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Execução Orçamentária e Financeira Técnico Federal de Controle Externo - TCU Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli - Aula 03 AULA 03: Lei n° 4.320/64: principais tópicos. Controle e pagamento de restos a pagar e de despesas de exercícios anteriores. SUMÁRIO PÁGINA 1.Apresentação 1 2.Princípios Orçamentários 2 3.Créditos Adicionais 13 4.Da classificação da receita 18 5.Da classificação da despesa 20 6.Do exercício financeiro e regime 25 7.Restos a pagar (controle) 26 8.Despesas de Exercícios Anteriores (controle) 42 9.Suprimento de fundo 47 10.Da contabilidade 59 11.Da contabilidade orçamentária e financeira 62 12.Da contabilidade patrimonial 64 13.Dívida pública: flutuante e fundada 66 14.Balanços e avaliação patrimonial 75 15.Fontes para abertura de créditos adicionais 78 16.Questões comentadas 81 17.Lista das questões apresentadas 96 1. APRESENTAÇÃO Pessoal tudo bem? Na aula de hoje trataremos sobre a legislação relacionada à Contabilidade Pública. O Quadro 1 mostra os principais temas e artigos que serão tratados nesta aula. Quadro 1: Principal artigos da lei 4320/1964 Temas Artigos relacionados Princípios orçamentários Artigos 2 a 6, 15, 34 e 45. Créditos adicionais Artigos 40 a 46. Da classificação da receita Artigo 11. Da classificação da despesa Artigos 12 e 13. Do exercício financeiro Artigos 34 e 35. Restos a pagar Artigo 36 Despesas de Exercícios Anteriores Artigo 37 Suprimento de Fundo Artigo 68 Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 106

Aula 03 Execução Orçamentária e Financeira

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    AULA 03: Lei n 4.320/64: principais tpicos. Controle e pagamento de restos a pagar e de despesas de exerccios anteriores.

    SUMRIO PGINA1.Apresentao 12.Princpios Oramentrios 23.Crditos Adicionais 134.Da classificao da receita 185.Da classificao da despesa 206.Do exerccio financeiro e regime 257.Restos a pagar (controle) 268.Despesas de Exerccios Anteriores (controle) 429.Suprimento de fundo 4710.Da contabilidade 5911.Da contabilidade oramentria e financeira 6212.Da contabilidade patrimonial 6413.Dvida pblica: flutuante e fundada 6614.Balanos e avaliao patrimonial 7515.Fontes para abertura de crditos adicionais 7816.Questes comentadas 8117.Lista das questes apresentadas 96

    1. APRESENTAOPessoal tudo bem? Na aula de hoje trataremos sobre a legislao

    relacionada Contabilidade Pblica.

    O Quadro 1 mostra os principais temas e artigos que sero tratados

    nesta aula.

    Quadro 1: Principal artigos da lei 4320/1964Temas Artigos relacionados

    Princpios oramentrios Artigos 2 a 6, 15, 34 e 45.

    Crditos adicionais Artigos 40 a 46.

    Da classificao da receita Artigo 11.

    Da classificao da despesa Artigos 12 e 13.

    Do exerccio financeiro Artigos 34 e 35.

    Restos a pagar Artigo 36

    Despesas de Exerccios Anteriores Artigo 37

    Suprimento de Fundo Artigo 68

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    Da contabilidade Artigos 83 a 85 e 87 a 89.

    Da contabilidade oramentria e financeira Artigos 90, 91 e 93.

    Da contabilidade patrimonial Artigos 94 a 100.

    Dvida pblica Artigos 92 e 98.

    Dos Balanos e da avaliao patrimonial Artigo 101 a 106.

    Fontes de abertura de crditos adicionais Artigo 43.

    Ressalto que para cada tema, inclui os artigos do Decreto

    93872/1986 e legislaes complementares.

    2. PRINCPIOS ORAMENTRIOS

    Os princpios oramentrios visam estabelecer regras bsicas, a

    fim de conferir racionalidade, eficincia e transparncia aos processos de

    elaborao, execuo e controle do oramento pblico. Vlidos para os

    Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio de todos os entes federativos -

    Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios -, so estabelecidos e

    disciplinados tanto por normas constitucionais e

    infraconstitucionais quanto pela doutrina.

    2.1. Unidade ou Totalidade

    De acordo com este princpio, o oramento deve ser uno, ou

    seja, cada ente governamental deve elaborar um nico oramento. Este

    princpio mencionado no caput do art. 2 da Lei n 4.320, de 1964, e

    visa evitar mltiplos oramentos dentro da mesma pessoa poltica.

    Art. 2 A Lei do Oramento conter a discriminao

    da receita e despesa de forma a evidenciar a poltica

    econmica financeira e o programa de trabalho do

    Governo, obedecidos os princpios de unidade,

    universalidade e anualidade.

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    Dessa forma, todas as receitas previstas e despesas fixadas,

    em cada exerccio financeiro, devem integrar um nico documento

    legal dentro de cada nvel federativo: LOA1.

    No h exceo a este princpio oramentrio estabelecido pela lei

    4320/1964.

    2.2. Universalidade

    Segundo este princpio, a LOA de cada ente federado dever

    conter todas as receitas e as despesas de todos os Poderes,

    rgos, entidades, fundos e fundaes institudas e mantidas pelo poder

    pblico. Este princpio mencionado no caput do art. 2, e nos artigos 3

    e 4 da Lei n 4.320/1964, recepcionado e normatizado pelo 5 do art.

    165 da CF.

    Apresento a vocs os artigos mencionados.

    Lei 4320/1964

    Art. 2 A Lei do Oramento conter a discriminao da

    receita e despesa de forma a evidenciar a poltica

    econmica financeira e o programa de trabalho do Governo,

    obedecidos os princpios de unidade, universalidade e

    anualidade.

    Art. 3 A Lei de Oramentos compreender todas as

    receitas, inclusive as de operaes de crdito2 autorizadas

    em lei.

    Pargrafo nico. No se consideram para os fins deste

    artigo as operaes de credito por antecipao da

    receita, as emisses de papel-moeda e outras

    entradas compensatrias, no ativo e passivo

    financeiros.

    1 Cada ente da Federao elaborar a sua prpria LOA.2 As operaes de crdito so os recursos provenientes dos ttulos emitidos pelo Tesouro Nacional com o intuito de captar recursos; os emprstimos compulsrios; e os emprstimos decorrentes de contratos com instituies financeiras nacionais ou internacionais. Esses exemplos tm em comum o fato de terem constando na LOA na fase de elaborao e aprovao.

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    Art. 4 A Lei de Oramento compreender todas as

    despesas prprias dos rgos do Governo e da

    administrao centralizada, ou que, por intermdio deles se

    devam realizar, observado o disposto no artigo 2.

    CF/1988

    5 - A lei oramentria anual compreender:

    I - o oramento fiscal referente aos Poderes da Unio, seus

    fundos, rgos e entidades da administrao direta e

    indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo

    Poder Pblico;

    II - o oramento de investimento das empresas em que a

    Unio, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital

    social com direito a voto;

    III - o oramento da seguridade social, abrangendo todas

    as entidades e rgos a ela vinculados, da administrao

    direta ou indireta, bem como os fundos e fundaes

    institudos e mantidos pelo Poder Pblico.

    Assim, observamos pelo pargrafo nico do art. 3 da lei

    4320/1964 que o princpio da universalidade possui excees: as

    antecipaes de receitas oramentrias (ARO) e outras entradas

    compensatrias.

    As AROs so emprstimos no previstos na LOA, mas necessrios

    para atender insuficincias momentneas de caixa durante o exerccio.

    Apresento como exemplos de entradas compensatrias os

    depsitos e caues. Por exemplo, em determinados casos pode-se

    exigir como condio para a Habilitao das empresas na Licitao o

    depsito de valores por parte dos licitantes. Quando do depsito desse

    valor, ocorre o registro de uma receita extra-oramentria: quando

    da devoluo desse valor, aps o trmino da licitao, ocorre uma

    despesa extraoramentria. Essas operaes de entrada e sada no

    constam na lei oramentria.

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    No confundir princpio da

    TOTALIDADE com princpio da

    UNIVERSALIDADE. O princpio da

    TOTALIDADE est relacionado a um

    nico oramento, enquanto que o

    princpio da UNIVERSALIDADE est

    relacionado a todas as receitas e

    todas as despesas constarem no

    oramento.

    2.3. Oramento bruto

    O princpio do oramento bruto, previsto no art. 6 da Lei n

    4.320, de 1964, preconiza o registro das receitas e despesas na LOA pelo

    valor total e bruto, vedadas quaisquer dedues.

    Apresento a vocs os artigos mencionados.

    Art. 6 Todas as receitas e despesas constaro da Lei de

    Oramento pelos seus totais, vedadas quaisquer

    dedues.

    No h exceo a este princpio. Vamos a uma enquete.

    Sabendo-se que a Unio efetua transferncias constitucionais como: o

    Fundo de Participao dos Estados e Fundo de Participao dos

    Municpios. Sabendo-se que estes recursos provm do Imposto de Renda

    (IR) e do Imposto de Produtos Industrializados (IPI), algum poderia

    pensar em fazer constar na Lei Oramentria apenas a receita lquida do

    IR e do IPI. Estaria isso correto? No, deve constar na LOA a receita

    bruta do IR e do IPI, bem como deve constar a despesa referente

    ao FPE e do FPM.

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    Por fim, no confundir o Princpio da Universalidade com o

    Princpio do Oramento Bruto. O primeiro possui exceo e o

    segundo no. O primeiro se refere ao fato de que todas as receitas

    e despesas constem no oramento, enquanto o segundo se refere

    ao fato de que as receitas e despesas que venham a constar no

    oramento, constem pelos seus totais.

    2.4. Anualidade ou periodicidade

    Conforme este princpio, o exerccio financeiro o perodo de tempo

    ao qual se referem previso das receitas e a fixao das despesas

    registradas na LOA. Este princpio mencionado no caput do art. 2 da

    Lei n 4.320, de 1964. Segundo o art. 34 dessa lei, o exerccio financeiro

    coincidir com o ano civil (1 de janeiro a 31 de dezembro).

    Apresento a vocs os artigos mencionados.

    Lei 4320/1964

    Art. 2 A Lei do Oramento conter a discriminao da

    receita e despesa de forma a evidenciar a poltica

    econmica financeira e o programa de trabalho do Governo,

    obedecidos os princpios de unidade, universalidade e

    anualidade.

    Art. 34. O exerccio financeiro coincidir com o ano civil.

    Existe exceo a este princpio. Em regra o oramento aprovado

    para determinado exerccio ser executado dentro daquele ano civil.

    Porm, existem situaes que parte do oramento aprovado para

    determinado exerccio poder ser ainda executada no oramento

    seguinte.

    Vejamos o que prescreve a lei 4320/1964 e a CF/1988.

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    Lei 4320/1964

    Art. 45. Os crditos adicionais tero vigncia adstrita ao

    exerccio financeiro em que forem abertos, salvo expressa

    disposio legal em contrrio, quanto aos especiais e

    extraordinrios.

    CF/1988

    Art. 167 [...]

    2 - Os crditos especiais e extraordinrios tero

    vigncia no exerccio financeiro em que forem

    autorizados. salvo se o ato de autorizao for

    promulgado nos ltimos quatro meses daquele

    exerccio, caso em que, reabertos nos limites de seus

    saldos, sero incorporados ao oramento do exerccio

    financeiro subseqente.

    Assim, se forem abertos crditos extraordinrios ou especiais a

    partir do dia 1 de setembro de determinado exerccio, os mesmos

    podero ser reabertos no exerccio seguinte.

    Professor, o que so crditos adicionais? Vamos ver na seo

    seguinte. O importante aqui voc saber que existe exceo ao

    princpio da anualidade.

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    HORA DE

    praticar!1. (BACEN/2013/Infraestrutura) vedada a vinculao de receita de

    qualquer espcie a rgo, fundo ou despesa, ressalvados os casos

    autorizados na Constituio Federal.

    2. (BACEN/2013/Infraestrutura) O princpio do oramento bruto, que

    decorrente da evoluo das funes oramentrias relacionadas com a

    implantao do oramento-programa, fundamenta-se na obrigatoriedade

    de se especificarem os gastos por meio de programas de trabalho que

    permitem a identificao dos objetivos e metas a serem atingidos.

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    1. (BACEN/2013/Infraestrutura) vedada a vinculao de receita de

    qualquer espcie a rgo, fundo ou despesa, ressalvados os casos

    autorizados na Constituio Federal.

    ERRADO, veda de receita de impostos apenas, e mesmo assim,

    temos 5 excees.

    2. (BACEN/2013/Infraestrutura) O princpio do oramento bruto, que

    decorrente da evoluo das funes oramentrias relacionadas com a

    implantao do oramento-programa, fundamenta-se na

    obrigatoriedade de se especificarem os gastos por meio de

    programas de trabalho que permitem a identificao dos objetivos e

    metas a serem atingidos.

    ERRADO, o princpio do orcamento-bruto est aderente a ideia de

    que as receitas e despesas que venham a constar no oramento,

    constem pelos seus totais.

    2.5. Princpio da discriminaco/especializaco/especificaco

    O princpio estabelece que no possvel que a LOA consigne

    dotaes globais para atender indistintamente despesas de

    pessoal, material, servios de terceiros, transferncias ou quaisquer

    outras. Alm disso, a lei 4320/1964 estabelece que a descrio da

    despesa na LOA contemple at o nvel de elementos.

    Apresento a vocs os artigos mencionados.

    Lei 4320/1964

    Art. 5 A Lei de Oramento no consignar dotaes globais

    destinadas a atender indiferentemente a despesas de

    pessoal, material, servios de terceiros, transferncias ou

    quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e

    seu pargrafo nico.

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    Art. 15. Na Lei de Oramento a discriminao da despesa

    far-se- no mnimo por elementos.

    1 Entende-se por elementos o desdobramento da

    despesa com pessoal, material, servios, obras e outros

    meios de que se serve a administrao publica para

    consecuo dos seus fins.

    Observamos que este princpio possui excees. A primeira est

    na prpria lei 4320/1964: os programas especiais de trabalho

    classificados como despesas de capital investimentos3. A segunda

    exceo consta do Decreto Lei 200/1967: a reserva de contingncia.

    Existem outros princpios oramentrios, mas eles no

    constam na lei 4320/1964.

    2.5. Princpio da unidade de caixa

    O art. 56 da lei 4320/1964 d suporte ao princpio:

    Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se- em

    estrita observncia ao princpio de unidade de tesouraria.

    vedada qualquer fragmentao para criao de caixas especiais.

    O decreto 93872/1986 por sua vez estabelece que: 3

    3Art. 20. Os investimentos sero discriminados na Lei de Oramento segundo os projetos de obras e de outras

    aplicaes.Pargrafo nico. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, no possam cumprir-se subordinadamente s normas gerais de execuo da despesa podero ser custeadas por dotaes globais, classificadas entre as Despesas de Capital.

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  • EstratgiaC O N C U R S O S

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    Art. 1 A realizao da receita e da despesa da Unio far-se-

    por via bancria, em estrita observncia ao princpio de

    unidade de caixa.

    Art. 2 A arrecadao de todas as receitas da Unio far-se-

    na forma disciplinada pelo Ministrio da Fazenda, devendo o seu

    produto ser obrigatoriamente recolhido conta do Tesouro

    Nacional no Banco do Brasil S.A.

    1 Para os fins deste decreto, entende-se por receita da Unio

    todo e qualquer ingresso de carter originrio ou derivado,

    ordinrio ou extraordinrio e de natureza oramentria ou

    extra-orcamentria. seja geral ou vinculado, que tenha sido

    decorrente, produzido ou realizado direta ou indiretamente pelos

    rgos competentes.

    3 A posio lquida dos recursos do Tesouro Nacional no

    Banco do Brasil S.A. ser depositada no Banco Central do

    Brasil. ordem do Tesouro Nacional.

    Art. 3 Os recursos de caixa do Tesouro Nacional compreendem o

    produto das receitas da Unio, deduzidas as parcelas ou

    cotas-oartes dos recursos tributrios e de contribuies.

    destinadas aos Estados, ao Distrito Federal, aos Territrios e aos

    Municpios, na forma das disposies constitucionais vigentes.

    Pargrafo nico. O Banco do Brasil S.A. far o crdito em

    conta dos beneficirios mencionados neste artigo tendo

    em vista a apurao e a classificao da receita

    arrecadada, bem assim os percentuais de distribuio ou ndices

    de rateio definidos pelos rgos federais competentes,

    observados os prazos e condies estabelecidos na legislao

    especfica

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    3. (Cespe/2013/Unipampa/Contador) Acerca de princpios oramentrios

    e oramento pblico, julgue o item a seguir.

    De acordo com o princpio da especializao, a despesa deve ser

    discriminada na lei oramentria, no mnimo, por elementos,

    ressalvando-se a predio de alguns programas de investimento, a qual

    pode ser feita na forma global.

    4. (Cespe/2010/MPU/Economista) Todas as receitas devem ser recolhidas

    em estrita observncia ao princpio de unidade de tesouraria, vedada

    qualquer fragmentao para criao de caixas especiais.

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    3. (Cespe/2013/Unipampa/Contador) Acerca de princpios oramentrios

    e oramento pblico, julgue o item a seguir.

    De acordo com o princpio da especializao, a despesa deve ser

    discriminada na lei oramentria, no mnimo, por elementos,

    ressalvando-se a predio de alguns programas de investimento, a qual

    pode ser feita na forma global.

    CERTO, ele est se referindo aos programas especiais de trabalho.

    4. (Cespe/2010/MPU/Economista) Todas as receitas devem ser

    recolhidas em estrita observncia ao princpio de unidade de tesouraria,

    vedada qualquer fragmentao para criao de caixas especiais.

    CERTO.

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    3. CRDITOS ADICIONAIS

    Os crditos adicionais so instrumentos retificadores do

    oramento. O que isso quer dizer? Voc deve saber que o Oramento

    possui 4 etapas: i) Elaborao: ii) Discusso, Votao e Aprovao:

    iii) Execuo Oramentria e Financeira: iv) Controle e Avaliao.

    Sabendo-se que as etapas 1 e 2 ocorrem no ano anterior execuo (3a

    etapa) razovel que durante a execuo se disponham de mecanismos

    para ajustar ou alterar o oramento inicialmente proposto. Esses

    mecanismos so os crditos adicionais.

    A lei 4320/1964 conceitua os crditos adicionais como as

    autorizaes de despesa no computadas ou insuficientemente dotadas

    na Lei de Oramento4. O Quadro 2 mostra os tipos de crditos adicionais

    com suas respectivas caractersticas.

    Quadro 2: Crditos AdicionaisTipo de Crdito

    Suplementar Especial Extraordinrio

    Finalidade5

    Crditos destinados a ao

    reforo de dotao oramentria.

    Crditos destinados a despesas para as quais no haja dotao oramentria especfica.

    Crditos destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoo intestina ou calamidade pblica.

    Forma de abertura

    Sero autorizados por lei e abertos por decreto executivo.

    Ser aberto por decreto do Poder Executivo, que deles dar imediato conhecimento ao Poder Legislativo

    Recursos

    Depende da existncia de recursos disponveis para ocorrer a despesa e ser precedida de exposio justificativa.

    No dependem da existncia prvia de recursos.

    Vigncia

    Tero vigncia adstrita ao exercciofinanceiro em que forem abertos

    Podem ser reabertos no Exerccio seguinte se o ato de autorizao for promulgado nos ltimos 4 meses do Exerccio.

    4 Art. 40 da lei 4320/1964.5 Art. 41 da lei 4320/1964.

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    Observamos que os crditos suplementares so para reforar

    uma dotao previamente existente, ou seja, a despesa a ser

    reforada j existia na LOA; enquanto que os crditos especiais se

    destinam a uma nova dotao, uma dotao que no estava prevista na

    LOA. Os crditos extraordinrios se destinam a despesas

    imprevisveis e urgentes.

    Quanto forma de abertura, os crditos suplementares e

    especiais sero autorizados por lei e abertos por decreto. Essa regra

    aplicada nos Estados e Municpios. Na Unio consideram-se estes

    crditos abertos quando da publicao da respectiva lei ordinria.

    Ainda, quanto forma de abertura os crditos extraordinrios

    so abertos diretamente por decreto. Essa regra aplicada nos

    Estados e Municpios. Na Unio o instrumento para abrir crditos

    extraordinrios a Medida Provisria.

    Quanto fonte de recursos a mesma ser aprofundada at o final

    da aula. Neste primeiro momento quero que voc grave que os crditos

    suplementares e especiais somente podem ser abertos se

    indicarem as fontes de recursos. Os crditos extraordinrios no

    dependem para sua abertura de indicao das fontes de recursos.

    Porm, nada impede que quando da abertura dos crditos extraordinrios

    o chefe do Poder Executivo indique os recursos.

    Os crditos adicionais tero vigncia adstrita ao exerccio financeiro

    em que forem abertos, salvo expressa disposio legal em contrrio,

    quanto aos especiais e extraordinrios6.

    6 Art. 45 da lei 4320/1964.

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    HORA DE

    praticar!(ANTT/2013/Analista) Previstos na Lei n. 4.320/1964, os crditos

    adicionais visam atender a despesas no computadas ou

    insuficientemente dotadas na lei oramentria. Com referncia a esse

    assunto, julgue os seguintes itens.

    5. Os crditos adicionais suplementares tm vigncia limitada ao

    exerccio financeiro em que foram abertos.

    6. Um crdito especial solicitado no ms de agosto e autorizado no ms

    de setembro poder ser incorporado ao oramento financeiro

    subsequente, pelo valor do crdito ainda no aplicado.

    COMENTRIOS S QUESTES

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    (ANTT/2013/Analista) Previstos na Lei n. 4.320/1964, os crditos

    adicionais visam atender a despesas no computadas ou

    insuficientemente dotadas na lei oramentria. Com referncia a esse

    assunto, julgue os seguintes itens.

    5. Os crditos adicionais suplementares tm vigncia limitada ao exerccio financeiro em que foram abertos.

    CERTO, apenas os extraordinrios e especiais podem ser

    reabertos.

    6. Um crdito especial solicitado no ms de agosto e autorizado no ms

    de setembro poder ser incorporado ao oramento financeiro

    subsequente, pelo valor do crdito ainda no aplicado.

    CERTO, uma das excees ao princpio da anualidade.

    Por fim, o ato que abrir crdito adicional indicar a importncia, a

    espcie do mesmo e a classificao da despesa, at onde for possvel7.

    7 Art. 46 da lei 4320/1964

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    4. DA CLASSIFICAAO DA RECEITA

    A receita classifica nas seguintes categorias econmicas: Receitas

    Correntes e Receitas de Capital. O Quadro 3 contm as subdivises das

    receitas correntes e de capital.

    Quadro 3: Classificao da Receita conforme a Lei 4320/1964

    ReceitaCorrente

    Tributria Impostos, Taxas, Contribuies de MelhoriaContribuies COFINS, CSLL

    Patrimonial

    Receitas imobilirias, receitas de valores mobilirios, participaes e dividendos, outras receitas patrimoniais

    Agropecuria -

    Industrial Receita de Servios Industriais, outras Receitas IndustriaisServios

    Outras Multas, Cobrana da Dvida Ativa, Outras Receitas DiversasProvenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito pblico ou privado, quando destinadas a atender despesas classificveis em Despesas Correntes

    -

    Receita de Capital

    As provenientes da realizao de recursos financeiros oriundos de constituio de dvidas

    Operaes de Crdito

    Da converso, em espcie, de bens e direitos.

    Alienao de Bens Mveis e Imveis, Amortizao de Emprstimos Concedidos

    Recursos recebidos de outras pessoas de direito pblico ou privado.

    Transferncias de Capital

    Destinados a atender despesas classificveis em Despesas de Capital. Outras Receitas de Capital

    O supervit do Oramento Corrente.

    -

    Legenda: o supervit do Oramento Corrente resultante do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, apurado na demonstrao a que se refere o Anexo n 1 (Balano Oramentrio), no constituir item de receita oramentria.

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    As bancas gostam de incluir receitas de contribuies como sendo parte integrante das receitas tributrias, quando na verdade as contribuies de melhoria que so receitas tributrias.

    7. (Cespe/TCU/2008/AFCE) A Lei n. 4.320/1964 representa o marco

    fundamental da classificao da receita oramentria. Nessa lei,

    explicitada a discriminao das fontes de receitas pelas duas categorias

    econmicas bsicas, com destaque, entre as receitas correntes, para as

    receitas tributrias compostas por impostos, taxas e contribuies

    sociais.

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    COMENTRIOS QUESTO

    7. (Cespe/TCU/2008/AFCE) A Lei n. 4.320/1964 representa o marco

    fundamental da classificao da receita oramentria. Nessa lei,

    explicitada a discriminao das fontes de receitas pelas duas categorias

    econmicas bsicas, com destaque, entre as receitas correntes, para as

    receitas tributrias compostas por impostos, taxas e contribuies

    sociais.

    ERRADO, contribuies sociais no so receitas tributrias, mas

    de contribuies.

    A lei 4320/1964 no detalha conceitualmente os subnveis das

    receitas constantes no Quadro 3.

    5. DA CLASSIFICAO DA DESPESA

    Assim como as receitas, as despesas se subdividem em despesas

    correntes e de capital. O Quadro 4 mostra a classificao da despesa

    conforme a lei 4320/1964.

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    Quadro 4: Classificao da Despesa conforme a Lei 4320/1964

    DespesaCorrente

    Despesas de Custeio

    Aquelas dotaes para manuteno de servios anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservao e adaptaode bens imveis.

    TransfernciasCorrentes

    Aquelas dotaes para despesas as quais no corresponda contraprestao direta em bens ou servios, inclusive para contribuies e subvenes destinadas a atender manifestao de outras entidades de direito pblico ou privado

    Despesade

    Capital

    Investimentos

    As dotaes para o planejamento e a execuode obras, inclusive as destinadas aquisio de imveis considerados necessrios realizao destas ltimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisio de instalaes, equipamentos e material permanente econstituio ou aumento do capital deempresas que no sejam de carter comercialou financeiro.

    InversesFinanceiras

    I - aquisio de imveis, ou de bens de capital j em utilizao;II - aquisio de ttulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espcie, j constitudas, quando a operao no importe aumento do capital;III - constituio ou aumento do capital deentidades ou empresas que visem a objetivoscomerciais ou financeiros, inclusive operaesbancrias ou de seguros.

    Transferncias de Capital

    So Transferncias de Capital as dotaes para investimentos ou inverses financeiras queoutras pessoas de direito pblico ou privado devam realizar, independentemente de contraprestao direta em bens ou servios, constituindo essas transferncias auxlios ou contribuies,segundo derivem diretamente da Lei de Oramento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotaes para amortizao da dvida pblica.

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    Observamos que dentro das despesas de transferncias correntes

    esto inseridas as subvenes. Consideram-se subvenes as

    transferncias destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades

    beneficiadas, distinguindo-se em sociais e econmicas.

    As subvenes sociais se destinam

    3 * t o m e nota!a instituies pblicas ou privadas de

    carter assistencial ou cultural, sem

    finalidade lucrativa.

    As subvenes econmicas se

    destinam a empresas pblicas ou

    privadas de carter industrial,

    comercial, agrcola ou pastoril

    Ainda quanto s despesas, o Quadro 5 mostra a relao entre a

    classificao da despesa conforme a lei 4320/1964 e os elementos da

    despesa.

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  • EstratgiaC O N C U R S O S ^

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    Quadro 5: Relao entre a classificao da despesa e os elementos dadespesa___________________________

    Despesa

    Corrente

    Despesas de

    Custeio

    Transferncias

    Correntes

    Pessoa Civil, Pessoal Militar, Material de

    Consumo. Servios de Terceiros, Encargos

    Diversos.

    Subvenes Sociais, Subvenes

    Econmicas. Inativos, Pensionistas, Salrio

    Famlia e Abono Familiar, Juros da Dvida

    Pblica. Contribuies de Previdncia

    Social, Diversas Transferncias Correntes.

    Despesa

    de

    Capital

    Investimentos

    Obras Pblicas, Servios em Regime de

    Programao Especial, Equipamentos e

    Instalaes. Material Permanente,

    Participao em Constituio ou Aumento de

    Capital de Empresas ou Entidades Industriais

    ou Agrcolas.

    Inverses

    Financeiras

    Aquisio de Imveis. Participao em

    Constituio ou Aumento de Capital de

    Empresas ou Entidades Comerciais ou

    Financeiras, Aquisio de Ttulos

    Representativos de Capital de Empresa em

    Funcionamento, Constituio de Fundos

    Rotativos, Concesso de Emprstimos.

    Diversas Inverses Financeiras.

    Transferncias

    de Capital

    Amortizao da Dvida Pblica, Auxlios para

    Obras Pblicas, Auxlios para Equipamentos

    e Instalaes, Auxlios para Inverses

    Financeiras, Outras Contribuies.

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    8. (Cespe/TCU/2013) Em conformidade com a Lei 4320/1964, a

    concesso de um emprstimo pelo ente classificada como investimento.

    J a amortizao de outro emprstimo anteriormente obtido constitui

    inverso financeira. E os juros sobre o emprstimo obtido constituem

    uma transferncia de capital.

    COMENTRIOS A QUESTO

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    8. (Cespe/TCU/2013) Em conformidade com a Lei 4320/1964, a

    concesso de um emprstimo pelo ente classificada como

    investimento. J a amortizao de outro emprstimo anteriormente

    obtido constitui inverso financeira. E os juros sobre o emprstimo

    obtido constituem uma transferncia de capital.

    ERRADO, concesso de emprstimos inverso financeira, a

    amortizao da dvida transferncia de capital, e os juros so

    transferncias correntes.

    6. DO EXERCCIO FINANCEIRO E REGIME

    Vimos na seo 2 quando tratamos do princpio da anualidade

    oramentria que o exerccio financeiro no Brasil coincide com o ano

    civil. Quanto ao regime contbil, pertencem ao exerccio financeiro: as

    receitas nele arrecadadas (regime de caixa); as despesas nele

    legalmente empenhadas (regime de competncia).

    No regime de caixa somente consideramos receita ou despesa no

    momento em que o dinheiro entra ou sai do caixa. Como na Contabilidade

    Pblica reconhecemos e registramos a despesa sob o enfoque

    oramentrio mesmo que ainda no haja sado dinheiro do caixa,

    consideramos que a despesa adota o regime de competncia.

    Assim, o regime da contabilidade sob o enfoque oramentrio

    o regime misto: caixa para as receitas e competncia para as

    despesas.

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    7. RESTOS A PAGAR

    7.1. Conceitos

    Os restos a pagar constituiro item especfico da

    programao financeira, devendo o seu pagamento efetuar-se dentro

    do limite de saques fixado.8 Consideram-se Restos a Pagar as despesas

    empenhadas, mas no pagas at o dia 31 de dezembro

    distinguindo-se as processadas das no processadas. O registro dos

    Restos a Pagar far-se- por exerccio e por credor. Os restos a pagar se

    subdividem:

    -Restos a pagar processados: despesas empenhadas e liquidadas e

    no pagas;

    -Restos a pagar no processados: despesas empenhadas, no

    liquidadas e no pagas.

    As Figuras 1, 2 e 3 ilustram trs situaes distintas que

    relacionadas execuo da despesa oramentria em determinado

    exerccio financeiro9.

    Figura 1: Gasto que seguiu todos os estgios da execuo em 2011

    Na Figura 1 temos a situao ideal na qual em 2011 as despesas

    que foram empenhadas, tambm foram pagas. Note que se todas as

    despesas que foram empenhadas, foram pagas, porque elas foram

    8 Art. 15 Decreto 93872/19869 No Brasil o exerccio financeiro coincide com o ano civil.

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    necessariamente liquidadas. Para pagar uma despesa oramentria, ela

    deve ter passado pelo empenho e pela liquidao.

    Figura 2: Gasto que seguiu apenas os estgios do empenho e daliquidao em 2011

    Na Figura 2 temos a situao dos restos a pagar processados. O

    gestor pblico realizou a licitao para adquirir computadores, por

    exemplo. Aps o registro da assinatura do contrato foi realizado o

    empenho em 1 de abril de 2011, e no dia 01 de julho de 2011 o

    fornecedor entregou o material que foi conferido pelo almoxarifado. Aps

    a conferncia, foi realizada a liquidao dessa despesa. Porm, devido a

    algum motivo no foi possvel realizar o pagamento ainda em 2011. Neste

    caso, a despesa foi registrada como restos a pagar processados. Ressalto

    que os restos a pagar processados no comprometem a meta fsica das

    polticas pblicas, uma vez que o produto ou servio foi prestado pelo

    fornecedor.

    Em 2012, observamos que quando o gestor j dispunha de

    recursos, realizou o pagamento dos restos a pagar processados. Note que

    o pagamento ocorrido em 2012 no referente ao oramento de 2012,

    mas de 2011. Isso refora que o pagamento de restos a pagar uma

    despesa extra-oramentria.

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    Figura 3: Gasto que seguiu apenas o estgio do empenho em 2011

    Na Figura 3 temos a situao dos restos a pagar no processados.

    O gestor pblico realizou a licitao para adquirir computadores, por

    exemplo. Aps o registro da assinatura do contrato foi realizado o

    empenho em 1 de abril de 2011. Na sequncia, chegou-se ao dia 31 de

    dezembro sem que os computadores tivessem sido entregues. Se no foi

    entregue o produto ou prestado o servio no se pode realizar a

    liquidao; e sem liquidao no se pode realizar o pagamento.

    Neste caso, no dia 31 de dezembro de 2011 a despesa

    legalmente empenhada foi registrada como restos a pagar no

    processados. Para que isso ocorra, faz-se necessrio o uso do artifcio da

    " liquidao provisria".

    Em 2012, observamos que quando o fornecedor ainda tem que

    cumprir com sua obrigao contratual de entregar os computadores. No

    momento da entrega que ocorreu em 1 de abril de 2012, ocorre a

    " liquidao efetiva". Aps a liquidao efetiva o gestor pode realizar o

    pagamento, que no nosso exemplo ocorreu em 1 de outubro de 2012.

    Ressalto que os restos a pagar no processados comprometem a

    meta fsica das polticas pblicas, uma vez que o produto ou servio no

    foi prestado pelo fornecedor no exerccio financeiro do oramento, no

    nosso exemplo 2011.

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    7.2. Controle sobre os restos a pagar

    Sobre os controles a serem exercidos diretamente pelo gestor em

    relao aos restos a pagar destaco 3 pontos:

    1) Condies para assumir obrigaes a serem pagas em exerccios

    seguintes (lei de responsabilidade fiscal);

    2) Condies para inscrever restos a pagar no processados (Decreto

    93.872/1986);

    2) Condies para dar baixa nos restos a pagar processados e no

    processados (Decreto 93.872/1986).

    Sobre o primeiro ponto lembro que vedado ao titular de Poder

    ou rgo, nos ltimos dois auadrimestres do seu mandato, contrair

    obrigao de despesa que no possa ser cumprida integralmente

    dentro dele, OU que tenha parcelas a serem pagas no exerccio

    seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para

    este efeito.10

    Na determinao da disponibilidade de caixa sero

    considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar at

    o final do exerccio11.

    Em outras palavras, se eu fosse governador e estivesse no ltimo

    ano do meu mandato, s poderia inscrever em restos a pagar (despesas

    que foram empenhadas e no foram pagas) o valor que eu dispusesse em

    caixa. Assim, evita-se que o novo governante assuma obrigaes do

    antecessor sem o respaldo financeiro.

    HORA DE

    praticar!

    10 Art. 42 da LRF.11 Pargrafo nico do Art. 42 da LRF.

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    9. (Dom Cintra/2012/Analista de Polticas Pblicas/Contador) No final de

    um determinado exerccio financeiro, foram levantadas as seguintes

    informaes na contabilidade de uma prefeitura:

    Dispon vel...................................

    Crdito Oramentrio Disponvel......

    Crdito Empenhado a Liquidar.........

    Crdito Empenhado Pago...............

    Crdito Empenhado Liquidado a Pagar

    Receita Realizada.........................

    _R$ 1.900.000

    R$ 300.000

    R$ 750.000

    R$ 5.200.000

    R$ 1 250 000

    R$ 8.750.000

    Sabendo-se que no h valores a restituir a terceiros e que o prximo

    exerccio financeiro o incio de mandato do novo prefeito eleito, o

    montante que poderia ser inscrito em restos a pagar correspondeu a:

    A) R$ 2.000.000

    B) R$ 1.900.000

    C) R$ 1.250.000

    D) R$ 750.000

    E) R$ 300.000

    COMENTRIO QUESTO

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    No ltimo ano do mandato a inscrio de Restos a Pagar est limitada s

    disponibilidades financeiras. Assim, apesar de ter potencialmente restos a

    pagar no valor de 2.000.000 (750.000 + 1.250.000), somente pode-se

    inscrever 1.900.000. Logo a opo correta a alternativa B.

    Sobre o seaundo ponto o decreto 93.872/1986 estabelece para

    os restos a pagar no processados algumas condies para que ocorra em

    31 de dezembro a " liquidao provisria". O Quadro 6 as contm.

    Quadro 6: Condies para inscrio de restos a pagar no processados

    Condio para se inscrever restos a pagar no processados "liquidao provisria" (basta atender uma delas).

    Vigente o prazo para cumprimento da obrigao assumida pelo credor, nele estabelecida.Vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em curso a liquidao da despesa, OU seja de interesse da Administrao exigir o cumprimento da obrigao assumida pelo credor.Se destinar a atender transferncias a instituies pblicas ou privadas Corresponder a compromissos assumido no exterior.

    Se a despesa apenas empenhada (no liquidada) no atender a

    uma dessas condies, a mesma dever ter seu empenho anulado em 31

    de dezembro, para todos os fins. Note, porm, que eu efetuei um duplo

    grifo em uma das condies: interesse da administrao. Assim, nos

    gestores conseguem justificar e, por conseguinte, realizar a inscrio dos

    restos a pagar no processados. Retornando a Figura 3, observe que

    naquele caso o gestor poderia ter enquadrado em duas situaes:

    Vigente o prazo para cumprimento da obrigao (supondo que o

    prazo para entrega previsto no contrato se estendesse at 2012) OU

    interesse da administrao.

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    Quando o empenho considerado

    ^ J * t o m e nota!insubsistente, ou seia. no atendeu a

    um dos critrios do Quadro 6, o mesmo deve ser anulado.

    Aps a anulao, o valor do empenho

    reverte ao crdito disponvel.

    HORA DE

    praticar!10. (Cespe/EBC/2011/Analista) Todos os empenhos que, ao final do

    exerccio financeiro, no forem liquidados, devero ser cancelados

    para que seja evitada a sua inscrio em restos a pagar.

    COMENTRIO QUESTO

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    10. (Cespe/EBC/2011/Analista) Todos os empenhos que, ao final do

    exerccio financeiro, no forem liquidados, devero ser cancelados

    para que seja evitada a sua inscrio em restos a pagar.

    ERRADO, as despesas que forem apenas empenhadas desde que

    cumpram determinados requisitos so inscritas em restos a pagar

    no processados.

    Sobre o terceiro ponto, o decreto 93.872/1986 estabelece alguns

    aspetos importantes sobre a baixa dos restos a pagar processados e no

    processados. O Quadro 7 mostra esses aspectos.

    Quadro 7: Aspectos relacionados baixa de restos a pagar no

    processados

    Aspecto

    1Prescreve em cinco anos a dvida passiva relativa aos Restos a

    Pagar12.

    2

    A inscrio de despesas como restos a pagar no encerramento do

    exerccio financeiro de emisso da Nota de Empenho depende da

    observncia das condies estabelecidas na legislao para empenho

    e liquidao da despesa12 13 14. A referida inscrio como restos a pagar

    no processados fica condicionada indicao pelo ordenador de

    despesas14.

    3

    Restos a Pagar Processados no podem ser cancelados, tendo

    em vista que o fornecedor de bens/servios cumpriu com a obrigao

    de fazer e a Administrao no poder deixar de cumprir com a

    obrigao de pagar.

    12 Art. 70 do decreto 93.872/1986.13 Art. 68 do decreto 93.872/198614 1 do art. 68 do decreto 93.872/1986.

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    4

    Os restos a pagar inscritos na

    condio de no processados e

    no liquidados posteriormente

    tero validade at 30 de

    Despesas executadas

    diretamente pelos rgos e

    entidades da Unio ou mediante

    transferncia ou descentralizao

    aos Estados, Distrito Federal e

    Municpios, com EXECUO

    INICIADA at 30 de junho do

    segundo ano subsequente ao de

    sua inscrio15 16.

    junho do seaundo anoAs despesas relacionadas ao

    Programa de Acelerao do

    Crescimento - PAC.subseauente ao de sua

    inscrio 15, ressalvado:As despesas relacionadas ao

    Ministrio da Sade.

    As despesas relacionadas ao

    Ministrio da Educao financiadas

    com recursos da Manuteno e

    Desenvolvimento do Ensino.

    Aps o cancelamento da inscrico da despesa como Restos a

    Pagar, o pagamento que vier a ser reclamado poder ser atendido

    conta de dotao destinada a despesas de exerccios anteriores17.

    5

    Considera-se como execuo iniciada nos casos de aquisio de bens,

    a despesa verificada pela quantidade parcial entregue, atestada e aferida;

    e nos casos de realizao de servios e obras, a despesa verificada pela

    realizao parcial com a medio correspondente atestada e aferida.

    15 2 do art. 68 do decreto 93.872/1986.16 I do 3o do art. 68 do decreto 93.872/1986.17 Art. 69 do decreto 93.872/1986.

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    A fim de ilustrar as situaes descritas acima, apresento as Figuras

    4, 5 e 6. A Figura 4 contm os restos a pagar processados, a Figura 5 os

    restos a pagar no processados que foram liquidados at 30 de iunho

    do seaundo ano subsequente ao de sua inscrico. e a Figura 6 os

    restos a pagar no processados que no foram liquidados efetivamente

    at 30 de junho do segundo ano subsequente ao de sua inscrio.

    Figura 4: Gasto que seguiu apenas os estgios do empenho e daliquidao em 2011

    Legenda: Lembro que a inscrio ocorre em 31/12/2011.

    Na Figura 4 temos a situao dos restos a pagar processados

    (vistos anteriormente na Figura 2). Aps a inscrio comear a correr o

    prazo prescricional que se efetivar 5 anos aps a inscrio ocorrida em

    31 de dezembro de 2011, ou seja, no dia 1 de janeiro de 2017.

    Vimos no Quadro 7 que neste perodo os restos a pagar

    processados no podem ser cancelados.

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    Figura 5: Gasto que seguiu apenas o estgio do empenho em 2011 e a liquidao efetiva em 2012

    Legenda: Lembro que a inscrio ocorre em 31/12/2011.

    Na Figura 5 temos a situao dos restos a pagar no processados

    (vista anteriormente na Figura 3). Aps a inscrio comear a correr o

    prazo prescricional que se efetivar 5 anos aps a inscrio ocorrida em

    31 de dezembro de 2011, ou seja, no dia 1 de janeiro de 2017. No

    entanto, por se tratar de restos a pagar no processados, ainda est

    pendente a liquidao efetiva, que no nosso exemplo da Figura 5 ocorre

    em 2012 (antes de 30 de junho de 2013). A partir da liquidao

    efetiva que neste caso ocorre em 2012, os restos a pagar no

    processados que sofreram a liquidao efetiva no podem ser

    cancelados. Ele se "equiparam" agora aos restos a pagar processados.

    Vamos outra situao.

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    Figura 6: Gasto que seguiu apenas o estgio do empenho em 2011

    Legenda: Lembro que a inscrio ocorre em 31/12/2011 e que o cancelamento ocorre em 30/06/2013 (1 ano e meio aps a inscrio).

    Na Figura 6 temos a situao dos restos a pagar no processados

    (vista anteriormente na Figura 3). Aps a inscrio comear a correr o

    prazo prescricional que se efetivar 5 anos aps a inscrio ocorrida em

    31 de dezembro de 2011, ou seja, no dia 1 de janeiro de 2017. No

    entanto, por se tratar de restos a pagar no processados, ainda est

    pendente a liquidao efetiva, que diferentemente do caso da Figura 5

    no ocorre na Figura 6. Seguindo o prescrito na legislao, se no

    ocorrer a liquidao at 30 de junho de 2013, os restos a pagar

    no processados e no liquidados devem ser cancelados. Porm, se

    restar comprovado que estes restos a pagar no processados se

    enquadram em uma das seguintes situaes, os mesmos no sero

    cancelados: Despesas executadas diretamente pelos rgos e

    entidades da Unio ou mediante transferncia ou descentralizao aos

    Estados, Distrito Federal e Municpios, com EXECUO INICIADA at

    30 de junho do segundo ano subsequente ao de sua inscrio18: as

    despesas relacionadas ao Programa de Acelerao do Crescimento - PAC;

    as despesas relacionadas ao Ministrio da Sade; as despesas

    relacionadas ao Ministrio da Educao financiadas com recursos da

    Manuteno e Desenvolvimento do Ensino. 18

    18 I do 3o do art. 68 do decreto 93.872/1986.

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    Para os casos dos restos a pagar no processados cancelados, se

    por ventura at o dia 31 de dezembro de 2016 o fornecedor de alguma

    conseguir se habilitar para prestar o servio ou fornecer o bem, o

    pagamento que vier a ser reclamado poder ser atendido conta de

    dotao destinada a despesas de exerccios anteriores. Essa situao

    anterior ficou agora muito improvvel e geralmente deve se restringir aos

    casos de erro no registro das informaes no SIAFI.

    7.3.Restos a pagar de despesas plurianuais

    A lei 4320/1964 estabelecia que os empenhos que sorvem a conta

    de crditos com vigncia plurienal, que no tenham sido liquidados, s

    sero computados como Restos a Pagar no ltimo ano de vigncia do

    crdito. Dessa forma, se tivssemos um crdito que fosse destinado a um

    projeto de 3 anos e ao final do primeiro ano tivesse ocorrido apenas o

    empenho, o mesmo seria cancelado. Vejamos uma questo sobre isso.

    HORA DE

    praticar!(Cespe/STM/2011/ Analista Judicirio) Acerca das normas gerais de

    direito financeiro estabelecidas pela Lei n. 4.320/1964, julgue o item

    que se segue.

    11. Se o projeto de construo de uma ponte est previsto para ser

    concludo em trs anos e, no primeiro ano, parte dos empenhos emitidos

    no tiver sido integralmente paga, a parcela ainda em aberto dever ser

    cancelada.

    COMENTRIOS QUESTO

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    Esta questo foi anulada. Porm, o gabarito preliminar estava dado como

    certo. Segue a transcrio da banca: "A redao do item no permitiu

    concluir se a afirmao est ou no correta, motivo pelo qual se opta por

    sua anulao".

    A meu ver foi anulado porque ao invs de se utilizar o termo liquidado,

    se utilizou o termo pago.

    Ressalto, porm, que essa regra no a mesma aplicada hoje na

    execuo oramentria conforme o Decreto 93872/1986 e o Decreto

    6170/2008.

    Decreto 93872/1986

    Art. 27. As despesas relativas a contratos, convnios, acordos

    ou ajustes de vigncia plurianual, sero empenhadas em

    cada exerccio financeiro pela parte nele a ser executada.

    Art. 31. vedada a celebrao de contrato, convnio, acordo ou

    ajuste, para investimento cuia execuo ultrapasse um

    exerccio financeiro, sem a comprovao, que integrar o

    respectivo termo, de que os recursos para atender as

    despesas em exerccios seguintes estejam assegurados

    por sua incluso no oramento plurianual de

    investimentos, ou por prvia lei que o autorize e fixe o

    montante das dotaes que anualmente constaro do

    oramento, durante o prazo de sua execuo.

    Decreto 6.170/2007

    Art. 9 No ato de celebrao do convnio ou contrato de

    repasse, o concedente dever empenhar o valor total a ser

    transferido no exerccio e efetuar, no caso de convnio ou

    contrato de repasse com vigncia plurianual, o registro no

    SIAFI, em conta contbil especfica, dos valores

    programados para cada exerccio subsequente.

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    Pargrafo nico. O registro a que se refere o caput acarretar a

    obrigatoriedade de ser consignado crdito nos oramentos

    seguintes para garantir a execuo do convnio.

    Dessa forma, conclui-se que na legislao atual os empenhos de

    convnios plurianuais seguiro a mesma regra dos demais empenhos, ou

    seja, sero inscritos em restos a pagar no processados. O valor

    empenhado e no pago ser inscrito em 31 de dezembro. A nica

    diferena que registro acarretar a obrigatoriedade de ser consignado

    crdito nos oramentos seguintes para garantir a execuo da despesa

    plurianual.

    7.4.Prescrico versus cancelamento de Restos a Pagar

    Vimos que os Restos a Pagar Processados no podem ser

    cancelados. Vimos tambm que mesmo alguns tipos de Restos a Pagar

    No Processados no podem ser cancelados.

    Diferentemente do cancelamento h o instituto da prescrio. A

    prescrio comea a contar do momento da inscrio.

    Sobre a prescrio a favor da fazenda o Decreto-Lei 4.597 de 1942

    estabelece que:

    Art. 3 A prescrio das dvidas, direitos e aes a que se refere o

    Decreto n 20.910, de 6 de janeiro de 1932, somente pode ser

    interrompida uma vez, e recomea a correr, pela metade do prazo, da

    data do ato que a interrompeu, ou do ltimo do processo para a

    interromper; consumar-se- a prescrio no curso da lide sempre que

    a partir do ltimo ato ou termo da mesma, inclusive da sentena nela

    proferida, embora passada em julgado, decorrer o prazo de dois anos

    e meio.

    Ou seja, de acordo com o Decreto-Lei n 4.597/42, o prazo de

    vigncia do direito do credor, neste caso, estender-se-ia por mais dois

    anos e meio.

    Sobre o tema prescrio, a Smula 383 do STF estabelece que:

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    "A prescrio em favor da Fazenda Pblica recomea a correr, por dois

    anos e meio, a partir do ato interruptivo, mas no fica reduzida

    aqum de cinco anos, embora o titular do direito a interrompa

    durante a primeira metade do prazo".

    Assim, tm-se duas situaes:

    (i) Uma vez havendo inscrio em Restos a Pagar Processados, em

    tese, inconteste o direito de recebimento pelo credor. Enquanto tais

    despesas permanecem inscritas em Restos a pagar corre a prescrio a

    partir da data de sua inscrio. E como tais restos a pagar no podem ser

    cancelados a prescrio ser de 5 anos.

    (ii) Uma vez havendo inscrio em Restos a Pagar No Processados.

    os mesmos podem ser cancelados. Como o cancelamento ocorre na 1a

    metade dos 5 anos (lembro que ocorre 1 ano e meio aps a inscrio), o

    prazo remanescente continua a ser de 3 anos e meio, uma vez que se

    fosse dois anos e meio o prazo total da prescrio reduziria para 4 anos o

    que contrariaria a Smula 373. Dessa forma, a prescrio tambm

    ser de 5 anos.

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    8. DESPESAS DE EXERCCIOS ANTERIORES

    J vou comear logo com um alerta.

    As despesas de exerccios anteriores

    (DEA) so despesas oramentrias.

    Logo, vo ser empenhadas, liquidadas

    e pagas no exerccio corrente com

    recursos do oramento corrente.

    Possuem como cdigo do elemento da

    despesa o cdigo 92.

    As despesas de exerccios anteriores so despesas fixadas, no

    oramento vigente, decorrentes de compromissos assumidos em

    exerccios anteriores quele em que deva ocorrer o pagamento. No se

    confundem com restos a pagar, tendo em vista que sequer foram

    empenhadas ou, se foram, tiveram seus empenhos anulados ou

    cancelados.

    O art. 37 da Lei n 4.320/1964 dispe que as despesas de

    exerccios encerrados, para as quais o oramento respectivo

    consignava crdito prprio, com saldo suficiente para atend-las,

    que no se tenham processado na poca prpria, bem como os

    Restos a Pagar com prescrio interrompida e os compromissos

    reconhecidos aps o encerramento do exerccio correspondente,

    podero ser pagos conta de dotao especfica consignada no

    oramento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que

    possvel, a ordem cronolgica.

    O reconhecimento da obrigao de pagamento das despesas

    com exerccios anteriores cabe autoridade competente para

    empenhar a despesa.

    O Quadro 8 detalha cada situao prevista no artigo 37 da lei

    4320/1964 com respectivos exemplos.

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    Quadro 8: Detalhamento e exemplos de situaes que ensejam DEA

    Situao prevista como Despesas de Exerccios

    AnterioresDetalhamento Exemplo

    Situao 1: As

    despesas que no se

    tenham processado na

    poca prpria.

    Aquelas cujo empenho

    tenha sido considerado

    insubsistente e anulado

    no encerramento do

    exerccio

    correspondente, mas

    que, dentro do prazo

    estabelecido, o credor

    tenha cumprido sua

    obrigao.

    O gestor do exemplo utilizado na Figura 3 cancela o empenho,

    sendo que o contrato previa que o fornecedor poderia entregar

    at 28 de fevereiro do exerccio seguinte (2012). Deveria ter

    ocorrido a inscrio de restos a pagar no processados em 31

    de dezembro de 2011. Como isso no ocorreu e o empenho foi

    cancelado em 31 de dezembro de 2011, a despesa dever ser

    novamente empenhada, liquidada e paga em 2012 utilizando o

    elemento da despesa 92.

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    Situao 2: Restos a

    Pagar com prescrio

    interrompida.

    So aqueles

    cancelados, mas ainda

    vigente o direito do

    credor.

    Esta situao est em extino de exemplos, mas deve ser

    decorada em teoria. Isso porque os restos a pagar processados

    no podem ser cancelados (vide seo anterior). Os restos a

    pagar no processados, mas liquidados no exerccio seguinte

    tambm no podem ser cancelados (vide seo anterior).

    Assim, apenas os restos a pagar no processados e que no

    foram liquidados no ano subseqente podem ser cancelados.

    Um exemplo que poderia se encaixar seria a situao de em

    2011 o fornecedor assinar o contrato para fornecer

    computadores at 30 de abril de 2012. Em 2011 foi realizado

    apenas o empenho. Em 2012 o fornecedor entrega os

    computadores, porm a liquidao no registrada no sistema.

    Na sequncia, o fornecedor esqueceu-se de cobrar seus direitos

    em 2012 e em 30 de junho de 2013 os restos a pagar no

    processados e no liquidados (devido a uma falha da

    administrao) cancelado. Em 2014 o fornecedor realizado

    sua verificao identifica seus valores recebveis e retorna

    administrao; porm, os restos a pagar no processados j

    haviam sido cancelados. Assim, em 2014 a despesa dever ser

    novamente empenhada, liquidada e paga utilizando o elemento

    da despesa 92 porm na categoria econmica despesas de

    capital.

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    Situao 3:

    Compromissos

    reconhecidos aps o

    encerramento do

    exerccio.

    Aqueles cuja obrigao

    de pagamento foi criada

    em virtude de lei, mas

    somente reconhecido o

    direito do reclamante

    aps o encerramento do

    exerccio correspondente.

    Em novembro de 2011 nasce o filho de servidor e o mesmo pela lei 8112 faz jus ao auxlio natalidade. Por qualquer, motivo (sade, esquecimento) o servidor somente d entrada na papelada em 2012. Neste caso, a obrigao dever ser empenhada, liquida e paga em 2012. Devido ao recadastramento no sistema de pagamento o auxlio ao custeio do plano de sade (outras despesas correntes - elemento da despesa 93 - restituies) de determinado servidor no foi recadastrado, apesar do mesmo ter entregado toda a documentao. Ocorre que o servidor deixou de receber os meses de novembro e dezembro de 2011 e os meses de janeiro e fevereiro de 2012, e s percebeu isso em maro. Os valores referentes aos meses de novembro e dezembro sero pagos como despesas de exerccios anteriores (elemento da despesa 92), enquanto os valores de janeiro e fevereiro sero pagos como outras despesas correntes (elemento da despesa 93). Suponha que foi feito um empenho por estimativa no valor de 1000 reais em 20 de dezembro de 2011 referente a despesas com energia eltrica e que a fatura somente chegar em 10 de janeiro de 2012. Em 31 de dezembro de 2011 deve ocorrer a inscrio em Restos a Pagar No Processados. Quando a fatura chegar em 2012 trs situaes podem ocorrer:(i) o valor ser exatamente igual a R$ 1000 ^ ocorre a liquidao efetiva sobre R$ 1000;(ii) o valor ser igual a R$ 900^ ocorre a liquidao efetiva sobre R$ 900 e cancela-se 100 de RP No Processados;(iii) o valor ser igual a R$ 1.100^ ocorre a liquidao efetiva sobre R$ 1000 e reconhece-se DEA sobre R$ 100.

    Legenda: As situaes so independentes.

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    Vamos fazer uma questo sobre DEA.

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    12. (Cespe/MPU/2013) Uma das caractersticas das despesas de

    exerccios anteriores que essas despesas so pagas de acordo com a

    conta dos crditos do exerccio em que tenha ocorrido o fato

    gerador.

    ERRADO, sero pagas com a conta do exerccio em estejam sendo

    empenhadas como Despesas de Exerccios Anteriores.

    9. SUPRIMENTO DE FUNDOS

    O adiantamento consiste na entrega de numerrio a servidor,

    sempre precedida de empenho na dotao prpria, para o fim de realizar

    despesas que no possam subordinar-se ao processo normal de

    aplicao19.

    O regime de adiantamento caracteriza-se pela destinao de

    recursos financeiros a servidor pblico, para a realizao de despesa

    pblica que no possa se subordinar ao processo normal de aplicao,

    sempre precedido do empenho em dotao prpria, observados os

    dispositivos da Lei federal n 4.320, de 17 de maro de 1964.

    Vamos fazer nossa primeira questo.

    No governo federal o regime de adiantamento ser concedido

    preferencialmente por meio de Carto de Pagamento do Governo

    Federal, em nome da Unidade Gestora. Porm, o que seria o Carto de

    Pagamento? O Quadro 9 ajuda neste entendimento.

    19 Art. 68 lei 4320/1964.

    Prof. Giovanni Pacelli 47 de 106

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    Quadro 9: Carto de Pagamento

    Conceitos

    previstos na

    Legislao

    Federal

    A utilizao do Carto de Pagamento do Governo Federal

    - CPGF, pelos rgos e entidades da administrao

    pblica federal integrantes do oramento fiscal e da

    seguridade social, para pagamento das despesas

    realizadas com compra de material e prestao de

    servios, nos estritos termos da legislao vigente 20.

    CPGF instrumento de pagamento, emitido em nome

    da unidade gestora e operacionalizado por instituio

    financeira autorizada, utilizado exclusivamente pelo

    portador nele identificado, nos casos indicados em

    ato prprio da autoridade competente, respeitados os

    limites do Decreto 5355/2005.

    Apesar do regime de adiantamento ter como instrumento

    preferencial o carto de pagamento. Existe outra forma de utilizao

    a conta corrente. Alm disso, cada forma de utilizao, seja carto de

    pagamento, seja conta corrente, guarda peculiaridades.

    Inicialmente apresento a Figura 7 que contm as regras no uso do

    adiantamento no Governo Federal.

    20 Art. 1 do Decreto 5355/05.

    Prof. Giovanni Pacelli 48 de 106

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    Figura 7: Modalidades de uso do adiantamento no Governo Federal

    REGRA GERAL NO USO DO CPGF

    NO PODE USO DA MODALIDADE SAQUE

    REGRA GERAL "Preferencial"

    USO DO REGIME DE ADIANTAM ENTO NO GOVERNO FEDERAL

    CARTO DE PAGAMENTO DO GOVERNO FEDERAL (CPGF)

    Em determ inados casos USO DA M ODALIDADE SAQUE

    Em determ inados casos CONTA TIPO B

    No governo federal admite-se o uso do CPGF na modalidade

    saque para os seguintes casos:

    (i) para atender a peculiaridades dos rgos essenciais da Presidncia da

    Repblica, da Vice-Presidncia da Repblica, do Ministrio da Fazenda, do

    Ministrio da Sade, do Ministrio da Agricultura, Pecuria e

    Abastecimento, do Departamento de Polcia Federal do Ministrio da

    Justia, do Ministrio das Relaes Exteriores, bem assim de militares e

    de inteligncia, obedecero ao Regime Especial de Execuo estabelecido

    em instrues aprovadas pelos respectivos Ministros de Estado, vedada a

    delegao de competncia

    (ii) decorrentes de situaes especficas do rgo ou entidade, nos termos

    do autorizado em portaria pelo Ministro de Estado competente e nunca

    superior a trinta por cento do total da despesa anual do rgo ou

    entidade efetuada com suprimento de fundos.

    (iii) decorrentes de situaes especficas da Agncia Reguladora, nos

    termos do autorizado em portaria pelo seu dirigente mximo e nunca

    superior a trinta por cento do total da despesa anual da Agncia

    efetuada com suprimento de fundos.

    Prof. Giovanni Pacelli 49 de 106

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    9.1.Suprimento de Fundos: Fases

    A despesa com adiantamento (suprimento de fundo) se subdivide

    nas seguintes etapas: concesso, aplicao e prestao de contas. A

    Figura 8 ilustra o ciclo do adiantamento no governo federal.

    Figura 8 : Ciclo do adiantamento do Governo Federal

    CICLO DO ADIANTAM ENTO - Governo Federal

    > > >>

    C O N C E S S O A P LIC A O C O M P R O V A O

    A t 9 0 d ia s A t 30 d ia s

    Observa-se que no governo federal aps a concesso o Ordenador

    de Despesa pode estipular um prazo de at 90 dias para aplicar os

    recursos. Apesar desse prazo, o perodo de aplicao no pode

    ultrapassar 31 de dezembro.

    Alm disso, a importncia aplicada at 31 de dezembro ser

    comprovada at 15 de janeiro do exerccio seguinte da concesso.

    9.1.1.Concesso

    A concesso o ato do ordenador de despesas que registra a

    responsabilidade do agente suprido.

    ______ ^O e m p e n h o da d e sp e sa d eve o c o rre r em fa se

    a n te r io r c o n ce s s o do s u p r im e n to de fundo .

    A s s im . Dara f in s c o n t b e is q u a n d o o

    s e rv id o r re c e b e o n u m e r r io po r m e io daY ^atenocon ta c o rre n te a d e sp e sa j p a s s o u p e lo s

    e s t g io s d o e m p e n h o , l iq u id a o e

    p a g a m e n to .

    N o c a s o d o C P G F o l im ite s o m e n te

    lib e ra d o a p s a liq u id a o .

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    Uma das coisas, porm, mais corr iqueiras e cobradas em prova : a

    quem no pode ser concedido o suprimento de fundos? O Quadro

    10 mostra os agentes que no podem receber o adiantamento.

    Quadro 10: Agentes que no podem receber o adiantamentoSituao impeditiva Peculiaridades

    Servidor declarado em alcance21.

    Aplicvel a todos os entes.Aquele que no efetuou, no prazo, a comprovao dos recursos recebidos ou que, caso tenha apresentado a prestao de contas dos recursos, a mesma tenha sido impugnada total ou parcialmente.

    A responsvel (servidor) por dois adiantamentos22.

    Aplicvel a todos os entes.Se j tiver prestado contas e a mesma tiver sido aprovada pode receber um terceiro.

    A servidor que tenha a seu cargo a guarda ou utilizao do material a adquirir, salvo quando no houver na repartio outro servidor.

    Especfico da Unio.Por exemplo, em regra no se poderia conceder o suprimento de fundo ao responsvel pelo almoxarifado caso o material adquirido ficasse posteriormente sob sua guarda.

    A responsvel (servidor) por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, no tenha prestado contas de sua aplicao.

    Especfico da Unio.Seria uma das situaes que ensejariam o servidor ser declarado em alcance. A diferena que pode ser que haja um lapso temporal entre a omisso de prestar contas e a declarao em alcance.

    Ainda dentro da fase de concesso, o ordenador de despesas deve

    no caso federal verificar se os recursos destinados ao suprimento de

    fundo se enquadram em um dos requisitos do Quadro 5.

    21 Art. 69 da lei 4320/1964; Art. 8 do Decreto 53.980/2009.22 Art. 69 da lei 4320/1964; Art. 8 do Decreto 53.980/2009.

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    Quadro 11: Situaes que justificam o uso do suprimento de fundo no

    governo federalSituao

    1Para atender a despesas eventuais, inclusive em viagem e com

    servios especiais, que exijam pronto pagamento.

    2Quando a despesa deva ser feita em carter sigiloso, conforme se

    classificar em regulamento.

    3

    Para atender a despesas de pequeno vulto23, assim entendidas

    aquelas cujo valor, em cada caso, no ultrapassar limite estabelecido

    em ato normativo prprio.

    No governo federal, existe um limite global

    para o ato de suprimento e um limite

    individual que so aplicveis apenas para as

    despesas de peaueno vulto.

    Mesmo nas despesas de pequeno vulto

    possvel exceder este limite com a autorizao

    do titular do ministrio24.

    Por fim, o decreto 93872/1986 no estabelece

    um limite para suprimento de fundos para

    despesas relacionadas a viagens.

    Vamos fazer mais questo sobre o que vimos at aqui.

    23 Conforme Portaria MF 95/2002.24 3 Excepcionalmente, a critrio da autoridade de nvel ministerial, desde que caracterizada a necessidade em despacho fundamentado, podero ser concedidos suprimentos de fundos em valores superiores aos fixados neste artigo.

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    HORA DE

    praticar!13. (Cespe/ANTT/2013) A administrao pblica, no interesse do servio,

    poder conceder um suprimento de fundos, em espcie ou por crdito

    em conta, a um prestador de servios, o qual se obrigar a realizar a

    prestao de contas to logo seja realizado o gasto.

    14. (Cespe/Min Int/2013) O suprimento de fundos pode ser concedido

    para despesas de pequeno vulto para atender despesas eventuais e com

    servios especiais, exceto em casos de viagens

    COMENTRIOS S QUESTES

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    13. (Cespe/ANTT/2013) A administrao pblica, no interesse do servio,

    poder conceder um suprimento de fundos, em espcie ou por crdito

    em conta, a um prestador de servios, o qual se obrigar a realizar a

    prestao de contas to logo seja realizado o gasto.

    ERRADO, o suprimento concedido na conta tipo B ou mediante

    crdito no carto de pagamento ao servidor pblico apenas.

    14. (Cespe/Min Int/2013) O suprimento de fundos pode ser concedido

    para despesas de pequeno vulto para atender despesas eventuais e com

    servios especiais, exceto em casos de viagens.

    ERRADO, inclui viagens.

    Na sequncia apresento o Quadro 12 que contm os valores limites

    globais para cada adiantamento (para qualquer das trs situaes)

    realizado.

    Quadro 12: Limites globais por ato de concesso de suprimento aplicvel nasdespesas de pequeno vulto25.

    Modalidade Carto de Pagamento

    Obras e servios de engenharia

    10% (dez por cento) do valor estabelecido na alnea a (convite) do inciso I do artigo 23, da Lei 8.666/93, alterada

    pela Lei 9.648/98 ^ R$ 15.000,00

    Outros servios e compras em geral

    10% (dez por cento) do valor estabelecido na alnea a (convite) do inciso II do artigo 23, da Lei 8.666/93,

    alterada pela Lei 9.648/98 ^ R$ 8.000,00Modalidad e Conta Tipo B

    Obras e servios de engenharia

    5% (dez por cento) do valor estabelecido na alnea a (convite) do inciso I do artigo 23, da Lei 8.666/93, alterada pela Lei 9.648/98 ^ R$ 7.500,00

    Outros servios e compras em geral

    5% (dez por cento) do valor estabelecido na alnea a (convite) do inciso II do artigo 23, da Lei 8.666/93, alterada pela Lei 9.648/98 ^ R$ 4.000,00

    25 Portaria n 95/M F de 19 de abril de 2002.

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    Assim, o valor mximo a ser concedido em um suprimento caso de

    utilize a conta tipo B que seja destinado a outros servios e compras em

    geral de R$ 4000,00.

    Vamos a mais uma questo.

    15. (Cespe/EBC/2011/ Analista) Acerca do suprimento de fundos na

    administrao pblica federal, julgue o item a seguir.

    O valor do suprimento de fundos concedido a servidor declarado em

    alcance limitado em R$ 4.000,00.

    COMENTRIO A QUESTO.

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    15. (Cespe/EBC/2011/ Analista) Acerca do suprimento de fundos na

    administrao pblica federal, julgue o item a seguir.

    O valor do suprimento de fundos concedido a servidor declarado em

    alcance limitado em R$ 4.000,00.

    ERRADO, primeiro que o servidor declarado em alcance no pode

    receber suprimento de fundo, segundo porque o limite pode

    alcanar no caso do uso de carto de pagamento R$ 15.000 no

    caso Obras e servios de engenharia e R$ 8.000 no caso de outros

    servios e compras em geral.

    9.1.2. Aplicao

    Vimos no incio da seo que o prazo para aplicao varia conforme

    o ente. O Quadro 13 contm os prazos de aplicao para a Unio

    Quadro 13: Prazos para aplicao do adiantamento na Unio

    PRAZO OBSERVAO

    At 90 dias.Estabelecido pelo Ordenador de Despesas.

    No pode ultrapassar 31 de dezembro do ano da concesso.

    No caso federal, os valores de um

    suprimento de fundos entregues ao

    suprido podero relacionar-se a mais de

    uma natureza de despesa, desde que

    precedidos dos empenhos nas

    dotaes respectivas. respeitados os

    valores de cada natureza.

    Assim, no mesmo ato de concesso de

    suprimento pode conter dois empenhos:

    o primeiro para material de consumo e o

    outro para servio.

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    9.1.3. Comprovao

    Na prestao de contas o agente suprido dever apresentar os

    documentos comprobatrios dentro do prazo previsto.

    O servidor que receber adiantamento obrigado a prestar

    contas de sua aplicao e se no a fizer no prazo assinalado,

    proceder-se-, de imediato, tomada de contas especial, sem prejuzo

    das providncias administrativas para a apurao das responsabilidades e

    imposio das penalidades cabveis 26. O Quadro 14 contm os prazos de

    comprovao para a Unio.

    Quadro 14: Prazos para efetuar a comprovao dos gastos realizados poradiantamento

    ENTE PRAZO OBSERVAO

    UnioAt 30

    dias

    A importncia aplicada at 31 de dezembro ser

    comprovada at 15 de janeiro seguinte27.

    No caso federal, existe uma peculiaridade a mais, pois competem

    aos detentores de suprimentos de fundos fornecerem indicao precisa

    dos saldos em seu poder em 31 de dezembro, para efeito de

    contabilizao e reinscrio da respectiva responsabilidade pela sua

    aplicao em data posterior, observados os prazos assinalados pelo

    ordenador da despesa.

    Prosseguindo na fase da comprovao, quando do recebimento da

    prestao de contas relacionamento ao regime de adiantamento duas

    situaes podem ocorrer: a aprovao e a impugnao. O Quadro 15

    mostra os desdobramentos para cada caso.

    Quadro 15: Desdobramentos quando da prestao de contas pelo agente ________________ suprido ao ordenador de despesas__________________

    Situao Conseqncias

    Aprovadas

    (no impugnadas)

    As contas do agente suprido sero escrituradas e

    includas na tomada de contas do Ordenador de

    Despesas na forma prescrita.

    26 Art. 7 do Decreto 53.980/2009.27 Art. 83 Decreto-lei 200/1967.

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    Impugnadas

    Dever o ordenador determinar imediatas

    providncias administrativas para a apurao das

    responsabilidades e imposio das penalidades

    cabveis, sem prejuzo do julgamento da regularidade

    das contas pelo Tribunal de Contas.

    HORA DEpraticar!

    16. (FCC/TRF 5a Regio/2004/Analista Judicirio) As despesas realizadas

    por meio de suprimentos so includas na tomada de contas do

    ordenador da despesa

    a) desde que por ele no impugnadas.

    b) quando por ele impugnadas.

    c) desde que ele assim decida.

    d) desde que o responsvel pelo suprimento assim deseje.

    e) sempre.

    COMENTRIOS QUESTO

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    Conforme vimos anteriormente, a opo correta a alternativa A.

    10. DA CONTABILIDADE

    A contabilidade evidenciar perante a Fazenda Pblica a situao de

    todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem

    despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou

    confiados28.

    Ressalvada a competncia do Tribunal de Contas ou rgo

    equivalente, a tomada de contas dos agentes responsveis por bens

    ou dinheiros pblicos ser realizada ou superintendida pelos

    servios de contabilidade29.

    Os servios de contabilidade sero organizados de forma a

    permitirem o acompanhamento da execuo oramentria, o

    conhecimento da composio patrimonial, a determinao dos custos dos

    servios industriais, o levantamento dos balanos gerais, a anlise e a

    interpretao dos resultados econmicos e financeiros30.

    A escriturao sinttica das operaes financeiras e

    patrimoniais efetuar-se- pelo mtodo das partidas dobradas31.

    Haver controle contbil dos direitos e obrigaes oriundos de

    ajustes ou contratos em que a administrao pblica for parte32.

    Os dbitos e crditos sero escriturados com individualizao

    do devedor ou do credor e especificao da natureza, importncia e

    data do vencimento, quando fixada33.

    A contabilidade evidenciar os fatos ligados administrao

    oramentria, financeira patrimonial e industrial34. 28 29 30 31 32 33 34

    28 Art. 83 Lei 4320/1964.29 Art. 84 Lei 4320/1964.30 Art. 85 Lei 4320/1964.31 Art. 86 Lei 4320/1964.32 Art. 87 Lei 4320/1964.33 Art. 88 Lei 4320/1964.34 Art. 89 Lei 4320/1964.

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    A contabilidade dever apurar o custo dos projetos e atividades, de

    forma a evidenciar os resultados da gesto35. A apurao do custo dos

    projetos e atividades ter por base os elementos fornecidos pelos

    rgos de oramento, constantes dos registros do Cadastro

    Oramentrio de Projeto/Atividade, a utilizao dos recursos

    financeiros e as informaes detalhadas sobre a execuo fsica

    que as unidades administrativas gestoras devero encaminhar ao

    respectivo rgo de contabilidade, na periodicidade estabelecida pela

    Secretaria do Tesouro Nacional. A falta de informao da unidade

    administrativa gestora sobre a execuo fsica dos projetos e atividades a

    seu cargo, na forma estabelecida, acarretar o bloqueio de saques de

    recursos financeiros para os mesmos projetos e atividades,

    responsabilizando-se a autoridade administrativa faltosa pelos prejuzos

    decorrentes.

    Os rgos de contabilidade prestaro a assistncia tcnica que

    lhe for solicitada pelas unidades administrativas gestoras, e lhes

    encaminharo, mensalmente, balancetes e demonstraes

    contbeis da respectiva execuo oramentria, para orientao e

    base s decises cabveis36.

    Os rgos de contabilidade examinaro ainda a conformidade dos

    atos de gesto oramentrio-financeira e patrimonial, praticados pelas

    unidades administrativas gestoras de sua jurisdio, com as normas

    legais que os regem37. 35 36 37

    35 Art. 137 Decreto 93872/1986 e Art. 69 do Decreto-lei 200/1967.36 Art. 138 do Decreto 93872/1986.37 Art. 139 Decreto 93872/1986 e Art. 73 do Decreto-lei 200/1967.

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    17. (Cespe/INMETRO/2010) A escriturao sinttica das operaes

    financeiras e patrimoniais efetua-se pelo mtodo das partidas dobradas,

    mas, atualmente, pode-se empregar outro mtodo que seja mais

    adequado contabilidade pblica, permitindo-se, em alguns casos, o

    registro do dbito sem o crdito correspondente.

    COMENTRIOS A QUESTO

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    17. (Cespe/INMETRO/2010) A escriturao sinttica das operaes

    financeiras e patrimoniais efetua-se pelo mtodo das partidas dobradas,

    mas, atualmente, pode-se empregar outro mtodo que seja mais

    adequado contabilidade pblica, permitindo-se, em alguns

    casos, o registro do dbito sem o crdito correspondente.

    ERRADO, continua em vigor o mtodo das partidas dobradas.

    11. DA CONTABILIDADE ORAMENTRIA E FINANCEIRA

    A contabilidade dever evidenciar, em seus registros, o

    montante dos crditos oramentrios vigentes, a despesa empenhada e

    a despesa realizada, conta dos mesmos crditos, e as dotaes

    disponveis38. O Decreto 92872/1986 acrescentou ainda os recursos

    programados 39.

    O registro contbil da receita e da despesa far-se- de

    acordo com as especificaes constantes da Lei de Oramento e dos

    crditos adicionais40.

    Todas as operaes de que resultem dbitos e crditos de

    natureza financeira, no compreendidas na execuo oramentria,

    sero tambm objeto de registro, individualizaco e controle

    contbil. 38 39 40

    38 Art. 90 Lei 4320/1964.39 Art. 136 do Decreto 93872/1986:40 Art. 91 Lei 4320/1964: A contabilidade dever evidenciar, em seus registros, o montante dos crditos

    oramentrios vigentes, a despesa empenhada e a despesa realizada conta dos mesmos crditos, as

    dotaes disponveis e os recursos financeiros programados.

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    HORA DE

    praticar!18. (SECONT-ES/Cespe/2009/Contador) Todas as despesas relativas

    dvida pblica, mobiliria ou contratual, e as receitas que as atendero,

    constaro do Plano Plurianual (PPA).

    COMENTRIOS QUESTO

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    18. (SECONT-ES/Cespe/2009/Contador) Todas as despesas relativas

    dvida pblica, mobiliria ou contratual, e as receitas que as atendero,

    constaro do Plano Plurianual (PPA).

    ERRADO, o registro contbil da receit