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ICMS – operação relativa a circulação de mercadorias Aula 1 - Materialidades Constitucionais e Complementares do ICMS- operação relativa à circulação de mercadorias na LC 87/96 Professor: Argos Campos Ribeiro Simões

Aula 1 dr. argos - 04-09-2013

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ICMS – operação relativa a circulação de mercadorias

Aula 1 - Materialidades Constitucionais e

Complementares do ICMS-operação relativa à circulação de mercadorias na LC 87/96

Professor: Argos Campos Ribeiro Simões

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DIREITO - SISTEMA DE REFERÊNCIA

PREMISSAS Sistema de enunciados prescritivos

(ou normas?) num determinado território

Direito como linguagem normativa Bom Senso X Senso Jurídico Verdade: Material, Formal ou Lógica? Verdade: resultado de método de

aproximação do objeto Justiça: absoluta X relativa

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ICMS – MÉTODO de conhecimento Argumentos com base legal (“lato

sensu”)

Regra-matriz de incidência tributária (RMIT)

Interpretar a lei “à luz” da Constituição (e não o contrário)

Conhecer o modus operandi do legislador

Atecnia do legislador => último recurso interpretativo

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ICMS – MÉTODO – Regra-matriz de incidência tributária

Fatos Geradores - hipóteses (o quê? quando? onde?) O quê? => material Quando? => temporal Onde? => espacial

Base de Cálculo Alíquotas Sujeitos passivos (contribuintes,

responsáveis) Sujeito Ativo

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RMIT

Noções Gerais

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RMIT–PROCESSO DE POSITIVAÇÃO NORMAS DE COMPETÊNCIA NORMAS DE INCOMPETÊNCIA NORMAS-PRINCÍPIO Regra-Matriz de Incidência Tributária (RMIT) FORMALIZAÇÃO (AUTOLANÇAMENTO ou

LANÇAMENTO de ofício) Execução Fiscal

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RMIT – DINÂMICA JURÍDICA

INCIDÊNCIA: é o resultado de um processo

de comparação entre a linguagem quedescreve a realidade e a linguagem

descritorainserta na hipótese normativa.

APLICAÇÃO: é o ato de produção de veículo

introdutório de normas (gerais ou individuais)

por agente competente ou por particularprevisto pelo ordenamento, segundo

procedimento competente e com publicidade

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ANTECEDENTE NORMATIVO

(DESCRITOR NORMATIVO)

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FATO GERADOR (EXPRESSÃO EQUÍVOCA)

Art. 114 do CTN – Fato gerador da obrigaçãoprincipal é a situação definida em lei comonecessária e suficiente à sua ocorrência

HIPÓTESE NORMATIVA

EVENTO

FATO

FATO JURÍDICO (não está na Hipótese)

INSTANTÂNEOS: cada evento dá-se numinstante de tempo, dando origem a umaobrigação autônoma (alcança todos os tributos)

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OS CRITÉRIOS DO ANTECEDENTE DA RMIT

CRITÉRIO MATERIAL

CRITÉRIO ESPACIAL

CRITÉRIO TEMPORAL

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CRITÉRIO MATERIAL Possui verbo pessoal de predicação incompleta,

exigindo a presença de um complemento;indicador de determinada ação humana ou

qualificação desencadeadora do evento considerado relevante pelo legislador instituidor do tributo.

Quem realiza tem personalidade jurídica dispensável

Materialidade tributária => exaustividade constitucional

Aspecto qualitativo do “Fato Gerador” (hip., FJ, evento)

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CRITÉRIO ESPACIAL

Designa os locais em que o evento descrito no critério material deva ocorrer, a fim de que sua descrição seja considerada fato jurídico;

Não há de se confundir com a vigência espacial da lei correlata; mas deve

navegar em seu plano de competência (II deve ocorrer na repartição aduaneira; IPTU no perímetro urbano);

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OS CRITÉRIOS DO ANTECEDENTE DA RMIT (CONTINUAÇÃO)

VIGÊNCIA TERRITORIAL DA LEI: ESPAÇOFÍSICO DE POSSÍVEL INCIDÊNCIA NORMATIVAEXEMPLO: ICMS => REGRA (ESTADOCOMPETENTE); EXCEÇÃO(EXTRATERRITORIALIDADE POR CONVÊNIO)

CRITÉRIO ESPACIAL DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA: LOCAL EM QUE O EVENTO

DEVAOCORRER PARA QUE OCORRA A INCIDÊNCIA,QUANDO DE SUA DESCRIÇÃO (II – REPARTIÇÃO ADUANEIRA)

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CRITÉRIO TEMPORAL Momento determinado de ocorrência do evento

considerado relevante - como descrito no critério

material - não devendo confundir-se com avigência temporal da norma-matriz, mas, apenasdesignando o instante de realização de tal evento,cuja descrição em linguagem competente sejaconsiderado fato jurídico (ICMS, na realização deoperação de circulação de mercadorias, quandoda saída real ou simbólica do

estabelecimento)Momento da possibilidade de nascimento da obrigação tributária.

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OS CRITÉRIOS DO ANTECEDENTE DA RMIT (CONTINUAÇÃO)

VIGÊNCIA TEMPORAL DA LEI: é o lapsotemporal em que determinada norma

jurídica(válida) pode produzir fatos jurídicos.

CRITÉRIO TEMPORAL DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA: é o exato momento em que

anorma abstrata, mais precisamente a RMIT,

prevêque determinado evento deva ocorrer para

que sua descrição em linguagem competente seja

considerada fato jurídico.

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CONSEQUENTE NORMATIVO

(PRESCRITOR NORMATIVO)

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CRITÉRIOS DO CONSEQUENTE (PRESCRITOR)

CRITÉRIOS SUBJETIVOS SUJEITO ATIVO SUJEITO PASSIVO

CRITÉRIOS QUANTITATIVOS

BASE DE CÁLCULO ALÍQUOTA

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CRITÉRIOS SUBJETIVOS (DO CONSEQUENTE PRESCRITOR)

SUJEITO ATIVO TITULAR DO DIREITO SUBJETIVO CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA (pode ser

delegada; não é competência)

SUJEITO PASSIVO PERSONALIDADE JURÍDICA OBRIGATÓRIA EFEITOS PROCESSUAIS Contribuinte/Responsável

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CRITÉRIOS QUANTITATIVOS(DO CONSEQUENTE PRESCRITOR)

BASE DE CÁLCULO (ASPECTO QUANTITATIVO DO FATO JURÍDICO

=> (visão quantitativa da materialidade constitucional => demanda de Energia Elétrica)

MEDE AS PROPORÇÕES REAIS DO FATO (VALOR DA OPERAÇÃO, VALOR VENAL)

COMPÕE A ESPECÍFICA DETERMINAÇÃO DA DÍVIDA

(ATRIBUI CERTEZA AO CRÉDITO) CONFIRMA,INFIRMA OU AFIRMA O CRITÉRIO MATERIAL DAHIPÓTESE DE INCIDÊNCIA

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CRITÉRIOS QUANTITATIVOS(DO CONSEQUENTE PRESCRITOR)

ALÍQUOTA

ALIA-SE À BASE DE CÁLCULO COMPONDO A

GRANDEZA NUMÉRICA DO FATO JURÍDICO

PRETENDE-SE A IGUALDADE TRIBUTÁRIA

PRETENDE-SE O NÃO CONFISCO

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Formalização essencial

Importância das obrigações acessórias (deveres instrumentais; formalização)

Autoformalização

AIIM (nas omissões ou irregularidades)

Controle paralelo

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ICMS – VEÍCULOS NORMATIVOS Constituição Federal

Código Tributário Nacional Lei Complementar 87/96 e alterações Lei Complementar 24/75 (art. 34,§8°, CF/88) Lei Ordinária Estadual ( Lei 6.374/89) Lei Ordinária Estadual (13.457/09) Regulamento do ICMS, Decreto Estadual 45.490/00

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ICMS – POSITIVAÇÃO – Normas estruturais

Constituição Federal Competência Incompetência Princípios (não cumulatividade) Definições estruturais (base de cálculo, alíquota)

Código Tributário Nacional Definições sobre estrutura normativa de impostos

Lei Complementar 87/96 e alterações Definições sobre estrutura normativa do ICMS

Lei Complementar 24/75 (art. 34,§8°, CF/88) Definições sobre estrutura normativa na concessão e

revogação de benefícios ICMS

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ICMS – POSITIVAÇÃO – Normas instituidoras/regulamentação

Lei Ordinária Estadual (6.374/89) Instituição do(s) ICMS(s) e dos deveres instrumentais

Regulamento do ICMS, Decreto Estadual 45.490/00

Veículo infralegal => não pode inovar => detalhamento das formas e prazos

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ICMS – CF/88

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior

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ICMS – CF/88 - COMPETÊNCIA Estados e DF (regra geral) União (excepcional)

Art. 147 - Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais.

[...] Art. 154 - A União poderá instituir: [...] II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos

extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

 

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Do IVV ao ICMS na CF/88 (materialidades)

CF 1946 => imposto sobre Vendas e Consignações

EC 18/1965 (ampliou a materialidade) ICM

CF 67/ com EC/69 => ICM

CF/1988 => ICMS

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ICMS na CF/88 (art. 155, II – materialidades - definição por atributos, propriedades)

Imposto sobre Operações relativas a Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, ainda que as operações e as prestações tenham início no exterior

Operação: Negócio (bilateral) ou Ato de vontade unilateral? Relação jurídica (direitos e deveres entre pessoas

diferentes) PROBLEMA: matriz/filial são duas pessoas

distintas?

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ICMS na CF/88 (art. 155, II – materialidades - definição por atributos, propriedades)

Imposto sobre Operações relativas a Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, ainda que as operações e as prestações tenham início no exterior

Circulação Física? não física? (sempre jurídica) Com transferência de titularidade

Propriedade => uso, gozo e disponibilidade (C/V) Disponibilidade => agir como dono (consignação)

PROBLEMA: Há circulação entre matriz/filial?

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ICMS na CF/88 (art. 155, II – materialidades - definição por atributos, propriedades)

Imposto sobre Operações relativas a Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, ainda que as operações e as prestações tenham início no exterior

Bem (gênero) => Mercadoria (espécie)

Mercadoria: objeto de mercancia => bem móvel objeto de prestação comercial Não é propriedade intrínseca Depende da destinação comercial em determinado

momento

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ICMS na CF/88 (art. 155, II – materialidades - definição por atributos, propriedades)

Imposto sobre Operações relativas a Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, ainda que as operações e as prestações tenham início no exterior

SERVIÇO: esforço humano em benefício de outrem (HUMBERTO ÁVILA)

PRESTAÇÃO DE SV: esforço de pessoas desenvolvido em favor de outrem, com conteúdo econômico, sob regime de direito privado, em caráter negocial, tendente a produzir uma utilidadade marial ou imaterial.(PAULO AIRES BARRETO)

PRESTADOR, TOMADOR, PREÇO DO SV.

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ICMS na CF/88 (art. 155, II – materialidades - definição por INTENSÃO (atributos, propriedades)

Imposto sobre Operações relativas a Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, ainda que as operações e as prestações tenham início no exterior

Operação com “início” no exterior: relacionado ao ICMS-importação

Prestação com “início” no exterior: E a prestação de serviços (começa no exterior?)

Comunicação: telefone a cobrar internacional Transporte: término no Brasil (possibilidade) X

internacional

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DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS § 2.º O imposto previsto no inciso II (ICMS)

atenderá ao seguinte: VII - em relação às operações e prestações que

destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á:

a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto;

b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;

VIII - na hipótese da alínea "a" do inciso anterior, caberá ao Estado da localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual

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DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS Art. 155,§ 2°, VII, alíneas “a” e “b”, CF/88:

remessa para consumidor final: Destinatário contribuinte do ICMS: alíquota

interestadual, cabendo ao Estado do destinatário o ICMS correspondente ao diferencial de alíquota (interna (-) interestadual)

Destinatário NÃO contribuinte do ICMS: alíquota interna, devida ao Estado de origem da mercadoria

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ICMS-Entrada interestadual consumo/ativoDestinatário contribuinte

- Materialidade => Destinatário contribuinte do ICMS recebe em operação interestadual bens (não mercadorias) para consumo ou integração em ativo permanente (Espécie ou Gênero de ICMS?)

- Requisitos:- 1 - Destinatário Contribuinte- 2 – Recebimento como bens (destinação não

comercial para quem recebe) - consumo ou ativação

- 3 - Operação interestadual- Consequência: cabe ao Estado do destinatário o

ICMS correspondente ao diferencial de alíquota (interna fictícia (-) interestadual)

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ICMS-Entrada interestadual consumo/ativoDestinatário NÃO contribuinte

- Materialidade => Destinatário NÃO contribuinte do ICMS recebe em operação interestadual bens (não mercadorias) para consumo ou integração em ativo permanente

- Requisitos:- 1 - Destinatário NÃO Contribuinte- 2 – Recebimento como bens (destinação não

comercial para quem recebe) - consumo ou ativação

- 3 - Operação interestadual- Consequência: cabe ao Estado do remetente

alíquota interna, mesmo sendo operação interestadual

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CF/88 (papel de lei complementar)

Art. 146. Cabe à lei complementar: I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria

tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação

tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em

relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;

b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;

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Art. 146 da CF/88

Papéis das normas gerais veiculadas por lei complementar (visão dicotômica)

Dispor sobre conflitos de competência

Limitar o poder de tributar

Limitação às normas gerais: materialidades tributárias (já CONCEITUALMENTE previstas na CF/88)

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Art. 155, §2º, XII, da CF/88 § 2.º O imposto previsto no inciso II (ICMS) atenderá

ao seguinte: XII - cabe à lei complementar:

a) definir seus contribuintes;

b) dispor sobre substituição tributária;

c) disciplinar o regime de compensação do imposto;

d) fixar, para efeito de sua cobrança (Sa) e definição do estabelecimento responsável (Sp), o local das operações (Ce) relativas à circulação de mercadorias e das prestações (Ce) de serviços;

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Art. 155, §2º, XII, da CF/88 § 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao

seguinte: XII - cabe à lei complementar:

e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a“ (NÃO INCIDÊNCIA NA EXPORTAÇÃO)

f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias;

g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados (CONFAZ)

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CÁLCULO por dentro do ICMS Art. 155, §2º, XII, “i” – O ICMS atenderá

ao seguinte: fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria o serviço. (acrescentada pela EC 33/2001)

Art. 13, §1º da Lei complementar 87/96. Integra a base de cálculo do imposto:

I - o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de controle;

Pvenda = Ppretendido + %Pvenda (alíquotaXBC)

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Art. 155, 3º, XII, da CF/88

§ 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II (ICMS) do caput deste artigo e o art. 153, I e II (Importação e Exportação), nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País

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ICMS – CF/88

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior

Page 44: Aula 1   dr. argos - 04-09-2013

ICMS – CF/88 Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal

instituir impostos sobre: §2º, IX - incidirá também: a) sobre a entrada de bem ou mercadoria

importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço;(Redação dada pela EC 33/2001)

b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios;

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Fatos Geradores (LC 87/96): MATERIALIDADES

Operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em bares , restaurantes e estabelecimentos similares

Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores

Prestações onerosas de Serviços de Comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza

Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competência tributária dos municípios (CF)

Page 46: Aula 1   dr. argos - 04-09-2013

Fatos Geradores (LC 87/96): MATERIALIDADES

Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao ISS, de competência dos municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual

Sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja sua finalidade

Sobre o serviço prestado no exterior, ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior (telefone a cobrar internacional)

Sobre a entrada, no território do estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente (DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA para operações específicas)

Page 47: Aula 1   dr. argos - 04-09-2013

Não incidência (CF/88) 155, §2º, X, CF/88 - não incidirá ICMS: a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem

sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores

Art. 3º LC 87/96 O imposto não incide sobre: II - operações e prestações que destinem ao exterior

mercadorias, Parágrafo único. Equipara-se às operações de que trata o

inciso II a saída de mercadoria realizada com o fim específico de exportação para o exterior, destinada a:

I - empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou outro estabelecimento da mesma empresa;

II - armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro

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Não incidência (CF/88) 155, §2º,X - não incidirá:

b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica;

c) sobre o ouro SE ATIVO FINANCEIRO (IOF)

d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita;

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Não incidência Armazém-geral neste Estado (ida/volta) Art. 12, III, LC

87/96)

Depósito fechado neste Estado (ida/volta) Art. 12, III, LC 87/96)

Saída de Ativo Permanente

Uso ou consumo para outro estabelecimento do mesmo titular

Mudança de endereço

Salvados de sinistro (transferência a qualquer título de bens à seguradora)

Furto ou Roubo, deterioração, perda (não há circulação em direção ao consumo).

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IMUNIDADES

Page 51: Aula 1   dr. argos - 04-09-2013

Se é ente público(União, Estados, DF ou Municípios, autarquias e

fundações públicas), então nenhum ente político tem competência para instituir norma cobrando imposto sobre seu patrimônio, renda ou

serviços.

ISONOMIA DOS ENTES POLÍTICOS

Art. 150, VI, "a" cc §2º.

NORMA IMUNIZANTEVEÍCULO

NORMATIVO

Page 52: Aula 1   dr. argos - 04-09-2013

Se é templo, então nenhum ente político tem competência para instituir

norma cobrando imposto sobre patrimônio, rendas ou serviços relacionados com suas finalidades

essenciais.

Art. 150, VI, "b" cc §4º.

Art. 5°, VI e VII.

NORMA IMUNIZANTEVEÍCULO NORMATIVO

Page 53: Aula 1   dr. argos - 04-09-2013

Se é partido político (ou suas fundações), entidade sindical dos

trabalhadores, instituição de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os

requisitos da lei, então nenhum ente político tem competência para

instituir norma cobrando imposto sobre patrimônio, renda ou

serviços, relacionados com suas finalidades essenciais.

Art. 150, VI, "c" cc §4º.

NORMA IMUNIZANTEVEÍCULO

NORMATIVO

Page 54: Aula 1   dr. argos - 04-09-2013

Se é livro, jornal, periódico ou o papel destinado a sua

impressão, então nenhum ente político tem competência para instituir norma cobrando imposto para esta situação.

IMUNIDADE OBJETIVA.

Art. 150, VI, "d".

NORMA IMUNIZANTEVEÍCULO

NORMATIVO

Page 55: Aula 1   dr. argos - 04-09-2013

AUTONOMIA DOS ESTABELECIMENTOS Art. 11 - § 3º Para efeito desta Lei Complementar,

estabelecimento é o local, privado ou público, edificado ou não, próprio ou de terceiro, onde pessoas físicas ou jurídicas exerçam suas atividades em caráter temporário ou permanente, bem como onde se encontrem armazenadas mercadorias, observado, ainda, o seguinte:

I – na impossibilidade de determinação do estabelecimento, considera-se como tal o local em que tenha sido efetuada a operação ou prestação, encontrada a mercadoria ou contatada a prestação;

II - é autônomo cada estabelecimento do mesmo titular; III - considera-se também estabelecimento autônomo o veículo

usado no comércio ambulante e na captura de pescado; IV - respondem pelo crédito tributário todos os

estabelecimentos do mesmo titular.

Art. 12. Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular (V. SUM 166 STJ);

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EXERCÍCIOS 1) Conceitue os termos “operação”,

“circulação” e “mercadorias”, em relação ao ICMS.

Relação jurídica em que se transfere/adquire a titularidade (propriedade/disponibilidade) de bens móveis sujeitos à destinação comercial por aquele que transfere/adquire

 

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EXERCÍCIOS 2) Qual o papel das normas gerais em matéria de

legislação tributária, como prescrito pelo artigo abaixo transcrito? Lei complementar pode inovar em matéria tributária? Quais são seus limites?

  Art. 146 CF/88. Cabe à lei complementar: I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria

tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;

III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:

a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;

b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;

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EXERCÍCIOS 3) Deve haver a incidência de ICMS na transferência de

mercadorias entre estabelecimentos da mesma empresa? Por quê?

 

4) Igreja Mundial do Sagrado Imposto, regularmente reconhecida como entidade religiosa, possui um bazar em suas dependências em que efetua a venda de artigos religiosos, tais como fitas milagrosas, potes de água benta, chaveiros de santinhos etc. A renda total das vendas efetuadas destina-se a creche para crianças carentes pertencente à instituição religiosa. Pergunta: deve ser cobrado o ICMS pelas vendas dos artigos religiosos? Por quê?