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Centro Universitário Fundação Educacional Inaciana Pe. Sabóia de Medeiros QM 7530 Fenômenos de Transporte III - Introdução - Prof. Dr. Rodrigo Condotta

(Aula 01)Introdução Trocadores de Calor

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Introdução sobre trocadores de calor !mais conhecido como Fenomenos de tranporte 3

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  • Centro Universitrio Fundao Educacional Inaciana Pe. Sabia de Medeiros

    QM 7530

    Fenmenos de Transporte III

    - Introduo -

    Prof. Dr. Rodrigo Condotta

  • QM 7530 - Fenmenos de Transporte III

    Rodrigo Condotta 2

    TROCADORES DE CALOR

    Troca de calor entre 2 fluidos => aquecimento de um e resfriamento do outro

    No h mistura entre os fluidos => parede (metlica na maioria)

    Os trocadores podem ser definidos ou classificados pelo tipo de servio que realizam.

    A referncia o fluido principal.

    TROCADORES / RECUPERADORES => duas correntes do processo

    CONDENSADORES => Vapor condensando e gua RESFRIADORES => Fluido do processo e gua

    AQUECEDORES => Fluido do processo e vapor (leo trmico)

    REFERVEDORES => Fonte de calor (vapor) para coluna de destilao

    EVAPORADORES => Concentrar solues

    PRINCIPAIS TIPOS DE TROCADORES DE CALOR

    DUPLO TUBO (Double Pipe)

    CASCO E TUBOS (Shell and Tube)

    DE PLACAS (Plate)

    OUTROS: Serpentinas, Camisas, Baioneta- etc.

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    SELEO DE TROCADORES DE CALOR

    A seleo de trocadores de calor envolve diversos fatores:

    1- Requisitos trmicos e hidrulicos : - carga trmica - temperaturas de entrada e sada dos fluidos - perda de carga - presso e temperaturas mximas admissveis

    2- Compatibilidade com fluidos : - os materiais de construo dos trocadores devem ser compatveis com os fluidos - exemplos de materiais: ao, cobre, alumnio, ao inox, nquel, titnio, materiais vitrificados.

    3- Manuteno : - as caractersticas das correntes de processo devem ser consideradas tendo em mente aspectos como a limpeza

    (qumica e mecnica) e substituio das partes dos trocadores.

    4- Disponibilidade: - projetos padres (prazo de entrega do projeto) - realocao de um trocador j existente dentro da empresa (custo)

    5- Fatores Econmicos : - estudo de todos os aspectos gerais.

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    DIFERENA DE TEMPERATURA EM UM TROCADOR

    contracorrente paralelo

    Numa posio x qualquer do trocador, as temperaturas quente e fria dos fluidos so T e t, respectivamente.

    OBS: t2 > T2 somente na configurao contracorrente.

    terminal frio

    t2

    terminal quente

    t1

    terminal entrada

    terminal sada

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    COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSMISSO DE CALOR

    UA = UoAo = UiAi =

    oo

    io

    ii AhkL

    rr

    Ah

    R 1

    2

    ln1

    11

    (1)

    A referncia adotada a rea externa do tubo interno: UA = UoAo

    U = Uo =

    o

    ioo

    ii hrr

    k

    r

    Ah

    A 1ln

    1

    (2)

    Devido a incrustao de material nas paredes do tubo, uma nova resistncia trmica gerada. O valor do fator de incrustao Rd

    adicionado na equao do coeficiente global de transferncia de calor Ud :

    UdA = Ao

    R

    Ai

    R

    AhkL

    rr

    Ah

    R odid

    oo

    io

    ii

    ,,1

    2

    ln1

    11

    (3)

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    FATORES DE INCRUSTAO

    Incrustao (Fouling): qualquer depsito indesejvel em superfcies de transmisso de calor que aumenta as resistncias

    transferncia de calor e ao escoamento

    Em Equipamentos de Transmisso de Calor: ocorre a formao de depsitos nas superfcies interna e externa dos tubos (devido

    diversas razes, sedimentao, corroso, cristalizao, etc.)

    Os fatores de incrustao referem-se apenas transmisso de calor: so resistncias transferncia de calor reduzem o valor de Coeficiente Global de Transferncia de calor (U).

    SioC hhU

    111 UC = coef. global transferncia de calor para equipamento limpo (clean)

    d

    SioD

    RhhU

    111

    UD = coef. global de projeto onde dodid RRR

    No projeto tenta-se compensar a reduo na transf. de calor devido incrustao, considerando os fatores Rd, a rea de troca vai

    aumentar.

    TAUQ D

    Sempre que possvel utilizar valores de Rd experimentais.

    H tabelas (TEMA) que fornecem valores de Ri. Estes valores so utilizados para ~ I ano de operao, embora nenhuma

    referncia ao tempo seja feita. Usar com cautela.

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    EFEITO DE Rd NO COEF. GLOBAL DE TRANSF. DE CALOR (U)

    Rd afetado por temperatura, velocidade, superfcie metlica

    Supor Ri = 0,003 (h ff F) IBtu

    Se U, = 400 Btu /( h ft2 F) ~ UD = 182 e a rea ser aumentada em (400-182/182) = 119 % devido incrustao

    Se U, = 60 Btu /( h W F) => UD = 51 e a rea ser aumentada em (60-51/51) = 17,6 % devido incrustao

    Inicio do projeto:

    Adota-se um valor de Rd para projetar o equipamento.

    Aps o termino do projeto

    Constatou-se que Rd depositado (real) > Rd adotado.

    O QUE OCORRER ?

    O EQUIPAMENTO NO MAIS FAR O SERVIO O calor trocado ser menor que o especificado no projeto

    O trocador estar SUB DIMENSIONADO a partir de um determinado instante o trocador estar subdimensionado.

    O equipamento dever ser limpo.

    Deve-se refazer o projeto, adotando-se este novo valor de Rd real (depositado).

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    MDIA LOGARITMICA DE TEMPERATURA (MLDT ou LMDT)

    As temperaturas conhecidas so as de entrada e sada dos fluidos quente e frio, T1, T2, t1 e t2 respectivamente.

    Hipteses:

    1- U e Cp constantes em todo o comprimento L do trocador 2- Vazes constantes (W e w constantes) 3- Perdas de calor desprezveis (qq = qf)

    Para a configurao contracorrente, tempos os terminais quentes e frios, estabelecidos por t1 = T1 t2 e t2 = T2 t1

    No estado permanente:

    dAxtxTUdQ .)()( (4) dTdACpWdtcpwdQ .... (5)

    Fazendo um balano do fluxo de calor da esquerda para a direita com x variando de 0 a x, temos:

    12 )(..)(. txtcpwTxTCpW (6)

    E isolando-se T(x):

    12.

    .txt

    cpw

    CpWTxT (7)

    Substituindo (7) em (5), temos:

    dAttcpw

    CpWTUdtcpwdQ

    12

    .

    ... (8)

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    Isolando-se as variveis t e A:

    12.

    ..tt

    cpw

    CpWT

    dtdA

    cpw

    U

    (9)

    Integrando x de 0 a L (ou seja, A de 0 a A) e dt de t1 a t2:

    112

    2122

    112

    0 1.

    .

    .

    .

    1.

    .

    .

    .

    ln

    1.

    .

    1

    .

    .

    .

    1

    .t

    cpw

    CpWt

    cpw

    CpWT

    tcpw

    CpWt

    cpw

    CpWT

    cpw

    CpWcpw

    UAdt

    ttcpw

    CpWT

    dAcpw

    Ut

    t

    A

    12

    2122.

    .

    ln

    1.

    .

    1

    . tT

    tttcpw

    CpWT

    cpw

    CpWcpw

    UA

    (10)

    De (7) temos que para x = L, temos que T(x = L) = T1 e t(x = L) = t1:

    1221.

    .tt

    cpw

    CpWTT (11)

    Ou

    12

    21

    .

    .

    tt

    TT

    cpw

    CpW

    (12)

    Substituindo (11) em (10):

    12

    21ln

    1.

    .

    1

    . tT

    tT

    cpw

    CpWcpw

    UA

    (13)

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    e posteriormente substituindo (12) em (13):

    12

    21

    1221

    12

    12

    21

    12

    21

    ln.

    ln

    1

    1

    . tT

    tT

    ttTT

    tt

    cpw

    UA

    tT

    tT

    tt

    TTcpw

    UA

    Qttcpw

    tT

    tT

    tTtTUA

    tT

    tT

    tTtT

    tt

    cpw

    UA

    12

    12

    21

    1221

    12

    21

    1221

    12 .

    ln

    ln.

    Qttcpw

    tT

    tT

    tTtTUA

    12

    12

    21

    1221 .

    ln (14)

    MLDTUAtUA

    tt

    ttUAQ

    ln

    1

    2

    12

    ln (15)

    Se U variar linearmente com t, obtm-se:

    11

    22

    1122

    ..

    ln

    ..

    tUtU

    tUtUAQ

    (16)

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    TEMPERATURA CALRICA

    - U no constante; a viscosidade do fluido decresce a medida que ele aquecido.

    - Outros parmetros tambm variam com a temperatura: h, k, Cp.

    onde:

    Figura 1: Representao grfica de Fc.

    para fluidos no to viscosos, a temperatura calrica pode ser aproximada pela mdia aritmtica das temperaturas do processo.

    cc

    c

    c

    cc

    cc

    k

    r

    k

    rr

    kF

    ttFtt

    TTFTT

    1

    ln

    1ln1

    11

    121

    212

    q

    f

    f

    fq

    c

    t

    tr

    U

    UUk

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    TEMPERATURA NA PAREDE DO TUBO

    a referncia a temperatura da parede externa do tubo interno: tw

    Fluido quente na regio anular: ou

    Fluido quente no interior do tubo: ou

    ccoio

    iocw

    cc

    oio

    ocw

    tThh

    htt

    tThh

    htt

    ccoio

    ocw

    cc

    oio

    iocw

    tThh

    hTt

    tThh

    hTt

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    COEFICIENTES PELICULARES P/ FLUIDOS

    depende do tipo de escoamento:

    (Kern, pg 76):

    - Re < 2100 (no interior dos tubos):

    - Re > 10000 (no interior dos tubos):

    (Trevisanm pg 101):

    - Re > 2300 (no interior dos tubos): onde n = 0,4 para fluido aquecendo

    n = 0,3 para fluido resfriando

    - leo em tubos: (no aquecimento) 63,0034,0

    vhqauec lembrando: qauecresfr hh

    4

    3

    onde: v em (ft/h) e em (lb/ft.h)

    - gua em tubos: 2,08,0

    1000134,0di

    vThgua onde: v em (ft/h), di em (ft) e T em (F)

    14,02

    1

    86,1

    w

    i

    L

    D

    k

    cDG

    k

    Dh

    14,03

    15

    4

    027,0

    w

    i

    k

    cDG

    k

    Dh

    n

    i

    k

    cDG

    k

    Dh

    54

    023,0

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    (Incropera)

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    S1

    S2

    DIAMTRO EQUIVALENTE

    para seo anular do trocador, deve-se encontrar o dimetro

    equivalente De:

    Definio:

    Deq: (4 vezes a rea de Escoamento) / (Permetro Molhado)

    Perda de carga: as superfcies S1 e S2 contribuem para a perda de carga

    do fluido que escoa na seo anular da figura:

    Transmisso de calor: supondo uma troca de calor ideal, a transferncia de calor s se d atravs da superfcie S1 e, portanto,

    somente ela ser computada no permetro molhado da expresso:

    1212

    2

    1

    2

    2)(

    4

    4DD

    DD

    DDDe atrito

    1

    2

    1

    2

    2

    1

    2

    1

    2

    2)(

    4

    4

    D

    DD

    D

    DDDe calor

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    TROCADOR DE CALOR DUPLO TUBO

    Figura 1: Esquemas de trocadores de calor do duplo tubo.

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    Construo : dois tubos concntricos; so necessrios vrios grampos (hairpin)

    tubos lisos ou aletados

    Vantagens: facilidade de construo, ampliao e manuteno

    podem operar em contracorrente ou paralelo

    utilizado quando um trocador CASCO e TUBOS no a melhor soluo econmica

    Limitaes: baixas vazes,

    Q < 500 kW

    Dimenses: comprimento: de 4 a 20 ft

    tubo externo: de 2 a 4 in

    tubo interno: de 3/4 a 3 in

    rea de troca: at 30 m2

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    TROCADOR DE CALOR CASCO E TUBOS

    Figura 2: Esquema de um trocador de calor do tipo casco e tubos.

    Partes do trocador:

    1- Casco ou carcaa Shell

    2- Espelho Tubesheet

    3- Carretel Channel

    4- Tampa do carretel Channel cover

    5- Chicanas Baffles

    6- Espaadores de chicanas Baffle spacer

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    Caractersticas:

    o trocador de calor mais comum utilizado na indstria qumica.

    Pode ser projetado praticamente para qualquer aplicao.

    Normalmente o nico tipo que pode ser usado para grandes reas, com presses acima de 30 bar e temperaturas> 2600 C.

    Fornece grandes reas de troca; ampla faixa de vazo, presso e temperatura

    Vrios materiais de construo indicado para fluidos corrosivos

    Pode operar com lquidos, gases, vapores (condensadores e vaporizadores)

    Configurao horizontal ou vertical

    Diversos mtodos de projeto disponveis

    TUBOS DO FEIXE

    normalmente lisos, mas podem ser aletados

    disponveis em vrios materiais, comprimentos, dimetros e espessura de parede. Norma BWG.

    DIMENSOES DOS TUBOS:

    mais conveniente construir trocadores longos com menores dimetros de casco (a rea de troca mais barata com tubos

    de dimetros pequenos e comprimentos longos).

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    Comprimento dos tubos:

    Fator mais importante => "lay-out" da instalao (espao para retirada do feixe, se necessrio). No havendo limitao,

    tubo o mais longo disponvel no mercado

    Padronizao dos trocadores da unidade => tubos reserva e materiais para limpeza.

    Padro 8,12, 16, 20 e 24 ft

    Dimetro dos tubos:

    Compromisso entre natureza da incrustao do fluido, espao disponvel e custo.

    Mais utilizados: de = 3/4 ou 1 in

    Fluidos limpos: de = 1/4 in ;

    leos pesados: de = 2 in ou mais

    Padro 1/4, 3/8, 1/2, 5/8, 3/4, 1, 11/4

    ,11/2

    , 2, 21/2

    in.

    TEMA: tabelas de dimetros para cada classe mecnica Classes R, C e B

    DISPOSIO DOS TUBOS (Tube Pitch):

    TEMA: 4 disposies (arranjos) com relao direo do escoamento:

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    Passo "Pitch" (PT): distncia de centro a centro entre dois tubos adjacentes.

    Na Prtica: no deve ser menor que 1,25.de (exceto de 1/2 com fluidos limpos)

    Nomenclaturas: "Pitch ratio" = Pr/de;

    Abertura C' ;

    PT = C' + de

    Arranjo triangular => trocador mais compacto (mais tubos)

    satisfatrio para fluidos limpos Rd 0,002 (ft.F.Btu/h) (no casco) ou limpeza qumica

    no adequado quando necessria limpeza mecnica

    Sendo necessria limpeza mecnica => arranjo quadrado e Abertura (C') mnima de 1/4 in (6,35 mm), acesso a todos os

    tubos.

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    CASCO

    Feito a partir de chapa metlica soldada ("rolled shell') ou para dimetros de at 24 in com tubos que seguem a norma IPS.

    Tamanhos tpicos: de 8 a 60 in (existem maiores que 120 in)

    A dimenso citada o dimetro interno (DI ou Di).

    Di de 12 a 24 in com espessura de 3/8 in suportam presses de 300 psi (20 atm)

    PLACAS DE IMPACTO

    para proteger os tubos do impacto devido entrada da alimentao, principalmente quando h partculas slidas.

    so planas ou curvas, com 6 mm de espessura, um pouco maior que o bocal.

    necessrio que alguns tubos sejam retirados do feixe.

    CHICANAS

    O espaamento padronizado segundo TEMA

    Tipos de Chicana:

    em geral temos 3 tipos de chicanas

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    Segmentadas ou Cortadas: corte de 25 % o mais comum (corte mx. 50 %)

    Figura 3: Chicanas Segmentadas

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    Disco e Anel: pouco usadas

    Figura 4: Chicanas tipo Disco e Anel

    de Orifcio: pouco usadas (1/16" a 1/8" maior que de)

    Figura 5: Chicanas de Orifcio

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    NMERO DE PASSAGENS DOS FLUIDOS NUM TROCADOR CASCO E TUBOS

    Designao: n de passagens (passes) do fluido da carcaa - N de passagens (passes) do fluido do tubo. Exemplo 1-1, 1-2, 3-6

    etc. (o primeiro se refere ao nmero de passagens no interior do casco e o segundo no interior dos tubos).

    TROCADOR l-1

    Figura 6: Trocador 1-1

    TROCADOR 1-2

    Figura 7: Trocador 1-2

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    Rodrigo Condotta 26

    TROCADOR 2-4

    Figura 8: Trocador 2-4

    Ateno:

    mais que 2 passes num casco impraticvel

    existem configuraes 3-6, 4-8, 5-10, etc., que so constitudas por associaes de trocadores mais simples (exemplo: um

    trocador 3-6 uma associao de 3 trocadores 1-2 em srie)

    COMO FICA O t ? paralelo ou contracorrente

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    Treal PARA TROCADORES COM MULTIPLAS PASSAGENS

    Exemplo:

    trocador 1-2: metade das passagens em contracorrente e metade em paralelo.

    a diferena de temperatura mdia verdadeira (real) ser menor que a (LMTD) contracorrente.

    definido um fator F ou FT

    TentecontracorrREAL

    entecontracorr

    REALT FLMTDt

    LMTD

    tF

    )()(

    )(

    )(

    ATENO: Equao de projeto Q = UA (t)real

    H grficos que fornecem FT em funo de dois adimensionais de temperatura (R e S) e do nmero de passagens no casco:

    11

    12

    12

    21 ;tT

    ttS

    tt

    TTR

    No projeto, FT define o nmero de passagens no casco.

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    Figura 9: Grfico de FC para trocador 1-2

    Exemplo:

    Um trocador cujas temperaturas de operao

    resultam em:

    R = 1,0 e S = 0,6

    ter necessriamente a configurao 2-4 (ou superior),

    mas nunca a configurao 1-2 (ver figuras 9 e 10).

    Figura 10: Grfico de FC para trocador 2-4.

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    CONFIGURAO TEMA

    Aps a definio do nmero de passagens no casco e nos tubos, pode-se adotar uma configurao TEMA para o trocador.

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    TEMPERATURA:

    Aproximao, cruzamento e encontro ("Approach, cross e meet")

    A diferena entre as temperaturas de sada dos 2 fluidos (T2 e t2) tem significado trmico e introduz a terminologia de

    aproximao, cruzamento e encontro de temperaturas.

    quando t2 < T2 h uma aproximao

    quando t2 > T2 h um cruzamento

    quando t2 = T2 h um encontro

    com operao em paralelo s possvel ocorrer aproximao.

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    Rodrigo Condotta 31

    TROCADORES CASCO E TUBOS: CONFIGURAES MECNICAS

    1-Espelho Fixo: espelho soldado carcaa feixe no removvel

    Fluido do casco no incrustante ou possvel limpeza qumica

    Pode haver problemas de expanso diferencial juntas de expanso.

    H trocadores deste tipo com 22 m de comprimento (feixe).

    Figura 11: Trocador 1-1 de espelho fixo e carretel

    Figura 12: Trocador 1-2 de espelho fixo e bonnet (esquerda) e carretel (direita)

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    2- Espelho ou cabeote flutuante: um espelho fixo (no soldado ao casco, enquanto o outro livre para expandir.

    Feixe removvel limpeza mecnica na parte externa dos tubos.

    Feixe limitado 9 m e 20 t

    Figura 13: Trocadores 1-2 com espelho flutuante (esquerda) e fixo (direita)

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    3- Tubos em U: feixe removvel, mas de difcil limpeza mecnica no interior dos tubos

    possui somente 1 espelho

    no apresenta problema de expanso diferencial

    a substituio de tubos internos ao feixe impossvel

    area de troca a parte reta dos tubos

    pode ser mais econmico que o espelho fixo com junta de expanso

    Figura 14: Trocador 1-2 com tubos em U

    RECOMENDAES PARA A ESCOLHA (Goldsdtein)

    INDICAO DE CUSTO (ordem crescente): Espelho Fixo -- Tubos em U - Cabeote flutuante

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    CRITRIOS PARA ESCOLHA DO LADO DE ESCOAMENTO

    Qual fluido vai escoar pelo tubo e qual pelo casco?

    Segundo Goldstein: por facilidade de manuteno e limpeza: o fluido com caracterstica em posio mais alta na lista que segue

    colocado nos tubos.

    gua de resfriamento

    fluidos corrosivos e incrustantes

    fluido menos viscoso

    fluido operando a presso mais elevada

    fluido com menor vazo

    vapor de gua condensando (outros vapores pelo casco)

    no havendo restries de processo considerar as duas configuraes. O mesmo vale quando h conflito de recomendaes

    (tentar identificar tambm a mais importante).

    Segundo Saunders:

    Lado dos Tubos Lado do Casco

    altas presses menor vazo

    altas temperaturas mais viscoso

    corrosivo baixo h

    incrustante (exceto tubo em U)

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    TROCADOR DE CALOR DE PLACAS

    suporte onde placas independentes de metal sustentadas por barras so presas entre uma extremidade mvel e outra fixa.

    formam-se canais entre placas adjacentes por onde os fluidos escoam.

    a troca de calor se d atravs de cada placa: de um lado o fluido frio e do outro o fluido quente.

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    PLACAS

    feitas por prensagem: corrugaes (placas corrugadas)

    materiais que podem ser prensados: normalmente materiais nobres como ao inox, titnio, ligas titnio-paldio.

    corrugaes: oferecem resistncia placa e turbulncia aos fluidos

    vrios tipos: "tbua de lavar roupa" e "espinha de peixe".

    CARACTERSTICAS E DIMENSES DAS PLACAS

    espessura: de 0,5 a 3 mm

    canais de escoamento: de 2 a 5 mm => deq = 4 a 10 mm

    dimenses: maior placa 4,3 x l,1 m

    rea de troca: de 0,01 a 3,6 m2

    relao comprimento/largura: 1,8

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    JUNTAS DE VEDAO (Gaskets)

    evitar vazamentos externos, direcionar os fluidos para no ocorrer mistura entre eles.

    principais materiais utilizados e limitaes

    elastmeros: comprimidas 25% da sua espessura

    borrachas nitrlica, butlica, Viton, fibra de amianto

    limitadas quanto a temperatura de processo

    Material Tmx(C) Aplicao

    Acriloni trila- butadieno 135 Gorduras

    Isobutileno-iso reno 150 Aldeidos, cetonas

    etileno- ro ileno (EPDM) 150 Grande variedade

    Viton (fluorcarbono) 175 combustveis, leos minerais,

    vegetais. e animais.

    Fibra de amianto comprimido 260 solventes orgnicos

    pouco usada devido baixa elasticidade

    PLACAS CONECTORAS

    opera com 3 ou mais fluidos em uma unidade => pasteurizao

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    VANTAGENS E RESTRIES :

    sempre surgem comparaes com os Casco e Tubos

    ser vivel somente se :

    a) presso de operao < 30 bar

    b) temperaturas < 180 C (260 C com fibra amianto, mas com menores presses)

    c) vcuo no muito elevado

    d) volumes moderados de gases e vapores, com ou sem mudana de fase

    Vantagens

    Facilidade de acesso superfcie de troca, troca de placas, facilidade de limpeza indstria de alimentos: uso consagrado.

    Flexibilidade: alterao de rea de troca, substituio de placas

    Fornece grandes reas de troca ocupando pouco espao compactos comparados com Casco e Tubos

    Pode operar com mais de 2 fluidos pasteurizao

    Elevados coeficientes de transferncia de calor p/ ambos os fluidos

    Escoamento turbulento

    Incrustao reduzida devido alta turbulncia menos paradas para limpeza

    Baixo custo inicial ;

    No necessrio isolamento, apenas as bordas das placas so expostas atmosfera

    No ocorre mistura das correntes mesmo que a vedao falhe

    Pequeno volume (no trocador) respostas rpidas no controle

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    RESTRIES

    Presso: qualquer trocador de placas resiste 7 atm

    muitos podem ser projetados para 10 atm alguns para 15 atm

    poucos para 20 atm

    Temperatura: restrio devido s juntas de vedao Tmx. = 260C

    Vazo mxima: 2500 m3/h

    Estes valores tendem a se modificar com o desenvolvimento dos equipamentos e novos materiais.

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    TROCADOR DE CALOR ESPIRAL

    SPIRAL HEA T EXCHANGER

    Desenvolvido h mais de 50 anos na indstria de papel, seu uso no foi expandido para outras indstrias.

    Utilizado para fluidos viscosos, lamas e lquidos com slidos em suspenso.

    A curvatura contnua induz turbulncia

    Passagem nica em contracorrente

    Materiais de construo: ao carbono, inox, ligas nobres, titnio

    Espessuras das chapas: de 2 a 4 mm

    Distncia entre placas: de 4 a 20 mm

    Presso mxima de operao: aprox. 20 atm

    Temperatura mxima: 400 C

    rea de troca de at 350 m2

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    TROCADOR DE CALOR TIPO LAMELA

    LAMELLA HEAT EXCHANGER

    Modificao do casco e tubo: canais de forma retangular no lugar dos tubos.

    No h chicanas nem mltiplas passagens: verdadeiro contracorrente.

    Unidades padronizadas

    Comprimento mximo de 6 m

    12 dimetros para o casco: de 125 a 1000 mm

    Areas de troca de 1 a 1000 m2

    O feixe pode ser retirado, mas a superfcie interna da lamela s pode ser limpa quimicamente.

    Temperaturas mximas: de 200C a 5000 C dependendo do material das juntas

    Presso mxima: depende do dimetro do casco

    DI = 300 mm Pmx. = 35 atm

    DI = 1000 mm Pmx. = 10 atm