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1 Aula 2 MECÂNICA DA FRATURA

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Aula 2

MECÂNICA DA FRATURA

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Mecânica da Fratura: Conceitos Básicos

• Mecânica da Fratura: quantifica as condições sob as quais um sólido sob

ação de um carregamento colapsa devido à propagação de uma trinca pré-

existente.

• Assim, a Mecânica da Fratura possibilita a obtenção de informações

quantitativas de problemas específicos relativos a trincas em estruturas

e componentes de engenharia.

• Objetivo da Aula:

- Introduzir conceitos básicos da MF e sua aplicação na prevenção da

ocorrência da fratura catastrófica;

- Aplicação da MF para seleção de materiais para aplicação em projetos.

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Os projetos de componentes de máquinas e estruturas são baseados na

filosofia de evitar colapso plástico generalizado. As propriedades mecânicas

dos materiais geralmente especificadas nos códigos de projeto são o limite de

escoamento, E ,e limite de resistência, R.

Assim, na seleção de um material para uma dada aplicação, é

comparado o valor calculado da tensão que atua no componente, ou seja, a

tensão de projeto, com os valores tabelados das propriedades citadas acima,

dos diversos materiais estruturais utilizados em engenharia, dividida por um

coeficiente de segurança. Valores típicos destes coeficientes são :

• 1,5 para aços beneficiados utilizados em aplicações tais como vasos

de pressão e caldeiras;

• 4 para aços fundidos para aplicações similares;

• 5 a 10 para tirantes de suportes e elevadores e guindastes;

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Tensão admissível é a tensão à qual a peça está submetida em sua

aplicação.

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A definição apresentada do coeficiente de segurança não leva em

conta a falha por fratura frágil ou rápida. Contudo, espera-se que um alto

fator aplicado no limite de resistência do material possa salvaguardar este

tipo de fratura.

Entretanto, a experiência tem demonstrado que isto nem sempre é

verdadeiro, tendo em vista a existência de um grande número de casos

onde a falha total de componentes e/ou estruturas ocorre devido à presença

de defeitos ou trincas e em condições de carregamento bem abaixo do

nível especificado no projeto.

O alto valor do coeficiente de segurança aplicado aos materiais

fundidos, é devido à possibilidade de geração, durante o processo de

solidificação, de um número maior de defeitos que podem propagar-se

rapidamente em um nível de tensão igual ou menor que a tensão de

projeto, além da estrutura grosseira.

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A propagação rápida da trinca leva ao comportamento frágil relacionado a um

concentrador de tensão que localiza a deformação plástica (colapso localizado).

Os concentradores de tensão de grande importância em engenharia são os

chamados defeitos semelhantes a trincas, particularmente aqueles que estão

localizados em regiões com altos valores de concentração de tensões, Kt, tais como

fundo de filetes de rosca, rasgos de chavetas, furos, raios de concordância,

entalhes, etc.

Outros exemplos típicos de defeitos semelhantes a trincas são :

- Trincas de solidificação em peças fundidas e metais de solda

- Trincas por hidrogênio em zonas termicamente afetadas pelo calor, em regiões

soldadas.

- Decoesão lamelar em torno de inclusões em placas de aço laminadas e barras

forjadas

- Trinca nucleada por mecanismos de fadiga ou corrosão sob tensão, com

tamanho subcrítico.

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Geralmente é possível detectar estes “defeitos” e determinar a sua dimensão

utilizando-se ensaios não destrutivos: ultrassom, PM, LP, Eddy Current;

A Mecânica de Fratura traz, no seu desenvolvimento teórico e experimental,

a potencialidade necessária para se prever se um determinado defeito, de uma

dada dimensão, poderá propagar-se de uma maneira catastrófica, sob a ação

de um carregamento conhecido.

Com isto, pode-se determinar o grau de segurança que um determinado

componente ou estrutura possui, com relação à ocorrência de uma possível falha por

fratura frágil.

Os parâmetros da Mecânica de Fratura que indiretamente medem a capacidade

do material de resistir à fratura rápida são denominados de tenacidade à fratura :

KIC, JIC e CTOD. Estes valores são obtidos em laboratório por meio de ensaios de

carregamento até a fratura, em corpos de prova possuindo geometrias bem

definidas e contendo trincas agudas de tamanhos conhecidos.

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Mecânica da Fratura versus Resistência dos Materiais

l

P

b

h

M P

Wbh

fator de segurança

=

=

l

2

6g:

g g

max=

P

bhP

bhy

y

l

l2

2

6

6

P

l b

h

a K ap

bha

K

Pbh K

a

IIc

Ic

= =

112 112

6

6 112

2

2

2

, ,

,

max p pg

g p

l

l

M=Momento Fletor

W= Módulo de Resistência

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kgf 1715a 1,12

K

LS6

BHP IC

2

max p

=

kgf 2340SL6

BHP y

2

max =

L = 250 mm

h = 50 mm

b = 25 mm

a = 10 mm

y = 550 MPa

KIC = 80 MPa m1/2

S = 1,0l

P

b

h

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==

b

a

bt

PS 1

2 0

at é comprimento de trinca de transição na qual a tensão para a falha é o LE.

Qualquer trinca acima desse valor leva à redução da tensão para a falha, isto é <

LE=Fratura frágil – MFEL deve ser utilizada no projeto.

Liga

aeronáutica

2014-T6-Al:

ISO AlCu4SiMg

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Conceitos da Mecânica da Fratura

• Um corpo trincado pode ser carregado em um ou combinação dos

seguintes modos de carregamentos:

• Muitos problemas de trincas em componentes de engenharia envolve

primariamente o modo I de carregamento, tensões trativas, assim a

análise será somente focada para este modo de carregamento.

• O método da energia de Griffith foi o primeiro a ser empregado na

Mecânica da Fratura (1920). Esta metodologia é expressa em termos da

taxa de alívio de energia de deformação, G. Trabalhos adicionais levaram

o desenvolvimento do fator de intensidade de tensão, K.

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Estruturas possuem falhas

p

ijij fr

K

2=

Irwin (1957), obteve as equações

para o campo de tensões, baseado

no método de Westergaard (1930).

2ai

xx

txy

yy

x

ry

r e são coordenadas cilindricas

do ponto considerado e K é

denominado de fator de

intensidade de tensão.

trinca

Teoria do Campo de Tensões

Elásticas

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CAMPO DE TENSÃO NA PONTA DA TRINCA

Modo I de carregamento

i j=

KI

2prfi j x,y = ty,x

x

y

z

xx=

KI

2prcos( / 2) 1 sin( / 2)sin(3 / 2)

t

xy=

KI

2prcos( / 2)sin( / 2)cos(3 / 2)

yy=

KI

2prcos( / 2) 1 sin( / 2)sin(3 / 2)

KI é o fator de intensidade de tensão no modo I de carregamento;

Uma vez que K é determinado, todas as tensões,em qualquer ponto

na frente da trinca (r, θ) são estabelecidas.

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yy=

KI

2pr

Ao longo do eixo X, = 0:

yy=

KI

2prcos( / 2) 1 sin( / 2)sin(3 / 2)

Considere o componente de tensão, yy

yy=

KI

2prcos( / 2) 1 sin( / 2)sin(3 / 2)

1 0 0

ry

Zona Plástica

e

x

yy

trinca

plana Def. K

6

1r

plana tensãoK

2

1r

2

e

Ip

2

e

Ip

=

=

p

p

yy →∞ r→0

Raio da zona plástica

rp << as dimensões de a e do CP

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yy0r 2 lim prKI =

[MPa√m, ksi√in]

a p=IK

a . Y K I p=

Y = fator de correção (das geometrias do corpo e da trinca).

Soluções de K podem ser encontradas em vários livros:

Tada, Paris e Irwin(1973); Rooke e Cartwright (1975); Sih (1973),

entre outros

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CRITÉRIO DE FRATURA

Tenacidade à Fratura.

K = KC → fratura instável

aYK p=

2a

W

b

Para que KC seja considerado KIC , a Norma ASTM

E399 – Método Normalizado de Ensaio de Tenacidade à

Fratura no Estado de Def. Plana de Materiais Metálicos.

2

e

IK 2,5 b B, a,

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Estado Plano de Tensão X Estado Plano de Deformação

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Limitações da MFEL Devido a Plasticidade

2

5,2,),(,

e

Khtaba

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MATERIAIS MUITO

DÚTEIS E/OU MUITO

TENAZES

B – MUITO GRANDE

ENSAIO FICA

INVIÁVEL

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LIMITAÇÕES DA MECÂNICA DE

FRATURA LINEAR ELÁSTICA

(KIC)

MATERIAIS MUITO

DÚTEIS E/OU MUITO

TENAZES

B – MUITO GRANDE

MICROESTRUTURA

COMPLEXA DO

MATERIAL

MECÂNICA DE

FRATURA

ELASTOPLÁSTICA

(INTEGRAL J)

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MECÂNICA DE

FRATURA

ELASTOPLÁSTICA

É UTILIZADA NOS

CASOS EM QUE A

ZONA PLÁSTICA É

MAIOR, ISTO É,

MATERIAIS MAIS

DÚTEIS.

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APLICAÇÃO DE K EM PROJETOS E ANÁLISE DE

PROBLEMAS DE FRATURA

• Para uso prático o valor de K dever ser determinado para

geometrias de trincas existentes em componentes estruturais

• Neste aspecto um trabalho extensivo tem sido desenvolvido e o

resultado pode ser encontrado em Handbooks:

– Kujawski, D, Estimation of Stress Intensity Factors for small

cracks and notches.

– Murakami, Y, Stress Intensity Factors Handbook.

– Newman, J. C, and I. Raju, Stress Intensity Factor Equations for

Cracks in Three Dimensional Bodies Subjected to Tension and

Bending Loads.

– Outros.

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Equações

para K

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EXEMPLO 1 - Resistência Vs. Tenacidade

A tenacidade à fratura do material diminui, muitas vezes drasticamente,

quando o limite de escoamento do material aumenta. Por exemplo, para um

liga Ti-6Al-4V, com o limite de escoamento de 896,3 MPa (130 ksi), a

tenacidade à fratura é 115,4 MPa. m-0,5 (105 ksi pol). Se o limite de

escoamento é aumentado para 1034 MPa (150 ksi), a tenacidade à fratura

diminui para 54,9 MPa. m-0,5 (50 ksi pol).

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Um engenheiro é desafiado com o seguinte problema. A empresa dele fabrica

um componente na forma de uma chapa ou placa grande usando a liga Ti-6Al-

4V com limite de escoamento de 130ksi (896,3 MPa ). Tem sido sugerido uma

redução de peso que poderia ser obtido pelo uso de uma liga com limite de

escoamento de 1034 MPa (150 ksi), . O ensaio não destrutivo do componente

pode prontamente detectar uma trinca 5,08 mm (0,2 pol). Assim, os requisitos

do projeto especificam que a trinca de canto pode ser maior do que esta medida

de trinca (5,08 mm)(0,2 pol) de maneira que ela possa ser detectada antes da

fratura catastrófica. Em adição, um fator de segurança de 2 é especificado para

uma tensão de projeto.

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A tensão de projeto deve ser menor ou igual a metade do limite de escoamento.

Sobre a proposta de mudar de material, pergunta-se:

a) Deve ele aceitar a proposta? Verifique com cálculos e comentários.

b) Qual é a máxima tensão de projeto que pode ser usada com o material de máxima

resistência?

a12.1KI p=

a = d

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a) Material Original:

A tensão de projeto é baseada no escoamento, d = ys/2= 448,2 MPa (65

ksi)

Fratura irá ocorrer quando KI = KIC; dado KIC = 115,4 MPa m0,5 (105 ksi

pol)

IND/END pode detectar qualquer trinca maior do que 5,08 mm (0,2pol).

(i.e., uma trinca de 5,08 mm ou menor escapará da inspeção.

Em um projeto de 448,2 MPa, um comprimento de 16,66 mm produzirá falha

catastrófica. Isto não irá acontecer porque nenhuma trinca de comprimento 5,08

mm ou maior escapa da inspeção.

O projeto é seguro contra fratura frágil!!

4,115a12.1 crd =p acr = 16,66 mm (0.66”)

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Novos Materiais: d = 150/2 = 517,1 MPa (75 ksi)

Falha por fratura se KI = KIC; dado,KIC = 54,9 MPa.m0,5 (50 ksi pol)

= 9,54)1,517(12.1 crap acr = 2,87 mm (0.113”)

A trinca pode tornar-se crítica antes de ser detectada se d = 517 MPa. O novo

projeto é baseado no escoamento e não será seguro contra fratura frágil.

Qual é então a tensão de projeto baseada na fratura (assumindo que todos os

componentes contêm um trinca de 5,08 mm?

9,54)308,5(12.1 === xEKK dICI p d = 388,2 MPa (56.3 ksi)

Menor do que d para o material original

IND/END pode detectar qualquer trinca maior do que 5,08, i.e., uma trinca de

2,87mm escapará a inspeção!!

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Conceito Leak-Before-Break

Para evitar fratura catastrófica: Cc ≥ t

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Superposição para Carregamentos Combinados

• Adição da contribuição de K para cada componente de carregamento

individual.

bt

P

a

S

SFK

=

=

1

111p

tt

M

a

bP

bS

SFK

e

222

222

66==

= p

ab

e

bt

PK F

FKK p

== 2

121

6

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Transversal (T)

Direção de

laminação ou

eixo de

forjamento

Transversal menor (S)

Longitudinal

(L)

As letras L, T e S denotam as

direções: longitudinal,

transversal, e transversal menor

As direções de simetria nesse

caso são: circunferêncial, radial

e longitudinal (C, R e L,

respectivamente)

• Os ensaios são realizados conforme a norma ASTM E399

Ensaio de Tenacidade à Fratura

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Uma trinca por fadiga é introduzida na ponta do entalhe usinado por

meios de carregamento cíclico.

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46

=

=

432

2

36,572,1432,1364,4886,0

1

2

W

a

W

a

W

a

W

a

W

a

W

a

W

afY

=

=

2

2

37,293,315,2199,1

1212

3

W

a

W

a

W

a

W

a

W

a

W

a

W

a

W

S

W

afY

YWB

PK =

C(T)

SEN(B)

YWB

PK =

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47

Medida do deslocamento da abertura da trinca : “clip gage”.

Medida do carregamento: células de carga da própria máquina.

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48

• Pmax ≤ 1,10Pq

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Para satisfazer o teste:

• Condição de deformação plana e o corpo de prova precisa se

comportar de maneira linearmente elástica.

2

5,2)(,,

YS

QKaWaB

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50

0,45 a/W 0,55

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Exercício

• A figura abaixo mostra a curva carga versus deslocamento obtidas a partir do ensaio de um corpo de prova do tipo C(T), executado de um material forjado com tensão limite de escoamento de 1500 MPa. Um esquema da fratura deste corpo de prova é mostrado na figura abaixo. Determine se o teste fornece um resultado válido de KIC.

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Relações Entre Microestrutura e KIC

O aumento do limite de escoamento leva ao decréscimo

da tenacidade à fratura. Esse aumento do LE indica

alteração microestrutural.

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Efeito da Temperatura

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ASM Metals Handbook 8-Mechanical Testing and Evaluation

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FIM

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