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Aula 03 Curso: Português p/ Caixa Econômica Federal - 2014 (com videoaulas) Professor: Fabiano Sales er

Aula 03 - Sintaxe da oração e do período

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    Curso: Portugus p/ Caixa Econmica Federal - 2014 (com videoaulas)

    Professor: Fabiano Sales

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    AULA 03

    Ol, futuros empregados pblicos da Caixa Econmica Federal!

    Na aula 03, apresentarei outro item do contedo programtico: relaes de coordenao e de subordinao entre oraes e seus termos (sintaxe da orao e do perodo).

    Para refletir:

    "Tudo o que um sonho precisa para ser realizado algum que acredite que ele possa ser realizado."

    (Roberto Shinyashiki)

    Mos obra!

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    SINTAXE DA ORAO

    Antes de entrarmos no estudo das funes sintticas propriamente ditas, apresentarei alguns conceitos introdutrios e necessrios ao nosso estudo:

    Classificao Conceito Exemplos

    Frase nominal

    No apresenta verbo. Por essa razo, no serve para a anlise sinttica.

    Silncio! Que atitude bonita, meu filho!

    Frase verbal (ou Orao)

    Apresenta verbo, podendo ter ou no sentido completo.

    A frase pode ser:

    Declarativa: expressa um fato.

    Interrogativa: expressa pergunta ou dvida.

    Imperativa: expressa ordem, pedido.

    Exclamativa: expressa admirao.

    Optativa: expressa desejo.

    Imprecativa: expressa praga, maldio.

    Desejo que voc seja aprovado. Chorou copiosamente.

    Voc ser aprovado no concurso.

    Que horas so?

    Estude!

    Quo bonita sua filha!

    Passemos no concurso!

    Maldito seja o rbitro daquela partida!

    Perodo

    Expresso verbal de sentido completo, iniciado por letra maiscula e encerrado por ponto final.

    Desejo que voc seja aprovado.

    Feitas as consideraes iniciais, veremos os termos essenciais, integrantes e acessrios da orao.

    TERMOS ESSENCIAIS DA ORAO

    Os termos essenciais da orao so sujeito e predicado.

    O SUJEITO

    A gramtica tradicional define sujeito como o termo sobre o qual se faz uma declarao.

    Exemplo: O aluno estuda seis horas por dia.

    Sujeito: O aluno.

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    Aqui, apresento uma dica a vocs: para localizar o sujeito da orao, faam uma pergunta ao verbo. Por exemplo, na frase O aluno estuda seis horas por dia., devemos perguntar Quem que estuda seis horas por dia ?. A resposta obtida ser o sujeito da orao: O aluno. Para coisas, fazemos a pergunta O qu ...?. Outro aspecto digno de considerao o ncleo do sujeito. O ncleo ser a palavra mais importante, pois ser com ela que o verbo, em regra, concordar:

    O aluno (= Ele) estuda seis horas por dia.

    O ncleo do sujeito pode ter natureza substantiva (substantivo, palavra substantivada, numeral substantivo ou pronome substantivo) ou verbal (orao subordinada substantiva subjetiva que caracteriza o sujeito oracional).

    Exemplos: Joo conversa muito. (Joo = substantivo - ncleo do sujeito) O amar d cor vida. (amar = palavra substantivada - ncleo do sujeito) Trs demais. (Trs = numeral substantivo - ncleo do sujeito) Ele bom demais. (Ele = pronome substantivo - ncleo do sujeito) importante que voc estude muito. (estude = verbo - ncleo do sujeito oracional)

    J o predicado, outro termo essencial da orao, definido como tudo o que se declara do sujeito.

    Exemplo: O aluno estuda seis horas por dia.

    Predicado: estuda seis horas por dia.

    Uma vez encontrado o sujeito (O aluno), tudo o que sobra far parte da estrutura do predicado: estuda seis horas por dia. Seguindo os demais exemplos apresentados acima, os respectivos predicados so:

    Joo conversa muito. (conversa muito = predicado) O amar d cor vida. (d cor vida = predicado) Trs demais. ( demais = predicado) Ele bom demais. ( bom demais = predicado) importante que voc estude muito. ( importante = predicado)

    CLASSIFICAO DO SUJEITO

    Quanto classificao, o sujeito pode ser:

    Simples formado por apenas um ncleo.

    Exemplo: Joo conversa muito.

    Sujeito: Joo. Ncleo do sujeito: Joo.

    Composto formado por dois ou mais ncleos.

    Exemplo: Joo e Maria conversam muito.

    Sujeito: Joo e Maria. Ncleos do sujeito: Joo; Maria.

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    Indeterminado aquele que existe, mas que no possvel ser identific-lo.

    Exemplo: Falaram sobre os alunos.

    O sujeito indeterminado ocorrer com:

    - verbo na terceira pessoa do plural, sem que haja referncia a sujeito expresso no contexto.

    Exemplo: Falaram sobre os alunos. (algum praticou a ao de falar, mas, sem uma referncia expressa no contexto, no possvel identific-lo)

    Dicas estratgicas!

    1) Quando houver referncia expressa no contexto, ainda que o verbo esteja na terceira pessoa do plural, o sujeito ser determinado.

    Exemplo: Os professores gostam desta turma. Falaram sobre os alunos. (o sujeito de falaram o termo os professores)

    2) importante observar que, quando a forma verbal estiver no imperativo, ainda que no haja referncia no contexto, o sujeito no ser indeterminado, e sim desinencial.

    Exemplos: Falem sobre os alunos. (atravs da desinncia nmero-pessoal -m, possvel identificar o sujeito: vocs)

    3) Com outras pessoas do discurso, no haver sujeito indeterminado, e sim sujeito desinencial.

    Exemplo: Passaremos no concurso.

    No exemplo acima, a desinncia nmero-pessoal -mos indica que o sujeito a forma pronominal ns.

    - verbo que, em regra, no seja transitivo direto e que esteja na terceira pessoa do singular, acompanhado da partcula SE (indeterminao do sujeito).

    Exemplo: Precisa-se de empacotadores. (algum precisa de empacotadores, mas no possvel fazer a identificao.)

    Na frase acima, o verbo precisar transitivo indireto, pois rege a preposio de (algum precisa DE algo). Sendo assim, ficar, obrigatoriamente, na terceira pessoa do singular.

    A partcula SE (ndice de indeterminao do sujeito) aparecer com:

    a) verbo transitivo indireto (verbo cujo sentido complementado por um objeto indireto):

    Precisa-se de empacotadores.

    Precisa - forma verbal transitiva indireta se - ndice de indeterminao do sujeito de empacotadores - objeto indireto

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    b) verbo intransitivo (verbo de sentido completo):

    Vive-se bem no Rio de Janeiro.

    Vive - forma verbal intransitiva se - ndice de indeterminao do sujeito bem - adjunto adverbial de modo no Rio de Janeiro - adjunto adverbial de lugar

    c) verbo de ligao:

    -se feliz no Rio de Janeiro.

    - verbo de ligao se - ndice de indeterminao do sujeito feliz - predicativo no Rio de Janeiro - adjunto adverbial de lugar

    d) verbo transitivo direto em que haja objeto direto preposicionado, ou seja, quando a preposio no regida pela forma verbal:

    Comeu-se do bolo.

    Comeu - forma verbal transitiva direta se - ndice de indeterminao do sujeito do bolo - objeto direto preposicionado

    Dica estratgica!

    Na frase Comeu-se do bolo., a preposio de no exigida pelo verbo comer, sendo empregada to somente para a contribuio do sentido: algum (que no possvel identificar) comeu parte do bolo. Conforme vimos na aula sobre verbos, no ser admitida a transposio de voz verbal quando houver objeto direto preposicionado. A retirada da preposio alteraria sinttica semanticamente a estrutura da frase:

    Comeu-se do bolo. (sujeito indeterminado: Comeu parte do bolo.)

    ndice de indeterminao do sujeito

    Comeu-se o bolo. (sujeito: o bolo - voz passiva sinttica O bolo foi comido.)

    pronome apassivador

    Comeu - forma verbal transitiva direta se - pronome apassivador o bolo - sujeito

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    Inexistente ocorre com verbos impessoais e que, por essa razo, devero figurar, em regra, na terceira pessoa do singular. O sujeito inexistente proporciona orao a classificao de orao sem sujeito.

    O sujeito ser inexistente nos seguintes casos:

    a) verbos que expressam fenmenos da natureza no sentido denotativo, dicionarizado.

    Exemplo: Choveu durante o casamento.

    Dica estratgica!

    Se o verbo for empregado no sentido conotativo, isto , figurado, poder ter um sujeito.

    Exemplo: Choveram flores durante o casamento.

    No exemplo Choveram flores durante o casamento., o verbo chover est empregado no sentido conotativo, devendo concordar com o sujeito flores. Nesse caso, portanto, ser pessoal.

    b) verbo haver, significando existir, acontecer ou ocorrer) ou indicando tempo pretrito.

    Exemplos: Havia trezentas pessoas no local de prova.

    Em Havia trezentas pessoas no local de prova., o verbo haver impessoal (no apresenta sujeito). Na construo, o verbo assume transitividade direta. Logo, o termo trezentas pessoas seu objeto direto.

    Dica estratgica!

    Os verbos existir, acontecer e ocorrer so pessoais, ou seja, devem concordar com o sujeito da orao.

    Exemplos:

    Existiam trezentas pessoas no local de prova. (trezentas pessoas = sujeito) Aconteceram episdios fantsticos. (episdios fantsticos = sujeito) Ocorreram muitos vazamentos radioativos. (muitos vazamentos radioativos = sujeito)

    H dois anos que no a vejo.

    No exemplo H dois anos que no a vejo., o verbo haver foi empregado para indicar tempo pretrito, passado. Logo, no ter sujeito.

    c) verbos fazer, indicando tempo pretrito ou tempo da natureza.

    Exemplo: Faz dois anos que no a vejo. No ano passado, fez veres muito quentes no Brasil.

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    d) verbo ser, indicando hora, distncia ou datao.

    Exemplos: Hoje so dez de outubro. (o verbo ser concorda com o numeral nove.) Hoje dia dez de outubro. (o verbo ser concorda com o vocbulo dia.) So doze horas e trinta minutos. (o verbo ser concorda com o numeral doze.) meio-dia e meia. (o verbo ser concorda com meio-dia.) Da faculdade ao trabalho so vinte metros de distncia.

    e) verbos chegar e bastar, significando parar.

    Exemplos: Chega de bl-bl-bl! Basta de discusses!

    Oracional equivale a uma orao. Tem uma estrutura verbal como ncleo, levando o verbo para a terceira pessoa do singular.

    Exemplo: importante que voc estude muito. (que voc estude muito = sujeito oracional - orao subordinada substantiva subjetiva). O ncleo a forma verbal estude.

    Para facilitar a anlise, substitua orao por ISSO:

    ISSO importante.

    Estudar e brincar fundamental s crianas.

    No exemplo acima, Estudar e brincar o sujeito oracional. O verbo, obrigatoriamente, deve permanecer na terceira pessoa do singular.

    Para facilitar a anlise, substitua orao por ISSO: ISSO fundamental s crianas.

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    1. O sujeito das oraes Foi adolescente (linha 6) e Chegou idade adulta (linhas 9-10) remete a A atual gerao de adultos (linhas 3-4).

    Comentrio: As oraes Foi adolescente e Chegou idade adulta tm como sujeito a atual gerao de adultos. Nos perodos em questo, houve apenas a omisso (elipse recurso de coeso referencial) do termo a atual gerao de adultos, a fim de evitar repeties desnecessrias e de tornar o texto mais coeso.

    Gabarito: Certo.

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    (CESPE/UnB-2011/IFB)

    Acerca dos sentidos e das estruturas lingusticas do texto acima, julgue o item a seguir.

    3. Considerando-se apenas o trecho Viver em ambiente sem gravidade faz coisas curiosas com o corpo (linhas 1-2), no se pode determinar, do ponto de vista sinttico, o sujeito da forma verbal faz.

    Comentrio: No trecho Viver em ambiente sem gravidade faz coisas curiosas com o corpo, o sujeito Viver em ambiente sem gravidade. Por ter uma forma verbal em sua estrutura, deve ser classificado como sujeito oracional, levando, obrigatoriamente, o verbo para a terceira pessoa do singular faz.

    Gabarito: Errado.

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    CLASSIFICAO DO PREDICADO

    Quanto classificao, o predicado pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal.

    Predicado verbal aquele que tem como ncleo um verbo que exprime ao, fenmeno ou movimento. Em outras palavras, o predicado ser verbal quando houver formas verbais transitivas diretas, transitivas indiretas, transitivas diretas e indiretas ou intransitivas. Das trs classificaes possveis, a nica que no contm predicativo.

    Exemplos: Os alunos fizeram a prova.

    No exemplo acima, temos:

    Os alunos - sujeito alunos - ncleo do sujeito fizeram a prova - predicado verbal fizeram - verbo transitivo direto (Fizeram o qu?) - ncleo do predicado verbal a prova - objeto direto

    Os alunos gostaram da prova.

    No exemplo acima, temos:

    Os alunos - sujeito alunos - ncleo do sujeito gostaram da prova - predicado verbal gostaram - verbo transitivo indireto (Gostaram de qu?)- ncleo do predicado verbal da prova - objeto direto

    Os alunos deram parabns aos professores.

    No exemplo acima, temos:

    Os alunos - sujeito alunos - ncleo do sujeito deram parabns aos professores - predicado verbal deram - verbo transitivo direto e indireto - ncleo do predicado verbal parabns - objeto direto aos professores - objeto indireto

    Os alunos foram ao local de prova.

    No exemplo acima, temos:

    Os alunos - sujeito alunos - ncleo do sujeito foram ao local de prova - predicado verbal foram - verbo intransitivo - ncleo do predicado verbal ao local de prova - adjunto adverbial de lugar

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    Predicado nominal aquele que tem como ncleo um nome (substantivo, adjetivo ou pronome) ligado ao sujeito atravs de um verbo de ligao. O ncleo do predicado nominal o predicativo do sujeito, termo que proporciona qualidade, estado ou caracterstica.

    Exemplos: O rapaz est machucado.

    No exemplo acima, temos:

    O rapaz - sujeito est machucado - predicado nominal machucado - ncleo do predicado nominal

    O professor ficou feliz com sua aprovao.

    No exemplo acima, temos:

    O professor - sujeito ficou feliz com sua aprovao - predicado nominal feliz - ncleo do predicado nominal com sua aprovao - adjunto adverbial de causa

    Dicas estratgicas!

    1) Verbo de ligao aquele que unicamente serve para atribuir caracterstica ou estado ao sujeito. Para que haja predicado nominal, imprescindvel a presena de um predicativo.

    Exemplos: O rapaz est machucado. / O professor extrovertido.

    Caso no aparea o predicativo, o predicado no ser nominal, e sim verbal.

    Exemplo: O rapaz est aqui. (aqui = adjunto adverbial de lugar)

    Na orao O rapaz est aqui., o verbo estar intransitivo.

    2) O verbo de ligao pode expressar alguns aspectos.

    Exemplos:

    O candidato dedicado. (aspecto: permanncia) O candidato est focado. (aspecto: transitoriedade) O candidato parece entusiasmado. (aspecto: aparncia)

    Importante!

    Predicativo a qualidade, estado ou caracterstica atribuda ao sujeito ou ao objeto.

    Exemplos:

    O candidato dedicado.

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    No exemplo acima, a forma verbal deve ser classificada como verbo de ligao. Por consequncia, dedicado ser o predicativo do sujeito.

    Predicado verbo-nominal a mistura dos predicados verbal e nominal, ou seja, aquele que apresenta dois ncleos: um verbo (transitivo ou intransitivo) e um nome (predicativo).

    Exemplo:

    O candidato fazia a prova tenso.

    No exemplo acima, temos dois ncleos: o verbo fazer (transitivo direto) e o nome tenso (predicativo do sujeito, que atribui um estado ao sujeito O candidato.

    O candidato - sujeito fazia a prova tenso - predicado verbo-nominal fazia - verbo transitivo direto: ncleo do predicado verbo-nominal a prova - objeto direto tenso - predicativo do sujeito: ncleo do predicado verbo-nominal

    Para facilitar a anlise, encaixe o verbo estar antes do predicativo: O candidato fazia a prova (e estava) tenso.

    Consideramos o candidato dedicado.

    No exemplo Consideramos o candidato dedicado., o verbo considerar transitivo direto. Por consequncia, o candidato dedicado ser o objeto direto, ao passo que dedicado ser o predicativo (caracterstica, estado) do objeto.

    TERMOS INTEGRANTES

    Os termos integrantes da orao so os complementos verbais (objeto direto e objeto indireto), agente da passiva e complemento nominal. Por definio, os complementos verbais completam o sentido de verbos transitivos.

    Objeto direto complemento de verbo transitivo direto, isto , liga-se ao verbo sem a obrigatoriedade de preposio.

    Exemplo: Comprei flores.

    No exemplo acima, temos:

    sujeito desinencial = eu (marcado pela desinncia nmero-pessoal -i) predicado = comprei flores ncleo do predicado verbal = comprei (verbo transitivo direto -no rege preposio) objeto direto = flores

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    Dica estratgica!

    O ncleo do objeto direto pode ter base substantiva (substantivo ou palavra/expresso substantivada ou pronome) ou verbal (orao subordinada substantiva objetiva direta que caracteriza o objeto direto oracional).

    Exemplos: Comprei flores. (flores = substantivo - ncleo do objeto direto) Encontrei voc. (voc = pronome - ncleo do objeto direto) Desejo que voc estude muito. (estude = verbo - ncleo do objeto direto oracional)

    Em certos casos, ainda que o verbo no exija o emprego de preposio, esta poder anteceder o objeto direto com a finalidade de clareza e de estilo. o que chamamos de objeto direto preposicionado.

    Exemplo: Comeu-se do bolo. (Comeu-se parte do bolo.)

    No exemplo acima, do bolo objeto direto preposicionado. A preposio foi empregada no pela exigncia do verbo comer, mas sim para contribuio do sentido.

    Emprega-se o objeto direto preposicionado:

    - com verbos que expressam sentimentos.

    Exemplo: Amo a Deus e a meus familiares. (a preposio proporciona estilo frase.)

    - para evitar ambiguidade.

    Exemplo: Venceu o Flamengo o Vasco. (frase ambgua)

    A ordem direta da frase acima seria O Vasco venceu o Flamengo. Entretanto, como no houve o emprego da ordem direta (sujeito + verbo + complemento + adjunto), foi necessrio empregar a preposio para evitar a ambiguidade de sentido:

    Venceu ao Flamengo o Vasco. (= O Vasco venceu o Flamengo.)

    - para realar uma parte.

    Exemplo: Ele comeu do bolo. (Ele comeu parte do bolo.) O policial sacou da arma. (O policial sacou parte da arma.)

    O objeto direto pode aparecer repetido na frase. o que chamamos de objeto direto pleonstico.

    Exemplo: A prova, entregue-a ao professor amanh.

    No exemplo A prova, entregue-a ao professor amanh., a forma pronominal oblqua -a repete o objeto direto A prova. Por essa razo, classificado como objeto direto pleonstico.

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    Objeto indireto complemento de verbo transitivo indireto, isto , ligado ao verbo com a obrigatoriedade de preposio.

    Exemplos: Ns gostamos de doce.

    Na frase acima, o verbo gostar rege a preposio de, a qual deve ser obrigatoriamente empregada (Gostamos DE qu?).

    Confio em sua aprovao.

    No perodo Confio em sua aprovao., o verbo confiar exige a preposio em. Por essa razo, em sua aprovao ser objeto indireto.

    Dica estratgica!

    O ncleo do objeto indireto pode ter base substantiva (substantivo ou palavra/expresso substantivada ou pronome) ou verbal (orao subordinada substantiva objetiva indireta que caracteriza o objeto indireto oracional).

    Exemplos: Obedecemos s ordens. (ordens = substantivo - ncleo do objeto indireto) Fiz uma pergunta a voc. (voc = pronome - ncleo do objeto indireto) Necessitamos de que voc estude muito. (estude = verbo - ncleo do objeto indireto oracional)

    O objeto indireto pode aparecer repetido na estrutura frasal. o que chamamos de objeto indireto pleonstico.

    Exemplo: Ao guarda, devemos obedecer-lhe.

    Em Ao guarda, devemos obedecer-lhe., o pronome oblquo lhe repete o objeto indireto Ao guarda. Por isso, classificado como objeto indireto pleonstico.

    (CESPE/UnB-2007/TCU)

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    Considere o texto acima, composto de informaes verbais e visuais, para julgar os seguintes itens.

    4. O fato de os termos do nmero (linha 5), das conexes (linha 6) e do tempo (linha 7) iniciarem-se com a mesma preposio indica que esses termos so complementos de elevao (linha 5).

    Comentrio: O termo do nmero complementa o sentido do substantivo elevao, que exige o emprego da preposio de. Entretanto, as expresses da conexo e do tempo complementam o sentido do substantivo nmero.

    Gabarito: Errado.

    (CESPE/UnB-2006/TJ-SE)

    Com base nas estruturas lingusticas do texto, julgue o item a seguir.

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    5. Na linha 13, a palavra orgulhosos um adjetivo que est, no contexto, exercendo a funo sinttica de predicativo de IRIB e Colgio Notarial, ambos objetos diretos.

    Comentrio: No trecho O IRIB e o Colgio Notarial sentem-se orgulhosos (...), orgulhosos um adjetivo e exercendo a funo de predicativo. Entretanto, IRIB e Colgio Notarial no so objetos diretos, e sim sujeitos. Como h dois ncleos IRIB e Colgio Notarial, temos um sujeito composto, razo por que o verbo deve concordar no plural: O IRIB e o Colgio Notarial sentem-se (...).

    Gabarito: Errado.

    (CESPE/UnB-2011/IFB)

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    Com relao s ideias e s estruturas lingusticas do texto acima, julgue o item que se segue.

    6. O complemento da forma verbal considera (linha 21) consiste em uma orao.

    Comentrio: A questo apresentou um caso de objeto direto oracional, ou seja, funo sinttica que complementa o verbo considerar e que possui, em sua estrutura, uma forma verbal prejudicou. Para facilitar a anlise, substitua pelo pronome ISSO: Dondonim considera isso.

    Gabarito: Certo.

    (CESPE/UnB-2009/TRE-BA)

    Quase todo mundo conhece os riscos de se ter os documentos usados de forma indevida por outra pessoa, depois de t-los perdido ou de ter sido vtima de assalto. Mas um sistema que comeou a ser implantado na Bahia pode resolver o problema em todo o pas. A tecnologia usada atualmente para a emisso de carteiras de identidade na Bahia pode evitar esse tipo de transtorno. A foto digital, impressa no documento, dificulta adulteraes. A principal novidade do sistema o envio imediato das impresses digitais, por computador, para o banco de dados da Polcia Federal em Braslia. Dessa forma, elas podem ser comparadas com as de outros brasileiros e estrangeiros cadastrados. Se tudo estiver em ordem, o documento entregue em cinco dias. Ao ser retirada a carteira, as digitais so conferidas novamente. Voc pode at ter a certido de nascimento de outra pessoa, mas, quando tentar tirar a carteira por ela, a comparao das impresses digitais vai revelar quem voc, diz a diretora do Instituto de Identificao da Bahia. Na Bahia, a troca pelo modelo novo ser feita aos poucos. As atuais carteiras de identidade vo continuar valendo e sero substitudas quando houver necessidade de emitir-se a segunda via. Por enquanto, s a Bahia est enviando os dados para a Polcia Federal. Segundo o Ministrio da Justia, a partir de 2011, outros estados devem integrar-se gradativamente ao sistema. A previso que, em nove anos, todos os brasileiros estejam cadastrados em uma base de dados unificada na Polcia Federal.

    Internet: (com adaptaes).

    7. Na linha 19, o emprego da preposio a na combinao ao exigncia sinttica do verbo integrar.

    Comentrio: No contexto, a forma verbal integrar-se transitiva indireta, regendo preposio a, a qual dever iniciar, obrigatoriamente, a estrutura de seu complemento indireto ao sistema. Nesse caso, houve a combinao da preposio a com o artigo definido o.

    Gabarito: Certo.

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    (CESPE/UnB-2011/Correios)

    Os garotos da Rua Noel Rosa onde um talo de samba via no calamento, viram o pombo-correio cansado confuso aproximar-se em voo baixo.

    To baixo voava: mais raso que os sonhos municipais de cada um. Seria o Exrcito em manobras ou simplesmente trazia recados de ai! amor namorada do tenente em Aldeia Campista?

    E voando e baixando entranou-se entre folhas e galhos de fcus: era um papagaio de papel, estrelinha presa, suspiro metade ainda no peito, outra metade no ar.

    Antes que o ferissem, pois o carinho dos pequenos ainda mais desastrado que o dos homens e o dos homens costuma ser mortal uma senhora o salva tomando-o no bero das mos e brandamente alisa-lhe a medrosa plumagem azulcinza cinza de fundos neutros de Mondrian azul de abril pensando maio.

    283235-58-Brasil dizia o anel na perninha direita. Mensagem no havia nenhuma ou a perdera o mensageiro como se perdem os maiores segredos de Estado que graas a isto se tornam inviolveis, ou o grito de paixo abafado pela buzina dos nibus. Como o correio (s vezes) esquece cartas teria o pombo esquecido a razo de seu voo?

    Ou sua razo seria apenas voar baixinho sem mensagem como a gente vai todos os dias cidade e somente algum minuto em cada vida se sente repleto de eternidade, ansioso por transmitir a outros sua fortuna?

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    Era um pombo assustado perdido e h perguntas na Rua Noel Rosa e em toda parte sem resposta.

    Pelo qu a senhora o confiou ao senhor Manuel Duarte, que passava para ser devolvido com urgncia ao destino dos pombos militares que no um destino.

    Carlos Drummond de Andrade. Pombo-correio. In: Carlos Drummond de Andrade: obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 483. Internet:

    No que se refere estrutura lingustica e vocabular do texto, julgue o item a seguir.

    8. Do ponto de vista sinttico, pode-se atribuir expresso namorada (v.10) a funo de complemento da forma verbal trazia (v.9) ou do nome amor (v.9); em ambas as possibilidades de interpretao, o sentido do perodo permanece o mesmo.

    Comentrio: O examinador explorou a diferenciao entre objeto indireto e complemento nominal, estruturas obrigatoriamente regidas de preposio. Em O pombo-correio (...) trazia recados de ai! amor namorada do tenente (...), o termo namorada integra o objeto indireto da forma verbal trazia. Entretanto, se buscssemos analisar o termo namorada como complemento nominal, o sentido seria modificado, pois, nesse caso, namorada passaria ser o destino do vocbulo amor, e no mais do verbo trazer.

    Gabarito: Errado.

    9. O vocbulo o empregado nos versos 17, 21 e 22 desempenha funo de complemento verbal.

    Comentrio: Nas trs ocorrncias, o vocbulo o exerce a funo de complemento dos verbos ferir, salvar e tomar. Como estas so formas verbais transitivas diretas, a forma pronominal o desempenha a funo de objeto direto.

    Gabarito: Certo.

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    O AGENTE DA PASSIVA

    Agente da passiva - termo que pratica a ao na voz passiva. Sempre ser introduzido pelas preposies de ou por (ou pela contrao da preposio arcaica per + artigo definido o, a, os, as = pelo, pela, pelos, pelas).

    Exemplos:

    Ayrton Senna foi ovacionado por todos os presentes. (voz passiva)

    Na voz ativa, teremos Todos os presentes ovacionaram Ayrton Senna.

    Ayrton Senna foi ovacionado pelos presentes. (voz passiva)

    Na voz ativa, teremos Os presentes ovacionaram Ayrton Senna.

    Ayrton Senna estimado de todos os brasileiros. (voz passiva)

    Na voz ativa, teremos Todos os brasileiros estimam Ayrton Senna.

    O COMPLEMENTO NOMINAL

    Complemento nominal termo sempre regido de preposio que complementa o sentido de adjetivos, substantivos abstratos ou advrbios. Em outras palavras, o complemento nominal completa a ideia de um nome.

    Exemplos: Ele age igual a voc.

    Em Ele age igual a voc., o termo a voc complementa a ideia do adjetivo igual. Por essa razo, deve ser classificado como complemento nominal.

    No tenho interesse por voc.

    Em No tenho interesse por voc., a expresso por voc complementa a ideia do substantivo interesse. Logo, deve ser classificado como complemento nominal.

    Moro prximo a voc.

    No exemplo acima, a voc complementa a ideia do advrbio prximo. Sendo assim, deve ser classificado como complemento nominal.

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    TERMOS ACESSRIOS

    Os termos acessrios da orao so adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto.

    O ADJUNTO ADNOMINAL

    Adjunto adnominal termo de funo adjetiva e que, por isso, caracteriza ou delimita o substantivo. A funo de adjunto adnominal ser exercida por artigo, adjetivo, numeral adjetivo, pronome adjetivo, locuo adjetiva ou orao adjetiva.

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    Importante!

    Os pronomes oblquos o, a, os, as e as formas lo, la, los, las exercem a funo de objeto direto.

    Exemplos: Criei um mtodo. (= Criei-o.) Fizemos o trabalho. (= Fizemo-lo.)

    J as formas pronominais lhe, lhes podem exercer a funo de objeto indireto, adjunto adnominal ou complemento nominal.

    Exemplos:

    Pedi uma dica ao professor. (= Pedi-lhe uma dica. ou Pedi uma dica a ele.)

    Em Pedi-lhe uma dica., o pronome lhe complemento do verbo transitivo direto e indireto pedir. Portanto, objeto indireto.

    Amanda fiel a ele. (= Amanda -lhe fiel.)

    Em Amanda -lhe fiel., o pronome lhe empregado com verbo de ligao, complementando o sentido do adjetivo fiel. Logo, complemento nominal.

    Pisei o p dele. (Pisei-lhe o p.)

    Em Pisei-lhe o p., o pronome lhe equivale ao pronome possessivo seu, ou seja, indica posse. Portanto, adjunto adnominal.

    (CESPE/UnB-2011/TJ-ES)

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    Em relao s ideias e s estruturas lingusticas do texto acima, julgue o prximo item.

    10. As expresses do esprito laico (linha 13) e da f (linha 17) complementam, respectivamente, os vocbulos expresso e impulsos.

    Comentrio: As expresses do esprito laico e da f no complementam o sentido dos nomes elevao e impulsos. Em expresso do esprito laico, temos a indicao de posse. Portanto, do esprito laico um adjunto adnominal. Por sua vez, no trecho impulsos da f, a expresso em destaque tambm indica de posse, razo por que exerce a funo de adjunto adnominal.

    Gabarito: Errado.

    O ADJUNTO ADVERBIAL

    Adjunto adverbial termo que modifica adjetivo, verbo ou advrbio.

    Para memorizar, o adjunto adverbial modifica:

    A djetivo Eu sou bastante tranquilo. V erbo Na faculdade, eu estudava muito. A dvrbio Voc escreve muito bem.

    CLASSIFICAO

    Para efeito de prova, o mais importante a ideia que o adjunto adverbial transmite. Vejamos algumas:

    - causa : O mendigo morreu de fome.

    - companhia : A esposa viajou com minha sogra.

    - negao: Vocs no sero reprovados.

    - afirmao: Certamente vocs gabaritaro a prova de lngua portuguesa.

    - dvida: Provavelmente vocs gabaritaro todas as questes.

    - finalidade: Visitou o restaurante para fiscalizao.

    - instrumento: Escrevi a prova a lpis.

    - intensidade: Gosto muito de vocs.

    - lugar: Passamos as frias em casa.

    - meio: Viajarei para a Europa de avio.

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    - modo: Fez a prova apressadamente.

    - tempo: Estudarei noite.

    - concesso: Sem fazer a inscrio, no faremos a prova.

    (CESPE/UnB-2011/TJ-ES)

    Com referncia ao texto acima, julgue o item subsequente.

    11. A expresso como objetivo exclusivo (linhas 5-6) exerce a funo de complemento direto da forma verbal teve (linha 5).

    Comentrio: No trecho (...) essa agilidade (...) teve como objetivo exclusivo permitir-nos o que merecia a nossa ateno (...), o verbo permitir transitivo direto e indireto. Como complemento (objeto) indireto, temos a forma pronominal nos; por sua vez, o complemento (objeto) direto formado pela orao subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo decidir o que merecia a nossa ateno, sendo, portanto, um objeto direto oracional; j a expresso como objetivo exclusivo exerce a funo de adjunto adverbial de finalidade.

    Gabarito: Errado.

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    (CESPE/UnB-2011/Correios)

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    Julgue o prximo item, relacionado ordem dos termos lingusticos no texto.

    12. Em Quando o carteiro chegou/e meu nome gritou (linhas 38-39), os sujeitos gramaticais o carteiro e meu nome esto antepostos a seus respectivos predicados verbais.

    Comentrio: Em Quando o carteiro chegou e meu nome gritou, o sujeito da forma verbal chegou o carteiro, que est anteposto ao predicado. Entretanto, em meu nome gritou, o sujeito tambm a expresso o carteiro; meu nome complemento do verbo gritar, empregado no sentido de chamar, evocar.

    Gabarito: Errado.

    (CESPE/UnB-2011/Correios)

    Julgue o item abaixo, com relao ordem dos termos lingusticos nesse fragmento de poema.

    13. Se os versos do fragmento fossem reescritos na ordem (sujeito verbo complemento verbal adjunto adverbial), a verso correta seria: No palcio da Cachoeira/Joaquim Silvrio comea/ a redigir sua carta/ com pena bem aparada.

    Comentrio: No fragmento, temos as seguintes funes:

    Joaquim Silvrio - sujeito Comea a redigir sua carta com pena bem aparada no palcio da Cachoeira - predicado verbal redigir - verbo transitivo direto (em locues verbais, a transitividade determinada pelo verbo principal, ou seja, pelo ltimo verbo) sua carta - objeto direto com pena bem aparada - adjunto adverbial de instrumento no palcio da Cachoeira - adjunto adverbial de lugar.

    Logo, reescrevendo os versos do fragmento na ordem direta, teramos:

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    Joaquim Silvrio comea/a redigir sua carta/com pena aparada/no palcio da Cachoeira.

    Gabarito: Errado.

    O APOSTO

    Aposto termo de natureza substantiva que explica, esclarece ou resume um elemento.

    CLASSIFICAO

    O aposto pode ser:

    Explicativo por definio, usado para explicar um termo. Na frase, aparece entre vrgulas, travesses ou parnteses.

    Exemplo: Pel, o rei do futebol, fez mais de mil gols. Pel o rei do futebol fez mais de mil gols. Pel (o rei do futebol) fez mais de mil gols.

    Dica estratgica!

    O aposto tambm pode ser oracional, isto , ter um verbo em sua estrutura.

    Exemplo: Desejo o seguinte: que vocs sejam aprovados no concurso.

    Para facilitar a anlise, substitua pelo pronome ISSO. Desejo o seguinte: isso.

    Especificativo (ou apelativo) liga-se a um substantivo para indicar-lhe sua espcie. No separado por vrgulas, travesses ou parnteses.

    Exemplos: O rio Amazonas um dos maiores do mundo. A cidade de Londres linda.

    Enumerativo desenvolve o termo anterior.

    Exemplo: Gabaritei as seguintes disciplinas: direito constitucional, direito administrativo e lngua portuguesa.

    Resumitivo (ou recapitulativo) por definio, recapitula/resume o que foi mencionado anteriormente.

    Exemplos: Gritos, festas, batuques: nada desviava seu foco.

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    Distributivo referem-se a elementos no texto.

    Exemplo: Vasco e Fluminense so dois grandes clubes de futebol: este o atual campeo brasileiro e aquele vencer o brasileiro deste ano.

    Dica estratgica!

    O aposto pode referir-se a uma orao inteira. Exemplo: Vocs gabaritaro as questes, o que me deixar muito feliz. Na frase acima, o pronome demonstrativo o exerce a funo de aposto, referindo- -se orao Vocs gabaritaro as questes.

    O VOCATIVO

    Vocativo termo que indica um chamamento. No est ligado diretamente a outros termos da orao.

    Exemplos: Candidatos, estudem para a prova. Estudem, candidatos, para a prova. Estudem para a prova, candidatos. Professor, posso entrar na sala? Posso entrar na sala, professor?

    Dica estratgica!

    Aposto e vocativo no se confundem. Para facilitar a diferenciao, o vocativo admite o emprego da interjeio , sendo um dilogo. O aposto, por no admite o emprego da mencionada interjeio, caracterizando uma declarao.

    Exemplos:

    () Professor Fabiano, posso entrar ? ( um dilogo. Logo, Professor Fabiano um vocativo.)

    Fabiano, professor de lngua portuguesa, gosta do que faz. ( uma declarao. Logo, professor de lngua portuguesa um aposto.)

    (CESPE/UnB-2008/-MPE-RR)

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    Com referncia ao texto acima, julgue o item que se segue.

    14. O nome Jean Ziegler (linhas 9-10) est entre vrgulas por constituir um vocativo.

    Comentrio: O nome Jean Ziegler constitui um aposto explicativo. Em outras palavras, explica o termo relator da ONU.

    Gabarito: Errado.

    (CESPE/UnB-2010/ANEEL)

    Em relao s estruturas lingusticas do texto acima, julgue o item a seguir.

    15. O nome prprio Renato da Fonseca (linha 5) est entre vrgulas por tratar-se de um vocativo.

    Comentrio: Novamente, o examinador explorou o conceito de aposto explicativo. Renato Fonseca explica o termo antecedente gerente executivo de pesquisas da Confederao Nacional da Indstria (CNI).

    Gabarito: Errado.

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    (CESPE/UnB-2011/Correios-Adaptada)

    A respeito de aspectos lingusticos do texto, julgue os itens seguintes.

    16. No primeiro verso, a expresso estas mal traadas linhas um dos complementos da forma verbal Escrevo.

    Comentrio: A expresso estas mal traadas linhas desempenha a funo de objeto direto do verbo escrever (verbo transitivo direto e indireto). A forma pronominal te desempenha o papel de objeto indireto Escrevo a ti estas mal traadas linhas.

    Gabarito: Certo.

    (CESPE/UnB-2007/TCU)

    H dez anos, um terremoto financeiro atingiu a sia, com rescaldo na Amrica Latina. A crise de 1997, depois de atingir a Tailndia, rapidamente se espalhou pela Indonsia, Malsia, pelas Filipinas e pela Coria do Sul, para se replicar na Rssia, na Argentina e no Brasil em 1998. Uma dcada depois do fatdico ano de 1997, o mundo assiste ao novo reinado da sia. Liderada por China e ndia, a regio exibe, na mdia, taxas de crescimento superiores a 7%. A despeito das recentes turbulncias, a Tailndia, primeira vtima da crise asitica, mostra ndices melhores do que ento. Houve um golpe militar, em setembro de 2006, quando foi deposto o primeiro-ministro acusado de corrupo e malversao de dinheiro. Aos poucos, volta a confiana dos investidores no pas, governado por um conselho de segurana nacional provisrio, com eleies previstas para o fim do ano.

    Carta Capital, 1./8/2007, p. 12 (com adaptaes).

    17. Mantm-se a coerncia textual e a correo gramatical ao se transformar o aposto final do texto em uma orao desenvolvida: cujas eleies so previstas para o fim de ano.

    Comentrio: Conforme vimos, a funo de aposto desempenhada por uma palavra ou expresso explicativa. No texto, o aposto desempenhado pelo trecho "com eleies previstas para fim de ano". A substituio do trecho acima por "cujas eleies so previstas para o fim de ano", orao subordinada adjetiva explicativa, mantm a coerncia textual e a correo gramatical.

    Gabarito: Certo.

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    SINTAXE DO PERODO

    Este um momento muito aguardado no s por mim, mas tambm por vocs, alunos, visto que o CESPE/UnB sempre exige alguma questo que trabalhe conhecimentos sobre perodo e a relao sinttico-semntica entre as oraes que o compem. Primeiramente, preciso dizer que o perodo divide-se em simples e composto.

    PERODO SIMPLES

    O perodo simples a estrutura que composta por uma s orao de sentido completo, chamada de orao absoluta. Cada orao se estrutura em torno de um verbo.

    Exemplo: O aluno passou no concurso. (orao absoluta)

    PERODO COMPOSTO

    J o perodo composto a estrutura que formada por mais de uma orao.

    Exemplo: Se voc estudar, acertar as questes. 1 orao 2 orao

    O perodo composto subdivide-se em coordenao e subordinao.

    PERODO COMPOSTO POR COORDENAO

    Por que coordenao? Sempre que o perodo for composto por coordenao, deveremos entender que as oraes que o compem so independentes sintaticamente, ou seja, sua estrutura interna (funes sintticas) no depende de outra orao.

    Exemplo: Acordei, estudei, dormi. (as oraes so independentes entre si) 1 orao 2 orao 3 orao

    No perodo composto por coordenao, temos as oraes coordenadas assindticas e sindticas. De onde provm essas nomenclaturas? Devo dizer a vocs que toda conjuno coordenativa chamada de sndeto. No perodo composto por coordenao, existem oraes que no trazem, em sua estrutura, essa modalidade de conjuno. Por essa razo, so chamadas de oraes assindticas.

    Exemplo: Acordei, estudei, dormi. 1 orao 2 orao 3 orao

    Na estrutura acima, as oraes Acordei, estudei e dormi no apresentam conjuno coordenativa (sndeto). Sendo assim, so classificadas como oraes coordenadas assindticas.

    Entretanto, no mesmo perodo composto por coordenao, existem oraes que podem apresentar, em sua estrutura, conjuno coordenativa (sndeto). Sendo assim, so denominadas oraes coordenadas sindticas. Essas oraes recebem o nome da noo semntica apresentada pela conjuno coordenativa.

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    As oraes coordenadas sindticas classificam-se em:

    Oraes coordenadas sindticas ... Exemplos

    aditivas apresentam ideia de soma, correlao, sendo estabelecida pelos articuladores e, mas tambm, alm disso, ademais ...

    O aluno estuda e trabalha. No s estuda, mas tambm trabalha.

    adversativas apresentam ideia de oposio, contraste, sendo estabelecida pelos articuladores mas, porm, todavia, contudo, entretanto, no entanto ...

    Estuda pouco, mas passou em vrios concursos. Foi ao cinema, no entanto dormiu.

    alternativas apresentam ideia de alternncia, escolha ou excluso, sendo estabelecida pelos articuladores ou, j...j, ou...ou, ora...ora, quer...quer etc.

    Deseja isso ou aquilo? Ora estuda, ora dorme. Iremos praia quer chova, quer faa sol.

    conclusivas apresentam ideia de concluso lgica, sendo estabelecida pelos articuladores pois (aps o verbo), portanto, assim, por isso, logo, em vista disso, ento, por conseguinte ...

    Estudou muito, logo acertar as questes. Dormiu tarde, portanto no foi aula.

    explicativas apresentam ideia de explicao, esclarecimento, justificativa, sendo estabelecida pelos articuladores pois (antes do verbo), porque, que, porquanto ...

    Faam as questes, pois vocs precisam passar na prova. Entre, que (=pois) tarde!

    Por ora, devo dizer que os conhecimentos acima so suficientes. Mais adiante, veremos que decorar a lista de conectivos para classificar as oraes nem sempre o mtodo mais eficiente, pois as provas do CESPE/UnB exigem de vocs, candidatos, uma anlise da relao sinttico-semntica entre as oraes.

    PERODO COMPOSTO POR SUBORDINAO

    Agora, estudaremos o perodo composto por subordinao. Mas, afinal, por que subordinao? Sempre que o perodo for composto por subordinao, deveremos entender que as oraes que o compem so dependentes sintaticamente, ou seja, sua estrutura interna (funes sintticas) depende de outra orao.

    Exemplo: Vocs aspiram a que sejam aprovados no concurso. (as oraes so dependentes) orao principal orao subordinada

    A primeira orao, denominada principal, o termo regente da orao subordinada (termo regido). Em outras palavras, a orao principal Vocs aspiram subordina a orao a que sejam aprovados no concurso., pois esta exerce a funo

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    sinttica de objeto indireto do verbo aspirar (Vocs aspiram a qu? A que sejam aprovados no concurso.). Logo, a que sejam aprovados no concurso. classificada como orao subordinada substantiva objetiva indireta.

    As oraes subordinadas subdividem-se em substantivas, adverbiais e adjetivas.

    ORAES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

    A nomenclatura orao subordinada substantiva deve-se ao fato de um termo, de base substantiva, apresentar-se sob a forma de orao, desempenhando uma funo sinttica (sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva ou aposto).

    As oraes subordinadas substantivas so introduzidas por uma conjuno integrante. Para a felicidade de vocs (rs...), so apenas duas: que e se.

    Existem as seguintes oraes subordinadas substantivas:

    Subjetivas funcionam como sujeito da orao principal.

    essencial que estudemos bastante. orao principal orao subordinada substantiva

    subjetiva

    No exemplo acima, a orao que estudemos bastante. exerce a funo de sujeito da orao principal. Sendo assim, deve ser classificada como orao subordinada substantiva subjetiva.

    Para facilitar a anlise da funo sinttica desempenhada pela orao subordinada, substituam a conjuno integrante pelo pronome demonstrativo ISSO:

    ISSO essencial. sujeito

    Parece que seremos aprovados. (= ISSO parece.) orao princ. orao subordinada substantiva

    subjetiva

    Na lies acima, estudamos o sujeito oracional, que sempre leva o verbo terceira pessoa do singular. A orao subordinada substantiva subjetiva desempenha a funo de sujeito oracional, pois apresenta verbo em sua estrutura.

    essencial que estudemos bastante. (= ISSO essencial.) orao principal orao subordinada substantiva

    subjetiva

    SUJEITO ORACIONAL

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    Parece que seremos aprovados. (= ISSO parece.) orao princ. orao subordinada substantiva

    subjetiva

    SUJEITO ORACIONAL

    Predicativas funcionam como predicativo do sujeito da orao principal.

    O essencial que todos sejamos aprovados. (= O essencial ISSO.) orao principal orao subordinada substantiva

    predicativa

    Objetivas diretas funcionam como objeto direto da orao principal.

    O professor espera que vocs gabaritem a prova. (O professor espera ISSO.) orao principal orao subordinada substantiva

    objetiva direta

    Objetivas indiretas funcionam como objeto indireto da orao principal.

    O professor gostaria de que vocs fossem aprovados. (O professor gostaria dISSO.) orao principal orao subordinada substantiva

    objetiva indireta

    Dica estratgica!

    O CESPE/UnB admite a omisso da preposio de que introduz o objeto indireto oracional sem que isso acarrete prejuzo sinttico para o perodo.

    O professor gostaria que vocs fossem aprovados. orao principal orao subordinada substantiva

    objetiva indireta

    Completivas nominais funcionam como complemento nominal da orao principal.

    O professor tem vontade de que vocs sejam classificados. (vontade dISSO.) orao principal orao subordinada substantiva

    completiva nominal

    Agentes da passiva funcionam como agente da passiva da orao principal.

    Ayrton Senna foi ovacionado por quem estava presente. orao principal orao subordinada substantiva

    agente da passiva

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    Para facilitar a anlise da orao subordinada substantiva agente da passiva, substituam pelo pronome indefinido ALGUM.

    Ayrton Senna foi ovacionado por algum.

    Apositivas funcionam como aposto da orao principal.

    O nervosismo dos candidatos era este: que fossem aprovados no concurso. orao principal orao subordinada substantiva

    apositiva

    O nervosismo dos candidatos era este: ISSO.

    ORAES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

    As oraes subordinadas adverbiais desempenham a funo sinttica de adjunto adverbial da orao principal. So introduzidas por conjunes adverbiais.

    As oraes subordinadas adverbiais subdividem-se em:

    Oraes subordinadas adverbiais ... Exemplos

    causais exprimem causa, razo, motivo, em relao orao principal. Os principais articuladores so porque, visto que, que (=porque), uma vez que ...

    O aluno obteve boa pontuao porque estudou. Ficou feliz uma vez que foi aprovado.

    comparativas expressam ideia de comparao ou confrontam ideias em relao orao principal. Os principais articuladores so como, tal qual, to quanto (=como), feito (= como), que (nas correlaes mais (do) que, menos (do) que, maior (do) que, menor (do) que, melhor (do) que, pior (do) que ...

    Esta moa mais bonita do que aquela. Ele estudou to quanto a irm.

    condicionais exprimem ideia de condio, possibilidade, hiptese. Os principais articuladores so caso, se (= caso), contanto que, desde que (= caso), sem que, salvo se, a no ser que, dado que ...

    Contanto que voc compre os ingressos, iremos ao cinema. Dado que (=caso) erre a questo, estude mais.

    concessivas expressam ideias opostas, concessivas s da orao principal. Os principais articuladores so embora, ainda que, mesmo que, posto que, por mais que, se bem que, conquanto, dado que (= ainda que), que (= ainda que) ...

    Com conjunes concessivas, o verbo fica no modo subjuntivo.

    Embora estivessem cansados, foram estudar. Obteve a aprovao sem que (=embora no) se dedicasse. Persevere, nem que (=ainda que) os estudos sejam cansativos.

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    Oraes subordinadas adverbiais ... Exemplos

    conformativas apresentam ideia de conformidade em relao ao fato da orao principal. Os principais articuladores so segundo, como, conforme, consoante, que (= conforme) ...

    Segundo o gabarito oficial, acertei todas as questes da prova. Conforme vocs sabem, o Fluminense o atual campeo brasileiro de futebol.

    consecutivas expressam ideia de consequncia, resultado em relao orao principal. Os principais articuladores so que (nas correlaes to...que, tanto que, tamanho que, tal que, de sorte que, de maneira que) ...

    Estudou tanto que gabaritou a prova. Tamanha foi a exploso, que todos acordaram.

    finais expressam finalidade, objetivo. Os principais articuladores so para que, a fim de que, que (= para que), porque (= para que) ...

    Fez-lhe sinal porque (= para que) se calasse. Estudou muito a fim de que passasse no concurso.

    proporcionais apresentam ideia de proporo, concomitncia, simultaneidade entre fatos da orao subordinada e da orao principal. Principais articuladores: medida que, proporo que, quanto mais...mais, quanto menos...menos ...

    medida que vive, mais aprende com as pessoas. Quanto maior o estudo, maior o conhecimento.

    temporais apresentam ideia de tempo em relao ao fato da orao principal. Principais articuladores: logo que, assim que, antes que, depois que, quando, enquanto ...

    Logo que soube o resultado, chamou todos os amigos. Ficou emocionado desde que viu o resultado do concurso.

    Como disse a vocs, decorar a lista de conectivos para classificar as oraes nem sempre o mtodo mais eficiente. O diferencial para resolver questes que exigem esse tipo de contedo analisar a relao sinttico-semntica entre as oraes. Vejam:

    Adversativo Estudou bastante, mas foi reprovado. MAS

    Aditivo No s pratica jud, mas tambm faz natao.

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    Aditivo Arrumou-se e foi trabalhar.

    E Adversativo No estudou, e passou no concurso.

    Consecutivo Faltou luz, e no conseguimos estudar noite.

    Explicativo No beba, pois prejudicial sade.

    POIS Conclusivo inteligente; ser, pois (= portanto), aprovado.

    Causal Estava irrequieto, pois ganhou uma casa.

    Explicativo Estude, porque (=pois) ser aprovado.

    PORQUE Final Mudei-me de cidade porque (=para que) fosse feliz.

    Causal Chorei porque passei no concurso.

    Conclusivo Estudou muito, logo (=portanto) ser classificado. LOGO Temporal Logo que (=assim que) chegou, foi tomar banho.

    Causal Sorriu uma vez que acertou todas as questes. UMA VEZ QUE

    Condicional Uma vez que estude, ser aprovado. (= Se estudar, ser aprovado.)

    Comparativo Meu irmo to estudioso quanto meu pai. QUANTO

    Aditivo Ela tanto estuda quanto trabalha. (= Ela estuda e trabalha.)

    Condicional Desde que compre o ingresso, irei ao cinema. DESDE QUE

    Temporal Desde que cheguei, quero ir ao cinema.

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    Condicional Sem que (= Caso no) estudem, no passaro.

    SEM QUE Concessivo Sem que estudasse muito, passou na prova.

    Comparativo Ela fala como (= igual a) uma vitrola.

    Conformativo Estudou como (= conforme) combinamos. COMO

    Aditivo - No s trabalha como tambm pratica esportes.

    Causal Como (=J que) estava cansado, resolveu dormir.

    Explicativo Ele deve ter corrido, porquanto est suado. PORQUANTO

    Causal Estavam felizes porquanto foram aprovados.

    Condicional Se voc estudar, lograr xito no concurso. SE

    Conjuno integrante No sei se voc vir. (= No sei isso.)

    ORAES SUBORDINADAS ADJETIVAS

    A nomenclatura orao subordinada adjetiva deve-se ao fato de a orao desempenhar uma funo de adjetivo (acompanhar o substantivo, restringindo ou generalizando seu sentido). Sempre so introduzidas por pronomes relativos (que, a qual, quem, cujo, cuja, onde, como ...).

    As oraes subordinadas adjetivas dividem-se em:

    Explicativas sempre isoladas por vrgulas, explicam o sentido de um elemento presente na orao principal. Podem ser retiradas do texto sem que prejudiquem o sentido da orao principal.

    Os alunos, que so humanos, sero aprovados.

    orao subordinada adjetiva explicativa

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    Em Os alunos, que so humanos, sero aprovados., temos a interpretao de que todos os alunos so humanos. Logo, a orao em destaque pode ser suprimida sem alterao de sentido do enunciado original.

    Restritivas nunca isoladas por sinais de pontuao, restringem ou limitam o sentido de um elemento presente na orao principal. No podem ser retiradas do texto, sob o risco de prejuzo ou modificao do sentido original da orao principal.

    Os alunos que so determinados sero aprovados.

    orao subordinada adjetiva restritiva

    Em Os alunos que so determinados sero aprovados., temos a interpretao de que somente os alunos determinados sero aprovados. Sendo assim, no possvel retirar/suprimir do perodo a orao em destaque sem alterar o sentido original do enunciado.

    FUNES SINTTICAS DOS PRONOMES RELATIVOS

    Conforme vimos nas lies sobre pronomes, os relativos substituem um nome antecedente (substantivo ou pronome), evitando sua repetio desnecessria no texto. Devido a essa substituio, podem exercer diferentes funes sintticas nas oraes.

    Exemplos:

    (1) O livro que comprei de Portugus.

    Em (1), temos a unio de duas oraes:

    Comprei o livro. O livro de Portugus.

    Percebemos, assim, que o pronome relativo que substitui o nome livro: Comprei o livro. Logo, o que exerce a funo de objeto direto do verbo comprar.

    (2) Comprei o livro de que gosto.

    Em (2), temos a unio de duas oraes:

    Comprei o livro. Gosto do livro.

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    Em (2), o que substitui o nome livro: Gosto do livro. Sendo assim, o que exerce a funo de objeto indireto do verbo gostar.

    (3) A igreja que antiga est em runas.

    Em (3), temos a unio de duas oraes:

    A igreja est em runas. A igreja antiga.

    Em (3), o que substitui o nome igreja: A igreja antiga. Portanto, o pronome relativo que exerce a funo de sujeito da orao subordinada que antiga.

    (4) Veremos o filme cuja protagonista linda.

    refere-se concorda com ao termo o termo anterior posterior

    Em (4), temos a unio de duas oraes:

    Veremos o filme. A protagonista do filme linda.

    Em (4), o pronome relativo cuja estabelece uma relao de posse entre os termos filme e A protagonista. Fiquem ligados, pois o pronome relativo cujo (e flexes) sempre exercer a funo sinttica de adjunto adnominal: (veremos o filme a protagonista do filme relao de posse adjunto adnominal). Lembrem-se de que o pronome cujo (e flexes) refere-se ao termo anterior, mas concorda em gnero e nmero com o posterior.

    ORAES SUBORDINADAS REDUZIDAS

    A nomenclatura orao subordinada reduzida deve-se ao fato de a orao no ser introduzida por preposio e de conter verbo em uma das trs formas nominais (infinitivo, gerndio ou particpio). As oraes subordinadas reduzidas podem ser:

    de infinitivo apresentam verbo na forma infinitiva (pessoal ou impessoal).

    Exemplos:

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    Ser necessrio estudares muito antes da prova. (= ISSO ser necessrio.) orao principal orao subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo

    No exemplo acima, a orao reduzida de infinitivo exerce a funo de sujeito da orao principal Ser necessrio. Por isso, recebe a classificao de subjetiva. Vejam que possvel transform-la em orao subordinada substantiva subjetiva:

    Ser necessrio que estudes muito antes da prova. (= ISSO ser necessrio.) orao principal orao subordinada substantiva subjetiva

    O aluno esperou o gabarito ser divulgado. (= O aluno esperou ISSO.) orao principal orao subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo

    No exemplo acima, percebemos que a orao reduzida de infinitivo exerce a funo de objeto direto do verbo esperar, localizado na orao principal. Por isso, recebe essa classificao. Vejam que possvel transform-la em orao subordinada substantiva objetiva:

    O aluno esperou que o gabarito fosse divulgado. (= O aluno esperou ISSO.) orao principal orao subordinada substantiva objetiva direta

    Por estar exausto, foi dormir. orao subordinada orao principal adverbial causal reduzida de infinitivo

    No exemplo acima, h uma relao de causa e consequncia entre as oraes. Sendo assim, a orao Por estar cansado recebe a classificao de orao subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo. Vejam que possvel transform-la em orao subordinada adverbial causal:

    J que estava exausto, foi dormir. orao subordinada orao principal adverbial causal

    Ao chegar praia, deitou-se na areia. orao subordinada orao principal adverbial temporal reduzida de infinitivo

    No exemplo acima, h uma relao de tempo entre as oraes. Sendo assim, a orao Ao chegar praia recebe a classificao de orao subordinada adverbial temporal reduzida de infinitivo. Vejam que possvel transform-la em orao subordinada adverbial temporal:

    Assim que chegou praia, deitou-se na areia. orao subordinada orao principal adverbial temporal

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    Era um homem de sorrir facilmente. orao principal orao subordinada adjetiva restritiva reduzida de infinitivo

    No exemplo acima, a orao de sorrir facilmente restringe o sentido do elemento homem, presente na orao principal (homem sorridente). Por essa razo, classificada como orao subordinada adjetiva restritiva reduzida de infinitivo. Notem que possvel transform-la em orao subordinada adjetiva restritiva:

    Era um homem que sorria facilmente. orao principal orao subordinada adjetiva restritiva

    de gerndio apresentam verbo na forma de gerndio.

    Exemplos:

    Chegando praia, deitou-se na areia. orao subordinada orao principal adverbial temporal reduzida de gerndio

    No exemplo acima, h uma relao de tempo entre as oraes. Sendo assim, a orao Chegando praia recebe a classificao de orao subordinada adverbial temporal reduzida de gerndio. Vejam que possvel transform-la em orao subordinada adverbial temporal:

    Assim que chegou praia, deitou-se na areia. orao subordinada orao principal adverbial temporal

    Estudando, sers aprovado. orao subordinada orao principal adverbial condicional reduzida de gerndio

    No exemplo acima, h uma relao de condio entre as oraes. Sendo assim, a orao Estudando recebe a classificao de orao subordinada adverbial condicional reduzida de gerndio. Vejam que possvel transform-la em orao subordinada adverbial condicional:

    Se estudares, sers aprovado. orao subordinada orao principal adverbial condicional

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    Percebam que o perodo Estudando, sers aprovado. tambm pode encerrar a ideia de tempo:

    Assim que estudares, sers aprovado. orao subordinada orao principal adverbial temporal

    Se for feita essa leitura, portanto, a orao reduzida dever ser classificada como subordinada adverbial temporal reduzida de gerndio.

    Estudando, sers aprovado. orao subordinada orao principal adverbial temporal reduzida de gerndio

    de particpio apresentam verbo na forma de particpio.

    Exemplos:

    Mesmo convidado, no foi cerimnia de premiao. orao subordinada orao principal adverbial concessiva reduzida de particpio

    No exemplo acima, h uma relao de concesso entre as oraes. Sendo assim, a orao Mesmo convidado recebe a classificao de orao subordinada adverbial concessiva reduzida de particpio. Vejam que possvel transform-la em orao subordinada adverbial concessiva:

    Embora tivesse sido convidado, no foi cerimnia de premiao. orao subordinada orao principal adverbial concessiva

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    (CESPE/UnB-2007/TRE-AP-Adaptada)

    Considerando a sintaxe das oraes e dos perodos que compem o terceiro pargrafo e julgue os itens seguintes.

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    18. As duas primeiras oraes do pargrafo classificam-se como absolutas, compondo ambas dois perodos simples.

    Comentrio: No terceiro pargrafo, o primeiro perodo Nesse perodo foram implantados 2.343 projetos de assentamento (PA). possui sentido completo e contm uma locuo verbal, equivalente a um verbo. Por sua vez, o segundo perodo A criao de um PA uma das etapas do processo da reforma agrria. tambm possui sentido completo e contm um verbo. Por essa razo, ambos so classificados como perodo simples, o qual formado por uma orao chamada absoluta. Memorizem o seguinte: todo perodo simples equivale a uma orao absoluta, sendo iniciada por letra maiscula e encerrada por um ponto final.

    Gabarito: Certo.

    (CESPE/UnB-2007/TCU)

    Considere o texto acima, composto de informaes verbais e visuais, para julgar o seguinte item.

    19. As informaes do grfico II correspondem s informaes do primeiro perodo sinttico do texto verbal.

    Comentrio: O grfico II nos mostra os gastos publicitrios na Internet no perodo compreendido entre os anos de 2003 a 2007. Segundo a legenda, houve um aumento de quase trs vezes dos gastos com publicidade no intervalo de quatro anos. Essa informao mesma informao trazida pelo primeiro perodo sinttico do texto verbal: Desde 2003, os gastos com publicidade na Internet quase triplicaram no Brasil. Como sabemos, um perodo iniciado por letra maiscula e finalizado por ponto final.

    Gabarito: Certo.

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    (CESPE/UnB-2011/TJ-ES)

    Com base na organizao do texto acima, julgue o item seguinte.

    20. Para que a argumentao do texto seja coerente, a orao pertencendo a grupos sociais diferentes (linhas 1-2) deve ser interpretada como condicional, correspondente seguinte orao: caso pertenam a grupos sociais diferentes.

    Comentrio: Em Diferentes pessoas, pertencendo a grupos sociais diferentes, tm apenas no histrias (...), a orao em destaque tem valor adjetivo, devendo ser classificada como orao subordinada adjetiva explicativa reduzida de gerndio. Percebam que podemos transform-la em orao subordinada adjetiva explicativa: Diferentes pessoas, que pertencem a grupos sociais diferentes, tm apenas no histrias (...). As oraes explicativas sempre sero introduzidas por pronomes relativos e sempre aparecero isoladas por vrgulas, constituindo uma informao no essencial ao perodo. Em outras palavras, podem ser retiradas sem que haja prejuzo ao sentido do enunciado original: Diferentes pessoas tm no apenas histrias (...).

    Gabarito: Errado.

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    (CESPE/UnB-2011/STM)

    No que se refere aos aspectos morfossintticos e semnticos do texto acima, julgue o item seguinte.

    21. Nas linhas 9, 13 e 14, o elemento que possui, em todas as ocorrncias, a propriedade de retomar palavras ou expresses que o antecedem.

    Comentrio: Questo clssica acerca do emprego dos pronomes relativos. Sabemos que essa classe gramatical tem a finalidade de retomar elementos que foram citados anteriormente na superfcie textual, evitando sua repetio desnecessria. Segundo o texto:

    - na linha 9, o pronome relativo que retoma massa de gente e exerce a funo sinttica de sujeito do verbo protestar;

    - na linha 13, o pronome relativo que retoma protestos de rua e exerce a funo sinttica de sujeito do verbo dominar;

    - na linha 14, o pronome relativo que substitui o termo anarquistas e desempenha a funo sinttica de sujeito da forma verbal imitam.

    Gabarito: Certo.

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    (CESPE/UnB-2011-Correios)

    22. Em Para atender (linha 1), o termo Para introduz orao que expressa, no perodo, sentido de:

    (A) oposio. (B) causa. (C) concluso. (D) finalidade. (E) condio.

    Comentrio: No perodo Para atender a um pas com dimenses continentais (...), a Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos emprega mais de 56 mil carteiros ..., o conectivo em destaque deve ser classificado como conjuno subordinativa adverbial final, j que, entre as oraes, h uma ideia de finalidade. Invertendo a ordem das oraes, temos A Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos emprega mais de 56 mil carteiros (...), para atender a um pas com dimenses continentais.... O conectivo equivale locuo conjuntiva final a fim de que.

    Gabarito: D.

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    (CESPE/UnB-2008/TST)

    Julgue o seguinte item a respeito das ideias e da organizao do texto acima.

    23. O valor de adjetivo do gerndio em podendo optar (linha 12) fica preservado se essa orao reduzida for substituda pela subordinada adjetiva correspondente: que pode optar. Essa substituio manteria a coerncia e a correo gramatical do texto.

    Comentrio: Em O capital, podendo optar por um investimento de porte em automao, em informtica e em tecnologia de ponta (...), a orao em destaque classificada como orao subordinada adjetiva explicativa reduzida de gerndio e, por essa razo, possui valor adjetivo. Sem prejuzo para a coerncia e para a correo gramatical do texto, podemos transform-la em uma orao subordinada adjetiva explicativa: O capital, que pode optar por um investimento de por em automao, em informtica e em tecnologia de ponta (...). O pronome relativo que pode ser substitudo por o qual.

    Gabarito: Certo.

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    (CESPE/UnB-2008/TST)

    Julgue o seguinte item a respeito das ideias e da organizao do texto acima.

    24. Caso se substitusse Embora (linha 18) por Apesar de, a ideia de concesso atribuda a essa orao seria mantida, assim como a correo gramatical do perodo.

    Comentrio: Segundo as lies sobre oraes subordinadas adverbiais, vimos que o conectivo embora se encontra no rol das conjunes concessivas. A locuo apesar de tambm encerra a ideia de concesso, acarretando a manuteno da coerncia textual. Entretanto, se fizermos a substituio recomendada pelo examinador do item, seria prejudicada a correo gramatical do perodo, pois haveria a necessidade de fazer as modificaes necessrias: Apesar de no se poder falar de supresso do trabalho assalariado (...)

    Gabarito: Errado.

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    (CESPE/UnB-2011/STM)

    Com relao aos aspectos estruturais e semnticos do texto acima, julgue o item subsequente.

    25. Entre as oraes que compem o perodo no preciso trabalhar com esses temas, ou sequer saber que existem (linhas 14-15) estabelece-se uma relao sinttico-semntica de alternncia.

    Comentrio: Em Felizmente, no preciso trabalhar com esses temas, ou sequer saber que existem, para ganhar a vida., as oraes apresentam entre si uma relao sinttico-semntica de adio no preciso trabalhar / nem saber que existem. Sendo assim, o conectivo ou no possui valor de alternncia, e sim valor de adio. Algumas vezes, a conjuno ou pode apresentar valor aditivo, como em um excerto de Lus Fernando Verssimo: Gostava de encher o apartamento de amigos, ou sair com a turma... (= Gostava de encher o apartamento de amigos e sair com a turma...).

    Gabarito: Errado.

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    (CESPE/UnB-2011/Correios)

    Com relao s estruturas lingusticas do texto, julgue o prximo item.

    26. Constituem exemplos de oraes que no seguem a ordem sujeito verbo objeto: como nos inclina a pensar a prevalncia da forma pronominal (linha 10) e uma vez que foi necessrio levar em conta a noo de memria coletiva (linhas 17-18).

    Comentrio: A orao contida na linha 10 no segue a ordem direta da frase (sujeito verbo objeto). Essa sequncia seria obtida a partir da seguinte construo: A prevalncia da forma pronominal inclina-nos a pensar. Por sua vez, a orao das linhas 17-18 tambm no obedece ordem direta da frase. A ordem direta (ou lgica) seria obtida com a sequncia: (...) levar em conta a noo de

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    memria coletiva uma vez que foi necessrio, em que levar em conta a noo de memria coletiva sujeito oracional, levando o verbo para a terceira pessoa do singular (foi).

    Gabarito: Certo.

    (CESPE/UnB-2011/Correios)

    Com relao a esse texto, julgue o item que se segue.

    27. Na construo mais pintura e musica do que filosofia e religio (linhas 2-3), o vocbulo que introduz orao restritiva com verbo elptico.

    Comentrio: Em Erasmo dedicou-se mais pintura e msica do que filosofia e religio., temos a correlao mais...do que, caracterizando uma orao subordinada adverbial comparativa. Portanto, errado confundir o que com um pronome relativo, classificao de pronome que sempre inicia oraes subordinadas adjetivas.

    Gabarito: Errado.

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    (CESPE/UnB-2011/TRE-ES)

    Um dos problemas mais significativos da democracia representativa brasileira, preexistente Constituio de 1988, mas mantido por ela, a distoro da representao das unidades federadas na Cmara dos Deputados. Trata-se de assunto cuja importncia e mesmo centralidade no podem ser desprezadas: princpio basilar da democracia representativa o voto de cada pessoa ter o mesmo peso eletivo. O atual sistema permite que o voto de um cidado seja dezenas de vezes mais significativo, nas eleies para a Cmara, do que o voto de outro. Essa situao incompatvel com o aperfeioamento democrtico de nosso regime poltico. A Constituio brasileira (art. 45, caput) determina que a representao dos estados na Cmara dos Deputados seja proporcional populao. Entretanto, a seguir, estabelece piso e teto dessa representao (oito e setenta deputados, respectivamente), que implicam a negao dessa proporcionalidade. Octaciano Nogueira, em trabalho a respeito do tema, parte da premissa de que essa distoro no obra do regime militar, que, na verdade, se utilizou desse expediente, como de inmeros outros, para reforar a Arena, durante o bipartidarismo; sua origem remonta Constituinte de 1890, quando, por sinal, o problema foi exaustivamente debatido; a partir da, incorporou-se tradio de nosso direito constitucional legislado, em todas as subsequentes constituies; e o princpio, portanto, estabelecido durante as fases democrticas sob as quais viveu o Pas e mantido sempre que se restaurou o livre debate, subsequente aos regimes de exceo, foi invariavelmente preservado, como ocorreu em 1946 e 1988.

    Arlindo F. de Oliveira. Sobre a representao dos estados na Cmara dos Deputados. In: Textos para Discusso, n. 5, abr./2004 (com adaptaes).

    Atendo-se interpretao do texto, julgue o prximo item.

    28. Os trs sinais de ponto e vrgula empregados no terceiro pargrafo do texto poderiam ser substitudos, com correo, por ponto final, ajustando-se as iniciais maisculas nos novos perodos e suprimindo-se a conjuno e do segmento e o princpio.

    Comentrio: No terceiro pargrafo, temos argumentaes do texto, as quais so compostas por oraes coordenadas. Por serem independentes entre si, podem ser

    dividas em perodos, isto , podemos separ-las por ponto final, fazendo os ajustes nas letras iniciais para maisculas:

    1 perodo: Octaciano Nogueira, em trabalho a respeito do tema, parte da premissa de que essa distoro no obra do regime militar, que, na verdade, se utilizou desse expediente, como de inmeros outros, para reforar a Arena, durante o bipartidarismo.

    2 perodo: Sua origem remonta Constituinte de 1890, quando, por sinal, o problema foi exaustivamente debatido.

    3 perodo: A partir da, incorporou-se tradio de nosso direito constitucional legislado, em todas as subsequentes constituies.

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    Notem que, no quarto perodo, a presena da conjuno coordenativa conclusiva portanto nos permite retirar a conjuno coordenativa aditiva e, mantendo a correo:

    4 perodo: O princpio, portanto, estabelecido durante as fases democrticas sob as quais viveu o Pas e mantido sempre que se restaurou o livre debate, subsequente aos regimes de exceo, foi invariavelmente preservado, como ocorreu em 1946 e 1988.

    Gabarito: Certo.

    (CESPE/UnB-2011/PGM-RR)

    29. No desenvolvimento da argumentao, apesar de enfraquecer a ideia de oposio, a substituio de mas por e mantm a coerncia e a correo do texto.

    Comentrio: No trecho Um PIB que cresce mas no inclui as populao no sustentvel. (linhas 13-14), a conjuno coordenativa mas encerra a ideia de oposio contraste. Dependendo do contexto, o mesmo pode ocorrer com a conjuno e, caso que se enquadra no excerto em questo: Um PIB que cresce e no inclui (...). Sendo assim, podemos fazer a substituio recomendada pelo examinador mantm a coerncia e a correo do texto. A substituio, no entanto, enfraquece a ideia de oposio, j que o conectivo e proporciona menos nfase argumentao. Conforme vimos, decorar a lista de conectivos no a forma mais eficiente. preciso analisar a relao sinttico-semntica entre as oraes.

    Gabarito: Certo.

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    (CESPE/UnB-2008/Banco do Brasil)

    A linguagem provavelmente a marca mais notria da cultura. As trocas simblicas permitem a comunicao, geram relaes sociais, mantm ou interrompem essas relaes, possibilitam o pensamento abstrato e os conceitos. Sem linguagem, no h acesso realidade. Sem linguagem, no h pensamento. Poder referir-se a algo que no se encontra mais a, nomear, designar parte essencial do pensamento humano. A simples manipulao de um instrumento vem acompanhada de certa inteno, expressa pelo uso de signos lingusticos e no lingusticos.