Aula 1 - Sociedade e Meio Ambiente

8/6/2019 Aula 1 - Sociedade e Meio Ambiente

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FEHIDRO

Educação Ambiental eGerenciamento de RecursosHídricos para Professores doCiclo II da Rede Municipal de

Ensino de Descalvado - SP



Objetivo Geral

Qualificar profissionais da Educaçãotornando-os aptos a contribuir para amelhoria do gerenciamento dos recursoshídricos, da qualidade de vida e para a

conservação ambiental, promovendo acirculação da informação sobre a questão

ambiental, a reflexão sobre suas origens e aconstrução de estratégias educativas para a

solução de problemas socioambientais.



Objetivos Específicos

Incitar os profissionais à análise crítica esistêmica das inter-relações entre o homem, asociedade, a cultura, a economia e o meioambiente, em específico aos recursos hídricos;

Capacitá-los a desenvolver, implantar egerenciar projetos pedagógico-educacionaisinterdisciplinares concernentes aos recursoshídricos, ao meio ambiente em geral e ao

desenvolvimento sustentável em escolas,comunidades, instituições públicas eorganizações do terceiro setor.



Metas

Capacitar 80 professores de Ciclo II da RedeMunicipal de Ensino em Educação Ambiental eGerenciamento de Recursos Hídricos;

Promover o intercâmbio e a troca de

experiências entre os professores e alunos nasescolas;

Promover debates e palestras em geral;

Produzir 16 anteprojetos pedagógico-educacionais como resultado-final do trabalhodos professores no curso.



Público-alvo e perfil do egresso

Professores de Ciclo II da Rede Municipal de Ensino,

Estudantes Universitários e Comunidade em Geral.

Espera-se que os professores, após o término dessecurso, estejam habilitados a atuar no desenvolvimento,

organização e gestão de projetos pedagógico-educacionais e socioambientais transdisciplinares, comênfase em recursos hídricos, bem como atuarsignificativamente como agentes multiplicadores deconhecimento científico e prático nas diversas áreas de

educação ambiental formal e não-formal de maneiraempreendedora, criativa e democrática.



Conteúdo Programático

Módulo 1. O Ser Humano e o Meio Ambiente (02/04)

Módulo 2. Ciências Ambientais (07/05)Módulo 3. Evolução e Orientações da Educação Ambiental (04/06)

Módulo 4. Bases Metodológicas e Pedagógicas da Educação Ambiental - I (02/07)

Módulo 5. Bases Metodológicas e Pedagógicas da Educação Ambiental - II (06/08)

Módulo 6. Gerenciamento de Recursos Hídricos - I (03/09)

Módulo 7. Gerenciamento de Recursos Hídricos - II (01/10)

Módulo 10. Visitas temáticas (05/11)

Módulo 11. Seminário (03/12)

Conferência Municipal de Meio Ambiente

31/05 – Cases de Educação Ambiental

01/06 – Cases de Gestão Ambiental Municipal02/06 – Audiência Pública sobre a Política Municipal de Meio Ambiente



Conteúdo Programático

Os alunos serão avaliados ao fim de cada módulo por

meio de resenhas e trabalhos temáticos. Ao fim docurso, os mesmos formarão grupos de 5 alunos para odesenvolvimento e apresentação de um projetopedagógico-educacional socioambiental cujo tema será

o gerenciamento dos recursos hídricos municipais. Osmesmos terão a obrigatoriedade de 85% presença nasatividades.

Por sua vez, os alunos realizarão avaliações sobre osprofessores, o material pedagógico, a coordenação docurso, o atendimento extra-classe e as instalações

físicas.



Certificado

Uma vez apresentando os trabalhos parciaismodulares e individuais, o trabalho deconclusão (projeto em grupo) e comprovadasua presença em 75%, o aluno será

contemplado com um Certificado deCapacitação em Educação Ambiental eGerenciamento de Recursos Hídricos emitidopela Associação de Engenheiros, Arquitetos e

Agrônomos de Descalvado – AEAAD – evalidado pelas Secretarias de Educação eCultura e Meio Ambiente e Recursos Hídricos.



O SER HUMANOE 0 MEIO-AMBIENTE

Cultura, Economia e

Desenvolvimento Sustentável



Sociedade e Meio-Ambiente“A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A

Terra, nosso lar, está viva, como uma comunidade de vida

única. As forças da natureza fazem da existência uma aventuraexigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições

essenciais para a evolução da vida. A capacidade derecuperação da comunidade da vida e o bem-estar da

humanidade dependem da preservação de uma biosferasaudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica

variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar

limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é umapreocupação de todos as pessoas. A proteção da vitalidade ebeleza da Terra é um dever sagrado.”

UNESCO, Carta da Terra, 2000



O ESTADO DO PLANETA

Padrões de produção e consumo Crescimento da população

Guerras

Devastação ambiental Extinção de espécies

Concentração de renda Aumento da pobreza



Análise sistêmica docontexto socioambiental

Modelo de“Desenvolvimento”

Degradação Ambiental

CONSUMISMOEXCLUSÃO SOCIAL

Perda da Qualidade deVida

Miséria/

Desmatamento

Opulência/ Desperdício

Fonte: Dias, Educação Ambiental, 1991

Perda da Qualidade deEXPERIÊNCIA HUMANA





Essa tendência tem

reversão?



Sim, se e somente se, nossosdesafios ambientais, econômicos,

políticos, sociais e espirituaisforem enfrentados e superados

conjuntamente visto estaremintimamente interligados.



Características da Nova Sociedade

Senso de ResponsabilidadeUniversal e Atemporal

União entre a Sociedade, o SetorPrivado e o Estado

Democracia Participativa



Princípios da Carta da Terra

1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua

diversidade.

2. Cuidar da comunidade da vida comcompreensão, compaixão e amor.

3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, sustentáveis e pacíficas.

4. Garantir a generosidade e a beleza da Terrapara as atuais e as futuras gerações.



Princípios da Carta da Terra

5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas

ecológicos da Terra, com especial

preocupação pela diversidade biológica e

pelos processos naturais que sustentam a vida.6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor

método de proteção ambiental e quando o

conhecimento for limitado, tomar o caminho

da prudência.



Princípios da Carta da Terra7. Adotar padrões de produção, consumo e

reprodução que protejam as capacidadesregenerativas da Terra, os direitos humanos e

o bem-estar comunitário.

8. Avançar o estudo da sustentabilidade

ecológica e promover a troca aberta e uma

ampla aplicação do conhecimento adquirido.9. Erradicar a pobreza como um imperativo

ético, social, econômico e ambiental.



Princípios da Carta da Terra10. Garantir que as comunidades econômicas e

instituições em todos os níveis promovam odesenvolvimento humano de forma

eqüitativa e sustentável.

11. Afirmar a igualdade e a eqüidade de gênero

como pré-requisitos para o desenvolvimento

sustentável e assegurar o acesso universal àeducação, ao cuidado da saúde e às

oportunidades econômicas.



Princípios da Carta da Terra12. Defender, sem discriminação, os direitos de

todas as pessoas a um ambiente natural esocial, capaz de assegurar a dignidadehumana, a saúde corporal e o bem-estarespiritual, dando especial atenção aos direitosdos povos indígenas e minorias

13. Fortalecer as instituições democráticas em

todos os níveis e proporcionar-lhestransparência e prestação de contas noexercício do governo, a participaçãoinclusiva na tomada de decisões e no acessoà justiça.



Princípios da Carta da Terra14. Integrar na educação formal e aprendizagem

ao longo da vida os conhecimentos, valores ehabilidade necessárias para um modo de vida

sustentável.

15. Tratar todos os seres vivos com respeito econsideração.

16. Promover uma cultura de tolerância, não

violência e paz.



MEIO AMBIENTE,

ECOLOGIA EAMBIENTALISMO



Meio Ambiente

Etimologicamente, a palavra “ambiente”surgiu da composição de dois vocábuloslatinos: a preposição amb (ao redor, àvolta) e o verbo ire (ir) que se fundiram

em ambire , significando “ir à volta”.“Ambiente” começou como particípiopresente do verbo ambire, tornou-se

adjetivo e depois substantivo significandotudo que vai à nossa volta e nos rodeia.



Meio Ambiente

Conjunto dos elementos físico-químicos,ecossistemas naturais e sociais em que seinsere o Homem, individual e

socialmente, num processo de interaçãoque atenda ao desenvolvimento dasatividades humanas, à preservação dosrecursos naturais e das características

essenciais do entorno, dentro de padrõesque qualidade definidos.



EcologiaRamo da ciência que estuda o modo como as

espécies interagem com o ambiente físico ou“familiar” e com as outras espécies ao seuredor.

A ecologia, literalmente significa “estudo dacasa”, visto ser uma junção das palavrasgregas oikos (casa) e logos (estudo).

Alguns temas de estudo da Ecologia são ascadeias alimentares, o fluxo de energia nosseres vivos, os ciclos biogeoquímicos,sucessões ecológicas, etc



OS PROBLEMAS AMBIENTAIS

Problemas ambientais globais

Problemas ambientais regionais

Problemas ambientais locais



O efeito-estufa



O efeito-estufa Fenômeno natural no qual diversos

gases acumulados na atmosfera (emespecial o gás carbônico) retêm o caloremanado pelo planeta, sob a forma deraios infravermelhos, impedindo sua

dissipação para o espaço exterior; Ações antrópicas (humanas) estão

aumentando a retenção de calor e a

temperatura média da Terra está seelevando.



O aumento do efeito-estufa 55% por conta de CO2 (gás carbônico) produzido

pela queima de combustíveis fósseis,

desmatamento, pelas queimadas de todo tipo e pordestruição do solo; 15% por CH4(gás metano), produzido por

plantações de arroz, criações de animais e

decomposição de lixo orgânico; 24% por CFC e outros gases usados para

refrigeração e extintores de incêndio; e 6% ao N2O (óxido nitroso) derivado de destruição

microbiológica do nitrogênio de fertilizantes, queimade biomassa, desmatamento e de emissões decombustíveis fósseis e outras fontes.

vapor d’água pode contribuir em uma pequenaproporção ainda indeterminada



O efeito-estufa Imprevisibilidade de conseqüências

das mudanças climáticas; Convenção da ONU sobre Mudanças

Climáticas;

Protocolo de Kioto(comprometimento dos paísesdesenvolvidos de redução e controleaté 2008-2012 das emissões dessesgases em aproximadamente 5% abaixodos níveis registrados em 1990);



A camada de ozônio



A camada de ozônio Entre 20 e 40 quilômetros acima da

Terra, numa camada superior daatmosfera se encontra uma tênue edispersa camada de ozônio (O3)envolvendo o planeta;

Ao nível do solo, o ozônio é um poluentetóxico, mas na atmosfera ele forma umescudo protetor contra os prejudiciais

raios ultravioleta do Sol sem o qual avida na Terra não seria possível.



A destruição da camada deozônio

Os raios ultravioleta são transformados emcalor inofensivo pelo O3, que é rompido emum átomo livre de oxigênio e uma moléculade O2, o gás que respiramos. O2 e O se

recombinam continuamente formando novasmoléculas de ozônio.

Raios UV O3 O3

O2

O

Raios inofensivos



Fatores de desgaste: CFC, halons, subprodutosderivados de combustão e de decomposiçãonatural e sintética (fertilizantes) de compostosnitrogenados no solo por microorganismos;

Riscos de câncer e outras doenças, perigo paraplantas e animais;

Protocolo de Montreal (1987) por banimentodos CFCs;

Recuperação da camada entre 2040 e 2050.

A destruição da camada deozônio



O crescimento da população



O crescimento da população O crescimento da população, tantos nos países

desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento, éuma ameaça para o meio ambiente; O aumento dos números de consumidores nasnações industrializadas e ricas é um problema

sério porque cada pessoa a mais usa uma porçãoenorme dos limitados recursos da Terra e geramais poluição;

Nos países subdesenvolvidos, o crescimento dapopulação causa desflorestamento, poluição epráticas agrícolas insustentáveis.





O crescimento da população

E como encontrar meios dealimentar, abrigar, educar e darempregos, assistência médica e

bens de consumo ao dobro dapopulação que vive hoje noplaneta no prazo de 100 anos?



A perda da biodiversidade



A perda da biodiversidade A biodiversidade é o conjunto dos seres

vivos que habitam uma estreita faixa doplaneta e da atmosfera capaz de sustentara vida;

A biodiversidade pode ser específica (deespécies), genética, de padrões e depaisagens;

Em relação às espécies, supõe-se que

existam entre 10 e 20 milhões, no entanto,até hoje só foram descritos 1,82 milhão,em sua grande maioria plantas e insetos.



Tabela de biodiversidade

Venezuela

2.316

China

1.010

China

274

Brasil468

Indonésia

1.531

México

450

México

24.0005

Bolívia

3.000

Venezuela

1.250

México

284

Indonésia

511

Equador

1.559

Colômbia

456

China

28.0004

Colômbia

3.100

Indonésia

1.400

Equador

402

Colômbia

520

Brasil

1.622

China

499

Indonésia

37.0003

Brasil

3.132

Colômbia

>1.500

Brasil

517

México

717

Peru

1.703

Indonésia

515

Colômbia

47.0002

Peru3.532

Brasil> 3.000

Colômbia583

Austrália755

Colômbia1.815

Brasil524

Brasil53.0001

BorboletasPeixesÁgua doce

AnfíbiosRépteisAvesMamíferosPlantas

Fonte: Mittermeier et al. 1997



O valor da biodiversidade Valor econômico: compra, venda e uso de

produtos (combustível, móveis, materiais deconstrução, utensílios, medicamentos, etc);

Valor ecológico: processos ambientais e

serviços prestados pelos própriosecossistemas, como proteção da água e dosolo, controle climático, degradação de

dejetos, controle biológico de pragas,recreação, ecoturismo, educação e estudocientífico.



Queda na biodiversidade Atividades humanas estão levando a uma extinção

em massa da diversidade biológica do planeta; As sociedades modernas precisam cada vez mais

espaço por conta da agricultura, das cidades,núcleos industriais, estradas, marinas, campos degolfe, portos e aeroportos etc;

A agricultura intensiva tende cada vez mais asimplificar os ecossistemas que formam os camposnaturais;

Ao longo da história, o ser humano usou

aproximadamente 7.000 espécies de plantas. Hoje,pouco mais que uma centena de vegetais perfaznosso consumo.



Poluição do ar



Poluição do ar Os danos óbvios à saúde, vegetação e propriedades,

provocados pela poluição do ar, levaram a esforços, na

maioria do países industrializados, para controlar asfontes de emissão dos poluentes, entre eles partículasde fumaça, dióxido de enxofre (SO2) e monóxido decarbono (CO);

Na maioria das grandes cidades, existe uma faixacinzenta de ar acima da região urbana. Esse “smog”urbano é causado por reações fotoquímicas entreóxidos de nitrogênio (NO x) e compostos orgânicos

voláteis (COV), que por sua vez provêm de fontes decombustão de veículos, indústrias, usinas de geraçãode eletricidade e calefação residencial, por produtos àbase de solventes, como tintas, colas e adesivos.



Quando uma massa de ar fica aprisionada sobre uma

região urbana, pela topografia e/ou por condiçõesclimáticas estáveis, os NO x e os COV se combinamnuma mistura química cujo principal ingredientetóxico é o ozônio, que irrita os olhos e prejudica os

pulmões. Além disso, o ozônio é tóxico para avegetação causando a plantações e florestas.

Poluição do ar



O consumo e os resíduos



O consumo e os resíduos O conceito de “resíduo ou lixo” envolve, na

verdade, dois pontos: a eficiência no uso derecursos e a disposição de materiaisdescartados;

Nenhum processo que converte matérias-primas em bens e serviços é totalmenteeficiente: alguns materiais e energia comcerteza têm de ser perdidos no meio docaminho;

O problema do lixo é uma grave questãoambiental porque todo lixo dever serdisposto de alguma forma, além de serem,em sua maioria, nocivos à saúde humana e à

natureza;



O consumo e os resíduos Os índices de consumo de recursos

influenciam a produção de lixo: quanto maisrecursos usa uma sociedade, mais eladesperdiça, embora algumas sociedadessejam consumidoras mais eficientes queoutras;

Apesar dos temores a respeito da escassezde matérias-primas a longo prazo, muitomais atenção tem sido dada aos impactospara o meio ambiente, que vão de poluiçãolocalizada e destruição de ecossistemas atéo uso de energia que contribui para oaquecimento global;



Tipos de resíduos Resíduos urbanos (domiciliares, comerciais

e de serviços )

Resíduos industriais Resíduos de serviço de saúde

Resíduos de portos, aeroportos, terminaisrodoviários e ferroviários

Resíduos agrícolas Resíduos da construção civil e demolição

Resíduos radioativos



Tratamento e Destinação Final dosResíduos Sólidos Urbanos redução dos custos com a disposição final;

escassez de áreas para destinação dosresíduos; valorização dos componentes dos resíduos

como forma de conservar os recursos

naturais; economia de energia; diminuição da poluição das águas de do ar;

inertização de resíduos sépticos; geração de empregos.



Tratamento e Destinação Final dosResíduos Sólidos Urbanos

Coleta Normal Coleta seletiva

Reciclagem

Compostagem Incineração Disposição Final



Desenvolvimento e Meio Ambiente Essa relação já nasce da própria

conceituação de meio ambiente e de suadimensão social e histórica;

“Mas será que tem havido realmentedesenvolvimento em todas as sociedades daTerra, com toda essa explosão demográfica,com o incremento industrial e o avanço

tecnológico, com a acumulação de riquezase o chamado progresso?!...”



Desenvolvimento e Meio Ambiente O ser humano veio, ao longo de sua processo

de evolução e por toda a sua história, numcontínuo processo de subjugação danatureza;

O trabalho humano e sua aplicação no uso

dos recurso naturais foi transformando aTerra, a sociedade e o próprio homem; Com a primeira chispa de fogo tirado das

pedra, acenderam-se também no espírito

rudimentar dos nossos ancestrais acapacidade e a determinação de intervir naordem criada para adaptá-la às suasnecessidades;



Desenvolvimento e Meio Ambiente

Nascem ao mesmo tempo oHomo faber e o Homo oeconomicus ,

o homem que constrói e fabrica, oque administra e governa.



Economia e Ecologia

Etimologicamente, oikos + nomia significaorganização, administração e governo dacasa.

A ciência econômica busca entender comoas sociedades utilizam os seus recursosmateriais e humanos para produzir edistribuir bens e serviços que atendam às

necessidades dos indivíduos.



Ambientalismo

É o movimento em defesa da preservaçãoe conservação do meio ambiente,protegendo-o das ameaças apresentadaspelo homem.

Conservação: administração de recursos naturaisde forma a minimizar o impacto humano.

Preservação: proteção dos ambientes vivos e seushabitantes naturais evitando a interferênciahumana.



O movimento ambientalista

UNESCO UNICEF FAO PNUMA Etc...

ONU

Outras grandes Ongs:•Greenpeace

•Conservação Internacional

•WWF

•SOS Mata Atlântica

Cultura Economia e



Como todos os seres orgânicos, a espéciehumana busca estender-se sempre mais, além

dos seus contornos locais; porém o meio impõerestrições a essa expansão;

O ser humano atende as suas necessidades deordem física (biológicas, fisiológicas, etc) com autilização dos recursos naturais, sejadiretamente ou por processo de transformação.Com o desenvolver-se da espécie, novasnecessidades apareceram e mais se exigiu dosrecursos naturais, em quantidade e qualidadediferenciadas e para isso foram inventadosnovos processos;

Cultura, Economia eAmbientalismo

Cultura Economia e



Em certo momento, sentimos o confronto entrea demanda e a oferta, a predação crescente e a

capacidade de auto-regeneração natural, entrea ambição dos propósitos humanos e a finitudee limitação do planeta Terra;

A explosão demográfica coloca as relações dasociedade humana com o meio ambiente emclima de crescente tensão, pois está em jogo asobrevivência da espécie. Entretanto, novasnecessidades afloram à consciência e ao dia-a-dia da humanidade, algumas delas supérfluase provocadas artificialmente;


Cultura Economia e



A sociedade humana, ao pressentir quaseinstintivamente uma situação caótica, entra em

ansiedade difusa. Em seu próprio seiodeflagram-se lutas fraticidas, as preocupaçõesdo “ter” sufocam as preocupações humanistasdo “ser”, as sociedades ricas assumem conduta

de prepotência em face das sociedadescarentes;

O desenvolvimento do homem não se perfazcom o simples crescimento econômico. Éimprescindível uma conversão da mente, uma“nova sociedade”;


Cultura Economia e



Os aspectos sociais do desenvolvimento estão aclamar por maior atenção da parte dos

administradores; os aspectos culturaisafirmam-se como complemento (e não simplessuplemento) às necessidades básicas do serhumano;

É premente um novo modelo dedesenvolvimento que leve em conta acapacidade da natureza, já que é o meio-ambiente que provê os recursos aodesenvolvimento.

Cultura, Economia e

Ambientalismo



O que é Desenvolvimento?Desenvolvimento é um processo contínuo e

progressivo, gerado na comunidade e por elaassumido, que leva as populações a umcrescimento global e harmonizado de todos os

setores da sociedade, através do aproveitamento

dos seus diferentes valores e potencialidades, demodo a produzir e distribuir os bens e serviçosnecessários à satisfação das necessidades

individuais e coletivas do ser humano por meiode um aprimoramento técnico e cultural, e com

o menor impacto ambiental possível.



DESENVOLVIMENTOSUSTENTÁVEL Para o Desenvolvimento ser Sustentável ele deve

integrar a gestão ambiental responsável, odesenvolvimento econômico e o bem-estar de todas aspessoas – não apenas para hoje mas por incontáveis

gerações que virão.

A busca do Desenvolvimento Sustentável é a busca damelhoria da qualidade de vida de todos os cidadãos daTerra sem aumentar o uso dos recursos naturais além

da capacidade do ambiente fornecê-losindefinidamente. Isso requer um entendimento de que

a inação tem conseqüências e que nós devemosencontrar caminhos inovadores para mudar as

estruturas institucionais e influenciar ocomportamento individual.



Sistema Econômico SimplesMercado de Bens

e Serviços

Mercado de Fatores

de Produção

Pessoas Empresas

M.P.



Crítica ao Crescimento Econômico

Oferta = Demanda?Limitada Ilimitada

Crescimento

HumanoEconômico

Desenvolvimento

=

?



Crítica ao Crescimento Econômico[...] a maioria das sociedades, ricas ou pobres, olha o

crescimento como um remédio para os seus mais imediatose importantes problemas. No mundo rico, a expansão

econômica é considerada necessária para a oferta deemprego, a mobilidade social e o progresso tecnológico. Nomundo pobre, ela é vista como a única saída para libertar-se

da pobreza [...]. Até que novas saídas para os legítimos

problemas do mundo sejam encontradas, as pessoas agarrar-se-ão à idéia de que o crescimento econômico é a chave paraum futuro melhor e farão o que lhes for possível para

produzir mais crescimento.

Meadows et al. Beyond the limits, 1992.



O que é Cultura?Cultura é o conjunto acumulado de símbolos, idéias e produtos

materiais associados a um sistema social, seja ele umasociedade inteira ou uma família. Juntamente com ESTRUTURASOCIAL, POPULAÇÃO e ECOLOGIA, constitui um dos principais

elementos de todos os sistemas sociais e é conceitofundamental na definição da perspectiva sociológica.

JOHNSON: 1997 apud ÁVILA: 2003

Complexo de conhecimentos, crenças, arte, moral, lei, costumesou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homemcomo membro de uma sociedade.

TYLOR apud LARAIA: 2002



O que é Qualidade de Vida?Somatória de todos os fatores positivos, ou ao menos departe significativa dos mesmos, que determinado meio

reúne para a vida humana em conseqüência da interaçãoSociedade-Meio Ambiente, e que atinge a vida como fato

biológico, de modo a atender às suas necessidades somáticase psíquicas, assegurando índices adequados ao nível

qualitativo da vida que se leva e do meio que a envolve.Conceito que avalia as condições da existência do ser

humano em relação ao ambiente que o cerca. A qualidade devida representa algo mais que um nível de vida particular

mais elevado, pois pressupõe uma infra-estrutura socialpública capaz de atuar em benefício do bem comum emanter saudável o meio ambiente. Leva em consideração as

condições gerais de habitação, saúde, educação, cultura,lazer, alimentação, etc. da população como um todo.



O que é Solidariedade?

É um sentido moral que vincula o indivíduo à vida, aosinteresses e às responsabilidades dum grupo social, dumanação, ou da própria humanidade.

Relação de responsabilidade entre pessoas unidas porinteresses comuns, de maneira que cada elemento se sintana obrigação moral de apoiar o(s) outro(s).



O que é Cidadania?Conceito que envolve a relação entre direitos e deveres dosindivíduos diante do Estado; também abrange a garantia do

exercício dos direitos sociais e que o indivíduo não sejavisto como objeto pelo mercado.

“A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá àspessoas a possibilidade de participar ativamente da vida edo governo de seu povo. Quem não tem cidadania está

marginalizado ou excluído da vida social e da tomada dedecisões, ficando numa posição de inferioridade dentro de

um grupo social”.Dallari, 1998.



Educação Ambientale Mudança Cultural Rachel Carson em “Primavera Silenciosa”(1962)

alerta a comunidade internacional para asdesgraças ambientais que estavam ocorrendo;

Temática ambiental passa a fazer parte dasinquietações políticas internacionais;

Conferência das Nações Unidas sobre oAmbiente Humano, Estocolmo, 1972:necessidade de mudanças profundas no

modelo de desenvolvimento, nos hábitos ecomportamentos dos indivíduos e da sociedade.



Educação Ambientale Mudança Cultural

MudançaCultural

Educação

Educação

Ambiental



Definição de bases conceituais; EA vista como um processo de natureza

revolucionária/subversiva;

EA promovida por órgãos ambientais enão educacionais.

Educação Ambientale Mudança Cultural



Histórico da Educação Ambiental

“Evidências sobre o lugar do homem na natureza”,

Thomas Huxley, 1863; “O homem e a natureza: ou geografia física modificada

pela ação do homem”, George Perkin Marsh, 1864; Darwin, Bates, Warning visitam o Brasil; Ernst Haeckel cunha o vocábulo “ecologia” em 1869; Parque Yellowstone, EUA, 1875; Princesa Isabel libera corte de madeira para empresas

privadas; André Rebouças propõe criação dos parques nacionais

de Bananal e Sete Quedas, 1891; Reserva Florestal do Acre, 1891.




Ética da Terra, Aldo Leopoldo, 1949; “Lei do ar puro”, Inglaterra, 1956; Década de 60: modelo de desenvolvimento

econômico = poluição atmosférica, despejosindustriais, perda de cobertura vegetal, etc...

“Primavera Silenciosa”, Rachel Carson, 1962; Conferência em Educação, Univ. Keele, 1965,

surge o termo “educação ambiental”; Educação ambiental deveria se tornar uma

parte essencial da educação de todos oscidadãos e seria vista essencialmente comoconservação ou ecologia aplicada;




Clube de Roma, 1968, grupo de 30 especialistas com o

objetivo de promover a discussão da crise atual e futurada humanidade; “Os limites do crescimento”, 1972; Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente

Humano, Estocolmo, 1972; Programa Internacional de Educação Ambiental; Controvérsias entre países ricos e pobres; Criação da Secretaria Especial do Meio Ambiente –

SEMA, 1973; Educação ambiental muito pouco abordada;




Encontro Internacional sobre Educação Ambiental,

Belgrado, 1975; EA deveria ser contínua, multidisciplinar, integrada à

diferenças regionais e voltada para os interessesnacionais;

Carta de Belgrado expressava a necessidade do exercício

de uma nova ética global, que proporcionasse aerradicação da pobreza, da fome, do analfabetismo, dapoluição e da dominação e exploração humana;

No Brasil, tema não despertava interesse e não existiauma política educacional definida para o país;

Dissemina-se o “ecologismo”;




Primeira Conferência Intergovernamental sobreEducação Ambiental, UNESCO e PNUMA,

Tbilisi, 1977;

Definição de princípios, objetivos,

características, recomendações e estratégias; Desenvolvimento da EA deveria considerar

todos os aspectos da questão ambiental:políticos, sociais, econômicos, científicos,tecnológicos, culturais, ecológicos e éticos;



Histórico da Educação AmbientalFinalidade da EA: promover a compreensão da existência e da importância

da interdependência econômica, política, social eecológica da sociedade;

proporcionar a todas as pessoas a possibilidade deadquirir conhecimentos, o sentido dos valores, ointeresse ativo e as atitudes necessárias para proteger e

melhorar a qualidade ambiental; induzir novas formas de conduta nos indivíduos, nos

grupos sociais e na sociedade em seu conjunto,tornando-a apta a agir em busca de alternativas desoluções para os seus problemas ambientais, como

forma de elevação da sua qualidade de vida.




Política Nacional do Meio Ambiente, 1981, Lei

6.938; Congresso Internacional sobre Educação e

Formação Ambiental, UNESCO e PNUMA,Moscou, 1987: vexame brasileiro!!

Constituição brasileira, 1988, artigo 225, par.1,item VI: papel do poder público de promover aEA em todos os níveis de ensino econscientização pública para a preservação domeio ambiente;

Criação do IBAMA – Inst. Bras. do MeioAmbiente e Recursos Renováveis, 1989;




Projeto de Informações sobre Educação

Ambiental, MEC e IBAMA, 1991; Rio-92 – Conferência das Nações Unidas para o

Meio Ambiente e Desenvolvimento, Rio de Janeiro, 1992;

Grupo de Trabalho do MEC, 1993; Prática demagógica das autoridades traz

inoperância na política de EA; Conferência Internacional sobre Meio Ambiente

e Sociedade, UNESCO, Telassônica, 1998; Política Nacional de Educação Ambiental,

1999, Lei 9795.



Política/Educação Ambiental eGlobalização História do homem se acelerou nos últimos tempos;

Capacidade de suporte da terra e viabilidade biológicada espécie humana; Estresse ecossistêmico; Perda da diversidade cultural; Globalização: dimensão comunicacional-cultural; “Ter” vale bem mais do que “Ser”; Estados de frustração, estresse e violência: todos

contra todos!!

Novo paradigma do “Desenvolvimento Sustentável”;



Política/Educação Ambiental eGlobalização

EA: promover e estimular a aderênciadas pessoas e da sociedade e esse novoparadigma;

Reeducação da humanidade: educação

ou catástrofe! Novos papéis; Governabilidade Global; Complexidade sistêmica.



Quais são as relações entre as questõesque o movimento ecológico levanta e os

problemas sociais e políticos maisamplos da nossa época?

A luta contra a destruição da naturezapode ser separada da luta por uma

transformação radical da sociedade e dacultura?



Educação Ambiental e

Mudança Social



Sistemas sociais em transiçãosocietária para a sustentabilidade

Economia Direito

Ciência

Tecnologia

Política

Religião Educação



Dimensão ambiental na Educação

Dimensão educativa na criseambiental

X



Educação Ambiental

substantivo adjetivo



Educação Ambiental é fator

de Mudança Social?



Dupla Função da Educação

Função Moral: socialização humana

Função política: transformação social

l ã d d ã



Dupla Função da EducaçãoAmbiental

Função Moral: socialização humanaampliada à natureza

Função política: contextualização das

práticas sociais na interação com anatureza

Educação Ambiental

Mudança Cultural

Função Moral da Educação: Processo de

Mudança Social

Função Política da Educação: Instrumento



Função Moral da Educação: Processo de

socialização humana ampliada à natureza

Auto-restrição comportamental: ética

Plano Simbólico: Valores

Utopia: construção de futuro

Natureza como um bem em sicom valor intrínseco

Cultura como mediadora entreHumano e Natureza

Sociedade atomizada: primadodo indivíduo e homem genérico

Ética Ambiental

Dever moral de proteger a natureza

Mudar a visão de mundo

´”Eu não degrado o ambiente”

Função Política da Educação: Instrumentoideológico de reprodução social

Regras de convívio social: política

Plano Material: Interesses

Ideologia: vivência do presente

Natureza como mercadoria comvalor de uso e de troca

Trabalho como mediação entresociedade e natureza

Sociedade conflituosa: sujeitossociais específicos

Cidadania Plena ou Ecológica

Direito Legal de ter a natureza protegida

Mudar a ação no mundo

´”Nós não deixamos degradarem o ambiente”

MudançaAmbiental

C it d Ed ãbi l



Conceitos de EducaçãoAmbiental“Processo de aprendizagem longo e contínuo que procura aclarar conceitos e

fomentar valores éticos, de forma a desenvolver atitudes racionais,

responsáveis, solidárias entre os homens; e visa instrumentalizar osindivíduos, dotando-os de competência para agir consciente eresponsavelmente sobre o meio ambiente, através da interpretação correta dacomplexidade que encerra a temática ambiental e da inter-relação existente

entre essa temática e os fatores políticos, econômicos e sociais”.

Dalva Regina dos Prazeres Gonçalves, 1990.

“Processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva paraa questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem

adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica eestimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais. Desenvolve-

se num contexto de complexidade, procurando trabalhar não apenas amudança cultural, mas também a transformação social, assumindo a crise

ambiental como uma questão ética e política”.

Patrícia Mousinho, 2003.

C it d Ed ã



Conceitos de EducaçãoAmbiental

EAConhecimento,

compreensão,habilidadese motivação

Valores,Mentalidadese atitudes

Questões/problemas

ambientais

SoluçõesSustentáveis

desenvolver

para adquirir

necessários paralidar com

e encontrar

Fonte: Dias, Educação Ambiental, 1991

S t t bilid d



Sustentabilidade Século XX – objetivo de crescimento e

intensificação das atividades econômicas; Progresso técnico e evolução humana; Crescimento econômico e fim da pobreza; Década de 70: Críticas à infinidade de

recursos; Proposições procuravam analisar questões

ligadas ao desenvolvimento econômico, àpreservação do meio ambiente, à conservação

dos recursos naturais e ao aumento daqualidade de vida da população;

S t t bilid d



SustentabilidadeObjetivos de uma sociedade devem ser:sustentabilidade, equidade e eficiência

econômica (objetivos econômicos);manutenção da integridade e da capacidade

suporte de ecossistemas, bem como da

biodiversidade (objetivosambientais/ecológicos); e empowerment dapopulação, participação na tomada dedecisão, mobilidade e coesão social,

identidade cultural e desenvolvimentoinstitucional (objetivos sociais).

Campbell & Heck, 1997.

Princípios da Sustentabilidade



Princípios da Sustentabilidade1. Princípio elementar

Os seres humanos são o centro daspreocupações para um desenvolvimento

sustentável, tendo o direito a uma vida saudávele produtiva em harmonia com o meio ambiente

(ONU, 1997).




Princípios da Sustentabilidade2. Princípio da paz

Paz, desenvolvimento e proteção ambiental sãointerdependentes e indivisíveis. Por esse motivo,

os Estados devem buscar resolver suas

divergências sempre de forma pacífica, em nãosendo isso possível, quando em guerra, devemrespeitar as leis internacionais (ONU, 1997).




Princípios da Sustentabilidade3. Princípio de Soberania e Relações Internacionais

Os Estados têm total soberania para explorar os recursos dentro de seu território,

desde que com a responsabilidade de não causar prejuízos a países vizinhos. Nocaso de acidentes que possam ameaçar a população ou ambiente de outras

nações, devem alertá-los no menor tempo possível, oferecendo todas asinformações necessárias, para evitar maiores danos. Além disso, deve-se fazer

todo o esforço para evitar a transferência de atividades ou substâncias que

possam causar severos prejuízos ambientais ou sejam suspeitas de ofereceremperigo à saúde humana ou ambiental.

Os Estados possuem responsabilidades comuns, mas diferenciadas, naconservação e proteção do meio ambiente, sendo maior parcela desta assumida

pelos países industrializados. Nesse sentido, os países mais pobres eambientalmente mais vulneráveis devem receber maior atenção e apoio (ONU,

1997).





4. Princípio da Integração das Dimensões daSustentabilidade

As questões referentes à proteção ao meio ambiente e

desenvolvimento social devem integrar os processos deplanejamento e não podem ser consideradas de formaisolada (ALEMANHA, 1997; ONU, 1997).





5. Princípio do Uso dos Recursos Naturais

O uso de recursos naturais renováveis não deve ocorrer a umataxa superior à sua capacidade regenerativa; no caso de recursos

não-renováveis, a velocidade de extração deverá estar

condicionada ao prazo necessário para o desenvolvimento detecnologias substitutivas. Quanto à liberação de substâncias para

o ambiente, os fluxos não devem exceder a capacidadeadaptativas dos ecossistemas. Na busca de soluções tecnológicas,

quando possível deve-se escolher aquelas que consumam a menorquantidade de recursos (MEADOWS et al.,1992; ONU, 1996;ALEMANHA, 1997 e 1998).





6. Princípio da Solidariedade Intergeracional

As atividades desenvolvidas no presente,principalmente relacionadas ao consumo de recursos

naturais e uso da capacidade do meio ambiente dereceber rejeitos, devem levar em consideração osimpactos para as gerações futuras. Deve-se, ainda,

procurar realizar ações para corrigir os efeitos

negativos sobre o meio ambiente das atividadesrealizadas pelas gerações passadas (CMMAD, 1991;

ONU, 1996 e 1997; WARREN, 1997).





7. Princípio da Geração de Renda

Quando houver um contexto de alto desemprego, osgovernos devem promover métodos e investimentos

intensivos em mão de obra, se forem economicamenteeficientes (ONU, 1996).




Princípios da Sustentabilidade8. Princípio da Cooperação e Participação

Os problemas relacionados à sustentabilidade dizem respeito a todos, devendo serresolvidos através de igualdade, solidariedade, companheirismo, dignidade

humana e respeito. As soluções não devem ser encontradas por meio de umaimposição do Estado sobre indústria e sociedade. Ao contrário, o processo deve

ocorrer de forma participativa, havendo cooperação, divisão de trabalho e

consenso. Para que isso ocorra, é necessária uma ampla conscientização dapopulação e acesso desta à informação.

A cooperação entre governos, em qualquer esfera, é considerada benéfica enecessária, sendo assim, deve-se sempre levar em conta a formação de consórcios

na busca de soluções para problemas comuns. Além disso, considera-se que o

Estado deva atuar como exemplo em suas atividades, sempre desenvolvendocondutas que favoreçam uma maior sustentabilidade (ONU, 1996 e 1997;

ALEMANHA, 1997; SILVA, 2000).





9. Princípio da Contextualização Local

Durante a elaboração de suas legislações, os Estadosdevem atentar para os padrões objetivos e prioridades

gerenciais adotados, de forma que estes reflitam ocontexto ambiental e de desenvolvimento no qual selocalizam. Padrões usados por alguns países podemser inapropriados e representar custos econômicos e

sociais desnecessários para outros países,especialmente para aqueles em desenvolvimento (ONU,

1996).





10. Princípio da Avaliação de Impactos Sociais e

Ambientais

A avaliação do impacto ambiental, como um

instrumento, deve ser realizada para atividadespropostas que possuam impactos significativamenteadversos sobre o meio ambiente e sejam submetidas àdecisão de autoridades competentes nacionais. (ONU,

1996 e 1997).





11. Princípio Precautório

Onde houver possibilidade, mesmo que remota, deprejuízos sérios ou irreversíveis à saúde dos seres

humanos ou do meio ambiente, a ausência de certezacientífica não deve ser usada como uma razão paraadiar medidas preventivas. Esse princípio aplica-se,

inclusive, no caso em que os impactos não estão

claramente definidos (CNUMAD, 1996; ONU, 1996 e1997; ALEMANHA, 1997; BURTON, 1998).





12. Princípio Preventivo

Os riscos e danos ambientais devem ser evitados omáximo possível desde o início, devendo ser estudados

e avaliados previamente, de forma a orientar a escolhada solução adotada (CNUMAD, 1996; ONU, 1996;BURTON, 1998).





13. Princípio Compensatório

Devem estar previstas na legislação compensações avítimas de poluição e outros danos ambientais (ONU,

1997).





14. Princípio do Poluidor Pagador

Os custos da remediação ambiental e das medidascompensatórias devem ser arcados pelas partes

responsáveis, além de pagarem pelos custosnecessários para prevenir tais prejuízos. Dessa forma,espera-se alocar responsabilidades. O principal

objetivo deste princípio é internalizar os custos sociais

e ambientais que, de outra forma, seriam pagos pelasociedade (CNUMAD, 1996; ONU, 1996 e 1997;

ALEMANHA, 1997; BURTON, 1998).

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Aula 1 - Sociedade e Meio Ambiente