Aula 11 LEGISLAÇÃO ADUANEIRA – RFB/2012PROFESSORES: LUIZ MISSAGIA E RODRIGO LUZ

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    AULA 11

    Contedo12. Mercadoria Abandonada ..................................................................... 128. SISCOSERV (Lei n 12.546, de 14 de dezembro de 2011, e LegislaoInfralegal) ............................................................................................. 1421. Procedimentos Especiais de Controle Aduaneiro (Parte II) ...................... 26QUESTES ANALISADAS NESTA AULA ...................................................... 31

    Ol, pessoal.

    Chegamos nossa ltima aula. Esto faltando apenas 3 assuntos:mercadoria abandonada (tpico 12), SISCOSERV (tpico 28) e doisprocedimentos especiais de controle aduaneiro (tpico 21).

    12. Mercadoria Abandonada

    Este tpico da matria tem decoreba de alguns prazos. Vemos, porm,que podem ser feitas perguntas muito boas acerca de mercadoria abandonadasem mexerem em prazos. Vamos ver.

    O tpico est nos artigos 642 a 648 do Regulamento Aduaneiro. Vamosdestrinch-los.

    Primeiras Hipteses de Abandono

    Vou colocar o artigo 642 inteiro para uma melhor visualizao e, aseguir, cuido de cada disposio dele:

    Art. 642. Considera-se abandonada a mercadoria que permanecer emrecinto alfandegado sem que o seu despacho de importao seja iniciadono decurso dos seguintes prazos:I - noventa dias:a) da sua descarga; eb) do recebimento do aviso de chegada da remessa postal internacionalsujeita ao regime de importao comum;II - quarenta e cinco dias:a) aps esgotar-se o prazo de sua permanncia em regime de entrepostoaduaneiro;

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    b) aps esgotar-se o prazo de sua permanncia em recinto alfandegadode zona secundria; ec) da sua chegada ao Pas, trazida do exterior como bagagem,acompanhada ou desacompanhada; e

    III - sessenta dias da notificao a que se refere o art. 640. 1o Considera-se tambm abandonada a mercadoria que permanea emrecinto alfandegado, e cujo despacho de importao:I - no seja iniciado ou retomado no prazo de trinta dias da cincia:a) da relevao da pena de perdimento aplicada; oub) do reconhecimento do direito de iniciar ou de retomar o despacho; ouII - tenha seu curso interrompido durante sessenta dias, por ao ou poromisso do importador. 2o O prazo a que se refere a alnea "b" do inciso II do caput de

    setenta e cinco dias, contados da data de entrada da mercadoria norecinto. 3o Na hiptese em que a mercadoria a que se refere a alnea "c" doinciso II do caput que no se enquadre no conceito de bagagem,aplicam-se os prazos referidos na alnea "a" do inciso I do caput ou naalnea "b" do inciso II do caput, conforme o caso. 4o No caso de bagagem de viajante saindo da Zona Franca de Manaus

    para qualquer outro ponto do territrio aduaneiro, o prazo estabelecidona alnea "c" do inciso II do caput ser contado da data de embarque doviajante.

    Vejamos agora parte por parte.

    Art. 642. Considera-se abandonada a mercadoria que permanecer em recintoalfandegado sem que o seu despacho de importao seja iniciado no decursodos seguintes prazos:I - noventa dias:

    a) da sua descarga; eb) do recebimento do aviso de chegada da remessa postal internacionalsujeita ao regime de importao comum;

    => 1) A mercadoria foi descarregada no Brasil. Se o importadorno registrar uma declarao em at 90 dias, a mercadoria considerada abandonada. Saiba que vale qualquer tipo dedeclarao: Declarao de Importao (DI) ou Declarao deTrnsito Aduaneiro (DTA).

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    => 2) Chegando pela ECT, esta envia uma cartinha para odestinatrio: Sua remessa chegou. Venha buscar. Estecomunicado vai com o Aviso de Recebimento (A.R.) dos correiospara que o destinatrio assine. A partir da data inserida no Aviso

    contam-se os 90 dias. Veja, porm, que este o caso apenas dasremessas postais internacionais (RPI) que caem no regime comumde importao. As RPI que caem no regime de tributaosimplificada (estudado na aula 09) possuem tratamento diferente,previsto no art. 644, analisado frente.

    II - quarenta e cinco dias:a) aps esgotar-se o prazo de sua permanncia em regime de entreposto

    aduaneiro;b) aps esgotar-se o prazo de sua permanncia em recinto alfandegadode zona secundria; ec) da sua chegada ao Pas, trazida do exterior como bagagem,acompanhada ou desacompanhada; e

    => 1) A mercadoria entrepostada s ser considerada abandonadaaps 45 dias do prazo concedido para o regime. Primeirapergunta: qual o prazo mximo de concesso do regime deentreposto aduaneiro? Trs anos (RA, art. 408, 3).

    => 2) Segunda pergunta: qual o prazo mximo de permannciaem recinto alfandegado de zona secundria? 75 dias, conformeconsta adiante, no 2. A mercadoria que chegou ao porto secode Juiz de Fora, vinda, por exemplo, em trnsito aduaneiro doPorto do RJ, ter 75 dias para ser despachada, seja para consumo,seja para admisso em um regime especial. Vencido este prazo,caso se passem 45 dias, caracteriza-se o abandono. Ento, naverdade, quando a mercadoria chega a um recinto de zona

    secundria, ela tem cerca de 120 dias para ser despachada.Professor, por que cerca de 120 dias? Eu tenho certeza deque 75+45=120.

    Meu caro, na Legislao Aduaneira, como em DireitoTributrio, os prazos s se iniciam ou vencem em diasteis. Se, por exemplo, o prazo de 75 vencer numa sexta-feira, o prazo de 45 vai comear a ser contado s a partirde segunda-feira, sacou?

    => 3) A chegada de carga normal est vinculada ao prazo de 90dias. J a chegada de bagagem est vinculada ao prazo de 45dias. Se os bens trazidos pelo viajante no se enquadrarem no

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    conceito de bagagem, o tratamento de carga normal. o quedispe o 3 adiante.

    => 4) Professor, a mercadoria entrepostada no est num recintoalfandegado de zona secundria? A alnea a no dispensvel,tendo em vista que existe a alnea b ?

    Meu caro, no esquea que uma mercadoria pode ficarentrepostada tambm em recinto de zona primria (porto ouaeroporto). Portanto, a alnea b no prev todos os casos demercadoria entrepostada e, por isso, era necessrio escrever aalnea a.

    III -sessenta dias da notificao a que se refere o art. 640.

    => 1) Voc viu um navio afundando perto de onde voc mora. Viuque algumas cargas se desprenderam e vieram dar praia. Vocest sozinho (a). O que voc faz?Sim, cumpridor dos seus deveres, voc vai entregar a carga naRFB mais prxima do local e torcer para que o dono no apareapara buscar os bens. Quando a RFB identifica o dono dos bens, ele notificado. Caso se passem 60 dias e ele no d a mnima para acarga dele, a mercadoria considerada abandonada e voc podecomear a comemorar. Talvez voc ganhe uma gratificao de

    10% sobre o preo do bem, caso este seja leiloado (RA, art. 641)(no sei por que h aqueles que preferem uma gratificao de100%).

    1o Considera-se tambm abandonada a mercadoria que permanea emrecinto alfandegado, e cujo despacho de importao:I - no seja iniciado ou retomado no prazo de trinta dias da cincia:

    a) da relevao da pena de perdimento aplicada; oub) do reconhecimento do direito de iniciar ou de retomar o despacho; ou

    => 1) A relevao da pena de perdimento est no artigo 698 doRA, que comentarei frente, no tpico a Receita Federal podealiviar.=> 2) Tambm vou comentar o direito de se iniciar ou de seretomar o despacho, previsto nos artigos 643 e 645.

    II - tenha seu curso interrompido durante sessenta dias, por ao ou poromisso do importador.

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    => 1) Quando um despacho considerado interrompido?Resposta no artigo 570 do RA:

    Art. 570. Constatada, durante a conferncia aduaneira,ocorrncia que impea o prosseguimento do despacho, esteter seu curso interrompido aps o registro da exignciacorrespondente, pelo Auditor-Fiscal da Receita Federal doBrasil responsvel. 1o Caracterizam a interrupo do curso do despacho,entre outras ocorrncias:I - a no apresentao de documentos exigidos pelaautoridade aduaneira, desde que indispensveis ao

    prosseguimento do despacho; eII - o no comparecimento do importador para assistir

    verificao da mercadoria, quando sua presena forobrigatria.

    => 2) Se o sujeito no entrega documentos necessrios aodespacho ou se ele nem d as caras na unidade de despacho, aRFB vai ficar esperando o sujeito. Alis, a aduana tem mais o quefazer. Se o sujeito demorar mais de 60 dias fazendo docinho, ouseja, se o despacho ficar interrompido por 60 dias por ao ouomisso do importador, a mercadoria considerada abandonada.

    2o O prazo a que se refere a alnea "b" do inciso II do caput de setenta ecinco dias, contados da data de entrada da mercadoria no recinto. 3o Na hiptese em que a mercadoria a que se refere a alnea "c" do inciso IIdo caput que no se enquadre no conceito de bagagem, aplicam-se os prazosreferidos na alnea "a" do inciso I do caput ou na alnea "b" do inciso II docaput, conforme o caso. 4o No caso de bagagem de viajante saindo da Zona Franca de Manaus paraqualquer outro ponto do territrio aduaneiro, o prazo estabelecido na alnea "c"

    do inciso II do caput ser contado da data de embarque do viajante.

    => 1) Os prazos dos 1 e 2 j haviam sido comentados.

    => 2) Nunca se esquea de que os bens so fiscalizados tanto naentrada na ZFM quanto na sada desta. Na verdade, o RA impreciso no 4, pois a conferncia da bagagem saindo se d naprpria ZFM. Logo, no poder ter havido o embarque para,posteriormente, haver a conferncia da bagagem.

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    Outras hipteses de abandono

    Art. 644. Sero declarados abandonados os bens que permanecerem emrecinto alfandegado sem que o seu despacho de importao seja iniciado emnoventa dias:I - da descarga, quando importados por misses diplomticas, repartiesconsulares ou representaes de organismos internacionais, ou por seusfuncionrios, peritos, tcnicos e consultores, estrangeiros; ouII - do recebimento do aviso de chegada da remessa postal sujeita ao regimede tributao simplificada, quando cada em refugo e com instrues doremetente de no devoluo ao exterior.

    => 1) Professor, que bobagem essa? Por que abrir um outroartigo para tratar de mais alguns casos de abandono, repetindo oprazo de 90 dias? Por que no colocou tudo no artigo 642?

    Calma, rapaz, h uma explicao bem razovel, vista adiante.

    => 2) Veja que a remessa postal internacional (RPI) sujeita aoregime de tributao simplificada aparece neste caso do 644. J aRPI sujeita ao regime de importao comum aparece no 642.Ainda vamos ver o porqu de dois artigos...

    => 3) No caso da RPI com instrues de no devoluo aoexterior, o bem cai em perdimento. Se no houver esse tipo deinstruo, o bem devolvido ao exterior: 3o A remessa postalsujeita ao regime de tributao simplificada, cada em refugo, naforma da legislao especfica, e sem instrues do remetente,ser devolvida origem pela administrao postal.

    1o Sero tambm declarados abandonados os bens:I - adquiridos em licitao e que no forem retirados no prazo de trinta diasda data de sua aquisio;II - ingressados no recinto alfandegado, ao amparo do regime de que trata oart. 102-A, decorrido o prazo de trinta dias

    a) de sua permanncia no recinto, sem que tenha sido iniciado orespectivo despacho aduaneiro; oub) da interrupo do curso do despacho, por ao ou por omisso dohabilitado; ou

    => O artigo 102-A trata dos bens importados do Paraguai,submetidos ao Regime de Tributao Unificada (RTU), estudado naaula 08.

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    III - na hiptese a que se refere o 10 do art. 367, se no for efetuado opagamento da multa exigida no prazo de trinta dias da interrupo do cursodo despacho de reexportao.

    => Uma mercadoria admitida temporariamente somente tem odespacho de reexportao concludo se houver o pagamento demulta cabvel, por exemplo, por descumprimento das condies doregime. Caso no pague a multa em 30 dias, o bem consideradoabandonado.

    Art. 648. Considera-se abandonado o veculo, de passageiro ou de carga, em

    viagem domstica ou internacional, quando no houver sido recolhida a multaprevista no art. 731, decorrido o prazo de quarenta e cinco dias de suaaplicao ou da cincia da deciso que julgou improcedente a impugnao.

    => Este caso foi tratado pelo Missagia na aula anterior, sob o tpico16.5. Aplica-se, por exemplo, no caso de veculo cheio de benssujeitos pena de perdimento, mas sem identificao dosproprietrios. Neste caso, lavra-se a multa do art. 731 sobre otransportador. Caso ele no a pague em 45 dias, o veculo considerado abandonado e se inicia seu processo de perdimento.

    Diferena entre as hipteses do artigo 642 e do art. 644

    Ao estudar a pena de perdimento na aula anterior, voc viu o artigo 689do Regulamento Aduaneiro e, dentro dele, o inciso XXI:

    Art. 689. Aplica-se a pena de perdimento da mercadoria nasseguintes hipteses,por configuraremdano ao Errio:

    XXI - importada e que for considerada abandonada pelo decurso doprazo de permanncia em recinto alfandegado, nas hiptesesreferidas no art. 642; e

    Veja que as hipteses listadas no artigo 642 so configuradas comodano ao Errio, ou seja, o perdimento ter a natureza jurdica de represso infrao e, ao mesmo tempo, de compensao pelo dano que o Errio sofreu.

    Observao: Errio: conjunto dos recursos financeirospblicos; os dinheiros e bens do Estado; tesouro, fazenda.(Dicionrio Houaiss)

    J os casos listados no artigo 644 NO configuram dano ao Errio:

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    Art. 644. (...) 4o As hipteses de abandono referidas neste artigo noconfiguram dano ao Errio, e sujeitam-se to somente adeclarao de abandono por parte da autoridade aduaneira.

    5o O Ministro de Estado da Fazenda regular o processo dedeclarao de abandono dos bens a que se refere este artigo.

    Considera-se que os casos listados no artigo 644 tm um poder ofensivomuito baixo e, por isso, no se configuram dano ao Errio. Em tais situaes,no haver aplicao da pena de perdimento, mas apenas o abandono previstona lei civil (Cdigo Civil, art. 1.275) e cuja declarao regulada pelo Ministroda Fazenda:

    Art. 1.275. Alm das causas consideradas neste Cdigo, perde-se

    a propriedade:III - por abandono;

    Guarde isso! Nem toda mercadoria abandonada se submete pena deperdimento!As situaes previstas no art. 644 esto sujeitas a meradeclarao de abandono, sem aplicao de pena deperdimento. So os casos de mero/simples abandono.

    A Receita Federal pode aliviar

    Situaes de dano ao Errio, previstas no art. 642

    Considere uma importao de determinada pessoa jurdica, enquadradano artigo 642 do Regulamento Aduaneiro (RA):

    90 diaspara registrar processo

    declarao de perdimento|------------------------|-----------------------|-------------------------|

    Chegada no registrou (1) perdida (2) destinadaao pas declarao:

    abandonada

    (1) Durante o processo de perdimento, o dono do bem apreendido podepedir RFB permisso para que ele inicie (ou retome, conforme a IN SRF

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    69/1999) o despacho aduaneiro, mas vai ter que pagar os tributos com juros emulta, alm da armazenagem, claro. Para frisar: esse direito do importador s enquanto o bem no tiver sido declarado perdido.

    Art. 643. Nas hipteses a que se refere o art. 642, o importador,

    antes de aplicada a pena de perdimento, poder iniciar o respectivodespacho de importao, mediante o cumprimento dasformalidades exigveis e o pagamento dos tributos incidentes naimportao, acrescidos de juros e de multa de mora, e dasdespesas decorrentes da permanncia da mercadoria em recintoalfandegado.Pargrafo nico. A Secretaria da Receita Federal do Brasil expediros atos necessrios aplicao do disposto no caput.

    (2) E se j tiver sido aplicada a pena de perdimento?Bem, neste caso, se a carga ainda no foi destinada (alienada,

    incorporada, destruda ou inutilizada aula passada), o importador at podepegar a mercadoria de volta, mas ter que pagar o valor cheio dela. Paga ovalor aduaneiro, que inclui o valor da mercadoria, do seguro e do freteinternacionais e, em caso de porto ou aeroporto, o valor da descarga (RA, art.77, I). como se o importador estivesse exercendo uma qualidade dearrematante preferencial (isso s uma analogia, pois, na alienao de bensperdidos, o ex-dono do bem no recebe nenhum tratamento preferencial). Essa

    aquisio da mercadoria das mos do governo est prevista no artigo 698 doRA:

    Art. 698. O importador, depois de aplicado o perdimento damercadoria considerada abandonada na hiptese a que se refere oinciso XXI do art. 689, mas, antes de efetuada a sua destinao,

    poder requerer a converso dessa penalidade em multaequivalente ao valor aduaneiro da mercadoria.

    Para completar, importante lembrar que nesta aquisio no hincidncia de nenhum tributo federal, pois caso de mercadoria submetida pena de perdimento.

    Situaes sem dano ao Errio, previstas no art. 644

    Considere uma importao realizada por misso diplomtica, enquadradano artigo 644 do RA:

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    90 dias

    para registrar

    declarao|------------------------|------------------------------------------------|Chegada no registrou destinadaao pas declarao:

    abandonada

    Especificamente nas situaes de abandono sem dano ao Errio (art.644), no haver decretao de perdimento. Por isso, o artigo 645 dispe que,desde a declarao de abandono at a destinao do bem, este poder ser

    retirado, mas alivia ainda mais para o ex-dono do bem. Basta que ele pague asdespesas realizadas. O sujeito no precisa comprar o bem da RFB pelo valoraduaneiro, j que ele no chegou a ser perdido:

    Art. 645. Nas hipteses do art. 644, enquanto no consumada adestinao, a mercadoria poder ser despachada ou desembaraada,desde que indenizada previamente a Fazenda Nacional pelas despesasrealizadas.Pargrafo nico. O disposto no caput no se aplica na hiptese referidano inciso II do 1 do art. 644. (como vimos, este caso se refere a bensimportados sob o Regime de Tributao Unificada, os quais no recebem

    alvio por parte da RFB)

    QUESTES

    01 (AFTN/setembro 1994) Examine as hipteses abaixo e indique aseguir a opo que contm todas as afirmaes corretas. Considera-seabandonada a mercadoria: (adaptada)1) Se aps 60 dias contados da descarga, permanecer em recinto alfandegado

    sem que seu despacho tenha sido iniciado.2) Proveniente de naufrgio ou outros acidentes, que permanecer em recintoalfandegado sem que seu despacho tenha sido iniciado dentro de 90 dias,contados da notificao do sujeito passivo, para fazer a prova de propriedadeou posse e promover o despacho da mercadoria.3) 45 dias aps esgotar-se o prazo de permanncia em recinto alfandegado dezona secundria, sem que seu despacho tenha sido iniciado.4) Quando se interromper o despacho aduaneiro, por ao ou omisso doimportador, por mais de 90 dias.

    5) Importada a ttulo no definitivo e que no tiver iniciado seu processo dedespacho aduaneiro at 90 dias contados da descarga.

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    a) (1), (2), (3) e (5)b) (4) e (5)c) (2) e (5)d) (1) e (4)e) (3) e (5)

    ComentriosPrimeiro item: incorreto. O prazo a partir da descarga 90 dias.Segundo item: incorreto. No caso de naufrgio, o prazo de 60 dias.Terceiro item: correto. Se passar de 45 dias depois de vencido o prazo

    em zona secundria, o bem considerado abandonado.Quarto item: incorreto. No caso de interrupo do despacho, o prazo de

    60 dias.Quinto item: correto. O prazo a partir da descarga de 90 dias e indiferente se a importao a ttulo definitivo ou no.

    Gabarito: letra E.

    02 (TTN/1997 Aduana) O conhecimento de carga documentoindispensvel instruo do despacho aduaneiro de importao. Nessesentido, dever ser objeto de exigncia pelo fisco a sua apresentaoou a de documento equivalente no prazo mximo de 60 dias, aps oquea) a mercadoria ser, de imediato, levada a leilo para ressarcimento dosprejuzos causados Fazenda Nacional e empresa depositria.b) ser caracterizada a interrupo do despacho, considerando-se ento amercadoria abandonada acarretando sua apreenso em processoadministrativo para posterior destinao.c) dar novo prazo ao importador para comprovar a posse ou propriedade damercadoria.d) a fiscalizao considerar que o titular do despacho aduaneiro no oproprietrio das mercadorias e de imediato a confisca, autorizando a restituio

    dos tributos pagos.e) o importador ser intimado a pagar a multa pela falta do conhecimento decarga no prazo de 30 dias, sob pena de a mercadoria ser apreendida e vendidaem concorrncia pblica ou leilo.

    ComentriosA falta de entrega do conhecimento em 60 dias causa de interrupo do

    despacho. Caso fique interrompido por 60 dias, a mercadoria consideradaabandonada (RA, arts. 570 e 642, 2, transcritos a seguir).

    Entre a caracterizao do abandono e a perda do bem, h um longocaminho a ser trilhado. H o processo de perdimento, no qual o importador

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    ainda tem direito a se defender e, inclusive, pedir a relevao da pena deperdimento. Letras A e D erradas.

    No se estica o prazo para o desleixado. Letra C errada.A falta de entrega do conhecimento em 60 dias no causa de multa,

    mas de interrupo do despacho. Letra E errada.Para mostrar uma impreciso da Esaf, transcrevo novamente o artigo

    570 do RA, que trata da interrupo do despacho:Art. 570. Constatada, durante a conferncia aduaneira, ocorrnciaque impea o prosseguimento do despacho, este ter seu cursointerrompido aps o registro da exigncia correspondente, pelo

    Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil responsvel. 1o Caracterizam a interrupo do curso do despacho, entreoutras ocorrncias:

    I - a no apresentao de documentos exigidos pela autoridadeaduaneira, desde que indispensveis ao prosseguimento dodespacho; eII - o no comparecimento do importador para assistir verificaoda mercadoria, quando sua presena for obrigatria.

    Note, pela redao do art. 570 e do seu 1, que a interrupo dodespacho se d desde o momento em que o importador no apresenta osdocumentos exigidos pela aduana. Caso se passem 60 dias com o despachointerrompido, a mercadoria ser considerada abandonada:

    RA, art. 642. (...) 1o Considera-se tambm abandonada a mercadoria que

    permanea em recinto alfandegado, e cujo despacho deimportao:II - tenha seu curso interrompido durante sessenta dias, por aoou por omisso do importador.

    Pela leitura do enunciado combinado com o gabarito, a Esaf afirmou queaps o prazo de 60 dias: (b) ser caracterizada a interrupo do despacho e a

    mercadoria ser considerada abandonada. Falso. A interrupo do despachose d desde o primeiro dia em que o importador intimado a entregar odocumento e no aps 60 dias. O correto : se ficar interrompido por maisde 60 dias, a mercadoria ser considerada abandonada.

    A questo deveria ter sido anulada.

    03 (TTN/1998) O no comparecimento do importador ou seurepresentante para assistir verificao da mercadoria nos 60(sessenta) dias contados a partir da distribuio da declarao de

    importao ao fiscal designadoa) acarreta a perda automtica da mesma em favor da Fazenda Nacional.

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    b) acarreta o imediato incio do processo de vistoria aduaneira para apurar ocrdito tributrio exigvel do responsvel.c) autoriza o Fisco a proceder abertura compulsria dos volumes e a adotaros procedimentos tendentes apurao do crdito fiscal em favor da Fazenda

    Nacional.d) caracteriza a interrupo do despacho aduaneiro.e) passvel de aplicao de penalidade pecuniria ao importador pordescumprimento de obrigao acessria, reabrindo-se novo prazo pela metade,aps o que a mercadoria ser considerada abandonada.

    ComentriosA falta de comparecimento est prevista no art. 570, transcrito nos

    comentrios da questo anterior, como causa de interrupo do despacho.

    Gabarito: letra D.No h perda automtica, vistoria aduaneira (s se fosse caso de falta

    ou avaria de mercadoria), abertura para fins de crdito (o objetivo da aduanano ser crdito tributrio, mas perdimento de bens) nem reabertura de prazo.

    Veja, porm, que a Esaf cometeu o mesmo erro da questo anterior: ono comparecimento em 60 dias caracteriza a interrupo do despacho. Falso.O no comparecimento j no primeiro dia caracteriza a interrupo dodespacho. Aps 60 dias, o que acontece no a interrupo do despacho, poiseste j est interrompido h muito tempo. O que acontece a caracterizaoda mercadoria como abandonada.

    04 (INDITA) Assinale a alternativa incorreta:a) a mercadoria sujeita a mero abandono pode ser liberada pela aduanamediante pagamento do valor aduaneiro.b) o Regulamento Aduaneiro trata das mercadorias abandonadas com ou semdano ao Errio.c) o prazo para se considerar abandonada mercadoria, aps vencido seu prazode permanncia em recinto alfandegado de zona secundria, 45 dias.d) nem toda mercadoria abandonada est sujeita pena de perdimento.

    e) remessa postal internacional sujeita ao regime de tributao simplificada eque seja considerada abandonada no representa dano ao Errio.

    ComentriosLetra A: incorreta. O mero abandono ocorre quando no h dano ao

    Errio. Neste caso, a retirada do bem mediante pagamento somente dasdespesas realizadas pela aduana.

    As letras B e D esto corretas, tendo em vista os casos de meroabandono.

    As letras C e E esto corretas, com base nos artigos 642, II, e 644, II e 4, vistos anteriormente.

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    28. SISCOSERV (Lei n 12.546, de 14 de dezembro de 2011, eLegislao Infralegal)

    A primeira pergunta bvia: o que o SISCOSERV?Bem, conhecemos o SISCOMEX, n? Enquanto este utilizado na

    importao e exportao de bens, o SISCOSERV foi criado para o registro dasimportaes e exportaes de servios, intangveis e outras operaes.

    O interessante que o edital da RFB saiu em 09/07/2012 e oSISCOSERV somente passou a funcionar em 1/08/2012, ou seja,posteriormente ao edital. Isso, no entanto, no impede que ele seja cobrado,pois todas as normas j estavam publicadas antes do edital. Apenas no haviao funcionamento do sistema.

    Com a criao do SISCOSERV, o governo pretende ter uma base maisconfivel acerca das transaes de servios. Antes desse sistema, asinformaes sobre servios comprados ou vendidos eram obtidas praticamenteem cima das operaes cambiais. Veja: quando algum importava um serviode consultoria que chegava a ele por e-mail ou pelos correios, a quem eledeclarava tal servio? A ningum. E como o governo saberia que houve umservio comprado do exterior? Se voc verificar a fonte das informaesinseridas no nosso Balano de Pagamentos, na conta Balano de Servios, vaiverificar que tais informaes so buscadas quase que somente nos contratoscambiais celebrados com os bancos (exceo: no caso de fretes e transportes

    internacionais, tambm se obtm informaes do Ministrio dos Transportes edas prprias companhias transportadoras).E da, Rodrigo? Pegar os valores dos servios a partir dos contratos de

    cmbio j no bastaria?Em tese, se os valores de todos os servios, comprados ou vendidos,

    fossem objeto de contrato de cmbio, no haveria problema nenhum.

    O problema que, desde 2006, podemos exportar servios sem precisarinternalizar o dinheiro:

    Lei 11.371/2006, art. 1o: Os recursos em moeda estrangeirarelativos aos recebimentos de exportaes brasileiras demercadorias e de servios para o exterior, realizadas por pessoasfsicas ou jurdicas, podero ser mantidos em instituio financeirano exterior, observados os limites fixados pelo ConselhoMonetrio Nacional.

    O mesmo artigo permite que aquele que mantm recursos no exteriorpode utiliz-los para pagamento de servios importados:

    2o Os recursos mantidos no exterior na forma deste artigo

    somente podero ser utilizados para a realizao de investimento,aplicao financeira ou pagamento de obrigao prprios do

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    exportador, vedada a realizao de emprstimo ou mtuo dequalquer natureza.

    Desta forma, inmeras operaes de servios comprados e vendidos so

    realizadas sem a celebrao de um contrato de cmbio e, portanto, no ficamregistradas da Balana de Servios. Tambm por isso resolveram criar oSISCOSERV, obrigando todos os compradores/vendedores de serviosinternacionais a declararem suas operaes.

    Tambm por isso?Sim, meu caro. Outro motivo para a criao do sistema foi ter

    informaes mais detalhadas acerca do comrcio de servios para que ogoverno possa ter uma poltica mais eficaz de apoio a esse importante setor.

    O comrcio de servios deixou de ser o patinho feio do comrciomundial. S para voc ter ideia, o Acordo Geral sobre Tarifas e Comrcio(GATT), de 1947, s cuidou da liberalizao do comrcio de bens, pois, naqueletempo, o comrcio de servios era algo irrelevante nas transaesinternacionais. Foi s em 1994 que o comrcio de servios ganhou um acordono mbito da Organizao Mundial do Comrcio (OMC): o Acordo Geral sobre oComrcio de Servios (GATS). Tudo isso a (GATT, OMC e GATS) estudado namatria de Comrcio Internacional, sendo cobrado apenas para AFRFB.

    Segundo dados da OMC1, o comrcio de servios hoje responde por 2/3da produo mundial, 1/3 dos empregos no mundo e cerca de 20% do

    comrcio mundial.

    Algumas pequenas (e necessrias) consideraes acerca do GATS

    Dentre os objetivos previstos no GATS, encontramos: o estabelecimento de princpios e regras para o comrcio de

    servios; expanso do comrcio mundial de servios de forma transparente; liberalizao progressiva do comrcio de servios, por meio de

    rodadas de negociaes; promoo do crescimento dos pases-membros no comrcio de

    servios; e promoo do desenvolvimento para os pases em desenvolvimento,

    aumentando sua participao no comrcio mundial e aumentandosuas exportaes de servios.

    1 http://www.wto.org/english/thewto_e/whatis_e/tif_e/agrm6_e.htm

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    Podemos listar os pontos principais do GATS, constantes no texto doacordo:

    1) Para se aplicar o GATS, necessrio que o prestador e o consumidordo servio sejam residentes em pases diferentes.

    2) O GATS no se aplica aos servios prestados no exerccio prprio daautoridade governamental (servios tpicos de Estado) nem aosdireitos de trfego areo e os servios a ele diretamente relacionados.Por exemplo, o servio pblico de emisso de passaportes no tem queser liberalizado. um servio estratgico para qualquer pas e que,portanto, pode ser mantido como monoplio estatal, sem aberturacomercial. No caso dos servios de trfego (transporte) areo, o GATSno se aplica, pois existem acordos anteriores tratando especificamentedisso.3) A liberalizao do comrcio de servios obedece a vrios princpios e

    regras. E os compromissos do GATS no dependem do modo como oservio ser prestado. Com efeito, existem quatro modos de prestaodo servio.

    Os QUATRO modos de prestao dos servios internacionais

    1 modo: Comrcio Transfronteirio. o caso do prestador querealiza o servio em seu pas e, posteriormente, envia-o para o estrangeiro.Neste caso, o prestador e o consumidor se encontram em pases diferentes.

    Exemplo: o especialista brasileiro produz um parecer sob encomenda de umafirma estrangeira. Depois de pronto, o servio entregue atravs da fronteira,seja impresso, seja pela internet.

    2 modo: Consumo no Exterior. o caso do servio prestado noterritrio do pas exportador. O exemplo clssico o turista estrangeiro que sehospeda em um hotel, recebendo a prestao do servio de hotelaria.

    3 modo: Presena Comercial. Nesta situao, o servio ser prestadono no territrio do pas exportador, mas no do pas importador. O exemploclssico a filial do banco brasileiro instalada no estrangeiro. O servio serprestado no exterior pela empresa brasileira.

    4 modo: Presena de Pessoas Fsicas. Este caso anlogo aoanterior. A nica diferena que o servio prestado no exterior o ser por umapessoa fsica. Por exemplo, o servio prestado pela modelo que vai desfilarno exterior contratada pela agncia estrangeira.

    Voltando ao SISCOSERV...

    Pelo artigo 25 da Lei 12.546, de dezembro de 2011, foi criada a

    obrigatoriedade de os compradores e os vendedores de servios internacionaisprestarem informaes acerca das suas operaes. Apesar de esta

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    obrigatoriedade ter surgido apenas com a lei de 2011, o SISCOSERV nasceu nocontexto da Poltica de Desenvolvimento Produtivo (PDP), criada pelo governofederal em 2008. Por conta disso, o desenvolvimento do SISCOSERV remontaa dezembro de 2008, com a assinatura do Acordo de Cooperao Tcnica

    entre a RFB e a Secretaria de Comrcio e Servios (SCS), do MDIC.2

    Guarde isso! Os rgos gestores do sistema so a RFB e a Secretaria deComrcio e Servios (SCS)!

    Vejamos os artigos da Lei 12.546/2011:

    Art. 25. instituda a obrigao de prestar informaes para fins

    econmico-comerciais ao Ministrio do Desenvolvimento, Indstria eComrcio Exterior relativas s transaes entre residentes oudomiciliados no Pas e residentes ou domiciliados no exterior quecompreendam servios, intangveis e outras operaes que

    produzam variaes no patrimnio das pessoas fsicas, das pessoasjurdicas ou dos entes despersonalizados.

    => Os intangveis compreendem, por exemplo, osdireitos de propriedade intelectual. Caso sejam cedidospara o exterior ou de l recebidos, isto deve serinformado no sistema.=> Com o termo outras operaes, esto fechando asportas para aqueles que tentassem criar denominaesque no estivessem expressamente indicadas comoservios ou intangveis.=> Conforme o artigo 12 do Cdigo de Processo Civil(Lei 5869/73), so entes despersonalizados, porexemplo, o esplio e o condomnio.

    1o A prestao das informaes de que trata o caput deste artigo:I ser estabelecida na forma, no prazo e nas condiesdefinidos pelo Ministrio do Desenvolvimento, Indstria eComrcio Exterior;II no compreende as operaes de compra e vendaefetuadas exclusivamente com mercadorias; e

    2http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=4&menu=2234

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    III ser efetuada por meio de sistema eletrnico a serdisponibilizado na rede mundial de computadores.

    => Quando importamos um produto, claro que estamos

    importando servios nele embutidos, como a pintura e amontagem. Tais servios no precisam ser declaradosno SISCOSERV, pois j estaro embutidos no preo damercadoria e, por isso, declarados por meio doSISCOMEX.

    2o Os servios, os intangveis e as outras operaes de que tratao caput deste artigo sero definidos na Nomenclatura de que trata oart. 24.

    => o artigo 24 dispe: Sem prejuzo do disposto naLei Complementar n 116/2003 (que instituiu a lista

    para o ISS), o Poder Executivo autorizado a instituir aNomenclatura Brasileira de Servios, Intangveise outras Operaes que Produzam Variaes noPatrimnio (NBS) e as Notas Explicativas daNomenclatura Brasileira de Servios, Intangveis eOutras Operaes que Produzam Variaes noPatrimnio (Nebs).

    => Alm da lista de servios para fins de ISS, ogoverno foi autorizado a criar a NBS para a classificaodo servio a ser informado no SISCOSERV, comoveremos adiante.=> A NBS foi criada por meio do Decreto 7.708/2012.

    3o So obrigados a prestar as informaes de que trata o caputdeste artigo:

    I o prestador ou tomador do servio residente ou

    domiciliado no Brasil;II a pessoa fsica ou jurdica, residente ou domiciliada noBrasil, que transfere ou adquire o intangvel, inclusive osdireitos de propriedade intelectual, por meio de cesso,concesso, licenciamento ou por quaisquer outros meiosadmitidos em direito; eIII a pessoa fsica ou jurdica ou o responsvel legal do entedespersonalizado, residente ou domiciliado no Brasil, querealize outras operaes que produzam variaes no

    patrimnio.

    4o A obrigao prevista no caput deste artigo estende-se ainda:

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    I s operaes de exportao e importao de servios,intangveis e demais operaes; eII s operaes realizadas por meio depresena comercialno exterior relacionada a pessoa jurdica domiciliada no Brasil,

    conforme alnea d do Artigo XXVIII do Acordo Geral sobre oComrcio de Servios (Gats), aprovado pelo DecretoLegislativo 30/1994, e promulgado pelo Decreto n1.355/1994.

    => Veja a referncia ao GATS: devem ser informadosno sistema aqueles servios prestados no exterior pormeio de presena comercial. So os casos, porexemplo, dos servios prestados pela filial do bancobrasileiro na Europa ou pela filial, na frica, da empresa

    brasileira de construo civil.=> A matriz aqui no Brasil vai ter que prestar ainformao no SISCOSERV.

    5o As situaes de dispensa da obrigao previstas no caputdeste artigo sero definidas pelo Ministrio do Desenvolvimento,Indstria e Comrcio Exterior.

    => Pela Portaria MDIC 112/2008, houve a dispensa.

    Art. 2 Ficam dispensadas da obrigao de prestar asinformaes de que trata o caput do art. 1, nasoperaes que no tenham utilizado mecanismospblicosde apoio ao comrcio exterior de servios, deintangveis e demais operaes de que trata o artigo 26da Lei n 12.546, de 14 de dezembro de 2011:I - as pessoas jurdicas optantes pelo Regime EspecialUnificado de Arrecadao de Tributos e Contribuies

    devidos pelas Microempresas e Empresas de PequenoPorte - Simples Nacional e os MicroempreendedoresIndividuais (MEI) de que trata o 1 do artigo 18-A daLei Complementar n 128, de 19 de dezembro de 2008;eII - as pessoas fsicas residentes no Pas que, em nomeindividual, no explorem, habitual e profissionalmente,qualquer atividade econmica de natureza civil oucomercial, com o fim especulativo de lucro, desde queno realizem operaes em valor superior a US$

    20,000.00 (vinte mil dlares dos Estados Unidos daAmrica), ou o equivalente em outra moeda, no ms.

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    => Veja que, se a empresa optante pelo SimplesNacional ou o exportador de US$ 100,00 tiveremutilizado mecanismo pblico de apoio ao comrcio

    exterior, com o uso, por exemplo, de recursosfacilitados do BNDES ou do Tesouro Nacional, ele serobrigado a fazer a declarao no SISCOSERV.

    6o As informaes de que trata o caput deste artigo poderosubsidiar outros sistemas eletrnicos da administrao pblica.

    Art. 26. As informaes de que trata o art. 25 sero utilizadas peloMinistrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior na

    sistemtica de coleta, tratamento e divulgao de estatsticas, noauxlio gesto e ao acompanhamento dos mecanismos de apoioao comrcio exterior de servios, intangveis e s demais operaes,institudos no mbito da administrao pblica, bem como noexerccio das demais atribuies legais de sua competncia.

    => Os objetivos explcitos do SISCOSERV so:i) melhorar as estatsticas; eii) tornar mais eficazes os mecanismos de apoio ao

    comrcio exterior de servios, intangveis e demaisoperaes.

    1 As pessoas de que trata o 3 do art. 25 devero indicar autilizao dos mecanismos de apoio ao comrcio exterior deservios, intangveis e s demais operaes, mediante a vinculaodesses s informaes de que trata o art. 25, sem prejuzo dodisposto na legislao especfica. 2 Os rgos e as entidades da administrao pblica que tenhamatribuio legal de regulao, normatizao, controle ou fiscalizaodos mecanismos previstos no caput deste artigo utilizaro avinculao de que trata o 1 deste artigo para verificao doadimplemento das condies necessrias sua fruio. 3 A concesso ou o reconhecimento dos mecanismos de que tratao caput deste artigo condicionada ao cumprimento da obrigao

    prevista no art. 25.

    => Os trs pargrafos esto chovendo no molhado:1) quem usar os mecanismos de apoio ao comrcio

    exterior de servios vai ter que informar tal uso naoperao que estiver sendo declarada;

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    2) quem fiscaliza o cumprimento das regras dosmecanismos pblicos de apoio pode acessar o sistemapara ver se a operao ocorreu conforme as regras; e3) quem no fizer a declarao direitinho no recebe o

    benefcio.

    A Nomenclatura Brasileira de Servios, Intangveis e outras Operaesque Produzam Variaes no Patrimnio NBS

    A NBS foi criada pelo Decreto 7.708/2012 e foi adotada comonomenclatura nica na classificao das transaes com servios, intangveis eoutras operaes que produzam variaes no patrimnio das pessoas fsicas,

    pessoas jurdicas e entes despersonalizados. Significa que, ao fazermos taisimportaes ou exportaes, a nomenclatura a ser usada na declarao aoSISCOSERV sempre a NBS, e independe tambm do pas com o qual se esttransacionando, seja do Mercosul, seja de fora.

    Consta na pgina do MDIC que a elaborao da NBS teve por base aCentral Product Classification (CPC 2.0), classificador utilizado em todos osacordos comerciais firmados e em negociao pelo Brasil.3

    O Decreto criou tambm as Notas Explicativas da NomenclaturaBrasileira de Servios, Intangveis e outras Operaes que Produzam Variaesno Patrimnio (NEBS), que so de uso subsidirio e ajudam na corretainterpretao dos termos utilizados na NBS.

    Podemos visualizar a NBS como anloga Nomenclatura Comum doMercosul (NCM), utilizada na classificao das mercadorias importadas eexportadas pelos pases do Mercosul. Claro que a NBS indica cdigos deservios, intangveis e demais operaes.

    Em relao s NEBS, podemos fazer tambm analogia com as NotasExplicativas do Sistema Harmonizado (NESH), usadas subsidiariamente nainterpretao dos cdigos da NCM. Mas isso assunto que s interessa paraquem vai fazer a prova de AFRFB, pois j estudou a classificao na NCM e as

    NESH.O cdigo na Nomenclatura Brasileira de Servios, Intangveis e OutrasOperaes que produzam variaes no patrimnio (NBS) composto por novedgitos, sendo que sua significncia, da esquerda para a direita, :

    a) o primeiro dgito, da esquerda para a direita, o nmero 1 e oindicador que o cdigo que se segue se refere a um servio, intangvel ououtra operao que produz variao do patrimnio;b) o segundo e o terceiro dgitos indicam o Captulo da NBS;

    3http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=4&menu=2234

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    c) o quarto e o quinto dgitos, associados ao primeiro e ao segundodgitos, representam a posio dentro de um Captulo;d) o sexto e o stimo dgitos, associados cinco primeiro dgitos,representam, respectivamente, as subposies de primeiro e de

    segundo nvel;e) o oitavo dgito o item; ef) o nono dgito o subitem.

    Por exemplo, o captulo 01 o de servios de construo; o 05, serviosde transporte de cargas. Segue um pequeno trecho da NBS:

    NBS DESCRIO

    1.0101 Servios de construo de edificaes residenciais

    1.0101.10.00 Servios de construo de edificaes residenciais deum e dois pavimentos

    1.0101.20.00Servios de construo de edificaes residenciais commais de dois pavimentos

    1.0102 Servios de construo de edificaes no residenciais

    1.0102.10.00 Servios de construo de edificaes industriais

    1.0102.20.00 Servios de construo de edificaes comerciais

    1.0102.90.00Outros servios de construo de edificaes no

    residenciais

    Quem est estudando para AFRFB sabe que os cdigos de mercadoriasna NCM possuem oito dgitos: os dois primeiros indicam o captulo; os doisseguintes indicam a posio dentro do captulo; o quinto e o sextorepresentam as subposies de 1 e de 2 nveis; o stimo e o oitavorepresentam o item e o subitem. Tudo quase igual em relao ao cdigo NBS.S muda o fato de que, na NBS, h o primeiro dgito, sempre igual a 1. Eu noconsigo entender isso: pr qu o primeiro dgito se ele sempre igual a 1?Algum algum dia vai me dar a explicao. Tenho esperana.

    Como e quando acessar o SISCOSERV?

    Na IN RFB 1.277, de 28 de junho de 2012, a RFB indicou que o uso dosistema se dar pelo acesso ao Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte(e-CAC) na sua pgina da internet. Por outro lado, a Portaria MDIC 113/2008indica que o sistema pode ser utilizado por meio de acesso sua pginaeletrnica. Pode ser por meio de qualquer dos sites (da RFB ou do

    MDIC).

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    Na norma da RFB, so definidos os prazos de alimentao do sistema: 30dias da data de incio da prestao de servio, da comercializao deintangvel, ou da realizao da operao que produza variao no patrimniodas pessoas fsicas, das pessoas jurdicas ou dos entes despersonalizados.

    Excepcionalmente, no caso dos servios prestados por meio de presenacomercial (lembre-se do GATS), a declarao anual, a ser apresentada at ofinal do ms de junho do ano em que ocorreu a prestao do servio. Vejaainda que o faturamento de venda e o pagamento por compra tambm tmque ser informados no sistema, no prazo mximo de 30 dias do evento:

    Art. 3 A prestao das informaes de que trata o art. 1 ter osseguintes prazos:I - 30 (trinta) dias a contar da data de incio da prestao deservio, da comercializao de intangvel, ou da realizao daoperao que produza variao no patrimnio das pessoas fsicas,

    das pessoas jurdicas ou dos entes despersonalizados;II - ltimo dia til do ms de junho do ano subsequente realizao de operaes por meio de presena comercial no exteriorrelacionada pessoa jurdica domiciliada no Brasil. 1 At 31 de dezembro de 2013, o prazo estabelecido no inciso Ido caput ser, excepcionalmente, de 90 (noventa) dias. 2 A prestao das informaes a que se refere o inciso II docaput ser realizada anualmente, a partir de 2014, em relao aoano-calendrio anterior.

    3 A informao relativa ao faturamento de venda de servio,de intangvel, ou de operao que produza variao no patrimniopor pessoas fsicas, pessoas jurdicas e entes despersonalizadosresidentes ou domiciliados no pas, dever ser registrada em at:I - 30 (trinta) dias depois da emisso da nota fiscal oudocumento equivalente, se esta ocorrer depois do incio da

    prestao de servio, da comercializao de intangvel, ou darealizao da operao que produza variao no patrimnio ou emat 30 (trinta) dias depois da data do registro na situao previstano 1; ou

    II - 30 (trinta) dias depois do registro da informao de que tratao inciso I do caput, observado o disposto no 1, se a emisso danota fiscal ou documento equivalente ocorrer antes da data deincio da prestao de servio, da comercializao de intangvel, ouda realizao da operao que produza variao no patrimnio. 4 A informao relativa aopagamento por aquisio de servio,de intangvel, ou de operao que produza variao no patrimnio

    por pessoas fsicas, pessoas jurdicas e entes despersonalizadosresidentes ou domiciliados no pas, dever ser registrada em at:I - 30 (trinta) dias depois do pagamento, se este ocorrer depoisdo incio da prestao de servio, da comercializao de intangvel,ou da realizao da operao que produza variao no patrimnio

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    ou em at 30 (trinta) dias depois da data do registro na situaoprevista no 1; ouII - 30 (trinta) dias depois do registro de que trata o inciso I docaput, observado o disposto no 1 se o pagamento ocorrer antes

    da data de incio da prestao de servio, da comercializao deintangvel, ou da realizao da operao que produza variao nopatrimnio. 5 As informaes de que tratam o inciso I do caput e os 1,3 e 4 sero prestadas conforme cronograma do Anexo nico aesta Instruo Normativa. 6 No incio da prestao das informaes de que trata o 5,dever ser adotada como data de incio da prestao de servios,intangveis e de outras operaes que tenham sido iniciados e noconcludos aquela indicada no Anexo nico a esta Instruo

    Normativa.

    Se voc no lembrar os prazos do SISCOSERV, chute 30 dias. A chancede acertar 99% (a nica exceo nos servios prestados em presenacomercial -> declarao anual).

    Quais so as penalidades para quem descumprir com a obrigao?

    A IN RFB 1.277/2012 definiu a multa de R$ 5.000,00 por ms de atraso,alm da multa de 5% em relao falta de valor declarado.

    Art. 4 Aplica-se multa:I - de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por ms ou frao de atraso,relativamente s pessoas jurdicas, no caso de prestao deinformao fora dos prazos estabelecidos no art. 3;II - de 5% (cinco por cento), no inferior a R$ 100,00 (cem reais),do valor das transaes com residentes ou domiciliados no exterior,

    prprios da pessoa jurdica ou de terceiros em relao aos quais

    seja responsvel tributrio, no caso de informao omitida, inexataou incompleta.Pargrafo nico. O julgamento de impugnaes e recursos contra aaplicao das multas referidas no caput segue o rito do Decreto n70.235, de 6 de maro de 1972.

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    QUESTES

    05 (INDITA) Assinale a alternativa incorreta:

    a) caso a empresa optante pelo Simples Nacional tenha feito uso demecanismo pblico de financiamento, ela obrigada a informar a operao noSISCOSERV, para fins de controle.b) no SISCOSERV devem ser declarados os servios importados e exportados,ainda que estejam incorporados a bens.c) no caso de servios prestados no modo presena comercial, a declaraotem periodicidade anual.d) A Nomenclatura Brasileira de Servios, Intangveis e outras Operaes queProduzam Variaes no Patrimnio possui cdigos de 9 dgitos.e) Os rgos gestores do SISCOSERV so a Receita Federal e a Secretaria de

    Comrcio e Servios.

    ComentriosPor tudo o que vimos, o gabarito a letra B. Se o servio est

    incorporado a bens, ele no precisa ser declarado no SISCOSERV, pois jestar sendo declarado no SISCOMEX.

    06 (INDITA) Assinale a alternativa incorreta:a) Uma das funes do SISCOSERV tornar mais eficazes os mecanismos deapoio ao comrcio exterior de servios.b) No caso de omisso de valores na declarao feita ao SISCOSERV, cabermulta de 10% sobre o valor emitido.c) No caso de exportao de servios por pessoa fsica que no exploreatividade civil ou comercial, habitual e profissionalmente, o registro noSISCOSERV s ser necessrio se o valor da operao passar de US$20.000,00d) O SISCOSERV pode ser acessado tanto pela pgina da RFB quanto do MDICna internet.

    e) As exportaes por entes despersonalizados tambm so passveis deregistro no SISCOSERV.

    ComentriosAs letras A, C, D e E so literais dos dispositivos transcritos na aula.A letra B est errada, pois a multa de apenas 5%.

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    21. Procedimentos Especiais de Controle Aduaneiro (Parte II)

    A legislao aduaneira prev 3 (trs) espcies de procedimentosespeciais, previstas nos artigos 793 a 801. Na aula anterior, o Missagia

    comentou o procedimento de fiscalizao relativo aos artigos 793 a 795.Hoje eu comento os outros dois procedimentos: medida cautelar fiscal e

    declarao de inaptido.

    Medida Cautelar Fiscal

    A medida cautelar fiscal prevista na Lei 8.397/1992.Em linhas gerais, se o sujeito passivo comea a dilapidar seu patrimnio

    ou intenta fugir, a RFB tem a possibilidade de requerer a indisponibilidadedos bens do sujeito, conforme dispe a lei:

    Art. 4 A decretao da medida cautelar fiscal produzir, deimediato, a indisponibilidade dos bens do requerido, at o limiteda satisfao da obrigao.Art. 5 A medida cautelar fiscal ser requerida ao Juiz competentepara a execuo judicial da Dvida Ativa da Fazenda Pblica.

    Claro que a indisponibilidade no ser requerida ao juiz diretamente pela

    RFB, mas por meio da Procuradoria da Fazenda Nacional:IN RFB 1.171/2011, art. 13. O titular da unidade da RFB dodomiclio tributrio do sujeito passivo encaminhar representao

    para a propositura de medida cautelar fiscal correspondenteunidade da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacionalquando osujeito passivo (...)

    As situaes englobadas pela cautelar so listadas no RegulamentoAduaneiro:

    Art. 797. A medida cautelar fiscal poder ser requerida contra osujeito passivo de crdito tributrio ou no-tributrio, quando odevedor:I - sem domiclio certo, intenta ausentar-se ou alienarbens que

    possui ou deixa de pagar a obrigao no prazo fixado;II - tendo domiclio certo, ausenta-se ou tenta ausentar-se, visandoa elidir o adimplemento da obrigao;III - caindo em insolvncia, aliena ou tenta alienar bens;IV - contrai ou tenta contrairdvidas que comprometam a liquidezdo seu patrimnio;

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    V - notificado pela Fazenda Pblica para que proceda aorecolhimento do crdito fiscal:a) deixa de pag-lo no prazo legal, salvo se suspensa suaexigibilidade; ou

    b) pe ou tenta por seus bens em nome de terceiros;VI - possuidbitos, inscritos ou no em Dvida Ativa, que somadosultrapassem trinta por cento do seu patrimnio conhecido;VII - aliena bens ou direitos sem proceder devida comunicaoao rgo da Fazenda Pblica competente, quando exigvel emvirtude de lei;VIII - tem sua inscrio no cadastro de contribuintes declaradainapta, pelo rgo fazendrio; ouIX - pratica outros atos que dificultem ou impeam a satisfao

    do crdito.

    Para que seja decretada a indisponibilidade dos bens do sujeito, tem quecumprir o disposto no artigo 798 do RA:

    Art. 798. Para a concesso da medida cautelar fiscal, essencialque seja apresentada:I - prova literal da constituio do crdito fiscal; eII - prova documental de algum dos casos mencionados no art.797.

    Para fins do inciso I, a RFB editou a IN 1.171/2011, dispondo no artigo14: Considera-se prova literal da constituio do crdito tributrio o auto deinfrao, a notificao de lanamento ou qualquer ato inequvoco, ainda queextrajudicial, que importe em confisso ou reconhecimento do dbito pelodevedor.

    Declarao de Inaptido (RA, art. 801)

    A inscrio da empresa no cadastro CNPJ poder ser declarada INAPTAem duas situaes:

    - no localizao da empresa no endereo informado ao CNPJ; e- no comprovao da origem, disponibilidade e efetiva transferncia dos

    recursos empregados em operaes de comrcio exterior.

    Art. 801. Ser declarada inapta, nos termos e condies definidospela Secretaria da Receita Federal do Brasil, a inscrio no CNPJ da

    pessoa jurdica que no for localizada no endereo informado aoCNPJ.

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    1o Ser tambm declarada inapta a inscrio da pessoa jurdicaque no comprove a origem, a disponibilidade e a efetivatransferncia, se for o caso, dos recursos empregados emoperaes de comrcio exterior.

    O primeiro caso autoexplicativo.O segundo uma das atividades que mais temos feito no nosso dia a dia

    aduaneiro. Digamos que seja aberta uma ao fiscal para investigarmosdeterminada empresa, tendo em vista que ela est operando em valoresincompatveis com as declaraes DIPJ que entregou RFB.

    Considerando que ela est operando com recursos incompatveis com suasituao contbil e fiscal, intimamo-la a entregar a comprovao de que osrecursos usados na liquidao dos contratos de cmbio so recursos lcitos,amparados em operaes reais, e declarados RFB.

    Caso ela no comprove que os recursos so fruto de suas operaes, elaest recebendo recursos de algum. Pode ocorrer uma das duas situaes:

    i. caso descubramos aquele que est por trs da operao, configura-sea ocultao do real beneficirio (interposio fraudulenta comprovada) ea sero geradas duas consequncias: perdimento dos bens (RA, art. 689,XXII) e multa de 10% pela cesso de nome (art. 727) (os artigos esto aembaixo); ou

    ii. o sujeito no consegue comprovar a origem dos recursos que ele

    usou e no apresenta ningum que pudesse ser o ocultado. Neste caso,configura-se a interposio fraudulentapresumida e tambm haver duasconsequncias, mas diferentes: perdimento dos bens (RA, art. 689, XXII c/c 6) e inaptido do CNPJ (art. 801, 1), sendo obviamente mais grave do queo primeiro caso.

    Se eu fosse apostar alguma coisa em relao matria deinfraes e penalidades, eu apostaria na cobrana das duas situaesacima, pois aquilo sobre o qual a aduana mais tem investido recursoshumanos e materiais nos ltimos anos.

    Art. 689. Aplica-se a pena de perdimento da mercadoria nas seguinteshipteses, por configurarem dano ao Errio:

    XXII - estrangeira ou nacional, na importao ou na exportao, nahiptese de ocultao do sujeito passivo, do real vendedor, compradorou de responsvel pela operao, mediante fraude ou simulao,inclusive a interposio fraudulenta de terceiros.

    Observao: tais infraes sero punidas com multa equivalente aovalor aduaneiro da mercadoria, na importao, ou ao preo

    constante da respectiva nota fiscal ou documento equivalente, na

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    exportao, quando a mercadoria no for localizada, ou tiver sidoconsumida ou revendida (Lei 12.350/2010)

    6o Para os efeitos do inciso XXII, presume-se interposiofraudulenta na operao de comrcio exterior a no comprovao da

    origem, disponibilidade e transferncia dos recursos empregados.Art. 727. Aplica-se a multa de dez por cento do valor da operao pessoa jurdica que ceder seu nome, inclusive mediante adisponibilizao de documentos prprios, para a realizao de operaesde comrcio exterior de terceiros com vistas ao acobertamento de seusreais intervenientes ou beneficirios. 1o A multa de que trata o caput no poder ser inferior a R$ 5.000,00. 2o Entende-se por valor da operao aquele utilizado como base declculo do imposto de importao ou do imposto de exportao, deacordo com a legislao especfica, para a operao em que tenhaocorrido o acobertamento. 3 A multa de que trata o caput no prejudica a aplicao da pena de

    perdimento s mercadorias na importao ou na exportao.

    QUESTO

    07 (INDITA) Assinale a alternativa incorreta:

    a) no caso de interposio fraudulenta presumida, o importador se submete multa de 10% sobre o valor dos bens importados.b) no caso de aplicao de pena de perdimento, caso no se localize o bempara apreenso, caber a multa equivalente ao valor aduaneiro da mercadoria.c) Presume-se a interposio fraudulenta quando o importador no conseguecomprovar a origem, disponibilidade e efetiva transferncia dos recursosempregados na operao de comrcio exterior.d) No caso de interposio fraudulenta comprovada, cabe o perdimento dosbens importados.e) Na interposio fraudulenta comprovada, h cumulao de perdimento emulta.

    ComentriosLetra A: incorreta. No caso de presumida, h inaptido e perdimento.Letra B: correta, como vimos na pgina anterior.Letra C: correta. Art. 689, 6.Letra D: correta. No caso de interposio fraudulenta (comprovada ou

    presumida), sempre cabe o perdimento.

    Letra E: correta, como vimos.

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    08 (INDITA) Assinale a alternativa que contm as afirmativascorretas:I - A medida cautelar fiscal requerida ao juiz pela Procuradoria da FazendaNacional.

    II - A medida cautelar fiscal promove a imediata execuo das dvidasvincendas do sujeito passivo.III - A indisponibilidade dos bens do sujeito passivo apenas no montantenecessrio para cobrir o valor da obrigao do sujeito.a) I, II e IIIb) I e IIc) I e IIId) II e IIIe) I

    ComentriosA cautelar requerida pela Procuradoria da Fazenda Nacional, muitas

    vezes provocada pela RFB.A cautelar promove apenas a indisponibilidade dos bens do sujeito, no a

    antecipao das dvidas vincendas.A indisponibilidade apenas no montante necessrio para a satisfao do

    crdito.Gabarito: C.

    Grande abrao e que Deus ilumine o seu caminho.Estou orando por voc.

    Rodrigo Luz

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    QUESTES ANALISADAS NESTA AULA

    01 (AFTN/setembro 1994) Examine as hipteses abaixo e indique aseguir a opo que contm todas as afirmaes corretas. Considera-seabandonada a mercadoria: (adaptada)1) Se aps 60 dias contados da descarga, permanecer em recinto alfandegadosem que seu despacho tenha sido iniciado.2) Proveniente de naufrgio ou outros acidentes, que permanecer em recintoalfandegado sem que seu despacho tenha sido iniciado dentro de 90 dias,contados da notificao do sujeito passivo, para fazer a prova de propriedadeou posse e promover o despacho da mercadoria.3) 45 dias aps esgotar-se o prazo de permanncia em recinto alfandegado dezona secundria, sem que seu despacho tenha sido iniciado.

    4) Quando se interromper o despacho aduaneiro, por ao ou omisso doimportador, por mais de 90 dias.5) Importada a ttulo no definitivo e que no tiver iniciado seu processo dedespacho aduaneiro at 90 dias contados da descarga.a) (1), (2), (3) e (5)b) (4) e (5)c) (2) e (5)d) (1) e (4)e) (3) e (5)

    02 (TTN/1997 Aduana) O conhecimento de carga documentoindispensvel instruo do despacho aduaneiro de importao. Nessesentido, dever ser objeto de exigncia pelo fisco a sua apresentaoou a de documento equivalente no prazo mximo de 60 dias, aps oquea) a mercadoria ser, de imediato, levada a leilo para ressarcimento dosprejuzos causados Fazenda Nacional e empresa depositria.b) ser caracterizada a interrupo do despacho, considerando-se ento a

    mercadoria abandonada acarretando sua apreenso em processoadministrativo para posterior destinao.c) dar novo prazo ao importador para comprovar a posse ou propriedade damercadoria.d) a fiscalizao considerar que o titular do despacho aduaneiro no oproprietrio das mercadorias e de imediato a confisca, autorizando a restituiodos tributos pagos.e) o importador ser intimado a pagar a multa pela falta do conhecimento decarga no prazo de 30 dias, sob pena de a mercadoria ser apreendida e vendidaem concorrncia pblica ou leilo.

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    03 (TTN/1998) O no comparecimento do importador ou seurepresentante para assistir verificao da mercadoria nos 60(sessenta) dias contados a partir da distribuio da declarao deimportao ao fiscal designado

    a) acarreta a perda automtica da mesma em favor da Fazenda Nacional.b) acarreta o imediato incio do processo de vistoria aduaneira para apurar ocrdito tributrio exigvel do responsvel.c) autoriza o Fisco a proceder abertura compulsria dos volumes e a adotaros procedimentos tendentes apurao do crdito fiscal em favor da FazendaNacional.d) caracteriza a interrupo do despacho aduaneiro.e) passvel de aplicao de penalidade pecuniria ao importador pordescumprimento de obrigao acessria, reabrindo-se novo prazo pela metade,

    aps o que a mercadoria ser considerada abandonada.

    04 (INDITA) Assinale a alternativa incorreta:a) a mercadoria sujeita a mero abandono pode ser liberada pela aduanamediante pagamento do valor aduaneiro.b) o Regulamento Aduaneiro trata das mercadorias abandonadas com ou semdano ao Errio.c) o prazo para se considerar abandonada mercadoria, aps vencido seu prazode permanncia em recinto alfandegado de zona secundria, 45 dias.

    d) nem toda mercadoria abandonada est sujeita pena de perdimento.e) remessa postal internacional sujeita ao regime de tributao simplificada eque seja considerada abandonada no representa dano ao Errio.

    05 (INDITA) Assinale a alternativa incorreta:a) caso a empresa optante pelo Simples Nacional tenha feito uso demecanismo pblico de financiamento, ela obrigada a informar a operao noSISCOSERV, para fins de controle.b) no SISCOSERV devem ser declarados os servios importados e exportados,

    ainda que estejam incorporados a bens.c) no caso de servios prestados no modo presena comercial, a declaraotem periodicidade anual.d) A Nomenclatura Brasileira de Servios, Intangveis e outras Operaes queProduzam Variaes no Patrimnio possui cdigos de 9 dgitos.e) Os rgos gestores do SISCOSERV so a Receita Federal e a Secretaria deComrcio e Servios.

    06 (INDITA) Assinale a alternativa incorreta:

    a) Uma das funes do SISCOSERV tornar mais eficazes os mecanismos deapoio ao comrcio exterior de servios.

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    b) No caso de omisso de valores na declarao feita ao SISCOSERV, cabermulta de 10% sobre o valor emitido.c) No caso de exportao de servios por pessoa fsica que no exploreatividade civil ou comercial, habitual e profissionalmente, o registro no

    SISCOSERV s ser necessrio se o valor da operao passar de US$20.000,00d) O SISCOSERV pode ser acessado tanto pela pgina da RFB quanto do MDICna internet.e) As exportaes por entes despersonalizados tambm so passveis deregistro no SISCOSERV.

    07 (INDITA) Assinale a alternativa incorreta:a) no caso de interposio fraudulenta presumida, o importador se submete

    multa de 10% sobre o valor dos bens importados.b) no caso de aplicao de pena de perdimento, caso no se localize o bempara apreenso, caber a multa equivalente ao valor aduaneiro da mercadoria.c) Presume-se a interposio fraudulenta quando o importador no conseguecomprovar a origem, disponibilidade e efetiva transferncia dos recursosempregados na operao de comrcio exterior.d) No caso de interposio fraudulenta comprovada, cabe o perdimento dosbens importados.e) Na interposio fraudulenta comprovada, h cumulao de perdimento emulta.

    08 (INDITA) Assinale a alternativa que contm as afirmativascorretas:I - A medida cautelar fiscal requerida ao juiz pela Procuradoria daFazenda Nacional.II - A medida cautelar fiscal promove a imediata execuo das dvidasvincendas do sujeito passivo.III - A indisponibilidade dos bens do sujeito passivo apenas nomontante necessrio para cobrir o valor da obrigao do sujeito.a) I, II e IIIb) I e IIc) I e IIId) II e IIIe) I

    GABARITOS01 E

    02 B

    03 D

    04 A

    05 B

    06 B

    07 A

    08 C