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04/11/13
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Classificação dos artrópodes Filo Classe Ordem
Arachnida Acari (ácaros, carrapatos) Arthropoda
-‐Hemiptera (percevejos e triatomíneos) -‐ Anoplura (piolhos) Insecta -‐Siphonaptera (pulgas) -‐Diptera (moscas e mosquitos)
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Principais diferenças morfológicas
• Aracnídeos: possuem cefalotórax (fusão da cabeça com o tórax), abdômen e 4 pares de patas • Insetos: possuem o corpo dividido em 3 partes (cabeça, tórax e abdômen), 3 pares de patas, 1 par de antenas
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# Pediculose: infestação por piolhos sugadores (Ordem: Anoplura) • Agentes eRológicos: Pediculus capi,s (piolho da cabeça); Pediculus corporis (piolho do corpo ou muquirana)
• Adultos -‐ Presença de antenas -‐ Inseto sem asas -‐ Corpo (achatado dorso-‐ventralmente): cabeça, tórax e abdome • Ovos (lêndeas) • Piolhos são hematófagos obrigatórios em
todas as fases de desenvolvimento 3
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• Patogenia e sintomatologia: • P. Capi,s Menor – 3,0 mm comprimento Ovos: necessitam do calor da cabeça p/ eclodir (quanto + na base melhor) 7-‐10 ovos/dia / 200 ovos durante sua vida (vivem por 40 dias) • P. Corporis Maior – 3,5 mm comprimento Ovos: encontrados nas roupas7-‐10 ovos/dia / 110 ovos durante sua vida (vivem por 3 meses) • Incubação 9 dias (para os 2) 4
• Patogenia e sintomatologia: P. capi,s → lesões no couro cabeludo -‐ reação inflamatória discreta à picada do piolho, com formação de pequenas pápulas pruriginosas
• P. corporis → lesões no dorso, axilas, nádegas e coxas
• Mecanismo de transmissão: -‐ Piolho da cabeça: diretamente de pessoa para pessoa -‐ Piolho do corpo: transmissão pelas roupas
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DiagnósRco • Encontro de ovos (lêndeas) ou os insetos adultos nos cabelos (P. capi(s) ou roupas (P. corporis)
Deposição de ovos junto à base dos fios de cabelos
Adesão decorrente de uma substância produzida pela fêmea
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# PiRrose , PiRríase; FiRríase ou FiRrose • Agente eKológico: Pthirus pubis (“chato”)
• Tórax e abdome com aspecto fusionado • 3 pares de pernas com ganchos • Sem asas
Mecanismo de transmissão: contato sexual
• Patogenia e sintomatologia: irritação mecânica
devida à picada do P. pubis, com intenso prurido
na região pubiana
• DiagnósRco: encontro de P. pubis na região pubiana 7
• PREVALÊNCIA -‐ P. capi,s: crianças e jovens (6-‐13 anos) Mais prevalente no sexo feminino No Brasil entre abril – setembro (picos abril e agosto, coincidindo c/ início ou reinício das aRvidades leRvas. É habitante do couro cabeludo e não dos cabelos
-‐ P. humanus: adulto marginalizados (mendigos, prisioneiros, prosRtutas). Mais frequente em países de clima frio ou em soldados durante a guerra (troca de roupa menos frequente)
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TRATAMENTO -‐ Piolho do corpo: DTT a 10% polvilhado nas vestes
(alternaRvos: malathion e lindane)
Roupas de corpo e cama: -‐ aquecimento a 70 graus por 1 hora ou
-‐ 2 horas em água fria com formol ou lysoform (repeRr a cada 4 dias)
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-‐ Pediculose (P. capiRs) cabeça: há controvérsias sobre o uso de medicamentos – grupo a favor/ contra:
1) Catação manual (não espremer entre os dedos) Rfo exantemáRco R. prowazekii ou febre das trincheiras B. Quintana
2) Pentear ou escovação frequente (reRrar adultos e ninfas
3) Ar quente: bom efeito contra lêndeas
4) Raspagem da cabeça
5) Corte curto: só se cortado até 8 mm a parRr do couro cabeludo
6) Óleos, cremes, vaselina: dificultam a sobrevivência do inseto, pq os fios ficam escorregadios 10
-‐ Benzoato de Benzila: arcasan, escabiol, miRcoçan
-‐ Piretróides sintéRcos: Deltacid, Kwell
Mesma medicação pode ser usada para P. pubis
RepeRr de acordo c/ o fabricante
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# Tungíase
Ordem Siphonaptera
• Agente eRológico: Tunga penetrans
(pulga da areia,“bicho do pé”)
• Tamanho: 1mm (a menor espécie de pulga conhecida)
• Ausência de asas
• macho e fêmea são hematófagos, mas só a fêmea penetra os tecidos
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• Mecanismo de transmissão: -‐ penetração aKva da fêmea grávida na pele do homem (principalmente solo plantar, calcanhar e cantos dos dedos) onde ocorre o desenvolvimento dos ovos (hosp. Porco, homem, cão e gato) • Patogenia e sintomatologia: -‐ provoca irritação no local que se manifesta por prurido intenso e “agulhadas”; eventualmente a lesão pode ser foco de infecções bacterianas secundárias (abcessos e supuração) e porta de entrada para tétano e micoses
• DiagnósRco: Inspeção da lesão: pequeno tubérculo como uma ervilha, com um pequeno ponto central caracterísKco que é o úlKmo segmento abdominal da pulga
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Tratamento: ReRrada do parasito do local (c/ auxílio de agulha estéril, limpar o local, reRrar tendo o cuidado de não romper o parasito e usar um anRsépRco local) Profilaxia: Varreção diária Uso de calçados Lavar, pentear e escovar os animais] Usar aspirador de pó, lavar pisos Manejo do solo (rotação e movimento do solo, evitando as condições ideais de desenvolvimento “umidade e temperatura)
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# ESCABIOSE OU SARNA / Classe Arachnida • Ordem Acari: compreende os ácaros e carrapatos • OS ÁCAROS SÃO IMPORTANTES CAUSADORES DE DERMATOSES HUMANAS EX: Sarcoptes scabiei CAUSADOR DA ESCABIOSE OU SARNA HUMANA Existem várias espécies que causam a escabiose, mas a variedade hominis é que causa doença no homem
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• Tamanho: 0,2 – 0,4 mm
• Forma ovóide
• 4 pares de pernas em forma cônica
(A) dorsal (B) ventral
-‐ Morfologia: Sarcoptes scabiei
• Na extremidade dos 2 primeiros pares de pernas
existem ventosas que estão fixas à apêndices
pedunculados 16
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CICLO BIOLÓGICO -‐ ADULTOS PERFURAM TÚNEIS OU GALERIAS NA EPIDERME (regiões interdigitais, mãos, punhos, cotovelos, axilas, virilhas, nádegas, genitais externos, seios, costas e pernas)
-‐ AS FÊMEAS DEIXAM UM RASTRO DE OVOS DURANTE O SEU PERCURSO (3 A 4 OVOS POR DIA). Tempo de vida 4 semanas (40-‐50 ovos) -‐ INCUBAÇÃO 3-‐5 DIAS, ECLODEM E VÃO P/ SUPERFÍCIE, FICAM NAS CROSTAS QUE RECOBREM AS GALERIAS. DEPOIS DE 8-‐10 DIAS TRANSFORMAM-‐SE EM ADULTOS PERFURANDO NOVAS GALERIAS
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• Patogenia e sintomatologia: os adultos perfuram galerias ou túneis na epiderme • Reação inflamatória: escoriações, vesículas, urRcária e prurido intenso (manifesta-‐se principalmente à noite)
Fêmea de S. scabiei em “galeria” na pele
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• AnRgamente era um doença comum entre a população.
Advento de medicamentos mais eficazes e higiene mais aprimorada, tornou-‐se rara
• A PARTIR DA DÉCADA DE 70 ELEVOU-‐SE O NÚMERO DE PESSOAS APRESENTANDO
ESTE PARASITO
• PRINCIPAIS RAZÕES: ↑ DA POPULAÇÃO, FAVORECENDO MAIOR CONTATO EM
AMBIENTES COLETIVOS: (POR EXEMPLO: ÔNIBUS); PROMISCUIDADE SEXUAL E
MUDANÇA DE COMPORTAMENTO HUMANO EM GERAL
• SURTOS EPIDÊMICOS, SEGUIDOS POR PERÍODOS DE MENOR PREVALÊNCIA
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• Transmissão:
-‐ ↑ CONSIDERÁVEL DA POPULAÇÃO (maior contato em elevadores,
ônibus, salas de aula)
-‐ MODIFICAÇÃO NOS HÁBITOS E COSTUMES (as pessoas se abraçam e
beijam mais atualmente)
-‐ RESISTÊNCIA DOS ECTOPARASITOS AOS MEDICAMENTOS
TRADICIONAIS
-‐ DESINFORMAÇÃO DA POPULAÇÃO, TANTO DOS PACIENTES QUANTO
DOS PROFISSIONAIS NA ÁREA DA SAÚDE RESPONSÁVEIS PELO
DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE
CONTATO DIRETO ENTRE PESSOAS
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DIAGNÓSTICO:
• CLÍNICO: OBSERVAÇÃO DAS LESÕES • PARASITOLÓGICO: -‐ APLICAÇÃO DE FITA GOMADA SOBRE AS CROSTAS PARA ADESÃO DO S. scabiei, COLAR NA LÂMINA E VERIFICAR NO MICROSCÓPIO (10 E 40X) • RASPAGEM PROFUNDA DA EPIDERME NO LIMITE DAS CROSTAS E PELE SÃ → LÂMINA → NaOH OU LACTOFENOL (PARA CLARIFICAR) → MICROSCÓPIO (10 E 40X)
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• TRATAMENTO
-‐ BANHO MORNO, DEMORADO, COM SABÃO PRÓPRIO (tetmosol) ,
PARA AMOLECER E RETIRAR AS CROSTAS
-‐ APÓS APLICAR LOCALMENTE:
BENZOATO DE BENZILA (ESCABIOL), DELTAMETRINA
(DELTACID), THIABENDOZOLE (FOLDAN), MONOSSULFETO DE
TETRAETILTIURAM (TETMOSOL), DURANTE 3 DIAS
EM CASOS DE CONTAMINAÇÃO BACTERIANA PODE-‐SE ACRESCENTAR
PERMANGANATO DE POTÁSSIO À ÁGUA 1: 10.000
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# FEBRE MACULOSA: -‐ Agente eRológico: RickeGsia rickeGsii (bactéria)
-‐ Vetor: carrapatos EUA: FEBRE MACULOSA DAS MONTANHAS ROCHOSAS Dermacentor andersoni, D. variabilis
No Brasil: FEBRE MACULOSA BRASILEIRA Amblyomma cajennense Europa: Febre Mediterrânea ou botonosa Rhipicephalus sanguineus
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• Transmissão: Picada do carrapato • Período de incubação: ~ 3 a 10 dias • Sintomas: -‐ de febre alta, cefaléia e artralgias -‐ Podem aparecer petéquias que se distribuem dos membros para o corpo em 30% dos casos, -‐ mal estar e anorexia -‐ Nas formas severas da doença, falência renal e edema pulmonar não cardiogênico são observados. -‐ Sinais digesKvos e neurológicos podem também estar presentes -‐ A mortalidade em casos não tratados é de 10% a 25%
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• DignósRco: Ø Imunofluorescência Indireta Ø Isolamento em cultura de células VERO Ø Reação de Polimerase em Cadeia
• DignósRco difencial: gripe, dengue, leptospirose, hepaKte viral, salmonelose, encefalite, malária, meningite • Tratamento: Doxiciclina Prevenção: roupas apropriadas, reKrada do carrapato em até 6 horas
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Fim!!!!
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