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Trigonometria II
Prof.: Rogério Dias Dalla Riva
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOCAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
CURSO DE ENGENHARIA CIVILDISCIPLINA: FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
Trigonometria II
1.Arcos de mais de uma volta
2.Fórmulas de adição e de subtração de arcos
3.Fórmulas do arco duplo
4.Transformação em produto
5.Funções trigonométricas
6.Inequação trigonométrica
7.Funções circulares inversas
3
1. Arcos de mais de uma volta
Vamos generalizar o conceito de arco,admitindo que este possa dar mais de uma voltacompleta na circunferência.
4
1.1. Expressão geral de arcoscom uma mesma extremidade
Seja α0, , a medida de um arco APda circunferência trigonométrica. Chama-se ex-pressão geral dos arcos que têm extremidade emP, o conjunto de todos os valores de α definidospor:
00 2α π≤ <
0 2 ( )k kα α π= + ⋅ ∈ℤ
5
1.1. Expressão geral de arcoscom uma mesma extremidade
Cada valor de α, extraído da expressãogeral, é a medida de um arco com extremidade emP. Note que, na expressão, ,cada valor de k define a medida de um arco quepode dar mais de uma volta completa nacircunferência, mas cuja extremidade cai sempreno mesmo ponto P.
0 2 ,k kα α π= + ⋅ ∈ℤ
6
1.1. Expressão geral de arcoscom uma mesma extremidade
Por exemplo, para k = 2, temos:
Nesse caso, α é a medida de um arco que dáduas voltas completas na circunferência, nosentido anti-horário, antes de “parar” no ponto P.
0 02 2 4α α π α α π= + ⋅ ⇒ = +
7
1.2. Primeiras determinaçõesde um arco
Fazendo k = 0 na expressão
Obtemos α = α0, com . Tal valor édenominado 1ª determinação positiva do arco.
0 2kα α π= + ⋅
00 2α π≤ <
8
1.2. Primeiras determinaçõesde um arco
Fazendo k = -1, temos
valor este chamado 1ª determinação nega-tiva do arco.
0 2α α π= −
9
1.2. Primeiras determinaçõesde um arco
Por exemplo, os valores e , istoé, , são as primeiras determinações positiva enegativa, respectivamente, dos arcos que têmextremidade no ponto B da figura. A expressãogeral desses arcos é:
2π
22π π−
32π−
2 ( )2
k kπα π= + ⋅ ∈ℤ
1.2. Primeiras determinaçõesde um arco
Exercício 1: Obtenha as primeiras determinações,positiva e negativa, dos arcos de medidas:
49) 450 b)
5oa
π
1.2. Primeiras determinaçõesde um arco
Exercício 2: Dê a expressão geral de cada um dosarcos que satisfazem as equações:
) sen 1
) cos 1
) sen 1
) cos 1
a x
b x
c x
d x
=== −= −
12
1.3. Expressões do tipo
Expressões representam des-locamentos de 2π em 2π sobre a circunferência edefinem sobre ela um único ponto, o qual é aextremidade de toda uma família de arcos.
Do mesmo modo, a expressão ,onde e , representa deslocamentos de2π/n em 2π/n sobre a circunferência. Como 2πrepresenta uma volta inteira, 2π/n representa aenésima parte da circunferência. Desse modo,deslocamentos de 2π/n em 2π/n dividem acircunferência em n partes iguais.
0
2kn
πα α ⋅= +
0 2kα α π= + ⋅
0
2kn
πα α ⋅= +k ∈ℤ *n ∈ℕ
13
1.3. Expressões do tipo
Por exemplo, analisando a expressão .
0
2kn
πα α ⋅= +
24 3
kπ πα ⋅= +
004
Para kπα= ⇒ =
1
1 21
4 3Para k
π πα ⋅= ⇒ = +
2
2 22
4 3Para k
π πα ⋅= ⇒ = +
3
3 23 2
4 3 4Para k
π π πα π⋅= ⇒ = + = +
14
1.3. Expressões do tipo
Note que essa expressão define umaextremidade em π/4 (α0) e a partir desse ponto eladivide a circunferência em 3 partes iguais, isto é,ela representa deslocamentos de 2π/3 em 2π/3.Observe, também, que de k = 3 em diante ela passaa repetir as extremidades já definidas para k = 0,1 e 2.
0
2kn
πα α ⋅= +
1.3. Expressões do tipo 0
2kn
πα α ⋅= +
Exercício 3: Dê a solução geral de cada umadestas equações:
2
2
2 2
) sen 0
) cos 0
) sen cos 0
) tg 1
) tg 3
) cos 3sen
a x
b x
c x x
d x
e x
f x x
==⋅ =
=
=
=
16
2. Fórmulas de adição e desubtração de arcos
Para que possamos determinar asexpressões para adição e subtração de arcos, énecessário conhecer a fórmula que permitecalcular a distância entre dois pontos.
17
2.1. Distância de dois pontos
Sejam A(xA, yA) e B(xB, yB) dois pontosquaisquer do plano cartesiano. Então, a distânciade A e B (dAB) é dada por:
( ) ( )2 2
AB A B A Bd x x y y= − + −
18
2.1. Distância de dois pontos
A distância entre A e B é representada nafigura como a hipotenusa do triângulo retânguloABP. As medidas dos catetos desse triângulo são:
BP = (xA – xB) e AP = (yA – yB)
19
2.1. Distância de dois pontos
Então, pelo teorema de Pitágoras,
( ) ( ) ( ) ( ) ( )2 2 2 2 22AB A B A BAB BP AP d x x y y= + ⇒ = − + −
( ) ( )2 2
AB A B A Bd x x y y= − + −
2.1. Distância de dois pontos
Exercício 4: Calcule a distância de P e Q nacircunferência trigonométrica abaixo.
21
2.2. Cosseno da diferença:cos (a-b)
Sejam P e Q as extremidades dos arcos demedidas a e b. Então . Sendo d a distânciaentre P e Q, vamos expressar d2 com o auxílio dafórmula da distância de dois pontos, e depois como auxílio da lei dos cossenos. Comparando os doisresultados, obteremos a fórmula procurada.
POQ a b= −⌢
22
2.2. Cosseno da diferença:cos (a-b)
1) Note que as coordenadas dos pontos P eQ são:
cos
cosP P
Q Q
x a e y sen a
x b e y sen b
= = = =
23
2.2. Cosseno da diferença:cos (a-b)
( ) ( )2 2cos cosPQd d a b sen a sen b= = − + −
2 2 2 2 2cos 2 cos cos cos 2d a a b b sen a sen a sen b sen b= − ⋅ ⋅ + + − ⋅ ⋅ +
( )2 2 2 2 2
1 1
cos cos 2 cos cosd sen a a sen b b a b sen a sen b= + + + − ⋅ ⋅ + ⋅������� �������
( )2 2 2 cos cos (1)d a b sen a sen b= − ⋅ ⋅ + ⋅
24
2.2. Cosseno da diferença:cos (a-b)
2) Pela lei dos cossenos, no triângulo OPQtemos:
2 2 2
2
1 1 2 1 1 cos ( )
2 2 cos ( ) (2)
d a b
d a b
= + − ⋅ ⋅ ⋅ −= − ⋅ −
25
2.2. Cosseno da diferença:cos (a-b)
Da igualdade entre (2) e (1), teremos:
2 2 cos ( ) 2a b− ⋅ − = ( )2 cos cosa b sen a sen b− ⋅ ⋅ + ⋅
2− cos ( ) 2a b⋅ − = − ( )cos cosa b sen a sen b⋅ ⋅ + ⋅
cos ( ) cos cosa b a b sen a sen b− = ⋅ + ⋅
26
2.3. Cosseno da soma:cos (a+b)
Uma vez estabelecida a fórmula paracos (a – b), podemos deduzir a fórmula paracos (a + b). Para tanto, é preciso lembrar que:
cos (-α) = cos (α) e sen (-α) = -sen (α)
Então, temos:[ ]cos ( ) cos ( )
cos ( ) cos cos ( ) ( )
cos ( ) cos cos ( )
cos ( ) cos cos
a b a b
a b a b sen a sen b
a b a b sen a sen b
a b a b sen a sen b
+ = − −
+ = ⋅ − + ⋅ −+ = ⋅ + ⋅ −
+ = ⋅ − ⋅
27
2.4. Arcos complementares:cos (ππππ/2 – a) e sen (ππππ/2 - a)
Vamos provar que:
Pela fórmula do cos (a – b), temos:
cos cos2 2
a sen a e sen a aπ π − = − =
cos cos cos2 2 2
cos 0 cos 12
cos2
a a sen sen a
a a sen a
a sen a
π π π
π
π
− = ⋅ + ⋅
− = ⋅ + ⋅
− =
28
2.4. Arcos complementares:cos (ππππ/2 – a) e sen (ππππ/2 - a)
Pela igualdade já estabelecida,
Vamos substituir x por π/2 - a. Então,
cos2
sen x xπ = −
cos2 2 2
cos2 2 2
cos2
x x
sen a a
sen a a
sen a a
π π π
π π π
π
− = − −
− = − +
− =
� �
29
2.4. Arcos complementares:cos (ππππ/2 – a) e sen (ππππ/2 - a)
cos2 cos
2
ba sen
bsen
a
π απ α α
α
− = ⇒ − = =
2 cos2
cos
csen
a senca
π απ α α
α
− = ⇒ − = =
2.4. Arcos complementares:cos (ππππ/2 – a) e sen (ππππ/2 - a)
Exercício 5: Se cos a = 12/13, 0 < a < π/2, ecos b = -3/5, π/2 < b < π, calcule sec (a + b)
2.4. Arcos complementares:cos (ππππ/2 – a) e sen (ππππ/2 - a)
Exercício 7: Calcule o valor de cada uma destasexpressões:
( ) ( )2 2
) cos72 cos27 sen72 sen27
) cos36 cos9 sen36 sen9
o o o o
o o o o
a
b
⋅ + ⋅
+ + −
2.4. Arcos complementares:cos (ππππ/2 – a) e sen (ππππ/2 - a)
Exercício 8: Simplifique as expressões abaixo:
cos80 cos10 sen80 sen10)
cos8 cos12 sen8 sen12
) tg44 tg45 tg46
o o o o
o o o o
o o o
a
b
⋅ + ⋅⋅ − ⋅
⋅ ⋅
34
2.5. Seno da soma e seno dadiferença: sen (a+b) e sen (a-b)
Para deduzir a fórmula de sen (a + b) vamospartir da igualdade
cos2
( ) cos ( )2
( ) cos2
( ) cos cos2 2
( ) cos cos
( ) cos cos
sen x x
sen a b a b
sen a b a b
sen a b a b sen a sen b
sen a b sen a b a sen b
sen a b sen a b sen b a
π
π
π
π π
= −
+ = − +
+ = − −
+ = − ⋅ + − ⋅
+ = ⋅ + ⋅+ = ⋅ + ⋅
35
2.5. Seno da soma e seno dadiferença: sen (a+b) e sen (a-b)
Para o seno da diferença, temos:
cos2
( ) cos ( )2
( ) cos2
( ) cos cos2 2
( ) cos cos
( ) cos cos
sen x x
sen a b a b
sen a b a b
sen a b a b sen a sen b
sen a b sen a b a sen b
sen a b sen a b sen b a
π
π
π
π π
= −
− = − −
− = − +
− = − ⋅ − − ⋅
− = ⋅ − ⋅− = ⋅ − ⋅
36
2.5. Seno da soma e seno dadiferença: sen (a+b) e sen (a-b)
Exercício 9: Dados sen a = 24/25, π/2 < a < π, esen b = 4/5, 0 < b < π/2, calcule cossec (a – b).
37
2.5. Seno da soma e seno dadiferença: sen (a+b) e sen (a-b)
Exercício 10: Se α + β = π/3, calcule o valor de:(sen α + cos β)2 + (sen β + cos α)2.
39
2.5. Seno da soma e seno dadiferença: sen (a+b) e sen (a-b)
Exercício 12: Calcule:
sen65 cos20 sen20 cos65
cos36 cos9 sen36 sen9
o o o o
o o o o
⋅ − ⋅⋅ − ⋅
40
2.6. Tangente da soma e dadiferença: tg (a+b) e tg (a-b)
Partindo da definição de tangente:
( )( )
cos ( )
cos cos( )
cos cos
sen a btg a b
a b
a b b asen sentg a b
a b a sen bsen
++ =+
⋅ + ⋅+ =⋅ − ⋅
41
2.6. Tangente da soma e dadiferença: tg (a+b) e tg (a-b)
Dividindo o numerador e o denominador daúltima expressão por cos a . cos b, teremos:
cos coscos cos cos cos
( ) ( )cos cos
1cos cos cos cos
cos
( )
a b b a a bsen sen sen sena b a b
tg a b tg a ba b a sen b a sen bsen sen
a b a b
a bsen
tg a b
⋅ + ⋅ +⋅+ = + =
⋅ − ⋅ − ⋅⋅
⋅
+ =cos cosa b⋅
cosb asen ⋅+
cos a cos
cos
b
a
⋅cos b⋅
cos a cos b⋅
( )1
cos cos
tg a tg btg a b
tg a tg ba sen bsena b
++ =− ⋅⋅−
⋅
42
2.6. Tangente da soma e dadiferença: tg (a+b) e tg (a-b)
De modo semelhante, obtém-se:
( )1tg a tg b
tg a btg a tg b
−− =+ ⋅
2.6. Tangente da soma e dadiferença: tg (a+b) e tg (a-b)
Exercício 14: Se tg a = 3 e tg (a – b) = 5, calculetg b.
( )1
35
1 3
5 15 3
15 3 5
16 2
8 1
18
tga tgbtg a b
tga tgb
tgbtgb
tgb tgb
tgb tgb
tgb
tgb
tgb
−− =+ ⋅
−=+ ⋅
+ ⋅ = −⋅ + = −⋅ = −
⋅ = −
= −
46
3. Fórmulas do arco duplo
Para deduzir as fórmulas de sen 2a, cos 2a etg 2a, basta substituir b por a nas fórmulas desen (a + b), cos (a + b) e tg (a + b).
47
3.1. Seno do arco duplo
( ) cos cos
( ) cos cos
2 2 cos
sen a b sen a b sen b a
sen a a sen a a sen a a
sen a sen a a
+ = ⋅ + ⋅+ = ⋅ + ⋅
= ⋅ ⋅
48
3.2. Cosseno do arco duplo
2 2
cos ( ) cos cos
cos ( ) cos cos
cos 2 cos
a b a b sen a sen b
a a a a sen a sen a
a a sen a
+ = ⋅ − ⋅+ = ⋅ − ⋅
= −
Sendo cos2a = 1 - sen2a e sen2a = 1 - cos2a,podemos escrever cos 2a em função somente decos a, ou somente de sen a.
49
3.2. Cosseno do arco duplo
2 2
2 2
2 2
2
cos 2 cos
cos 2 cos (1 cos )
cos 2 cos 1 cos
cos 2 2 cos 1
a a sen a
a a a
a a a
a a
= −= − −= − +
= ⋅ −
2 2
2 2
2 2
2
cos 2 cos
cos 2 (1 )
cos 2 1
cos 2 1 2
a a sen a
a sen a sen a
a sen a sen a
a sen a
= −= − −= − −
= − ⋅
50
3.3. Tangente do arco duplo
2
( )1
( )1
22
1
tg a tg btg a b
tg a tg b
tg a tg atg a a
tg a tg a
tg atg a
tg a
++ =− ⋅
++ =− ⋅
⋅=−
51
Exercício 16: Dado sen a = 4/5, 0 < a < π/2,calcule:
3.3. Tangente do arco duplo
) sen2
) cos2
) cossec 2
) cotg2
a a
b a
c a
d a
Exercício 18: Dê a solução geral de cada uma dasequações abaixo:
3.3. Tangente do arco duplo
( )2
4 4
2
) sen cos 1
2) cos sen
2) 2sen cos sen 0
a x x
b x x
c x x x
+ =
− =
− =
54
3.4. Fórmulas do arco metade
Note que as fórmulas do arco duplo tambémpodem ser interpretadas como fórmulas do arcometade. Para tanto, basta observar que:
Com isso, temos:
2 2cos 2 2 cos 1 cos 2 cos 12x
a a x = ⋅ − ⇒ = ⋅ −
2 2cos 2 1 2 cos 1 22x
a sen a x sen = − ⋅ ⇒ = − ⋅
22
22 2
21 1
2
xtg
tg atg a tg x
xtg a tg
⋅ ⋅ = ⇒ =− −
= =se 2 então 2x
a x a
56
4. Transformação em produto
Nas fórmulas de adição e subtração dearcos, vamos fazer a + b = p e a – b = q.
Resolvendo o sistema
obtém-se
a b p
a b q
+ = − =
2 2p q p q
a e b+ −= =
57
4. Transformação em produto
Por outro lado, sabemos que:
( ) cos cos (1)sen a b sen a b sen b a+ = ⋅ + ⋅
( ) cos cos (2)sen a b sen a b sen b a− = ⋅ − ⋅
cos ( ) cos cos (3)a b a b sen a sen b+ = ⋅ − ⋅
cos ( ) cos cos (4)a b a b sen a sen b− = ⋅ + ⋅
58
4. Transformação em produto
Somando as igualdades (1) e (2), obtemos:
( ) ( ) cos cossen a b sen a b sen a b sen b a+ + − = ⋅ + ⋅ cos cossen a b sen b a+ ⋅ − ⋅
( ) ( ) cos cos
( ) ( ) 2 cos
2 cos2 2 2 2 2 2
2 cos2 2
sen a b sen a b sen a b sen a b
sen a b sen a b sen a b
p q p q p q p q p q p qsen sen sen
p q p qsen p sen q sen
+ + − = ⋅ + ⋅+ + − = ⋅ ⋅+ − + − + − + + − = ⋅ ⋅
+ − + = ⋅ ⋅
59
4. Transformação em produto
Fazendo (1) - (2), teremos:
( ) ( ) cossen a b sen a b sen a b+ − − = ⋅ cos cossen b a sen a b+ ⋅ − ⋅ cos
( ) ( ) cos cos
( ) ( ) 2 cos
2 cos2 2 2 2 2 2
2 cos2 2
sen b a
sen a b sen a b sen b a sen b a
sen a b sen a b sen b a
p q p q p q p q p q p qsen sen sen
p q p qsen p sen q sen
+ ⋅
+ − − = ⋅ + ⋅+ − − = ⋅ ⋅+ − + − − + + − − = ⋅ ⋅
− + − = ⋅ ⋅
60
4. Transformação em produto
Fazendo (3) + (4), teremos:
cos ( ) cos ( ) cos cosa b a b a b sen a sen b+ + − = ⋅ − ⋅ cos cosa b sen a sen b+ ⋅ + ⋅
cos ( ) cos ( ) cos cos cos cos
cos ( ) cos ( ) 2 cos cos
cos cos 2 cos cos2 2 2 2 2 2
cos cos 2 cos cos2 2
a b a b a b a b
a b a b a b
p q p q p q p q p q p q
p q p qp q
+ + − = ⋅ + ⋅+ + − = ⋅ ⋅+ − + − + − + + − = ⋅ ⋅
+ − + = ⋅ ⋅
61
4. Transformação em produto
Fazendo (3) - (4), teremos:
cos ( ) cos ( ) cos cosa b a b a b+ − − = ⋅ cos cossen a sen b a b− ⋅ − ⋅
cos ( ) cos ( )
cos ( ) cos ( ) 2
cos cos 22 2 2 2 2 2
cos cos 22 2
sen a sen b
a b a b sen a sen b sen a sen b
a b a b sen a sen b
p q p q p q p q p q p qsen sen
p q p qp q sen sen
− ⋅
+ − − = − ⋅ − ⋅+ − − = − ⋅ ⋅+ − + − + − + − − = − ⋅ ⋅
+ − − = − ⋅ ⋅
4. Transformação em produto
Exercício 20: Resolva estas equações para x ∈ ℜ.
) cos3 cos 0
) sen5 sen 0
) sen3 sen cos2 0
a x x
b x x
c x x x
+ =− =− + =
4. Transformação em produto
Exercício 21: Calcule o valor de sen224º - sen26º,sabendo que:
5 1sen18
4o −=
64
5. Funções trigonométricas
Vamos apresentar o comportamento dasfunções seno, cosseno, tangente, cotangente,secante e cossecante.
66
5.1. Função seno
Para analisar o compor-tamento da função seno,imagine que a extremidade Pde um arco, partindo daorigem, percorra a circunfe-rência trigonométrica no sen-tido anti-horário.
67
5.1. Função seno
Nesse suposto desloca-mento da extremidade do arco,observamos que:
• De 0 a π/2 o seno cresce de0 a 1.
• De π/2 a π o seno decrescede 1 a 0.
• De π a 3π/2 o seno decrescede 0 a -1.
• De 3π/2 a 2π o seno crescede -1 a 0.
68
5.1. Função seno
Supondo que a extremidade P continue se deslocandoindefinidamente, a cada nova volta na circunferênciatrigonométrica o seno assumirá, em idênticas condições,todos os seus valores da primeira volta. Numa linguagemsimples, podemos dizer que a função f(x) = sen x repete-seperiodicamente de 2π em 2π.
69
5.1. Função seno
Na linguagem matemática escrevemos:
ou ainda
( 4 ) ( 2 ) ( ) ( 2 ) ( 4 )sen x sen x sen x sen x sen xπ π π π= − = − = = + = + =… …
, ( 2 )x e k sen x sen x k π∀ ∈ ∀ ∈ = + ⋅ℝ ℤ
70
5.1. Função seno
Então dizemos que: “A função f(x) = sen (x) é umafunção periódica de período igual a 2π”. De um modo geral,uma função f é denominada periódica sempre que existe umnúmero T > 0, tal que, para todo x do domínio de f tem-se:
( ) ( )f x f x T= +
71
5.1. Função seno
O menor valor (positivo) de T que satisfaz essaigualdade é chamado período da função. O gráfico de sen xé chamado senóide.
[ ]( )
( )Im( ) 1;1
D ff x sen x
f
== ⇒ = −
ℝ
73
5.2. Função do tipof(x) = αααα sen (ax)
a) Esboçar o gráfico de f(x) = 3.sen(x) nointervalo [0; 2π].
Inicialmente note que,uma vez que sen(x) assumevalores entre -1 e 1, 3.sen(x)assumirá valores entre -3 e3.
É importante observarque o período de f(x) =3.sen(x) é igual a 2π. Todafunção do tipo f(x) =α.sen(x), com α ≠ 0, tem pe-ríodo igual a 2π.
3
1 1 3 3 3sen x sen x×
− ≤ ≤ ⇒ − ≤ ⋅ ≤
74
5.2. Função do tipof(x) = αααα sen (ax)
b) Esboçar o gráfico de f(x) = sen(3x) nointervalo [0; 2π].
Quando 3x variar nointervalo de 0 a 2π, a funçãof(x) = sen(3x) terá comple-tado um período. Porém, paraque 3x varie de 0 a 2π, x teráque variar apenas de 0 a2π/3.
Isto é, basta x assumirvalores entre 0 e 2π/3 paraque 3x assuma valores entre0 e 2π, conforme mostra atabela seguinte:
32
0 3 2 03
x xππ
÷
≤ ≤ ⇒ ≤ ≤
75
5.2. Função do tipof(x) = αααα sen (ax)
x 0 ππππ/6 ππππ/3 ππππ/2 2ππππ/3
3x 0 π/2 π 3π/2 2π
sen 3x 0 1 0 -1 0
Assim concluímosque o período da funçãoé igual a 2π/3.
76
5.2. Função do tipof(x) = αααα sen (ax)
A função f(x) = sen(3x) é um exemplo daseguinte propriedade: Se y = f(x) é uma funçãoperiódica de período T, então a função y = f(ax),a ≠ 0, é periódica de período
' TT
a=
5.2. Função do tipof(x) = αααα sen (ax)
Exercício 22: Determine o período de cada umadestas funções:
( )
( )
( ) ( )
) 1 sen 4
) 3sen2
) 2 sen
) sen5 3
3 1) cos 3x sen 3
2 2
a y x
xb y
c y x
xd y
e y x
π
= +
=
= − + −
− = +
= +
5.3. Função cosseno
Assim como analisamos afunção seno, vamos analisar ocomportamento de f(x) =cos(x) para x variando de 0 a2π.
• De 0 a π/2 o cosseno de-cresce de 1 a 0.
• De π/2 a π o cosseno de-cresce de 0 a -1.
• De π a 3π/2 o cosseno crescede -1 a 0.
• De 3π/2 a 2π o cossenocresce de 0 a 1.
5.3. Função cosseno
Da segunda volta emdiante, o cosseno passa arepetir, em idênticas condi-ções, os valores da primeiravolta. Isto é,
Então dizemos que afunção f(x) = cos (x) é umafunção periódica de períodoigual a 2π.
, cos cos ( 2 )x e k x x k π∀ ∈ ∀ ∈ = + ⋅ℝ ℤ
5.3. Função cosseno
O gráfico da função cosseno é chamado cossenóide.Note, na figura, que a cossenóide nada mais é do que asenóide deslocada de π/2 unidades, na direção horizontal,para a “esquerda”. Essa característica da cossenóide podeser traduzida assim:
5.3. Função cosseno
Exercício 23: Determine os períodos das funções:
( )) 2cos
) cos 3
) cos4
) cos 2x5
a y x
b y x
xc y
d yπ
==
= −
= +
83
5.4. Função tangente
Chama-se função tangente a função definida por
( ) , ,2
f x tg x x k kπ π= ≠ + ∈ℤ
84
5.4. Função tangente
A função tangente também é periódica. Porém,enquanto as funções seno e cosseno têm períodos iguais a2π, a função tangente tem período igual a π.
85
5.4. Função tangente
Isso significa que a cada meia-volta a funçãotangente repete-se em idênticas condições. Isto é,
, ( )2
x e k x k tg x tg x kπ π π ∀ ∈ ∀ ∈ ≠ + ⇒ = +
ℝ ℤ
86
5.4. Função tangente
• De 0 a π/2 a tangente cresce de 0 a +∞.
• De π/2 a π a tangente cresce de -∞ a 0.
87
5.4. Função tangente
Daí em diante, a cada meia-volta, a tangentecomporta-se exatamente como na primeira meia-volta.
5.4. Função tangente
Exercício 24: Determine o domínio e o período decada uma destas funções:
2
) ( ) tg6
) ( ) tg 34
2tg) ( )
1 tg
a f x x
b f x x
xc f x
x
π
π
= +
= −
=−
91
5.5. Funções cotangente, se-cante e cossecante
Por serem menos importantes que as demaisfunções trigonométricas, serão apresentadas deforma resumida, enfatizando-se o domínio e oconjunto-imagem das funções cotangente, secantee cossecante.
92
5.5. Funções cotangente, se-cante e cossecante
{ }( ) / ( )( )
Im( )
D f x x k kf x cotg x
f
π = ∈ ≠ ∈= ⇒ =
ℝ ℤ
ℝ
P = π
93
5.5. Funções cotangente, se-cante e cossecante
P = 2π
{ }
( ) / ( )2( ) sec
Im( ) / 1 1
D f x x k kf x x
f y y ou y
π π = ∈ ≠ + ∈ = ⇒ = ∈ ≤ − ≥
ℝ ℤ
ℝ
94
5.5. Funções cotangente, se-cante e cossecante
P = 2π
{ }{ }
( ) / ( )( ) cossec
Im( ) / 1 1
D f x x k kf x x
f y y ou y
π = ∈ ≠ ∈= ⇒ = ∈ ≤ − ≥
ℝ ℤ
ℝ
5.5. Funções cotangente, se-cante e cossecante
Exercício 26: Determine m para que a igualdadesec x = 2m – 3 seja possível.
97
6. Inequação trigonométrica
a) Dar a solução geral da inequação .
Observando que , temos:
1cos
4sen x x⋅ ≥
2cos
2sen x
sen x x⋅ =
22 1 12
2 4 2sen x
sen x×
≥ ⇒ ≥
98
6. Inequação trigonométrica
Então é preciso encontrar qual é o intervalode arcos da circunferência trigonométrica quepossui seno maior ou igual a 1/2.
Na primeira volta, no sentido positivo,verificamos de imediato que o seno é maior ou iguala 1/2 para arcos de medidas compreendidas entreπ/6 e 5π/6, incluindo estes dois. Então,
99
6. Inequação trigonométrica
1 5 52 2 2 2
2 6 6 12 12sen x k x k k x k
π π π ππ π π π≥ ⇒ + ⋅ ≤ ≤ + ⋅ ⇒ + ⋅ ≤ ≤ + ⋅
5/ ,12 12
S x k x k kπ ππ π = ∈ + ⋅ ≤ ≤ + ⋅ ∈
ℝ ℤ
100
6. Inequação trigonométrica
b) Resolver em ℜ a inequação .
Como , a inequação dadase transforma em:
cos 2 2 cos 1 0x x+ ⋅ + >
2cos 2 2 cos 1x x= ⋅ −
101
6. Inequação trigonométrica
22cos 1x − 2 cos 1x+ ⋅ +2
2
0
2cos 2 cos 0
cos cos 0
x x
x x
>+ ⋅ >
+ >
Fazendo cos x = y, a última desigualdade setransforma em:
102
Resolvendo esta inequação, obtemos:
E como y = cos x,
6. Inequação trigonométrica
2 0y y+ >
1 0y ou y< − >
Observando que a desigualdade (1) éimpossível, basta determinar o intervalo em quecos x > 0.
6. Inequação trigonométrica
1 cos 1 (1)
0 cos 0 (2)
y x
y x
< − ⇒ < −> ⇒ >
105
6. Inequação trigonométrica
c) Dar a solução geral de .
Na circunferência trigonométrica encontra-mos dois intervalos em que essa desigualdade severifica. Na solução geral, esses dois intervalospodem ser representados nesta sentença.
6tg x tg
π≥
106
De fato, note que para k = 0 essa sentençaequivale a
6. Inequação trigonométrica
6 2k x k
π ππ π+ ⋅ ≤ < + ⋅
6 2x
π π≤ <
107
e para k = 1
6. Inequação trigonométrica
7 36 2 6 2
x xπ π π ππ π+ ≤ < + ⇒ ≤ <
/ ,6 2
S x k x k kπ ππ π = ∈ + ⋅ ≤ < + ⋅ ∈
ℝ ℤ
6. Inequação trigonométrica
Exercício 27: Nos exercícios abaixo, dê a soluçãogeral de cada inequação.
( )2
1) cos x
2) tgx 1
2) cos x
5 2
2 2) sen 3
2 2
) 4cos 2 3
a
b
c
d x
e x
π
≥ −
<
+ >
− ≤ ≤
− >
6. Inequação trigonométrica
Exercício 27: Nos exercícios abaixo, dê a soluçãogeral de cada inequação.
( )
2
2
2
tg) 0
1 tg
1) sen cos
2
) 2sen sen 1 0
) cos2 3cos 2 0
xf
x
g x x
h x x
i x x
≤−
+ >
− − >+ + >
110
7. Funções circulares inversas
As funções trigonométricas inversas sãotambém conhecidas como funções arco. Nessanotação:
sen-1 x = arc sen x cos-1 x = arc cos x
tg-1 x = arc tg x cotg-1 x = arc cotg x
sec-1 x = arc sec x cossec-1 x = arc cossec x
111
7.1. Função arco-seno
A função de domínio ℜ definida porf(x) = sen x não admite função inversa por não serinjetora(*).
Nota: Uma função f é chamada injetora se cada elemento de seu conjunto-imagem é imagem de um único elemento do domínio.
112
7.1. Função arco-seno
Porém, restringindo o domínio da funçãoseno ao intervalo [- π/2, π/2] é possível definirsua inversa, que é chamada função arco-seno e édenotada pelo símbolo arc sen.
Por exemplo, a sentença
significa:
1arc sen
6 2π =
1 é o arco cujo seno é igual a
6 2π
113
7.1. Função arco-seno
Definição:
Para , a função arco-seno é definida pela sentença
y = arc sen x ⇔ sen y = x
[ ]1; 1 e ;2 2
x yπ π ∈ − ∈ −
114
7.1. Função arco-seno
Veja estes exemplos:
Este esquema mostra que a função arco-seno é a inversa da função seno:
1 1) arc sen , pois sen
6 2 6 2
) - arc sen( 1), pois sen 12 2
a
b
π π
π π
= =
= − − = −
116
7.1. Função arco-seno
Se considerarmos a função seno restrita aointervalo [-π/2, π/2] e com contradomínio [-1, 1],isto é,
g: [-π/2, π/2] → [-1, 1]
tal que g(x) = sen x, a função g admitirá inversa eg-1 será denominada função arco-seno. Notemosque g-1 tem domínio [-1, 1], contradomínio [-π/2,π/2] e associa a cada x ∈ [-1, 1] um y ∈ [-π/2, π/2]tal que y é um arco cujo seno é x (indica-sey = arc sen x). Temos, portanto, que:
y = arc sen x ⇔ sen y = x e -π/2 ≤ y ≤ π/2
118
7.2. Função arco-cosseno
A exemplo da função seno, a função cossenonão admite inversa quando seu domínio é oconjunto ℜ. Assim, para definir a inversa dafunção cosseno, vamos restringir o seu domínio aointervalo [0; π].
119
7.2. Função arco-cosseno
A inversa da função cosseno é chamadafunção arco-cosseno e é denotada por arc cos.
Definição:
Para , a função arco-cosse-no é definida pela sentença
y = arc cos x ⇔ cos y = x
[ ] [ ]1; 1 e 0;x y π∈ − ∈
120
7.2. Função arco-cosseno
Veja estes exemplos:
Este esquema mostra que a função arco-cosseno é a inversa da função cosseno:
( )
3 3) arc cos , pois cos
6 2 6 2
) arc cos( 1), pois cos 1
a
b
π π
π π
= =
= − = −
122
7.2. Função arco-cosseno
Se considerarmos a função cosseno restritaao intervalo [0, π] e com contradomínio [-1, 1], istoé,
g: [0, π] → [-1, 1]
tal que g(x) = cos x, a função g admitirá inversa eg-1 será denominada função arco-cosseno. Notemosque g-1 tem domínio [-1, 1], contradomínio [0, π] eassocia a cada x ∈ [-1, 1] um y ∈ [0, π] tal que y éum arco cujo cosseno é x (indica-se y = arc cos x).Temos, portanto, que:
y = arc cos x ⇔ cos y = x e 0 ≤ y ≤ π
124
7.3. Função arco-tangente
Para definir o inverso da função tangente,vamos restringir o inverso da mesma ao intervalo(-π/2, π/2). Observe o gráfico seguinte e note que,nesse intervalo, a função tangente é bijetora.
125
7.3. Função arco-tangente
A inversa da função tangente é chamadafunção arco-tangente e é denotada por arc tg.
Definição:
Para , a função arco-tan-gente é definida por
y = arc tg x ⇔ tg y = x
e ;2 2
x yπ π ∈ ∈ −
ℝ
126
7.3. Função arco-tangente
Observe estes exemplos:
( )) arc tg 1 , pois tg 14 4
) - arc tg( 3), pois tg 33 3
a
b
π π
π π
= =
= − − = −
128
7.3. Função arco-tangente
Se considerarmos a função tangenterestrita ao intervalo aberto (-π/2, π/2) e comcontradomínio ℜ, isto é,
g: (-π/2, π/2) → ℜ
tal que g(x) = tg x, a função g admitirá inversa e g-1
será denominada função arco-tangente. Notemosque g-1 tem domínio ℜ, contradomínio (-π/2, π/2) eassocia a cada x ∈ ℜ um y ∈ (-π/2, π/2) tal que y éum arco cuja tangente é x (indica-se y = arc tg x).Temos, portanto, que:
y = arc tg x ⇔ tg y = x e -π/2 < y < π/2