do livre acesso ao judicirio- Princpio da ubiquidade da justia

    o XXXV - a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito;

    o No se confunde com o direito de petio

    o Regra: pode-se entrar no Judicirio mesmo sem ter entrado administrativamente

    A opo pela via judicial implica renncia tcita via administrativa

    O processo se extingue no estado em que se encontrar

    o Exceo: Exige-se - utilizao inicial da via adm para entrar na via judicial- esgotamento

    Justia desportiva ( Administrativa e no Judicial) Habeas Data Reclamao ao STF de ato que contrarie Smula Vinculante (CF, art. 102, I, 'L')

    o O Judicirio no - Atos interna corporis (ex. Regimento Interno das Casas Legisl.)pode adentrar - OBS: se o ato ferir junto a CF caber interveno do Judicirio

    - Discricionariedade administrativa (convenincia e oportunidade)- Ex: nomeao para cargo em comisso

    - Atos polticos (em regra)

    Ausncia da jurisdio condicionada / ausncia

    da instncia administrativa de curso forado

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    o Taxa judiciria calculada sobre o valor global da causa:No pode cobrar valorabsurdo. A taxa deve ter limites.

    Smula 667 STF

    o Exigibilidade de crdito tributrio: Para entrar com a ao no pode exigir depsito prvio. Smula Vinculante 28 - inconstitucional a exigncia de depsito prvio

    como requisito de admissibilidade de ao judicial na qual se pretendadiscutir a exigibilidade do crdito tributrio

    Limites retroatividade da LEIo No pode prejudicar o - Direito adquirido

    - Coisa julgada- Ato jurdico perfeito

    o No se alega direito - Poder Constituinte Originrioadquirido face ao - Criao ou aumento de tributos

    - Mudana de padro monetrio- Regime jurdico de Servidor

    o Pode alegar Direito Adquirido frente ao Poder Constituinte Reformador (EC) e Revisoro Lei penal retroativa para beneficiar: Pode

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    Direito de propriedade

    O direito de propriedade um direito de primeira gerao e, na poca de seu

    surgimento (durante o liberalismo econmico), era quase que considerado umdireito absoluto.

    Assim, o dono da propriedade podia usar de seus bens da maneira como bementendesse, no importando se isso era bom ou ruim para a sociedade.

    Com o passar do tempo, o direito de propriedade no mais consideradoum direito absoluto. Por exemplo: a sociedade no tolera mais que existaum latifndio improdutivo quando existem milhares de pessoas passando

    fome.

    Assim, o direito de propriedade pode sofrer uma srie de restries, como porexemplo:

    1- Necessidade ou utilidade pblica;

    2- Requisio administrativa;

    3- Requisio de bens no Estado de Stio;

    4- Desapropriao;

    5- A propriedade deve cumprir a sua funo social.

    Funo social da propriedade urbana: cumprir o plano diretor.

    Funo social da propriedade rural: CFArt. 186. A funo social cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente,

    segundo critrios e graus de exigncia estabelecidos em lei, aos

    seguintes requisitos: I - aproveitamento racional e adequado; II -utilizao adequada dos recursos naturais disponveis e preservao

    do meio ambiente; III - observncia das disposies que regulam as

    relaes de trabalho; IV - explorao que favorea o bem-estar dos

    proprietrios e dos trabalhadores.

    o Desapropriao

    A desapropriao uma forma de relativizao (diminuir o alcance) do

    direito de propriedade. Ela pode ocorrer por trs motivos: Interessesocial, necessidade pblica ou utilidade pblica.

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    Em regra, a indenizao ser sempre em dinheiro, justa e prvia.

    No entanto, caso a propriedade no esteja cumprindo a sua funo

    social, poder haver dois tipos de desapropriao:

    1- Desapropriao confiscatria: ocorre quando a terra usada parao cultivo de plantas psicotrpicas. Nesse caso, no haverindenizao e as terras sero destinadas ao assentamento decolonos.

    No confundir com a desapropriao urbananstica ou com adesapropriao rural

    2- Desapropriao sano: nesse tipo de desapropriao, aindenizao deve ser justa e prvia. No entanto, ela no ser emdinheiro e sim em ttulos da dvida do governo, garantida apreservao de seu valor real.

    a) Desapropriao Urbanstica: feita pelo municpio em imveisurbanos. Nesse caso, a indenizao ser feita em ttulos dadvida pblica resgatveis em at 10 anos.

    Na propriedade urbana, a desapropriao-sano a ltimamedida: antes, tem IPTU progressivo e parcelamento ouedificao compulsria

    b) Desapropriao Rural: feita pela Unio em imveis rurais esempre para reforma agrria (por interesse social). Essamodalidade de desapropriao paga em ttulos da dvidaagrria resgatveis a partir do segundo ano de sua emissoe em at 20 anos.

    As benfeitorias teis e necessrias so indenizadas emdinheiro.

    No se pode desapropriar para reforma agrria a propriedadeprodutiva e nem a pequena e mdia propriedade rural, desde queseu proprietrio no tenha mais nenhuma outra propriedaderural.

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    Alm disso, no se pode penhorar a pequena propriedaderural desde que seja trabalhada pela famlia e que as dvidasresultem da atividade produtiva.

    Esquematizando:

    Direito de propriedadeo Liberalismo econmico "laissez faire, laissez aller, laissez passer"o No mais considerado um direito absoluto

    Deve cumprir sua funo social

    Funo social da - Urbana cumpre o plano diretorpropriedade - Rural aproveitamento racional dos recursos,

    preservao do meio ambiente, observao dasrelaes de trabalho e bem-estar dos donos etrabalhadores... (CF 186)

    Necessidade ou utilidade pblica Requisio administrativa Desapropriao Requisio de bens no Estado de Stio

    ENTENDENDO MELHOR

    Benfeitorias necessrias so aquelas que se destinam

    conservao do imvel ou que evitem que ele se deteriore. Os reparosde um telhado, infiltrao ou a substituio dos sistemas eltricos ehidrulicos danificados sero benfeitorias necessrias, vez queconservam o imvel e evitam sua deteriorao.

    Benfeitorias teis so obras que aumentam ou facilitam o uso doimvel. A construo de uma garagem, a instalao de gradesprotetoras nas janelas, ou o fechamento de uma varanda sobenfeitorias teis, porque tornam o imvel mais confortvel, seguroou ampliam sua utilidade.

    Benfeitorias volupturias no aumentam ou facilitam o uso do

    imvel, mas podem torn-lo mais bonito ou mais agradvel. So asobras de jardinagem, de decorao ou alteraes meramenteestticas.

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    Desapropriaoo Pode desapropriar por - Interesse social

    - Necessidade pblica

    - Utilidade pblicao Regra: indenizao em dinheiro, justa e prviao Se estiver cumprindo a funo social: indenizao justa, prvia e em $ (regra)

    Desapropriao - Cultivo deplantas psicotrpicasConfiscatria - No indenizvel

    - Sero destinadas ao assentamento de colonos- No confundir com a desapropriao urbananstica ou com adesapropriao rural

    - Tem que ser prvia e justa tambm- S no em dinheiro (mas sim em ttulos da dvida do governo)- Ambas devempreservar seu valor real

    Desap. Desapropriao - Imveis URBANOSSano Urbanstica - Feita pelo Municpio

    - Indenizao em ttulos da dvida pblica- Resgatveis em at 10 anos- Na propriedade urbana, a desapropriao-sano altima medida: antes tem IPTU progressivo e

    parcelamento ou edificao compulsria

    Desapropriao - Imveis RURAISRural - Feita pela Unio

    - Para reforma agrria (interesse social)- Resgate - Ttulos da dvida agrria

    - A partir do 2 ano de sua emisso- At 20 anos- Benfeitorias teis e necessrias so

    indenizadas em dinheiro- No pode desapropriar - propriedade produtiva

    para reforma agrria - pequena e mdia prop. rural

    Desde que no tenha maisnenhuma outra propriedade rural

    o Pequena propriedade rural No pode penhorar Desde que - Trabalhada pela famlia

    - Que os dbitos resultem da atividade produtiva

    Senoesti

    vercumprindo

    afun

    osocial

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