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CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCÍCIOS P/ POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR PEDRO IVO www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 7 – EXERCÍCIOS Caros Alunos, Hoje chegamos ao nosso último encontro e é hora de praticar bastante!!! Concentre-se e teste o seu aprendizado. Verifique se realmente os pontos foram consolidados e, caso necessário, releia as aulas. Procure identificar a sua dificuldade, pois a hora de errar é agora. Acho interessante que primeiro você faça a lista sem os comentários, disponível no final da aula. Depois, já com todas resolvidas, verifique os comentários um a um e releia os artigos no Código de Processo Penal. Sei que ler a lei não é tarefa das mais agradáveis, mas é extremamente importante para sua prova!!! Agora, vamos logo ao que interessa e, ao final da aula, voltamos a conversar. Bons estudos! 1. (CESPE – AGU – 2010) Embora o inquérito policial tenha natureza de procedimento informativo, e não de ato de jurisdição, os vícios nele existentes podem contaminar a ação penal subsequente, com base na teoria norte-americana dos frutos da árvore envenenada, ou fruits of the poisonouss tree. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Os vícios do inquérito não contaminam a ação penal. 2. (CESPE – Polícia Federal – 2009) O término do inquérito policial é caracterizado pela elaboração de um relatório e por sua juntada pela autoridade policial responsável, que não pode, nesse relatório, indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Contraria o Art. 10 § 2o do CPP. Observe que é possível que a autoridade indique testemunhas. Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver

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AULA 7 – EXERCÍCIOS

Caros Alunos, Hoje chegamos ao nosso último encontro e é hora de praticar bastante!!! Concentre-se e teste o seu aprendizado. Verifique se realmente os pontos foram consolidados e, caso necessário, releia as aulas. Procure identificar a sua dificuldade, pois a hora de errar é agora. Acho interessante que primeiro você faça a lista sem os comentários, disponível no final da aula. Depois, já com todas resolvidas, verifique os comentários um a um e releia os artigos no Código de Processo Penal. Sei que ler a lei não é tarefa das mais agradáveis, mas é extremamente importante para sua prova!!! Agora, vamos logo ao que interessa e, ao final da aula, voltamos a conversar. Bons estudos!

1. (CESPE – AGU – 2010) Embora o inquérito policial tenha natureza de procedimento informativo, e não de ato de jurisdição, os vícios nele existentes podem contaminar a ação penal subsequente, com base na teoria norte-americana dos frutos da árvore envenenada, ou fruits of the poisonouss tree. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Os vícios do inquérito não contaminam a ação penal. 2. (CESPE – Polícia Federal – 2009) O término do inquérito policial é caracterizado pela elaboração de um relatório e por sua juntada pela autoridade policial responsável, que não pode, nesse relatório, indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Contraria o Art. 10 § 2o do CPP. Observe que é possível que a autoridade indique testemunhas. Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver

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sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. § 2o No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas. 3. (CESPE – Polícia Federal – 2009) No inquérito policial, o ofendido ou seu representante legal e o indiciado poderão requerer qualquer diligência que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. GABARITO: CORRETA COMENTÁRIOS: Reprodução exata do disposto no artigo 14 do CPP. Veja: Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. 4. (CESPE – Polícia Federal – 2009) Não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação. GABARITO: CORRETA COMENTÁRIOS: Reprodução exata da súmula 145 do STF. 5. (CESPE – Polícia Federal – 2009) Não se admite a acareação entre o acusado e a pessoa ofendida, considerando-se que o acusado tem o direito constitucional ao silêncio, e o ofendido não será compromissado. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: O artigo 229 do CPP prevê expressamente a possibilidade de acareação entre o acusado e o ofendido. Observe: Art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. 6. (CESPE – Polícia Federal – 2009) O inquérito policial tem natureza judicial visto que é um procedimento inquisitório conduzido pela polícia judiciária com a finalidade de reunir os elementos e informações necessárias à elucidação do crime.

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GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Inquérito com natureza judicial??? Pode parar por aqui, pois o inquérito, como vimos, tem natureza administrativa. 7. (CESPE – Polícia Federal – 2009) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial não poderá proceder novas pesquisas se de outras provas tiver notícia, salvo com expressa autorização judicial. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Contraria o artigo 18 que afirma que a autoridade policial PODERÁ proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. Veja: Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. Considerando o estabelecido no Código de Processo Penal, julgue o item abaixo a respeito da prova; 8. (CESPE – Polícia Federal – 2009) Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por meio de videoconferência. GABARITO: CORRETA COMENTÁRIOS: O item está correto, pois reproduz o início do parágrafo 2º do artigo 185. Veja: § 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades [...]. 9. (CESPE – Polícia Federal – 2009) Assemelham-se as prisões preventiva e temporária porque ambas podem ser decretadas em qualquer fase da investigação policial ou da ação penal. No entanto, a prisão preventiva pressupõe requerimento das partes, ao passo que a prisão temporária pode ser decretada de ofício pelo juiz. GABARITO: ERRADA

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COMENTÁRIOS: A prisão preventiva pode ser decretada na fase do inquérito policial ou da ação penal. Pode ser decretada pelo Magistrado, de ofício, a requerimento do Ministério Público, ou do querelante, ou mediante representação da autoridade policial. Diferentemente, a prisão temporária, regida pela Lei n. 7.960/89, não pode ser decretada de ofício, segundo o entendimento do CESPE, e só cabe na fase do inquérito policial. 10. (CESPE – Polícia Federal – 2009) Por completa falta de amparo legal, não se admite o flagrante forjado, que constitui, em tese, crime de abuso de poder, podendo ser penalmente responsabilizado o agente que forjou o flagrante. GABARITO: CORRETA COMENTÁRIOS: Flagrante forjado é aquele armado, realizado para incriminar pessoa inocente. É uma modalidade ilícita de flagrante, onde o infrator é o agente que forja o delito. 11. (CESPE – AGU – 2010) O arquivamento do inquérito policial não gera preclusão, sendo uma decisão tomada rebus sic stantibus; todavia, uma vez arquivado o inquérito a pedido do promotor de justiça, somente com novas provas pode ser iniciada a ação penal. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: O arquivamento, por não impedir pesquisas supervenientes (art. 18 do CPP), não produz coisa julgada formal, ou seja, não gera preclusão. É decisão tomada rebus sic stantibus, no dizer de Hélio Tornaghi. Veja:

Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.

Todavia, nos termos da súmula 524 do STF, arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas. 12. (CESPE – DPU – 2010) Segundo o STJ, a recusa da autoridade policial em cumprir requisição judicial relativa a cumprimento de diligências configura o crime de desobediência.

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GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Embora não esteja a autoridade policial sob subordinação funcional do juiz ou ao membro do Ministério Público, tem ela o dever funcional de realizar as diligências requisitadas por estas autoridades. A recusa no cumprimento das diligências requisitadas não consubstancia, sequer em tese, o crime de desobediência, repercutindo apenas no âmbito administrativo-disciplinar (STJ, RT 747/624). 13. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/ES – 2009) Suponha que a autoridade policial tome conhecimento da prática de crime de lesão corporal de natureza leve praticado dolosamente por José, imputável, contra Marcos, seu vizinho. A notícia foi apresentada por uma testemunha do fato, não tendo a vítima comparecido à delegacia de polícia. Nessa situação, a autoridade policial deverá aguardar a representação da vítima, sem a qual não poderá dar início à persecução penal. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: O inquérito, nos casos de ação penal pública condicionada, depende de representação para que possa ter início. Desta forma, como a lesão corporal leve se enquadra neste tipo de ação, sem a representação da vítima a autoridade não poderá dar início à persecução penal. 14. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/PB – 2008) Para verificar a possibilidade de a infração ter sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, ainda que esta contrarie a moralidade ou a ordem pública, uma vez que o interesse na solução do delito sobrepõe-se a valores individuais. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Contraria o Art. 7º do CPP.

Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.

15. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/PB – 2008) O IP acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Exige do candidato o conhecimento do artigo 12 do CPP.

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Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.

16. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/PB – 2008) Em qualquer situação, o MP poderá requerer a devolução dos autos do IP à autoridade policial para novas diligências. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Afronta o art. 16 do CPP.

Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.

17. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/PB – 2008) Convencida da inexistência do crime, a autoridade policial poderá mandar arquivar os autos de IP. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Contraria o art. 17 do CPP, pois a autoridade policial não pode mandar arquivar o inquérito.

Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.

18. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/PB – 2008) Segundo a regra geral prevista no CPP o IP deverá ser encerrado no prazo de dez dias, se o indiciado estiver preso, ou em trinta dias, quando este estiver solto. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Questão que exige um dos artigos mais cobrado pelas bancas.

Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.

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19. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/PB – 2008) O IP só será obrigatório para a apuração de crimes de ação privada. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Já sabemos que o IP, em algumas hipóteses, não é obrigatório. Assim dispõe o art. 39 do CPP:

§ 5o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias.

Tal parágrafo trata do MP, mas por analogia deve ser aplicado também aos delitos de ação privada. 20. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/PB – 2008) O IP cuida-se de peça meramente informativa, podendo ser dispensável ao oferecimento da denúncia ou queixa. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Se o inquérito é utilizado para a elucidação do fato e determinação da autoria, caso já se tenha conhecimento de como o delito ocorreu e quem foi o agente, para que serviria o inquérito? Para nada, e exatamente por isso que pode ser dispensado. 21. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/PB – 2008) O IP, por não ser uma peça obrigatória, o IP poderá não acompanhar a denúncia ou a queixa, mesmo que sirva de base para uma ou outra. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Contraria o art. 12 do CPP.

Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.

22. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/MA – 2006) O inquérito policial terá todas as suas peças, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.

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GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Reprodução do artigo 9º do CPP. Observe:

Art. 9o Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.

23. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/MA – 2006) O inquérito policial nos crimes em que a ação pública depender de representação poderá sem ela ser iniciado, desde que haja requisição do Ministério Público. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Contraria o art. 5º, § 4o.

Art. 5º [...] § 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.

24. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/MA – 2006) O inquérito policial é um processo judicial inquisitório em que são assegurados ao acusado os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: No inquérito, justamente pelo seu caráter inquisitivo, não há que se falar em obrigatoriedade de contraditório e ampla defesa. Esta é a regra! 25. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/MA – 2006) O inquérito policial é imprescindível para instauração da ação penal e seus vícios afetarão diretamente o processo judicial a que deu origem. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Esta questão apresenta dois erros. 1 - Quanto à imprescindibilidade do inquérito, já falamos bastante que não há. 2 – Os vícios do inquérito não contaminam o processo.

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26. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/MA – 2006) O inquérito policial deverá terminar em 20 (vinte) dias se o indiciado estiver solto podendo esse prazo ser prorrogado uma vez por igual período. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Regra geral, o prazo é de 30 dias se o indiciado está solto e a definição do prazo da prorrogação caberá ao Magistrado.

Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. [...] § 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.

27. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/MA – 2006) Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao Procurador Geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: A questão reproduz conceitos do art. 28. Atenção com ele, pois aparece bastante em prova.

Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.

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28. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/TO – 2008) Sendo o inquérito policial um procedimento realizado pela polícia judiciária cujo destinatário é o juiz, são aplicáveis em sua elaboração e tramitação todos os princípios processuais inerentes à instrução criminal, entre os quais o contraditório e a ampla defesa. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Já falamos que o IP é um procedimento Inquisitivo. 29. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/TO – 2008) As normas penais puramente processuais terão aplicação no mesmo dia em que entrarem em vigor, entretanto os atos processuais realizados na vigência da lei anterior terão de ser revalidados e adaptados ao novo procedimento. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Afronta o art. 2º do CPP.

Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.

30. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/TO – 2008) Considere que um promotor de justiça tenha recebido, por escrito, informações referentes a um fato delituoso e sua autoria, de modo a subsidiar a ação penal com os elementos necessários ao oferecimento da denúncia. Nessa situação, deverá o promotor de justiça enviar as peças à autoridade policial competente para a instauração do inquérito policial. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Se o MP já detém os elementos necessários para o oferecimento da denúncia, não há que se falar em necessidade de inquérito policial. Art. 39 do CPP:

Art. 39 [...] § 5o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias.

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31. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/MA – 2006) A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: CUIDADO COM ESSA QUESTÃO!!! Sabemos que a incomunicabilidade encontra-se extremamente atenuada no nosso país. Entretanto, o dispositivo presente no Código de Processo Penal não foi revogado e, portanto, quando da reprodução pela banca, deve ser considerado válido.

Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir.

32. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/MA – 2006) O inquérito policial deverá terminar no prazo de 20 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante ou estiver preso preventivamente. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: O CPP prevê um prazo de 10 dias para o término, no caso de o indiciado estar preso. 33. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/MA – 2006) A autoridade policial, atualmente, poderá mandar arquivar autos de inquérito, havendo dispositivo legal expresso autorizando. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Autoridade policial não pode determinar o ARQUIVAMENTO. 34. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/MA – 2006) O inquérito policial deverá terminar no prazo de 45 dias quando o indiciado estiver solto, mediante fiança ou sem ela. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Regra geral, o prazo será de 30 dias se o indiciado estiver solto.

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35. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/MA – 2006) Nos crimes de ação pública ou privada o inquérito policial poderá ser iniciado de ofício, mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: O inquérito não pode ser instaurado de ofício nos casos da ação penal privada e da pública condicionada. 36. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/RR – 2003) Vícios formais verificados no inquérito policial ensejam a nulidade da respectiva ação penal. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: O valor probatório relativo do IP faz com que este não contamine a ação penal. 37. (CESPE - POLÍCIA FEDERAL – 2004) Considere a seguinte situação hipotética. Um promotor de justiça requereu o arquivamento de um inquérito policial fundamentado na prescrição da pretensão punitiva. Nessa situação, caso o juiz discorde, considerando improcedentes as razões invocadas, deverá encaminhar os autos a outro promotor para que este ofereça a denúncia. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: O Juiz deverá encaminhar ao procurador-geral.

Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.

38. (CESPE - POLÍCIA FEDERAL – 2004) O inquérito policial é público, não podendo a autoridade policial impor sigilo, ainda que necessário à elucidação do fato. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Contraria o art. 20 do CPP.

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Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.

39. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/PB – 2008) A Notitia criminis em que o conhecimento pela autoridade policial da infração penal ocorre por meio da prisão em flagrante do acusado denomina-se notitia criminis de cognição coercitiva. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Perfeita definição da notitia criminis coercitiva. 40. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/PB – 2008) Não se reconhece a figura da notícia anônima, sendo proibido à autoridade policial iniciar investigação com base em informações apócrifas, uma vez que a CF veda o anonimato. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: A delação apócrifa (denúncia anônima) é uma espécie de notitia criminis, podendo a autoridade policial utilizá-la para proceder investigações. Se não fosse assim, para que existiria o DISQUE DENÚNCIA? 41. (CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/MG – 2008) Se o ofendido requerer a instauração de inquérito policial, em crime de ação penal privada e a autoridade policial indeferir o requerimento, não caberá recurso algum no âmbito administrativo, podendo o ofendido, todavia dirigir outro requerimento ao juiz de direito. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Caberá recurso ao chefe de polícia.

Art. 5º [...] § 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.

42. (CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/MG – 2008) Se o ofendido requerer a instauração de inquérito policial, em crime de ação pública

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incondicionada, a autoridade policial, necessariamente, deverá instaurar o inquérito policial, em virtude do princípio da oficialidade. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Verificamos na questão acima que existe a possibilidade de indeferimento por parte da autoridade policial. 43. (CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/MG – 2008) Avaliando inquérito policial instaurado para apurar eventual crime de roubo cometido por João, o promotor de justiça decide por requerer o arquivamento, sendo o pedido homologado pelo juiz. Menos de seis meses depois, o ofendido oferece queixa-crime. O juiz deverá rejeitar a queixa, com o fundamento de que a queixa subsidiária somente é cabível em caso de inércia do promotor, não quando este pede o arquivamento. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: A chamada ação subsidiária da pública não é cabível para desarquivar um inquérito. 44. (CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/SP – 2005) Nos crimes que se procedem mediante representação, estando esta formalmente perfeita, o Ministério Público não está obrigado a oferecer denúncia. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: O MP não está obrigado a oferecer denúncia pelo simples fato de ter havido uma representação. Cada caso será analisado e, se cabível, a denúncia será oferecida. 45. (CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/SP – 2005) Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, poderá a vítima ou seu representante legal, mesmo sem novas provas, ingressar com ação privada subsidiária da pública. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: A ação subsidiária da pública é utilizada quando ocorre inércia do MP, e não no caso de arquivamento. 46. (CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/TO – 2004) O exame de corpo de delito não se realiza nos domingos e feriados.

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GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Contraria o art. 161 do CPP.

Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.

47. (CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/TO – 2004) Desaparecendo os vestígios da infração, a prova testemunhal pode suprir a falta do exame de corpo de delito. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Questão recorrente em prova. Atenção com o art. 167. Veja:

Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

48. (CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/TO – 2004) Ocorrido um furto mediante arrombamento, a vítima solicitou a realização do exame pericial ao delegado de polícia, que considerou que, nos autos do inquérito policial, havia provas fartas indicando a autoria do fato. Nesse caso hipotético, o delegado de polícia deve negar a perícia por não ser necessária ao esclarecimento da verdade. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Contraria o art. 184 do CPP.

Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade.

49. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) O órgão do Ministério Público Federal requereu o arquivamento de inquérito policial relatado, sob o fundamento de que o fato suficientemente apurado não constituía crime, era atípico. O juiz federal acolheu o pedido e determinou o arquivamento dos autos. Nessa situação, e de acordo com o STF, a decisão que deferiu o arquivamento faz coisa julgada, não podendo

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serem desarquivados os autos e ser instaurada ação penal, mesmo diante de outros elementos de prova que venham a surgir posteriormente. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Conforme vimos em nossa aula, o arquivamento do inquérito faz coisa julgada, não cabendo desarquivamento. 50. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) A autoridade policial recebeu uma notitia criminis anônima imputando a um indivíduo a prática de crimes de concussão. Nessa situação, apesar do princípio da obrigatoriedade, caberá à autoridade policial preliminarmente proceder com cautela às investigações preliminares, no sentido de apurar a verossimilhança das informações recebidas, para, havendo indícios da ocorrência dos ilícitos penais, instaurar o procedimento regular (inquérito policial). GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Imaginem se o delegado instaurar inquérito para todas as denúncias anônimas...Os policiais não vão fazer outra coisa. Desta forma, será necessária uma investigação preliminar a fim de determinar se há indícios de que um delito ocorreu. 51. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) Manoel foi preso em flagrante pela prática do crime de latrocínio, identificando-se civilmente por ocasião da lavratura do auto de prisão por meio da apresentação da cédula de identidade, regularmente expedida pela Secretaria de Segurança Pública. Nessa situação, a autoridade policial não poderá submeter Manoel a identificação criminal. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: O STF entende que a identificação criminal não gera constrangimento. 52. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) Instaurado inquérito policial para apurar crime de homicídio e a sua autoria, o órgão do MP requereu ao juiz a reprodução simulada da infração penal, diligência que foi deferida com a devolução dos autos à delegacia. Nessa situação, caberá à autoridade policial notificar o suposto autor do ilícito penal a participar da reconstituição simulada dos fatos, sob pena de ser autuado em flagrante pela prática do crime de desobediência. GABARITO: ERRADA

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COMENTÁRIOS: Segundo entendimento atual, o indivíduo será obrigado a comparecer, mas não poderá ser compelido a participar da reprodução simulada dos fatos. 53. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) A falta de inquérito policial impede a decretação da prisão preventiva, mesmo que embasada em peças informativas da existência do crime e em indícios da autoria apresentados pelo órgão do MP. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: A decretação da prisão preventiva não está relacionada com a existência de um inquérito. Se estiverem presentes as hipóteses legais, será válida a decretação. 54. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) Justifica-se a decretação da prisão temporária de pessoa envolvida em crimes de roubo e homicídio qualificado que, por se encontrar foragida, impede a autoridade policial de concluir o inquérito policial. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: A alternativa traz hipóteses de cabimento da prisão temporária. Observe dispositivo da lei nº 7.960/89:

Art. 1º III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);

55. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) De acordo com a jurisprudência majoritária, a prisão preventiva pode ser decretada para garantir a ordem pública em face da periculosidade do agente, demonstrada pela gravidade, pela violência ou pelas circunstâncias em que o crime foi perpetrado. GABARITO: CERTA

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COMENTÁRIOS: A alternativa traz clara hipótese de cabimento da prisão preventiva segundo a jurisprudência dominante. 56. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) A simples fuga do acusado do distrito da culpa, tão logo descoberto o crime, não justifica o decreto de prisão preventiva para garantir a aplicação da lei penal e a conveniência da instrução criminal. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: A hipótese descrita na alternativa encontra embasamento no art. 312 do CPP. Observe:

Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.

57. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) Considere a seguinte situação hipotética. Roberto, funcionário público, desviou, em proveito próprio, a importância de R$ 50.000,00 de que tinha a posse em razão do cargo que exercia. No mesmo dia, arrependido, Roberto compareceu espontaneamente perante a autoridade policial e comunicou a ocorrência e a autoria da infração penal. Nessa situação, em face da quase-flagrância, caberá à autoridade policial efetuar a prisão em flagrante de Roberto. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Como vimos, a apresentação espontânea impede a decretação da prisão em flagrante. Agora pergunto: E a preventiva? A preventiva poderá ocorrer. Observe: Art. 317. A apresentação espontânea do acusado à autoridade não impedirá a decretação da prisão preventiva nos casos em que a lei a autoriza. 58. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) É cabível a prisão em flagrante em crime de ação penal privada. GABARITO: CERTA

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COMENTÁRIOS: A prisão em flagrante é cabível, mas a lavratura do auto dependerá de representação. 59. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) Deixando o crime vestígios materiais, é indispensável o exame de corpo de delito direto elaborado por peritos para se comprovar a materialidade do crime, sob pena de nulidade. A falta desse exame, entretanto, não impede a propositura da ação penal. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: A propositura da ação penal poderá ocorrer independentemente de qualquer exame de corpo de delito. 60. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) Considere a seguinte situação hipotética. Marta foi indiciada em inquérito policial instaurado para apurar o crime de estelionato, na modalidade de fraude no pagamento por meio de cheque. A autoridade policial, visando submeter a cártula a exame grafotécnico, notificou Marta para comparecer à delegacia a fim de fornecer padrões gráficos do próprio punho. Nessa situação, como o objetivo do exame pericial é proporcionar a comparação entre o escrito comprovadamente feito pelo punho da indiciada e aquele cuja autoria está sendo pesquisada e que constitui o corpo de delito, a autoridade policial não poderá compelir Marta a lançar as assinaturas. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: A autoridade poderá obrigar Marta a comparecer à delegacia, entretanto não poderá obrigá-la a realizar o exame. 61. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) Considere a seguinte situação hipotética. Ana foi agredida fisicamente por Marcos com socos e pontapés, sofrendo lesões corporais de natureza leve. Passados dois meses do evento, Ana compareceu perante a autoridade policial e apresentou representação contra o agressor. Na ocasião, entretanto, os vestígios das lesões tinham desaparecido. Nessa situação, será possível o exame de corpo de delito de forma indireta por meio da prova testemunhal. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: A alternativa está em conformidade com o art. 168 do CPP, o qual dispõe sobre os casos de lesões corporais. Observe:

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Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor. § 1o No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo. § 2o Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime. § 3o A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal.

62. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) Dimas, psicopata com interdição decretada, matou Jair, fato esse presenciado por um agente de polícia. Nessa situação, o agente de polícia deverá efetuar a prisão de Dimas, em face do flagrante próprio. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: A alternativa está perfeita. Não interessa aqui se é psicopata ou se já está com a interdição decretada. Nesta situação, houve um delito e a prisão em flagrante deve ocorrer. 63. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) A incomunicabilidade do indiciado no inquérito policial, decretada por despacho fundamentado do juiz, encontra-se revogada pela atual Constituição da República. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Perceba que a questão não trata “nos termos do CPP” e sim segundo a CF. Desta forma, com base na Carta Magna, podemos afirmar que a incomunicabilidade está revogada. 64. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002 - Adaptada) São inadmissíveis no processo as provas obtidas por meios ilícitos. Adicionalmente, segundo o Código de Processo Penal , decreta-se a nulidade das provas subseqüentes obtidas com fundamento na ilícita (prova ilícita por derivação). GABARITO: CERTA

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COMENTÁRIOS: Assim como as provas ilícitas não podem constar em um processo, as derivadas também não encontram cabimento. Observe com atenção no parágrafo 1º:

Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. § 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. § 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova.

65. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) O delegado de polícia pode determinar o arquivamento de inquérito policial iniciado de ofício, desde que não reste comprovada a materialidade do delito ou a autoria imputada ao indiciado. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: DELEGADO ARQUIVANDO INQUÉRITO?!!! A questão claramente está incorreta, pois quem arquiva é o Juiz!!! 66. (CESPE - PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA FEDERAL - 2004) O vício de legalidade — falta de atribuição da vítima para a lavratura do flagrante —, no inquérito policial, contaminaria o processo posteriormente instaurado, não servindo o inquérito sequer como peça de informação. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Os vícios no inquérito não prejudicam a ação. 67. (CESPE - PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA FEDERAL - 2004) As provas colhidas no inquérito policial podem servir como fundamento único para sentença penal condenatória, pois aquele, como procedimento administrativo inquisitório, é regido pelo princípio do contraditório.

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GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: O inquérito é peça informativa, mas obtida na ausência do contraditório e da ampla defesa. Desta forma, o Magistrado deve buscar provas no trâmite do “devido processo legal” a fim de subsidiar sua decisão. 68. (CESPE - PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA FEDERAL - 2004) Considere a seguinte situação hipotética. Jonas, dono da loja Vende Bem, desconfiado da honestidade de Márcia, sua empregada, manda-a selecionar determinada mercadoria que vinha constantemente desaparecendo do estabelecimento. Ao mesmo tempo, coloca policiais de vigia, cuja presença foi previamente solicitada, que a surpreendem subtraindo mercadorias. Nessa situação, não existe crime por se tratar de flagrante preparado. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Como vimos em nossa aula inaugural, no caso de ocorrer a preparação do flagrante, sendo impossível que o delito se consume não há que se falar em possibilidade de prisão. Segundo Damásio de Jesus, ocorre quando alguém, de forma insidiosa, provoca o agente a praticar o crime, ao mesmo tempo em que adota providências para que o mesmo não venha a se consumar. Em relação a este tema, aplica-se a Súmula 145 do STF, que diz que não há crime quando a preparação do flagrante pela autoridade policial torna impossível a sua consumação. A jurisprudência entende que esta Súmula também se aplica no caso de o flagrante ter sido preparado pelo particular. É importante observar que para ser aplicada a Súmula deve haver a Preparação e, ao mesmo tempo, a Adoção de Providências para que o crime não venha a se consumar, ocorrendo, no caso, um crime impossível ou putativo (imaginário), por obra do agente provocador. 69. (CESPE - PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA FEDERAL - 2004) É cabível prisão preventiva em caso de prática de crimes dolosos ou culposos contra a vida. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Não cabe prisão preventiva para crimes culposos. 70. (CESPE - PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA FEDERAL - 2004) A prisão em flagrante independe de ordem escrita do juiz competente para ser efetivada.

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GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Já pensou que absurdo? O policial mandando o homicida esperar um pouquinho para ele conseguir um mandado. 71. (CESPE - PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA FEDERAL - 2004) Nas infrações permanentes, é incabível a prisão em flagrante. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Conforme o art. 303 do CPP é cabível. Observe:

Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência.

72. (CESPE - PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA FEDERAL - 2004) O juiz responsável por ação de crime cometido por funcionário público ficará vinculado ao laudo pericial, não podendo rejeitá-lo. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Segundo o art. 182:

Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.

73. (CESPE - POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2004) Um policial rodoviário federal, durante um patrulhamento ostensivo, foi alvejado com um tiro de revólver desfechado pelo condutor-infrator de um veículo, sofrendo lesões corporais de natureza gravíssima, que ocasionaram deformidade permanente. Estará configurado o denominado flagrante próprio, na hipótese de o condutor do veículo ter sido preso ao acabar de desfechar o tiro de revólver no policial rodoviário federal. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: O flagrante próprio está conceituado no art. 302, I e II do CPP, nos seguintes termos:

Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la;

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74. (CESPE - AGENTE DA POLÍCIA CIVIL RR - 2003) Nos atos pertinentes ao inquérito policial, será assegurado ao indiciado, Flávio, o amplo direito de defesa, orientado pelo princípio do contraditório. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: O inquérito, via de regra, é um procedimento inquisitivo, sendo descabido o contraditório e a ampla defesa. 75. (CESPE - AGENTE DA POLÍCIA CIVIL RR - 2003) Tratando-se de indiciado preso em flagrante, o inquérito policial deverá ser encerrado em, no máximo, 30 dias e, em seguida, remetido ao Poder Judiciário. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 10 do CPP, deverá terminar em 10 dias se o indivíduo estiver preso. Os 30 dias só serão cabíveis no caso do indiciado estar solto, quando será cabível, inclusive, prorrogação. 76. (CESPE - AGENTE DA POLÍCIA CIVIL RR - 2003) Considere a seguinte situação hipotética. Um fiscal exigiu a entrega de certa quantia em dinheiro para não cobrar imposto devido. A vítima concordou e se comprometeu a entregar a quantia em um lugar determinado. Entretanto, a vítima informou o acordo à polícia, que prendeu o funcionário público na hora da entrega da referida quantia. Nessa situação, está caracterizado o flagrante provocado. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Não podemos confundir o flagrante esperado com o flagrante provocado. No primeiro, simplesmente os policiais esperam que um crime aconteça, sem qualquer influência. Diferentemente, no segundo o delito é de alguma forma provocado. 77. (CESPE - AGENTE DA POLÍCIA CIVIL RR - 2003) Indícios de autoria e prova da materialidade do crime são pressupostos para a decretação da prisão preventiva. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Questão que exige o conhecimento do art. 312 do CPP. Observe:

Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por

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conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.

78. (CESPE - AGENTE DA POLÍCIA CIVIL RR - 2003) Se o agente praticar infração sob o manto de qualquer das excludentes de ilicitude, não será decretada sua prisão preventiva. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Como vimos na aula, a prisão preventiva não pode ser decretada quando caracterizada qualquer excludente de ilicitude. 79. (CESPE - AGENTE DA POLÍCIA CIVIL RR - 2003) A prisão temporária poderá ser decretada em qualquer fase do inquérito policial ou do respectivo processo judicial. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Prisão temporária só no inquérito. 80. (CESPE - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL TOCANTINS - 2003) A garantia constitucional do contraditório, que assegura a ampla defesa do acusado, não se aplica ao inquérito policial, que não é, em sentido estrito, instrução criminal, mas colheita de elementos que possibilitem a instauração do processo. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Perfeita definição de inquérito, ressaltando seu caráter inquisitivo e a diferença deste procedimento para a instrução criminal. 81. (CESPE - PERITO MÉDICO LEGISTA ACRE - 2006) O exame de corpo de delito constitui prova indireta. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: O exame de corpo de delito é uma prova direta. JOSÉ FREDERICO MARQUES ensina que “a prova indireta é também chamada de circunstancial, e JOÃO MENDES JÚNIOR assim a define: “prova circunstancial é, pois, aquela que se deduz da existência de um fato ou de um grupo de fatos, que, aplicando-se imediatamente ao fato principal, levem a concluir que este fato existiu”. 82. (CESPE - PERITO MÉDICO LEGISTA ACRE - 2006) Diante dos sinais de

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certeza da morte, bastará sempre o exame externo do cadáver para a conclusão do laudo de exame cadavérico. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: A palavra “SEMPRE” contraria o parágrafo único do art. 162, observe:

Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.

83. (CESPE - PERITO MÉDICO LEGISTA ACRE - 2006) O juiz não fica adstrito ao laudo pericial emitido, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Mais uma questão deste tipo. Como já vimos, o Juiz não ficará adstrito ao laudo, conforme disposto na questão. 84. (CESPE - POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL CURSO DE FORMAÇÃO - 2004) A prisão processual ou provisória é a que resulta de mandado judicial ou de flagrante e se justifica como medida imprescindível para assegurar o império da lei penal. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Reproduz o conceito visto na aula 06 referente à prisão processual ou provisória. 85. (CESPE - POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL CURSO DE FORMAÇÃO - 2004) Considera-se em flagrante delito o indivíduo que for encontrado, logo após a ocorrência da infração, portando instrumento, armas, objetos ou documentos que façam presumir ser ele o autor do delito. GABARITO: CERTA

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COMENTÁRIOS: Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.

86. (CESPE - POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL CURSO DE FORMAÇÃO - 2004) Um PRF foi chamado em juízo para testemunhar acerca de um acidente a que ele assistiu em rotina de serviço. Nessa situação, o seu testemunho não pode ser contraditado em juízo porque os agentes públicos gozam de presunção de legitimidade. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: O instituto da contradita pode ser utilizado indistintamente. 87. (CESPE - POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL CURSO DE FORMAÇÃO - 2004) Bruno responde a processo penal pela prática de crime de corrupção, e a principal prova contra ele foi obtida mediante uma busca e apreensão de documentos realizada ilicitamente. Nessa situação, a referida prova não pode ser levada em conta no julgamento de Bruno, por ter sido obtida por meios ilícitos. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Com já ressaltamos, não é cabível prova ilícita, salvo para defesa do réu quando é o único meio de defesa. 88. (CESPE - OAB ADAPTADA - 2008)As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o morador consentir que se realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando-o, em seguida, a abrir a porta. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Exige do candidato o conhecimento do art. 245 do Código de Processo Penal.

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Art. 245. As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o morador consentir que se realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando-o, em seguida, a abrir a porta.

89. (CESPE - OAB ADAPTADA - 2008) Em casa habitada, a busca será feita de modo que não moleste os moradores mais do que o indispensável para o êxito da diligência. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Questão literal. Exige do candidato o conhecimento do art. 248 do CPP.

Art. 248. Em casa habitada, a busca será feita de modo que não moleste os moradores mais do que o indispensável para o êxito da diligência.

90. (CESPE - OAB ADAPTADA - 2007) A busca em mulher será feita sempre por outra mulher. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Mais uma vez a palavra sempre estraga a questão. Não será seguida a regra no caso de importar retardamento ou prejuízo da diligência.

Art. 249. A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento ou prejuízo da diligência.

91. (CESPE - OAB ADAPTADA - 2007) O depoimento será prestado oralmente, não sendo permitido à testemunha trazê-lo por escrito. GABARITO: CORRETA COMENTÁRIOS: A regra geral é o depoimento oral, sendo permitida, somente, a consulta a breves apontamentos.

Art. 204. O depoimento será prestado oralmente, não sendo permitido à testemunha trazê-lo por escrito.

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Parágrafo único. Não será vedada à testemunha, entretanto, breve consulta a apontamentos.

92. (CESPE - OAB ADAPTADA - 2008) Se o juiz, ao pronunciar sentença final, reconhecer que alguma testemunha fez afirmação falsa, calou ou negou a verdade, remeterá cópia do depoimento à autoridade policial para a instauração de inquérito. GABARITO: CORRETA COMENTÁRIOS: Questão literal. Reprodução do art. 211. Observe:

Art. 211. Se o juiz, ao pronunciar sentença final, reconhecer que alguma testemunha fez afirmação falsa, calou ou negou a verdade, remeterá cópia do depoimento à autoridade policial para a instauração de inquérito.

93. (CESPE - OAB ADAPTADA - 2007) São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho. GABARITO: CORRETA COMENTÁRIOS: Norma presente no art. 207 do CPP:

Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.

94. (CESPE - OAB ADAPTADA - 2008) As testemunhas comunicarão ao juiz, dentro de seis meses, qualquer mudança de residência, sujeitando-se, pela simples omissão, às penas do não-comparecimento. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: O prazo definido no CPP é de um ano e não seis meses. Veja:

Art. 224. As testemunhas comunicarão ao juiz, dentro de um ano, qualquer mudança de residência, sujeitando-se, pela simples omissão, às penas do não-comparecimento.

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95. (CESPE - OAB ADAPTADA - 2008) A confissão será indivisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Conforme dispõe o CPP e, como vimos na aula, a confissão é divisível, pois o Juiz pode utilizar parte dela e retratável. 96. (CESPE - OAB ADAPTADA - 2006) O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes GABARITO: CORRETA COMENTÁRIOS: Regra prevista no art. 209 do CPP:

Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes.

97. (CESPE - OAB ADAPTADA - 2008)O depoimento da testemunha será reduzido a termo, assinado por ela, pelo juiz e pelas partes. Se a testemunha não souber assinar, ou não puder fazê-lo, pedirá a alguém que o faça por ela, depois de lido na presença de ambos. GABARITO: CORRETA COMENTÁRIOS: Literalidade do CPP. Observe:

Art. 216. O depoimento da testemunha será reduzido a termo, assinado por ela, pelo juiz e pelas partes. Se a testemunha não souber assinar, ou não puder fazê-lo, pedirá a alguém que o faça por ela, depois de lido na presença de ambos.

98. (CESPE - UNIFICADO- ADAPTADA - 2008) As pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por velhice, de comparecer para depor, não serão inquiridas. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Serão inquiridas no local em que estiverem.

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Art. 220. As pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por velhice, de comparecer para depor, serão inquiridas onde estiverem.

99. (CESPE - UNIFICADO – ADAPTADA - 2008) A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz será inquirida pelo juiz do lugar de sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável, intimadas as partes. GABARITO: CORRETA COMENTÁRIOS: Regramento previsto no art. 222. Observe:

Art. 222. A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz será inquirida pelo juiz do lugar de sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável, intimadas as partes.

100. (CESPE - UNIFICADO – ADAPTADA -2008) A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. GABARITO: CORRETA COMENTÁRIOS: Conceito presente no art. 229 do CPP:

Art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes.

101. (CESPE - OAB ADAPTADA- 2009) Sempre que julgar conveniente o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: A videoconferência é medida excepcional, não podendo ser utilizada SEMPRE que o Magistrado julgar conveniente.

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Art. 185. [...] § 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real

102. (CESPE - OAB ADAPTADA- 2009) Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz garantirá ao réu o direito de entrevista prévia e reservada com o seu defensor; se realizado por videoconferência, fica também garantido o acesso a canais telefônicos reservados para comunicação entre o defensor que esteja no presídio e o advogado presente na sala de audiência do Fórum, e entre este e o preso. GABARITO: CORRETA COMENTÁRIOS: Importante regra definida no art. 185, parágrafo 5º do CPP. Observe:

Art. 185 [...] § 5o Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz garantirá ao réu o direito de entrevista prévia e reservada com o seu defensor; se realizado por videoconferência, fica também garantido o acesso a canais telefônicos reservados para comunicação entre o defensor que esteja no presídio e o advogado presente na sala de audiência do Fórum, e entre este e o preso.

103. (CESPE - ASSISTENTE JURÍDICO TJ/AC - 2002) Um indivíduo foi condenado pela prática de crime em decisão na qual o julgador, suspeitando da prova produzida em juízo, apoiou-se única e exclusivamente na prova produzida no inquérito policial. Nessa situação, foi indevido o decreto condenatório. GABARITO: CORRETA COMENTÁRIOS: Segundo o STF, não é cabível a condenação com base única no inquérito. 104. (CESPE - ASSISTENTE JURÍDICO TJ/AC - 2002) Um indivíduo acha-se

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processado por crime. Nessa situação, estará justificado o advento de uma sentença penal condenatória se embasada, precipuamente, na denominada prova indiciária. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Uma condenação não pode ser embasada só em indícios.

Art. 239. Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.

105. (CESPE - ASSISTENTE JURÍDICO TJ/AC - 2002) Manoel cometeu um crime e, no curso do inquérito policial, quando sobre ele pesavam fundadas suspeitas da autoria do crime, uma testemunha demonstrou, ao juiz competente para a futura eventual ação penal, que estava sendo ameaçada por Manoel. Nessa situação, não poderá o juiz, de ofício, decretar a prisão temporária de Manoel. GABARITO: CORRETA COMENTÁRIOS: A prisão temporária não pode ser decretada de ofício. Para relembrar, releia abaixo as hipóteses de cabimento e observe o art. 2º:

Art. 1° Caberá prisão temporária: I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);

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g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único); i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285); l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas; n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976); o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986). Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

106. (CESPE - ASSISTENTE JURÍDICO TJ/AC - 2002) Um indivíduo cometeu um crime e, dez dias depois, sem que fosse localizado, apresentou-se, espontaneamente à autoridade policial. Nessa situação, o indivíduo não poderá ser preso em flagrante, nem deverá ter decretada a sua prisão preventiva, por fato anterior à sua apresentação. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Realmente o flagrante não será possível, mas a preventiva poderá ser aplicada. 107. (CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO TJ/AP - 2004) O menor de 14 anos de idade pode ser testemunha, mas está desobrigado de prestar o compromisso de dizer a verdade. GABARITO: CORRETA COMENTÁRIOS: Regra presente no art. 208 do CPP.

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Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 206.

108. (CESPE - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL ESPÍRITO SANTO - 2006) De acordo com as novas regras processuais penais, é obrigatória a presença de defensor para o indiciado durante o interrogatório feito na fase policial, cabendo ao defensor o direito de interferência, a fim de que sejam garantidos ao indiciado a ampla defesa e o contraditório ainda na fase inquisitiva. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Na fase inquisitiva não cabe o contraditório e a ampla defesa. 109. (CESPE - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL TOCANTINS - 2008) Não se faz distinção entre corpo de delito e exame de corpo de delito, pois ambos representam o próprio crime em sua materialidade. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: É no corpo de delito que incide o exame. Exemplo: Em um homicídio o “corpo de delito” é o morto e o “exame de corpo de delito” será realizado no defunto. 110. (CESPE - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL TOCANTINS - 2008) Dispõe a lei processual penal que os exames de corpo de delito e as outras perícias serão feitos por dois peritos oficiais, o que significa que esses técnicos podem desempenhar suas funções independentemente de nomeação da autoridade policial ou do juiz, uma vez que a investidura em tais cargos advém da lei. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Precisa de dois peritos? Sabemos que não, pois o CPP foi alterado. Relembre:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.

111. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/TO – 2008) A garantia constitucional do contraditório, que assegura a ampla defesa do acusado, não se aplica ao inquérito policial, que não é, em sentido estrito, instrução criminal, mas colheita de elementos que possibilitem a instauração do processo.

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GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Tratamos amplamente deste assunto e, como pode perceber, é um tema importantíssimo para a prova. O inquérito é inquisitivo, não sendo cabível o contraditório e a ampla defesa. 112. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/TO – 2008) Considere que a autoridade policial de determinado município tenha concluído o inquérito policial e o tenha remetido ao Poder Judiciário no prazo legal. Considere, ainda, que a autoridade judiciária tenha determinado o arquivamento do feito por falta de elementos para a instauração da ação penal. Nessa situação, a autoridade policial, em hipótese alguma, poderá retomar o curso das investigações, sob pena de constrangimento ilegal às pessoas investigadas. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Contraria o art. 18 do CPP.

Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.

113. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/TO – 2008) No curso da ação penal, o juiz pode determinar de ofício a produção de provas, com objetivo de obter maiores elementos para formar seu convencimento. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: A banca exige do candidato o conhecimento do art. 156. É importante ressaltar que para o CESPE vale a lei, independentemente de qualquer discussão doutrinária.

Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida;

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II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.

114. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/DF – 2008) Não poderá a Autoridade Policial indeferir requerimento do ofendido para o início do Inquérito Policial. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: O CPP dispõe sobre a possibilidade de indeferimento no parágrafo segundo do art. 5º.

Art. 5º [...] § 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.

115. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/DF – 2008) Ainda que haja prisão em flagrante, sempre haverá necessidade de instauração do Inquérito Policial. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Já vimos que não é SEMPRE que o inquérito será necessário. 116. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/DF – 2008) A delatio criminis somente autorizará a instauração do Inquérito Policial nos crimes de ação penal pública incondicionada. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: O CESPE, quando utiliza a expressão delatio criminis, refere-se à informação de um delito por alguém do povo. Não podemos confundir com a espécie delatio criminis postulatória que é um sinônimo para a representação. Sendo assim, PARA A SUA PROVA, a delatio criminis só autoriza a instauração do inquérito nos crimes de ação penal pública incondicionada. 117. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/DF – 2008) A instauração do Inquérito Policial nos crimes de ação penal privada interrompe o prazo decadencial para oferecimento da queixa crime.

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GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Não ocorre a interrupção do prazo decadencial. 118. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/SC – 2008) O delegado de polícia mandará arquivar o inquérito policial quando a autoria do crime não estiver suficientemente provada ou se verificar em favor do indiciado, sem qualquer dúvida, a ocorrência de causa que exclua a sua culpabilidade. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Delegado arquivando inquérito??? Questão completamente errada! 119. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/SC – 2008) Durante o inquérito policial o ofendido ou seu representante legal e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade policial. GABARITO: CERTA COMENTÁRIOS: Mais uma questão que exige a simples leitura do CPP. Observe:

Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.

120. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/SC – 2008) O inquérito policial é peça indispensável à propositura da ação penal. GABARITO: ERRADA COMENTÁRIOS: Sei que você já deve estar cansado deste tipo de questão, mas perceba o quanto este item é IMPORTANTE PARA A PROVA. Desta forma, vou comentar novamente: O INQUÉRITO NÃO É PEÇA INDISPENSÁVEL À PROPOSITURA DA AÇÃO PENAL.

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Companheiros de estudo, Parabéns por mais uma etapa completada!!! Neste momento, chegamos ao final do nosso curso (pelo menos da parte teórica) e queria que soubessem que para mim é uma grande felicidade saber que, mesmo com uma pequena parcela, pude contribuir nesta busca árdua pela aprovação. Espero sinceramente ter correspondido à confiança que depositaram no meu trabalho ao escolherem este curso e ter conseguido atingir o meu objetivo principal de transmitir a vocês o Direito Penal de uma maneira clara, objetiva e agradável.

Agora é seguir em frente com força, foco e fé, pois sem dúvida a união destas três palavras fará com que cada um alcance o seu objetivo.

De agora em diante, deixo de ser simplesmente o “professor” e passo a ser mais um “concurseiro de carteirinha” que sempre estará pronto a ajudá-los no que for preciso e possível de agora até a tão esperada PROVA. Muito sucesso a todos e lembrem-se sempre que a aprovação depende de apenas três requisitos:

1. A existência de vagas; 2. Sua vontade; 3. A conversão do requisito número 02 em trabalho.

Abraços e bons estudos, Pedro Ivo [email protected]

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LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS

1. (CESPE – AGU – 2010) Embora o inquérito policial tenha natureza de procedimento informativo, e não de ato de jurisdição, os vícios nele existentes podem contaminar a ação penal subsequente, com base na teoria norte-americana dos frutos da árvore envenenada, ou fruits of the poisonous tree. 2. (CESPE – Polícia Federal – 2009) O término do inquérito policial é caracterizado pela elaboração de um relatório e por sua juntada pela autoridade policial responsável, que não pode, nesse relatório, indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas. 3. (CESPE – Polícia Federal – 2009) No inquérito policial, o ofendido ou seu representante legal e o indiciado poderão requerer qualquer diligência que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. 4. (CESPE – Polícia Federal – 2009) Não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação. 5. (CESPE – Polícia Federal – 2009) Não se admite a acareação entre o acusado e a pessoa ofendida, considerando-se que o acusado tem o direito constitucional ao silêncio, e o ofendido não será compromissado. 6. (CESPE – Polícia Federal – 2009) O inquérito policial tem natureza judicial visto que é um procedimento inquisitório conduzido pela polícia judiciária com a finalidade de reunir os elementos e informações necessárias à elucidação do crime. 7. (CESPE – Polícia Federal – 2009) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial não poderá proceder novas pesquisas se de outras provas tiver notícia, salvo com expressa autorização judicial. 8. (CESPE – Polícia Federal – 2009) Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por meio de videoconferência. 9. (CESPE – Polícia Federal – 2009) Assemelham-se as prisões preventiva e temporária porque ambas podem ser decretadas em qualquer fase da investigação policial ou da ação penal. No entanto, a prisão preventiva pressupõe requerimento das partes, ao passo que a prisão temporária pode ser decretada de ofício pelo juiz.

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10. (CESPE – Polícia Federal – 2009) Por completa falta de amparo legal, não se admite o flagrante forjado, que constitui, em tese, crime de abuso de poder, podendo ser penalmente responsabilizado o agente que forjou o flagrante. 11. (CESPE – AGU – 2010) O arquivamento do inquérito policial não gera preclusão, sendo uma decisão tomada rebus sic stantibus; todavia, uma vez arquivado o inquérito a pedido do promotor de justiça, somente com novas provas pode ser iniciada a ação penal. 12. (CESPE – DPU – 2010) Segundo o STJ, a recusa da autoridade policial em cumprir requisição judicial relativa a cumprimento de diligências configura o crime de desobediência. 13. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/ES – 2009) Suponha que a autoridade policial tome conhecimento da prática de crime de lesão corporal de natureza leve praticado dolosamente por José, imputável, contra Marcos, seu vizinho. A notícia foi apresentada por uma testemunha do fato, não tendo a vítima comparecido à delegacia de polícia. Nessa situação, a autoridade policial deverá aguardar a representação da vítima, sem a qual não poderá dar início à persecução penal. 14. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/PB – 2008) Para verificar a possibilidade de a infração ter sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, ainda que esta contrarie a moralidade ou a ordem pública, uma vez que o interesse na solução do delito sobrepõe-se a valores individuais. 15. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/PB – 2008) O IP acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. 16. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/PB – 2008) Em qualquer situação, o MP poderá requerer a devolução dos autos do IP à autoridade policial para novas diligências.

17. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/PB – 2008) Convencida da inexistência do crime, a autoridade policial poderá mandar arquivar os autos de IP. 18. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/PB – 2008) Segundo a regra geral prevista no CPP o IP deverá ser encerrado no prazo de dez dias, se o indiciado estiver preso, ou em trinta dias, quando este estiver solto.

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19. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/PB – 2008) O IP só será obrigatório para a apuração de crimes de ação privada. 20. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/PB – 2008) O IP cuida-se de peça meramente informativa, podendo ser dispensável ao oferecimento da denúncia ou queixa. 21. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/PB – 2008) O IP, por não ser uma peça obrigatória, o IP poderá não acompanhar a denúncia ou a queixa, mesmo que sirva de base para uma ou outra. 22. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/MA – 2006) O inquérito policial terá todas as suas peças, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. 23. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/MA – 2006) O inquérito policial nos crimes em que a ação pública depender de representação poderá sem ela ser iniciado, desde que haja requisição do Ministério Público. 24. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/MA – 2006) O inquérito policial é um processo judicial inquisitório em que são assegurados ao acusado os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa. 25. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/MA – 2006) O inquérito policial é imprescindível para instauração da ação penal e seus vícios afetarão diretamente o processo judicial a que deu origem. 26. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/MA – 2006) O inquérito policial deverá terminar em 20 (vinte) dias se o indiciado estiver solto podendo esse prazo ser prorrogado uma vez por igual período. 27. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/MA – 2006) Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao Procurador Geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento.

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28. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/TO – 2008) Sendo o inquérito policial um procedimento realizado pela polícia judiciária cujo destinatário é o juiz, são aplicáveis em sua elaboração e tramitação todos os princípios processuais inerentes à instrução criminal, entre os quais o contraditório e a ampla defesa. 29. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/TO – 2008) As normas penais puramente processuais terão aplicação no mesmo dia em que entrarem em vigor, entretanto os atos processuais realizados na vigência da lei anterior terão de ser revalidados e adaptados ao novo procedimento. 30. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/TO – 2008) Considere que um promotor de justiça tenha recebido, por escrito, informações referentes a um fato delituoso e sua autoria, de modo a subsidiar a ação penal com os elementos necessários ao oferecimento da denúncia. Nessa situação, deverá o promotor de justiça enviar as peças à autoridade policial competente para a instauração do inquérito policial. 31. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/MA – 2006) A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir. 32. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/MA – 2006) O inquérito policial deverá terminar no prazo de 20 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante ou estiver preso preventivamente. 33. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/MA – 2006) A autoridade policial, atualmente, poderá mandar arquivar autos de inquérito, havendo dispositivo legal expresso autorizando. 34. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/MA – 2006) O inquérito policial deverá terminar no prazo de 45 dias quando o indiciado estiver solto, mediante fiança ou sem ela. 35. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/MA – 2006) Nos crimes de ação pública ou privada o inquérito policial poderá ser iniciado de ofício, mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público. 36. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/RR – 2003) Vícios formais verificados no inquérito policial ensejam a nulidade da respectiva ação penal.

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37. (CESPE - POLÍCIA FEDERAL – 2004) Considere a seguinte situação hipotética. Um promotor de justiça requereu o arquivamento de um inquérito policial fundamentado na prescrição da pretensão punitiva. Nessa situação, caso o juiz discorde, considerando improcedentes as razões invocadas, deverá encaminhar os autos a outro promotor para que este ofereça a denúncia. 38. (CESPE - POLÍCIA FEDERAL – 2004) O inquérito policial é público, não podendo a autoridade policial impor sigilo, ainda que necessário à elucidação do fato. 39. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/PB – 2008) A Notitia criminis em que o conhecimento pela autoridade policial da infração penal ocorre por meio da prisão em flagrante do acusado denomina-se notitia criminis de cognição coercitiva. 40. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/PB – 2008) Não se reconhece a figura da notícia anônima, sendo proibido à autoridade policial iniciar investigação com base em informações apócrifas, uma vez que a CF veda o anonimato. 41. (CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/MG – 2008) Se o ofendido requerer a instauração de inquérito policial, em crime de ação penal privada e a autoridade policial indeferir o requerimento, não caberá recurso algum no âmbito administrativo, podendo o ofendido, todavia dirigir outro requerimento ao juiz de direito. 42. (CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/MG – 2008) Se o ofendido requerer a instauração de inquérito policial, em crime de ação pública incondicionada, a autoridade policial, necessariamente, deverá instaurar o inquérito policial, em virtude do princípio da oficialidade. 43. (CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/MG – 2008) Avaliando inquérito policial instaurado para apurar eventual crime de roubo cometido por João, o promotor de justiça decide por requerer o arquivamento, sendo o pedido homologado pelo juiz. Menos de seis meses depois, o ofendido oferece queixa-crime. O juiz deverá rejeitar a queixa, com o fundamento de que a queixa subsidiária somente é cabível em caso de inércia do promotor, não quando este pede o arquivamento.

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44. (CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/SP – 2005) Nos crimes que se procedem mediante representação, estando esta formalmente perfeita, o Ministério Público não está obrigado a oferecer denúncia. 45. (CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/SP – 2005) Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, poderá a vítima ou seu representante legal, mesmo sem novas provas, ingressar com ação privada subsidiária da pública. 46. (CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/TO – 2004) O exame de corpo de delito não se realiza nos domingos e feriados. 47. (CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/TO – 2004) Desaparecendo os vestígios da infração, a prova testemunhal pode suprir a falta do exame de corpo de delito. 48. (CESPE - PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/TO – 2004) Ocorrido um furto mediante arrombamento, a vítima solicitou a realização do exame pericial ao delegado de polícia, que considerou que, nos autos do inquérito policial, havia provas fartas indicando a autoria do fato. Nesse caso hipotético, o delegado de polícia deve negar a perícia por não ser necessária ao esclarecimento da verdade. 49. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) O órgão do Ministério Público Federal requereu o arquivamento de inquérito policial relatado, sob o fundamento de que o fato suficientemente apurado não constituía crime, era atípico. O juiz federal acolheu o pedido e determinou o arquivamento dos autos. Nessa situação, e de acordo com o STF, a decisão que deferiu o arquivamento faz coisa julgada, não podendo serem desarquivados os autos e ser instaurada ação penal, mesmo diante de outros elementos de prova que venham a surgir posteriormente. 50. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) A autoridade policial recebeu uma notitia criminis anônima imputando a um indivíduo a prática de crimes de concussão. Nessa situação, apesar do princípio da obrigatoriedade, caberá à autoridade policial preliminarmente proceder com cautela às investigações preliminares, no sentido de apurar a verossimilhança das informações recebidas, para, havendo indícios da ocorrência dos ilícitos penais, instaurar o procedimento regular (inquérito policial). 51. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) Manoel foi preso em flagrante pela prática do crime de latrocínio, identificando-se civilmente por ocasião da lavratura do auto de prisão por meio da

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apresentação da cédula de identidade, regularmente expedida pela Secretaria de Segurança Pública. Nessa situação, a autoridade policial não poderá submeter Manoel a identificação criminal. 52. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) Instaurado inquérito policial para apurar crime de homicídio e a sua autoria, o órgão do MP requereu ao juiz a reprodução simulada da infração penal, diligência que foi deferida com a devolução dos autos à delegacia. Nessa situação, caberá à autoridade policial notificar o suposto autor do ilícito penal a participar da reconstituição simulada dos fatos, sob pena de ser autuado em flagrante pela prática do crime de desobediência. 53. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) A falta de inquérito policial impede a decretação da prisão preventiva, mesmo que embasada em peças informativas da existência do crime e em indícios da autoria apresentados pelo órgão do MP. 54. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) Justifica-se a decretação da prisão temporária de pessoa envolvida em crimes de roubo e homicídio qualificado que, por se encontrar foragida, impede a autoridade policial de concluir o inquérito policial. 55. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) De acordo com a jurisprudência majoritária, a prisão preventiva pode ser decretada para garantir a ordem pública em face da periculosidade do agente, demonstrada pela gravidade, pela violência ou pelas circunstâncias em que o crime foi perpetrado. 56. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) A simples fuga do acusado do distrito da culpa, tão logo descoberto o crime, não justifica o decreto de prisão preventiva para garantir a aplicação da lei penal e a conveniência da instrução criminal. 57. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) Considere a seguinte situação hipotética. Roberto, funcionário público, desviou, em proveito próprio, a importância de R$ 50.000,00 de que tinha a posse em razão do cargo que exercia. No mesmo dia, arrependido, Roberto compareceu espontaneamente perante a autoridade policial e comunicou a ocorrência e a autoria da infração penal. Nessa situação, em face da quase-flagrância, caberá à autoridade policial efetuar a prisão em flagrante de Roberto. 58. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) É cabível a prisão em flagrante em crime de ação penal privada.

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59. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) Deixando o crime vestígios materiais, é indispensável o exame de corpo de delito direto elaborado por peritos para se comprovar a materialidade do crime, sob pena de nulidade. A falta desse exame, entretanto, não impede a propositura da ação penal. 60. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) Considere a seguinte situação hipotética. Marta foi indiciada em inquérito policial instaurado para apurar o crime de estelionato, na modalidade de fraude no pagamento por meio de cheque. A autoridade policial, visando submeter a cártula a exame grafotécnico, notificou Marta para comparecer à delegacia a fim de fornecer padrões gráficos do próprio punho. Nessa situação, como o objetivo do exame pericial é proporcionar a comparação entre o escrito comprovadamente feito pelo punho da indiciada e aquele cuja autoria está sendo pesquisada e que constitui o corpo de delito, a autoridade policial não poderá compelir Marta a lançar as assinaturas. 61. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) Considere a seguinte situação hipotética. Ana foi agredida fisicamente por Marcos com socos e pontapés, sofrendo lesões corporais de natureza leve. Passados dois meses do evento, Ana compareceu perante a autoridade policial e apresentou representação contra o agressor. Na ocasião, entretanto, os vestígios das lesões tinham desaparecido. Nessa situação, será possível o exame de corpo de delito de forma indireta por meio da prova testemunhal. 62. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) Dimas, psicopata com interdição decretada, matou Jair, fato esse presenciado por um agente de polícia. Nessa situação, o agente de polícia deverá efetuar a prisão de Dimas, em face do flagrante próprio. 63. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) A incomunicabilidade do indiciado no inquérito policial, decretada por despacho fundamentado do juiz, encontra-se revogada pela atual Constituição da República. 64. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002 - Adaptada) São inadmissíveis no processo as provas obtidas por meios ilícitos. Adicionalmente, segundo o Código de Processo Penal , decreta-se a nulidade das provas subseqüentes obtidas com fundamento na ilícita (prova ilícita por derivação).

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65. (CESPE - DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL - 2002) O delegado de polícia pode determinar o arquivamento de inquérito policial iniciado de ofício, desde que não reste comprovada a materialidade do delito ou a autoria imputada ao indiciado. 66. (CESPE - PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA FEDERAL - 2004) O vício de legalidade — falta de atribuição da vítima para a lavratura do flagrante —, no inquérito policial, contaminaria o processo posteriormente instaurado, não servindo o inquérito sequer como peça de informação. 67. (CESPE - PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA FEDERAL - 2004) As provas colhidas no inquérito policial podem servir como fundamento único para sentença penal condenatória, pois aquele, como procedimento administrativo inquisitório, é regido pelo princípio do contraditório. 68. (CESPE - PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA FEDERAL - 2004) Considere a seguinte situação hipotética. Jonas, dono da loja Vende Bem, desconfiado da honestidade de Márcia, sua empregada, manda-a selecionar determinada mercadoria que vinha constantemente desaparecendo do estabelecimento. Ao mesmo tempo, coloca policiais de vigia, cuja presença foi previamente solicitada, que a surpreendem subtraindo mercadorias. Nessa situação, não existe crime por se tratar de flagrante preparado. 69. (CESPE - PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA FEDERAL - 2004) É cabível prisão preventiva em caso de prática de crimes dolosos ou culposos contra a vida. 70. (CESPE - PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA FEDERAL - 2004) A prisão em flagrante independe de ordem escrita do juiz competente para ser efetivada. 71. (CESPE - PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA FEDERAL - 2004) Nas infrações permanentes, é incabível a prisão em flagrante. 72. (CESPE - PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA FEDERAL - 2004) O juiz responsável por ação de crime cometido por funcionário público ficará vinculado ao laudo pericial, não podendo rejeitá-lo. 73. (CESPE - POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL - 2004) Um policial rodoviário federal, durante um patrulhamento ostensivo, foi alvejado com um tiro de revólver desfechado pelo condutor-infrator de um veículo, sofrendo lesões corporais de natureza gravíssima, que ocasionaram deformidade permanente. Estará configurado o denominado flagrante

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próprio, na hipótese de o condutor do veículo ter sido preso ao acabar de desfechar o tiro de revólver no policial rodoviário federal. 74. (CESPE - AGENTE DA POLÍCIA CIVIL RR - 2003) Nos atos pertinentes ao inquérito policial, será assegurado ao indiciado, Flávio, o amplo direito de defesa, orientado pelo princípio do contraditório. 75. (CESPE - AGENTE DA POLÍCIA CIVIL RR - 2003) Tratando-se de indiciado preso em flagrante, o inquérito policial deverá ser encerrado em, no máximo, 30 dias e, em seguida, remetido ao Poder Judiciário. 76. (CESPE - AGENTE DA POLÍCIA CIVIL RR - 2003) Considere a seguinte situação hipotética. Um fiscal exigiu a entrega de certa quantia em dinheiro para não cobrar imposto devido. A vítima concordou e se comprometeu a entregar a quantia em um lugar determinado. Entretanto, a vítima informou o acordo à polícia, que prendeu o funcionário público na hora da entrega da referida quantia. Nessa situação, está caracterizado o flagrante provocado. 77. (CESPE - AGENTE DA POLÍCIA CIVIL RR - 2003) Indícios de autoria e prova da materialidade do crime são pressupostos para a decretação da prisão preventiva. 78. (CESPE - AGENTE DA POLÍCIA CIVIL RR - 2003) Se o agente praticar infração sob o manto de qualquer das excludentes de ilicitude, não será decretada sua prisão preventiva. 79. (CESPE - AGENTE DA POLÍCIA CIVIL RR - 2003) A prisão temporária poderá ser decretada em qualquer fase do inquérito policial ou do respectivo processo judicial. 80. (CESPE - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL TOCANTINS - 2003) A garantia constitucional do contraditório, que assegura a ampla defesa do acusado, não se aplica ao inquérito policial, que não é, em sentido estrito, instrução criminal, mas colheita de elementos que possibilitem a instauração do processo. 81. (CESPE - PERITO MÉDICO LEGISTA ACRE - 2006) O exame de corpo de delito constitui prova indireta. 82. (CESPE - PERITO MÉDICO LEGISTA ACRE - 2006) Diante dos sinais de certeza da morte, bastará sempre o exame externo do cadáver para a conclusão do laudo de exame cadavérico.

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83. (CESPE - PERITO MÉDICO LEGISTA ACRE - 2006) O juiz não fica adstrito ao laudo pericial emitido, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte. 84. (CESPE - POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL CURSO DE FORMAÇÃO - 2004) A prisão processual ou provisória é a que resulta de mandado judicial ou de flagrante e se justifica como medida imprescindível para assegurar o império da lei penal. 85. (CESPE - POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL CURSO DE FORMAÇÃO - 2004) Considera-se em flagrante delito o indivíduo que for encontrado, logo após a ocorrência da infração, portando instrumento, armas, objetos ou documentos que façam presumir ser ele o autor do delito. 86. (CESPE - POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL CURSO DE FORMAÇÃO - 2004) Um PRF foi chamado em juízo para testemunhar acerca de um acidente a que ele assistiu em rotina de serviço. Nessa situação, o seu testemunho não pode ser contraditado em juízo porque os agentes públicos gozam de presunção de legitimidade. 87. (CESPE - POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL CURSO DE FORMAÇÃO - 2004) Bruno responde a processo penal pela prática de crime de corrupção, e a principal prova contra ele foi obtida mediante uma busca e apreensão de documentos realizada ilicitamente. Nessa situação, a referida prova não pode ser levada em conta no julgamento de Bruno, por ter sido obtida por meios ilícitos. 88. (CESPE - OAB ADAPTADA - 2008)As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o morador consentir que se realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando-o, em seguida, a abrir a porta. 89. (CESPE - OAB ADAPTADA - 2008) Em casa habitada, a busca será feita de modo que não moleste os moradores mais do que o indispensável para o êxito da diligência. 90. (CESPE - OAB ADAPTADA - 2007) A busca em mulher será feita sempre por outra mulher. 91. (CESPE - OAB ADAPTADA - 2007) O depoimento será prestado oralmente, não sendo permitido à testemunha trazê-lo por escrito.

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92. (CESPE - OAB ADAPTADA - 2008) Se o juiz, ao pronunciar sentença final, reconhecer que alguma testemunha fez afirmação falsa, calou ou negou a verdade, remeterá cópia do depoimento à autoridade policial para a instauração de inquérito. 93. (CESPE - OAB ADAPTADA - 2007) São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho. 94. (CESPE - OAB ADAPTADA - 2008) As testemunhas comunicarão ao juiz, dentro de seis meses, qualquer mudança de residência, sujeitando-se, pela simples omissão, às penas do não-comparecimento. 95. (CESPE - OAB ADAPTADA - 2008) A confissão será indivisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto. 96. (CESPE - OAB ADAPTADA - 2006) O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes 97. (CESPE - OAB ADAPTADA - 2008)O depoimento da testemunha será reduzido a termo, assinado por ela, pelo juiz e pelas partes. Se a testemunha não souber assinar, ou não puder fazê-lo, pedirá a alguém que o faça por ela, depois de lido na presença de ambos. 98. (CESPE - UNIFICADO- ADAPTADA - 2008) As pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por velhice, de comparecer para depor, não serão inquiridas. 99. (CESPE - UNIFICADO – ADAPTADA - 2008) A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz será inquirida pelo juiz do lugar de sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável, intimadas as partes. 100. (CESPE - UNIFICADO – ADAPTADA -2008) A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes.

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101. (CESPE - OAB ADAPTADA- 2009) Sempre que julgar conveniente o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real. 102. (CESPE - OAB ADAPTADA- 2009) Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz garantirá ao réu o direito de entrevista prévia e reservada com o seu defensor; se realizado por videoconferência, fica também garantido o acesso a canais telefônicos reservados para comunicação entre o defensor que esteja no presídio e o advogado presente na sala de audiência do Fórum, e entre este e o preso. 103. (CESPE - ASSISTENTE JURÍDICO TJ/AC - 2002) Um indivíduo foi condenado pela prática de crime em decisão na qual o julgador, suspeitando da prova produzida em juízo, apoiou-se única e exclusivamente na prova produzida no inquérito policial. Nessa situação, foi indevido o decreto condenatório. 104. (CESPE - ASSISTENTE JURÍDICO TJ/AC - 2002) Um indivíduo acha-se processado por crime. Nessa situação, estará justificado o advento de uma sentença penal condenatória se embasada, precipuamente, na denominada prova indiciária. 105. (CESPE - ASSISTENTE JURÍDICO TJ/AC - 2002) Manoel cometeu um crime e, no curso do inquérito policial, quando sobre ele pesavam fundadas suspeitas da autoria do crime, uma testemunha demonstrou, ao juiz competente para a futura eventual ação penal, que estava sendo ameaçada por Manoel. Nessa situação, não poderá o juiz, de ofício, decretar a prisão temporária de Manoel. 106. (CESPE - ASSISTENTE JURÍDICO TJ/AC - 2002) Um indivíduo cometeu um crime e, dez dias depois, sem que fosse localizado, apresentou-se, espontaneamente à autoridade policial. Nessa situação, o indivíduo não poderá ser preso em flagrante, nem deverá ter decretada a sua prisão preventiva, por fato anterior à sua apresentação. 107. (CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO TJ/AP - 2004) O menor de 14 anos de idade pode ser testemunha, mas está desobrigado de prestar o compromisso de dizer a verdade.

108. (CESPE - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL ESPÍRITO SANTO - 2006) De acordo com as novas regras processuais penais, é obrigatória a presença

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de defensor para o indiciado durante o interrogatório feito na fase policial, cabendo ao defensor o direito de interferência, a fim de que sejam garantidos ao indiciado a ampla defesa e o contraditório ainda na fase inquisitiva. 109. (CESPE - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL TOCANTINS - 2008) Não se faz distinção entre corpo de delito e exame de corpo de delito, pois ambos representam o próprio crime em sua materialidade. 110. (CESPE - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL TOCANTINS - 2008) Dispõe a lei processual penal que os exames de corpo de delito e as outras perícias serão feitos por dois peritos oficiais, o que significa que esses técnicos podem desempenhar suas funções independentemente de nomeação da autoridade policial ou do juiz, uma vez que a investidura em tais cargos advém da lei. 111. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/TO – 2008) A garantia constitucional do contraditório, que assegura a ampla defesa do acusado, não se aplica ao inquérito policial, que não é, em sentido estrito, instrução criminal, mas colheita de elementos que possibilitem a instauração do processo. 112. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/TO – 2008) Considere que a autoridade policial de determinado município tenha concluído o inquérito policial e o tenha remetido ao Poder Judiciário no prazo legal. Considere, ainda, que a autoridade judiciária tenha determinado o arquivamento do feito por falta de elementos para a instauração da ação penal. Nessa situação, a autoridade policial, em hipótese alguma, poderá retomar o curso das investigações, sob pena de constrangimento ilegal às pessoas investigadas. 113. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/TO – 2008) No curso da ação penal, o juiz pode determinar de ofício a produção de provas, com objetivo de obter maiores elementos para formar seu convencimento. 114. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/DF – 2008) Não poderá a Autoridade Policial indeferir requerimento do ofendido para o início do Inquérito Policial. 115. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/DF – 2008) Ainda que haja prisão em flagrante, sempre haverá necessidade de instauração do Inquérito Policial.

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116. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/DF – 2008) A delatio criminis somente autorizará a instauração do Inquérito Policial nos crimes de ação penal pública incondicionada. 117. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/DF – 2008) A instauração do Inquérito Policial nos crimes de ação penal privada interrompe o prazo decadencial para oferecimento da queixa crime. 118. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/SC – 2008) O delegado de polícia mandará arquivar o inquérito policial quando a autoria do crime não estiver suficientemente provada ou se verificar em favor do indiciado, sem qualquer dúvida, a ocorrência de causa que exclua a sua culpabilidade. 119. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/SC – 2008) Durante o inquérito policial o ofendido ou seu representante legal e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade policial. 120. (CESPE - POLÍCIA CIVIL/SC – 2008) O inquérito policial é peça indispensável à propositura da ação penal.