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06/08/2013
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Antiguidade Clássica 2º Semestre de 2013
Bem Vindos(as)!!!!!!!!!!!
Prof. Dr. Jorge Miklos
Apresentação da Disciplina
• O curso visa promover o estudo das ditas sociedades da Antiguidade, por meio da análise de um espectro da bibliografia e da documentação acerca do tema.
• Pretende também levar a termo uma discussão acerca do conceito de Antiguidade Ocidental (assim como do aparato cultural a ela associado), analisando seu processo de formação e problematizando sua utilização ao longo da História.
Conteúdo Programático
• CIVILIZAÇÃO GREGA 1. As primeiras civilizações da Grécia Antiga 2. A Educação Estatal de Esparta 3. O Significado da Política para os Gregos: Democracia
ateniense, cidadania e escravidão 4. O período clássico, O domínio macedônico, O
expansionismo de Alexandre e A civilização helenística
5. A Religião Grega: Os Mitos e sua Atualidade 6. O pensamento racional e a Filosofia Grega 7. A arte grega e o homem como medida de todas as
coisas
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Conteúdo Programático
• CIVILIZAÇÃO ROMANA
1. As origens: Da Monarquia à República
2. O expansionismo: As Guerras Púnicas
3. A Crise da República
4. O Império Romano
5. As Invasões Bárbaras e a Crise do Império
6. O Cristianismo: Das origens ao século V
7. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo
Avaliação
• Prova 1° Bimestre – 27/Setembro
• Prova 2° Bimestre – 29/Novembro
BIBLIOGRAFIA BÁSICA •
ANDERSON, Perry. Passagens da antiguidade ao feudalismo. São Paulo: Brasiliense, 1991.
• ARIÉS, Philippe; DUBBY, Georges. História da vida privada. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. v. 1.
• BURNS, Edward Mcnall.História da Civilização Ocidental – volume 1. • FENTON, Edwin. A Democracia Ateniense. In: 32 problemas na história
universal: leituras básicas e interpretações. São Paulo: Edart,1974. • FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2006. • GUARINELLO, Norberto Luiz. Cidades-Estado na Antiguidade Clássica. In:
PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi (Org.). História da cidadania. São Paulo: Contexto, 2003, p. 29-47
• WERNER, Jaeger. A Educação Estatal de Esparta. In: Paidéia: A Formação do Homem Grego. São Paulo: Martins Fontes. 1995. p. 106-129.
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O que se entende por Antiguidade Clássica?
Antiguidade Clássica
• O termo Antiguidade Clássica refere-se a um longo período da História da Europa que se estende aproximadamente do século VIII a.C., com o surgimento da poesia grega de Homero, à queda do Império Romano do Ocidente no século V d.C., mais precisamente no ano 476.
• No eixo condutor desta época, que ao contrário de outras anteriores ou posteriores, estão os fatores culturais das suas civilizações mais marcantes, a Grécia e a Roma antigas.
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Alexandre empire and the cultural fusion of East and West
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Hélade - helenos
• Os antigos gregos autodenominavam-se helenos, e a seu país chamavam Hélade, nunca tendo chamado a si mesmos de gregos nem à sua civilização Grécia, pois ambas essas palavras são latinas, tendo sido-lhes atribuídas pelos romanos.
Geografia • Situada na porção
sul da Península Balcânica, o território da Grécia continental caracteriza-se pelo seu relevo montanhoso; 80% da Grécia é formada por montanhas.
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Geografia
• A Grécia Setentrional dividia-se em Tessália, Acarnânia e Épiro;
• Grécia Central em Fócida, Etólia, Beócia (região de Tebas) e Ática (logradouro de Atenas);
• o Peloponeso (Grécia peninsular) em Acaia (região de Olímpia), Arcádia (logradouro de Argos, Tirinto e Micenas), Messênia (terra de Pilos) e Lacônia (região de Esparta).
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Geografia
• Entre a Grécia peninsular e continental há o Istmo de Corinto (terra de Corinto e Mégara), estreita faixa litorânea, e o Golfo de Corinto.
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Geografia
• No mar Egeu encontram-se várias ilhas que formam diversos arquipélagos: Espórades, Cíclades, Dodecaneso (Dhodhekánisos, "doze ilhas"), Jônicas e a Ilha de Creta;
• todo o litoral egeu da Anatólia e o sul da Itália (Magna Grécia) também fazem parte da geografia grega.
Grécia
• A Grécia foi o berço da civilização ocidental. Admiradores do gênero humano criaram a democracia e a filosofia.
• Comparando-se as civilizações da Antiguidade Ocidental (Grécia e Roma), com as da Antiguidade Oriental (Egito e Mesopotâmia), constata-se que ambas conheceram as mesmas instituições básicas, muitas das quais, aliás, o Ocidente tomou do Oriente.
• Contudo, houve um setor original e específico da civilização greco-romana.
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Grécia
• Trata-se do político, com a criação de práticas participativas no poder e instituições republicanas de governo.
• As civilizações do Oriente Antigo foram agrícola-sedentárias (Egito e Mesopotâmia), marítimo-mercantil (Fenícia) e nômade-pastoril (hebreus e persas).
• As civilizações peninsular-mediterrâneas da Antiguidade Clássica (Grécia e Roma) foram mercantil-escravistas e o comercio realizado no Mar Mediterrâneo.
Cronologia
• A história da Grécia antiga divide-se nos seguintes períodos:
• Período Pré-Homérico (séculos XX a.C. - XII a.C.),
• Período Homérico (séculos XII a.C. - VIII a.C.),
• Período Arcaico (séculos VIII a.C. - VI a.C.),
• Período Clássico (séculos VI a.C. - IV a.C.) e
• Período Helenístico (séculos IV a.C. - I a.C.)
Pré-Homérico
• Por volta de 2000 a.C., o território grego foi povoado por invasores de origem indo-europeia, dentre os quais, destacaram-se os aqueus, os jônios, os eólios e os dórios.
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Pré-Homérico
• Os aqueus foram os primeiros invasores e fixaram-se na região do Peloponeso, onde fundaram a cidade de Micenas.
• Pouco depois, atravessaram o mar Egeu e atingiram a ilha de Creta, dominando seus habitantes e fundando a civilização creto-micênica.
Pré-Homérico
• 1700 e 1400 a.C., ocorreram novas invasões: os eólios, que ocuparam a Tessália, e os jônios, que se fixaram na Ática, onde fundaram a cidade de Atenas.
Pré-Homérico
• Finalmente, por volta de 1200 a.C., os dórios, povo de tradição militar e guerreira, dirigiram-se para a região do Peloponeso, destruindo a florescente civilização creto-micênica e obrigando parte de seus habitantes a se deslocar para outras partes do Mediterrâneo.
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Pré-Homérico
• Esse primeiro deslocamento populacional, responsável pela colonização das ilhas do mar Egeu e litoral da Ásia Menor, ficou conhecido como Primeira Diáspora.
• No Peloponeso, os dórios subjugaram a população aqueia remanescente e fundaram a cidade de Esparta.
O PERÍODO HOMÉRICO (XII - VIII A.C.)
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O PERÍODO HOMÉRICO (XII - VIII A.C.)
• Chamamos a fase compreendida entre os séculos XII e VIII a.C. de período homérico, pois as informações acerca da vida grega nessa época nos chegam graças aos escritos de Homero. Este poeta, autor da Ilíada e da Odisséia, retratou aspectos importantes da história grega, transformando seus poemas em fonte histórica .
O PERÍODO HOMÉRICO (XII - VIII A.C.)
• Nesse período da história da Grécia, que se inicia com a Primeira Diáspora, a população organizava-se em comunidades coletivas, chamadas genos, uma espécie de clã familiar.
• Um conjunto de genos formava a frátria que, reunidas, formavam as tribos.
O PERÍODO HOMÉRICO (XII - VIII A.C.)
• As comunidades gentílicas viviam sob forma comunitária (ausência de propriedade privada) e igualitária (ausência de classes sociais).
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O PERÍODO HOMÉRICO (XII - VIII A.C.)
• A liderança sobre os membros da comunidade cabia ao pater, pessoa de prestígio dentro do grupo, que não usufruía de maiores privilégios que os demais indivíduos, mas que possuía a autoridade militar e religiosa.
O PERÍODO HOMÉRICO (XII - VIII A.C.)
• Por volta do século VIII a.C., a população grega começou a crescer acentuadamente e a escassez de terras férteis, que sustentassem as comunidades gentílicas, fez-se logo sentir.
O PERÍODO HOMÉRICO (XII - VIII A.C.)
• Ocorreram disputas pelas melhores e guerras entre genos, levando à desestruturação das comunidades gentílicas. Nasceu assim, na Grécia, a propriedade privada da terra e, consequentemente, as classes sociais, pois alguns tornaram-se proprietários (aristocracia), enquanto a maioria foi expropriada dos meios de produção.
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O PERÍODO HOMÉRICO (XII - VIII A.C.)
• A desorganização da vida coletiva da Grécia promoveu um segundo processo de dispersão populacional, conhecido como Segunda Diáspora.
• Desta vez, os gregos, assolados pela fome, deslocaram-se em direção ao Mediterrâneo, onde fundaram cidades e colônias. Terminava assim o Período Homérico.
O PERÍODO HOMÉRICO (XII - VIII A.C.)
O PERÍODO ARCAICO (VIII - VI A.C.)
• É o período da história grega em que surgem as cidades-estado (polis), fruto da instabilidade e insegurança que marcaram o final do Período Homérico que obrigaram as tribos a se agruparem para a defesa.
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O PERÍODO ARCAICO (VIII - VI A.C.)
• Cada cidade-estado possuía governo e administração próprios sem que uma interferisse nos assuntos da outra ou que houvesse um poder central que controlasse todas elas. A economia de cada uma era auto-suficiente.
O PERÍODO ARCAICO (VIII - VI A.C.)
• O governo da polis era exercido por um rei, assessorado por um conselho aristocrático, que formulava as leis, as quais eram discutidas e votadas pela assembleia dos cidadãos. Conforme a quantidade de indivíduos aceitos nessa assembleia tínhamos os
• regimes oligárquico (“o governo de poucos”) e democrático.
Ágora
• Ágora era a praça principal na constituição da pólis, a cidade grega da Antiguidade clássica.
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Ágora
• Por este motivo, a ágora era o espaço de realização das Eclésia) e era considerada um símbolo da democracia direta, e, em especial, da democracia ateniense, na qual todos os cidadãos tinham igual voz e direito a voto.
• A de Atenas, por este motivo, também é a mais conhecida de todas as ágoras nas pólis da antiguidade.
• Nas ágoras estavam presentes em maioria os aqueus, que se destacavam pela habilidade comercial e de mercado.
Ágora
• Normalmente era um espaço livre de edificações, onde as pessoas costumavam ir, configuradas pela presença de mercados e feiras livres em seus limites, assim como por edifícios de caráter público.
• Enquanto elemento de constituição do espaço urbano, a ágora manifesta-se como a expressão máxima da esfera pública na urbanística grega, sendo o espaço público por excelência.
• É nela que o cidadão grego convive com o outro para comprar coisas nas feiras, onde ocorrem as discussões políticas e os tribunais populares: é, portanto, o espaço da cidadania.
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A Ágora situa-se no coração da cidade e era o ponto de encontro dos atenienses. A Ágora era a praça do mercado de Atenas, ponto central da vida da cidade e em
especial da vida política e religiosa da polis. Ali se encontravam os comerciantes ambulantes, com as suas tendas de perfumes e lojas de barbeiro à volta da praça.
Sócrates passou a maioria do seu tempo na Ágora discursando com quem o quisesse ouvir.
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Acrópole
• Acrópole é a parte da cidade construída nas partes mais altas do relevo da região. A posição tem tanto valor simbólico, elevar e enobrecer os valores humanos, como estratégico, pois dali podia ser melhor defendida.
• Era na acrópole das diversas cidades que se construíam as estruturas mais nobres, tais os templos e os palácios dos governantes.
Acrópole
• A acrópole grega original de Atenas ficou famosa pela construção do Partenon, suntuoso templo em honra à deusa Atena, ricamente construído em mármores raros e ornado com esculturas de Fídias por ordem de Péricles e com recursos originalmente destinados a patrocinar a guerra contra os Persas.
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Para próxima aula
• Assistir ao filme “300”
• Ler o texto • WERNER, Jaeger. A Educação Estatal de Esparta. In: Paidéia: A Formação
do Homem Grego. São Paulo: Martins Fontes. 1995. p. 106-129.
• Responda as questões
• Faça uma aproximação entre o filme e texto e apresente elementos do filme que revelem aspectos da sociedade espartana.
• Que evento da História da Grécia Antiga o filme retrata?
• O filme pode ser interpretado como uma transcrição para um conflito dos tempos atuais. Que conflito é esse?
Referências
• BURNS, Edward Mcnall. História da Civilização Ocidental: Do homem das cavernas até a bomba atômica. vol. 1. São Paulo: Editora Globo, s/d.
• FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2006. • AUSTIN, Michel; VIDAL-NAQUET, Pierre. Economia e Sociedade na Grécia Antiga. Lisboa: Edições
70, s/d. • CARDOSO, Ciro Flamarion S. A cidade-estado antiga. São Paulo: Ática, 1986. • COULANGES, Fustel de. A Cidade Antiga. São Paulo: Hemus, 1975. • CROUZET, Maurice (org). História Geral das Civilizações. vol 1 e 2. São Paulo: DIFEL, s/d. • FLORENZANO, Maria Beatriz B. Nascer, viver e morrer na Grécia Antiga. São Paulo: Atual, 1996. • ________. O mundo antigo: economia e sociedade. São Paulo: Brasiliense, 1986. • FUNARI, Pedro Paulo. Antiguidade Clássica: a história e a cultura a partir dos documentos.
Campinas: Unicamp, 2003. • MAESTRI, Mário. O escravismo antigo. São Paulo: Atual, 1986. • MC EVEDY, C. Atlas de História Antiga. São Paulo: Verbo, 1992. • MAFFRE, Jean-Jacques. A vida na Grécia Clássica. Rio de Janeiro: Zahar . • PINSKY, Jaime (org.). Modos de Produção na Antiguidade. São Paulo: Global, 1982. • ____________. 100 textos de História Antiga. São Paulo: Contexto, 1992. • ROCHA,Ivan Esperança. 1000 sites de História Antiga. São Paulo: Arte e Ciência, 1997.