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07/03/2013 Do Depositário: art. 148 a 150 do CPC. Depositário judicial aquele que o juiz nomeou, que se incumbirá da guarda e conservação de bens móveis e imóveis urbanos. Depositário particular: demais bens. Súmula 319 do STJ: O encargo de depositário de bens penhorados pode ser expressamente recusado. Súmula 304 do STJ: É ilegal a decretação da prisão civil daquele que não assume expressamente o encargo de depositário judicial. Súmula 305 do STJ: É descabida a prisão civil do depositário quando, decretada a falência da empresa, sobrevém a arrecadação do bem pelo síndico. Da inexistência de bens: em não se encontrando bens que se destinem à penhora, suspender-se-á o processo e, consequentemente, a o prazo prescricional. Expropriação: 1. Conceito: faz-se após a avaliação, consiste na fase de retirar o bem do patrimônio do devedor e transferir ao patrimônio do exequente. Consiste na adjudicação, alienação ou usufruto. 2. Ordem da expropriação: i. Adjudicação: art. 647, I, e 685-A do CPC ii. Conceito: satisfação indireta do credor, que se dá pela transferência do bem penhorado ao exequente ou aos terceiros legitimados. iii. Quem pode adjudicar: exequente; credor com garantia real; credores concorrentes que hajam penhorado o mesmo bem; cônjuge; descendentes; ou ascendentes do executado. Obs.: terá preferência o cônjuge, descendente ou ascendente, nessa ordem. iv. Os impedidos de adjudicar: aqueles que têm relação com o processo, e não estão previstos no rol trazido pelo art. 685-A, e §2º, do CPC.

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07/03/2013

Do Depositário: art. 148 a 150 do CPC.

Depositário judicial aquele que o juiz nomeou, que se incumbirá da guarda e conservação de bens móveis e imóveis urbanos.

Depositário particular: demais bens.

Súmula 319 do STJ: O encargo de depositário de bens penhorados pode ser expressamente recusado.

Súmula 304 do STJ: É ilegal a decretação da prisão civil daquele que não assume expressamente o encargo de depositário judicial.

Súmula 305 do STJ: É descabida a prisão civil do depositário quando, decretada a falência da empresa, sobrevém a arrecadação do bem pelo síndico.

Da inexistência de bens: em não se encontrando bens que se destinem à penhora, suspender-se-á o processo e, consequentemente, a o prazo prescricional.

Expropriação:

1. Conceito: faz-se após a avaliação, consiste na fase de retirar o bem do patrimônio do devedor e transferir ao patrimônio do exequente. Consiste na adjudicação, alienação ou usufruto.

2. Ordem da expropriação:i. Adjudicação: art. 647, I, e 685-A do CPC

ii. Conceito: satisfação indireta do credor, que se dá pela transferência do bem penhorado ao exequente ou aos terceiros legitimados.

iii. Quem pode adjudicar: exequente; credor com garantia real; credores concorrentes que hajam penhorado o mesmo bem; cônjuge; descendentes; ou ascendentes do executado.

Obs.: terá preferência o cônjuge, descendente ou ascendente, nessa ordem.

iv. Os impedidos de adjudicar: aqueles que têm relação com o processo, e não estão previstos no rol trazido pelo art. 685-A, e §2º, do CPC.

v. Tipos de adjudicação:1. Adjudicação satisfativa: quando valor da adjudicação é igual

ou menor que o valor da execução.2. Adjudicação venda: quando o valor da adjudicação é superior

ao valor da execução. Ocasião em que o devedor deverá depositar a diferença da execução, nos moldes do § 1º do art. 685-A do CPC.

b. Alienação por iniciativa do particular: art. 647, II, e 685-C do CPCi. Conceito: alienação feita pelo exequente ou por intermédio de

corretor credenciado perante a autoridade judiciária, quando não realizada a adjudicação dos bens penhorados (art. 685-C, caput, do

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CPC). É um direito do exequente, que deve requerer tal modalidade e deverá intimar as partes para garantir o contraditório.

ii. Regras: § 1º, do art. 685-C do CPC.1. Publicidade;2. Preço mínimo;3. Condições de pagamento;4. Garantias;5. Comissão da corretagem (qfc).

c. Alienação judicial em hasta pública: art. 647, III, e art. 686 a 707 do CPCi. Conceito: praça ou leilão – hasta pública - de bens do executado, que

foram anteriormente apreendidos pela penhora, e que não foram adjudicados ou não realizada a alienação particular, com a finalidade de proceder a conversão de tais bens em dinheiro (art. 686, caput, do CPC).

ii. Publicação do edital: a regra é a da publicação do edital, exceto, quando, nos termos do § 3º do art. 686 do CPC, o bem penhorado não exceder a 60 salários mínimos vigentes na data da avaliação, situação em que não é lícito que o bem seja arrematado por valor inferior ao da avaliação, a não ser que haja a devida publicação.O prazo da publicação é o de, no mínimo, 5 dias antes da realização da hasta (art. 687, caput, do CPC).

iii. Alienação por sítio eletrônico: art. 689-A do CPC.iv. Requisitos para compra: § 1º, do art. 690 do CPC.v. Legitimados na hasta pública: art. 690-A do CPC.

1. Exceções: incisos I, II e III do art. 690-A do CPC.

I - dos tutores, curadores, testamenteiros, administradores, síndicos ou

liquidantes, quanto aos bens confiados a sua guarda e responsabilidade;

II - dos mandatários, quanto aos bens de cuja administração ou alienação estejam

encarregados;

III - do juiz, membro do Ministério Público e da Defensoria Pública, escrivão e

demais servidores e auxiliares da Justiça.

vi. Arrematação:1. Realizada por terceiros: caput do art. 690 do CPC.

a. A vista:b. A prazo: até 15 dias, mediante caução.

Se não pagar: ineficácia da arrematação, perda da caução em favor do exequente, e proibição de participar de novas hastas (art. 695 do CPC).

2. Realizada pelo exequente: parágrafo único do art. 690-A do CPC.

a. A vista:b. A prazo: 3 dias da hasta.

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Se não pagar: ineficácia da arrematação; nova hasta com custas por ele pagas.

vii. Perfeita arrematação: nos termos do caput do art. 694 do CPC.viii. Arrematação tornada sem efeito: incisos I a VI do art. 694 do CPC.

I - por vício de nulidade;

II - se não for pago o preço ou se não for prestada a caução;

III - quando o arrematante provar, nos 5 (cinco) dias seguintes, a existência de

ônus real ou de gravame (art. 686, inciso V) não mencionado no edital;

IV - a requerimento do arrematante, na hipótese de embargos à arrematação (art.

746, §§ 1o e 2o);

V - quando realizada por preço vil (art. 692);

VI - nos casos previstos neste Código (art. 698).

d. Usufruto de bem móvel ou imóvel: art. 647, IV, e art. 716 e SS do CPC