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DOENÇAS OCUPACIONAIS Professor: Daniel Moura

Aula 4-Doenças Ocupacionais

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  • DOENAS OCUPACIONAIS

    Professor: Daniel Moura

  • O Adoecimento dos Trabalhadores e sua Relao com o TrabalhoOs trabalhadores compartilham os perfis de adoecimento e morte da populao em geral, em funo: idade, gnero, grupo social ou insero em um grupo especfico de risco. Alm disso, os trabalhadores podem adoecer ou morrer por:

    Por causas relacionadas ao trabalho; Como conseqncia da profisso que exercem ou exerceram; Pelas condies adversas em que seu trabalho ou foi realizado.

  • O Adoecimento dos Trabalhadores e sua Relao com o TrabalhoAssim, o perfil de adoecimento e morte dos trabalhadores resultar da separao desses fatores que podem ser sintetizados em quatro grupos de causas:

    Doenas comuns, aparentemente sem qualquer relao com o trabalho; Doenas comuns (crnico-degenerativas, infecciosas, neoplsicas, traumticas etc.) eventualmente modificada no aumento da frequncia de sua ocorrncia ou na precocidade de seu surgimento em trabalhadores, sob determinadas condies de trabalho. A hipertenso arterial em motoristas de nibus urbanos, nas grandes cidades exemplifica esta possibilidade.

  • O Adoecimento dos Trabalhadores e sua Relao com o Trabalho Doenas comuns que tem o espectro de sua etiologia ampliado ou tomado mais complexo pelo trabalho. A asma brnquica, a dermatite de contato alrgica, a perda auditiva induzida pelo rudo (ocupacional), doenas msculo-esqueltico e alguns transtornos mentais exemplificam esta possibilidade, na qual, em decorrncia do trabalho, somam-se (efeito aditivo) ou multiplicam-se (efeito sinrgico) s condies provocadoras ou desencadeadoras destes quadros nosolgicos.

  • O Adoecimento dos Trabalhadores e sua Relao com o Trabalho Agravos sade especficos, tipificados pelos acidentes do trabalho e pelas doenas profissionais. A silicose e a asbestose exemplificam este grupo de agravos especficos.Os grupos 2, 3 e 4, constituem a famlia das Doenas Relacionadas ao Trabalho (DRT)

  • O QUE DOENA?

  • DOENA

    Condio fsica ou mental adversa, originria de e/ou piorada por uma atividade de trabalho e/ou situao relacionada ao trabalho.

    (OHSAS 18001:2007)

  • SADE/DOENAAs condies de sade ou doena so as expresses dos sucessos ou falhas experimentadas pelo organismo nos seus esforos para responder adaptativamente aos desafios ambientais. Dubos, 1965

  • O QUE A LEGISLAO BRASILEIRA DIZ A RESPEITO?

  • LEGISLAODoena Ocupacional XDoena ProfissionalXDoena do Trabalho

  • LEGISLAODoena Ocupacional:

    Lei acidentria de1919 molstia contrada exclusivamente pelo exerccio do trabalho.1967 doenas do trabalho Lei 8231/91 >>

  • LEGISLAOLei 8231/91:

    Art.20.Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mrbidas: I - doena profissional (...); II - doena do trabalho (...).

  • LEGISLAOI Doena Profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exerccio do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relao elaborada pelo Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social; Sinonmia: ergopatias, tecnopatias, doenas profissionais tpicas.FATORES INERENTES ATIVIDADE LABORAL

  • LEGISLAOII - Doena do Trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em funo de condies especiais em que o trabalho realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relao mencionada no inciso I.

    Sinonmia: mesopatias, doenas profissionais atpicas.

    CAUSADAS PELAS CIRCUNSTNCIAS DO TRABALHO

  • LEGISLAOANEXO II - Agentes Patognicos Causadores de Doenas Profissionais ou do Trabalho.LISTA A - Agentes ou Fatores de Riscos de Natureza Ocupacional Relacionados com a Etiologia de Doenas profissionais e de outras Doenas Relacionadas com o Trabalho.LISTA B - Doenas Relacionadas com o Trabalho.LISTA C - Intervalos de CID-10 em que se reconhece Nexo Tcnico Epidemiolgico, na forma do 3 do art. 337, entre a entidade mrbida e as classes de CNAE indicadas.

  • LEGISLAO(ainda no Art.20. da Lei 8231/91) 1No so consideradas como doena do trabalho:a) a doena degenerativa;b) a inerente a grupo etrio;c) a que no produza incapacidade laborativa; d) a doena endmica >>

  • LEGISLAOd) a doena endmica adquirida por segurado habitante de regio em que ela se desenvolva, salvo comprovao de que resultante de exposio ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.

  • RISCO DE FEBRE AMARELA

  • DOENAS OCUPACIONAIS MAIS COMUNSDoenas das vias areas: Alguns exemplos so as pneumoconioses causadas pela poeira da slica (silicose) e do asbesto (asbestose), alm da asma ocupacional. Substncias agressivas inaladas no ambiente de trabalho se depositam nos pulmes, provocando falta de ar, tosse, chiadeira no peito, espirros e lacrimejamento.

  • Ex: slica, asbesto, carvo mineral.Conseqncias: silicose (quartzo), asbestose (amianto), pneumoconiose dos minrios de carvo (mineral). Depois de inaladas. as fibras de amianto fixam-se profundamente nos pulmes, causando cicatrizes. A inalao de amianto pode tambm produzir o espessamento dos dois folhetos da membrana que reveste os pulmes (a pleura).

  • Perda auditiva relacionada ao trabalho (PAIR) Diminuio gradual da audio decorrente da exposio contnua a nveis elevados de rudos. Alm da perda auditiva, outra alteraes importantes podem prejudicar a qualidade de vida do trabalhador.

    A perda auditiva tpica observada com as pessoas que possuem uma longa histria de exposio a rudo no trabalho caracterizada por perda de audio na faixa entre 3000 e 6000 Hz . Na fase precoce exposio uma perda de audio temporria observada ao fim de um perodo de trabalho, mas desaparece aps vrias horas. A exposio contnua ao rudo resultar em perda auditiva permanente que ser de natureza progressiva e se tornar notvel subjetivamente ao trabalhador no decorrer do tempo.

  • INTOXICAES EXGENASAgrotxicos: os pesticidas (defensivos agrcolas) provocam grandes danos sade e ao meio ambiente;- Chumbo (saturnismo): a exposio contnua ao chumbo, presente em fundies e refinarias, provoca, a longo prazo, um tipo de intoxicao que varia de intensidade de acordo com as condies do ambiente (umidade e ventilao), tempo de exposio e fatores individuais (idade e condies fsicas).

  • - Mercrio (hidrargirismo): o contato com a substncia se d por meio da inalao, absoro cutnea ou via oral da substncia; ocorre com trabalhadores que lidam com extrao do mineral ou fabricao de tintas - Solventes orgnicos (benzenismo): por serem txicos e agressivos, podem contaminar trabalhadores de refinarias de petrleo e indstrias de transformao

  • LER E DORTConjunto de doenas que atingem principalmente os msculos, tendes e nervos. O problema decorrente do trabalho com movimentos repetitivos, esforo excessivo, m postura e estresse, entre outros.

  • DERMATOSES OCUPACIONAISSo alteraes da pele e das mucosas causadas, mantidas ou agravadas, direta ou indiretamente, por determinadas atividades profissionais. So provocadas por agentes qumicos e podem ocasionar irritao ou at mesmo alergia.Ex: Indstria de corantes, cimenteiras, indstrias que processam aos inoxidveis e outras ligas metlicas. Alergia provocada pelo uso de luvas de ltex

  • O QUE RISCO?

  • RISCO

    Risco pode ser definido como a variao relativa dos resultados reais em relao aos resultados esperados.(Bernstein, 1996 e Philips, 1998)

  • FATORES DE RISCO PARA A SADE E SEGURANA DOS TRABALHADORESFsicos

    Rudo contnuoRudo de impactoCalor Radiaes IonizantesTrabalho sob condies hiperbricasRadiaes no-ionizantes (microondas, laser e ultra violetas)VibraesFrioUmidade

  • FATORES DE RISCO PARA A SADE E SEGURANA DOS TRABALHADORESQumicos

    PoeirasNeblinas ( a condensao que ocorre junto superfcie)Nvoas (quando h a condensao de vapor d`gua, porm em associao com a poeira, fumaa e outros poluentes)Fumos metlicosVaporProdutos qumicos em geral

  • FATORES DE RISCO PARA A SADE E SEGURANA DOS TRABALHADORESBiolgicos

    Vrus, bactrias, parasitas, geralmente associados ao trabalho em hospitais, laboratrios e na agricultura e pecuria.

  • FATORES DE RISCO PARA A SADE E SEGURANA DOS TRABALHADORESErgonmicos e Psicossociais

    Decorrem da organizao e gesto do trabalho, como, por exemplo: da utilizao de equipamentos, maquinas e mobilirios inadequados, levando a posturas e posies incorretas; locais adaptados com ms condies de iluminaes, ventilao e de conforto para os trabalhadores; trabalho em turnos e noturnos; monotonia ou ritmo de trabalho excessivo, exigncias de produtividade, relaes de trabalho autoritrias, falhas no treinamento e superviso dos trabalhadores.

  • FATORES DE RISCO PARA A SADE E SEGURANA DOS TRABALHADORESMecnicos e de Acidentes

    Ligados proteo das mquinas, arranjo fsico, ordem e limpeza do ambiente de trabalho, sinalizao, rotulagem de produtos e outros que podem levar a acidente de trabalho

  • Uma doena ocupacional normalmente adquirida quando um trabalhador exposto acima do limite de tolerncia permitido por lei aos riscosambientais em proteo compatvel com o agente envolvido. Essa proteo pode ser na forma deequipamento de proteo coletiva(EPC) ouequipamento de proteo individual(EPI). Existem tambm medidas administrativas/organizacionais capazes de reduzir os riscos. As principais vias de absoro de agentes nocivos so a pele e os pulmes.

  • INSTRUMENTOS DE INVESTIGAO DAS RELAES SADE-TRABALHO-DOENA

    NaturezaNvel de AplicaoAbordagem / InstrumentosDano ou DoenaIndividualClnicaHistria clnica / Anamnese OcupacionalComplementar: Laboratoriais Toxicolgicos provas funcionaisExames laboratoriais, provas funcionaisColetivoEstudos epidemiolgicos Estudos descritivos de morbidade e mortalidade; Estudos analticos, tipo caso-controle, de coorte prospectivos e retrospectivosFatores ou Condio de RiscoIndividualEstudo do posto ou estao de trabalho, por meio da anlise ergonmica do atividade; Avaliao ambiental qualitativa ou quantitativa, de acordo com as ferramentas da Higiene do TrabalhoColetivo Estudo do posto ou estao de trabalho, por meio da anlise ergonmica da atividade; Avaliao ambiental quantitativa e qualitativa; Elaborao do mapa risco da atividade; Inquritos coletivos

  • Plan1

    CONTROLE DAS CAUSASCONTROLE DOS RISCOSCONTROLE DE DANOS

    DETERMINANTES SOCIO-AMBIENTAIS

    NECESSIDADESRiscos ExposioIndciosExposioIndciosDanosCasos Seqela

    Interveno Social OrganizadaAes de Sade Organizada

    PROMOO DE SADEPROTEO DA SADE, "Screening" /Mapeamento de SadeDIAGNSTICO E TRATAMENTO PRECOCESLIMITAO DO DANOREABILITAO

    PRE PATOGNESEFASE CLNICASEQELAS

    INESPECFICAESPECFICAPRECOCEAVANADA

    Condies gerais do indivduo ou do ambiente que predispe a uma ou vrias doenas.A presena de uma constelao de fatores causais num instante dado, favorece o aparecimento de uma dada doena.Da situao anterior resultou uma doena cujos primeiros sinais e sintomas se tornaram aparentes.A doena segue sua evoluo prpria, terminando com a morte, com a cura completa ou deixando sequelas.As sequelas ou consequencias da doena podem ser reparadas, com maior ou menor eficincia, permitindo a reabilitao do indivduo.

    PREVENO PRIMRIAPREVENO SECUNDRIAPREVENO TERCIRIA

    Grupos de Risco

    Pessoas Expostas

    Suspeitos

    Cura

    Assintomticos

    Obito

    Plan2

    Plan3