Aula 6- Intoxicacao e Envenenamento (1)

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  • Intoxicao e EnvenenamentoLuciane Carmona FerreiraFaculdades Einstein

  • Histrico das IntoxicaesCrescente importncia em atendimentos de UrgnciaCrianas so as mais acometidas.

    Veneno: qqer substncia que, quando inalada, absorvida, aplicada na pele ou produzida pelo organismo, em quantidades relativamente pequenas, provoca leso no organismo devido a sua ao qumica.

  • Aspectos gerais do tratamentoTente descobrir a natureza do veneno;Mantenha as vias areas prvias;Administre O2;Proceda a respirao artificial S/N;Colha amostras de sg arterial;Faa cateterismo vesical de demora para monitorar a diurese;Verifique depresso neurolgica;Considere a lavagem gstrica ou provoque vmitos conforme a indicao do fabricante do produto;

  • Trate o choque de maneira adequada;Atenda os pacientes que esto tendo convulso;Trate a dor com cautela;Monitorize a PVC;Monitorize o equilbrio hidroeletroltico;Reduza a T elevada;D o antdoto qumico especial (se indicado) ou antagonistas farmacolgicos especficos o mais breve possvel;Supervisione e d ateno constante ao paciente em coma;Colha amostras de sg, urina, contedo estomacal ou vmito.

  • Venenos corrosivosTipos:Corrosivo cido: sulfato cido de sdio, desinfetantes de banheiro, cido actico, cido sulfrico, cido oxlico, cido fluordrico, iodeto e nitrato de prata;

    Corrosivo alcalino: os mais comuns so o hidrxido de sdio (detergentes e clareadores), detergentes enxaguadores, carbonato de sdio (soda castica), amonaco e hipoclorito de sdio.

  • Manifestaes ClnicasDor intensa, sensao de queimao na boca e garganta;Deglutio dolorosa ou incapacidade para deglutir;Vmitos;Destruio da mucosa oral.

    Tratamento de Emergncia: pode-se oferecer leite, se o paciente conseguir deglutir, aps a ingesto de um veneno corrosivo.

  • Alerta Enfermagem:

    No provoque vmito se a vtima ingeriu um cido forte, uma base ou outro solvente corrosivo ou hidrocarbonetos.

  • Venenos no corrosivosTratamento de Urgncia:Induza o vmito;Faa lavagem gstrica;Instrua a famlia para trazer uma amostra do veneno ao hospital.

  • Venenos inaladosPor Monxido de Carbono

    Princpios Bsicos:O efeito do monxido de carbono consiste em inutilizar a hemoglobina como carreador de O2;O monxido de carbono provoca leso por hipxia;Histria de exposio ao CO justifica tratamento imediato.

  • Tratamento de EmergnciaObjetiva reverter a hipxia cerebral e miocrdica;Acelerar a eliminao do CO.

    Administre oxignio a 100%;Observe o paciente constantemente, qto a alteraes neurolgicas;

  • Envenenamento por contatoLave bem a pele com gua;Deixe a gua fluir sobre a pele enquanto se removem as roupas;Esfregar vigorosamente a pele com gua.

    Intoxicao AlimentarPode ocorrer por ingesto de alimentos ou bebidas contaminadas.

  • Tratamento de EmergnciaDeterminar a fonte e o tipo da intoxicao alimentar;Tempo de manifesto dos sintomas;O que foi ingerido;Se houve vmitos;Se apresentou diarria;Se existem sintomas neurolgicos;Se ocorre febre;Aspecto do paciente;Monitorize SSVV e pese o paciente;

  • Tratamento de suporte para o sistema respiratrio;Mantenha o equilbrio hidroeletroltico;Corrija e controle a hipoglicemia;Controle a nusea;Controle a diarria. Poder ser usado:Adsorvente: agente que se liga s molculas dos agentes txicos, formando complexos inativos. O carvo ativado o mais comum .Uso via SNG ou VO.

  • Catrtico: potente laxante, com uso discutido.Intoxicao AlcolicaO etanol o principal lcool utilizado;Concentrao: 2 a 6% na cerveja; 12 a 20% no vinho; 43 a 50% no usque; 30 a 50% na aguardente; altamente difusvel;2 a 10% eliminado pelos rins e pulmes, sendo o restante metabolizado e oxidado pelo fgado;O indivduo considerado alcolizado com taxa a partir de 0,6g de lcool por litro de sg, ou seja 2 latinhas de cerveja ou 2 doses de bebida destilada.

  • Com 0,6g/l de sg, o risco de acidente dobrado;

    Com 0,8g/l de sg, o risco de acidente 4x maior;

    Com 1,5g/l de sg, o risco de acidente 25x maior.

  • Qtdade de lcool/l de sgEfeitos0,2 a 0,3g/l- equivale a 1 copo de cerveja, 1 clice peq. de vinho, 1 dose de usque ou outra bebidadestiladaAs funes mentais comeam a ficar comprometidas. A percepo da distncia e da velocidade so prejudicadas.0,3 a 0,5g/l- 2 copos de cerveja, 1 clice grande de vinho, 2 doses de bebida destilada.O grau de vigilncia diminui, assim como o campo visual. O controle cerebral relaxa, dando sensao de calma e satisfao.0,5 a 0,8g/l- 3 ou 4 copos de cerveja, 3 copos de vinho, 3 doses de usque.Reflexos retardados, dificuldades de adaptao da viso e diferenas de luminosidade, superestimao das possibilidades e minimizao de riscos e tendncia agressividade.0,8 a 1,5g/l- a partir desta taxa, as quantidades so muito grandes e variam de acordo com o metabolismo, com o grau de absoro e com as funes hepticas de cada indivduo.Dificuldades de controlar automveis, incapacidade de concentrao e falhas na ordenao neuromuscular.

  • Tomando-se por base a ingesto de lcool por um indivduo que pese 70kg.Fonte: Secretaria Municipal de Transporte de So Paulo.

    1,5 a 2,0g/lEmbriaguez, torpor alcolico, dupla viso2,0 a 5,0g/lEmbriaguez profunda5,0g/lComa alcolica

  • Tratamento:Intoxicao alcolica no-complicada: no necessitam de tratamento.Estupor alcolico: de curta durao, devendo apenas ser observado alteraes neurolgicas.Intoxicao alcolica sintomtica: caso o paciente esteja inquieto, hiperexcitado, agressivo, deve-se usar conteno + sedativos (S/N).Coma alcolico: tratamento direcionado no sentido de manuteno das funes vitais, em UTI; trata-se os distrbios metablicos.

  • Medidas Gerais:Manter o paciente em decbito lateral;Aquecer o paciente;Avaliar periodicamente os SSVV;Monitorao de PVC;Passar SNG para lavagem at 6 horas aps a ingesto e para descompresso do estmago;Manter VAS prvias;Ofercer O2, e em alguns casos, entubao endotraqueal.

  • Tratamento medicamentosoReposio de volume e eletrlitos;Uso de DVA (S/N);Tiamina 100mg IM;Glicose 50% (160 a 200ml), associado a 20mg de piridoxina (Vit B6), diludos em SG 500ml;Tratamento de crises convulsivas com Diazepan 10mg EV;Uso de Bic Na para corrigir acidose, aps gaso arterial.