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MINERALOGIA Disciplina: Geotecnia Aplicada (CIV027) Prof.: Geol. MSc. Fernando E. Boff FACULDADE DA SERRA GAÚCHA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 1

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MINERALOGIA

Disciplina: Geotecnia Aplicada (CIV027)

Prof.: Geol. MSc. Fernando E. Boff

FACULDADE DA SERRA GAÚCHA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

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Estrutura de Apresentação

Introdução

Objetivos

Minerais

Estrutura cristalina

Origem dos minerais

Classificação sistemática.

Identificação dos minerais

Identificação macroscópica

Utilidades dos minerais

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Introdução

A compreensão do planeta Terra pressupõem o conhecimento das

características dos materiais em especial aqueles que estão na

porção superficial (crosta) com os quais temos maior contato.

Na superfície tanto materiais inconsolidados (tais como o solo as

areias dos rios e praias) e as rochas consolidadas podem ser

constituídos por minerais.

Os principais usos dos minerais incluem: ferroligas, metais

preciosos, metais raros, materiais de construção, materiais para

indústria química, fertilizantes, cimento, cerâmica, refratários,

abrasivos, isolantes, fundentes, pigmentos, gemas, recursos

energéticos (urânio), etc.

Desta maneira pode-se constatar que muitas coisas que utilizamos

no dia-a-dia vêm do reino mineral. 3

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ObjetivosSerão abordados nesta aula:

• as características físicas e químicas dos principais minerais

formadores de rochas, procurando-se destacar os aspectos

característicos para fins de identificação e Classificação dos

Minerais.

• Também serão destacados alguns exemplos de usos e

aplicações dos minerais.

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MineraisOs minerais são os constituíntes sólidos de todas as rochas ígneas,

sedimentares e metamórficas e ocorrem como cristais.

Um mineral pode ser definido como uma substância sólida natural,

inorgânica, que tem uma composição química definida ou uma variação

em sua composição e uma estrutura atômica regular que guarda uma

íntima relação com sua forma cristalina.

As características necessárias para ser um mineral são:

Ser sólido;

Ocorrer naturamente;

Ser inorgânico;

Ter composição química definida;

Possuir estrutura interna cristalina;

Gerado através de processos geológicos;

Exclui substâncias líquidas (exceção ao mercúrio em T ambiente) e

gasosas;

Exclui substâncias criadas artificialmente (como por exemplos os betões ou

os diamantes artificiais).5

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Estrutura Cristalina – é o ordenamente tridimensional interno formado

pelos átomos constituintes dos minerais.

O hábito cristalino é o ordenamento dessa estrutura na forma geométrica

do mineral quando a cristalização ocorre em condições ideais.

A unidade que se repete é denominada de cela unitária, que serve de base

para a construção do retículo cristalino.

É importante salientar que na natureza os cristais perfeitos são raros

sendo mais comum as formas irregulares.

Este fator juntamente com a composição química é que define um mineral.

Estrutura Cristalina (reticulo cristalino)

Arranjo espacial dos íons de Na+ e Cl- no composto NaCl

(halita). Note-se o hábito cristalino na forma de cubo

apresentado pelo mineral.6

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Estrutura Cristalina

Dois ou mais minerais podem ter a mesma composição química, mas

estruturas cristalinas diferentes, sendo nesse caso conhecidos como

polimorfos do mesmo composto. Por exemplo, a pirita e a marcassita são

ambos constituídos por sulfeto de ferro, embora sejam totalmente distintos

em aspecto físico e propriedades.

Similarmente, alguns minerais têm composições químicas diferentes, mas a

mesma estrutura cristalina, originando isomorfos. Um exemplo é dado pela

halita, um composto de sódio e cloro em tudo similar ao vulgar sal de

cozinha, a galena, um sulfeto de chumbo, e a periclase, um composto de

magnésio e oxigênio. Apesar de composições químicas radicalmente

diferentes, todos estes minerais compartilham da mesma estrutura cristalina

cúbica.

Na natureza existem 14 arranjos básicos tridimensionais de partículas (neste

caso átomos ou moléculas, entenda-se), designados por redes de Bravais,

agrupados em 7 sistemas de cristalização distintos, que permitem descrever

todos os cristais até agora encontrados.7

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Sistemas CristalinosSistemas cristalinos, constantes cristalográficas e simetria principal de alguns minerais

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Origem dos MineraisEstá condicionada aos componetes químicos e condições físicas

(temperatura e pressão) predominantes no ambiente de formação.

Os minerais originados no interior da Terra são diferentes daqueles

formados na sua superficie (crosta).

Na Tabela a seguir estão relacionadas as composições médias dos

principais componentes e elementos presente na crosta da Terra.

É por isso que os silicatos são os principais minerais formadores das rochas9

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Estrutura e Composição interna da TerraA estrutura interna é resultante da diferenciação interna devido a

densidade do materiais.

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Classificação Sistemática• A classificação dos minerais é baseada na composição química,

sistema de cristalização e usos.

• Classes:

Elementos nativos - 20 elementos que ocorrem não combinados.Ex.: ouro (Au), enxofre (S).

Sulfetos - combinação de metais com S, maioria dos mineraismetálicos. Ex.: galena(PbS), esfalerita (ZnS), pirita (FeS2)

Sulfatos e cromatos - combina elementos com S e O2. Ex.: barita(BaSO4), gipsita (CaSO4.2H2O);

Óxidos e/ou hidróxidos - combina metais c/Oy ou (OH)y; Ex.:hematita (Fe2O3), cassiterita (SnO2);

Silicatos - combina elementos com Si x . O y;

Halóides - inclui cloretos (Cl-), fluoretos(F-), brometos (Br-) eiodetos (I-). Halita (NaCl), fluorita (CaF2);

Carbonatos - inclui a presença de CO3. calcita (CaCO3), dolomita[CaMg(CO3)2];

Fosfatos, arseniatos e vanadatos - inclui a presença dePO4.apatita [Ca5(F,Cl,OH)(PO4)3]

Outros - molibdatos, tungstatos, nitratos e boratos. Scheelita(CaWO4)

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Classificação Sistemática

SILICATOS

GRUPO DE MAIOR IMPORTÂNCIA:

-25% dos minerais conhecidos

- 40% dos minerais mais comuns

- 92% do volume da crosta terrestre:

59,4% - Feldspatos;

16,8% - Anfibólios e piroxênios;

12% - Quartzo;

3,8% - Micas;

ABUNDÂNCIA DOS

PRINCIPAIS MINERAIS:

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Identificação dos Minerais

Macroscópicos

Microscopia ótica

Químicos

Métodos

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Identificação Macroscópica

1. Hábito

2. Transparência

3. Brilho

4. Cor

5. Traço

6. Dureza

7. Clivagem, partição e fratura

8. Tenacidade

9. Peso específico (densidade)

10. Geminação

11. Propriedades elétricas e Magnetismo

Propriedades físicas dos minerais

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Hábitos

Cúbico, octaédrico, dodecaédrico, romboédrico, etc.mineral caracterizado pela ocorrência frequente de cristais comas formas citadas.

Micáceo ou foliáceo (tabular ou lamelar): cristais tabularescom placas finas (lamelas) que se desprendem facilmente. Ex.:as micas, talco, hematita especular.

Prismático ou colunar: o mineral forma prismas. Ex.:turmalinas, rutilo, quartzo.

Fibrosos: que se quebram em prismas muito finos (fibrosos).Quando estas fibras são duras dizemos hábito acicular (igual aagulha). Ex: amianto, gipso, sillimanita.

Hábito de um mineral é a aparência externa de um mineral, ou a

forma característica e comum, ou a combinação de formas

cristalográficas, em que o mineral se cristaliza.

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Dentrítico: forma arborescente ou como um emaranhado deraízes, onde de um ramo central saem ramos secundários,os quais também se dividem em ramos menores. Ex.:Pirolusita

Mamelonar: apresenta superfícies arredondadas(mamelões). Ex: goethita, pirolusita, hematita.

Botrioidal: Pequenas formas arredondadas e juntas comoum cacho de uva.

Granular: Mineral em forma de agregados de grãos.

Reniforme: formas arredondadas iguais a rins.Ex:piromorfita

Estalactítico: forma de estactites. Ex: pirolusita, calcita

Maciço: Mineral compacto de forma irregular. Ex: Carnalita,hematita.

Hábitos

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Hábitos

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Hábitos

Zeolita (natrolita) – Acicular, radial

Acicular

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Hábitos

Água Marinha (variedade de Berilo)

Colunar

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Hábitos

Botrioidal e maciço

Hábito Botrioidal Hábito Maciço20

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Hábitos

HematitaFeldspato (sanidina)

Tabular

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Hábitos

Wollastonita

Crocidolita

Fibroso

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Hábitos

Mineral de biotitaMinerais de moscovita

Micáceo ou Foliáceo

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Hábitos

Quartzo

Prismático

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Transparência

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Transparentes: minerais que não absorvem ou

absorvem pouco a luz

Translúcidos: absorvem consideravelmente a luz

(transparente quando em lâminas muito finas)

Opacos: absorvem totalmente a luz (elementos

nativos, óxidos e sulfetos)

Diamante

transparente

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Brilho

Brilho – Trata-se da quantidade de luz refletida pela

superfície de um mineral. Os minerais que refletem mais de

75% da luz exibem brilho metálico.

Quanto ao brilho dividem-se os minerais em:

Brilho Metálico - Característico de determinados minerais

que apresentam elevado índice de refração, como por

exemplo metais nativos (ouro, prata). Têm aparência brilhante

dos metais.

Brilho Não Metálico - Característico dos minerais de cor

clara, em geral transparentes ou translúcidos.

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Brilho

Galena Topázio

brilho metálicobrilho vítreo

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Cor

Cor – A cor exibida por um mineral é o resultado da

absorção seletiva da luz e está relacionada com defeitos

estruturais, composição química ou impurezas no mineral.

Os principais fatores que colaboram para a absorção

seletiva são a presença de elementos químicos de

transição como Fe, Cu, Ni, V e Cr.

Pode ser muito importante, quando é típica de um

mineral, como, por exemplo, a cor amarelo-latão da pirita.

Mas no geral é variavel para um mesmo mineral. O

quartzo pode apresentar uma ampla variedade de cores,

correspondendo as variedades denominadas ametista

(lilás), citrino (amarelo-queimado), etc.32

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Vanadinita

Pb5(VO4)3Cl

Azurita

Cu3(CO3)2(OH)2

Cor

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Quartzo puro

incolor Quartzo róseo (Mn)

Ametista

(quartzo roxo)

– íons de Fe

Quartzo exposto à

radiação -

marrom

Variedades de quartzo

Cor

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TraçoTraço – Trata-se da cor do pó do mineral, sendo obtida riscando o

mineral contra uma placa ou uma fragmento de porcelana de cor branca.

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Clivagem

Clivagem - estárelacionada com orompimento daestrutura cristalinado mineral,produzindo-sesuperfícies planasdefinidas. Se dáparalelamente aosplanos de maiorcoesão. Tipos:perfeita, boa,regular, indistinta.

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Clivagem

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Fratura

Fratura: superfície de quebra do mineral,independente do plano de clivagem, podendo ser do tipoirregular (turmalina), concóide ou conchoidal (vidro,quartzo), dentada e estilhaçada.

ilustração da clivagem e fratura dos Minerais:

Clivagem Fratura38

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Fratura

Quartzo

fratura conchoidal (concóide)

Obsidiana

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Dureza

Dureza: está relacionada com a resistência que asuperfície do mineral oferece ao ser riscada. Édefinida pela Escala de Mohs. É relacionada àcoesão entre os átomos. Pode não ser igual emtodas as direções é portanto uma propriedadevetorial.

quanto mais forte as forças de união entre osátomos, mais duro o mineral. É determinada pelafacilidade ou dificuldade de ser riscado por outromineral, canivete, unha, etc.

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DurezaEscala de Mohs

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Avaliação Expedita da Dureza dos

Minerais

Dureza

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Escala de Mohs

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Peso Específico

Peso Específico: Também definido pela densidade

relativa. Exprime a relação entre o peso e o volume

ocupado por um mineral em comparação com a água

destilada a 4oC.

Os minerais, normalmente tem peso específico entre 2

e 4 g/cm3. quando acima de 4, são denominados de

pesados.

Densidade de alguns minerais

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Peso Específico

Cassiteria (SnO2) –

densidade relativa: 6,8 – 7,1

Densidade relativa

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Muitos minerais são bons condutores de eletricidade, como é o caso dos elementos

nativos (Cu, Au, Ag, etc.) e outros, são classificados como semicondutores

(sulfetos). Alguns minerais são classificados como magnéticos, como é o caso da

magnetita e da pirrotita, pois geram um campo magnético em sua volta com

intensidade variável.

Magnetita

(Fe3O4)

Propriedades Elétricas

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Composição química e principais características de alguns minerais silicáticos e não-

silicáticos

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Descrição de alguns Silicatos

QUARTZO – SiO2

Propriedades Físicas

-Dureza – 7

- Densidade – 2,65

- Brilho – Vitreo

- Cor – Variado

- Hábito – prismático a maciço

- Traço – Incolor

-Fratura - Conchoidal

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Descrição de alguns Silicatos

FELDSPATO ORTOCLÁSIO – K(AlSi3O8)

Propriedades Físicas

-Dureza – 6

- Densidade – 2,57

- Brilho – Vitreo

- Cor – Vermelho carne

- Hábito – prismático

- Traço – Incolor

- Clivagem - boa

FELDSPATOS

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Descrição de alguns Silicatos

FELDSPATO PLAGIOCLÁSIO – Na,Ca(Al2Si2O8)

Propriedades Físicas

-Dureza – 6

- Densidade – 2,62-2,76

- Brilho – Vitreo

- Cor – Branco e cinza

- Hábito – prismático

- Traço – Incolor

- Clivagem - boa

FELDSPATOS

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Descrição de alguns Silicatos

BIOTITA – K(Mg,Fe)3(AlSi3O10)(OH)2

Propriedades Físicas

-Dureza – 2,5 - 3

- Densidade – 2,8 – 3,2

- Brilho – Vitreo

- Cor – Castanho-

escuro a preto

- Hábito – lamelar

- Traço – Incolor

- Clivagem - perfeita

MICAS

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Descrição de alguns Silicatos

MUSCOVITA – KAl2(AlSi3O10)(OH)2

Propriedades Físicas

-Dureza – 2,0 – 2,5

- Densidade – 2,76 – 3,1

- Brilho – Vitreo

- Cor – Incolor

- Hábito – lamelar

- Traço – Incolor

- Clivagem - perfeita

MICAS

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Descrição de alguns Silicatos

TALCO – Mg3Si4O10(OH)2

Propriedades Físicas

-Dureza – 1,0

- Densidade – 2,7 – 2,8

- Brilho – gorduroso

- Cor – Verde, cinza ou branco

- Hábito – fibroso

- Traço – branco

- Clivagem – perfeita

- Untoso ao tato

TALCO

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Descrição de alguns Silicatos

NATROLITA – Na2Al2Si3O10.2H2O

Propriedades Físicas

-Dureza – 3,5 a 5,5

- Densidade – 2,1 a 2,3

- Brilho – vitreo

- Cor – incolor a branca, amarelo a vermelho

- Hábito –grupos de cristais distribuidos radialmente,

fibrosa, maciça, granular ou compacta

- Traço – branco

- Clivagem – perfeita

ZEÓLITAS

Cristais aciculares de mesolita

Cristais aciculares de natrolita

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Óxidos

Propriedades

–Hábito - Cúbico, octaédrico, dodecaédrico pentagonal

– Clivagem - Muito fraco {001}

– Dureza - 6,0 - 6,5

–Densidade relativa - 4,95 - 5,10

– Fratura - Conchoídal a irregular

– Brilho – Metálico

– Cor - Amarelo-claro, amarelo-latão a preto

– Associação - Muito variada.

– Propriedades Diagnósticas - Duzera alta, brilho, forma, cor amarela.

Ocorrência - Gerado por processos metamórficos, magmáticos,

hidrotermais e sedimentares ou diagenéticos em ambiente redutor.

–Usos - Obtenção de ácido sulfúrico e ferro. Possui aplicação em

joalherias.

PIRITA

Fórmula Química - FeS2

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Óxidos

–Hábito - Romboédrico, tabular, granular, laminar,

botroídal, compacto, terosso

–Dureza - 5,5 - 6,5

–Densidade relativa - 4,9 - 5,3

–Fratura - Subconchoídal a ausente

–Partição - Romboédrica e basal.

–Brilho - Metálico a esplêndido

–Cor - Vermelho-sangue, cinza metálico a preto

–Usos - Importante fonte de ferro e o principal

mineral de minério da grande maioria das jazidas.

Hematita botroídal

(preta e castanha)

HEMATITA

Fórmula Química – FeO3

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Utilidade dos MineraisA - Cerâmica, Vidro, Esmalte

Argila (caolinita): tijolos, telhas, porcelanas, cerâmicas

Quartzo: base da manufatura do vidro

Feldspato: manufatura do vidro, vitrificação sobre a cerâmica,

porcelana, telha e etc...

Nefelina: manufatura do vidro

Fluorita: revestimento de esmalte

B – Fertilizantes:

Apatita e rocha fosfatada: fósforo

Silvita: potássio

Salitre do chile : nitrogênio

C - Aparelhos Óticos e Científicos

Quartzo: osciladores de rádio, prismas, lentes especiais, fibra ótica

Fluorita: lentes transparentes em luz ultravioleta e no infravermelho

Gipso e micas: usadas em microscópios

Turmalina: manômetros para pressões momentâneas altas57

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Utilidade dos Minerais

D - Refratários

Magnesita: revestimento de fornos

Dolomita: para revestimento de fornos

Cianita: porcelanas de alta qualidade, como as velas usadas

nos motores

Grafita: cadinhos para a manufatura do aço

Talco: placas grossas para tampos de mesa de laboratórios

Cromita, zircão e argila: tijolos para revestimento de fornos

Asbestos: produtos resistentes ao calor, para fins de

isolamento

Mica (moscovita): para fins de isolamento elétrico

E - Abrasivos

Diamante: brocas perfuratrizes, corte do vidro e etc....

Coríndon: esmeril

Quartzo: lixas 58

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Utilidade dos Minerais

F - Minérios de Metais

Alumínio: bauxita (fabricação de chapas, tubos e peças fundidas,

utensílios de cozinha, aparelhos domésticos, mobílias, tintas,

folhas, sais, refratários aluminosos e etc...);

Antimônio: estibnita (fabricação de ligas, fogos de artificiais,

fósforos e cápsulas detonantes, vulcanização da borracha,

pigmento. Usado na medicina como tártaro emético);

Chumbo: galena (principal ingrediente de muitas tintas brancas,

fabricação do vidro, brilho a cerâmica, tubos, folhas, ligas como a

solda, proteção contra radiação);

Cobre: cobre nativo (fios elétricos, ligas como o latão, bronze e

prata alemã entre outros)

Cromo: cromita (metalurgia, refratários, química, liga, aço

inoxidável, resistências de equipamentos elétricos, tijolos

refratários, tintas, indústria farmacêutica);

Estanho: cassiterita (folha de flandres e latas para

acondicionamento de alimentos); 59

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Utilidade dos Minerais Ferro: hematita (chapas, barras, folhas, vigas, pigmentos para tintas, entre

outros);

Manganês: pirolusita (fabricação do aço, ligas, desinfetante no permanganato de

potássio, como secante nas tintas, para descorar o vidro, nas pilhas e baterias);

Mercúrio: cinábrio (termômetros, barômetros, tintas para cascos de navios);

Níquel: pentlandita (aço, ligas, molas de relógios e etc...);

Zinco: esfarelita (galvanização do ferro, latão, tintas, preservação da madeira,

medicina);

Titânio: ilmenita (pigmentos, material de estruturas como motores, aviões e etc...,)

Tungstênio: wolframita (ferramentas, válvulas, molas, formões, limas, filamentos

de lâmpadas);

G - Gemas

diamante, coríndon (rubi-vermelho e safira-azul), berilo (esmeralda-verde, água-

marinha-azul-verde, morganita-rosa, berilo dourado-amarelo), espudomênio

(kunzita-rosa, hiddenita-verde), turmalina (rubelita-vermelha, esmeralda brasileira-

verde, indicolita-azul escuro), espinélio (rubi espinélio-vermelho intenso), granada

(vermelha), topázio (vinho, amarelo, azul, rosa), zircão (incolor), opala, turquesa

(verde a azul), quartzo (cristal de rocha-incolor, ametista-púrpura a violeta, quartzo

rosa, citrino-amarelo), feldspato (pedra da lua-branca leitosa, amazonita-verde)

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Bibliografia Consultada

•Milovsky, A,V. & kononov, O. V. Mineralogy. Mir Publishers Moscow,

320p. 1985.

•Schumann, W. Gemas do Mundo: traduzido por: Rui Ribeiro Franco e

Mario Del Rey. 2a ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico. 1983.

•Teixeira, Wilson et al. Decifrando a Terra. Oficina de Textos. USP. São

Paulo. 568p. 2000._Cap.: 2

•Skinner, B. J. & Porter, S. The Dynamic Eath. An Introduction to

Physical Geology. John Wiley & Sons, Inc. 3a Edition. New York. 1995.

•Machado, F.B.; Moreira, C.A.; Zanardo, A; Andre, A.C.;Godoy, A.M.;

Ferreira, J. A.; Galembeck, T.; Nardy, A.J.R.; Artur, A.C.; Oliveira,

M.A.F.De. Enciclopédia Multimídia de Minerais e Atlas de Rochas. [on-

line]. Disponível na Internet via WWW. URL:

http://www.rc.unesp.br/museudpm. Arquivo capturado em __

de ________de 200_.61

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das Rochas

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