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Geissy Lima73217930100 PORTUGUÊS P/ TJ MG - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 2 Sinônimo, antônimo, homônimos e parônimos, notações léxicas. Olá, pessoal! Espero que todos estejam entendendo bem a matéria e realizando realmente todas as questões, pois isso é essencial para nos darmos bem na prova. Vamos abordar o primeiro tema de maneira bem simples: Notações léxicas As chamadas notações léxicas são os sinais gráficos que nos auxiliam a pronunciar corretamente uma palavra. Muitos desses sinais já foram vistos na aula passada. Vamos a uma rápida revisão: a) acento agudo: sinaliza a vogal tônica (vínculo, córrego, tráfego); b) acento circunflexo: sinaliza a vogal tônica fechada (êxtase, nego, câmbio); c) acento grave: sinaliza o emprego da crase (Vamos à praia); d) til: sinaliza a nasalização da vogal “a” ou “o” (mãe, põe); e) trema: sinaliza a semivogal “u” nas sílabas “que”, “qui”, “gue”, “gui” (cinqüenta, tranqüilo, agüentar, argüição); f) apóstrofo: serve para assinalar a supressão de um fonema, normalmente a de uma vogal, em certas pronúncias populares (pau dalho, caixa dágua); g) cedilha: sinal que fica debaixo da consoante “c”, diante de “a”, “o”, “u” (caça, maciço, açúcar); h) hífen: sinal que liga palavras compostas, separa sílabas em final de linha de texto ou separa os pronomes oblíquos átonos (pão-de-ló, couve-flor, parti-lo, compô-la). Agora, trabalharemos o sentido das palavras. Conhecer o sentido das palavras e suas relações na frase é necessário para o melhor entendimento do texto. Assim, vamos ao primeiro tópico importante: Português para o TJ-MG (teoria e questões comentadas)

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Aula 2

Sinônimo, antônimo, homônimos e parônimos, notações léxicas.

Olá, pessoal!

Espero que todos estejam entendendo bem a matéria e realizando realmente todas as questões, pois isso é essencial para nos darmos bem na prova.

Vamos abordar o primeiro tema de maneira bem simples:

Notações léxicas As chamadas notações léxicas são os sinais gráficos que nos auxiliam a pronunciar corretamente uma palavra.

Muitos desses sinais já foram vistos na aula passada. Vamos a uma rápida revisão:

a) acento agudo: sinaliza a vogal tônica (vínculo, córrego, tráfego);

b) acento circunflexo: sinaliza a vogal tônica fechada (êxtase, cônego, câmbio);

c) acento grave: sinaliza o emprego da crase (Vamos à praia);

d) til: sinaliza a nasalização da vogal “a” ou “o” (mãe, põe);

e) trema: sinaliza a semivogal “u” nas sílabas “que”, “qui”, “gue”, “gui” (cinqüenta, tranqüilo, agüentar, argüição);

f) apóstrofo: serve para assinalar a supressão de um fonema, normalmente a de uma vogal, em certas pronúncias populares (pau d’alho, caixa d’água);

g) cedilha: sinal que fica debaixo da consoante “c”, diante de “a”, “o”, “u” (caça, maciço, açúcar);

h) hífen: sinal que liga palavras compostas, separa sílabas em final de linha de texto ou separa os pronomes oblíquos átonos (pão-de-ló, couve-flor, parti-lo, compô-la).

Agora, trabalharemos o sentido das palavras.

Conhecer o sentido das palavras e suas relações na frase é necessário para o melhor entendimento do texto. Assim, vamos ao primeiro tópico importante:

Português para o TJ-MG (teoria e questões comentadas)

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Denotação e conotação:

As palavras podem ser empregadas em sentido literal ou figurativo. Por esse motivo, elas podem ser divididas em dois grupos: denotativo e conotativo.

Denotação é o sentido literal da palavra. Por exemplo, podemos dizer:

A onça é uma fera.

O vocábulo “fera” significa “animal bravio e carnívoro”. Esse é o seu sentido literal.

Mas, por associação, visto que as feras têm muita astúcia, agilidade, agressividade, esse vocábulo ganha uma dimensão além do literal. É o que chamamos de conotação. Este sentido normalmente aparece nos dicionários com a abreviatura “fig.”.

Por associação à ideia de agilidade, podemos dizer:

Ele é uma fera no computador.

Podemos, também, associá-lo à braveza:

O meu chefe está uma fera comigo.

Vamos a mais alguns exemplos de denotação, agora com a palavra “joia”:

Essa joia em seu pescoço está há várias gerações em nossa família. O rubi é uma joia que encanta meus olhos. Aquele vaso, provavelmente chinês, é uma joia de raro acabamento. Vamos comparar com o sentido conotativo:

Ela é uma joia de menina. Que joia esse cachorrinho!

Questão 1: Analista Técnico de Políticas Sociais – MPOG – 2012 (banca ESAF) 1 5

Há evidências de um processo de fragilização da indústria nacional que, se não for detido, poderá em prazos mais longos prejudicar o desenvolvimento do país. A preocupação com o setor não é um fetiche antiquado. Apesar de a economia contemporânea propiciar outras fontes de criação de valor — como é o caso dos serviços, cada vez mais globalizados —, a indústria permanece como foco da incorporação de tecnologia e do aumento da produtividade. Ela exerce, além disso, efeito multiplicador sobre outras áreas.

(Adaptado de Folha de S. Paulo, Editorial, 9/9/2012) Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)

A palavra “fetiche”(ℓ.4) está sendo empregada com o sentido figurado de objeto de obsessão, de aspiração. Comentário: A afirmativa está correta. Segundo o dicionário Aurélio, “fetiche” tem o sentido denotativo de: “objeto animado ou inanimado, feito pelo homem ou produzido pela natureza, ao qual se atribui poder sobrenatural e se presta culto”. Esse sentido foi ampliado no texto com valor conotativo, figurado, de

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objeto de obsessão, de aspiração. Veja:

“A preocupação com o setor não é uma aspiração antiquada.” “A preocupação com o setor não é uma obsessão antiquada.”

Gabarito: C Campos semânticos

As palavras podem associar-se de várias maneiras. Quando se relacionam pelo sentido, temos um campo semântico. Não se trata de sinônimos ou antônimos, mas de aproximação de sentido num dado contexto.

Ex.: perna, braço, cabeça, olhos, cabelos, nariz → partes do corpo humano

azul, verde, amarelo, cinza, marrom, lilás → cores

martelo, serrote, alicate, torno, enxada → ferramentas

batata, abóbora, aipim, berinjela, beterraba → legumes

Observações

a) Também constituem campos semânticos palavras como flor, jardim, perfume, terra, espinho, embora não pertençam a um grupo delimitado; mas a associação entre elas é evidente.

b) As palavras podem pertencer a campos semânticos diferentes. Veja o caso de abóbora, citada há pouco. Ela também serve para indicar cor, o que a colocaria no segundo grupo de palavras.

c) Essas palavras também podem ser associadas no grupo de hiperônimos e hipônimos que serão vistos em seguida.

Hiperônimo:

Quando há vocábulos reunidos em grupo fazendo parte um mesmo campo semântico, podem-se associar esses vocábulos aos hiperônimos e hipônimos. O prefixo “hiper” e “hipo” significam, respectivamente, generalização e especificação. Assim, hiperônimo é uma palavra que apresenta um significado mais abrangente do que o do seu hipônimo (vocabulário de sentido mais específico).

Por exemplo:

Legume (sentido mais geral) é hiperônimo de batata (sentido mais específico).

Fruta (sentido mais geral) é hiperônimo de abacaxi (sentido mais específico).

Doença (sentido mais geral) é hiperônimo de catapora (sentido mais específico)

Por associação, hipônimo são palavras que se relacionam pelo sentido dentro de um conjunto, ligando-se por afinidade ou por um ser parte do outro.

Por exemplo:

Banana ou laranja (sentido mais específico) são hipônimos de fruta (sentido mais geral)

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Azul ou preto (sentido mais específico) são hipônimos de cor (sentido mais geral)

Alface ou couve (sentido mais específico) são hipônimos de verdura (sentido mais geral)

Veja o que acontece com as palavras doença e gripe – doença é hiperônimo de gripe porque em seu significado contém o de gripe e o sentido de mais uma série de palavras como dengue, malária, câncer. Então se conclui que gripe é hipônimo de doença.

A relação existente entre hiperônimo e hipônimo é fundamental para a coesão textual.

Ex: Grupos de refugiados chegam diariamente do sertão castigado pela seca. São pessoas famintas, maltrapilhas, destruídas.

Note que a palavra “pessoas” é um hiperônimo da palavra “refugiados”, uma vez que “pessoas” apresenta um significado mais abrangente que seu hipônimo “refugiados”.

Questão 2: CVM Médio 2005 (banca NCE) No conjunto de frases abaixo, o termo sublinhado tem valor geral e substitui o termo específico anteriormente grafado em maiúsculas. A alternativa em que a substituição NÃO se processa desse mesmo modo é:

(A) O ROUBO na Polícia Federal ainda não devidamente esclarecido e deve ser um desses delitos que acabam sem solução;

(B) O DEPUTADO não foi acusado de nada e por isso era um político que andava livremente pelo Congresso;

(C) A INVESTIGAÇÃO foi comandada pelo partido do Governo e, por isso, os políticos da oposição criticavam o inquérito;

(D) O deputado acusou OUTROS POLÍTICOS e as pessoas acusadas tiveram que defender-se;

(E) DEPUTADOS E SENADORES reuniram-se com o Presidente, que recebeu com gentileza todos os representantes do povo.

Comentário: A alternativa (A) está correta, pois “roubo” encontra-se no grupo dos diversos delitos. A alternativa (B) está correta, pois “deputado” encontra-se no grupo de “políticos”. A alternativa (C) é a errada, pois na realidade é a “investigação” que possui sentido geral; então é o vocábulo “inquérito” que se encontra no grupo das investigações. A alternativa (D) está correta, pois a expressão “outros políticos” encontra-se no grupo de “pessoas”. A alternativa (E) está correta, pois a expressão “deputados e senadores” encontra-se no grupo de representantes do povo. Gabarito: C Questão 3: Petrobras / 2010 / Superior (banca Cesgranrio) Fragmento do texto: Como podemos superar esses momentos? Como fazer para evitar esses erros súbitos? Perguntas a que também quero responder, afinal, sou humano e cometo todos os erros inerentes a minha condição,

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contudo, posso afirmar que o mundo não acaba amanhã e, retirando a morte, as decisões podem ser adiadas, lembrando que algumas delas geram ônus e multas. No direito e na medicina isso é mais complexo, mas em muitas outras áreas isso é perfeitamente aceito. A máxima de que “não deixe para fazer amanhã o que você pode fazer hoje” não é tão máxima assim. Devemos lembrar que nada é absoluto, mas relativo. Uma coisa faz muito sentido nesse tema: não deixe entrar aquilo de que você tem dúvida; se deixar, limite o espaço. Analise o trecho: “Uma coisa faz muito sentido nesse tema: não deixe entrar aquilo de que você tem dúvida;”

Qual das palavras a seguir confere sentido mais específico à palavra “coisa”?

(A) Insegurança. (B) Situação. (C) Atitude. (D) Distorção. (E) Configuração. Comentário: A palavra “coisa” tem sentido generalizante. A questão quer uma palavra que especifique o sentido. Pela estrutura sintática, percebemos que a palavra “coisa” será especificada após os dois-pontos. Na oração após os dois-pontos, há uma atitude a ser tomada (“não deixe entrar aquilo de que você tem dúvida”). Veja:

“Uma coisa faz muito sentido nesse tema: não deixe entrar ...” Assim, entendemos que a palavra “coisa” se refere a uma atitude (alternativa C). Gabarito: C Questão 4: INCA Médio 2009 (banca NCE) O vocábulo abaixo que NÃO se insere entre vocábulos próprios da área médica é:

(A) parasita; (B) inseto; (C) cardiopatia; (D) anemia; (E) febre. Comentário: As palavras “parasita”, “cardiopatia”, “anemia” e “febre” estão no campo semântico de doença; já o vocábulo inseto destoa deste sentido. Gabarito: B

Polissemia: capacidade que as palavras têm de assumir significados variados de acordo com o contexto.

Ele anda muito. Mário anda doente. Aquele executivo só anda de avião. Meu relógio não anda mais.

O verbo andar tem origem no latim ambulare. Possui inúmeros significados em português, dos quais destacamos apenas quatro. Trata-se, pois, de uma mesma palavra, de uso diverso na língua. Nas frases do exemplo, significa, respectivamente, caminhar, estar, viajar e funcionar.

Sinonímia: é um item de suma importância para a interpretação de textos e também para a coesão referencial, pois se pode retomar palavra anteriormente expressa por seu sinônimo, evitando a repetição viciosa. Há sinonímia quando duas ou mais palavras têm o mesmo significado em determinado contexto.

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O comprimento da sala é de oito metros.

A extensão da sala é de oito metros.

A substituição de comprimento por extensão não altera o sentido da frase, pois os termos são sinônimos.

Em verdade, as palavras são sinônimas em certas situações, mas podem não ser em outras. É a riqueza da língua portuguesa falando mais alto. Pode-se dizer, em princípio, que face e rosto são dois sinônimos: ela tem um belo rosto, ela tem uma bela face. Mas não se consegue fazer a troca de face por rosto numa frase do tipo: em face do exposto, aceitarei.

Esse tema tem relação direta com a interpretação de texto. A prova normalmente lista expressões com o mesmo sentido contextual. Então o que é mais importante é a atenção na interpretação.

Antonímia

Requer os mesmos cuidados da sinonímia. Na realidade, tudo é uma questão de bom vocabulário. Antonímia é o emprego de palavras de sentido contrário, oposto.

Ex.: É um menino corajoso. É um menino medroso.

Questão 5: ALERJ 2011 Assessoramento às Comissões (banca CEPERJ) Fragmento do texto: Decência e genuína seriedade são os requisitos exigidos de homens dedicados à coisa pública. A palavra “requisitos” guarda, com as palavras “decência” e “seriedade”, relação semântico-coesiva de:

A) sinonímia B) polissemia C) paronímia D) hiperonímia E) antonímia Comentário: Note que a palavra “requisitos” tem valor geral, e as palavras “Decência” e “genuína” têm valor específico. Por isso, a palavra “requisitos” é um hiperônimo (valor geral). Gabarito: D Questão 6: DPE RS 2010 (banca FCC) Fragmento do texto: O caso mais recente de tentativas de restringir a livre circulação de ideias envolve a obra Caçadas de Pedrinho, na qual a turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo sai em busca de uma onça-pintada. Ocorre que, ao longo de quase oito décadas de carreira do livro, o Brasil não conseguiu se livrar de excessos na vigilância do politicamente correto, nem de intolerâncias como o racismo. Ainda assim, já não convive hoje com hábitos como o de caça a animais em extinção e avançou nas políticas para a educação das relações étnico-raciais. A palavra animais estabelece ligações com espécies que estão em extinção. Qual a propriedade semântica dessa relação? (A) Hiperonímia. (B) Sinonímia. (C) Homonímia. (D) Paronímia. (E) Antonímia. Comentário: Entre a palavra “animais” (nome mais específico) e espécie (nome mais generalizado), há um desnível. Há várias espécies (humana,

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vegetal, animal etc). Assim, “animais” está dentro do grupo de “espécies”. Portanto, há uma relação de hiperonímia: “espécies” é hiperônimo e “animais” é hipônimo. Gabarito: A Questão 7: Petrobras / 2010 / Superior (banca Cesgranrio) O valor semântico atribuído ao verbo dar, apresentado entre parênteses, está INCORRETO na frase (A) Lamentavelmente, deu pouco tempo do seu dia para uma reflexão.

(dedicar) (B) Embora tivesse magoado algumas pessoas, não se deu conta. (percebeu) (C) Daqui a um tempo, dará por terminado o seu problema maior.

(considerar) (D) O seu primeiro erro se deu quando tentou ajudar um amigo em apuros.

(concedeu) (E) No presente, a vida se dá tão pessimista. (apresenta) Comentário: Note que, na alternativa (D), podemos entender que “conceder” significa doar, dar algo a alguém. Isso não ocorreu no contexto. Nesta frase, o verbo “dar” encontra-se no sentido de “ocorrer”. Gabarito: D Questão 8: PROMINP / 2010 / Superior (banca Cesgranrio) Fragmento do texto: O esquema é tão organizado que, além dos uniformes produzidos e bancados pelos próprios jogadores, um juiz profissional é convocado para apitar a partida. A árdua missão de pôr ordem na casa fica para o professor Rafael. Para ele, a regra é clara. De acordo com o fragmento, o professor Rafael tem uma “...árdua missão...”. Dentre as palavras abaixo, aquela que significa o CONTRÁRIO da palavra em destaque é

(A) difícil. (B) trabalhosa. (C) complicada. (D) fácil. (E) penosa. Comentário: Pelo contexto e pelo valor semântico da palavra, não resta dúvida de que o contrário de “árduo” é “fácil”. Gabarito: D

Questão 9: Casa da Moeda / 2005 / Médio (banca Cesgranrio) Fragmento do texto: A Coroa pretendia impor o uso do idioma português entre as populações nativas da América porque Pombal entendia que as línguas indígenas reforçavam os costumes tribais, que ele pretendia extinguir. Na sua visão, o uso da língua portuguesa ajudaria a erradicar esses costumes, aumentando a sujeição das populações indígenas ao Rei e à Coroa. A palavra que expressa o CONTRÁRIO do significado de “erradicar” é

(A) fixar. (B) tirar. (C) extrair. (D) eliminar. (E) desarraigar. Comentário: Erradicar significa aniquilar, acabar de vez. Assim, fixar os costumes indígenas certamente é o contrário. Gabarito: A

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Questão 10: PROMINP / 2010 / Médio (banca Cesgranrio) A sentença em que o verbo pegar apresenta-se com o mesmo sentido e integra a mesma construção sintática com que é usado em “ele pegou um balde grande de plástico,” é:

(A) Os alunos pegam facilmente tudo o que é ensinado. (B) Pegar um bom emprego é o objetivo de todos. (C) Pegou do irmão a mania de fazer coleção de figurinhas. (D) Pegou no que era seu, deu adeus e foi embora. (E) Pegou sem cuidado o copo e deixou-o quebrar. Comentário: No contexto, o verbo “pegou” está no sentido de “apanhar”, “segurar”. (A): “pegam” tem o mesmo sentido de abstraem, entendem. (B): “Pegar” tem o mesmo sentido de conquistar, conseguir. (C): “Pegou” tem o mesmo sentido de receber algo por influência. (D): “Pegou” tem o mesmo sentido do verbo do pedido da questão: “apanhar”. Porém, a construção sintática é diferente. Este verbo é transitivo indireto, e o da frase da questão é transitivo direto. (E): “Pegou” tem o mesmo sentido da frase acima e a mesma regência: são transitivos diretos. Portanto, é a alternativa correta. Gabarito: E Questão 11: TRE - PA / 2007 / Analista (banca CESPE) Fragmento do texto: A partir da diplomação, os deputados federais eleitos só podem ser presos em caso de incontestável crime. A regra vale para todos os membros do Congresso Nacional, conforme dispõe o texto constitucional em vigor. Enquanto não forem diplomados, os eleitos continuam sujeitos às penalidades da lei, como qualquer cidadão, podendo, inclusive, ser presos, mesmo se não se tratar de crime evidente. O artigo 53 da Constituição Federal expressa que, a partir da posse, com a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos. Ainda de acordo com o texto constitucional promulgado em 1988, a diplomação torna deputados e senadores invioláveis civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. A mesma norma legal estabelece que deputados e senadores, a contar da expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal (STF). Considerando os sentidos das palavras empregadas no texto, há relação de sinonímia contextual entre

A “incontestável” (linha 2) e imponderável. B “diplomados” (linha 4) e reformados. C “evidente” (linha 6) e indubitável. D “invioláveis” (linha 10) e permanentes. E “expedição” (linha 12) e envio. Comentário: Na alternativa (A), perceba que “incontestável” significa indiscutível (em caso de crime indiscutível). Já “imponderável” significa aquilo que não se pode avaliar. Assim, não são sinônimos. Na alternativa (B), o segundo parágrafo explica literalmente o que

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venha a ser diplomação: é a formalidade da posse dos membros do Congresso Nacional. Já “reformados” significa, de maneira geral, aquilo que foi corrigido. A alternativa (C) está correta, pois a expressão “evidente” significa “às claras”, “que não oferece dúvida”. Por isso, a substituição pelo adjetivo “indubitável” preserva o sentido no texto. Na alternativa (D), perceba que invioláveis significa aquilo que não pode ser violado, mexido, aberto. No contexto, significa que deputados e senadores não serão imputados civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos; a partir da diplomação. O adjetivo “permanentes” significa aquilo que perdura, aquilo que é ininterrupto. Isso não cabe no contexto. Na alternativa (E), “expedição” está no sentido do ato da homologação, assinatura, despacho do documento. Já “envio” significa remessa, por isso não cabe no contexto. Gabarito: C Questão 12: TRE TO - 2011 - Analista (banca FCC) ... por que nos darmos o trabalho de lê-lo?

A expressão que contém o mesmo sentido do segmento grifado acima é:

(A) entediarmos ao. (B) esforçarmos para. (C) preservarmos de. (D) pouparmos de. (E) resguardarmos em. Comentário: A expressão dar-se o trabalho de transmite a ideia de que algo necessita de muito esforço. Por isso, a expressão “darmos o trabalho de lê-lo” é o mesmo que “esforçamos para lê-lo”. A alternativa (B) é a correta. Gabarito: B Questão 13: TRT 1ªR - 2011 - Analista (banca FCC) Fragmento do texto: Compartilhar o espaço com estranhos é uma condição da qual os habitantes das cidades consideram difícil, talvez impossível, fugir. A presença ubíqua de estranhos é fonte de ansiedade, assim como de uma agressividade que volta e meia pode emergir. Faz-se necessário experimentar, tentar, testar e (espera-se) encontrar um modo de tornar a coabitação palatável. Essa necessidade é “dada”, não-negociável. Mas o modo como os habitantes de cada cidade se conduzem para satisfazê-la é questão de escolha. E esta é feita diariamente. ... condição da qual os habitantes das cidades consideram difícil, talvez impossível, fugir.

Mantendo-se a correção e a lógica, o verbo grifado acima pode ser substituído, sem qualquer outra alteração na frase em que se encontra, APENAS por

(A) escapar. (B) afastar. (C) evadir. (D) evitar. (E) prevenir. Comentário: Note que as alternativas (D) e (E) não possuem verbos com mesmo sentido de “fugir”. Por isso as eliminamos. Os verbos “escapar”, “afastar” e “evadir” são sinônimos de “fugir”. Mas perceba o contexto: Compartilhar o espaço com estranhos é uma condição da qual os habitantes

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das cidades consideram difícil, talvez impossível, fugir. Deixando mais claro seria: Os habitantes das cidades consideram difícil fugir dessa condição. O verbo fugir exige preposição “de”. O verbo sinônimo e de mesma regência é “escapar” (escapar de algo). Veja:

Os habitantes das cidades consideram difícil escapar dessa condição.

Note que os verbos “afastar” e “evadir” são pronominais e deveriam receber o pronome “se”. Veja:

Os habitantes das cidades consideram difícil afastar-se dessa condição. Os habitantes das cidades consideram difícil evadir-se dessa condição.

Assim, o problema é a regência nas alternativas (B) e (C); fazendo com que a alternativa correta seja a (A). Gabarito: A Questão 14: TRF 1ªR - 2006 – Analista (banca FCC) Fragmento do texto: Um editorial da respeitada revista britânica The Lancer sobre o futuro de Cuba acendeu uma polêmica com pesquisadores latino-americanos. O texto da revista sugeriu que o país pode mergulhar num caos após a morte do ditador Fidel Castro, que sofre de câncer, tal como ocorreu nos países do Leste Europeu após a queda de seus regimes comunistas. E conclamou os Estados Unidos a preparar ajuda humanitária para os cubanos. De quebra, a publicação insinua que há dúvidas sobre a capacidade do sistema de saúde cubano fazer frente a esse quadro. Quatro ações são atribuídas, no primeiro parágrafo do texto, ao editorial da revista britânica The Lancer: acender, sugerir, conclamar e insinuar.

Considerando-se o contexto, não haveria prejuízo para o sentido se tivessem sido empregados, respectivamente,

(A) ensejar − aventar − convocar − sugerir (B) instigar − propor − reiterar − infiltrar (C) dirimir − conceder − atribuir − insuflar (D) solapar − retificar − conceder − induzir (E) conduzir − insinuar − proclamar − confessar Comentário: Veja o significado do primeiro verbo de cada alternativa: ensejar: dar ensejo, incitar, provocar; instigar: incitar , estimular; dirimir: suprimir, resolver; solapar: demolir, destruir; conduzir: guiar, levar. Veja que apenas as alternativas (A) e (B) possuem o sentido de acordo com o contexto. Notamos que o verbo “aventar” e “propor” são sinônimos de “sugerir”. Veja que “conclamar” é sinônimo de “convocar”. O verbo “reiterar” só seria possível, neste contexto, se já houvesse sido feita a convocação anteriormente e então pela segunda vez seria a reiteração, a confirmação. Por isso, a alternativa (B) é excluída e a correta é a (A). Veja que “insinuar” é sinônimo de “sugerir”, o que a confirma como correta. Gabarito: A

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Questão 15: TRE TO – 2011 Analista (banca FCC) Fragmento do texto: Quando eu sair daqui, vamos começar vida nova numa cidade antiga, onde todos se cumprimentam e ninguém nos conheça. Vou lhe ensinar a falar direito, a usar os diferentes talheres e copos de vinho, escolherei a dedo seu guarda-roupa e livros sérios para você ler. ... escolherei a dedo seu guarda-roupa e livros sérios para você ler.

A expressão grifada na frase acima pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido original, por:

(A) pessoalmente. (B) de modo incisivo. (C) apontando. (D) entre outras coisas. (E) cuidadosamente. Comentário: A expressão “a dedo” significa de maneira cuidadosa. Por isso, a alternativa (E) é a correta. Gabarito: E Questão 16: Infraero – 2010 Superior (banca FCC) Fragmento do texto: Mais do que um marinheiro de primeira viagem, o passageiro de primeiro voo leva consigo os instintos e os medos primitivos de uma espécie criada para andar sobre a terra. As águas podem ser vistas como extensão horizontal de caminhos, que se exploram pouco a pouco: aprende-se a nadar e a navegar a partir da segurança de uma borda, arrostando-se gradualmente os perigos. Mas um voo é coisa mais séria: há o desafio radical da subida, do completo desligamento da superfície do planeta, e há o momento crucial do retorno, da reconciliação com o solo. Se a rotina das viagens aéreas banalizou essas operações, nem por isso o passageiro de primeira viagem deixa de experimentar as emoções de um heroico pioneiro. Na frase a rotina das viagens aéreas banalizou essas operações, o sentido do verbo banalizar é equivalente ao sentido que assume o verbo sublinhado em:

(A) O progresso trivializou experiências que eram vistas como temerárias. (B) A nova diretoria restringiu algumas das iniciativas programadas. (C) A agência de turismo fez de tudo para popularizar seus planos de viagem. (D) O comandante vulgarizou-se ao se dirigir daquele modo à tripulação. (E) A companhia apequenou seus novos projetos diante da crise. Comentário: O verbo “banalizar” tem o sentido de tornar banal, vulgar, trivial, simplificar. Assim, somente a alternativa (A) é a correta, pois o verbo “trivializou” pode ser substituído por “simplificou”, “banalizou”. Note que a alternativa (D) poderia nos confundir, porém o verbo “vulgarizar-se” não produz o sentido de “simplificar”, mas de tornar chulo, baixo, grosseiro. Gabarito: A

Homônimos, parônimos e expressões afins

Homônimos são vocábulos de sentidos diferentes que, por apresentarem semelhanças formais, costumam provocar dúvidas de significado e de grafia.

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Há dois tipos de homônimos: homônimos homógrafos e homônimos homófonos.

Os homógrafos são palavras que têm a mesma grafia, podendo a sua pronúncia coincidir ou não, como nos exemplos: manga (de roupa), manga “fruta” e manga “tubo de vidro ou cristal para lâmpadas”; seco /ê/ (adjetivo) e seco /é/ (verbo), gosto /ô/ (substantivo) e gosto /ó/ (verbo).

Já os homófonos caracterizam-se por terem pronúncia idêntica e grafia diferente: censo/senso, cessão/seção/sessão, etc.

Por sua vez, os parônimos são palavras que se apresentam como muito parecidas na pronúncia e na grafia, mas não chegam a ser idênticas. Exemplos: deferir/diferir, infligir/infringir.

Questão 17: ALERJ 2011 Assessoramento às Comissões (banca CEPERJ) Quando era ministro da Educação, Passarinho recebeu correspondência de um reitor de uma universidade, solicitando verbas ao “iminente ministro”, que não pestanejou. Colocou de volta no correio, dizendo ao solicitante que já havia sido nomeado...

A resposta do ministro Jarbas Passarinho ao reitor esclarecendo que já havia sido nomeado deveu-se ao emprego indevido de:

A) uma palavra polissêmica B) um expressão sinônima C) uma palavra parônima D) uma expressão homônima E) um hiperônimo Comentário: A palavra “iminente” significa aquilo que está por ocorrer. O ideal na frase seria o uso do parônimo “eminente”, para transmitir o sentido de sublime, elevado. Assim, a alternativa correta é a (C). Gabarito: C Questão 18: TRE TO - 2011 – Analista (banca FCC) ... capaz de fornecer as mais diferentes soluções para questões humanas eminentes.

Considerando-se o par de palavras eminentes / iminentes, é correto afirmar que se trata de exemplo de

(A) antonímia. (B) sinonímia. (C) paronímia. (D) homonímia. (E) homofonia. Comentário: Perceba que esses vocábulos possuem escrita e pronúncia parecidas, mas sentidos diferentes. Por isso são parônimos. Gabarito: C Questão 19: Pref São José do Ribamar- 2011– Auditor-Fiscal (banca FSADU) Fragmento do texto: Minha meta, minha metade Minha seta, minha saudade Minha diva, meu divã Minha manhã, meu amanhã. No verso “Minha manhã, meu amanhã” as palavras manhã e amanhã constituem-se exemplos de:

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a) ambiguidade. b) sinonímia. c) antonímia. d) paronímia. e) neologismo. Comentário: Note que as palavras “manhã” e “amanhã” são parecidas e guardam sentidos diferentes, por isso são parônimas e a alternativa correta é a (D). Para evitar dúvida, ambiguidade é a utilização de palavras que possam gerar duplo sentido. Sinonímia são palavras de mesmo sentido e antonímia de sentidos opostos. Neologismo é uma nova palavra que ainda não faz parte do Vocabulário Oficial da Língua Portuguesa do Brasil, isto é, ainda não está nos dicionários. Isso ocorre em linguagens muito técnicas, literárias e até coloquiais. Por exemplo, podemos citar uma palavra gerada da brincadeira entre “mim” e “fobia” (medo). Assim, “mimfobia” não é palavra dicionarizada, mas já foi usada em textos literários para relatar o medo de si mesmo. Gabarito: D Questão 20: Prefeitura de Sorocaba - 2006– Auditor-Fiscal (banca VUNESP) Fragmento do texto: Freud, que está escrevendo este texto sob a influência da Primeira Guerra Mundial, insiste na importância de fazer o luto dos perdidos renunciando a eles, e na necessidade de retirar a libido que se investiu nos objetos para ligá-la em substitutos. São os objetos que passam e, às vezes, agarrar-se a eles nos protege do reconhecimento da própria finitude. Porém, a guerra e a sua destruição exigem o luto e nos confrontam com a transitoriedade da vida, o que permite reconhecer a passagem do tempo. Em – ... e nos confrontam com a transitoriedade da vida... – o antônimo do termo em destaque é (A) instabilidade. (B) reversibilidade. (C) mutabilidade. (D) implacabilidade. (E) perenidade. Comentário: A expressão “transitoriedade da vida” tem relação com a passagem do tempo. Ela não tem relação oposta com “instabilidade”, “reversibilidade”, “mutabilidade” ou “implacabilidade”. Veja que o oposto está em “perenidade”, que significa aquilo que não acaba, permanece incessante, contínuo, eterno. Como o contexto transmitiu a noção de passagem do tempo, passagem da vida, há uma relação clara de oposição entre “transitoriedade” e “perenidade”. Gabarito: E Questão 21: Prefeitura de Olinda - 2006– Auditor-Fiscal (banca IAUPE) Sobre SINONÍMIA e ANTONÍMIA, analise as proposições abaixo. I. “O homem sempre se definiu de acordo com o seu trabalho...” - o termo

sublinhado pode ser substituído pelo sinônimo “subestimou”. II. “...todos os estudos feitos nos anos 1990 sobre valores masculinos e

femininos continuam a mostrar ...” – neste caso, o termo sublinhado pode ser substituído por seu sinônimo, “persistem”.

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III. “Entender essa diferença é se livrar da pressão...” – neste caso, o verbo “prender-se” expressa idéia contrária à do verbo sublinhado.

IV. “Tudo isso reflete as diferenças nas prioridades...” – o verbo sublinhado poderia ser substituído por “anula”, sem causar prejuízo de sentido.

Estão corretas as proposições

A) I e II apenas. B) II e III apenas. C) III e IV apenas. D) I, III e IV apenas. E) II, III e IV apenas. Comentário: A frase I está errada, pois não há relação entre definir-se e subestimar. O primeiro tem o sentido de “revelar-se”, “manifestar-se”; já o segundo tem um sentido pejorativo: não dar a devida estima, o devido apreço. A frase II está correta, pois o verbo “continuam” tem o sentido de prosseguimento, o qual é preservado com o verbo “persistem”. A frase III está correta, pois “livrar-se” é o mesmo que “libertar-se”. Assim, é antônimo de “prender-se”. A frase IV está errada, pois “reflete” significa “mostrar”, já “anula” significa “invalidar”. Assim, a alternativa correta é a (B). Gabarito: B

Vamos, assim, elencar alguns vocábulos que têm caído nas provas:

1) Uso dos porquês

1) Porquê (junto e com acento) é usado quando for sinônimo de motivo, causa, indagação. Por ser substantivo, admite artigo e pode ir ao plural:

Os considerandos são os porquês de um decreto.

O Relator explicou o porquê de cada emenda.

Qual é o porquê desta vez?

2) Por quê (separado e com acento) é usado quando a expressão aparecer em final de frase, ou sozinha:

Brigou de novo, por quê?

Brigou de novo? Por quê?

Ria, ria sem saber por quê.

3) Porque (junto e sem acento) é usado nos seguintes casos:

a. Para introduzir explicação, causa, motivo, podendo ser substituído por conjunções causais como pois, porquanto, visto que:

Traga agasalho, porque vai fazer frio.(conjunção coordenativa explicativa = pois)

A reunião foi adiada porque faltou energia.(conjunção subordinativa causal = pois)

Porque ainda é cedo, proponho esperarmos um pouco mais. (conjunção subordinativa causal = como)

b. Nas frases interrogativas a que se responde com “sim” ou “não”:

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Ele não votou o projeto porque estava de licença?

Essa medida provisória está na pauta de votação porque é urgente?

Na realidade, a conjunção “porque” continua sendo subordinativa adverbial causal. A diferença é que na própria pergunta já se dá a causa (oração subordinada adverbial causal).

c. Como conjunção de finalidade (= para que), levando o verbo para o subjuntivo. Esta construção é arcaica, mas vez por outra tem sido encontrada:

Rezo porque tudo corra bem.

Não expressou sua opinião porque não desanimasse os colegas.

Contemporaneamente, para exprimir finalidade, objetivo, prefere-se usar para que em lugar de porque: Rezo para que tudo corra bem.

4) Por que (separado e sem acento) é usado nos seguintes casos:

a. nas interrogativas diretas e indiretas:

Por que você demorou tanto? (interrogativa direta)

Quero saber por que meu dinheiro está valendo menos. (interrogativa indireta)

b. sempre que se puder inserir as palavras motivo, razão:

Não sei por que ele se ofendeu. (Não sei por que motivo ele se ofendeu.)

O funcionário explicou por que havia faltado. (O funcionário explicou por que motivo havia faltado.)

c. quando a expressão puder ser substituída por pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais, confirma-se que há pronome relativo “que” antecedido da preposição “por”:

A estrada por que passamos está em péssimo estado de conservação. (A estrada pela qual passamos está em péssimo estado de conservação.)

Esse é o motivo por que a reunião foi adiada. (Esse é o motivo pelo qual a reunião foi adiada.)

d. quando “que” for conjunção integrante iniciando oração subordinada substantiva objetiva indireta ou completiva nominal, com imposição da preposição “por” pelo verbo ou nome, respectivamente:

Torcemos por que tudo se resolva logo. (= torcemos por isso)

O Relator estava ansioso por que começasse a votação. (= ansioso por isso)

Não se pode confundir este último caso com o uso da conjunção de finalidade (conforme acima - nº 3, letra c). Veja a diferença:

Não expressou sua opinião porque não desanimasse os colegas. Note que o nome opinião, anterior à conjunção, não exigiu a

preposição por. Além disso, percebe-se a intenção, a finalidade de não expressar sua opinião: para que não desanimasse os colegas.

O Relator estava ansioso por que começasse a votação.

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Aqui, o nome ansioso exige a preposição por, razão pela qual deve ser separada do que.

2. Mau e mal

1) Mau

Mau é antônimo de bom. Pode aparecer como:

a. adjetivo – varia em gênero e número:

Não era mau rapaz, apenas um pouco preguiçoso.

Não eram maus rapazes, apenas um pouco preguiçosos.

Obs.: (feminino) Não era má atriz nas novelas, mas boa cantora no palco.

b. palavra substantivada:

Os bons vencerão os maus.

2) Mal

Mal é antônimo de bem. Pode aparecer como:

a. advérbio – não varia:

O candidato foi mal recebido.

Fizeram mal em dizer tais coisas.

b. substantivo – varia em número:

O mal nem sempre vence o bem.

Há males que vêm para o bem.

c. conjunção (corresponde a quando)– não varia:

Mal cheguei, ele saiu.

d. mal é também um prefixo:

mal-educado, malcriado, mal-humorado

3. Mas – más – mais

1. Mais pode ser um pronome ou um advérbio. É o contrário de menos:

a. advérbio (indica intensidade) – modifica verbo ou adjetivo:

Converse menos e trabalhe mais.

A garota está mais bonita hoje.

b. pronome indefinido (indica quantidade) – modifica um substantivo:

Comprei mais lâmpadas para a sala de aula.

2. Mas é uma conjunção adversativa (indica oposição). Equivale a porém, todavia, contudo:

Ele pretendia apoiá-la, mas na última hora desistiu.

3. Más é adjetivo:

Ela é uma má aluna.

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4. Há – a – à

1) Emprega-se o há:

a. Com referência ao verbo fazer, indicando tempo decorrido:

Não o vejo há quinze dias.

Não se encontram há tempos.

Saiu daqui há duas horas.

b. Quando se trata de forma do verbo haver:

Há um artigo interessante nesta revista.

2) Emprega-se o a (preposição):

a. Com referência a tempo futuro:

A dois minutos da peça, o ator ainda retocava a maquilagem.

b. Com referência a distância:

Morava a cinco quadras daqui.

3) Emprega-se o a (artigo) quando se antepõe a substantivo feminino:

A apólice tornou-se grande trunfo na mão do advogado.

4) Emprega-se o à quando houver crase da preposição a com o artigo a ou com o demonstrativo a:

Rendeu à colega uma homenagem semelhante à que recebera.

5. Senão – se não

1. A palavra senão é usada equivalendo a :

a. do contrário (conjunção)

Saia daqui, senão vai se molhar.

b. a não ser, salvo, exceto (preposição):

Não podia acreditar, senão vendo com os próprios olhos.

Não faz outra coisa, senão reclamar.

c. mas sim, porém (conjunção adversativa)

Não tive a intenção de exigir, senão de pedir.

Aconselhava não como chefe, senão como amigo.

d. defeito, falha (substantivo):

Fez um discurso perfeito, sem nenhum senão. (Esta é a forma que se usa na expressão “senão vejamos”.)

2. A expressão se não é usada equivalendo a caso não (conjunção condicional e hipotética):

Esperarei mais um pouco; se não vier, irei embora. (caso não venha)

Se não buscares, não encontrarás.

O dispositivo está na Constituição, se não no Regimento Interno.

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6. A fim de – afim

1. A expressão a fim de indica finalidade; corresponde a para:

Cheguei cedo a fim de terminar meu serviço.

(Deve-se evitar estar a fim de no sentido de estar com vontade de em textos mais elaborados, pois trata-se de modismo, de gíria. Seu emprego só se justifica em textos coloquiais: Eu não estou a fim de sair hoje.)

2. A palavra afim (numa única palavra) corresponde a semelhante ou parente por afinidade:

A Matemática e a Física são ciências afins.

A língua portuguesa é afim da espanhola.

7. A par ou ao par?

1. A expressão a par equivale a ciente, informado, prevenido; em geral, emprega-se com o verbo estar:

O diretor não estava a par do assunto.

2. A expressão ao par emprega-se em relação a câmbio; indica título ou moeda de valor idêntico:

O real já esteve ao par do dólar. As ações foram cotadas ao par.

A lista a seguir mostra os distintos significados das palavras e expressões que podem gerar dúvidas:

Abaixo-assinado: documento em geral de reivindicação, protesto ou solidariedade assinado por várias pessoas: Não faltaram abaixo-assinados contra a reforma da Previdência. Abaixo assinado: cada uma das pessoas que assinam um abaixo-assinado: Nós, abaixo assinados, vimos manifestar... Abjeção: baixeza, degradação: Em um ambiente de abjeção, as pessoas perdem o respeito. Objeção: réplica, contestação, obstáculo: O projeto tramitou sem encontrar nenhuma objeção. Absolver (absolvição): inocentar, perdoar: O tribunal absolveu o réu. Absorver (absorção): embeber em si, recolher em si, fazendo desaparecer por incorporação ou assimilação: O novo órgão absorveu as funções das duas secretarias que foram extintas. Acender: pôr fogo: Acender uma fogueira; ligar: Acender a lâmpada. Ascender: subir, elevar-se: Ascender na carreira. Acento: sinal gráfico, tom de voz: Nos discursos que fazia, era mestre em pôr o acento certo nas palavras certas. Assento: banco, cadeira: O Brasil reivindica assento no Conselho de Segurança da ONU. Acerca de: sobre, a respeito de: No discurso, falou acerca de seus projetos. A cerca de: preposição “de” + quantidade aproximada: Brasília fica a cerca de duzentos quilômetros de Goiânia. Há cerca de: verbo “há” + quantidade aproximada: O povoado existe há cerca de um século; Atualmente, há cerca de trezentos moradores vivendo em suas ruelas.

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Acessório: suplementar, adicional, secundário: As questões acessórias serão discutidas posteriormente; aquilo que se junta ao principal, complemento: Comprou acessórios de informática. Assessório: assessorial; relativo a assessores. Acidente: acontecimento casual, imprevisto: Encontraram-se por acidente em uma solenidade; desastre: Por sorte, ninguém se feriu no acidente. Incidente: episódio; dificuldade passageira: O incidente da agressão ao diplomata desencadeou uma crise entre os dois países. Alto: de grande dimensão vertical, elevado: alto-falante, muro alto. Auto: de si mesmo; ato público; registro escrito de uma ocorrência: automóvel; autos do processo. À medida que: à proporção que, ao passo que (expressa o desenvolvimento de ação simultânea a outra): À medida que amadurecem, as pessoas aumentam sua capacidade de compreensão; A situação foi se aclarando, à medida que a testemunha relatava os fatos. Na medida em que: pelo fato de que, uma vez que; porque (expressa causa ou a ideia de utilização de dado preexistente): Na medida em que o Relator apresentar seu parecer, a Comissão poderá votá-lo imediatamente; Devemos usar nossas prerrogativas de cidadãos, na medida em que elas existem. Amoral: que não tem senso de moral; moralmente neutro: Diz-se que a ciência é amoral. Imoral: contrário à moral, aos bons costumes; indecoroso; libertino: Conduta imoral. Moral: que está conforme os princípios socialmente aceitos: Encerrou o discurso com uma anedota de cunho moral. Ante: preposição: em frente a, perante: A verdade está ante nossos olhos; em consequência de; diante de: Ante os protestos, recuou da decisão. (Diz-se ante a, ante o, e não *ante à, *ante ao.) Ante: pref. expressa anterioridade: anteontem, antessala. Anti: pref. expressa contrariedade, oposição: antiácido, antirregimental. Ao encontro de: para junto de: Com os braços abertos, caminhou ao encontro dos colegas; favorável a, concordante ou compatível com: Suas ideias vêm ao encontro do que o projeto defende (as ideias concordam com o que o projeto defende). De encontro a: contra; em prejuízo de: Tropeçou, indo de encontro à mesa; Suas ideias vão de encontro ao que o projeto defende (as ideias são contrárias ao que o projeto defende). Ao invés de: ao contrário de (deve ser empregado quando houver oposição real entre uma coisa e outra): Ao invés de aprovar, rejeitou; Ao invés de rir, chorou. Em vez de: em lugar de; em substituição a: Em vez do Presidente, falou o Vice-Presidente; Em vez de pôr o projeto em votação, suspendeu a sessão; ao invés de: Em vez de rir, chorou. Aonde: usa-se com verbos de movimento (ir a, dirigir-se a, chegar a, etc.): Aonde vai o Brasil?; A comissão aonde (à qual / para a qual) foi encaminhado o projeto irá apreciá-lo hoje. Onde: usa-se com verbos que não dão idéia de movimento: Onde está o projeto no momento?; A comissão onde (em que / na qual) se encontra o projeto irá apreciá-lo hoje; Onde será a reunião? Aparte: interrupção ao orador: “Concedo o aparte ao nobre Colega.” À parte: isoladamente: O destaque apresentado foi votado à parte. Apreçar: perguntar o preço. Apressar: dar pressa. A princípio: no começo, inicialmente: A princípio, ninguém acreditava que o projeto seria aprovado.

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Em princípio: antes de qualquer consideração; de maneira geral; em tese: Em princípio, as leis visam ao bem comum. No princípio: mesmo que a princípio. Aresto: acórdão, solução de um julgado. Arresto: apreensão judicial de bens para garantir futura cobrança de dívida; embargo. Arrochar (arrocho): apertar muito: Arrochar o salário. Arroxar: variação do verbo arroxear “tornar roxo”. Ascendente: ancestral, antepassado (pai, avô, etc.): O avô materno foi o ascendente que mais o estimulou a seguir a carreira política. Descendente: pessoa que descende de outra (filho, neto, etc.): Os descendentes souberam consolidar o império industrial iniciado pelo patriarca. À toa: com a reforma ortográfica, é a mesma grafia para adjetivo (irrefletido; inútil): Um gesto à toa e para locução adverbial de modo (a esmo; irrefletidamente): Uma pessoa que vive à toa. Avocar: chamar; atribuir a si; arrogar-se: Avoca a si poderes de que não está investido. Evocar: lembrar; invocar: De maneira saudosa, vive evocando o passado. Invocar: pedir a proteção ou a ajuda de; chamar: Invocou o apoio de seus pares. Caçar (caça): perseguir para aprisionar ou matar: A polícia caçou os fugitivos até encontrá-los. Cassar (cassação): anular, revogar: A portaria cassou as aposentadorias concedidas irregularmente. Cardeal: adj. principal, fundamental. • subst. prelado: O cardeal foi quem celebrou a missa. Cardial: cárdico, cardíaco. Cavaleiro: que anda a cavalo; cavalariano. Cavalheiro: indivíduo distinto, gentil, nobre. Cela: pequeno quarto de dormir. Sela: assento que se põe sobre cavalgadura. Censo: levantamento de dados estatísticos; recenseamento: De acordo com o Censo 2000, há 171 milhões de brasileiros. Senso: faculdade de julgar, de sentir; juízo, entendimento: O estudo da Filosofia desenvolve o senso crítico. Cerrar: fechar; unir fortemente: Cerrou as mãos e soltou um grito; Encontrou todas as portas cerradas. Serrar: cortar com serra ou serrote: Os fugitivos serraram as grades da cela. Cessão: ato ou efeito de ceder: Agradeceu ao orador a cessão do aparte; transferência de posse ou direito: Cessão sem ônus. Seção: setor, repartição: Trabalha na Seção de Editoração; subdivisão de um todo: Um extenso capítulo com muitas seções. Sessão: espaço de tempo em que se realiza um trabalho: A sessão solene estendeu-se por mais de três horas; A primeira sessão do filme começará às 17 h. Chá: bebida: Em vez de chá, tomou café. Xá: antigo soberano do Irã. Cheque: ordem de pagamento. Xeque: chefe muçulmano; lance de xadrez. (xeque-mate = o rei morreu ou o rei está morto) Pôr em xeque: pôr em dúvida ou dificuldade. Comprimento: dimensão longitudinal de um objeto; tamanho: A sala tem 10 m de comprimento.

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Cumprimento: ato ou efeito de cumprir: o cumprimento de uma promessa; gesto ou palavra de elogio ou de saudação: Recebeu emocionado os cumprimentos dos colegas. Concertar: fazer acordo; combinar: Os Líderes concertaram a votação para hoje. Concerto: acordo; ajuste: O projeto foi aprovado graças ao concerto entre os partidos; harmonia: O concerto das nações; espetáculo musical: O concerto foi aplaudido de pé. Consertar (conserto): reparar; restaurar: Mandou consertar o relógio. Coser: costurar. Cozer: cozinhar. Deferir (deferimento): atender: A Diretora deferiu prontamente o pedido; outorgar, conceder: Os jurados deferiram o prêmio ao jovem cientista. Diferir (diferimento): adiar: A empresa diferiu o pagamento; ser diferente: Esses projetos diferem apenas no acessório, sendo idênticos no essencial. Defeso /ê/: adj. proibido: É defeso utilizar tributo com efeito de confisco; não sujeito a, isento. subst. período do ano em que é proibido caçar ou pescar: O defeso da lagosta. Defesso /é/: que se fatigou; cansado. Delatar (delação): denunciar; revelar (crime ou delito): No interrogatório, o assaltante delatou seus comparsas. Dilatar: aumentar as dimensões ou o volume (dilatação): O calor dilata os sólidos; adiar, diferir, prorrogar (dilação): O Governo dilatou o prazo para pagamento do imposto. Demais e por demais: excessivamente, em demasia: A discussão deixou-a irritada demais (ou: por demais irritada). De mais: a mais: A conta veio com trinta reais de mais. (Na dúvida entre demais e de mais, lembrar que de mais é intercambiável com de menos.) Descrição: ato ou efeito de descrever; retrato: Fez uma descrição sumária da situação. Discrição: qualidade de discreto, do que não atrai a atenção: Veste-se com discrição; discernimento; poder (discricionário) da autoridade de agir. Descriminalizar: isentar de culpa; excluir a criminalidade: Há uma tendência de se descriminalizar a maconha. Descriminar: mesmo que descriminalizar. Discriminar: diferençar, distinguir; separar: Discriminar o bem do mal. Desidioso: em que há desídia; preguiçoso; negligente. Dissidioso: em que há dissídio, divisão; conflituoso, desarmonioso. Destratar: maltratar com palavras. Distratar: desfazer (trato, acordo). Discente: relativo a alunos: O corpo discente reclamou daquele professor. Docente: relativo a professores: O corpo docente avaliou os recursos dos alunos. Dorso: costas. Torso: tronco. Elidir: fazer elisão “supressão”; excluir, eliminar: A elisão fiscal é lícita. Ilidir: rebater, contestar, refutar: No tribunal, foi capaz de ilidir as provas que o incriminavam. Eludir: evitar ou esquivar-se com astúcia ou com artifício: Eludir a lei. Iludir: causar ilusão em; enganar; burlar: Suas promessas já não iludem ninguém. Emenda: correção de falta ou defeito, alteração: A emenda aperfeiçoou o projeto; regeneração. Ementa: resumo, síntese (de lei, decisão judicial, etc.): Muitas ementas terminam com a expressão “e dá outras providências”. Emergir: vir à tona; surgir, manifestar-se.

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Imergir: fazer submergir; mergulhar, afundar. Emigrar (emigrante): sair de um país para ir viver em outro: Milhares de descendentes de japoneses emigraram do Brasil para o Japão. Imigrar (imigrante): entrar em outro país para nele viver: A maioria dos alemães que imigraram para o Brasil fixaram-se no Sul. Migrar (migrante): mudar periodicamente de região ou país; passar de um lugar para outro. Eminente: proeminente; sublime; ilustre, notável: O eminente professor marcou época com aulas memoráveis. Iminente: que está a ponto de acontecer: Com o transbordamento do rio, a inundação da cidade é iminente. Empoçar: formar poça. Empossar: dar ou tomar posse. Espectador: aquele que assiste a um espetáculo. Expectador: aquele que permanece na expectativa. Esperto: atento; perspicaz; ativo. Experto: especialista, perito. Espiar: observar secretamente, espionar. Expiar: remir (a culpa), cumprindo pena; purificar-se. Estada: ato de estar; permanência: A estada da comitiva na capital foi de três dias. Estadia: prazo concedido para carga e descarga de um navio mercante num porto. Observação: O dicionário Aurélio (2009) categoriza este vocábulo também com valor de estada, permanência, mesmo este uso sendo condenado por muitos. Estático: imóvel como estátua; sem movimento; parado, hirto. “Olhava, estática, os destroços espalhados pelo chão”. Extático: posto em êxtase, absorto, enlevado. Estrato: camada; faixa ou camada de uma população: Estratos sociais. Extrato: coisa que se extraiu de outra; resumo: Extrato bancário; perfume. Flagrante: registrado no momento da realização: Prisão em flagrante; evidente. Fragrante: perfumado. Florescente: que floresce; próspero: pomares florescentes. Fluorescente: que tem a propriedade da fluorescência: Comprei uma lâmpada fluorescente. Florescer: florir; prosperar, desenvolver-se: A indústria do turismo floresce a cada dia. Fluorescer: emitir radiação de fluorescência. Incerto: duvidoso; impreciso. Inserto: inserido; introduzido. Incipiente: que está no começo. Insipiente: ignorante; tolo. Incontinente: adj. imoderado, desregrado; sensual, lascivo. Incontinente ou incontinênti: adv. imediatamente, logo, sem intervalo: Os bombeiros responderam incontinente/ incontinênti ao chamado. Indefeso /ê/: sem defesa; desprotegido. Indefesso /é/: incansável; incessante. Infligir: impor, aplicar (pena, castigo): Na votação, os partidos de Oposição infligiram uma dura derrota ao Governo. Infringir: desobedecer a; transgredir: Quem infringe o Código Penal está sujeito a ser levado preso. Intemerato: não corrompido; puro. Intimorato: que não sente temor; destemido. Intercessão: ato de interceder, de intervir. Interse(c)ção: cruzamento; corte.

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Mandado: ordem escrita emitida por autoridade pública: Mandado de prisão. Mandato: concessão de poderes para desempenho de uma representação; procuração; delegação: Mandato parlamentar. Melhora: recuperação de mal físico ou moral; mudança para melhor estado ou condição. Melhoria: melhoramento; aprimoramento; mesmo que melhora “mudança para melhor estado ou condição”. Óptico: respeitante à óptica “ciência da visão”; relativo à visão ou ao olho; ocular. Ótico: relativo ao ouvido; que é eficaz contra os males do ouvido. Ordinal: que denota ordem, posição. Ordinário: conforme ao costume; comum; frequente; vulgar. Original: que não ocorreu antes; novo; autêntico; com caráter próprio; primitivo. Originário: oriundo, proveniente; que não se alterou. Paço: palácio real ou episcopal. Passo: ato ou jeito de andar. Pleito: questão em juízo; discussão; eleição: Ele elegeu-se no pleito do ano passado. Pleitear: demandar em juízo; falar a favor de; fazer por conseguir: Pleitear um cargo. Preito: homenagem; respeito; assunto. Render preito: fazer declaração de louvor, gratidão, respeito. Posar (pose): assumir atitude, modos ou ares de algo que se quer aparentar; fazer pose: Posar para fotos. Pousar (pouso): descer, baixar em pouso: O avião pousou; pernoitar: Pousaram em um hotel à beira da estrada. Preceder: anteceder, vir antes; ter precedência. Proceder: vir, provir; originar-se. Preeminente: que ocupa lugar mais elevado; superior; sublime. Proeminente: que sobressai; que avança em ponta; preeminente. Prescrever (prescrição): preceituar; receitar: O médico prescreveu repouso; perder o efeito: O prazo para cobrança da dívida prescreveu. Proscrever (proscrição): banir; expulsar; vetar: A Constituição proscreve a pena de banimento. Prever: ver antecipadamente. Prover: abastecer; regular; nomear para um cargo; deferir. Provir: vir de; originar-se; resultar: Certas doenças provêm da falta de saneamento básico. Ratificar (ratificação): confirmar, validar. Retificar (retificação): corrigir. Recrear: proporcionar recreação a; divertir(-se). Recriar: criar de novo. Reincidir (reincidência): tornar a incidir, recair em; repetir. Rescindir (rescisão): tornar nulo (contrato); cancelar. Remição: ato ou efeito de remir “tornar a obter, resgatar”; liberação de pena ou dívida. Remissão: ato ou efeito de remitir “perdoar”; perdão; ação ou efeito de remeter. Repreensão: ato de repreender; censura; advertência. Repressão: ação de reprimir; contenção; impedimento. Saldar: pagar o saldo de; liquidar (contas). Saudar: cumprimentar; aclamar. Segmento: porção de um todo: Segmento de mercado. Seguimento: continuação: Dar seguimento ao trabalho.

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Sob: debaixo de: A lixeira fica sob a mesa; debaixo de autoridade, comando, orientação: Agiu sob o manto da lei; Sob esse ponto de vista, o argumento dele está correto; Ficou sob a mira do assaltante. Sobre: em cima de: O livro está sobre a mesa; acima de, em lugar superior: Nem sempre sabemos que forças atuam sobre nós; a respeito de: No discurso, falou sobre a seca. Sobrescrever ou sobrescritar: escrever (no envelope) nome e endereço do destinatário. Subscrever ou subscritar: assinar. Sortir: prover, abastecer: Sortiu a despensa com as compras. Surtir: dar como resultado: Apesar de oportuna, a medida não surtiu a mudança desejada. Tachar: pôr defeito em, qualificar negativamente; censurar: Tachou a Oposição de revanchista; Tacharam-no de provinciano. Taxar: tributar; submeter a uma taxa: O Brasil taxa pesado as importações de certos produtos; fixar o preço de: O correio taxa as cartas com base no peso das mesmas; qualificar positivamente ou negativamente: Taxou a Oposição de aguerrida; Taxaram-no de provinciano. Tampouco: também não, muito menos (é usado para reforçar uma negação): Não veio, tampouco telefonou; Não pôde encaminhar o trabalho no prazo, tampouco teve tempo de revisá-lo. (Nem tampouco é expressão redundante, a ser evitada.) Tão pouco: muito pouco: É pena que demonstre tão pouco interesse pelos estudos; em tal (pequeno, escasso) grau ou quantidade: Ganha tão pouco, que mal tem dinheiro para comer. Tráfego: movimento ou fluxo: tráfego aéreo; trânsito: Tráfego congestionado. Tráfico: negócio, comércio: tráfico negreiro; negócio ilícito: Tráfico de entorpecentes. Trás: atrás, detrás; após, depois de. Traz: forma do verbo trazer. Vestiário: guarda-roupa; local em que se trocam roupas. Vestuário: conjunto das peças de vestir; traje. Vultoso: de grande vulto, volumoso, muito grande: Pagou pelo resgate uma vultosa soma em dinheiro. Vultuoso: acometido de vultuosidade “inchaço no rosto”. Vamos agora às questões!!!!

Questão 22: C.M. Petrópolis 2010 Ag. Legislativo (banca Fund Dom Cintra) Considerando-se a grafia do termo em caixa alta na frase “Fazia tudo naturalmente, e nem se lembrava mais POR QUE entrara ali” e ainda as quatro formas distintas de grafia desse termo, pode-se afirmar que está INCORRETA, de acordo com a norma culta da língua, a frase:

A) A doida não entendia o porquê de tanta agressividade contra ela. B) Os meninos apedrejavam a casa da doida porque era uma tradição que

passava de pais para filhos. C) A doida não entendia a razão porque era vítima da tanta discriminação por

parte dos adultos e das crianças. D) As crianças apedrejavam a casa da doida, mas não sabiam por quê. E) Se soubessem por que a doida os xingava quando agredida, as crianças

não mais lhe apedrejariam a casa. Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o artigo “o” força a junção da expressão numa só palavra e com acento: o porquê. A alternativa (B) está correta, pois cabe apenas a conjunção

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subordinativa adverbial causal “porque”. Veja que podemos substituir pela conjunção de igual valor “pois”. A alternativa (C) é a errada, pois, neste contexto, cabe apenas a preposição “por” seguida do pronome relativo “que”. Para ter certeza, basta substituir “que” por “a qual”. Veja:

A doida não entendia a razão por que era vítima da tanta discriminação... A doida não entendia a razão pela qual era vítima da tanta discriminação...

A alternativa (D) está correta, pois a expressão “por quê” é a última da frase. A alternativa (E) está correta, pois, após a expressão “por que”, podemos subentender as palavras “causa”, “motivo” ou “razão”. Gabarito: C

Questão 23: SUSEP 2006 Agente Executivo (banca ESAF) Os trechos abaixo são partes seqüenciais de um texto. Assinale a opção em que há erro gramatical. a) Tudo mudou. No clima antielitista que se seguiu ao fim do regime militar,

não era mais aceitável a figura do intelectual como consciência de uma sociedade incapaz de pensar.

b) Além disso, com o fim do regime militar, o papel político excedente que as circunstâncias tinham imposto aos intelectuais foi devolvido a seus verdadeiros titulares – os cidadãos.

c) É verdade: em grande parte os intelectuais silenciaram. d) Mas se eles ficaram menos loquazes, foi por que a sociedade,

aparentemente, não precisava mais deles. e) Sua função estava sendo preenchida pelos pastores evangélicos,

especialistas no cuidado das almas, e pelos marqueteiros, profissionais do aconselhamento político.

(Adaptado de Sergio Paulo Rouanet) Comentário: Esta questão explorou o uso dos “porquês”. A alternativa (D) é a errada, pois a oração “por que a sociedade, aparentemente, não precisava mais deles” é subordinada adverbial causal. Assim, deve ser iniciada pela conjunção causal “porque”. Naturalmente, na forma como se encontra, não podemos substituir a conjunção “porque” por “pois”, “porquanto”, “já que”; pois há uma estrutura enfática (“se...foi porque...”). Retirando-se as palavras denotativas enfáticas “se” e “foi”, mantemos a mesma relação de consequência-causa. Compare: Mas se eles ficaram menos loquazes, foi porque a sociedade, aparentemente, não precisava mais deles. Mas eles ficaram menos loquazes, porque a sociedade, aparentemente, não precisava mais deles. Agora, sem a expressão enfática, podemos substituir a conjunção “porque” por “pois”, “já que” etc. Veja: Mas eles ficaram menos loquazes, pois a sociedade, aparentemente, não precisava mais deles. Mas eles ficaram menos loquazes, já que a sociedade, aparentemente, não precisava mais deles.

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A alternativa (A) está correta. Note que o termo “No clima antielitista” é um adjunto adverbial que transmite uma circunstância situacional. Este adjunto adverbial é seguido da oração subordinada adjetiva restritiva “que se seguiu ao fim do regime militar”. Por isso, ocorre a vírgula que marca a antecipação desse adjunto adverbial somente após tal oração.

Tudo mudou. No clima antielitista que se seguiu ao fim do regime militar, não era mais aceitável a figura do intelectual como consciência de uma sociedade incapaz de pensar.

A alternativa (B) está correta. Note a dupla vírgula sinalizando a intercalação do adjunto adverbial de causa “com o fim do regime militar”.

Note, também, que a locução verbal “tinham imposto” concorda com o sujeito da oração subordinada adjetiva restritiva “as circunstâncias”, e a locução verbal “foi devolvido” concorda com o sujeito da oração principal “o papel político excedente”. O termo separado por travessão (“os cidadãos”) é o aposto explicativo. “Além disso, com o fim do regime militar, o papel político excedente que as circunstâncias tinham imposto aos intelectuais foi devolvido a seus verdadeiros titulares – os cidadãos.” A alternativa (C) está correta. Note os dois-pontos sinalizando uma explicação (“em grande parte os intelectuais silenciaram”). A alternativa (E) está correta. Note a dupla vírgula separando o aposto explicativo “especialistas no cuidado das almas” e a vírgula separando o outro aposto explicativo “profissionais do aconselhamento político.”

“Sua função estava sendo preenchida pelos pastores evangélicos, especialistas no cuidado das almas, e pelos marqueteiros, profissionais do aconselhamento político.”

Observação: Usei expressões que nomeiam funções sintáticas, as quais ainda serão trabalhadas em nossas aulas. Gabarito: D Questão 24: Prefeitura Santos 2005 - Fiscal de Tributos Municipais (FCC) (...) que carregamos sem saber por que, apenas porque nos deram para carregar.

As formas sublinhadas preencherão corretamente, na mesma ordem, as lacunas da frase:

(A) Queria saber o ...... de os filhos se esquecerem dos pais; será ...... é uma lei da natureza?

(B) Não se sabe ...... razão se esquecem os filhos dos pais, qual o ...... de os deixarem de lado.

(C) A mãe é mais importante ...... ela é absolutamente necessária nos primeiros anos do filho, não há ...... o pai ficar enciumado.

(D) ...... o cronista não explica seu ceticismo? o leitor fica se perguntando, sem atinar com o ...... de tamanha melancolia.

(E) Embora o cronista não diga ...... se tornou tão melancólico, o leitor deixa-se abater um pouco, ...... suspeita quais sejam as razões.

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Comentário: Na alternativa (A), a lacuna deve ser preenchida pelo substantivo “porquê”, tendo em vista ser antecipado do artigo “o”. Já a segunda lacuna deve ser preenchida pela conjunção “porque”, tendo em vista que se pode responder com a palavra “sim”. Assim, a pergunta contém a oração subordinada adverbial causal. Veja que podemos entender o seguinte: O fato de os filhos se esquecerem dos pais ocorre será porque é uma lei da natureza? O verbo “será” é apenas enfático e pode ser retirado: O fato de os filhos se esquecerem dos pais ocorre porque é uma lei da natureza?

Você poderia ter ficado na dúvida, confundindo com a expressão interrogativa “por que”. Para evitar isso, perceba que não conseguimos inserir uma das palavras causa, motivo ou razão.

Na alternativa (B), a primeira lacuna deve ser preenchida pela expressão “por que”, tendo em vista fazer parte de uma frase interrogativa indireta. Note a presença do verbo “sabe” antes e do substantivo “razão” depois. A segunda lacuna deve ser preenchida pelo substantivo “porquê”, tendo em vista ser antecipado do artigo “o”. Na alternativa (C), a primeira lacuna deve ser preenchida pela conjunção adverbial causal “porque”, tendo em vista iniciar uma oração subordinada adverbial causal. Note que podemos substituir por “pois”. A segunda lacuna deve ser preenchida pela expressão “por que”, fazendo parte de uma frase interrogativa indireta. Veja que podemos subentender a palavra “causa”, “razão”, “motivo” após esta expressão: “não há por que (motivo) o pai ficar enciumado”. Na alternativa (D), a primeira lacuna deve ser preenchida pela expressão “Por que”, tendo em vista iniciar uma frase interrogativa direta. Note que esta frase termina com ponto de interrogação e podemos subentender as palavras “causa”, “motivo” ou “razão”. A segunda lacuna deve ser preenchida pelo substantivo “porquê”, tendo em vista ser antecipado do artigo “o”. Na alternativa (E), a primeira lacuna deve ser preenchida pela expressão “por que”, tendo em vista iniciar uma frase interrogativa indireta. Note que podemos subentender as palavras “causa”, “motivo” ou “razão”: “Embora o cronista não diga por que (motivo) se tornou tão melancólico...” A segunda lacuna deve ser preenchida pela conjunção adverbial causal “porque”, tendo em vista iniciar uma oração subordinada adverbial causal. Note que podemos substituir por “pois”. Assim, a alternativa correta é a (E). Gabarito: E Questão 25: TCE AM 2008 - Analista Técnico de Controle Externo (FCC) A forma por que preenche corretamente a lacuna da frase:

(A) Os cearenses expandiram as fronteiras ...... movidos pelas mais duras necessidades.

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(B) Um dos motivos ...... Hélio Pólvora se agradou desse romance é a visão original do autor.

(C) Márcio Souza decidiu-se pelo humor ...... se dispôs a fazer de seu livro uma sátira histórica.

(D) O livro de Márcio Souza fez sucesso pela inteligência e pelo humor, não há outro ...... .

(E) Muitos se escandalizaram com romance, mas se recusaram a dizer o ....... Comentário: Na alternativa (A), cabe a conjunção adverbial causal “porque”, a qual iniciará uma oração subordinada adverbial causal em que o verbo “foram” está subentendido, por estilo do autor. Veja: Os cearenses expandiram as fronteiras porque (foram) movidos pelas mais duras necessidades. A alternativa (B) é a correta, pois a expressão “por que” é um adjunto adverbial de causa, dentro da oração subordinada adjetiva restritiva. Veja que podemos substituir essa expressão por “pelos quais” ou “pelo qual”. (Hélio Pólvora se agradou desse romance por quê? Por causa de um desses motivos.) Na alternativa (C), cabe a conjunção adverbial causal “porque”, a qual iniciará uma oração subordinada adverbial causal. Veja que podemos substituir esta conjunção por “pois”. Na alternativa (D), mesmo sendo a última palavra da frase, perceba que o vocábulo é antecedido do pronome indefinido “outro”, o qual caracteriza o substantivo “porquê”.

Na alternativa (E), mesmo sendo a última palavra da frase, perceba que o vocábulo é antecedido do artigo “o”, o qual determina o substantivo “porquê”. Gabarito: B Questão 26: ALERJ 2011 Assessoramento às Comissões (banca CEPERJ) No trecho “A razão por que a leitura parece estar em baixa é que estamos em plena era da internet.”, o termo em destaque está grafado corretamente. A grafia do porquê também está correta na frase: A) Não sei o por quê de os jovens não gostarem de ler. B) Leia, por que a leitura conduz ao sucesso profissional. C) Eis por que os jovens gostam de ler. D) Dizer que os jovens não gostam de ler é simples; explicar porquê é difícil. E) Ela não leu porquê, se eu a incentivo a fazê-lo? Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o artigo “o” força a junção da expressão numa só palavra e com acento: o porquê. A alternativa (B) está errada, pois cabe apenas a conjunção coordenativa explicativa “porque”. Veja que podemos substituir pela conjunção de igual valor “pois”. A alternativa (C) é a correta, pois a expressão “por que” pode ser seguida de palavras como “motivo”, “causa”, “razão”:

Eis por que motivo os jovens gostam de ler. Eis por que causa os jovens gostam de ler. Eis por que razão os jovens gostam de ler.

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A alternativa (D) está errada, pois deve se retirar o acento e separar as palavras, pois se subentendem as palavras “motivo”, “causa”, “razão”:

explicar por que motivo é difícil. explicar por que causa é difícil. explicar por que razão é difícil.

A alternativa (E) está errada. Por ser a última palavra da oração, deve separar e manter o acento:

Ela não leu por quê, se eu a incentivo a fazê-lo? Gabarito: C Questão 27: TRT 24ªR - 2006 – Analista (banca FCC) Está correto o emprego do elemento sublinhado em:

(A) As alterações porque sofrem as instituições podem ser necessárias. (B) Os caminhos porque percorrem os valores humanos são, por vezes,

indevassáveis. (C) Se há rigor e ética nas instituições, algumas não funcionam mesmo

porquê? (D) Há que se investigar o porquê de as instituições serem tão manipuláveis. (E) Não se sabe o por que das instituições serem falhas, mesmo quando bem

arquitetadas. Comentário: Na alternativa (A), ocorre pronome relativo antecedido da preposição “por”. Veja que “As alterações podem ser necessárias” é a oração principal e “por que (pelas quais) sofrem as instituições” é a oração subordinada adjetiva restritiva. Na alternativa (B), a estrutura é a mesma da anterior. A oração “Os caminhos são, por vezes, indevassáveis” é a principal, e “por que(pelos quais) percorrem os valores humanos” é a oração subordinada adjetiva restritiva.

Na alternativa (C), em final de frase, deve ficar separado e com acento: Se há rigor e ética nas instituições, algumas não funcionam mesmo por quê?

A alternativa (D) é a correta, pois o vocábulo recebeu artigo, o que o fez transformar-se em substantivo. Assim, recebe o acento e não pode ficar separado: o porquê.

Na alternativa (E), há um artigo “o” antecipando o vocábulo, deve ficar junto e com acento: o porquê. Gabarito: D Questão 28: TRT 6ªR 2006 Técnico (banca FCC) Está correto o emprego do elemento sublinhado em:

(A) Muita gente se agarra à imagem artificial de si mesma sem saber porquê. (B) Não é fácil explicar o porquê do prestígio que alcança a imagem ilusória

das pessoas. (C) Não sei porque razão os outros querem nos impor a imagem que têm de

nós. (D) Se a ela aderimos, é por que nossa imagem ilusória traz alguma

compensação.

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(E) Queremos perguntar, diante do espelho artificial, por quê nossa imagem não está lá.

Comentário: Na alternativa (A), veja que em final de frase, deve ficar separado e com acento: ...saber por quê.

A alternativa (B) é a correta, pois o vocábulo recebeu o artigo, por isso recebe o acento e fica junto: o porquê.

Na alternativa (C), há uma pergunta indireta, por isso deve ficar separado e sem acento. Para confirmar, basta observar o vocábulo “razão” explicitamente após o vocábulo: “Não sei por que razão”. Lembre-se de que os vocábulos “razão”, “motivo”, “causa” podem estar explícitos ou implícitos na frase, para tornar a expressão “por que” separada e sem acento.

Na alternativa (D), perceba que há uma conjunção causal, por isso deve ficar junto e sem acento: “...é porque nossa imagem...”. Uma observação: veja que essa conjunção causal não pode ser substituída por “pois”. Isso ocorre tendo em vista que a estrutura “Se ...é ” é enfática e mais afeita à linguagem coloquial (mas não é errada na norma culta). Sem a estrutura enfática, a conjunção causal fica mais clara. Veja: “A ela aderimos porque nossa imagem ilusória traz alguma compensação.” A diferença é apenas a perda da ênfase. Agora, sim, podemos substituir a conjunção “porque” por “pois”, “porquanto”, etc. Na alternativa (E), há uma pergunta indireta, típica de estruturas com os verbos “saber”, “perguntar”, “indagar”, “questionar”. Esse é o caso em que pode haver explícita ou implicitamente os vocábulos “motivo”, “razão” e “causa”. Portanto, separado e sem acento: Queremos perguntar (...) por que motivo nossa imagem não está lá. Gabarito: B Questão 29: BAHIA GÁS - 2010 – Analista (banca FCC) Está correta a forma de ambos os elementos sublinhados na frase:

(A) Ela não nos disse por que razão tornou-se uma otimista; e se ela tornar ao seu pessimismo, será que nos explicará por quê?

(B) A razão porque muitos se tornam pessimistas está no mundo violento de hoje; por quê outra razão haveriam de se desenganar?

(C) “Por que sim”: eis como respondem os mais impacientes, quando lhes perguntamos porque, de repente, se tornaram otimistas.

(D) Sem mais nem porquê, ele passou a ver o mundo com outros olhos, dizendo que isso aconteceu por que encontrara a verdade na religião.

(E) Não sei o por quê do seu pessimismo; porque você não me explica? Comentário: A alternativa (A) é a correta, é uma pergunta indireta, em que podemos perceber o vocábulo “razão” explicitamente, por isso a expressão deve ficar separada e sem acento. No final de frase, essa expressão deve ficar separada e com acento. Na (B), a expressão deve ficar separada e sem acento, pois “por que” é pronome relativo antecedido da preposição “por”. Para perceber isso, basta substituir por “pela qual”. A segunda ocorrência da expressão deve permanecer separada e sem acento, pois há uma pergunta, e o termo não está em final de frase.

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Na (C), a estrutura entre aspas é uma resposta, por isso a expressão deve ficar unida e sem acento, por ser uma conjunção causal. A segunda ocorrência deve ficar separada e sem acento, pois é uma pergunta indireta, após o verbo “perguntamos” e podemos inserir o vocábulo “motivo”, “razão” ou “causa” para a confirmação: “...por que motivo se tornaram...”. Na (D), a expressão encontra-se em final de enunciado, por isso fica separada e com acento: “Sem mais nem por quê”. Na segunda ocorrência, os vocábulos devem ficar juntos e sem acento, por haver uma conjunção causal. Na (E), na primeira ocorrência, há substantivo: “o porquê” (unido e com acento). Na segunda, há pergunta direta e o vocábulo não se encontra no final de frase, por isso deve ficar separado e sem acento. Gabarito: A Questão 30: DPE RS 2011 (banca FCC) Assinale a alternativa que contém erro gramatical.

(A) Os porquês dos conceitos de sujeito e predicado na gramática. (B) Por que os conceitos de sujeito e predicado têm problema? (C) Os conceitos de sujeito e predicado têm problema. Por quê? (D) Os conceitos de sujeito e predicado têm problema. Porquê? (E) Não se sabe por que os conceitos de sujeito e predicado têm problema. Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o vocábulo recebeu o artigo “Os”, por isso deve ficar junto e com acento. A alternativa (B) está correta, pois há uma pergunta. Como não está em final de frase, a expressão fica apenas separada e não pode receber acento. A alternativa (C) está correta, pois a expressão “Por quê” é a única da frase e é uma interrogação. Assim, deve ficar separada e com acento. Por esse mesmo motivo, a alternativa (D) é a incorreta. Tome cuidado, porque alguns candidatos nesta prova relataram-me que não perceberam a separação do vocábulo e pensaram que a banca havia errado colocando duas alternativas iguais. Por isso, marcaram outra alternativa. É mole? Isso acontece. Mas você deve prestar atenção, ok? A alternativa (E) está correta, pois ocorre uma pergunta indireta. Podemos subentender os vocábulos “motivo”, “razão” ou “causa”: Não se sabe por que (motivo) os conceitos... Por isso, deve ficar separado e sem acento. Gabarito: D Questão 31: Sec Faz SP – 2006 Agente Fiscal de Rendas (banca FCC) ...para entender por que a viagem de Colombo acabou e continua sendo uma metáfora...

No que se refere à grafia, para estar de acordo com o padrão culto, a frase que deve ser preenchida com forma idêntica à destacada acima é:

(A) Referências são sempre interessantes, ...... despertam curiosidade acerca da obra.

(B) −..... foi a obra que mais o teria impressionado sobre o assunto, respondeu alguém quando indagado sobre o motivo da citação.

(C) Alguém poderá perguntar: − O autor citou Braudel, ...?

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(D) Gostaria de saber ...... ele se interessou especificamente por essa obra de Braudel acerca do mar Mediterrâneo.

(E) Quem sabe o ...... da citação da obra de Braudel? Comentário: Na alternativa (A), ocorre a conjunção causal “porque”. Note que podemos substituir por “pois”, “porquanto”. Na alternativa (B), também há a conjunção causal “Porque”. A única diferença é que essa estrutura oracional é a reposta de alguém a uma pergunta. Veja que podemos substituir por “Pois”, “Porquanto”. Na alternativa (C), como a expressão é a última da frase, deve ficar separada e com acento: “O autor citou Braudel, por quê?”. A alternativa (D) é a correta, pois possui a expressão “por que” (separada e sem acento), como no pedido da questão. Isso ocorreu já que a frase é uma pergunta indireta e os vocábulos “motivo”, “causa” ou “razão” podem ficar subentendidos após a expressão: “Gostaria de saber por que (motivo) ele se interessou...”. Na alternativa (E), como o vocábulo recebeu artigo “o”, deve ficar junto e com acento: “Quem sabe o porquê da citação...”. Gabarito: D Questão 32: TCE MG 2007 - Técnico de Controle Externo I – Direito (FCC) O equívoco quanto ao sentido exato de uma palavra ou expressão torna necessário corrigir seu emprego na seguinte frase: (A) Inteirado das questões que recebera, optou o professor pela forma do

diálogo, abdicando da formalidade de uma palestra. (B) Durante a palestra, o professor ficou feliz ao ver que o seu fascínio pelo

assunto ia de encontro à legítima curiosidade dos alunos. (C) Não é dada a todos os professores a faculdade de afinar seu interesse real

pelo que seus alunos também mantêm vivo. (D) As perguntas essenciais são como aquelas leis que jamais prescrevem:

estão em todas as culturas e em todos os tempos. (E) Quem não se provê de boas perguntas jamais chega a respostas de fato

satisfatórias. Comentário: Veja que a questão nos orienta a procurar palavras mal-empregadas dentre as alternativas. A alternativa (B) é a que se encontra nesta situação, pois a expressão “de encontro a” transmite valor de contraste, oposição, choque de ideias. No contexto, o correto seria a expressão “ao encontro de”, que transmite valor de ratificação (em favor de). Veja que o professor ficou feliz e o motivo foi perceber que os alunos tiveram curiosidade no assunto palestrado por ele. Gabarito: B Questão 33: Funasa 2010 Técnico Contabilidade (banca Fund Dom Cintra) “De preferência, distribuídos com bom senso.”; a palavra senso tem por homônimo censo, de significado distinto. A alternativa em que o termo em destaque está mal empregado é:

A) Durante a sessão de cinema houve tumulto. B) Nas sessões espíritas há fatos inexplicáveis. C) Em várias seções da loja os fregueses reclamaram dos preços.

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D) Houve uma cessão de tempo na TV para os programas eleitorais. E) A sessão de terrenos aos moradores beneficia os membros da

comunidade. Comentário: As alternativas (A) e (B) estão corretas, pois as palavras “sessão”, “sessões” significam o espaço de tempo de realização de algo. A alternativa (C) está correta, pois “seções” dá noção de divisão, daí entendermos que significa “setor”, “departamento” de uma repartição qualquer. A alternativa (D) está correta, pois o verbo “ceder” transforma-se no substantivo “cessão”. Assim, alguém cedeu o tempo, houve uma cessão de tempo na TV. Por esse motivo, está errada a alternativa (E), pois também há o sentido de ceder. Assim, a grafia correta é: A cessão de terrenos aos moradores beneficia os membros da comunidade. Gabarito: E Questão 34: MAPA 2010 Agente Adm (banca Fund Dom Cintra) O vocábulo em caixa alta na frase “Queria que lhe apontassem um cristão DECENTE para guardá-la”, que significa “digno”, forma um par de vocábulos homônimos não homógrafos com o vocábulo “descente”, que significa “que desce”. Dos pares de frases abaixo, nas quais também foram usados homônimos não homógrafos, aquele em que houve erro no emprego dos vocábulos por inversão dos respectivos significados é:

A) Ninguém acreditava que o malandro fosse tão ESPERTO quanto parecia. / Um indivíduo EXPERTO em malandragem perceberia logo a artimanha do vigarista.

B) Todos procuravam CASSAR um meio para desmascarar o bandido. / Com os apelos que fazia, o vigário queria CAÇAR o direito de o malandro se defender das acusações.

C) Todos correram à casa do sacerdote para assistir à SESSÃO de ofensas que ambos trocavam entre si. / Se o vigário concedesse na CESSÃO da quantia que o malandro reivindicava, estaria assinando sua declaração de culpa.

D) Ninguém se contentava em apenas ESPIAR o que acontecia, mas todos queriam também participar. / Se fosse descoberto, o vigarista provavelmente iria EXPIAR seu crime na prisão.

E) As ações calculadas do malandro demonstravam não se tratar de criminoso INCIPIENTE. / Por dar demonstrações de ser um indivíduo INSIPIENTE, ninguém conseguia entender como o vigarista tinha idealizado tamanha patifaria.

Comentário: Trocando em miúdos, o que o extenso pedido da questão cobra é a alternativa com o sentido trocado dos vocábulos. A alternativa (A) está correta, pois “esperto” significa “atento, perspicaz, ativo” e “experto” significa “experiente”. Assim, contextualmente, os dois vocábulos cabem em suas respectivas frases. A alternativa (B) é a errada, pois “cassar” significa tornar nulo, sem efeito, e o verbo “caçar” significa “perseguir, procurar, buscar”. Assim, devem-se trocar as palavras em suas frases. Veja:

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Todos procuravam CAÇAR (procurar) um meio para desmascarar o bandido. / Com os apelos que fazia, o vigário queria CASSAR (anular) o direito de o malandro se defender das acusações.

A alternativa (C) está correta, pois “sessão” significa o tempo dispensado a algo. Daí entender uma sessão de ofensas como o período em que isso ocorre. O substantivo “cessão” significa “ceder”, por isso cabe no contexto. A alternativa (D) está correta, pois “espiar” é o mesmo que observar; já “expiar” significa penalizar por uma culpa. A alternativa (E) está correta, pois “incipiente” sugere a palavra “iniciante”. Como o contexto mostra que as ações foram calculadas, então realmente o malandro não é incipiente (iniciante), ele é bem experiente. Já a palavra “insipiente” é o mesmo que ignorante (não saber, não conhecer). Assim, a segunda frase quis dizer o seguinte: Como entender que um pessoa ignorante, de pouco conhecimento, teria condições de idealizar tamanha patifaria? Gabarito: B Questão 35: TRT 21ªR 2003 Analista (banca FCC) Está adequado o emprego da expressão sublinhada na frase:

(A) Salvo melhor juízo, é indiscutível que partilhamos do mesmo julgamento: teus argumentos vêm de encontro aos meus.

(B) A menos que você retifique seu voto, passando a acompanhar-nos em nossa decisão, não haverá como mantê-lo em nosso partido.

(C) Em vista da notoriedade de seu mau caráter, ninguém se surpreendeu quando assumiu a responsabilidade pela trapaça que havia feito.

(D) Ele se mostra transigente apenas nos casos em que não lhe convém arredar pé da posição que esteja defendendo com o habitual denodo.

(E) A unanimidade na aprovação só foi alcançada porque a bancada de oposição reviu seu voto, ratificando a decisão do líder, renitente adversário do projeto.

Comentário: Na alternativa (A), o contexto nos mostra que o correto seria “ao encontro de”, pois transmite a ideia de “em favor de”. Já a expressão “de encontro a” transmite sentido de oposição. Na alternativa (B), “retifique” transmite o valor de “corrigir, mudar”, o que o contexto pede. Deve-se mudar o voto. Por isso, a alternativa (B) é a correta. Na alternativa (C), o adjetivo “mau” se liga a substantivo, significando o oposto de “bom”. Quanto à morfologia, esta palavra foi bem empregada. Porém, observando-se o contexto em que se encontra, o correto seria “bom” caráter, pois houve notoriedade de seu caráter, ninguém se surpreendeu por ele ter assumido algo de errado. Isso não seria normal para uma pessoa de caráter ruim. Por isso, o erro é semântico. O adjetivo correto seria “bom”. Na alternativa (D), o contexto mostra que alguém se mostra intolerante somente em determinados casos. Por isso o vocábulo correto seria “intransigente”. Transigente significa tolerante, o que não ocorre no contexto da frase.

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Na alternativa (E), o sentido necessário para a frase é o de corrigir, por isso o correto seria o vocábulo “retificando”. Gabarito: B Questão 36: ANTT Superior 2008 (banca NCE) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da frase abaixo: “As transformações ____ tem passado o equilíbrio ecológico parecem condenar o homem __ existência num mundo deserto”. (A) porque / à; (B) porquê / à; (C) por que / a; (D) porque / a; (E) por que / à. Comentário: A primeira lacuna deve ser completada pela expressão “por que” (separada e sem acento), pois podemos substituir por “pelas quais”. Assim, já eliminamos as alternativas (A), (B) e (D). O verbo “condenar” exige a preposição “a” e o substantivo “existência” admite artigo “a”, por isso temos crase. Gabarito: E Questão 37: DPE - SP – 2010 Superior (banca FCC) Fragmento do texto: Não se trata de ir contra a necessidade do uso de conceitos específicos, de não reconhecer a vantagem de se empregar um termo técnico em vez de um termo impreciso, de abolir, em suma, o vocabulário especializado; trata-se, sim, de evitar o exagero das linguagens opacas, cifradas, que pedem “tradução” para a própria língua a que presumivelmente pertencem. O exemplo de Graciliano diz tudo: quando o propósito da comunicação é honesto, quando se quer clareza e objetividade no que se escreve, as palavras devem expor à luz, e não mascarar, a mensagem produzida. No caso desse honrado prefeito alagoano, a ética rigorosa do escritor e a ética irrepreensível do administrador eram a mesma ética, assentada sobre os princípios da honestidade e do respeito para com o outro. Na construção Não se trata de ir contra (...), de não reconhecer (...), de abolir, os elementos sublinhados têm, na ordem dada, o sentido de

(A) contrariar - desconhecer - procrastinar (B) ir ao encontro - ignorar - suspender (C) contradizer - desmerecer - extinguir (D) contraditar - discordar - reprimir (E) ir de encontro - rejeitar - suprimir Comentário: Não se trata de ir contra a necessidade do uso de conceitos específicos, de não reconhecer a vantagem de se empregar um termo técnico em vez de um termo impreciso, de abolir, em suma, o vocabulário especializado; trata-se, sim, de evitar o exagero das linguagens opacas, cifradas, que pedem “tradução” para a própria língua a que presumivelmente pertencem. Perceba que “ir contra a” termina com preposição “a”, e o substantivo “necessidade”, no texto, não possui artigo “a”; por isso não há crase. Essa expressão tem o sentido equivalente às expressões “contradizer”, “contraditar” (nestes casos, o “a” viraria artigo do substantivo “necessidade”)

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e “ir de encontro” (neste caso, o “a” continua sendo preposição “a”, e o substantivo “necessidade” não possui artigo “a”, como no texto original). Assim, eliminamos a alternativa (B), pois “ao encontro de” não transmite valor de oposição, mas de aproximação de ideias. Na expressão “não reconhecer a vantagem”, podemos entender que “não reconhecer” não quer dizer “desconhecer”, mas não dar crédito a algo. Por isso, também eliminamos a alternativa (A). Perceba que o verbo “desmerecer” transmite a ideia de rebaixar, menosprezar; por isso, não cabe no contexto, e podemos eliminar a alternativa (C). Veja que o verbo “discordar”, além de não transmitir o mesmo sentido de “não reconhecer”, possui regência diferente (exige a preposição “de”). Por isso, eliminamos a alternativa (D). Assim, a alternativa correta é a (E). Veja que o vocábulo “abolir” realmente tem o sentido de “suprimir”. Gabarito: E Questão 38: Analista-Tributário da Receita Federal – 2012 (banca ESAF) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical na transcrição do texto abaixo. A pequena reação da indústria em junho (crescimento de 0,2% em relação a maio) não foi suficiente para compensar a (1) queda da produção no primeiro semestre, da ordem de 3,8%, quando comparada à (2) produção do mesmo período de 2011. Segundo o IBGE, responsável por essa estatística, a indústria brasileira hoje produz o mesmo que há (3) três anos. Mesmo que o setor tenha passado por um ponto de inflexão, como acredita o ministro da Fazenda, Guido Mantega, é pouco provável que a (4) produção chegue à (5) registrar crescimento em 2012. Os especialistas projetam uma queda de até 2%, o que contribuirá para o fraco desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) este ano.

(Editorial, O Globo, 3/8/2012)

a) (1) a b) (2) à c) (3) há d) (4) a e) (5) à Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o verbo “compensar” é transitivo direto, e o objeto direto “a queda da produção” é iniciado pelo artigo “a”. A alternativa (B) está correta, pois “comparada” rege a preposição “a” e o substantivo “produção” admite ser antecipado do artigo “a”. Assim, há crase. A alternativa (C) está correta, pois o verbo “há” transmite sentido de tempo decorrido (três anos anteriores). A alternativa (D) está correta, pois “a produção” é sujeito do verbo “chegue”. Assim, ocorre apenas artigo “a”. A alternativa (E) é a errada, pois não pode haver crase antes de verbo. Gabarito: E Questão 39: ALERJ 2011 Digitador (banca CEPERJ) “Reparem: à exceção de uma anotação ligeira ou da assinatura de um cheque, muitos de nós já não escrevemos mais nada à mão.” – preenche-se com a palavra destacada nesse segmento a(s) lacuna(s) da frase:

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A) O _______ muçulmano não resistiu aos ataques dos rebeldes. B) No jogo de xadrez, o _____ -mate não deixa possibilidade de vitória. C) As avaliações descabidas não podem pôr em ______ o mérito, a

importância da arte brasileira. D) É importante que se ______ qualquer informação antes de divulgá-la. E) O ganzá, instrumento musical, é também denominado ______ - ______. Comentário: Lembre-se de que “cheque” é o mesmo que “ordem de pagamento”, além de poder ser o presente do subjuntivo do verbo “checar” (conferir). “xeque” pode ter vários sentidos, como “chefe muçulmano”; lance de xadrez (xeque-mate = o rei morreu ou o rei está morto); risco, contratempo, perigo, dúvida. Além disso, há um instrumento musical de nome “xeque-xeque. Confira:

A) O xeque muçulmano não resistiu aos ataques dos rebeldes. B) No jogo de xadrez, o xeque-mate não deixa possibilidade de vitória. C) As avaliações descabidas não podem pôr em xeque o mérito, a

importância da arte brasileira. D) É importante que se cheque qualquer informação antes de divulgá-la. E) O ganzá, instrumento musical, é também denominado xeque-xeque. Gabarito: D Questão 40: AGU Superior 2006 (banca NCE) Em “não desmereçam valores sociais ou provoquem discriminação”, o vocábulo é parônimo de descriminação.

Assinale a frase em que há um ERRO no emprego da palavra parônima ou homônima destacada:

(A) A criança não é mau consumidor; (B) A agência publicitária pretendia fazer um concerto no texto; (C) O publicitário fez a foto numa das celas do convento; (D) O anúncio estava na iminência de ser proibido; (E) A cópia errada da lei foi retificada. Comentário: A alternativa (A) está correta, porque “mau” é oposto de “bom”. A alternativa (B) é a errada, pois “concerto” significa harmonia, e “conserto” significa “arrumar”. Assim, o correto no texto deveria ser “conserto”. A alternativa (C) está correta, pois “celas” significa “quarto”, “aposento”. A alternativa (D) está correta, pois “iminência” é aquilo que está por ocorrer. A alternativa (E) está correta, pois “retificada” significa “corrigir”. Gabarito: B Questão 41: MPOG 2009 - Especialista em Políticas Públicas (banca ESAF) Fragmento do texto: Resta agora evidente que o alívio da carga tributária e das taxas de juros, medida adotada a fim de enfrentar a conjuntura adversa, é necessário, como instrumento eficaz, para assegurar dinamismo à atividade econômica.

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Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Estaria gramaticalmente correto e de acordo com as ideias originais do texto se a expressão “a fim de” (ℓ.2) estivesse grafada da seguinte forma: afim de. Comentário: Veja que a oração “a fim de enfrentar a conjuntura adversa” é subordinada adverbial de finalidade e reduzida de infinitivo, a qual é iniciada pela locução prepositiva “a fim de”. Assim, não pode ser substituída pela expressão “afim de”. Gabarito: E Questão 42: BNDES / 2009 / Superior (banca Cesgranrio) É melhor começar a exercitar a linguagem, _________ o seu relacionamento pode acabar mal. A pesquisa recentemente realizada pela empresa foi _________ do estresse emocional do trabalhador. Expliquei-lhe as exigências do atual mercado _________ ele se adaptasse melhor.

A sequência que completa corretamente as frases acima é

(A) se não – a cerca – a fim de que (B) se não – acerca – afim de que (C) se não – acerca – a fim de que (D) senão – acerca – a fim de que (E) senão – a cerca – afim de que Comentário: A expressão “se não” separada ocorre com valor de condição (caso não) e isso não cabe no contexto. O vocábulo “senão” nesta frase tem sentido de “ou então”. Assim, eliminam-se as alternativas (A), (B) e (C). Quando se refere a assunto, temos a locução prepositiva “acerca de”. Por isso, elimina-se a alternativa (E) e já sabemos que a (D) é a correta; mas devemos confirmar. A locução conjuntiva de finalidade é “a fim de que”. Assim, confirma-se a (D) como correta. Gabarito: D

Questão 43: FAFEN / 2009 / Superior (banca Cesgranrio) As razões _________ não simpatizo com você são muitas. Não faça críticas negativas, _________ se arrependerá. O que eu disser poderá ser _________ interpretado.

A opção cuja sequência completa, corretamente, as sentenças acima é

(A) por quê – senão – mal (B) por que – senão – mal (C) porquê – se não – mal (D) porque – se não – mau (E) porque – senão – mau Comentário: Veja que na primeira frase, podemos substituir “por que” por “pelas quais”. Assim, já sabemos que a alternativa (B) é a correta. Mas devemos confirmar. O vocábulo “senão” está no sentido de “ou então”. O advérbio “mal” é oposto de “bem”. Gabarito: B Questão 44: Petrobras / 2010 / Médio (banca Cesgranrio) Considerando o sentido da frase, o termo destacado está empregado

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conforme o registro culto e formal da língua em

(A) Diante do ocorrido, ao invés de seu amigo, enviou outra pessoa ao congresso.

(B) O motivo porque não se arrependeu tornou-se alvo de críticas. (C) Diga-lhe, agora, quanto o ama, se não, amanhã, poderá ser tarde

demais. (D) Nem sempre os nossos objetivos são afins aos de nossos familiares. (E) Foi, lentamente, de encontro a seu fiel amigo para oferecer-lhe flores. Comentário: (A): “ao invés de” significa oposição (inverso). O ideal é “em vez de”, isto é, “no lugar de”. (B): podemos substituir por “pelo qual”, então só cabe “por que”. (C): “senão” no valor de “ou então”. (D): “afins” está correto no contexto, pois tem sentido de afinidade. (E): não houve choque, então é “ao encontro de”. Gabarito: D

Questão 45: Petrobras / 2010 / Médio (banca Cesgranrio) O vocábulo destacado, quanto ao seu significado, está empregado, adequadamente, na seguinte frase:

(A) Ações mal-sucedidas prenunciam um fracasso eminente. (B) Para acender profissionalmente, é preciso perseverança. (C) O profissional de sucesso descrimina as etapas de suas ações. (D) A expectativa do triunfo motiva o empreendedor. (E) É preciso saber deferir o amor do ódio. Comentário: (A): “eminente” é notório; “iminente” é o que está por ocorrer. É esta última que cabe no contexto. (B): “acender” significa ignição; “ascender” significa “subir”. É esta última que cabe no contexto. (C): “descrimina” é absolver, tirar o crime; “discriminar” é diferenciar. É a última a correta para este contexto. (D): “expectativa” significa aquele que está com esperanças de algo, ansioso. Está sendo empregado no sentido correto. (E): “deferir” é autorizar, “diferir” é diferenciar. No contexto, cabe apenas o último. Gabarito: D Questão 46: PROMINP / 2010 / Médio (banca Cesgranrio) A frase que se completa corretamente com a palavra mau é

(A) Sabia mergulhar mas nadava _____. (B) Escolheu um _____ momento para brincar. (C) _____ conseguia respirar de tanta alegria. (D) Não havia _____ que resistisse a uma temporada de banhos de mar. Comentário: (A): nadava mal (nadava bem). (B): mau momento (bom momento). Por isso está correta. (C): Conseguia respirar mal (conseguia respirar bem). (D): Não havia mal (Não havia bem). Gabarito: B

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Questão 47: Petrobras / 2005 / Superior (banca Cesgranrio) Fragmento do texto: Qual é a relação entre contrair um empréstimo e o dilema de devorar uma sobremesa calórica? O que têm em comum as atividades do Banco Central e a decisão de consumir drogas? O economista Eduardo Giannetti da Fonseca enxerga em todos esses dilemas a lógica dos juros. Segundo ele, ao comer a sobremesa, desfruta-se o momento e pagam-se os juros depois, na forma de exercícios físicos. Para desfrutar alguns momentos de prazer extático, o drogado muitas vezes sacrifica seu patrimônio cerebral futuro. Torna-se agiota de si mesmo. Professor do Ibmec São Paulo, Giannetti acaba de lançar O Valor do Amanhã, uma das mais valiosas e legíveis obras já escritas sobre um assunto tão complexo e aparentemente árido como os juros. Sua tese central, exposta na entrevista que se segue, é a de que o mecanismo dos juros encontra similar na vida cotidiana das pessoas, na crença religiosa e até no metabolismo humano. A mesma lógica define o comportamento dos indivíduos e das sociedades. As que atribuem valor exagerado ao presente sujeitam-se a juros elevados. As que se preocupam demais com o futuro deixam passar boas oportunidades de investir e desfrutar o presente. Integrante do primeiro grupo de países, o Brasil padeceria do que Giannetti apelidou de miopia temporal – uma anomalia, alimentada pela impaciência, que leva o país a subestimar os desafios ambientais e sociais e a tentar resolver tudo a carimbadas e canetadas.

Assinale a opção que traz, respectivamente, sinônimos de “extático” e “anomalia”.

(A) Enlevado, anormalidade. (B) Exagerado, irregularidade. (C) Absorto, estranhamento. (D) Imóvel, aberração. (E) Histérico, desigualdade. Comentário: Veja que a palavra “extático” está no seguinte trecho do texto: “Para desfrutar alguns momentos de prazer extático, o drogado muitas vezes sacrifica seu patrimônio cerebral futuro”. A palavra “extático” é derivada de “êxtase”; por isso é a característica daquele que se encontra em êxtase. Não podemos confundir com “estático”, isto é, aquilo ou aquele que se encontra imóvel como uma estátua. Não se quis dizer no texto que o drogado fica parado, mas extasiado, arrebatado, em arroubo. Veja que as palavras “exagerado”, “imóvel” e “histérico” não cabem no contexto, por isso eliminamos as alternativas (B), (D) e (E). Podemos ter dúvida no que significa “absorto”, por isso não mexemos nela. A outra palavra é “anomalia”. Vejamos seu contexto: “Integrante do primeiro grupo de países, o Brasil padeceria do que Giannetti apelidou de miopia temporal – uma anomalia, alimentada pela impaciência, que leva o país a subestimar os desafios ambientais e sociais e a tentar resolver tudo a carimbadas e canetadas.” Esse vocábulo é o aposto explicativo do sentido conotativo da palavra “miopia”, então entendemos que “anomalia” é, no mínimo, um problema. Não cabe no contexto a palavra estranhamento, concorda? Assim, eliminamos a alternativa (C), sobrando a (A) como correta.

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Veja que a questão cobrou sinônimo, mas é o texto que ajuda você a responder. Ah! A palavra “absorto” é o mesmo que “extasiado”. Gabarito: A

Questão 48: Petrobras / 2006 / Superior (banca Cesgranrio) Observe os verbos em destaque abaixo. “A baleia-bicuda-de-True chega a ter seis metros de comprimento e não se imaginava que pudesse chegar ao litoral brasileiro.” Indique a opção em que as duas formas do mesmo verbo têm o mesmo sentido. (A) Para aplicar os ensinamentos que recebeu do pai, ele aplicou todos os

seus ganhos em imóveis. (B) Com a finalidade de cortar o consumo excessivo de proteínas, ele

cortou as carnes de sua alimentação. (C) Com uma tesoura, destacou algumas partes do documento, para que só

o mais importante se destacasse. (D) Ele viu que estava com sede quando viu o amigo tomar um mate gelado. (E) O funcionário que visava a uma promoção no final do ano era o

responsável por visar os documentos. Comentário: A locução verbal “chega a ter” na primeira ocorrência está no sentido de “alcançar”. Já a locução “pudesse chegar” transmite valor de lugar de destino. A banca quer a alternativa em que os verbos preservam o mesmo sentido. (A) aplicar: a primeira ocorrência significa “pôr em prática”; a segunda, “investir”. (B) cortar: as duas ocorrências estão no sentido de “suprimir, eliminar”. Por isso é a correta. (C) destacou: a primeira ocorrência significa “recortar”; a segunda, “pôr em destaque”, “fazer sobressair”. (D) viu: a primeira ocorrência significa “perceber”; a segunda, “olhar”, “enxergar”. (E) visava: a primeira ocorrência significa “almejar”; a segunda, “assinar”. Gabarito: B Questão 49: REFAP / 2007 / Superior (banca Cesgranrio) Fragmento do texto: Os habitantes dessas cidades tendem a fixar sua atenção em falhas que podem ser sanadas, em defeitos que podem ser superados, em feridas que podem ser curadas por um tratamento tópico. Falta-lhes a percepção de que determinadas questões só poderiam ser efetivamente resolvidas por uma mudança radical, através de um novo modelo. O significado da expressão “tratamento tópico” está, no texto, em oposição a: (A) aplicação de medidas superficiais. (B) uso de medicação externa. (C) execução de transformações radicais. (D) colocação em prática de medidas oportunistas. (E) emprego de normas circunstanciais.

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Comentário: Sabemos que “tratamento tópico” é algo sem aprofundamento, superficial. O texto nos mostra que falta a quem acredita neste tratamento tópico a percepção de que determinadas questões só poderiam ser efetivamente resolvidas por uma mudança radical, através de um novo modelo. Assim, para realmente resolver, não pode ser por tratamento tópico. O contrário é “transformações radicais”. Gabarito: C

BNDES / 2011 / Superior (banca Cesgranrio) Vista cansada

Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou. Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio. Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer. Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos. Questão 50: As passagens que, nos contextos em que se inserem, estabelecem entre si um contraste semântico são: (A) “Um poeta é só isto:” (2º parágrafo) e “Vê não vendo.” (2º parágrafo) (B) “O que nos cerca,” (2º parágrafo) e “o que nos é familiar,” (2º parágrafo) (C) “já não desperta curiosidade.” (2º parágrafo) e “O campo visual da nossa

rotina é como um vazio.” (2º parágrafo) (D) “você não sabe.” (3º parágrafo) e “você não vê.” (3º parágrafo) (E) “Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro.” (3º parágrafo) e

“Dava-lhe bom-dia...” (3º parágrafo) Comentário: A questão pede o contraste. Note que o texto nos mostra uma forma de o poeta ver (“um poeta é só isso”); porém em seguida se mostra a gente comum a qual banaliza o olhar (“Vê não vendo”). Assim, a alternativa correta é a (A), pois há o contraste entre o olhar do poeta e da gente comum.

“Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente

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banaliza o olhar. Vê não vendo.”

Na alternativa (B), a expressão “o que nos é familiar” é o aposto explicativo de “o que nos cerca”, assim não há contraste. Veja:

O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade.

Na alternativa (C), o período “O campo visual da nossa rotina é como um vazio” tem valor explicativo em relação à oração “já não desperta curiosidade”, tanto assim que podemos subentender uma conjunção explicativa antes de “O campo”. Veja:

“O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade, pois o campo visual da nossa rotina é como um vazio.”

Assim, também não ocorre contraste. Na alternativa (D), também há uma relação de explicação ou causa, e não de contraste. Veja o texto:

“Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê.”

Poderíamos reescrever assim: Você não sabe, porque não vê.

Na alternativa (E), “Dava-lhe bom dia” é uma expressão paralela à anterior “Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro”. Não há contraste nestas estruturas, há adição. Gabarito: A

Questão 51: Em “O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem.” (4º parágrafo), os sentidos das sequências em destaque são:

(A) aguça a atenção e distorce a percepção. (B) embota a atenção e subtrai a percepção. (C) amplia a visão e dificulta a percepção. (D) impede a visão e aumenta a percepção. (E) distorce a visão e corrige a percepção. Comentário: Essa estrutura frasal nos mostra que a rotina suja os olhos, isto é, nos faz deixar de perceber as coisas comuns. Isso é o contrário de “aguça” e “amplia”; por isso, eliminamos as alternativas (A) e (C). Com a expressão “baixa a vantagem”, não há aumento da percepção, nem correção da percepção, por isso, eliminamos as alternativas (D) e (E). Assim, sobra como correta a alternativa (B). Embotar significa perda de sensibilidade. Isso confirma a (B) como certa. Assim, o que importa nestas questões é você perceber que não precisa saber o sentido de todas as palavras; mas, sabendo alguns e procurando interpretar o texto, chegamos à alternativa correta. Gabarito: B Bom, pessoal! Ficamos por aqui!

Abraço.

Terror

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Lista de questões Questão 1: Analista Técnico de Políticas Sociais – MPOG – 2012 (banca ESAF) 1 5

Há evidências de um processo de fragilização da indústria nacional que, se não for detido, poderá em prazos mais longos prejudicar o desenvolvimento do país. A preocupação com o setor não é um fetiche antiquado. Apesar de a economia contemporânea propiciar outras fontes de criação de valor — como é o caso dos serviços, cada vez mais globalizados —, a indústria permanece como foco da incorporação de tecnologia e do aumento da produtividade. Ela exerce, além disso, efeito multiplicador sobre outras áreas.

(Adaptado de Folha de S. Paulo, Editorial, 9/9/2012) Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)

A palavra “fetiche”(ℓ.4) está sendo empregada com o sentido figurado de objeto de obsessão, de aspiração. Questão 2: CVM Médio 2005 (banca NCE) No conjunto de frases abaixo, o termo sublinhado tem valor geral e substitui o termo específico anteriormente grafado em maiúsculas. A alternativa em que a substituição NÃO se processa desse mesmo modo é:

(A) O ROUBO na Polícia Federal ainda não devidamente esclarecido e deve ser um desses delitos que acabam sem solução;

(B) O DEPUTADO não foi acusado de nada e por isso era um político que andava livremente pelo Congresso;

(C) A INVESTIGAÇÃO foi comandada pelo partido do Governo e, por isso, os políticos da oposição criticavam o inquérito;

(D) O deputado acusou OUTROS POLÍTICOS e as pessoas acusadas tiveram que defender-se;

(E) DEPUTADOS E SENADORES reuniram-se com o Presidente, que recebeu com gentileza todos os representantes do povo.

Questão 3: Petrobras / 2010 / Superior (banca Cesgranrio) Fragmento do texto: Como podemos superar esses momentos? Como fazer para evitar esses erros súbitos? Perguntas a que também quero responder, afinal, sou humano e cometo todos os erros inerentes a minha condição, contudo, posso afirmar que o mundo não acaba amanhã e, retirando a morte, as decisões podem ser adiadas, lembrando que algumas delas geram ônus e multas. No direito e na medicina isso é mais complexo, mas em muitas outras áreas isso é perfeitamente aceito. A máxima de que “não deixe para fazer amanhã o que você pode fazer hoje” não é tão máxima assim. Devemos lembrar que nada é absoluto, mas relativo. Uma coisa faz muito sentido nesse tema: não deixe entrar aquilo de que você tem dúvida; se deixar, limite o espaço. Analise o trecho: “Uma coisa faz muito sentido nesse tema: não deixe entrar aquilo de que você tem dúvida;”

Qual das palavras a seguir confere sentido mais específico à palavra “coisa”?

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(A) Insegurança. (B) Situação. (C) Atitude. (D) Distorção. (E) Configuração. Questão 4: INCA Médio 2009 (banca NCE) O vocábulo abaixo que NÃO se insere entre vocábulos próprios da área médica é:

(A) parasita; (B) inseto; (C) cardiopatia; (D) anemia; (E) febre. Questão 5: ALERJ 2011 Assessoramento às Comissões (banca CEPERJ) Fragmento do texto: Decência e genuína seriedade são os requisitos exigidos de homens dedicados à coisa pública. A palavra “requisitos” guarda, com as palavras “decência” e “seriedade”, relação semântico-coesiva de:

A) sinonímia B) polissemia C) paronímia D) hiperonímia E) antonímia Questão 6: DPE RS 2010 (banca FCC) Fragmento do texto: O caso mais recente de tentativas de restringir a livre circulação de ideias envolve a obra Caçadas de Pedrinho, na qual a turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo sai em busca de uma onça-pintada. Ocorre que, ao longo de quase oito décadas de carreira do livro, o Brasil não conseguiu se livrar de excessos na vigilância do politicamente correto, nem de intolerâncias como o racismo. Ainda assim, já não convive hoje com hábitos como o de caça a animais em extinção e avançou nas políticas para a educação das relações étnico-raciais. A palavra animais estabelece ligações com espécies que estão em extinção. Qual a propriedade semântica dessa relação? (A) Hiperonímia. (B) Sinonímia. (C) Homonímia. (D) Paronímia. (E) Antonímia. Questão 7: Petrobras / 2010 / Superior (banca Cesgranrio) O valor semântico atribuído ao verbo dar, apresentado entre parênteses, está INCORRETO na frase (A) Lamentavelmente, deu pouco tempo do seu dia para uma reflexão.

(dedicar) (B) Embora tivesse magoado algumas pessoas, não se deu conta. (percebeu) (C) Daqui a um tempo, dará por terminado o seu problema maior.

(considerar) (D) O seu primeiro erro se deu quando tentou ajudar um amigo em apuros.

(concedeu) (E) No presente, a vida se dá tão pessimista. (apresenta) Questão 8: PROMINP / 2010 / Superior (banca Cesgranrio) Fragmento do texto: O esquema é tão organizado que, além dos uniformes produzidos e bancados pelos próprios jogadores, um juiz profissional é convocado para apitar a partida. A árdua missão de pôr ordem na casa fica para o professor Rafael. Para ele, a regra é clara.

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De acordo com o fragmento, o professor Rafael tem uma “...árdua missão...”. Dentre as palavras abaixo, aquela que significa o CONTRÁRIO da palavra em destaque é

(A) difícil. (B) trabalhosa. (C) complicada. (D) fácil. (E) penosa.

Questão 9: Casa da Moeda / 2005 / Médio (banca Cesgranrio) Fragmento do texto: A Coroa pretendia impor o uso do idioma português entre as populações nativas da América porque Pombal entendia que as línguas indígenas reforçavam os costumes tribais, que ele pretendia extinguir. Na sua visão, o uso da língua portuguesa ajudaria a erradicar esses costumes, aumentando a sujeição das populações indígenas ao Rei e à Coroa. A palavra que expressa o CONTRÁRIO do significado de “erradicar” é

(A) fixar. (B) tirar. (C) extrair. (D) eliminar. (E) desarraigar.

Questão 10: PROMINP / 2010 / Médio (banca Cesgranrio) A sentença em que o verbo pegar apresenta-se com o mesmo sentido e integra a mesma construção sintática com que é usado em “ele pegou um balde grande de plástico,” é:

(A) Os alunos pegam facilmente tudo o que é ensinado. (B) Pegar um bom emprego é o objetivo de todos. (C) Pegou do irmão a mania de fazer coleção de figurinhas. (D) Pegou no que era seu, deu adeus e foi embora. (E) Pegou sem cuidado o copo e deixou-o quebrar. Questão 11: TRE - PA / 2007 / Analista (banca CESPE) Fragmento do texto: A partir da diplomação, os deputados federais eleitos só podem ser presos em caso de incontestável crime. A regra vale para todos os membros do Congresso Nacional, conforme dispõe o texto constitucional em vigor. Enquanto não forem diplomados, os eleitos continuam sujeitos às penalidades da lei, como qualquer cidadão, podendo, inclusive, ser presos, mesmo se não se tratar de crime evidente. O artigo 53 da Constituição Federal expressa que, a partir da posse, com a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos. Ainda de acordo com o texto constitucional promulgado em 1988, a diplomação torna deputados e senadores invioláveis civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. A mesma norma legal estabelece que deputados e senadores, a contar da expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal (STF). Considerando os sentidos das palavras empregadas no texto, há relação de sinonímia contextual entre

A “incontestável” (linha 2) e imponderável. B “diplomados” (linha 4) e reformados. C “evidente” (linha 6) e indubitável. D “invioláveis” (linha 10) e permanentes. E “expedição” (linha 12) e envio.

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Questão 12: TRE TO - 2011 - Analista (banca FCC) ... por que nos darmos o trabalho de lê-lo?

A expressão que contém o mesmo sentido do segmento grifado acima é:

(A) entediarmos ao. (B) esforçarmos para. (C) preservarmos de. (D) pouparmos de. (E) resguardarmos em. Questão 13: TRT 1ªR - 2011 - Analista (banca FCC) Fragmento do texto: Compartilhar o espaço com estranhos é uma condição da qual os habitantes das cidades consideram difícil, talvez impossível, fugir. A presença ubíqua de estranhos é fonte de ansiedade, assim como de uma agressividade que volta e meia pode emergir. Faz-se necessário experimentar, tentar, testar e (espera-se) encontrar um modo de tornar a coabitação palatável. Essa necessidade é “dada”, não-negociável. Mas o modo como os habitantes de cada cidade se conduzem para satisfazê-la é questão de escolha. E esta é feita diariamente. ... condição da qual os habitantes das cidades consideram difícil, talvez impossível, fugir.

Mantendo-se a correção e a lógica, o verbo grifado acima pode ser substituído, sem qualquer outra alteração na frase em que se encontra, APENAS por

(A) escapar. (B) afastar. (C) evadir. (D) evitar. (E) prevenir. Questão 14: TRF 1ªR - 2006 – Analista (banca FCC) Fragmento do texto: Um editorial da respeitada revista britânica The Lancer sobre o futuro de Cuba acendeu uma polêmica com pesquisadores latino-americanos. O texto da revista sugeriu que o país pode mergulhar num caos após a morte do ditador Fidel Castro, que sofre de câncer, tal como ocorreu nos países do Leste Europeu após a queda de seus regimes comunistas. E conclamou os Estados Unidos a preparar ajuda humanitária para os cubanos. De quebra, a publicação insinua que há dúvidas sobre a capacidade do sistema de saúde cubano fazer frente a esse quadro. Quatro ações são atribuídas, no primeiro parágrafo do texto, ao editorial da revista britânica The Lancer: acender, sugerir, conclamar e insinuar.

Considerando-se o contexto, não haveria prejuízo para o sentido se tivessem sido empregados, respectivamente,

(A) ensejar − aventar − convocar − sugerir (B) instigar − propor − reiterar − infiltrar (C) dirimir − conceder − atribuir − insuflar (D) solapar − retificar − conceder − induzir (E) conduzir − insinuar − proclamar − confessar

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Questão 15: TRE TO – 2011 Analista (banca FCC) Fragmento do texto: Quando eu sair daqui, vamos começar vida nova numa cidade antiga, onde todos se cumprimentam e ninguém nos conheça. Vou lhe ensinar a falar direito, a usar os diferentes talheres e copos de vinho, escolherei a dedo seu guarda-roupa e livros sérios para você ler. ... escolherei a dedo seu guarda-roupa e livros sérios para você ler.

A expressão grifada na frase acima pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido original, por:

(A) pessoalmente. (B) de modo incisivo. (C) apontando. (D) entre outras coisas. (E) cuidadosamente. Questão 16: Infraero – 2010 Superior (banca FCC) Fragmento do texto: Mais do que um marinheiro de primeira viagem, o passageiro de primeiro voo leva consigo os instintos e os medos primitivos de uma espécie criada para andar sobre a terra. As águas podem ser vistas como extensão horizontal de caminhos, que se exploram pouco a pouco: aprende-se a nadar e a navegar a partir da segurança de uma borda, arrostando-se gradualmente os perigos. Mas um voo é coisa mais séria: há o desafio radical da subida, do completo desligamento da superfície do planeta, e há o momento crucial do retorno, da reconciliação com o solo. Se a rotina das viagens aéreas banalizou essas operações, nem por isso o passageiro de primeira viagem deixa de experimentar as emoções de um heroico pioneiro. Na frase a rotina das viagens aéreas banalizou essas operações, o sentido do verbo banalizar é equivalente ao sentido que assume o verbo sublinhado em:

(A) O progresso trivializou experiências que eram vistas como temerárias. (B) A nova diretoria restringiu algumas das iniciativas programadas. (C) A agência de turismo fez de tudo para popularizar seus planos de viagem. (D) O comandante vulgarizou-se ao se dirigir daquele modo à tripulação. (E) A companhia apequenou seus novos projetos diante da crise. Questão 17: ALERJ 2011 Assessoramento às Comissões (banca CEPERJ) Quando era ministro da Educação, Passarinho recebeu correspondência de um reitor de uma universidade, solicitando verbas ao “iminente ministro”, que não pestanejou. Colocou de volta no correio, dizendo ao solicitante que já havia sido nomeado...

A resposta do ministro Jarbas Passarinho ao reitor esclarecendo que já havia sido nomeado deveu-se ao emprego indevido de:

A) uma palavra polissêmica B) um expressão sinônima C) uma palavra parônima D) uma expressão homônima E) um hiperônimo Questão 18: TRE TO - 2011 – Analista (banca FCC) ... capaz de fornecer as mais diferentes soluções para questões humanas eminentes.

Considerando-se o par de palavras eminentes / iminentes, é correto

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afirmar que se trata de exemplo de

(A) antonímia. (B) sinonímia. (C) paronímia. (D) homonímia. (E) homofonia. Questão 19: Pref São José do Ribamar- 2011– Auditor-Fiscal (banca FSADU) Fragmento do texto: Minha meta, minha metade Minha seta, minha saudade Minha diva, meu divã Minha manhã, meu amanhã. No verso “Minha manhã, meu amanhã” as palavras manhã e amanhã constituem-se exemplos de:

a) ambiguidade. b) sinonímia. c) antonímia. d) paronímia. e) neologismo. Questão 20: Prefeitura de Sorocaba - 2006– Auditor-Fiscal (banca VUNESP) Fragmento do texto: Freud, que está escrevendo este texto sob a influência da Primeira Guerra Mundial, insiste na importância de fazer o luto dos perdidos renunciando a eles, e na necessidade de retirar a libido que se investiu nos objetos para ligá-la em substitutos. São os objetos que passam e, às vezes, agarrar-se a eles nos protege do reconhecimento da própria finitude. Porém, a guerra e a sua destruição exigem o luto e nos confrontam com a transitoriedade da vida, o que permite reconhecer a passagem do tempo. Em – ... e nos confrontam com a transitoriedade da vida... – o antônimo do termo em destaque é (A) instabilidade. (B) reversibilidade. (C) mutabilidade. (D) implacabilidade. (E) perenidade. Questão 21: Prefeitura de Olinda - 2006– Auditor-Fiscal (banca IAUPE) Sobre SINONÍMIA e ANTONÍMIA, analise as proposições abaixo. I. “O homem sempre se definiu de acordo com o seu trabalho...” - o termo

sublinhado pode ser substituído pelo sinônimo “subestimou”. II. “...todos os estudos feitos nos anos 1990 sobre valores masculinos e

femininos continuam a mostrar ...” – neste caso, o termo sublinhado pode ser substituído por seu sinônimo, “persistem”.

III. “Entender essa diferença é se livrar da pressão...” – neste caso, o verbo “prender-se” expressa idéia contrária à do verbo sublinhado.

IV. “Tudo isso reflete as diferenças nas prioridades...” – o verbo sublinhado poderia ser substituído por “anula”, sem causar prejuízo de sentido.

Estão corretas as proposições

A) I e II apenas. B) II e III apenas. C) III e IV apenas. D) I, III e IV apenas. E) II, III e IV apenas. Questão 22: C.M. Petrópolis 2010 Ag. Legislativo (banca Fund Dom Cintra) Considerando-se a grafia do termo em caixa alta na frase “Fazia tudo naturalmente, e nem se lembrava mais POR QUE entrara ali” e ainda as

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quatro formas distintas de grafia desse termo, pode-se afirmar que está INCORRETA, de acordo com a norma culta da língua, a frase:

A) A doida não entendia o porquê de tanta agressividade contra ela. B) Os meninos apedrejavam a casa da doida porque era uma tradição que

passava de pais para filhos. C) A doida não entendia a razão porque era vítima da tanta discriminação por

parte dos adultos e das crianças. D) As crianças apedrejavam a casa da doida, mas não sabiam por quê. E) Se soubessem por que a doida os xingava quando agredida, as crianças

não mais lhe apedrejariam a casa. Questão 23: SUSEP 2006 Agente Executivo (banca ESAF) Os trechos abaixo são partes seqüenciais de um texto. Assinale a opção em que há erro gramatical.

a) Tudo mudou. No clima antielitista que se seguiu ao fim do regime militar, não era mais aceitável a figura do intelectual como consciência de uma sociedade incapaz de pensar.

b) Além disso, com o fim do regime militar, o papel político excedente que as circunstâncias tinham imposto aos intelectuais foi devolvido a seus verdadeiros titulares – os cidadãos.

c) É verdade: em grande parte os intelectuais silenciaram. d) Mas se eles ficaram menos loquazes, foi por que a sociedade,

aparentemente, não precisava mais deles. e) Sua função estava sendo preenchida pelos pastores evangélicos,

especialistas no cuidado das almas, e pelos marqueteiros, profissionais do aconselhamento político.

(Adaptado de Sergio Paulo Rouanet) Questão 24: Prefeitura Santos 2005 - Fiscal de Tributos Municipais (FCC) (...) que carregamos sem saber por que, apenas porque nos deram para carregar.

As formas sublinhadas preencherão corretamente, na mesma ordem, as lacunas da frase:

(A) Queria saber o ...... de os filhos se esquecerem dos pais; será ...... é uma lei da natureza?

(B) Não se sabe ...... razão se esquecem os filhos dos pais, qual o ...... de os deixarem de lado.

(C) A mãe é mais importante ...... ela é absolutamente necessária nos primeiros anos do filho, não há ...... o pai ficar enciumado.

(D) ...... o cronista não explica seu ceticismo? o leitor fica se perguntando, sem atinar com o ...... de tamanha melancolia.

(E) Embora o cronista não diga ...... se tornou tão melancólico, o leitor deixa-se abater um pouco, ...... suspeita quais sejam as razões.

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Questão 25: TCE AM 2008 - Analista Técnico de Controle Externo (FCC) A forma por que preenche corretamente a lacuna da frase:

(A) Os cearenses expandiram as fronteiras ...... movidos pelas mais duras necessidades.

(B) Um dos motivos ...... Hélio Pólvora se agradou desse romance é a visão original do autor.

(C) Márcio Souza decidiu-se pelo humor ...... se dispôs a fazer de seu livro uma sátira histórica.

(D) O livro de Márcio Souza fez sucesso pela inteligência e pelo humor, não há outro ...... .

(E) Muitos se escandalizaram com romance, mas se recusaram a dizer o ....... Questão 26: ALERJ 2011 Assessoramento às Comissões (banca CEPERJ) No trecho “A razão por que a leitura parece estar em baixa é que estamos em plena era da internet.”, o termo em destaque está grafado corretamente. A grafia do porquê também está correta na frase:

A) Não sei o por quê de os jovens não gostarem de ler. B) Leia, por que a leitura conduz ao sucesso profissional. C) Eis por que os jovens gostam de ler. D) Dizer que os jovens não gostam de ler é simples; explicar porquê é difícil. E) Ela não leu porquê, se eu a incentivo a fazê-lo? Questão 27: TRT 24ªR - 2006 – Analista (banca FCC) Está correto o emprego do elemento sublinhado em:

(A) As alterações porque sofrem as instituições podem ser necessárias. (B) Os caminhos porque percorrem os valores humanos são, por vezes,

indevassáveis. (C) Se há rigor e ética nas instituições, algumas não funcionam mesmo

porquê? (D) Há que se investigar o porquê de as instituições serem tão manipuláveis. (E) Não se sabe o por que das instituições serem falhas, mesmo quando bem

arquitetadas. Questão 28: TRT 6ªR 2006 Técnico (banca FCC) Está correto o emprego do elemento sublinhado em:

(A) Muita gente se agarra à imagem artificial de si mesma sem saber porquê. (B) Não é fácil explicar o porquê do prestígio que alcança a imagem ilusória

das pessoas. (C) Não sei porque razão os outros querem nos impor a imagem que têm de

nós. (D) Se a ela aderimos, é por que nossa imagem ilusória traz alguma

compensação. (E) Queremos perguntar, diante do espelho artificial, por quê nossa imagem

não está lá.

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Questão 29: BAHIA GÁS - 2010 – Analista (banca FCC) Está correta a forma de ambos os elementos sublinhados na frase:

(A) Ela não nos disse por que razão tornou-se uma otimista; e se ela tornar ao seu pessimismo, será que nos explicará por quê?

(B) A razão porque muitos se tornam pessimistas está no mundo violento de hoje; por quê outra razão haveriam de se desenganar?

(C) “Por que sim”: eis como respondem os mais impacientes, quando lhes perguntamos porque, de repente, se tornaram otimistas.

(D) Sem mais nem porquê, ele passou a ver o mundo com outros olhos, dizendo que isso aconteceu por que encontrara a verdade na religião.

(E) Não sei o por quê do seu pessimismo; porque você não me explica? Questão 30: DPE RS 2011 (banca FCC) Assinale a alternativa que contém erro gramatical. (A) Os porquês dos conceitos de sujeito e predicado na gramática. (B) Por que os conceitos de sujeito e predicado têm problema? (C) Os conceitos de sujeito e predicado têm problema. Por quê? (D) Os conceitos de sujeito e predicado têm problema. Porquê? (E) Não se sabe por que os conceitos de sujeito e predicado têm problema. Questão 31: Sec Faz SP – 2006 Agente Fiscal de Rendas (banca FCC) ...para entender por que a viagem de Colombo acabou e continua sendo uma metáfora...

No que se refere à grafia, para estar de acordo com o padrão culto, a frase que deve ser preenchida com forma idêntica à destacada acima é:

(A) Referências são sempre interessantes, ...... despertam curiosidade acerca da obra.

(B) −..... foi a obra que mais o teria impressionado sobre o assunto, respondeu alguém quando indagado sobre o motivo da citação.

(C) Alguém poderá perguntar: − O autor citou Braudel, ...? (D) Gostaria de saber ...... ele se interessou especificamente por essa obra de

Braudel acerca do mar Mediterrâneo. (E) Quem sabe o ...... da citação da obra de Braudel? Questão 32: TCE MG 2007 - Técnico de Controle Externo I – Direito (FCC) O equívoco quanto ao sentido exato de uma palavra ou expressão torna necessário corrigir seu emprego na seguinte frase: (A) Inteirado das questões que recebera, optou o professor pela forma do

diálogo, abdicando da formalidade de uma palestra. (B) Durante a palestra, o professor ficou feliz ao ver que o seu fascínio pelo

assunto ia de encontro à legítima curiosidade dos alunos. (C) Não é dada a todos os professores a faculdade de afinar seu interesse real

pelo que seus alunos também mantêm vivo. (D) As perguntas essenciais são como aquelas leis que jamais prescrevem:

estão em todas as culturas e em todos os tempos. (E) Quem não se provê de boas perguntas jamais chega a respostas de fato

satisfatórias.

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Questão 33: Funasa 2010 Técnico Contabilidade (banca Fund Dom Cintra) “De preferência, distribuídos com bom senso.”; a palavra senso tem por homônimo censo, de significado distinto. A alternativa em que o termo em destaque está mal empregado é:

A) Durante a sessão de cinema houve tumulto. B) Nas sessões espíritas há fatos inexplicáveis. C) Em várias seções da loja os fregueses reclamaram dos preços. D) Houve uma cessão de tempo na TV para os programas eleitorais. E) A sessão de terrenos aos moradores beneficia os membros da

comunidade.

Questão 34: MAPA 2010 Agente Adm (banca Fund Dom Cintra) O vocábulo em caixa alta na frase “Queria que lhe apontassem um cristão DECENTE para guardá-la”, que significa “digno”, forma um par de vocábulos homônimos não homógrafos com o vocábulo “descente”, que significa “que desce”. Dos pares de frases abaixo, nas quais também foram usados homônimos não homógrafos, aquele em que houve erro no emprego dos vocábulos por inversão dos respectivos significados é:

A) Ninguém acreditava que o malandro fosse tão ESPERTO quanto parecia. / Um indivíduo EXPERTO em malandragem perceberia logo a artimanha do vigarista.

B) Todos procuravam CASSAR um meio para desmascarar o bandido. / Com os apelos que fazia, o vigário queria CAÇAR o direito de o malandro se defender das acusações.

C) Todos correram à casa do sacerdote para assistir à SESSÃO de ofensas que ambos trocavam entre si. / Se o vigário concedesse na CESSÃO da quantia que o malandro reivindicava, estaria assinando sua declaração de culpa.

D) Ninguém se contentava em apenas ESPIAR o que acontecia, mas todos queriam também participar. / Se fosse descoberto, o vigarista provavelmente iria EXPIAR seu crime na prisão.

E) As ações calculadas do malandro demonstravam não se tratar de criminoso INCIPIENTE. / Por dar demonstrações de ser um indivíduo INSIPIENTE, ninguém conseguia entender como o vigarista tinha idealizado tamanha patifaria.

Questão 35: TRT 21ªR 2003 Analista (banca FCC) Está adequado o emprego da expressão sublinhada na frase:

(A) Salvo melhor juízo, é indiscutível que partilhamos do mesmo julgamento: teus argumentos vêm de encontro aos meus.

(B) A menos que você retifique seu voto, passando a acompanhar-nos em nossa decisão, não haverá como mantê-lo em nosso partido.

(C) Em vista da notoriedade de seu mau caráter, ninguém se surpreendeu quando assumiu a responsabilidade pela trapaça que havia feito.

(D) Ele se mostra transigente apenas nos casos em que não lhe convém arredar pé da posição que esteja defendendo com o habitual denodo.

(E) A unanimidade na aprovação só foi alcançada porque a bancada de oposição reviu seu voto, ratificando a decisão do líder, renitente adversário do projeto.

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Questão 36: ANTT Superior 2008 (banca NCE) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da frase abaixo: “As transformações ____ tem passado o equilíbrio ecológico parecem condenar o homem __ existência num mundo deserto”. (A) porque / à; (B) porquê / à; (C) por que / a; (D) porque / a; (E) por que / à. Questão 37: DPE - SP – 2010 Superior (banca FCC) Fragmento do texto: Não se trata de ir contra a necessidade do uso de conceitos específicos, de não reconhecer a vantagem de se empregar um termo técnico em vez de um termo impreciso, de abolir, em suma, o vocabulário especializado; trata-se, sim, de evitar o exagero das linguagens opacas, cifradas, que pedem “tradução” para a própria língua a que presumivelmente pertencem. O exemplo de Graciliano diz tudo: quando o propósito da comunicação é honesto, quando se quer clareza e objetividade no que se escreve, as palavras devem expor à luz, e não mascarar, a mensagem produzida. No caso desse honrado prefeito alagoano, a ética rigorosa do escritor e a ética irrepreensível do administrador eram a mesma ética, assentada sobre os princípios da honestidade e do respeito para com o outro. Na construção Não se trata de ir contra (...), de não reconhecer (...), de abolir, os elementos sublinhados têm, na ordem dada, o sentido de

(A) contrariar - desconhecer - procrastinar (B) ir ao encontro - ignorar - suspender (C) contradizer - desmerecer - extinguir (D) contraditar - discordar - reprimir (E) ir de encontro - rejeitar - suprimir Questão 38: Analista-Tributário da Receita Federal – 2012 (banca ESAF) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical na transcrição do texto abaixo. A pequena reação da indústria em junho (crescimento de 0,2% em relação a maio) não foi suficiente para compensar a (1) queda da produção no primeiro semestre, da ordem de 3,8%, quando comparada à (2) produção do mesmo período de 2011. Segundo o IBGE, responsável por essa estatística, a indústria brasileira hoje produz o mesmo que há (3) três anos. Mesmo que o setor tenha passado por um ponto de inflexão, como acredita o ministro da Fazenda, Guido Mantega, é pouco provável que a (4) produção chegue à (5) registrar crescimento em 2012. Os especialistas projetam uma queda de até 2%, o que contribuirá para o fraco desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) este ano.

(Editorial, O Globo, 3/8/2012)

a) (1) a b) (2) à c) (3) há d) (4) a e) (5) à Questão 39: ALERJ 2011 Digitador (banca CEPERJ) “Reparem: à exceção de uma anotação ligeira ou da assinatura de um cheque, muitos de nós já não escrevemos mais nada à mão.” – preenche-se com a palavra destacada nesse segmento a(s) lacuna(s) da frase:

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A) O _______ muçulmano não resistiu aos ataques dos rebeldes. B) No jogo de xadrez, o _____ -mate não deixa possibilidade de vitória. C) As avaliações descabidas não podem pôr em ______ o mérito, a

importância da arte brasileira. D) É importante que se ______ qualquer informação antes de divulgá-la. E) O ganzá, instrumento musical, é também denominado ______ - ______.

Questão 40: AGU Superior 2006 (banca NCE) Em “não desmereçam valores sociais ou provoquem discriminação”, o vocábulo é parônimo de descriminação.

Assinale a frase em que há um ERRO no emprego da palavra parônima ou homônima destacada:

(A) A criança não é mau consumidor; (B) A agência publicitária pretendia fazer um concerto no texto; (C) O publicitário fez a foto numa das celas do convento; (D) O anúncio estava na iminência de ser proibido; (E) A cópia errada da lei foi retificada.

Questão 41: MPOG 2009 - Especialista em Políticas Públicas (banca ESAF) Fragmento do texto: Resta agora evidente que o alívio da carga tributária e das taxas de juros, medida adotada a fim de enfrentar a conjuntura adversa, é necessário, como instrumento eficaz, para assegurar dinamismo à atividade econômica.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Estaria gramaticalmente correto e de acordo com as ideias originais do texto se a expressão “a fim de” (ℓ.2) estivesse grafada da seguinte forma: afim de.

Questão 42: BNDES / 2009 / Superior (banca Cesgranrio) É melhor começar a exercitar a linguagem, _________ o seu relacionamento pode acabar mal. A pesquisa recentemente realizada pela empresa foi _________ do estresse emocional do trabalhador. Expliquei-lhe as exigências do atual mercado _________ ele se adaptasse melhor.

A sequência que completa corretamente as frases acima é

(A) se não – a cerca – a fim de que (B) se não – acerca – afim de que (C) se não – acerca – a fim de que (D) senão – acerca – a fim de que (E) senão – a cerca – afim de que

Questão 43: FAFEN / 2009 / Superior (banca Cesgranrio) As razões _________ não simpatizo com você são muitas. Não faça críticas negativas, _________ se arrependerá. O que eu disser poderá ser _________ interpretado.

A opção cuja sequência completa, corretamente, as sentenças acima é

(A) por quê – senão – mal (B) por que – senão – mal (C) porquê – se não – mal (D) porque – se não – mau (E) porque – senão – mau

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Questão 44: Petrobras / 2010 / Médio (banca Cesgranrio) Considerando o sentido da frase, o termo destacado está empregado conforme o registro culto e formal da língua em

(A) Diante do ocorrido, ao invés de seu amigo, enviou outra pessoa ao congresso.

(B) O motivo porque não se arrependeu tornou-se alvo de críticas. (C) Diga-lhe, agora, quanto o ama, se não, amanhã, poderá ser tarde

demais. (D) Nem sempre os nossos objetivos são afins aos de nossos familiares. (E) Foi, lentamente, de encontro a seu fiel amigo para oferecer-lhe flores.

Questão 45: Petrobras / 2010 / Médio (banca Cesgranrio) O vocábulo destacado, quanto ao seu significado, está empregado, adequadamente, na seguinte frase:

(A) Ações mal-sucedidas prenunciam um fracasso eminente. (B) Para acender profissionalmente, é preciso perseverança. (C) O profissional de sucesso descrimina as etapas de suas ações. (D) A expectativa do triunfo motiva o empreendedor. (E) É preciso saber deferir o amor do ódio.

Questão 46: PROMINP / 2010 / Médio (banca Cesgranrio) A frase que se completa corretamente com a palavra mau é

(A) Sabia mergulhar mas nadava _____. (B) Escolheu um _____ momento para brincar. (C) _____ conseguia respirar de tanta alegria. (D) Não havia _____ que resistisse a uma temporada de banhos de mar.

Questão 47: Petrobras / 2005 / Superior (banca Cesgranrio) Fragmento do texto: Qual é a relação entre contrair um empréstimo e o dilema de devorar uma sobremesa calórica? O que têm em comum as atividades do Banco Central e a decisão de consumir drogas? O economista Eduardo Giannetti da Fonseca enxerga em todos esses dilemas a lógica dos juros. Segundo ele, ao comer a sobremesa, desfruta-se o momento e pagam-se os juros depois, na forma de exercícios físicos. Para desfrutar alguns momentos de prazer extático, o drogado muitas vezes sacrifica seu patrimônio cerebral futuro. Torna-se agiota de si mesmo. Professor do Ibmec São Paulo, Giannetti acaba de lançar O Valor do Amanhã, uma das mais valiosas e legíveis obras já escritas sobre um assunto tão complexo e aparentemente árido como os juros. Sua tese central, exposta na entrevista que se segue, é a de que o mecanismo dos juros encontra similar na vida cotidiana das pessoas, na crença religiosa e até no metabolismo humano. A mesma lógica define o comportamento dos indivíduos e das sociedades. As que atribuem valor exagerado ao presente sujeitam-se a juros elevados. As que se preocupam demais com o futuro deixam passar boas oportunidades de investir e desfrutar o presente. Integrante do primeiro grupo de países, o Brasil padeceria do que Giannetti apelidou de miopia temporal – uma anomalia, alimentada pela impaciência, que leva o país a subestimar os desafios ambientais e sociais e a tentar resolver tudo a carimbadas e canetadas.

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Assinale a opção que traz, respectivamente, sinônimos de “extático” e “anomalia”.

(A) Enlevado, anormalidade. (B) Exagerado, irregularidade. (C) Absorto, estranhamento. (D) Imóvel, aberração. (E) Histérico, desigualdade. Questão 48: Petrobras / 2006 / Superior (banca Cesgranrio) Observe os verbos em destaque abaixo.

“A baleia-bicuda-de-True chega a ter seis metros de comprimento e não se imaginava que pudesse chegar ao litoral brasileiro.”

Indique a opção em que as duas formas do mesmo verbo têm o mesmo sentido.

(A) Para aplicar os ensinamentos que recebeu do pai, ele aplicou todos os seus ganhos em imóveis.

(B) Com a finalidade de cortar o consumo excessivo de proteínas, ele cortou as carnes de sua alimentação.

(C) Com uma tesoura, destacou algumas partes do documento, para que só o mais importante se destacasse.

(D) Ele viu que estava com sede quando viu o amigo tomar um mate gelado. (E) O funcionário que visava a uma promoção no final do ano era o

responsável por visar os documentos. Questão 49: REFAP / 2007 / Superior (banca Cesgranrio) Fragmento do texto: Os habitantes dessas cidades tendem a fixar sua atenção em falhas que podem ser sanadas, em defeitos que podem ser superados, em feridas que podem ser curadas por um tratamento tópico. Falta-lhes a percepção de que determinadas questões só poderiam ser efetivamente resolvidas por uma mudança radical, através de um novo modelo. O significado da expressão “tratamento tópico” está, no texto, em oposição a:

(A) aplicação de medidas superficiais. (B) uso de medicação externa. (C) execução de transformações radicais. (D) colocação em prática de medidas oportunistas. (E) emprego de normas circunstanciais.

BNDES / 2011 / Superior (banca Cesgranrio) Vista cansada

Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou. Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um

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poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio. Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer. Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos. Questão 50: As passagens que, nos contextos em que se inserem, estabelecem entre si um contraste semântico são:

(A) “Um poeta é só isto:” (2º parágrafo) e “Vê não vendo.” (2º parágrafo) (B) “O que nos cerca,” (2º parágrafo) e “o que nos é familiar,” (2º parágrafo) (C) “já não desperta curiosidade.” (2º parágrafo) e “O campo visual da nossa

rotina é como um vazio.” (2º parágrafo) (D) “você não sabe.” (3º parágrafo) e “você não vê.” (3º parágrafo) (E) “Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro.” (3º parágrafo) e

“Dava-lhe bom-dia...” (3º parágrafo) Questão 51: Em “O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem.” (4º parágrafo), os sentidos das sequências em destaque são:

(A) aguça a atenção e distorce a percepção. (B) embota a atenção e subtrai a percepção. (C) amplia a visão e dificulta a percepção. (D) impede a visão e aumenta a percepção. (E) distorce a visão e corrige a percepção.

GABARITO 1. C 2. C 3. C 4. B 5. D 6. A 7. D 8. D 9. A 10. E 11. C 12. B 13. A 14. A 15. E 16. A 17. C 18. C 19. D 20. E 21. B 22. C 23. D 24. E 25. B 26. C 27. D 28. B 29. A 30. D 31. D 32. B 33. E 34. B 35. B 36. E 37. E 38. E 39. D 40. B 41. E 42. D 43. B 44. D 45. D 46. B 47. A 48. B 49. C 50. A 51. B