33
BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 1 NÚCLEO Função: Armazenamento da informação genética (DNA) e Controle da expressão gênica (RNA). Tipos de cromossomos em função do ciclo celular A - Metafásico Célula somática em divisão. Organizado em duas cromátides. Apresenta-se em estado condensado. B - Interfásico Célula somática sem divisão. Organizado em uma cromátide. Apresenta-se em estado descondensado. Características As células podem ter de um a vários núcleos (depende do tipo celular) = Por exemplo, células hepáticas e musculares estriadas esqueléticas são multinucleadas. A forma do núcleo acompanha a forma da célula. É um critério para se prever a forma e função da célula. Tipos de organismos em função do núcleo 1 - Eucariontes O material genético está segregado do citoplasma por uma estrutura de bicamada lipídica (núcleo). Exemplos: fungo, protista, animal e planta.

Aula 20 - Biologia - Aula 00

Embed Size (px)

DESCRIPTION

biologia materias

Citation preview

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    1

    NCLEO

    Funo: Armazenamento da informao gentica (DNA) e Controle da expresso gnica (RNA). Tipos de cromossomos em funo

    do ciclo celular A - Metafsico

    Clula somtica em diviso. Organizado em duas cromtides. Apresenta-se em estado condensado. B - Interfsico Clula somtica sem diviso. Organizado em uma cromtide. Apresenta-se em estado descondensado.

    Caractersticas

    As clulas podem ter de um a vrios ncleos (depende do tipo celular) =

    Por exemplo, clulas hepticas e musculares estriadas esquelticas so multinucleadas.

    A forma do ncleo acompanha a forma da clula. um critrio para se prever a forma e funo da clula.

    Tipos de organismos em funo do ncleo

    1 - Eucariontes O material gentico est segregado do citoplasma por uma estrutura de bicamada lipdica (ncleo). Exemplos: fungo, protista, animal e planta.

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    2

    2 - Procariontes O material gentico est disperso no citoplasma. O cromossomo est ancorado na membrana formando o mesossomo. Exemplos: algas azuis e bactrias.

    Forma do material nuclear

    Cromatina = ocorre na interfase. O DNA no est condensado.

    Cromossomo = ocorre na diviso

    celular. O DNA est condensado.

    Ncleo

    Determina a separao temporal e espacial da transcrio (ncleo) e da traduo (citoplasma) nos eucariotos.

    Esquema mostrando como ocorre a expresso de um gene em um organismo eucarioto.

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    3

    Em procariotos, a transcrio

    e a traduo so simultneas.

    Estrutura do ncleo

    1 - Poro nuclear * Resultado da fuso da membrana interna e externa; * Permite o trnsito de macromolculas entre o ncleo e o citoplasma; * Apresenta seletividade ao fluxo ncleo-citoplasma; * O nmero de poros est relacionado com a atividade metablica; * Transporte seletivo de protenas e RNAs = gasto de energia.

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    4

    2 - Membrana nuclear (carioteca) * Separa os contedos ncleo/citoplasma; * Formado por uma bicamada lipdica; Membrana interna = espessamento = lmina nuclear; Membrana externa = contm ribossomos e continuidade com retculo endoplasmtico rugoso. Espao perinuclear = espao entre membranas = contm as mesmas protenas do RE rugoso. O envoltrio nuclear uma poro especializada do RE. 3 - Heterocromatina * Material gentico com transcrio inativa; * Forma condensada. 4 - Eucromatina * Material gentico onde a transcrio ativa. * Forma no condensada. 5 - Nucleoplasma * Soluo aquosa contendo macromolculas, molculas complexas e simples e ons. o local onde est mergulhado o nuclolo e a cromatina.

    6 - Nuclolo * Local de transcrio do RNAr; * Incio da organizao dos ribossomos; * Complexo DNA/RNA/PTN.

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    5

    Cromatina

    - A quantidade de DNA por ncleo varia entre as espcies (caracterstica da espcie); - Associao entre o contedo de DNA e a escala evolutiva; - Suposio = maior parte do genoma no funcional ou tem funes que no a codificao de protenas; - Constituda: DNA/RNA/PTN. - A cromatina apresenta organizao dinmica (fase do ciclo celular e grau de atividade), ou seja, na intrfase a cromatina est compactada ou no e na mitose a cromatina

    est altamente compactada.

    Empacotamento do material gentico 1 - DNA Dupla fita em hlice de cadeias antiparalelas e complementares entre si. 2 Cromatina Associao do DNA com protenas. 3 - Cromossomo

    o maior nvel de empacotamento do material gentico. Resultado da condensao da cromatina durante a mitose ou meiose.

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    6

    Funes do cromossomo * Armazenamento; * Transmisso; * Expresso da informao gentica.

    Caritipo Conjunto de cromossomos de uma espcie. O nmero de cromossomos especfico e fixo para cada espcie (nmero/tamanho/forma).

    Cromossomo humano So 46 cromossomos organizados em 23 pares.

    * Clula somtica com contedo diplide (2n = 46); * Clula germinativa com contedo haplide (n = 23).

    Centrmero ou constrio primria Local do cromossomo que funciona como ponto de ligao dos microtbulos do fuso mittico.

    o local de unio das duas cromtides.

    So quatro tipos em funo do centrmero

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    7

    MITOSE

    Mitose = uma clula diplide origina duas diplides (no h diferena gentica).

    Podem ocorrer vrias mitoses por linhagem

    celular. Funes:

    - Crescimento; - Cicatrizao; - Multiplicao clonal.

    ETAPAS 1) PRFASE Cromossomos duplicados comeam a se condensar; Ncleo e nuclolo comeam a desaparecer; Duplicao do centro celular (centrolos); Os centros celulares vo para os plos da clula; Formao das fibras do ster a partir do centro celular; Formao do fuso mittico. 2) METFASE Ncleo e nuclolo j desapareceram; Cromossomos condensados e ligados ao fuso mittico; Forma-se a placa metafsica (cromossomos na regio mdia da clula).

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    8

    3) ANFASE Cada cromossomo do par migra para os plos da clula; Esta fase termina quando os cromossomos atingem os plos da clula.

    4) TELFASE Cromossomos se descondensam; O ncleo e o nuclolo reaparecem; O fuso mittico desaparece; Ocorre a cariocinese (diviso do ncleo); Ocorre a citocinese (diviso do citoplasma).

    MEIOSE Meiose = uma clula diplide d origem a quatro clulas haplides. Ocorre apenas uma vez por linhagem celular. Funo:

    - Formao dos gametas.

    Adotando o modelo humano: * Homens = testculo (gnada) = espermatozides (gameta). * Mulheres = ovrio (gnada) = ovcito (gameta).

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    9

    FASES DA MEIOSE - Meiose I = reducional (reduz metade o nmero de cromossomos); - Meiose II = equacional (o nmero de cromossomos o mesmo, ocorrendo a duplicao do nmero de clulas).

    Primeira etapa da meiose 1) PRFASE I Dividida em 5 etapas: 1 Leptteno; 2 Zigteno; 3 Paquteno; 4 Diplteno; 5 Diacinese.

    1.1) LEPTTENO Incio da condensao dos cromossomos;

    Surgem pontos de condensao nos cromossomos homlogos (crommeros).

    1.2) ZIGTENO Pareamento dos cromossomos homlogos (sinapse cromossmica).

    1.3) PAQUTENO Pareamento dos cromossomos homlogos, formando as ttrades (par de cromossomos homlogos) ou bivalentes (dois cromossomos pareados). Ocorre permutao (crossing-over) = troca de pedaos de DNA contendo genes entre cromosssomos homlogos ( a recombinao).

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    10

    1.4) DIPLTENO Surgem os quiasmas (cromossomos homlogos ligados pelas regies onde ocorreu a permutao);

    1.5) DIACINESE Cromossomos homlogos comeam a se separar; Terminalizao dos quiasmas (quiasmas deslizam para as extremidades dos cromossomos); Ncleo e nuclolo desaparecem;

    Duplicao do centro celular. 2) METFASE I Ncleo e nuclolo j desapareceram; Cromossomos condensados e ligados ao fuso mittico; Forma-se a placa metafsica (cromossomos na regio mdia da clula);

    Cromossomos homlogos ligados pelos quiasmas. 3) ANFASE I Cada cromossomo homlogo migra para os plos da clula; Esta fase termina quando os cromossomos homlogos atingem os plos da clula.

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    11

    4) TELFASE I Cromossomos homlogos se descondensam; O ncleo reaparece; O fuso mittico desaparece; Ocorre a cariocinese (diviso do ncleo); Ocorre a citocinese (diviso do citoplasma).

    Segunda etapa da meiose 5) PRFASE II Cromossomos homlogos comeam a se condensar; Ncleo e nuclolo comeam a desaparecer; Duplicao do centro celular (centrolos); Os centros celulares vo para os plos da clula; Formao das fibras do ster a partir do centro celular; Formao do fuso mittico. 6) METFASE II Ncleo e nuclolo j desapareceram; Cromossomos homlogos condensados e ligados ao fuso mittico; Forma-se a placa metafsica (cromossomos na regio mdia da clula). 7) ANFASE Cada cromtide do cromossomo homlogo migra para os plos da clula; Esta fase termina quando os cromossomos atingem os plos da clula. 8) TELFASE II Cromossomos se descondensam; O ncleo reaparece; O fuso mittico desaparece; Ocorre a cariocinese (diviso do ncleo); Ocorre a citocinese (diviso do citoplasma).

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    12

    Importante: no ocorre a fase S entre a primeira e segunda divises meiticas.

    Conseqncias genticas da meiose 1 Reduo do nmero de cromossomos (de diplide para haplide); 2 Segregao de alelos (primeira lei de Mendel); 3 Distribuio aleatria dos homlogos (segunda lei de Mendel); 4 Crossing-over (variabilidade gentica).

    Balano cromossmico das divises celulares Aqui importante memorizar!!!

    Mitose

    Intrfase (2n)

    Prfase (4n)

    Metfase (2n)

    Anfase (2n)

    Telfase (2n)

    Meiose

    Intrfase (2n)

    Prfase I (4n)

    Metfase I (4n)

    Anfase I (4n)

    Metfase II (2n)

    Anfase II (2n)

    Telfase II (n)

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    13

    Grfico do comportamento da quantidade de DNA ao longo da mitose.

    As figuras a seguir so para ajudar na memorizao das etapas da diviso celular (Mitose)

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    14

    As figuras a seguir so para ajudar na memorizao das etapas da diviso celular (Meiose)

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    15

    GAMETOGNESE HUMANA

    Processo de formao dos gametas (espermatozides ou vulos).

    Origem das clulas germinativas = endoderma do saco vitelnico = visveis na 4 semana do desenvolvimento embrionrio.

    Na 6 semana migram para as cristas genitais e se associam s clulas somticas = formao das gnadas primitivas.

    A diferenciao de acordo com a constituio cromossmica das clulas (XY ou XX). Abaixo esto os cromossomos da espcie humana.

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    16

    ETAPAS DA GAMETOGNESE

    1 Perodo germinativo = clulas germinativas sofrem mitoses sucessivas, originando vrias gnias (espermatognias ou ovognias). 2 Perodo de crescimento = as clulas aumentam de tamanho sem ocorrer diviso celular. 3 Perodo de maturao = etapa em que ocorrem as meioses I e II. 4 Diferenciao = ocorrem alteraes citolgicas nas espermtides, originando os espermatozides (ocorre nos homens).

    ESPERMATOGNESE Processo que origina os espermatozides. Formao = nos tbulos seminferos dos testculos a partir das espermatognias. Sinal de produo = puberdade = hormnios sexuais.

    Etapas: Clula germinativa (2n)

    Mitose Espermatognia (2n)

    Espermatcito primrio (n)

    Meiose I Espermatcito secundrio (n)

    Meiose II Espermtide (n)

    Diferenciao 4 Espermatozides (n)

    O Processo leva em torno de 64 dias. Por ejaculao = 200 milhes de clulas. Estimativa ao longo da vida = 1012 clulas produzidas.

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    17

    Gametognese masculina

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    18

    OVOCITOGNESE Processo de formao dos ovcitos.

    Formao = a partir das ovognias no crtex ovariano.

    No 3 ms de desenvolvimento embrionrio = ovognias se transformam em ovcitos primrios = parada na prfase I. (esse evento no sincronizado no ovrio fetal).

    No nascimento = 2,5 milhes de ovcitos = degenerao = em torno de 400 tornar-se-o maduros.

    Maturidade sexual = estmulo hormonal = ocorre a ovulao (ciclo menstrual).

    Na ovulao = ovcito I completa a meiose I = forma o ovcito II e o primeiro glbulo polar (invivel).

    Ao longo da ovulao o ovcito I inicia a meiose II e pra na metfase II. A meiose s se completa se ocorrer a fecundao.

    Aps a fecundao, o ovcito II passa ao estgio de vulo. Ao mesmo

    tempo, so formados dois glbulos polares (inviveis).

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    19

    Gametognese feminina

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    20

    COMPARATIVO DAS GAMETOGNESES 1 - Perodo germinativo Homem Produo de gametas ao longo da vida sexual. Mulher Produo de gametas apenas no perodo embrionrio. 2 Perodo de crescimento Homem Os espermatcitos aumentam de tamanho, mas esse aumento menos expressivo do que observado nos gametas femininos. Mulher Aumento dos ovcitos I devido sntese de vitelo. 3 Perodo de maturao Homem As divises meiticas originam clulas de mesmo tamanho. Mulher As divises meiticas originam clulas de tamanhos diferentes (glbulos polares).

    Completa a meiose II s com a fertilizao.

    4 Perodo de diferenciao Homem Modificao das espermtides em espermatozides. 5 - Balano das gametogneses Homem Uma espermatognia origina 4 espermatozides. Mulher Uma ovognia origina um vulo.

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    21

    ESPERMIOGNESE Alteraes citolgicas nas espermtides originando os espermatozides. Etapas: 1 - O complexo de Golgi concentra-se prximo ao ncleo; 2 As mitocndrias concentram-se na regio prxima ao centrolo; 3 Modificao do Complexo de Golgi, originando o acrossoma; 4 Modificao do centrolo, originando o flagelo; 5 Perda de parte do citoplasma; 6 Formao do espermatozide.

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    22

    FERTILIZAO

    Entrada de apenas um espermatozide no ovcito II. Eventos: * O ncleo haplide do espermatozide injetado no ovcito II. * Finalizao da meiose II do ovcito II. * Formao dos proncleos masculino e feminino. * Fuso dos proncleos, originando o zigoto diplide. * Incio das mitoses que iro formar o embrio. Resultado = Reconstituio dos cromossomos da espcie.

    = Programa de formao de uma nova vida.

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    23

    CITOESQUELETO

    Modelo da estrutura do citoesqueleto de uma clula mostrando os diferentes componentes contidos na matriz citoplasmtica.

    A capacidade que as clulas eucariticas possuem de adotar uma variedade

    de formas e de executar movimentos coordenados e direcionados depende de uma rede complexa de filamentos de protenas que se estendem por todo citoplasma.

    Essa rede chamada de citoesqueleto embora seja, ao contrrio, de um

    esqueleto sseo, uma estrutura altamente dinmica que se reorganiza continuamente sempre que a clula altera a forma, se divide ou responde ao seu ambiente.

    De fato, o citoesqueleto poderia ser denominado de "citomusculatura", pois

    ele o responsvel direto por movimentos, tais como, deslocamentos das clulas sobre um substrato, contrao muscular e ele tambm fornece a maquinaria necessria para movimentos intracelulares como, por exemplo, o transporte de organelas de um lugar a outro no citoplasma e a segregao dos cromossomos na mitose.

    O citoesqueleto est ausente nas bactrias.

    O citoesqueleto forma um arcabouo interno para o grande volume do citoplasma, sustentando-o da mesma forma que uma estrutura metlica sustenta um prdio.

    As diferentes atividades do citoesqueleto dependem de trs diferentes tipos de filamentos proticos:

    Filamentos de actina; Microtbulos; Filamentos intermedirios.

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    24

    Cada tipo formado a partir de uma subunidade protica diferentes: Actina nos filamentos de actina; Tubulina nos microtbulos; Uma famlia de protenas fibrosas, como vimentina e lmina nos

    filamentos intermedirios.

    OS MICROTBULOS

    So estruturas rgidas que normalmente apresentam uma das extremidades ancoradas a um nico centro organizador de microtbulos chamado centrossomo (uma estrutura geralmente localizada ao lado do ncleo prximo do centro da clula) e a outra livre no citoplasma.

    Em muitas clulas, os microtbulos so estruturas altamente dinmicas que podem aumentar ou diminuir em comprimento pela adio ou perda de subunidades de tubulina.

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    25

    Protenas motoras se movem de uma direo outra ao longo dos microtbulos carregando organelas especficas para os locais pr-determinados dentro da clula. A determinao de polaridade intrnseca de certas clulas est relacionada com a funo mecnica dos microtbulos.

    Os microtbulos so polmeros rgidos formados

    por molculas de tubulina na forma de filamentos longos e ocos, possuindo dimetro externo de 25 nm e so muito mais rgidos do que os filamentos de actina.

    OS FILAMENTOS DE ACTINA

    Tambm chamados de

    microfilamentos. So polmeros helicoidais de duas cadeias. So estruturas flexveis, com dimetro de 5 a 9 nm, organizados na forma de feixes lineares, redes bidimensionais e gis tridimensionais.

    Embora os filamentos de actina

    estejam distribudos por toda a clula, eles esto mais concentrados no crtex logo abaixo da membrana plasmtica. Tambm so estruturas dinmicas mas, ao contrrio dos microtbulos que so filamentos isolados, se organizam em feixes ou redes.

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    26

    O crtex celular, camada situada logo abaixo da membrana plasmtica, formada por filamentos de actina e por uma variedade de protenas que se ligam actina. Esta camada rica em actina controla a forma e os movimentos de superfcie da maioria das clulas animais.

    OS FILAMENTOS INTERMEDIRIOS

    So estruturas que proporcionam estabilidade mecnica s clulas e tecidos. Os filamentos intermedirios so polmeros fortes semelhantes a cabos, constitudos de polipepetdeos fibrosos que resistem ao estiramento e desempenham um papel estrutural na clula, mantendo sua integridade.

    Existe uma grande variedade de tipos que diferem de acordo com o tipo de polipeptdeo que os formam. Por exemplo:

    Os filamentos de queratina das clulas epiteliais, os neurofilamentos das

    clulas nervosas, os filamentos gliais dos astrcitos e das clulas de schwann, os filamentos de desmina das clulas musculares, os filamentos de vimentina dos fibroblastos e de muitos tipos celulares.

    As lminas nucleares que formam a lmina fibrosa que se estende sob o envelope nuclear constituem uma famlia a parte de protenas de filamento intermedirio.

    Os filamentos intermedirios so fibras em forma de cordo com dimetro em torno de 10 nm. So formados por um grupo de protenas que constituem uma grande famlia de protenas heterogneas. Os trs tipos de filamentos so conectados entre si e suas funes so coordenadas.

    Micrografia eletrnica do citoesqueleto de um fibroblasto de rato mostrando todos os componentes do citoesqueleto: redes de filamentos de actina (mf), microtbulos (setas), filamentos intermedirios (pontas de setas).

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    27

    CLIOS E FLAGELOS

    Micrografia eletrnica mostrando os clios em um protozorio.

    As estruturas responsveis pela motilidade celular so constitudas por pequenos apndices, especialmente diferenciados, que variam em nmero e tamanho. Caso sejam escassos e longos recebem o nome de

    flagelos, ao passo que se so numerosos e curtos so denominados clios.

    O batimento ciliar uma forma exaustivamente estudada de movimento celular.

    Os clios so apndices finos, semelhantes a fios com 0,25 micrmetros de dimetro, contendo no seu interior um feixe de microtbulos.

    Estendem-se a partir da superfcie de muitos

    tipos de clulas e so encontrados na maioria das espcies animais, em muitos protozorios e em algumas plantas inferiores. A funo primria dos clios consiste em movimentar fluido sobre a superfcie celular ou deslocar clulas isoladas atravs de um fluido.

    Os protozorios, por exemplo, usam os clios tanto para coletar partculas

    de alimento como para locomoo. Nas clulas epiteliais que revestem o trato respiratrio humano, um nmero gigantesco de clios (109/cm2 ou mais) limpam as camadas de muco contendo partculas de poeira e clulas mortas em direo boca, local onde sero engolidas ou eliminadas.

    Os clios tambm auxiliam no deslocamento do ovcito pelo oviduto e, uma estrutura relacionada, o flagelo, impulsiona os espermatozides.

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    28

    Desenho mostrando as diferenas de movimentos entre clio e flagelo.

    reas ciliadas se curvam em ondas unidirecionais coordenadas. Cada clio

    se move com um movimento de chicote: uma batida para a frente, na qual o clio se estende totalmente golpeando o lquido circundante, seguida por uma fase de recuperao, na qual ele retorna sua posio original com um movimento de enrolamento que minimize o arraste viscoso.

    Os ciclos dos clios adjacentes so quase sincrnicos criando um padro

    ondulatrio de batimento ciliar que pode ser observado ao microscpio. J os flagelos dos espermatozides e de muitos protozorios so muito

    semelhantes aos clios na sua estrutura interna, mas normalmente so muito mais longos. Ao invs de descreverem movimentos de chicote, se movem em ondas quase-sinusoidais.

    No entanto, a base molecular

    para seu movimento a mesma da dos clios. Deve ser registrado que os flagelos das bactrias so completamente diferentes dos clios e flagelos das clulas eucariticas.

    O movimento de um clio ou de

    um flagelo produzido pela curvatura de seu ncleo, chamado axonema. O axonema composto por microtbulos e suas protenas associadas.

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    29

    Os microtbulos esto modificados e dispostos num padro, cujo aspecto curioso e diferente foi uma das revelaes mais extraordinrias no incio da microscopia eletrnica: Nove microtbulos duplos especiais esto dispostos formando um anel ao redor de um par de microtbulos simples.

    Este arranjo de "9 + 2" caracterstico de quase todas as formas de clios ou flagelos eucariticos - desde protozorios at humanos. Os microtbulos se estendem de modo contnuo ao longo do comprimento do axonema que, normalmente possui 10 micromtros de comprimento mas, em algumas clulas, pode alcanar 200 um.

    Enquanto cada membro do par de microtbulos individuais (o par central)

    um microtbulo completo, cada um dos pares externos composto por um microtbulo completo e outro parcial, mantidos unidos, compartilhando uma parede tubular comum. Em seces transversais, cada microtbulo completo parece formado por um anel de 13 subunidades enquanto o tbulo incompleto parece possuir somente 11.

    Diagrama das partes constituintes de um clio ou flagelo

    Os microtbulos de um axonema esto associados com numerosas protenas, que se projetam a distncias regulares ao longo do seu comprimento.

    Algumas servem para manter

    os feixes de tbulos unidos por meio de pontes transversais.

    Outras geram a fora que dirige

    o movimento de curvatura, enquanto outras formam um sistema de revezamento ativado mecanicamente que controla o movimento de modo a produzir a forma da onde desejada.

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    30

    A mais importante dessas protenas a dinena ciliar, cujas cabeas interagem com os microtbulos adjacentes e geram uma fora de deslizamento entre eles.

    Devido s mltiplas pontes que mantm unidos os pares de microtbulos adjacentes, o que seria um movimento de deslizamento entre microtbulos livres, transforma-se em movimento de curvatura do clio.

    Tal como a dinena citoplasmtica, a dinena ciliar possui um domnio motor

    que hidrolisa ATP e se move ao longo de um microtbulo na direo de sua extremidade "menos", e uma cauda que transporte a carga que, neste cave, um microtbulo adjacente.

    A dinena ciliar consideravelmente maior do que a dinena citoplasmtica,

    tanto no tamanho de suas cadeias pesadas como no nmero e na complexidade de suas cadeias polipeptdicas. A dinena do flagelo da alga verde unicelular Chlamydomonas, por exemplo, formada por 2 ou 3 cadeias pesadas (existem mltiplas formas de dinena no flagelo) e por 10 ou mais polipeptdeos menores.

    EXERCCIOS Questo 1 - Analise as seguintes afirmativas sobre a mitose e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.

    a)( ) Na anfase, as cromtides se separam e so arrastadas para plos opostos da clula.

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    31

    b)( ) Na metfase, os cromossomos ocupam a posio mediana da clula.

    c)( ) Na prfase, os filamentos de cromatina comeam a se enrolar, tornando-se visveis.

    d)( ) Na telfase, os cromossomos chegam aos plos e comeam a se desenrolar.

    Assinale a alternativa que apresenta a seqncia de letras CORRETA.

    A) (V) (V) (V) (V) B) (V) (F) (V) (F) C) (F) (V) (F) (V) D) (F) (F) (F) (F)

    Questo 2 - A quantidade de DNA em clulas de uma cultura de laboratrio duplica entre a: (A) Prfase e anfase da mitose. (B) Prfase I e a prfase II da meiose. (C) Anfase e a telfase da mitose. (D) Fase G1 e a fase G2 da interfase. (E) Diacinese e o paquteno da prfase. Questo 3 - Uma clula somtica que tem quatro cromossomos, ao se dividir, apresenta, na metfase: a) quatro cromossomos distintos, cada um com duas cromtides. b) quatro cromossomos distintos, cada um com uma cromtide. c) quatro cromossomos pareados dois a dois, cada um com duas cromtides. d) quatro cromossomos distintos, pareados dois a dois, cada um com uma cromtide. Questo 4 - A respeito da clula, unidade mnima de um organismo capaz de atuar de maneira autnoma, assinale a opo correta.

    a)( ) Nas clulas eucariticas e procariticas, os centrolos consistem em uma rede de filamentos proticos responsveis pela manuteno da forma da clula.

    b)( ) Nas clulas procariticas, a interao do ncleo com o citoplasma ocorre atravs dos poros nucleares.

    c)( ) As clulas somticas duplicam os cromossomos no final da mitose.

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    32

    d)( ) As clulas dos indivduos da espcie humana surgiram a partir de uma nica clula inicial, o vulo fecundado, por meio de diviso mittica.

    Questo 5 - Em um caso de estupro seguido de homicdio, foi encontrado, na genitlia da vtima, material semelhante a smen, que foi coletado para possvel exame de material gentico. Em uma anlise cromossmica desse material, observou-se a presena de clulas haplides, confirmando a suspeita do tipo de material coletado. Analise as afirmativas quanto conceituao dos termos que so comuns a todas elas e assinale a alternativa correta. I O processo de formao de gametas na espcie humana envolve a diviso meitica; II Os espermatozides apresentam o mesmo nmero de cromossomos de uma clula epitelial. III O material coletado ter pouca importncia se o material coletado no suspeito no for o smen. IV A formao de gametas em humano ocorre somente na fase adulta. (A) Todas as afirmativas esto erradas; (B) H apenas uma afirmativa certa; (C) H apenas duas afirmativas certas; (D) H apenas trs afirmativas certas; (E) Todas as afirmativas esto certas. Questo 1 Resposta = item A. Todos os itens esto corretos. Questo 2 Resposta = item D. A duplicao do DNA ocorre na interfase, ou seja, entre as fases G1 e G2. Questo 3 Resposta = item A. Em B, seria uma descrio dos cromossomos na interfase (na fase G1); Em C, Seria a descrio da prfase; Em D, essa possibilidade no existe. Questo 4 Resposta = item D. Em A, em procariotos no centrolos; Em B, em procariotos no ncleo; Em C, a duplicao dos cromossomos ocorre na fase S da intrfase. Questo 5 Resposta = item B. Em I, o item o correto; Em II, os espermatozoides so haplides, ou seja, n = 23 e uma clula epitelial diplide (2n = 46); Em III, qualquer clula do suspeito pode ser usada, pois contm as informaes genticas do indivduo; Em IV, nos humanos se consideramos as

  • BIOLOGIA PAPILOSCOPISTA POLCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ

    Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br

    33

    mulheres, a gametognese ocorre no fase fetal, ou seja, nas mulheres a meiose I ocorre na fase fetal.