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Cristologia – Estudo sobre a vida de Jesus Tema: 4 1 I.E.P Missionária 15/01/2022

Aula 4 cristologia

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Page 1: Aula 4   cristologia

12/04/2023 I.E.P Missionária 1

Cristologia – Estudo sobre a vida de Jesus

Tema: 4

Page 2: Aula 4   cristologia

12/04/2023 2

AGENDA

1 – Introdução

2 – Preexistência

3 – Kenosis

4 – Encarnação

5 – A humanidade de Jesus

6 – Elementos da natureza humana

7 – A necessidade da natureza divina

8 – Comprovação da divindade de Jesus

9 – Contraste entre as duas naturezas

10 – Os oficios de Jesus

Page 3: Aula 4   cristologia

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1 - INTRODUÇÃO

O estudo sobre Jesus e tudo o que

envolve sua vida surge da necessidade

de combater as diferentes doutrinas a

respeito de sua vida.

Cristologia

Doutrina de Jesus Cristo

Page 4: Aula 4   cristologia

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1 - INTRODUÇÃO

O ensinamento que mais foi atacado se refere a

união HIPOSTÁTICA de Jesus que afirma que Ele

possuia duas naturezas.

Natureza divina

Natureza humana

Page 5: Aula 4   cristologia

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1 - INTRODUÇÃO

Durante a história da igreja muitos grupos

defendiam que Jesus era somente um homem que

foi qualificado para ser o messias após o batismo e

a descida do Espírito Santo sobre Ele.

Por outro lado haviam aqueles grupos que

defendiam que Jesus era somente um ser divino,

pois o contato com o corpo material produziria o

pecado.

Page 6: Aula 4   cristologia

12/04/2023 I.E.P Missionária 6

1 - INTRODUÇÃO

No século XIX iniciou-se a divulgação de um novo

ensino a respeito da natureza de Cristo que passou a

abranger todos os seres humanos.

A ideia principal era que Jesus passou a ser uma

nova criação devido a união da natureza divina com a

humana.

Todos os seres humanos são divinos, desde que

todos têm em si um elemento divino (Espírito Santo); e

todos são filhos de Deus diferindo de Cristo somente

em grau.

Page 7: Aula 4   cristologia

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AGENDA

1 – Introdução

2 – Preexistência

3 – Kenosis

4 – Encarnação

5 – A humanidade de Jesus

6 – Elementos da natureza humana

7 – A necessidade da natureza divina

8 – Comprovação da divindade de Jesus

9 – Contraste entre as duas naturezas

10 – Os oficios de Jesus

Page 8: Aula 4   cristologia

12/04/2023 I.E.P Missionária 8

2 - PREEXISTÊNCIA

A existência de Jesus é provada pelas escrituras:

“Eu sou o Alfa e Ômega, o Primeiro e o Último, o

Princípio e o Fim” (Ap 22:13).

As letras alfa e ômega são, respectivamente, a

primeira e a última letra do alfabeto grego. Jesus declara

que Ele próprio é o inicio e o fim de tudo.

Page 9: Aula 4   cristologia

12/04/2023 I.E.P Missionária 9

2 - PREEXISTÊNCIA

A existência de Jesus Cristo também é provada pelo

Antigo Testamento:

“O Senhor Deus diz: — Belém-Efrata, você é uma das

menores cidades de Judá, mas do seu meio farei sair aquele

que será o rei de Israel. Ele será descendente de uma família

que começou em tempos antigos, num passado muito

distante” (Mq 5:2).

“Pois já nasceu uma criança, Deus nos mandou um

menino que será o nosso rei. Ele será chamado de

“Conselheiro Maravilhoso”, “Deus Poderoso”, “Pai Eterno”,

“Príncipe da Paz” (Is 9:6).

Page 10: Aula 4   cristologia

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2 - PREEXISTÊNCIA

A preexistência de Cristo também é provada por

obras que são atribuídas a Ele e que exigem sua

existência para a concretização das mesmas.

A criação de todas as coisas é atribuida a Ele (1Co 8:6).

Page 11: Aula 4   cristologia

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2 - PREEXISTÊNCIA

A preexistência de Cristo também é provada por

suas aparições, em particular, no Antigo Testamento

(Gn 48:16; Ex 3:2,4; Jz 13:18).

Essas aparições são chamadas de teofanias.

Teofania é derivado do grego e é utilizado para

descrever alguma manifestação visível de Deus na

forma que Ele quiser.

Théos = DeusPhaneroô =

Aparecer

Page 12: Aula 4   cristologia

12/04/2023 I.E.P Missionária 12

2 - PREEXISTÊNCIA

A preexistência de Jesus também é provada por seus

nomes:

Logos: o apóstolo João descreve Jesus como a palavra

personificada, o verbo criador (Jo 1:1).

Deus: a palavra Deus é atribuida a Jesus demonstrando

assim que Ele próprio é um ser divino (Hb 1:8; 2Pe 1:1).

Javé ou Iavé: do hebraico YHWH significa Senhor que

nos contextos apropriados era o nome do Criador.

Page 13: Aula 4   cristologia

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2 - PREEXISTÊNCIA

Obs: a forma correta de se pronunciar YHWH é Javé ou Iavé,

e não Jeová. O termo Jeová surge da fusão entre o tetagrama

YHWH com as vogais da palavra ADONAY resultando na seguinte

forma YEHOVAH (Jeová).

O Jerome Biblical Commentary chama "Jeová" de um "não-

nome" (77.11), e o Interpreter’s Dictionary of the Bible o chama

de "nome artificial" (s. v. Jehovah). O Lexicon in Veteris

Testamenti Libros, de Koehler-Baumgartner (s. v. YHVH), chama a

grafia "Jeová" de "errada" e defende como "correta e original" a

pronúncia "Yahveh".

Page 14: Aula 4   cristologia

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AGENDA

1 – Introdução

2 – Preexistência

3 – Kenosis

4 – Encarnação

5 – A humanidade de Jesus

6 – Elementos da natureza humana

7 – A necessidade da natureza divina

8 – Comprovação da divindade de Jesus

9 – Contraste entre as duas naturezas

10 – Os oficios de Jesus

Page 15: Aula 4   cristologia

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3 - KENOSIS

A palavra Kenosis significa literalmente

esvaziamento (Fp 2:7).

A kenosis envolve o encobrimento da glória de

Jesus e o não uso voluntário de alguns de seus

atributos divinos durante sua vida terrena.

O grande erro cometido em relação a teoria do

Kenosis é afirmar que Jesus transformou-se

completamente em homem e por isso perdeu sua

divindade.

Page 16: Aula 4   cristologia

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AGENDA

1 – Introdução

2 – Preexistência

3 – Kenosis

4 – Encarnação

5 – A humanidade de Jesus

6 – Elementos da natureza humana

7 – A necessidade da natureza divina

8 – Comprovação da divindade de Jesus

9 – Contraste entre as duas naturezas

10 – Os oficios de Jesus

Page 17: Aula 4   cristologia

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4 - ENCARNAÇÃO

A encarnação de Jesus diz respeito a sua manifestação em

natureza humana. O nascimento de Jesus foi por meio virginal

(Is 7:14) através de um milagre e com duas naturezas, a

humana (sem pecado) e a divina.

As razões para sua encarnação envolviam:

• A revelação de Deus ao homem (Jo 1:18);

• Prover um exemplo de vida (1Pe 2:21);

• Prover sacrificio pelo pecado (Mc 10:45; Hb 10:1-10);

• Destruir as obras do diabo (Lc 4:18; 1Jo 3:8; Hb 2:14);

• Reconciliar o homem com Deus (2Co 5:19; 1Tm 2:5-6), etc.

Page 18: Aula 4   cristologia

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AGENDA

1 – Introdução

2 – Preexistência

3 – Kenosis

4 – Encarnação

5 – A humanidade de Jesus

6 – Elementos da natureza humana

7 – A necessidade da natureza divina

8 – Comprovação da divindade de Jesus

9 – Contraste entre as duas naturezas

10 – Os oficios de Jesus

Page 19: Aula 4   cristologia

12/04/2023 I.E.P Missionária 19

5 – A HUMANIDADE DE JESUS

A natureza humana de Jesus procede de Maria,

sua mãe, assim como a natureza divina de Jesus

procede do Deus Pai.

Para que Jesus pudesse cumprir sua tarefa de

Redentor era necessário que Ele tivesse uma

natureza humana.

Page 20: Aula 4   cristologia

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5 – A HUMANIDADE DE JESUS

5.1 - O Redentor tinha de ser um

verdadeiro homem para substituir homens

Jesus tinha que ser semelhante ao ser humano

para que pudesse ser o substituto perfeito. Era

necessário que Ele tivesse todas as propriedades de

um ser humano para experimentar todas as coisas

próprias de um homem e mostrar que poderia ser

um legitimo substituto do homem.

Page 21: Aula 4   cristologia

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5 – A HUMANIDADE DE JESUS

Análise de Hebreus 2:17

“Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo (Hb 2:17)”.

Da carta aos Hebreus, em particular do capítulo 2,

pode ser extraído grandes “verdades” a respeito do

Redentor.

Page 22: Aula 4   cristologia

12/04/2023 I.E.P Missionária 22

5 – A HUMANIDADE DE JESUS

5.1.1 - O Redentor tinha de ser homem em todas as coisas

Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos (Hb 2:17a)

Jesus como homem possui todas as

propriedades de um homem. Ele possuia uma parte

material (corpo) e uma parte imaterial (alma).

Jesus possuia o intelecto humano, tinha

emoções, em tudo era igual ao homem, exceto no

pecado.

Page 23: Aula 4   cristologia

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5 – A HUMANIDADE DE JESUS

5.1.2 - O Redentor tinha de ter as mesmas experiências humanas

“… para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote (Hb 2:17b)

Jesus como homem sofreu para que pudesse

compreender o que é ser misericordioso. Ele

experimentou tudo o que é próprio ao ser humano,

exceto o pecado, o que possibilitou que Ele tivesse

misericórdia da raça humana.

Page 24: Aula 4   cristologia

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5 – A HUMANIDADE DE JESUS

5.1.3 - O Redentor tinha de ser homem para tratar com Deus das coisas dos homens

“… e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus (Hb 2:17c)

A função do sacerdote, como pode ser observado no

decorrer do Antigo Testamento, era oferecer algo para Deus

que aplacasse sua ira em relação ao pecado do homem.

Jesus precisava ser homem para que pudesse representar

os homens perante Deus. As coisas referentes a Deus

precisavam ser tratadas e Jesus era o sumo sacerdote

capacitado para isso.

Page 25: Aula 4   cristologia

12/04/2023 I.E.P Missionária 25

5 – A HUMANIDADE DE JESUS

5.1.4 - O Redentor tinha de ser homem para fazer propiciação pelos pecados

“… para fazer propiciação pelos pecados do povo (Hb 2:17d)

Deus não propicia pecados porque Ele não tem a natureza

humana. A propiciação necessitava de um corpo para sofrer a

punição.

Por isso o Verbo se fez carne para que pudesse oferecer a

si mesmo como sacrificio pelos homens (Hb 10:12).

Só pode fazer propiciação quem tem algo a oferecer a

Deus e Jesus tinha seu próprio corpo para oferecer em

sacrificio pelo pecado.

Page 26: Aula 4   cristologia

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5 – A HUMANIDADE DE JESUS

5.1.5 - O Redentor tinha que ser um homem ideal e não somente um homem real (Hb 7:26)

Jesus era um homem real feito de carne, osso e

sujeito as tentações. Ele como qualquer outro

homem sofreu as consequências da queda, por

exemplo:Teve que trabalhar (Mc 6:3; Gn 3:19);

Sofreu (Jo 11:35);

Foi traido (Mt 26:47-49); etc.

Page 27: Aula 4   cristologia

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5 – A HUMANIDADE DE JESUS

Entretanto, diferentemente dos demais homens,

Jesus não pecou.

Por ideal pode ser entendido a sua santidade,

sua inculpabilidade e uma vida sem mancha (Hb

7:26). Sua perfeição moral o torna um homem

ideal. Um alvo a ser alcançado pela igreja no

momento da glorificação dos corpos.

Page 28: Aula 4   cristologia

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AGENDA

1 – Introdução

2 – Preexistência

3 – Kenosis

4 – Encarnação

5 – A humanidade de Jesus

6 – Elementos da natureza humana

7 – A necessidade da natureza divina

8 – Comprovação da divindade de Jesus

9 – Contraste entre as duas naturezas

10 – Os oficios de Jesus

Page 29: Aula 4   cristologia

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6 – ELEMENTOS DA NATUREZA HUMANA

Jesus recebeu de Maria, sua mãe terrena, a

substância humana dividida em 2 partes:

Embora houvesse uma corrente teológica que

afirmasse que Jesus não tinha um corpo natural, a

Bíblia deixa bem claro que Jesus possuia um corpo

natural.

CORPO ALMA

Page 30: Aula 4   cristologia

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6 – ELEMENTOS DA NATUREZA HUMANA

O apóstolo Paulo defendeu a verdadeira

corporeidade de Cristo (Cl 2:9).

Paulo ainda afirma que a reconciliação entre

Deus e o homem se deu através do corpo de Jesus

(Cl 1:22).

O apóstolo João também afirma que Jesus

possuiu um corpo humano (1Jo 1:1)

Page 31: Aula 4   cristologia

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6 – ELEMENTOS DA NATUREZA HUMANA

Jesus esteve preso a Maria por um cordão

umbilical

Jesus foi amamentado

Jesus passou por

aprendizado

Jesus teve infância como qualquer outro

ser humano

Page 32: Aula 4   cristologia

12/04/2023 I.E.P Missionária 32

6 – ELEMENTOS DA NATUREZA HUMANA

Além do corpo fisico, material, palpável, Jesus ainda possuia

uma alma (Jo 12:27).

6.1 – Jesus possuia uma mente humana

A mente de Jesus possuia um desenvolvimento natural (Lc

2:52). A única diferença entre a mente de Jesus e a dos homens é

que a mente Dele não tinha os efeitos do pecado.

A alma é composta por emoções, vontade e

intelecto.

Page 33: Aula 4   cristologia

12/04/2023 I.E.P Missionária 33

6 – ELEMENTOS DA NATUREZA HUMANA

A mente humana de Jesus não conhecia aquilo

que era exclusivo da mente divina (Mc 13:32).

Mediante a ação divina sobre a mente humana

de Jesus era que Ele conhecia as coisas

sobrenaturais (Lc 2:47; Lc 2:49).

Exemplos:

Jesus conhecia o caráter de Natanael (Jo 1:47);

Page 34: Aula 4   cristologia

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6 – ELEMENTOS DA NATUREZA HUMANA

Jesus sabia que Lazáro estava morto, embora a

noticia que Lhe deram era de que seu amigo estava

doente (Jo 11:3-11); e

Jesus antecipadamente afirmou que Pedro

encontraria dinheiro dentro de um peixe (Mt 17:27),

etc.

Page 35: Aula 4   cristologia

12/04/2023 I.E.P Missionária 35

6 – ELEMENTOS DA NATUREZA HUMANA

6.2 - Jesus possuia emoções

As emoções são características dos seres racionais,

sejam eles homens, anjos e o próprio Deus.

6.2.1 – Jesus demonstrou alegria

Jesus foi um homem marcado por dores e sofrimento

(Is 53:3), mas também foi marcada por alegria.

Page 36: Aula 4   cristologia

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6 – ELEMENTOS DA NATUREZA HUMANA

Através dos discípulos, Ele ensinou que o homem

deveria estar contente sempre (Fp 4:11; 1TS 5:16).

O próprio Jesus se alegrava com os discípulos (Lc

10:21).

6.2.2 - Jesus demonstrava admiração

A admiração é um sentimento puramente humano e

Jesus a demonstrou mediante a fé encontrada em um

gentio (Mt 8:8-10).

Page 37: Aula 4   cristologia

12/04/2023 I.E.P Missionária 37

6 – ELEMENTOS DA NATUREZA HUMANA

6.2.3 - Jesus demonstrou compaixão

A compaixão é o reflexo da imagem de Deus no homem.

A compaixão é um sentimento que surge mediante alguma

situação de miséria, seja ela espiritual, física ou social.

Exemplos:

a) Jesus teve compaixão de um leproso, desprezado e

segregado da sociedade (Mc 1:40:41);

Page 38: Aula 4   cristologia

12/04/2023 I.E.P Missionária 38

6 – ELEMENTOS DA NATUREZA HUMANA

b) Jesus teve compaixão de um grupo de pessoas que

andavam sem direção (Mc 6:34-44); e

c) Jesus teve compaixão das pessoas que estavam sem

comer há 3 dias (Mc 8:2).

6.2.4 - Jesus demonstrou tristeza

Vendo a família de Lázaro triste por causa de sua morte,

Jesus também chorou pela morte de seu amigo (Jo 11:33-

35).

Page 39: Aula 4   cristologia

12/04/2023 I.E.P Missionária 39

6 – ELEMENTOS DA NATUREZA HUMANA

6.2.5 – Jesus demonstrou ira

Jesus ficou irado ao ver o comércio que estavam

realizando no Templo. A ira é um sentimento humano

que foi demonstrada por Jesus em defesa da santidade e

reverência em relação a Deus (Jo 2:15-17).

O que Jesus pensaria da igreja hoje?

Page 40: Aula 4   cristologia

12/04/2023 40

6 – ELEMENTOS DA NATUREZA HUMANA

6.2.6 – Jesus possuia volições humanas

Jesus, mediante sua natureza humana, possuia

vontades diferentes da vontade divina (Mt 26:39).

“Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto,

orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim

este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim

como tu queres (Mt 26:39)”.

Volição significa o ato pela qual a vontade se determina

Vontade humana de Jesus

Vontade divina do Pai

Page 41: Aula 4   cristologia

12/04/2023 I.E.P Missionária 41

6 – ELEMENTOS DA NATUREZA HUMANA

Neste trecho do livro de Mateus é possível

verificar duas vontades: a vontade humana de Jesus

e a vontade divina do Pai.

Assim como as duas naturezas em Jesus pensam

diferente, sentem diferente, as volições também

são diferentes.

Entretanto, a vontade divina sempre terá

preeminência sobre a vontade humana (Jo

6:38).

Page 42: Aula 4   cristologia

12/04/2023 42

AGENDA

1 – Introdução

2 – Preexistência

3 – Kenosis

4 – Encarnação

5 – A humanidade de Jesus

6 – Elementos da natureza humana

7 – A necessidade da natureza divina

8 – Comprovação da divindade de Jesus

9 – Contraste entre as duas naturezas

10 – Os oficios de Jesus

Page 43: Aula 4   cristologia

12/04/2023 I.E.P Missionária 43

7 – A NECESSIDADE DA NATUREZA DIVINA

Se Jesus fosse somente um homem ele não poderia

fazer o que veio fazer em favor da humanidade.

7.1 – Jesus tinha que ser Deus para ser um

Salvador

A sua divindade o capacitou para trilhar o caminho

oposto deixado por Adão. A sua natureza divina o fez

vencer a morte e oferecer a vida eterna ao ser humano

(Jo 17:2; Hb 2:14)

Page 44: Aula 4   cristologia

12/04/2023 44

7 – A NECESSIDADE DA NATUREZA DIVINA

7.2 – Jesus tinha que ser divino para oferecer um

sacrificio de valor infinito

Um Redentor que fosse somente um homem, ainda

que santo, sem pecado e perfeito, poderia redimir apenas

uma única pessoa. Seria um sacrificio finito.

Ao assumir a natureza humana, Jesus estava tomando

o lugar de muitos para resgatar vidas através de sua

própria vida. Foi um sacrificio infinito que ainda oferece

salvação à humanidade.

Page 45: Aula 4   cristologia

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7 – A NECESSIDADE DA NATUREZA DIVINA

7.3 – Jesus tinha que ser divino para suportar a ira

divina

Os homens como forma de aplacar a ira de Deus

ofereciam holocaustos para cobrirem seus pecados, porém

isso não era suficiente.

No entanto, Jesus veio para libertar os homens da

condenação de uma vez por todas e para que isso

acontecesse o Redentor não poderia ser somente humano,

pois não teria forças para aguentar a ira divina (Hb 10:11-12).

Page 46: Aula 4   cristologia

12/04/2023 46

7 – A NECESSIDADE DA NATUREZA DIVINA

7.4 – Jesus tinha que ser divino para aplicar

sua obra ao seu povo

Somente um Redentor divino poderia satisfazer

eternamente a justiça de Deus. A justificação é

oferecida a todos aqueles que aceitam a salvação

proporcionada por Jesus Cristo (Rm 4:25).

Page 47: Aula 4   cristologia

12/04/2023 47

AGENDA

1 – Introdução

2 – Preexistência

3 – Kenosis

4 – Encarnação

5 – A humanidade de Jesus

6 – Elementos da natureza humana

7 – A necessidade da natureza divina

8 – Comprovação da divindade de Jesus

9 – Contraste entre as duas naturezas

10 – Os oficios de Jesus

Page 48: Aula 4   cristologia

12/04/2023 48

8 – COMPROVAÇÃO DA DIVINDADE DE JESUS

8.1 – A divindade de Jesus é comprovada por Seu

nome

O nome de Jesus por si só prova sua divindade:JESUS É a forma grega do hebraico

Jehoshua, Joshua (Js 1:1; Zc 3:1) e significa salvação ou redenção.

CRISTO

É o nome oficial do Messias (Maschiach) e significa “UNGIDO”.

Page 49: Aula 4   cristologia

12/04/2023 49

8 – COMPROVAÇÃO DA DIVINDADE DE JESUS

8.2 – A divindade de Jesus é provada por Seus atributos

A divindade de Jesus também é provada por atributos que

são exclusivos de Deus:

Onipotência: é aquele que pode tudo; todo-poderoso. O

poder de Jesus é ilimitado e esse poder foi demonstrado

quando:

Acalmou a tempestade (Mt 8:26-27);

Multiplicou pães e peixes (Mt 14:19);

Transformou água em vinho (Jo 2:1-11);

Fazia sinais e maravilhas (Mt 28:18).

Page 50: Aula 4   cristologia

12/04/2023 50

8 – COMPROVAÇÃO DA DIVINDADE DE JESUS

8.2 – A divindade de Jesus é provada por Seus

atributos

Onisciência: é a capacidade de saber tudo

infinitamente, incluindo pensamentos, sentimentos,

vida, passado, presente, futuro etc.

Jesus conhecia os pensamentos (Mc 2:8);

Jesus sabia quem o haveria de traí-lo (Jo 6:64);

Conhecia os sentimentos de Natanael (Jo 1:47-48).

Page 51: Aula 4   cristologia

12/04/2023 51

8 – COMPROVAÇÃO DA DIVINDADE DE JESUS

8.2 – A divindade de Jesus é provada por Seus

atributos

Onipresença: é a capacidade de estar em todos

os lugares ao mesmo tempo. Esse é o único dos

atributos divinos que não foi manifesto por Jesus em

sua vida terrena.

No entanto, Jesus deixa bem claro sua

onipresença (Mt 18:20; Mt 28:20).

Page 52: Aula 4   cristologia

12/04/2023 52

8 – COMPROVAÇÃO DA DIVINDADE DE JESUS

8.2 – A divindade de Jesus é provada por Seus

atributos

Eternidade: Jesus possui em si a imortalidade e

a incapacidade de morrer (Jo 1:4; Jo 5:26). É fato que

a missão de Jesus incluia sua morte, entretanto a

morte não podia detê-lo (Jo 2:19).

Page 53: Aula 4   cristologia

12/04/2023 53

8 – COMPROVAÇÃO DA DIVINDADE DE JESUS

8.2 – A divindade de Jesus é provada por Seus

atributos

Imutabilidade: é um atributo divino segundo o

qual Deus não pode mudar (Hb 13:8; Ml 9:6; Tg

1:17). Por causa dessa imutabilidade, Jesus é

totalmente confiável.

É por isso que confiamos nas

promessas de Deus

Page 54: Aula 4   cristologia

12/04/2023 54

8 – COMPROVAÇÃO DA DIVINDADE DE JESUS

8.3 – A divindade de Jesus é provada por Suas

obras

A divindade de Jesus também é provada por suas obras:

A criação (Jo 1:3; Cl 1:16);

Preservação do universo (Cl 1:17; Hb 1:3);

Perdão dos pecados (Lc 7:48);

Ressurreição dos mortos (Jo 5:25; Fp 3:21);

Cura dos enfermos (Mt 9:21);

Sujeitou os espíritos (Lc 8:26-34); etc.

Page 55: Aula 4   cristologia

12/04/2023 55

8 – COMPROVAÇÃO DA DIVINDADE DE JESUS

8.4 – A co-essencialidade de Jesus com seu Pai aponta

para a sua divindade

Jesus é idêntico ao Pai, não como pessoa, mas em

essência (divina)

8.4.1 – Crer em Cristo é o mesmo que crer no Pai

É tão grande a identidade entre o Pai e Jesus Cristo que

não se pode ter fé em um e não ter em outro (Jo 12:44; Jo

14:1). Essa fé não está relacionada a pessoa de Cristo, e sim a

sua natureza divina.

Page 56: Aula 4   cristologia

12/04/2023 56

8 – COMPROVAÇÃO DA DIVINDADE DE JESUS

8.4.2 – Ver Jesus é o mesmo que ver ao Pai

Jesus quando afirma que quem o vê, vê o Pai (Jo 12:45) não

está falando da forma física, pois a divindade não possui um

elemento material em sua constituição.

Jesus é a expressão perfeita do Pai (Hb 1:3) e qualquer um

que quisesse ver ao Pai era só olhar para Jesus (Jo 14:9).

Jesus refletia em si a natureza do Pai, afinal ambos possuem a natureza divina

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8 – COMPROVAÇÃO DA DIVINDADE DE JESUS

8.4.3 – Odiar a Cristo é o mesmo que odiar ao Pai

Aquele que ama ao Pai também ama ao Filho, e quem

odeia a Cristo também odeia ao Pai (Jo 15:23-24).

Não há como separar o amor ao Filho do amor ao Pai

porque o que se faz a um se faz também ao outro por

causa da mesma essência.

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8 – COMPROVAÇÃO DA DIVINDADE DE JESUS

8.4.4 – Receber a Cristo é o mesmo que receber ao Pai

Não há como crer em Deus ou recebê-lo na vida sem

que se receba a Cristo pela fé (Jo 1:12).

Aquele que recebe as palavras de Jesus recebe as

palavras do Pai, porque Jesus falou aquilo que o Pai lhe

ordenara (Jo 12:47-50).

Receber a Cristo é o mesmo que receber ao Pai

porque não são duas pessoas distintas, mas o o

mesmo Deus.

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AGENDA

1 – Introdução

2 – Preexistência

3 – Kenosis

4 – Encarnação

5 – A humanidade de Jesus

6 – Elementos da natureza humana

7 – A necessidade da natureza divina

8 – Comprovação da divindade de Jesus

9 – Contraste entre as duas naturezas

10 – Os oficios de Jesus

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9 – CONTRASTE ENTRE AS DUAS NATUREZAS

9.1 – O contraste entre as duas naturezas de Cristo

De acordo com a natureza divina o Redentor é:

De acordo com a natureza humana o Redentor era:

Infinito Finito

Independente Dependente

Imutável Mutável

Não sujeito ao espaço Sujeito ao espaço

Não sujeito ao tempo Sujeito ao tempo

Não passível de tentação Passível de tentação

Todo-poderoso Com fraquezas

Conhecimento ilimitado Conhecimento limitado

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9 – CONTRASTE ENTRE AS DUAS NATUREZAS

9.1.2 – Jesus era ao mesmo tempo infinito e finito

A infinidade é um atributo exclusivo de Deus não

comunicável ao homem. Esté é um atributo que não foi

utilizado por Jesus durante sua vida na terra.

Jesus como homem era finito, pois passou a existir no

tempo e no espaço. Essa finitude é derivada de Maria, sua

mãe.

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9 – CONTRASTE ENTRE AS DUAS NATUREZAS

9.1.3 – Jesus era ao mesmo tempo independente e

dependente

A independência é um atributo exclusivo de Deus. Jesus

é auto-suficiente, tem existência por si mesmo e se basta. A

vida está em si mesmo (Jo 5:26; Jo 14:6).

Jesus como homem era dependente. Ele necessitou de

cuidados de seus pais, necessitou de alimentação,

precisava beber, necessitava de descanso etc.

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9 – CONTRASTE ENTRE AS DUAS NATUREZAS

9.1.4 – Jesus era ao mesmo tempo imutável e mutável

A imutabilidade é um atributo exclusivo de Deus.

Jesus é sempre constante (Hb 13:8); o seu amor é

imutável, pois Ele ama até o fim (Jo 13:1).

Jesus como homem era mutável. Está relacionada a

capacidade humana em desenvolver-se, crescer,

aperfeiçoar-se e amadurecer.

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9 – CONTRASTE ENTRE AS DUAS NATUREZAS

9.1.5 – Jesus era ao mesmo tempo não sujeito ao espaço e

sujeito ao espaço

Jesus em sua natureza divina não é sujeito ao espaço.

Ele pode estar em qualquer lugar ao mesmo tempo (Mt

18:20; Mt 28:20).

Jesus em sua natureza humana ocupou espaço e estava

preso nele. Enquanto esteve fisicamente na terra, sempre

ficou em um único lugar onde a sua natureza humana

condicionava ficar.

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9 – CONTRASTE ENTRE AS DUAS NATUREZAS

9.1.6 – Jesus era ao mesmo tempo eterno e temporal

Nunca houve um tempo em que o Redentor não tenha

existido com respeito a sua natureza divina. Ele já existia

antes de haver tempo (Cl 1:17)

Como homem, Jesus estava sujeito ao tempo desde

de seu nascimento. Todo ser humano é temporal e Jesus

também era temporal, pois entre outras coisas, sua vida

na terra teve um inicio e um fim.

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9 – CONTRASTE ENTRE AS DUAS NATUREZAS

9.1.7 – Jesus era ao mesmo tempo não sujeito a tentação e

sujeito a tentação

A tentação é uma impossibilidade para a natureza divina de

Jesus porque não há nada que Ele possa cobiçar (Tg 1:13). Jesus é

superior e não pode ser tentado pelo inferior.

Jesus em sua natureza humana foi tentado devido a sua

dependência. Quando Ele foi tentado no deserto estava sem as

coisas básicas para sua existência. Ele foi tentado a fugir da dor

quando os soldados romanos disseram para Ele descer da cruz.

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9 – CONTRASTE ENTRE AS DUAS NATUREZAS

9.1.8 – Jesus era ao mesmo tempo força e fraqueza

Segundo a sua natureza divina, Jesus exerce domínio sobre

cada esfera do universo que Ele criou. Ele mudou a água em

vinho; multiplicou pães e peixes (Jo 6:1-14); acalmou águas e

ventos (Mt 8:23-27); curou enfermos (Jo 4:46-54): etc.

A fraqueza é caracteristica das coisas que são

criadas. Jesus sentiu fome, sede e cansaço, além de

sofrer como substituto do homem na cruz.

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9 – CONTRASTE ENTRE AS DUAS NATUREZAS

9.1.9 – Jesus era ao mesmo tempo onisciente e limitado

em conhecimento

A mente divina não possui limitação e ninguém é capaz

de conhecê-la (Rm 11:34; Is 55:8).

A mente humana pensa limitadamente, pensa

sucessivamente (uma coisa de cada vez); adquire

conhecimento e se desenvolve.

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AGENDA

1 – Introdução

2 – Preexistência

3 – Kenosis

4 – Encarnação

5 – A humanidade de Jesus

6 – Elementos da natureza humana

7 – A necessidade da natureza divina

8 – Comprovação da divindade de Jesus

9 – Contraste entre as duas naturezas

10 – Os oficios de Jesus

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10 – OS OFICIOS DE JESUS

Os oficios de Jesus são:

1 – Profeta

2 – Sacerdote

3 - Rei

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10 – OS OFICIOS DE JESUS

10.1 – Profeta

O trabalho do profeta era o de ser o porta-voz de

Deus. Ele interpretava os atos e os planos de Deus e

orientava o povo no caminho traçado por Deus.

Jesus foi um profeta (Dt 18:15; Jo 6:14; At 3:22).

Durante sua vida Ele mostrou Deus ao homem, bem

como a sua vontade para a humanidade.

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10 – OS OFICIOS DE JESUS

10.2 – Sacerdote

O sacerdote era uma pessoa divinamente escolhida e

consagrada (Hb 5:4) para representar os homens diante de

Deus e oferecer sacrificios para asseguar o favor divino.

Jesus foi o perfeito sacerdote e teve o ápice de seu

sacerdócio na cruz do calvário (Hb 10:12-14). O sacrificio

de Jesus é único e definitivo (Hb 10:10).

Além disso, Jesus continua intercedendo por seu povo

(Hb 7:25; 1Jo 2:1-2)

Page 73: Aula 4   cristologia

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10 – OS OFICIOS DE JESUS

10.3 – Rei

Jesus é o rei profetizado no Antigo Testamento

para governar as nações com justiça e prosperidade

(Is 11:1-9). O próprio Jesus afirmou ser rei (Jo 18:36-

37).

Na ascensão, Ele foi coroado e entronizado como

rei (Ef 1:20-22; Ap 3:21) e seu reinado será pleno

após o período escatológico (Ap 11:15).

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABIBLIA. Qual o significado da palavra logos. Disponível em < http://www.abiblia.org/ver.php?id=674&id_autor=2&id_utente=&caso=perguntas>. Acesso em 30 de abril de 2012.

ASSIS, L.S. As Teofanias e a encarnação do verbo. Disponível em <http://www.atosdois.com.br/print2.php?codigo=3416>. Acesso em 30 de abril de 2012.

CRISTOLOGIA. Bibliologia/Cristologia. Disponível em http://pt.wikibooks.org/wiki/Bibliologia/Cristologia. Acesso em 30 de maio de 2012.

Martins, V. G. As Duas Naturezas do Redentor. 1º ed. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2003.

VIVOS! O Termo Jeová na Bíblia. Disponível em < http://www.vivos.com.br/184.htm>. Acesso em 30 de abril de 2012.