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www.euvoupassar.com.br www.epicocursos.com Prof. Fernando Gama 26 AULA 10 – ORÇAMENTO PÚBLICO 3.2.5 – Outras Classificações Formação do Código do Programa de Trabalho completo; De acordo com a estrutura utilizada pelo Governo Federal, elaborada com base no Sistema Integrado de Dados Orçamentários – SIDORF, além das classificações estudadas até o momento, incorporam outras a fim de gerenciar em rede o processamento das informações do ciclo orçamentário adotado pela União. 99.99.999.99.999.XXXX.9999.9999.9999.999.9.9999.9 Esfera Orçamentária Órgão UO Função Subfunção Programa Ação Subtítulo Idoc Fonte Iduso Natureza Id. Resultado Primário A seguir comentaremos os itens classificatórios da estrutura acima ainda não abordados até o momento.

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AULA 10 – ORÇAMENTO PÚBLICO

3.2.5 – Outras Classificações

Formação do Código do Programa de Trabalho completo;

De acordo com a estrutura utilizada pelo Governo Federal, elaborada com base

no Sistema Integrado de Dados Orçamentários – SIDORF, além das classificações

estudadas até o momento, incorporam outras a fim de gerenciar em rede o

processamento das informações do ciclo orçamentário adotado pela União.

99.99.999.99.999.XXXX.9999.9999.9999.999.9.9999.9

Esfera Orçamentária

Órgão

UO

Função

Subfunção

Programa

Ação

Subtítulo

Idoc

Fonte

Iduso

Natureza

Id. Resultado Primário

A seguir comentaremos os itens classificatórios da estrutura acima ainda não

abordados até o momento.

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Esfera Orçamentária: A esfera orçamentária tem por finalidade identificar cada tipo

de orçamento, definido no artigo 165 da Constituição Federal, este campo no SIDOR é

composto de dois dígitos: XX e será associado a ação orçamentária da seguinte maneira:

10 – Orçamento Fiscal;

20 – Orçamento da Seguridade Social;

30 – Orçamento de Investimento.

Identificador de uso - Iduso: o identificador de uso tem a finalidade de completar a

informação concernente à aplicação dos recurso e destina-se a indicar se os recursos

compõem contrapartida nacional de empréstimos ou de doações ou a outras aplicações,

constando da lei orçamentária e de seus créditos adicionais pelos seguintes dígitos, que

antecederão o código das fontes de recursos.

0 – Recursos não destinados a contrapartida;

1 – Contrapartida – BIRD;

2 – Contrapartida – BID;

3 – Outras Contrapartidas.

Identificador de Operações de crédito – Idoc: O Idoc identifica a operação de crédito

contratual a que se refere a ação, quando financiada mediante empréstimos de recursos

com ou sem contrapartida de recursos da união. O número do Idoc também será usado

nas ações de pagamento de amortização, juros e encargos contratuais para identificar a

operação de crédito a que se referem os pagamentos.

Os gastos serão programados com o identificador de uso igual a 1, 2 ou 3, e o

Idoc, com o número da respectiva operação de crédito. Quando os recursos não forem

de contrapartida nem de operações de crédito, o Idoc será 9999.

Identificador de Resultado Primário: tem como finalidade auxiliar a apuração do

resultado primário constante da LDO, devendo constar no projeto de LOA e na

respectiva lei em todos os grupos de natureza de despesa, identificando, de acordo com

a metodologia das necessidades de financiamento, cujo demonstrativo constará em

anexo à LOA, as despesas de natureza:

0 – financeira;

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1- primária obrigatória, ou seja, aquelas que constituem obrigações

constitucionais obrigatórias ou legais da União e constem da seção I do Anexo IV da

LDO;

2 – primária discricionária, consideradas aquelas não incluídas no anexo

específico citado no item anterior;

3 – Outras Despesas Constantes do orçamento de investimento que não

impactam o resultado primário.

4 - ESTÁGIOS DA DESPESA

Apesar de haver certa divergência quanto aos estágios da despesa, a doutrina

majoritária entende que a legislação prevê quatro estágios da despesa: fixação,

empenho, liquidação e pagamento. Sendo estágios da execução: empenho, liquidação e

pagamento.

Fixação

Estágios Empenho

Execução Liquidação

Pagamento

4.1 - Fixação

É o valor total da despesa prevista na LOA e deve, em atendimento ao princípio

do equilíbrio, ser igual à receita. Esse estágio da despesa é registrado na contabilidade

por meio do documento denominado “nota de dotação – ND”, automaticamente pelo

SIAF.

A fixação não é um estágio da execução da despesa, somente após a aprovação e

publicação da LOA com seu conseqüente registro no SIAF é que se pode dar início a

execução (empenho, liquidação e pagamento).

4.2 – Empenho

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O empenho é ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado

obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição (art. 58 da Lei

4320/64).

O empenho é o primeiro estágio da execução da despesa, esse primeiro estágio é

realizado no SIAF utilizando o documento “Nota de Empenho – NE”, que registra o

comprometimento da despesa orçamentária. Na NE constará o nome do credor, a

especificação e importância da despesa, bem como os demais dados necessários ao

controle da execução e da programação financeira.

O artigo 59, § 3º, da lei 4320/64, veda aos municípios a assunção de

compromissos financeiros para execução depois do término do mandato do prefeito.

O empenho deve ser prévio, ou seja, antecede a realização da despesa e está

restrito aos créditos orçamentários, consignados na LOA ou em créditos adicionais.

A obrigatoriedade do empenho prévio é assunto que causa bastante confusão,

isto porque a lei 4320/64 prevê que é vedada a realização de despesa sem prévio

empenho, e em outra parte dispensa a emissão da nota de empenho, em casos especiais.

Para tentar clarear as coisas precisamos distinguir o “empenho” da “nota de

empenho”. Na verdade o empenho é a apenas a autorização da autoridade competente,

por meio de uma assinatura, ordenando em nome do Estado, a assunção de uma

obrigação.

A nota de empenho é um documento, que na União, se encontra no Sistema

Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAF, que será impresso

após o empenho da despesa.

Resumindo, a nota de empenho é a materialização do empenho. No caso do

empenho é terminantemente vedada à sua dispensa, no caso da nota de empenho existe

previsão legal de dispensa de sua emissão em casos especiais como:

� Despesas relativas a pessoal e encargos;

� Contribuição para o PASEP;

FIQUE LIGADO! Não pode haver, em hipótese alguma, despesa sem prévio empenho.

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� Amortização, juros e serviços de empréstimos e financiamentos obtidos;

� Despesas relativas a consumo de água, energia elétrica, utilização de

serviços de telefone, postais e telégrafos e outros que vierem a ser

definidos por atos normativos próprios;

� Despesas provenientes de transferências por força de mandamento das

Constituições: Federal; Estaduais e de Lei Orgânicas de Municípios, e da

execução de convênios, acordos e ajustes, entre entidades de direito

privado das quais façam parte como acionista.

Modalidade de Empenho: O empenho possui três modalidades: Ordinário, Estimativo

e Global5.

Empenho Ordinário: para atender despesas cujo montante é previamente conhecido e

cujo pagamento ocorrerá de uma só vez. É a modalidade de empenho mais utilizada.

Empenho Estimativo: é utilizado para atender despesas cujo montante não se possa

determinar e que possua base periódica não homogênea. Exemplo: serviço de água,

energia elétrica e telefone; gratificações, diárias, etc.

Empenho Global: para atender despesas com montante previamente conhecido, tais

como as contratuais, mas que terão o pagamento parcelado. Exemplo: aluguéis, salários,

proventos, contrato de prestação de serviços por terceiros, etc.

4.3 – Liquidação

Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os

títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito (art. 63, da Lei 4320/64).

Essa verificação tem por fim apurar:

5 O artigo 60, da lei 4320/64, estabelece as modalidades de empenho.

ATENÇÃO! Será feito por estimativa o empenho cujo montante não se possa determinar, e é permitido o empenho global: de despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamento.

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� A origem e o objeto do que se deve pagar;

� A importância exata a pagar;

� A quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação.

A liquidação é o segundo estágio da execução da despesa e se caracteriza pela

entrega da obra, bens, materiais ou serviços, objeto do contrato com o fornecedor, essa

liquidação é realizada formalmente no SIAF, através da Nota de Lançamento – NL.

O termo liquidação, na área pública, é para representar as atividades de

preparação de uma despesa para pagamento.

4.4 – Pagamentos

Segundo a lei de finanças6, o pagamento da despesa somente será efetuado após

regularmente ordenado e liquidado.

O pagamento é a efetiva saída de numerários da conta única do tesouro nacional

em favor do credor. A ordem de pagamento só poderá ser exarada em documento

processado pela contabilidade7.

O pagamento é o terceiro e último estágio da execução da despesa orçamentária,

caracterizando-se pela emissão, em favor do credor, de ordem de pagamento.

Os estágios da despesa devem ser rigorosamente seguidos, não se permitindo

inverter qualquer estágio. Assim a despesa deverá ser fixada e autorizada na LOA,

empenhada, liquidada e paga.

5 - Suprimentos de Fundos 6 Artigo 62, da Lei 4320/64. 7 Parágrafo único, do artigo 64, da Lei 4320/64.

Não confunda “ordem de pagamento” com “ordem bancária”. A ordem de pagamento é despacho exarado pela autoridade competente, determinando que a despesa seja paga, e ordem bancária é o documento emitido através do SIAF, que transfere o recurso financeiro para a conta do credor.

ATENÇÃO! A Secretaria do Tesouro Nacional – STN considera, durante o exercício financeiro, a despesa pela sua liquidação, entretanto para fins de encerramento do exercício financeiro, toda a despesa empenhada e não anulada até 31 de dezembro, será considerada despesa nas demonstrações contábeis.

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5.1 - Conceito

Os suprimentos de fundos, também conhecidos como adiantamentos, são

utilizados para pagamento de despesas, em determinadas situações excepcionais, que

não podem aguardar o processo normal de realização.

Assim, em conformidade com o artigo 45, do decreto 93872/93, a concessão de

suprimento de fundo caracteriza-se pela excepcionalidade já que, em regra, toda a

despesa deve passar pelo processo normal, licitação, empenho, liquidação e pagamento.

O suprimento de fundo consiste na entrega de numerários a servidor pelo

ordenador de despesa para a realização de despesa, mediante empenho em dotação

própria8.

5.2 - Concessão

Em conformidade com o artigo 45 do decreto 93872/86, podem ser realizadas por

meio de suprimentos de fundos as despesas:

� para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais,

que exijam pronto pagamento em espécie;

� quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em

regulamento; e

� para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em

cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da

Fazenda.

Atualmente os valores máximos permitidos, nas concessões totais de suprimento de

fundos de pequeno vulto, são: 5% dos limites de compras e serviços (80.000,00) e 5%

8 Artigo 68 da lei 4320/64 e artigo 45 do decreto 93872/86.

ATENÇÃO! Não existe despesa sem prévio empenho, mesmo no caso do adiantamento, a despesa deve ser empenhada.

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dos limites de execução de obra (150.000,00) previstos na modalidade convite9, assim

os valores seriam respectivamente 4.000,00 e 7.500,00.

Além do limites totais de suprimentos de fundos de pequeno vulto, também deve

ser obedecido um limite individual por item de gasto constante do documento fiscal,

assim não basta que as despesas totais de pequeno vulto respeitem os limites de

4.000,00 e 7.500,00, é preciso também que cada item de gasto não ultrapasse os limites

individuais de 0,25% dos limites de compras e serviços (80.000,00) e 0,25% dos limites

de execução de obra (150.000,00) previstos na modalidade convite10, assim os valores

máximos por itens seriam respectivamente 200,00 e 375,00.

5.3 - Vedações

Não poderá ser concedido suprimento de fundos ao servidor que se encontre numa

das seguintes situações:

� responsável por dois suprimentos;

� servidor que tenha a seu cargo a guarda ou utilização do material a adquirir,

salvo quando não houver na repartição outro servidor;

� que seja responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha

prestado contas de sua aplicação;

� servidor declarado em alcance ou que esteja respondendo a inquérito

administrativo;

Considera-se servidor em alcance aquele que não prestou contas do suprimento, no

prazo regulamentar, ou que não teve aprovadas as contas em virtude de desvio,

desfalque ou má aplicação verificados na prestação de contas de dinheiro, bens ou

valores confiados à sua guarda.

5.4 - Comprovação

9 Os limites para as modalidades de licitação, inclusive a modalidade convite, são definidos no artigo 23, da lei 8666/93. 10 Os limites para as modalidades de licitação, inclusive a modalidade convite, são definidos no artigo 23, da lei 8666/93.

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Após o período de aplicação, normalmente de 60 (sessenta) dias, o servidor terá

o prazo de 30 (trinta) dias para prestar contas do suprimento recebido, o suprido é

obrigado a prestar contas do recurso aplicado através de adiantamento, inclusive

comprovar o recolhimento do saldo não utilizado, se for o caso.

Os documentos para comprovação das despesas efetuadas serão extraídos em

nome da repartição onde o suprido esteja em exercício, exigindo-se documento fiscal

sempre a operação esteja sujeita a tributação.

Caso o suprido não preste contas no prazo legal estabelecido, sem justificativa,

será instaurada a tomada de contas especial, para apuração da responsabilidade,

quantificação do dano e imposição de penalidades, se cabíveis, sem prejuízo das

providências administrativas necessárias.

É obrigação dos detentores de suprimentos de fundos fornecer informação

precisa dos saldos em seu poder em 31 de dezembro, para que seja feita a devida

contabilização e reinscrição da responsabilidade pela aplicação em data posterior.11

5.5 - Contabilização

Os gastos com suprimentos de fundos serão contabilizados e incluídos nas

contas do ordenador como despesa realizada.

As restituições, por falta de aplicação total ou parcial, ou aplicação indevida,

constituirão anulação de despesa, se recolhida no mesmo exercício, ou receita

orçamentária, se recolhida após o encerramento do exercício.

6 - Dívida Passiva

11 Parágrafo único, do artigo 46 do decreto 93872/93.

ATENÇÃO! De acordo com o decreto 93872/92, a importância aplicada até 31 de dezembro será comprovada até 15 de janeiro seguinte.

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Dívida passiva é toda e qualquer obrigação da unidade sejam elas de curto ou

longo prazo. Compõem a dívida passiva: a divida flutuante e divida fundada ou

consolidada.

6.1 - Dívida Flutuante

A dívida flutuante é a dívida de curto prazo - até 12 meses - e compreende os

compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de autorização orçamentária.

Segundo o § 1º, do art. 115, do Decreto 93872/86, a dívida flutuante é composta dos

compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de autorização legislativa,

compreendendo:

� os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;

� os serviços da dívida;

� os depósitos, inclusive consignações em folha;

� as operações de crédito por antecipação da receita orçamentária;

� o papel moeda ou moeda fiduciária.

ATENÇÃO! A inclusão do papel moeda ou moeda fiduciária é inovação do decreto

93872/86, já que a Lei 4320/6412 não a incluía na dívida flutuante.

A seguir vamos dar uma rápida estudada em cada um dos elementos que

compõem a dívida flutuante:

12 Artigo 92, da lei 4320/64.

ATENÇÃO! O § 1º, do art. 115, do Decreto 93872/86 é muito cobrado em concursos públicos.

IMPORTANTE! A dívida flutuante compõe o passivo financeiro do balanço patrimonial.

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6.1.1 - Restos A Pagar

6.1.1.1 - Conceito

Os restos a pagar ou resíduos passivos são despesas empenhadas, liquidadas ou

não, mas ainda não pagas na data do encerramento do exercício financeiro – 31/12.

De acordo com o art. 36, da Lei 4320/64, “consideram-se Restos a Pagar as

despesas empenhadas e não pagas até 31 de dezembro, distinguindo-se as despesas

processadas das não processadas”.

6.1.1.2 - Classificação

Os restos a pagar podem ser classificados em processados e não processados. Os

RP processados são os referentes às despesas já liquidadas, em que o credor já cumpriu

suas obrigações por meio da entrega do bem, prestação de serviço ou execução da obra,

e tem, portanto, direito líquido e certo, faltando apenas o pagamento.

Os RP não processados são as despesas não liquidadas, ou seja, aquelas que

dependem ainda que o credor preste o serviço, entregue o bem ou execute a obra, assim

o direito do credor não foi apurado, constituindo despesas ainda não líquidas.

6.1.1.3 - Inscrição e Pagamento de RP

Segundo o decreto 93872/86, em regra, as despesas liquidadas serão inscritas em

restos a pagar processados no final do exercício, já as despesas empenhadas e não

liquidadas serão consideradas anuladas para todos os fins, exceto quando:

� Ainda vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor;

� Vencido o prazo para cumprimento da obrigação, esteja em curso a liquidação

da despesa, ou seja do interesse da administração exigir o cumprimento da

obrigação assumida pelo credor;

ATENÇÃO! Os restos a pagar ou resíduos passivos são classificados no passivo financeiro do balanço patrimonial e integram a dívida flutuante.

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� Se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas, e

corresponder a compromisso assumido no exterior.

Assim, no governo federal os empenhos não anulados, inclusive os já liquidados,

serão automaticamente inscritos em restos a pagar no final do exercício, pelo valor

devido ou estimado.

Em se tratando de pagamento de despesa inscrita em restos a pagar pelo valor

estimado, poderão ocorrer duas situações:

� O valor real a ser pago é superior ao valor inscrito: nessa situação, a diferença

deverá ser empenhada à conta de “despesas de exercícios anteriores”, de acordo

com a categoria econômica; e

� O valor real a ser pago é inferior ao valor inscrito, o saldo existente deverá ser

cancelado.

Resumindo, a inscrição de RP será feita no encerramento do exercício financeiro

de emissão da Nota de Empenho, tendo validade até 31/12 do ano subseqüente. Os

restos a pagar não pagos até esta data deverão ser cancelados, no SIAF esse

cancelamento é automático. Após o cancelamento essas despesas não poderão mais

ATENÇÃO! Na estrutura do balanço financeiro, as inscrições dos restos a pagar são classificadas como receitas extra-orçamentárias (contrapartida da despesa). Durante o exercício financeiro o pagamento dos restos a pagar são classificados no balanço financeiro no lado das despesas extra-orçamentárias

RELEMBRANDO! De acordo com a LRF é vedada a inscrição de restos a pagar nos dois últimos quadrimestres do mandato eletivo, bem como contrair despesas que não possam ser cumpridas integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa.

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figurar no balanço patrimonial, pois isto caracterizaria reinscrição de empenhos em

restos a pagar, o que é vedado.

Apesar do cancelamento dos restos a pagar, continua assegurado ao fornecedor o

direito a receber pelo prazo de cinco anos a contar da data inscrição. Caso após o

cancelamento dos restos a pagar o credor reclame o seu direito, será emitida nova nota

de empenho, no exercício de reconhecimento, à conta de “despesas de exercícios

anteriores”.

Em relação ao cancelamento de restos a pagar o artigo 68 do decreto 93872/86

não é específico, conforme se observa abaixo, não explicando a qual restos a pagar

(processado ou não processado) se aplicam:

“Art. 68 – A inscrição de despesas como Restos a Pagar será

automática, no encerramento do exercício financeiro de

emissão da Nota de Empenho, desde que satisfaça às

condições estabelecidas neste Decreto, e terá validade até 31

de dezembro do ano subseqüente”.

“Art. 69 – Após o cancelamento da inscrição da despesa

como Restos a Pagar, o pagamento que vier a ser reclamado

poderá ser atendido à conta de dotação destinada a despesas

de exercícios anteriores”.

Apesar disso, para a contabilidade, somente os valores de restos a pagar não

processados que não tenham sido liquidados até o final do exercício seguinte ao da

inscrição, deverão ser cancelados, isto porque com a liquidação a dívida passa a ser

líquida e certa perante o credor, inclusive a STN já expôs esse posicionamento em

normas técnicas13.

13 Nota Técnica nº 622/2004 – GENOC/CCONT/STN e Nota Técnica nº 151/2006/GEINC/CCONT-STN

IMPORTANTE! É vedado a reinscrição de restos a pagar.

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Os restos a pagar são controlados em contas do ativo e passivo compensados no

plano de contas único da União.

O pagamento de despesas inscritas em restos a pagar será automático, tal como

ocorre com o pagamento de quaisquer despesas pública, sendo apenas necessário

observar as formalidades legais como empenho e liquidação, independentemente do

requerimento do credor.

6.1.2 - Serviço Da Dívida

Os serviços da dívida compreendem as parcelas referentes à amortização do

principal, correção monetária, juros e outros encargos incidentes sobre a dívida pública

fundada ou consolidada consistindo, na verdade, em conversão de parcela da dívida

fundada, que já está pronta para pagamento, em dívida flutuante.

Explicando melhor! Durante o exercício as despesas referentes à dívida

consolidada (amortização do principal e dos juros) são empenhados, liquidados e pagos,

porém no final do exercício pode ocorrer da despesa ser empenhada, liquidada, porém

não paga, neste caso surge o passivo denominado “serviço da dívida”, assim os serviços

da dívida são oriundos da dívida consolidada, consistindo na transferência desta para a

dívida flutuante.

6.1.3 - Depósitos

Os depósitos consistem em cauções e garantias de terceiros, em virtude de

execução de contratos; consignações a pagar, retenções de obrigações a recolher e

outros depósitos com finalidades especiais.

ATENÇÃO! O órgão competente para exercer o controle e disciplinar o tratamento de restos a pagar em nível federal é a Secretaria do Tesouro Nacional – STN.

IMPORTANTE! Os serviços da dívida são considerados também como restos a pagar.

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6.1.4 - Débitos De Tesouraria

Os débitos de tesouraria compreendem as dívidas de natureza extra-

orçamentárias, realizadas para atender insuficiência de caixa ou de tesouraria, durante

os exercícios financeiros, provenientes da realização de operações de crédito por

antecipação da receita – ARO.

As operações de crédito por antecipação da receita orçamentária – ARO fazem

parte da dívida e está regulamentada no artigo 38 da Lei de Responsabilidade Fiscal –

LRF. (ver capítulo 05 – LRF).

6.2- Dívida Fundada

A dívida fundada compreende todos os compromissos com exigibilidade

superior a 12 meses, contraídos para atender desequilíbrios orçamentários ou ao

financiamento de obras ou serviços. Sempre é necessária a autorização legislativa para a

sua realização e resgate.

A dívida fundada é desdobrada no balanço patrimonial em interna em títulos ou

em contratos; e externa em títulos ou em contratos.

Serão incluídas na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de

títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil.

LEMBRETE! As receitas de operações de crédito geram a dívida fundada.

ATENÇÃO! Também integram a dívida pública consolidada, por força da LRF, as operações de crédito de prazo inferior a 12 meses cujas receitas tenham constado da Lei Orçamentária Anual – LOA.

IMPORTANTE! A dívida flutuante integra o passivo financeiro do balanço patrimonial e a dívida fundada integra o passivo permanente do balanço patrimonial.

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7 - Despesas De Exercícios Anteriores

7.1 - Conceito

Despesas de exercícios anteriores são as dívidas resultantes de compromissos

gerados em exercícios anteriores aqueles em que ocorreram os pagamentos, para as

quais não existe empenho inscrito em restos a pagar porque a despesa não foi

empenhada ou o empenho foi cancelado.

7.2 - Ocorrência

Em conformidade com o art. 22, do Decreto 93872/86, poderão ser pagas como

despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria própria:

� as despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo

consignava crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se

tenham processado na época própria; assim entendidas aquelas cujo empenho

tenha sido considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício

correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido

sua obrigação;

� os restos a pagar com prescrição interrompida; assim considerada a despesa cuja

inscrição como restos a pagar tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito

do credor; e

� os compromissos decorrentes de obrigação de pagamento criada em virtude de

lei e reconhecidas após o encerramento do exercício.

7.3 - Formalização do processo

São elementos próprios e imprescindíveis à instrução do processo relativo as

despesas de exercícios anteriores, para fins de autorização de pagamento:

� nome do credor, CNPJ/CPF e endereço;

ATENÇÃO! O pagamento de despesas de exercícios anteriores ocorre à custa do orçamento vigente, portanto, são despesas orçamentárias.

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� importância a pagar;

� data do vencimento do compromisso;

� causa da inobservância do empenho prévio da despesa;

� indicação do nome do ordenador da despesa à época do fato gerador do

compromisso; e

� reconhecimento expresso do atual ordenador de despesa.

7.4 - Validade e Prescrição

As dívidas de exercícios anteriores, que dependem de requerimento do

favorecido, prescrevem em 05 (cinco) anos, contados a partir da data do ato ou fato que

tiver dado origem ao respectivo crédito.

O início do período da dívida corresponde à data constante do fato gerador do

direito, não sendo considerado, para fins de prescrição qüinqüenal, o tempo de

tramitação burocrática e o de providências administrativas a que estiver sujeito o

processo. Lembrando que os restos a pagar referentes ao FGTS e ao INSS tem

prescrição diferenciada do geral.

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43

QUESTÕES

No que se refere às classificações da despesa e da receita atualmente utilizadas na Lei

Orçamentária Federal, julgue os itens que se seguem.

CESPE/CARGO 6/IPEA/2008 – 01 Consoante a classificação funcional, se a União

promover o saneamento básico em determinado município, tal dotação será classificada como

da função saúde.

CESPE/CARGO 6/IPEA/2008 – 02 Na classificação institucional há órgãos setoriais e

unidades orçamentárias que não correspondem aos órgãos e entidades que compõem a

administração pública. Essas unidades orçamentárias, todavia, são um conjunto de dotações

que são administradas por órgãos do governo que também têm suas próprias dotações.

Como função de um setor público, deve-se entender o maior nível de

agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor. Cada

programa deverá dar solução a um problema ou atender a uma demanda da

sociedade, mediante um conjunto articulado de projetos, atividades e de outras

ações que assegurem a consecução dos objetivos. Sobre as características

que cercam as atividades, julgue o item abaixo.

CESPE/ACE/TCU/2007 – 03 Trata-se de um instrumento de programação para alcançar o

objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo

contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de

governo.

Como parte do orçamento, a despesa compreende as autorizações para gastos com as

várias atribuições e funções governamentais, tendo a sua classificação complementada

pela informação gerencial denominada de modalidade de aplicação. Com relação a

modalidade de aplicação, julgue o item a seguir.

CESPE/ACE/TCU/2007 – 04 A modalidade de aplicação tem por finalidade identificar os

objetos de gasto de que a administração pública se serve para a consecução dos seus fins.

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44

Julgue os próximos itens, acerca do suprimento de fundos e das despesas de

exercícios anteriores.

CESPE/CARGO 5/ME/2008 – 05 Não constitui restrição para a concessão de suprimento

de fundos, quando estes são destinados a cobrir despesas de caráter sigiloso, o fato de o

servidor ser responsável por dois suprimentos.

CESPE/CARGO 5/ME/2008 – 06 Uma interferência passiva extra-orçamentária, isto é,

uma insubsistência ativa, pode ser representada, para o órgão central de programação

financeira, pela realização de uma transferência financeira deste órgão central para o órgão

setorial, referente aos recursos de restos a pagar.

Segundo o Manual Técnico do Orçamento ed. 2009, o programa de trabalho,

que define qualitativamente a programação orçamentária, deve responder, de

maneira clara e objetiva, as perguntas clássicas que caracterizam o ato de

orçar. Acerca da classificação orçamentária, julgue os itens subseqüentes.

CESPE/CARGO B20/MCT/2008 – 07 Dentro da classificação da despesa por sua

natureza, o efeito econômico de sua realização poderá ser aferido pela modalidade de

aplicação utilizada.

CESPE/CARGO B20/MCT/2008 – 08 A esfera orçamentária tem por finalidade identificar

se o orçamento é federal, estadual ou municipal.

CESPE/CARGO B20/MCT/2008 – 09 A classificação funcional busca responder,

basicamente, à indagação em que área de ação governamental a despesa será realizada,

sendo que a função encargos especiais engloba as despesas às quais não se pode associar

um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente.

CESPE/CARGO B20/MCT/2008 – 10 Dentro da classificação funcional, a subfunção

Desenvolvimento Científico somente pode ser combinada com a função Ciência e Tecnologia,

pois as subfunções devem estar sempre conectadas às funções que representam sua área

específica.

CESPE/CARGO B20/MCT/2008 – 11 O Programa Gestão da Política da Ciência,

Tecnologia e Inovação (PPA 2008-2011), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), é

classificado como programa de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais.

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45

A despesa pública representa todo dispêndio de recursos financeiros do Estado

ou de outra pessoa de direito público para o funcionamento dos serviços

públicos. Com relação aos estágios

da despesa pública, julgue os itens subseqüentes.

CESPE/ESP. EM GESTÃO PÚBLICA/PREF.VV/2008_Curso De Formação – 12 O

empenho pode ser ordinário, estimativo e global.

CESPE/ESP. EM GESTÃO PÚBLICA/PREF.VV/2008_Curso De Formação – 13 A

liquidação consiste no despacho exarado pela autoridade pública competente determinando

que a despesa seja paga.

CESPE/ESP. EM GESTÃO PÚBLICA/PREF.VV/2008_Curso De Formação – 14 É

vedada a realização da despesa sem prévio empenho.

A subfunção agrega determinado subconjunto da despesa do setor público.

Acerca da relação entre função e subfunção, julgue o seguinte item.

CESPE/ESP. EM GESTÃO PÚBLICA/PREF.VV/2008_Curso De Formação – 15

As subfunções não poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam

vinculadas.

A despesa pública representa a aplicação dos recursos dos contribuintes na manutenção das

atividades do Estado. A respeito desse assunto, julgue os itens seguintes.

CESPE/ANALISTA ADM/ANATEL/2006_Curso de Formação – 16 O empenho

emana de autoridade competente e cria, para o Estado, a obrigação de seu pagamento. O

empenho reserva parcela da despesa destinada a uma atividade específica.

O valor do empenho, na maioria dos casos, supera o valor da dotação.

CESPE/ANALISTA ADM/ANATEL/2006_Curso de Formação – 17 O pagamento de

despesas poderá existir sem a apresentação de documentos processados pela contabilidade.

Nesse caso, a autoridade competente apresentará, ao ordennador de despesas,

posteriormente, sua justificativa e autorização da unidade gestora para tal atitude.

CESPE/ANALISTA ADM/ANATEL/2006_Curso de Formação – 18 Os restos a

pagar processados correspondem a despesas que dependem da prestação do serviço ou da

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46

entrega do bem. Geralmente são liquidadas e pagas no período subseqüente ao de seu fato

gerador.

CESPE/ANALISTA ADM/ANATEL/2006_Curso de Formação – 19 A liquidação da

despesa apura a origem e o objeto que se deve pagar, a importância exata a pagar e identifica

a pessoa, física ou jurídica, que receberá o recurso público. Um dos critérios para autorizar a

liquidação da despesa, no caso de serviços prestados, é o comprovante da prestação do

serviço contratado anteriormente.

QUESTÃO 25

CESPE/CONTABEIS/SEAD_UEPA/2007 – 20 Define-se despesa pública como o

conjunto de dispêndios da entidade governamental para o funcionamento dos serviços

públicos, compreendendo as despesas, as autorizações para gastos com as várias

atribuições e funções governamentais.

Acerca do primeiro estágio da despesa, empenho, julgue os itens que se seguem.

I O empenho é prévio, ou seja, precede a realização da despesa e está restrito ao limite de

crédito orçamentário.

II Para cada empenho será extraído um documento denominado nota de empenho, que

indicará o nome do credor, a especificação e a importância da despesa.

III De acordo com a natureza e finalidade, o empenho da despesa pode ser classificado em

empenho ordinário, empenho estimativo ou por estimativa e empenho global.

IV Como regra geral, é vedada a realização da despesa sem prévio empenho.

A quantidade de itens certos é igual a

A 1.

B 2.

C 3.

D 4.

Julgue os itens a seguir, que versam sobre despesa pública.

CESPE/AUDITOR/TCE_PE/2004 – 21 Por meio da nota de empenho, a

administração pública formaliza uma obrigação pecuniária condicionada.

CESPE/AUDITOR/TCE_PE/2004 – 22 Se uma despesa é sujeita a parcelamento, o

executor tem o dever de fazer um empenho único para o total da despesa.

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47

CESPE/AUDITOR/TCE_PE/2004 – 23 De acordo com a classificação econômica de

despesa, o pagamento de pensionista é considerado uma transferência.

CESPE/AUDITOR/TCE_PE/2004 – 24 No conceito de subvenções sociais, estão

incluídas como destinatárias as instituições privadas sem fins lucrativos, e estão

excluídas as instituições públicas.

QUESTÃO 40

CESPE/CARGO 02/TRE_GO/2009 – 25 Julgue os itens a seguir relacionados a despesa

pública.

I As descentralizações de créditos orçamentários, embora modifiquem o código

da unidade orçamentária detentora do crédito, não alteram o valor das

dotações orçamentárias aprovadas.

II A programação orçamentária e financeira consiste na compatibilização do fluxo dos

pagamentos com o fluxo dos recebimentos, visando ao ajuste da despesa fixada às novas

projeções de resultados e da arrecadação.

III Embora a lei estabeleça a obrigatoriedade do nome do credor no documento nota de

empenho, em alguns casos torna-se impraticável a emissão de um empenho para cada credor,

tendo em vista o número excessivo de credores.

IV Os empenhos podem ser classificados em ordinário, estimativo e global.

A quantidade de itens certos é igual a

A 0.

B 1.

C 2.

D 3.

CESPE/CARGO 02/TRE_GO/2009 – 26 A despesa orçamentária — assim como a

receita orçamentária — classifica-se em duas categorias econômicas: corrente e de capital. Em

geral, a despesa orçamentária corrente é considerada efetiva, assim como a despesa

orçamentária de capital é considerada não-efetiva, mas podem ocorrer as outras combinações.

Acerca dessas outras combinações, assinale a opção correta.

A Aquisições de materiais para almoxarifado são despesas correntes efetivas.

B Permutas de bens são despesas de capital efetivas.

C Adiantamentos são despesas correntes não-efetivas.

D Transferências de capital são despesas de capital não efetivas.

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48

Acerca de receitas e despesas públicas, julgue os seguintes itens.

CESPE/CARGO 12/TJ_CE/2008 – 27 No orçamento de determinado ente, a diferença

entre as receitas correntes, no valor de R$ 6,5 bilhões, e as despesas correntes, de R$ 6,0

bilhões, é considerada receita de capital.

CESPE/CARGO 12/TJ_CE/2008 – 28 A legislação classifica como receitas orçamentárias

as operações de crédito, ainda que não previstas no orçamento, inclusive as decorrentes de

antecipação de receita.

CESPE/CARGO 12/TJ_CE/2008 – 29 Quando a despesa realizada for maior que a fixada,

a unidade orçamentária deverá solicitar a abertura de crédito adicional.

CESPE/CARGO 12/TJ_CE/2008 – 30 As mutações patrimoniais da despesa

correspondem a fatos permutativos, na contabilidade empresarial, e constituem variações

ativas, podendo ser exemplificadas com a concessão de um empréstimo pelo ente público.

Considerando as tabelas acima, que apresentam os balanços orçamentário e financeiro,

extraídos de determinado exercício de entidades governamentais, julgue os itens seguintes.

Balanço orçamentário (R$)

Receita Despesa

prevista 1.800.000 fixada 1.800.000

executada 1.600.000 executada 1.550.000

Balanço financeiro (R$)

Receita Despesa

orçamentária 3.400.000 orçamentária 3.800.000

extra-orçamentária 1.600.000 extra-orçamentária 1.100.000

soma 5.000.000 soma 4.900.000

saldo do Ex. Anterior 100.000 saldo do Ex. Anterior 200.000

total 5.100.000 total 5.100.000

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49

CESPE/CONSULTOR/SEFAZ_ES/2008 – 31 Com relação ao balanço financeiro e

considerando que, nesse exercício, tenham sido inscritos R$ 150.000,00 em restos a pagar, é

correto afirmar que o resultado do exercício foi superavitário em R$ 250.000,00.

Segundo a sua natureza, a classificação da despesa compõe-se de categoria

econômica, grupo de natureza da despesa e elemento de despesa. Julgue os

itens subsequentes, acerca dessa classificação.

CESPE/CONSULTOR/SEFAZ_ES/2008 – 32 A natureza da despesa será

complementada pela modalidade de aplicação, que indicará se os recursos são aplicados

diretamente por órgãos ou entidades da mesma esfera de governo ou por outro ente da

Federação.

CESPE/CONSULTOR/SEFAZ_ES/2008 – 33 Não é permitido o desdobramento

suplementar dos elementos de despesa para atendimento das necessidades de escrituração

contábil e controle da execução orçamentária.

Em 1964, a edição da Lei n.º 4.320 já evidenciava a preocupação do legislador quanto ao fiel

cumprimento do equilíbrio entre receitas e despesas no orçamento, permitindo que o Poder

Executivo se organizasse de forma a prevenir oscilações que aconteceriam no decorrer do

exercício financeiro, invocando a necessidade de estipular cotas trimestrais para a execução da

despesa.

Julgue o item, relativo ao tema abordado no texto acima e à Lei n.º 4.320/1964.

CESPE/CARGO 5/ME/2008 – 34 É necessário computar restos a pagar do exercício na

receita extra-orçamentária do balanço financeiro, para compensar sua inclusão na despesa

orçamentária.

2007 – Janeiro a dezembro em R$

milhares

Natureza da

despesa (código)

descrição Valor liquidado no

ano

Valor pago no ano

339031

Premiações culturais,

artísticas, científicas,

desportivas e outros

2.039.874

2.039.874

Passagens e despesas

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50

339033

com locomoção 1.467.534 1.464.040

339036

Outros serviços de

terceiros – pessoa

física

274.054

272.726

Internet: <portal.esporte.gov.br/transparencia>. Considerando a Lei n.º 4.320/1964 e as informações apresentadas acima no

excerto do extrato de despesa do Ministério do Esporte (ME), relativo ao ano

de 2007, julgue os próximos itens.

CESPE/CARGO 5/ME/2008 – 35 O ME recebeu, no ano de 2007, créditos orçamentários

inferiores a R$ 3.780.000.000,00.

CESPE/CARGO 5/ME/2008 – 36 A diferença existente entre o valor pago e o valor

liquidado que se observa para as despesas de códigos 339033 e 339036 pode ser justificada

pela falta de cumprimento dos serviços pelo fornecedor.

CESPE/CARGO 5/ME/2008 – 37 O valor de R$ 1.328.000,00, correspondente à

diferença entre o valor liquidado e o valor pago da despesa de código 339036, deve ser

registrado em restos a pagar processados, que, caso não venham a ser pagos até

31/12/2008, deverão ser cancelados.

Com relação a restos a pagar, julgue os itens que se seguem.

CESPE/CARGO E37/MCT/2004 – 38 Nos dois últimos quadrimestres do mandato do

presidente da República, é vedado contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida

integralmente dentro do exercício, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte

sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para esse efeito.

CESPE/CARGO E37/MCT/2004 – 39 O registro dos restos a pagar é realizado por

exercício e por credor.

CESPE/CARGO E37/MCT/2004 – 40 Prescreve em seis anos a contar da sua inscrição a

dívida passiva relativa a restos a pagar.

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51

CESPE/CARGO E37/MCT/2004 – 41 A inscrição de uma despesa como restos a pagar

processados decorre de empenho em plena execução de que ainda não existe o direito líquido

do credor.

Julgue os itens a seguir, acerca dos procedimentos relativos aos restos a pagar

e às despesas de exercícios anteriores em orçamentos públicos.

CESPE/CARGO E37/MCT/2004 – 42 Consideram-se restos a pagar as despesas

liquidadas e não-processadas até o final do exercício financeiro.

CESPE/CARGO E37/MCT/2004 – 43 Os restos a pagar com prescrição interrompida

podem ser pagos, excetuados os casos em que o crédito respectivo tenha sido convertido em

renda.

CESPE/CARGO E37/MCT/2004 – 44 Não podem ser pagos os compromissos

reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, ainda que tenha sido prevista

a dotação orçamentária própria ou tenha sido deixado saldo no exercício respectivo.

CESPE/AUDITOR/AUGE_MG/2008 – 45 No que concerne ao registro das operações

envolvendo restos a pagar, assinale a opção correta.

A Os termos restos a pagar e obrigações a pagar representam exatamente o mesmo

conceito.

B A apropriação da despesa por ocasião da inscrição dos restos a pagar não processados

está de acordo com o princípio contábil da competência.

C Os restos a pagar, processados ou não, são cancelados ao final de um ano da sua

inscrição, salvo se tiverem sua prescrição interrompida.

D Uma vez inscritos em um exercício, os restos a pagar não processados somente

podem ser cancelados no final do exercício subsequente.

E O pagamento de restos a pagar processados afeta o patrimônio líquido do órgão

público somente no exercício do efetivo desembolso financeiro. QUESTÃ26

CESPE/CONTABEIS/SEAD_UEPA/2007 – 46 Acerca das características e

procedimentos a serem observados nas despesas inscritas como restos a pagar, julgue os

itens subseqüentes.

I A dívida relativa aos restos a pagar prescreve em cinco anos.

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52

II A inscrição de valores na conta restos a pagar terá validade enquanto viger o direito do

credor.

III O pagamento de despesa de restos a pagar cuja inscrição tenha sido cancelada poderá ser

atendido à conta de dotação destinada a despesas de exercícios anteriores.

IV No pagamento da despesa inscrita em restos a pagar, cujo valor real a ser pago seja inferior

ao valor inscrito, o saldo deverá ser cancelado.

A quantidade de itens certos é igual a

A 1.

B 2.

C 3.

D 4.

Julgue os itens que se seguem, a respeito de orçamento e finanças públicas.

CESPE/FINANÇAS PÚBLICAS/CENSIPAM/2006 – 47 São restos a pagar

processados as despesas em que o credor já tenha cumprido suas obrigações, entregado o

material, prestado os serviços ou executado a etapa da obra, dentro do exercício, tendo ele,

portanto, direito líquido e certo, estando em condições de pagamento imediato. Os restos a

pagar processados representam os casos de despesas já liquidadas, faltando apenas o

pagamento.

CESPE/FINANÇAS PÚBLICAS/CENSIPAM/2006 – 48 O pagamento de despesas

inscritas em restos a pagar é automático, tal como ocorre com o pagamento de qualquer

despesa pública, exigindo-se, apenas, a verificação do empenho e da liquidação,

independentemente de requerimento do credor. Após o cancelamento da inscrição da despesa

como restos a pagar, a reclamação acerca do pagamento poderá ser atendida mediante

reinscrição do empenho em restos a pagar, apenas ao final do exercício financeiro em que

ocorrer a solicitação do pagamento.

CESPE/FINANÇAS PÚBLICAS/CENSIPAM/2006 – 49 Despesas de exercícios

anteriores são as dívidas resultantes de compromissos gerados em exercícios financeiros

anteriores àqueles em que devam ocorrer os pagamentos e que não estejam inscritos em

restos a pagar, no caso de se referirem ao exercício imediatamente anterior.

CESPE/CONTABEIS/SEAD_UEPA/2007 – 50 Considere os seguintes dados do

balanço financeiro de determinada entidade governamental.

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53

balanço financeiro

receitas

títulos R$

Orçamentários

receitas

150.000

extra-orçamentários

direitos

obrigações

20.000

30.000

soma 200.000

disponibilidade do exercício anterior 20.000

total 220.000

despesas

títulos R$

Orçamentários

despesas

160.000

extra-orçamentários

direitos

obrigações

10.000

20.000

soma 190.000

disponibilidade do exercício anterior 30.000

total 220.000

Com base nos valores apresentados, é correto afirmar que o resultado

financeiro do exercício (RFE) em reais é igual a:

A 0.

B 10.000.

C 20.000.

D 30.000.

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54

CESPE/AUDITOR/AUGE_MG/2008 – 51 Julgue os seguintes itens, acerca do

balanço orçamentário e do balanço financeiro.

I Os termos balanço financeiro e balanço orçamentário não devem ser usados, pois o seu

conteúdo trata de demonstrativos de fluxo, e não de situações estáticas.

II É chamada de superavit a condição orçamentária em que a soma das despesas realizadas é

inferior à soma das despesas fixadas no orçamento.

III No levantamento da situação financeira, devem ser considerados não

apenas os ingressos não orçamentários, mas também os saldos em espécie

provenientes do exercício anterior e os que se transferem para o exercício

seguinte.

IV Nos dois documentos, a receita orçamentária deve estar demonstrada, no mínimo, por

categoria econômica e origem.

Estão certos apenas os itens

A I e II.

B I e III.

C III e IV.

D I, II e IV.

E II, III e IV.

balanço financeiro (valores em reais)

Receita orçamentária 1.400.542,00

Receita extra-orçamentária 258.296,00

Saldo do exercício anterior 125.678,00

Despesa orçamentária 1.325.418,06

Despesa extra-orçamentária 202.344,25

A tabela acima apresenta dados do balanço financeiro de determinada

entidade governamental, no encerramento do exercício financeiro.

Considerando esses dados e que as despesas do exercício inscritas em restos

a pagar correspondam ao montante de R$ 127.418,06, julgue os itens a seguir.

CESPE/CONTADOR/CBMDF/2006 – 52 O resultado financeiro do exercício apresentou

superávit de R$ 256.753,69.

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55

CESPE/CONTADOR/CBMDF/2006 – 53 Nas receitas extra-orçamentárias, estão

computados os valores relativos aos restos a pagar inscritos no exercício.

CESPE/CONTADOR/CBMDF/2006 – 54 As despesas orçamentárias do exercício

totalizaram R$ 1.198.000,00, uma vez que R$ 127.418,06 foram inscritas em restos a pagar.

CESPE/CONTADOR/CBMDF/2006 – 55 A execução orçamentária contribuiu para o

resultado apurado no exercício.

balanço financeiro

receita despesa

orçamentária 1.450.000 orçamentária 1.620.000

extra-orçamentária 375.000 extra-orçamentária 380.000

soma 1.825.000 soma 2.000.000

saldo do exercício anterior 175.000 saldo do exercício anterior 0

total 2.000.000 total 2.000.000

Com base no balanço financeiro acima, encerrado ao final de determinado

exercício financeiro, julgue os itens que se seguem.

CESPE/CONTADOR/SEPLAGDFTRANS/2008 – 56 O resultado financeiro apurado

pela entidade no referido exercício apresentou-se equilibrado.

CESPE/CONTADOR/SEPLAGDFTRANS/2008 – 57 É correto inferir que eventuais

despesas inscritas como restos a pagar do exercício não influenciaram no resultado financeiro

apurado no exercício em questão.

balanço financeiro

receita despesa

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56

orçamentária 1.340.820,00 orçamentária 1.154.500,00

extra-orçamentária 379.460,00 extra-orçamentária 322.200,00

saldo do exercício anterior 120.680,20 saldo do exercício anterior 364.260,20

total 1840.960,20 total 1.840.960,20

Considerando que no balanço financeiro ilustrado acima tenham sido inscritas como restos a

pagar do exercício despesas no montante de R$ 180.500,00, julgue o item abaixo.

CESPE/ACE/TCU/2007 – 58 O resultado financeiro do exercício apresentou superavit no

valor de R$ 243.580,00.

GABARITO

01 – E

02 – C

03 – C

04 – E

05 – E

06 – E

07 – E

08 – E

09 – C

10 – E

11 – C

12 – C

13 – E

14 – C

15 – E

16 – E

17 – E

18 – E

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57

19 – C

20 – D

21 – C

22 – E

23 – C

24 – E

25 – D

26 – C

27 – C

28 – E

29 – E

30 – C

31 – E

32 – C

33 – E

34 – C

35 – E

36 – E

37 – C

38 – C

39 – C

40 – E

41 – E

42 – E

43 – E

44 – E

45 – C

46 – C

47 – C

48 – E

49 – C

50 – B

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58

51 – C

52 – E

53 – C

54 – E

55 – C

56 – E

57 – C

58 – C