Upload
talita-pereira
View
18
Download
2
Embed Size (px)
Citation preview
RISCOS BIOLÓGICOS E A
SEGURANÇA DOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
HISTÓRICO
• Em 1885, na Alemanha, dois anos após a descoberta das bactérias, foi publicado um artigo que relatava a contaminação em laboratório por Salmonella typhi.
• Em 1903, relatou-se a primeira infecção adquirida nos Estados Unidos, ocorrida quando um médico acidentou-se com uma agulha durante a autópsia de um paciente que havia morrido de blastomicose sistêmica (Evans, 1903).
HISTÓRICO DAS DOENÇAS ADQUIRIDAS EM
LABORATÓRIO
HISTÓRICO DAS DOENÇAS ADQUIRIDAS EM
LABORATÓRIO
Kisskalt em 1929, relatou 59 casos de salmoneloses adquiridas em laboratórios na Alemanha entre os anos de 1915 a 1929
Sulkin e Pike, de 1930 a 1979, realizaram uma pesquisa envolvendo 5.000 laboratórios em todo o mundo, utilizando como instrumento metodológico a adoção de questionários. Estes autores observaram que dentre as 4.079 infecções, 168 foram fatais, sendo as contaminações descritas, em sua maioria, de origem bacteriana.
A atividade profissional de saúde não era considerada de alto risco para acidentes de trabalho até a década de 60
RISCOS BIOLÓGICOS EM SAÚDE- HISTÓRICO
A partir de então , houve aumento da ocorrência da contaminação de profissionais de laboratório de análises clínicas com referência de casos de Hepatite B e Tuberculose cerca de 7 e 5 vezes, respectivamente, mais frequentes do que na população em geral
RISCO BIOLÓGICO - HISTÓRICO
A partir dos anos 80, a epidemia da SIDA chamou a atenção quanto ao risco para os profissionais de saúde envolvidos na assistência aos pacientes contaminados
RISCO
BIOLÓGICO
Nos serviços de saúde
Setor de saúde • 5o lugar no ranking de acidentes do trabalho
• Supera áreas consideradas de alto risco como :
construção civil
eletricidade
indústrias extrativas
• Perde para setores como:
agricultura
transporte
indústria de transformação
IMPORTÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
REGULAMEN
TAÇÃO NO
SETOR As NORMAS REGULAMENTADORAS
NR-32
Norma Regulamentadora para...
Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde no Brasil
Ministério do Trabalho e Emprego - MTE
Novembro 2005
Visam resguardar os profissionais de saúde que se expõem a riscos :
• Biológicos ,
• Químicos ,
• Físicos ,
• Trabalhadores que cuidam
– da limpeza e
– conservação dos ambientes
DIRETRIZES DA NR-32
Capacitação contínua dos profissionais de saúde
Programas que tratam do conhecimento dos Riscos a que os mesmos estão expostos
Medidas de Proteção contra os riscos
NIVEIS DE ABORDAGEM DAS
NRS
ESPECIFICA
ÇÕES DA NR
•Todo profissional deve estar informado dos riscos a que está submetido
•Todo profissional deve ser imunizado contra doenças transmissíveis
•Todo profissional deve ter acesso regular à capacitação continuada
•Todo profissional deve exercer suas atividades com o uso adequado dos equipamentos de proteção individual indicado
PONTOS IMPORTANTES DA NR- 32
A implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA ( NR- 09 )
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional nas Empresas – PCMSO ( NR- 07 )
• 9.1.5. Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
• 9.1.5.1. Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som.
• 9.1.5.2. Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
• 9.1.5.3. Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.
NR 09
Os Principais Agentes
•Bactérias •Vírus • Fungos •Protozoários
.....presentes em aerossóis, poeiras, alimentos, instrumentos de laboratório, água, culturas,e amostras biológicas
TIPOS DE RISCOS BIOLÓGICOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE
EXPOSIÇÃO AO RISCO BIOLÓGICO
IMPORTÂNCIA
RISCOS BIOLÓGICOS EM SERVIÇOS DE
SAÚDE
Mais de 30 outros agentes infecciosos podem estar envolvidos em acidentes biológicos nos estabelecimentos de saúde
Os principais riscos biológicos envolvem os patógenos de transmissão sangüínea como : • vírus das Hepatites B e C • HIV
RISCO BIOLÓGICO – AS DOENÇAS
Hepatite A
Hepatite B
Hepatite C
Tuberculose
Vírus herpes
Staphylococcus spp.
SIDA
Meningites
Influenzae
CONTATO COM MATERIAL CONTAMINADO
RISCOS DE ADQUIRIR UMA DOENÇA INFECCIOSA
Certos grupos populacionais são considerados de alto risco para aquisição do VHB; entre eles, incluem-se :
• profissionais de saúde das áreas médico-odontológicas,
• hemodialisados,
• homossexuais masculinos,
• hemofílicos,
• prostitutas,
• toxicômanos, imunossuprimidos e deficientes mentais.
A infecção também mostra-se altamente prevalente em familiares de
portadores crônicos e em tribos indígenas da Região Amazônica.
POPULAÇÕES SOB MAIOR RISCO
Figura 1 - Estimativa da prevalência de portadores (AgHBs+) do vírus da hepatite B no mundo
RISCO OCUPACIONAL - HEPATITE B
INFECÇÃO - HEPATITE B
0,2% DOS INFECTADOS ADQUIRE INFECÇÃO LETAL
5 a 10% DOS INFECTADOS FORMA CRÔNICA
• 20% DOS CRONICOS CIRROSE
• 6% CA FÍGADO
PREVALÊNCIA DA HEPATITE C ENTRE DOADORES DE
SANGUE Estados Unidos 1,4%
França 3,0%
Egito / África do Sul 30,0%
Canadá / Norte da Europa 0,3%
Brasil 1,2-2,0% - Norte 2,1%
- Nordeste 1%
- Centro-Oeste 1,2%
- Sudeste 1,4%
- Sul 0,7%
• Detectar o vírus da hepatite C nos seis primeiros meses permite uma taxa de cura de 90%
• Cerca de 10 milhões de pessoas sofrem hepatite C no Egito , segundo a Universidade Americana do Cairo.
• O vírus, transmitido pelo sangue, contamina 500.000 novos doentes anualmente.
PREVALÊNCIA DA HEPATITE C
RISCO BIOLOGICO – HEPATITE C
• Risco de adquirir Hepatite C por transfusão sangüínea está entre 0,01 e 0,001%.
• Atualmente, o maior risco é dos usuários de drogas, que
nos EUA tem 72-90% de prevalência de infecção • Estima-se que após 6 a 12 meses de uso de drogas
endovenosas, 80% dos indivíduos estão infectados.
Em trabalhadores de saúde que se acidentam com agulhas contaminadas • risco de transmissão menor que 4% (menor que a hepatite B,
maior que o HIV) • menos de 1% dos casos de infecções.
SIDA - VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV)
• Acidente com trauma por objeto pérfuro- cortante,
- o risco médio de infecção pelo HIV é de 0,1% a 0,3%
- e cerca de 0,09% através da mucosa
Nota : pacientes com carga viral alta (AIDS avançada) podem transmitir o
vírus com maior risco
RISCO OCUPACIONAL - SIDA
PRINCIPAIS FONTES DE CONTÁGIO
Sangue humano,
Secreções corporais
Materiais pérfuro-cortantes
contaminados
Trauma Pérfuro-cortante
Mucosa
Pele íntegra
Inalação de gotículas/aerossóis
TIPOS DE EXPOSIÇÃO
Agente etiológico envolvido ( patógeno )
Tipo e tempo de exposição
Quantidade do fluido no material contaminado
Quantidade do microrganismo presente no material (
inóculo )
Tipo do ferimento
Extensão
Profundidade
FATORES DETERMINANTES DO
RISCO DE TRANSMISSÃO
• Via aérea: tuberculose, varicela, rubéola, sarampo,
influenza, viroses respiratórias, doença
meningocócica
• Exposição ao sangue e fluidos orgânicos: HIV,
hepatites B e C, raiva
• Transmissão fecal-oral: hepatite A, poliomielite,
gastroenterite, cólera
• Contato com o paciente: escabiose, pediculose,
colonização por Estafilococos ( que provocam a
maioria das IH)
PATÓGENOS E VIA DE CONTAMINAÇÃO
25% por via percutânea
27% por aerossóis e derramamentos
16% por vidrarias e pérfuro-cortantes
13% por aspiração por instrumentos
13% por acidentes com animais
06% outros
RISCOS BIOLÓGICOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE
Profissionais contaminados com material infecto
contagioso nas atividades de trabalho = 18 %
CARACTERÍS
TICAS DO
RISCO
BIOLÓGICO
AMBIENTE HOSPITALAR
FONTE : COMISSÃO DE EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR - HOSPITAL SÃO PAULO - UNIFESP - JUNHO 2001
ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO HOSPITAL SÃO PAULO - JAN 1994 A JUN 2000
n= 1767
CARACTERÍSTICAS Nº (%)
SEXO
FEMININO 1263 71,5
MASCULINO 504 28,5
ATIVIDADE
ENFERMAGEM 779 44,1
MÉDICOS 140 7,9
RESIDENTES (MEDICINA E ENFERMAGEM) 320 18,1
ALUNOS 161 9,1
LIMPEZA 236 13,4
LABORATÓRIO 64 3,6
OUTROS 43 2,4
IGNORADOS 17 1,0
LOCAL
PRONTO-SOCORRO 259 14,7
UNIDADES CLÍNICAS 529 29,9
UNIDADES CIRÚRGICAS 317 17,9
UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA 164 9,3
CENTRO CIRÚRGICO 132 7,5
OUTROS 226 12,8
DESCONHECIDOS 133 7,5
ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO HOSPITAL SÃO PAULO - JAN 1994 A JUN 2000
n= 1767 (continuação)
CARACTERÍSTICAS Nº (%)
DISPOSITIVO
AGULHA 1238 70,1
LÂMINA 133 7,5
OUTROS 292 16,5
IGNORADO 97 5,5
MOMENTO DO ACIDENTE
SELF-INDUCED 655 37,1
MOVIMENTO DO PACIENTE 124 7,0
MOVIMENTO DE COLEGA 106 6,0
REENCAPE 184 10,4
DESCARTE INADEQUADO 433 24,5
USO DE EPI
SIM 932 52,7
NÃO 706 40,0
FLUIDO BIOLÓGICO
SANGUE 1319 74,6
OUTROS 186 10,5
DESCONHECIDO 255 14,4
FONTE : COMISSÃO DE EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR - HOSPITAL SÃO PAULO - UNIFESP - JUNHO 2001
CARACTERIZA
ÇÃO DA
EXPOSIÇÃO/C
ONTAMINAÇÃ
O SERVIÇOS DE SAÚDE
Manual de implementação Programa de prevenção de acidentes com materiais perfurocortantes em serviços de saúde Ministério do Trabalho e Emprego - Fundacentro 2010 National Surveillance System for Health Care Workers (NaSH) - CDC
Manual de implementação Programa de prevenção de acidentes com materiais perfurocortantes em serviços de saúde Ministério do Trabalho e Emprego - Fundacentro 2010 National Surveillance System for Health Care Workers (NaSH) - CDC
Manual de implementação Programa de prevenção de acidentes com materiais perfurocortantes em serviços de saúde Ministério do Trabalho e Emprego - Fundacentro 2010 National Surveillance System for Health Care Workers (NaSH) - CDC
Manual de implementação Programa de prevenção de acidentes com materiais perfurocortantes em serviços de saúde Ministério do Trabalho e Emprego - Fundacentro 2010 National Surveillance System for Health Care Workers (NaSH) - CDC
PREVENÇÃO
REDUÇÃO DOS RISCOS
MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA
Profilaxia pré-exposição
Precauções na assistência
Profilaxia pós-exposição
• Vacinação para Hepatite B
• Treinamento e educação continuada
• Precauções universais: luvas, aventais, máscaras, protetores
oculares, gorros
• Lavagem adequada das mãos
• Boas práticas laboratoriais: não reencapar agulhas ; descarte
adequado de material
PREVENÇÃO
http://repat.eerp.usp.br/index.php
Recomendações para utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) nas Precauções Básicas de Biossegurança
Recomendações para utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) nas Precauções Básicas de Biossegurança
MUITA ATENÇÃO NO TRAJETO e......OBRIGADO !