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CURSO ON-LINE – PROFESSOR: EDVALDO NILO 1 www.pontodosconcursos.com.br Aula 6 (parte I) – Obrigação Tributária Principal e Acessória. Fato Gerador da Obrigação Tributária. Sujeição Ativa e Passiva. Solidariedade. Capacidade Tributária. Domicílio Tributário. Responsabilidade Tributária. Conceito. Responsabilidade dos Sucessores. Responsabilidade de Terceiros. Responsabilidade por Infrações. SÍNTESE FUNDAMENTAL SOBRE OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA, FATO GERADOR, SUJEITO ATIVO, SUJEITO PASSIVO, SOLIDARIEDADE, CAPACIDADE TRIBUTÁRIA E DOMICÍLIO (I) A obrigação tributária é principal ou acessória. (II) A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. (III) A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. (IV) Deste modo, a obrigação tributária acessória significa obrigação de fazer (positiva) ou não fazer (negativa), despida do cunho pecuniário. Pode-se falar também que a obrigação tributária acessória é um dever de suportar ou tolerar (obrigação negativa), que pode aparecer desta forma em concurso público ou ser considerada a mesma coisa que obrigação de não fazer. Por exemplo, permitir a consulta a livros fiscais ou a fiscalização da empresa. (V) A obrigação tributária acessória independe da obrigação tributária principal. Por isso, as obrigações acessórias são denominadas também de deveres instrumentais ou deveres formais, pois não poderia, em princípio, ser chamada de obrigação acessória se é independente da obrigação principal. Assim sendo, a

Aula 06 - Parte 01

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Aula 6 (parte I) – Obrigação Tributária Principal e Acessória.

Fato Gerador da Obrigação Tributária. Sujeição Ativa e Passiva.

Solidariedade. Capacidade Tributária. Domicílio Tributário.

Responsabilidade Tributária. Conceito. Responsabilidade dos

Sucessores. Responsabilidade de Terceiros. Responsabilidade por

Infrações.

SÍNTESE FUNDAMENTAL SOBRE OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA,

FATO GERADOR, SUJEITO ATIVO, SUJEITO PASSIVO,

SOLIDARIEDADE, CAPACIDADE TRIBUTÁRIA E DOMICÍLIO

(I) A obrigação tributária é principal ou acessória.

(II) A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador,

tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária

e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

(III) A obrigação acessória decorre da legislação tributária e

tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela

previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos

tributos.

(IV) Deste modo, a obrigação tributária acessória significa

obrigação de fazer (positiva) ou não fazer (negativa), despida do

cunho pecuniário. Pode-se falar também que a obrigação tributária

acessória é um dever de suportar ou tolerar (obrigação negativa),

que pode aparecer desta forma em concurso público ou ser

considerada a mesma coisa que obrigação de não fazer. Por exemplo,

permitir a consulta a livros fiscais ou a fiscalização da empresa.

(V) A obrigação tributária acessória independe da obrigação

tributária principal. Por isso, as obrigações acessórias são

denominadas também de deveres instrumentais ou deveres

formais, pois não poderia, em princípio, ser chamada de obrigação

acessória se é independente da obrigação principal. Assim sendo, a

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obrigação tributária acessória é autônoma em relação à obrigação

tributária principal. Mesmo que o contribuinte não esteja obrigado a

cumprir a obrigação principal, a acessória subsiste.

(VI) O CTN dispõe que a obrigação acessória decorre da

legislação tributária, que compreende não somente as leis

(inclusive tratados e convenções internacionais), como também os

decretos e as normas complementares que versem, no todo ou

em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.

Portanto, a obrigação acessória, ao contrário da obrigação

principal, pode ter origem num decreto do Poder Executivo ou num

ato normativo ou instrução normativa expedida por autoridade

administrativa competente.

, (VII) A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância

converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade

pecuniária.

(VIII) Isto significa, por exemplo, que quando o contribuinte

descumpre o dever de realizar a declaração de rendimentos

(obrigação acessória) faz surgir uma obrigação principal, que é o

dever de pagar a multa fiscal.

(IX) O estudo do fato gerador é fundamental no direito tributário. A

doutrina crítica a nomenclatura “fato gerador” estabelecida pelo CTN,

dizendo que este deveria fixar nomes diferentes para duas realidades

distintas, a saber:

(a) A situação prevista em lei como necessária e suficiente à

ocorrência da obrigação tributária. Esta situação prevista

abstratamente na lei poderia ser chamada de hipótese de

incidência. Assim, segundo a mesma doutrina, a hipótese de

incidência (fato gerador in abstrato) representa o momento abstrato

e geral, previsto em lei, hábil a deflagrar a relação tributária.

Portanto, a hipótese de incidência caracteriza-se, como a escolha

feita pelo legislador, de fatos que possam representar capacidade

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contributiva (prestar serviços – ISS; ter a propriedade de um

automóvel – IPVA; ter a propriedade de um imóvel na zona rural -

ITR e assim por diante). Outras nomenclaturas conhecidas para a

hipótese de incidência são: hipótese tributária ou pressuposto

legal do tributo;

(b) O momento concreto e individualizado de realização desta

previsão normativa, ou seja, a realização da hipótese de incidência no

mundo da vida real (chamado pela ESAF de fato da vida). Por

exemplo, o momento em que a pessoa ganha na loteria esportiva e

consequentemente aufere renda; a ocasião em que a pessoa compra

um automóvel e consequentemente se torna proprietário de um

veículo automotor etc. Este momento aqui é também denominado

pela doutrina de fato imponível, de fato jurídico tributário, de

hipótese de incidência realizada e de facto tributário.

(X) É importante você saber a diferença acima, porque volta e meia

os concursos teimam em cobrá-la. Entretanto, é importante saber

também que o CTN não diferencia estas realidades e coloca tudo “no

mesmo barco”, e, na maioria das vezes, as bancas examinadoras

cobram o tema como está definido na lei.

(XI) Vejamos o quadro seguinte para facilitar na assimilação do

assunto:

Fato gerador in abstrato Fato gerador in concreto

Hipótese de incidência, Hipótese

tributária e Pressuposto legal do

tributo.

Fato imponível, Fato jurídico

tributário, Hipótese de incidência

realizada e Facto tributário.

Previsão abstrata em lei Acontecimento na vida real (fato

da vida)

(XII) Fato gerador da obrigação principal é a situação definida

em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. São requisitos

cumulativos: necessidade e suficiência.

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(XIII) Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação

que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção

de ato que não configure obrigação principal.

(XIV) Existe uma classificação que divide os fatos geradores em

instantâneos, periódicos e continuados.

(XV) O fato gerador instantâneo ocorre quando sua realização se

dá num exato instante no tempo. Por exemplo, o imposto de

importação (II) se dá com o registro alfandegário da declaração

apresentada pelo importador à autoridade fiscal competente da

União.

(XVI) O fato gerador periódico (também denominado de

complexivo, completivo, continuativo ou de formação sucessiva)

acontece quando sua realização se completa ao longo de um espaço

de tempo. Por exemplo, o fato gerador do IR, eis que acontece ao

longo de um período de tempo, que, segundo a legislação do IR, é de

1° de janeiro até 31 de dezembro do mesmo ano.

(XVII) O fato gerador continuado ocorre quando é representado

por uma situação que se conserva no tempo, entretanto, a lei

tributária fixa para fins de praticidade tributária um determinado

momento para ocorrido o fato gerador. Por exemplo, o IPTU e o IPVA.

No IPTU, a situação de ser proprietário de um imóvel é uma situação

que se perdura no tempo, sendo que a legislação tributária fixa um

determinado instante para se considerar como o momento de

ocorrência do fato gerador (normalmente, 1.º de janeiro do ano civil).

(XVIII) Noutro ponto, existem autores que entendem que os fatos

geradores são exclusivamente instantâneos, uma vez que a

legislação tributária sempre estabelece somente um único momento

para fixar a ocorrência do fato gerador. Na hipótese do IR, é o último

momento do dia 31 de Dezembro do ano civil. No caso do IPTU, é o

dia 1.º de janeiro do ano civil. Deste modo, não se poderia falar em

fato gerador periódico ou continuado.

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(XIX) Por sua vez, salvo disposição de lei em contrário, considera-

se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:

(a) tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se

verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os

efeitos que normalmente lhe são próprios. Por exemplo, o fato

gerador do IR é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica

do rendimento (situação de fato). Outro exemplo, o imposto sobre

importação (II) tem como fato gerador a entrada do produto no

território nacional, mas a lei ordinária, de acordo com o CTN,

considera o fato gerador como ocorrido na data do registro da

declaração de importação na repartição aduaneira (situação de fato).

(b) tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que

esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável.

Isto significa que se deve analisar, neste caso, também outro ramo

do direito para se verificar quando a situação está definitivamente

concluída ou constituída. Por exemplo, em princípio, deve-se analisar

o Código Civil para se saber quando a propriedade é transmitida para

fins de incidência do imposto municipal de transmissão de bens

imóveis (ITBI). No caso, com o registro do título aquisitivo da

propriedade no cartório de registros públicos.

(XX) Com efeito, tratando-se de situação jurídica e salvo

disposição de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos

condicionais reputam-se perfeitos e acabados:

(a) sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu

implemento.

(b) sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do

ato ou da celebração do negócio.

(XXI) Condição significa uma cláusula decorrente da vontade das

partes, que subordina o efeito do negócio a um evento futuro e

incerto.

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(XXII) A condição suspensiva é aquela que suspende a eficácia do

negócio, enquanto a condição não se verificar. No direito tributário,

quando suspensiva a condição, verificam-se os efeitos tributários

quando acontece a condição. Por exemplo, a doação de objeto valioso

de um pai para a filha condicionada ao casamento da filha com um

rapaz. Enquanto o casamento não se confirmar, não terá eficácia a

doação. Portanto, é necessário o implemento desta condição

suspensiva (casamento) para se verificar a ocorrência do fato gerador

do imposto estadual sobre doações (ITCMD).

(XXIII) Já na condição resolutiva ou resolutória, para fins de

incidência tributária, é aquela em que fato gerador ocorre desde o

momento em que o ato jurídico é celebrado, independentemente da

condição. Assim, quando resolutória a condição, verificam-se os

efeitos tributários desde o momento da prática do ato ou celebração

do negócio. Neste caso, é irrelevante para o direito tributário a

condição, que significa, na verdade, o desfazimento do negócio. Por

exemplo, o contrato de compra e venda de imóvel sujeito a condição

resolutória de o comprador ter um futuro filho. Decerto, feito o

negócio e registrado o imóvel, dá-se o fato gerador do imposto sobre

transmissão de bens imóveis (ITBI), pois aconteceu a transmissão da

propriedade. Não importa para o direito tributário se, depois, o

negócio é desfeito por causa do acontecimento da condição

resolutória (nascimento do filho do comprador do imóvel).

(XXIV) Por sua vez, é relevante você saber que a autoridade

administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos

praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato

gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da

obrigação tributária, observados os procedimentos a serem

estabelecidos em lei ordinária (art. 116, parágrafo único, do

CTN). Esta regra é chamada de “norma antielisão”, pois busca

combater os procedimentos de planejamento tributário praticados

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pelo contribuinte com abuso de forma ou/e abuso de direito. Parte da

doutrina também denomina o art. 116, parágrafo único, do CTN, de

norma geral “antievasiva” ou “anti-simulação”.

(XXV) Preste atenção: (a) é a autoridade administrativa e não a

judicial que poderá desconsiderar (não é desconstituir) atos ou

negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular

(igualmente denominado pela ESAF de eclipsar) a ocorrência do

fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos

constitutivos da obrigação tributária; (b necessidade de lei

ordinária para ser aplicada, pois o dispositivo estabelece que

“observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei

ordinária”.

(XXVI) Doutro lado, cumpre mencionar que a definição legal do fato

gerador é interpretada abstraindo-se: (a) da validade jurídica dos

atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou

terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;

(b) dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos (art. 118, incs. I e

II, do CTN).

(XXVII) Decerto, são irrelevantes, para a interpretação da

ocorrência do fato gerador, a validade jurídica dos atos efetivamente

praticados, a natureza do objeto dos atos praticados e os efeitos dos

atos. Deste modo, todos os que realizarem o fato gerador deverão,

em princípio, pagar o tributo. Não se deve avaliar a nulidade ou

anulabilidade do ato jurídico, a capacidade civil do sujeito passivo, ou

mesmo a ilicitude do ato praticado. Com efeito, é legítima, por

exemplo, a cobrança do imposto municipal sobre serviços (ISS) do

advogado que presta serviços de consultoria jurídica, mesmo em

situação irregular perante a OAB. Outro exemplo, uma pessoa que

adquire renda derivada do exercício do jogo do bicho (atividade

ilícita) deve pagar o imposto de renda, uma vez que o fato previsto

em lei é a aquisição de renda e não o exercício do jogo do bicho

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(atividade ilícita).

Resumo teórico sobre Responsabilidade Tributária. Conceito.

Responsabilidade dos Sucessores. Responsabilidade de

Terceiros. Responsabilidade por Infrações.

1. A lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo

crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da

respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte

ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou

parcial da referida obrigação, de acordo com o art. 128 do CTN.

1.1 Com efeito, a lei formal, ao designar o terceiro como responsável

tributário, pode excluir a responsabilidade tributária do contribuinte

ou atribuí-la ao contribuinte em caráter supletivo do cumprimento da

obrigação tributária, hipótese de responsabilidade tributária

propriamente dita.

1.2 Distingui-se a responsabilidade por transferência e a

responsabilidade por substituição.

, como sujeito passivo da 1.2.1 Na responsabilidade por transferência

relação tributário pode aparecer o contribuinte e/ou o responsável

tributário, de forma solidária ou subsidiária. Assim, tal

responsabilidade é denominada de superveniente, derivada ou de

2°grau. Nessa senda, originariamente, o sujeito passivo é o

contribuinte e, posteriormente, em razão de acontecimento

superveniente ao fato gerador, a responsabilidade tributária é

transferida ao responsável tributário.

1.2.2 Já na responsabilidade por substituição, o sujeito passivo da

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relação tributária é o responsável tributário, desde o início da relação

jurídico-tributária. Por isto, é denominada de responsabilidade

originária ou de 1° grau, pois a lei criadora do tributo estabelece que

o sujeito passivo seja de pronto o responsável tributário. Desta

maneira, em princípio, não existe relação jurídico-tributária entre o

Fisco e o substituído, sendo o substituto totalmente responsável pelo

débito tributário e chamado por parte minoritária da doutrina de

sujeito passivo direto.

1.1.3 Tema bastante discutido na responsabilidade por substituição é

a responsabilidade do contribuinte substituído, em caso de não

recolhimento do tributo pelo substituto.

1.3.1 No caso, conforme o art. 128 do CTN, a lei pode excluir a

responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter

supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. Em

outras palavras, é a lei formal de cada tributo que deve tratar sobre a

matéria.

2. A doutrina dominante estabelece os seguintes tipos de

responsabilidade tributária: (i) responsabilidade por substituição

prevista no art. 150, §7°, da CF/88 e de acordo com o art. 128 do

CTN; (ii) responsabilidade por transferência, esta comporta três

situações possíveis: (iia) responsabilidade por solidariedade (arts.

124 e 125 do CTN); (iib) responsabilidade dos sucessores (arts.

129 a 133 do CTN)e (iiic) responsabilidade de terceiros, também

chamada por parte da doutrina de responsabilidade por

substituição ou transferência por substituição (arts. 134 e 135

do CTN); (iii) responsabilidade por infração à legislação (arts. 136

a 138 do CTN).

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2.1 A responsabilidade tributária deve ser sempre prevista em lei

formal e abrange os tributos e as multas tributárias, eis que o CTN

fala em responsabilidade pelo crédito tributário.

3. A substituição tributária orienta-se por proporcionar maior

eficiência e segurança na arrecadação e fiscalização tributária. Neste

sentido, pode ocorrer a substituição tributária “para frente” e a

substituição tributária “para trás”.

3.1 O instituto denominado de substituição tributária para frente

ou substituição tributária subseqüente ou progressiva, que é

juridicamente realizável no pagamento de imposto ou

contribuição é previsto no art. 150, §7°, da CF/88, fruto da Emenda

Constitucional (EC) n° 3/93, que afirma: “A lei poderá atribuir a

sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo

pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva

ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial

restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador

presumido”.

3.1.1 O STF entendeu pela legitimidade desta sistemática, mesmo

antes da EC n° 3/93.

3.1.2 A pessoa que a lei ordena que substitua o contribuinte é

chamada de “responsável por substituição” ou, ainda, “contribuinte

substituto”, ou “substituto tributário”. Este é uma terceira pessoa

escolhida pela lei, que vem e ocupar o lugar do contribuinte, antes

da ocorrência do fato gerador.

3.1.3 Destarte, acontece a antecipação do recolhimento do tributo

cujo fato gerador ocorrerá (se ocorrer) em um momento posterior

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(“para frente”). Isto é, o crédito tributário pode ser exigido antes da

ocorrência do fato gerador da obrigação principal.

3.1.4 Neste sentido, a substituição tributária para frente é

considerada uma ficção jurídica, pois ocorre a antecipação do

pagamento do tributo, sem que se disponha de base de cálculo apta a

dimensionar o fato gerador, uma vez que este ainda não ocorreu

(fato gerador presumido).

, o responsável tributário 3.1.5 Na substituição tributária pra frente

deve pagar um ou mais tributos (impostos ou contribuições),

incidentes sobre situações futuras.

3.1.6 Assim, exemplificando, os impostos incidentes em toda uma

"cadeia produtiva" poderão ser pagos antecipadamente, deformando

o caráter plurifásico de tributos como o ICMS e o IPI. Por

conseguinte, tais impostos passam a ter caráter monofásico, eis que

acontece o pagamento por antecipação e não mais diversos

pagamentos em toda a cadeia produtiva, propiciando comodidade e

praticidade ao fisco.

3.1.7 Com efeito, no ICMS, o art. 6° da LC 87/06 dispõe que a lei

estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário a

qualquer título a responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em

que assumirá a condição de substituto tributário.

3.1.7.1 Nessa senda, por exemplo, normalmente, no caso de veículos

novos, ao deixarem a indústria em direção às concessionárias, deve-

se pagar o ICMS, antes mesmo de ocorrer o fato gerador. Do mesmo

modo, nas indústrias de cigarro e refrigerante, em que o ICMS é

recolhido na saída da indústria.

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3.1.8 Noutro ponto, nas contribuições tributárias para o

financiamento da seguridade social (COFINS) e para o programa de

integração social (PIS) também acontece a substituição tributária pra

frente. As refinarias, por exemplo, são responsáveis tributárias pelo

pagamento antecipado destas contribuições, que, em tese, deveriam

ser devidas pelos distribuidores e comerciantes varejistas de

combustíveis.

3.1.9 Ponto importante é a restituição do imposto ou

contribuição na substituição tributária para frente.

3.1.9.1 A CF/88 estabelece que deva ser assegurado a imediata e

preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato

gerador presumido (CF, art. 150, §7°).

3.1.9.2 Com base em tal dispositivo, o art. 10 da LC 87/06 (ICMS)

estatui que é assegurado ao contribuinte substituído o direito à

restituição do valor do imposto pago por força da substituição

tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não

se realizar.

3.1.9.3 E a interpretação ainda atual do STF é exatamente esta, ou

seja, a restituição restringe-se apenas à hipótese de não

ocorrer o fato gerador presumido, não havendo que se falar

em tributo pago a maior ou a menor por parte do contribuinte

substituído (ADI 1.851/AL, RE 309.405-ED/MT, AI 337.655-AgR/RS,

RE 373.011-AgR).

3.2 Por sua vez , também existe a substituição tributária “para

trás” ou regressiva, com base no art. 128 do CTN.

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3.2.1 Ao contrário da substituição “para frente”, na substituição

tributária “para trás” ocorre a postergação (adiamento ou

diferimento) do pagamento do tributo para momento posterior à

ocorrência do fato gerador, ou seja, não há contemporaneidade do

pagamento com o fato gerador.

3.3 No que se refere ao instituto da retenção na fonte, o parágrafo

único do art. 45 do CTN é o exemplo clássico, dispondo que “a lei

pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis

a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento

lhe caibam”.

3.3.1 Decerto, existe uma discussão doutrinária forte sobre a

natureza jurídica da retenção na fonte. São três correntes: (i) é uma

espécie de substituição tributária “pra trás”; (ii) é uma espécie de

responsabilidade tributária simples, nos termos do art. 121, II, do

CTN; (iii) é uma obrigação tributária acessória ou dever instrumental

do agente arrecadador.

3.3.2 O que importa realmente é você saber o atual entendimento do

STJ.

3.3.2.1 A falta de retenção do imposto de renda (IR) pela fonte

pagadora não isenta o contribuinte do pagamento do tributo,

pois é ele quem tem relação direta e pessoal com a situação que

configura o fato gerador da exação. Isto é, a falta de cumprimento do

dever de recolher na fonte pelo responsável tributário, não exclui a

obrigação do contribuinte, que auferiu a renda, de oferecê-la à

tributação (ERESP 644.223/SC e 380.081/SC);

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3.3.2.2 A responsabilidade do contribuinte só será excluída se ocorrer

comprovação de que a fonte pagadora reteve o IR a que estava

obrigada (REsp 795.131⁄AL).

3.3.2.3 O contribuinte continua obrigado a declarar o valor por

ocasião do ajuste anual do IR, podendo, inclusive, receber restituição

ou ser obrigado a suplementar o pagamento do IR (REsp

652.293⁄PR).

4. Os arts. 129 a 133 do CTN tratam da responsabilidade

tributária dos sucessores.

4.1 Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos

tributários definitivamente constituídos ou em curso de constituição à

data dos atos nela referidos, e aos constituídos posteriormente aos

mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias

surgidas até a referida data.

4.2 Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato

gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens

imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços

referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se

na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do

título a prova de sua quitação. Parágrafo único. No caso de

arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o

respectivo preço.

4.3 Art. 131. São pessoalmente responsáveis: I - o adquirente

ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou

remidos; II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro,

pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou

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adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do

quinhão do legado ou da meação; III - o espólio, pelos tributos

devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.

4.4 Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de

fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é

responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas

pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou

incorporadas. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos

casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a

exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio

remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou

sob firma individual.

4.4 Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado

que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou

estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a

respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob

firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao

fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: I -

integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio,

indústria ou atividade; II - subsidiariamente com o alienante, se

este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a

contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro

ramo de comércio, indústria ou profissão. § 1o O disposto no caput

deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: I –

em processo de falência; II – de filial ou unidade produtiva isolada,

em processo de recuperação judicial. § 2o Não se aplica o disposto

no § 1o deste artigo quando o adquirente for: I – sócio da sociedade

falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo

devedor falido ou em recuperação judicial; II – parente,

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em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consangüíneo ou

afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de

seus sócios; ou III – identificado como agente do falido ou do

devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a

sucessão tributária. § 3o Em processo da falência, o produto da

alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada

permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de

falência pelo prazo de 1 (um) ano, contado da data de alienação,

somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos

extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.

4.5 Na responsabilidade dos sucessores, percebe-se que a obrigação

tributária se transfere para outro devedor em virtude do

“desaparecimento” do devedor original ou por venda do imóvel ou do

estabelecimento empresarial, sendo que, em princípio, a obrigação

tributária se transfere para o comprador.

4.6 Logo, é importante, para fins de atribuição da

responsabilidade por sucessão, a data da ocorrência do fato

gerador e não a data da constituição do crédito tributário.

4.6.1 Assim, segundo o art. 129 do CTN, esta responsabilidade se

aplica por igual aos créditos tributários definitivamente constituídos

ou em curso de constituição à data dos atos nela referidos, e

aos constituídos posteriormente aos mesmos atos, desde que

relativos a obrigações tributárias surgidas até a referida data.

4.7 Decerto, a doutrina classifica os casos de responsabilidade dos

sucessores da seguinte forma: (i) responsabilidade por sucessão

imobiliária (CTN, art. 130); (ii) responsabilidade por sucessão

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pessoal (CTN, art. 131); (iii) responsabilidade por sucessão

empresarial (CTN, arts. 133 e 133).

4.7.1 Na responsabilidade por sucessão imobiliária os créditos

tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,

o domínio útil ou a posse de bens imóveis (IPTU, ITR), e bem assim

os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens

(taxa de lixo domiciliar), ou a contribuições de melhoria sobre a

valorização do imóvel, subrogam-se na pessoa dos respectivos

adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua

quitação (CTN, art. 130).

4.7.1.1 O título que prova a quitação tributária é, por exemplo, a

certidão negativa de débitos tributários.

4.7.1.2 No caso, o arrematante em hasta pública (leilão) não é

responsável tributário pelo pagamento do tributo sobre bens

imóveis, ocorrendo a sub-rogação real sobre o preço do bem

arrematado, conforme o parágrafo único do art. 130 do CTN.

4.7.1.3 Todavia, devemos esclarecer que atualmente a jurisprudência

do STJ tem estendido tal regra também aos bens móveis e

semoventes.

4.7.1.3.1 “O credor que arremata veículo em relação ao qual pendia

débito de IPVA não responde pelo tributo em atraso. O crédito

proveniente do IPVA subroga-se no preço pago pelo arrematante.

Alcance do art. 130, parágrafo único, do CTN. Se, entretanto, o bem

foi adjudicado ao credor, é encargo deste, depositar o valor

correspondente ao débito por IPVA. (REsp 905.208/SP, DJ

31/10/2007)

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4.7.1.3.2 Ainda sobre o art. 130, parágrafo único, do CTN, o STJ

também já decidiu que se edital do leilão prevê a responsabilidade do

arrematante por dívidas tributárias, há a renúncia tácita do

adquirente do bem, que é apta a afastar a incidência do dispositivo

no caso. Isto é, prestigiando-se as normas do leilão, o STJ

compreende que aquele que participa do leilão, inclusive procedendo

a arrematação do bem, aceita as condições contidas no edital do

leilão e, por consequência, renúncia tacitamente ao disposto no

parágrafo único do artigo 130 do CTN (por exemplo, REsp Nº

716.438/PR, DJ 17/12/2008).

.

4.7.2 Por outro lado, na responsabilidade por sucessão pessoal,

existem três regras fundamentais: (a) o adquirente ou remitente,

responde pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos (é a

regra geral - art. 131, I); (b) o sucessor a qualquer título e o

cônjuge meeiro, responde pelos tributos devidos pelo de cujus até a

data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao

montante do quinhão do legado ou da meação (art. 131, II); (c) o

espólio, responde pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da

abertura da sucessão (art. 131, III).

4.7.2.1 Na hipótese dos incisos II e III, do art. 131, do CTN,

denominado também de sucessão causa mortis ou hereditária,

verificamos algumas hipóteses relevantes: (i) tributos devidos pelo de

cujus (“morto”) até a data da morte (“abertura da sucessão”), o

responsável é o espólio; (ii) tributos devidos pelo de cujus não pagos

pelo espólio até a data da partilha ou adjudicação, responde o

sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, limitado ao montante

do seu respectivo quinhão (bens transferidos a cada um); (iii) fatos

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geradores ocorridos após a partilha ou adjudicação, os sucessores e o

cônjuge meeiro são contribuintes e não responsáveis.

4.7.2.1.1 Destacamos que o sucessor a qualquer título é considerado

o indivíduo que passa a ser proprietário do bem em razão do

falecimento do proprietário anterior. E a responsabilidade tributária é

limitada à data da partilha ou da adjudicação, porque, a partir desse

momento, o sucessor adquire a condição de proprietário do bem.

Decerto, a responsabilidade tributária é limitada ao valor do bem

transferido.

4.7.2.2 Lembramos aqui também o entendimento da jurisprudência

do STJ afirmando que, além do tributo, também pode ser cobrada a

multa aplicada antes da sucessão, a saber: “É iterativo o

entendimento do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que a

multa aplicada antes da sucessão incorpora-se ao patrimônio do con-

tribuinte, podendo ser exigida do sucessor nas hipóteses que restar

configurada a responsabilidade por sucessão” (STJ. REsp 530811/PR.

DJ de 26/03/07)

, de 4.7.3 Noutro ponto, na responsabilidade por sucessão empresarial

acordo com os incisos I e II, do art. 133 do CTN, a pessoa natural ou

jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título,

fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou

profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma

ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde

pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento

adquirido, devidos até à data do ato: (i) integralmente, se o

alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;

(ii) subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na

exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da

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alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,

indústria ou profissão. Aqui há benefício de ordem, devendo-se

cobrar a dívida tributária do alienante e, na hipótese de inadimplência

deste, cobra-se do adquirente.

4.7.3.2 A Lei Complementar 118/2005 com o objetivo de adequar o

CTN a nova Lei de recuperação judicial, extrajudicial e falência do

empresário e da sociedade empresária (11.101/2005), acrescentou

algumas regras ao art. 133 do CTN.

4.7.3.2.1 Primeiro, visando satisfazer os credores do falido e também

a recuperação judicial da empresa, estabeleceu que art. 133 não se

aplica na hipótese de alienação judicial: (a) em processo de falência;

(b) de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de

recuperação judicial (CTN, §1°, do art. 133).

4.7.3.2.2 Segundo, objetivando evitar fraudes neste último

procedimento, dispõe que não se aplica o § 1° do art. 133 quando o

adquirente for: (a) sócio da sociedade falida ou em recuperação

judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em

recuperação judicial; (b) parente, em linha reta ou colateral até o 4o

(quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em

recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou (c)

identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação

judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária.

4.7.3.2.3 Terceiro, com o objetivo de preservar a ordem de

classificação dos créditos na falência, dispõe que, em processo da

falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade

produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do

juízo de falência pelo prazo de 1 (um) ano, contado da data de

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alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de

créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.

4.7.3.3 Por sua vez, na sucessão societária, de acordo com o art. 132

do CTN, a pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão,

transformação ou incorporação de outra ou em outra é

responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas

jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou

incorporadas.

4.7.3.3.1 A pessoa jurídica resultante da operação societária será

responsável pelos tributos devidos até a data do ato das respectivas

operações.

4.7.3.3.2 Destacamos que são quatro, segundo o ordenamento

vigente, os casos de operações societárias, pelas quais as sociedades

empresariais mudam o seu perfil societário, com o objetivo de dotá-

las de forma mais adequada à realização dos negócios sociais e do

cumprimento das obrigações tributárias, que são as seguintes: (i)

Fusão, sendo a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades

para formar sociedade nova; (ii) Transformação, que é a operação

de mudança de tipo societário, por exemplo, a sociedade empresarial

limitada torna-se sociedade anônima, ou vice-versa; (iii)

Incorporação, considerada a operação pela qual uma ou mais

sociedades são absorvidas por outra; (iv) Cisão, que pode ser total

ou parcial. A cisão total é a operação pela qual se extingue uma

pessoa jurídica, transferindo todo o seu patrimônio para outras duas

pessoas jurídicas. Já a cisão parcial acontece quando houver apenas

a subtração de parte de patrimônio de uma pessoa jurídica, com o

objetivo de compor o patrimônio de outras pessoas jurídicas.

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5. A responsabilidade de terceiros ou responsabilidade por

imputação legal é disciplinada nos arts. 134 e 135 do CTN.

5.1 Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do

cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte,

respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem

ou pelas omissões de que forem responsáveis: I - os pais, pelos

tributos devidos por seus filhos menores; II - os tutores e curadores,

pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados; III - os

administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por

estes; IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; V - o

síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou

pelo concordatário; VI - os tabeliães, escrivães e demais

serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos

praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício; VII - os

sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. Parágrafo

único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de

penalidades, às de caráter moratório.

5.2 Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos

correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos

praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato

social ou estatutos: I - as pessoas referidas no artigo 134; II - os

mandatários, prepostos e empregados; III - os diretores, gerentes ou

representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

5.3 Decerto, tais dispositivos tratam de hipótese de responsabilidade

tributária de terceiro, que, em tese, tinha o dever de zelar pelo

pagamento do crédito tributário e não o fez.

5.4 Ressaltamos que, na verdade, o art. 134, do CTN, trata de

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responsabilidade subsidiária e não solidária plena, uma vez que não

se pode cobrar tanto de um como de outro (art. 124, I e II do CTN),

havendo uma ordem de preferência a ser seguida. Assim, o Fisco só

pode acionar a responsabilidade do terceiro se comprovada à

ausência ou insuficiência dos bens do próprio contribuinte.

5.5 Mas é importante frisarmos que constantemente em concurso

adota-se o dispositivo literal do caput do art. 134 que fale em

“solidariedade”. Portanto, marque como correta tal alternativa, sem

pestanejar, se o enunciado da questão é omisso ou se refere aos

termos do art. 134.

5.6 De acordo com o art. 134, realçamos que os terceiros devem

responder pela obrigação tributária apenas com o preenchimento de

duas condições: (i) que seja impossível exigir o cumprimento da

obrigação tributário pelo contribuinte, ou seja, primeiro o Fisco deve

cobrar do contribuinte; (ii) que o não-pagamento do tributo decorra

de intervenção ou omissão do terceiro.

5.6.1 Em relação a multa, o parágrafo único do art. 134 é bem claro,

só cabe a transferência da responsabilidade das multas de caráter

moratório que decorrem do simples atraso do pagamento do tributo

e não das multas de caráter punitivo ou multas de ofício que

decorrem de atos ilícitos praticados pelo contribuinte.

5.7 Noutro ponto, em relação a responsabilidade de terceiros que

atuam irregularmente, o art. 135 do CTN estatuiu que o terceiro que

atua de forma irregular, praticando atos com excesso de poderes ou

infração de lei, contrato social ou estatutos, são pessoalmente

responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias

resultantes de tais atos, elencando como responsável pessoal: (a) as

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pessoas referidas no artigo 134; (b) os mandatários, prepostos e

empregados; (c) os diretores, gerentes ou representantes de

pessoas jurídicas de direito privado.

5.7.1 Os representantes de pessoas jurídicas de direito privado não

são responsáveis por todos os tributos devidos pela empresa,

resultantes de atos praticados no regular exercício de suas

atividades, sendo que estes representantes são pessoalmente

responsáveis apenas pelos créditos correspondentes a obrigações

tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou

infração de lei, contrato social ou estatutos.

5.7.2 Decerto, ressaltamos também que para a configuração da

responsabilidade tributária do art. 135 do CTN é necessário a

comprovação, pelo Fisco, de que o terceiro denominado de

responsável agiu com excesso de poderes, ou cometeu infração à lei,

contrato ou estatuto.

5.7.3 Por outro lado, se o nome deste terceiro responsável figurar na

Certidão de Dívida Ativa (CDA) que embasa a execução fiscal, há

inversão do ônus da prova, incumbindo ao terceiro comprovar que

não se trata das hipóteses arroladas no art. 135 do CTN, caso em que

aplicável a presunção relativa de liquidez e certeza do título executivo

extrajudicial.

5.7.4 Noutro ponto, devemos afirmar que é importante você saber

que o simples inadimplemento do tributo, em tese, não

caracteriza infração legal, eis que inexistindo prova de que se

tenha agido com excesso de poderes, ou infração de contrato social

ou estatutos, não há falar-se em responsabilidade tributária do ex-

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sócio a esse título ou a título de infração legal (STJ. EDAGA

471387/SC)

5.7.5 Com efeito, ressaltamos também que é firme a jurisprudência

do STJ no sentido de que a dissolução irregular da sociedade

acarreta essa responsabilidade tributária, nos termos do art.

134, VII e 135 do CTN (EResp 716.412, DJ de 22.09.08).

6 A responsabilidade por infração tributária é regulada segundo

os arts. 136 a 138 do CTN.

6.1 Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a

responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da

intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e

extensão dos efeitos do ato.

6.2 Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente: I - quanto às

infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo

quando praticadas no exercício regular de administração, mandato,

função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa

emitida por quem de direito; II - quanto às infrações em cuja

definição o dolo específico do agente seja elementar; III - quanto às

infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico:

(a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem

respondem; (b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra

seus mandantes, preponentes ou empregadores; (c) dos diretores,

gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado,

contra estas.

6.3 Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia

espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento

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do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância

arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do

tributo dependa de apuração. Parágrafo único. Não se considera

espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer

procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados

com a infração.

6.4 Apesar de a infração ser de índole administrativa, a

responsabilidade por infração tributária também é denominada de

responsabilidade tributária penal e não penal tributária (crimes

tributários). Assim, na verdade, a responsabilidade por infrações no

direito tributário se refere a multa de natureza administrativa, em

razão do não pagamento do tributo ou do descumprimento do dever

instrumental.

6.5 De acordo com o art. 136 do CTN, a responsabilidade por

infrações no direito tributário é, em princípio, objetiva, porque

independe da intenção do agente ou do responsável e da

efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.

6.6 Noutro ponto, o art. 137 do CTN, afirma que a responsabilidade é

pessoal ao agente: (i) quanto às infrações conceituadas por lei

como crimes ou contravenções, salvo quando praticadas no exercício

regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no

cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito; (ii)

quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente

seja elementar; (iii) quanto às infrações que decorram direta e

exclusivamente de dolo específico: (a) das pessoas referidas no

artigo 134, contra aquelas por quem respondem; (b) dos

mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes,

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preponentes ou empregadores; (c) dos diretores, gerentes ou

representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra estas.

6.6.1 Diante do exposto, percebemos que nos casos citados o

executor material da infração é que deve ser punido e não aqueles

que legalmente deveriam cumprir com a obrigação tributária

acessória ou principal (sujeito passivo da relação tributária).

6.7 Por sua vez, dispõe o art. 138 do CTN, que a responsabilidade é

excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for

o caso, do pagamento do tributo devido, dos juros de mora e da

correção monetária, ou do depósito da importância arbitrada pela

autoridade administrativa, quando o montante do tributo depende de

apuração. Todavia, não se considera espontânea a denúncia

apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo

ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.

6.7.1 O inadimplente se apresenta à repartição fiscal, com o objetivo

de pagar os tributos a destempo, em um ato de livre e espontânea

vontade. Nesse rumo, as multas punitivas são excluídas, quando o

infrator leva ao conhecimento do Fisco a ocorrência de infração e

efetua o pagamento do eventual tributo devido, antes do início de

qualquer procedimento de fiscalização.

6.7.2 Portanto, preste atenção: não se considera espontânea a

denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento

administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a

infração.

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6.7.3 Do mesmo modo, a “simples confissão da dívida, acompanhada

do seu pedido de parcelamento, não configura denúncia espontânea”

(Súmula 208 do antigo TFR).

6.7.4 A denúncia espontânea deve está acompanhada do pagamento

integral do tributo, dos juros de mora e da correção monetária.

6.7.5 Ressaltamos também a recente súmula 360 do STJ, dispondo

que o benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos

sujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados,

mas pagos a destempo.

1. (ESAF/PFN/2005/adaptada) Considerando o tema

“obrigação tributária” e as disposições do CTN, marque com

(V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao

final a opção correspondente.

( ) Quando a lei se refere à obrigação tributária principal, ela

quer se referir aos procedimentos exigidos do contribuinte

para assegurar a melhor fiscalização do pagamento.

( ) A multa pode ser considerada espécie do gênero tributo, já

que está abrangida, pelo Código Tributário Nacional, no

conceito de “obrigação tributária principal”.

( )A obrigação acessória nasce em razão da ocorrência de um

fato gerador e independe de providência da autoridade fiscal

para ser exigida.

a) V, V, V.

b) F, V, F.

c) F, F, F.

d) V, F, V.

e) V, F, V.

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A resposta é a letra “c” (F, F, F).

A primeira alternativa é falsa, uma vez que quando a lei se

refere à obrigação tributária acessória, ela quer se referir aos

procedimentos exigidos do contribuinte para assegurar a melhor

fiscalização do pagamento. E não obrigação tributária principal como

diz a questão.

A segunda alternativa é falsa, eis que a multa não pode ser

considerada espécie do gênero tributo, já que está abrangida, pelo

Código Tributário Nacional, no conceito de “obrigação tributária

principal”. O art. 3°, do CTN, define que tributo não constitui sanção

de ato ilícito.

A terceira alternativa é falsa também, sendo assunto a ser

tratado na aula sobre crédito e lançamento tributário. Mas já

adiantando um pouco, a obrigação tributária acessória e também a

obrigação principal apenas torna-se líquida e exigível pela consti-

tuição do crédito tributário através do lançamento tributário feito pela

autoridade administrativa competente, conforme o art. 142 do CTN.

2. (AFTN/98/ESAF) A multa por descumprimento de obrigação

acessória relativa ao imposto de renda

a) tem a natureza de tributo, por converter-se em obrigação

tributária principal o descumprimento de obrigação acessória.

b) tem a natureza de imposto, porque sua natureza específica

é dada pelo respectivo fato gerador.

c) não tem a natureza de tributo, mas a de uma obrigação

tributária acessória.

d) não tem natureza tributária porque a penalidade por

descumprimento de obrigação acessória é de caráter

administrativo.

e) não tem a natureza de tributo por constituir sanção de ato

ilícito.

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A resposta é a letra “e”. A multa por descumprimento de

obrigação acessória relativa ao imposto de renda não tem a natureza

de tributo por constituir sanção de ato ilícito. O art. 3°, do CTN,

dispõe que tributo não constitui sanção de ato ilícito.

3. (TRF/2005/ESAF) Sobre a obrigação tributária acessória,

é incorreto afirmar-se que

a) tem por objeto prestações positivas previstas na legislação

tributária.

b) tal como a obrigação principal, supõe, para o seu

surgimento, a ocorrência de fato gerador.

c) objetiva dar meios à fiscalização tributária para a

investigação e o controle do recolhimento de tributos.

d) sua inobservância converte-se em obrigação principal,

relativamente a penalidade pecuniária.

e) realizar matrícula no cadastro de contribuintes, emitir nota

fiscal e apresentar declarações ao Fisco constituem, entre

outros, alguns exemplos.

A resposta é a letra “a”.

O examinador da ESAF entendeu que a primeira assertiva

(letra “a”) estava incompleta, dizendo que a obrigação tributária

acessória tem por objeto prestações positivas previstas na legislação

tributária.

Na verdade, a obrigação tributária acessória tem por objeto

prestações positivas (fazer) e negativas (não fazer ou tolerar),

previstas na legislação tributária, no interesse da arrecadação ou da

fiscalização dos tributos.

A letra “b” foi considerada verdadeira, eis que o examinador

compreendeu que a obrigação tributária acessória tal como a

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obrigação principal, supõe, para o seu surgimento, a ocorrência de

fato gerador. Vamos estudar fato gerador no próximo item desta

aula.

A letra “c” é verdadeira, pois a obrigação tributária acessória

objetiva dar meios à fiscalização tributária para a investigação e o

controle do recolhimento de tributos.

A letra “d” é verdadeira, porque inobservância da obrigação

tributária acessória converte-se em obrigação principal, relativamente

a penalidade pecuniária.

A letra “e” é verdadeira, porque são exemplos de obrigação

tributária acessória a realização de matrícula no cadastro de

contribuintes, a emissão de nota fiscal e a apresentação de

declarações ao Fisco.

4. (AFRF/2002-1/ESAF) Avalie as afirmações abaixo e marque

a opção que corresponda, na devida ordem, ao acerto ou erro

de cada uma (V ou F, respectivamente).

1. Multa decorrente de obrigação acessória constitui obrigação

principal.

2. Se a lei impõe a determinados sujeitos que não façam

alguma coisa, está a impor-lhes uma obrigação tributária

acessória.

3. Quando um sujeito passivo não está sujeito ao imposto,

mas apenas a prestar informações ao fisco sobre matéria de

interesse da fiscalização, esta é sua obrigação tributária

principal.

a) V, V, V

b) V, V, F

c) V, F, F

d) F, F, F

e) F, F, V

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A resposta é a letra “c” (V, F, F).

O primeiro item é verdadeiro, pois a multa decorrente de

obrigação acessória constitui obrigação principal.

Como eu disse na aula, quando o contribuinte descumpre o

dever de realizar a declaração de rendimentos (exemplo de obrigação

acessória) faz surgir uma obrigação principal, que é o dever de pagar

a multa fiscal.

Deste modo, é verdadeira a assertiva afirmando que no direito

tributário a multa originada do descumprimento da obrigação

acessória equivale a uma obrigação principal.

O segundo item é falso, pois a afirmativa é incompleta. Se a

lei impõe a determinados sujeitos que não façam alguma coisa, está

a impor-lhes uma obrigação tributária acessória ou qualquer outro

tipo de obrigação, que não necessariamente será tributária, podendo

ser civil, penal, comercial, trabalhista etc. Faltou o item enunciar que

deve ser no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos

tributos.

O terceiro item é falso, porque quando um sujeito passivo não

está sujeito ao imposto, mas apenas a prestar informações ao fisco

sobre matéria de interesse da fiscalização, esta é sua obrigação

tributária acessória e não principal.

5. (ESAF/AFRFB/2010) Sobre a obrigação tributária

principal e acessória e sobre o fato gerador do tributo,

assinale a opção correta.

a) Segundo o Código Tributário Nacional, a obrigação de

pagar multas e juros tributários constitui-se como obrigação

acessória.

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b) A obrigação acessória, quando não observada, converte-

se em obrigação principal somente em relação à penalidade

pecuniária.

c) A existência de uma obrigação tributária acessória

pressupõe a existência de uma obrigação tributária

principal.

d) A instituição de obrigação acessória, com a finalidade de

dar cumprimento à obrigação principal, deve atenção ao

princípio da estrita legalidade.

e) No Sistema Tributário Nacional, admite-se que a

obrigação de fazer, em situações específicas, seja

considerada obrigação tributária principal.

Letra (A). A obrigação de pagar multas e juros tributários

constitui-se como obrigação tributária principal (art. 113, §1°, CTN).

Logo, incorreta.

Letra (B). A obrigação acessória, pelo simples fato da sua

inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à

penalidade pecuniária (art. 113, §3°, CTN). Isto significa, noutras

palavras, que quando o contribuinte descumpre o dever de realizar a

declaração de rendimentos (obrigação acessória) faz surgir uma

obrigação principal, que é o dever de pagar a multa fiscal. Logo,

correta.

Letra (C). A obrigação tributária acessória é autônoma em

relação à obrigação tributária principal. Mesmo que o contribuinte não

esteja obrigado a cumprir a obrigação principal, a acessória subsiste.

Logo, incorreta.

Letra (D). A obrigação acessória decorre da legislação tributária

(art. 113, §2º, CTN). Decerto, a legislação tributária compreende não

somente as leis (inclusive tratados e convenções internacionais),

como também os decretos e as normas complementares que versem,

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no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles

pertinentes (art. 96 do CTN). Logo, incorreta.

Letra (E). A obrigação tributária acessória significa obrigação de

fazer (positiva) ou não fazer (negativa), despida de qualquer cunho

pecuniário. E a obrigação principal é a prestação representante do ato

de pagar (tributo ou multa). Portanto, a obrigação principal é uma

obrigação de dar, com cunho pecuniário (dinheiro), e não obrigação

de fazer. Logo, incorreta.

6. (ESAF/AFTN) A obrigação que tem por objeto o pagamento

de multa é chamada de obrigação _______________ .

_______________ dessa obrigação é a situação definida em

lei como necessária e suficiente à ocorrência desta. A validade

jurídica dos atos efetivamente praticados não interessa na

interpretação de norma definidora _______________ .

Escolha a opção que contenha as palavras que, correta e

respectivamente, preencham o sentido dos períodos acima.

a) principal / O fato gerador / do fato gerador

b) impositiva / O efeito / do lançamento

c) penal / O lançamento / da cobrança

d) sancionatória / O fato gerador / da condição suspensiva

e) punitiva / A fonte / da outorga de isenção

A resposta é a letra “a”, pois a obrigação que tem por objeto o

pagamento de multa é chamada de obrigação principal (art. 113,

§1°, do CTN).

O fato gerador dessa obrigação é a situação definida em lei

como necessária e suficiente à ocorrência desta (art. 114, do

CTN).

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A validade jurídica dos atos efetivamente praticados não

interessa na interpretação de norma definidora do fato gerador (art.

118, inc. I, do CTN).

7. (ESAF/AFRF/2005) Leia cada um dos assertos abaixo e

assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois,

marque a opção que contenha a exata seqüência.

( ) A situação definida em lei, desde que necessária para o

nascimento da obrigação tributária principal é o seu fato

gerador.

( ) Qualquer situação que, na forma da legislação aplicável,

impõe a prática de um ato que não tenha por objeto o

pagamento de tributo ou multa, é obrigação tributária

acessória.

( ) Atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de

encobrir a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza

dos elementos constitutivos da obrigação tributária, desde que

legítimos perante a legislação civil, não podem ser

desconsiderados pela autoridade tributária.

a) V V V

b) F V V

c) F F F

d) F F V

e) V F V

A resposta é a letra “c” (F, F, F).

O primeiro item é falso, porque o fato gerador da obrigação

principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à

sua ocorrência. Faltou no item suficiente. É o detalhe do detalhe

fazendo a diferença.

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O segundo item é falso, porque a não é qualquer situação

que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática de um ato que

não tenha por objeto o pagamento de tributo ou multa, é obrigação

tributária acessória. Esta decorre da legislação tributária e tem por

objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no

interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

O terceiro item é falso, porque diz que atos ou negócios

jurídicos praticados com a finalidade de encobrir a ocorrência do fato

gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da

obrigação tributária, desde que legítimos perante a legislação

civil, não podem ser desconsiderados pela autoridade

tributária.

O art. 116, parágrafo único, do CTN é claríssimo: “A

autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios

jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do

fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da

obrigação tributária, observados os procedimentos a serem

estabelecidos em lei ordinária”.

8. (ESAF/AFTE/RN/2005/adaptada) Marque a resposta

correta, considerando as formulações abaixo.

I – A definição legal do fato gerador deve ser verificada

independentemente da validade jurídica dos atos praticados.

II - A obrigação tributária acessória, pelo simples fato da sua

inobservância, converte-se em obrigação principal

relativamente à penalidade não pecuniária.

III - O Código Tributário Nacional não permite a tributação de

rendas provenientes de atividades ilícitas.

IV - De acordo com o Código Tributário Nacional, cabe

exclusivamente à autoridade judicial competente

desconsiderar, em decisão fundamentada, os atos ou negócios

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jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a natureza

dos elementos constitutivos da obrigação tributária.

a) Somente I é verdadeira.

b) Somente I e II são verdadeiras.

c) Somente I, II e III são verdadeiras.

d) Somente II, III e IV são verdadeiras.

e) Somente III e IV são verdadeiras.

A resposta é letra “a”. Somente I é verdadeira.

O primeiro item é verdadeiro, porque a definição legal do fato

gerador independe da validade jurídica dos atos efetivamente

praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como

da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;

O segundo item é falso, porque a obrigação tributária

acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em

obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. E a

questão dispõe de forma errada que é “não pecuniária”.

O terceiro item é falso, porque o Código Tributário Nacional

(CTN) permite a tributação de rendas provenientes de atividades

ilícitas, como demonstrado nesta aula.

O quarto item é falso, porque o Código Tributário Nacional não

estabelece que cabe exclusivamente à autoridade judicial

competente desconsiderar, os atos ou negócios jurídicos praticados

com a finalidade de dissimular a natureza dos elementos constitutivos

da obrigação tributária, mas sim a autoridade administrativa

observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.

9. (ESAF/IRB/2006) Assinale a alternativa correta.

a) A validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelo

sujeito passivo é um dos elementos que devem ser

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considerados na interpretação da definição legal do fato

gerador.

b) a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou

negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a

ocorrência do fato gerador do tributo ou dos elementos

constitutivos da obrigação tributária, observados os

procedimentos do Código Tributário Nacional.

c) A definição legal do fato gerador não pode ser verificada se

for abstraída a validade jurídica dos atos praticados.

d) uma vez verificado o nascimento da obrigação tributária,

com a realização do fato gerador, o sujeito passivo torna-se

imediatamente compelível ao pagamento do tributo

pertinente, sendo desnecessária a prática de quaisquer atos

formais por parte do sujeito ativo, em quaisquer hipóteses.

e) O Código Tributário Nacional admite que a autoridade

administrativa, desde que observados os procedimentos a

serem estabelecidos em lei ordinária, desconsidere atos ou

negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a

ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos

elementos constitutivos da obrigação tributária.

A resposta é letra “e”, segundo o art. 116, parágrafo único, do

CTN.

A letra “a” é incorreta, uma vez que a validade jurídica dos

atos efetivamente praticados pelo sujeito passivo não devem ser

considerados na interpretação da definição legal do fato gerador.

A letra “b” é incorreta, uma vez que a autoridade

administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos

praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato

gerador do tributo ou dos elementos constitutivos da obrigação

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tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei

ordinária e não no Código Tributário Nacional (lei complementar).

A letra “c” é incorreta, uma vez que a definição legal do fato

gerador pode ser verificada se for abstraída a validade jurídica dos

atos praticados.

A letra “d” é incorreta (assunto da aula de lançamento

tributário), pois a obrigação tributária apenas torna-se líquida e

exigível pela constituição do crédito tributário através do lançamento

tributário feito pela autoridade administrativa competente, conforme

o art. 142 do CTN, e não com a realização do fato gerador.

10. (ESAF/AFRF/2003) Avalie o acerto das afirmações adiante

e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em

seguida, marque a opção correta.

( ) Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido

o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de

situação jurídica, desde o momento em que se verifiquem as

circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos

que normalmente lhe são próprios.

( ) A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou

negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a

ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos

elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os

procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.

( ) Quando o fato gerador da obrigação tributária é um

negócio jurídico sob condição suspensiva, considera-se nascida

a obrigação desde o momento em que se verificar a condição.

a) F, V, V.

b) F, F, V.

c) F, F, F.

d) V, V, F.

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e) V, F, F.

A resposta é letra “a” (F,V,V).

O primeiro item é falso, porque, salvo disposição de lei em

contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus

efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que

esteja definitivamente constituída, nos termos de direito

aplicável (art. 116, inc. II, do CTN).

O segundo item é verdadeiro, porque a autoridade

administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos

praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato

gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da

obrigação tributária, observados os procedimentos a serem

estabelecidos em lei ordinária (art. 116, par. Único, do CTN).

O terceiro item é verdadeiro, porque quando o fato gerador da

obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição suspensiva,

considera-se nascida a obrigação desde o momento em que se

verificar a condição (art. 117, inc. I, do CTN).

11. (ESAF/Gestor/MG/2005) Assinale a opção correta.

a) A obrigação tributária nasce com o lançamento.

b) A aplicação de multa pelo atraso no pagamento do tributo é

a única forma de obrigação tributária acessória que a lei pode

prever.

c) Segundo o Código Tributário Nacional, a renda obtida com a

prática do crime de contrabando não pode ser tributada.

d) O fato gerador é a situação definida em lei como necessária

e suficiente para que se considere surgida a obrigação

tributária.

e) A hipótese de incidência é o fato da vida que gera, diante

do que dispõe a lei tributária, o dever de pagar o tributo.

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A resposta é letra “d”. É dispositivo literal do CTN. Fato

gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como

necessária e suficiente à sua ocorrência (art. 114).

A letra “a” é incorreta, uma vez que a obrigação tributária não

nasce com o lançamento e sim com o fato gerador.

A letra “b” é incorreta, uma vez que a obrigação de pagar a

multa pelo atraso no pagamento do tributo é uma obrigação

tributária principal.

A letra “c” é incorreta, uma vez que a renda obtida com a

prática do crime de contrabando pode ser tributada.

A letra “e” é incorreta, pois o fato da vida que gera, diante do

que dispõe a lei tributária, o dever de pagar o tributo é o fato

imponível (fato gerador in concreto) e não a hipótese de incidência

(fato gerador in abstrato).

12. (ESAF/AFTE/MG/2005) Considerando o tema

“obrigação tributária”, marque com (V) a assertiva verdadeira

e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção

correspondente.

( ) A obrigação acessória nasce em razão da ocorrência de um

fato gerador, contudo depende sempre de uma providência a

ser tomada pela autoridade fiscal.

() A definição legal do fato gerador deve ser verificada

independentemente da validade jurídica dos atos praticados.

( ) O legislador não poderá autorizar a desconsideração dos

atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de

eclipsar a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza

dos elementos constitutivos da obrigação tributária, desde que

observados pelo sujeito passivo as normas próprias do direito

privado.

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( ) Quando o fato gerador da obrigação tributária é um

negócio jurídico sob condição suspensiva, considera-se nascida

a obrigação desde o momento em que se verificar a condição.

( ) É vedado aos Estados instituírem contribuição de melhoria.

a) F, V, F, V, F.

b) F, V, F, V, V.

c) F, V, V, V, F.

d) V, F, V, F, V.

e) V, V, V, V,V.

A resposta é letra “a” (F, V, F, V, F).

O primeiro item é falso, porque a obrigação acessória decorre

da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou

negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da

fiscalização dos tributos.

O segundo item é verdadeiro, porque a definição legal do fato

gerador deve ser verificada independentemente da validade jurídica

dos atos praticados.

O terceiro item é falso, porque o legislador poderá autorizar a

autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios

jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do

fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da

obrigação tributária.

O quarto item é verdadeiro, porque quando o fato gerador da

obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição suspensiva,

considera-se nascida a obrigação desde o momento em que se

verificar a condição.

O quinto item é falso, porque não é vedado (proibido) aos

Estados instituírem contribuição de melhoria.

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13. (ESAF/AFTM/FORTALEZA/2003) Com base em disposições

expressas do Código Tributário Nacional, avalie as formulações

seguintes, relativas aos temas obrigação tributária e fato

gerador, e, ao final, assinale a opção que corresponde à

resposta correta:

I. Fato gerador da obrigação tributária principal é a situação

definida em lei, que impõe a prática ou a abstenção de ato não

caracterizador de obrigação tributária acessória.

II. Os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos devem ser

considerados na interpretação da definição legal do fato

gerador.

III. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido

o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de

situação jurídica, desde o momento em que se verifiquem as

circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos

que normalmente lhe são próprios.

IV. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou

negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a

ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos

elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os

procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.

a) Apenas a formulação IV é correta.

b) Apenas as formulações II e IV são corretas.

c) Apenas as formulações III e IV são corretas.

d) Apenas as formulações I, II e III são corretas.

e) Apenas as formulações II e III são corretas.

A resposta é letra “a”. Apenas a formulação IV é correta.

O primeiro item é falso, porque o fato gerador da obrigação

principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à

sua ocorrência.

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O segundo item é falso, porque os efeitos dos fatos

efetivamente ocorridos não devem ser considerados na

interpretação da definição legal do fato gerador.

O terceiro item é falso, porque, salvo disposição de lei em

contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus

efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que

esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável.

O quarto item é verdadeiro, porque a autoridade

administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos

praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato

gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da

obrigação tributária, observados os procedimentos a serem

estabelecidos em lei ordinária.

14. (ESAF/TTN/94) Sendo o fato gerador de um tributo, em

certo caso, um negócio jurídico condicional, tem-se como

ocorrido o fato gerador

a) desde o momento do implemento da condição, se esta for

suspensiva.

b) desde o momento da prática do ato ou da celebração do

negócio, se a condição for suspensiva.

c) desde o momento da implementação da condição, se esta

for resolutória.

d) desde o momento da implementação da celebração do

negócio, seja a condição resolutória ou suspensiva.

e) na data da publicação do negócio jurídico condicional.

A resposta é letra “a”, pois sendo o fato gerador de um

tributo, em certo caso, um negócio jurídico condicional, tem-se como

ocorrido o fato gerador desde o momento do implemento da

condição, se esta for suspensiva.

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15. (ESAF/AFTN/94) O art. 3º do Código Tributário Nacional

define tributo como uma prestação que não constitua sanção

de ato ilícito. De tal assertiva podemos inferir que

a)os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração

do lenocínio não são tributáveis, sujeitando-se, contudo, a

pesadas multas em decorrência da prática de atividade ilícita.

b)os rendimentos advindos da exploração de lenocínio são

tributáveis, porquanto não se confunde a atividade ilícita do

contribuinte com o fato tributário de auferir renda.

c)os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração

do lenocínio não são tributáveis, em conformidade do que reza

o princípio do non olet.

d)as atividades ilícitas não devem ser tributadas, pois de outro

modo o Estado estará locupletando-se com ações que ele

mesmo proíbe e, assim, ferindo o princípio da estrita

legalidade.

e)atividades ilícitas como a exploração do lenocínio e do jogo

do bicho podem ser tributadas, posto que a sanção de ato

ilícito converte-se, pelo simples fato de sua inobservância, em

obrigação tributária principal.

A resposta é a letra “b”, porque os rendimentos advindos da

exploração de lenocínio são tributáveis, porquanto não se confunde a

atividade ilícita do contribuinte com o fato tributário de auferir renda.

16. (ESAF/AFTN/96) Analisar as seguintes proposições:

I - O “fato gerador” de uma multa tributária pode ser um fato

lícito.

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II - Os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração

do lenocínio não são tributáveis, pois trata-se de prática de

atividade ilícita.

III - Rendimentos decorrentes de ato ilícito não são

tributáveis, conforme reza o princípio do non olet.

a) os três enunciados são falsos.

b) os três enunciados são verdadeiros.

c) o I e II são verdadeiros e o II é falso.

d) tão-só o III é verdadeiro.

e) o I e o III são falsos e o II é verdadeiro.

A resposta é a letra “a”, porque os três enunciados são falsos.

O primeiro item é falso, porque o “fato gerador” de uma multa

tributária é um fato ilícito.

O segundo é falso, porque os rendimentos advindos do jogo do

bicho e da exploração do lenocínio são tributáveis,

independentemente de ser prática de atividade ilícita.

O terceiro é falso, porque os rendimentos decorrentes de ato

ilícito são tributáveis, conforme reza o princípio do non olet.

17. (ESAF/ATA/MF/2009) No que se refere ao fato

gerador, dispõe o Código Tributário Nacional que

a) o fato gerador da obrigação principal é situação definida na

Constituição como indicativa da possibilidade de imposição de

obrigação de pagar, por parte de ente público que detenha

competência para fazê-lo.

b) a autoridade administrativa poderá considerar como

ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-

se de situação jurídica, desde o momento em que se

verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que

produza os efeitos que normalmente lhe são próprios.

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c) o fato gerador da obrigação acessória é situação definida

em lei complementar, que impõe prática ou abstenção de ato,

ainda que originariamente este se configure como obrigação

principal.

d) a autoridade administrativa deverá considerar como

ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-

se de situação de fato, desde o momento em que esteja

definitivamente constituída, nos termos da legislação de

regência.

e) a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou

negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a

ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos

elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os

procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.

A resposta é a letra “e”, sendo feita com base na literalidade do

art. 116, parágrafo único, do CTN, incluído pela LC nº 104/2001, a

saber: “A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou

negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a

ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos

constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a

serem estabelecidos em lei ordinária”.

A letra “a” é falsa, porque se deve considerar para concurso

público o conceito de fato gerador da obrigação principal disposto no

art. 114, caput, do CTN, que é a situação definida em lei como

necessária e suficiente à sua ocorrência.

A letra “b” é falsa, eis que a autoridade administrativa deverá

considerar como ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos,

tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja

definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável

(art. 116, inc. II, do CTN).

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A letra “c” é falsa, porque o fato gerador da obrigação acessória

é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a

prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

O conceito de legislação aplicável, de acordo com a

jurisprudência dominante, não é somente lei em sentido estrito

aprovada pelo Poder Legislativo, mas também as normas

complementares previstas no art. 100, do CTN.

O art. 96 do CTN estabelece que a expressão “legislação

tributária” compreende as leis, os tratados e as convenções

internacionais, os decretos e as normas complementares que versem,

no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles

pertinentes. E o art. 100 do CTN estatui que são normas

complementares das leis, dos tratados e das convenções

internacionais e dos decretos: I - os atos normativos expedidos pelas

autoridades administrativas; II - as decisões dos órgãos singulares

ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia

normativa; III - as práticas reiteradamente observadas pelas

autoridades administrativas; IV - os convênios que entre si celebrem

a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

A letra “d” é falsa, uma vez que a autoridade administrativa

deverá considerar como ocorrido o fato gerador e existentes os seus

efeitos, tratando-se de situação de fato, desde o momento em que

o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que

produza os efeitos que normalmente lhe são próprios (art. 116,

inc. I, do CTN).

18. (ESAF/ATA/MF/2009) A obrigação tributária principal:

a) extingue-se, com o pedido de parcelamento acompanhado

do recolhimento da primeira prestação.

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b) decorre da legislação tributária e tem por objeto prestações

positivas ou negativas, nela previstas no interesse da

arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

c) pelo simples fato de seu não adimplemento suscita imediata

inscrição em dívida ativa, independentemente de abertura de

prazo para impugnação do lançamento, por parte do

interessado.

d) surge com a ocorrência do fato gerador e tem por objeto o

pagamento do tributo ou penalidade pecuniária.

e) suspende-se, com o devido lançamento, nas três

modalidades previstas pelo Código Tributário Nacional.

A resposta é a letra “d”, uma vez que a obrigação tributária

principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o

pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se

juntamente com o crédito dela decorrente, de acordo com o art. 113,

§1°, do CTN.

A letra “a” é falsa, pois o parcelamento é forma de suspensão

do crédito tributário. São causas de suspensão da exigibilidade do

crédito tributário: (i) Moratória; (ii) Depósito do seu montante

integral; (iii) Reclamações e os recursos, nos termos das leis

reguladoras do processo tributário administrativo; (iv) Concessão de

medida liminar em mandado de segurança; (v) Concessão de medida

liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;

(vi) Parcelamento (art. 151, incs. I a VI).

Nesse rumo, a letra “e” também é falsa. A letra “b” é falsa, uma

vez que traz o conceito de obrigação tributária acessória, conforme o

art. 113, §2°, do CTN.

A letra “c” é falsa, eis que existe toda uma relação jurídico-

tributária ou uma sequência ordenada de acontecimentos no direito

tributário, sendo que a inscrição em dívida ativa não é imediata ou

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automática. Primeiro, existe a hipótese de incidência ou o fato

gerador in abstrato. Depois, ocorre o fato imponível ou o fato gerador

in concreto. Daí surge à obrigação tributária, que, com o lançamento

tributário, transforma-se em crédito tributário. A seguir, caso o

crédito tributário não esteja suspenso ou extinto, ocorre a inscrição

em dívida ativa pelas respectivas procuradorias judiciais, extraindo-se

a Certidão de Dívida Ativa (CDA) e se promove a ação de execução

fiscal.

19. (ESAF/APO/União/2010) A lei que veicula a norma

tributária impositiva deverá conter os aspectos

indispensáveis para que se possa determinar o surgimento e

o conteúdo da obrigação tributária. Sobre esta, analise os

itens a seguir, classificando-os como falsos ou verdadeiros.

Depois escolha a opção que seja adequada às suas

respostas.

I. O aspecto material da norma tributária diz respeito à

situação geradora da obrigação tributária;

II. O aspecto espacial da norma tributária corresponde ao

território da pessoa política tributante;

III. O aspecto temporal da norma tributária diz respeito ao

momento em que se deve considerar ocorrida a situação

geradora da obrigação tributária;

IV. O aspecto pessoal da norma tributária diz respeito à

pessoa em favor de quem a obrigação tributária deva ser

cumprida; e

V. O aspecto quantitativo da norma tributária se refere ao

montante devido na obrigação tributária.

a) Todos os itens estão corretos.

b) Estão corretos apenas os itens I, II e IV.

c) Estão corretos apenas os itens I, II, IV e V.

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d) Estão corretos apenas os itens II, IV e V.

e) Estão corretos apenas os itens III, IV e V.

Esta questão é inovadora e a ESAF pela primeira vez cobrou os

aspectos da hipótese de incidência tributária.

ITEM I. O aspecto material corresponde ao fato ou estado de

fato descrito na norma tributária como ensejador da relação jurídico-

tributária. Por exemplo, “prestar serviços”, “auferir renda”, “importar

mercadoria”, “exportar mercadoria”, “industrializar produtos”,

“possuir propriedade de veículo automotor”, “possuir propriedade

imóvel”, dentre outros. Logo, correta.

ITEM II. O aspecto espacial da norma tributária diz respeito ao

limite territorial da incidência tributária, ou seja, refere-se ao lugar

onde ocorre o fato gerador do tributo. Logo, correta.

ITEM III. O aspecto temporal da norma tributária delimita a

incidência tributária no tempo, isto é, é o momento em que a lei

tributária reputar como consumado o fato gerador da obrigação.

Portanto, correta.

ITEM IV. O aspecto pessoal diz respeito ao sujeito ativo (quem

cobra o tributo) e ao sujeito passivo (quem deve recolher o tributo)

da norma tributária. Assim, o enunciado do item é incompleto, pois

apenas se refere ao sujeito ativo. Todavia, foi considerado correto

pelo examinador.

ITEM V. O aspecto quantitativo da norma tributária estabelece a

quantia devida (quantum debeatur) na obrigação tributária. Assim,

em regra, a definição do aspecto quantitativo ocorre pela simples

operação de multiplicação da base de cálculo pela alíquota (BC x AL)

do tributo. Por exemplo, no imposto sobre serviços de qualquer

natureza (ISSQN) de competência municipal e distrital, em geral,

aplica-se simplesmente ao valor do serviço a alíquota que oscila entre

2% a 5%. Logo, correta.

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Em face do exposto, a alternativa considerada correta pelo

examinador é a letra “a”.

20. (AFTN/94/ESAF) As convenções particulares relativas à

responsabilidade pelo pagamento de tributos, podem ser

opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal

do sujeito passivo das obrigações tributárias

correspondentes,

a) desde que autorizadas por ato administrativo

devidamente fundamentado.

b) quando se tratar de taxas ou contribuições, excluindo-se

dessa possibilidade os impostos.

c) sempre que formalizadas por escrito, na presença de

duas testemunhas.

d) desde que haja disposição de lei neste sentido.

e) quando não se tratar de responsabilidade por infração.

A resposta é a letra “d”, de acordo com o art. 123 do CTN,

dispondo que: salvo disposições de lei em contrário, as convenções

particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos,

não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição

legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.

Assim sendo, em regra, as convenções particulares não podem

ser opostas ao Fisco para modificar o sujeito passivo da relação

tributária, eis que tais convenções podem ser realizadas, mas só

operam efeitos entres as partes contratantes (efeito inter partes), no

âmbito do Direito Privado, e não no âmbito do direito tributário onde

se obedece ao princípio da legalidade.

Por exemplo, no contrato de locação, a obrigação de pagar o

IPTU pode ser atribuída ao locatário.

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Entretanto, tal convenção é irrelevante para o Fisco, que exigirá

o pagamento do imposto do sujeito passivo eleito pela lei, qual seja,

o proprietário (o locador). Este, se quiser, pode acionar o locatário,

em ação regressiva não tributária, na tentativa de reaver o que

antecipou ao Fisco.

Noutro exemplo, o acordo entre empregado e empregador para

que este não retenha o imposto de renda pessoa física (IRPF) não

tem valor legal algum perante o Fisco.

Trazemos à colação a seguinte decisão bem explicativa do art.

123 do CTN, a saber: “Nem mesmo o contrato de locação, no qual é

atribuída ao locatário a responsabilidade pela quitação dos tributos

inerentes ao imóvel, tem o condão de alterar o sujeito passivo da

obrigação tributária, consoante dispõe o art. 123 do CTN.” (STJ,

757897/RJ)

21. (AFRF/2000/ESAF) O Código Tributário Nacional chama

de ______(1)_______ quem tenha relação pessoal e direta

com a situação que constitua o fato gerador da obrigação

tributária principal, e de ______(2)______ quem, sem

revestir aquela condição, tenha obrigação decorrente de

disposição expressa de lei. Em ambos os casos, recebe o

nome de ______(3)______ da obrigação tributária principal.

a) (1) obrigado, (2) contribuinte legal e (3) co-obrigado.

b) (1) contribuinte, (2) responsável, (3) sujeito passivo.

c) (1) sujeito passivo, (2) responsável ex lege, (3) devedor.

d) (1) sujeito passivo, (2) devedor solidário, (3) sub-

rogado.

e) (1) sujeito passivo, (2) responsável, (3) contribuinte.

A resposta é a letra “b”, de acordo com o art. 121 do CTN.

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O CTN chama de contribuinte quem tenha relação pessoal e

direta com a situação que constitua o fato gerador da obrigação

tributária principal, e de responsável quem, sem revestir aquela

condição, tenha obrigação decorrente de disposição expressa de lei.

Em ambos os casos, recebe o nome de sujeito passivo da obrigação

tributária principal.

Vejamos o art. 121 do CTN: “Sujeito passivo da obrigação

principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade

pecuniária. Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal

diz-se: I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a

situação que constitua o respectivo fato gerador; II - responsável,

quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação

decorra de disposição expressa de lei”.

22. (ESAF/Agente Tributário Estadual de MS/2001) É sujeito

passivo da obrigação tributária acessória:

a) pessoa que tenha interesse comum na situação que

constitua seu fato gerador.

b) pessoa obrigada às prestações que constituam seu

objeto.

c) pessoa obrigada ao pagamento de penalidade pecuniária.

d) pessoa considerada responsável por disposição legal.

e) pessoa obrigada ao pagamento do montante do tributo

devido.

A resposta é a letra “b”, segundo o art. 122 do CTN: é sujeito

passivo da obrigação tributária acessória pessoa obrigada às

prestações que constituam seu objeto.

23. (TRF/2003/ESAF/Adaptada) Assinale a opção incorreta.

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a) Os atos normativos, as decisões dos órgãos de jurisdição

administrativa com eficácia normativa, os convênios e os

decretos são normas complementares das leis, tratados e

convenções internacionais que versem sobre tributos.

b) Ressalvadas as exceções constitucionais, os tributos não

podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que

foi publicado o ato legal que os criou ou majorou.

c) As leis tributárias não podem alterar a definição, o

conteúdo e o alcance de conceitos, institutos e formas de

direito privado, utilizados para definir ou limitar

competências tributárias, expressa ou implicitamente.

d) Cada uma das pessoas que tenham interesse comum na

situação que constitua o fato gerador da obrigação principal

responde por todo o débito tributário, aproveitando aos

demais o pagamento que for feito.

e) O Código Tributário Nacional diz o que se considera

domicílio tributário, podendo a autoridade administrativa

recusar o domicílio tributário escolhido pelo contribuinte

quando dificulte ou impossibilite a arrecadação ou

fiscalização.

A letra “a” é incorreta, pois os atos normativos, as decisões dos

órgãos de jurisdição administrativa com eficácia normativa, os

convênios e as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades

administrativas são normas complementares das leis, tratados e

convenções internacionais e dos decretos (CTN, art. 100, I a IV).

A letra “b” é correta, pois, ressalvadas as exceções

constitucionais (CF, art. 150, §1°), os tributos não podem ser

cobrados no mesmo exercício financeiro em que foi publicado o ato

legal que os criou ou majorou.

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A letra “c” é correta, eis que as leis tributárias não podem

alterar a definição, o conteúdo e o alcance de conceitos, institutos e

formas de direito privado, utilizados para definir ou limitar

competências tributárias, expressa ou implicitamente, de acordo com

o art. 110 do CTN.

A letra “d” é correta, uma vez que cada uma das pessoas que

tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da

obrigação principal responde por todo o débito tributário,

aproveitando aos demais o pagamento que for feito, de acordo com

os arts. 124, I c/c 125, I, do CTN.

A letra “e” é correta, eis que o CTN diz o que se considera

domicílio tributário, podendo a autoridade administrativa recusar o

domicílio tributário escolhido pelo contribuinte quando dificulte ou

impossibilite a arrecadação ou fiscalização, de acordo com art. 127,

§2°, do CTN.

24. (AFTN/94/ESAF) Duas pessoas têm a compropriedade

desigual de um imóvel urbano. Sob o ponto de vista do

IPTU, pode-se afirmar que seu pagamento é da

responsabilidade

a) de ambos, proporcionalmente à participação de cada

qual.

b) do titular do imóvel, que se tiver inscrito como tal.

c) principal do proprietário da quota majoritária e

subsidiária do outro.

d) de ambos, podendo ser exigida de cada um deles a dívida

toda.

e) solidária de ambos, cabendo porém para o minoritário o

benefício de ordem.

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É o caso de solidariedade passiva denominada de natural,

podendo-se afirmar que o pagamento do IPTU é da responsabilidade

de ambos, podendo ser exigida de cada um deles a dívida toda,

conforme o art. 124, I, do CTN.

A solidariedade natural acontece entre pessoas que tenham

interesse comum na situação que constitua o fato gerador da

obrigação tributária.

Por exemplo, vários irmãos como co-proprietários de um imóvel

quanto ao IPTU; ou o pagamento de IPTU pertencente a um casal,

em que ambos são proprietários do bem. Portanto, é a letra “d”.

25. (AFRF/2002.2/ESAF) Assinale a opção errada entre as

relacionadas abaixo. Salvo disposição de lei em contrário,

são os seguintes os efeitos da solidariedade tributária:

a) o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita

aos demais.

b) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os

obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles,

subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais

pelo saldo.

c) a interrupção da prescrição, em favor de um dos

obrigados, favorece aos demais.

d) a interrupção da prescrição, contra um dos obrigados,

prejudica aos demais.

e) ao demandado assiste o direito de apontar o devedor

originário para solver o débito e assim exonerar-se.

Com efeito, salvo disposição de lei em contrário, os efeitos da

solidariedade são os seguintes: (i) o pagamento efetuado por um

dos obrigados aproveita aos demais; (ii) a isenção ou remissão

de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada

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pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a

solidariedade quanto aos demais pelo saldo; (iii) a interrupção

da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou

prejudica aos demais.

Preste atenção: o art. 124 do CTN dispõe que são

solidariamente obrigadas (i) as pessoas que tenham interesse

comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação

principal ou (ii) as pessoas expressamente designadas por lei.

Assim sendo, a alternativa errada é a letra “e”, pois não pode o

demandado apontar o devedor originário para solver o débito e assim

exonerar-se, eis que a solidariedade passiva tributária não comporta

benefício de ordem (CTN, art. 124, parágrafo único).

Com efeito, solidariedade tributária passiva não comporta

benefício de ordem, podendo o Fisco escolher que um dos devedores

responda pelo cumprimento total da obrigação tributária, não

observando qualquer ordem de vocação.

Deste modo, não fica o Fisco adstrito a uma ordem de

preferência, não podendo os co-obrigados invocar “beneficio de

ordem”, a fim de que sejam executados, em primeiro lugar, os bens

de um suposto devedor, como acontece em situações reguladas no

direito civil.

26. (FTE/PA/2002/ESAF) Relativamente aos efeitos da

solidariedade tributária passiva, é correto afirmar que

a) o pagamento feito por apenas um dos obrigados não

aproveita aos demais.

b) a isenção objetiva aproveita a todos.

c) a remissão concedida pessoalmente a um dos obrigados

aproveita aos demais.

d) a interrupção da prescrição contra um dos coobrigados

atinge a todos os demais.

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e) não se aplicam aos responsáveis tributários.

Conforme estudamos na questão anterior, a resposta certa é a

“b”, eis que a isenção objetiva (referente a determinado objeto, por

exemplo, determinada propriedade imobiliária) aproveita a todos e

não a isenção subjetiva (referente a pessoa).

27. (ATN/Recife/2003/ESAF) Estabelece o Código Tributário

Nacional que, salvo disposição de lei em contrário, a

solidariedade tributária produz o seguinte efeito, entre

outros:

a) a interrupção da decadência do direito de a Fazenda

Pública constituir o crédito tributário, em favor ou contra um

dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.

b) a isenção ou anistia de crédito tributário, concedida em

caráter geral, exonera todos os obrigados, mas se concedida

pessoalmente a um deles, a solidariedade subsiste, quanto

aos demais, pelo saldo.

c) o pagamento efetuado por um dos obrigados não

aproveita aos demais.

d) a isenção ou remissão de crédito tributário exonera todos

os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles,

subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais

pelo saldo.

e) não liquidado, no prazo legal, o crédito tributário da

Fazenda Pública, o co-devedor que for prejudicado, em

virtude da omissão do sujeito passivo principal no

cumprimento da obrigação tributária, fará jus ao benefício

de ordem.

De acordo com o art. 125 do CTN, salvo disposição de lei em

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contrário, os efeitos da solidariedade são os seguintes: (i) o

pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos

demais; (ii) a isenção ou remissão de crédito exonera todos

os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles,

subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo

saldo; (iii) a interrupção da prescrição, em favor ou contra um

dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.

Assim sendo, a resposta é a letra “d”, eis que a isenção ou

remissão de crédito tributário exonera todos os obrigados, salvo se

outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a

solidariedade quanto aos demais pelo saldo.

28. (AFRF/2002.1/ESAF) Avalie a correção das afirmações

abaixo. Atribua a letra V para as verdadeiras e F para as

falsas. Em seguida, marque a opção que contenha tais

letras na seqüência correta.

1. Relativamente ao imposto territorial rural notificado a

apenas um dos condôminos, o outro condômino está

excluído de qualquer responsabilidade.

2. A solidariedade tributária, segundo os princípios gerais

vigentes em nosso direito, não se presume, pois tem de

estar prevista em lei.

3. Normalmente, quando há solidariedade tributária e um

dos devedores é perdoado por lei, a dívida se reparte pelos

demais, que respondem pela totalidade.

a) V, V, V.

b) V, V, F.

c) V, F, F.

d) F, F, F.

e) F, V, F.

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O primeiro item é falso, pois o imposto territorial rural (ITR)

notificado a apenas um dos condôminos, não exclui o outro

condômino de qualquer responsabilidade.

No caso, a solidariedade decorre do interesse comum na

situação que constitua o fato gerador da obrigação principal.

O segundo item é verdadeiro, pois, a solidariedade tributária,

segundo os princípios gerais vigentes em nosso direito, não se

presume, pois tem de estar prevista em lei. É decorrência lógica do

princípio da legalidade.

O terceiro item é falso, pois, normalmente, quando há

solidariedade tributária e um dos devedores é perdoado por lei, tal

anistia tributária exonera todos os demais obrigados (CTN, art. 125,

II).

Portanto, a resposta é a letra “e”.

29. (AFTE/RN/2005/ESAF) Marque a resposta correta,

considerando as formulações abaixo.

I - As pessoas que tenham interesse comum na situação

que constitua o fato gerador da obrigação principal são

solidariamente obrigadas.

II - A obrigação tributária acessória, pelo simples fato da

sua inobservância, converte-se em obrigação principal

relativamente à penalidade não pecuniária.

III - O Código Tributário Nacional não permite a tributação

de rendas provenientes de atividades ilícitas.

IV - De acordo com o Código Tributário Nacional, cabe

exclusivamente à autoridade judicial competente

desconsiderar, em decisão fundamentada, os atos ou

negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular

a natureza dos elementos constitutivos da obrigação

tributária.

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a) Somente I é verdadeira.

b) Somente I e II são verdadeiras.

c) Somente I, II e III são verdadeiras.

d) Somente II, III e IV são verdadeiras.

e) Somente III e IV são verdadeiras.

O item I é verdadeiro, pois as pessoas que tenham interesse

comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação

principal são solidariamente obrigadas, conforme art. 124, I, do CTN.

O item II é falso, uma vez que a obrigação tributária acessória,

pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação

principal relativamente à penalidade pecuniária (CTN, art. 113,

§3°).

O item III é falso, porque o CTN permite a tributação de rendas

provenientes de atividades ilícitas, de acordo com o art. 118, I.

O item IV é falso, pois, de acordo com o parágrafo único do art.

116 do CTN, cabe à autoridade administrativa competente

desconsiderar os atos ou negócios jurídicos praticados com a

finalidade de dissimular a natureza dos elementos constitutivos da

obrigação tributária, observados os procedimentos a serem

estabelecidos em lei ordinária.

Em face do exposto, a resposta é a letra “a”, pois somente o

item I é verdadeiro.

30. (TRF/2000/ESAF)

(i) Quando a lei se refere à obrigação tributária principal, ela

quer se referir aos procedimentos exigidos do contribuinte

para assegurar a melhor fiscalização do pagamento?

(ii) O sujeito ativo da obrigação tributária se define como

aquele que atua no cumprimento da obrigação tributária por

iniciativa própria, independentemente da ação do fisco?

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(iii) Nos casos de solidariedade, por interesse comum na

situação que constitua fato gerador da obrigação tributária

principal, pode o devedor exigir que o credor cobre a dívida

primeiro do outro responsável?

a) não, não, não.

b) sim, sim, sim.

c) não, não, sim.

d) não, sim, sim.

e) sim, não, não.

A resposta é não ao primeiro item, porque quando a lei se

refere à obrigação tributária acessória, ela quer se referir aos

procedimentos exigidos do contribuinte para assegurar a melhor

fiscalização do pagamento.

A resposta é não ao segundo item, porque o sujeito ativo da

obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito público, que é

titular da competência para exigir o seu cumprimento.

A resposta é não também ao terceiro item. Nos casos de

solidariedade, por interesse comum na situação que constitua fato

gerador da obrigação tributária principal, não pode o devedor exigir

que o credor faça a cobrança da dívida primeiro do outro responsável.

A solidariedade passiva tributária não comporta benefício de ordem.

Em face do exposto, a resposta é a letra “a”.

31. (AFPS/2002/ESAF) Relativamente ao tema obrigação

tributária, o Código Tributário Nacional estabelece que,

salvo disposição de lei em contrário, a solidariedade

tributária passiva produz o seguinte efeito, entre outros:

a) a suspensão da prescrição, em favor ou contra um dos

obrigados, favorece ou prejudica os demais.

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b) o pagamento efetuado por um dos obrigados não

aproveita aos demais.

c) a isenção ou anistia do crédito tributário exonera todos os

obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles,

subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais

pelo saldo.

d) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os

obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles,

subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais

pelo saldo.

e) a interrupção da prescrição em favor de um dos

obrigados não favorece os demais.

A resposta é a letra “d”, de acordo com o art. 125, II, do CTN, a

saber: a isenção ou remissão de crédito exonera todos os

obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles,

subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo

saldo.

32. (ESAF/AFRFB/2010) Sobre a solidariedade e os

sujeitos da obrigação tributária, com base no Código

Tributário Nacional, assinale a opção correta.

a) O sujeito ativo da obrigação tributária é a pessoa jurídica

de direito público que detém capacidade ativa, sendo esta

indelegável.

b) No pólo ativo da relação jurídico-tributária,

necessariamente deve figurar pessoa jurídica de direito

público.

c) O contribuinte de fato integra a relação jurídico-tributária,

haja vista possuir relação direta com o fato gerador da

obrigação.

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d) Em regra, há solidariedade entre o contribuinte de fato e

o contribuinte de direito, na relação jurídico-tributária.

e) A solidariedade ativa decorre da situação em que houve

delegação do poder de arrecadar e fiscalizar tributos.

Letra (A). A competência tributária é indelegável, mas a

capacidade tributária ativa é delegável. Assim, o art. 7° do

CTN dispõe sobre a possibilidade de delegação da capacidade

tributária ativa, quando estabelece que as atribuições de fiscalizar

tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões

administrativas em matéria tributária pode ser conferida por uma

pessoa jurídica de direito público a outra. Logo, incorreta.

Letra (B). O examinador adotou a interpretação literal do art.

119 do CTN, estabelecendo que o sujeito ativo da obrigação é a

pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o

seu cumprimento. Logo, correta.

Letra (C). O contribuinte de direito (CTN, art. 121, inc. I) é

aquele que tem relação pessoal e direta com o fato gerador. O

contribuinte de fato surge apenas nos impostos indiretos (IPI e

ICMS), sendo aquele que sofre com a repercussão econômica do

tributo (em regra, consumidor final) e, em princípio, não integra a

relação jurídico-tributária. Logo, incorreta.

Letra (D). A solidariedade decorre de lei e não há previsão legal

que estabeleça solidariedade entre o contribuinte de fato e o

contribuinte de direito. Logo, incorreta.

Letra (E). Inexiste solidariedade ativa no direito tributário, em

face da rigidez do sistema federativo tributário. Logo, incorreta.

33. (AFRF/2002.1/ESAF)

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(i) As sociedades sem personalidade jurídica, quando

demandadas, poderão opor ao fisco a inexistência de sua

constituição formal?

(ii) Segundo decorre do Código Tributário Nacional, silvícola,

enquanto durar sua incapacidade civil, é passível de ter

capacidade tributária?

(iii) Certa pessoa dedicada ao comércio ambulante, sem

endereço fixo, somente encontrado junto à sua banca de

comércio, poderá ser considerada pela autoridade

fiscalizadora como sem domicílio fiscal?

a) Não, Sim, Não.

b) Sim, Sim, Não.

c) Sim, Não, Sim.

d) Não, Não, Não.

e) Sim, Sim, Sim.

A resposta do primeiro item é não.

As sociedades sem personalidade jurídica (sociedades

irregulares ou sociedades de fato), quando demandadas, não

poderão opor ao fisco a inexistência de sua constituição formal, de

acordo com inc. III do art. 126 do CTN.

A resposta do segundo item é sim, pois, segundo o art. 126, I,

do CTN, o silvícola (índio), enquanto durar sua incapacidade civil, é

passível de ter capacidade tributária passiva.

A resposta do terceiro item é não.

Certa pessoa dedicada ao comércio ambulante, sem endereço

fixo, somente encontrado junto à sua banca de comércio, não poderá

ser considerada pela autoridade fiscalizadora como sem domicílio

fiscal.

O art. 127, I, do CTN, dispõe que na falta de eleição, pelo

contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da

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legislação aplicável, considera-se como tal quanto às pessoas

naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou

desconhecida, o centro habitual de sua atividade.

Portanto, a resposta é a letra “a”.

34. (AFTN/94/ESAF) Suponha que você é consultado a

respeito de quatro situações fiscais:

(1ª) um menor de 12 anos de idade herda um grande

patrimônio;

(2ª) um pródigo que dissipava todo o seu patrimônio foi

interditado judicialmente;

(3º) uma sociedade não chegou a ser formalizada por

escrito e portanto não tinha seus atos constitutivos

arquivados na Junta Comercial;

(4º) uma sociedade de profissionais foi dissolvida por

decisão judicial, porém continuou suas atividades. Os atos

dessas quatro pessoas (naturais e jurídicas) geraram

rendimentos tributáveis. Eles têm capacidade de serem

sujeitos passivos de obrigações tributárias?

a) Apenas os representantes ou assistentes das pessoas

naturais incapazes são contribuintes: o pai, o tutor, etc.

b) Sim, todas essas quatro pessoas têm capacidade

tributária, independentemente de terem ou não capacidade

civil.

c) Apenas as duas pessoas jurídicas de fato são

contribuintes; as pessoas naturais não.

d) O menor de idade não pode ser contribuinte. Os demais,

sim.

e) Nenhuma das quatro pessoas (naturais ou jurídicas) tem

aptidão para ser sujeito passivo de obrigação tributária.

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A resposta é a letra “b”.

A capacidade tributária passiva é a aptidão para ser sujeito

passivo da relação tributária.

A capacidade tributária passiva independe:

(i) da capacidade civil das pessoas naturais;

(ii) de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que

importem privação ou limitação do exercício de atividades

civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta

de seus bens ou negócios;

(iii) de estar a pessoa jurídica regularmente constituída,

bastando que configure uma unidade econômica ou

profissional.

Ou seja, de acordo com o art. 126, I a III, do CTN, têm

capacidade de serem sujeitos passivos de obrigações tributárias:

(i) um menor de 12 anos de idade herda um grande

patrimônio;

(ii) um pródigo (famoso gastador incontrolável) que

dissipava todo o seu patrimônio foi interditado

judicialmente;

(iii) uma sociedade que não chegou a ser formalizada por

escrito e, portanto, não tinha seus atos constitutivos

arquivados na Junta Comercial (sociedade de fato);

(iv) uma sociedade de profissionais dissolvida por decisão

judicial, porém continuou suas atividades (sociedade

irregular).

Veja que o enunciado da questão salienta que os atos dessas

quatro pessoas (naturais e jurídicas) geraram rendimentos

tributáveis.

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35. (ATN Fortaleza/2003/ESAF) Marque a resposta correta,

em consonância com as disposições pertinentes do Código

Tributário Nacional.

a) É denominado responsável o sujeito passivo da obrigação

tributária principal que tem relação pessoal e direta com a

situação que constitua o respectivo fato gerador.

b) É vedado às leis tributárias atribuir capacidade tributária

passiva à pessoa natural que o Código Civil considere

absolutamente incapaz.

c) As pessoas que tenham interesse comum na situação que

constitua o fato gerador da obrigação principal são

solidariamente responsáveis.

d) É vedado à autoridade administrativa recusar o domicílio

eleito pelo sujeito passivo, no caso de tal eleição dificultar a

arrecadação ou a fiscalização do tributo.

e) Salvo disposição legal em contrário, acordo particular,

por constituir lei entre as partes, pode ser oposto à Fazenda

Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo

das obrigações tributárias correspondentes, hipótese em

que fica afastada a responsabilidade do contribuinte pelo

pagamento dos tributos, dando lugar à responsabilidade

tributária integral do terceiro que tem relação direta e

pessoal com a situação constitutiva do gerador.

A letra “a” é incorreta, eis que é denominado contribuinte e

não responsável o sujeito passivo da obrigação tributária principal

que tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o

respectivo fato gerador.

A letra “b” é incorreta, pois não é proibido (vedado) às leis

tributárias atribuir capacidade tributária passiva à pessoa natural que

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o Código Civil considere absolutamente incapaz, conforme art. 126, I,

do CTN.

A letra “c” é correta, uma vez que as pessoas que tenham

interesse comum na situação que constitua o fato gerador da

obrigação principal são solidariamente responsáveis (CTN, art. 124,

I).

A letra “d” é incorreta, pois não é vedado à autoridade

administrativa recusar o domicílio eleito pelo sujeito passivo, no caso

de tal eleição dificultar a arrecadação ou a fiscalização do tributo,

conforme §2°, do art. 127 do CTN.

A letra “e” é incorreta, pois, salvo disposição legal em contrário,

acordo particular, por constituir lei entre as partes, não pode ser

oposto à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito

passivo das obrigações tributárias correspondentes, conforme o art.

123 do CTN.

36. (AFRE/MG/2005/ESAF) Considerando o tema

“obrigação tributária”, marque com (V) a assertiva

verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção

correspondente.

( ) A obrigação acessória nasce em razão da ocorrência de

um fato gerador, contudo depende sempre de uma

providência a ser tomada pela autoridade fiscal.

( ) A definição legal do fato gerador deve ser verificada

independentemente da validade jurídica dos atos praticados.

( ) A pessoa interditada judicialmente pode ser considerada

sujeito passivo da obrigação tributária.

( ) Quando o fato gerador da obrigação tributária é um

negócio jurídico sob condição suspensiva, considera-se

nascida a obrigação desde o momento em que se verificar a

condição.

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a) F, V, F, F.

b) F, V, F, V.

c) F, V, V, V.

d) V, F, V, F.

e) V, V, V, V.

O primeiro item é falso, pois a obrigação acessória nasce em

razão da ocorrência de um fato gerador e não depende para ocorrer

de uma providência a ser tomada pela autoridade fiscal. Lembramos

que a obrigação acessória, pelo simples fato da sua

inobservância, converte-se em obrigação principal

relativamente à penalidade pecuniária.

O segundo item é verdadeiro, pois a definição legal do fato

gerador deve ser verificada independentemente da validade jurídica

dos atos praticados (CTN, art. 118, I).

O terceiro item é verdadeiro, eis que a pessoa interditada

judicialmente pode ser considerada sujeito passivo da obrigação

tributária (CTN, art. 126, II).

O quarto item é verdadeiro, pois quando o fato gerador da

obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição suspensiva,

considera-se nascida a obrigação desde o momento em que se

verificar a condição (CTN, art. 117, I).

Portanto, a resposta é a letra “c”.

37. (ESAF/Auditor Fiscal/Natal/2008) Sobre os sujeitos

da obrigação tributária, assinale a única opção correta.

a) O sujeito ativo da obrigação tributária é,

necessariamente, a pessoa jurídica de direito público titular

da competência para instituir o tributo.

b) Pessoa jurídica de direito privado pode figurar como

sujeito ativo da obrigação tributária, haja vista o CTN

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prever, expressamente, a possibilidade de delegação das

funções de arrecadar ou fiscalizar tributos.

c) O contribuinte de fato ou de direito é considerado sujeito

passivo da obrigação tributária, independentemente de

possuir relação pessoal e direta com o fato gerador.

d) As convenções particulares, relativas à responsabilidade

pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à

Fazenda Pública, mesmo que haja lei em sentido contrário.

e) A sociedade comercial informalmente constituída pode

figurar como sujeito passivo de uma obrigação tributária.

A letra “a” está incorreta, conforme art. 119 do CTN, dispondo

que sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público,

titular da competência para exigir o seu cumprimento.

A alternativa “b” está incorreta, conforme a interpretação dos

7° (“A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das

funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis,

serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária,

conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra”) e 119

do CTN.

A alternativa “c” está incorreta, eis que o contribuinte de fato

não é considerado sujeito passivo da relação tributária.

O contribuinte de direito deve ter relação pessoal e direta com

a situação que constitua o respectivo fato gerador (CTN, art. 121, I).

A alternativa “d” está incorreta, uma vez que existindo

dispositivo de lei em contrário, as convenções particulares,

relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributo, podem ser

opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito

passivo das obrigações tributárias correspondentes, de acordo com o

art. 123 do CTN.

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A alternativa “e” está correta, pois, de acordo com o art. 126,

III do CTN, a capacidade tributária passiva independe de estar a

pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure

uma unidade econômica ou profissional.

38. (ESAF/Auditor Fiscal/Natal/2008) Sobre a

solidariedade e capacidade tributária, assinale a única opção

correta.

a) Em virtude da rigidez constitucional, que promoveu a

distribuição de competências tributárias entre os entes

políticos, não encontra respaldo, no ordenamento jurídico

nacional, a solidariedade ativa em matéria tributária.

b) Pode o poder público exigir o pagamento do IPTU tanto

do proprietário como do locatário do imóvel, tendo em vista

se tratar de obrigação de direito real.

c) Considerando que duas pessoas detenham a propriedade

de um veículo, o fisco não pode exigir apenas de um dos

contribuintes o pagamento integral da exação.

d) Como efeito da solidariedade, tem-se que a isenção ou

remissão de crédito tributário exonera todos os obrigados,

mesmo se outorgada pessoalmente a um deles.

e) Na situação em que um pai detenha 60% de um imóvel e

o filho, absolutamente incapaz, possua outros 40% do bem,

optando o fisco em cobrar de apenas um, deve preferir o pai

ao filho, em atenção ao benefício de ordem previsto no CTN.

A resposta correta é a letra “a”, eis que não há solidariedade

ativa em matéria tributária de acordo com ordenamento jurídico

nacional.

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A alternativa “b” está incorreta, pois, no caso, deve o Fisco

cobrar o IPTU do contribuinte (proprietário do imóvel), em razão do

princípio da legalidade tributária.

A alternativa “c” está incorreta, pois, considerando que duas

pessoas detenham a propriedade de um veículo, o fisco pode exigir

apenas de um dos contribuintes o pagamento integral da exação, de

acordo com o art. 124, I, do CTN.

A alternativa “d” está incorreta, pois, na solidariedade passiva

tributária, a isenção ou remissão de crédito exonera todos os

obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles,

subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo

saldo (CTN, art. 125, inciso II).

A alternativa “e” está incorreta, porque a solidariedade passiva

tributária não comporta benefício de ordem, de acordo com o

parágrafo único do art. 124 do CTN.

39. (ESAF/Advogado/IRB/2006) Em relação aos

sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária avalie o

acerto das afirmações abaixo. Em seguida, marque a opção

correta.

I. o sujeito passivo da obrigação tributária principal, em

regra, é aquela pessoa que realiza o seu fato gerador.

II. a capacidade tributária passiva independe da capacidade

civil das pessoas naturais; porém, assim como esta, aquela

também pode sujeitar-se a medidas que importem privação

ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou

profissionais.

III. sendo o sujeito passivo pessoa jurídica, sua capacidade

tributária independe de estar ela regularmente constituída,

nos termos do direito civil, bastando que configure uma

unidade econômica ou profissional.

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IV. chama-se sujeito ativo da obrigação tributária a pessoa

jurídica de direito público dotada da competência para exigir

seu cumprimento.

a) Todos os itens estão corretos.

b) Há apenas três itens corretos.

c) Há apenas dois itens corretos.

d) Há apenas um item correto.

e) Todos os itens estão errados.

O item I é verdadeiro, pois o sujeito passivo da obrigação

tributária principal, em regra, é aquela pessoa que realiza o seu fato

gerador (contribuinte), de acordo com o art. 121, I, do CTN.

O item II é falso, pois a capacidade tributária passiva

independe da capacidade civil das pessoas naturais e também das

medidas que importem privação ou limitação do exercício de

atividades civis, comerciais ou profissionais (CTN, art. 126, I e II).

O item III é verdadeiro, pois sendo o sujeito passivo pessoa

jurídica, sua capacidade tributária independe de estar ela

regularmente constituída, nos termos do direito civil, bastando que

configure uma unidade econômica ou profissional (CTN, art. 126, III).

O item IV é verdadeiro, porque se chama sujeito ativo da

obrigação tributária a pessoa jurídica de direito público dotada da

competência para exigir seu cumprimento (CTN, art. 119).

Em face do exposto, a resposta certa é a letra “b”.

40. (ESAF/Procurador da Fazenda

Nacional/2006/adaptada) Considerando o tema

“obrigação tributária” e as disposições do CTN, marque com

(V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao

final a opção correspondente.

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( ) O interditado pode ser sujeito passivo da obrigação

tributária.

( ) A definição legal do fato gerador não pode ser verificada

se for abstraída a validade jurídica dos atos praticados.

( ) A utilização de pauta fiscal pela administração tributária

é uma forma de arbitramento da base de cálculo.

( ) A obrigação principal nasce em razão da ocorrência de

um fato gerador e independe de providência da autoridade

fiscal para ser exigida.

a) V, V, V, V.

b) F, V, F, F.

c) F, V, F, V.

d) V, F, V, V.

e) V, F, V, F.

O item I é verdadeiro, porque o interditado pode ser sujeito

passivo da obrigação tributária, de acordo com o art. 126, II, do CTN.

O item II é falso, porque a definição legal do fato gerador pode

ser verificada se for abstraída a validade jurídica dos atos praticados

(CTN, art. 118, I).

O item III é verdadeiro, pois a utilização de pauta fiscal pela

administração tributária é uma forma de arbitramento da base de

cálculo e não uma nova espécie de lançamento tributário.

O item IV é falso, pois a obrigação tributária principal nasce em

razão da ocorrência de um fato gerador e, segundo o art. 142 do

CTN, depende de providência da autoridade fiscal para ser exigida

(lançamento tributário).

Em face do exposto, a resposta certa é a letra “e”.

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41. (ESAF/AFRFB/2010) Sobre a disciplina conferida ao

domicílio tributário, pelo Código Tributário Nacional, assinale

a opção correta.

a) O domicílio do contribuinte ou responsável, em regra,

será estabelecido por eleição.

b) O domicílio da pessoa jurídica de direito privado será o

lugar em que estiver localizada sua sede.

c) O domicílio da pessoa jurídica de direito público será o

lugar em que estiver localizada sua sede.

d) O lugar eleito pelo contribuinte como domicílio tributário

não poderá ser recusado pela autoridade tributária, sob a

alegação de prejuízo à atividade fiscalizatória.

e) Caso a autoridade fiscal não consiga notificar a pessoa

jurídica de direito privado em sua sede, poderá fazê-lo em

qualquer de suas unidades.

Letra (A). A regra geral é o domicílio de eleição, isto é, eleito

pelo contribuinte ou responsável tributário (art. 127, caput, CTN).

Logo, correta.

Letra (B). Na falta de eleição pelo contribuinte ou responsável

tributário, o domicílio da pessoa jurídica de direito privado é o lugar

da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à

obrigação, o de cada estabelecimento (art. 127, caput, I, CTN). Logo,

incorreta.

Letra (C). Na falta de eleição pelo contribuinte ou responsável

tributário, o domicílio da pessoa jurídica de direito público (União,

Estados-membros, Distrito Federal, Municípios e autarquias) é

qualquer de suas repartições no território da entidade tributante (art.

127, caput, II, CTN). Logo, incorreta.

Letra (D). A recusa da autoridade administrativa ao lugar eleito

pelo contribuinte ou responsável tributário deve ser fundamentada na

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impossibilidade ou dificuldade da fiscalização ou arrecadação do

tributo (art. 127, § 2°, CTN). Logo, incorreta.

Letra (E). A autoridade fiscal na hipótese de dificuldade da

fiscalização ou arrecadação do tributo poderá notificar a pessoa

jurídica de direito privado no lugar da situação dos bens ou da

ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação tributária

(art. 127, §§ 1° e 2°, CTN). Logo, incorreta.

42. (AFRF/2000/ESAF) Quando não couber a aplicação das

outras regras fixadas pelo Código Tributário Nacional para a

determinação do domicílio da pessoa natural, ele ordena se

considere como domicílio tributário

a) a residência habitual.

b) sendo incerta ou desconhecida a residência, o centro

habitual de sua atividade comercial ou econômica.

c) o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou

fatos que deram origem à obrigação.

d) o domicílio anterior conhecido da autoridade fiscal.

e) o lugar que tenha eleito mediante preenchimento dos

formulários para esse fim postos à disposição pela

autoridade.

A resposta é a letra “c”.

Quando não couber a aplicação das outras regras fixadas pelo

Código Tributário Nacional para a determinação do domicílio da

pessoa natural, ele ordena se considere como domicílio tributário o

lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que

deram origem à obrigação (art. 127, §1°, do CTN).

43. (ESAF/TRF/2005) Em relação ao domicílio tributário,

é correto afirmar-se que

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a) este pode ser livremente eleito pelo sujeito passivo da

obrigação tributária, não tendo a autoridade administrativa

o poder de recusá-lo.

b) relativamente às pessoas jurídicas de direito público, será

considerado como seu domicílio tributário aquele situado no

Município de maior relevância econômica da entidade

tributante.

c) quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou,

sendo esta incerta ou desconhecida, aquela que a

autoridade administrativa assim eleger.

d) é definido pelo lugar dos bens ou da ocorrência dos atos

ou fatos que tenham dado origem à obrigação tributária, na

impossibilidade de aplicação dos critérios de identificação

indicados pelo Código Tributário Nacional.

e) no caso de pessoa jurídica de direito privado que possua

mais de um estabelecimento, seu domicílio será aquele cuja

escrituração contábil demonstre maior faturamento.

A resposta é a letra “d”.

Em relação ao domicílio tributário, é correto afirmar-se que é

definido pelo lugar dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que

tenham dado origem à obrigação tributária, na impossibilidade de

aplicação dos critérios de identificação indicados pelo Código

Tributário Nacional (art. 127, §1°, do CTN).

44. (ESAF/AFTE/PI/2001) A liberdade de o sujeito passivo

da obrigação tributária escolher o seu domicílio tributário é:

a) relativa.

b) incondicional.

c) inexistente.

d) irrecusável.

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e) absoluta.

A resposta é a letra “a”.

A liberdade de o sujeito passivo da obrigação tributária escolher

o seu domicílio tributário é relativa, uma vez que autoridade

administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite

ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo.

45. (ESAF/AFTN/Fortaleza/2003-adaptada)

a) É vedado à autoridade administrativa recusar o domicílio

eleito pelo sujeito passivo, no caso de tal eleição dificultar a

arrecadação ou a fiscalização do tributo.

b) O CTN diz o que se considera domicílio tributário,

podendo a autoridade administrativa recusar o domicílio

tributário escolhido pelo contribuinte quando dificulte ou

impossibilite a arrecadação ou fiscalização.

c) a obrigação tributária nasce com a publicação da lei

instituidora do tributo.

d) Inscrever-se no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas

(CNPJ) antes de iniciar a atividade econômica é uma

obrigação principal.

e) A obrigação principal refere-se ao pagamento do tributo,

mas não de uma penalidade pecuniária.

A resposta é a letra “b”, porque o CTN diz o que se considera

domicílio tributário, podendo a autoridade administrativa recusar o

domicílio tributário escolhido pelo contribuinte quando dificulte ou

impossibilite a arrecadação ou fiscalização.

46. (ESAF/ATA/MF/2009) No que se refere à falta de

eleição do domicílio tributário, pelo contribuinte ou

responsável, dispõe o Código Tributário Nacional, exceto:

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a) quanto às pessoas naturais, o domicílio é a sua residência

habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro

habitual de sua atividade.

b) quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às

firmas individuais, o domicílio é o lugar de sua sede, ou, em

relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o

de cada estabelecimento.

c) a autoridade administrativa pode recusar o domicílio

tributário eleito, por razões de conveniência e de eficiência,

ainda que o domicílio indicado não impossibilite ou dificulte

a arrecadação ou a fiscalização do tributo.

d) pode-se, em algumas situações, considerar-se como

domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar

da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que

derem origem à obrigação.

e) quanto às pessoas jurídicas de direito público, o domicílio

tributário é qualquer de suas repartições no território da

entidade tributante.

A resposta é a letra “c”, porque a autoridade administrativa

pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a

arrecadação ou a fiscalização do tributo, de acordo com o §2°,

do art. 127, do CTN.

A letra “a” é verdadeira (art. 127, inc. I, do CTN). A letra “b” é

verdadeira (art. 127, inc. II, do CTN). A letra “d” é verdadeira (art.

127, §1°, do CTN). A letra “e” é verdadeira (art. 127, inc. III, do

CTN).

QUESTÕES TRATADAS EM SALA DE AULA

1. (ESAF/PFN/2005/adaptada) Considerando o tema “obrigação tributária” e as disposições do CTN, marque com (V) a assertiva

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verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) Quando a lei se refere à obrigação tributária principal, ela quer se referir aos procedimentos exigidos do contribuinte para assegurar a melhor fiscalização do pagamento. ( ) A multa pode ser considerada espécie do gênero tributo, já que está abrangida, pelo Código Tributário Nacional, no conceito de “obrigação tributária principal”. ( )A obrigação acessória nasce em razão da ocorrência de um fato gerador e independe de providência da autoridade fiscal para ser exigida. a) V, V, V. b) F, V, F. c) F, F, F. d) V, F, V. e) V, F, V.

2. (AFTN/98/ESAF) A multa por descumprimento de obrigação acessória relativa ao imposto de renda a) tem a natureza de tributo, por converter-se em obrigação tributária principal o descumprimento de obrigação acessória. b) tem a natureza de imposto, porque sua natureza específica é dada pelo respectivo fato gerador. c) não tem a natureza de tributo, mas a de uma obrigação tributária acessória. d) não tem natureza tributária porque a penalidade por descumprimento de obrigação acessória é de caráter administrativo. e) não tem a natureza de tributo por constituir sanção de ato ilícito.

3. (TRF/2005/ESAF) Sobre a obrigação tributária acessória, é incorreto afirmar-se que a) tem por objeto prestações positivas previstas na legislação tributária. b) tal como a obrigação principal, supõe, para o seu surgimento, a ocorrência de fato gerador. c) objetiva dar meios à fiscalização tributária para a investigação e o controle do recolhimento de tributos. d) sua inobservância converte-se em obrigação principal, relativamente a penalidade pecuniária. e) realizar matrícula no cadastro de contribuintes, emitir nota fiscal e apresentar declarações ao Fisco constituem, entre outros, alguns exemplos.

4. (AFRF/2002-1/ESAF) Avalie as afirmações abaixo e marque a opção que corresponda, na devida ordem, ao acerto ou erro de cada uma (V ou F, respectivamente).

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1. Multa decorrente de obrigação acessória constitui obrigação principal. 2. Se a lei impõe a determinados sujeitos que não façam alguma coisa, está a impor-lhes uma obrigação tributária acessória. 3. Quando um sujeito passivo não está sujeito ao imposto, mas apenas a prestar informações ao fisco sobre matéria de interesse da fiscalização, esta é sua obrigação tributária principal. a) V, V, V b) V, V, F c) V, F, F d) F, F, F e) F, F, V

5. (ESAF/AFRFB/2010) Sobre a obrigação tributária principal e acessória e sobre o fato gerador do tributo, assinale a opção correta. a) Segundo o Código Tributário Nacional, a obrigação de pagar multas e juros tributários constitui-se como obrigação acessória. b) A obrigação acessória, quando não observada, converte-se em obrigação principal somente em relação à penalidade pecuniária. c) A existência de uma obrigação tributária acessória pressupõe a existência de uma obrigação tributária principal. d) A instituição de obrigação acessória, com a finalidade de dar cumprimento à obrigação principal, deve atenção ao princípio da estrita legalidade. e) No Sistema Tributário Nacional, admite-se que a obrigação de fazer, em situações específicas, seja considerada obrigação tributária principal.

6. (ESAF/AFTN) A obrigação que tem por objeto o pagamento de multa é chamada de obrigação _______________ . _______________ dessa obrigação é a situação definida em lei como necessária e suficiente à ocorrência desta. A validade jurídica dos atos efetivamente praticados não interessa na interpretação de norma definidora _______________ . Escolha a opção que contenha as palavras que, correta e respectivamente, preencham o sentido dos períodos acima.

a) principal / O fato gerador / do fato gerador b) impositiva / O efeito / do lançamento c) penal / O lançamento / da cobrança d) sancionatória / O fato gerador / da condição suspensiva e) punitiva / A fonte / da outorga de isenção

7. (ESAF/AFRF/2005) Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a opção que contenha a exata seqüência.

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( ) A situação definida em lei, desde que necessária para o nascimento da obrigação tributária principal é o seu fato gerador. ( ) Qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática de um ato que não tenha por objeto o pagamento de tributo ou multa, é obrigação tributária acessória. ( ) Atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de encobrir a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, desde que legítimos perante a legislação civil, não podem ser desconsiderados pela autoridade tributária. a) V V V b) F V V c) F F F d) F F V e) V F V

8. (ESAF/AFTE/RN/2005/adaptada) Marque a resposta correta, considerando as formulações abaixo. I – A definição legal do fato gerador deve ser verificada independentemente da validade jurídica dos atos praticados. II - A obrigação tributária acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade não pecuniária. III - O Código Tributário Nacional não permite a tributação de rendas provenientes de atividades ilícitas. IV - De acordo com o Código Tributário Nacional, cabe exclusivamente à autoridade judicial competente desconsiderar, em decisão fundamentada, os atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária. a) Somente I é verdadeira. b) Somente I e II são verdadeiras. c) Somente I, II e III são verdadeiras. d) Somente II, III e IV são verdadeiras. e) Somente III e IV são verdadeiras.

9. (ESAF/IRB/2006) Assinale a alternativa correta. a) A validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelo sujeito passivo é um dos elementos que devem ser considerados na interpretação da definição legal do fato gerador. b) a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos do Código Tributário Nacional.

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c) A definição legal do fato gerador não pode ser verificada se for abstraída a validade jurídica dos atos praticados. d) uma vez verificado o nascimento da obrigação tributária, com a realização do fato gerador, o sujeito passivo torna-se imediatamente compelível ao pagamento do tributo pertinente, sendo desnecessária a prática de quaisquer atos formais por parte do sujeito ativo, em quaisquer hipóteses. e) O Código Tributário Nacional admite que a autoridade administrativa, desde que observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária, desconsidere atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária.

10. (ESAF/AFRF/2003) Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta. ( ) Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios. ( ) A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. ( ) Quando o fato gerador da obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição suspensiva, considera-se nascida a obrigação desde o momento em que se verificar a condição. a) F, V, V. b) F, F, V. c) F, F, F. d) V, V, F. e) V, F, F. 11. (ESAF/Gestor/MG/2005) Assinale a opção correta. a) A obrigação tributária nasce com o lançamento. b) A aplicação de multa pelo atraso no pagamento do tributo é a única forma de obrigação tributária acessória que a lei pode prever. c) Segundo o Código Tributário Nacional, a renda obtida com a prática do crime de contrabando não pode ser tributada. d) O fato gerador é a situação definida em lei como necessária e suficiente para que se considere surgida a obrigação tributária. e) A hipótese de incidência é o fato da vida que gera, diante do que dispõe a lei tributária, o dever de pagar o tributo.

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12. (ESAF/AFTE/MG/2005) Considerando o tema “obrigação tributária”, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) A obrigação acessória nasce em razão da ocorrência de um fato gerador, contudo depende sempre de uma providência a ser tomada pela autoridade fiscal. () A definição legal do fato gerador deve ser verificada independentemente da validade jurídica dos atos praticados. ( ) O legislador não poderá autorizar a desconsideração dos atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de eclipsar a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, desde que observados pelo sujeito passivo as normas próprias do direito privado. ( ) Quando o fato gerador da obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição suspensiva, considera-se nascida a obrigação desde o momento em que se verificar a condição. ( ) É vedado aos Estados instituírem contribuição de melhoria. a) F, V, F, V, F. b) F, V, F, V, V. c) F, V, V, V, F. d) V, F, V, F, V. e) V, V, V, V,V.

13. (ESAF/AFTM/FORTALEZA/2003) Com base em disposições expressas do Código Tributário Nacional, avalie as formulações seguintes, relativas aos temas obrigação tributária e fato gerador, e, ao final, assinale a opção que corresponde à resposta correta: I. Fato gerador da obrigação tributária principal é a situação definida em lei, que impõe a prática ou a abstenção de ato não caracterizador de obrigação tributária acessória. II. Os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos devem ser considerados na interpretação da definição legal do fato gerador. III. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios. IV. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. a) Apenas a formulação IV é correta. b) Apenas as formulações II e IV são corretas. c) Apenas as formulações III e IV são corretas.

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d) Apenas as formulações I, II e III são corretas. e) Apenas as formulações II e III são corretas.

14. (ESAF/TTN/94) Sendo o fato gerador de um tributo, em certo caso, um negócio jurídico condicional, tem-se como ocorrido o fato gerador a) desde o momento do implemento da condição, se esta for suspensiva. b) desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio, se a condição for suspensiva. c) desde o momento da implementação da condição, se esta for resolutória. d) desde o momento da implementação da celebração do negócio, seja a condição resolutória ou suspensiva. e) na data da publicação do negócio jurídico condicional.

15. (ESAF/AFTN/94) O art. 3º do Código Tributário Nacional define tributo como uma prestação que não constitua sanção de ato ilícito. De tal assertiva podemos inferir que a)os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração do lenocínio não são tributáveis, sujeitando-se, contudo, a pesadas multas em decorrência da prática de atividade ilícita. b)os rendimentos advindos da exploração de lenocínio são tributáveis, porquanto não se confunde a atividade ilícita do contribuinte com o fato tributário de auferir renda. c)os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração do lenocínio não são tributáveis, em conformidade do que reza o princípio do non olet. d)as atividades ilícitas não devem ser tributadas, pois de outro modo o Estado estará locupletando-se com ações que ele mesmo proíbe e, assim, ferindo o princípio da estrita legalidade. e)atividades ilícitas como a exploração do lenocínio e do jogo do bicho podem ser tributadas, posto que a sanção de ato ilícito converte-se, pelo simples fato de sua inobservância, em obrigação tributária principal.

16. (ESAF/AFTN/96) Analisar as seguintes proposições: I - O “fato gerador” de uma multa tributária pode ser um fato lícito. II - Os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração do lenocínio não são tributáveis, pois trata-se de prática de atividade ilícita. III - Rendimentos decorrentes de ato ilícito não são tributáveis, conforme reza o princípio do non olet. a) os três enunciados são falsos. b) os três enunciados são verdadeiros. c) o I e II são verdadeiros e o II é falso.

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d) tão-só o III é verdadeiro. e) o I e o III são falsos e o II é verdadeiro.

17. (ESAF/ATA/MF/2009) No que se refere ao fato gerador, dispõe o Código Tributário Nacional que a) o fato gerador da obrigação principal é situação definida na Constituição como indicativa da possibilidade de imposição de obrigação de pagar, por parte de ente público que detenha competência para fazê-lo. b) a autoridade administrativa poderá considerar como ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios. c) o fato gerador da obrigação acessória é situação definida em lei complementar, que impõe prática ou abstenção de ato, ainda que originariamente este se configure como obrigação principal. d) a autoridade administrativa deverá considerar como ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de situação de fato, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos da legislação de regência. e) a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.

18. (ESAF/ATA/MF/2009) A obrigação tributária principal: a) extingue-se, com o pedido de parcelamento acompanhado do recolhimento da primeira prestação. b) decorre da legislação tributária e tem por objeto prestações positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. c) pelo simples fato de seu não adimplemento suscita imediata inscrição em dívida ativa, independentemente de abertura de prazo para impugnação do lançamento, por parte do interessado. d) surge com a ocorrência do fato gerador e tem por objeto o pagamento do tributo ou penalidade pecuniária. e) suspende-se, com o devido lançamento, nas três modalidades previstas pelo Código Tributário Nacional.

19. (ESAF/APO/União/2010) A lei que veicula a norma tributária impositiva deverá conter os aspectos indispensáveis para que se possa determinar o surgimento e o conteúdo da obrigação tributária. Sobre esta, analise os itens a seguir, classificando-os como falsos ou

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verdadeiros. Depois escolha a opção que seja adequada às suas respostas. I. O aspecto material da norma tributária diz respeito à situação geradora da obrigação tributária; II. O aspecto espacial da norma tributária corresponde ao território da pessoa política tributante; III. O aspecto temporal da norma tributária diz respeito ao momento em que se deve considerar ocorrida a situação geradora da obrigação tributária; IV. O aspecto pessoal da norma tributária diz respeito à pessoa em favor de quem a obrigação tributária deva ser cumprida; e V. O aspecto quantitativo da norma tributária se refere ao montante devido na obrigação tributária. a) Todos os itens estão corretos. b) Estão corretos apenas os itens I, II e IV. c) Estão corretos apenas os itens I, II, IV e V. d) Estão corretos apenas os itens II, IV e V. e) Estão corretos apenas os itens III, IV e V.

20. (AFTN/94/ESAF) As convenções particulares relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes, a) desde que autorizadas por ato administrativo devidamente fundamentado. b) quando se tratar de taxas ou contribuições, excluindo-se dessa possibilidade os impostos. c) sempre que formalizadas por escrito, na presença de duas testemunhas. d) desde que haja disposição de lei neste sentido. e) quando não se tratar de responsabilidade por infração.

21. (AFRF/2000/ESAF) O Código Tributário Nacional chama de ______(1)_______ quem tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o fato gerador da obrigação tributária principal, e de ______(2)______ quem, sem revestir aquela condição, tenha obrigação decorrente de disposição expressa de lei. Em ambos os casos, recebe o nome de ______(3)______ da obrigação tributária principal. a) (1) obrigado, (2) contribuinte legal e (3) co-obrigado. b) (1) contribuinte, (2) responsável, (3) sujeito passivo. c) (1) sujeito passivo, (2) responsável ex lege, (3) devedor. d) (1) sujeito passivo, (2) devedor solidário, (3) sub-rogado. e) (1) sujeito passivo, (2) responsável, (3) contribuinte.

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22. (ESAF/Agente Tributário Estadual de MS/2001) É sujeito passivo da obrigação tributária acessória: a) pessoa que tenha interesse comum na situação que constitua seu fato gerador. b) pessoa obrigada às prestações que constituam seu objeto. c) pessoa obrigada ao pagamento de penalidade pecuniária. d) pessoa considerada responsável por disposição legal. e) pessoa obrigada ao pagamento do montante do tributo devido.

23. (TRF/2003/ESAF/Adaptada) Assinale a opção incorreta. a) Os atos normativos, as decisões dos órgãos de jurisdição administrativa com eficácia normativa, os convênios e os decretos são normas complementares das leis, tratados e convenções internacionais que versem sobre tributos. b) Ressalvadas as exceções constitucionais, os tributos não podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que foi publicado o ato legal que os criou ou majorou. c) As leis tributárias não podem alterar a definição, o conteúdo e o alcance de conceitos, institutos e formas de direito privado, utilizados para definir ou limitar competências tributárias, expressa ou implicitamente. d) Cada uma das pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal responde por todo o débito tributário, aproveitando aos demais o pagamento que for feito. e) O Código Tributário Nacional diz o que se considera domicílio tributário, podendo a autoridade administrativa recusar o domicílio tributário escolhido pelo contribuinte quando dificulte ou impossibilite a arrecadação ou fiscalização.

24. (AFTN/94/ESAF) Duas pessoas têm a compropriedade desigual de um imóvel urbano. Sob o ponto de vista do IPTU, pode-se afirmar que seu pagamento é da responsabilidade a) de ambos, proporcionalmente à participação de cada qual. b) do titular do imóvel, que se tiver inscrito como tal. c) principal do proprietário da quota majoritária e subsidiária do outro. d) de ambos, podendo ser exigida de cada um deles a dívida toda. e) solidária de ambos, cabendo porém para o minoritário o benefício de ordem.

25. (AFRF/2002.2/ESAF) Assinale a opção errada entre as relacionadas abaixo. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade tributária: a) o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais.

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b) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. c) a interrupção da prescrição, em favor de um dos obrigados, favorece aos demais. d) a interrupção da prescrição, contra um dos obrigados, prejudica aos demais. e) ao demandado assiste o direito de apontar o devedor originário para solver o débito e assim exonerar-se.

26. (FTE/PA/2002/ESAF) Relativamente aos efeitos da solidariedade tributária passiva, é correto afirmar que a) o pagamento feito por apenas um dos obrigados não aproveita aos demais. b) a isenção objetiva aproveita a todos. c) a remissão concedida pessoalmente a um dos obrigados aproveita aos demais. d) a interrupção da prescrição contra um dos coobrigados atinge a todos os demais. e) não se aplicam aos responsáveis tributários.

27. (ATN/Recife/2003/ESAF) Estabelece o Código Tributário Nacional que, salvo disposição de lei em contrário, a solidariedade tributária produz o seguinte efeito, entre outros: a) a interrupção da decadência do direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais. b) a isenção ou anistia de crédito tributário, concedida em caráter geral, exonera todos os obrigados, mas se concedida pessoalmente a um deles, a solidariedade subsiste, quanto aos demais, pelo saldo. c) o pagamento efetuado por um dos obrigados não aproveita aos demais. d) a isenção ou remissão de crédito tributário exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. e) não liquidado, no prazo legal, o crédito tributário da Fazenda Pública, o co-devedor que for prejudicado, em virtude da omissão do sujeito passivo principal no cumprimento da obrigação tributária, fará jus ao benefício de ordem.

28. (AFRF/2002.1/ESAF) Avalie a correção das afirmações abaixo. Atribua a letra V para as verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha tais letras na seqüência correta. 1. Relativamente ao imposto territorial rural notificado a apenas um dos condôminos, o outro condômino está excluído de qualquer responsabilidade.

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2. A solidariedade tributária, segundo os princípios gerais vigentes em nosso direito, não se presume, pois tem de estar prevista em lei. 3. Normalmente, quando há solidariedade tributária e um dos devedores é perdoado por lei, a dívida se reparte pelos demais, que respondem pela totalidade. a) V, V, V. b) V, V, F. c) V, F, F. d) F, F, F. e) F, V, F.

29. (AFTE/RN/2005/ESAF) Marque a resposta correta, considerando as formulações abaixo. I - As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal são solidariamente obrigadas. II - A obrigação tributária acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade não pecuniária. III - O Código Tributário Nacional não permite a tributação de rendas provenientes de atividades ilícitas. IV - De acordo com o Código Tributário Nacional, cabe exclusivamente à autoridade judicial competente desconsiderar, em decisão fundamentada, os atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária. a) Somente I é verdadeira. b) Somente I e II são verdadeiras. c) Somente I, II e III são verdadeiras. d) Somente II, III e IV são verdadeiras. e) Somente III e IV são verdadeiras.

30. (TRF/2000/ESAF) (i) Quando a lei se refere à obrigação tributária principal, ela quer se referir aos procedimentos exigidos do contribuinte para assegurar a melhor fiscalização do pagamento? (ii) O sujeito ativo da obrigação tributária se define como aquele que atua no cumprimento da obrigação tributária por iniciativa própria, independentemente da ação do fisco? (iii) Nos casos de solidariedade, por interesse comum na situação que constitua fato gerador da obrigação tributária principal, pode o devedor exigir que o credor cobre a dívida primeiro do outro responsável? a) não, não, não. b) sim, sim, sim. c) não, não, sim.

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d) não, sim, sim. e) sim, não, não.

31. (AFPS/2002/ESAF) Relativamente ao tema obrigação tributária, o Código Tributário Nacional estabelece que, salvo disposição de lei em contrário, a solidariedade tributária passiva produz o seguinte efeito, entre outros: a) a suspensão da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica os demais. b) o pagamento efetuado por um dos obrigados não aproveita aos demais. c) a isenção ou anistia do crédito tributário exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. d) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. e) a interrupção da prescrição em favor de um dos obrigados não favorece os demais.

32. (ESAF/AFRFB/2010) Sobre a solidariedade e os sujeitos da obrigação tributária, com base no Código Tributário Nacional, assinale a opção correta. a) O sujeito ativo da obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito público que detém capacidade ativa, sendo esta indelegável. b) No pólo ativo da relação jurídico-tributária, necessariamente deve figurar pessoa jurídica de direito público. c) O contribuinte de fato integra a relação jurídico-tributária, haja vista possuir relação direta com o fato gerador da obrigação. d) Em regra, há solidariedade entre o contribuinte de fato e o contribuinte de direito, na relação jurídico-tributária. e) A solidariedade ativa decorre da situação em que houve delegação do poder de arrecadar e fiscalizar tributos.

33. (AFRF/2002.1/ESAF) (i) As sociedades sem personalidade jurídica, quando demandadas, poderão opor ao fisco a inexistência de sua constituição formal? (ii) Segundo decorre do Código Tributário Nacional, silvícola, enquanto durar sua incapacidade civil, é passível de ter capacidade tributária? (iii) Certa pessoa dedicada ao comércio ambulante, sem endereço fixo, somente encontrado junto à sua banca de comércio, poderá ser considerada pela autoridade fiscalizadora como sem domicílio fiscal? a) Não, Sim, Não. b) Sim, Sim, Não. c) Sim, Não, Sim.

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d) Não, Não, Não. e) Sim, Sim, Sim.

34. (AFTN/94/ESAF) Suponha que você é consultado a respeito de quatro situações fiscais: (1ª) um menor de 12 anos de idade herda um grande patrimônio; (2ª) um pródigo que dissipava todo o seu patrimônio foi interditado judicialmente; (3º) uma sociedade não chegou a ser formalizada por escrito e portanto não tinha seus atos constitutivos arquivados na Junta Comercial; (4º) uma sociedade de profissionais foi dissolvida por decisão judicial, porém continuou suas atividades. Os atos dessas quatro pessoas (naturais e jurídicas) geraram rendimentos tributáveis. Eles têm capacidade de serem sujeitos passivos de obrigações tributárias? a) Apenas os representantes ou assistentes das pessoas naturais incapazes são contribuintes: o pai, o tutor, etc. b) Sim, todas essas quatro pessoas têm capacidade tributária, independentemente de terem ou não capacidade civil. c) Apenas as duas pessoas jurídicas de fato são contribuintes; as pessoas naturais não. d) O menor de idade não pode ser contribuinte. Os demais, sim. e) Nenhuma das quatro pessoas (naturais ou jurídicas) tem aptidão para ser sujeito passivo de obrigação tributária.

35. (ATN Fortaleza/2003/ESAF) Marque a resposta correta, em consonância com as disposições pertinentes do Código Tributário Nacional. a) É denominado responsável o sujeito passivo da obrigação tributária principal que tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. b) É vedado às leis tributárias atribuir capacidade tributária passiva à pessoa natural que o Código Civil considere absolutamente incapaz. c) As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal são solidariamente responsáveis. d) É vedado à autoridade administrativa recusar o domicílio eleito pelo sujeito passivo, no caso de tal eleição dificultar a arrecadação ou a fiscalização do tributo. e) Salvo disposição legal em contrário, acordo particular, por constituir lei entre as partes, pode ser oposto à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes, hipótese em que fica afastada a responsabilidade do contribuinte pelo pagamento dos tributos, dando lugar à responsabilidade tributária integral do terceiro que tem relação direta e pessoal com a situação constitutiva do gerador.

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36. (AFRE/MG/2005/ESAF) Considerando o tema “obrigação tributária”, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) A obrigação acessória nasce em razão da ocorrência de um fato gerador, contudo depende sempre de uma providência a ser tomada pela autoridade fiscal. ( ) A definição legal do fato gerador deve ser verificada independentemente da validade jurídica dos atos praticados. ( ) A pessoa interditada judicialmente pode ser considerada sujeito passivo da obrigação tributária. ( ) Quando o fato gerador da obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição suspensiva, considera-se nascida a obrigação desde o momento em que se verificar a condição. a) F, V, F, F. b) F, V, F, V. c) F, V, V, V. d) V, F, V, F. e) V, V, V, V.

37. (ESAF/Auditor Fiscal/Natal/2008) Sobre os sujeitos da obrigação tributária, assinale a única opção correta. a) O sujeito ativo da obrigação tributária é, necessariamente, a pessoa jurídica de direito público titular da competência para instituir o tributo. b) Pessoa jurídica de direito privado pode figurar como sujeito ativo da obrigação tributária, haja vista o CTN prever, expressamente, a possibilidade de delegação das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos. c) O contribuinte de fato ou de direito é considerado sujeito passivo da obrigação tributária, independentemente de possuir relação pessoal e direta com o fato gerador. d) As convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, mesmo que haja lei em sentido contrário. e) A sociedade comercial informalmente constituída pode figurar como sujeito passivo de uma obrigação tributária.

38. (ESAF/Auditor Fiscal/Natal/2008) Sobre a solidariedade e capacidade tributária, assinale a única opção correta. a) Em virtude da rigidez constitucional, que promoveu a distribuição de competências tributárias entre os entes políticos, não encontra respaldo, no ordenamento jurídico nacional, a solidariedade ativa em matéria tributária.

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b) Pode o poder público exigir o pagamento do IPTU tanto do proprietário como do locatário do imóvel, tendo em vista se tratar de obrigação de direito real. c) Considerando que duas pessoas detenham a propriedade de um veículo, o fisco não pode exigir apenas de um dos contribuintes o pagamento integral da exação. d) Como efeito da solidariedade, tem-se que a isenção ou remissão de crédito tributário exonera todos os obrigados, mesmo se outorgada pessoalmente a um deles. e) Na situação em que um pai detenha 60% de um imóvel e o filho, absolutamente incapaz, possua outros 40% do bem, optando o fisco em cobrar de apenas um, deve preferir o pai ao filho, em atenção ao benefício de ordem previsto no CTN. 39. (ESAF/Advogado/IRB/2006) Em relação aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária avalie o acerto das afirmações abaixo. Em seguida, marque a opção correta. I. o sujeito passivo da obrigação tributária principal, em regra, é aquela pessoa que realiza o seu fato gerador. II. a capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das pessoas naturais; porém, assim como esta, aquela também pode sujeitar-se a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais. III. sendo o sujeito passivo pessoa jurídica, sua capacidade tributária independe de estar ela regularmente constituída, nos termos do direito civil, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional. IV. chama-se sujeito ativo da obrigação tributária a pessoa jurídica de direito público dotada da competência para exigir seu cumprimento. a) Todos os itens estão corretos. b) Há apenas três itens corretos. c) Há apenas dois itens corretos. d) Há apenas um item correto. e) Todos os itens estão errados.

40. (ESAF/Procurador da Fazenda Nacional/2006/adaptada)Considerando o tema “obrigação tributária” e as disposições do CTN, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) O interditado pode ser sujeito passivo da obrigação tributária. ( ) A definição legal do fato gerador não pode ser verificada se for abstraída a validade jurídica dos atos praticados. ( ) A utilização de pauta fiscal pela administração tributária é uma forma de arbitramento da base de cálculo.

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( ) A obrigação principal nasce em razão da ocorrência de um fato gerador e independe de providência da autoridade fiscal para ser exigida. a) V, V, V, V. b) F, V, F, F. c) F, V, F, V. d) V, F, V, V. e) V, F, V, F.

41. (ESAF/AFRFB/2010) Sobre a disciplina conferida ao domicílio tributário, pelo Código Tributário Nacional, assinale a opção correta. a) O domicílio do contribuinte ou responsável, em regra, será estabelecido por eleição. b) O domicílio da pessoa jurídica de direito privado será o lugar em que estiver localizada sua sede. c) O domicílio da pessoa jurídica de direito público será o lugar em que estiver localizada sua sede. d) O lugar eleito pelo contribuinte como domicílio tributário não poderá ser recusado pela autoridade tributária, sob a alegação de prejuízo à atividade fiscalizatória. e) Caso a autoridade fiscal não consiga notificar a pessoa jurídica de direito privado em sua sede, poderá fazê-lo em qualquer de suas unidades.

42. (AFRF/2000/ESAF) Quando não couber a aplicação das outras regras fixadas pelo Código Tributário Nacional para a determinação do domicílio da pessoa natural, ele ordena se considere como domicílio tributário a) a residência habitual. b) sendo incerta ou desconhecida a residência, o centro habitual de sua atividade comercial ou econômica. c) o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação. d) o domicílio anterior conhecido da autoridade fiscal. e) o lugar que tenha eleito mediante preenchimento dos formulários para esse fim postos à disposição pela autoridade.

43. (ESAF/TRF/2005) Em relação ao domicílio tributário, é correto afirmar-se que a) este pode ser livremente eleito pelo sujeito passivo da obrigação tributária, não tendo a autoridade administrativa o poder de recusá-lo. b) relativamente às pessoas jurídicas de direito público, será considerado como seu domicílio tributário aquele situado no Município de maior relevância econômica da entidade tributante.

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c) quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, aquela que a autoridade administrativa assim eleger. d) é definido pelo lugar dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que tenham dado origem à obrigação tributária, na impossibilidade de aplicação dos critérios de identificação indicados pelo Código Tributário Nacional. e) no caso de pessoa jurídica de direito privado que possua mais de um estabelecimento, seu domicílio será aquele cuja escrituração contábil demonstre maior faturamento.

44. (ESAF/AFTE/PI/2001) A liberdade de o sujeito passivo da obrigação tributária escolher o seu domicílio tributário é: a) relativa. b) incondicional. c) inexistente. d) irrecusável. e) absoluta.

45. (ESAF/AFTN/Fortaleza/2003-adaptada) a) É vedado à autoridade administrativa recusar o domicílio eleito pelo sujeito passivo, no caso de tal eleição dificultar a arrecadação ou a fiscalização do tributo. b) O CTN diz o que se considera domicílio tributário, podendo a autoridade administrativa recusar o domicílio tributário escolhido pelo contribuinte quando dificulte ou impossibilite a arrecadação ou fiscalização. c) a obrigação tributária nasce com a publicação da lei instituidora do tributo. d) Inscrever-se no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) antes de iniciar a atividade econômica é uma obrigação principal. e) A obrigação principal refere-se ao pagamento do tributo, mas não de uma penalidade pecuniária.

46. (ESAF/ATA/MF/2009) No que se refere à falta de eleição do domicílio tributário, pelo contribuinte ou responsável, dispõe o Código Tributário Nacional, exceto: a) quanto às pessoas naturais, o domicílio é a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade. b) quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o domicílio é o lugar de sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento. c) a autoridade administrativa pode recusar o domicílio tributário eleito, por razões de conveniência e de eficiência, ainda que o domicílio indicado não impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo.

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d) pode-se, em algumas situações, considerar-se como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que derem origem à obrigação. e) quanto às pessoas jurídicas de direito público, o domicílio tributário é qualquer de suas repartições no território da entidade tributante.

GABARITO

1. C 2. E 3. A 4. C 5. B 6. A 7. C 8. A 9. E 10. A 11. D 12. A

13. A 14. A 15. B 16. A 17. E 18. D 19. A 20. D 21. B 22. B

23. A 24. D 25. E 26. B 27. D 28. E 29. A 30. A 31. D 32. B

33. A 34. B 35. C 36. C 37. E 38. A 39. B 40. E 41. A 42. C

43. D 44. A 45. B 46. C