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LEGISLAÇÃO DE TELECOMUNICAÇÕES PARA ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVOS DA ANATEL PROFESSORA: MARIA LUIZA KUNERT AULA 01 – LEI N.º 9472/1997 – PARTE II Prof.ª Maria Luiza Kunert www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá, Concursandos! Tudo joia? Como estão de estudos? Vamos começar a parte 2 de nossa Aula 01. Como eu já havia falado, ela é muito importante, e o CESPE sempre cobra em suas provas. Veremos também muitos itens em vermelho. Não se assuste com eles. Essa nossa segunda aula será dividida em duas partes e conterá: Parte 1 (disponível em 25/07/2012): o Princípios da ordem econômica do setor de telecomunicações; o Órgão regulador e políticas setoriais previstas na Lei Geral de Telecomunicações. Criação do órgão regulador; Competências; Parte 2 (disponível em 30/07/2012): o Continuação: Órgãos superiores; Atividade e Controle; Receitas; Contratações. Nesta aula você verá que os artigos da LGT que dispõem sobre um determinado tema comum foram agrupados para melhorar sua compreensão. Estamos fugindo um pouco da ordem da Aula 01. Agora, mãos a obra e bons estudos!

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Lei 9472 voltado para concursos como Telebras e Anatel. Questões comentadas com o exemplo da lei.

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Olá, Concursandos!

Tudo joia?

Como estão de estudos?

Vamos começar a parte 2 de nossa Aula 01. Como eu já havia falado, ela é

muito importante, e o CESPE sempre cobra em suas provas. Veremos também

muitos itens em vermelho. Não se assuste com eles.

Essa nossa segunda aula será dividida em duas partes e conterá:

• Parte 1 (disponível em 25/07/2012):

o Princípios da ordem econômica do setor de telecomunicações;

o Órgão regulador e políticas setoriais previstas na Lei Geral de

Telecomunicações.

� Criação do órgão regulador;

� Competências;

• Parte 2 (disponível em 30/07/2012):

o Continuação:

� Órgãos superiores;

� Atividade e Controle;

� Receitas;

� Contratações.

Nesta aula você verá que os artigos da LGT que dispõem sobre um

determinado tema comum foram agrupados para melhorar sua compreensão.

Estamos fugindo um pouco da ordem da Aula 01.

Agora, mãos a obra e bons estudos!

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Questão 1. Órgão Regulador e Políticas Setoriais Previstas na Lei

Geral de Telecomunicações

1.1 Órgãos Superiores

Vimos que no §1º do art. 8º da LGT, há a definição da estrutura legal da

Anatel.

§ 1º A Agência terá como órgão máximo o Conselho Diretor, devendo

contar, também, com um Conselho Consultivo, uma Procuradoria, uma

Corregedoria, uma Biblioteca e uma Ouvidoria, além das unidades

especializadas incumbidas de diferentes funções.

Esta estrutura legal é a estrutura mínima que a Anatel deverá possuir. Vamos

ver que, conforme o Regulamento e o Regimento Interno há outros órgãos

instituídos nessa autarquia.

Os órgãos superiores da Anatel são apenas o Conselho Diretor e o

Conselho Consultivo. São eles que estão especificados nos arts. 20 a 37 do

Título III da LGT. Embora haja previsão legal para a Corregedoria, a

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Procuradoria, a Ouvidoria, a Biblioteca e unidades técnicas especializadas,

este órgãos não são de nível máximo, sendo hierarquicamente

subordinados ao Conselho Diretor e inferiores ao Conselho Consultivo.

2.1.1 Conselho Diretor

Vamos agora ver a estrutura legal do Conselho Diretor da Anatel e como ele

exerce a direção do órgão.

Art. 20. O Conselho Diretor será composto por cinco conselheiros e

decidirá por maioria absoluta.

Parágrafo único. Cada conselheiro votará com independência,

fundamentando seu voto.

Vimos na aula anterior que as agências reguladoras podem ser dirigidas em

regime de colegiado, por conselhos diretores ou diretorias. No nosso caso, a

Anatel é dirigida por um conselho diretor.

O número de membros de cada um destes órgãos e a duração de seu mandato

são fixados na lei de criação de cada agência.

Aqui temos que a LGT, que cria a Agência, fixa o número de dirigentes

em cinco. O conselho diretor da Anatel conta com cinco conselheiros. O

mandato de cada conselheiro é de cinco anos, conforme previsto do art.

24 desta Lei:

Art. 24. O mandato dos membros do Conselho Diretor será de cinco

anos.

É permitida a recondução, ou seja, ao terminar o mandato do conselheiro,

ele poderá ser designado conselheiro novamente.

Apenas para sua informação: a redação original da LGT proibia a recondução.

O texto proibitivo foi retirado do corpo da Lei n.º 9.472/1997 pela Lei nº

9.986, de 18 de julho de 2000.

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Um detalhe muito importante encontra-se no parágrafo único deste artigo:

Parágrafo único. Em caso de vaga no curso do mandato, este será

completado por sucessor investido na forma prevista no artigo

anterior, que o exercerá pelo prazo remanescente.

Vamos a um exemplo prático? Suponha que José foi nomeado Conselheiro da

Anatel em novembro de 2010 e que em novembro de 2011 pediu para ser

afastado do cargo. Suponha também que Ana foi designada para sucedê-lo.

Nessa situação, o mandato de Ana será igual ao prazo remanescente do

mandato de José, ou seja, quatro anos.

Ainda sobre o mandato dos conselheiros, o art. 25 dispões sobre os mandatos

iniciais, no momento da criação da Agência.

Art. 25. Os mandatos dos primeiros membros do Conselho Diretor

serão de três, quatro, cinco, seis e sete anos, a serem estabelecidos no

decreto de nomeação.

A Anatel foi instalada com a edição de seu regulamento, em 05/11/1997. O

primeiro conselheiro teve seu mandato finalizado em 2000. O segundo em

2001, o terceiro em 2002, e assim sucessivamente... As primeiras eleições

presidenciais após a instalação da Agência foram em 1998.

Esses mandatos de três, quatro, cinco, seis e sete anos têm diversos

fundamentos. Primeiramente, fazer com que o conselho diretor não seja

composto por membros de um único governo durante um mandato

presidencial, pois o presidente só irá indicar quatro conselheiros. Se todos os

conselheiros fossem empossados na mesma data, ter-se-ia uma enorme

ingerência governamental na Agência Reguladora, que possui natureza

predominantemente técnica.

Outros dois pontos que merecem destaque e que justificam os mandatos

intercalados são: evitar a perda de memória cultural repentina da Agência e

evitar discrepâncias entre as gestões sucessivas.

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Note que a cada ano um membro do conselho diretor é trocado. Até novembro

de 2012 teremos três membros do conselho diretor indicados pelo governo

Luis Inácio Lula da Silva e dois membros indicados pelo governo Dilma

Rousseff.

Vamos ver como isso é cobrado em provas?

Questão 1. (CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor

Legislativo) Os mandatos dos primeiros membros do Conselho Diretor

são de três, quatro, cinco, seis e sete anos, conforme estabelecido no

decreto de nomeação.

É a cobrança literal do art. 25 da LGT.

Assertiva correta

Gabarito C

Existem algumas restrições para que uma pessoa se torne membro do

conselho da Anatel. Estas estão previstas no art. 23.

Art. 23. Os conselheiros serão brasileiros, de reputação ilibada,

formação universitária e elevado conceito no campo de sua

especialidade, devendo ser escolhidos pelo Presidente da República e

por ele nomeados, após aprovação pelo Senado Federal, nos termos da

alínea f do inciso III do art. 52 da Constituição Federal.

Veja os requisitos para um conselheiro da Anatel:

••• Brasileiros, podendo ser natos ou naturalizados.

O cargo de Conselheiro da Anatel não é privativo de brasileiro nato,

conforme art. 12, § 3º copiado abaixo:

§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:

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I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

II - de Presidente da Câmara dos Deputados;

III - de Presidente do Senado Federal;

IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

V - da carreira diplomática;

VI - de oficial das Forças Armadas.

VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda

Constitucional nº 23, de 1999)

O cargo de conselheiro da Anatel não está previsto neste parágrafo da

Carta Maior.

Ainda temos que conforme o Art. 12, §2º da CF:

§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e

naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. Art. 12 da

CF

Portanto, não confundam este ponto, pois as bancas costumam cobrá-lo.

••• De reputação ilibada;

••• Formação universitária;

••• Elevado conceito no campo de sua especialidade.

Vale ressaltar que o Presidente da República escolhe o membro do conselho

diretor, submetendo a aprovação do Senado Federal. Caso o Senado aprove a

escolha do Presidente, este nomeará o referido membro do Conselho.

As bancas costumam explorar este artigo.

Questão 2. (CESPE – Câmara dos Deputados 2012 – Engenheiro

Eletrônico/Telecomunicações) O Conselho Diretor, órgão superior da

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ANATEL, é composto por cinco conselheiros, escolhidos pelo presidente

da República e por ele nomeados após a aprovação dos nomes pelo

Senado Federal.

Questão que mistura vários artigos da Lei Geral de Telecomunicações:

Art. 8º, § 1º - A Agência terá como órgão máximo o Conselho

Diretor, ...

Art. 24. O mandato dos membros do Conselho Diretor será de cinco

anos.

Art. 23. ... devendo ser escolhidos pelo Presidente da República e

por ele nomeados, após aprovação pelo Senado Federal, ...

Assertiva correta.

Gabarito C

Questão 3. (CESPE – Anatel 2008 – Analista Administrativo -

Biblioteconomia) O presidente, o diretor-geral ou o diretor-presidente

das agências reguladoras devem ser escolhidos pelo presidente da

República e por ele nomeados, após aprovação pelo Senado Federal.

Embora não esteja previsto desta forma na Lei Geral de

Telecomunicações, a assertiva está correta. É este conhecimento que é

exigido em sua prova. Nós vamos rever as características comuns às

agências reguladoras em nossa última aula.

Gabarito C

Questão 4. (CESPE – Anatel 2006 – Analista Administrativo) O presidente

ou diretor-geral ou diretor-presidente e os demais membros do

conselho diretor e da diretoria das agências reguladoras devem ser

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brasileiros natos, escolhidos pelo presidente da República e por ele

nomeados, após aprovação pelo Senado Federal.

Veja que o CESPE, no concurso anterior para a Anatel, cobrou também

conhecimento semelhante. Desta vez, a banca qualifica os conselheiros

como brasileiros natos, mas, conforme vimos, isto é incorreto, pois

esbarra em normas constitucionais previstas no art. 12, §§ 12 e 13 da

Constituição da República.

Assertiva incorreta

Gabarito E

(CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor Legislativo) A

respeito do Conselho Diretor da ANATEL, julgue os itens que se

seguem.

Questão 5. (CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor

Legislativo) É composto apenas por conselheiros que sejam brasileiros

natos, com formação universitária e elevado conceito na área de sua

especialidade.

Gostaria de ressaltar que a letra da lei, não menciona a palavra “área” e

sim “campo”.

Independentemente de sinonímia, é importante frisar que o cargo de

conselheiro da Anatel não é privativo de brasileiro nato e sendo assim,

o gabarito da questão estaria errado.

A questão foi anulada pelo CESPE, (como a questão é antiga, não há a

fundamentação para sua nulidade no site da banca) mas fica como

ilustração do que a banca poderá pedir.

Gabarito X

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Questão 6. (CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor

Legislativo) Os conselheiros são indicados pelo Ministério das

Comunicações e nomeados pelo presidente da República, após

aprovação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Nesta questão podemos ver dois erros.

Primeiramente, quem escolhe e, consequentemente, indica os

conselheiros da Anatel é o Presidente da República.

O segundo erro está na aprovação, que se dá pelo Senado Federal. Não

entra a Câmara dos Deputados em nenhuma hipótese. A banca poderá

trocar também a palavra Senado Federal por Congresso Nacional, o que

é incorreto! Lembre-se: Apenas o Senado Federal aprova a escolha dos

conselheiros, que já foi feita pelo Presidente da República.

Para finalizar, gostaria de mencionar que quem nomeia os conselheiros

é o próprio presidente que os indicou. Atenção neste ponto, pois a

banca pode trocar a palavra “Presidente da República” por “Ministro das

Comunicações”.

Gabarito E

Art. 27. O regulamento disciplinará a substituição dos conselheiros em

seus impedimentos, bem como durante a vacância.

Aqui, cabe um parêntese. Considera-se impedido o conselheiro que por alguma

razão legal ou moral não possa atuar em um procedimento ou processo

administrativo de competência da Agência. Como exemplo, tome-se o

conselheiro ou a conselheira que possui um processo trabalhista contra uma

determinada prestadora de serviços de telecomunicações. Nesta situação há

um óbvio conflito de interesses, sendo que este membro do conselho, pela Lei

9.784/99 – Lei do Processo Administrativo – é impedido de atuar em processos

nos quais a prestadora com que litiga seja parte.

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O regulamento da Anatel (Decreto 2.338/1997) é que define como é feita essa

substituição. Para o conselheiro investido no cargo de Presidente da Agência,

sua substituição se dá por outro conselheiro. No caso de conselheiro que não

ocupe o cargo de presidente, sua substituição será feita por um servidor da

própria Anatel que atenda a uma série de especificações.

Art. 29. Caberá também aos conselheiros a direção dos órgãos

administrativos da Agência.

Este artigo não há muito que se comentar, mas vale memoriza-lo.

Vedações aos conselheiros

A LGT em sua redação original impunha uma série de vedações aos

conselheiros da Anatel. Elas estão nos arts. 28 e 30.

Até o ano de 2000, a LGT possuía características próprias sobre alguns

dispositivos que eram comuns a todas as agências reguladoras. Visando a sua

uniformização, foi publicada a lei 9986/2000 que revogou e substituiu uma

série de dispositivos seus, inclusive o art. 28.

Essa lei disciplina algumas características comuns a todas as agencias

reguladoras e será vista em nossa última aula. É importante se frisar que em

muitos concursos o CESPE não cobra esta lei de forma expressa no edital, mas

sim no título “agências reguladoras”.

Você, caro aluno, deve estar ficando muito bravo comigo. E deve estar se

perguntando: Pôxa, tenho que estudar outra lei?

Calma ai! Só algumas partes, porque há algumas questões em provas do

CESPE sobre os dirigentes da Anatel, mesmo quando a referida Lei não consta

do Edital. Mas são poucos dispositivos, portanto, cumpre-nos estudá-los.

Vamos ver o que dispões o art. 2º, parágrafo único, da Lei 9.986/2000 em

substituição ao art. 28 da LGT?

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Parágrafo único (Lei 9.986/2000). É vedado aos empregados, aos

requisitados, aos ocupantes de cargos comissionados e aos dirigentes

das Agências Reguladoras o exercício de outra atividade profissional,

inclusive gestão operacional de empresa, ou direção político-

partidária, excetuados os casos admitidos em lei. (Eficácia suspensa

por concessão de liminar até o julgamento final da ADIN 2310)

Note que este artigo está em coloração diferente porque não é um dispositivo

da LGT, portanto, se estiver no enunciado de sua questão este dispositivo

associado à Lei 9.472/1997 ou Lei Geral de Telecomunicações, a resposta está

errada.

Outro ponto a se notar, é que o parágrafo único do art. 2º da Lei 9.986/2000

teve sua eficácia suspensa, até o julgamento pelo STF de sua

constitucionalidade (ADIN 2310), mas a edição da Lei n.º 10.871/2004 que

modificou seu caput fez com que a ADIN 2310 ficasse prejudicada, por perda

de objeto, tendo seu arquivamento pelo STF em 2007. O parágrafo único do

art. 2º da Lei 9.986/2000 é válido.

Questão 7. (CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor

Legislativo) Aos conselheiros é vedado o exercício de qualquer outra

atividade profissional, sindical ou de direção políticopartidária, salvo a

de professor universitário.

Esta questão merece uma discussão um pouco extensa, mas não se

preocupe. O motivo da discussão é apenas para fundamentar a validade

do enunciado acima.

Conforme comentamos, com a perda de objeto da ADIN 2310, o

parágrafo único da Lei 9.986/2000 é válido.

Acontece que a questão do CESPE é de 2002, época em que a decisão

que suspendeu a validade do art. 2º não havia sido publicada! Nesta

época, a resposta à que seria correta à questão é ERRADA, pois o artigo

estava com efeito suspenso por liminar do STF. Estando com efeito

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suspenso, qualquer outra norma infra legal – decreto, portaria,

resolução, etc., que aludam a este artigo terão nesta parte seus efeitos

jurídicos suspensos. Mas, surpreendentemente, não foi esta a posição

que o CESPE adotou.

Atualmente, com a decisão sobre a ADIN prejudicada, é interessante

considerarmos o que está no art. 28 e parágrafo único do Regulamento

da Anatel (Decreto 2.338/1997) e cuja redação destacamos:

Art.28. Aos conselheiros é vedado o exercício de qualquer outra

atividade profissional, empresarial, sindical ou de direção

político-partidária, salvo a de professor universitário, em

horário compatível.

Parágrafo único. O exercício a que se refere este artigo

caracteriza-se pelo desempenho de tarefas regulares ou pela

gestão operacional de empresas ou entidades.

A resposta a esta questão, considerando-se o momento atual (2012) é

correta, conforme o Regulamento da Anatel.

Gabarito C

Outra vedação aos conselheiros da Anatel se encontram no art. 30 da LGT.

Senão vejamos:

Art. 30. Até um ano após deixar o cargo, é vedado ao ex-conselheiro

representar qualquer pessoa ou interesse perante a Agência.

Parágrafo único. É vedado, ainda, ao ex-conselheiro utilizar

informações privilegiadas obtidas em decorrência do cargo exercido,

sob pena de incorrer em improbidade administrativa.

Embora tenha sido cobrado em prova discursiva, o CESPE ainda não colocou

este artigo como questão em seus certames.

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É importante não confundi-lo com o art 8º da Lei 9.986/2000 e parágrafos,

cobrado pelo CESPE.

Art. 8º (Lei 9986/2000) O ex-dirigente fica impedido para o exercício

de atividades ou de prestar qualquer serviço no setor regulado pela

respectiva agência, por um período de quatro meses, contados da

exoneração ou do término do seu mandato. (Redação dada pela

Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001)

§ 1o Inclui-se no período a que se refere o caput eventuais períodos de

férias não gozadas.

§ 2o Durante o impedimento, o ex-dirigente ficará vinculado à

agência, fazendo jus a remuneração compensatória equivalente à do

cargo de direção que exerceu e aos benefícios a ele inerentes.

(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001)

§ 3o Aplica-se o disposto neste artigo ao ex-dirigente exonerado a

pedido, se este já tiver cumprido pelo menos seis meses do seu

mandato.

§ 4o Incorre na prática de crime de advocacia administrativa,

sujeitando-se às penas da lei, o ex-dirigente que violar o impedimento

previsto neste artigo, sem prejuízo das demais sanções cabíveis,

administrativas e civis. (Redação dada pela Medida Provisória nº

2.216-37, de 2001)

§ 5o Na hipótese de o ex-dirigente ser servidor público, poderá ele

optar pela aplicação do disposto no § 2o, ou pelo retorno ao

desempenho das funções de seu cargo efetivo ou emprego público,

desde que não haja conflito de interesse. (Incluído pela Medida

Provisória nº 2.216-37, de 2001)

O art. 30 da LGT adicionado ao art. 8º da Lei 9.986/2000 define a chamada

“quarentena” dos dirigentes de agências reguladoras.

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Grave bem estas regras:

Se um ex-conselheiro da Anatel:

• Violar o impedimento de quatro meses para o exercício de

atividade ou prestação de serviços no setor regulado pela Agência,

isto é de Telecomunicações – Crime cometido: Advocacia

Administrativa, conforme art. 321 do Código Penal.

• Violar o impedimento ao uso de informações privilegiadas obtidas

em razão do cargo – É responsabilizado pela Lei da Improbidade

Administrativa.

O conteúdo do art. 8º da Lei 9986/2000 é bastante cobrado pelo CESPE:

Questão 8. (CESPE – Anatel 2008 – Analista Administrativo) O ex-

dirigente de agência reguladora fica impedido para o exercício de

atividades ou de prestar qualquer serviço no setor regulado pela

respectiva agência, por um período de quatro meses, contados da

exoneração ou do término do seu mandato.

É a transcrição ipsis litteris do caput do art. 8º da Lei 9.986/2000.

Art. 8º (Lei 9986/2000) O ex-dirigente fica impedido para o

exercício de atividades ou de prestar qualquer serviço no setor

regulado pela respectiva agência, por um período de quatro

meses, contados da exoneração ou do término do seu mandato.

(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001)

Assertiva correta

Gabarito C

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(CESPE – Anatel 2006 – Analista Administrativo - Adaptada) Situação

Problema: Sete meses após ter tomado posse para cumprir o seu

mandato, um diretor da ANATEL foi exonerado a pedido e, em razão de

sua experiência no setor, foi contratado, logo após a exoneração, para

prestar consultoria a uma empresa ligada ao setor de telecomunicações.

Com base na situação hipotética acima, julgue os itens que se seguem.

Questão 9. (CESPE – Anatel 2006 – Analista Administrativo) A esse ex-

diretor não se aplica nenhum impedimento para prestação de qualquer

tipo de serviço a empresa integrante do setor regulado pela agência.

Segundo a redação da situação problema do enunciado da questão,

temos que o diretor da Anatel (conselheiro) foi contratado logo após aa

exoneração para prestar consultoria a uma empresa ligada ao setor de

telecomunicações.

Este seu comportamento é tipificado no art. 8º da Lei 9.986/2000. Para

que ele ou ela pudesse exercer qualquer atividade, deveriam ter-se

passado quatro meses a contar da data de sua exoneração.

Art. 8º (Lei 9986/2000) O ex-dirigente fica impedido para o

exercício de atividades ou de prestar qualquer serviço no setor

regulado pela respectiva agência, por um período de quatro

meses, contados da exoneração ou do término do seu mandato.

(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001)

Também é verificada a aplicação do §3º, deste artigo:

§ 3o Aplica-se o disposto neste artigo ao ex-dirigente exonerado

a pedido, se este já tiver cumprido pelo menos seis meses do

seu mandato.

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Destarte, ao diretor mencionado no enunciado da questão aplica-se o

impedimento do interregno de quatro meses para a execução de

qualquer atividade, significando que ele está impedido.

Assertiva errada

Gabarito E

Questão 10. (CESPE – Anatel 2006 – Analista Administrativo – Adaptada)

Ainda em relação à situação problema anterior, se houver algum tipo de

impedimento à prestação desse serviço, o crime cometido pelo ex-

diretor é, nos termos da lei que dispõe sobre a gestão de recursos

humanos das agências reguladoras, o de advocacia administrativa.

Vimos que o ex-diretor encontra-se impedido, conforme o caput do art.

8º da Lei 9.986/2000.

Caso o impedimento se verifique, é aplicado o parágrafo 4º dessa

mesma Lei:

§ 4o Incorre na prática de crime de advocacia administrativa,

sujeitando-se às penas da lei, o ex-dirigente que violar o

impedimento previsto neste artigo, sem prejuízo das demais

sanções cabíveis, administrativas e civis. (Redação dada pela Medida

Provisória nº 2.216-37, de 2001)

Vamos agora Lembrar a nossa regrinha?

Se o ex-conselheiro da Anatel:

••• Violar o impedimento de quatro meses para o exercício de

atividade ou prestação de serviços no setor regulado pela

Agência, isto é de Telecomunicações – Crime cometido:

Advocacia Administrativa, conforme art. 321 do Código Penal.

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••• Violar o impedimento ao uso de informações privilegiadas

obtidas em razão do cargo – É responsabilizado pela Lei da

Improbidade Administrativa.

A assertiva constante do enunciado está correta.

Gabarito C

Questão 11. (CESPE – Anatel 2008 – Analista Administrativo -

Biblioteconomia) Durante o período de impedimento para o exercício de

atividades no setor regulado, o ex-dirigente de agência reguladora

ficará vinculado à agência, fazendo jus a remuneração compensatória

equivalente à do cargo de direção que exerceu e aos benefícios a ele

inerentes.

É verdade o que está demonstrado nesta questão, encaixando-se no

art. 8º, § 2º da Lei 9.986/2000.

§ 2o Durante o impedimento, o ex-dirigente ficará vinculado à

agência, fazendo jus a remuneração compensatória equivalente à do

cargo de direção que exerceu e aos benefícios a ele inerentes. (Redação

dada pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001)

Inicialmente, vocês podem pensar: Mas que folga! Os ex-conselheiros

vão receber sem trabalhar...

Em verdade eles não irão trabalhar porque não podem, a Lei os impede.

Então vocês se perguntam novamente: E se eles trabalharem em outro

setor?

Lembre-se que os ex-conselheiros são pessoas de “elevado conceito no

campo de sua especialidade” e assim sendo, em outro setor, eles não

serão valorizados, tendo seu padrão de rendimentos certamente

diminuído.

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Como a Lei não pode ser injusta, ela mesma protege os ocupantes

desses cargos, garantindo-lhes o mesmo rendimento durante sua

quarentena.

A assertiva está correta.

Gabarito C

Da Perda do Mandato de Conselheiro

A Lei Geral de Telecomunicações dispunha em seu art. 26 sobre a perda de

mandato de conselheiro. Com a edição da lei que dispõe sobre a gestão de

recursos humanos nas Agências Reguladoras, a Lei 9.986/2000, esse artigo foi

revogado e entrou em sua substituição o art. 9º desta Lei.

Vejamos sua redação:

Art. 9o (Lei 9.986/2000) Os Conselheiros e os Diretores somente

perderão o mandato em caso de renúncia, de condenação judicial

transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar.

Parágrafo único. A lei de criação da Agência poderá prever outras

condições para a perda do mandato.

Inicialmente, há três condições que devemos memorizar:

1. Renúncia;

2. Condenação judicial transitada em julgado – é a decisão, pelos

órgãos do Poder Judiciário, da qual não cabe mais recurso, tornando-se

definitiva.

Enquanto o processo está em trâmite, mesmo havendo uma decisão

recorrível quanto à perda de mandato de conselheiro, ela não é válida,

permanecendo o dirigente no cargo.

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3. Pena demissória, resultante de condenação em processo

administrativo disciplinar – É uma decisão na esfera administrativa

que é hipótese de perda de mandato dos conselheiros da Anatel.

O parágrafo único nos informa que é possível haver outras formas de

perda de mandato além dessas. Estas devem estar prevista na lei de

criação da Agência (e também em suas alterações posteriores). A Lei

de Criação da Anatel não prevê nenhuma outra condição de perda de

mandato de conselheiro.

Questão 12. (CESPE – Anatel 2008 – Analista Administrativo -

Biblioteconomia) Os conselheiros e os diretores das agências

reguladoras somente perdem o mandato em caso de renúncia, de

condenação judicial transitada em julgado ou de processo

administrativo disciplinar, não podendo a lei de criação de a agência

prever outras condições para a perda do mandato.

Aqui vemos uma clara tentativa de ludibriar o candidato, com um

enunciado que é cópia fiel art. 9º da Lei 9.986/2000 e parágrafo único,

mas com uma modificação que lhe altera completamente o sentido no

final de sua redação.

Parágrafo único. A lei de criação da Agência poderá prever outras

condições para a perda do mandato.

ATENÇÃO CANDIDATO: SEMPRE LEIA OS ENUNCIADOS DAS QUESTÕES

ATÉ O SEU FINAL. NÃO TENTE LER OS PENSAMENTOS DO

EXAMINADOR E ACHAR QUE A QUESTÃO ESTÁ CORRETA OU ERRADA

SEM LER TUDO!!!

Assertiva errada

Gabarito E

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Disposições sobre o Presidente do Conselho Diretor da Anatel

Inicialmente cabe ressaltar que o art. 31 da LGT que dispunha originalmente

sobre o Presidente do Conselho Diretor (ou Presidente da Anatel) foi revogado

expressamente pela Lei 9.986/2000, ficando em seu lugar o parágrafo único

do art. 5º do mesmo diploma legal.

Parágrafo único (Lei 9.986/2000). O Presidente ou o Diretor-Geral ou

o Diretor-Presidente será nomeado pelo Presidente da República

dentre os integrantes do Conselho Diretor ou da Diretoria,

respectivamente, e investido na função pelo prazo fixado no ato de

nomeação.

Questão 13. (CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor

Legislativo – Adaptada) Julgue o item a seguir quanto à Anatel: O

presidente do Conselho Diretor é nomeado pelo presidente da República,

escolhido entre seus integrantes, e investido na função por cinco anos,

podendo ser reconduzido, no máximo, uma vez.

Inicialmente note que o prazo de investidura é aquele fixado no ato de

nomeação. Isso já torna o item errado.

Se tomarmos como base apenas a Anatel (lembre-se que a lei

supramencionada rege todas as agências reguladoras), a regra geral é

que o mandato do conselheiro seja de cinco anos, porém, se o

conselheiro vier a substituir algum outro que não completou seu

mandato, temos uma exceção, confirmando a incorreção da questão.

Mas não é só isso! Vimos que não é vedada a recondução, e que

tampouco, relativo à Anatel há alguma limitação para o número de vezes

que isso pode acontecer. Novamente, temos mais um erro.

Assertiva incorreta

Gabarito E

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Voltando à LGT, temos o seu art. 32, que mostra algumas especificidades do

cargo de Presidente do Conselho. É neste artigo que se encontra a única

definição de competência da Procuradoria da Anatel em toda a Lei.

Art. 32. Cabe ao Presidente a representação da Agência, o comando

hierárquico sobre o pessoal e o serviço, exercendo todas as

competências administrativas correspondentes, bem como a

presidência das sessões do Conselho Diretor.

Parágrafo único. A representação judicial da Agência, com

prerrogativas processuais de Fazenda Pública, será exercida pela

Procuradoria.

Questão 14. (CESPE – Anatel 2008 – Especialista em Regulação – Direito)

A representação judicial da ANATEL, sem prerrogativas processuais de

fazenda pública, será exercida pela procuradoria dessa agência.

Vimos que a Procuradoria possui prerrogativas processuais de fazenda

pública. Isso contraria o enunciado da questão, que fala “sem

prerrogativas processuais de fazenda pública”. A palavrinha “sem” torna

a assertiva errada.

Gabarito E

Competência do Conselho Diretor

Vamos ver agora as competências do Conselho Diretor da Anatel. É importante

frisar que estas estão contidas nas competências da própria entidade e sendo

assim, não vamos nos ater em muitos detalhes.

Art. 22. Compete ao Conselho Diretor:

I - submeter ao Presidente da República, por intermédio do Ministro

de Estado das Comunicações, as modificações do regulamento da

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Agência;

II - aprovar normas próprias de licitação e contratação;

III - propor o estabelecimento e alteração das políticas

governamentais de telecomunicações;

IV - editar normas sobre matérias de competência da Agência;

V - aprovar editais de licitação, homologar adjudicações, bem como

decidir pela prorrogação, transferência, intervenção e extinção, em

relação às outorgas para prestação de serviço no regime público,

obedecendo ao plano aprovado pelo Poder Executivo;

VI - aprovar o plano geral de autorizações de serviço prestado no

regime privado;

VII - aprovar editais de licitação, homologar adjudicações, bem como

decidir pela prorrogação, transferência e extinção, em relação às

autorizações para prestação de serviço no regime privado, na forma

do regimento interno;

VIII - aprovar o plano de destinação de faixas de radiofreqüência e de

ocupação de órbitas;

IX - aprovar os planos estruturais das redes de telecomunicações, na

forma em que dispuser o regimento interno;

X - aprovar o regimento interno;

XI - resolver sobre a aquisição e a alienação de bens;

XII - autorizar a contratação de serviços de terceiros, na forma da

legislação em vigor.

Parágrafo único. Fica vedada a realização por terceiros da fiscalização

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de competência da Agência, ressalvadas as atividades de apoio.

Gostaria de chamar sua atenção para o inciso IV deste art. 22 da LGT, pois é

passível de confusão com o inciso II do art. 18:

Serviços Prestados em Regime

Público

LGT, art. 18, II

Serviços Prestados em Regime

Privado

LGT art. 22, IV

PGO – Plano Geral de Outorgas PGA – Plano Geral de Autorizações

Quem aprova o plano, mediante

decreto, é o Poder Executivo

(Presidente da República)

Quem aprova o plano é o Conselho

Direto da Anatel

Art. 22. Compete ao Conselho Diretor:

VI - aprovar o plano geral de autorizações de serviço prestado no regime

privado;

Art. 18. Cabe ao Poder Executivo, observadas as disposições desta Lei, por

meio de decreto:

II - aprovar o plano geral de outorgas de serviço prestado no regime

público;

Questão 15. (CESPE – Câmara dos Deputados 2012 – Engenheiro

Eletrônico/Telecomunicações) Cabe ao Conselho Diretor da ANATEL a

aprovação do plano geral de metas para a universalização dos serviços

de telecomunicações no Brasil.

Vimos que quem aprova o PGMU, mediante decreto é o Poder Executivo

e não o Conselho Diretor da Anatel.

Assertiva incorreta

Gabarito E

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Questão 16. (CESPE – Anatel 2008 – Analista Administrativo -

Biblioteconomia) Compete ao Conselho Consultivo da ANATEL aprovar

normas próprias de licitação e contratação a serem realizadas pela

agência.

A redação do inciso II do art. 22 da LGT é a seguinte:

“Art. 22. Compete ao Conselho Diretor:

...

II - aprovar normas próprias de licitação e contratação;”

Portanto, esta não é uma das atribuições do Conselho Consultivo.

Veremos mais adiante que o Conselho Consultivo é um órgão opinativo,

ou seja, fornece consultas ao Conselho Diretor. Portanto, não está dentre

o seu rol de competências aprovar nada.

Assertiva errada

Gabarito E

Questão 17. (CESPE – Senado Federal 2002 – Consultor Legislativo)

Excluindo-se a fiscalização referente aos serviços de telecomunicações de

sua competência, é facultada à ANATEL a contratação de serviços de

terceiros no desempenho de suas atividades.

Questão que faz alusão ao art. 22, parágrafo único da LGT, que,

juntamente com o art. 59 dessa mesma Lei, trata sobre a terceirização

no âmbito da Anatel:

“Parágrafo único. Fica vedada a realização por terceiros da

fiscalização de competência da Agência, ressalvadas as

atividades de apoio.”

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Segundo sua redação, apenas as atividades de apoio podem ser

efetuadas por terceiros.

Este artigo é reforçado pelo art. 59, que veremos mais adiante e cuja

redação aqui copio:

“Art. 59. A Agência poderá utilizar, mediante contrato, técnicos ou

empresas especializadas, inclusive consultores independentes e

auditores externos, para executar atividades de sua competência,

vedada a contratação para as atividades de fiscalização, salvo para as

correspondentes atividades de apoio.”

Portanto, memorize a seguinte tabela:

Atividades de

Competência da

Agência

REGRA GERAL PODE TERCEIRIZAR.

EXEMPLOS: CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS,

ELABORAÇÃO DE NORMAS.

NÃO PODE TERCEIRIZAR A FISCALIZAÇÃO

Atividades de Apoio PODE TERCEIRIZAR TUDO

Como a regra geral é a terceirização das atividades da Agência, a

assertiva está correta.

Gabarito C

Instrumentos de transparência dos atos do Conselho Diretor da Anatel

O artigo a seguir nunca foi cobrado em provas. Estou colocando aqui, pois

agora com a recente publicação da Lei de Acesso à Informação, a

transparência e a publicidade são temas que podem ser cobradas.

Art. 21. As sessões do Conselho Diretor serão registradas em atas, que

ficarão arquivadas na Biblioteca, disponíveis para conhecimento geral.

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§ 1º Quando a publicidade puder colocar em risco a segurança do

País, ou violar segredo protegido ou a intimidade de alguém, os

registros correspondentes serão mantidos em sigilo.

§ 2º As sessões deliberativas do Conselho Diretor que se

destinem a resolver pendências entre agentes econômicos e entre

estes e consumidores e usuários de bens e serviços de

telecomunicações serão públicas, permitida a sua gravação por meios

eletrônicos e assegurado aos interessados o direito de delas obter

transcrições.

2.1.2 Conselho Consultivo

O Conselho Consultivo é um órgão opinativo da Anatel, sendo a

institucionalização da participação da sociedade na Agência. Suas principais

atribuições estão descritas no art. 35 da LGT.

Não há lei geral que obrigue as agências reguladoras a possuírem conselhos

consultivos, tanto que algumas possuem Conselhos Consultivos, como é o caso

da Anatel, da Agência Nacional de Aviação Civil – Anac e outras não, o que é o

caso da Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ, Agência

Nacional de Transportes Terrestres, Agência Nacional de Energia Elétrica –

Aneel, Agência Nacional de Cinema – Ancine e etc.

Art. 33. O Conselho Consultivo é o órgão de participação

institucionalizada da sociedade na Agência.

Essa participação se dá por membros de todas as partes interessadas na

regulação setorial.

Art. 34. O Conselho será integrado por representantes indicados pelo

Senado Federal, pela Câmara dos Deputados, pelo Poder Executivo,

pelas entidades de classe das prestadoras de serviços de

telecomunicações, por entidades representativas dos usuários e por

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entidades representativas da sociedade, nos termos do regulamento.

Parágrafo único. O Presidente do Conselho Consultivo será eleito

pelos seus membros e terá mandato de um ano.

O Conselho Consultivo da Anatel, segundo o Regulamento da Agência, é

composto de doze membros e decidirá por maioria simples.

Sendo assim, temos:

••• Dois representantes do Senado Federal;

••• Dois representantes da Câmara dos Deputados;

••• Dois representantes do Poder Executivo;

••• Dois representantes de entidades de classe das prestadoras de

serviços de telecomunicações;

••• Dois representantes de entidades representativas dos usuários;

••• Dois representantes de entidades representativas da sociedade.

É comum as bancas misturarem o Conselho Consultivo com o Conselho

Diretor, portanto, peço-lhe para ficar bem atento.

Questão 18. (CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor

Legislativo) Cabe ao presidente do Conselho Consultivo a representação

da Agência, além de exercer a presidência das sessões do Conselho

Diretor.

Essa questão se baseia no caput do art. 32, da LGT:

Art. 32. Cabe ao Presidente a representação da Agência, o comando

hierárquico sobre o pessoal e o serviço, exercendo todas as

competências administrativas correspondentes, bem como a presidência

das sessões do Conselho Diretor.

Obviamente que o “Presidente” referido no art. 32 é o Presidente da

Anatel e não o do Conselho Consultivo. Assertiva incorreta.

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Gabarito E

Art. 35. Cabe ao Conselho Consultivo:

I - opinar, antes de seu encaminhamento ao Ministério das

Comunicações, sobre o plano geral de outorgas, o plano geral de

metas para universalização de serviços prestados no regime público e

demais políticas governamentais de telecomunicações;

II - aconselhar quanto à instituição ou eliminação da prestação de

serviço no regime público;

III - apreciar os relatórios anuais do Conselho Diretor;

IV - requerer informação e fazer proposição a respeito das ações

referidas no art. 22.

Aqui podemos ver que as atividades são opinativas, consequentemente, são

não vinculantes, ou seja, caso o Conselho Consultivo proveja uma opinião da

qual o Conselho Diretor discorde, este não é obrigado a segui-la.

O Conselho Consultivo, de maneira geral, Opina sobre as matérias de

competência da Agência que são relativas ao setor. Matérias de competência

interna da Agência (por exemplo, nomeação e exoneração de servidores) estão

fora do alcance desse órgão.

Art. 36. Os membros do Conselho Consultivo, que não serão

remunerados, terão mandato de três anos, vedada a recondução.

§ 1° Os mandatos dos primeiros membros do Conselho serão de

um, dois e três anos, na proporção de um terço para cada período.

§ 2° O Conselho será renovado anualmente em um terço.

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O art. 36 da LGT versa sobre as características do Conselho Consultivo. Uma

série de outras particularidades suas estão previstas no decreto n.º

2.338/1997, o Regulamento da Anatel.

Art. 37. O regulamento disporá sobre o funcionamento do Conselho

Consultivo.

Vamos comparar as características de ambos os conselhos?

Esta é uma tabela muuuuuuito importante. Sugiro imprimi-la e colar na porta

de sua geladeira (risos).

Conselho Diretor Conselho Consultivo

O que faz? Dirige a Agência Opina sobre as matérias

de competência da

Agência que são relativas

ao setor

Número de Membros 5 12

Nacionalidade Brasileiros Não há exigências

Qualificação Reputação ilibada,

formação universitária e

elevado conceito no

campo de sua

especialidade

Compatíveis com as

matérias afetas ao

colegiado

Escolha dos Membros Presidente da República - Representantes do

Poder Executivo –

Presidente da República

- Representantes do

Senado e da Câmara dos

Deputados – Indicação

de cada uma das casas

legislativas, remetida

trinta dias antes do

vencimento do mandato

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do respectivo membro

do conselho consultivo.

- Demais entidades –

Entidade indica lista com

três nomes para cada

vaga.

Aprovação dos Membros Senado Federal Presidente da República

Mandato 5 anos 3 anos

Recondução Permitida Vedada

Mandato do Presidente Vem especificado no

decreto de nomeação

1 ano

Escolha do Presidente Presidente da República Eleição pelo próprio

conselho

Renovação anual Tipicamente, 1/5 por ano 1/3 por ano

Mandato dos primeiros

membros

Três, quatro, cinco, seis

e sete anos

Um, dois e três anos.

Membro recebe

remuneração?

SIM NÃO

Quórum de decisão Maioria absoluta Maioria simples, voto de

desempate do Presidente

do Conselho Consultivo

Bem, queridos alunos... Chegamos ao final do Título II do Livro II da Lei Geral

de Telecomunicações.

Questão 19. (CESPE – Anatel 2004 – Analista Administrativo – Geral) O

Conselho Consultivo da ANATEL, além de ser o órgão que reflete a

participação institucionalizada da sociedade na agência, tem como

presidente um de seus membros eleito por seus pares para um

mandato de um ano.

Essa é uma excelente caracterização do Conselho Consultivo da Anatel.

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Vamos ver seus fundamentos na LGT?

Art. 33. O Conselho Consultivo é o órgão de participação

institucionalizada da sociedade na Agência.

Art. 34.

...

Parágrafo único. O Presidente do Conselho Consultivo será eleito pelos

seus membros e terá mandato de um ano.

Dois dispositivos copiados na íntegra da Lei. Assertiva correta

Gabarito C

(CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor Legislativo) A respeito

do conselho consultivo, julgue os seguintes itens.

Questão 20. (CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor

Legislativo) É integrado por representantes indicados pelo Senado

Federal, pela Câmara dos Deputados, pelo Poder Executivo, pelas

entidades prestadoras de serviços de telecomunicações, por entidades

representativas dos usuários e por entidades representativas da

sociedade.

Correta assertiva fundamentada no art. 34 da LGT.

Art. 34. O Conselho será integrado por representantes indicados pelo

Senado Federal, pela Câmara dos Deputados, pelo Poder Executivo,

pelas entidades de classe das prestadoras de serviços de

telecomunicações, por entidades representativas dos usuários e por

entidades representativas da sociedade, nos termos do regulamento.

Gabarito C

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Questão 21. (CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor

Legislativo) O presidente do Conselho Consultivo é nomeado pelo

presidente da República, escolhido entre seus integrantes, e investido na

função por três anos, podendo ser reconduzido, no máximo, uma vez.

Realmente, o Presidente do Conselho Consultivo é nomeado pelo

Presidente da República e escolhido entre seus integrantes, mas vimos

que, segundo o parágrafo único do art. 34, temos:

Parágrafo único. O Presidente do Conselho Consultivo será eleito pelos

seus membros e terá mandato de um ano.

Mas não contente com isso, o elaborador da questão ainda colocou que o

presidente do Conselho Consultivo poderá ser reconduzido uma única

vez. Note que a Legislação da Anatel é omissa quanto a essa

recondução, portanto ela é presumidamente proibida.

Assertiva Errada

Gabarito E

Questão 22. (CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor

Legislativo) O Conselho Consultivo é renovado anualmente em um terço.

Literalidade do art. 36, §2º da LGT.

O Conselho Consultivo é renovado anualmente em um terço.

Assertiva correta.

Gabarito C

Questão 23. (CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor

Legislativo) Tem como uma das suas funções apreciar os relatórios

anuais do Conselho Diretor e emitir parecer que será apreciado pelo

Congresso Nacional.

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Questão que explora o art. 35 da LGT, que lista as competências do

Conselho Consultivo.

Veja a redação do seu inciso III:

III - apreciar os relatórios anuais do Conselho Diretor;

Não há qualquer referência à emissão de parecer para o Congresso

Nacional, e nem poderia. A interface da Agência com outros órgãos é

feita através do Conselho Diretor.

Assertiva errada.

Gabarito E

Gostaria de me despedir de vocês por enquanto e desejar ótimos estudos,

deixando a lista de questões resolvidas em aula para que vocês treinem.

Um grande abraço.

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3. Questões

Questão 1. (CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor

Legislativo) Os mandatos dos primeiros membros do Conselho Diretor são

de três, quatro, cinco, seis e sete anos, conforme estabelecido no decreto

de nomeação.

Questão 2. (CESPE – Câmara dos Deputados 2012 – Engenheiro

Eletrônico/Telecomunicações) O Conselho Diretor, órgão superior da

ANATEL, é composto por cinco conselheiros, escolhidos pelo presidente da

República e por ele nomeados após a aprovação dos nomes pelo Senado

Federal.

Questão 3. (CESPE – Anatel 2008 – Analista Administrativo -

Biblioteconomia) O presidente, o diretor-geral ou o diretor-presidente das

agências reguladoras devem ser escolhidos pelo presidente da República e

por ele nomeados, após aprovação pelo Senado Federal.

Questão 4. (CESPE – Anatel 2006 – Analista Administrativo) O presidente

ou diretor-geral ou diretor-presidente e os demais membros do conselho

diretor e da diretoria das agências reguladoras devem ser brasileiros natos,

escolhidos pelo presidente da República e por ele nomeados, após

aprovação pelo Senado Federal.

(CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor Legislativo) A respeito do

Conselho Diretor da ANATEL, julgue os itens que se seguem.

Questão 5. (CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor

Legislativo) É composto apenas por conselheiros que sejam brasileiros

natos, com formação universitária e elevado conceito na área de sua

especialidade.

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Questão 6. (CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor

Legislativo) Os conselheiros são indicados pelo Ministério das Comunicações

e nomeados pelo presidente da República, após aprovação da Câmara dos

Deputados e do Senado Federal.

Questão 7. (CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor

Legislativo) Aos conselheiros é vedado o exercício de qualquer outra

atividade profissional, sindical ou de direção políticopartidária, salvo a de

professor universitário.

Questão 8. (CESPE – Anatel 2008 – Analista Administrativo) O ex-

dirigente de agência reguladora fica impedido para o exercício de atividades

ou de prestar qualquer serviço no setor regulado pela respectiva agência,

por um período de quatro meses, contados da exoneração ou do término do

seu mandato.

(CESPE – Anatel 2006 – Analista Administrativo) Situação Problema: Três

meses após ter tomado posse para cumprir o seu mandato, um diretor da

ANATEL foi exonerado a pedido e, em razão de sua experiência no setor, foi

contratado, logo após a exoneração, para prestar consultoria a uma

empresa ligada ao setor de telecomunicações.

Com base na situação hipotética acima, julgue os itens que se seguem.

Questão 9. (CESPE – Anatel 2006 – Analista Administrativo) A esse ex-

diretor não se aplica nenhum impedimento para prestação de qualquer tipo

de serviço a empresa integrante do setor regulado pela agência.

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Questão 10. (CESPE – Anatel 2006 – Analista Administrativo – Adaptada)

Ainda em relação à situação problema anterior, se houver algum tipo de

impedimento à prestação desse serviço, o crime cometido pelo ex-diretor é,

nos termos da lei que dispõe sobre a gestão de recursos humanos das

agências reguladoras, o de advocacia administrativa.

Questão 11. (CESPE – Anatel 2008 – Analista Administrativo -

Biblioteconomia) Durante o período de impedimento para o exercício de

atividades no setor regulado, o ex-dirigente de agência reguladora ficará

vinculado à agência, fazendo jus a remuneração compensatória equivalente

à do cargo de direção que exerceu e aos benefícios a ele inerentes.

Questão 12. (CESPE – Anatel 2008 – Analista Administrativo -

Biblioteconomia) Os conselheiros e os diretores das agências reguladoras

somente perdem o mandato em caso de renúncia, de condenação judicial

transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar, não

podendo a lei de criação de a agência prever outras condições para a perda

do mandato.

Questão 13. (CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor

Legislativo – Adaptada) Julgue o item a seguir quanto à Anatel: O

presidente do Conselho Diretor é nomeado pelo presidente da República,

escolhido entre seus integrantes, e investido na função por cinco anos,

podendo ser reconduzido, no máximo, uma vez.

Questão 14. (CESPE – Anatel 2008 – Especialista em Regulação – Direito)

A representação judicial da ANATEL, sem prerrogativas processuais de

fazenda pública, será exercida pela procuradoria dessa agência.

Questão 15. (CESPE – Câmara dos Deputados 2012 – Engenheiro

Eletrônico/Telecomunicações) Cabe ao Conselho Diretor da ANATEL a

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aprovação do plano geral de metas para a universalização dos serviços de

telecomunicações no Brasil.

Questão 16. (CESPE – Anatel 2008 – Analista Administrativo -

Biblioteconomia) Compete ao Conselho Consultivo da ANATEL aprovar

normas próprias de licitação e contratação a serem realizadas pela agência.

Questão 17. (CESPE – Senado Federal 2002 – Consultor Legislativo)

Excluindo-se a fiscalização referente aos serviços de telecomunicações de

sua competência, é facultada à ANATEL a contratação de serviços de

terceiros no desempenho de suas atividades.

Questão 18. (CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor

Legislativo) Cabe ao presidente do Conselho Consultivo a representação da

Agência, além de exercer a presidência das sessões do Conselho Diretor.

Questão 19. (CESPE – Anatel 2004 – Analista Administrativo – Geral) O

Conselho Consultivo da ANATEL, além de ser o órgão que reflete a

participação institucionalizada da sociedade na agência, tem como

presidente um de seus membros eleito por seus pares para um mandato de

um ano.

(CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor Legislativo) A respeito

do conselho consultivo, julgue os seguintes itens.

Questão 20. (CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor

Legislativo) É integrado por representantes indicados pelo Senado Federal,

pela Câmara dos Deputados, pelo Poder Executivo, pelas entidades

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prestadoras de serviços de telecomunicações, por entidades representativas

dos usuários e por entidades representativas da sociedade.

Questão 21. (CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor

Legislativo) O presidente do Conselho Consultivo é nomeado pelo presidente

da República, escolhido entre seus integrantes, e investido na função por

três anos, podendo ser reconduzido, no máximo, uma vez.

Questão 22. (CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor

Legislativo) O Conselho Consultivo é renovado anualmente em um terço.

Questão 23. (CESPE – Câmara dos Deputados 2002 – Consultor

Legislativo) Tem como uma das suas funções apreciar os relatórios anuais

do Conselho Diretor e emitir parecer que será apreciado pelo Congresso

Nacional.

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4. Gabaritos

1 C 2 C 3 C 4 E 5 X 6 E 7 C 8 C 9 E 10 C

11 C 12 E 13 E 14 E 15 E 16 E 17 C 18 E 19 C 20 C

21 E 22 C 23 E

5. Bibliografia • Coleção Brasileira de Direito das Telecomunicações Vol. IV Normas e Julgados do Setor de Telecomunicações [Atualizado até 30/12/2010] 2011

• Introdução ao Estudo da Lei Geral de Telecomunicações do Brasil Alejandra Herrera, Editora Singular, 2001

• Fundamentos de Direito das Telecomunicações Gabriel Boavista Laender et all. Anatel/Fundação Universidade de Brasília, 2009