45
ENSAIO DE DUREZA E DE IMPACTO Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de São Carlos Departamento de Engenharia de Materiais Engenharia e Ciência dos Materiais I Profa. Dra. Lauralice Canale

Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

ENSAIO DE DUREZA E DE IMPACTO

Universidade de São Paulo

Escola de Engenharia de São Carlos

Departamento de Engenharia de Materiais

Engenharia e Ciência dos Materiais I

Profa. Dra. Lauralice Canale

Page 2: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Dureza

Definição: Medida da resistência de um material a umadeformação plástica (permanente) localizada (pequenaimpressão ou risco)

Principais Vantagens:

Fácil execução e barato (muito utilizado na indústria)

Rapidez na execução

Ensaio pode ser considerado não destrutivo (tamanho impr.)

Conhecimento aproximado da resistência mecânica atravésdo uso de tabelas de correlação Introdução

Page 3: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Principais objetivos:

Conhecimento das resistências mecânica e ao desgaste;

Controle de qualidade nos processos de conformaçãoplástica e nas condições de fabricação;

Verificação das condições de tratamento térmico.

Dureza

Introdução

Métodos de medição:

Dureza de risco (escala de Mohs)

Dureza de choque ou ressalto (Shore)

Dureza de penetração (Brinell, Meyer, Rockwell, Vickers,Knoop)

Page 4: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv
Page 5: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

O primeiro método padronizado de ensaio de dureza foi baseado

no processo de riscagem de minerais padrões, desenvolvido por

Mohs, em 1822.

Dureza Mohs - risco

AU

ME

NT

O D

A

DU

RE

ZA

Indicação essencialmentequalitativa por comparação comoutros minerais (qquer. mineral daescala risca o que os precede e ériscado pelo seguinte)

Indicação essencialmentequalitativa por comparação comoutros minerais (qquer. mineral daescala risca o que os precede e ériscado pelo seguinte)

Pouco utilizada (imprecisa) nosmetais (dureza entre 4 a 8)Pouco utilizada (imprecisa) nosmetais (dureza entre 4 a 8)

Ex. aço dúctil corresponde a uma

dureza de 6 Mohs, a mesma dureza

Mohs de um aço temperado.

Ex. aço dúctil corresponde a uma

dureza de 6 Mohs, a mesma dureza

Mohs de um aço temperado.

Page 6: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Dureza Shore (HS) –choque ou ressalto

Bancada

Portáteis

Shore propôs uma medida de dureza por choqueque mede a altura do ressalto de um peso quecai livremente até bater na superfície lisa e planade um CP. Esta altura de ressalto mede a perdade energia cinética do peso, absorvida pelo CP.

Características e vantagens:

Normalmente equip. portátil e de fácilutilização;

Possibilidade de medir durezas de peças degrandes dimensões que não cabem emmáquinas de penetração;

Impressão muito pequena sendo utilizada empeças acabadas (controle qualidade);

Utilizado em polímeros, borracha e metais.

Page 7: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Dureza por penetração(princípios gerais)

Cuidados na realização dos ensaios:

Perpendicularidade entre a força e a superfície da peça;

Aplicação lenta da carga;

Preparação correta da superfície da peça;

Tempo de espera após aplicação da carga antes dadescarga (fenômeno de fluência transitória).

São os ensaios de durezamais utilizados na atualidade

Page 8: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Dureza Brinell (HB) – Ano 1900

Consiste em comprimir lentamente umaesfera de aço endurecido ou de carbetode tungstênio (CW), de diâmetro D,sobre uma superfície polida e limpa deum metal através de uma carga F,durante um tempo t.

Penetrador esférico φ : 1,2 ,5 ou 10 mm

Cargas: entre 500 e 3000 kg

Tempo: entre 10 e 30 s

Dureza Brinell

P = prof. de impressão (da calota)

Page 9: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

A relação carga aplicada e diâmetro do penetrador é dada por:

.2 CteKF

D

Relação carga (F) – diâmetro dopenetrador (D)

Dureza Brinell

(Fator de carga)

Page 10: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

O diâmetro da esfera (D) é determinado em funçãoda espessura do CP ensaiado (e). No caso danorma brasileira, a espessura mínima do materialensaiado deve ser 17 vezes a profundidade dacalota (p).

Dureza Brinell (HB)

Dureza Brinell

e

Page 11: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Mecanismo de Medição Brinell

)(

222 dDDD

FHB

D=diâmetro da esfera

d=diâmetro da impressão*

Dureza Brinell

*medido através demicroscópio especial,utilizando uma escalagravada em sua ocular

Page 12: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

No caso dos aços existe uma relação empírica entre dureza

Brinell e o limite de resistência, sr, dada por:

HBr

*36,0sSegundo O’Neill, o valor de 0,36 vale para aços doces,entretanto este valor pode mudar para:

0,49 para Ni recozido 0,41 para Ni e latão encruado 0,52 para cobre recozido 0,40 para alumínio e suas ligas.

[kgf/mm2]

Relação entre dureza Brinell e limite de resistência

Dureza Brinell

Page 13: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Dureza Brinell (HB) Vantagens e limitações

Vantagens:

Conhecimento aproximado da resistência do material sem atingira ruptura;

Baixo custo e simples operação;

A deformação produzida não afeta o comportamento do material;

Ensaio pode ser considerado não destrutivo (depende dotamanho da impressão final e do uso do componente)

Limitações:

Não é aplicável em peças muito finas e em materiais muito duros;

Método relativamente lento para a produção industrial;

A impressão obtida é muito grande para peças acabadas.

Page 14: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Dureza Rockwell (HR) - 1922

• Método mais utilizado para se medir dureza

• Elimina o tempo necessário para a mediçãode qualquer dimensão da impressão causada,pois o resultado é diretamente lido na máquinade ensaio, sendo portanto rápido e livre deerros humanos;

• Fácil execução, facilidade em detectarpequenas diferenças de durezas e pequenotamanho da impressão;

• Ensaio Rockwell superficial é realizado emcorpos de prova mais finos (delgados).

Page 15: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Método de Medição Rockwell

Índice (HR) é determinadopela diferença naprofundidade de penetraçãode uma carga inicial (pré-carga) seguida de uma cargaprincipal.

Ensaio Rockwell• Pré-carga = 10 kgf• Principal = 60,100 e 150 kgf

Ensaio Rockwell Superficial• Pré-carga = 3 kgf• Principal = 15, 30 e 45 kgf

Penetradores do ensaio Rockwell:

Esferas de aço endurecidas comφ :1/16,1/8,1/4 e ½ pol.

Penetradores cônicos de diamante(brale) usado para materiais maisduros

Page 16: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

pré-carga Fo de 10 kgf.

F=Fo+F1

Page 17: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

pré-carga Fo de 3 kgf.

F=Fo+F1

Page 18: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Dureza Vickers (HV) - 1925

O método é baseado napenetração de umapirâmide de basequadrada, com ânguloentre as faces opostas de136 feita de diamante;

Adequado para regiõespequenas e selecionadasdo corpo de prova;

Impressão é observadaem um microscópio emedida. DD

FFsenHV 22

8544,12

1362

Page 19: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Dureza Vickers (HV) - 1925

Vantagens:

escala contínua de dureza;

impressões muito pequenas que não inutilizam a peça;

grande precisão das medidas: muito utilizada em pesquisa;

aplicação de toda a gama de durezas encontradas nos diferentes materiais;

deformação nula do penetrador (diamante);

aplicação em qualquer espessura de material podendo portanto medir durezassuperficiais;

diversas formulações de conversões para outras escalas.

Limitações:

morosidade do ensaio;

exige preparação cuidadosa da superfície para tornar nítida a impressão;

processo muito caro.

Vantagens e limitações

Page 20: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Ensaios de dureza Knoop

Microdureza Knoop: utiliza o mesmo princípio de ensaio dedureza Vickers, mas o penetrador possui geometria diferente

Page 21: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv
Page 22: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Fratura

Fratura consiste na separação de um corpo em dois em resposta a uma tensão imposta.

São possíveis dois modos de fratura: dúctile frágil baseado na habilidade de um material em experimentar uma deformação plástica

Navio petroleiro rompidocatastroficamente no porto deNova York em 1975.

Page 23: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Ductilidade

Indicação de quanto umaestrutura irá se deformarantes da fratura

Especifica o grau dedeformação permissíveldurante operações defabricação (Extrus,Lam.etc..)

Materiais queapresentam deformação(antes da fratura) inferiora 5% são chamadosfrágeis.

Material Dúctil(Mole)

Material Frágil

Page 24: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Fratura dúctil e frágil

O processo de fratura envolve duas etapas: formação epropagação das trincas. A modalidade da fratura é dependentedo mecanismo de propagação das trincas

Fratura dúctil

Extensa deformação plástica navizinhança da trinca. Processoprossegue de maneira lenta(trinca estável)

Presença de deformaçãoplástica dá um alerta de que umafratura é iminente

Mais energia de deformação énecessária pois geralmente sãomais tenazes

Fratura frágil

Trincas se espalham de maneiraextremamente rápida com muitopouca deformação plástica(trinca instável)

Ocorre repentinamente ecatastroficamente, conseqüênciada espontânea e rápidapropagação de trincas

Page 25: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Fratura dúctil

• (a) Empescoçamento inicial• (b) Pequenas cavidades ou

microvazios se formam• (c) Microvazios aumentam, se unem

e coalescem para formar uma trincaelíptica

• (d) Rápida propagação da trinca• (e) Fratura final por cisalhamento

em um ângulo de 45o em relação àdireção de tração

(c)2

003

Bro

oks/

Col

e, a

div

isio

n o

f T

hom

son

Lea

rnin

g, I

nc.

Th

omso

n L

earn

ing ™

is a

tra

dem

ark

use

d

her

ein

un

der

lice

nse

.

O processo de fratura dúctil ocorre normalmente em váriosestágios

(a)

(b)

(c)(d)

(e)

(e)

Page 26: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv
Page 27: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Fratura frágil

Fratura frágil ocorre sem qualquer deformação apreciável e através de uma rápida propagação de trincas

• (a) algumas peças de açoapresentam uma série de“marcas de sargento” comformato em “V” apontando paratrás em direção ao ponto deiniciação de trinca

• (b) outras superfíciesapresentam linhas ou nervurasque se irradiam a partir daorigem da trinca em forma deleque

Page 28: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Fratura fragil intergranular

Fratura fragiltransgranular (clivagem)

Page 29: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Ensaio de Impacto

O ensaio de impacto, pela sua facilidade de ensaio e baixo custo deconfecção dos CPs fez dele um dos primeiros e mais empregadospara o estudo de fratura frágil nos metais. Pode-se determinar atendência de um material a se comportar de maneira frágil.

Deformação a uma temperatura relativamente baixa

Elevada taxa de deformação

Estado de tensão triaxial ( introduzido pela presença de um entalhe - tendência a fratura frágil)

As condições escolhidas para o ensaio são as mais severas emrelação ao potencial de ocorrência de uma fratura (agravam tenac)

Page 30: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Técnicas de Ensaios de Impacto: Charpy e Izod

• As técnicas Charpy e Izod sãoutilizadas para medir a energiade impacto.

• O corpo de prova possui oformato de uma seçãoquadrada com um entalhe em“V”

• Diferença entre as técnicasCharpy e Izod é como o corpode prova é sustentado

• A energia absorvida é medidaatravés da diferença entre h e h’e corresponde à energia deimpacto

Page 31: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Principais Configuração CPs Charpy

Page 32: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Principais Configuração CPs IZOD

Page 33: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Transição Dúctil - Frágil

Uma das principais funções dos ensaios de impacto édeterminar se um material apresenta transição dúctil – frágilcom a diminuição da temperatura.

Uma análise da superfície de fratura de CPs testados emdiferentes temperaturas indicam a transição dúctil-frágil pelo% de fratura dúctil e frágil em cada temperatura.

Page 34: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Transição Dúctil - Frágil

Em um aço emtemperaturas elevadas aenergia é relativamentegrande e a medida que atemperatura é reduzida,a energia de impacto caipara um valor constante,porém pequeno, i.é, omodo de fratura é frágil.

Page 35: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Transição Dúctil - Frágil

• Materiais que apresentam esse comportamento devem serusados somente em temperaturas acima da temperatura detransição para evitar fraturas frágeis catastróficas

• A temperatura de transição é sensível à composição e à microestrutura da liga

• ↓ Tamanho de grão • ↓ Temperatura de transição

• ↓ Teor de carbono ↓ Temperatura de transição

Page 36: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Aço Carbono

Transição Dúctil - Frágil

CFC

CCC

93 oC

204 oC0 oC

Não apresenta transição

dúctil/frágil

Recipiente inoxnitrogênio líquido(-197 oC) possuiuma EstruturaCFC

Aço inox austenítico

Page 37: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Estudo de caso: TITANIC

13/04/1912

Page 38: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Obtenção das amostras

• Em 1996, pesquisadoresutilizando submarinosrobôs trouxeram pedaçosde aço do casco doTITANIC para análisemetalúrgica.

Page 39: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Composição Química

• No aço do casco do TITANIC constata-se teoreselevados de P, S que associados ao baixo teor de Mn(baixa relação Mn/S) são responsáveis pela maiortendência ao comportamento frágil em baixastemperaturas .

Page 40: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Microestrutura

• Através de análise metalográfica convencionalpode-se notar severo bandeamento,principalmente na seção longitudinal.

• Na seção longitudinal constata-se também grandesquantidades de partículas de sulfeto de manganês(dentro das elipses).

Page 41: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Microestrutura (A36 x Titanic)

• Através da análise com um microscópioeletrônico de varredura pode-seobservar partículas de MnS ( estruturaselípticas)

ASTM A36

Na micrografia pode-senotar o tamanho degrão bem maior no açodo TITANIC emcomparação ao açoA36.

Page 42: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Ensaio de impacto: Charpy

• Realizou-se ensaios Charpy em umafaixa de temperaturas entre -55°C e179°C em três séries de corpos deprova de dimensões padrão.

A figura ilustra uma superfícieCharpy recém fraturada a 0°C.Planos de clivagem na ferrita sãobastante evidentes

A figura ilustra uma região dasuperfície contendo MnS

Page 43: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Ensaio de impacto: Charpy

Os resultados de impacto das três séries de CPs :

Em altas temperaturas, as amostraslongitudinais do casco tem melhorpropriedade que as transversais.

Em baixa temperatura, as amostraslongitudinais e transversais tem a mesmaenergia de impacto.

A temperatura de transição dúctil frágilpara energia de impacto de 20J é de -27°C (ASTM A 36), 32°C (cascolongitudinal) e 56 °C(casco transversal).

Durante a colisão, a temperatura daágua do mar era de -2oC

Page 44: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Ensaio de impacto: Charpy

Esta forma de mensurar as mudanças detenacidade com a temperatura consisteem se avaliar o aspecto da fratura emtermos de fração de área fibrosa (dúctil)em relação ao total da área transversaldo corpo de prova.

Utilizando-se como referência o valor de50 % de fratura fibrosa, as temperaturasde transição para cada amostra testadaseriam de: -3 °C (para ASTM A36), 49 °C(casco longitudinal) e 59 °C (cascotransversal).

Page 45: Aula 4-Dureza e Impacto Completo · 2017-05-12 · 'xuh]d 'hilqlomr 0hglgd gd uhvlvwrqfld gh xp pdwhuldo d xpd ghirupdomr soivwlfd shupdqhqwh orfdol]dgd shtxhqd lpsuhvvmrrxulvfr 3ulqflsdlv9dqwdjhqv

Conclusão

Detecção tardia da presença deiceberg (sem tempo paramanobras evasivas)`;

Velocidade de navegaçãoelevada;

Ângulo de impacto que propiciouaberturas em várioscompartimentos;

Aço com grande tendência aocomportamento frágil ( porém omelhor da época).

Fatores que contribuíram para o naufrágio do TITANIC: