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    Aula 5: 11/10 - Normas constitucionais relativas Administrao Pblica eaos servidores pblicos da Administrao Pblica (Constituio Federal eConstituio Estadual);

    Aula 6: 18/10 - Poder Judicirio: disposies gerais, do Supremo

    Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justia, dos Tribunais eJuzes dos Estados;

    Aula 7: 25/10 - O Ministrio Pblico na Constituio Federal de 1988 e naConstituio Estadual. isso a... Chega de papo furado! Vambora...

    Teoria Geral dos Direitos e Garantias Fundamentais:

    Mas afinal, qual a diferena entre direitos e garantias?Diz-se que direito uma faculdade de agir, exercer, fazer oudeixar de fazer algo, uma liberdade positiva . As garantias no sereferem s aes, mas sim s protees que as pessoas possuemfrente ao Estado ou mesmo frente s demais pessoas. Diz-se que asgarantias so protees para que se possa exercer um direito 1.

    Jos Afonso da Silva faz o delineamento da diferena com uma fraseexaustivamente usada pelas bancas de concurso: "Em suma (...) osdireitos so bens e vantagens conferidos pela norma, enquanto asgarantias so os meios destinados a fazer valer esses direitos, soinstrumentos pelos quais se asseguram o exerccio e o gozo daquelebens e vantagens" 2.

    1. (CESPE/Contador-AGU/2010) Embora se saliente, nasgarantias fundamentais, o carter instrumental de proteo adireitos, tais garantias tambm so direitos, pois se revelam nafaculdade dos cidados de exigir dos poderes pblicos a proteo deoutros direitos, ou no reconhecimento dos meios processuaisadequados a essa finalidade.

    Comentrios:A questo est se referindo a interligao dos termos e reconhecendoa dificuldade de se distinguir o que seriam na verdade direitos e oque seriam garantias no texto constitucional, algo que constantemente frisado pela doutrina.

    Gabarito: Correto.

    1 CRUZ, Vtor. Vou Ter que Estudar Direito Constitucional! E Agora? So Paulo: Mtodo. 2011. Pg. 30.2 Silva, Jos Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. So Paulo: Malheiros. pg. 412.

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    2. (CAIPIMES/SP Turismo/2007) Os direitos so bens evantagens conferidos pela norma.

    Comentrios:Isso a, essa a definio doutrinria.Gabarito: Correto.

    3. (CAIPIMES/SP Turismo/2007) As garantias nem sempreso os meios destinados a fazer valer os direitos constitucionais.Comentrios:Erra a questo, pois vai contra a definio doutrinria de "garantia", aqual seria "os meios e instrumentos que asseguram o exerccio dosdireitos".

    Gabarito: Errado.

    Qual o campo de abrangncia da expresso "Direitos eGarantias Fundamentais?

    A Constituio Federal de 1988 estabeleceu cinco espcies de direitose garantias fundamentais:

    1 a - direitos e deveres individuais e coletivos (CF, art. 5); 2a - direitos sociais (CF, art. 6 ao 11);

    3a - direitos de nacionalidade (CF, art. 12 e 13); 4a - direitos polticos (CF, art. 14 a 16); e 5a - direitos relativos existncia e funcionamento dos partidos

    polticos (CF, art. 17).

    Importante ainda salientar que esses direitos e garantias no seconstituem em uma relao fechada, exaustiva, mas em um rolexemplificativo, aberto para novas conquistas e reconhecimentosfuturos.

    Art. 5, 2 - Os direitos e garantias expressos nestaConstituio no excluem outros decorrentes do regime edos princpios por ela adotados, ou dos tratadosinternacionais em que a Repblica Federativa do Brasil seja

    parte.

    E as bancas exploram isso, veja:

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    4. (FCC/EPP-BA/2004) A classificao adotada pelo legisladorconstituinte de 1988 estabeleceu como espcies do gnero direitosfundamentais to-somente os direitos:

    a) individuais e coletivos.

    b) individuais, coletivos e sociais.c) individuais, coletivos, sociais, de nacionalidade, polticos erelacionados existncia, organizao e participao em partidospolticos.

    d) sociais, de nacionalidade, polticos e relacionados existncia,organizao e participao em partidos polticos.e) individuais, sociais, de nacionalidade, polticos e relacionados existncia, organizao e participao em partidos polticos.Comentrios:A doutrina costuma dizer que os direitos fundamentais podem ser de5 tipos: 1- Direitos e deveres individuais e coletivos; 2- DireitosSociais; 3- Direitos da Nacionalidade; 4- Direitos Polticos; e 5-Direitos relativos existncia e funcionamento dos partidos polticos.

    A questo pegou estes tipos e desmembrou ainda mais. Seobservarmos calmamente todas as assertivas, veremos que a corretaento a letra C, j que a letra E esqueceu dos direitos coletivos.

    Gabarito: Letra C.

    5. (FCC/DPE-SP/2007 - Adaptada) A Constituio Federalcompreende os direitos fundamentais como sendo os direitosindividuais e os direitos coletivos previstos no artigo 5o, excluindodessa categoria os direitos sociais e os direitos polticos.Comentrios:No s os direitos sociais e os polticos, mas tambm os direitos danacionalidade e o do funcionamento e existncia dos partidos polticospodem ser elencados como direitos fundamentais segundo a CF/88.

    Gabarito: Errado.

    6. (FCC/PGE-SP/2009) Os direitos e garantias expressos naConstituio Federal:a) constituem um rol taxativo.b) no excluem outros decorrentes do regime e dos princpios por elaadotados, entre os quais o Estado Democrtico de Direito e oprincpio da dignidade humana.

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    c) no excluem outros decorrentes do Estado Democrtico de Direitoe do princpio da dignidade humana, mas a ampliao deve serformalmente reconhecida por autoridade judicial no exerccio docontrole de constitucionalidade.

    d) no excluem outros decorrentes do Estado Democrtico de Direitoe do princpio da dignidade humana, mas a ampliao deve serformalmente reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal ao julgararguio de descumprimento de preceito fundamental.

    e) somente podem ser ampliados por fora de Tratado Internacionalde Direitos Humanos aprovado em cada Casa do Congresso Nacional,em dois turnos, por trs quintos dos votos dos respectivos membros.

    Comentrios:A relao no taxativa, mas, sim um rol aberto, exemplificativo, j

    que a prpria Constituio estabelece em seu art. 5 2, que osdireitos e garantias expressos na Constituio no excluem outrosdecorrentes do regime e dos princpios por ela adotados, ou dostratados internacionais em que a Repblica Federativa do Brasil seja

    parte.

    Gabarito: Letra B.

    7. (FCC/EPP-SP/2009) Em matria de direitos e garantiasfundamentais, a Constituio de 5 de outubro de 1988

    a) estabelece um amplo, porm taxativo, rol de direitos pblicossubjetivos.b) demonstrou acentuada preocupao com a efetividade de suasdisposies.c) pouco inovou em relao s Constituies brasileiras anteriores.d) manteve-se atrelada ao padro liberal clssico, refratrio aosdireitos fundamentais de cunho prestacional.e) de inspirao socialista, dependendo a plena fruio dos direitosque consagra da planificao total da economia.

    Comentrios:Letra A - Errada. O rol aberto, exemplificativo.Letra B - Correto, por isso previu expressamente que as normasdefinidoras dos direitos e garantias fundamentais tm aplicaoimediata.

    Letra C - Errada. A carta de 1988 marca a restaurao da democraciano Brasil aps longos anos de ditadura militar, desta forma, teve-seefetiva preocupao em estabelecer um amplo rol de direitos egarantias fundamentais e assegurar a sua efetividade.

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    Letra D - Errada. O padro liberal clssico a previso somente dasliberdades individuais (direitos de primeira dimenso). A CF/88 previuos direitos de segunda e terceira dimenso.

    Letra E - Errada. A Constituio claramente capitalista, apoiada em

    princpios como a livre iniciativa e a livre concorrncia.Gabarito: Letra B.

    8. (FCC/BACEN/2006 - Adaptada) No que tange aos direitos egarantias individuais, a Constituio Federal apresenta um rol notaxativo, tendo em vista, sobretudo, o regime e os princpios por elaadotados e os compromissos decorrentes de tratados internacionais(Certo ou Errado).

    Comentrios:Ta de novo... uma questo clssica.Gabarito: Correto.

    9. (CESPE/TJAA-STM/2011) Os direitos e as garantias expressosna Constituio Federal de 1988 (CF) excluem outros de carterconstitucional decorrentes do regime e dos princpios por elaadotados, uma vez que a enumerao constante no artigo 5. da CF taxativa.

    Comentrios:No, trata-se de um rol aberto, no taxativo, j que segundo o art.5 2, eles no excluem outos direitos e garantias decorrentes dosregimes e princpios adotados pela constituio ou decorrentes detratados internacionais em que o Brasil seja parte.Gabarito: Errado.

    10. (CESPE/MMA/2009) Os direitos e garantias fundamentaisencontram-se destacados exclusivamente no art. 5 do textoconstitucional.Comentrios:Primeiramente, o art. 5 da CF diz respeito apenas aos direitos edeveres individuais e coletivos, os direitos fundamentais estoexpressamente elencados do art. 5 ao 17. Alm disso, o rol dedireitos fundamentais expressos no um rol taxativo, pois por forado art. 5 2, no excluem os direitos e garantias decorrentes dosregimes e princpios adotados pela constituio ou decorrentes detratados internacionais em que o Brasil seja parte.

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    Existem, inclusive, diversos outros direitos e garantias individuais queesto espalhados ao longo do texto constitucional, como, porexemplo, as limitaes ao poder de tributar do art. 150.

    Gabarito: Errado.

    11. (CESPE/AUGE-MG/2009) Nosso sistema constitucionalestabelece um rol exaustivo de direitos e garantias fundamentais,razo pela qual eles no podem ser ampliados alm daquelesconstantes do art. 5. da CF.Comentrios:O rol exemplificativo. Pode ser ampliado.Gabarito: Errado.

    A doutrina costuma salientar que: embora "direitos humanos"e "direitos fundamentais" sejam termos comumente utilizadoscomo sinnimos, a distino ocorre pelo fato de que o termo

    "direitos humanos" de aspecto universal, supranacional, enquanto"direitos fundamentais" so aqueles direitos do ser humano queforam efetivamente reconhecidos e positivados na Constituio de umdeterminado Estado.

    A doutrina tambm costuma elencar como caractersticas destesdireitos:

    historicidade e mutabilidade - So histricos porque queforam conquistados ao longo dos tempos. Esse carter histricotambm remete a uma idia cclica de nascimento, modificaoe desaparecimento, o que nos impede de considerar taisdireitos como imutveis.

    inalienabilidade - pois so intransferveis e inegociveis;

    imprescritibilidade - podem ser invocadosindependentemente de lapso temporal, eles no prescrevem

    com o tempo; irrenunciabilidade - podem at no estar sendo exercidos,mas no podero ser renunciados;

    universalidade - so aplicveis a todos, sem distino. relatividade ou limitabilidade - Os direitos fundamentais no

    so absolutos, so relativos, pois existem limites ao seuexerccio. Este limite pode ser de ordem constitucional(decretao de Estado de Stio ou de Defesa) ou encontrar-seno dever de respeitar o direito da outra pessoa.

    indivisibilidade, concorrncia e complementaridade - Osdireitos fundamentais formam um conjunto que deve ser

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    garantido como um todo, e no de forma parcial. Um direitono excluiu o outro, eles so complementares, se somam,concorrendo para dotar o indivduo da ampla proteo;

    12. (FCC/TCE-MG/2007 - Adaptada) Os direitos fundamentaisso absolutos, no sendo suscetveis de limitao no seu exerccio.Comentrios:Eles so relativos e no absolutos.Gabarito: Errado.

    13. (CESPE/OAB-Nacional/2007) Os direitos fundamentais sorelativos e histricos, pois podem ser limitados por outros direitos

    fundamentais e surgem e desaparecem ao longo da histria humana.Comentrios:Exatamente. Entre as diversas caractersticas dos direitosfundamentais, temos a historicidade e a relatividade.Gabarito: Correto.

    14. (ESAF/PGFN/2007 - Adaptada) Entre as caractersticasfuncionais dos direitos fundamentais encontra-se a legitimidade que

    conferem ordem constitucional e o seu carter irrenuncivel eabsoluto, que converge para o sentido da imutabilidade.Comentrios:Como vimos, os direitos fundamentais no so absolutos, sorelativos, pois existem limites ao seu exerccio. Este limite pode serde ordem constitucional ou encontrar-se no dever de respeitar odireito da outra pessoa. Outro erro tambm o da converso paraimutabilidade. Os direitos fundamentais so conquistas histricas,com o passar do tempo se faz necessrio novas conquistas pois sonovos os anseios da sociedade, assim, no podemos consider-loscomo imutveis.Gabarito: Errado.

    15. (MPT/MPT/2004) As principais caractersticas dos direitosfundamentais do homem so a inalienabilidade, a imprescritibilidadee a irrenunciabilidade.

    Comentrios:Isso a.Gabarito: Correto.

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    importante salientar que estes direitos no serestringem a particulares, podendo, a l g u n s , ser ga-rantidos tambm a pessoas jurdicas, at mesmo de

    direito pblico, como, por exemplo, o direito de propriedade.

    importante que citemos ainda que a pessoa jurdicafaz jus inclusive ao direito honra, ou seja, suareputao, bom nome... Na jur isprudncia do STJ -

    Smula n 227: "A p e s s o a j u r d i c a p o d e s o f r e r dano moral".

    16. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010 - Adaptada) As pessoas jurdicas, por serem distintas das pessoas fsicas, tm direito aindenizao por danos materiais, mas no por danos morais.Comentrios:Como vimos, diversos direitos so extensveis s pessoas jurdicas:pessoa jurdica faz jus a sigilo bancrio, sigilo fiscal, direito depropriedade... at mesmo o direito honra.Gabarito: Errado.

    17. (FCC/ACE-TCE-MG/2007 - Adaptada) A Constituio Federal

    vigente assegura a existncia de direitos fundamentais somente spessoas fsicas, mas no s pessoas jurdicas.Comentrios:Dispensa comentrios...Gabarito: Errado.

    18. (CESPE/MPS/2010) De acordo com a sistemtica de direitose garantias fundamentais presente na CF, as pessoas jurdicas de

    direito pblico podem ser titulares de direitos fundamentais.Comentrios:Os direitos fundamentais no so aplicveis somente aos particulares,alguns deles podem ser garantidos tambm a pessoas jurdicas, atmesmo de direito pblico, como o direito de propriedade.Gabarito: Correto.

    19. (CESPE/Anali sta Administrativo - MPU/2010) Sendo os

    direitos fundamentais vlidos tanto para as pessoas fsicas quantopara as jurdicas, no h, na Constituio Federal de 1988 (CF),9

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    exemplo de garantia desses direitos que se destine exclusivamente spessoas fsicas.Comentrios:Em uma primeira viso, os destinatrios dos direitos fundamentaisso as pessoas fsicas. Porm, percebe-se que alguns princpios sotambm extensveis as jurdicas. Nem todo direito fundamental,porm, pode ser exercido por pessoas jurdicas, como por exemplo odireito de "ir e vir" ou de "que os presos permaneam com os filhosdurante a amamentao". Assim, alguns direitos fundamentais so,logicamente, inviveis de serem exercidos por pessoas jurdicas.

    Gabarito: Errado.

    Historicamente, estes direitos se constituem em umaconquista de uma proteo do cidado em face do poderautoritrio do Estado (da serem classificado como elementos

    limitativos da Constituio). Porm, atualmente, j se vislumbra ouso de tais direitos nas relaes entre os prprios particulares, noque chamamos de eficcia horizontal dos direitos fundamentais.Desta forma, temos:

    Eficcia vertical Proteo do particular em face do Estado.

    Eficcia horizontal Proteo do particular em face de outroparticular.

    20. (CESPE/TRT 9 a /2007) Os direitos e garantias fundamentaisno se aplicam s relaes privadas, mas apenas s relaes entre osbrasileiros ou os estrangeiros residentes no pas e o prprio Estado.Comentrios:Est incorreto, pois atualmente se reconhece a eficcia horizontal dosdireitos fundamentais.Gabarito: Errado.

    21. (ESAF/ATRFB/2009) As violaes a direitos fundamentaisno ocorrem somente no mbito das relaes entre o cidado e oEstado, mas igualmente nas relaes travadas entre pessoas fsicas e

    jurdicas de direito privado. Assim, os direitos fundamentaisassegurados pela Constituio vinculam diretamente no apenas ospoderes pblicos, estando direcionados tambm proteo dosparticulares em face dos poderes privados.

    Comentrios:

    Isso a. Novamente a eficcia horizontal dos direitos fundamentais.

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    A primeira dimenso dos direitos so os chamadas liberdadesnegativas, clssicas ou formais, pois foram as primeiras conquistas delibertao do povo em face do Estado. Eram protetoras. Eram formaispois via o homem como um ser genrico, abstrato, todos iguais, massem enxergar as verdadeiras diferenas materiais (econmica,cultural...) entre as pessoas.A segunda dimenso reflete a busca da igualdade material, tambm o que se chama das liberdades positivas, pois pressupemno s uma proteo individual em face do Estado, mas uma efetivaao estatal para que se concretizassem a igualdade econmica,social e cultural.

    A terceira dimenso enxerga o homem em sociedade. Desta forma,se preocupa com os direitos coletivos (pertencentes a um grupodeterminado de pessoas) e os direitos difusos (pertencentes a uma

    coletividade indeterminada). So exemplos destes direitos o direito paz, ao meio ambiente equilibrado, ao progresso e desenvolvimento,o direito de propriedade ao patrimnio comum da humanidade, odireito de comunicao, entre outros.

    Nesta 3 a dimenso podemos incluir ainda o que se chama de "direitosrepublicanos". Estes seriam os direitos do cidado pensando nopatrimnio pblico comum (res publica - coisa pblica). Assim, ocidado age ativamente para defender as instituies da sociedadereprimindo danos ao meio ambiente, ao patrimnio histrico-cultural,praticas de corrupo, nepotismo, e imoralidades administrativas. O

    principal instrumento deste exerccio a ao popular que veremos frente.

    22. (FCC/TRF 4 a /2010) So direitos fundamentais classificadoscomo de segunda gerao

    a) os direitos econmicos e culturais.b) os direitos de solidariedade e os direitos difusos.c) as liberdades pblicas.

    d) os direitos e garantias individuais clssicos.e) o direito do consumidor e o direito ao meio ambiente equilibrado.Comentrios:

    Olha o macete: Segunda dimenso o "SECond" - sociais,econmicos e culturais.Gabarito: Letra A.

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    23. (FCC/PGE-SP/2009 - Adaptada) Liberdade, Igualdade eFraternidade, ideais da Revoluo Francesa, podem ser relacionados,respectivamente, com os direitos humanos de primeira, segunda eterceira geraes.

    Comentrios: isso a...Gabarito: Correto.

    24. (FCC/PGE-SP/2009 - Adaptada) O direito paz inclui-seentre os direitos humanos de segunda gerao.

    Comentrios:No no... direito paz no de segunda gerao no, um direito

    da sociedade, um direito difuso, seria de terceira dimenso.Gabarito: Errado.

    25. (FCC/PGE-SP/2009 - Adaptada) Os direitos humanos deprimeira gerao foram construdos, em oposio ao absolutismo,como liberdades negativas; os de segunda gerao exigem aesdestinadas a dar efetividade autonomia dos indivduos, o queautoriza relacion-los com o conceito de liberdade positiva e com aigualdade.

    Comentrios:Exatamente.Gabarito: Correto.

    26. (FCC/Analista TRT 9/2004) Os direitos fundamentais sotambm classificados em trs geraes. Os de primeira, segunda eterceira geraes correspondem, respectivamente, aos direitos:

    a) democracia ou ao pluralismo; de fraternidade ou desolidariedade; e de liberdade ou de defesa.b) de liberdade ou de defesa; de prestao por parte do Estado ousociais; e de fraternidade ou de solidariedade.c) de prestao por parte do Estado ou sociais; democracia ou informao; e de liberdade ou de defesa.d) de fra ternidade ou de solidariedade; de liberdade ou de defesa; e igualdade material ou isonomia.e) informao ou ao pluralismo; de fraternidade ou de

    solidariedade; e de prestao por parte do Estado ou econmicos.Comentrios:13

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    A resposta dispensa muitas divagaes. Claramente a letra B!Gabarito: Letra B.

    27. (CESPE/Analista - DPU/2010) Os direitos polticos soexemplos tpicos de direitos de 3.a geraoComentrios:Os direitos Polticos so de Primeira gerao ou dimenso, da mesmaforma que os civis.Gabarito: Errado.

    28. (CESPE/DETRAN-DF/2009) O direito ao meio ambienteecologicamente equilibrado considerado direito fundamental deterceira gerao.Comentrios:Exato, trata-se de um direito difuso, preocupado com o homem emsociedade, sendo assim, de terceira dimenso.Gabarito: Correto.

    Sobre as normas dos direitos e garantias fundamentais:

    Art. 5 1 - As normas definidoras dos direitos e garantiasfundamentais tm aplicao imediata.

    Este dispositivo mostra a preocupao com a efetividade dos direitose garantias fundamentais. O que ele quer dizer na verdade, Vtor?Quer dizer que "em regra" devemos aplicar imediatamente todos dosdireitos e garantias, no ficando parados, sentados, dormindo,esperando que venha uma lei para regulament-los.Pode haver regulamentao legal? Sim, mas esta no essencialpara a sua efetividade quando for possvel aplicar desde logo o

    direito.Isso no quer dizer que as normas ali sejam todas de eficcia plena.Na verdade, trata-se apenas um apelo para que se busqueefetivamente aplic-las e assim no sejam frustrados os anseios dasociedade.

    29. (FCC/Tcnico-TRE-PI/2009 - Adaptada) As normasdefinidoras dos direitos e garantias fundamentais no tm aplicaoimediata, submetendo- se regulamentao legislativa.

    Comentrios:

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    Isso contraria o disposto no art. 5, 1 da Constituio.Gabarito: Errado.

    30. (CESPE/PM-DF/2010) Segundo a CF, as normasconstitucionais que prescrevem direitos e garantias fundamentaistm eficcia contida e dependem de regulamentao.

    Comentrios:Segundo a Constituio (CF, art. 5, 1) elas tm aplicaoimediata refletindo-se num apelo para que se busque efetivamenteaplic-las e assim no sejam frustrados os anseios da sociedade.

    Gabarito: Errado.

    Tratados e convenes internacionais sobre direitos humanos: 3 Os tratados e convenes internacionais sobre direitoshumanos que forem aprovados, em cada Casa doCongresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dosvotos dos respectivos membros, sero equivalentes semendas constitucionais. (Includo pela EC 45/04)

    A EC 45/04 abriu a possibilidade de ampliar a relao dos direitosfundamentais de status constitucional atravs da aprovao detratados internacionais pelo mesmo rito de emendas constitucionais.

    Vamos entender melhor isso: A regra que os tratados internacionais so equivalentes s

    l e i s o r d i n r i a s ( l e i s c o m u n s ) .

    A e x c e o essa acima - eles vo estar equiparados sEmendas Constitucionais caso cumpram estes requisitosacima, ou seja, versem sobre direitos humanos e o decretolegislativo relativo a ele seja aprovado pelo mesmo ritoexigido para as emendas Constituio.

    Ainda que no aprovados pelo rito das Emendas, se ver sarem

    sobre direitos humanos, o STF entende que possuem"supralegalidade" podendo revogar leis anteriores e devendoser observados pelas leis futuras. assim, por exemplo, quevigora em nosso ordenamento o "Pacto de San Jose da CostaRica" - status acima das leis e abaixo da Constituio.

    Lembrando que (CF, art. 49, I e 84, VII) cabe ao CongressoNacional - por meio de Decreto Legislativo - resolverdefinitivamente sobre tratados internacionais (seja sobredireitos humanos ou no), referendando-os e, aps isso, estespassaro a integrar o ordenamento jurdico nacional entrandoem vigor aps a edio de um decreto presidencial.

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    Esquematizando, um tratado pode adquirir 3 statushierrquicos:1- Regra: Status de lei ordinria. Caso seja um tratado que noverse sobre direitos humanos.

    2- Exceo 1: Status Supralegal. Caso seja um tratado sobredireitos humanos no votado pelo rito de emendas constitucionais,mas pelo rito ordinrio;

    3- Exceo 2: Status constitucional. Caso seja um tratado sobredireitos humanos votado pelo rito de emendas constitucionais (3/5dos votos, em 2 turnos de votao em cada Casa). Essa possibilidades passou a existir com a EC 45/04.

    M a i s o b s e r v a e s :

    Com base neste pargrafo, vigora com fora de EmendaConstitucional o Decreto Legislativo n 186/08 que ratificou otexto da conveno sobre os direitos das pessoas comdeficincia e de seu protocolo facultativo, assinados em NovaIorque, em 30 de maro de 2007.

    No precisa necessariamente ser direito individual, perceba quea norma fala direitos humanos.

    Segundo o STF, como os tratados internacionais soequiparados s leis ordinrias, no podem versar matriasob reserva constitucional de l e i c o m p l e m e n t a r , pois em

    tal situao, a prpria Carta Poltica subordina o tratamentolegislativo de determinado tema ao exclusivo domnio nor-mativo da Lei Complementar.

    31. (FCC/Analis ta - Bibl ioteconomia - TRT 24a/2011) Ostratados e convenes internacionais sobre direitos humanos queforem aprovados:a) pela Cmara dos Deputados, por maioria absoluta, medianteaprovao prvia da Advocacia Geral da Unio, sero equivalentes Lei ordinria.b) pelo pleno do Supremo Tribunal Federal, desde que previamenteaprovada pelo Presidente da Repblica e Senado Federal, seroequivalentes s Leis ordinrias.c) pelo pleno do Supremo Tribunal Federal, desde que previamenteaprovada pelo Presidente da Repblica e Senado Federal, seroequivalentes s Leis complementares.d) em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trsquintos dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes semendas constitucionais.e) pelo Presidente da Repblica sero equivalentes MedidaProvisria e sero levados Cmara dos Deputados, para, mediante

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    aprovao por maioria dos votos, serem convertidas em Leisordinrias.Comentrios:A questo queria, simplesmente, cobrar do candidato o conhecimento

    sobre a disposio constitucional do art. 5, 3, inserida pela EC45/04 que passou a admitir tratados internacionais de statusconstitucional, desde que fossem aprovados pelo mesmo rito de umaemenda constitucional, ou seja, aprovados em cada Casa doCongresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dos votos dosrespectivos membros, sero equivalentes s emendas constitucionais.

    Gabarito: Letra D.

    32. (FCC/TJ-PI/2009) Os tratados e convenes internacionais

    sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa doCongresso Nacional, em dois turnos, por dois quintos dos votos dosrespectivos membros, sero equivalentes s emendas constitucionais.

    Comentrios:Para que alcancem esse status precisam de 3/5 dos votos e no 2/5.Gabarito: Errado.

    33. (CESPE/PM-DF/2010) Se o Congresso Nacional aprovar, emcada uma de suas casas, em dois turnos, por trs quintos dos seusvotos dos respectivos membros, tratado internacional que versesobre direitos humanos, esse tratado ser equivalente s emendasconstitucionais.

    Comentrios: a literalidade do dispositivo encontrado na Constituio em seu art.5, 3.

    Gabarito: Correto.

    34. (CESPE/PGE-AL/2008) Sabendo que o 2. do art. 5. daCF dispe que os direitos e garantias nela expressos no excluemoutros decorrentes do regime e dos princpios por ela adotados, oudos tratados internacionais em que a Repblica Federativa do Brasilseja parte, ento, correto afirmar que, na anlise desse dispositivoconstitucional, tanto a doutrina quanto o STF sempre foram unnimesao afirmar que os tratados internacionais ratificados pelo Brasilreferentes aos direitos fundamentais possuem status de normaconstitucional.

    Comentrios:

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    A regra que os tratados internacionais aps serem internalizadossero equivalentes s leis ordinrias, somente sero equivalentess emendas se contiverem os seguintes requisitos:

    Versem sobre direitos humanos; e

    Forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional,da mesma forma que uma emenda constitucional, ou seja: Em dois turnos; e Por 3/5 dos votos de seus respectivos membros;

    E essa possibilidade s foi aberta pela EC 45/04.Gabarito: Errado.

    35. (CESPE/OAB-Nacional/2007) Quando previstos em tratadose convenes internacionais, os direitos fundamentais soequivalentes s emendas constitucionais.Comentrios:Isso s acontecer se forem ratificados pelo rito de votao dasemendas constitucionais. No basta estarem previstos em tratados.Gabarito: Errado.

    36. (ESAF/ANA/2009) Relativo ao tratamento dado pela jurisprudncia que atualmente prevalece no STF, ao interpretar aConstituio Federal, relativa aos tratados e convenesinternacionais sobre direitos humanos ratificados pelo Brasil: Alegislao infraconstitucional anterior ou posterior ao ato deratificao que com eles seja conflitante inaplicvel, tendo emvista o status normativo supralegal dos tratados internacionaissobre direitos humanos subscritos pelo Brasil.

    Comentrios:Na jurisprudncia do STF, o tratado sobre direitos humanos que

    no foi votado pelo rito de emenda constitucional possui statussupralegal (superior s leis e inferior Constituio), revogando asleis anteriores e devendo ser observado pelas leis futuras.

    Gabarito: Correto.

    Tribunal Penal Internacional: 4 O Brasil se submete jurisdio de Tribunal PenalInternacional a cuja criao tenha manifestado adeso.(Includo pela EC 45/04)

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    Outra inovao da EC 45/04. Esse dispositivo tem sido cobradoapenas literalmente nos concursos, independente do nvel.

    37. (FCC/TJ-PI/2009) O Brasil se submete jurisdio doTribunal Penal Internacional a cuja criao tenha manifestado adeso.Comentrios:Isso a. Literalidade do art. 5 4 da Constituio.Gabarito: Correto

    38. (CESPE/Tcnico-TRT 17 a /2009) O Brasil se submeter jurisdio de Tribunal Penal Internacional a cuja criao manifestaradeso.

    Comentrios:Literalidade do art. 5 4 da Constituio. Essa foi uma inovaotrazida pela EC 45/04.Gabarito: Correto.

    39. (CESPE/Tcnico-TJ-TJ/2008) A submisso do Brasil aoTribunal Penal Internacional depende da regulamentao por meio delei complementar.

    Comentrios:No h necessidade de lei complementar.Gabarito: Errado.

    A g o r a c o m e a r e m o s a e s t u d a r s e p a r a d am e n t e c a d a u m d o sd i r e i t o s e g a r a n t i a s f u n d a m e n t a i s :

    Direitos e Deveres Individuais e Coletivos:

    Esses direitos esto presentes no art. 5 da Constituio Federal.Os direitos individuais so uma clusula ptrea denossa Constituio (CF, art. 60 4) - isso quer dizer queno podem ser abolidos ou ter a sua eficcia reduzida por

    uma emenda constitucional. Eles so "de pedra", permanentes, umamodificao poder fortalec-los, mas nunca enfraquec-los.

    Sabemos que a relao no exaustiva, pois por fora do 2 doart. 5, no se excluem outros direitos decorrentes dos regimes eprincpios adotados pela Constituio ou decorrentes de tratadosinternacionais em que o Brasil seja parte. Assim, existem diversosoutros direitos individuais e coletivos tambm protegidos como

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    clusula ptrea, espalhados ao longo do texto constitucional, como,por exemplo, as limitaes ao poder de tributar do art. 150.

    40. (CESPE/Agente-Hemobrs/2008) Dos direitosfundamentais, apenas os direitos e garantias individuais podem serconsiderados como clusulas ptreas.Comentrios:No existe exata delimitao das clusulas ptreas formadas pelosdireitos e garantias fundamentais. Alguns autores defendem que osdireitos sociais tambm seriam clusulas ptreas, outros defendemque no. Nos afastando desta polmica, a questo se resolve pelofato de o voto direto, secreto, universal e peridico tambm ser umdireito fundamental (CF, art. 14) e tambm ser uma clusula

    ptrea, que segundo o art. 60 4, so:I - a forma federativa de Estado;II - o voto direto, secreto, universal e peridico;

    III - a separao dos Poderes;IV - os direitos e garantias individuais.Gabarito: Errado.

    41. (CESPE/AJAA-STF/2008) Todos os direitos e garantiasfundamentais previstos na CF foram inseridos no rol das clusulasptreas.Comentrios:Dentre os direitos e garantias fundamentais, a CF s previu comoclusula ptrea os direitos e garantias individuais e o voto com assuas caractersticas de ser "direto, secreto, universal e peridico".Gabarito: Errado.

    C a p u t d o a r t . 5 :

    Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquernatureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeirosresidentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nostermos seguintes:

    Embora a literalidade do caput expresse o termo "residente", o STFpromoveu uma mutao constitucional, ampliando o escopo dessesdireitos. O Supremo decidiu que deve ser entendido como todoestrangeiro que estiver em territrio brasileiro e sob as leis

    brasileiras, mesmo que em trnsito. Assim o estrangeiro em trnsitoestar amparado pelos direitos individuais, e poder inclusive fazer

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    uso de "remdios constitucionais" como habeas corpus e mandado desegurana. Ressalva-se que o estrangeiro no poder fazer uso detodos os direitos, pois alguns so privativos de brasileiros como, porexemplo, o uso da ao popular.

    42. (FCC/TRF 4 a /2010) A inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade so garantiasprevistas na Constituio Federal:

    a) aos brasileiros, no estendidas s pessoas jurdicas.b) aos brasileiros natos, apenas.c) aos brasileiros natos e aos estrangeiros com residncia fixa noPas.

    d) aos brasileiros, natos ou naturalizados.e) aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas.Comentrios:Esses direitos so assegurados aos brasileiros e estrangeiros sob leisbrasileiros, pessoas fsicas e, em alguns casos, pessoas jurdicas. Oestrangeiro tambm no precisa ter residncia fixa, basta estar sobas leis brasileiras.

    Gabarito: Letra E.

    43. (CESPE/ANAC/2009) Os direitos fundamentais no soassegurados ao estrangeiro em trnsito no territrio nacional.Comentrios:O estrangeiro, ainda que em trnsito, far jus proteo dos direitosfundamentais.Gabarito: Errado.

    Igualdade (ou Isonomia): Art. 5, I - homens e mulheres so iguais em direitos eobrigaes, nos termos desta Constituio;

    O caput tambm faz meno a este princpio, quando diz: t o d o ss o i g u a i s p e r a n t e a l e i .

    Este princpio pode ser entendido como: "a lei no pode fazerdistino, deve tratar de forma igual os iguais e de forma desigual osdesiguais na medida de suas desigualdades". Desta forma, temosdois diferentes tipos de isonomia:

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    Isonomia formal Todos podero igualmente buscaros direitos expressos na lei.

    Isonomia material

    a igualdade real, vai alm daigualdade formal. A busca daigualdade material acontecequando so tratadasdesigualmente as pessoas queestejam em situaes desiguais.Geralmente usada para favoreceralguns grupos que estejam emposio de desvantagem.Obviamente ela s ser vlida sefor pautada em um motivo lgicoe justificvel. Ex. Destinao devagas especiais para deficientesfsicos em concursos pblicos.

    44. (FCC/TRT 23a/2005) Tendo em vista o princpio daisonomia como um dos direitos fundamentais, observe asafirmaes sobre o princpio da igualdade:

    I. por sua natureza, veda sempre o tratamento discriminativo entreindivduos, mesmo quando h razoabilidade para a discriminao.II. vincula os aplicadores da lei, face igualdade perante a lei,entretanto no vincula o legislador, no momento de elaborao dalei.

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    A doutrina tambm costuma diferenciar outras duas formas deisonomia (ambas comportadas pela Constituio):

    Igualdade perante a lei

    Com a lei j elaborada, esta

    igualdade direciona o aplicadorda lei para que a aplique semfazer distines (isonomiaformal).

    Igualdade na lei

    o princpio que direciona olegislador a no fazer distinesentre as pessoas no momento dese elaborar uma lei.

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    III. estabelece que se deve tratar de maneira igual os que seencontram em situao equivalente e de maneira desigual osdesiguais, na medida de suas desigualdades.IV. no h falar em ofensa a esse princpio se a discriminao

    admitida na prpria Constituio.Est correto o que se afirma APENAS ema) I e III.b) I e IV.c) II e III.d) II e IV.e) III e IV.Comentrios:

    I- Errado. Pode haver tratamento desiguais entre desiguais paraque haja uma busca da igualdade material.II - Errado. Vimos que a igualdade perante a lei comporta os doissentidos: a igualdade perante a lei, propriamente dita(direcionando o aplicador) e a igualdade na lei (direcionando olegislador ao elaborar a norma).III - Isso a. Esse o verdadeiro significado da isonomia.IV - Correto. O Poder Constituinte Originrio ilimitado, logo, se

    a prpria Constituio que est admitindo a discriminao, no ho que se falar em ofensa isonomia.Gabarito: Letra E.

    45. (CESPE/MMA/2009) No constitucionalismo, a existncia dediscriminaes positivas capaz de igualar materialmente osdesiguais.Comentrios:

    A questo est correta, j que se referiu a existncia dediscriminaes com o intuito de se alcanar a isonomia no aspectomaterial.

    Gabarito: Correto.

    46. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Homens e mulheres soiguais em direitos e obrigaes, nos termos da CF, no podendo a leicriar qualquer forma de distino.Comentrios:

    Poder ocorrer tratamento diferenciado para que se possa alcanar achamada isonomia material, ou seja, tratar de forma desigual os

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    desiguais para que possamos reduzir as desigualdades, no caso entreo homem e a mulher.Gabarito: Errado.

    Liberdade (legalidade na viso do cidado): Art. 5, II - ningum ser obrigado a fazer ou deixar defazer alguma coisa seno em virtude de lei;

    Doutrinariamente, chama-se de "liberdade" (uma de suas faces) oprincpio que est expresso no art. 5, II, j que somente a lei(legtima) pode obrigar que algum faa ou deixe de fazer algo contrasua vontade.

    Este princpio tambm conhecido como a faceta da legalidade parao cidado, isso porque a legalidade pode ser entendida de 2 formas:

    Para o cidado - O particular pode fazer tudo aquilo que a leino proba;

    Para o administ rador pblico - O administrador pblico spode fazer aquilo que a lei autorize ou permita.

    47. (FCC/PM - Recife/2008) garantia constitucional daliberdade a previso segundo a qual:

    a) vedada a instituio de pena de privao ou restrio da

    liberdade.b) ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa,seno em virtude de lei.

    c) se probe a instituio da pena de morte, exceto na hiptese deguerra declarada, nos termos da Constituio.d) a lei considerar crimes inafianveis e imprescritveis a prtica datortura e o terrorismo.e) no haver priso civil por dvida, exceto a do depositrio infiel.

    Comentrios:Questo direta. O examinador queria que o candidato desse comoresposta a "definio para a garantia da liberdade". A definino de"garantia da liberdade" : ningum ser obrigado a fazer ou deixar defazer alguma coisa, seno em virtude de lei.

    Gabarito: Letra B

    48. (FCC/EPP/2004) "Ningum ser obrigado a fazer ou deixarde fazer alguma coisa seno em virtude de lei." Por este princpio,

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    art. 5o, II, da Constituio da Repblica Federativa brasileira de1988,a) o destinatrio da garantia s poder ser compelido a atuar (ou noatuar) desta ou daquela forma, por fora de lei. No havendo lei, este

    tem uma atuao livre, desvinculada.b) o destinatrio da garantia apenas poder ser compelido a atuar(ou no atuar) desta ou daquela forma por fora de lei ordinria.

    c) os poderes pblicos tm toda sua atuao pautada pela vontade dalei, podendo a autoridade pblica atuar fora dos trilhos legais.d) o destinatrio da garantia s poder ser compelido a atuar (ou noatuar) desta ou daquela forma, por fora de lei elaborada pelo PoderLegislativo. Isto implica dizer que ele no est obrigado a obedecermedidas provisrias, posto serem elas atos normativos editados pelo

    chefe do Poder Executivo.e) o destinatrio da garantia s poder ser compelido a atuar (ou noatuar) desta ou daquela forma por fora de lei complementar.

    Comentrios:A correta a letra A, j que exps corretamente a legalidade na visodo cidado, podendo fazer tudo aquilo que no seja vedado em lei.A letra B errou porque restringiu a legalidade lei ordinria e a letraE restringiu lei complementar.

    A letra C errou ao dizer a viso da legalidade pelo agente pblico, que fazer somente o que a lei permite ou autoriza.A letra D, por sua vez, excluiu a medida provisria e assim, ficouincorreta.

    Gabarito: Letra A.

    49. (CESPE/Oficial de Inteligncia- ABIN/2010) O preceitoconstitucional que estabelece que ningum obrigado a fazer oudeixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei veicula a noo

    genrica do princpio da legalidade.Comentrios:Trata-se da norma do art. 5, II, que traz o chamado princpio daliberdade, ou o princpio da legalidade na viso do cidado. Esteprincpio conhecido como a faceta da legalidade para o cidadoporque a legalidade pode ser entendida de 2 formas:

    Para o cidado - O particular pode fazer tudo aquilo que a leino proba;

    Para o administ rador pblico - O administrador pblico spode fazer aquilo que a lei autorize ou permita.

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    Gabarito: Correto.

    Desdobramento da dignidade da pessoa humana:

    Art. 5, III - ningum ser submetido a tortura nem atratamento desumano ou degradante;

    50. (FCC/TRE-PI/2002) A Constituio Federal prev que"ningum ser submetido a tortura nem a tratamento desumano oudegradante". Esse dispositivo de proteo abrangea) o racismo, somente se for praticado em concurso com a violnciafsica.b) apenas o sofrimento fsico, nico inerente tortura.c) tanto o sofrimento fsico como o mental.d) o sofrimento psquico, apenas nos casos de discriminao religiosa.e) a aplicao de castigo pessoal a algum sob guarda, mesmo queno cause intenso sofrimento.Comentrios:A interpretao do dispositivo ampla, abrange tanto o aspecto fsicoquanto o psicolgico.Gabarito: Letra C.

    Manifestao do pensamento:

    Art. 5, IV - livre a manifestao do pensamento, sendovedado o anonimato;

    51. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) livre a manifestao dopensamento, permitido o anonimato.Comentrios:A Constituio veda o uso do anonimato atravs do disposto em seuart. 5, IV.

    Gabarito: Errado.

    52. (CESPE/DPU - Agente Adm. /2010) A CF prev o direito livre manifestao de pensamento, preservando tambm oanonimato.Comentrios:A Constituio no preserva o anonimato. Pelo contrrio, o repudia(CF, art. 5, IV).

    Gabarito: Errado.

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    Direito de resposta e inviolabilidade de honra, imagem e vidaprivada :

    Art. 5, V - assegurado o direito de resposta, proporcionalao agravo, alm da indenizao por dano material, moral ou

    imagem;Pois , vimos que todo mundo tem a liberdade de se manifestar...Obviamente essa liberdade no absoluta e se abusar do direito,vem esse dispositivo aqui! O ofendido tem direitos de resposta, aindapodendo cumular uma forma trplice de indenizao pela ofensa:material, moral e imagem.

    Isso porque temos o seguinte dispositivo:

    Art. 5, X - so inviolveis a intimidade, a vida privada, ahonra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a

    indenizao pelo dano material ou moral decorrente de suaviolao;

    Embora seja assegurado o direito de resposta, no se pode,nesta, violar a intimidade, a vida privada e a honra do

    agressor. Exemplo: A mulher no pode vingar-se do namorado, quepublicou fotos suas desrespeitosas na internet, fazendo o mesmo comas dele, alegando direito de resposta.

    Intimidade e vida privada so conceitos de fcil visualizao. Porm, necessrio que faamos aqui uma distino dos conceitos de honrae imagem, para fins dessa proteo:

    h o n r a - aspecto interno, reputao do indivduo, bom nome.

    I m a g e m - aspecto externo, exposio de sua figura.

    Desta forma, vemos que honra e imagem so coisas dissociadas. Noentendimento do STF, se algum fizer uso indevido da imagem dealgum, a simples exposio desta imagem j gera o direito deindenizar, ainda que isso no tenha gerado nenhuma ofensa suareputao.

    Ainda nos cabe diferenciar a questo dos danos:

    Dano material - Quando existe ofensa, direta ou indireta (lucroscessantes), ao patrimnio das pessoas fsicas ou jurdicas.Dano moral - Quando existe ofensa algo interno, subjetivo.Conceito amplo que abrange ofensa reputao de algum, ouquando se refere ao fato de ter provocado violao ao ladoemocional, psquico, mental da pessoa.

    Dano imagem - Segundo o art. 20 do Cdigo Civil, so aquelesque denigrem, atravs da exposio indevida, no autorizada oureprovvel, a imagem das pessoas fsicas, ou seja , a publicao

    de seus escritos, a transmisso de sua palavra, ou a utilizaono autorizada de sua imagem, bem como, a utilizao indevida do27

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    conjunto de elementos como marca, logotipo ou insgnia, entreoutros, das pessoas jurdicas.

    L em b r a n d o a in d a q u e : STJ - smula - 227 ^ a pessoa jurdicapode sofrer dano moral.

    53. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010) No que se refere inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagemdas pessoas certo que:a) a dor sofrida com a perda de ente familiar no indenizvel pordanos morais, porque esta se restringe aos casos de violao honrae imagem.

    b) a indenizao, na hiptese de violao da honra e da intimidade,no responde cumulativamente por danos morais e materiais.c) a condenao por danos morais face divulgao indevida deimagem, exige a ocorrncia de ofensa reputao da pessoa.d) o Estado tambm responde por atos ofensivos (morais) praticadospelos agentes pblicos no exerccio de suas funes.e) as pessoas jurdicas, por serem distintas das pessoas fsicas, tmdireito a indenizao por danos materiais, mas no por danos morais.Comentrios:

    Letra A - Errado. As dores sofridas em aspectos no patrimoniais,causadas por outrem, so indenizveis por danos morais.Letra B - Errado. Nada impede a cumulao de indenizaes, casoseja comprovado o dano. A cumulao admitidaconstitucionalmente.Letra C - Errado. A imagem dissociada da honra, logo,independentemente de haver dano honra, indenizvel a exposioindevida ou reprovvel da imagem.Letra D - Correto. A conduta do agente pblico imputvel aoEstado, se este est agindo no exerccio de suas funes, j que oagente o responsvel por manifestar a vontade estatal.

    Letra E - Errado. Pessoas Jurdicas podem sofrer danos morais (STJ,smula 227), bem como materiais e imagem.Gabarito: Letra D.

    54. (CESPE/TCU/2009) A CF estabelece que livre a expresso daatividade intelectual, artstica, cientfica e de comunicao,

    independentemente de censura ou licena. Diante da amplitude dotratamento constitucional atribudo a essas liberdades, mesmo que a28

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    manifestao dessas atividades viole a intimidade, a vida privada, ahonra e a imagem de algum, no ser devida qualquer indenizaopelo dano material ou moral decorrente de sua violao.

    Comentrios:

    Os direitos fundamentais no so absolutos, j que se condicionamentre si. Embora tenhamos uma liberdade ampla de expresso, essaliberdade est condicionada ao respeito de outros direitosfundamentais.

    Gabarito: Errado.

    Sigilo bancrio e fiscal:Segundo o STF, o art. 5, X, que vimos anteriormente, tambm orespaldo constitucional para o sigilo bancrio e fiscal das pessoas.Estes sigilos s podem ser relativizados, com a devidafundamentao, por:

    deciso judicial; CPI - somente pelo voto da maioria da comisso e por deciso

    fundamentada, no pode estar apoiada em fatos genricos; autoridade fazendria, no caso de processo administrativo

    instaurado ou procedimento fiscal em curso, de acordo com a LCn 105/01, em se tratando de informaes indispensveis aoprocedimento (Obs. somente possvel essa hiptese a partir dapublicao desta lei); e

    Ministrio Pblico - muito excepcionalmente. Somentequando estiver tratando de aplicao das verbas pblicasdevido ao princpio da publicidade.

    55. (CESPE/TCE-AC/2009) Os tribunais de contas no podemdeterminar a quebra de sigilo bancrio de administrador pblicoinvestigado por superfaturamento de preo praticado em licitao, no

    mbito do controle externo realizado.Comentrios:Os tribunais de contas no tem competncia para quebra de sigilos.Gabarito: Correto.

    56. (ESAF/ATRFB/2009) Comisso Parlamentar de Inqurito nopode decretar a quebra do sigilo fiscal, bancrio e telefnico doinvestigado.

    Comentrios:

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    Ela pode sim, desde que por maioria absoluta e sem estar apoiadaem fatos genricos.Importante ressaltar que, conforme ser visto, essa quebra de sigilotelefnico se refere somente aos dados telefnicos (para quem ligou,

    quando ligou, etc.). No se trata de interceptao da conversatelefnica, isso s o juiz poder ordenar.Gabarito: Errado.

    Liberdade de crena religiosa e filosficaO Brasil um pas laico, no possui uma religio oficial, emboraproteja a liberdade de crena como uma das faces da nodiscriminao.

    Art. 5, VI - inviolvel a liberdade de conscincia e decrena, sendo assegurado o livre exerccio dos cultosreligiosos e garantida, na forma da lei, a proteo aos locaisde culto e a suas liturgias; (Entenda-se por liturgias:celebraes, rituais...)

    Art. 5, VII - assegurada, nos termos da lei, a prestaode assistncia religiosa nas entidades civis e militares deinternao coletiva;

    57. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) vedada a assistncia religiosanas entidades militares de internao coletiva, salvo nas civis.Comentrios:A assistncia religiosa assegurada nas entidades de internaocoletiva, sejam elas civis ou militares (CF, art. 5, VII).

    Gabarito: Errado.

    Imperativo de Conscincia

    Art. 5, VIII - ningum ser privado de direitos por motivode crena religiosa ou de convico filosfica ou poltica,salvo se as invocar para eximir-se de obrigao legal atodos imposta e recusar-se a cumprir prestao alternativa,fixada em lei;

    O imperativo de conscincia pode ser alegado, por exemplo, emtempo de paz, no caso do servio militar obrigatrio, mas no podera pessoa recusar-se a cumprir a prestao alternativa imposta,conforme dispe o art. 143, 1.

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    Art.15, IV ^ No caso de recusa de se cumprir obrigao legal a todosimposta ou prestao alternativa, ensejar a suspenso dos direitospolticos do cidado.

    58. (FCC/AJAJ-TRT 21/2003) Temstocles, alegando motivosrelacionados com sua convico poltica, negou-se a prestar o serviomilitar e, alegando as mesmas convices, recusou-se a cumprirobrigao alternativa. Nesse caso, Temstocles

    a) est correto em seu procedimento, visto que ningum pode serobrigado a fazer alguma coisa seno em virtude de lei.b) alegou legtima escusa de conscincia, uma vez que sua convicopoltica contrria prestao de qualquer servio ao Estado.c) perder seus direitos polticos e, sendo a perda definitiva, no maispoder recuper-los.d) ter seus direitos polticos suspensos e essa situao perdurar atque cumpra a obrigao alternativa.e) no tem direito escusa de conscincia porque o servio militar obrigao imposta a todos os brasileiros.Comentrios:Questo direta. O servio militar uma obrigao. Caso use-se aescusa de conscincia ter de cumprir uma prestao alternativa,geralmente trabalhar para as instituies militares servindo comoapoio na rea de sade, alimentar e etc... Se nem a prestaoalternativa quiser cumprir, os direitos polticos sero suspensos atque regularize a situao.

    Gabarito: Letra D.

    Liberdade de pensamento e a censura

    Art. 5, IX - livre a expresso da atividade intelectual,artstica, cientfica e de comunicao, independentemente

    de censura ou licena;Art. 220 ^A manifestao do pensamento, a criao, a expresso e ainformao, sob qualquer forma, processo ou veculo no sofreroqualquer restrio, observado o disposto na CF.

    Nenhuma lei conter dispositivo que possa constituirembarao plena liberdade de informao jornalstica emqualquer veculo de comunicao social.

    vedada toda e qualquer censura de natureza poltica,ideolgica e artstica.

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    A publicao de veculo impresso de comunicaoindepende de licena de autoridade.

    59. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A CF assegura a liberdade deexpresso, apesar de possibilitar, expressamente, sua limitao pormeio da edio de leis ordinrias destinadas proteo da juventude.

    Comentrios:Nenhuma lei poder restringir a liberdade de expresso, esta deveobservar apenas as restries de ordem constitucional.Professor, mas que doidera! Quer dizer ento a liberdade deexpresso est acima da proteo Juventude? De forma alguma!A que entra saber fazer concurso. Veja o que a questo afirma:"apesar de possibilitar, expressamente...".A Constituio faz isso expressamente? No.A liberdade de expresso deve estar contida pelos outros direitos einteresses individuais e coletivos, porm, esta avaliao feita nocaso concreto.

    Gabarito: Errado.

    60. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) A Constituio da Repblica

    Federativa do Brasil de 1988 reconhece ser livre a expresso daatividade intelectual, artstica, cientfica e de comunicao,independentemente de censura ou licena.Comentrios:

    isso a, segundo a Constituio em seu art. 5, IX, independe delicena ou censura para que possa se expressar em atividadesartsticas, intelectuais, cientficas, ou em meio de comunicao.Gabarito: Correto.

    Inviolabilidade de domiclio: Art. 5, XI - a casa asilo inviolvel do indivduo, ningumnela podendo penetrar sem consentimento do morador,salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para

    prestar socorro, ou, durante o dia, por determinao

    Esquematizando este inciso, vemos que, o domiclio no possui umainviolabilidade absoluta, poder algum adentrar no recinto se:

    Tiver o consent imento do morador;

    Ainda que sem o consentimento do morador, se o motivo

    for:

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    Flagrante delito; Desastre; Prestar Socorro; Ordem judicial, mas neste caso, somente durante o dia.

    Ex p r e s s o " d u r a n t e o d i a " :

    Baseado na doutrina constitucionalista, entendemos que a expresso"durante o dia" significa o lapso temporal que vai da aurora aocrepsculo, sem determinao de horrio fixo, devido speculiaridades do Brasil (horrio de vero e etc.), ou seja, "durante odia" o perodo em que a terra est sendo iluminada pelo sol.

    Algumas questes de concurso insistem em "fixar horrios", quandoisso acontecer, o candidato dever utilizar o perodo das 6h s 18hcomo o perodo referente ao dia, embora no achemos que seja ocorreto.

    T er m o " c a sa " :

    "Casa", segundo o STF, tem sentido amplo , aplica-se ao escritrio,consultrio etc. (qualquer recinto privado no aberto ao pblico ).Porm, nenhum direito fundamental absoluto, desta forma, o STFdecidiu pela no ilicitude das provas obtidas com violao noturna deescritrio de advogados para que fossem instalados equipamentos deescuta ambiental, j que os prprios advogados estavam praticandoatividades ilcitas em seu interior . Assim, a inviolabilidade profissionaldo advogado, bem como do seu escritrio, serve para resguardar oseu cliente para que no se frustre a ampla defesa, mas, se oinvestigado o prprio advogado, ele no poder invocar ainviolabilidade profissional ou de seu escritrio, j que a Constituiono fornece guarida para a prtica de crimes no interior de recinto 3.

    61. (FCC/Tcnico- TCE-GO/2009) Nos termos da Constituio,admite-se excepcionalmente a entrada na casa de um indivduo semconsentimento do morador

    a) por determinao judicial, a qualquer hora.b) em caso de desastre, somente no perodo diurno.c) para prestar socorro, desde que a vtima seja criana ouadolescente.d) em caso de flagrante delito, sem restrio de horrio.e) por determinao da autoridade policial, inclusive no perodonoturno.Comentrios:

    3 Inq 2.424, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 19 e 20-11-08, Plenrio, Informativo 529.33

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    65. (CESPE/PGE- AL/2009 - Adaptada) O conceito normativo decasa abrangente; assim, qualquer compartimento privado ondealgum exerce profisso ou atividade est protegido pelainviolabilidade do domiclio. Apesar disso, h a possibilidade de seinstalar escuta ambiental em escritrio de advocacia que sejautilizado como reduto para a prtica de crimes.Comentrios:Esse o entendimento do STF, o conceito amplo do termo "casa" e apossibilidade da instalao da escuta no caso de prtica de crimes.Gabarito: Correto.

    66. (CESPE/Oficial de Inteligncia- ABIN/2010) Oentendimento do direito constitucional relativo casa apresentamaior amplitude que o do direito privado, de modo que bares,restaurantes e escritrios, por exemplo, so locais assegurados pelodireito inviolabilidade de domiclio.Comentrios:Questo maldosa. Realmente o entendimento do direito constitucionalrelativo casa apresenta maior amplitude que o do direito privado.Para o direito constitucional, "casa" qualquer recinto privado noaberto ao pblico, como os escritrios e etc. A questo, no entanto,deu como exemplos "bares" e "restaurantes", que so locais de livre

    acesso a qualquer pessoa que se disponha a ali entrar e pagar poruma bebida ou refeio, logo, no h o que se falar em inviolabilidadede tais locais.

    Gabarito: Errado.

    Inviolabilidades de comunicaes:

    Art. 5, XII - inviolvel o sigilo da correspondncia e dascomunicaes telegrficas, de dados e das comunicaestelefnicas, salvo, no ltimo caso, por ordem judicial, nashipteses e na forma que a lei estabelecer para fins deinvestigao criminal ou instruo processual penal;

    A literalidade deste dispositivo deve ser muito bem observada, poisnos traz 2 coisas muito cobradas em concursos:1 - Dos trs sigilos ali previstos (correspondncia e comunicaestelegrficas, sigilo de dados e comunicaes telefnicas) s o ltimodeles que permite relativizao por ordem judicial: o sigilotelefnico.2 - Ainda que permitida a quebra do sigilo telefnico por ordem

    judicial , isso no ilimitado, deve atender a dois requisitos:

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    - ser feita na forma que a lei estabelecer;- ter como finalidade investigao criminal ou instruo processualpenal.

    Assim, no ser permitida a quebra para instauraes de processoscveis sem consequncias criminais.

    J u r i s p r u d n c i a :

    relevante observar que necessria a edio de lei pararegulamentar a interceptao telefnica. Esta lei foi criadasomente em 1996 (Lei n 9.296/96), antes disso o STFentendia que nem por ordem judicial poderia se afastar estesigilo, j que estava pendente de regulamentao.

    Embora a literalidade da Constituio refira-se expressamente possibilidade de relativizao apenas das comunicaestelefnicas, o STF j decidiu que as outras inviolabilidades(correspondncia, dados e telegrficas) tambm podero serafastadas, j que nenhum direito fundamental absoluto e nopode ser invocado para acobertar ilcitos. Destarte, estasinviolabilidades podero ser quebradas quando se abordar outrointeresse de igual ou maior relevncia. Por exemplo: perfeitamente lcito que uma carta enviada a um presidirioseja aberta para coibir a prtica de certas condutas, j que adisciplina prisional e a segurana so interesses mais fortes doque a privacidade da comunicao do preso. Essas hipteses jforam cobradas em concurso do CESPE e ESAF.

    67. (FCC/Analista - TRT -18 a /2008 - adaptada) inviolvel osigilo da correspondncia e das comunicaes telegrficas, de dadose das comunicaes telefnicas, salvo, no ltimo caso, por ordem

    judicial , nas hipteses e na forma que a lei estabelecer para fins deinvestigao criminal ou instruo processual penal (Certo ouErrado).

    Comentrios:Os tipos de comunicao previstos no enunciado so comunicaesonde h um destinatrio especfico, ou seja, s este destinatrio estautorizado pelo emissor da mensagem a tomar conhecimento docontedo da mensagem. O nico caso em que a Constituio permitea relativizao, no caso das comunicaes telefnicas, quandopoder o juiz permitir o acesso ao contedo da mensagem, massomente:

    Na forma da lei; e

    o Para fins de investigao criminal;

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    o Para fins de instruo processual penal.Gabarito: Correto.

    68. (CESPE/Tcnico-TCU/2009) Admite-se a quebra do sigilodas comunicaes telefnicas, por deciso judicial, nas hipteses e naforma que a lei estabelecer, para fins de investigao criminal ouadministrativa.Comentrios:

    No pode haver quebra para fins de investigao administrativa, jque segundo a Constituio (CF, art. 5, XII), a interceptao spoder ocorrer, nas hipteses e na forma que a lei estabelecer (lei9.296/1996), e com o objetivo de:

    investigao criminal; ou instruo processual penal.

    Gabarito: Errado.

    69. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) A Constituio da RepblicaFedera tiva do Brasil de 1988 prev a inviolabilidade do sigilo dacorrespondncia e das comunicaes telegrficas, de dados e dascomunicaes telefnicas em carter absoluto.

    Comentrios:Vimos que nenhum direito fundamental absoluto.Gabarito: Errado.

    70. (CESPE/TCE-ES/2009) Apesar da ausncia de autorizaoexpressa na CF, a interceptao das correspondncias ecomunicaes telegrficas e de dados possvel, em carterexcepcional.

    Comentrios:Segundo o STF nenhum direito fundamental pode ser respaldo para aprtica de atos ilcitos, assim, ainda que aparentemente absolutos,eles podero ser relativizados diante do caso concreto. Desta forma, aceito a quebra de sigilo de correspondncias, por exemplo, no casode disciplina prisional, onde a autoridade fica licitamente autorizada adevassar o sigilo da comunicao feita ao preso para fins demanuteno da ordem e de interesses coletivos.

    Gabarito: Correto.

    71. (CESPE/STF/2008 - Adaptada) Apesar de a CF afirmarcategoricamente que o sigilo da correspondncia inviolvel, admite-

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    se a sua limitao infraconstitucional, quando se abordar outrointeresse de igual ou maior relevncia, do que o previsto na CF.Comentrios:Quando houver uma coliso de direitos fundamentais, de um lado ainviolabilidade e do outro a segurana da sociedade. O STF entendeque esta deve prevalecer.Gabarito: Correto.

    72. (ESAF/AFT/2003) Segundo a jurisprudncia do STF, ainviolabilidade do sigilo das correspondncias, das comunicaestelegrficas e dos dados no absoluta, sendo possvel suainterceptao, sempre excepcionalmente, com fundamento em razesde segurana pblica, de disciplina prisional ou de preservao da

    ordem jurdica, quando este direito estiver sendo exercido paraacobertar prticas ilcitas.

    Comentrios: o caso de coliso de direitos fundamentais, o interesse dasociedade (coibir prticas ilcitas) prevalece sobre o direitofundamental inviolabilidade.

    Gabarito: Correto.

    Liberdade profissional: XIII - livre o exerccio de qualquer trabalho, ofcio ou profisso, atendidas as qualificaes profissionais que a leiestabelecer;

    Este inciso muito cobrado em provas de direito constitucional, nopelo seu contedo em si, mas, por ser um bom exemplo de "normade eficcia contida".

    Informao e publicidade:

    XIV - assegurado a todos o acesso informao eresguardado o sigilo da fonte, quando necessrio aoexerccio profissional;

    Este princpio no vai de encontro vedao do anonimato vistoanteriormente, apenas se resguarda a origem e a forma que talpessoa, no annima, conseguiu a informao.

    73. (CESPE/TCU/2009) Ao tratar dos direitos e garantiasfundamentais, a CF dispe expressamente que assegurado a todos

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    74. (FCC/AJAA - TRT 3a/2009) No que diz respeito liberdadede reunio, certo que:a) o instrumento jurdico adequado para a tutela da liberdade dereunio, caso ocorra leso ou ameaa de leso, ocasionada porilegalidade ou arbitrariedade, o habeas corpus.b) essa liberdade, desde que atendendo aos requisitos de praxe, noest sujeita a qualquer suspenso por conta de circunstnciasexcepcionais como no estado de defesa.c) o prvio aviso autoridade para realizar uma reunio limita-se,to-somente, a impedir que se frustre outra reunio anteriormenteconvocada para o mesmo local.d) na hiptese de algum dos manifestantes, isoladamente, estiverportando arma de fogo, o fato no autoriza a dissoluo da reuniopelo Poder Pblico.

    e) a autoridade pblica dispe de competncia e discricionariedadepara decidir pela convenincia, ou no, da realizao da reunio.Comentrios:Letra A - Errado. Ns ainda veremos mais detalhadamente isso... Masvamos resolver a questo: Habeas corpus remdio que garante aliberdade de locomoo. Ou seja, usa-se habeas corpus quandoalgum est sendo privado de seu direito de "ir e vir". O direito dereunio no se confunde com direito de "ir e vir". Trata-se de umdireito que a pessoa possui de se concentrar em local determinado,

    juntamente com outras pessoas. Caso se jam cumpridas as exignciasconstitucionais, a ofensa a este direito dever ser tutelada por meiode Mandado de Segurana e no habeas corpus.

    Letra B - Errado. A Constutio admite a restrio destas liberdadesem se tratando de Estado de Stio ou Estado de Defesa (CF, art. 136e 139).Letra C - Errado. Precisa-se avisar a autoridade, para que esta

    garanta as condies de segurana e manuteno da ordem pblica,necessrias ao evento.

    Letra D - Correto. Para que a coletividade de pessoas possam sereunir, deve-se observar os seguintes requisitos constitucionais:- seja pacificamente;- sem armas;- no frustre outra reunio anteriormente convocada para o local;- avise a autoridade competente.

    O uso isolado de arma por uma nica pessoa, com desconhecimentoda coletividade, no pode ser motivo para a dissoluo da reunio.

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    Caber s autoridades tomar as providncias cabveis contra ela, semque o direito coletivo fique prejudicado pela infrao individual.Letra E - Errado. A autoridade deve receber apenas o aviso queocorrer uma reunio em certo local. No cabe a ela autorizar ou

    desautorizar o exerccio deste direito. O exerccio do direito dereunio s poder ser legalmente frustrado caso no sejamobservadas as exigncias constitucionais.

    Gabarito: Letra D.

    75. (CESPE/MPS/2010) Todos podem reunir-se pacificamente,sem armas, em locais abertos ao pblico, mediante autorizao daautoridade competente, desde que no frustrem outra reunioanteriormente convocada para o mesmo local.

    Comentrios:Questo clssica. O art. 5 XVI da Constituio dispe que o direitode reunio deve obedecer os seguintes requisitos:- seja pacificamente;- sem armas;- no frustre outra reunio anteriormente convocada para o local;- avise a autoridade competente.Logo, no precisa de autorizao e sim de um simples "aviso".Gabarito: Errado.

    Direito de associao:

    XVII - plena a liberdade de associao para fins lcitos,vedada a de carter paramilitar;

    XVIII - a criao de associaes e, na forma da lei, a decooperativas independem de autorizao, sendo vedada ainterferncia estatal em seu funcionamento;

    XIX - as associaes s podero ser compulsoriamentedissolvidas ou ter suas atividades suspensas por deciso

    judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trnsito em julgado;

    XX - ningum poder ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

    XXI - as entidades associativas, quando expressamenteautorizadas, tm legitimidade para representar seus filiados

    judicial ou extrajudicialmente;

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    T em o s q u e g r a v a r q u e :

    1. livre a associao somente para fins LCITOS, sendo vedada aparamilitar ;

    2. vedada a interferncia estatal em seu funcionamento e nemmesmo precisa-se de autorizao para cri-las ;3. Ningum pode ser compelido a associar-se ou permanecerassociado;

    4. Paralisao co m p u l s r ia (independente da vontade dos scios)das atividades:

    Para que tenham suas atividades SUSPENSAS ^ S por deciso judicial ("simples")

    Para serem DISSOLVIDAS ^ S por deciso judicialTRANSITADA EM JULGADO

    5. Podem, desde que EXPRESSAMENTE autorizadas, representar seusassociados: Judicia lmente; ou Extrajudicialmente.

    76. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) Todos devero ser compelidos aassociar-se ou a permanecer associado a sindicato na vigncia docontrato de trabalho.Comentrios:Ningum pode ser compelido a associar-se ou permanecer associado.Gabarito: Errado.

    77. (FCC/Tcnico - TRT-SP/2008 - Adaptada) As associaess podero ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividadessuspensas por deciso judicial, exigindo-se, no primeiro caso, otrnsito em julgado (Certo ou Errado).

    Comentrios:Para suspender, basta uma deciso judicial. Para dissolver, s quandoa deciso "transitar em julgado".Gabarito: Correto.

    78. (FCC/TJAA-TRT 7a/2009) O artigo 5 da ConstituioFederal prev, dentre outros direitos, que:a) a liberdade de associao absoluta, sendo necessria, porm, aprvia comunicao autoridade competente.

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    b) as entidades associativas somente tm legitimidade pararepresentar seus filiados extrajudicialmente.c) a liberdade de associao para fins lcitos plena, vedada a decarter paramilitar.

    d) a criao de associaes e, na forma da lei, a de cooperativas,dependem de autorizao do Estado.e) as associaes s podero ser compelidas a suspender as suasatividades, aps deciso tomada por seus filiados.Comentrios:Letra A - Errado. Nenhum direito fundamental absoluto, muitomenos a liberdade de associao, que s ser permitida para finslcitos e com o cumprimento das demais exigncias constitucionaisque vimos anteriormente.Letra B - Errado. Vimos que elas podem, desde que EXPRESSAMENTEautorizadas, representar seus associados:

    Judicialmente; ou Extrajudicialmente.

    Letra C - Correto. Literalidade do art. 5 XVII - " plena a liberdadede associao para fins lcitos, vedada a de carter paramilitar".Letra D - Errado. Como vimos, vedada a interferncia estatal emseu funcionamento e nem mesmo precisa-se de autorizao para

    cri-las;Letra E - Errado. Mais uma vez a manjada regra. Os filiados podemdecidir por suspender ou encerrar as atividades, porm, a associaotambm poder sofrer essas interferncias de forma compulsria pelaautoridade judicial, da seguinte forma:

    para que tenham suas atividades suspensas ^ s por deciso judicial (simples);

    para serem dissolvidas ^ s por deciso judicial transitada em julgado.

    Gabarito: Letra C.

    79. (CESPE/DETRAN-DF/2009) A norma constitucional queestabelece que as associaes s podero ser compulsoriamentedissolvidas ou ter suas atividades suspensas por deciso judicialexigindo-se, no primeiro caso, o trnsito em julgado, tem aplicaoimediata.Comentrios:

    Esta a regra trazida pelo art. 5 XIX da Constituio Federal. Emregra, as normas definidoras de direitos e garantias fundamentais43

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    explorao que favorea o bem-estar dosproprietrios e dos trabalhadores.

    Desapropriao Ordinria de Imvel Urbano:

    Art. 5, XIV - a lei estabelecer o procedimento paradesapropriao por necessidade ou utilidade pblica, ou porinteresse social, mediante justa e prvia indenizao emdinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituio;

    Requisio administrativa da propriedade:

    Art. 5, XXV - no caso de iminente perigo pblico, aautoridade competente poder usar de propriedade

    particular, assegurada ao proprietrio indenizao ulterior,se houver dano;

    A indenizao ser ulterior, aps o ato, e s se houver dano propriedade.

    No se trata de forma de desapropriao, pois diferentemente do queocorre nesta, na requisio, o dono da propriedade no perde suatitularidade, mas, apenas fornece a mesma autoridade competentepara que use temporariamente o imvel no caso de perigo pblicoiminente.

    Pequena propriedade rural:

    Art. 5, XXVI - a pequena propriedade rural, assim definidaem lei, desde que trabalhada pela famlia, no ser objetode penhora para pagamento de dbitos decorrentes de suaatividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios definanciar o seu desenvolvimento;

    Esquematizao sobre as desapropriaes na CF/88:

    1 - C F, a r t . 5 , X X I V

    Se houver: necessidade ou utilidade ^ pblica; ou

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    interesse ^ social.

    Necessita ainda de uma lei para estabelecer o procedimentode desapropriao.

    I n d en iz ao :

    justa; prvia; e em dinheiro.

    Essa a desapropriao ordinria. O Poder competente ser o Executivo de qualquer esfera de

    poder. bom prestar ateno na literalidade: por "interesse social"

    e lembrar-se que a indenizao precisa conter esses trsrequisitos: ser justa, prvia e em dinheiro, seno padecerde vcio de inconstitucionalidade.

    Desapropriao por interesse social: ocorre para trazermelhorias s classes mais pobres, como dar assentamento apessoas.

    Necessidade pblica: A desapropriao imprescindvel paraalcanar o interesse pblico.

    Utilidade pblica: No imprescindvel, mas, ser vantajosapara se alcanar o interesse pblico

    Imisso provisria na posse ou imisso prvia na posse: Oente expropriante toma antecipadamente a posse do bem,com a condio de que haja urgncia (que no poder serrenovada) e pagamento de quantia arbitrada pelo juiz. Essaquantia refere-se a um depsito apenas provisrio, noimportando no pagamento definitivo e justo visto acima,conforme jurisprudncia do STF.

    2- CF, art. 182, 4

    N o c a s o d e s o l o u r b a n o n o e d i f i c a d o o u s u b u t i l i z a d o .

    C o m p e t e n t e : poder municipal.

    Precisa de lei especfica municipal nos termos de lei federal.

    A rea deve estar includa no Plano Diretor.A desapropriao o ltimo remdio aps o Municpio

    promover:

    parcelamento ou edificao compulsrios do terreno;

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    IPTU progressivo no tempo at alcanar certo limiteestabelecido na lei.

    I n d en iz ao :

    mediante ttulos da divida pblica com prazo de resgatede at 10 anos.

    a emisso dos ttulos deve ser previamente aprovadapelo Senado Federal;

    as parcelas devem ser anuais, iguais e sucessivas. Essa a desapropriao extraordinria de imvel urbano. A regra acima apenas para o imvel no edificado ou

    subutilizado, regra geral: As desapropriaes de imveisurbanos sero feitas com prvia e justa indenizao emdinheiro.

    3 - C F, a r t . 1 8 4

    P a r a f i n s d e r e f o r m a a g r r i a :

    competente: Unio;tambm por interesse social;

    somente se aplica ao imvel que no estiver cumprindosua funo social.

    I n d en iz ao :

    justa; prvia; em ttulos da dvida agrria resgatveis em at 20

    anos;

    se houver benfeitorias teis ou necessrias, estasdevem ser indenizadas em dinheiro;

    o resgate dos ttulos a partir do segundo ano de suaemisso.

    Essa a desapropriao extraordinria de imvel rural. As operaes de transferncia de imveis que so

    desapropriados para fins de reforma agrria so imunes aquaisquer impostos (no abrange todos os tributos, apenasos impostos, que so uma das espcies do gnero tributo),sejam eles federais, estaduais ou municipais - trata-se deuma imunidade constitucional - CF, art. 184, 5.

    4 - C F, a r t . 2 4 3

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    Se houver cultivo ilegal de plantas psicotrpicas, haverexpropriao imediata sem direito a qualquer indenizao;

    Finalidade: As "glebas" sero especificadamente destinadasao assentamento de colonos para que cultivem produtos

    alimentcios ou medicamentosos. Essa desapropriao chamada por alguns de confisco e

    regulada pela Lei n 8.257/91.

    Para que ocorra a expropr iao, o cultivo deve ser ilegal,ou seja, no estar autorizado pelo rgo competente doMinistrio da Sade, e no atendendo exclusivamente afinalidades teraputicas e cientficas.

    Art. 243, pargrafo nico Qualquer bem de valoreconmico que seja apreendido em decorrncia do

    trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins serrevertido para tratamento e recuperao de viciados epara custeio das atividades de fiscalizao, controle,preveno e represso ao trfico.

    Segundo o STF, toda a gleba dever ser expropr iada eno apenas a parte que era usada para o plantio 4.

    O b s e r v a e s G e r a i s :

    Vimos que tanto na desapropriao ordinria quanto naextraordinria precisamos de lei que regulamente a execuo. Acompetncia para legislar sobre desapropriao privativa daUnio. Somente uma lei federal poder regulamentar oprocedimento de desapropriao ordinria ou servir de base para alei especfica municipal na desapropriao extraordinria de imvelurbano.

    D i c a :

    No confunda essa competncia privativa para legislar sobredesapropriao com a competncia para promover adesapropriao. Para promov-la, como visto acima podercaber:

    Unio, Estado/DF ou Mun. na desapropriaoordinria;

    ao Municpio na desapropriao extraordinria de imvelurbano;

    4 RE 543974/MG - 2009

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    Unio ^ na desapropriao extraordinria de imvelrural.

    81. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) No caso deiminente perigo pblico, a autoridade competente poder usar depropriedade particular, vedada ao proprietrio indenizao ulterior naocorrncia de dano.

    Comentrios:Trata-se do instituto da requisio administrativa. Essa requisio feita por autoridades pblicas em caso de iminente perigo pblico ese houver dano propriedade, haver ulterior indenizao. A questoerra ao dizer que no haver indenizao (CF, art. 5, XXV).

    Gabarito: Errado.

    82. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) a pequenapropriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pelafamlia, no ser objeto de penhora para pagamento de dbitosdecorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meiosde financiar o seu desenvolvimento.

    Comentrios:Teor do art. 5, XXVI: Como vimos, a pequena propriedade rural,assim definida em lei, desde que trabalhada pela famlia, noser objeto de penhora para pagamento de dbitos decorrentes desua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar oseu desenvolvimento;

    Gabarito: Correto.

    83. (FCC/Tcnico - TCE-MG/2007) a desapropriao pornecessidade ou utilidade pblica ou por interesse social ser efetuadamediante prvia e justa indenizao em dinheiro, ressalvados os

    casos previstos na Constituio.Comentrios:Veja que a assertiva fala "ressalvados os casos previstos naConstituio". Por que isso? Pois na Constituio existem vrios casosde desapropriao alm desta do art. 5, XXIV.Gabarito: Correto.

    84. (FCC/Tcnico - TCE-MG/2007) a pequena propriedade rural,definida em lei e desde que trabalhada pela famlia, no ser objeto

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    de penhora, salvo para assegurar pagamento de dbitos decorrentesde sua atividade produtiva.Comentrios:A Constituio assegura em seu art. 5, XXVI: a pequena propriedaderural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela famlia,no ser objeto de penhora para pagamento de dbitosdecorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre osmeios de financiar o seu desenvolvimento;

    Gabarito: Errado.

    85. (FCC/Tcnico - TCE-MG/2007) a propriedade particularpoder ser objeto de uso pela autoridade competente, em caso deiminente perigo pblico, assegurada indenizao posterior,independentemente da ocorrncia de dano.Comentrios:Aqui no se trata mais de forma de desapropriao, poisdiferentemente do que ocorre nesta, na requisio, o dono dapropriedade no perde sua titularidade, mas, apenas fornece amesma autoridade competente para que use temporariamente oimvel no caso de perigo pblico iminente. Segundo a CF em seu art.5, XXV: no caso de iminente perigo pblico, a autoridadecompetente poder usar de propriedade particular, assegurada ao

    proprietrio indenizao ulterior, se houver dano; (A indenizao serulterior, aps o ato, e s se houver dano propriedade).

    Gabarito: Errado.

    86. (CESPE/Escrivo - PC-ES/2011) A propriedade poder serdesapropriada por necessidade ou utilidade pblica, ou por interessesocial, mas sempre mediante justa e prvia indenizao em dinheiro.

    Comentrios:

    A questo erra pelo fato de que a Constituio prev outros modos deindenizao para a desapropriao por interesse social. Emboraquando ocorra necessidade ou utilidade pblica, ou interesse social,em regra o proprietrio seja indenizado de forma prvia e emdinheiro, a Constituio estabelece no seu art. 184 a desapropriaopara reforma agrria, que tambm se caracteriza como "interessesocial" e a sua indenizao se d mediante ttulos da dvida agrria.

    Gabarito: Errado.

    87. (CESPE/Tcnico Administ rativo - PREVIC/2011) De acordocom a CF, com o objetivo de fomentar a produo e a renda, a pequena

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