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Aula 15 –Ambientes de transição – Estuários e Deltas
Turma: 2015/1
Profª. Larissa Bertoldi
GEOLOGIA GERALCIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Quarta – 14 às 18h museu IC II
• Diversas definições e pouco consenso entre pesquisadores.
• Existem diversas definições para estuário: Pritchard, 1952;Dione, 1963; Fairbridge, 1980; Boyd et al., 1992; Dalrymple etal., 1992; Perillo, 1995;
• A maioria trata-se de uma evolução ou complementação dadefinição mais antiga.
• Quais parâmetros são importantes na definição eclassificação de estuários?
• Geomorfologia
• Hidrodinâmica (ação da maré)
• Salinidade
• Etc, etc.
Estuário
• Perillo (1995):
“Corpos de água costeiros semi-confinados que seestendem até o limite de influência da maré, recebendoágua do mar por uma ou mais ligações com o maraberto, significantemente diluído com água docederivada da drenagem e que pode sustentar espéciesbiológicas eurihalinas em ambas as partes de seusciclos de vida.”
• Tenta englobar parâmetros físicos, geológicos, químicos ebiológicos
Estuário
• Encontrados em todo tipo de clima e maré ao redor doglobo. São mais desenvolvidos em planícies costeiras demédias latitudes ao longo de plataformas continentaisextensas.
Origem dos Estuários
• A origem dos estuários modernos estáassociada a inundação de vales,formados por rios ou movimentostectônicos, a partir da transgressãomarinha pós-glacial iniciada a 18.000anos A.P.
• Feições ditas efêmeras ougeologicamente jovens, que estãosendo preenchidas por sedimento.
Origem dos Estuários
Estuário
• CLASSIFICAÇÃO
Geológica – Geomorfológica
• Planície Costeira
• Fiordes
• Laguna costeira
• Tectônico
Mistura - Estratificação da salinidade
• Cunha Salina – Bem Estratificado
• Parcialmente Estratificado
• Bem Misturado
Estuário
• CLASSIFICAÇÃO
Geológica – Geomorfológica
• Planície Costeira: formados a partir do afogamento devale de rios a partir da subida do nível do mar.
• Ex: Baía de Vitória, Cheseapeake.
Estuário
• CLASSIFICAÇÃO
Geológica – Geomorfológica
• Fiordes: forma de “U” com paredes geralmenteíngremes e com grandes profundidades.
• Ex: Noruega.
Estuário
• CLASSIFICAÇÃO
Geológica – Geomorfológica
• Barras arenosas ou Lagunas costeiras: rasos eseparados do oceano por barras arenosas depositadasparalelamente à costa pela ação de ondas e em funçãoda subida do nível do mar. Áreas dominadas porondas.
• Ex.: Laguna de Araruama, RJ.
Ex.: Baía de Sepetiba, RJ
Estuário
• CLASSIFICAÇÃO
Geológica – Geomorfológica
• Falhamento ou Dobramento: falhamentos oudobramentos onde há uma chegada fluvial e está emcontato com o mar.
Ex: Baía de GuanabaraBáia de Todos os SantosBaía de São Francisco (EUA)
Estuário
• CLASSIFICAÇÃO
Mistura - Estratificação da salinidade
• Cunha Salina ou Bem Estratificado: Estuários comregime de micromaré.
Descarga fluvial de menor densidade flui sobre a cunhasalina mais densa.
Gradiente bem marcado de densidade e salinidade comdesenvolvimento de uma haloclina estável.
• No Brasil os manguezais mais extensos estão noAmapá, Maranhão e Pará
Maior variação de maré
Região de Macromaré
São Luís
Estuário - Marés
Macromaré
Mesomaré
Micromaré
menores que 2 metros
entre 2 e 4 metros
maiores que 4 metros
Estuário - Marés
• CLASSIFICAÇÃO
Mistura - Estratificação da salinidade
• Parcialmente misturados ou Fracamente estratificado– Estuários de micro e mesomaré.
• Mistura mais efetiva em função da maior intensidade dascorrentes de maré aumentando a força de cisalhamentoao longo da interface entre as camadas de água.
• Mistura provoca um gradiente longitudinal na salinidade,com diminuição em direção à cabeceira do estuário.
Estuário
Estuário
• CLASSIFICAÇÃO
Mistura - Estratificação da salinidade
• Parcialmente misturado ou Fracamenteestratificado
Cunha salina
Estuário
• CLASSIFICAÇÃO
Mistura - Estratificação da salinidade
• Bem misturados – Estuários de macromaré ou comcorrentes de maré muito fortes em relação ao fluxofluvial.
• Mistura efetiva em função da força de cisalhamentocausada pelas correntes de maré ao longo da interfaceentre as camadas de água.
• Ausência de gradiente vertical de salinidade. Salinidadepraticamente não varia com a profundidade, maslongitudinalmente no estuário.
Estuário
• CLASSIFICAÇÃO
Mistura - Estratificação da salinidade
• Bem misturados
Fracamente estratificadoCunha salina
Estuário
• CARACTERÍSTICAS A tendência de todo estuário éser preenchido por sedimento, levando aodesenvolvimento de uma planície deltaica.
• O padrão de preenchimento de um estuário depende doprincipal condicionador hidrodinâmico: maré ou ondas.
Estuário
• ESTUÁRIOS DOMINADOS POR MARÉ O padrão desedimentação nestes estuários é dominado por barrasarenosas alongadas na direção da corrente, comsandwaves associadas. Estas sandwaves comumenteapresentam reversão de sua assimetria.
Ex: Severn (Gales), Gironde (França), Baia Blanca (Argentina), Humber (UK)
sandwaves
Estuário
• ESTUÁRIOS DOMINADOS POR ONDA O padrão desedimentação nestes estuários é dominado por um canalde maré, onde se formam deltas de enchente e vazante.O interior do estuário é dominado por sedimentaçãofina.
Muitos são caracterizados por lagunas.
Ex: costa leste americana.
Sedimentação em Estuários
• TRANSPORTE DE SEDIMENTOS
• Material Dissolvido
• Carga em Suspensão
• Carga de fundo (saltação e rolamento)
Granulometria
Continente:
Progradante Costa avança sobre o mar.
Retrogradante O mar avança sobre a costa.
Oceano:
Transgressivo Subida do nível do mar.
Regressivo Descida do nível do mar.
Sedimentação em Estuários
O conceito de deltas é um dos mais antigos em geologia,sendo introduzido cerca de 450 anos A.P. porHerodotus se referindo a forma da planície formada nadesembocadura do Rio Nilo, similar a letra grega ∆.
Deltas podem se desenvolver em qualquer corpo d’águaonde o sedimento se acumula mais rápido do que sedispersa.
Deltas (costeiros) são formados por acumulação desedimento terrígeno transportados pelo rio edepositados na região de encontro o mar.
Deltas
Quando o fluxo de sedimento transportado pelo rio ésuficientemente grande para preencher um estuário e aação das ondas e correntes é incapaz de dispersar todoo aporte sedimentar que chega à desembocadura dorio, o sedimento é depositado na forma de delta.
O resultado desta acumulação é a progradação dalinha de costa.
Classificação dos Deltas contribuição relativa dasforçantes hidrodinâmicas: fluxo fluvial, ondas e marés.
Deltas
São caracterizados por extensas bacias de drenagem,geralmente deságuam em regiões costeiras mais protegidas eonde o prisma de maré é menor que a descarga fluvial.
Morfologicamente descritos como tipo pé de pássaro.
Ex: Mississipi, Pó, Mahakan, Amazonas.
Deltas dominados por rios
Se desenvolvem em costas com mar aberto e grande exposição àação de ondas.
Morfologicamente caracterizados por barras de espraiamento ecristas de praia.
Ex: São Francisco, Reno, Nilo, Ebro, Paraíba do Sul, Doce.
Deltas dominados por ondas
Se desenvolvem em costas onde o prisma de maré é maior que adescarga fluvial
Morfologicamente caracterizados por barras linearesperpendiculares à desembocadura.
Ex: Ganges.
Deltas dominados por marés
A morfologia de um delta é função do regime deltáicopredominante, ou seja, a combinação das três forçanteshidrodinâmicas atuantes: fluxo fluvial, ondas e marés.
Aliado às condicionantes hidrodinâmicas, estaria aindaa variação relativa do nível do mar.
Embora exista uma variação morfológica dos deltas,três unidades morfológicas são comuns em quasetodos: Planície Deltaica Frente Deltaica Prodelta
Deltas – Estrutura e Morfologia
Para muitos autores, apenas os deltas dominados por riosseriam deltas verdadeiros, uma vez que o depósito e amorfologia deltaica são formados por sedimentos fluviais.
A discussão existe porque muitos deltas dominados por ondas,por exemplo, tem seus depósitos também associados à derivalitorânea, com grande contribuição de sedimento marinho. Ex:São Francisco, Doce, Paraíba do Sul.
Da mesma forma, deltas dominados por maré “podem serconsiderados estuários”. Porém um grande número de deltaspossuem os critérios para delta e são significantementemodificados por ondas e marés.
Principal critério para definir um delta – transporteresultante de sedimento em direção ao mar provocandoprogradação da costa.
Deltas - Será??
Indica a progradação da costa.
Pode ser cortada por vários canais distributários ou um
único.
O gradiente é geralmente horizontal ou bastante suave.
Deltas – Planície Deltaica
Mississipi
Planície deltaica superior éformada por depósitostipicamente fluviais como:
Planície de inundação (árearelativamente plana adjacente aum rio, coberta por água nasépocas de enchente);
Diques de arrombamento
Deltas – Planície Deltaica
Planície deltaica inferior é formada por depósitos diferentes em função do regime deltaico: planície de maré, cristas de praia..
Deltas – Planície Deltaica
Paraíba do Sul
Região mais dinâmica do delta onde o sedimentotransportado pelo rio e que chega à desembocadura édepositado.
São os depósitos frontais do delta.
Sedimentos: areias fornecidas pelos canais distributários dorio.
Em função da desaceleração e perda de competência detransporte, o sedimento mais grosso é depositado formandobarras de desembocadura.
Os sedimentos depositados na frente deltaica formam afrente de progradação do delta.
Deltas – Frente Deltaica
Deposição de sedimento fino transportado emsuspensão (silte e argila).
Depósitos geralmente planares formados abaixo donível de ação das ondas.
Potencialmente podem ocorrer movimentos de massadevido a alta taxa de sedimentação, presença de gás(biodegradação) ou abalos sísmicos.
Deltas – Prodelta