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    Aula 06

    Ol, Pessoal!

    Esta a Aula 06 do curso de Administrao Pblica para Auditor da ReceitaFederal. Nela, veremos o seguinte item:

    Aula 06 31/07: 7. Governo eletrnico e transparncia. 8. Qualidade na Admi-nistrao Pblica.

    Boa Aula!

    Sumrio

    1. QUALIDADE NA ADMINISTRAO PBLICA ......................................................... 21.1. GESPBLICA....................................................................................................... 3

    2. GOVERNO ELETRNICO ..................................................................................... 122.1. GOVERNO ELETRNICO NO BRASIL .......................................................................... 132.2. PAPIS DO GOVERNO .......................................................................................... 142.3. PRINCPIOS...................................................................................................... 152.4. SISTEMAS DA ADMINISTRAO FEDERAL.................................................................... 20

    3. TRANSPARNCIA ............................................................................................... 264. PONTOS IMPORTANTES DA AULA ....................................................................... 335. QUESTES COMENTADAS ................................................................................... 34

    5.1. LISTA DAS QUESTES ......................................................................................... 505.2. GABARITO ....................................................................................................... 56

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    11..QQuuaalliiddaaddeennaaAAddmmiinniissttrraaooPPbblliiccaaO Governo Collor, apesar de curto, foi um grande choque para o pas. Alm de

    congelar a poupana de milhes de brasileiros, ele tambm realizou a aberturacomercial do pas. Uma economia extremamente fechada, de repente, se viucom as taxas alfandegrias l em baixo e uma enxurrada de produtos interna-cionais. As empresas, que tinham seu mercado garantido, viram-se diante deuma competitividade muito maior e precisaram evoluir para sobreviver nomercado. Collor dizia que no Brasil no se fabricava carros, mas carroas.

    Para contrabalancear a abertura comercial Collor lanou o Programa Brasileiroda Qualidade e Produtividade (PBQP), em 1991. O objetivo era apoiar o esforode modernizao da empresa brasileira, atravs da promoo da qualidade e

    produtividade, objetivando aumentar a competitividade dos bens e serviosproduzidos no Pas.

    Collor tambm via de forma negativa os rgos e empresas estatais. Os servi-dores eram marajs, que deveriam ser demitidos. Assim, a administrao p-blica tambm foi inserida no PBQP, no subprograma setorial Programa daQualidade no Servio Pblico (PQSP), que viria mais tarde a ser transformadoem um programa.

    Collor deu o pontap inicial, e, desde ento, vem-se desenvolvendo na admi-

    nistrao pblica brasileira aes cujo propsito transformar as organizaespblicas, procurando torn-las cada vez mais preocupadas com a qualidade,com o cidado e no apenas com os seus processos burocrticos internos.

    No Governo FHC, em 1996, o PBQP foi alterado para Programa da Qualidade eParticipao da Administrao Pblica (QPAP), dando ainda mais valor ao car-ter da qualidade voltada para o cidado. Bresser Pereira, analisando em 1997,os resultados e perspectivas do PBQP, afirmou que:

    ainda que considerada a debilidade do desempenho no setor pblico frenteaos resultados da iniciativa privada, o saldo alcanado pelos esforos desensibilizar as organizaes pblicas foi positivo. A posio, hoje, no mais de 'marco zero', registrando-se inmeras instituies pblicas federais,estaduais e municipais que j aderiram prtica de implantar programas deQualidade, recebendo, por isso, manifestao positiva da sociedade.

    O Programa da Qualidade e Participao na Administrao Pblica foi um dosprincipais instrumentos de aplicao do Plano Diretor da Reforma do AparelhoEstado, propondo-se a introduzir no Setor Pblico as mudanas de valores ecomportamentos preconizados pela Administrao Pblica Gerencial, e, ainda,viabilizar a reviso dos processos internos da Administrao Pblica com vistas sua maior eficincia e eficcia.

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    O termo participao no nome do programa se refere participao dos ser-vidores, entendendo que somente com comprometimento de todos e com agesto participativa que o servio pblico poderia alcanar a qualidade. Osobjetivos do programa eram:

    Contribuir para a melhoria da qualidade dos servios pblicos, por meio dainstitucionalizao dos seus princpios, com nfase na participao dos ser-vidores. Apoiar o processo de mudana de uma cultura burocrtica parauma cultura gerencial, fortalecendo a delegao, o atendimento ao cidado,a racionalidade no modo de fazer, a definio clara de objetivos, a motiva-o dos servidores e o controle de resultados.

    Em 1999 o QPAP transformado em Programa da Qualidade no Servio Pblico(PQSP), cuja nfase seria a satisfao do cidado. As aes do Programa iriam

    se desenvolver, principalmente, no espao em que a organizao pblica serelaciona diretamente com o cidado, seja na condio de prestadora de servi-o, seja na condio de executora da ao do Estado.

    Neste espao, o Programa atuaria mobilizando e sensibilizando as organizaespara a melhoria da qualidade da gesto pblica e do desempenho institucional.Atuaria, tambm, junto aos cidados, procurando torn-los participantes dasatividades pblicas, desempenhando o papel de avaliadores dos servios e dasaes do Estado. Neste sentido, o Programa da Qualidade no Servio Pblicobuscava ser um instrumento da cidadania, conduzindo cidados e agentes p-

    blicos ao exerccio prtico de uma administrao pblica participativa, transpa-rente, orientada para resultados e preparada para responder s demandassociais.

    11..11..GGeessppbblliiccaaEm 2005 ocorreu a ltima alterao no programa, que passou a ser chamadode Programa Nacional de Gesto Pblica e Desburocratizao (GesPblica),

    que, na realidade a fuso do PQSP com o Programa Nacional de Desburocra-tizao. Foi institudo com a finalidade de contribuir para a melhoria da quali-dade dos servios pblicos prestados aos cidados e para o aumento dacompetitividade do Pas, formulando e implementando medidas integradas emagenda de transformaes da gesto, necessrias promoo dos resultadospreconizados no plano plurianual, consolidao da administrao pblicaprofissional voltada ao interesse do cidado e aplicao de instrumentos eabordagens gerenciais.

    O GesPblica tambm traa um panorama da evoluo dos programas, estabe-

    lecendo o seguinte quadro:

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    O Gespblica foi institudo pelo Decreto 5.378 de 2005, segundo o qual:

    Art. 1 Fica institudo o Programa Nacional de Gesto Pblica e Desburocrati-zao GESPBLICA, com a finalidade de contribuir para a melhoria da quali-dade dos servios pblicos prestados aos cidados e para o aumento dacompetitividade do Pas.

    Art. 2 O GESPBLICA dever contemplar a formulao e implementao demedidas integradas em agenda de transformaes da gesto, necessrias

    promoo dos resultados preconizados no plano plurianual, consolidao daadministrao pblica profissional voltada ao interesse do cidado e aplica-o de instrumentos e abordagens gerenciais, que objetivem:

    I - eliminar o dficit institucional, visando ao integral atendimento das compe-tncias constitucionais do Poder Executivo Federal;

    II - promover a governana, aumentando a capacidade de formulao, imple-mentao e avaliao das polticas pblicas;

    III - promover a eficincia, por meio de melhor aproveitamento dos recursos,relativamente aos resultados da ao pblica;

    IV - assegurar a eficcia e efetividade da ao governamental, promovendo a

    adequao entre meios, aes, impactos e resultados; eV - promover a gesto democrtica, participativa, transparente e tica.

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    a) Modelo de Excelncia em Gesto PblicaO Decreto 5.378 de 2005 determina que:

    Art. 3 Para consecuo do disposto nos arts. 1 e 2, o GESPBLICA, por

    meio do Comit Gestor de que trata o art. 7, dever:

    I - mobilizar os rgos e entidades da administrao pblica para a melho-ria da gesto e para a desburocratizao;

    II - apoiar tecnicamente os rgos e entidades da administrao pblica namelhoria do atendimento ao cidado e na simplificao de procedimentos enormas;

    III - orientar e capacitar os rgos e entidades da administrao publica pa-ra a implantao de ciclos contnuos de avaliao e de melhoria da gesto;

    IV - desenvolver modelo de excelncia em gesto pblica, fixando parme-tros e critrios para a avaliao e melhoria da qualidade da gesto pblica,da capacidade de atendimento ao cidado e da eficincia e eficcia dos atosda administrao pblica federal.

    No inciso IV, ficou estabelecido que o Gespblica elaborasse um modelo deexcelncia em gesto pblica. Esse modelo est no Documento de Refernciado Gespblica. Tal documento coloca que:

    O Gespblica uma poltica pblica, formulada para a gesto, alicerada em

    um modelo de excelncia que trata do sistema de gesto das organizaescomo um todo, contemplando as dimenses tcnicas tradicionais, como

    pessoas, planejamento, oramento e finanas, entre outras, e, tambm, asdimenses sociais da gesto, como participao e controle social, orientao

    para os cidados, interao organizao-sociedade e, principalmente, a pro-duo de resultados que agreguem valor sociedade. Cabe destacar queesse modelo est calcado em valores que orientam e instrumentalizam agesto pblica para o cumprimento de seu papel de promover o bem-estarda sociedade, gerando benefcios concretos para o Pas.

    As principais caractersticas dessa poltica de gesto pblica so:

    Ser essencialmente pblica: o Gespblica uma poltica formulada apartir da premissa de que a gesto de rgos e entidades pblicos pode edeve ser excelente, pode e deve ser comparada com padres internacio-nais de qualidade em gesto, mas no pode nem deve deixar de ser pbli-ca. A qualidade da gesto pblica tem que ser orientada para o cidado, edesenvolver-se dentro do espao constitucional demarcado pelos princ-pios da impessoalidade, da legalidade, da moralidade, da publicidade e da

    eficincia.

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    Estar focada em resultados para o cidado: sair do servio burocra-cia e colocar a gesto pblica a servio do resultado dirigido ao cidadotem sido o grande desafio do Gespblica. Entenda-se por resultado para o

    setor pblico o atendimento total ou parcial das demandas da sociedadetraduzidas pelos governos em polticas pblicas. Neste sentido, a eficin-cia e a eficcia sero to positivas quanto a capacidade que tero de pro-duzir mais e melhores resultados para o cidado (impacto na melhoria daqualidade de vida e na gerao do bem comum).

    Ser federativa: a melhoria da qualidade dos servios pblicos prestadosaos cidados e o aumento da competitividade do Pas pressupem a me-lhoria da qualidade da administrao pblica como um todo, em todos ospoderes e esferas de governo, e implicam em uma atuao cada vez mais

    coordenada e integrada entre os diversos entes e instituies pblicos. As-sim, o Gespblica atua junto s organizaes pblicas federais, estaduais,municipais, do legislativo e do judicirio, transcendendo, portanto, ao E-xecutivo Federal. A base conceitual e os instrumentos do Gespblica noesto limitados a um objeto especfico a ser gerenciado (sade, educao,previdncia, saneamento, tributao, fiscalizao etc.). Aplicam-se a todaadministrao pblica em todos os poderes e esferas de governo.

    O Modelo de Excelncia em Gesto Pblica tem como base os princpios consti-tucionais da administrao pblica e como pilares os fundamentos da exceln-cia gerencial. Os fundamentos da excelncia so conceitos que definem oentendimento contemporneo de uma gesto de excelncia na administraopblica e que, orientados pelos princpios constitucionais, compem a estruturade sustentao do Modelo de Excelncia em Gesto Pblica. Estes fundamen-tos devem expressar os conceitos vigentes do estado da arte da gesto con-tempornea, sem, no entanto, perder de vista a essncia da natureza pblicadas organizaes.

    O Modelo de Excelncia em Gesto Pblica foi concebido a partir da premissasegundo a qual preciso ser excelente sem deixar de ser pblico. Esse Modelo,portanto, deve estar alicerado em fundamentos prprios da gesto de exce-lncia contempornea e condicionado aos princpios constitucionais prprios danatureza pblica das organizaes. Esses fundamentos e princpios constitucio-nais, juntos, definem o que se entende hoje por excelncia em gesto pblica.

    A base do modelo so os princpios constitucionais da administrao pblica. Agesto pblica para ser excelente tem que ser legal, impessoal, moral, pblicae eficiente.

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    Legalidade: estrita obedincia lei; nenhum resultado poder ser conside-rado bom, nenhuma gesto poder ser reconhecida como de excelncia revelia da lei.

    Impessoalidade: no fazer acepo de pessoas. O tratamento diferenciadorestringe-se apenas aos casos previstos em lei. A cortesia, a rapidez noatendimento, a confiabilidade e o conforto so requisitos de um serviopblico de qualidade e devem ser agregados a todos os usurios indistin-tamente. Em se tratando de organizao pblica, todos os seus usuriosso preferenciais, so pessoas muito importantes.

    Moralidade: pautar a gesto pblica por um cdigo moral. No se trata detica (no sentido de princpios individuais, de foro ntimo), mas de princ-pios morais de aceitao pblica.

    Publicidade: ser transparente, dar publicidade aos fatos e aos dados. Essa uma forma eficaz de induo do controle social.

    Eficincia: fazer o que precisa ser feito com o mximo de qualidade aomenor custo possvel. No se trata de reduo de custo de qualquer ma-neira, mas de buscar a melhor relao entre qualidade do servio e quali-dade do gasto.

    Orientados por esses princpios, integram a base de sustentao do Modelo de

    Excelncia em Gesto Pblica os fundamentos apresentados a seguir.

    Pensamento sistmico: entendimento das relaes de interdependnciaentre os diversos componentes de uma organizao, bem como entre aorganizao e o ambiente externo, com foco na sociedade.

    Aprendizado organizacional: busca contnua e alcance de novos patamaresde conhecimento, individuais e coletivos, por meio da percepo, reflexo,avaliao e compartilhamento de informaes e experincias.

    Cultura da Inovao: promoo de um ambiente favorvel criatividade, experimentao e implementao de novas ideias que possam gerarum diferencial para a atuao da organizao.

    Liderana e constncia de propsitos: a liderana o elemento promotorda gesto, responsvel pela orientao, estmulo e comprometimento parao alcance e melhoria dos resultados organizacionais e deve atuar de formaaberta, democrtica, inspiradora e motivadora das pessoas, visando odesenvolvimento da cultura da excelncia, a promoo de relaes de

    qualidade e a proteo do interesse pblico. exercida pela altaadministrao.

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    Orientao por processos e informaes: compreenso e segmentao doconjunto das atividades e processos da organizao que agreguem valorpara as partes interessadas, sendo que a tomada de decises e a

    execuo de aes devem ter como base a medio e anlise dodesempenho, levando-se em considerao as informaes disponveis.

    Viso de Futuro: indica o rumo de uma organizao e a constncia depropsitos que a mantm nesse rumo. Est diretamente relacionada capacidade de estabelecer um estado futuro desejado que d coerncia aoprocesso decisrio e que permita organizao antecipar-se snecessidades e expectativas dos cidados e da sociedade. Inclui, tambm,a compreenso dos fatores externos que afetam a organizao com oobjetivo de gerenciar seu impacto na sociedade.

    Gerao de Valor: alcance de resultados consistentes, assegurando oaumento de valor tangvel e intangvel de forma sustentada para todas aspartes interessadas.

    Comprometimento com as pessoas: estabelecimento de relaes com aspessoas, criando condies de melhoria da qualidade nas relaes detrabalho, para que elas se realizem profissional e humanamente,maximizando seu desempenho por meio do comprometimento, deoportunidade para desenvolver competncias e de empreender, com

    incentivo e reconhecimento.

    Foco no cidado e na sociedade: direcionamento das aes pblicas paraatender, regular e continuamente, as necessidades dos cidados e dasociedade, na condio de sujeitos de direitos, beneficirios dos serviospblicos e destinatrios da ao decorrente do poder de Estado exercidopelas organizaes pblicas.

    Desenvolvimento de parcerias: desenvolvimento de atividadesconjuntamente com outras organizaes com objetivos especficos

    comuns, buscando o pleno uso das suas competncias complementarespara desenvolver sinergias.

    Responsabilidade social: atuao voltada para assegurar s pessoas acondio de cidadania com garantia de acesso aos bens e serviosessenciais, e ao mesmo tempo tendo tambm como um dos princpiosgerenciais a preservao da biodiversidade e dos ecossistemas naturais,potencializando a capacidade das geraes futuras de atender suasprprias necessidades.

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    Controle Social: atuao que se define pela participao das partesinteressadas no planejamento, acompanhamento e avaliao dasatividades da Administrao Pblica e na execuo das polticas e dos

    programas pblicos. Gesto participativa: estilo de gesto que determina uma atitude gerencial

    da alta administrao que busque o mximo de cooperao das pessoas,reconhecendo a capacidade e o potencial diferenciado de cada um eharmonizando os interesses individuais e coletivos, a fim de conseguir asinergia das equipes de trabalho.

    O Modelo de Excelncia possui uma representao grfica, baseada no PDCA,que vimos na aula passada.

    Temos aqui quatro blocos que representam o PDCA:

    Os quatro primeiros elementos (liderana, estratgias e planos, cidadose sociedade) compem a primeira etapa, o planejamento, ou seja, um planejamento participativo, que deve envolver a sociedade. Por meioda liderana forte da alta administrao, que focaliza as necessidadesdos cidados-usurios, os servios, os produtos e os processos soplanejados conforme os recursos disponveis, para melhor atender esse

    conjunto de necessidades.

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    O segundo bloco Pessoas e Processos - representa a execuo doplanejamento. Nesse espao, concretizam-se as aes que transformamobjetivos e metas em resultados. So as pessoas, capacitadas e

    motivadas, que operam esses processos e fazem com que cada um delesproduza os resultados esperados.

    O terceiro bloco Resultados representa o controle, pois serve paraacompanhar o atendimento satisfao dos destinatrios dos servios eda ao do Estado, o oramento e as finanas, a gesto das pessoas, agesto de suprimento e das parcerias institucionais, bem como odesempenho dos servios/produtos e dos processos organizacionais.

    O quarto bloco Informaes e Conhecimento representa ainteligncia da organizao. Nesse bloco, so processados e avaliados osdados e os fatos da organizao (internos) e aqueles provenientes doambiente (externos), que no esto sob seu controle direto, mas, dealguma forma, influenciam o seu desempenho. Esse bloco d organizao a capacidade de corrigir ou melhorar suas prticas de gestoe, consequentemente, seu desempenho. A informao e o conhecimentoformam o bloco do agir corretivamente, buscando melhorar a gestoconstantemente.

    O Modelo utiliza os oito critrios para avaliar as organizaes pblicas, vocspodem ver que embaixo de cada um deles tem a pontuao que pode ser al-canada.

    1. Liderana Este critrio examina a governana pblica e a governabilidadeda organizao, incluindo aspectos relativos transparncia, eqidade,prestao de contas e responsabilidade corporativa. Tambm examinacomo exercida a liderana, incluindo temas como mudana cultural e

    implementao do sistema de gesto da organizao. O Critrio aborda aanlise do desempenho da organizao enfatizando a comparao com odesempenho de outras organizaes e a avaliao do xito das estratgias.

    2. Estratgias e Planos Este critrio examina como a organizao, a partirde sua viso de futuro, da anlise dos ambientes interno e externo e da suamisso institucional formula suas estratgias, as desdobra em planos deao de curto e longo prazos e acompanha a sua implementao, visando oatendimento de sua misso e a satisfao das partes interessadas.

    3. Cidados Este critrio examina como a organizao, no cumprimento dassuas competncias institucionais, identifica os cidados usurios dos seus

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    servios e produtos, conhece suas necessidades e avalia a sua capacidadede atend-las, antecipando-se a elas. Aborda tambm como ocorre adivulgao de seus servios, produtos e aes para fortalecer sua imagem

    institucional e como a organizao estreita o relacionamento com seuscidados-usurios, medindo a sua satisfao e implementando epromovendo aes de melhoria.

    4. Sociedade Este critrio examina como a organizao aborda suasresponsabilidades perante a sociedade e as comunidades diretamenteafetadas pelos seus processos, servios e produtos e como estimula acidadania. Examina, tambm, como a organizao atua em relao spolticas pblicas do seu setor e como estimula o controle social de suasatividades pela Sociedade e o comportamento tico.

    5. Informaes e conhecimentos Este critrio examina a gesto dasinformaes, incluindo a obteno de informaes comparativaspertinentes. Tambm examina como a organizao identifica, desenvolve,mantm e protege os seus conhecimentos.

    6. Pessoas Este critrio examina os sistemas de trabalho da organizao,incluindo a organizao do trabalho, a estrutura de cargos, os processosrelativos seleo e contratao de pessoas, assim como a gesto do

    desempenho de pessoas e equipes. Tambm examina os processosrelativos capacitao e ao desenvolvimento das pessoas e como aorganizao promove a qualidade de vida das pessoas interna eexternamente ao ambiente de trabalho.

    7. Processos Este critrio examina como a organizao gerencia, analisa emelhora os processos finalsticos e os processos de apoio. Tambmexamina como a organizao gerencia o processo de suprimento,destacando o desenvolvimento da sua cadeia de suprimento. O Critrio

    aborda como a organizao gerencia os seus processos oramentrios efinanceiros, visando o seu suporte.

    8. Resultados Este critrio examina os resultados da organizao,abrangendo os oramentrio-financeiros, os relativos aos cidados-usurios, sociedade, s pessoas, aos processos finalsticos e processos deapoio, assim como aos relativos ao suprimento. A avaliao dos resultadosinclui a anlise da tendncia e do nvel atual de desempenho, pelaverificao do atendimento dos nveis de expectativa das partesinteressadas e pela comparao com o desempenho de outrasorganizaes.

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    22..GGoovveerrnnooEElleettrrnniiccooO Governo Eletrnico caracteriza-se pela utilizao de tecnologias de informa-

    o e comunicao para melhorar a gesto da informao na administraopblica e aprimorar os servios oferecidos aos cidados, aumentando a eficin-cia e a eficcia da gesto pblica alm de incrementar substantivamente atransparncia do setor pblico e a transparncia do cidado nas suas relaescom o Estado.

    O termo governo eletrnico tem foco no uso das novas tecnologias de informa-o e comunicao aplicadas a um amplo arco das funes de governo e, emespecial, deste para com a sociedade. Em termos gerais pode-se pensar nasseguintes relaes sustentadas pelo governo eletrnico:

    relao governo-negcio; relao governo-cidado; relao governo-governo.

    No primeiro tipo, a tecnologia da informao utilizada como um instrumentode racionalizao e otimizao das relaes do governo com seus fornecedo-res, por meio de sistemas como o Prego Eletrnico, o Sistema de Cadastra-mento Unificado de Fornecedores, etc.

    Na relao governo-cidado, o principal objetivo o desenvolvimento da cida-dania, por meio da universalizao de servios pblicos, promoo da transpa-rncia, abertura de canais de comunicao para sugestes e reclamaes, etc.

    Na ltima relao, a tecnologia da informao usada como uma forma demaior coordenao e integrao entre os rgos governamentais, os trs Pode-res e os demais nveis da federao.

    Em conjunto, o governo eletrnico alm de promover essas relaes em tempo

    real e de forma efetiva, seria ainda, potencializador de boas prticas de gover-nana e catalisador de uma mudana profunda nas estruturas de governo,proporcionando mais efetividade, transparncia e desenvolvimento, alm doprovimento democrtico de informaes para deciso.

    Para o Banco Mundial, e-gov refere-se ao uso, por agncias governamentais,de tecnologias de informao (como redes de longa distncia, Internet e com-putao mvel) capazes de transformar as relaes com o cidado, empresas eoutras unidades de governo.

    De acordo com o National Audit Office (NAO), entidade de fiscalizao superiorequivalente ao TCU no Reino Unido, governo eletrnico significa prover acesso

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    pblico via Internet a informaes sobre os servios oferecidos pelos departa-mentos centrais do governo e suas agncias, habilitando o pblico conduoe concluso de transaes para tais servios.

    A Organizao das Naes Unidas (ONU) define e-gov como a utilizao daInternet e da web para ofertar informaes e servios governamentais aoscidados.

    22..11.. GGoovveerrnnooEElleettrrnniiccoonnooBBrraassiillNo Brasil, o marco inicial do processo de insero do governo nas discussesacerca do uso das tecnologias da informao e comunicao foi a criao do

    programa Sociedade da Informao, em dezembro de 1999, com o objetivode viabilizar a nova gerao da Internet e suas aplicaes em benefcio daSociedade Brasileira.

    Com tal esforo, em setembro de 2000, o Governo brasileiro produziu, dentreoutros documentos, o chamado Livro Verde, que identificou o conjunto dasaes estabelecidas para impulsionar a Sociedade da Informao no Brasil,contemplando ampliao do acesso Internet, meios de conectividade, forma-o de recursos humanos, incentivo pesquisa e ao crescimento, comrcioeletrnico e desenvolvimento de novas aplicaes.

    No ano 2000 o Governo Brasileiro lanou as bases para a criao de uma soci-edade digital ao criar um Grupo de Trabalho Interministerial com a finalidadede examinar e propor polticas, diretrizes e normas relacionadas com as novasformas eletrnicas de interao.

    Em julho de 2000, o GTTI props uma nova poltica de interao eletrnica doGoverno com a sociedade apresentando um relatrio preliminar GTTI-Consolidado contendo um diagnstico da situao da infra-estrutura e serviosdo Governo Federal, as aplicaes existentes e desejadas e a situao da legis-

    lao de interao eletrnica.Em outubro de 2000 foi criado o Comit Executivo de Governo Eletrnico, oque pode ser considerado um dos grandes marcos do compromisso do Conse-lho de Governo em prol da evoluo da prestao de servios e informaes aocidado. A gesto do governo eletrnico brasileiro da atribuio do CEGE,presidido pelo Chefe da Casa Civil da Presidncia da Repblica.

    No Brasil, a poltica de governo eletrnico segue um conjunto de diretrizes queatuam em trs frentes fundamentais: junto ao cidado; na melhoria da sua

    prpria gesto interna; e na integrao com parceiros e fornecedores. Pode-mos observar que so as trs relaes de que falamos acima.

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    22..22.. PPaappiissddooGGoovveerrnnooO governo eletrnico deve ser tratado como instrumento de transformaoprofunda da sociedade brasileira, o que obriga a levar em conta os mltiplos

    papis do governo federal neste processo:

    a) Promotor da cidadania e do desenvolvimento:Isto significa que o governo eletrnico deve orientar-se para as demandas doscidados enquanto indivduos e tambm, para promover o acesso e a consoli-dao dos direitos da cidadania especialmente o direito:

    ao acesso aos servios pblicos; informao; ao usufruto do prprio tempo pelo cidado (economia de tempo e

    deslocamentos);

    a ser ouvido pelo governo; ao controle social das aes dos agentes pblicos; participao poltica. incluso digital.

    b) Instrumento de mudana das organizaes pblicas:Busca-se a melhoria do atendimento ao cidado e de racionalizao do uso derecursos pblicos, alm de aumentar a transparncia da informao, permitin-do que o governo eletrnico construa capacidades coletivas de controle social eparticipao poltica.

    No se trata somente de colocar mais servios disponveis na Internet, mas defazer com que a sua presena na Internet beneficie o conjunto dos cidados epromova o efetivo acesso ao direito aos servios pblicos.

    O governo eletrnico deve promover um deslocamento em direo apropria-o dos recursos de relacionamento entre governo e sociedade pelas organiza-es da sociedade civil, de forma a garantir que o governo eletrnico construacapacidades coletivas de controle social e participao poltica.

    c) Promover a disseminao da tecnologia de informao e comuni-cao

    O governo eletrnico deve contribuir para o desenvolvimento do pas. Nobasta que o governo funcione como exemplo indutor para a sociedade na

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    utilizao de documentos eletrnicos e novas aplicaes de suporte aos pro-cessos de trabalho, numa perspectiva voluntarista e na qual o governo federalrenuncia a um papel mais ativo na sociedade. Sua interveno deve ir alm doexemplo.

    O desenho da poltica de governo eletrnico e das polticas correlacionadasdeve abrir espaos para a promoo ativa do desenvolvimento nacional pelocampo da gerao de demanda de produtos e servios e da articulao de ini-ciativas de fomento e financiamento. Cabe poltica de governo eletrnicoeliminar a dependncia de um nmero restrito de fornecedores de bens, servi-os e licenas de software, estimular a promover o desenvolvimento de soft-ware e de novas tecnologias computacionais por entidades de pesquisa eempresas nacionais e fomentar a adoo de instrumentos de governo eletrni-

    co pelos outros nveis de governo.Espera-se, com isto, que possam emergir novas empresas nacionais, novastecnologias e ambientes colaborativos de desenvolvimento que preparem asuperao do paradigma do software proprietrio de maneira a reduzir as fra-gilidades brasileiras nos embates internacionais em torno da propriedade inte-lectual.

    d) Promover prticas de Gesto do Conhecimento na administraopblica

    A Gesto do Conhecimento o conjunto de processos sistematizados, articula-dos e intencionais, que governam as aes de criao, captao, armazena-mento, tratamento, disseminao e utilizao de conhecimentos, com opropsito de atingir objetivos institucionais.

    Essa inovadora viso de trabalho no setor pblico, no mbito do Governo Ele-trnico, constitui nova capacidade de articulao do processo decisrio, degesto das suas polticas estratgicas e de incluso de um novo produtor deconhecimento geralmente esquecido: a sociedade e suas organizaes. Almdisso, os modelos e prticas da gesto do conhecimento so iniciativas essen-ciais para integrao das trs esferas de governo.

    22..33.. PPrriinnccppiioossO governo eletrnico est sendo implementado segundo sete princpios, queso adotados como referncia geral para estruturar as estratgias de interven-o, adotadas como orientaes para todas as aes de governo eletrnico,

    gesto do conhecimento e gesto da TI no governo federal. So elas:

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    a) Promoo da cidadania como prioridade;A poltica de governo eletrnico do governo brasileiro abandona a viso quevinha sendo adotada, que apresentava o cidado-usurio antes de tudo como

    cliente dos servios pblicos, em uma perspectiva de proviso de inspiraoneoliberal. O deslocamento no somente semntico. Significa que o governoeletrnico tem como referncia os direitos coletivos e uma viso de cidadaniaque no se restringe somatria dos direitos dos indivduos. Assim, forosa-mente incorpora a promoo da participao e do controle social e a indissoci-abilidade entre a prestao de servios e sua afirmao como direito dosindivduos e da sociedade.

    1.O governo eletrnico deve promover a universalizao do acesso aosservios pblicos em termos de cobertura e equanimidade da qualidadeoferecida:

    O provimento de servios deve priorizar os servios bsicos deinteresse dos cidados que cubram amplas parcelas da populao;

    Os stios e servios on-line do Governo Federal devem priorizar aprestao de servios para as classes C, D, E, sem detrimento daqualidade dos demais servios j disponveis na Internet.

    Os stios e servios on-line do Governo Federal devem utilizartecnologias inclusivas e no excludentes e oferecer garantia de acessouniversal, abrangendo portadores de necessidades especiais, cidadosde baixa escolaridade e usurios de diversas plataformas

    2.Os stios e servios on-line do Governo Federal devem ser estruturados deacordo com os assuntos de interesse e perfil do pblico-alvo:

    acesso e a utilizao de portais pelos seus usurios devem se dar deforma flexvel, o que significa que diferentes dispositivos podempermitir o acesso (computadores pessoais, computadores de mo,telefones celulares);

    o governo eletrnico deve promover a centralizao e simplificao doacesso. Assim, os portais governamentais devem conter acesso nosomente a servios e informaes providos pelo rgo ou nvel degoverno, mas tambm por outras instncias estatais.

    3.Os servios on-line devem ser oferecidos com base nos eventos da vidado cidado:

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    Os portais governamentais devem ser estruturados predominantemen-te pelas demandas dos indivduos e eventos da linha da vida, ou seja,devem oferecer acesso a servios e informaes correspondentes a

    demandas pr-estabelecidas e vinculadas a eventos da vida dos cida-dos e cidads e organizaes. Para tanto, devem ser organizados poragrupamentos lgicos de informao e aplicaes destinados a atendercategorias de necessidades dos usurios, em substituio ao critriodepartamental.

    4.Tornar disponvel a informao pblica de maneira largamente acessvel ecompreensvel:

    Os stios e servios on-line devem ser estruturados de forma apromover a transparncia das aes governamentais;

    Os recursos de governo eletrnico devem oferecer novas formas deorganizar e apresentar a informao de maneira a facilitar o controlesocial das aes de governo;

    Deve-se buscar quebrar monoplios de informao, tanto no interiorda administrao pblica como no conjunto da sociedade, de maneiraa ampliar e democratizar a circulao de informaes.

    5.Fazer uso da Internet como um canal de comunicao entre governo esociedade, permitindo participao popular e interatividade com cidados:

    O governo eletrnico deve ter entre seus objetivos fortalecer processosparticipativos, o que significa que deve incorporar recursos deinteratividade que estimulem a participao ativa da sociedade.

    No somente pela via da incluso digital, mas tambm pelofornecimento de contedos relevantes, o governo eletrnico devecontribuir para ampliar a capacidade de participao das organizaesda sociedade civil nas polticas pblicas.

    6.Os stios e servios online devem ter assegurado a qualidade econfiabilidade do seu contedo, o que significa que:

    O governo deve estabelecer padres pblicos de qualidade para osservios de governo eletrnico, no formato de cartas de servio do

    governo eletrnico. As cartas de servio so um tipo de documentopblico que estabelece compromissos entre governo, trabalhadores e

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    cidados-usurios quanto aos direitos dos cidados, s caractersticase qualidade dos servios, os mecanismos de monitoramento e oscanais de sugestes e reclamaes.

    Os padres de qualidade dos servios oferecidos atravs do governoeletrnico devem dar conta de um mnimo de compromissos, como:tempos de resposta, nvel de satisfao, condies de prestao doservio, responsabilidades e direito a recurso.

    7.Articulao do governo eletrnico com desenvolvimento e incluso social: Alm do acesso aos servios pblicos, o governo eletrnico tambm

    deve promover a incluso social por meio da articulao com

    iniciativas de promoo do desenvolvimento de maneira includente edesconcentradora de riqueza, com ateno s oportunidades decriao de novas oportunidades, articulao com a poltica industrial,a gerao de empregos e iniciativas de apoio s empresas nacionais.

    b) Indissociabilidade entre incluso digital e o governo eletrnico;A Incluso digital deve ser tratada como um elemento constituinte da polticade governo eletrnico, para que esta possa configurar-se como poltica univer-sal. Esta viso funda-se no entendimento da incluso digital como direito decidadania e, portanto, objeto de polticas pblicas para sua promoo.

    1.Segmentao de pblicos: Escolas e crianas so prioritrios e indispensveis, mas no exclusivos; As iniciativas devem enfocar o pblico como sujeito do processo, no

    apenas destinatrio de servios;

    A segmentao de pblicos no pode impedir que as iniciativasgarantam acessibilidade universal.

    c) Utilizao do software livre como recurso estratgico;O software livre deve ser entendido como opo tecnolgica do governo fede-ral. Onde possvel deve ser promovida sua utilizao. Para tanto, deve-se prio-rizar solues, programas e servios baseados em software livre quepromovam a otimizao de recursos e investimentos em tecnologia da infor-mao. Entretanto, a opo pelo software livre no pode ser entendida somen-

    te como motivada por aspectos econmicos, mas pelas possibilidades queabrem no campo da produo e circulao de conhecimento, no acesso a no-

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    vas tecnologias e no estmulo ao desenvolvimento de software em ambientescolaborativos e ao desenvolvimento de software nacional.

    d) Gesto do Conhecimento como instrumento estratgico de articu-lao e gesto das polticas pblicas:

    A Gesto do Conhecimento compreendida, no mbito das polticas de gover-no eletrnico, como um conjunto de processos sistematizados, articulados eintencionais, capazes de incrementar a habilidade dos gestores pblicos emcriar, coletar, organizar, transferir e compartilhar informaes e conhecimentosestratgicos que podem servir para a tomada de decises, para a gesto depolticas pblicas e para incluso do cidado como produtor de conhecimentocoletivo.

    e) Racionalizao dos recursos;O governo eletrnico no deve significar aumento dos dispndios do governofederal na prestao de servios e em tecnologia da informao. Ainda queseus benefcios no possam ficar restritos a este aspecto, inegvel que deveproduzir reduo de custos unitrios e racionalizao do uso de recursos.

    Grande parte das iniciativas de governo eletrnico pode ser realizada atravs

    do compartilhamento de recursos entre rgos pblicos. Este compartilhamen-to pode se dar tanto no desenvolvimento quanto na operao de solues,inclusive atravs do compartilhamento de equipamentos e recursos humanos.Destaque especial deve merecer o desenvolvimento compartilhado em ambien-te colaborativo, envolvendo mltiplas organizaes. Um exemplo de comparti-lhamento de recursos est no Projeto Infovia Brasil.

    f) Adoo de polticas, normas e padres comuns;O sucesso da poltica de governo eletrnico depende da definio e publicaode polticas, padres, normas e mtodos para sustentar as aes de implanta-o e operao do Governo Eletrnico que cubram uma srie de fatores crticospara o sucesso das iniciativas. Neste sentido, a arquitetura e-PING Padresde Interoperabilidade de Governo Eletrnico define um conjunto mnimo depremissas, polticas e especificaes tcnicas que regulamentam a utilizao daTecnologia da Informao e Comunicao (TIC) no governo federal, estabele-cendo as condies de interao com os demais poderes e esferas de governoe com a sociedade em geral.

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    g) Integrao com outros nveis de governo e com os demais poderesA implantao do governo eletrnico no pode ser vista como um conjunto deiniciativas de diferentes atores governamentais que podem manter-se isoladas

    entre si. Pela prpria natureza do governo eletrnico, este no pode prescindirda integrao de aes e de informaes.

    A natureza federativa do Estado brasileiro e a diviso dos Poderes no podesignificar obstculo para a integrao das aes de governo eletrnico. Cabeao Governo Federal um papel de destaque nesse processo, garantindo umconjunto de polticas, padres e iniciativas que garantam a integrao das a-es dos vrios nveis de governo e dos trs Poderes.

    22..44.. SSiisstteemmaassddaaAAddmmiinniissttrraaooFFeeddeerraallVimos que o Decreto-Lei 200/1967 apresentou cinco princpios, entre os quaiso da coordenao. Buscando concretizar este princpio, o Decreto organizou aadministrao pblica na forma de sistemas, no que se refere s atividades-meio. Os sistemas existentes so os seguintes:

    Sistema de Planejamento e de Oramento (SPOF); Sistema de Administrao Financeira; Sistema de Contabilidade; Sistema de Controle Interno; Sistema de Organizao e Inovao Institucional (SIORG); Sistema de Gesto de Documentos de Arquivo (SIGA); Sistema de Pessoal Civil (SIPEC); Sistema de Administrao dos Recursos de Informao e Informtica

    (SISP)

    Sistema de Servios Gerais (SISG).Lembrem-se: esses no so sistemas informatizados, mas uma forma de orga-nizar os departamentos que exercem as mesmas funes de staff nos vriosrgos da Administrao Federal.

    Para auxiliar nas atividades desses sistemas, foram criados sistemas informati-zados. Vaos ver alguns dos mais importantes:

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    a) Sistema Integrado de Planejamento e Oramento (SIOP)Para auxiliar as atividades do Sistema de Planejamento e Oramento, existe oSIOP, um sistema informatizado. Com o SIOP, os rgos setoriais e as unida-

    des oramentrias do Governo Federal podem alimentar o cadastro de pro-gramas e aes, alm de gerenciar o processo de Captao da PropostaOramentria, em que detalham suas propostas de acordo com os limites doPPA.

    Com base nos referenciais monetrios, os rgos setoriais detalham, no SIOP,a abertura desses limites segundo a estrutura programtica da despesa. Con-siderando a escassez de recursos, cada rgo setorial observar, no processode alocao oramentria, pela melhor distribuio, tendo em vista as priori-dades e a qualidade do gasto.

    O processo de detalhamento da proposta setorial, via SIOP, compreende astrs etapas decisrias bsicas, denominadas momento: UO, rgo setorial ergo Central. A proposta das Unidades Oramentrias feita no SIOP e en-caminhada aos seus respectivos rgos setoriais para anlise, reviso e ajus-tes. A proposta setorial encaminhada ento para a Secretaria de OramentoFederal, do MPOG, que verifica, pelo SIOP, a compatibilidade das propostasencaminhadas pelos rgos setoriais, com os limites oramentrios estabeleci-dos, condio bsica para se iniciar a fase de anlise no mbito da SOF.

    b) Sistema Integrado de Administrao Financeira (SIAFI)O SIAFI o sistema informatizado que registra, controla e contabiliza toda aexecuo Oramentria, Financeira e Patrimonial do Governo Federal, em tem-po real. Ele foi criado em 1986 com o intuito de agilizar o processamento dedados contbeis, bem como oferecer transparncia e segurana s informaesregistradas. Seus objetivos so os seguintes:

    Prover de mecanismos adequados ao registro e controle dirio da gestooramentria, financeira e patrimonial;

    Fornecer meios para agilizar a programao financeira, com vistas a oti-mizar a utilizao dos recursos do Tesouro Nacional;

    Permitir que a contabilidade pblica seja fonte segura e tempestiva de in-formaes gerenciais destinada a todos os nveis da administrao federal

    Integrar e compatibilizar as informaes disponveis nos diversos rgos eEntidades participantes do sistema;

    Permitir aos segmentos da sociedade obterem a necessria transparnciados gastos pblicos;

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    Permitir a programao e o acompanhamento fsico-financeiro do ora-mento, em nvel analtico;

    Permitir o registro contbil dos balancetes dos Estados, Municpios e desuas supervisionadas; e

    Permitir o controle da dvida interna e externa, do Governo Federal, bemassim a das transferncias negociadas.

    c) Sistema Integrado de Administrao de Recursos HumanosEste o SIAPE, sistema informatizado de auxlio do SIPEC. Ele foi institudopelo Decreto 99.328, de 19 de junho de 1990 com os seguintes objetivos:

    Objetivos do SIAPE

    Dotar o Sistema de Pessoal Civil da Administrao Federal (SIPEC) de instru-mento de modernizao da administrao de recursos humanos e de viabilizaoda integrao sistmica nessa rea;

    Atender ao Departamento de Recursos Humanos da Secretaria da Administra-o Federal, nas atividades de planejamento, coordenao, superviso, controle edesenvolvimento de recursos humanos da Administrao Pblica Federal direta,de ex-Territrios, das autarquias e das fundaes pblicas;

    Atender s unidades de pessoal dos rgos e entidades referidos no incisoanterior no desenvolvimento de suas atividades.

    Segundo o Decreto 99.328/90:

    Art. 2 Sero cadastrados no SIAPE todos os servidores civis da Administra-o Pblica Federal direta, dos ex-Territrios, das autarquias e das funda-es pblicas que recebam recursos conta do Tesouro Nacional, para

    efeito de controle administrativo, financeiro e oramentrio pelos rgoscentrais da Administrao Pblica Federal, bem assim de execuo da folhade pagamentos unificada e padronizada, em articulao com o Departamen-to do Tesouro Nacional do Ministrio da Economia, Fazenda e Planejamento.

    O principal critrio para que determinado rgo ou entidade utilize o SIAPE afonte dos recursos: o Tesouro. Portanto, mesmo que determinada entidadeno se enquadre no Regime Jurdico nico, se ela receber recursos do Tesouropara pagamento de pessoal ela dever utilizar o SIAPE. Assim, poderamoscolocar dentro desta obrigao:

    Administrao Pblica Federal direta;

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    Autarquias e fundaes pblicas; Ex-Territrios Empresas estatais dependentes; rgos de segurana do Governo do Distrito Federal;

    Os ex-territrios Acre, Amap, Roraima e Rondnia esto nesta lista por-que a Unio ainda tem atribuies junto aos servidores ativos, inativos e pen-sionistas oriundos dos ex-territrios.

    A definio de empresa estatal dependente est na LRF:

    Art. 2 Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:

    III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do entecontrolador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal oude custeio em geral ou de capital, excludos, no ltimo caso, aqueles proveni-entes de aumento de participao acionria;

    Os rgos de segurana do GDF se inserem no SIAPE porque, segundo a CF88:

    Art. 21. Compete Unio:

    XIV - organizar e manter a polcia civil, a polcia militar e o corpo de bombei-ros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistncia financeira ao Dis-trito Federal para a execuo de servios pblicos, por meio de fundo prprio

    Um ponto importante que o SIAPE somente para o Poder ExecutivoFederal, ou seja, legislativo e judicirio, assim como o TCU e o MPU, no par-ticipam do SIAPE. Entre as funcionalidades do SIAPE, podemos destacar:

    Automatizao dos pagamentos e descontos decorrentes das ocorrnciasde frequncia;

    Gerenciar Consignaes na folha de pagamento;

    Gerar trilhas de Auditoria; Automao do pagamento de Penso Alimentcia; Homologao da Folha de Pagamento; Gerenciar Tabelas Bsicas e registro da estrutura organizacional. Anlise e reviso da legislao e do clculo das rubricas com valor

    informado;

    Atualizao cadastral dos instituidores de penso e pensionistas emambiente web;

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    d) Sistema Integrado de Administrao de Servios Gerais (SIASG)O Decreto 1.094/1994 instituiu o SIASG:

    Art. 7 Fica institudo o Sistema Integrado de Administrao de Servios

    Gerais (SIASG), auxiliar do SISG, destinado a sua informatizao e opera-cionalizao, com a finalidade de integrar e dotar os rgos da administra-o direta, autrquica e fundacional de instrumento de modernizao, emtodos os nveis, em especial:

    I - o catlogo unificado de materiais e servios;

    II - o cadastramento unificado de fornecedores;

    III - o registro de preos de bens e servios.

    Portanto, o SIASG nasceu com o objetivo de auxiliar o SISG nas suas aes.Ele foi concebido para atender s reas-meio dos ministrios, empregandoferramentas para controlar contratos, licitaes, fornecedores etc.

    O SIASG constitudo por um conjunto de mdulos que realizam procedimen-tos do processo de compras e contrataes. Os mdulos esto conectados plataforma web, o que possibilita o acesso por meio da Internet, e tem comoponto de entrada o portal Comprasnet, no endereo eletrnicowww.comprasnet.gov.br.

    Vamos ver os mdulos do SIASG. Segundo a Instruo Normativa n 01, de 08de agosto de 2002:

    Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores - SICAF: Registrocadastral nico, cujo objetivo habilitar pessoas fsicas e jurdicascadastradas no Sistema, mediante a apresentao da documentaoestipulada nos incisos I, III e IV do art. 27, quando for o caso,combinados com os arts. 28, 29 e 31, todos da Lei n 8.666, de 21 de

    junho de 1993, possibilitando a anlise quanto habilitao jurdica,regularidade fiscal e qualificao econmico-financeira.

    Catlogo de Materiais (CATMAT): Permite a catalogao dos materiaisdestinados s atividades fins e meios da Administrao Federal, de acordocom critrios adotados no Federal Supply Classification e a identificaodos itens catalogados com os padres de desempenho desejados.

    Catlogo de Servios (CATSER): Permite a catalogao dos serviosdestinados s atividades fins e meios da Administrao Federal, de acordocom critrios adotados no Federal Supply Classification e a identificao

    dos itens catalogados com os padres de desempenho desejados.

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    Sistema de Divulgao Eletrnica de Compras (SIDEC): Realiza ocadastramento de processos de compras e contrataes efetuados pelaAdministrao Federal, em todo o territrio nacional, e o consequente

    envio eletrnico de matrias relativas aos avisos e editais de licitao,dispensa e inexigibilidade e dos resultados, Imprensa Nacional,disponibilizando, ainda, no Portal de Compras, www.comprasnet.gov.br,os avisos, os editais e os resultados de licitaes.

    Sistema de Preos Praticados (SISPP): Registra os valores praticados nosprocessos de contrataes governamentais, discriminados por unidade demedidas de padro legal e marcas, com vistas a subsidiar o gestor, a cadaprocesso, na estimativa da contratao e antes da respectivahomologao, para confirmar se o preo a ser contratado compatvelcom o praticado pela Administrao Pblica Federal.

    Sistema de Minuta de Empenho (SISME): Possibilita a elaborao daminuta de empenho, no SIASG, com o respectivo envio ao SIAFI, gerandoa Nota de Empenho.

    Sistema de Gesto de Contratos - SICON: Efetua o cadastramento dosextratos de contratos firmados pela Administrao Pblica Federal e oenvio eletrnico, para publicao, pela Imprensa Nacional, bem como o

    acompanhamento da execuo contratual, por intermdio do respectivocronograma fsico-financeiro, disponibilizando- os no COMPRASNET.

    Portal de Compras do Governo Federal - COMPRASNET: Permite o acesso,pela Internet, no endereo www.comprasnet.gov.br, s informaes sobreas licitaes e contrataes da Administrao Pblica Federal,disponibilizando, ainda, a legislao vigente, os editais, as publicaes eopo para o cadastramento dos fornecedores no mdulo Sistema deCadastramento Unificado de Fornecedores - SICAF, e viabilizando o acesso

    ao SIASG e COMPRASNET, dos usurios dos rgos pblicos que utilizamos sistemas.

    Temos ainda o Sistema de Registro de Trechos de Viagens Areas (SISPASS),que tem por finalidade proporcionar ao gestor pblico parmetros gerenciais arespeito de demandas e gastos com o segmento de passagens areas. O obje-tivo est relacionado com a transparncia das atividades do setor e a reduode custos, conforme preconiza o Governo Federal.

    A Lei n 11.178 de 2005 disps que:

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    Art. 21. Os rgos e entidades integrantes dos oramentos fiscal e da segu-ridade social devero disponibilizar no Sistema Integrado de Administraode Servios Gerais SIASG informaes referentes aos contratos e aosconvnios firmados, com a identificao das respectivas categorias de pro-

    gramao.

    No Decreto n 6.170 de 2007 foi institudo o Sistema de Gesto de Convniose Contratos de Repasse (SICONV):

    Art. 13. A celebrao, a liberao de recursos, o acompanhamento da exe-cuo e a prestao de contas de convnios, contratos de repasse e termosde parceria sero registrados no SICONV, que ser aberto ao pblico, viarede mundial de computadores - Internet, por meio de pgina especficadenominada Portal dos Convnios.

    Art. 3 As entidades privadas sem fins lucrativos que pretendam celebrarconvnio ou contrato de repasse com rgos e entidades da administrao

    pblica federal devero realizar cadastro prvio no Sistema de Gesto deConvnios e Contratos de Repasse - SICONV, conforme normas do rgocentral do sistema.

    33..TTrraannssppaarrnncciiaaTodos vocs j devem conhecer muito bem os princpios do art. 37 da CF88:

    Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderesda Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos

    princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficin-cia e, tambm, ao seguinte:

    Temos aqui os cinco princpios constitucionais da Administrao Pblica, o fa-moso LIMPE: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia.

    O Princpio da Publicidade exige a ampla divulgao dos atos praticados pela

    Administrao Pblica, ressalvadas as hipteses de sigilo previstas em lei. Osatos administrativos devem ser divulgados para o pblico. A publicidade no elemento formativo do ato administrativo, portanto no determina sua valida-de, mas requisito de eficcia e moralidade.

    A partir deste princpio exige-se da Administrao Pblica que preste contas detodos os seus atos, contratos e procedimentos. Deve manter plena transparn-cia de seus comportamentos, exceto nas hipteses em que o impedir o interes-se pblico, nos casos extremos de segurana nacional ou em situaes em quea divulgao prvia possa eliminar a viabilizao de medidas justificveis.

    A CF88 traz este princpio em alguns dispositivos, alm do caput do art. 37.

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    CF, art. 37, 1 - A publicidade dos atos, programas, obras, servios e cam-panhas dos rgos pblicos dever ter carter educativo, informativo ou de o-rientao social, dela no podendo constar nomes, smbolos ou imagens quecaracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos.

    Art. 5, LX - a lei s poder restringir a publicidade dos atos processuaisquando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;

    XIV - assegurado a todos o acesso informao e resguardado o sigilo dafonte, quando necessrio ao exerccio profissional;

    A publicao no obrigatria para todos os atos administrativos, somentepara os aos gerais de efeitos externos. Ato geral o que tem destinatriosindeterminados, ou seja, o ato no visa gerar efeitos sobre apenas uma pessoadeterminada ou um grupo de pessoas especfico. Que gera efeitos externos oato que tem por destinatrios os administrados. Existem atos no-gerais eno-externos que tambm devem ser publicados, como a nomeao de vocspara um cargo pblico.

    Podemos ver, portanto, que o princpio da publicidade est intimamente ligadocom a transparncia. A gesto da coisa pblica no atividade sigilosa, quedeve ser feita s ocultas. Ao contrrio, atividade que a todos interessa. Logo,ao administrado deve ser propiciado o conhecimento dos atos produzidos pelaAdministrao, sendo de seu prprio interesse individual, sejam de interesse

    geral, coletivo.Recentemente entrou em vigor a Lei de Acesso Informao, a Lei12.527/2011, muito importante e que merece uma ateno especial de todosns. Apesar de ter sido promulgada em novembro do ano passado, a Lei esta-beleceu que entraria em vigor 180 depois de sua publicao, o que ocorreu emmaio. A Lei regula diversos dispositivos constitucionais que tratam da transpa-rncia na Administrao Pblica.

    Trata-se de um avano significativo para a transparncia, pois a lei vem final-mente dar efetividade ao direito de acesso s informaes pblicas. O pontomais importante que ela estabelece a publicidade como a regra e o sigilocomo a exceo. E o interessante que no esto sujeitos lei apenas os r-gos pblicos, entidades privadas que recebam recursos pblicos tambm:

    Art. 1 Esta Lei dispe sobre os procedimentos a serem observados pela Unio,Estados, Distrito Federal e Municpios, com o fim de garantir o acesso a informa-es previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do 3 do art. 37 e no 2do art. 216 da Constituio Federal.

    Pargrafo nico. Subordinam-se ao regime desta Lei:

    I - os rgos pblicos integrantes da administrao direta dos Poderes Executivo,Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judicirio e do Ministrio Pblico;

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    II - as autarquias, as fundaes pblicas, as empresas pblicas, as sociedades deeconomia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela U-nio, Estados, Distrito Federal e Municpios.

    Art. 2 Aplicam-se as disposies desta Lei, no que couber, s entidades priva-das sem fins lucrativos que recebam, para realizao de aes de interesse p-blico, recursos pblicos diretamente do oramento ou mediante subvenessociais, contrato de gesto, termo de parceria, convnios, acordo, ajustes ou ou-tros instrumentos congneres.

    Assim, aqueles que devem obedecer aos ditames da lei so:

    rgos e entidades pblicas dos trs poderes, de todos os nveis de go-verno (Unio, estados e municpios);

    Tribunais de Contas e Ministrio Pblico; Administrao indireta: autarquias, fundaes, empresas pblicas e soci-

    edades de economia mista;

    Demais entidades controladas direta ou indiretamente pelos entes; Entidades privadas sem fins lucrativos que recebam recursos pblicos

    para exercer aes de interesse pblico.

    O art. 3 da Lei traz as diretrizes:

    Diretrizes do acesso informao

    Observncia da publicidade como preceito geral e do sigilocomo exceo;

    Divulgao de informaes de interesse pblico, indepen-dentemente de solicitaes;

    Utilizao de meios de comunicao viabilizados pela tecnolo-gia da informao;

    Fomento ao desenvolvimento da cultura de transparncia; Desenvolvimento do controle social da administrao pblica.

    Vejam que temos pontos importantes aqui. O sigilo exceo, ou seja, apenasquando justificado. Veremos melhor adiante. E existe uma srie de informa-es que deve ser disponibilizadas independentemente de solicitao.

    Os rgos pblicos ganharam uma srie de obrigaes no que concerne ges-

    to da informao:

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    Art. 6 Cabe aos rgos e entidades do poder pblico, observadas as normase procedimentos especficos aplicveis, assegurar a:

    I - gesto transparente da informao, propiciando amplo acesso a ela e sua

    divulgao;II - proteo da informao, garantindo-se sua disponibilidade, autenticidade eintegridade; e

    III - proteo da informao sigilosa e da informao pessoal, observada a suadisponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrio de acesso.

    Assim, no basta dar acesso informao preciso proteg-la, para que segaranta sua disponibilidade, autenticidade e integridade. Vamos ver esses con-ceitos, que so as qualidades da informao:

    Disponibilidade: qualidade da informao que pode ser conhecida e utili-zada por indivduos, equipamentos ou sistemas autorizados;

    Autenticidade: qualidade da informao que tenha sido produzida, expe-dida, recebida ou modificada por indivduo, equipamento ou sistema;

    Integridade: qualidade da informao no modificada, inclusive quanto origem, trnsito e destino;

    A Lei define ainda que os cidados tm direito de obter:

    Orientao sobre os procedimentos para a consecuo de acesso, bemcomo sobre o local onde poder ser encontrada ou obtida a informao;

    Informao contida em registros ou documentos, produzidos ou acumula-dos por seus rgos ou entidades, recolhidos ou no a arquivos pblicos;

    Informao produzida ou custodiada por pessoa fsica ou entidade privadadecorrente de qualquer vnculo com seus rgos ou entidades, mesmoque esse vnculo j tenha cessado;

    Informao primria, ntegra, autntica e atualizada; Informao sobre atividades exercidas pelos rgos e entidades, inclusive

    as relativas sua poltica, organizao e servios;

    Informao pertinente administrao do patrimnio pblico, utilizaode recursos pblicos, licitao, contratos administrativos; e

    Informao relativa:o implementao, acompanhamento e resultados dos programas, proje-

    tos e aes, bem como metas e indicadores propostos;

    o ao resultado de inspees, auditorias, prestaes e tomadas de contasrealizadas pelos rgos de controle interno e externo.

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    Podemos separar as informaes em diferentes tipos quanto disponibilidade.Existem aquelas que devem estar disponveis independentemente de solicita-o. Segundo a Lei:

    Art. 8 dever dos rgos e entidades pblicas promover, independente-mente de requerimentos, a divulgao em local de fcil acesso, no mbitode suas competncias, de informaes de interesse coletivo ou geral por e-les produzidas ou custodiadas.

    Em tais informaes devem constar, no mnimo:

    Registro das competncias e estrutura organizacional, endereos e telefo-nes das respectivas unidades e horrios de atendimento ao pblico;

    Registros de quaisquer repasses ou transferncias de recursos financeiros;

    Registros das despesas; Informaes concernentes a procedimentos licitatrios, inclusive os res-

    pectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos celebrados;

    Dados gerais para o acompanhamento de programas, aes, projetos eobras de rgos e entidades; e

    Respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.

    E para que estas informaes estejam disponveis de forma ampla, impres-cindvel o uso das Tecnologias da Informao e Comunicao. Por isso a leitambm d uma ateno importante a estes instrumentos, definindo parme-tros mnimos a serem obedecidos pela Administrao Pblica. Segundo a Lei:

    2 Para cumprimento do disposto no caput, os rgos e entidades pbli-cas devero utilizar todos os meios e instrumentos legtimos de que dispu-serem, sendo obrigatria a divulgao em stios oficiais da rede mundial decomputadores (internet).

    A lei define os requisitos a serem obedecidos nos stios da internet:

    Conter ferramenta de pesquisa que permita o acesso informao deforma objetiva, transparente, clara e em linguagem compreensvel;

    Possibilitar a gravao de relatrios em diversos formatos eletrnicos, in-clusive abertos e no proprietrios, tais como planilhas e texto;

    Possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em formatos a-bertos, estruturados e legveis por mquina;

    Divulgar os formatos utilizados na estruturao da informao; Garantir a autenticidade e a integridade das informaes disponveis;

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    Comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a re-produo ou obter a certido;

    Indicar razes de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso; Comunicar que no possui a informao, indicar, se for do seu conheci-

    mento, o rgo ou a entidade que a detm, ou, ainda, remeter o requeri-mento a esse rgo ou entidade, cientificando o interessado da remessade seu pedido de informao.

    Caso o pedido seja negado, o primeiro recurso ocorre ainda dentro do rgo,para autoridade de hierarquia superior. Negado mais uma vez, a o recursopode ser encaminhado Controladoria Geral da Unio (CGU).

    Caso a CGU entenda pela procedncia do recurso, ir determinar ao rgo aadoo das providncias necessrias. Se a CGU negar, ainda h mais umainstncia de recurso, a Comisso Mista de Reavaliao de Informaes.

    O terceiro tipo de informao quanto disponibilidade so as informaes sigi-losas. Segundo a Lei:

    Art. 21. No poder ser negado acesso informao necessria tutela judi-cial ou administrativa de direitos fundamentais.

    A Lei define os casos em que a informao pode ser considerada sigilosa, emque grau e por que prazo. Segundo a Lei:

    Art. 24. A informao em poder dos rgos e entidades pblicas, observado oseu teor e em razo de sua imprescindibilidade segurana da sociedade oudo Estado, poder ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada.

    1 Os prazos mximos de restrio de acesso informao, conforme aclassificao prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produo eso os seguintes:

    I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;

    II - secreta: 15 (quinze) anos; e

    III - reservada: 5 (cinco) anos.

    Vamos ver as condutas ilcitas dos agentes pblicos.

    Art. 32. Constituem condutas ilcitas que ensejam responsabilidade do a-gente pblico ou militar:

    I - recusar-se a fornecer informao requerida nos termos desta Lei, retar-

    dar deliberadamente o seu fornecimento ou fornec-la intencionalmente deforma incorreta, incompleta ou imprecisa;

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    II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inutilizar, desfigu-rar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente, informao que se encontresob sua guarda ou a que tenha acesso ou conhecimento em razo do exer-ccio das atribuies de cargo, emprego ou funo pblica;

    III - agir com dolo ou m-f na anlise das solicitaes de acesso infor-mao;

    IV - divulgar ou permitir a divulgao ou acessar ou permitir acesso indevi-do informao sigilosa ou informao pessoal;

    V - impor sigilo informao para obter proveito pessoal ou de terceiro, oupara fins de ocultao de ato ilegal cometido por si ou por outrem;

    VI - ocultar da reviso de autoridade superior competente informao sigi-losa para beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuzo de terceiros; e

    VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concernentes apossveis violaes de direitos humanos por parte de agentes do Estado.

    Por fim as sanes:

    Art. 33. A pessoa fsica ou entidade privada que detiver informaes emvirtude de vnculo de qualquer natureza com o poder pblico e deixar deobservar o disposto nesta Lei estar sujeita s seguintes sanes:

    I - advertncia;

    II - multa;III - resciso do vnculo com o poder pblico;

    IV - suspenso temporria de participar em licitao e impedimento de con-tratar com a administrao pblica por prazo no superior a 2 (dois) anos;

    V - declarao de inidoneidade para licitar ou contratar com a administraopblica, at que seja promovida a reabilitao perante a prpria autoridadeque aplicou a penalidade.

    44..PPoonnttoossiimmppoorrttaanntteessddaaaauullaa O Programa Nacional de Gesto Pblica e Desburocratizao (Gespblica)tem como caractersticas ser essencialmente pblico, estar focado emresultados para o cidado e ser federativo. Volta-se principalmente para amelhoria de processos por meio da desburocratizao e flexibilizao e para apromoo da avaliao da qualidade.

    No acesso informao deve-se observa a publicidade como preceito geral edo sigilo como exceo. Deve-se observar ainda a divulgao deinformaes de interesse pblico, independentemente de solicitaes;

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    dever dos rgos e entidades pblicas promover, independentemente derequerimentos, a divulgao em local de fcil acesso, no mbito de suascompetncias, de informaes de interesse coletivo ou geral por eles

    produzidas ou custodiadas. No poder ser negado acesso informao necessria tutelajudicial ouadministrativa de direitos fundamentais.

    So vedadas quaisquer exigncias relativas aos motivos determinantesdasolicitao de informaes de interesse pblico.

    55..QQuueesstteessCCoommeennttaaddaass1. (ESAF/CVM/2010) Entre os critrios de excelncia em gesto preconiza-dos pelo Programa Nacional de Gesto Pblica e Desburocratizao GES-PBLICA, no Instrumento para Avaliao da Gesto Pblica - 2010, osrequisitos do critrio PESSOAS referem-se, entre outros

    a) gesto do atendimento dos usurios diretos da unidade.

    b) gesto dos processos da unidade.

    c) gesto operacional e gerencial da informao.

    d) obteno de metas de alto desempenho.

    e) criao de valor para todas as partes interessadas.

    Vimos que o critrio pessoas descrito da seguinte forma:

    Pessoas Este critrio examina os sistemas de trabalho da organizao,incluindo a organizao do trabalho, a estrutura de cargos, os processosrelativos seleo e contratao de pessoas, assim como a gesto do

    desempenho de pessoas e equipes. Tambm examina os processos rela-tivos capacitao e ao desenvolvimento das pessoas e como a organi-zao promove a qualidade de vida das pessoas interna e externamenteao ambiente de trabalho.

    Dentro desse critrio, uma das perguntas feitas na avaliao da organizao :

    Como o desempenho das pessoas e das equipes gerenciado, de formaa estimular a obteno de metas de alto desempenho, a cultura da exce-lncia na organizao e o desenvolvimento profissional?

    Gabarito: D.

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    2. (ESAF/AFT/2010) Sobre o tema governo eletrnico e transparncia, correto afirmar:

    a) para uma maior transparncia dos governos, necessrio que as infor-maes estejam disponveis em linguagem acessvel, para entendimento dopblico em geral.

    b) em regies com altos ndices de excluso digital, justificvel a poucatransparncia dos governos locais.

    c) como instrumento efetivo para uma melhor governana, a simples imple-mentao do governo eletrnico garante maior eficincia e transparncia.

    d) quanto maior a oferta de servios on-line disponibilizados ao cidado,maior a transparncia dos atos pblicos.

    e) a dimenso tecnolgica mais importante que a poltico-institucional paradefinir em que medida um governo eletrnico pode ser mais ou menostransparente.

    Questo copia&cola. Texto: Governo Eletrnico, Transparncia e Democracia:A Publicizao das Contas Pblicas das Capitais Brasileiras, de Otavio Prado,Maria Rita Garcia Loureiro, disponvel em:

    http://www.jhcruvinel.com/index.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=12

    Considerou-se que, para uma maior transparncia dos governos, no bastaque as informaes estejam disponveis, mas, como mostra Sartori (2001), e-las devem estar decodificadas em linguagem acessvel para entendimento do

    pblico em geral.(Letra A certa).

    Quanto excluso digital, acreditamos que ela no se relacione diretamentecom a capacidade de um governo ser transparente. O nmero de pessoas quefrequenta um determinado website ou que tenha acesso aos meios eletrnicos

    no est obviamente relacionado com sua transparncia. (Letra B errada).No se pode negar que a implantao de um programa de governo eletrnicotraga inmeros benefcios diretos, que vo da simplificao de atos adminis-trativos e melhorias internas de gesto a facilitao da prestao de servios

    pblicos populao. Se o governo eletrnico pode ser instrumento efetivopara uma melhor governana, sua simples implementao no garante maioreficincia e transparncia.(Letra C errada).

    Em suma, considerando que a questo tecnolgica no essencial para atransparncia dos atos pblicos, mas apenas fornece a capacidade potencial

    de ofertar servios, a hiptese geral que norteia a anlise dos dados que adimenso poltico-institucional o fator mais importante para definir em que

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    medida um governo eletrnico pode ser mais ou menos transparente, e comisso criar condies para efetivar prticas de responsabilizao dos governan-tes.(Letras D e E erradas)

    Gabarito: A.

    3. (ESAF/AFRFB/2010) Sob o ponto de vista do cidado, podemos afirmarque os seguintes mecanismos, todos acessveis pela Internet, so mantidospelo governo federal como instrumentos de transparncia, exceto:

    a) ComprasNet.

    b) SIAFI.

    c) Portal Brasil.d) Portal da Transparncia.

    e) Portal de Convnios.

    Entre os sistemas acima, todos possuem como objetivo proporcionar transpa-rncia para a sociedade. O Comprasnet o portal de compras do governo fe-deral, nele existe o mdulo SIDEC, que divulga as licitaes que ocorrem naadministrao pblica.

    O SIAFI tem como objetivo proporcionar transparncia. Segundo a InstruoNormativa n 03 de 23 de maio de 2001, da Secretaria do Tesouro Nacional:

    1. O Sistema Integrado de Administrao Financeira do Governo Federal SIAFI tem como objetivos:Permitir aos segmentos da sociedade obterem a necessria transparnciados gastos pblicos;

    O Portal Brasil o site www.brasil.gov.br, que possui uma srie de informa-es sobre o governo.

    O Portal da Transparncia mantido pela CGU e disponibiliza demonstrativosdos gastos do governo.

    O Portal de Convnios (SICONV) foi uma exigncia do TCU para que houvesseum instrumento que permitisse o controle dos convnios realizados pelo go-verno com outros entes e entidades privadas.

    O nico que no acessvel pela internet, pelo cidado, o SIAFI.

    Gabarito: B.

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    4. (ESAF/ANA/2009) Desde o ano passado, o governo federal disponibilizainformaes oficiais sobre a celebrao, a liberao de recursos, o acompa-nhamento da execuo e a prestao de contas de convnios, contratos de

    repasse e termos de parceria, via Internet, por meio de pgina especficadenominada:

    a) Portal dos Convnios.

    b) SIAFI Convnios.

    c) Portas Abertas.

    d) Portal da Moralidade.

    e) Transparncia Brasil.

    A Lei n 11.178 de 2005 disps que:

    Art. 21. Os rgos e entidades integrantes dos oramentos fiscal e da segu-ridade social devero disponibilizar no Sistema Integrado de Administraode Servios Gerais SIASG informaes referentes aos contratos e aosconvnios firmados, com a identificao das respectivas categorias de pro-gramao.

    No Decreto n 6.170 de 2007 foi institudo o Sistema de Gesto de Convniose Contratos de Repasse (SICONV):

    Art. 13. A celebrao, a liberao de recursos, o acompanhamento da exe-cuo e a prestao de contas de convnios, contratos de repasse e termosde parceria sero registrados no SICONV, que ser aberto ao pblico, viarede mundial de computadores - Internet, por meio de pgina especficadenominada Portal dos Convnios.

    Art. 3 As entidades privadas sem fins lucrativos que pretendam celebrarconvnio ou contrato de repasse com rgos e entidades da administrao

    pblica federal devero realizar cadastro prvio no Sistema de Gesto de

    Convnios e Contratos de Repasse - SICONV, conforme normas do rgocentral do sistema.

    Portanto, o SICONV faz parte do SIASG, que um sistema que congrega asfunes executadas pelas reas de servios gerais do governo federal. Dentrodele temos diversos outros mdulos, como o Sistema de Cadastramento Unifi-cado de Fornecedores (SICAF), o Sistema de Divulgao Eletrnica de Compras(SIDEC), o Sistema de Gesto de Contratos (SICON), etc.

    O Portal dos Convnios a interface do SICONV na Internet, em que os cida-dos podem fazer consultas aos convnios firmados pelo governo federal.

    Gabarito: A.

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    5. (ESAF/AFT/2006) A unificao da informtica com a comunicaooportunizou o uso de internet no setor pblico. Indique se as frases a seguirso falsas (F) ou verdadeiras (V) e assinale a opo correta.

    I. Atravs da internet, a administrao pblica disponibiliza dados erelatrios, dando possibilidade aos cidados de decidirem sobre aes dogoverno.

    II. A internet possibilita a divulgao de informaes para os cidados sobrecampanhas, procedimentos administrativos, entre outros.

    III. O uso eficiente da internet possibilita a modernizao dos rgospblicos, promovendo maior profissionalismo.

    IV. Atravs da internet, o setor pblico pode ofertar servios ao cidado e

    disponibilizar dados que permitem o controle externo.Selecione a opo correta.

    a) Somente I e II so falsas.

    b) Somente II e IV so verdadeiras.

    c) Somente a IV verdadeira.

    d) Somente a I falsa.

    e) Somente a III e IV so falsas.

    A primeira alternativa menciona que, por meio da internet, so disponibilizadosdados da gesto pblica para os cidados, o que correto. Entretanto, nasequncia, afirma que dessa forma se d "possibilidade aos cidados dedecidirem sobre aes do governo", o que no corresponde nossa realidade.H o carter informativo, mas os mecanismos de participao, tpicos de umademocracia direta, so bastante restritos. Ainda temos muitos problemas nouso das TIC como instrumento de participao. A primeira afirmao errada.

    A segunda afirmao certa, trata justamente da utilizao da internet comomeio de comunicao direta entre o governo e a sociedade.

    A terceira afirmao errada. A utilizao da internet, por si s, no aumentao profissionalismo. No difcil imaginar que o uso da internet, seja como meiode comunicao com a populao, seja como ferramenta de trabalho, podeconviver com esquemas de grande ineficincia e desorganizao no setorpblico. Muitos alunos tm problemas com essa alternativa por causa doconceito de profissionalismo. Muitos se ateram apenas ao carter demodernizao, de reduzir prazos, melhorar as informaes. Mas o

    profissionalismo no isso. Seu conceito : Procedimento caracterstico dosbons profissionais (seriedade, competncia, responsabilidade etc.

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    Assim, no a internet que vai fazer com que os funcionrios se dediquemmais, se comprometam mais, tenham mais responsabilidade, seriedade.

    A quarta afirmao certa. Ao citar a internet como meio de propiciar servios

    pblicos e informaes teis ao controle externo, o que de fato ocorre nanossa administrao nos dias de hoje, de forma adequada aos princpios doGoverno Eletrnico no Brasil.

    Gabarito: B.

    6. (ESAF/AFT/2006) Selecione a opo incorreta.a) Um dos objetivos da Tecnologia da Informao dar maior transparncia

    s aes do Estado por meio da divulgao de dados.b) A Tecnologia da Informao uma ferramenta de modernizao dagesto tanto pblica como privada.

    c) A Tecnologia da Informao conta hoje com os avanos das tecnologiasde comunicao, possibilitando o desenvolvimento de ferramentasconjuntas.

    d) A Tecnologia da Informao conta com mainframes cada vez maispotentes que permitem o acesso direto ao usurio-cidado.

    e) Internet, intranet, infovias, correio eletrnico, educao online, soalgumas Tecnologias de Informao usadas pela administrao.

    A Tecnologia da Informao tem um papel muito importante na transparncia.Um exemplo o Portal da Transparncia da CGU, que d informaes sobre osgastos do governo. A letra A certa.

    A letra B certa. Tanto o setor pblico quanto o privado podem se valer dasTecnologias da Informao para se modernizar.

    A letra C certa. Por isso que falamos em TIC, tecnologias da informao ecomunicao. s lembrar de como os celulares so usados hoje como ins-trumento multifuncional.

    A letra D errada. O mainframe um computador de grande porte, dedicadonormalmente ao processamento de um volume grande de informaes. A ten-dncia o inverso, a reduo dos computadores, que se tornam pessoais, ostais PCs. Houve grande reduo do uso de sistemas de grande porte, a adoodas plataformas web crescente e a utilizao da Internet que tem propicia-

    do o maior acesso ao cidado.

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    A letra E certa, tratando de alguns instrumentos de TI utilizados pelagesto pblica, como intranet, internet, correio eletrnico, dentre outros. Oprojeto Infovia Brasil consiste na obteno de uma rede de comunicao devoz, dados e imagens de alta velocidade, com abrangncia nacional, o que irpermitir a integrao de todos os rgos da administrao pblica federal noPas. Na primeira etapa, chamada Infovia Braslia, a rede ir abranger prdiose rgos da Administrao Federal, que esto localizados na capital do pas.

    Gabarito: D.

    7. (ESAF/AFT/2006) Indique a opo que completa corretamente a frase aseguir:

    Os programas de qualidade tm como foco as necessidades dos.................. buscam a maior ..................... dos processos, evitando..................... Caracterizam-se pela ................... e ...........................

    a) clientes internos e externos da organizao / eficincia/ desperdcios. /participao de toda a equipe / melhoria contnua.

    b) fornecedores / efetividade / a repetio de tarefas./ horizontalizao dasestruturas organizacionais/ mudanas drsticas.

    c) acionistas / eficincia / desperdcios. / subordinao s decises da dire-

    toria / melhoria contnua.d) clientes internos da organizao / eficcia / a horizontalizao das tare-fas. / mudana fundamental dos processos / melhoria contnua.

    e) Stakeholders / efetividade / a repetio de tarefas./ busca de padres dedesempenho / mudanas fundamentais.

    O foco da qualidade so os clientes, tanto internos quanto os externos. Osclientes internos so aqueles de dentro da organizao, que recebem produtos

    e servios de outros setores. Tambm devem ser considerados.

    Quando falamos em processos, estamos nos referindo eficincia, uma vezque eles iro proporcionar um maior resultado com menores custos, eliminadoos desperdcios.

    Como vimos, a qualidade TOTAL, ou seja, um comprometimento de todos,e deve-se buscar a melhoria continua.

    Gabarito: A.

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    CURSO ON-LINE ADMINISTRAO PBLICA AFRFBPROFESSOR: RAFAEL ENCINAS

    Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 41

    8. (ESAF/ANEEL/2004) Indique a opo que apresenta corretamente ini-ciativas governamentais no sentido de disponibilizar informaes e dartransparncia, utilizando tecnologia de informao, s aes estatais no Bra-

    sil, dando cumprimento a dispositivo da Constituio de 1988.a) Centralizao do processo de compra da Unio, emisso da folha de pa-gamento do funcionalismo pblico, declarao do imposto sobre servios.

    b) Sistema integrado de administrao financeira, prego eletrnico virtual,apurao das eleies.

    c) Emisso da folha de pagamento do funcionalismo pblico, apurao daseleies, controle da manuteno dos veculos oficiais.

    d) Declarao do imposto sobre servios. Sistema integrado de administra-

    o financeira, controle da manuteno dos veculos oficiais.e) Emisso da folha de pagamento do funcionalismo pblico, pregoeletrnico virtual, centralizao do processo de compra da Unio.

    A letra A errada, traz instrumentos de tecnologia da informao voltadosapenas para a gesto, no para a transparncia.

    A letra B certa. O SIAFI tem como um de seus objetivos tambm a trans-parncia, como j vimos na questo de AFRFB de 2009, apesar de no estardisponvel na internet. O prego eletrnico tem como principal objetivo aumen-tar a competio nas licitaes, mas tambm propicia mais transparncia por-que as pessoas podem acompanhar pela internet. A apurao eletrnica daseleies tambm disponibiliza a informao para a sociedade de forma maissegura e rpida.

    As letras C, D e E so erradas, mesma coisa que a letra A, fora a apu-rao das eleies, o SIAFI e o prego eletrnico.

    Gabarito: B.

    9. (ESAF/AFRF/2003) Julgue as sentenas sobre contribuies do governoeletrnico para as organizaes pblicas e para a cidadania.

    I. Ouvidorias efetivas devem proporcionar uma comunicao em duplo sen-tido.

    II. Os instrumentos de consulta e audincia pblicas no impem o controledo aproveitamento de