Aula 4 - EXAME FÍSICO DO TORAX - APARELHO RESPIRATÓRIO

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EXAME FSICO DO TRAX APARELHO RESPIRATRIO

Delimitaes das Linhas Anatmicas- Trax

Delimitaes das Linhas Anatmicas- TraxTireide Aorta Tronco de Artria Pulmonar

CoraoPulmo D Pulmo E Esterno

Pericrdio Diafragma

Anamnese do Aparelho Respiratrio- Perguntas formuladas usando-se frases curtas, simples e de fcil compreenso; - Histrico respiratrio detalhado - Questes fundamentais: quando e em que situaes ocorrem os sintomas com maior frequncia? O aparecimento gradual ou sbito? H quanto tempo ocorrem? O que os alivia?

Anamnese do Aparelho RespiratrioAs queixas respiratrias mais comuns so:Dispnia Tosse Hemoptise Dor torcica

Anamnese do Aparelho RespiratrioDISPNIA = dificuldade respiratria - Investigar se a dispnia surge durante movimento, repouso, durante atividade fsica, quando se deita (ortopnia), se constante, se acorda noite com o sintoma (Dispnia Paroxstica Noturna) e se ocorrem outros sintomas que ocorrem com a dispnia (dor, tontura, tosse, aperto no peito, sudorese). Investigar, tambm, a presena de outras afeces como cardiopatias, anemia, obesidade, febre e acidose metablica.

Anamnese do Aparelho Respiratrio

Tosse: resposta reflexa a estmulos irritantes na laringe, traquia ou brnquios, decorrentes de agentes externos (poeira, ar quente, frio) ou internos (muco, pus, sangue). importante saber o tempo que a tosse se iniciou, sua freqncia, se possui relao com a poca do ano ou perodo (dia ou noite), se dolorosa, se seca ou produtiva, se o paciente consegue alivi-la e como obtido esse alvio.

Anamnese do Aparelho Respiratrio

Deve-se avaliar a presena, caracterstica, odor, qualidade e quantidade de escarro; Atentar para a presena de sangue no escarro quantidade e forma( estrias ou pontos) Verificar se o sangramento no tem origem na cavidade oral ou nasofaringe (sinusite)

Anamnese do Aparelho Respiratrio

Hemoptise: expectorao de sangue pela boca. Deve-se tentar identificar a origem do sangue e se ocorreu em decorrncia de tosse forada, alm, de observar quantidade e aspecto (geralmente, o sangue proveniente dos pulmes vermelho vivo)

Anamnese do Aparelho Respiratrio Dor torcica: pode estar associada a problemas pulmonares ou cardacos e a diferenciao das duas muito importante. A dor de origem pulmonar manifestada por queimao retroesternal (constante/ persistente ou de forma aguda), com pontada que se acentua com o movimento e a inspirao profunda (dor pleurtica). Pode originar-se nas partes sseas e cartilaginosas do trax. Sua localizao, durao, intensidade e o tipo de dor so dados importantes a serem questionados.

Anamnese do Aparelho Respiratrio Dor torcica: pode estar associada a problemas pulmonares ou cardacos e a diferenciao das duas muito importante. A dor de origem pulmonar manifestada por queimao retroesternal (atrs do esterno) (constante/ persistente ou de forma aguda), com pontada que se acentua com o movimento e a inspirao profunda (dor pleurtica). Pode originar-se nas partes sseas e cartilaginosas do trax. Sua localizao, durao, intensidade e o tipo de dor so dados importantes a serem questionados.

Anamnese do Aparelho RespiratrioHistria familiar: Portadores de asma, enfisema, DPOC, cncer de pulmo, infeces respiratrias e tuberculose devem ser identificados devido transmisso gentica ou infecciosa; Pesquise a presena de familiares tabagistas (podem agravar sintomas respiratrios); Questionar sobre a histria profissional: se exposto a produtos qumicos, poeiras e outros; Questionar estilo de vida: fumo, consumo de bebidas alcolicas, uso de drogas, alimentao.

EXAME FSICO DO TRAX APARELHO RESPIRATRIOSo utilizados os seguintes Mtodos Propeduticos:INSPEO ESTTICA E DINMICA; PALPAO; PERCUSSO; AUSCULTA.

EXAME FSICO

Realizado aps a entrevista; Utilizam-se as tcnicas de inspeo (esttica e dinmica), palpao, percusso e ausculta; Deve-se conhecer os marcos anatmicos sobre o trax; Para descrever uma anormalidade no trax preciso definir sua localizao em duas dimenses: ao longo do eixo vertical e em torno da circunferncia torcica.

EXAME FSICOO exame fsico , em grande parte, um estudo comparativo: cada regio deve ser comparada com a regio correspondente do hemitrax oposto. Esse procedimento muito til para a deteco de pequenos desvios da normalidade.

Definies Anatmicas

Supraclavicular: acima das clavculas Infraclavicular: abaixo das clavculas Interescapular: entre as escpulas pices pulmonares: extremidade superior Bases pulmonares: extremidade inferior Campos pulmonares: superior, mdio e inferior

Esttica e DinmicaINSPEO ESTTICA

Cliente em p, ou sentado, em atitude cmoda; Trax descoberto e nu; Obter uma viso panormica de todo o trax, e pormenorizar alteraes em qualquer das faces anterior, posterior e lateral; Msculos relaxados, MMSS cados ao longo das faces laterais do trax e do abdome. Anormalidades assimtricas do trax abaulamentos e retraes;

INSPEO ESTTICA

OBSERVAR:

condies da pele: (colorao, cicatrizes, leses);plos e sua distribuio;

abaulamentos e retraes torcicas (patolgicas)observao da caixa torcica

forma (variaes - idade, sexo e bitipo)

dimetro ntero-posterior (deformidades torcicas)

INSPEO ESTTICA Tipos de Trax - Normal

Picnico ou brevilneo; Atltico ou normolneo; Astnico ou longilneo.

INSPEO ESTTICA Tipos de Trax - PatolgicosTrax em tonel: dimetro ntero-posterior aumentado. Ex. enfisema pulmonar

Trax de funil (pectus escavatum): depresso na poro inferior do esterno, podendo comprimir rgos que se situam abaixo da depresso. Ex. raquitismo

INSPEO ESTTICA Tipos de Trax - Patolgicos Trax em quilha (peito de pombo ou pectus carinatum): esterno proeminente, dimetro nteroposterior. Ex. asma, raquitismo, CIV, CIA Cifoescoliose torcica: acentuao da curvatura torcica normal, postura encurvada, aspecto corcundo. Ex. Osteoporose, artrite reumatide e vio postural

INSPEO ESTTICA Tipos de TraxAbaulamento: aumento do volume de um dos hemitrax. Ex. Derrame PleuralRetraes: Restrio de um dos hemitrax. Ex. Atelectasias

Formatos do trax

NORMAL

TRAX EM TONEL

TRAX CIFTICO

TRAX PECTUS ESCAVATUN/ INFUNDIBULI FORME

TRAX CARINATUN/ CARINIFORME

INSPEO DINMICAObserva-se a dinmica respiratria atravs: Dos movimentos da caixa torcica, que so observados durante a respirao Da amplitude ou profundidade de expanso e ritmo Da freqncia (Adulto de 15 a 22 p/m)

INSPEO DINMICA

respirao normal: elevao e depresso simultneas da parede toraco-abdominal

INSPEO DINMICARespirao paradoxal movimentos toraco-abdominais so assncronos inspirao: a parede torcica se eleva enquanto a abdominal se deprime, o oposto ocorre na expirao.

INSPEO DINMICAObserva-se a dinmica respiratria atravs: Dos movimentos da caixa torcica, que so observados durante a respirao Da amplitude ou profundidade de expanso e ritmo Da freqncia Os termos mais utilizados referentes amplitude, frequncia e ritmo respiratrio so: taquipnia, bradipnia, hiperpnia, respirao de CheyneStokes, respirao de Biot e a respirao de Kussmaul.

INSPEO DINMICA Taquipnia: respirao rpida e superficial. Bradipnia: respirao lenta e superficial. Hiperpnia: rpida e profunda (fisiolgica exerccios fsicos)

Apnia: ausncia dos movimentos respiratrios

INSPEO DINMICA Cheyne-Stokes: dispnia peridica; perodos de respirao profunda alternando com perodos de apnia.

INSPEO DINMICA

Respirao de Biot: respirao atxica, irregular: respiraes rpidas e profundas com pausas

INSPEO DINMICA

Kussmaul: respiraes profundas, sem pausas.

rpidas

e

INSPEO DINMICA

Temos ainda dois fenmenos observveis da dinmica respiratria:TIRAGEM - a depresso respiratria de espaos intercostais na inspirao. Observa-se depresso dos espaos intercostais e das regies supraesternais, supraclaviculares, epigstrica, hipocndrios, em toda a inspirao quando em respirao espontnea e natural. no solicitar que o paciente faa respirao profunda

INSPEO DINMICA

BAQUETEAMENTO Os leitos ungueiais perdem sua angulao (160 graus) e aumentam para 180 graus. A base do leito ungueal pode tornar-se amolecida e esponjosa.. Pode estar presente em pacientes com cncer de pulmo, DPOC, e bronquiectasia. Sua causa fisiolgica ainda no foi identificada.

PALPAO avaliao da traquia (descrito no cabea/pescoo) avaliao da parede torcica Avaliao da parede torcicao

ex.

paciente deve estar sentado ou em p;

observar regies de hipersensibilidade;

palpar cuidadosamente onde h relatos de dor ou leso evidente

PALPAO: Parede torcica Para avaliar a expansibilidade torcica => colocar os polegares no mesmo nvel e paralelo s 10 costelas,com a palma da mo espalmada, solicite ao paciente que inspire profundamente: observar a divergncia dos polegares, a amplitude e simetria dos movimentos respiratrios.

PALPAO: Parede torcica Os movimentos devem ser simtricos. Qualquer assimetria pode ser indicativo de processo patolgico na regio.As causas mais comuns de diminuio unilateral da expanso torcica, incluem derrame pleural, pneumotrax, pneumonia lobar, entre outras.

PALPAO: Parede torcicaAvaliao do frmito toracovocal:

transmisso da vibrao do movimento do ar atravs da parede torcica durante a fonao. as vibraes so transmitidas da laringe atravs da via area e podem ser palpadas na parede torcica. (33) utilizar a parte ssea das mos para a sensibilidade vibratria e detectar o frmito

PALPAO: Parede torcicaAvaliao do frmito brnquico:

vibrao das secrees nos brnquios de mdio e grosso calibre durante a respirao (inspirao e expirao) Pode diminuir, desaparecer ou mudar de localizao com a mobilizao das secrees (mudanas de decbito, tosse)

PALPAO: Parede torcica anterior / posterior

Percusso

Tcnica de produo de sons audveis e vibraes palpveis, atravs de percusso da parede torcica nos espaos intercostais com as mos.A percusso ajuda a determinar se os tecidos subjacentes esto cheios de ar, lquido ou se so slidos.

PERCUSSO: Tipos de sons

Claro pulmonar: timbre grave e oco (normal) Hipersonoro:intensos e de timbre mais grave. Indicam aumento de ar nos pulmes ou no espao pleural (Pneumotrax). Macio: surdos e secos (derrame pleural e pneumonia) Submacio: suaves, de alta freqncia (pulmo fgado) Timpnico: ocos, rufar de tambor (distenso abdominal), ocorre no amplo pneumotrax

PERCUSSO: anterior / posterior

AUSCULTA a tcnica de exame mais importante para avaliar o fluxo de ar atravs da rvore traqueobrnquica (transmisso de vibraes padronizadas pela movimentao do ar nas vias respiratrias. Consiste em ouvir os rudos torcicos com o diafragma do estetoscpio. Deve-se solicitar que o paciente inspire com a boca aberta (pode ocorrer possvel desconforto pela hiperventilao). Avaliao simtrica dos pices at as bases.

AUSCULTAAmbiente silencioso Trax n ou tecidos finos. (Panos grossos/ seda provocam rudos adventcios). Msculos relaxados. Cliente em p ou sentado (sendo impossvel fazer-se deitado) Cliente em posio cmoda.

AUSCULTA Sons Normais

Murmrios vesiculares: auscultado por toda a extenso do trax, sendo mais intenso nas bases pulmonares, tm timbre grave e suave (mais facilmente na inspirao)

Brnquico ou tubular: audvel sobre o manbrio esternal, nas vias areas traqueais, tm timbre agudo, intenso e oco (mais facilmente na expirao) Broncovesicular: audvel sobre as grandes vias areas centrais (expirao e inspirao)

AUSCULTA: anterior / posterior

AUSCULTA: RUDOS ADVENTCIOS sons anormaisOs rudos adventcios so sons anormais que se superpem aos sons respiratrios normais. Quando auscultados, deve-se observar: a intensidade, timbre e durao (fase inspiratria e expiratria ou ambas), localizao qualquer alterao aps tosse ou modificao da posio do paciente

AUSCULTA: RUDOS ADVENTCIOS sons anormais

Crepitaes (estertores): so rudos finos, homogneos, de mesma altura, timbre e intensidade, (esfregando-se uma mecha de cabelo contra os dedos, prximo ao ouvido), ocorre quando h abertura sbita das pequenas vias areas contendo lquidos. So auscultadas durante a inspirao. Ex. Pneumonia, edema pulmonar, bronquite

AUSCULTA: RUDOS ADVENTCIOS sons anormais

Roncos: ocorrem em conseqncia da passagem de ar atravs de estreitos canais repletos de lquidos/secrees. Ocorrem quando h grande produo de muco, so auscultados na fase expiratria e podem desaparecer com a tosse. Ex. Pneumonia, bronquite

AUSCULTA: RUDOS ADVENTCIOS sons anormais

Sibilos: rudos musicais ou sussurrantes , decorrentes da passagem do ar por vias areas estreitadas. So auscultados na inspirao e na expirao, e quando intensos, podem ser audveis sem esteto. Ex. crise asmtica, broncoespasmo, broncoconstrio.

AUSCULTA: RUDOS ADVENTCIOS sons anormais

Cornagem: respirao ruidosa devido a obstruo localizada na laringe e/ou na traquia, rudo intenso. Ex. laringites, tumores, corpos estranhos