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Introdução sobre trocadores de calor !mais conhecido como Fenomenos de tranporte 3
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Centro Universitrio Fundao Educacional Inaciana Pe. Sabia de Medeiros
QM 7530
Fenmenos de Transporte III
- Introduo -
Prof. Dr. Rodrigo Condotta
QM 7530 - Fenmenos de Transporte III
Rodrigo Condotta 2
TROCADORES DE CALOR
Troca de calor entre 2 fluidos => aquecimento de um e resfriamento do outro
No h mistura entre os fluidos => parede (metlica na maioria)
Os trocadores podem ser definidos ou classificados pelo tipo de servio que realizam.
A referncia o fluido principal.
TROCADORES / RECUPERADORES => duas correntes do processo
CONDENSADORES => Vapor condensando e gua RESFRIADORES => Fluido do processo e gua
AQUECEDORES => Fluido do processo e vapor (leo trmico)
REFERVEDORES => Fonte de calor (vapor) para coluna de destilao
EVAPORADORES => Concentrar solues
PRINCIPAIS TIPOS DE TROCADORES DE CALOR
DUPLO TUBO (Double Pipe)
CASCO E TUBOS (Shell and Tube)
DE PLACAS (Plate)
OUTROS: Serpentinas, Camisas, Baioneta- etc.
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Rodrigo Condotta 3
SELEO DE TROCADORES DE CALOR
A seleo de trocadores de calor envolve diversos fatores:
1- Requisitos trmicos e hidrulicos : - carga trmica - temperaturas de entrada e sada dos fluidos - perda de carga - presso e temperaturas mximas admissveis
2- Compatibilidade com fluidos : - os materiais de construo dos trocadores devem ser compatveis com os fluidos - exemplos de materiais: ao, cobre, alumnio, ao inox, nquel, titnio, materiais vitrificados.
3- Manuteno : - as caractersticas das correntes de processo devem ser consideradas tendo em mente aspectos como a limpeza
(qumica e mecnica) e substituio das partes dos trocadores.
4- Disponibilidade: - projetos padres (prazo de entrega do projeto) - realocao de um trocador j existente dentro da empresa (custo)
5- Fatores Econmicos : - estudo de todos os aspectos gerais.
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DIFERENA DE TEMPERATURA EM UM TROCADOR
contracorrente paralelo
Numa posio x qualquer do trocador, as temperaturas quente e fria dos fluidos so T e t, respectivamente.
OBS: t2 > T2 somente na configurao contracorrente.
terminal frio
t2
terminal quente
t1
terminal entrada
terminal sada
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COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSMISSO DE CALOR
UA = UoAo = UiAi =
oo
io
ii AhkL
rr
Ah
R 1
2
ln1
11
(1)
A referncia adotada a rea externa do tubo interno: UA = UoAo
U = Uo =
o
ioo
ii hrr
k
r
Ah
A 1ln
1
(2)
Devido a incrustao de material nas paredes do tubo, uma nova resistncia trmica gerada. O valor do fator de incrustao Rd
adicionado na equao do coeficiente global de transferncia de calor Ud :
UdA = Ao
R
Ai
R
AhkL
rr
Ah
R odid
oo
io
ii
,,1
2
ln1
11
(3)
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FATORES DE INCRUSTAO
Incrustao (Fouling): qualquer depsito indesejvel em superfcies de transmisso de calor que aumenta as resistncias
transferncia de calor e ao escoamento
Em Equipamentos de Transmisso de Calor: ocorre a formao de depsitos nas superfcies interna e externa dos tubos (devido
diversas razes, sedimentao, corroso, cristalizao, etc.)
Os fatores de incrustao referem-se apenas transmisso de calor: so resistncias transferncia de calor reduzem o valor de Coeficiente Global de Transferncia de calor (U).
SioC hhU
111 UC = coef. global transferncia de calor para equipamento limpo (clean)
d
SioD
RhhU
111
UD = coef. global de projeto onde dodid RRR
No projeto tenta-se compensar a reduo na transf. de calor devido incrustao, considerando os fatores Rd, a rea de troca vai
aumentar.
TAUQ D
Sempre que possvel utilizar valores de Rd experimentais.
H tabelas (TEMA) que fornecem valores de Ri. Estes valores so utilizados para ~ I ano de operao, embora nenhuma
referncia ao tempo seja feita. Usar com cautela.
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EFEITO DE Rd NO COEF. GLOBAL DE TRANSF. DE CALOR (U)
Rd afetado por temperatura, velocidade, superfcie metlica
Supor Ri = 0,003 (h ff F) IBtu
Se U, = 400 Btu /( h ft2 F) ~ UD = 182 e a rea ser aumentada em (400-182/182) = 119 % devido incrustao
Se U, = 60 Btu /( h W F) => UD = 51 e a rea ser aumentada em (60-51/51) = 17,6 % devido incrustao
Inicio do projeto:
Adota-se um valor de Rd para projetar o equipamento.
Aps o termino do projeto
Constatou-se que Rd depositado (real) > Rd adotado.
O QUE OCORRER ?
O EQUIPAMENTO NO MAIS FAR O SERVIO O calor trocado ser menor que o especificado no projeto
O trocador estar SUB DIMENSIONADO a partir de um determinado instante o trocador estar subdimensionado.
O equipamento dever ser limpo.
Deve-se refazer o projeto, adotando-se este novo valor de Rd real (depositado).
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MDIA LOGARITMICA DE TEMPERATURA (MLDT ou LMDT)
As temperaturas conhecidas so as de entrada e sada dos fluidos quente e frio, T1, T2, t1 e t2 respectivamente.
Hipteses:
1- U e Cp constantes em todo o comprimento L do trocador 2- Vazes constantes (W e w constantes) 3- Perdas de calor desprezveis (qq = qf)
Para a configurao contracorrente, tempos os terminais quentes e frios, estabelecidos por t1 = T1 t2 e t2 = T2 t1
No estado permanente:
dAxtxTUdQ .)()( (4) dTdACpWdtcpwdQ .... (5)
Fazendo um balano do fluxo de calor da esquerda para a direita com x variando de 0 a x, temos:
12 )(..)(. txtcpwTxTCpW (6)
E isolando-se T(x):
12.
.txt
cpw
CpWTxT (7)
Substituindo (7) em (5), temos:
dAttcpw
CpWTUdtcpwdQ
12
.
... (8)
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Isolando-se as variveis t e A:
12.
..tt
cpw
CpWT
dtdA
cpw
U
(9)
Integrando x de 0 a L (ou seja, A de 0 a A) e dt de t1 a t2:
112
2122
112
0 1.
.
.
.
1.
.
.
.
ln
1.
.
1
.
.
.
1
.t
cpw
CpWt
cpw
CpWT
tcpw
CpWt
cpw
CpWT
cpw
CpWcpw
UAdt
ttcpw
CpWT
dAcpw
Ut
t
A
12
2122.
.
ln
1.
.
1
. tT
tttcpw
CpWT
cpw
CpWcpw
UA
(10)
De (7) temos que para x = L, temos que T(x = L) = T1 e t(x = L) = t1:
1221.
.tt
cpw
CpWTT (11)
Ou
12
21
.
.
tt
TT
cpw
CpW
(12)
Substituindo (11) em (10):
12
21ln
1.
.
1
. tT
tT
cpw
CpWcpw
UA
(13)
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Rodrigo Condotta 10
e posteriormente substituindo (12) em (13):
12
21
1221
12
12
21
12
21
ln.
ln
1
1
. tT
tT
ttTT
tt
cpw
UA
tT
tT
tt
TTcpw
UA
Qttcpw
tT
tT
tTtTUA
tT
tT
tTtT
tt
cpw
UA
12
12
21
1221
12
21
1221
12 .
ln
ln.
Qttcpw
tT
tT
tTtTUA
12
12
21
1221 .
ln (14)
MLDTUAtUA
tt
ttUAQ
ln
1
2
12
ln (15)
Se U variar linearmente com t, obtm-se:
11
22
1122
..
ln
..
tUtU
tUtUAQ
(16)
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TEMPERATURA CALRICA
- U no constante; a viscosidade do fluido decresce a medida que ele aquecido.
- Outros parmetros tambm variam com a temperatura: h, k, Cp.
onde:
Figura 1: Representao grfica de Fc.
para fluidos no to viscosos, a temperatura calrica pode ser aproximada pela mdia aritmtica das temperaturas do processo.
cc
c
c
cc
cc
k
r
k
rr
kF
ttFtt
TTFTT
1
ln
1ln1
11
121
212
q
f
f
fq
c
t
tr
U
UUk
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TEMPERATURA NA PAREDE DO TUBO
a referncia a temperatura da parede externa do tubo interno: tw
Fluido quente na regio anular: ou
Fluido quente no interior do tubo: ou
ccoio
iocw
cc
oio
ocw
tThh
htt
tThh
htt
ccoio
ocw
cc
oio
iocw
tThh
hTt
tThh
hTt
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COEFICIENTES PELICULARES P/ FLUIDOS
depende do tipo de escoamento:
(Kern, pg 76):
- Re < 2100 (no interior dos tubos):
- Re > 10000 (no interior dos tubos):
(Trevisanm pg 101):
- Re > 2300 (no interior dos tubos): onde n = 0,4 para fluido aquecendo
n = 0,3 para fluido resfriando
- leo em tubos: (no aquecimento) 63,0034,0
vhqauec lembrando: qauecresfr hh
4
3
onde: v em (ft/h) e em (lb/ft.h)
- gua em tubos: 2,08,0
1000134,0di
vThgua onde: v em (ft/h), di em (ft) e T em (F)
14,02
1
86,1
w
i
L
D
k
cDG
k
Dh
14,03
15
4
027,0
w
i
k
cDG
k
Dh
n
i
k
cDG
k
Dh
54
023,0
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(Incropera)
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S1
S2
DIAMTRO EQUIVALENTE
para seo anular do trocador, deve-se encontrar o dimetro
equivalente De:
Definio:
Deq: (4 vezes a rea de Escoamento) / (Permetro Molhado)
Perda de carga: as superfcies S1 e S2 contribuem para a perda de carga
do fluido que escoa na seo anular da figura:
Transmisso de calor: supondo uma troca de calor ideal, a transferncia de calor s se d atravs da superfcie S1 e, portanto,
somente ela ser computada no permetro molhado da expresso:
1212
2
1
2
2)(
4
4DD
DD
DDDe atrito
1
2
1
2
2
1
2
1
2
2)(
4
4
D
DD
D
DDDe calor
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TROCADOR DE CALOR DUPLO TUBO
Figura 1: Esquemas de trocadores de calor do duplo tubo.
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Rodrigo Condotta 17
Construo : dois tubos concntricos; so necessrios vrios grampos (hairpin)
tubos lisos ou aletados
Vantagens: facilidade de construo, ampliao e manuteno
podem operar em contracorrente ou paralelo
utilizado quando um trocador CASCO e TUBOS no a melhor soluo econmica
Limitaes: baixas vazes,
Q < 500 kW
Dimenses: comprimento: de 4 a 20 ft
tubo externo: de 2 a 4 in
tubo interno: de 3/4 a 3 in
rea de troca: at 30 m2
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TROCADOR DE CALOR CASCO E TUBOS
Figura 2: Esquema de um trocador de calor do tipo casco e tubos.
Partes do trocador:
1- Casco ou carcaa Shell
2- Espelho Tubesheet
3- Carretel Channel
4- Tampa do carretel Channel cover
5- Chicanas Baffles
6- Espaadores de chicanas Baffle spacer
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Rodrigo Condotta 19
Caractersticas:
o trocador de calor mais comum utilizado na indstria qumica.
Pode ser projetado praticamente para qualquer aplicao.
Normalmente o nico tipo que pode ser usado para grandes reas, com presses acima de 30 bar e temperaturas> 2600 C.
Fornece grandes reas de troca; ampla faixa de vazo, presso e temperatura
Vrios materiais de construo indicado para fluidos corrosivos
Pode operar com lquidos, gases, vapores (condensadores e vaporizadores)
Configurao horizontal ou vertical
Diversos mtodos de projeto disponveis
TUBOS DO FEIXE
normalmente lisos, mas podem ser aletados
disponveis em vrios materiais, comprimentos, dimetros e espessura de parede. Norma BWG.
DIMENSOES DOS TUBOS:
mais conveniente construir trocadores longos com menores dimetros de casco (a rea de troca mais barata com tubos
de dimetros pequenos e comprimentos longos).
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Rodrigo Condotta 20
Comprimento dos tubos:
Fator mais importante => "lay-out" da instalao (espao para retirada do feixe, se necessrio). No havendo limitao,
tubo o mais longo disponvel no mercado
Padronizao dos trocadores da unidade => tubos reserva e materiais para limpeza.
Padro 8,12, 16, 20 e 24 ft
Dimetro dos tubos:
Compromisso entre natureza da incrustao do fluido, espao disponvel e custo.
Mais utilizados: de = 3/4 ou 1 in
Fluidos limpos: de = 1/4 in ;
leos pesados: de = 2 in ou mais
Padro 1/4, 3/8, 1/2, 5/8, 3/4, 1, 11/4
,11/2
, 2, 21/2
in.
TEMA: tabelas de dimetros para cada classe mecnica Classes R, C e B
DISPOSIO DOS TUBOS (Tube Pitch):
TEMA: 4 disposies (arranjos) com relao direo do escoamento:
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Rodrigo Condotta 21
Passo "Pitch" (PT): distncia de centro a centro entre dois tubos adjacentes.
Na Prtica: no deve ser menor que 1,25.de (exceto de 1/2 com fluidos limpos)
Nomenclaturas: "Pitch ratio" = Pr/de;
Abertura C' ;
PT = C' + de
Arranjo triangular => trocador mais compacto (mais tubos)
satisfatrio para fluidos limpos Rd 0,002 (ft.F.Btu/h) (no casco) ou limpeza qumica
no adequado quando necessria limpeza mecnica
Sendo necessria limpeza mecnica => arranjo quadrado e Abertura (C') mnima de 1/4 in (6,35 mm), acesso a todos os
tubos.
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Rodrigo Condotta 22
CASCO
Feito a partir de chapa metlica soldada ("rolled shell') ou para dimetros de at 24 in com tubos que seguem a norma IPS.
Tamanhos tpicos: de 8 a 60 in (existem maiores que 120 in)
A dimenso citada o dimetro interno (DI ou Di).
Di de 12 a 24 in com espessura de 3/8 in suportam presses de 300 psi (20 atm)
PLACAS DE IMPACTO
para proteger os tubos do impacto devido entrada da alimentao, principalmente quando h partculas slidas.
so planas ou curvas, com 6 mm de espessura, um pouco maior que o bocal.
necessrio que alguns tubos sejam retirados do feixe.
CHICANAS
O espaamento padronizado segundo TEMA
Tipos de Chicana:
em geral temos 3 tipos de chicanas
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Rodrigo Condotta 23
Segmentadas ou Cortadas: corte de 25 % o mais comum (corte mx. 50 %)
Figura 3: Chicanas Segmentadas
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Rodrigo Condotta 24
Disco e Anel: pouco usadas
Figura 4: Chicanas tipo Disco e Anel
de Orifcio: pouco usadas (1/16" a 1/8" maior que de)
Figura 5: Chicanas de Orifcio
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Rodrigo Condotta 25
NMERO DE PASSAGENS DOS FLUIDOS NUM TROCADOR CASCO E TUBOS
Designao: n de passagens (passes) do fluido da carcaa - N de passagens (passes) do fluido do tubo. Exemplo 1-1, 1-2, 3-6
etc. (o primeiro se refere ao nmero de passagens no interior do casco e o segundo no interior dos tubos).
TROCADOR l-1
Figura 6: Trocador 1-1
TROCADOR 1-2
Figura 7: Trocador 1-2
QM 7530 - Fenmenos de Transporte III
Rodrigo Condotta 26
TROCADOR 2-4
Figura 8: Trocador 2-4
Ateno:
mais que 2 passes num casco impraticvel
existem configuraes 3-6, 4-8, 5-10, etc., que so constitudas por associaes de trocadores mais simples (exemplo: um
trocador 3-6 uma associao de 3 trocadores 1-2 em srie)
COMO FICA O t ? paralelo ou contracorrente
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Rodrigo Condotta 27
Treal PARA TROCADORES COM MULTIPLAS PASSAGENS
Exemplo:
trocador 1-2: metade das passagens em contracorrente e metade em paralelo.
a diferena de temperatura mdia verdadeira (real) ser menor que a (LMTD) contracorrente.
definido um fator F ou FT
TentecontracorrREAL
entecontracorr
REALT FLMTDt
LMTD
tF
)()(
)(
)(
ATENO: Equao de projeto Q = UA (t)real
H grficos que fornecem FT em funo de dois adimensionais de temperatura (R e S) e do nmero de passagens no casco:
11
12
12
21 ;tT
ttS
tt
TTR
No projeto, FT define o nmero de passagens no casco.
QM 7530 - Fenmenos de Transporte III
Rodrigo Condotta 28
Figura 9: Grfico de FC para trocador 1-2
Exemplo:
Um trocador cujas temperaturas de operao
resultam em:
R = 1,0 e S = 0,6
ter necessriamente a configurao 2-4 (ou superior),
mas nunca a configurao 1-2 (ver figuras 9 e 10).
Figura 10: Grfico de FC para trocador 2-4.
QM 7530 - Fenmenos de Transporte III
Rodrigo Condotta 29
CONFIGURAO TEMA
Aps a definio do nmero de passagens no casco e nos tubos, pode-se adotar uma configurao TEMA para o trocador.
QM 7530 - Fenmenos de Transporte III
Rodrigo Condotta 30
TEMPERATURA:
Aproximao, cruzamento e encontro ("Approach, cross e meet")
A diferena entre as temperaturas de sada dos 2 fluidos (T2 e t2) tem significado trmico e introduz a terminologia de
aproximao, cruzamento e encontro de temperaturas.
quando t2 < T2 h uma aproximao
quando t2 > T2 h um cruzamento
quando t2 = T2 h um encontro
com operao em paralelo s possvel ocorrer aproximao.
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Rodrigo Condotta 31
TROCADORES CASCO E TUBOS: CONFIGURAES MECNICAS
1-Espelho Fixo: espelho soldado carcaa feixe no removvel
Fluido do casco no incrustante ou possvel limpeza qumica
Pode haver problemas de expanso diferencial juntas de expanso.
H trocadores deste tipo com 22 m de comprimento (feixe).
Figura 11: Trocador 1-1 de espelho fixo e carretel
Figura 12: Trocador 1-2 de espelho fixo e bonnet (esquerda) e carretel (direita)
QM 7530 - Fenmenos de Transporte III
Rodrigo Condotta 32
2- Espelho ou cabeote flutuante: um espelho fixo (no soldado ao casco, enquanto o outro livre para expandir.
Feixe removvel limpeza mecnica na parte externa dos tubos.
Feixe limitado 9 m e 20 t
Figura 13: Trocadores 1-2 com espelho flutuante (esquerda) e fixo (direita)
QM 7530 - Fenmenos de Transporte III
Rodrigo Condotta 33
3- Tubos em U: feixe removvel, mas de difcil limpeza mecnica no interior dos tubos
possui somente 1 espelho
no apresenta problema de expanso diferencial
a substituio de tubos internos ao feixe impossvel
area de troca a parte reta dos tubos
pode ser mais econmico que o espelho fixo com junta de expanso
Figura 14: Trocador 1-2 com tubos em U
RECOMENDAES PARA A ESCOLHA (Goldsdtein)
INDICAO DE CUSTO (ordem crescente): Espelho Fixo -- Tubos em U - Cabeote flutuante
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Rodrigo Condotta 34
CRITRIOS PARA ESCOLHA DO LADO DE ESCOAMENTO
Qual fluido vai escoar pelo tubo e qual pelo casco?
Segundo Goldstein: por facilidade de manuteno e limpeza: o fluido com caracterstica em posio mais alta na lista que segue
colocado nos tubos.
gua de resfriamento
fluidos corrosivos e incrustantes
fluido menos viscoso
fluido operando a presso mais elevada
fluido com menor vazo
vapor de gua condensando (outros vapores pelo casco)
no havendo restries de processo considerar as duas configuraes. O mesmo vale quando h conflito de recomendaes
(tentar identificar tambm a mais importante).
Segundo Saunders:
Lado dos Tubos Lado do Casco
altas presses menor vazo
altas temperaturas mais viscoso
corrosivo baixo h
incrustante (exceto tubo em U)
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Rodrigo Condotta 35
TROCADOR DE CALOR DE PLACAS
suporte onde placas independentes de metal sustentadas por barras so presas entre uma extremidade mvel e outra fixa.
formam-se canais entre placas adjacentes por onde os fluidos escoam.
a troca de calor se d atravs de cada placa: de um lado o fluido frio e do outro o fluido quente.
QM 7530 - Fenmenos de Transporte III
Rodrigo Condotta 36
PLACAS
feitas por prensagem: corrugaes (placas corrugadas)
materiais que podem ser prensados: normalmente materiais nobres como ao inox, titnio, ligas titnio-paldio.
corrugaes: oferecem resistncia placa e turbulncia aos fluidos
vrios tipos: "tbua de lavar roupa" e "espinha de peixe".
CARACTERSTICAS E DIMENSES DAS PLACAS
espessura: de 0,5 a 3 mm
canais de escoamento: de 2 a 5 mm => deq = 4 a 10 mm
dimenses: maior placa 4,3 x l,1 m
rea de troca: de 0,01 a 3,6 m2
relao comprimento/largura: 1,8
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Rodrigo Condotta 37
JUNTAS DE VEDAO (Gaskets)
evitar vazamentos externos, direcionar os fluidos para no ocorrer mistura entre eles.
principais materiais utilizados e limitaes
elastmeros: comprimidas 25% da sua espessura
borrachas nitrlica, butlica, Viton, fibra de amianto
limitadas quanto a temperatura de processo
Material Tmx(C) Aplicao
Acriloni trila- butadieno 135 Gorduras
Isobutileno-iso reno 150 Aldeidos, cetonas
etileno- ro ileno (EPDM) 150 Grande variedade
Viton (fluorcarbono) 175 combustveis, leos minerais,
vegetais. e animais.
Fibra de amianto comprimido 260 solventes orgnicos
pouco usada devido baixa elasticidade
PLACAS CONECTORAS
opera com 3 ou mais fluidos em uma unidade => pasteurizao
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Rodrigo Condotta 38
VANTAGENS E RESTRIES :
sempre surgem comparaes com os Casco e Tubos
ser vivel somente se :
a) presso de operao < 30 bar
b) temperaturas < 180 C (260 C com fibra amianto, mas com menores presses)
c) vcuo no muito elevado
d) volumes moderados de gases e vapores, com ou sem mudana de fase
Vantagens
Facilidade de acesso superfcie de troca, troca de placas, facilidade de limpeza indstria de alimentos: uso consagrado.
Flexibilidade: alterao de rea de troca, substituio de placas
Fornece grandes reas de troca ocupando pouco espao compactos comparados com Casco e Tubos
Pode operar com mais de 2 fluidos pasteurizao
Elevados coeficientes de transferncia de calor p/ ambos os fluidos
Escoamento turbulento
Incrustao reduzida devido alta turbulncia menos paradas para limpeza
Baixo custo inicial ;
No necessrio isolamento, apenas as bordas das placas so expostas atmosfera
No ocorre mistura das correntes mesmo que a vedao falhe
Pequeno volume (no trocador) respostas rpidas no controle
QM 7530 - Fenmenos de Transporte III
Rodrigo Condotta 39
RESTRIES
Presso: qualquer trocador de placas resiste 7 atm
muitos podem ser projetados para 10 atm alguns para 15 atm
poucos para 20 atm
Temperatura: restrio devido s juntas de vedao Tmx. = 260C
Vazo mxima: 2500 m3/h
Estes valores tendem a se modificar com o desenvolvimento dos equipamentos e novos materiais.
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Rodrigo Condotta 40
TROCADOR DE CALOR ESPIRAL
SPIRAL HEA T EXCHANGER
Desenvolvido h mais de 50 anos na indstria de papel, seu uso no foi expandido para outras indstrias.
Utilizado para fluidos viscosos, lamas e lquidos com slidos em suspenso.
A curvatura contnua induz turbulncia
Passagem nica em contracorrente
Materiais de construo: ao carbono, inox, ligas nobres, titnio
Espessuras das chapas: de 2 a 4 mm
Distncia entre placas: de 4 a 20 mm
Presso mxima de operao: aprox. 20 atm
Temperatura mxima: 400 C
rea de troca de at 350 m2
QM 7530 - Fenmenos de Transporte III
Rodrigo Condotta 41
TROCADOR DE CALOR TIPO LAMELA
LAMELLA HEAT EXCHANGER
Modificao do casco e tubo: canais de forma retangular no lugar dos tubos.
No h chicanas nem mltiplas passagens: verdadeiro contracorrente.
Unidades padronizadas
Comprimento mximo de 6 m
12 dimetros para o casco: de 125 a 1000 mm
Areas de troca de 1 a 1000 m2
O feixe pode ser retirado, mas a superfcie interna da lamela s pode ser limpa quimicamente.
Temperaturas mximas: de 200C a 5000 C dependendo do material das juntas
Presso mxima: depende do dimetro do casco
DI = 300 mm Pmx. = 35 atm
DI = 1000 mm Pmx. = 10 atm