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LEGISLAÇÃO ADUANEIRA – RFB/2012 PROFESSORES: LUIZ MISSAGIA E RODRIGO LUZ Prof. Rodrigo Luz www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 02 CONTEÚDO 5. Imposto de Exportação .................... .................................................... 4 5.2. Incidência .................................................................................. 4 5.3. Fato Gerador .............................................................................. 9 5.1. Sujeitos Ativo e Passivo .............................................................. 11 5.4. Base de Cálculo ......................................................................... 11 5.5. Alíquota .............................................. ......................................13 5.6. Pagamento .............. ..................................................................14 6. Imposto sobre Produtos Industrializados na Importação .......................... 23 6.2. Incidência e Fato Gerador ........................................................... 23 6.3. Base de Cálculo ......................................................................... 30 6.1. Sujeitos Ativo e Passivo .............................................................. 33 6.4. Isenções do IPI ..........................................................................34 6.5. Imunidades do IPI......................................................................35 6.6. Suspensão do Pagamento do IPI .................................................. 36 7. Contribuição par a o PIS/PASEP Importação e COFINS Importação. ...........40 7.2. Incidência e Fato Gerador ........................................................... 40 7.3. Base de Cálculo. ........................................................................ 41 7.1. Sujeitos Ativo e Passivo .............................................................. 42 7.4. Isenções ................................................................................... 43 7.5. Suspensão do Pagamento. e 7.6. R edução de Alíquotas (Programas Específicos e seu Regramento) ...... .....................................................43 8. Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação vinculado à Importação (ICMS) ............................................ 48 8.1. Sujeitos Ativo e Passivo .............................................................. 49 8.2. Fato Gerador .............................................................................51 8.3 Alíquotas............................. ....................................................... 51 8.4. Isenções e Imunidades ............................................................... 51 8.5. Pagamento do Imposto e Controle pela Secretaria da Receita Federal do Brasil .......................................................................................... 52 11. Importações. ................................................................................... 56 11.1. Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico. Combustíveis: fato gerador, incidência e base de cálculo. (só para AFRFB) .................. .56 10. Exportações. .................................................................................... 61 10.1 Incentivos fiscais às exportações. (só para AFR FB) ........................ 61 QUESTÕES ANALISADAS NESTA AULA ........... ...........................................73

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AULA 02

CONTEÚDO5. Imposto de Exportação ........................................................................ 4

5.2. Incidência .................................................................................. 45.3. Fato Gerador .............................................................................. 95.1. Sujeitos Ativo e Passivo .............................................................. 115.4. Base de Cálculo ......................................................................... 115.5. Alíquota .................................................................................... 135.6. Pagamento ................................................................................ 14

6. Imposto sobre Produtos Industrializados na Importação .......................... 23

6.2. Incidência e Fato Gerador ........................................................... 236.3. Base de Cálculo ......................................................................... 306.1. Sujeitos Ativo e Passivo .............................................................. 336.4. Isenções do IPI .......................................................................... 346.5. Imunidades do IPI ...................................................................... 356.6. Suspensão do Pagamento do IPI .................................................. 36

7. Contribuição para o PIS/PASEP Importação e COFINS Importação. ........... 407.2. Incidência e Fato Gerador ........................................................... 407.3. Base de Cálculo. ........................................................................ 417.1. Sujeitos Ativo e Passivo .............................................................. 42

7.4. Isenções ................................................................................... 437.5. Suspensão do Pagamento. e 7.6. Redução de Alíquotas (ProgramasEspecíficos e seu Regramento) ........................................................... 43

8. Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobrePrestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e deComunicação vinculado à Importação (ICMS) ............................................ 48

8.1. Sujeitos Ativo e Passivo .............................................................. 498.2. Fato Gerador ............................................................................. 518.3 Alíquotas.................................................................................... 518.4. Isenções e Imunidades ............................................................... 51

8.5. Pagamento do Imposto e Controle pela Secretaria da Receita Federaldo Brasil .......................................................................................... 5211. Importações. ................................................................................... 56

11.1. Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico. Combustíveis:fato gerador, incidência e base de cálculo. (só para AFRFB) ................... 56

10. Exportações. ....................................................................................6110.1 Incentivos fiscais às exportações. (só para AFRFB) ........................ 61

QUESTÕES ANALISADAS NESTA AULA ...................................................... 73

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Olá, pessoal.

A aula de hoje é sobre os tributos incidentes sobre o comércio exteriorbrasileiro e os incentivos fiscais às nossas exportações. Esses assuntos sãopedidos nos tópicos 5 a 8 dos editais de 2012 para ATRFB e AFRFB e nostópicos 10 e 11 do edital de Comércio Internacional (específico para AFRFB).

Quem está estudando para ATRFB pode ignorar os tópicos 6.4, 6.6, 7.4,7.5 e 7.6 e, claro, os tópicos 10 e 11.

Antes de começarmos com a aula nova, acho super válido trazer trêsquestões postadas no fórum (para não ferir o sigilo fiscal, os alunos não foramidentificados. rs). Em resumo:

1)  “Professor, em outro material tive a informação de que a cláusula DDPseria proibida nas importações brasileiras em virtude da impossibilidadedo exportador arcar com as providências para desembaraço epagamento dos tributos na importação. Está correto?” 

Minha resposta: “O DDP não pode ser usado nas importações brasileiras. Eu escrevo issono livro. Isso é estudado na aula de Comércio Internacional.Usei o exemplo hipotético e superficial do DDP apenas para mostrar que,

mesmo no caso de cargas negociadas sob um termo de entrega noterritório do país importador, a carga é considerada entregue com oembarque. Esse conceito vale para o DAP, para o DAT e para o DDP,apesar de o uso deste ter sido vedado pela legislação brasileira. Eu sóquis fazer uma análise conceitual sem entrar no mérito da legislação.Talvez tivesse sido melhor usar o exemplo do DAP ou do DAT...” 

2)  “Fiquei com dúvidas em relação às imunidades. O edital trata do temacomo ‘imunidades’, no plural. Não seria o caso de aprofundarmos umpouquinho nas imunidades citadas pela doutrina? Parece que a Esaf está

cobrando algo a mais que a simples literalidade.” 

Minha resposta: “O STF tem decidido que os entes listados no art. 150, VI, tambémfazem jus à imunidade do imposto de importação. Neste sentido, o JoãoMarcelo (‘Direito Tributário’) escreve no livro que o STF decidiu que háimunidade no imposto de importação (ver Recurso Extraordinário203.755).Note, porém, pelo artigo 136, página 58, que a legislação aduaneira trata

como isenção, não imunidade.Uma coisa, porém, é certa: só existe ‘controle da RFB’ (mencionado noedital) na importação de bens sujeitos à imunidade objetiva, como

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No material está escrito: ‘Tributo instituído pelos Estados e DistritoFederal (DF) e previsto na CF, art. 155, II. Obedece aos princípios dalegalidade e da anterioridade (anual e nonagesimal)’.No trecho destacado, deveríamos reescrevê-lo assim: Obedece, EM

REGRA, aos princípios da legalidade e da anterioridade, pois existe umaexceção para a legalidade e outra para a anterioridade, ambas previstasna CF.Exceção legalidade: Estados e DF podem alterar as alíquotas do ICMS-monofásico de combustíveis previstos em lei complementar, através deconvênio no âmbito do CONFAZ (CF, art. 155, parágrafo 4º, IV)Exceção anterioridade: as alíquotas do ICMS-monofásico de combustíveispoderão ser REDUZIDAS E RESTABELECIDAS, não se lhes aplicando odisposto no art. 150, III, b.” 

Minha resposta: “É, rapaz, eu deveria ter escrito ‘em regra’. As duas exceções sãoespecíficas do ICMS-monofásico-combustíveis. Mesmo assim sãoexceções do ICMS.Isso é que dá um fiscal federal querer escrever sobre um tributoestadual. rs” 

5. IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO

O imposto de exportação é tratado no Regulamento Aduaneiro nosartigos 212 a 236. E sua base legal é o Decreto-Lei 1.578/1977.

Já tínhamos visto na aula anterior que o imposto de exportação nãoobedece aos princípios da legalidade (em relação a alíquotas) e daanterioridade anual e nonagesimal.

5.2. Incidência

 Art. 212. O imposto de exportação incide sobre mercadorianacional ou nacionalizada destinada ao exterior.

Pela redação do artigo, veja que tanto as produzidas aqui no país quantoas nacionalizadas entram na história. Neste caso, a mercadoria foi produzidano exterior, mas passou a integrar o patrimônio brasileiro, pois importada atítulo definitivo. Caso a mercadoria saia, ela é passível de tributação com oimposto de exportação.

 “Mas, professor, eu sempre estudo que as exportações são objeto deimunidade?” 

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 “Meu caro, você estuda que há imunidade de IPI, ICMS, PIS/PASEP,COFINS e CIDE. Nas exportações, não existe imunidade de imposto deexportação, senão este tributo não seria cobrado nunca, pois ele foi criado

 justamente para incidir em exportações, não é?” 

 “É verdade...” 

 “Professor, se a mercadoria sai a título temporário, não há incidência deimposto de exportação, né?” 

 “Falso. Incidência há, mas o imposto fica com a exigibilidade suspensa,como você vai estudar na matéria de Regimes Aduaneiros. A exportaçãotemporária é um dos regimes aduaneiros especiais existentes no país. Não secobra o imposto de exportação, pois, em tese, a mercadoria vai voltar para cá.Se não voltar, aí vamos cobrar.” 

Uma pequena observação: a Esaf se equivocou em 2012 com aincidência do imposto na exportação temporária, como veremosadiante.

 “Deixa eu aproveitar a pergunta do meu colega: e a mercadoria queentrou a título temporário? Quando ela for devolvida para o exterior, háimposto de exportação?” 

 “Caríssimo, caso uma mercadoria entre a título temporário, ela não énacional nem nacionalizada. Sendo assim, não se aplica o artigo 212. Alémdisso, considere uma importação de bens para exposição. Eles podem entrar

no regime aduaneiro de admissão temporária (a ser estudado na aula sobreRegimes Aduaneiros) e o seu retorno para o exterior será uma reexportação(como vimos no tópico 4.13 da aula passada). Como o nome do imposto não é

 ‘imposto de reexportação’ (rsrs), mas ‘imposto de exportação’, este não serácobrado.” 

Agora chegou a minha vez de aproveitar a pergunta do meu futurocolega. Já tínhamos visto na aula passada que se considera nacionalizada amercadoria estrangeira importada a título definitivo. É o que dispõe oRegulamento Aduaneiro.

“ Art. 212. (...)§ 1o Considera-se nacionalizada a mercadoria estrangeiraimportada a título definitivo.” 

No entanto, a redação do parágrafo merece um complementozinho.Afinal, a nacionalização ocorre também para as importações a título temporáriocuja permanência é transformada em definitiva depois que o bem já estiveraqui no Brasil. Chegamos a ver isso na aula passada no tópico 3.3.

A redação atual do art. 212, § 1º não está errada, mas ela poderia ficar

completa:

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É com base nesse direito que as exportações de cigarros, armas emunições são, em regra, tributadas, mas somente quando destinadas para aAmérica do Sul e Caribe. Isso se encaixa muito bem naquela ideia de que oproblema não é somente o produto, mas principalmente o país importador

(Paraguai, Bolívia, ...)

Como, desde 2001, é a Camex quem fixa as alíquotas do imposto deexportação, é ela quem acaba dispensando a cobrança em função do destinoda mercadoria. O Ministro da Fazenda é citado no artigo 216, § 2º, mas elenão manda mais nada em relação à fixação de alíquotas. Por isso, sua citaçãoé letra morta. Veja, por exemplo, a Resolução Camex 17/2001, em que ainstituição excluiu da cobrança do imposto as exportações de armas para aArgentina, Chile e Equador.

www.desenvolvimento.gov.br/arquivo/legislacao/rescamex/2001/rescam

ex017.pdf 

Mas, veja, se na sua prova cair “a dispensa do imposto de exportaçãopode ocorrer em função do destino da mercadoria, observadas as normaseditadas pelo Ministro da Fazenda”, você vai dizer o quê? Sim, isso éverdadeiro. Lembre-se: nunca brigue com a literalidade da norma!

5.3. Fato Gerador

Você, especialista em Direito Tributário, sabe há muito tempo que o fatogerador do imposto de exportação é a saída da mercadoria do territórioaduaneiro. É o que dispõe o artigo 213 do Regulamento Aduaneiro. Noentanto, se formos olhar a base legal do artigo, o DL 1.578/1977, veremos queele menciona a saída do território nacional. Logo, para fins de prova, valemas duas expressões, ok?

Neste ponto da matéria, entra aquele mesmo problema que comentamosna aula passada. A saída da mercadoria do país só acontece realmente quandosai das águas territoriais ou do espaço aéreo, pois estes fazem parte doterritório brasileiro. Este momento é de muito difícil apuração.

Então para ficar mais bem caracterizado o fato gerador, criou-se oelemento temporal do fato gerador:

“Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fatogerador na data do registro de exportação no Sistema Integradode Comércio Exterior - SISCOMEX.” 

O registro de exportação não é a declaração de exportação.Vamos fazer uma analogia. Nas importações, há a necessidade de se

pedir anuência para a entrada de alguns bens no país. Se eu quero importarum animal vivo, eu preciso da autorização do Ministério da Agricultura,

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ComentáriosQuestão direta. Letra c.

04 – (AFTN/1998) Sobre o Imposto de Exportação, é correto afirmar-se quea) se considera ocorrido o fato gerador, para efeito de seu cálculo, na data doregistro da exportação no Sistema Integrado de Comércio Exterior(SISCOMEX)b) incide apenas sobre produtos nacionais exportados constantes de relaçãoformulada pelo Conselho Monetário Nacionalc) tem como base de cálculo o preço à vista, expresso no valor CIF (Cost,Insurance and Freight ) da mercadoriad) tem por objetivo arrecadar recursos para programas de fomento à

competitividade das exportaçõese) incide sobre todo produto nacional ou admitido em regime especial que sairdo território nacional

ComentáriosLetra A: correta. É o gabarito.Letra B: incorreta. Incide sobre nacionais e nacionalizados. Além disso, a

lista é fixada pela Camex.Letra C: incorreta. O preço normal toma por base o valor FOB, sem a

inclusão do seguro e do frete internacionais.Letra D: incorreta. O imposto de exportação tem caráter extrafiscal.Letra E: incorreta. Incide apenas sobre os nacionais e os nacionalizados.

Por exemplo, uma mercadoria que entra no regime aduaneiro especial deadmissão temporária (carro de Fórmula-1), ao retornar para o exterior, nãosofrerá incidência. Afinal, não é mercadoria nacional nem nacionalizada.

05 – (TRF 2002-1) As normas legais e regulamentares que dispõemsobre o Imposto de Exportação prescrevem que:

a) o Imposto de Exportação incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizadadestinada ao exterior.b) a base de cálculo do Imposto de Exportação é o preço normal que amercadoria, ou seu similar, alcançaria ao tempo de uma exportação, em umavenda em condições de livre concorrência no mercado internacional,observadas as normas expedidas pelo Conselho de Política Aduaneira doMinistério da Fazenda.c) poderá o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior reduzirou elevar a alíquota para atender aos objetivos da política cambial e docomércio exterior.

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d) a exportação temporária, quando amparada em regime especial desuspensão de impostos, em que não se tenha a incorporação à economia deoutro país, não se sujeita à sua incidência.e) o fato gerador ocorre com a saída física do produto do país, pouco

importando, portanto, a data do registro da operação no Sistema Integrado deComércio Exterior – SISCOMEX.

Comentários Letra A: correta.Letra B: correta.Letra C: correta, pela CF/1988.Letra D: correta, segundo a Esaf. No entanto, está errada, pois incidência

há, apenas não haverá a cobrança. Temos que tomar cuidado com esse

posicionamento recentíssimo da Esaf. Não sei se para a próxima prova eles secorrigirão. É horrível quando a banca não assume o erro e a gente tem queficar carregando o erro até sei lá quando. E se os componentes da bancamudarem? Ou se mudarem de ideia? Ou se perceberam a falha, mas nãoquiseram “dar o braço a torcer”?

Letra E: incorreta, segundo a Esaf. A saída do país é o fato gerador.Claro que, para fins de cálculo, considera-se ocorrido o fato gerador no registrode exportação. Eu não vejo erro nessa letra E.

(ECT/2011) A negociação de acordos de preferência comercial éelemento importante no esforço de abertura de mercados paraprodutos brasileiros. Acerca da política comercial brasileira, julgue ositens subsequentes.10 – O imposto de exportação é aplicado sobre exportações de determinadoscouros brasileiros.11 – A Tarifa Externa Comum (TEC) aponta as alíquotas do imposto deimportação aplicadas nas importações brasileiras.

Comentários

10 – Correta, como vimos nesta aula.11 – Correta, como vimos na aula passada.

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 6.3. Base de Cálculo

A base de cálculo do IPI na importação é o valor que serviu ou serviriade base para o cálculo do imposto de importação, por ocasião do despachoaduaneiro de importação, acrescido do montante desse imposto e dosencargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis. (RA,art. 239)

Guarde isso! BC do IPI =

BC do II + II + Encargos Cambiais

Que negócio é esse de “encargos cambiais”?Bem, isso existiu, mas já era. Tais encargos cambiais eram valores

cobrados em virtude de normas cambiais. O artigo 14 da Lei 4.502/1964(nunca é demais lembrar que esta é a base legal do IPI) dispõe:

 Art. 14. Salvo disposição em contrário, constitui valor tributável:I - quanto aos produtos de procedência estrangeira, para o cálculoefetuado na ocasião do despacho;b) o valor que servir de base, ou que serviria se o produtotributado fôsse para o cálculo dos tributos aduaneiros, acrescido devalor dêste e dos ágios e sobretaxas cambiais pagos peloimportador;

Quando o Regulamento Aduaneiro usa hoje o termo “encargos cambiais”,ele simplifica demais e dá margem à interpretação errada. Afinal, quandoalguém fala de encargos cambiais, é razoável imaginar que se esteja falandodos valores cobrados em virtude da celebração de contratos de câmbio.Alguém poderia pensar: “ah, isso aí são os valores que os bancos cobram parafazerem os contratos de câmbio.” Outro poderia dizer: “É mesmo. Deve atéincluir o IOF também, pois é um valor cobrado na celebração dos contratoscambiais.” O primeiro responde: “É mesmo. Essa matéria é muito fácil.” 

Meus caros, apesar de a matéria ser muito gostosa, ela tem um montede cascas de banana. “Encargos cambiais” são uma “tradução” para oRegulamento Aduaneiro, mas, na base legal, está escrito “ágios e sobretaxascambiais”. Essas coisas já morreram. O mercado cambial já teve “ágios esobretaxas”. Mas isso é do tempo “do onça”. Nossa, até essa expressão évelha. Eu tô ficando velho. Você notou os acentos em “fosse” e “deste” ali emcima no artigo? Viu como é coisa velha?

Não esqueça: OS ENCARGOS CAMBIAIS JÁ MORRERAM! Só seesqueceram de os enterrar, ou melhor, de modificar a lei e retirá-los dafórmula da BC do IPI.

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  “Professor, lá no imposto de importação a gente viu que as alíquotas

podem ser ad valorem (percentuais) ou específicas. Aqui no IPI a alíquotaentão vai ser sempre ad valorem, já que a base de cálculo é um valor, né?” 

 “Quase isso. Se você tivesse esperado um pouquinho (rs), eu teria ditoque as alíquotas do IPI também podem ser específicas, como dispõe o § 1º doart. 239. No caso de importação de bebidas e cigarros, foram criadas alíquotasespecíficas.” 

Guarde isso!

O IPI possui alíquotas ad valorem (é a regra) eespecíficas (sobre cigarros e bebidas).Quando a alíquota é ad valorem, a BC do IPI éaquela formulinha já vista.

Quando a alíquota é específica, a BC do IPI é aquantidade de bebidas ou de cigarros importados.

Só há um detalhe que talvez tenha te passado despercebido.A BC do IPI é composta pela BC do II mais algumas coisas, né?Se a alíquota do II for específica (por exemplo, US$ 10,00/sapato), qual

será a base de cálculo do II? A quantidade de sapatos. Digamos 120 pares desapato.

Vou pegar essa BC do II (120 pares de sapato) e jogar na BC do IPI?

BC do IPI = 120 sapatos + II + Encargos cambiais???????????Claro que não. Dentro daquela formulinha (BC do IPI = BC do II + II +

Encargos Cambiais), só cabe a BC do II se ela for o valor aduaneiro. Se ela fora quantidade de mercadoria (por ser alíquota específica), então aquela fórmulatinha que ser adaptada. Até hoje, isso aí não deu problema, pois, na prática,só existem alíquotas ad valorem de II. Não existem alíquotas específicas deimposto de importação. Mas essa é mais uma sugestão para a revisão doRegulamento Aduaneiro, né, Missagia? Pensar na fórmula da BC do IPI quandoa BC do II for a quantidade de mercadorias...

Cálculo

Já sabemos que o IPI será recolhido da conta bancária do importador nodia do registro da DI. E o seu valor será calculado pela aplicação das alíquotasprevistas na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados(TIPI) sobre a base de cálculo vista anteriormente.

A TIPI (para os curiosos com tempo) está no Anexo do Decreto7.660/2011. Lendo-a, vamos encontrar a coluna das alíquotas. Nestaencontramos a notação NT (“Não Tributado”), que indica que o produto não é

considerado industrializado e, por isso, está fora do campo de incidência doIPI. Também encontramos alíquotas percentuais (é a regra) e específicas (noscódigos relativos a bebidas e produtos de tabacaria).

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Não se esqueça do caso das mercadorias não identificadas visto na aulapassada (lembra o fujão da blitz?). Pois é, para tais bens, a alíquota do IPIserá de 50%.

QUESTÃO

12 – (TRF/2002-2) Importador brasileiro adquiriu máquinaestrangeira no dia 10/01, por US$ 100,000.00, data em que haviaisenção objetiva do IPI. O Registro de Importação (RI) foi obtido em01/02. A mercadoria foi embarcada em 04/02. A mercadoria entrou noterritório nacional, foi descarregada e atracada em 20/02. Em 22/02,a isenção do IPI foi revogada. A Declaração de Importação (DI) foi

numerada pelo Siscomex em 26/02. Em 28/02, a alíquota do II foireduzida para zero e restabelecida a isenção do IPI. A mercadoria foidesembaraçada em 01/03.A taxa cambial e as alíquotas vigentes no período eram as seguintes:Dia US$1.00 = R$ Alíquotas II/ IPI10/01 R$1,80 15% / 8%01/02 R$2,20 15% / 8%04/02 R$2,00 15% / 5%20/02 R$2,00 10% / 5%

26/02 R$2,50 10% / 5%28/02 R$2,00 0% / 5%01/03 R$2,50 0% / 5%Com base nessas informações, assinale a opção que contenha o valor do IPIdevido.a) Zero (R$0,00)b) R$25.000,00c) R$13.750,00d) R$38.750,00

e) R$11.000,00

ComentáriosEssa questão tem uma pegadinha. Aliás, uma pegadona.O registro da DI ocorreu em 26/02. Fato gerador do imposto de

importação (II). Alíquota do II vigente neste dia: 10%.O desembaraço ocorreu em 01/03. Fato gerador do IPI. Alíquota do IPI

vigente neste dia: 5%, mas havia isenção objetiva restabelecida desde 28/02.Logo, não haveria IPI a recolher. Como o imposto foi recolhido quando do

registro da DI, deve ser feita a restituição.

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7) Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria deEquipamentos para TV Digital – PATVD- podem ser importadas com alíquota 0% máquinas e equipamentospara a produção de TV Digital

8) Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infra-Estrutura – REIDI- empresas com projetos aprovados para implantação deinfraestrutura em portos, transportes, energia, saneamento eirrigação podem importar, com suspensão das contribuições, benspara o seu ativo imobilizado.

9)  Importação de Acetona Destinada à Elaboração de Defensivos

Agropecuários- acetona importada para a produção de defensivos agropecuáriospodem entrar com suspensão das contribuições.

10)  Navegação de Cabotagem e de Apoio Portuário e Marítimo- a importação de óleo combustível poderá ser feita com suspensãodas contribuições, desde que destinado à navegação de cabotagem ouao apoio portuário e marítimo.

QUESTÕES

19 – (ACE/2012) Considerando a incidência da contribuição para osProgramas de Integração Social e de Formação do Patrimônio doServidor Público (PIS/PASEP) e Contribuição para o Financiamento daSeguridade Social (COFINS), é correto afirmar que:a) tem como fato gerador o registro da Declaração de Importação e sua basede cálculo é o valor de transação da mercadoria acrescido dos encargoscambiais correspondentes.b) tem como fato gerador o desembaraço aduaneiro do bem importado e comobase de cálculo o valor aduaneiro acrescido do imposto de importação e dosencargos cambiais pagos pelo importador ou dele exigíveis.c) tem como fato gerador o ingresso do bem no território aduaneiro do país, ea base de cálculo é o valor aduaneiro acrescido do ICMS e o valor das própriascontribuições.d) tem como fato gerador o desembaraço aduaneiro de produto de procedênciaestrangeira, e sua base de cálculo é o valor aduaneiro acrescido do ICMS e dosencargos cambiais.

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e) tem como fato gerador o registro da Declaração de Importação, e sua basede cálculo é o valor aduaneiro acrescido do imposto de importação e dosencargos cambiais efetivamente pagos pelo importador.

ComentáriosO fato gerador do PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação é a

entrada da mercadoria. Para fins de cálculo, considera-se ocorrido o fatogerador quando do registro da DI e nas demais situações previstas para oimposto de importação.

A base de cálculo é:valor aduaneiro + ICMS + o valor da própria contribuição.

O gabarito seria a letra C, como inclusive foi indicado no gabarito

preliminar. No entanto, houve erro da Esaf ao fazer menção ao PIS/PASEP e àCOFINS. Estes dois são tributos diferentes de PIS/PASEP-Importação eCOFINS-Importação.

Quando peguei o gabarito preliminar, elaborei o recurso para anulaçãoda questão nos termos abaixo. Desta vez, deu certo:

“O elaborador da questão confundiu as contribuiçõesPIS/PASEP-Importação e COFINS/Importação com PIS/PASEP eCOFINS. São contribuições distintas.

Enquanto as primeiras foram instituídas pela MedidaProvisória 164/2004 (convertida na Lei 10.865/2004), as últimassão regulamentadas, respectivamente, pelas Leis 10.637/2002 e10.833/2003.

 A entrada da mercadoria no território aduaneiro somente éfato gerador para as contribuições PIS/PASEP-Importação eCOFINS-Importação. Para o PIS/PASEP e COFINS (pedidos noenunciado), o fato gerador é o faturamento mensal conformedispõem as duas leis citadas.

Dispõe o artigo 1º da Lei 10.865/2004: ‘Ficam instituídas aContribuição para os Programas de Integração Social e de

Formação do Patrimônio do Servidor Público incidente naImportação de Produtos Estrangeiros ou Serviços - PIS/PASEP-Importação e a Contribuição Social para o Financiamento daSeguridade Social devida pelo Importador de Bens Estrangeiros ouServiços do Exterior - COFINS-Importação, com base nos arts.149, § 2o, inciso II,  e 195, inciso IV, da Constituição Federal, observado o disposto no seu art. 195, § 6o.’ 

Não foi um mero aumento de hipóteses de incidência, mas acriação de um novo tributo. O PIS/PASEP existe desde 1970 (LeisComplementares 7 e 8) e a COFINS, desde 1991 (Lei 

Complementar 70).Reforça o entendimento de que são contribuições distintas aleitura do artigo 15 da Lei 10.865/2004: ‘As pessoas jurídicas

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sujeitas à apuração da contribuição para o PIS/PASEP e daCOFINS, nos termos dos arts. 2o e 3o das Leis nos 10.637, de 30de dezembro de 2002 , e 10.833, de 29 de dezembro de 2003,

 poderão descontar crédito, para fins de determinação dessas

contribuições, em relação às importações sujeitas ao pagamentodas contribuições de que trata o art. 1o desta Lei  , nasseguintes hipóteses: (...)’ 

Também a Lei 11.727/2008 confirma a distinção entre ascontribuições:

‘Art. 32. A Lei no 10.833, de 29 de dezembro de 2003, passa avigorar acrescida dos seguintes arts. 58-A a 58-U:

Art. 58-A.  A Contribuição para o PIS/Pasep , a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins , aContribuição para o PIS/Pasep-Importação , a Cofins-

 Importação e o Imposto sobre Produtos Industrializados -IPI devidos pelos importadores e pelas pessoas jurídicas que

 procedam à industrialização dos produtos classificados noscódigos 21.06.90.10 Ex 02, 22.01, 22.02, exceto os Ex 01 eEx 02 do código 22.02.90.00, e 22.03, da Tabela deIncidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – Tipi,aprovada pelo Decreto no 6.006, de 28 de dezembro de2006, serão exigidos na forma dos arts. 58-B a 58-U destaLei e nos demais dispositivos pertinentes da legislação emvigor.

(...)’ 

 Adicionalmente, pode-se constatar, pela jurisprudência doSTJ, que o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação são novostributos, criados somente em 2004. Neste sentido:

‘1. É uníssona a jurisprudência desta Corte no sentido de que‘a adesão ao SIMPLES não exclui, por si só, a incidência do PIS-Importação e COFINS-Importação, pois estes tributos foramcriados posteriormente à instituição do benefício.

Precedentes: REsp 1.060.145/PE, 1ª T., Min. Francisco Falcão, DJ de 04.09.2008; REsp 1.039.325/PR, 2ª T., Min. Herman Benjamim,DJe de 13/03/2009. 2. Recurso especial parcialmente provido.’ (REsp 1.040.640/PR, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, PrimeiraTurma, DJe 11.5.2009). (AgRg no REsp 1219227 / PR)

Ou:‘1. A adesão ao SIMPLES não exclui, por si só, a incidência do

PIS-Importação e COFINS-Importação, pois estes tributos foramcriados posteriormente à instituição do benefício.’ (AgRg no REsp1217931 / RS)

Ou ainda:

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8.1. Sujeitos Ativo e Passivo

Não preciso dizer que o sujeito ativo do ICMS são o Distrito Federal e osEstados, mas é importante frisar que o ente que arrecada o tributo é aquele

 “onde estiver o estabelecimento onde ocorrer a entrada física” ou “do domicíliodo adquirente, quando não estabelecido”. (Lei Kandir – Lei Complementar87/1996, art. 11, I, “d” e “e”)

Cabe ainda lembrar que o ICMS é o único tributo incidente nasarrematações em leilão de mercadorias estrangeiras apreendidas ouabandonadas. Neste caso, o sujeito ativo é “aquele onde for realizada alicitação”. (Lei Kandir, art. 11, I, “f”)

Em relação ao sujeito passivo nas importações, a Lei Kandir dispõe: são

os importadores e os arrematantes dos produtos estrangeiros. (art. 4º, parág.único, inc. I).É importante ver que a CF/1988 indica a incidência do ICMS ainda que o

importador seja uma pessoa física ou mesmo jurídica, não contribuintehabitual do imposto. Dispõe o art. 155, § 1º, IX, “a”, da CF:

O ICMS incidirá sobre a entrada de bem ou mercadoria importadosdo exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não sejacontribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a suafinalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior,cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o

estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

No entanto, o fato é controverso, tendo em vista a existência da Súmulado STF número 660, criada antes da EC 33/2001, mas republicada em 2006,posteriormente à emenda. Infere-se que a redação da emenda constitucionalnão “sensibilizou” o STF:

Súmula 660 - Não incide ICMS na importação de bens por pessoafísica ou jurídica que não seja contribuinte do imposto.

Portanto, contra a literalidade da CF/1988, a posição atual do STF épela não incidência do ICMS nas importações por não contribuintes.

Aproveitando as súmulas do STF, podemos pegar a de número 661:Na entrada de mercadoria importada do exterior, é legítima acobrança do ICMS por ocasião do desembaraço aduaneiro.

Isso dá pano prá manga. E o Ricardo Alexandre mais uma vez me

socorre.

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viabilizar o uso, pelas companhias de navegação aérea, deaeronaves por ela construídas.” 

8.2. Fato Gerador

Ocorre o FG no desembaraço aduaneiro e na aquisição em licitaçãopública de bens importados, apreendidos ou abandonados (Lei Kandir, art. 4º,parág. único, inc. IX e XI).

Veja que, no imposto devido na importação, o fato gerador é idêntico aodo “IPI vinculado”.

8.3 Alíquotas

Cada ente define suas próprias alíquotas. Não há muito o que falaraqui.

Não pediram no edital da RFB a base de cálculo do ICMS, mas a LeiKandir define que é a soma das seguintes parcelas:

 “a) o valor da mercadoria ou bem constante dos documentos deimportação;b) imposto de importação;c) imposto sobre produtos industrializados;

d) imposto sobre operações de câmbio;e)  quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesasaduaneiras.” 

Entram na base de cálculo do ICMS o próprio imposto e as contribuiçõesPIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação.

8.4. Isenções e Imunidades

Tendo em vista o disposto no art. 155 da CF/1988, cabe à leicomplementar a definição acerca de benefícios relativos ao ICMS. Atendendo aesta imposição constitucional, a Lei Complementar nº 24/1975, recepcionadapela CF/1988, define no art. 1º que “as isenções do imposto sobre operaçõesrelativas à circulação de mercadorias serão concedidas ou revogadas nostermos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo DistritoFederal (...)”.

Em 15 de abril de 1975, o colegiado, com representantes da União, dosEstados e do Distrito Federal, criado para cumprimento das disposições da lei

complementar, recebeu o nome de Conselho de Política Fazendária.Atualmente, tem o nome de Conselho Nacional de Política Fazendária(CONFAZ) e possui a competência de celebrar convênios para conceder ou

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revogar as isenções de ICMS, conforme dispõe o art. 3º do Convênio ICMS no133, de 12 de dezembro de 1997.

Claro que não dá neste curso para tratarmos das isenções do ICMS emespécie.

As mesmas coisas que vimos na imunidade de II e de IPI vale para oICMS na importação. O STF tem considerado que a imunidade subjetivaengloba também os tributos incidentes na importação e, portanto, o ICMS.

Além disso, existem algumas hipóteses de imunidade objetiva para oICMS, já analisadas no tópico das “Imunidades do IPI”:

1) Livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão;2) No caso dos produtos destinados ao exterior, há imunidade de IPI e

ICMS;

3) O ouro definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambialsó se sujeita ao IOF e a uma eventual CPMF. Há imunidade emrelação a todos os demais tributos, o que inclui o ICMS.

8.5. Pagamento do Imposto e Controle pela Secretaria da ReceitaFederal do Brasil

Normalmente, o ICMS é pago antes do desembaraço, mas depende da

legislação da UF. Não dá para eu escrever nada além disso, pois eu precisariachecar como cada Estado trata isso. Há previsão para que o pagamento doICMS seja feito por débito automático no registro da DI, juntamente com ostributos federais. Para isso, no entanto, é necessário que seja feito convênioentre a União e a UF, o que ainda carece de efetivação.

Em relação ao controle realizado pela RFB, devemos ver o que dispõe aInstrução Normativa SRF 680/2006, que será o nosso objeto de estudo namatéria de “Despacho Aduaneiro”. A norma define que o AFRFB somente podeautorizar a entrega da mercadoria ao importador depois que este fizer adeclaração no sistema acerca do pagamento ou da exoneração do ICMS:

 Art. 52. O importador deverá apresentar  , por meio de transação própria no Siscomex, declaração sobre o ICMS devido nodesembaraço aduaneiro da mercadoria submetida a despacho deimportação.

§ 1o A declaração de que trata o caput deverá ser efetivada após oregistro da DI e constitui condição para a autorização de entregada mercadoria desembaraçada ao importador.

§ 2o Na hipótese de exoneração do pagamento do ICMS, nostermos da legislação estadual aplicável, o importador  deverá

indicar essa condição na declaração.

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Tabela-ResumoFato Gerador Contribuinte

II 1) Entrada no território

2) Mas p/fins de cálculo:- registro da DI consumo- dia do lançamento- dia do vencimento- registro DI admissão tempor.p/utilização econômica

1) importador

2) adquir.merc.entrepostada3) destinatário deremessa postalinternacional

IE 1) Saída do território2) Mas p/cálculo: RE no Siscomex

Exportador

IPI - desembaraço Importador

Contribui-ções

Idêntico ao do imposto de importação Idêntico ao do impostode importação

ICMS - desembaraço Importador

Outra Tabela-ResumoBase de Cálculo / Alíquotas Dia do pagamento

II 1) alíquota específica -> base decálculo: quantidade de mercadoria

2) alíquota ad valorem -> base decálculo: valor aduaneiroAlíquotas na TEC, fixadas pela CAMEX

No registro da DI

IE  “valor normal” / alíquota básica 30%,podendo variar de 0% a 150%Alíquotas fixadas pela CAMEX

Até 15 dias da DE, masantes do embarque

IPI BC = BC do II + II + EncargosCambiais / Alíquota prevista na TIPI(em regra, ad valorem; para cigarrose bebida, alíquota específica)

Alíquotas fixadas por Decretopresidencial

No registro da DI

Contribui-ções

BC = valor aduaneiro + ICMS +contribuições

No registro da DI

ICMS BC do ICMS = BC do II + II + IPI +IOF + ICMS + contribuições

Alíquotas fixadas pela UF

Seria no registro da DI sehouvesse convêniofirmado pela UF com aUnião. O prazo deve serobservado na legislação

da UF.

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 11. IMPORTAÇÕES.11.1. Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico.Combustíveis: fato gerador, incidência e base de cálculo. (só para

AFRFB)

A legislação específica da CIDE-Combustíveis está na Lei 10.336/2001.Claro que a lei cumpriu e tem que cumprir os requisitos impostos pelo § 4º doartigo 177 da CF/1988:

§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínioeconômico relativa às atividades de importação ou comercializaçãode petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos:

I - a alíquota da contribuição poderá ser:a) diferenciada por produto ou uso;b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo , nãose lhe aplicando o disposto no art. 150, III, b;II - os recursos arrecadados serão destinados:a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo;b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com aindústria do petróleo e do gás;

c) ao financiamento de programas de infra-estrutura detransportes. 

Não precisa cumprir o princípio da anterioridade anual no que tange àsalíquotas.

Os artigos da lei foram trazidos para o Regulamento Aduaneiro, nos arts.298 a 305.

Incidência

 Art. 298. A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômicoincidente sobre a importação e a comercialização de petróleo eseus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílicocombustível - CIDE-Combustíveis incide sobre a importação de

 petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível.

Não há muito o que explicar em matéria de incidência. A CIDE é cobradana importação de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, eálcool etílico combustível.

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QUESTÕES

23 – (TRF/2003) Em relação à Contribuição de Intervenção noDomínio Econômico sobre a Importação e a comercialização de

petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílicocombustível (CIDE), é incorreto afirmar que:a) as operações de importação e de comercialização no mercado interno dequerosene de aviação constituem fatos geradores da Cide.b) o formulador de combustível líquido, derivados de petróleo e derivados degás natural é contribuinte da Cide.c) a base de cálculo da Cide, na comercialização no mercado interno, é o valorda operação de que decorrer a saída, do estabelecimento do contribuinte, depetróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico

combustível.d) a Cide não incide sobre as receitas de exportação, para o exterior, depetróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílicocombustível.e) é responsável solidário pela Cide o adquirente de mercadoria de procedênciaestrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, porintermédio de pessoa jurídica importadora.

ComentáriosSobre a CIDE-Combustíveis, o edital de Comércio Internacional só pediu

fato gerador, incidência e base de cálculo nas importações. Por isso, não temoscondições de analisar plenamente as opções da questão. Aquilo que nãoconseguirmos resolver com o que o edital da RFB/2012 pede, poderemosencontrar na Lei 10.336/2001.

Letra A: correta. Vimos que a importação é fato gerador da CIDE. Amovimentação interna também o é.

Letra B: correta, mas isso é matéria de CIDE no mercado interno, não aCIDE da importação. Não vimos tal matéria.

Letra C: incorreta. Apesar de tratar de comercialização interna, mantive

a questão justamente para olharmos o gabarito. As alíquotas da CIDE-Combustíveis são específicas, seja na importação, seja na comercializaçãointerna.

Letra D: correta. O edital não pede as imunidades da CIDE. Mas nóstemos condições de resolver, pois, assim como as receitas de exportações sãoimunes das contribuições sociais (PIS/PASEP e COFINS), elas também sãoimunes para as contribuições interventivas (CF/1988, art. 149, § 2º, I), comoveremos a seguir a título de “Incentivos Fiscais às Exportações”.

Letra E: correta, mas o edital não pede que estudemos o sujeito passivoda CIDE-Combustíveis. Não vamos inventar mais matéria para estudar, né?

Vamos seguir exatamente o que a Esaf mandou.

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24 – (ACE/1997) Além do Imposto de Importação, sobre o produtoimportado incidem tambéma) IOF - Imposto sobre Operações Financeiras e IPI - Imposto sobre ProdutosIndustrializados

b) IOF e ICMS - Imposto sobre Operações relativas à Circulação deMercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte interestadual eintermunicipal e de Comunicaçãoc) IPI e ICMSd) IOF e ISS - Imposto sobre Serviços de Qualquer Naturezae) ICMS e ISS

ComentáriosAlém do imposto de importação, incidem nas importações o IPI, o ICMS,

o PIS/PASEP-Importação, a COFINS-Importação, a CIDE-Combustíveis e oAFRMM (Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante – Lei10.893/2004).

O AFRMM é o único tributo incidente na importação não pedidoexpressamente no edital. Ele é cobrado à alíquota de 25% sobre o frete por viamarítima. É cobrado pela RFB, não mais pelo Ministério dos Transportes, desdea Medida Provisória 545/2011.

Gabarito: letra c.

25 – (ACE/1997) Na importação, o AFRMM - Adicional ao Frete paraRenovação da Marinha Mercante – incide sobre o valora) ClF da carga desembarcadab) FOB da mercadoria importadac) das taxas de armazenagem e de capataziad) do frete internacionale) do Imposto de Importação

Comentários

Gabarito: letra d.

26 – (AFRFB/2002-2) Quanto ao imposto de exportação (IE), avalie oacerto das afirmações abaixo e marque V para as verdadeiras e F paraas falsas. Em seguida, marque a opção correta:( ) O imposto incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada aoexterior.( ) Pelas regras vigentes, o imposto é excepcional, pois somente os produtosrelacionados estão a ele sujeitos.

( ) O preço, à vista, da mercadoria, FOB ou colocada na fronteira, é indicativodo preço normal, que é a base de cálculo do imposto.

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a) V, V, Vb) V, V, Fc) V, F, Fd) F, F, Fe) F, V, F

ComentáriosTudo correto, como vimos na aula. Letra A.

27 - (AFRFB/2005) O campo de incidência do Imposto sobre ProdutosIndustrializados abrange:a) todos os produtos relacionados na TIPIb) todos os produtos relacionados na TIPI, com alíquota, mesmo os com

alíquota zeroc) todos os produtos, exceto aqueles a que corresponde a notação “zero” d) todos os produtos com alíquotae) todos os produtos, mesmo os com alíquota zero ou com a notação NT, aindaque não relacionados na TIPI

ComentáriosOs produtos com a notação NT são “não tributados”. Tirando esses, o

resto está no campo de incidência do IPI, inclusive os de alíquota 0%.

Gabarito: B.

28 – (INÉDITA) Assinale a alternativa correta:a) O ICMS entra na base de cálculo do PIS/PASEP-Importação.b) A arrematação em leilão de mercadorias apreendidas é fato gerador do

IPI e do ICMS.c)  O fato gerador do imposto de exportação é o registro de exportação no

Siscomex.

d)  O IPI entra na base de cálculo da COFINS-Importação.e) O fato gerador do IPI vinculado à importação é o registro da DI.

ComentáriosLetra A: correta, como vimos.Letra B: errada, por causa do IPI.Letra C: errada. O fato gerador é a saída do país.Letra D: errada. A base de cálculo das contribuições é o valor aduaneiro+ ICMS + as próprias contribuições.Letra E: errada. O fato gerador do IPI é o desembaraço.

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Com a lei 10.637/2002 e 10.833/2003, o PIS/PASEP e a COFINSpassaram a ser cobrados de forma não-cumulativa. No entanto, alguns setoresforam expressamente excluídos desta sistemática, conforme se pode constatarpela leitura dos arts. 2º e 3º de ambas as leis.

Para os setores excluídos, continua valendo a sistemática dacumulatividade das cobranças, sem direito a crédito referente às aquisições.Claro que as alíquotas são inferiores às usadas no regime não-cumulativo(0,65% e 3% de PIS/PASEP e COFINS contra 1,65% e 7,6%).

Para os setores excluídos, ao adquirirem insumos, eles estão pagando0,65% de PIS/PASEP e 3% de COFINS sobre o valor faturado. O problema éque a mercadoria pode passar por várias empresas em compras encadeadas.Aí, no final da história, terá havido uma acumulação grande desses tributospagos cumulativamente. O governo, para ser justo, resolveu devolver tudo quefoi sendo acumulado na cadeia de compras e vendas. Mas claro que o governo

só vai fazer essa devolução para os exportadores, estimulando-os aexportarem mais.Curiosos que quiserem ver a explicação da RFB sobre o sistema

cumulativo e o não cumulativo, segui-me:www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/pispasepcofins/regincidencia.htm

Não curiosos, pulem o link.No caso dos setores submetidos ao regime da NÃO-cumulatividade,

há, como vimos anteriormente:

- imunidade nas exportações, e- direito à manutenção do crédito gerado nas aquisições.

No caso dos setores submetidos ao regime da CUMULATIVIDADE, háigual imunidade nas exportações. No entanto, como a cobrança é cumulativa,não há escrituração de crédito nas aquisições. Fica inviabilizada a manutençãodo crédito, pois inexistente na contabilidade. Por isso, o governo resolveupresumir o valor das contribuições que teriam sido recolhidas desde o início dacadeia produtiva para devolver à empresa, incentivando suas exportações. Ogoverno pensou: “quanto, mais ou menos, existe de contribuições numproduto sujeito à cobrança cumulativa?” 

Por exemplo, ao adquirir um insumo, o exportador está pagando 0,65%de PIS/PASEP e 3% de COFINS. Considerando que o insumo já passou poroutras etapas de industrialização, sendo vendido e revendido, quantopoderíamos presumir que haja de contribuições recolhidas sobre as váriasmovimentações anteriores? É normal que o exportador lá na ponta nãoconheça toda a cadeia anterior do insumo, mas, mesmo se soubesse, ele teriacomo entrar na contabilidade das empresas para descobrir o quanto cada umapagou de contribuições? Claro que não. Por este motivo, o governo criou umafórmula que permite PRESUMIR o que houve de contribuições recolhidascumulativamente. E permitiu que o exportador se credite desse valor. Daí nasceu o nome Crédito Presumido de IPI. Por que “de IPI”? Porque, no caso

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correspondente à relação entre a receita de exportação e a receitaoperacional bruta do produtor exportador.Parágrafo 1º - O crédito fiscal será o resultado da aplicação do

 percentual de 5,37% sobre a base de cálculo definida neste artigo.” 

7) As vendas a empresas comerciais exportadoras são equiparadas aexportações.

Na legislação brasileira, permite-se a habilitação de empresas comerciaisexportadoras na forma do Decreto-Lei 1.248/1972. Elas possuem um monte devantagens previstas na legislação. Afinal, elas fazem um bem ao país, gerandoexportações.

Para que uma empresa possa ser assim habilitada, ela deve, nos termos

do Decreto-Lei:- ter um registro especial na Secretaria de Comércio Exterior e naReceita Federal, de acordo com normas aprovadas pelo Ministro doDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e pelo da Fazenda;- estar constituída sob a forma de sociedade por ações, devendoser nominativas as ações com direito a voto; e- possuir capital mínimo fixado pelo Conselho Monetário Nacional.

O incentivo fiscal à exportação decorre das vendas feitas às empresas

comerciais exportadoras. Tais vendas são equiparadas a exportações, tendo ovendedor direito a usufruir todos os incentivos fiscais previstos para asexportações, como dispõe o Regulamento Aduaneiro:

“ Art. 228. As operações decorrentes de compra de mercadorias nomercado interno, quando realizadas por empresa comercial exportadora,

 para o fim específico de exportação, terão o tratamento previsto nestaSeção.Parágrafo único. Consideram-se destinadas ao fim específico deexportação as mercadorias que forem diretamente remetidas doestabelecimento do produtor-vendedor para:

I - embarque de exportação, por conta e ordem da empresa comercial exportadora; ouII - depósito sob o regime extraordinário de entreposto aduaneiro naexportação.(...) Art. 230. São assegurados ao produtor-vendedor, nas operações deque trata o art. 228, os benefícios fiscais concedidos por lei paraincentivo à exportação.” 

As vendas para as empresas comerciais exportadoras são realizadas comsuspensão no pagamento dos tributos federais. Nem pense em falar quetais saídas se dão com imunidade. Afinal, imunidades e isenções têm que

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ser interpretadas literalmente. Veja o caso do IPI, por exemplo: oRegulamento do IPI (Decreto 7.212/2010) dispõe no artigo 43, V, “a”, acercada suspensão.

Quando a empresa comercial exportadora efetivamente exportar o bem,

aí sim poderemos falar em imunidade.

8) Saída fictaPara incentivar as exportações brasileiras, o governo permite que o bem

seja considerado exportado ainda que ele não saia do país.É comum, por exemplo, que os governos estrangeiros queiram adquirir

carros para suas embaixadas espalhadas pelo mundo. No caso de umamontadora brasileira ganhar a concorrência promovida pelo governo alemão

(como se eles não fossem protecionistas...), ela irá exportar carros para omundo inteiro por ordem daquele governo. Em tese, teria inclusive queexportar os carros que seriam destinados à embaixada alemã no Brasil. Ogoverno brasileiro pensou: “prá que isso? Bobagem a gente exigir que o carrosaia para depois entrar. Vamos permitir que o produto seja consideradoentregue ainda que ele não saia do país.” O governo também estavaconsciente de que a exigência da saída física para os bens vendidos aoexterior, mas a serem entregues no território brasileiro, gera gastosdesnecessários, tirando competitividade da empresa brasileira e, talvez, achance de ganharmos concorrências internacionais. Barateando o produto

brasileiro com a economia de frete e seguro para o comprador estrangeiro,estimulam-se nossas exportações. Criou-se a figura da saída ficta.Há outras hipóteses de saída ficta conforme vemos no Decreto

6.759/2009: Art. 233. A exportação de produtos nacionais sem que tenha ocorridosua saída do território aduaneiro somente será admitida, produzindotodos os efeitos fiscais e cambiais, quando o pagamento for efetivado emmoeda nacional ou estrangeira de livre conversibilidade e o produtoexportado seja (Lei nº 9.826, de 23 de agosto de 1999, art. 6o, caput,com a redação dada pela Lei nº 12.024, de 27 de agosto de 2009, art.

8º; e Lei nº 10.833, de 2003, art. 61, parágrafo único): (Redação dada pelo Decreto nº 7.213, de 15 de junho de 2010)I - totalmente incorporado a bem que se encontre no País, de

 propriedade do comprador estrangeiro, inclusive em regime de admissãotemporária sob a responsabilidade de terceiro;II - entregue a órgão da administração direta, autárquica ou fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, emcumprimento de contrato decorrente de licitação internacional;III - entregue, em consignação, a empresa nacional autorizada a operar o regime de loja franca;

IV - entregue, no País, a subsidiária ou coligada, para distribuição sob aforma de brinde a fornecedores e clientes;

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V - entregue a terceiro, no País, em substituição de produtoanteriormente exportado e que tenha se mostrado, após o despachoaduaneiro de importação, defeituoso ou imprestável para o fim a que sedestinava;

VI - entregue, no País, a missão diplomática, repartição consular decaráter permanente ou organismo internacional de que o Brasil sejamembro, ou a seu integrante, estrangeiro;VII - entregue, no País, para ser incorporado a plataforma destinada à

 pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e gás natural em construção ouconversão contratada por empresa sediada no exterior, ou a seusmódulos; ouVIII - utilizado exclusivamente nas atividades de pesquisa ou lavra de

 jazidas de petróleo e gás natural, quando vendida a empresa sediada noexterior e conforme definido em legislação específica, ainda que se faça

 por terceiro sediado no País.§ 1o Nas operações de exportação sem saída do produto do territórionacional, com pagamento a prazo, os efeitos fiscais e cambiais, quandoreconhecidos pela legislação vigente, serão produzidos no momento dacontratação, sob condição resolutória, aperfeiçoando-se pelorecebimento integral em moeda de livre conversibilidade (Lei no 10.833,de 2003, art. 61, caput).§ 2o As operações previstas no caput estarão sujeitas ao cumprimentode obrigações e formalidades de natureza administrativa e fiscal,conforme estabelecido em ato normativo da Secretaria da ReceitaFederal do Brasil (Lei no 9.826, de 1999, art. 6o , parágrafo único; e Lei no 10.833, de 2003, art. 92).” 

9) BEFIEX

O BEFIEX foi concedido só até 1993 com base no Decreto-Lei2.433/1988, porém seus efeitos ainda se verificam, pois tais incentivos eramconcedidos por 20 anos ou até mais. Desde a Lei 8.661/1993, não há maisnovas concessões.

O BEFIEX se baseia na concessão de um monte de benefícios para asempresas habilitadas no BEFIEX. Há benefícios no imposto de renda, impostode importação, IPI e AFRMM.

Novas concessões de BEFIEX deixaram de ser feitas porqueconsideraram que o drawback, analisado a seguir, seria mais eficiente, pois osbenefícios fiscais seriam restritos aos tributos vinculados diretamente aocomércio exterior.

DL 2.433/88:

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“ Art. 7 o – O Programa BEFIEX tem por finalidade principal oincremento das exportações e a obtenção de saldo global acumulado

 positivo de divisas, computados os dispêndios cambiais a qualquer título, mediante compromissos firmados com a União pelas empresas

titulares.

 Art. 8o – Às empresas industriais titulares de programa BEFIEX  poderão ser concedidos os seguintes benefícios, nas condições fixadasem regulamento:I – redução de 50% ou 45% do Imposto de Importação (II) incidentesobre máquinas, equipamentos, aparelhos, instrumentos e materiais,e seus respectivos acessórios, sobressalentes e ferramentas,destinados a integrar o ativo imobilizado de empresas industriais;(percentuais alterados pela Lei 7.988/89, arts. 4o e 5 o )

II – redução de 50% ou 25% dos Impostos de Importação e sobreProdutos Industrializados (II e IPI) incidentes na importação dematérias-primas, produtos intermediários, componentes e peças dereposição; (percentuais alterados pela Lei 7.988/89, arts. 4o e 5 o )III – compensação total ou parcial do prejuízo verificado em um

 período-base, com o lucro real determinado nos 6 períodos-basesubseqüentes, desde que não sejam distribuídos lucros ou dividendosa seus sócios ou acionistas enquanto houver prejuízo a compensar,

 para efeito de apuração do Imposto sobre a Renda;

IV – isenção do Adicional ao Frete para a Renovação da MarinhaMercante, relativo aos bens importados com os benefícios de quetratam os itens I e II;V – depreciação acelerada das máquinas, equipamentos, aparelhos einstrumentos novos, utilizados no processo de produção e ematividades de desenvolvimento tecnológico industrial, para efeito deapuração do Imposto sobre a Renda.” 

10)  Drawback

O drawback é incentivo fiscal às exportações e será estudado na aulasobre Regimes Aduaneiros Especiais. Veremos que ele consiste nadesoneração dos tributos incidentes na importação de insumos vinculados aexportações. A ideia do governo em não cobrar tributos sobre os insumosimportados se prende ao desejo de baratear as nossas exportações, dandocompetitividade às nossas empresas no mercado internacional.

O drawback toma o lugar do BEFIEX com algumas importantesmodificações:

a.  Em vez de apenas reduzir o imposto de importação e o IPI, há, nodrawback, a desoneração total;

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b.  A redução em imposto de renda não existe mais como incentivo àexportação;

c.  O drawback só é admissível a insumos, não se aplicando a máquinase assemelhados, que eram amparados pelo BEFIEX.

11)  Depósito Alfandegado Certificado (DAC)

O depósito alfandegado certificado é outro regime aduaneiro especial, aser estudado com o Missagia. Cabe então apenas uma breve explicação.

Retomando o exemplo da saída ficta dos carros para a Alemanha,poderia ocorrer que o governo alemão quisesse que os carros destinados àsembaixadas do mundo inteiro ficassem no Brasil por mais um pouco de tempoaté que problemas burocráticos lá na Alemanha fossem resolvidos. O

exportador aqui doido para exportar, e o importador querendo adiar orecebimento dos carros. Para atender aos dois interesses, o governo brasileirocriou o regime de depósito alfandegado certificado, permitindo que os carrossejam ali depositados, sendo então considerados exportados para todos osfins.

Esta permissão de depósito no Brasil até que chegue a data escolhidapelo importador estrangeiro incentiva as nossas exportações, pois as empresasbrasileiras não precisam temer ficar segurando mercadorias já vendidas, o quenão lhe permitiria usufruir os incentivos da exportação. Depositando no DAC, aempresa já poderá usufruir os incentivos.

QUESTÕES

30 – (AFTN 1998) O crédito presumido do IPI, como ressarcimento dascontribuições para o PIS, PASEP e COFINS incidentes sobre asrespectivas aquisições, no mercado interno, de matérias-primas,produtos intermediários e material de embalagem, para utilização noprocesso produtivo, beneficiaa) exclusivamente a empresa produtora de mercadorias nacionais fornecidas a

empreendimentos de relevante interesse nacional, assim definidos emlegislação específicab) exclusivamente a empresa comercial exportadora relativamente ao IPIincidente nas aquisições no mercado interno, de produtos intermediários,utilizados no processo produtivo do fabricante intermediárioc) exclusivamente a empresa produtora e exportadora de mercadoriasnacionais, inclusive as por ela vendidas a empresa comercial exportadora como fim específico de exportação para o exteriord) exclusivamente a empresa produtora e exportadora de mercadoriasnacionais e nacionalizadas

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a) às exportações amparadas por Registro de Exportação Simplificada (RES),Declaração Simplificada de Exportação (DSE), Remessa Postal Internacional eContrato de Câmbio Simplificado, não são assegurados os mesmos incentivosfiscais concedidos às vendas externas realizadas pelo sistema tradicional,

tendo em vista que a simplificação, desonerando as empresas dos custosadministrativos, já constitui um incentivo.b) o elenco de incentivos fiscais à exportação no Brasil não contempla asempresas optantes pelo SIMPLES, porém, contempla as mercadoriassubmetidas ao regime aduaneiro especial de entreposto industrial.c) a não-incidência (imunidade constitucional) do IPI sobre produtosdestinados ao exterior não é aplicável apenas àqueles obtidos nas operaçõesde recondicionamento e acondicionamento (embalagem de apresentação).d) o índice de 5,37% a ser aplicado para se obter a importância a serressarcida sob a forma de crédito fiscal presumido do IPI é calculado sobre as

contribuições do PIS e COFINS incidentes apenas nas aquisições de matérias-primas e produtos intermediários nacionais e nacionalizados, vedado obenefício à empresa equiparada a industrial que exporte produto mandadoindustrializar por encomenda, com a remessa por ela efetuada de insumosnecessários à industrialização.e) o regime aduaneiro especial de drawback , consistindo num incentivo àexportação de produtos fabricados no mercado interno (RegulamentoAduaneiro, art. 335), visa desonerar o industrial exportador do IPI e demaistributos incidentes na exportação dos produtos finais discriminados nosrespectivos Atos Concessórios.

ComentáriosGabarito: b.Como as empresas optantes pelo Simples pagam uma alíquota única,

não há direito à manutenção do crédito do IPI, ICMS, PIS/COFINS, assim comonão há direito ao crédito presumido do IPI. No entanto, a questão tinha que tersido anulada, pois alguns benefícios fiscais são cabíveis, como as imunidades eo drawback.

Letra A: incorreta. Todas as exportações, independentemente do

exportador, são objeto dos mesmos incentivos fiscais.Letra B: incorreta. A imunidade do IPI é irrestrita. É para todas as

exportações.Letra D: incorreta. Os 5,37% são calculados sobre o total dos insumos

adquiridos.Letra E: incorreta. O drawback não desonera IPI incidente sobre

exportações. A imunidade do IPI está na CF/1988.

33 – (AFTN/1996) Os incentivos fiscais ao comércio exterior abrangem,

entre outros, a:

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α) isenção dos impostos incidentes sobre o comércio de cargas e depassageiros;β) suspensão do Imposto de Renda sobre o lucro das operações de comércioexterior;

χ) exoneração dos impostos sobre a exportação de produtos industrializadose da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social;δ) eliminação dos impostos sobre a importação de bens industrializados esobre a exportação de bens primários;ε) concessão de fundos para o financiamento de importações e exportações.

ComentáriosQuestão direta. Letra c.

34 – (ACE/2008) Considerando os tratamentos administrativo eaduaneiro aplicados às exportações brasileiras, julgue os itensseguintes.No atual regime tributário brasileiro, as exportações diretas e indiretas estãoisentas do IPI e da contribuição para o financiamento da seguridade social(COFINS) e sobre elas também não incide o ICMS.

ComentáriosO gabarito preliminar havia sido dado como Verdadeiro.

Depois, a banca percebeu que misturou conceitos de isenção eimunidade e mudou o gabarito para Falso.

Por hoje é só.Fica com Deus.Rodrigo Luz

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e) é responsável solidário pela Cide o adquirente de mercadoria de procedênciaestrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, porintermédio de pessoa jurídica importadora.

24 – (ACE/1997) Além do Imposto de Importação, sobre o produtoimportado incidem tambéma) IOF Imposto sobre Operações Financeiras e IPI Imposto sobre ProdutosIndustrializadosb) IOF e ICMS Imposto sobre Operações relativas à Circulação deMercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte interestadual eintermunicipal e de Comunicaçãoc) IPI e ICMSd) IOF e ISS Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza

e) ICMS e ISS

25 – (ACE/1997) Na importação, o AFRMM Adicional ao Frete paraRenovação da Marinha Mercante – incide sobre o valora) ClF da carga desembarcadab) FOB da mercadoria importadac) das taxas de armazenagem e de capataziad) do frete internacionale) do Imposto de Importação

26 – (AFRFB/2002-2) Quanto ao imposto de exportação (IE), avalie oacerto das afirmações abaixo e marque V para as verdadeiras e F paraas falsas. Em seguida, marque a opção correta:( ) O imposto incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada aoexterior.( ) Pelas regras vigentes, o imposto é excepcional, pois somente os produtosrelacionados estão a ele sujeitos.( ) O preço, à vista, da mercadoria, FOB ou colocada na fronteira, é indicativo

do preço normal, que é a base de cálculo do imposto.a) V, V, Vb) V, V, Fc) V, F, Fd) F, F, Fe) F, V, F

27 - (AFRFB/2005) O campo de incidência do Imposto sobre ProdutosIndustrializados abrange:a) todos os produtos relacionados na TIPI

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e) conjuntamente, a empresa produtora e exportadora de mercadoriasnacionais e a empresa comercial exportadora adquirente de seus produtospara revenda a entreposto de exportação.

31 – (AFTN 1998) Visando reduzir os custos dos produtos deexportação e, portanto, torná-los competitivos internacionalmente,são instituídas diferentes formas de incentivos. No Brasil, a concessãode incentivos fiscais à exportação envolvea) restituição do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Impostosobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e redução da alíquota doImposto de Exportação, nos casos em que este incidab) redução de 50% das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados(IPI) e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)

c) isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Impostosobre Serviços (ISS) e restituição das taxas de Contribuição para oFinanciamento da Seguridade Social (COFINS) e Programa de IntegraçãoSocial (PIS)d) dispensa do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a não incidênciado Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e isenção derecolhimento da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social(COFINS) e da contribuição ao Programa de Integração Social (PIS)e) redução de alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e doImposto de Exportação, proporcionalmente ao volume exportado, e dispensa

do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)

32 – (AFRF 2003) Com relação aos incentivos fiscais à exportação noBrasil, é correto afirmar quea) às exportações amparadas por Registro de Exportação Simplificada (RES),Declaração Simplificada de Exportação (DSE), Remessa Postal Internacional eContrato de Câmbio Simplificado, não são assegurados os mesmos incentivosfiscais concedidos às vendas externas realizadas pelo sistema tradicional,tendo em vista que a simplificação, desonerando as empresas dos custosadministrativos, já constitui um incentivo.

b) o elenco de incentivos fiscais à exportação no Brasil não contempla asempresas optantes pelo SIMPLES, porém, contempla as mercadoriassubmetidas ao regime aduaneiro especial de entreposto industrial.c) a não-incidência (imunidade constitucional) do IPI sobre produtosdestinados ao exterior não é aplicável apenas àqueles obtidos nas operaçõesde recondicionamento e acondicionamento (embalagem de apresentação).d) o índice de 5,37% a ser aplicado para se obter a importância a serressarcida sob a forma de crédito fiscal presumido do IPI é calculado sobre ascontribuições do PIS e COFINS incidentes apenas nas aquisições de matérias-

primas e produtos intermediários nacionais e nacionalizados, vedado obenefício à empresa equiparada a industrial que exporte produto mandado

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7/30/2019 Aula 02 LEGISLAÇÃO ADUANEIRA – RFB/2012PROFESSORES: LUIZ MISSAGIA E RODRIGO LUZ

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LEGISLAÇÃO ADUANEIRA – RFB/2012PROFESSORES: LUIZ MISSAGIA E RODRIGO LUZ

industrializar por encomenda, com a remessa por ela efetuada de insumosnecessários à industrialização.e) o regime aduaneiro especial de drawback, consistindo num incentivo àexportação de produtos fabricados no mercado interno (Regulamento

Aduaneiro, art. 335), visa desonerar o industrial exportador do IPI e demaistributos incidentes na exportação dos produtos finais discriminados nosrespectivos Atos Concessórios.

33 – (AFTN/1996) Os incentivos fiscais ao comércio exteriorabrangem, entre outros, a:a) isenção dos impostos incidentes sobre o comércio de cargas e depassageiros;b) suspensão do Imposto de Renda sobre o lucro das operações de

comércio exterior;c) exoneração dos impostos sobre a exportação de produtosindustrializados e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social;d) eliminação dos impostos sobre a importação de bens industrializados esobre a exportação de bens primários;e) concessão de fundos para o financiamento de importações eexportações.

34 – (ACE/2008) Considerando os tratamentos administrativo eaduaneiro aplicados às exportações brasileiras, julgue os itensseguintes.No atual regime tributário brasileiro, as exportações diretas e indiretas estãoisentas do IPI e da contribuição para o financiamento da seguridade social(COFINS) e sobre elas também não incide o ICMS.

GABARITOS

01 – C02 - A03 - C04 – A

13 – E14 – A15 – D16 – C

25 – D26 – A27 – B28 – A