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Professora Larissa de Sousa GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS DEC 2594 Aspectos físicos, sociais e econômicos da Bacia Hidrográfica UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 2013

Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

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Professora Larissa de Sousa

GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS – DEC 2594

Aspectos físicos, sociais e econômicos da Bacia Hidrográfica

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

2013

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REVISÃO

ETAPAS DO PLANO: DIAGNÓSTICO

CONTÉUDO DIAGNÓSTICO

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

Relevo

Geologia

Uso do solo

Vegetação

Clima

Intervenção antrópica

CARACTERÍSTICAS SOCIAIS

CARACTERÍSTICAS ECONÔMICAS

PARTICIPAÇÃO SOCIEDADE

EXEMPLOS

SUMÁRIO

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Fórum de decisão no âmbito de cada bacia hidrográfica:

Prioridades de investimento

Fixação de níveis de cobrança

Ações a serem implementadas

Comitê de Bacia Hidrográfica

REVISANDO...

Plano de Bacia Hidrográfica

Instrumento da Política Estadual de Recursos Hídricos instituída

no Paraná pela Lei nº 12.726/1999;

Compatibilização entre oferta e demanda de água, em quantidade

e qualidade, para todos os pontos da bacia hidrográfica;

Aprovado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica, o que lhe dá um

forte caráter participativo na sua elaboração.

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Coleta e tratamento de dados;

Construção da realidade existente (“o rio que temos”)

Projeção, Cenários, Alternativas de aumento da oferta

de água e de redução da demanda

Monitoramento do Plano e Introdução de Revisões /Adaptações necessárias

Relatórios de Acompanhamento da Implementação do Plano

Construção da realidade desejada (“o rio que queremos”)

Estabelecimentos das metas do plano

Levantamento das intervenções desejadas e das fontes de recursos

necessários

Identificação das metas prioritárias

Hierarquização das intervenções e construção dos cenários do plano

Montagem de cada cenário (“o rio que podemos”)

Esquema de implementação do plano

REVISANDO...

DIAGNÓSTICO

PROGNÓSTICO

PLANO propriamente dito

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Na elaboração do diagnóstico e prognóstico, deverão

ser observados os seguintes itens:

• Avaliação ambiental e socioeconômica da bacia;

• Avaliação quantitativa e qualitativa da disponibilidade

hídrica da bacia hidrográfica:

– Subsidiar o em especial o enquadramento dos

corpos de água, as prioridades para outorga de

direito de uso e a definição de diretrizes e critérios

para cobrança.

• Avaliação do quadro atual e potencial de demanda

hídrica da bacia.

ETAPAS DO PLANO

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Consulta à sociedade no diagnóstico:

• Sociedade pode manifestar seus anseios, apontar os

principais conflitos, sugerir medidas adequadas à

solução dos principais problemas;

• Estruturado para ser objetivo e direto, abordando o que

realmente tem importância ou é significativo para os

objetivos propostos.

DIAGNÓSTICO

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• Caracteriza a realidade presente, examinada segundo

dois componentes:

– o primeiro, estável no horizonte de planejamento –

o meio físico - e

– o segundo, mutável (população, economia, cobertura

vegetal, uso do solo) reunindo fatores ligados à ação

antrópica e às demandas por recursos hídricos,

exigindo a apreciação de sua evolução no tempo.

Ambos dando forma e conteúdo ao diagnóstico

DIAGNÓSTICO – “ o rio que temos”

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Disponibilidade hídrica

Demandas hídricas

Balanço Hídrico

Usos Múltiplos da Água

Gestão de Recursos Hídricos

Caracterização Geral

Recurso Hídrico

Visão Global

Caracterização Físico-Biótica

Uso e Ocupação do Solo

Socioeconomia

Avaliação Integrada

Conclusões

Conteúdo

DIAGNÓSTICO – “ o rio que temos”

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Levantamento atual da Bacia Hidrográfica de seus bens ambientais, que devem ser assim apresentados:

Mapas Diagnósticos – mapas com exatidão mínima correspondente à escala 1:250.000 e deverão ser elaborados com texto explicativo resumido, sendo:

• Rede de Drenagem

• Classe de uso – enquadramentos

• Uso do solo, mananciais e cobertura vegetal, tabela com tipo de uso e cobertura

DIAGNÓSTICO – conteúdo

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• Rede de postos/pontos de quantidade e qualidade das

águas.

• Aquíferos e vulnerabilidades.

• Potencial de exploração (explorar para proveitos

econômicos)

• Áreas protegidas (Federais, Estaduais e Municipais).

• Suscetibilidades à erosão.

DIAGNÓSTICO – conteúdo

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Condições Sócio/Econômico – descrição resumida dos

índices sociais dos municípios pertencentes à bacia

hidrográfica, bem como do desenvolvimento da região

em questão (gráficos e tabelas).

Outros aspectos relevantes aos recursos hídricos

Levantamento dos instrumentos de gestão:

• Legislações existentes.

• Planos e Programas Municipais, Estaduais, Federais e

Setoriais existentes para a Bacia Hidrográfica.

• Projetos a serem implantados (outorgas e

licenciamentos) para definição de potencial futuro de

utilização dos recursos hídricos.

DIAGNÓSTICO – conteúdo

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• Quantidade de água e a velocidade de circulação em

cada etapa do ciclo depende de diversos fatores

(cobertura vegetal, topografia, geologia, altitude)

• O regime das águas e a produção de sedimentos

ocorrem em função das ações combinadas das

condições naturais e das atividades humanas.

• As características físicas (topografia, geologia, solo e

clima) colaboram para erosão potencial, enquanto as

interferências socioeconômicas se dão pelo uso e

ocupação da terra.

ASPECTOS FÍSICOS, SOCIAIS E ECONÔMICOS

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Aspectos do meio físico:

• Localização;

• Geologia;

• Relevo (Geomorfologia);

Indicadores socioeconômicos:

• Aspectos demográficos;

• Atividades econômicas;

• Uso e ocupação do solo;

• Índices que estimam o desenvolvimento da região.

• Vegetação;

• Clima.

ASPECTOS FÍSICOS, SOCIAIS E ECONÔMICOS

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Bacia hidrográfica – reconhecimento do ambiente físico

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

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• Bacia Hidrográfica coleta a precipitação que cai sobre

sua superfície e conduz parte dessa água para o rio

através do escoamento superficial e do fluxo de água

subterrânea.

• Os solos, a topografia e a vegetação influenciam na

velocidade com que essa água alcança o rio.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

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• O relevo de uma bacia hidrográfica tem grande

influência sobre os fatores meteorológicos e

hidrológicos;

• Declividade do terreno determina velocidade do

escoamento superficial;

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

RELEVO

Quanto mais íngreme for o terreno, mais rápido

será o escoamento superficial, menor o tempo de

concentração e maiores os picos de enchentes.

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• Altitude da bacia influencia na temperatura, na

precipitação e na evaporação.

Grandes variações de altitude numa bacia acarretam

diferenças significativas na temperatura média, a

qual, causa variações na evapotranspiração.

Com a elevação tem-se variações significativas de

precipitação anual.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

RELEVO

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CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

Curva hipsométrica representação gráfica do

relevo de uma bacia.

• Representa o estudo da variação da elevação dos

vários terrenos da bacia com relação ao nível do mar.

• Indica a percentagem da área de drenagem que existe

acima ou abaixo das várias elevações.

RELEVO

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Importante para o planejamento e ocupação territorial;

Obtenção das cotas de curva de nível permite:

- identificação das unidades de relevo;

- reconhecimento das unidades geomorfológicas e

- identificação das áreas favoráveis ou não à ocupação;

Identificação: áreas sujeitas à inundação, encostas de

forte declive, fundos de vales dentre outras.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

GEOMORFOLOGIA

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Fatores que influem na infiltração:

umidade do solo

geologia

ocupação do solo

21

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

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Infiltração

22

Fatores que influem na infiltração:

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

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• Características geológicas da bacia tem relação direta

com a infiltração, armazenamento da água no solo e

com a suscetibilidade de erosão dos solos.

• Condições de superfície do solo e constituição

geológica do sub-solo

Existência de vegetação ou impermeabilização;

Tipo de solo e sua capacidade de infiltração;

Tipos de rochas presentes.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

GEOLOGIA

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Tabela – Valores típicos do coeficiente de permeabilidade.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

• Solos permeáveis (ou que apresentam drenagem livre)

permeabilidade superior a 10-7cm/s.

• Demais são solos impermeáveis ou com drenagem

impedida.

GEOLOGIA

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CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

USO DO SOLO

• Modificação da cobertura vegetal identificada no

padrão de saturação do solo:

• Aumento do escoamento superficial e geração de

padrões artificiais de drenagem;

• Aceleração dos processos de erosão;

• Redução da recarga d’água de rios e aqüíferos, entre

outros eventos;

Importante manutenção da cobertura vegetal para o

equilíbrio ambiental.

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CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

Não existência ou má infra-estrutura urbana, acarreta:

• efeitos diretos: inundações e destruição de

pavimentação

• e indiretos: aumento do preço dos alimentos devido à

perda de colheitas por alagamento.

Ocupação indevida, aliada a deficiência de ações de

planejamento urbano e muitas vezes carente de apoio

técnico, afetam a qualidade e as características do

escoamento superficial e sub-superficial dessa água

USO DO SOLO

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• Presença de vegetação permite que grande quantidade

de água seja transpirada, reduzindo a umidade do solo

aumento da taxa de infiltração e a redução do

volume de escoamento superficial.

• Substituição de vegetação nativa (florestas, savanas e

cerrados), por outras de interesse econômico, como

pastagens, culturas perenes e anuais aumento da

vazão dos rios.

• Em relação aos outros tipos de uso da terra, a floresta

consome mais água e reduz a vazão no rio.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

VEGETAÇÃO

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• Ecossistemas florestais: parte aérea (árvores) e parte

terrestre (solos florestais), desempenham inúmeras

funções:

mitigação do clima (temperatura e umidade);

diminuição do pico do hidrograma (redução de

enchentes e recarga para os rios);

controle de erosão;

melhoramento da qualidade da água no solo e no rio;

atenuação da poluição atmosférica;

fornecimento do oxigênio e absorção do gás

carbônico, etc.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

VEGETAÇÃO

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CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

Componente Magnitudes relativas

Infiltração Floresta > Gramíneas > Área desmatada > Área

degradada

Evapotranspiração Floresta > Gramíneas > Área desmatada

Umidade do solo Área desmatada > Gramínea > Floresta

Vazão anual Área degradada > Área desmatada > Gramíneas >

Floresta

Fluxo de chuva Área degradada > Área desmatada > Gramíneas >

Floresta

Pico de cheia Área degradada > Área desmatada > Gramíneas >

Floresta

Tabela – Influência da vegetação nas componentes do ciclo hidrológico

Fonte: Cheng et al. 2002

VEGETAÇÃO

Page 30: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

VEGETAÇÃO

Page 31: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

CLIMA

Floresta

Amazônica

Cerrado

Cerrado

Page 32: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

•Clima equatorial (Floresta Amazônica) chuvas

abundantes.

•Clima semi-árido (caatinga) chuvas escassas e mal

distribuídas ao longo do ano, o que provoca a existência

de rios temporários, ou seja, que secam.

•Clima tropical (cerrado) verão quente e chuvoso e

inverno com temperaturas amenas e baixo índice

pluviométrico, estação seca dura cerca de seis meses.

deficiência hídrica devido à má distribuição das

chuvas

•Clima subtropical chuvas bem distribuídas durante o

ano.

CLIMA

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• Como o ciclo hidrológico pode ser alterado em uma

bacia em estado natural, através das seguintes

modificações:

a) Substituição da floresta original por área de cultivo;

b) Urbanização de uma bacia hidrográfica;

c) Construção de grandes reservatórios e lagos

artificiais.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

Atividade em grupo:

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• Construção de grandes lagos artificiais e desvio de

água para irrigação alteração das vazões de rios;

• Ocupação desordenada grandes alterações na

paisagem natural;

• Impactos de diferentes naturezas nos recursos

naturais:

Desmatamentos, degradação e erosão do solo,

assoreamento, contaminação dos mananciais por

agroquímicos, destruição das matas ciliares danos

ambientais e sociais de grande intensidade.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

INTERVENÇÃO ANTRÓPICA

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• Grau de urbanização;

• Crescimento populacional;

• Infra-estrutura urbana de saneamento básico:

Tratamento de água

Coleta e tratamento de esgoto

Coleta de lixo

CARACTERÍSTICAS SOCIAIS

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• Atividade agrícola e pecuária intensa

desmatamento (supressão da vegetação ciliar), uso

indiscriminado do fogo, extração ilegal de produtos

florestais;

• Dimensões territoriais, riqueza ambiental e cultural

encontradas na Bacia Hidrográfica contribuem para

sistema produtivo extrativista, além de caça e pesca

predatória.

CARACTERÍSTICAS ECONÔMICAS

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• Apropriação de novas áreas pelas forças produtivas

(ex. agricultura), realizada na maioria das vezes, sem

práticas de manejo e conservação situação de

conflito entre a sociedade e a natureza, pautada

fundamentalmente nos princípios econômicos

vigentes.

CARACTERÍSTICAS ECONÔMICAS

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Planejamento participativo e integrado da Bacia

Hidrográfica, envolvendo o poder público, a sociedade

civil organizada e a comunidade em geral, para:

•Estabelecimento de limites e regras para uso, ocupação

do solo e manejo dos recursos naturais, visando a

ocupação sustentável do território;

•Definir ações para minimizar impactos ambientais que

degradam a Bacia criação de unidade de conservação

de uso sustentável e implantação de programa que

incentive o manejo de produtos florestais não

madeireiros.

PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE

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EXEMPLOS

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O diagnóstico elaborado para o Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Jordão aborda: - características gerais do meio físico e biótico; - demandas de água da bacia para diversos setores; - qualidade da água; - poluições pontuais e difusas; - balanço entre a disponibilidade e a demanda.

EXEMPLOS

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PLANO DA BACIA DO RIO JORDÃO

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• A Bacia Hidrográfica do Rio Jordão situa-se na Unidade Hidrográfica dos Afluentes do Médio Iguaçu.

• Envolve parcialmente 7 municípios:

– Guarapuava, Inácio Martins, Candói, Pinhão, Campina do Simão, Reserva do Iguaçu e Foz do Jordão.

• Possui uma área de 4.730,60 km² enquanto que o Estado do Paraná possui 199.880 km², ou seja, a BHJ compreende aproximadamente 2,37% da área do Estado.

ASPECTOS GERAIS

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ASPECTOS GERAIS

Page 45: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

ASPECTOS GERAIS

• Divisão em sub-bacias

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PRINCIPAIS SUB-BACIAS DA BHJ

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• População total dos sete municípios pertencentes a BHJ totaliza 226.138 habitantes, sendo 173.577 residentes na área urbana e 52.561 na área rural (CENSO 2000).

• Já a BHJ possui 165.363 habitantes na área rural e 21.872 habitantes na área rural, perfazendo um total de 187.235 habitantes.

CARACTERIZAÇÃO POPULACIONAL

Page 48: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH
Page 49: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

• O clima predominante na BHJ é o temperado (Cfb), com uma transição entre subtropical (Cfa) e temperado na porção inferior da bacia.

• Clima subtropical: - temperatura média no mês mais frio inferior a 18ºC; - temperatura média no mês mais quente acima de 22ºC; - verões quentes e geadas pouco freqüentes; - tendência de concentração das chuvas nos meses de

verão, contudo sem estação seca definida.

• Clima temperado: - temperatura média no mês mais frio inferior a 18º; - temperatura média no mês mais quente inferior a 22ºC; - verões frescos e sem estação seca definida.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BACIA: CLIMATOLOGIA

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• O regime da precipitação da BHJ não é bem definido, apresentando uma variabilidade muito grande de um mesmo mês de um ano para outro, podendo os máximos e mínimos totais mensais ocorrer em qualquer mês do ano.

• Essa irregularidade não permite identificar uma sazonalidade pluviométrica bem definida na bacia.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BACIA: CLIMATOLOGIA

Page 51: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

• A caracterização geológica da bacia é de fundamental importância, pois as formações geológicas apresentam características que guardam uma relação direta com os aqüíferos existentes.

• Os aqüíferos são distinguidos em função do tipo de interação água-rocha condicionando a circulação e o armazenamento de água.

• A BHJ encontra-se no domínio da Bacia Sedimentar do Paraná, entidade geológica regional.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BACIA: GEOLOGIA

Page 52: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH
Page 53: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

• A BHJ é formada pela deposição de sedimentos e lavas; •Está localizada predominantemente na área do Planalto de Palmas/Guarapuava, correspondendo a 55% da área da bacia.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BACIA: GEOLOGIA

Page 54: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

• Os dados sobre o meio biótico foram obtidos a partir de estudos pré-existentes, tais como: – Estudos de Impacto Ambiental, inventários e relatórios

com levantamento de espécies, artigos científicos, entre outros dados secundários

FAUNA TERRESTRE

• 495 espécies de vertebrados terrestres foram registradas para a região, o que corresponde à cerca de 45,2% do total até então conhecido para o Estado do Paraná. – 81 espécies de mamíferos; – 338 de aves; – 48 de répteis; – e 28 de anfíbios.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BACIA: MEIO BIÓTICO

Page 55: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

• A BHJ está totalmente inserida na área de domínio da Floresta Ombrófila Mista, popularmente denominada Mata de Araucária devido à presença marcante do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) em sua paisagem.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BACIA: VEGETAÇÃO

Page 56: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH
Page 57: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

• Unidade de Proteção Integral: Parque Estadual de Santa Clara, com área de 631,58 ha, pertencente aos municípios de Candói, Foz do Jordão e Pinhão

• Unidade de Uso Sustentável:

– APA Estadual da Serra da Esperança com uma área de 206.555,82 ha, ela abrange diversos municípios, entre eles Guarapuava e Inácio Martins e ocupa uma área de aproximadamente 25.088 ha, ou seja, cerca de 5,3% da área da bacia.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BACIA: ÁREAS PROTEGIDAS

Page 58: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

• Unidades de Conservação Municipais, todas situadas no município de Guarapuava:

- Parque Recreativo do Jordão com uma área de 8,11 ha; - Parque Municipal Toca da Onça com uma área de 4,76 há; - e Parque das Araucárias com 75,37 ha de área.

• Há ainda um Corredor de Biodiversidade com uma área de aproximadamente 61.200 ha, o que representa aproximadamente 13% da área da bacia.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BACIA: ÁREAS PROTEGIDAS

Page 59: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

DISTRIBUIÇÃO DO USO DO SOLO NA BHJ POR MUNICÍPIO

Page 60: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DO USO DO SOLO NA BHJ CONSIDERANDO A DISTRIBUIÇÃO DO USO MISTO

Page 61: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH
Page 62: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

• A base da economia na BHJ é a agropecuária, sendo a agricultura sua principal atividade;

• Trecho médio e inferior da BHJ apresenta maior declividade, favorecendo a erosão hídrica e, conseqüentemente o carreamento dos sedimentos para os recursos hídricos, podendo carregar, adsorvidos na sua superfície, nutrientes como fósforo e compostos tóxicos;

• As indústrias mais representativas estão localizadas principalmente nos municípios de Pinhão e Guarapuava transformando a matéria prima de origem agrícola e vegetal e gerando efluentes ricos em matéria orgânica

ECONOMIA

Page 63: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

USINAS HIDRELÉTRICAS INSTALADAS NA BHJ

Page 64: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

DISPOSIÇÃO ESPACIAL DAS USINAS HIDRELÉTRICAS NA BHJ

Page 65: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

• A recreação, o turismo e o lazer estão associados a lagos, espelhos d’água e reservatórios, podendo proporcionar a prática de esportes náuticos ou empreendimentos como resorts.

• Na BHJ pode-se destacar:

– as Termas de Santa Clara localizada no município de

Candói em uma área de 121 ha, também conhecida como Estância Hidroclimática de Santa Clara.

– Lagoa das Lágrimas, o Parque do Lago, o Parque

Recreativo Municipal do Rio Jordão e diversos pesque pague localizados no município de Guarapuava

RECREAÇÃO / TURISMO / LAZER

Page 66: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

Efluentes domésticos:

• Dos sete municípios pertencentes a BHJ:

– os municípios de Campina do Simão, Candói e Foz do Jordão: não possuem nenhum tipo de sistema de coleta de esgoto

– o município de Inácio Martins: sistema de tratamento de esgoto encontra-se fora da delimitação da bacia.

QUALIDADE DA ÁGUA

Page 67: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

PLANO DA BACIA DO ALTO IGUAÇU E AFLUENTES DO ALTO RIBEIRA

Page 68: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

Abrangência do Plano

• Bacias do Plano: Alto Iguaçu, Rio Açungui, Rio Capivari e Rio da Várzea;

• Área aproximada das Bacias – Bacia do Rio Açungui: 1.712 km² – Bacia do Rio Capivari: 955 km² – Bacia do Alto Iguaçu: 3.638 km² – Bacia do Rio da Várzea: 1.989 km²

• Total de municípios presente nas Bacias: 26 municípios;

• Alguns municípios: Curitiba, São José dos Pinhais, Colombo, Pinhais e Araucária.

• População total: cerca de 2,7 milhões habitantes;

8.294 km²

ASPECTOS GERAIS

Page 69: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

MUNICÍPIO ALTO

IGUAÇU

RIO

AÇUNGUI

RIO

CAPIVARI

RIO DA

VÁRZEA

Total

Almirante

Tamandaré

83.375 3.776 986 - 89.139

Araucária 94.099 - - 37 94.135

Campo

Largo

57.948 32.193 - - 90.141

Colombo 179.056 - 4.275 - 183.331

Curitiba 1.586.848 - - - 1.586.848

Fazenda

Rio Grande

63.031 - - - 63.031

Pinhais 102.946 - - - 102.946

Piraquara 69.628 - - - 69.628

São José

dos Pinhais

196.163 - - 1.759 197.923

Total 2.528.981 92.404 27.652 50.738 2.699.774

Populações nas Bacias do Plano (Censo 2000)

Page 70: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

• Divisão das Bacias em 65 sub-bacias. • Rios da Várzea,

Ribeirão Claro, Estiva, Calixto e Cachoeira.

ASPECTOS GERAIS

Page 71: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

CARACTERIZAÇÃO FISIOGRÁFICA DA ÁREA DE ESTUDO

Climatologia

• Tipo Cfb – subtropical mesotérmico úmido, sem estação seca, com verões suaves e invernos relativamente frios.

• Regularidade na distribuição da pluviometria associada às baixas temperaturas no inverno.

• Médias térmicas variam de 12,9ºC, no mês mais frio a 22,5ºC no mês mais quente, com temperatura média de 16,4ºC.

• Verões frescos sem estação seca e ocorrência de freqüentes geadas no inverno.

Page 72: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

• Áreas de ocupação dinâmica: reflexo sobre as vazões são evidentes pela alteração da condição natural de escoamento.

• Elementos que causam alterações nas vazões: - desmatamentos (modificação dos hidrogramas de cheias, com picos mais pronunciados devido ao aumento das áreas impermeáveis); - implantação e operação de reservatórios; - transposição de vazões; - e captações para usos múltiplos (caráter mais consuntivo).

CARACTERIZAÇÃO FISIOGRÁFICA DA ÁREA DE ESTUDO

Page 73: Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

• A demografia das bacias na área de abrangência do Plano é fortemente condicionada pela evolução populacional de Curitiba e da sua região metropolitana;

• Taxa de urbanização: 91,2% (no ano de 2000), fenômeno este relacionado ao adensamento do município pólo e à conurbação metropolitana.

• Ocupação irregular: 903 áreas, abrangendo mais de 89,5 mil domicílios, sendo que 58,5 mil em Curitiba 2,1% do total das áreas urbanas dos municípios Metropolitanos.

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

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USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

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• Principais atividades econômicas da RMC: indústria de transformação (indústria química, metalúrgica, mecânica e materiais de transporte e elétrico, produtos alimentares, bebidas, entre outras).

• Expansão de atividades relacionadas aos serviços e ao comércio: investimentos na área industrial e fortalecimento da posição de metrópole regional com a implantação de equipamentos comerciais (shoppings, hipermercados, atividades de ensino, serviços imobiliários, serviços médicos, eventos e feiras, etc.)

ECONOMIA

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ECONOMIA

• Maior concentração do setor terciário da RMC está localizado no município de Curitiba: 80% dos estabelecimentos e dos empregos formais. • Na agricultura destaca-se o plantio de olerícolas, grãos (milho e feijão) e fruticultura. • A criação de animais também é uma atividade econômica desenvolvida na RMC, porém, em menor escala.

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UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E PROTEÇÃO DE MANANCIAIS

• Destacam-se: - Parque Estadual das Lauráceas, APA de Guaraqueçaba e APA da Escarpa Devoniana maiores extensões territoriais; - APAs do Irai, Piraquara, Pequeno, Verde e Passaúna, além das Unidades Territoriais de Planejamento de Quatro Barras, Pinhais, Guarituba, Itaqui e Campo Magro conservação de áreas de manancial de abastecimento de água.

• Maior parte das unidades de conservação está concentrada na região da Serra do Mar necessidade de proteção dos remanescentes da Mata Atlântica.

• RMC abriga 22 áreas de proteção da biota (exceto os parques municipais e Reservas Particulares de Proteção Natural);

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AQUÍFERO KARST

• Duas características diferenciam o aqüífero Karst das demais unidades aqüíferas:

- potencial de extração de grandes vazões por poço, superiores a 100m³/h constituído por um conjunto de 23 poços. - grande fragilidade de explotação, tendo em vista limitantes de ordem geotécnica, em áreas ocupadas, e de ordem ambiental, nas demais áreas, com elevado potencial de conflito.

• Manancial importante, como reserva estratégica, com uma produção potencial suficiente para substituir o principal manancial superficial - o reservatório do Iraí, em situações emergenciais.

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• Principais causas da deterioração da qualidade da água na bacia: efluentes domésticos e industriais.

• Sistema de esgotamento sanitário insatisfatório: apenas 57,6% da população urbana da RMC possui sistema de coleta de esgoto e destes 87,2% tem o seu esgoto tratado, com uma eficiência média de 70%.

QUALIDADE DA ÁGUA

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• De modo geral, qualidade ambiental dos recursos hídricos muito deteriorada na bacia do Alto Iguaçu, com poucas perspectivas de atenuação a curto e médio prazos;

• Concentrações populacionais excessivas em algumas das

sub-bacias do Alto Iguaçu, trazendo problemas e custos significativas para a infraestrutura de recursos hídricos;

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES