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l. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ – AJAJ+ExecMand PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 06 Poder Legislativo: fiscalização contábil, financeira e orçamentária. I. A SEPARAÇÃO DOS PODERES --------------------------------------------------------------------------- 2 II. DO PODER LEGISLATIVO ----------------------------------------------------------------------------------- 5 III. ÓRGÃOS DAS CASAS LEGISLATIVAS ------------------------------------------------------------- 17 IV. DAS REUNIÕES --------------------------------------------------------------------------------------------------- 35 V. ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS ------------------------------------------------------------------ 41 VI. DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ----------- 84 VII. QUESTÕES DA AULA -----------------------------------------------------------------------------------------113 VIII. GABARITO -----------------------------------------------------------------------------------------------------------134 IX. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ------------------------------------------------------------------------135 Olá futuros Analistas Judiciários do TRT/RJ! Prontos para o SEU salário de até R$ 8.140,08? Estão estudando como eu ensinei na aula inaugural? E os resultados? Tenho certeza de que estão melhorando! E também estou certo de que eles serão cada vez melhores! Na aula de hoje, estudaremos a seguinte parte do seu edital: Poder Legislativo Como sempre, faremos muitos exercícios da FCC para que você treine muito e tenha uma visão de todos os ângulos da matéria: serão MUITAS questões comentadas! Na aula de hoje, teremos APENAS 53 páginas de conteúdo (teoria). O restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e agradável! HAVERÁ UMA AULA EXTRA PARA TRATARMOS O PROCESSO LEGISLATIVO. Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum ou para o email [email protected]. Vamos então à nossa aula!

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Aula 06Poder Legislativo: fiscalização contábil, financeira e orçamentária.

I. A SEPARAÇÃO DOS PODERES --------------------------------------------------------------------------- 2

II. DO PODER LEGISLATIVO ----------------------------------------------------------------------------------- 5

III. ÓRGÃOS DAS CASAS LEGISLATIVAS ------------------------------------------------------------- 17

IV. DAS REUNIÕES --------------------------------------------------------------------------------------------------- 35

V. ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS ------------------------------------------------------------------ 41

VI. DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ----------- 84

VII. QUESTÕES DA AULA ----------------------------------------------------------------------------------------- 113

VIII. GABARITO ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 134

IX. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ------------------------------------------------------------------------ 135

Olá futuros Analistas Judiciários do TRT/RJ!

Prontos para o SEU salário de até R$ 8.140,08?

Estão estudando como eu ensinei na aula inaugural? E os resultados? Tenho certeza de que estão melhorando! E também estou certo de que eles serão cada vez melhores!

Na aula de hoje, estudaremos a seguinte parte do seu edital: Poder Legislativo

Como sempre, faremos muitos exercícios da FCC para que você treine muito e tenha uma visão de todos os ângulos da matéria: serão MUITAS questões comentadas!

Na aula de hoje, teremos APENAS 53 páginas de conteúdo (teoria). O restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e agradável!

HAVERÁ UMA AULA EXTRA PARA TRATARMOS O PROCESSO LEGISLATIVO.

Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum ou para o email [email protected]. Vamos então à nossa aula!

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I. A SEPARAÇÃO DOS PODERES

Meu caro Analista Judiciário do TRT/RJ, antes de estudarmos o Poder Legislativo, devemos conhecer um assunto fundamental: a teoria da separação dos poderes, trazida pelo artigo 2º da Constituição. Observe:

Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos

entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Esse princípio, cuja origem remonta à Revolução Francesa e a Montesquieu, éimportantíssimo porque evita que o poder fique todo nas mãos de uma só pessoa, evitando, assim, arbitrariedades e excessos.

Observe que os poderes são INDEPENDENTES e HARMÔNICOS entre si. Assim, não pode haver prevalência, subordinação ou hierarquia de um poder sobre os outros sendo que eles devem operar de forma conjunta.

No entanto, não existe uma separação rígida e absoluta entre os poderes, sendo que a própria Constituição prevê algumas interferências uns nos outros. Assim, a separação dos poderes no Brasil é flexível e cada um exerce, além de suas funções típicas, funções atípicas:

Poder Executivo: sua função típica é administrar e executar as leis, mas exerce, como funções atípicas, a jurisdição (ex: quando profere decisões nos processos administrativos) e a legislação (ex: quando elabora Medidas Provisórias ou Leis Delegadas).

Poder Legislativo: sua função típica é legislar e fiscalizar, mas exerce, como funções atípicas, a jurisdição (ex: quando o Senado Federal julga autoridades por crime de responsabilidade - CF, art. 52, I e II e parágrafo único) e a administração (ex: quando atua enquanto administração pública, realiza licitações etc.).

Poder Judiciário: sua função típica é a jurisdição, ou seja, dizer o direito. No entanto, esse Poder exerce, como funções atípicas, a legislação (ex: quando elabora os Regimentos Internos dos Tribunais) e a administração (ex: quando atua enquanto administração pública, realiza licitações etc.).

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Vale ressaltar que, em regra, as funções típicas de cada Poder não podem ser delegadas para os outros poderes (princípio da indelegabilidade). No entanto, excepcionalmente, existem casos onde a delegação pode ser feita, como na elaboração de Leis Delegadas, onde o Poder Legislativo delega ao Poder Executivo a elaboração de uma lei.

Do princípio da separação dos poderes, surge um sistema chamado de SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS, também conhecido como checks and balances. Segundo ele, os poderes, apesar de serem independentes entre si, devem se contrabalancear para evitar excessos. Assim, cada poder deve exercer suas funções e, ao mesmo tempo “fiscalizar e controlar” os outros poderes, justamente para evitar abusos e excessos. Assim, a Constituição brasileira prevê mecanismos para que os três poderes interfiram na atuação uns dos outros, para evitar os desvios de conduta.

ATENÇÃO: o sistema de freios e contrapesos não retira a independência (relativa) dos poderes.

Ex. 1: o Legislativo não pode elaborar leis livremente: existe o veto do Executivo e o controle de constitucionalidade das leis pelo Judiciário.

Ex. 2: o Executivo não administra livremente: existe o controle dos seus atos pelo controle externo Congresso Nacional e pelo Poder Judiciário.

Ex. 3: o Congresso Nacional pode sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa (art. 48, V). Quem elabora o decreto regulamentar ou a lei delegada é o poder Executivo. Mas o Legislativo pode sustar esses dois atos (se extrapolarem os limites).

Ex. 4: art. 101, parágrafo único: Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

Estão vendo? O STF é o mais alto Tribunal do Poder Judiciário, mas quem escolhe seus ministros é o Executivo (e o Legislativo ainda tem que aprovar).Assim como essas, existem uma série de “interferências” de um poder nos outros. É o sistema de freios e contrapesos agindo.

Esquematizando:

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SEPARAÇÃO DE PODERES

Montesquieu + Revolução Francesa

Evita arbitrariedades e excessos

Os poderes são INDEPENDENTES e HARMÔNICOS

o Não pode haver subordinaçao/hierarquia de um poder sobre os outros

o Eles devem operar de forma conjunta

- Executivo - Função Típica: Administração

- Função Atípica - Legislar (Leis Delegadas, MPs...)

- Julgar (decisões nos processos adm)

Poderes - Legislativo - Função Típica: Elaboração de leis e fiscalização

- Função Atípica - Atuar como Administração Pública

- Jurisdição (SF julga autoridades por crime de

responsabilidade – 52, I e II)

- Judiciário - Função Típica: Jurisdição

- Função Atípica - Atuar como Administração Pública

- Legislar (elaboração dos Regimentos Internos

dos Tribunais

Princípio da indelegabilidade:

o Um poder não pode delegar suas atribuições a outro poder

o Há exceções: Ex. Lei delegada

Sistema de freios e contrapesos (checks and balances): a separação de poderes não é

rígida e há algumas interferências entre os poderes previstas pela própria CF (separação

flexível de poderes)o Não há independência absoluta

o Ex1: o Legislativo não pode elaborar leis livremente: existe o veto do Executivo e o

controle de constitucionalidade das leis pelo Judiciário

o Ex2: o Executivo não administra livremente: existe o controle dos seus atos pelo

controle externo Congresso Nacional e pelo Poder Judiciário

o Ex3: o Congresso Nacional pode (art. 48, V) - sustar os atos normativos do Poder

Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação

legislativa. Quem elabora o decreto regulamentar ou a lei delegada é o poder

Executivo. Mas o Legislativo pode sustar esses dois atos (se extrapolarem os limites)

o Ex4: art. 101, parágrafo único: Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão

nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria

absoluta do Senado Federal.

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II. DO PODER LEGISLATIVO

1. OBSERVAÇÕES GERAIS

O Poder Legislativo possui duas funções típicas: legislar e fiscalizar. Apesar de haver casos, onde órgãos de outros poderes podem editar atos normativos com força de lei, em regra, é o Poder Legislativo quem edita tais atos.

Outra função não menos importante do que a legislação é a fiscalização exercida pelo Poder Legislativo. É ele quem realiza a fiscalização COFOP(contábil, operacional, financeira, orçamentária e patrimonial) do Poder Executivo, conforme os artigos 70 e 49, X (e outros) da Constituição Federal.

Essa fiscalização pode ser realizada diretamente pelo Congresso Nacional ou por qualquer de suas Casas e inclui tanto a administração direta quanto a indireta. Outro exemplo do poder de fiscalização do Legislativo é o poder das Comissões Parlamentares de Inquérito de investigar fatos predeterminados,estudado mais a frente.

2. COMPOSIÇÃO DO PODER LEGISLATIVO

O Poder Legislativo federal é exercido pelo Congresso Nacional, composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Assim, a União adota o bicameralismo federativo: enquanto a Câmara dos Deputados representa o povo, o Senado Federal representa os estados.

Já o Poder Legislativo dos estados, DF e municípios é unicameral, ou seja, é composto de apenas uma câmara, denominada:

Nos estados: Assembleia Legislativa

Nos Municípios: Câmara dos Vereadores ou Câmara Municipal

No Distrito Federal: Câmara Legislativa

Esquematizando:

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1. Observações Gerais

Função típica do Legislativo: LEGISLAR E FISCALIZAR

o Fiscalização COFOP do Executivo (CF 70)

o Controle dos atos do Executivo (diretamente ou qualquer das casas) – 49, X

Inclui administração direta e indireta

o CPI: Investigar fato predeterminado

2. Composição - Congresso Nacional

- Senado Federal

- Câmara dos Deputados

União: BICAMERAL

o CD: representantes do POVO

o SF: representantes dos ESTADOS

Estados, DF e Municípios: UNICAMERAL

o DF: Câmara Legislativa

o Estados: Assembléia Legislativa

o Municípios: Câmara Municipal ou Câmara dos Vereadores

2.1. DO CONGRESSO NACIONAL (CN)

Observações gerais

O Congresso Nacional é composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal e cabe a ele dispor sobre todas as matérias de competência da União.Ele possui competências exclusivas, que NÃO dependem de sanção do Presidente da República (art. 49) e também competências privativas, que dependem de sanção do Presidente (art. 48).

Meus queridos Analistas Judiciários do TRT/RJ, vocês devem saber que existem vários tipos de atos normativos (leis em sentido amplo). Exemplos dessas “leis” são as leis ordinárias, leis complementares, decretos legislativos, resoluções, medidas provisórias etc. Não se preocupe agora em saber o que é cada uma dessas espécies, elas são estudadas no processo legislativo. Por enquanto, você só precisa saber que as competências exclusivas do Congresso Nacional são externadas através de um ato chamado de Decreto Legislativo. As competências privativas, por outro lado, são externadas

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através de leis ordinárias ou leis complementares, a depender do caso previsto na própria CF.

Ainda sobre esse tema, tanto a Câmara dos Deputados quanto o Senado Federal também possuem competências privativas, que também são externadas através de Resolução.

LEIS NACIONAIS E FEDERAIS

O Congresso Nacional pode fazer leis que regulam a vida de todas as unidades da federação, englobando a União, estados, DF e municípios. Essas leis são chamadas de leis nacionais.

Por outro lado, a União pode também produzir leis que vinculam apenas a União não afetando as demais unidades da federação. Essas leis são chamadas de leis federais.

MAIORIA SIMPLES E ABSOLUTA

A Constituição estabelece que, salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. Essa maioria referida pela Constituição é a maioria relativa, ou maioria simples.

Devemos então saber diferenciar três conceitos: maioria simples, maioria absoluta e quórum de instalação da sessão.

Maioria absoluta: é o primeiro número inteiro superior à metade do total de membros. Este valor não depende da quantidade de presentes na sessão e é fixo. Olhando assim, parece complicado, mas não é.

Observe:

Número totalde membros

Maioria absoluta

5050 ÷ 2 = 25. O primeiro número inteiro superior a 25 é = 26

2020 ÷ 2 = 10. O primeiro número inteiro superior a 10 é = 11

3535 ÷ 2 = 17,5. O primeiro número inteiro superior a 17,5 é = 18

2121 ÷ 2 = 10,5. O primeiro número inteiro superior a 10,5 é = 11

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Maioria simples ou maioria relativa: é o primeiro número inteiro superior à metade dos presentes na sessão. Esse número não depende da quantidade total de membros e é variável.

Número totalde Presentes

Maioria relativa (ou maioria simples)

8080 ÷ 2 = 40. O primeiro número inteiro superior a 40 é = 41

3030 ÷ 2 = 15. O primeiro número inteiro superior a 15 é = 16

4545 ÷ 2 = 22,5. O primeiro número inteiro superior a 22,5 é = 23

5151 ÷ 2 = 25,5. O primeiro número inteiro superior a 25,5 é = 26

Quórum de instalação de sessão: esse número não se refere ao número de votos, mas sim, ao número de pessoas que precisam estar presentes para que a votação comece. Em regra, sempre que um órgão colegiado (que possui mais de um membro) for iniciar alguma sessão, deve estar presente, pelo menos, a maioria absoluta dos seus membros. Lembrando que esse número não se refere a nenhuma votação. Ele simplesmente se refere ao número mínimo de pessoas que devem estar presentes para que a sessão se inicie.

Vamos treinar? (observe que os valores das colunas “nº total de membros” e“nº total de presentes” foram arbitrados por mim, não decorrendo de nenhum cálculo). Os valores calculados estão em azul.

Nº total de membros

Nº total de presentes

Quórum de instalação da

sessão

Maioria absoluta

Maioria simples

20 16 11 11 9

60 40 31 31 21

51 35 26 26 18

135 70 68 68 36

Esquematizando:

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2.1. Do Congresso Nacional

Observações gerais:

o Cabe ao CN dispor sobre todas as matérias de competência da União

o O CN pode ter atribuições

EXCLUSIVAS: das quais não depende sanção do PR

Externadas por Decreto Legislativo

art. 49

PRIVATIVAS: atribuições que dependem de sanção do PR

Externadas por leis ordinárias e leis complementares

art. 48

o Competências Privativas - da CD - Resolução

- do SF - Resolução

o O CN pode fazer leis - Federais: vincula só a U

- Nacionais: vincula U, E, DF e Mun

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COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS DO CONGRESSO NACIONAL (ART. 48)

Como dito, as competências privativas do Congresso Nacional são externadas através de leis ordinárias ou complementares e passam pelo crivo do Poder Executivo (sanção ou veto do Presidente da República).

Cabe ao Congresso Nacional dispor sobre (lembre-se que este rol é exemplificativo):

I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;

II – PPA, LDO e LOA, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado;

III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;

IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;

V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União;

VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as

respectivas Assembleias Legislativas;

VII - transferência temporária da sede do Governo Federal;

VIII - concessão de anistia;

IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União

e dos Territórios e organização judiciária (administrativa não) e do Ministério Público do Distrito

Federal; (A Defensoria Pública do DF não é mais organizada e mantida pela União! EC69/2012)

X – criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que

estabelece o art. 84, VI, b (quando vagos é pelo PR - Decreto Autônomo)

XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública;

XII - telecomunicações e radiodifusão;

XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações;

XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária FEDERAL (dívida

mobiliária dos Estados, DF e Municípios é competência do SF).

XV - fixação do subsídio dos Ministros do STF (iniciativa do PSTF e sanção do PR)

Caro aluno, o estudo das competências do Congresso Nacional, Senado Federal e da Câmara dos Deputados não é lá das tarefas mais simples. Assim, eu as trouxe com uma série de observações e em forma de esquemas para facilitar o seu estudo.

Força e persistência porque vale a pena!

Pense agora no seu salário de R$ 8.140,08 e fique firme!!

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COMPETÊNCIAS EXCLUSIVAS DO CONGRESSO NACIONAL (ART. 49)

As competências exclusivas do Congresso Nacional são disciplinadas por meio de Decreto Legislativo não passam pela sanção ou veto do Presidente da República. São elas:

I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos

ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;

o Não só os que acarretem compromissos gravosos, mas todo e qualquer tratado

internacional

II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças

estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os

casos previstos em lei complementar;

III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a

ausência exceder a quinze dias;

IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender

qualquer uma dessas medidas;

V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos

limites de delegação legislativa (Veto Legislativo);

VI - mudar temporariamente sua sede;

VII fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores

VIII fixar os subsídios do Presidente e Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado.

IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios

sobre a execução dos planos de governo;

X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo,

incluídos os da administração indireta;

XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos

outros Poderes;

XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão;

XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União;

XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;

XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;

XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a

pesquisa e lavra de riquezas minerais;

XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a 2500

hectares.

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2.2. DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (CD)

A Câmara dos Deputados é composta por representantes do povo: os deputados federais. O mandato desses parlamentares é de quatro anos,permitidas sucessivas reeleições.

Além disso, os deputados são eleitos pelo princípio da proporcionalidade,ou seja, quanto maior for a população, maior será o número de deputados federais. No entanto, a própria CF estabelece limites em relação à proporcionalidade, regrando que o número de parlamentares não pode ser inferior a 8 e nem superior a 70 por estado, sendo que o número exato de deputados depende de Lei Complementar federal e será proporcional à população (e não ao número de eleitores).

Os Territórios, caso sejam criados, também poderão eleger deputados federais, no número fixo de quatro por Território.

São requisitos para que alguém seja eleito parlamentar federal:

o Ser brasileiro (nato ou naturalizado)

o Pleno exercício dos direitos políticos

o Alistamento eleitoral

o Filiação partidária

o Ter domicílio eleitoral na circunscrição

o Idade mínima 21 – Deputado Federal

35 – Senador

Esquematizando:2.2. Câmara dos Deputados

Composta por representantes do POVO

Deputados Federais

o Mandato: 4 anos

Com quantas reeleições quiser

o Eleitos pelo princípio da proporcionalidade (quanto maior a população, maior o

número de deputados federais)

Mín 8 Por Estado

Máx 70

o Território: número fixo de 4 deputados federais

Número depende de LC Federal eé proporcional à POPULAÇÃO(e não ao número de eleitores)

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COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (ART. 51)

As competências privativas da Câmara dos Deputados são disciplinadas por Resolução e não têm sanção ou veto do Presidente da República. São elas:

I - autorizar, por 2/3 de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-

Presidente da República e os Ministros de Estado;

o No caso dos Ministros de Estado, a autorização da CD se restringe aos crimes

comuns e de responsabilidade conexos com os da mesma natureza imputados ao

Presidente da República (QCRQO 427/DF)

Se não houver conexão, os Ministros de Estado são processados e julgados

pelo STF sem a necessidade de autorização da CD

o Crimes de Responsabilidade: se a CD autorizar, o SF é obrigado a julgar. Já o STF

pode arquivar se entender que não há elementos suficientes para a instauração do

processo

o As demais autoridades (PSTF, PGR, AGU, CNMP e CNJ), quando o SF julga, não

precisa de autorização da CD (vide art. 52, I e II)

II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao CN

dentro de 60d após a abertura da sessão legislativa;

III - elaborar seu regimento interno;

IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos

cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva

remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;

V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.

o Tanto a CD quanto o SF elegem membros do Conselho da República

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2.3. DO SENADO FEDERAL

O Senado Federal é composto por representantes dos estados e do Distrito Federal. Observe que os senadores não representam o povo, por isso, os Territórios (que pertencem à União) e os municípios (entes federados anômalos) NÃO elegem senadores.

O número de senadores por estado é fixo: três. Assim, não importa o tamanho da população ou o número de eleitores que o estado possua: o número de senadores sempre será fixo. Como existem 26 estados e mais o DF, o número total de senadores é de 81 (27x3=81). Além disso, cada senador é eleito com dois suplentes.

O mandato dos senadores corresponde a um período de duas legislaturas, ou oito anos e a renovação da Casa é feita de quatro em quatro anos, alternadamente e na proporção de 1/3 e 2/3.

Exemplo: em uma legislatura é eleito um senador e os outros dois continuam com seus mandatos. Na próxima legislatura, são eleitos dois senadores e um continua com seu mandato.

Por fim, diferentemente dos deputados, que são eleitos pelo sistema proporcional, os senadores são eleitos pelo sistema majoritário e em um único turno. Assim, o candidato que obtiver mais votos, será o vencedor das eleições, independentemente da diferença do número de votos.

Esquematizando:

2.3. Senado Federal

Composto por representantes dos ESTADOS e DF

o Os senadores não são representantes do povo

o Território NÃO elege Senador

Mas elege 4 Deputados Federais

o Municípios também não elegem Senadores: Ente federado Atípico / Anômalo

Número de Senadores: 3 por estado

o Número fixo

o 81 senadores – total

o Suplentes: 2 suplentes por senador

Mandato: 8 anos (2 legislaturas)

Renovação: de 4 em 4 anos, alternadamente, na proporção 1/3 e 2/3

Eleição pelo princípio Majoritário em 1 só turno

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COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS DO SENADO FEDERAL (ART. 52)

As competências privativas do Senado Federal estão dispostas no artigo 52 da Constituição Federal, são externadas por meio de Resolução e não sofrem sanção ou veto do Presidente da República. São elas:

(Força! As competências já estão quase terminando! Pense no cargo que você vai conquistar e nos SEU salário de R$ 8.140,08!)

Competências Privativas do Senado Federal (art. 52)

o Não precisa de Sanção do PR

o Disciplinadas por Resolução

I - processar e julgar nos crimes - Presidente da República

de responsabilidade - Vice-Presidente da República

- Ministro do STF

- Procurador-Geral da República

- Advogado-Geral da União

- Conselho Nacional de Justiça

- Conselho Nacional do Ministério Público

II – processar e julgar nos crimes de responsabilidade conexos com o Presidente da República e o Vice-Presidente da República - Ministros de Estado

- Comandantes das Forças Armadas;

o OBS para I e II - Processo de impeachment

- O SF atua como tribunal político- 1o a CD autoriza (somente para PR, VP e MinE) - O Presidente da sessão é o PSTF- Condenação por 2/3 dos votos- Pena: perda do cargo + inabilitação de 8 anos para exercício de função pública- A renúncia ao cargo, apresentada na sessão de julgamento, não paralisa o processo de impeachment

III - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de:

a) Magistrados,

b) Ministros do TCU indicados pelo Presidente da República;

c) Governador de Territórios;

d) Presidente e diretores do banco central;

e) Procurador-Geral da República;

f) outros cargos que a lei determinar;

IV - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a escolha dos chefes

de missão diplomática de caráter PERMANENTE;

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V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do

Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;

VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida

consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades

controladas pelo Poder Público federal;

VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de

crédito externo e interno;

IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, DF e

Municípios;

o A dívida mobiliária da União é competência do CN

X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão

definitiva do STF (em controle DIFUSO de constitucionalidade);

o No controle concentrado, o SF não suspende lei (o STF é quem retira a norma do

ordenamento jurídico)

o Ato político / facultativo

o O SF não pode modificar, restringir ou ampliar a decisão do STF. Ele é livre para

sustar ou não, mas se sustar, tem que ser idêntico à decisão do STF.

o Alcança leis federais, estaduais e municipais (porque é controle difuso)

o Efeitos ex NUNC

o Suspensão é irreversível

XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral

da República antes do término de seu mandato;

XII - elaborar seu regimento interno;

XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos

cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva

remuneração, observada a LDO;

XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.

o Tanto a CD quanto o SF elegem membros do Conselho da República

XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e

seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, Estados, DF e

Municípios.

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III. ÓRGÃOS DAS CASAS LEGISLATIVAS

As Casas legislativas (Congresso Nacional, Câmara dos Deputados e Senado Federal) possuem órgãos internos. Estudaremos os três principais: Plenário, Mesas Diretoras e Comissões Parlamentares.

3.1 PLENÁRIO

O Plenário é o órgão máximo de deliberação de cada Casa Legislativa e é composto por todos os parlamentares que a integram. Assim, o Plenário da Câmara dos Deputados é composto por todos os seus 513 deputados e o Plenário do Senado Federal é composto por todos os seus 81 senadores.

3.2 MESA DIRETORA

A Mesa Diretora é o órgão responsável pela condução dos trabalhos legislativos e pelas funções administrativas de cada Casa. Dessa forma, existem a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, a Mesa Diretora do Senado Federal e a Mesa Diretora do Congresso Nacional.

A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do SENADO FEDERAL, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal (art. 57, § 6º).

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal são eleitas, respectivamente, pelos Deputados e Senadores, devendo ser assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou blocos parlamentares que participam da respectiva Casa. Observe que essa representação proporcional dos partidos ou blocos parlamentares é obrigatória na composição das Mesas e também das Comissões de cada Casa e só não será respeitada se for matematicamente impossível.

Essa representação proporcional ocorre para garantir os direitos das minorias. Imagine se a maioria fizesse uma “panelinha” e elegesse somente os seus representantes. Quem não fosse desse grupo, não teria voz no Congresso Nacional. Assim, a representação proporcional serve para proteger os direitos dessas minorias e garantir que todos sejam ouvidos.

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Os membros das Mesas Diretoras são eleitos para mandato de dois anos eas eleições ocorrem no primeiro e no terceiro ano de cada legislatura. Alegislatura é o período de quatro anos após o qual a composição das Casas se renova. Ao fim de cada legislatura, ocorrem as eleições populares para a legislatura seguinte.

Dessa forma, a primeira eleição da Mesa Diretora ocorre na sessão preparatória, que se inicia no dia primeiro de fevereiro do primeiro ano da legislatura (falaremos mais tarde sobre a sessão preparatória). Já a segunda eleição ocorre no início do terceiro ano, em sessão anterior ao início dos trabalhos.

Exemplo: legislatura de 2007 a 2010

2007 (1º ano) 2008 (2º ano) 2009 (3º ano) 2010 (4º ano)

É vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente. Recondução é o mesmo que reeleição. Assim, nada impede que alguém seja eleito para a Mesa na eleição imediatamente subsequente, desde que seja para cargo diferente.

Outra observação importante é que o termo “eleição imediatamente subsequente” engloba apenas o período dentro de uma legislatura. Assim, nada impede que alguém seja eleito para o mesmo cargo em uma legislatura diferente.

Por fim, essas regras não são de reprodução obrigatória nas constituições estaduais, Lei Orgânica do Distrito Federal e Lei Orgânica dos municípios.

Esquematizando:

Eleição 1: a partir

de 01/fev (sessão

preparatória)

Eleição 2: no início do terceiro

ano, em sessão anterior ao

início dos trabalhos.

Legislatura

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3. Órgãos das Casas legislativas - Plenário

- Mesas Diretoras

- Comissões Parlamentares

3.1. Plenário: é o órgão máximo de deliberação de cada Casa Legislativa e é composto por

todos os parlamentares que a integram

3.2. Mesa Diretora

É o órgão responsável pela - Função administrativa

- Condução dos trabalhos legislativos

Mesas - CD

- SF

- CN - PMesaCN é o PSF

- Demais cargos ocupados alternadamente pelos ocupantes de

cargos equivalentes no SF e CD

As Mesas da CD e do SF são eleitas, respectivamente, pelos Deputados e Senadores,

devendo ser assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos

ou blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.

o Obrigatório – só não respeita se for matematicamente impossível

o OBS: Nas Comissões também.

Eleições

o Mandato: 2 anos

o Eleições para a Mesa no 1o e 3o ano de cada legislatura

1a eleição: sessão preparatória (01/fev)

2a eleição - Início do 3o ano

- Em sessão anterior ao início dos trabalhos

o Vedado recondução - Para o mesmo cargo – outro cargo pode

- Na eleição imediatamente subsequente (na mesma

legislatura) – em outra legislatura também pode

Regra NÃO é de reprodução obrigatória nas CE, LOM e LODF.

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3.3 COMISSÕES PARLAMENTARES

Caro aluno, como vimos, a Câmara dos Deputados possui 513 parlamentares, enquanto o Senado Federal possui 81. Imagine só se, sempre que as Casas do Congresso Nacional quisessem tomar uma decisão, houvesse a necessidade dese reunir todos esses parlamentares. Seria um caos, além de altamente improdutivo!

Assim, para facilitar os trabalhos do Congresso Nacional, os parlamentares se reúnem em comissões, que são órgãos colegiados (formados por mais de um membro), compostos por um número restrito de membros, e que são especializadas em um determinado assunto.

Exemplo: existe uma comissão de agricultura, que trata dos temas específicos dessa área. Assim, qualquer projeto de lei que versar sobre algum tema afeto a agricultura tem que passar pela referida comissão. O mesmo ocorre com orçamento, direitos humanos etc. Para o estudo do Direito Constitucional, você não precisará saber quais são essas comissões. Saiba apenas que elas existem e suas características.

Quando as comissões são formadas, assim como nas Mesas Diretoras, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.

A Constituição traz as atribuições das comissões parlamentares:

Atribuições das Comissões Parlamentares (CF 58, § 2o)

I. Discutir e votar PL quando o Plenário for dispensado pelo Regimento Interno

- Salvo se houver recurso de 1/10 dos membros da Casa

Esse inciso merece atenção: em regra, os Projetos de Lei (PLs) devem ser votados no Plenário de cada Casa. No entanto, a Constituição permite que o Regimento Interno de cada Casa delegue algumas atribuições do Plenário para se discutir e votar definitivamente os PLs no âmbito das comissões. Assim, um Projeto de Lei pode ser aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal sem nunca ter passado pelo Plenário de nenhuma dessas Casas (caso tenha havido a delegação de ambos osregimentos internos). Essa delegação se chama delegação interna corporis.

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No entanto, a CF também regra que, caso haja recurso de 1/10 dos membros da Casa, o PL (que seria votado somente nas comissões) deve ser levado a Plenário. Essa disposição também protege o direito das minorias parlamentares.

II. Realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;

III. Convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a

suas atribuições;

IV. Receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa

contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;

V. Solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

VI. Apreciar e emitir parecer sobre programas de obras, planos nacionais, regionais e

setoriais de desenvolvimento.

Existem comissões da Câmara, do Senado e do Congresso Nacional. No último caso, elas serão formadas por membros das duas Casas anteriores e serão chamadas de comissões mistas (porque são formadas de deputados e senadores ao mesmo tempo).

As comissões parlamentares ainda podem ser temporárias ou permanentes. As permanentes são órgãos técnicos de caráter legislativo e duram enquanto estiverem no Regimento Interno. Elas possuem funções legiferantes (discutir evotar Projetos de Lei) e fiscalizatórias (acompanhar planos e programas do Executivo e fiscalização orçamentária). Exemplos: Comissão de Defesa do Consumidor (CDC), Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e Comissão de Direitos Humanos (CDH).

As comissões temporárias são formadas para tratar de matéria específica eduram por prazo determinado: terminam com o fim da legislatura, quando cumprida a finalidade ou quando expirado seu prazo de duração. Exemplo:Comissão Mista Representativa do CN e Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Estudaremos essas duas últimas comissões daqui em diante.

Esquematizando:

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3.3. Comissões Parlamentares

Para otimizar/facilitar o andamento dos trabalhos legislativos

São órgãos colegiados compostos por número restrito de membros

São especializadas em temas específicos

Assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos

blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.

OBS: Nas Mesas Diretoras também.

Atribuições das Comissões Parlamentares (CF 58, § 2o)

I. Discutir e votar PL quando o Plenário for dispensado pelo Regimento Interno

- Salvo se houver recurso de 1/10 dos membros da Casa

II. Realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;

III. Convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a

suas atribuições;

IV. Receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa

contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;

V. Solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

VI. Apreciar e emitir parecer sobre programas de obras, planos nacionais, regionais e

setoriais de desenvolvimento.

- da CD, do SF ou Mistas

- Permanentes - Órgãos técnicos de caráter legislativo

- Duram enquanto estiverem no Regimento Interno

- Funções - Legiferante: Discutir e votar PLs

- Fiscalizatória: acompanhar planos e programas

do Executivo e fiscalização orçamentária

- Ex: Comissão de Defesa do Consumidor, Comissão de

Constituição e Justiça e Comissão de Direitos Humanos

- Temporárias - Matéria específica

- Terminam com o fim da legislatura, quando cumprida a

finalidade ou quando expirado seu prazo de duração

- Ex: Comissão Mista Representativa do CN e CPI

ComissõesParlamentares

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3.3.1Comissões Mistas Representativas do Congresso Nacional

Durante o recesso parlamentar, fica funcionando uma comissão para representar o Congresso Nacional e preservar suas competências. Essa comissão não possui poder legislativo, ou seja, não pode fazer leis enquanto o Congresso está de recesso. Ela possui apenas as duas funções citadas e as demais definidas no Regimento Comum.

As Comissões Mistas Representativas do CN são eleitas por suas Casas na última sessão ordinária de cada período legislativo, sempre assegurada, tanto quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária.

Esquematizando:

3.3.1. Comissões - Durante o recesso parlamentar

Mistas Representativas - Não tem poder legislativo

do CN - Funções - preservar as competências do CN

- representar o CN

- demais funções: definidas no Regimento Comum

- Eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período

legislativo

- Assegurada, tanto quanto possível, a proporcionalidade da

representação partidária

- art. 58, § 4º

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3.3.2Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs)

As Comissões Parlamentares de Inquérito são comissões temporárias epodem ser constituídas pela Câmara dos Deputados, pelo Senado Federal ou pelo Congresso Nacional, neste caso, será uma comissão mista de deputados e senadores.

A finalidade das CPIs é uma só: investigar fato determinado de interesse público. Assim, a CPI desempenha uma das funções típicas do Poder Legislativo: a função fiscalizatória. Dessa forma, as CPIs não possuem função legislativa e são criadas para que o próprio Poder Legislativo investigue algum fato (que poderia ser, por exemplo, investigado pela polícia ou pelo Ministério Público).

São três os requisitos de criação das CPIs:

1. Requerimento de 1/3 dos membros da Casa

Justamente porque não se precisa da maioria de votos, esse instrumento também protege as minorias, que necessitam de apenas 1/3 dos votos para a criação da CPI.

2. O objeto deve ser a apuração de fato determinado. Dessa forma, não pode haver uma CPI para apurar fatos indeterminados, como a “corrupção no Brasil”. A CPI pode apurar vários fatos, desde que sejam determinados.

Outra observação: suponha que, durante as investigações, sejam descobertos fatos novos e conexos com o objeto da CPI. A comissão poderá sim investigar esses novos fatos, basta incluir (aditar) no pedido inicial da CPI.

3. Por fim, sendo ela um órgão temporário, a CPI deve possuir período determinado de duração. Esse prazo pode ser prorrogado sucessivas vezes, desde que dentro da mesma legislatura.

O Supremo Tribunal Federal entende que o modelo federal é norma de reprodução obrigatória e deve ser seguido pelas CPIs estaduais, que não podem criar outros requisitos que não estes (ADI 3.619/SP).

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Além disso, entende também o Tribunal Maior que as Casas podem fixar um número máximo de CPIs simultâneas. A Câmara dos Deputados, por exemplo, fixou em seu Regimento Interno que o número máximo de CPIs que podem ser criadas simultaneamente é cinco, salvo mediante projeto de Resolução. Perceba que as CPIs são comissões que demandam muito tempo e trabalho dos parlamentares, assim, caso fossem criadas muitas comissões ao mesmo tempo, os trabalhos legislativos poderiam ser comprometidos. Eis a razão da vedação, que ainda evita que os parlamentares abram CPIs para investigar fatos de menor importância.

As Comissões Parlamentares de Inquérito são órgãos independentes, podendo existir CPI apurando o mesmo fato em mais de uma Casa do Congresso Nacional ou apurando fato já investigado pela polícia ou pelo Ministério Público.

Poderes de investigação

A Constituição Federal estabelece que as Comissões Parlamentares de Inquérito possuem poderes investigativos próprios das autoridades JUDICIAIS. No entanto, os poderes das CPIs não são exatamente os mesmos poderes dos juízes: existem competências que somente os membros do Judiciário possuem (cláusula da reserva da jurisdição), como determinar medidas cautelares ou interceptação telefônica (escuta telefônica).

Adicionalmente, as Comissões Parlamentares de Inquérito não possuem função jurisdicional ou legiferante. Assim, elas não processam, não julgam e não aplicam penalidades a ninguém e, muito menos, podem fazer leis.

Observe esse vídeo que fala sobre os poderes da CPI. Ele possui menos de um minuto. http://youtu.be/iPHzoK_9J9I

Em respeito ao pacto federativo, as CPIs federais (da CD, SF ou CN) não podem apurar fatos ligados estritamente à competência dos estados, DF ou municípios. Sendo que, para isso, devem ser criadas CPIs estaduais, distritais ou municipais.

As referidas comissões possuem caráter inquisitório, ou seja, não existe contraditório e ampla defesa em procedimento feito por CPI. Explicando melhor: assim como os inquéritos policiais, as CPIs são procedimentos investigatórios que ainda não são uma acusação formal. Justamente por ser um procedimento anterior à acusação, ela não precisa oferecer o contraditório

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e a ampla defesa, sendo denominado procedimento inquisitório.Posteriormente, caso a acusação seja formalizada pelo Ministério Público ou órgão competente, aí sim serão oferecidos o contraditório e a ampla defesa aos (agora sim) “acusados”.

Como veremos à frente, as CPIs podem ter acesso a vários documentos e dados sigilosos, mas não podem dar publicidade indevida a eles sob pena de responsabilidade (MS 23.452/RJ).

Por fim, o Poder Judiciário pode controlar os atos da CPI quando esta cometer excessos ou abusos sendo que a competência originária para julgar Mandado de Segurança e Habeas Corpus contra ato de CPI federal é o STF.Competência originária significa que o processo “nasce” no Supremo Tribunal Federal.

Esquematizando:

Poderes de investigação:

o Possuem poderes investigativos próprios das autoridades JUDICIAIS

o Não são exatamente os mesmos poderes dos juízes: existem poderes que

somente os juízes possuem.

Ex: determinar medidas cautelares ou interceptação telefônica.

o Não têm função jurisdicional ou legiferante

o As CPIs federais (da CD, SF ou CN) não podem apurar fatos ligados

estritamente à competência dos estados, DF ou municípios (respeito ao pacto

federativo)

o CPI tem caráter INQUISITÓRIO: não existe contraditório e ampla defesa em

CPI

o As CPIs podem ter acesso a vários documentos e dados sigilosos, mas não

podem dar publicidade indevida a eles sob pena de responsabilidade

(MS 23.452/RJ)

o O Poder Judiciário pode controlar os atos da CPI quando esta cometer excessos

Competência originária para julgar MS e HC contra ato de CPI federal: STF

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Poderes da CPI

Como a Constituição não delimitou os poderes das CPIs, coube ao Poder Judiciário abalizar o que ela pode ou não fazer, a partir de cada caso concreto. Assim, observe o que a CPI PODE FAZER:

A CPI pode determinar exames, perícias e diligências.

A CPI pode determinar a busca e apreensão de documentos, desde que não viole domicílio, uma vez que a busca e apreensão domiciliar é exclusiva do Poder Judiciário (CF art. 5º, XI).

A CPI pode determinar a quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico (registros).

Atenção! Sigilo de “dados telefônicos” se refere aos registros (ex: conta de telefone), enquanto a “interceptação” é o grampo / escuta telefônica. Dessa forma, a CPI NÃO pode determinar INTERCEPTAÇÃO telefônica (escuta/grampo), mas pode determinar a quebra do sigilo dos dados telefônicos.

Observe que as CPIs estaduais também podem quebrar o sigilo bancário (ACO 730/RJ).

A CPI pode convocar e interrogar pessoas (públicas ou particulares) na condição de investigado ou de testemunha. Observe que as pessoas são ouvidas na condição de “investigados” e não de “acusados”. Assim, como não há acusação formal, não há o direito ao contraditório e ampla defesa nos procedimentos das CPIs.

Importante ressaltar que a convocação deve seguir as regras do processo penal: deve ser feita pessoalmente – não pode ser por correio ou telefone (HC 71.421).

A CPI pode ouvir testemunhas sob juramento de dizer a verdade e sob pena de condução coercitiva. Em rapidíssimas palavras: acondução coercitiva ocorre quando alguém deveria comparecer a um julgamento e, injustificadamente, não vai. Assim, o Juiz (ou, no caso, a CPI) emite ordem para que a pessoa seja levada para depor, mesmo contra sua vontade (condução coercitiva).

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Assim, a CPI pode usar, inclusive, a Polícia Judiciária para localizar e trazer testemunhas que estão em local incerto ou se recusam a comparecer.

Observe que o poder de condução coercitiva não alcança o convocado na condição de investigado, em respeito ao princípio da não autoincriminação (HC 83.703/SP).

A CPI, em regra, somente investiga fatos de interesse público. No entanto, pode investigar fatos relacionados com negócios particulares caso haja interesse público.

A CPI pode ouvir ÍNDIO, desde que seja dentro da aldeia e acompanhado de membro da Funai e Antropólogo (HC 80.240/RR).

IMPORTANTE: Todas as medidas que impliquem em restrição de direito (ex: quebra de sigilo) somente são válidas se forem (MS 25.966):

o Pertinentes;

o Indispensáveis à investigação;

o Fundamentadas / motivadas;

o Tiverem um lapso temporal definido;

o Forem aprovados pela maioria absoluta dos membros da CPI.

Esquematizando:

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Pode - Exames, perícias e diligências.

Determinar - Busca e apreensão de documentos (Desde que não viole

domicílio)

A busca e apreensão domiciliar é exclusiva do Poder

Judiciário

- Quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico (registros)

NÃO pode determinar INTERCEPTAÇÃO

telefônica (escuta/grampo)

CPIs estaduais podem quebrar o sigilo bancário

(ACO 730/RJ)

Pode convocar e interrogar pessoas (públicas ou particulares) na condição

de investigado ou de testemunha

A convocação deve seguir as regras do processo penal: deve ser feita

pessoalmente – não pode ser por correio ou telefone (HC 71.421)

Pode ouvir testemunhas sob juramento de dizer a verdade e sob pena de

condução coercitiva

Pode usar a Polícia Judiciária para localizar e trazer testemunhas que

estão em local incerto ou se recusam a comparecer

O poder de condução coercitiva não alcança o convocado na condição

de investigado, em respeito ao princípio da não autoincriminação (HC

83.703/SP)

Pode investigar fatos relacionados com negócios particulares se houver

interesse público

Pode ouvir ÍNDIO:

Desde que seja dentro da aldeia

Acompanhado de membro da Funai e Antropólogo

HC 80.240/RR

Todas as medidas que impliquem em restrição de direito (ex: quebra de

sigilo) somente são válidas se forem - Pertinentes

- Indispensáveis à investigação

- Fundamentadas / motivadas

- Lapso temporal definido

- Aprovado pela MA dos membros

- MS 25.966

CPI PODE

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Vedações à CPI

Como dito, apesar das CPIs possuírem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, pela cláusula de reserva de jurisdição, ficam vedadas algumas atribuições às CPIs, sendo reservadas unicamente ao Poder Judiciário.Dessa forma, UMA CPI NÃO PODE:

Não pode processar, julgar ou aplicar penalidades a ninguém. Podem apenas investigar e chegar a conclusões, que são encaminhadas ao Ministério Público ou à autoridade competente para que este sim promova as medidas cabíveis. A referida autoridade tem 30 dias para tomar providências pertinentes e o procedimento derivado da CPI tem prioridade sobre qualquer outro salvo Habeas Corpus, Habeas Data eMandado de Segurança.

Não pode determinar anulação de atos do Poder Executivo.

Não pode determinar busca e apreensão DOMICILIAR de documentos. Lembre-se de que as CPIs podem determinar a busca e apreensão de documentos, desde que não viole domicílio.

Não pode expedir ordem de prisão, salvo em flagrante delito. As Comissões Parlamentares de Inquérito não possuem poder para emitir ordem de prisão. O que elas podem fazer é prender alguém em flagrante delito, mais comumente, por falso testemunho. No entanto, essa prerrogativa é dada a qualquer um do povo e não apenas às comissões.

Não pode determinar a quebra de sigilo judicial (segredo de justiça).

Não pode determinar interceptação telefônica (escuta). Lembre-se de que a CPI pode sim determinar a quebra de sigilo fiscal, bancário e de dados telefônicos (ex: conta de telefone). O que ela não pode édeterminar a escuta/grampo.

Não pode investigar fatos relacionados com negócios realizados entre particulares. Lembre-se de que a CPI somente pode investigar fatos de interesse público. Assim, em regra, não investiga fatos e negócios particulares. Como visto, excepcionalmente e se houver interesse público, isso pode sim ser feito pela CPI.

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Não pode determinar medidas cautelares, como sequestro, arresto, decretação de indisponibilidade de bens, hipoteca, proibição de se ausentar do país ou comarca ou qualquer outra medida penal ou civil.Essas atribuições são privativas do Poder Judiciário.

Não pode chamar magistrado para falar sobre sua prestação jurisdicional. As Comissões Parlamentares de Inquérito não podem investigar atos de conteúdo jurisdicional, uma vez que o Supremo entende que isso fere a separação dos poderes. Assim, magistrados não podem ser convocados à CPI para prestar informações sobre sua atividade de jurisdição (enquanto julgador). No entanto, eles podem sim ser chamados para falar sobre sua atuação como administrador público.

CPI federal não pode investigar fatos de competência dos Estados e Municípios. As matérias de interesse exclusivo dos estados e municípios devem ser investigadas por CPIs estaduais ou municipais, sob pena de se ferir a autonomia dos entes federativos.

Esquematizando:

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Não pode processar, julgar ou aplicar penalidades a ninguém. Apenas

investigar e chegar a conclusões.

Conclusões são encaminhadas ao MP ou autoridade competente.

30d para tomar providências

Procedimento tem prioridade sobre qualquer outro salvo HC, HD e MS.

Não pode determinar anulação de atos do Poder Executivo

Não pode determinar busca e apreensão DOMICILIAR de documentos

Pode determinar busca e apreensão de documentos, desde que não

viole domicílio

Não pode expedir ordem de prisão, salvo em flagrante delito

Não pode determinar a quebra de sigilo judicial (segredo de justiça)

Não pode determinar interceptação telefônica (escuta)

Obs: quebra de sigilo fiscal, bancário e de dados telefônicos PODE

Não pode investigar fatos relacionados com negócios realizados entre

particulares

Exceção: se houver interesse público - PODE

Não pode determinar medidas cautelares, como sequestro, arresto,

decretação de indisponibilidade de bens, hipoteca, proibição de se ausentar

do país ou comarca ou qualquer outra medida penal ou civil

Não pode chamar magistrado para falar sobre sua prestação jurisdicional

Fere a separação dos poderes

Mas pode chamar para falar sobre sua atuação como administrador

público

Não pode investigar fatos de competência dos Estados e Municípios

Tem que ser por CPI Estadual ou municipal

Senão fere a autonomia dos entes federativos

CPINÃO PODE

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Testemunhas, investigados e direito ao silêncio em CPI

Como visto, as Comissões Parlamentares de Inquérito possuem o direito de ouvir cidadãos ou autoridades, sob a condição de testemunhas ou investigados. No entanto, os direitos dessas pessoas devem sempre ser observados. Assim, as perguntas feitas pela CPI devem ter pertinência com ofato para o qual a mesma foi criada. Além disso, tanto testemunha quanto investigado têm direito de serem assistidos por um advogado em todas as fases do procedimento da CPI.

Existem também algumas pessoas que devem manter sigilo em razão da função, ministério ou profissão. Como exemplo: médicos, advogados, padres etc. Essas pessoas podem ficar silentes diante de algumas perguntas realizadas pela CPI, mas devem sempre comparecer à mesma.

Outra garantia constitucional relevante e que deve sempre ser respeitada é o direito ao silêncio: tanto investigado quanto testemunha podem ficar silentes, caso, a seu critério ou de seu advogado, as respostas lhe incriminem (direito a não autoincriminação).

Por fim, cabe indenização por danos morais ou materiais se o interrogado for injustamente atingido em sua honra ou imagem (HC 94.082).

Esquematizando:

o Testemunhas, investigados e direito ao silêncio em CPI

Perguntas têm que ter pertinência com o fato para o qual foi criada a CPI

Direito ao advogado: tanto testemunha quanto investigado têm direito de

ser assistido por um advogado

Sigilo em razão da função, ministério ou profissão: pode ficar silente, mas

tem que comparecer à CPI

Direito ao silêncio: tanto investigado quanto testemunha podem ficar

silentes, caso, a seu critério, as respostas lhe incriminem (direito a não

autoincriminação)

Honra / imagem: cabe indenização por danos morais ou materiais se o

interrogado for injustamente atingido em sua honra ou imagem

(HC 94.082)

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3.4 Convocação e pedidos de informação a Ministros de Estado

A Constituição prevê que a Câmara dos Deputados, o Senado Federal ou qualquer de suas Comissões poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem informações:

Pessoalmente

Sobre assunto predeterminado

Ausência injustificada implica em crime de Responsabilidade

Além disso, os Ministros de Estado, por sua iniciativa própria, podem ir ao Senado Federal, Câmara dos Deputados ou Comissões para expor assunto de relevância para seu Ministério, devendo ser acordado com a respectiva Mesa.Observe que, neste ponto, a Constituição fala apenas dos Ministros de Estado e não fala sobre os titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República.

Por fim, as Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos escritos de informações aos Ministros de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República, que terão o prazo de 30 dias para responder. Além disso, será crime de responsabilidade caso as autoridades acima não respondam, respondam fora do prazo ou prestem informações falsas.

Esquematizando:3.4. Convocação e pedidos de informação a Ministros de Estado

I – CD, SF, ou qualquer de suas Comissões poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer

titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem

informações - Pessoalmente

- Sobre assunto predeterminado

- Ausência injustificada: Crime de Responsabilidade

II – Os Ministros de Estado (titulares de órgãos não) podem ir ao SF, CD ou Comissões para expor

assunto de relevância para seu Ministério - Por sua iniciativa

- Acordado com a respectiva Mesa

II – Mesas CD, SF poderão encaminhar pedidos escritos de informações aos Ministros de Estado ou

quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República

o Prazo para responder: 30d

o Crime de Responsabilidade - Não responder

- Responder fora do prazo

- Prestar informações falsas

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Art. 50, CF/88
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Art. 50, § 1°da CF/88
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Art. 50, § 2° da CF/88
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IV. DAS REUNIÕES

Meu caro aluno e futuro Analista Judiciário do TRT/RJ, neste ponto, aprenderemos alguns conceitos bastante importantes para a sua prova de Direito Constitucional. São eles: Sessão Legislativa Ordinária (SLO), Sessão Legislativa Extraordinária (SLE), Sessão Conjunta e Sessão Preparatória.

4.1 Sessão Legislativa Ordinária (SLO)

O artigo 57 da CF estabelece que o Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. Assim, essa é a Sessão Legislativa Ordinária: operíodo onde o Congresso Nacional se reúne normalmente para exercer suas atividades, que vai de 2 de fevereiro a 22 de dezembro.

Dessa forma, percebe-se que a SLO possui dois períodos:

1º período da SLO: de 2 de fevereiro a 17 de julho

2º período da SLO: de 1º de agosto a 22 de dezembro

O recesso parlamentar será então de dezoito a trinta e um de julho e de vinte e três de dezembro a primeiro de fevereiro. Lembre-se que, durante o recesso parlamentar, haverá uma Comissão Mista Representativa do Congresso Nacional.

Lembre-se também do conceito de legislatura, estudado anteriormente: operíodo de quatro anos após o qual a composição das Casas se renova. Ao fim de cada legislatura, ocorrem as eleições populares para a seguinte. Assim, cada legislatura possui quatro sessões legislativas ordinárias.

Podemos perceber então que, enquanto a legislatura está ligada à renovação da composição da Casa, ao fim da qual, são eleitos novos deputados e senadores (estes últimos renovados alternadamente entre 1/3 e 2/3), a Sessão Legislativa Ordinária está ligada ao período de trabalho das Casas Legislativas.

Uma observação bastante importante é que a Sessão Legislativa não será interrompida antes de aprovada a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Explicando melhor: a LDO é uma lei que orienta a elaboração e execução do orçamento anual e trata de vários outros temas, como alterações

GUILHERME
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tributárias, gastos com pessoal, política fiscal e transferências da União. AConstituição estabelece que ela deve ser aprovada até o final do 1º período da sessão legislativa, ou seja, 17 de julho. Caso essa lei não seja aprovada até adata mencionada, o Congresso Nacional não poderá entrar em recesso, devendo funcionar até a sua aprovação.

Esquematizando:

4. Das Reuniões - Sessão Legislativa Ordinária (SLO)

- Sessão Legislativa Extraordinária (SLE)

- Sessão Conjunta

- Sessão Preparatória

4.1. Sessão Legislativa Ordinária (SLO) 2/fev a 17/jul Períodos

1/ago a 22/dez Legislativos

Recesso parlamentar - 18 a 31/jul

- 23/dez a 01/fev

- Durante o recesso parlamentar, haverá uma Comissão

Representativa do CN

Legislatura - É composta de 4 sessões legislativas ordinárias

- Ligada à mudança de composição

SLO - Composta de 2 períodos legislativos

- Ligada ao período de trabalho das Casas Legislativas

A Sessão Legislativa não será interrompida antes de aprovada a LDO

o Se entrar até dia 01/ago fica sem recesso

o Ou seja: LDO tem que ser aprovada até o fim do 1o Período da SLO

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4.2 Sessão Legislativa Extraordinária – SLE

A Sessão Legislativa Extraordinária ocorre quando o Congresso Nacional legisla em período diferente da SLO, ou seja, durante o recesso parlamentar.

A Constituição veda o pagamento de parcela indenizatória durante a convocação extraordinária, dessa forma, os parlamentares não podem mais receber nenhum pagamento por terem sido convocados extraordinariamente.

O Congresso Nacional pode ser convocado extraordinariamente por diferentes pessoas e diferentes motivos. São eles:

1. Em caso de urgência ou interesse público relevante, e dependendo da aprovação da maioria absoluta de ambas as Casas do Congresso Nacional:

o Presidente da Câmara

o Presidente do Senado

o Presidente da República

o Maioria (não é maioria absoluta) dos membros de ambas as Casas

2. Já o Presidente do Senado Federal, além da hipótese anterior, poderá convocar extraordinariamente o Congresso Nacional, sem a necessidade da aprovação da maioria absoluta, nos seguintes casos:

o Decretação de Estado de Defesa ou Intervenção Federal;

o Pedido de autorização para decretação de Estado de Sítio;

o Compromisso e posse do Presidente da República e do Vice-Presidente da República.

Por fim, durante a convocação extraordinária, o Congresso Nacional somente pode deliberar sobre dois temas: primeiro, obviamente, a matéria para o qual foi convocado. Segundo, sobre as medidas provisórias, que serão automaticamente incluídas na pauta da convocação extraordinária.

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Nota
art. 57, § 8º, da CF/88, havendo medida provisória em vigor na data de convocação extraordinária do CN, serão elas automaticamente incluidas na paute da convocação.
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4.3 Reuniões em Sessão Conjunta

Via de regra, as Casas do Congresso Nacional atuam separadamente e de forma independente. Existe também um tipo de sessão onde as duas Casas (Câmara e Senado) se reúnem ao mesmo tempo: a sessão conjunta. Note que a sessão conjunta é bicameral, ou seja, apesar de as duas Casas estaremreunidas ao mesmo tempo, os votos de cada uma delas são contados separadamente. Assim, a Câmara dos Deputados atua enquanto Câmara e o Senado Federal atua enquanto Senado.

A Constituição Federal prevê que as sessões conjuntas ocorrerão para:

I - Inaugurar a sessão legislativa;

II - Elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas;

III - Receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República;

IV - Conhecer do veto e sobre ele deliberar.

V - Votação da Lei Orçamentária (art. 166)

VI – Outros casos previstos na CF

Sessão conjunta e sessão unicameral

Além da sessão conjunta, existiu outro tipo de sessão chamada sessão unicameral. Nós vimos que, na sessão conjunta, as Casas atuam ao mesmo tempo, mas as deliberações são em separado, ou seja, a Câmara atua enquanto Câmara e o Senado atua enquanto Senado.

Já na sessão unicameral, todos os votos são contados juntos como se fosse uma única Casa, sem distinção entre deputados e senadores.

Exemplificando: na sessão conjunta, as casas atuam ao mesmo tempo, mas os votos dos senadores contarão apenas para o Senado, enquanto os votos dos deputados contarão apenas para a Câmara dos Deputados. Na sessão

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unicameral, é como se juntassem os 81 senadores com os 513 deputados e tivéssemos uma só Casa com 594 parlamentares. Perceberam a diferença? As

duas sessões são completamente diferentes!

Finalmente, a única hipótese do Congresso Nacional se reunir em sessão unicameral está prevista no artigo 3º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e se refere a um procedimento de modificação especial da Constituição chamado revisão constitucional. Importantíssimo saber que esse tipo de modificação da Constituição não pode mais ser feito, portanto, o Congresso Nacional não pode mais se reunir em sessão unicameral.

Mas Roberto, para que então eu estudo a sessão unicameral e a revisão

constitucional, se elas não podem mais acontecer (já estão exauridas)?

Resposta: porque pode cair na sua prova!

4.4 Sessões Preparatórias

Por fim, a CF88 estabelece que no primeiro ano de cada legislatura, o Congresso Nacional reunir-se-á em sessões preparatórias a partir do dia 1º de fevereiro, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas.

Esquematizando:

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4.2. Sessão Legislativa Extraordinária – SLE (convocação extraordinária)

Vedado pagamento de parcela indenizatória em razão de convocação extraordinária

Pode ser • Presidente da Câmara

feita pelo • Presidente da República

• Maioria (não é MA) dos

membros de ambas as Casas

• Presidente do Senado

Na SLE, o CN somente - Matéria para o qual foi convocado

delibera sobre - MPs – que serão automaticamente incluídas na pauta

4.3. Reuniões em Sessão Conjunta

Em regra, cada Casa atua separadamente

Sessão Conjunta - As Casas atuam ao mesmo tempo (CD + SF)

- É BICAMERAL: os votos de cada Casa são contados separadamente

Para I - Inaugurar a sessão legislativa;

II - Elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às

duas Casas;

III - Receber o compromisso do PR e do VP;

IV - Conhecer do veto e sobre ele deliberar;

V - Votação da Lei Orçamentária (art. 166)

VI - Outros

Sessão conjunta e unicameral

o São coisas diferentes

o Sessão conjunta: as Casas atuam ao mesmo tempo, mas as deliberações são em separado

o Sessão unicameral - Todos os votos são contados juntos como se fosse uma

única Casa, sem distinção entre deputados e senadores

- Ex: Revisão Constitucional

4.4. Sessões Preparatórias

No primeiro ano de cada legislatura

A partir de 01/Fev

Para posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas

- Em caso de urgência ou interesse público relevante- Depende da aprovação da MA de ambas as Casas

- Decretação de Estado de Defesaou Intervenção Federal

- Pedido de decretação de Estado de Sítio- Compromisso e posse do PR e VP- Nesses casos, NÃO depende de aprovação da MA de ambas as Casas

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V. ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS

Meus caros Analistas Judiciários do TRT/RJ, a Constituição Federal estabelece um regime diferenciado aos membros do Poder Legislativo. Trata-se de uma série de imunidades, incompatibilidades, impedimentos e outras garantias que são aplicadas aos parlamentares, não como benefícios desmedidos ou privilégios, mas sim como prerrogativas e vedações para que possam atuar com independência, liberdade e sem a interferência dos demais poderes.

Todas as imunidades parlamentares acabam ao final do mandato e são irrenunciáveis, pois decorrem da função parlamentar e não da vontade dos mesmos. Assim, mesmo que um deputado ou senador diga que renuncia às suas imunidades, isso não será possível.

Vale lembrar que as imunidades e vedações não se aplicam aos suplentes dos parlamentares, enquanto permanecerem na condição de suplentes (Inq. 2.639/SP). Obviamente, se ele estiver substituindo o titular, aplicar-se-ão todas as prerrogativas e impedimentos ao mesmo.

Observe a estrutura da matéria que iremos estudar a seguir, para que você se guie durante o estudo. Sempre que quiser, volte para este esquema e visualize exatamente onde você está:

- Imunidades - Formais

- Materiais

- Foro privilegiado

5. Estatuto dos congressistas - Outras garantias - Sigilo de fonte

- Incorporação às Forças Armadas

- Imunidades durante Estado de Sítio

- Situações onde não há perda do mandato

- Incompatibilidades e impedimentos

- Hipóteses de perda de mandato

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5.1 IMUNIDADES PARLAMENTARES

Como dito anteriormente, a Constituição garante aos membros do Poder Legislativo uma série de imunidades, que podem ser de dois tipos: materiais ou formais.

a) Imunidades materiais, substantivas ou reais

As imunidades materiais garantem que os parlamentares são invioláveis por suas palavras, opiniões ou votos proferidos em razão da função parlamentar, no exercício e relacionados ao mandato.

A imunidade material é causa de excludente de crime e garante que o parlamentar seja totalmente inviolável por suas palavras, opiniões ou votos. Assim, os deputados e senadores podem, em razão da função parlamentar, dizer o que quiserem, atacar quem quiserem e até mesmo ofender quem quiserem, sem que isso seja considerado crime e sem que eles sofram qualquer tipo de punição. A irresponsabilidade é geral, mesmo depois de extinto o mandato, lembrando que elas não se estendem aos suplentes.

A liberdade de manifestação do pensamento e da opinião é um dos pilares para um Poder Legislativo independente. Entretanto, as imunidades materiais não alcançam manifestações de cunho político-eleitoral ou sem relação com o exercício do mandato.

O STF entende que, se o parlamentar estiver dentro do recinto do Congresso Nacional, suas manifestações sempre terão relação com o exercício do mandato, existindo uma presunção absoluta de pertinência à atividade parlamentar. Observe que isso não impede que o mesmo seja punido com base no Regimento Interno da Casa (Pet. 3.686/DF).

Por fim, o jornalista que divulgar o depoimento do parlamentar na íntegra ou em extrato fiel também não poderá ser responsabilizado por eventuais danoscausados pelas palavras do deputado ou senador.

Esquematizando:

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5.1. Imunidades Parlamentares - Material, Substantiva ou Real

- Formal, Processual ou Adjetiva

Inviolabilidade - Civil, penal ou administrativa

- Por opiniões, palavras e votos proferidos em razão da função

parlamentar

- No exercício e relacionado ao mandato

É causa de excludente de crime

Irresponsabilidade GERAL, mesmo depois de extinto o mandato

Não se estendem aos suplentes.

Não alcança manifestações - de cunho político-eleitoral

- sem relação com o exercício do mandato

Se estiver dentro do CN: sempre terá relação com o exercício do mandato

o Presunção absoluta de pertinência à atividade parlamentar

o Pode ser punido apenas em razão do Regimento Interno da Casa

o Pet 3.686/DF

Jornalista: Também não responde se divulgar na íntegra ou em extrato fiel

b) Imunidades formais, processuais ou adjetivas

As imunidades formais não afastam a ilicitude da conduta do parlamentar, como a imunidade material o faz. Elas apenas garantem regras especiais acerca da a) prisão dos membros do Congresso Nacional; e b) da possibilidade de suspensão dos processos criminais contra os mesmos.

a) Em relação à prisão

Existem apenas duas hipóteses em que os parlamentares podem ser presos:

1. Em caso de flagrante de crime inafiançável. Em rápidas palavras, a prisão em flagrante é aquela que ocorre logo após o crime acontecer. O crime ainda está “queimando” (flagrante). Já o crime inafiançável, também em rápidas palavras, é aquele onde não é cabível a fiança para que o acusado responda o processo em liberdade.

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Ocorrendo essa hipótese tem-se o prazo de 24 horas para que seja enviado o processo para a respectiva Casa deliberar sobre a prisão em votação aberta e por maioria absoluta dos votos (inf. STF 28/96). Nesse caso, a aprovação da Casa é condição para a manutenção da prisão.

2. Em virtude de decisão judicial transitada em julgado.Apesar de não constar expressamente na Constituição, o Supremo entende que os parlamentares podem ser presos por sentença judicial transitada em julgado, independentemente de deliberação da Casa, como explicado no item anterior.

Por essa hipótese, o parlamentar pode ser preso, mesmo não tendo perdido o mandato por decisão da Casa a que pertence, nos termos do art. 55, § 2º. Explicando: a Constituição traz algumas hipóteses de perda de mandato pelos parlamentares (serão estudadas mais a frente) e uma delas é a condenação criminal em sentença transitada em julgado. No entanto, o deputado ou senador somente perderá o mandato se a Casa assim o decidir. Isso quer dizer que, ainda que ele seja condenado por sentença criminal transitada em julgado, pode ser que ele não perca o mandato.

Exemplo: um senador é condenado, em sentença transitada em julgado, a um ano de prisão no primeiro ano do seu mandato. Caso o Senado tenha decidido pela manutenção do mesmo, osenador pode ser preso e retornar ao cargo após ter cumprido a pena.

A proteção em relação à prisão é válida para crimes praticados antes ou depois da diplomação e protege o parlamentar desde a expedição do diploma, portanto desde antes da posse. Explicando: a diplomação é um ato do Tribunal Superior Eleitoral atestando que o parlamentar foi eleito regularmente e ocorre antes da posse. Ela é asolenidade em que é entregue ao candidato eleito o documento oficial que reconhece a validade de sua eleição. Já a posse ocorre quando a pessoa é investida do cargo de deputado ou senador.

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b) Em relação ao processo

As imunidades em relação ao processo configuram a possibilidade da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal suspenderem o andamento dos processos criminais que estão correndo contra os seus membros. Nesse caso, é importante saber se o crime foi praticado antes ou depois da diplomação.

1. Crimes praticados ANTES da diplomação

Diferentemente da imunidade em relação à prisão, a imunidade em relação ao processo somente é válida para crimes cometidos APÓS a diplomação. Assim, não há imunidade processual para crimes praticados antes da diplomação, podendo o parlamentar ser normalmente processado e julgado pelo STF. Observe que a respectiva Casa não pode sustar o andamento do processo dos crimes anteriores à diplomação.

2. Crimes praticados APÓS a diplomação

Nos crimes praticados APÓS a diplomação, pode-se processar e julgar os parlamentares, sem a necessidade de autorização da respectiva Casa. Ou seja, caso um membro do Congresso Nacional cometa um crime, ele poderá ser processado e julgado por esse crime. No entanto, o STF dará ciência à respectiva Casa, que poderá suspender o processo,obedecendo aos seguintes requisitos:

1. Iniciativa de partido político representado na Casa. ACâmara e o Senado não podem suspender o processo de ofício, devendo ser provocados por partido político nelesrepresentado.

2. A votação deverá ser aberta e por quórum de maioria absoluta.

3. Lembrando que só é possível a suspensão do processo para os crimes cometidos após a diplomação.

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Prescrição: Caso haja a suspensão do processo, a prescrição do crime também será suspensa enquanto durar o mandato.

Explicando: em razão da segurança jurídica, o Estado possui um certo tempo para processar e julgar alguém que cometeu um crime. Imagine só alguém que cometeu o crime de furto com 19 anos de idade e nunca foi processado por isso. Não pode o Estado querer fazê-lo quando o sujeito tiver 99 anos de idade. Existe um tempo (que, aliás, é bastante razoável) para que o Estado possa processar e julgar o criminoso.

A prescrição ocorre não para beneficiar os bandidos, mas sim para estimular o Estado a não ficar inerte e a tomar, desde logo, todas as providências necessárias ao cumprimento da lei.

Chegamos ao ponto principal do raciocínio: caso o processo criminal contra o parlamentar seja suspenso pela Casa, não seria razoável que o prazo prescricional continuasse correndo, uma vez que não há inércia por parte do Estado, mas sim uma impossibilidade jurídica de se continuar com o processo. Assim, o prazo de prescrição fica suspenso enquanto o processo também estiver suspenso.

Prazos: o prazo para que o partido político solicite a sustação do processo é até a decisão final do STF.Exemplo: suponha que um deputado federal cometa um crime e o STF inicie desde já um processo criminal contra ele. O Supremo deve comunicar à Câmara, mas lembre-se que ela não pode agir de ofício. Assim, pode ocorrer de o partido solicitar asuspensão do processo somente algum tempo depois de suaabertura. Como dito, o prazo para tal é até a decisão final do STF.

Por outro lado, uma vez solicitada a suspensão do processo pelo partido político, a Casa tem 45 dias para julgá-lo, contados do recebimento do pedido pela Mesa Diretora.

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Atenção: não confunda o prazo para a Casa julgar o pedido de sustação do processo (45 dias) com prazo para que ela decida sobre a prisão em flagrante de parlamentar (24 horas).

Concurso de agentes: quando um crime foi praticado por duas ou mais pessoas em conjunto, dizemos que houve concurso de agentes. Assim, o que ocorre caso um crime tenha sido cometido por um membro do Poder Legislativo em conjunto com outra pessoa que não tenha foro privilegiado?

Em regra, tanto o parlamentar quanto o outro réu (corréu) serão julgados juntos no STF. O processo não é desmembrado. No entanto, caso o processo seja suspenso pela Casa, aí sim ele será desmembrado: o corréu sem foro privilegiado será julgado pela justiça competente e somente o processo do parlamentar ficará suspenso.

Esquematizando:

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Não afasta a ilicitude da conduta (como a imunidade material o faz)

- Proteção válida desde a expedição do diploma (anterior à posse)

- Válida para crimes praticados antes ou depois da diplomação

- Parlamentares não podem ser presos salvo:

1 - Flagrante de crime inafiançável

o 24hs para enviar o processo para a Casa deliberar sobre a prisão

o Votação ABERTA e por MA (inf. STF 28/96)

o Aprovação da Casa é condição para a manutenção da prisão

2 - Decisão judicial transitada em julgado

o Não depende de deliberação da Casa

o Pode ser preso, mesmo não tendo perdido o mandato por decisão da

Casa a que pertence, nos termos do art. 55, § 2º

1) Crimes praticados ANTES da diplomação: NÃO HÁ IMUNIDADE

PROCESSUAL. O parlamentar será processado normalmente (pelo STF)

o A CASA NÃO PODE SUSTAR O PROCESSO para crimes

praticados antes da diplomação.

2) Crimes praticados APÓS a diplomação:

o Pode-se processar e julgar o parlamentar federal – não precisa de

autorização da Casa para tal

o O STF dá ciência à respectiva Casa

o A Casa pode - Iniciativa de partido político representado na Casa

SUSPENDER • A Casa não pode suspender o processo de ofício.

o processo • Deve ser provocada pelo part. pol. com rep. na Casa

- Votação aberta e quórum de MA

- Só para crimes após a diplomação

o Se suspender o processo – suspende também a prescrição enquanto durar o

mandato: Com o fim do mandato, as imunidades acabam e o ex parlamentar

poderá ser processado normalmente

o Prazo - Para que o processo seja suspenso - até a decisão final do STF

- Para a Casa julgar o pedido de suspensão do processo - 45d do

recebimento do pedido pela Mesa Diretora

OBS: aqui o prazo é para julgar o pedido de suspensão do

PROCESSO – em caso de flagrante, o prazo é de 24h!!

o Concurso - Regra: NÃO desmembra o processo se o outro réu

de Agentes (corréu) não tiver foro privilegiado. Julga tudo no STF

- Exceção: se o processo for suspenso, desmembra e julga em

separado (o processo somente pode ser suspenso para o

parlamentar)

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5.2 FORO PRIVILEGIADO

Os parlamentares possuem direito ao foro privilegiado ou foro especial por prerrogativa de função: desde a diplomação, serão processados e julgados pelo Supremo Tribunal Federal. Assim, deve tramitar no STF todo e qualquer processo por crimes comuns onde deputados e senadores sejam réus, bem como inquéritos policiais contra eles. Observe que o foro privilegiado não se aplica nas ações civis, que correm na justiça comum. Já pelos crimes de responsabilidade, os membros do Poder Legislativo são processados e julgados pela respectiva Casa.

O direito ao foro privilegiado nasce com a diplomação, termina com o fim do mandato e se aplica aos crimes cometidos antes ou depois da expedição do diploma. Desse modo, se na data da diplomação o indivíduo estiver respondendo a ações penais ou inquéritos policiais, haverá a remessa dos autos ao STF. Por outro lado, se ao término do mandato, o parlamentar estiver respondendo a alguma ação penal e esta ainda estiver em curso no STF, os autos serão remetidos para a Justiça comum competente. A única exceção ocorre caso o julgamento já tenha se iniciado. Nesse caso, continuaráno STF, não retornando para a Justiça comum (Inq. 2.295/MG).

Observe que a prerrogativa de foro é diferente da imunidade formal.Enquanto esta é a possibilidade de suspensão do processo e prisão apenas em casos especiais, aquela garante os membros do Poder Legislativo sejam processados e julgados no STF.

Esquematizando:

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5.2. Foro privilegiado - Todo e qualquer processo por crimes comuns (se for RÉU): STF

- Inquéritos policiais contra parlamentares: STF

- Ações civis (autor ou réu): Justiça comum

- Crimes de responsabilidade: respectiva Casa

O direito ao foro privilegiado - Nasce com a diplomação

- Termina com o fim do mandato

- Vale para crimes cometidos antes ou depois da

expedição do diploma

Se na data da diplomação o indivíduo estiver respondendo a ações penais ou inquéritos

policiais: remessa dos autos ao STF

Se ao término do mandato a ação ainda estiver em curso no STF, os autos serão

remetidos para a Justiça comum competente

o Exceção: Caso o julgamento já tenha se iniciado: continua no STF (não volta para a

Justiça comum (Inq. 2.295/MG)

Prerrogativa de função/foro Imunidade formal

Julgamento no STF Possibilidade de suspensão do processo e prisão somente

em casos especiais

5.3 OUTRAS GARANTIAS

Além das imunidades, são conferidas outras garantias aos parlamentares. Elas não são imunidades em sentido estrito, mas também se prestam a garantir a atuação livre e independente do Poder Legislativo. São elas:

Sigilo de fonte: Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.

Incorporação às Forças Armadas: só com prévia licença da Casa, ainda que forem militares ou em tempo de guerra.

Imunidades durante Estado de Sítio: em regra, as imunidades parlamentares permanecem durante o estado de sítio. No entanto, excepcionalmente, podem ser suspensas (nunca abolidas) por 2/3 dos votos da Casa respectiva e somente para atos praticados FORA do

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Congresso Nacional e que sejam incompatíveis com a execução do estado de sítio. Observe que nunca se poderá suspender as imunidades para atos praticados dentro do Congresso Nacional.

Hipóteses onde não haverá perda do mandato: a Constituição assegura que não perderá o mandato o deputado ou senador:

I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária.

Observe que, nesses casos, as imunidades parlamentares ficarão suspensas, uma vez que elas derivam da função parlamentar (que não está sendo desempenhada, pois o sujeito está exercendo cargo no Executivo). Por outro lado, não haverá perda do cargo e nem do foro privilegiado.

Além disso, nas hipóteses do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela remuneração do mandato.

II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa.

Nesses casos, não há a possibilidade da opção pela remuneração, uma vez que o parlamentar está afastado (e não exercendo outra função). Observe também que o afastamento, que não pode ultrapassar o prazo de 120 dias, é a licença para tratar de interesses particulares (LTIP), uma vez que a licença para tratamento de saúde não possui prazo definido.

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5.4 INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS DOS DEPUTADOS E SENADORES (ART.54)

A Constituição estabelece, no artigo 54, uma série de incompatibilidades e impedimentos aos deputados e senadores. São elas:

5.4. Incompatibilidades e impedimentos dos deputados e senadores (art.54)

Desde a diplomação 1- firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito

público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia

mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo

quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

2- Aceitar ou exercer nessas entidades cargo, função ou

emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad

nutum” (de livre nomeação e exoneração)

Desde a Posse a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de

favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou

nela exercer função remunerada;

b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas

entidades referidas no item 1 do caso anterior

c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a

que se refere o item 1 do caso anterior

d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

5.5 HIPÓTESES DE PERDA DE MANDATO

Continuando, em seu artigo 55, a Constituição traz várias hipóteses de perda de mandato dos membros do Poder Legislativo. Segundo a CF, perderá o mandato o deputado ou senador:

I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no item anterior

(Incompatibilidades e impedimentos dos deputados e senadores).

II- cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro

parlamentar.

o A Constituição prevê que “é incompatível com o decoro

parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o

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abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso

Nacional ou a percepção de vantagens indevidas.”

o O Poder Judiciário não pode apreciar a infringência ao decoro parlamentar. Este é um ato de apreciação exclusiva da Casa.

VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.

o O artigo 15, III da CF88 estabelece que a condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos, é causa de suspensão dos direitos políticos. Dessa forma, se alguém tem seus direitos políticos suspensos, não pode exercer qualquer cargo eletivo (art. 14,§ 3º, II). No entanto, excepcionalmente e por previsão expressa da CF, os parlamentares criminalmente condenados não perdem automaticamente seus mandatos: a respectiva Casa irá decidir se ele perderá ou não seu mandato por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

Observe que essa regra se aplica também aos deputados estaduais e não se aplica aos vereadores e nem aos titulares de cargos no Poder Executivo.

Nessas três primeiras hipóteses, a perda de mandato não será automática, mas sim DECIDIDA pela respectiva Casa por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. Assim, pode ser que o parlamentar perca o mandato ou não, a depender da decisão da respectiva Casa.

Já nas próximas três hipóteses, a perda do mandato é DECLARADA pela Mesa da Casa respectiva, não havendo juízo de conveniência e oportunidade, como nos casos anteriores. A declaração é feita de ofício ou por provocação de qualquer membro ou de Partido Político representado no CN, também assegurada a ampla defesa. Observe:

III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à TERÇAparte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou

missão por esta autorizada.

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IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos.

V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na

Constituição.

Renúncia de cargo por parlamentar submetido a processo que implique a perda do cargo

Caso um parlamentar esteja submetido a processo que implique a perda do cargo e renuncie ao mesmo (ou seja, durante o processo), a renúncia será válida, mas terá seus efeitos suspensos até o fim do processo. Caso o parlamentar seja absolvido, a renúncia terá efeitos plenos.

No entanto, caso o parlamentar seja condenado, a renúncia não terá efeitos, uma vez que o mesmo será condenado à perda do cargo (o que não adiantaem nada, pois ele já tinha renunciado) mais à decretação de inelegibilidade pelo prazo de oito anos, subsequentes ao término da legislatura em que deveria findar o seu mandato. Uma pena bem mais severa do que a simples perda do cargo.

Entenderam? O parlamentar que estava submetido a um processo que poderia implicar a perda do cargo renunciava ao mandato para “escapar” da inelegibilidade de 8 anos, o que não é mais possível pelas novas regrasconstitucionais.

5.6 PARLAMENTARES ESTADUAIS, DISTRITAIS E VEREADORES

Aplicam-se aos parlamentares estaduais e distritais as mesmas regras do âmbito federal, assim, eles possuem imunidade formal e material. Já os vereadores possuem imunidade material somente dentro da circunscrição do município e não possuem imunidade formal.

Esquematizando:

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5.5. Hipóteses de Perda de Mandato

I – Infringir qualquer das proibições do art. 54

II – Quebra de decoro parlamentar

• Abuso de prerrogativas ou percepção de vantagens

indevidas

• Judiciário não pode apreciar infringência ao decoro

parlamentar – Exclusivo da Casa

VI – Condenação criminal transitada em julgado

• Não gera, por si só, a suspensão dos direitos políticos dos

parlamentares

• Exceção ao art. 15, III + 14,§ 3º, II

• A Casa tem que decidir pela perda do mandato

- Regra se aplica aos deputados estaduais

- NÃO se aplica a - Vereadores

- Executivo

III – Faltar a 1/3 das SLO, salvo licença ou missão

IV – Perder ou tiver suspensos seus direitos políticos

V – Decretação da Justiça Eleitoral

Sempre assegurada Ampla Defesa

Renúncia de cargo por parlamentar submetido a processo que implique a perda do cargo

(o processo está em curso):

PODE. Mas terá seus efeitos suspensos até o fim do processo.

Se declarada inocência: a renúncia vale

Se declarado culpado: a renúncia NÃO vale

5.6. Parlamentares estaduais, distritais e vereadores

Parlamentares Estaduais e distritais: aplicam-se aos parlamentares estaduais e distritais

as mesmas regras dos parlamentares federais

Vereadores - Têm imunidade MATERIAL

- Somente dentro da circunscrição do município

- NÃO possuem imunidade FORMAL

- A perda do mandato não é automática - Ela é DECIDIDA pelas Casas: Voto SECRETO eMA- Para que a Casa decida, deve haver provocação da Mesa ou de Partido Político com representação no CN

- A perda do mandato é DECLARADA pela Mesa da Casa respectiva- Declaração é feita de ofício ou por provocação de qualquer membro ou de Partido Político representado no CN- não há juízo de conveniência e oportunidade, como nos casos anteriores

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EXERCÍCIOS

1. (FCC - 2012 - TRF - 5ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Considere as seguintes situações hipotéticas:

I. Vera, Senadora, perdeu seu mandato uma vez que praticou procedimento declarado incompatível com o decoro parlamentar.

II. Fabiola, Senadora, perdeu seu mandato porque sofreu condenação criminal em sentença transitada em julgado.

III. Gustavo, Senador, perdeu seu mandato porque teve suspenso seus direitos políticos.

IV. Isabella, Senadora, perdeu seu mandato porque deixou de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da respectiva Casa.

De acordo com a Constituição Federal brasileira, a perda do mandato será decidida pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa, nas hipóteses indicadas APENAS em

a) I, II e III.

b) III e IV.

c) I e II.

d) II, III e IV.

e) I e IV.

Das condutas que ensejam na perda do mandato de parlamentar, em algumas essa perda é declarada de ofício, em outras, ocorre julgamento por parte de seus pares (art. 54, parágrafos 1º 2º). Vamos conferir?

Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;

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II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição;VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.

As hipóteses grafadas em azul são as que implicam no julgamento pelos seus colegas de Casa, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

Já nas hipóteses em vermelho, não há conversa: o parlamentar tem a perda do cargo simplesmente declarada, de forma automática e de ofício.

Gabarito: C.

2. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Camargo, Carlos, Caruso, Cassio e Cardoso exercem respectivamente os cargos de Presidente do Supremo Tribunal Federal, Vice-Presidente da República, Presidente do Senado Federal, Presidente da Câmara dos Deputados e Presidente da República. A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo

a) Caruso.

b) Carlos.

c) Camargo.

d) Cardoso.

e) Cassio.

Questão muito fácil! A presidência do Congresso Nacional é exercida, de maneira cumulativa, pelo Presidente do Senado Federal!

Gabarito: A.

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3. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Ibson é advogado regularmente inscrito na OAB-RJ e é eleito Deputado Federal. Ibson NÃO perderá o seu cargo, de acordo com a Constituição Federal de 1988, se

a) patrocinar, desde a sua posse, causa em que já seja interessada empresa pública estadual.

b) exercer, desde a sua posse, função remunerada em empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público.

c) exercer, desde a expedição do seu diploma, cargo remunerado, compossibilidade de demissão ad nutum, em sociedade de economia mista.

d) deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, sem autorização, à quarta parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer.

e) for titular de mais de um cargo público eletivo, a partir da sua posse.

A questão cobra o conhecimento dos artigos 54 e 55 da Constituição Federal. Vamos esquematizar o art. 54? A Constituição afirma que os Deputados e Senadores não poderão:

Desde a diplomação 1- firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito

público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia

mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo

quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

2- Aceitar ou exercer nessas entidades cargo, função ou

emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis

"ad nutum” (de livre nomeação e exoneração)

Desde a Posse a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de

favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou

nela exercer função remunerada;

b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum",

nas entidades referidas no item 1 do caso anterior

c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das

entidades a que se refere o item 1 do caso anterior

d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

Até aqui, os itens A, B, C e E já estão eliminados. Em relação à letra D, o detalhe é no número de faltas sem autorização: o parlamentar somente perderá o mandato se faltar injustificadamente à TERÇA parte

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das sessões ordinárias da Casa a que pertencer (art. 55, III). Desta forma, se faltar à quarta parte das sessões, ainda não se configurará a perda de mandato. (para os matemáticos de plantão: 1/3 é maior do que ¼!)

Gabarito: D.

4. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário) Os Senadores representam os Estados e o Distrito Federal e possuem mandato de oito anos, embora a legislatura do Congresso Nacional dure, apenas, quatro anos.

É isso mesmo. Um mandato de Senador dura duas legislaturas (oito anos), enquanto as demais autoridades são eleitas por quatro anos.

Gabarito: Certo.

5. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário) O Congresso Nacional reúne-se, anualmente, na Capital Federal, de 2 de janeiro a 30 de junho e de1º de agosto a 22 de dezembro.

O segundo período está certo, porém, há erro no primeiro. Vamos revisar os períodos de funcionamento da sessão legislativa ordinária:

1º período da SLO: de 2 de fevereiro a 17 de julho

2º período da SLO: de 1º de agosto a 22 de dezembro

O recesso parlamentar será então de dezoito a trinta e um de julho e de vinte e três de dezembro a primeiro de fevereiro.

Gabarito: Errado.

6. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário) Os Deputados Federais representam o povo e possuem mandato de quatro anos, embora a legislatura do Congresso Nacional dure oito anos

A legislatura dura quatro anos, assim como o mandato dos Deputados Federais. O único mandato diferente (oito anos) é o de Senador!

Gabarito: Errado.

7. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário) A convocação extraordinária do Congresso Nacional será feita pelo Presidente da Câmara dos

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Deputados em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal.

Caso seja decretado o estado de defesa ou a intervenção federal, o responsável por convocar o Congresso Nacional de maneira extraordinária será o Presidente do Senado. Vamos revisar os casos de convocação extraordinária?

Sessão Legislativa Extraordinária – SLE (convocação extraordinária)

Vedado pagamento de parcela indenizatória em razão de convocação extraordinária

Pode ser • Presidente da Câmara

feita pelo • Presidente da República

• Maioria (não é MA) dos

membros de ambas as Casas

• Presidente do Senado

Gabarito: Errado.

8. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) Considere as seguintesassertivas a respeito do Congresso Nacional:

I. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.

II. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre a transferência temporária da sede do Governo Federal.

III. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre a fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas.

IV. Compete privativamente ao Senado Federal autorizar, por um terço de seus membros, a instauração de processo contra os Ministros de Estado.

De acordo com a Constituição Federal brasileira, está correto o que consta APENAS em

- Em caso de urgência ou interesse público relevante- Depende da aprovação da MA de ambas as Casas

- Decretação de Estado de Defesaou Intervenção Federal

- Pedido de decretação de Estado de Sítio- Compromisso e posse do PR e VP- Nesses casos, NÃO depende de aprovação da MA de ambas as Casas

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a) I, II e IV.

b) II, III e IV.

c) I, II e III.

d) II e III.

e) I e IV.

Analisemos as alternativas:

Item I – CERTO. Perfeitamente de acordo com o art. 46 da CF88. Importante sabermos as diferenças entre o Senado Federal e a Câmarados Deputados, principalmente no que concerne o princípio da eleição! No SF, o princípio é o majoritário puro, por outro lado, na CD o princípio é o proporcional.

Itens II e III – CERTOS. Os dois itens se encontram no art. 48 da Constituição, que traz uma lista exemplificativa das competências legislativas do Congresso Nacional. Lembre-se de que existem as competências legislativas (o CN vai produzir uma lei a respeito do assunto, com sanção presidencial), conhecidas como competências privativas. Existem também as competências exclusivas, que prescindem de sanção presidencial, pois não são leis em sentido estrito. São atos do Congresso Nacional externalizados por Decreto Legislativo ou por Resolução. Importante entender essa diferença, ok?

Item IV – ERRADO. Dois erros aqui: essa competência é da Câmara dos Deputados, conforme art. 51 da CF88. Além disso, o quórum para essa autorização é de 2/3 dos membros.

Gabarito: C.

9. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) João, Senador da República, em tempo de guerra, foi convocado a se incorporar ao Exército. Segundo a Constituição Federal brasileira, sua incorporação às Forças Armadas

a) será deferida pelo Presidente da República, que o licenciará do cargo de Senador.

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b) é automática em tempo de guerra, bastando a mera convocação do Exército.

c) depende de prévia licença do Senado Federal.

d) será analisada e deferida pelo Vice-Presidente da República, competindo ao Presidente da República conceder-lhe prévia licença do cargo de Senador.

e) depende de prévia análise da Câmara dos Deputados, após autorização do Presidente da República.

Os parlamentares brasileiros são protegidos por uma série de garantias, imunidades e outros procedimentos diferenciados, a fim de garantir o livre exercício de suas funções. As principais garantias estão no art. 53 da Constituição. No § 7º, encontramos o seguinte: “A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva”.

Gabarito: C.

10. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) José é Presidente do Supremo Tribunal Federal, Olavo é Presidente do Senado Federal, Claudio é Procurador-Geral da República, Samarco é Presidente do Superior Tribunal de Justiça e Santiago é Advogado-Geral da União. Nesse sentido, a convocação extraordinária do Congresso Nacional, em regra, far-se-á pelo

a) José, em caso de intervenção federal.

b) Olavo, para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República.

c) Claudio, em caso de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio.

d) Santiago, em caso de urgência ou interesse público relevante, com a aprovação da maioria simples de cada uma das Casas do Congresso Nacional.

e) Samarco, em caso de urgência ou interesse público relevante, com a aprovação da maioria simples de cada uma das Casas do Congresso Nacional.

De vez em quando a FCC faz isso: coloca umas coisas tão inventadas, tão longe da realidade, que a gente fica até meio inseguro. Temos que

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confiar no nosso taco! Pra quem sabe a matéria, essa questão foi “de graça”. Vamos ver um resumo de quem pode convocar o Congresso Nacional extraordinariamente:

O Congresso Nacional pode ser convocado extraordinariamente por diferentes pessoas e diferentes motivos. São eles:

3. Em caso de urgência ou interesse público relevante, e dependendo da aprovação da maioria

absoluta de ambas as Casas do Congresso Nacional:

o Presidente da Câmara

o Presidente do Senado

o Presidente da República

o Maioria (não é maioria absoluta) dos membros de ambas as Casas

4. Já o Presidente do Senado Federal, além da hipótese anterior, poderá convocar

extraordinariamente o Congresso Nacional, sem a necessidade da aprovação da maioria

absoluta, nos seguintes casos:

o Decretação de Estado de Defesa ou Intervenção Federal;

o Pedido de autorização para decretação de Estado de Sítio;

o Compromisso e posse do Presidente da República e do Vice-Presidente da República.

Dessa forma, meu caro aluno, podemos perceber que Presidentes deTribunal, Advogado-Geral da União e Procurador-Geral da República não convocam o Congresso Nacional em nenhuma hipótese. É tudo invenção da banca!

Gabarito: B.

11. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) Cabe exclusivamente ao Congresso Nacional, independentemente de sanção do Presidente da República,

a) resolver sobre plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado.

b) dispor sobre sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas.

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c) resolver sobre os limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União.

d) dispor definitivamente sobre incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas.

e) resolver definitivamente sobre atos internacionais que acarretem compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Item A – ERRADO. Isso é orçamento. Orçamento é lei. E lei tem sanção do Presidente da República.

Item B e C – ERRADOS. Também são assuntos de lei (estão no art. 48).

Item D – ERRADO. Mais assuntos do art. 48. Agora, quem tentou nos enganar foi a expressão “definitivamente”, maldosamente encaixada pela banca para nos confundir com o próximo item.

Item E – CERTO. Isso mesmo! Quem ratifica/aprova/resolve sobre os tratados internacionais assinados pelo Presidente da República é o Congresso Nacional. E atenção porque isso não é feito por meio de lei, pois é uma competência exclusiva do CN que se materializa por Decreto Legislativo. Esse artigo 49 está sempre caindo nas provas da FCC! Olho nele!

Gabarito: E.

12. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle) É competência exclusiva do Congresso Nacional

a) julgar o Presidente da República em caso de crime de responsabilidade.

b) aprovar, após arguição pública, a escolha de Ministro do Supremo Tribunal Federal.

c) fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado.

d) dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno.

e) conceder indultos e comutar penas.

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Item A – ERRADO. Competência privativa do Senado Federal. Lembre-se que entre o Congresso Nacional, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, só este último tem competência para julgar autoridades por crime de responsabilidade.

Item B – ERRADO. Outra competência privativa do Senado Federal.Aprovação de autoridades: só pode ser com ele. Confira no art. 52.

Item C – CERTO. Agora sim, uma competência exclusiva do Congresso Nacional. É ele, via Decreto Legislativo, que fixa os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado. Consulte o art. 49 da CF e memorize-o bem!

Item D – ERRADO. Mais uma competência privativa do Senado Federal.Limites globais, crédito interno e externo, dívida consolidada,concessão de garantia, isso é tudo com o nosso querido Senado.

Item E – ERRADO. Isso é uma competência privativa do Presidente da República, conforme o artigo 84, XII.

Gabarito: C.

13. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) Compete privativamente à Câmara dos Deputados

a) eleger membros do Conselho da República, sendo que dele participam seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.

b) aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de Magistrados, nos casos estabelecidos na Constituição Federal, Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República, Presidente e diretores do Banco Central e Procurador-Geral da República.

c) processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade.

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d) aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente e autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

e) fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Assim como o Congresso Nacional, as casas legislativas possuem competências privativas. São atos, decisões, julgamentos, aprovações de autoridades, tomadas de contas, etc (não são leis em sentido estrito, logo, não há sanção/veto do Presidente da República). A espécie normativa que formaliza estes atos é a Resolução. As competências privativas da Câmara são poucas quando comparadas à do Senado Federal. Vale a pena decorar! E como fazemos? Esquema! Vamos às competências privativas da CD:

I - autorizar, por 2/3 de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o

Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;

II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao

CN dentro de 60d após a abertura da sessão legislativa;

III - elaborar seu regimento interno;

IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou

extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação

da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes

orçamentárias;

V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.

As alternativas B, C, D e E remetem a competências privativas do Senado Federal.

Gabarito: A.

14. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) Olimpio perdeu o mandato de Deputado Federal porque exercia cumulativamente função remunerada em pessoa jurídica de direito público, o que lhe era vedado pela Constituição Federal desde

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a) a candidatura.

b) a posse.

c) a expedição do diploma.

d) seis meses antes das eleições.

e) doze meses antes das eleições.

Este assunto é cobrado frequentemente pela FCC. Vamos ver as proibições impostas aos Deputados e Senadores:

Desde a diplomação 1- firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito

público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia

mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo

quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

2- Aceitar ou exercer nessas entidades cargo, função ou

emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis

"ad nutum” (de livre nomeação e exoneração)

Desde a Posse a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de

favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou

nela exercer função remunerada;

b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas

entidades referidas no item 1 do caso anterior

c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a

que se refere o item 1 do caso anterior

d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

Gabarito: C.

15. (FCC - 2012 - TCE-AP - Técnico de Controle Externo) Os Deputados Federais

a) julgam processo de impeachment contra o Presidente da República.

b) são eleitos por suas bases estaduais, na medida em que devem representar os interesses federativos de seus Estados-Membros no Congresso Nacional.

c) elegem-se pelo sistema majoritário com dois suplentes.

d) possuem mandato de quatro anos, podendo ser reeleitos para um único período subsequente.

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e) não perderão o mandato se forem investidos no cargo de Ministro do Estado.

Item A – ERRADO. Segundo a Constituição, entre o Congresso Nacional, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, só este último tem competência para julgar autoridades por crime de responsabilidade. Esse processo é popularmente conhecido como “Impeachment”. Mas lembre-se de que o processo deve ser autorizado pela Câmara dos Deputados, conforme art. 51 da CF88.

Item B – ERRADO. Os Deputados Federais representam o povo,enquanto os Senadores representam os estados-membros.

Item C – ERRADO. Essa é a regra para os senadores. Os Deputados Federais são eleitos pelo sistema proporcional.

Item D – ERRADO. Não há vedação em relação à reeleição de Deputados Federais, nem Senadores.

Item E – CERTO. Esta é uma das garantias constitucionais conferidas aos parlamentares. Em relação ao item, nossa resposta está no art. 56: “Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:

I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária”

Gabarito: E.

16. (FCC - 2012 - TCE-AP - Técnico de Controle Externo) O Senado Federal tem competência privativa para

a) aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República.

b) dispor sobre a transferência temporária da sede do Governo Federal.

c) nomear os Ministros do Supremo Tribunal Federal, o Procurador-Geral da República, o Presidente e os Diretores do Banco Central, após aprovação pelo Presidente da República.

d) aprovar o estado de defesa, de sítio e a intervenção federal.

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e) permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente.

Item A – CERTO. Aprovação de autoridades indicadas pelo Presidente da República é uma das competências privativas do Senado Federal. Mas quem são essas autoridades? Vamos conferir?

III - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de:

a) Magistrados,

b) Ministros do TCU indicados pelo Presidente da República;

c) Governador de Territórios;

d) Presidente e diretores do banco central;

e) Procurador-Geral da República;

f) outros cargos que a lei determinar;

IV - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a

escolha dos chefes de missão diplomática de caráter PERMANENTE;

Item B – ERRADO. Isso é uma competência privativa do Congresso Nacional.

Item C – ERRADO. Pessoal, a banca trocou as bolas. Mas a gente não vai cair nessa! O presidente indica os nomes para o Senado Federal, que aprova ou não a indicação. Se aprovada a indicação, o Presidente nomeará a autoridade.

Item D – ERRADO. O Congresso Nacional APROVA o estado de defesa ea intervenção federal e AUTORIZA o estado de sítio (ou suspendequalquer uma dessas medidas).

Observe que essas três medidas devem ser apreciadas pelo CN, mas o momento pode variar. O estado de defesa e a intervenção federal sãoAPROVADOS pelo CN, dessa forma, o Presidente da República os decreta sem pedir autorização ao Legislativo, que só apreciará a medida depois de tomada. Por outro lado, no estado de sítio, por ser uma situação muito grave, o processo é diferente: o Presidente da República solicita autorização do Congresso Nacional antes de decretá-lo (art. 137).

Item E – ERRADO. Essa é uma competência do Presidente da República, expressa no art. 84, XXII.

Gabarito: A.

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17. (FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciário) O Senador Brutus questionou a deliberação do Senado Federal porque, segundo ele, não teria respeitado o quorum mínimo previsto no artigo 47 da Constituição Federal, prevendo expressamente que, salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas, presente a maioria absoluta de seus membros, por

a) maioria qualificada de dois terços de votos.

b) um terço dos votos.

c) maioria dos votos.

d) no mínimo os votos de doze Senadores e de três suplentes.

e) no mínimo os votos de quinze Senadores e de três suplentes.

Vamos ver o que a Constituição tem a dizer sobre isso? Vejamos o art. 47: “Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos,presente a maioria absoluta de seus membros”.

Gabarito: C.

18. (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Técnico Judiciário) José, Deputado Federal, é investido no cargo de Secretário de um determinado Estado da Federação. Nesse caso, de acordo com a Constituição Federal de 1988, José

a) perderá o mandato de Deputado Federal se permanecer no cargo de Secretário de Estado por mais de seis meses.

b) perderá o mandato de Deputado Federal independentemente do prazo que permanecer no cargo de Secretário de Estado.

c) não perderá o mandato de Deputado Federal e poderá optar pela remuneração do mandato.

d) não perderá o mandato de Deputado Federal e receberá a remuneração de Secretário de Estado.

e) poderá cumular os cargos de Deputado Federal e Secretário de Estado, optando-se por uma das remunerações estabelecidas.

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O art. 56, I traz as hipóteses em que o parlamentar poderá assumir outros cargos sem perder o seu mandato, optando pela remuneração que lhe convier: não perderá o mandato o deputado ou senador “investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária”.

Gabarito: C.

19. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário) As comissões parlamentares de inquérito são permanentes e possuem poderes para apurar fatos de relevância política, bem como para aplicar sanções.

Essa afirmação tem dois erros, conseguiram identificá-los? Primeiramente, temos que nos lembrar de que as CPIs não são comissões permanentes, elas são criadas para apurar fato certo, sendo consideradas comissões temporárias. Em relação à aplicação de sanções, o entendimento correto é de que elas não aplicam sanções,apenas elaboram um relatório, que será encaminhado ao Ministério Público ou à autoridade competente para que, este sim, promova as medidas pertinentes.

Gabarito: Errado.

20. (FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle - Jurídica) Em relação às imunidades parlamentares, a Constituição Federal estabelece que

a) a prerrogativa dos Deputados e Senadores não serem violados civil e penalmente por suas opiniões, palavras e votos, no exercício da função, é denominada imunidade material.

b) as imunidades de Deputados e Senadores são automaticamente restringidas durante a intervenção federal, o estado de defesa e o estado de sítio.

c) as imunidades formais e materiais de Deputados e Senadores somente podem ser alegadas no exercício da função e no recinto do Congresso Nacional.

d) a impossibilidade de Deputados e Senadores serem presos, desde a expedição do diploma, salvo em flagrante de crime inafiançável, é um desmembramento da imunidade material.

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e) a instauração de processo contra Deputados e Senadores, pelo Supremo Tribunal Federal, depende de autorização prévia da Casa à qual pertence o parlamentar.

Item A – CERTO. A Constituição garante aos membros do Poder Legislativo uma série de imunidades, que podem ser de dois tipos: materiais ou formais. As imunidades materiais garantem que os parlamentares são invioláveis por suas palavras, opiniões ou votos proferidos em razão da função parlamentar, no exercício e relacionados ao mandato.

Já as imunidades formais não afastam a ilicitude da conduta do parlamentar, como a imunidade material o faz. Elas apenas garantem regras especiais acerca da a) prisão dos membros do Congresso Nacional; e b) da possibilidade de suspensão dos processos criminais contra os mesmos.

Item B – ERRADO. Em regra, as imunidades parlamentares permanecem durante essas medidas. No entanto, excepcionalmente, podem ser suspensas (nunca abolidas) no estado de sítio por 2/3 dos votos da Casa respectiva e somente para atos praticados FORA do Congresso Nacional e que sejam incompatíveis com a execução do estado de sítio. Observe que nunca se poderá suspender as imunidades para atos praticados dentro do Congresso Nacional.

Item C – ERRADO. As imunidades podem ser alegadas tanto dentro quanto fora do Congresso Nacional. Uma observação importante: se o parlamentar estiver dentro do Congresso Nacional, ele terá presunção absoluta de pertinência à atividade parlamentar. Observe que isso não impede que o mesmo seja punido com base no Regimento Interno da Casa (Pet. 3.686/DF).

Item D – ERRADO. Esse é um desdobramento da imunidade formal.Vamos revisar:

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Não afasta a ilicitude da conduta (como a imunidade material o faz)

- Proteção válida desde a expedição do diploma (anterior à posse)

- Válida para crimes praticados antes ou depois da diplomação

- Parlamentares não podem ser presos salvo:

1 - Flagrante de crime inafiançável

o 24hs para enviar o processo para a Casa deliberar sobre a prisão

o Votação ABERTA e por MA (inf. STF 28/96)

o Aprovação da Casa é condição para a manutenção da prisão

2 - Decisão judicial transitada em julgado

o Não depende de deliberação da Casa

o Pode ser preso, mesmo não tendo perdido o mandato por decisão da

Casa a que pertence, nos termos do art. 55, § 2º

2) Crimes praticados ANTES da diplomação: NÃO HÁ IMUNIDADE

PROCESSUAL. O parlamentar será processado normalmente (pelo STF)

o A CASA NÃO PODE SUSTAR O PROCESSO para crimes

praticados antes da diplomação.

2) Crimes praticados APÓS a diplomação:

o Pode-se processar e julgar o parlamentar federal – não precisa de

autorização da Casa para tal

o O STF dá ciência à respectiva Casa

o A Casa pode - Iniciativa de partido político representado na Casa

SUSPENDER • A Casa não pode suspender o processo de ofício.

o processo • Deve ser provocada pelo part. pol. com rep. na Casa

- Votação aberta e quórum de MA

- Só para crimes após a diplomação

o Se suspender o processo – suspende também a prescrição enquanto durar o

mandato: Com o fim do mandato, as imunidades acabam e o ex parlamentar

poderá ser processado normalmente

o Prazo - Para que o processo seja suspenso - até a decisão final do STF

- Para a Casa julgar o pedido de suspensão do processo - 45d do

recebimento do pedido pela Mesa Diretora

OBS: aqui o prazo é para julgar o pedido de suspensão do

PROCESSO – em caso de flagrante, o prazo é de 24h!!

o Concurso - Regra: NÃO desmembra o processo se o outro réu

de Agentes (corréu) não tiver foro privilegiado. Julga tudo no STF

- Exceção: se o processo for suspenso, desmembra e julga em

separado (o processo somente pode ser suspenso para o

parlamentar)

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Item E – ERRADO. Conforme esquema acima, se o crime for praticado antes da diplomação, não há qualquer imunidade processual. Por outro lado, se o crime for praticado após a diplomação, o Supremo pode processar e julgar o parlamentar normalmente, sem a necessidade da autorização da Casa. No entanto, esta pode suspender o processo por votação aberta e maioria absoluta de seus membros.

Gabarito: A

21. (FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle - Informática) A Câmara dos Deputados tem competência privativa para

a) exercer o controle externo das contas públicas com o auxílio do Tribunal de Contas da União.

b) julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo.

c) dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno.

d) proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa.

e) determinar os limites de emissão da moeda bem como o montante da dívida mobiliária federal.

As competências privativas da Câmara dos Deputados são muito poucas! Temos que decorá-las!

I - autorizar, por 2/3 de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o

Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;

II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao

CN dentro de 60d após a abertura da sessão legislativa;

III - elaborar seu regimento interno;

IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou

extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação

da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes

orçamentárias;

V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.

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As competências I e II são as mais cobradas, pois podem ser confundidas com competências do Congresso Nacional e do Senado Federal! Essas você não pode esquecer de jeito nenhum!

Item A – ERRADO. Quem exerce o controle externo é o Congresso Nacional.

Item B – ERRADO. Congresso Nacional novamente. A Câmara dos Deputados só atuará neste sentido se o Presidente da República não apresentar suas contas em 60 dias após a abertura da Sessão Legislativa.

Item C – ERRADO. Finanças públicas é assunto para o Senado Federal,na forma do art. 52 da Constituição Federal.

Item D – CERTO. Essa sim é a nossa resposta! Está de acordo com o art. 51 da Constituição, que traz as competências privativas da Câmara dos Deputados.

Item E – ERRADO. “Finanças públicas” de novo. Isso é assunto para o Senado Federal.

Gabarito: D.

22. (FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judiciário) A fiscalização do Município será exercida

a) pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

b) pela Assembleia Legislativa do Estado mediante controle externo.

c) pelo Poder Judiciário do Estado, competindo ao juízo local exercer o controle interno.

d) pela Procuradoria Geral da República mediante controle externo.

e) pelo Tribunal de Contas da União mediante controle externo.

A fiscalização do município é exercida pela Câmara Municipal (PoderLegislativo Municipal) e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, conforme o art. 31 da CF. Apesar de incompleta, a alternativa, frente às outras, é a correta.

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Gabarito: A.

23. (FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judiciário) A prerrogativa concedida aos parlamentares para o exercício do ofício congressual, com a mais ampla liberdade de manifestação, por meio de palavras, discussão, debate e voto no Parlamento ou em uma das suas comissões, se trata da imunidade

a) material.

b) formal.

c) lógica.

d) objetiva.

e) subjetiva.

A Constituição garante aos membros do Poder Legislativo uma série de imunidades, que podem ser de dois tipos: materiais ou formais. As imunidades materiais garantem que os parlamentares são invioláveis por suas palavras, opiniões ou votos proferidos em razão da função parlamentar, no exercício e relacionados ao mandato.

Gabarito: A.

24. (FCC - 2011 - TCE-SP - Procurador) Considere o caso hipotético relatado a seguir.

Com base em lei municipal promulgada em 2004, a Câmara de Vereadores de um Município paulista efetua o pagamento de remuneração aos membros quecompareceram a sessões extraordinárias do órgão legislativo no exercício de 2010. O pagamento efetuado a esse título pela Câmara de Vereadores é

a) compatível com a Constituição da República, que permite sua realização, desde que previsto em lei.

b) incompatível com a Constituição da República, que veda o pagamento de parcela indenizatória a membro de órgão legislativo, em razão de convocação extraordinária.

c) possível, uma vez que, à época da promulgação da lei municipal, a Constituição da República autorizava o pagamento em valor equivalente, no máximo, ao subsídio mensal dos membros do Legislativo.

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d) ilícito, uma vez que a Constituição da República não contém previsão a esse respeito, de onde se depreende a impossibilidade de sua realização, em virtude do princípio da legalidade estrita em matéria administrativa.

e) compatível com a Constituição da República, da qual decorre diretamente o direito à percepção de indenização a membro do Legislativo em função de convocação extraordinária, ainda que não previsto em lei específica o pagamento.

Caso haja convocação extraordinária, não poderá haver pagamento aos parlamentares. Confira o art. 57, §§7º: “Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação.”

Gabarito: B.

25. (FCC - 2011 - TRE-AP - Técnico Judiciário) O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de

a) vinte, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de dez.

b) vinte e quatro, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de oito.

c) trinta, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de oito.

d) doze, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de seis.

e) trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.

Pessoal, essa não tem jeito. Se cair isso na sua prova, temos que estar com a regrinha na cabeça. Vamos ver como funciona:

Nas Assembleias Legislativas, a regra é termos o triplo do número de Deputados Federais. Mas esse “triplo” tem um limite! Imagine São Paulo, com 70 Deputados Federais (número definido em Lei

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Complementar, proporcional à população dos estados). Se não houvesse um limite, esse estado teria 210 Deputados Estaduais. Um pouco demais, não acha?

Então, o cálculo é feito da seguinte forma: Quando chegarmos a 12 Deputados Federais (e 36 Estaduais), ao invés de seguirmos “triplicando” esse número, vamos somando um Deputado Estadual para cada Deputado Federal. Vamos ver como fica o exemplo de São Paulo:

Deputados Federais = 70 (definido em Lei Complementar)

Até o 12º Deputado Federal, temos 36 Deputados Estaduais (12 x 3)

Do 13º ao 70º Deputado Federal, temos mais 58 Deputados Estaduais. (70-12)

Total: 70 Deputados Federais (definido em Lei Complementar)

94 Deputados Estaduais (pelo cálculo definido pela CF88: [12 x 3] + 58=94)

Gabarito: E.

26. (FCC - 2011 - Nossa Caixa Desenvolvimento - Advogado)

Compete privativamente à Câmara dos Deputados

a) autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice- Presidente da República e os Ministros de Estado.

b) processar e julgar o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Comandantes da Marinha nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles.

c) processar e julgar o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade.

d) aprovar previamente,por voto secreto,após arguição pública,a escolha de Diretores do Banco Central.

e) estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Municípios.

As competências privativas da Câmara dos Deputados são muito poucas! Temos que memorizá-las!

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I - autorizar, por 2/3 de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o

Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;

II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao

CN dentro de 60d após a abertura da sessão legislativa;

III - elaborar seu regimento interno;

IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou

extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação

da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes

orçamentárias;

V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.

As competências I e II são as mais cobradas, pois podem ser confundidas com competências do Congresso Nacional e do Senado Federal! Essas você não pode esquecer de jeito nenhum!

Item A – CERTO. Essa é a nossa resposta. Para que se processe o Presidente, Vice e os Ministros de Estado (nos crimes de responsabilidade conexos com PR e VP), só com autorização da Câmara dos Deputados.

Os demais itens são competências do Senado Federal, conforme o art. 52 da CF.

Gabarito: A.

27. (FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário) Compete privativamente ao Senado Federal

a) processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal nos crimes de responsabilidade.

b) autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República.

c) autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra os Ministros de Estado.

d) sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.

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e) apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão.

Podemos reunir grande parte das competências do Senado em trêsgrandes grupos:

1) Processar e julgar autoridades nos crimes de responsabilidade;

2) Aprovar a escolha de autoridades;

3) Dispor sobre finanças públicas.

Temos outras competências privativas no art. 52 (leia-o sempre), mas reunir esses grupos matará 90% das questões!

Item A – CERTO. Conforme explicado acima.

Itens B e C – ERRADOS. Competência privativa da Câmara dos Deputados, conforme art. 51, I da Constituição.

Item D – Quem faz isso é o Congresso Nacional! Quando o Presidente edita uma Lei Delegada que vai além dos limites da delegação concedida pelo Congresso Nacional ou um Decreto que vá além das prerrogativas de regulamentar a lei, o Congresso Nacional sustará o ato do Presidente, via Decreto Legislativo. Essa é uma competência exclusiva do CN.

Item E – Mais uma competência exclusiva do Congresso Nacional, conforme art. 49, XII.

Gabarito: A.

28. (FCC - 2011 - TJ-PE - Juiz) A disciplina constitucional das imunidades parlamentares e a sua respectiva compreensão jurisprudencial permitem afirmar:

a) A inviolabilidade parlamentar não se estende ao congressista quando, na condição de candidato a qualquer cargo eletivo, vem a ofender, moralmente, a honra de terceira pessoa, inclusive a de outros candidatos, em pronunciamento motivado por finalidade exclusivamente eleitoral, que não guarda qualquer conexão com o exercício das funções congressuais.

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b) Desde a proclamação do resultado das eleições, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável.

c) Os Deputados e Senadores, desde a proclamação do resultado das eleições, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.

d) A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares, dependerá de prévia licença da Casa respectiva, salvo em tempo de guerra.

e) As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de três quintos dos membros da Casa respectiva.

Item A – CERTO. Esse é o entendimento do STF. Em regra, as imunidades materiais garantem que os parlamentares são invioláveis por suas palavras, opiniões ou votos proferidos em razão da função parlamentar, no exercício e relacionados ao mandato. A liberdade de manifestação do pensamento e da opinião é um dos pilares para um Poder Legislativo independente. Entretanto, as imunidades materiais não alcançam manifestações de cunho político-eleitoral ou sem relação com o exercício do mandato.

Item B – ERRADO. O correto seria “desde a expedição do diploma”, conforme art. 53, §2º.

Item C – ERRADO. Pessoal, “resultado das eleições” não é prazo de início para nenhuma imunidade ou impedimento de parlamentar. Ou temos “desde a expedição do diploma” ou “desde a posse”. No caso deste item, o correto é “desde a expedição do diploma”.

Item D – ERRADO. Não há a ressalva que a questão trouxe. Na verdade, a CF88 enfatiza: “A incorporação às Forças Armadas deDeputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva”.

Item E – ERRADO. A questão só errou no quórum de aprovação para suspensão das imunidades parlamentares durante o estado de sítio. O correto é dois terços, conforme o §8º do art. 53.

Gabarito: A.

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29. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário) É certo que, dentre outras competências, cabe privativamente à Câmara dos Deputados

a) aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente.

b) avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes.

c) aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato.

d) proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa.

e) autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios.

Caros alunos, a questão trouxe uma competência privativa da Câmara dos Deputados. Todas as outras são competências privativas do Senado Federal. O número de competências privativas da CD é muito pequeno e é bem fácil memorizá-las:

I - autorizar, por 2/3 de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o

Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;

II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao

CN dentro de 60d após a abertura da sessão legislativa;

III - elaborar seu regimento interno;

IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou

extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação

da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes

orçamentárias;

V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.

Gabarito: D.

30. (FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) A exigência constitucional de que as comissões parlamentares de inquérito sejam criadas para a apuração de fato determinado e por prazo certo impede que tenham objeto genérico e duração indeterminada.

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Um dos requisitos de criação das Comissões Parlamentares de Inquérito é a apuração de fato determinado. Assim, não podem ser criadas CPIs para investigar assuntos genéricos, como a “corrupção no Brasil”. Outro requisito é o período de duração determinado. Esse período pode ser prorrogado sucessivas vezes, mas deve ser determinado. Por fim, o último requisito de criação da CPI é o requerimento de 1/3 dos membros da Casa.

Gabarito: Certo.

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VI. DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

DO CONTROLE INTERNO E EXTERNO

“Os Tribunais de Contas são órgãos vinculados ao Poder Legislativo e que o

auxiliam no controle externo da Administração Pública, sobretudo o controle

financeiro” (Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino).

Dessa forma, observe que a função de fiscalização da Administração Pública é uma função típica do Poder Legislativo. Observe o que diz a Constituição Federal:

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da

União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,

legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada,

que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores

públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações

de natureza pecuniária.

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete (...)

Da leitura desses dispositivos constitucionais, é necessária a explicação de dois termos: o primeiro é o controle interno, que nada mais é do que o controle que cada Poder deve exercer sobre si mesmo. Assim, cada Poder deve ter mecanismos para impedir que algum ato seja praticado fora da lei e também para corrigi-lo, caso seja praticado.

A CF estabelece que os três poderes manterão, de forma integrada, sistema de controle interno e que os responsáveis por ele, ao tomarem conhecimento de irregularidades devem dar ciência ao TCU, sob pena de responsabilidadeSOLIDÁRIA. Aliás, essa é uma questão bem batida em prova: caso o responsável pelo controle interno saiba de alguma irregularidade e não tome as medidas cabíveis, ele será responsabilizado solidariamente (não é subsidiariamente).

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O segundo termo é o controle externo, que é o controle exercido pelo Poder Legislativo e auxiliado pelo Tribunal de Contas da União. Esse controle engloba a fiscalização COFOP (contábil, operacional, financeira, orçamentária e patrimonial) da União e das entidades da administração direta e indireta.Observe que os Tribunais de Contas (TCs) são órgãos vinculados (e não subordinados) ao Poder Legislativo, assim, não existe nenhuma hierarquia entre os TCs e o Legislativo.

Por fim, deverá prestar contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que GAGAU (guarde, arrecade, gerencie, administre ou utilize),dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

O Tribunal de Contas da União é composto de nove ministros, tem sede no Distrito Federal e possui jurisdição em todo território nacional. Na verdade, o termo jurisdição não foi aplicado pela CF de maneira técnica, uma vez que o TCU não é um órgão do Poder Judiciário e não pode, em sentido estrito, “dizer o direito”.

Dessa forma, os atos do TCU possuem natureza administrativa e suas decisões podem ser anuladas pelo Poder Judiciário. Observe que se o Tribunal de Contas julga uma conta regular, irregular ou regular com ressalvas, o Judiciário não pode alterar o mérito desse julgamento (ex: mudar de “regular” para “irregular”). O que o Poder Judiciário pode fazer é anular os atos do TCU, em razão de algum vício ou ilegalidade por ele praticada.

Esquematizando:

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Função típica do Legislativo - Legislar

- Fiscalizar

Controle interno:

o Inerente a todo poder

o Os 3 poderes manterão, de forma integrada, sistema de controle interno

o Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de irregularidades

devem dar ciência ao TCU, sob pena de responsabilidade SOLIDÁRIA

Controle Externo:

o Feito pelo Poder Legislativo (CN)

o Auxiliado pelo TCU

o Os Tribunais de Contas são órgãos VINCULADOS ao Legislativo

Não são subordinados a ele

Não há hierarquia entre o Legislativo e os TCs

o Fiscalização contábil, orçamentária, financeira, operacional e patrimonial COFOP da

União e Administração direta e indireta

Exercida pelo CN

Mediante controle externo

Sem prejuízo do controle interno de cada Poder

Auxiliado pelo TCU

o Qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada que guarde, arrecade,

gerencie, administre ou utilize (GAGAU) $, bens e valores públicos DEVEM

PRESTAR CONTAS

Composição do TCU

o TCU - Composto por 9 ministros

- Sede: DF

- Jurisdição (*): em todo território nacional

Jurisdição

o O TCU é órgão técnico

o Não exerce jurisdição no sentido estrito: seus atos têm natureza administrativa

o TCU não integra o Judiciário

o Quando o Tribunal de Contas julga uma conta regular, regular com ressalva ou

irregular, o judiciário NÃO PODE mudar o mérito desse julgamento.

O Judiciário pode apreciar para ver se houve vícios formais/processuais no

julgamento das contas pelo TC, mas não pode mudar o mérito da decisão

do Tribunal de Contas.

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COMPOSIÇÃO DO TCU

O Tribunal de Contas da União é composto de nove ministros, que devem possuir os seguintes requisitos:

Ser brasileiro nato ou naturalizado;Ter entre 35 e 65 anos de idade;Possuir idoneidade moral e reputação ilibada;Ter notórios conhecimentos e mais de 10 anos de função que exija os conhecimentos abaixo:

o Jurídicos ouo Contábeis ouo Econômicos ouo Financeiros ouo De Administração Pública

Dois terços dos ministros do TCU, ou seja, seis ministros, são escolhidos pelo Congresso Nacional, enquanto o terço restante, ou seja três ministros, são escolhidos pelo Presidente da República, com aprovação pelo Senado Federal em voto secreto e arguição pública. O CN escolhe seus ministros livremente, porém, o Presidente deve nomear os três ministros obedecendo às seguintes regras:

Dois alternadamente dentre auditores (Ministros substitutos) e membros do Ministério Público junto ao TCU, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento;

Um de livre escolha do Presidente da República.

Uma observação importante é que os ministros do TCU adquirem a vitaliciedade com a posse e que a proporção da composição do Tribunal deve ser sempre obedecida. Assim, à medida que forem abrindo vagas, as de origem são preservadas. Exemplo: se uma vaga originária de um membro do Ministério Público do TCU for aberta, deve entrar um membro do MPTCU.

Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e são aplicadas a eles as regras de aposentadoria dos servidores públicos (art. 40 da CF).

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Já o auditor (o ministro substituto), quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal.

O MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TCU (MPjTCU)

Junto ao Tribunal de Contas da União, atua um Ministério Público “especial”, que integra a estrutura do próprio TCU. Assim, o MPjTCU não é parte do Ministério Público da União, apesar de ter os mesmos direitos, vedações e forma de investidura deste. Assim, sua Lei Orgânica deve ser de iniciativa do TCU e não do Procurador-Geral da República.

Esquematizando:

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Composição: 9 ministros

o Requisitos - Brasileiro nato ou naturalizado

- Idade: + de 35 e - de 65 anos

- Idoneidade moral e reputação ilibada

- Ter + de 10 anos de função que exija os conhecimentos abaixo

- Notórios conhecimentos - Jurídicos

- Contábeis

- Econômicos

- Financeiros

- De Administração Pública

o Escolha • 2/3 (6) – escolhidos pelo CN

• 1/3 (3) – escolhidos pelo PR • 1 auditor do TCU

Com aprovação do SF • 1 membro do MP/TCU

• 1 livre escolha do PR

o À medida que forem abrindo vagas, as de origem serão preservadas

Ex: se sai membro do MP, entra outro membro do MP

o Nomeação: PR

o Garantias - Ministros do TCU – mesmas garantias, impedimentos, prerrogativas,

vencimentos e vantagens que os Ministros do STJ

- Auditores (ministros substitutos) – mesmas garantias, impedimentos,

prerrogativas, vencimentos e vantagens que os Juízes de TRF

(desembargador federal)

o Quando estiverem substituindo o titular: Ministros do STJ

Vitaliciedade com a posse

MP junto ao TCU

o NÃO é o MPU

o Mas tem os mesmos direitos, vedações e forma de investidura

o Sua Lei Orgânica é de iniciativa do TCU e não do PGR

Lista tríplice

do TCU

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COMPETÊNCIAS DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

A Constituição Federal estabelece uma série de competências ao TCU. Eu as coloquei abaixo de uma forma mais esquematizada para facilitar o seu estudo. Lembre-se do seu salário de R$ 8.140,08 e do seu cargo de Analista Judiciário do TRT/RJ e vamos lá!

I - APRECIAR as contas do PR, mediante parecer prévio em 60 d a contar de seu recebimento;

II - JULGAR as contas dos demais que mexeram em $ público

- Quem julga as contas do chefe do executivo é sempre o Poder Legislativo

- Os TCs apenas apreciam as contas do chefe do executivo

- Os TCs julgam as demais contas

Observe que existem dois tipos de contas: as contas do Presidente da República (chefe do executivo) e as “contas dos administradores”.

o As contas do Presidente da República sofrem um julgamento político pelo Congresso Nacional, após apreciadas pelo TCU. Assim, observe o raciocínio:

1. O Presidente presta contas ao Congresso Nacional até 60 dias do início da sessão legislativa;

2. O TCU APRECIA essas contas e emite um parecer prévio.Assim, o TCU não “julga” e sim “aprecia” as contas do Presidente e o Congresso Nacional não tem que obedecer ao parecer prévio emitido pelo TCU.

3. O Congresso Nacional JULGA as contas do Presidente da República.

o São JULGADAS pelo Tribunal de Contas da União as “contas dos administradores” (administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público).

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III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título,

na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,

excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de

aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o

fundamento legal do ato concessório;

IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato

cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

X - SUSTAR, se não atendido, a execução do ATO impugnado, comunicando a decisão à Câmara

dos Deputados e ao Senado Federal;

- ATOS: o TCU só pode sustar ATOS ADMINISTRATIVOS.

- CONTRATOS: o CN é quem sustará o CONTRATO e solicitará ao Executivo as

medidas cabíveis

• Verificada irregularidade em CONTRATO adm, o TCU deve dar ciência ao CN

para que este determine a sustação do contrato e solicite ao Executivo as medidas

cabíveis

• Se o CN ou Executivo ficarem inertes: o TCU decidirá a respeito (90d)

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão

técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza (COFOP) contábil, financeira,

orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo,

Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União

participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo,

ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estados, DF ou Município;

VII - prestar as informações solicitadas pelo CN, por qualquer de suas Casas ou Comissões, sobre a

fiscalização COFOP e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as

sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano

causado ao erário;

XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

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OUTRAS OBSERVAÇÕES SOBRE O TCU

1. O TCU NÃO pode determinar a quebra do sigilo bancário de seus jurisdicionados (MS 22.801) e também não pode alterar determinações de decisão judicial transitada em julgado (inf. 561 STF).

2. São assegurados contraditório e ampla defesa em todos os processos no TCU salvo na apreciação de legalidade da concessão INICIAL de aposentadoria, reforma e pensão (Súmula Vinculante 3).

3. O TCU pode apreciar a constitucionalidade das leis no exercício de suas funções. Observe que a Corte de Contas somente pode fazer o controle difuso/concreto de constitucionalidade e sempre pela maioria absoluta dos votos, obedecendo a cláusula de reserva de plenário prevista no artigo 97 da CF. lembre-se de que o TCU não faz controleconcentrado de constitucionalidade, sendo este, competência exclusiva do STF.

4. O TCU pode determinar medidas cautelares para garantir a eficácia de suas decisões. Exemplo: o TCU pode expedir uma cautelar para suspender uma licitação que esteja sendo investigada pelo Tribunal.

5. As decisões do TCU que imputarem débito ou multa têm eficácia de título executivo EXTRA JUDUDICIAL, uma vez que não foi emitido por um órgão do Poder Judiciário (lembrando que o TCU não pertence ao Judiciário).

6. O TCU encaminha relatório de suas atividades trimestralmente eanualmente.

7. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato pode denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o TCU. No entanto, este não pode manter o sigilo do autor da denúncia (MS 24.405/DF).Assim, caso haja uma denúncia ao Tribunal, este pode apreciar e manter o sigilo do autor durante o processo. Mas, ao final do mesmo, o Tribunal deve revelar o autor da denúncia.

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“TIPOS” DE TRIBUNAIS DE CONTAS

Existem vários “tipos” de Tribunais de Contas, cada um com a sua finalidade, competência e jurisdição próprias. Assim, observe os quatro tipos de TCs existentes (as siglas podem varia de acordo com o autor):

1. Tribunal de Contas da União (TCU): órgão da União estudado até agora.

2. Tribunais de Contas Estaduais (TCEs): os TCEs julgam as contas referentes ao respectivo Estado e, quando não houver Tribunais de Contas dos Municípios, julgam também as contas dos seus municípios. Dessa forma, ele é um órgão estadual (ou distrital) responsável pela fiscalização financeira dos Estados (ou Distrito Federal) e, regra geral, dos municípios nele situados;

Os Tribunais de Contas Estaduais são compostos por 7 Conselheiros:4 escolhidos pela Assembleia Legislativa e 3 Escolhidos pelo Governador (1 auditor do TCE, 1 membro do Ministério Público do TCE e 1 de livrenomeação do governador).

Por fim, no que couber, as regras ao TCU se aplicam aos TCs Estaduais, do DF e dos Tribunais e Conselhos de contas dos Municípios.

3. Tribunais de Contas dos Municípios (TC dos M): para que o TCE não fique sobrecarregado, opcionalmente, pode ser criado um órgão ESTADUAL que julga as contas de todos os municípios do seu estado. Assim, o TCE julga as contas do estado, enquanto o Tribunal de Contasdos Municípios (órgão estadual) julga as contas municípios do estado.

Assim, os TC dos M (existentes em Estados como Ceará, Bahia e Goiás) são órgãos estaduais competentes para a fiscalização financeira de todos os municípios do Estado.

4. Tribunais de Contas Municipais (TCM): por fim, temos o TCM, que é um órgão municipal competente para a fiscalização financeira do município. A Constituição Federal veda a criação de novos TCMs(órgãos municipais), mas manteve os que já existiam. Dessa forma, existem apenas dois TCMs: de São Paulo e do Rio de Janeiro.

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Mas Roberto, se os municípios não possuem Tribunais de Contas, como é

então o controle externo em seu âmbito?

CONTROLE EXTERNO NOS MUNICÍPIOS (ART. 31)

A resposta já está acima, mas para ficar mais claro, vamos refrisar: oLegislativo municipal exerce o controle externo do município, auxiliado pelos Tribunais de Contas Estaduais, Tribunais de Contas dos Municípios (órgão estadual) ou pelos Tribunais de Contas Municipais (órgão municipal), onde houver. Lembre-se que é vedada a criação de novos Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.

Deve ainda haver sistemas de controle interno do Executivo Municipal, na forma da lei e é a Câmara Municipal quem julga as contas do prefeito, após emitido o parecer prévio do TCE / TC dos M / TCM. No entanto, existe uma diferença quanto à obrigatoriedade do parecer prévio: como vimos, nas esferas federal e estadual, o Poder Legislativo não é obrigado a obedecer o parecer prévio emitido pela Corte de Contas competente. No entanto, na esfera municipal, o parecer prévio só deixará de prevalecer por decisão de 2/3 da Câmara Municipal.

Esquematizando:

Outras observações:

o O TCU não pode - Determinar a quebra do sigilo bancário (MS 22.801)

- Alterar determinações de decisão judicial transitada em

julgado (inf. 561 STF)

o Súmula Vinculante nº 3 – contraditório e ampla defesa no TCU

São assegurados contraditório e ampla defesa em todos os processos no TCU

salvo na apreciação de legalidade da concessão INICIAL de aposentadoria,

reforma e pensão.

o Controle de constitucionalidade pelo TCU

TCU pode apreciar a constitucionalidade das leis no exercício de suas funções

Pode fazer controle constitucionalidade DIFUSO por MA dos votos

Pode declarar lei inconstitucional, mas só no caso concreto

Não pode fazer controle de constitucionalidade abstrato (só o STF o faz)

o Medidas cautelares: O TCU pode determinar medidas cautelares

o Eficácia das decisões: As decisões do TCU que imputarem débito ou multa têm eficácia de

título executivo (EXTRA JUDUDICIAL)

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o Relatório de atividades: O TCU encaminha relatório de suas atividades trimestralmente E

anualmente

o Denúncias: Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato pode denunciar

irregularidades ou ilegalidades perante o TCU

O TCU não pode manter o sigilo do autor da denúncia (MS 24.405/DF)

Tipos de Tribunais de Contas

1. TCU

2. Tribunais de Contas Estaduais (TCE)

o Julgam as contas do Estado e, quando não houver TC dos M, dos seus municípios também.

o Ou seja, ele é órgão estadual (ou distrital) responsável pela fiscalização financeira dos

Estados (ou Distrito Federal) e, regra geral, dos Municípios nele situados;

o No que couber, as regras ao TCU se aplicam aos TCs Estaduais, do DF e dos Tribunais e

Conselhos de contas dos Municípios

o TCE: 7 Conselheiros - 4 escolhidos pela Assembleia Legislativa

- 3 Escolhidos pelo Gov - 1 auditor do TCE

- 1 MP do TCE

- 1 livre

3. Tribunais de Contas dos Municípios (TC dos M)

o Órgão ESTADUAL e que julga as contas de todos os municípios do seu estado (para que

o TCE não fique sobrecarregado)

o Os TC dos M (existentes em Estados como Ceará, Bahia e Goiás) são órgãos estaduais

competentes para a fiscalização financeira de todos os municípios do Estado

4. Tribunais de Contas Municipais (TCM):

o Órgão municipal competente para a fiscalização financeira do município.

o Vedado criação de novos TCMs (órgãos municipais)

Os que existiam ficam (SP e RJ), mas não pode criar mais

(OBS as siglas podem variar dependendo do autor)

Controle externo nos municípios (art. 31)

o O Legislativo municipal exerce o controle - TCE

externo do município, auxiliado pelos - TC dos M

- TCM, onde houver

o Deve haver sistemas de controle interno do Executivo Municipal, na forma da lei.

o É a Câmara Municipal que julga as contas do prefeito, após emitido o parecer prévio do TCE / TC

dos M / TCM. Mas este só deixará de prevalecer por decisão de 2/3 da Câmara Municipal.

o É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.

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EXERCÍCIOS

31. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os requisitos presentes nos itens abaixo:

I. mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos de idade.

II. idoneidade moral e reputação ilibada.

III. notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública.

IV. mais de quinze anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados no item III.

Está correto o que consta APENAS em

a) I e II.

b) I e III.

c) II e IV.

d) II e III.

e) III e IV.

Essa questão exigiu a memorização dos requisitos impostos para a nomeação de Ministros do TCU! Vamos ver todos? O Ministro do TCU deve:

Ser brasileiro nato ou naturalizado;Ter entre 35 e 65 anos de idade;Possuir idoneidade moral e reputação ilibada;Ter notórios conhecimentos e mais de 10 anos de função que exija os conhecimentos abaixo:

o Jurídicos ouo Contábeis ouo Econômicos ouo Financeiros ouo De Administração Pública

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Gabarito: D.

32. (FCC - 2012 - TCE-AM - Analista de Controle Externo) Considerando a disciplina constitucional do Tribunal de Contas da União, é correto afirmar que

a) o Tribunal de Contas da União não é órgão integrante do Poder Judiciário, em que pese tenha entre as suas atribuições a de julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta federal.

b) é vedado ao Tribunal de Contas da União aplicar sanções aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, uma vez que essa competência é exclusiva dos Juízes Federais em razão do princípio do devido processo legal.

c) é inconstitucional, por violação ao princípio da separação de poderes, decisão proferida pelo Tribunal de Contas da União fixando prazo para que órgão federal adote as providências necessárias ao cumprimento da lei, se verificada ilegalidade de despesa.

d) não estão sujeitos à fiscalização do Tribunal de Contas da União, os recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, visto que apenas poderão ser fiscalizados pelo Supremo Tribunal Federal.

e) compete apenas ao Presidente da República e a Juiz Federal sustar a execução de contrato firmado pela Administração Pública federal com ilegalidade de despesa, ouvido o Tribunal de Contas da União.

Item A – CERTO. O Tribunal de Contas da União, apesar do nome, não integra o Judiciário. Ele é vinculado ao Legislativo, sendo o órgão que auxilia o Congresso Nacional na sua função fiscalizadora. Julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta federal é uma de suas principais atividades.

Item B – ERRADO. O TCU possui competência para “aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário” (art. 71, VIII).

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Item C – ERRADO. Este item cobrou o conhecimento do inciso IX do art. 71. A Corte de Contas pode assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade.

Item D – ERRADO. Outra cobrança de literalidade! Importante a revisão periódica dos incisos do art. 71. Aqui, o inciso VI foi contraditado pelo item.

Item E – ERRADO. Essa informação está entre as mais cobradas pela FCC: “No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis”. Este é o §1º do art. 71 (muito importante!).

Gabarito: A.

33. (FCC - 2012 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário) Segundo a Constituição Federal brasileira, considere:

I. Julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta.

II. Apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal, na administração direta e indireta.

III. Realizar inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos poderes da União.

IV. Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União.

Constitui finalidade do controle interno dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, o que consta em

a) IV, apenas.

b) II e III, apenas.

c) I, II, III e IV.

d) I e III, apenas.

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e) II, apenas.

Existe uma grande diferença entre o controle interno e o externo! No âmbito interno, cada Poder terá seu sistema de controle, com a finalidade de controlar a aplicação de seus recursos (art. 74). Já o controle externo é exercido pelo Legislativo (inclusive sobre os demais Poderes), com o auxílio da Corte de Contas (art. 71). Vamos analisar os itens:

Item I – ERRADO. Isso é controle externo. No âmbito do controle interno, não há “julgamentos de contas” (art. 71, II).

Item II – ERRADO. Outra atividade do controle externo (art 71, III). As admissões e aposentadorias dos três Poderes são apreciadas pelo TCU.

Item III – ERRADO. Nessa assertiva, já ficou mais nítido o controle externo (art. 72, IV), com a afirmação de que as auditorias serão realizadas nos poderes da União. O controle interno só atua em órgãos e entidades integrantes do respectivo Poder.

Item IV – CERTO. Finalmente, uma atividade dos órgãos de controle interno dos poderes da União (art. 74, III).

Gabarito: A.

34. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial da União compete ao

a) Tribunal de Contas da União, que integra a estrutura do Poder Legislativo, sendo-lhe, portanto, subordinado hierarquicamente.

b) Congresso Nacional, com auxílio do Tribunal de Contas da União, excluída deste a apreciação das contas apresentadas pelo Presidente da República, que são submetidas ao Supremo Tribunal Federal.

c) Tribunal de Contas da União, excluída a apreciação da legalidade dos atos de admissão de pessoal, exclusivamente fiscalizados pelo Congresso Nacional.

d) Congresso Nacional, com auxílio do Tribunal de Contas da União, que pode aplicar sanções legalmente previstas aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas.

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e) Tribunal de Contas da União, ao qual compete propor, em caráter exclusivo, a realização de auditorias de natureza contábil e financeira.

Item A – ERRADO. A competência para exercer o controle externo não é do TCU, mas sim do Congresso Nacional! O Tribunal de Contas da União é vinculado ao Legislativo e auxilia o Congresso Nacional, mas não podemos considerar a Corte de Contas como órgão subordinado ao Legislativo. Informações importantes!

Item B – ERRADO. Nada disso! As contas do Presidente da República são apreciadas pelo TCU, que oferecerá parecer prévio. O julgamentofinal é proferido pelo Congresso Nacional.

Item C – ERRADO. O TCU, órgão auxiliar do Congresso Nacional, aprecia os atos de admissão de pessoal, aferindo sua legalidade. Veja no art. 71, III.

Item D – CERTO. Perfeito, segundo o art. 71. Veja o caput e o inciso VIII.

Item E – ERRADO. Mais uma vez: o titular da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União é o Congresso Nacional, e não o TCU! Não caia nessa armadilha! Além disso, as auditorias de natureza COFOP podem ser solicitadas pelo TCU, Câmara dos Deputados, Senado Federal e por Comissão técnica ou de inquérito.

Gabarito: D.

35. (FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário) Considerando que Anastácio, Santiago, Eric, Roberto e Pompeu ocupam respectivamente os cargos de Senador, Advogado, Defensor Público, Juiz de Tribunal Regional Federal e Prefeito Municipal, é certo que Péricles na qualidade de auditor do Tribunal de Contas da União, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as do cargo de

a) Anastácio.

b) Santiago.

c) Eric.

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d) Pompeu.

e) Roberto.

Essa é simples. Funciona assim: no TCU, temos os nove Ministros e quatro Auditores (que são, de fato, Ministros substitutos). A eles são garantidas prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens idênticos aos de autoridades do Judiciário (art. 73, §3º). Quais são?

Ministro do TCU –> Ministro do STJ

Auditor (Ministro substituto) -> Juiz de Tribunal Regional Federal

O Auditor, exercendo normalmente suas funções, terá as mesmas prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens de um Juiz do TRF. Ao substituir um Ministro do TCU, ele ganha um “upgrade” para se equivalerem às do titular (as mesmas de um Ministro do STJ).

Gabarito: E.

36. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) De acordo com a Constituição Federal, o controle interno exercido no âmbito de cada Poder, alcança

a) avaliação do cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual e, entre outras finalidades, a aplicação dos recursos públicos por entidades privadas.

b) controle da legalidade, eficácia e eficiência da atuação administrativa, afastados os atos de mera execução orçamentária e gestão patrimonial.

c) avaliação das metas previstas no Plano Plurianual, bem como dos atos de execução orçamentária, afastados os relativos a operações de crédito e garantias.

d) exclusivamente o controle de legalidade dos atos da Administração direta e indireta.

e) exclusivamente o controle de execução orçamentária e gestão patrimonial, no que diz respeito à legalidade e economicidade.

Item A – CERTO. É isso mesmo. Cumprimento de metas do PPA e aplicação dos recursos públicos por entidades privadas são atividades de controle interno (art. 74, I e II, respectivamente).

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Item B – ERRADO. O problema está na parte excluída pelo item. Os atos de execução orçamentária e gestão patrimonial se incluem no rol de atividades inerentes ao controle interno (art. 74, II).

Item C – ERRADO. As operações de crédito e as concessões de garantia também são objeto de avaliação no âmbito do controle interno (art. 74, III).

Item D – ERRADO. A estrita legalidade não é o único parâmetro considerado pelos órgãos de controle interno. A legitimidade e a economicidade também serão consideradas (art. 70).

Item E – ERRADO. O item deixou de fora as entidades de direito privado que aplicam recursos públicos, citadas no art. 74, II.

Gabarito: A.

37. (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário) A empresa EIOATVO firmou contrato administrativo com a União Federal para o fornecimento de tijolos para específica obra pública, que será executada em determinada Penitenciária Federal. Havendo provas de fraude na licitação, o Congresso Nacional sustou o contrato e solicitou, de imediato, que o Poder Executivo tomasse as medidas cabíveis, que, apesar de decorridos mais de noventa dias, não tomou medida alguma, cabendo, então, a decisão ao

a) Supremo Tribunal Federal.

b) Senado Federal.

c) Tribunal de Contas da União.

d) Diretor da Penitenciária.

e) Presidente da República.

Sabemos que, no caso de contrato, o ato de sustação cabe ao Congresso Nacional, que solicitará as providências ao Poder Executivo (art. 71, §1º). Mas o que acontece se houver inércia de algum desses órgãos? Transcorridos noventa dias sem a efetivação da sustação, caberá ao próprio TCU decidir a respeito (art. 71, §2º)

Gabarito: C.

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38. (FCC - 2011 - PGE-MT – Procurador) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual a Constituição da República atribui competência originária para julgar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, em sessenta dias a contar de seu recebimento.

Essa atribuição é do Congresso Nacional, conforme art. 49, IX. Observe que existem dois tipos de contas: as contas do Presidente da República (chefe do executivo) e as “contas dos administradores”.

o As contas do Presidente da República sofrem um julgamento político pelo Congresso Nacional, após apreciadas pelo TCU. Assim, observe o raciocínio:

1. O Presidente presta contas ao Congresso Nacional até 60 dias do início da sessão legislativa;

2. O TCU APRECIA essas contas e emite um parecer prévio.Assim, o TCU não julga e sim aprecia as contas do Presidente e o Congresso Nacional não tem que obedecer ao parecer prévio emitido pelo TCU.

3. O Congresso Nacional JULGA as contas do Presidente da República.

o São JULGADAS pelo Tribunal de Contas da União as “contas dos administradores” (administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público).

Gabarito: Errado.

39. (FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle - Jurídica) De acordo com a Constituição Federal, a decisão do Tribunal de Contas que concluir pela ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas

a) aplicará aos responsáveis as penalidades previstas na legislação de improbidade administrativa, inclusive a perda de cargo ou função pública.

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b) dependerá, para sua eficácia, de homologação pelo Congresso Nacional ou Assembleia Legislativa, conforme o caso.

c) aplicará aos responsáveis, entre outras sanções previstas em lei, multa proporcional ao dano causado ao erário, a qual possui eficácia de título executivo.

d) condenará os responsáveis à devolução dos valores auferidos ilicitamente, bem como aplicará multa cominatória, dependendo, para sua eficácia, de aforamento de ação de improbidade pelo Ministério Público.

e) aplicará aos responsáveis as sanções previstas em lei, que incluem a perda dos valores auferidos ilicitamente, multa cominatória, estas com eficácia imediata, e perda do cargo ou função pública, esta sujeita à homologação judicial.

De acordo com o art. 71, § 3º: “As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo(extrajudicial).”

Gabarito: C.

40. (FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) No julgamento do Mandado de Segurança no 24.423 (Rel. Min. Gilmar Mendes, julg. 10/9/2008, publ. DJE 20/2/2009), o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, entendeu não possuir o Tribunal de Contas da União (TCU) competência para fiscalizar atos supostamente irregulares na gestão de empresa estatal integrante da administração indireta do Distrito Federal, com capital pertencente à União (49%) e ao Distrito Federal (51%). Nessa hipótese, a decisão do STF

a) fere a Constituição da República, porque esta atribui ao TCU competência para fiscalizar qualquer pessoa que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

b) é incompatível com a Constituição da República, no ponto em que prevê expressamente competência do TCU para julgar contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público.

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c) não alcança a competência do TCU para realizar, por iniciativa própria, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, quanto às ações de que a União for titular.

d) desconsidera a previsão da Constituição da República segundo a qual o TCU possui competência para fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União a órgãos e entidades integrantes da administração direta e indireta de Estados, Municípios e Distrito Federal.

e) é compatível com a Constituição da República, tendo preservado a autonomia do ente da federação e a competência que é atribuída à sua Corte de Contas para a fiscalização financeira de atos de entidade integrante de sua administração.

Senhores, essa questão (aparentemente difícil) cobrou o MS 24.423,julgado pelo STF. Vamos pensar um pouco: não tem como o STF errar, ou decidir de forma inconstitucional, não é verdade? Assim, já matamos as letras A. B e D.

A letra C está errada e a E certa, pois o órgão responsável é o TCDF e não o TCU.

Gabarito: E.

41. (FCC - 2011 - PGE-MT – Procurador) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual a Constituição da República atribui competência originária para fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados à União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres.

Na verdade, o TCU fiscaliza a aplicação dos recursos repassados PELAUnião aos estados, DF e municípios. Observe o art. 71, VI: “Compete ao TCU: VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município”

Gabarito: Errado.

42. (FCC - 2011 - MPE-CE - Promotor de Justiça) O controle externo da Administração Pública, na esfera federal, compete ao Congresso Nacional, que o exercerá com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual a Constituição da República atribui competências próprias de fiscalização, bem

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como para aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei.

A questão é ótima para revisarmos dois conceitos:

a) o titular do controle externo é o Congresso Nacional e o Tribunal de Contas da União o auxilia;

b) a Constituição deu ao TCU várias atribuições próprias de fiscalização, que pode, inclusive, aplicar sanções aos responsáveis por contas ou despesas irregulares.

Gabarito: Certo.

43. (FCC - 2011 - TRE-AP - Técnico Judiciário) No que se refere à fiscalização contábil, financeira e orçamentária é certo que, o auditor, quando em substituição a Ministro do Tribunal de Contas, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de

a) Juiz de Tribunal Regional Eleitoral.

b) Juiz de Tribunal Regional Federal.

c) Advogado Geral da União.

d) Procurador da República.

e) Juiz de Tribunal de Justiça de Estado.

Essa é a cópia do art. 73, § 4º da CF. Lembre-se do esquema:

o Garantias - Ministros do TCU – mesmas garantias, impedimentos, prerrogativas,

vencimentos e vantagens que os Ministros do STJ

- Auditores (ministros substitutos) – mesmas garantias, impedimentos,

prerrogativas, vencimentos e vantagens que os Juízes de TRF

(desembargador federal)

o Quando estiverem substituindo o titular: Ministros do STJ

Vitaliciedade com a posse

Gabarito: B.

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44. (FCC - 2011 - PGE-MT – Procurador) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual a Constituição da República atribui competência originária para sustar a execução de contrato, se verificada ilegalidade, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.

Quem possui a competência para sustar os CONTRATOSadministrativos, caso haja irregularidades é o Congresso Nacional, conforme o art. 71, § 1º: “No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.”

Observe que o TCU somente pode sustar ATOS administrativos,comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, mas não pode sustar contratos.

Gabarito: Errado.

45. (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário) A empresa JJPTO Ltda. firmou contrato administrativo com a União, após participar de processo de licitação fraudulento do qual saiu vencedora, para o fornecimento de cartuchos de tintas para as impressoras das repartições públicas. Segundo a Constituição Federal, no caso desse contrato, o ato de sustação será adotado

a) diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

b) pelo Tribunal de Contas da União, mediante controle interno, que solicitará, de imediato, ao Congresso Nacional as medidas cabíveis.

c) pelo Tribunal de Contas da União, mediante controle externo, que, após prestar informações ao Poder Executivo, solicitará ao Congresso Nacional as medidas cabíveis.

d) diretamente pelo Tribunal de Contas da União, que, após prestar informações ao Poder Executivo, solicitará ao Poder Judiciário as medidas cabíveis.

e) diretamente pelo Tribunal de Contas da União, que, após prestar informações ao Poder Legislativo, solicitará ao Poder Judiciário as medidas cabíveis.

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Conforme o art. 71, § 1º. Está lembrado? O TCU susta ATO e o Congresso Nacional susta CONTRATO.

Gabarito: A.

46. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário) Dois terços dos Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos pelo

a) Supremo Tribunal Federal.

b) Presidente do Senado Federal.

c) Presidente da República.

d) Presidente do Supremo Tribunal Federal.

e) Congresso Nacional.

Conforme o art. 73, § 2º, II. Vamos revisar:

Composição do TCU: 9 ministros

o Requisitos - Brasileiro nato ou naturalizado

- Idade: + de 35 e - de 65 anos

- Idoneidade moral e reputação ilibada

- Ter + de 10 anos de função que exija os conhecimentos abaixo

- Notórios conhecimentos - Jurídicos

- Contábeis

- Econômicos

- Financeiros

- De Administração Pública

o Escolha • 2/3 (6) – escolhidos pelo CN

• 1/3 (3) – escolhidos pelo PR • 1 auditor do TCU

Com aprovação do SF • 1 membro do MP/TCU

• 1 livre escolha do PR

o À medida que forem abrindo vagas, as de origem serão preservadas

Ex: se sai membro do MP, entra outro membro do MP

Gabarito: E.

47. (FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das

Lista tríplice

do TCU

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entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida, mediante controle externo, pelo

a) Ministro da Justiça.

b) Advogado Geral da União.

c) Chefe da Casa Civil.

d) Supremo Tribunal Federal.

e) Congresso Nacional.

Lembre-se de que o titular do controle externo é o Congresso Nacional e o Tribunal de Contas da União é um órgão AUXILIAR do CN nessa atribuição.

Gabarito: E.

48. (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Técnico Judiciário) Em relação aos indícios de despesas não autorizadas e entendendo o Tribunal de Contas da União irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá sua sustação ao

a) Presidente do Tribunal de Contas da União.

b) Presidente da República.

c) Congresso Nacional.

d) Superior Tribunal de Justiça.

e) Supremo Tribunal Federal.

Mais uma vez, nossa querida FCC cobrando a cópia da letra da CF. Observe o art. 72, § 2º: “Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.”

Gabarito: C.

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49. (FCC - 2011 - PGE-MT – Procurador) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual a Constituição da República atribui competência originária para apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, bem como as nomeações para cargo de provimento em comissão.

Realmente, o controle externo é exercido pelo Congresso Nacional, auxiliado pelo TCU. No entanto, conforme art. 71, III, compete ao TCU: “apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, EXCETUADAS AS NOMEAÇÕES PARA CARGO DE PROVIMENTO EM COMISSÃO, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.”

Gabarito: Errado.

50. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário) No tocante ao Tribunal de Contas da União, é correto afirmar que:

a) É integrado por onze Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional.

b) As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa deverão ser submetidas ao crivo do Congresso Nacional em sessão legislativa por ambas as Casas, sendo que a decisão do Senado Federal terá eficácia de título executivo.

c) O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, semestralmente, relatório de suas atividades.

d) No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

e) O auditor, quando em substituição a Ministro não terá as mesmas garantias e impedimentos do titular.

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Item A – ERRADO. O TCU é composto por 9 ministros e não 11. O restante está correto.

Item B – ERRADO. As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo, não precisando passar pelo crivo do Congresso Nacional.

Item C – ERRADO. O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades.

Item D – CERTO. Vamos revisar uma das competências do TCU:

X - SUSTAR, se não atendido, a execução do ATO impugnado, comunicando a decisão à Câmara

dos Deputados e ao Senado Federal;

- ATOS: o TCU só pode sustar ATOS ADMINISTRATIVOS.

- CONTRATOS: o CN é quem sustará o CONTRATO e solicitará ao Executivo as

medidas cabíveis

• Verificada irregularidade em CONTRATO adm, o TCU deve dar ciência ao CN

para que este determine a sustação do contrato e solicite ao Executivo as medidas

cabíveis

• Se o CN ou Executivo ficarem inertes: o TCU decidirá a respeito (90d)

Item E – ERRADO. O erro está na palavrinha “não”. O auditor, quando em substituição a Ministro terá as mesmas garantias e impedimentos do titular.

Gabarito: D

51. (FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Fisioterapia) Em relação à fiscalização contábil, financeira e orçamentária, é certo que o controle externo a cargo do Congresso Nacional será exercido com o auxílioa) do Tribunal de Contas da União.b) dos órgãos de controle interno de toda a federação.c) da Controladoria-Geral da União, dos Estados e Municípios.d) dos Conselhos de Contas e demais órgãos de controle interno.e) dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal.

Essa estava de graça, não é pessoal? A Titularidade do controle externo é do Congresso Nacional e o TCU é um órgão auxiliar do CN nessa atividade.

Gabarito: A.

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Meus caros Analistas Judiciários do TRT/RJ, chegamos ao final de nossa aulade hoje. Continuem firmes e estudem de maneira simples, procurando entender o espírito das normas e não apenas decorando informações. Lembre-se que A SIMPLICIDADE É O GRAU MÁXIMO DA SOFISTICAÇÃO(Leonardo da Vinci).

Espero que todos vocês tenham muito SUCESSO nessa jornada, que é bastante trabalhosa, mas extremamente gratificante!

Abraços a todos e até a próxima aula.

Roberto Troncoso

Se você acha que pode ou se você acha que não

pode, de qualquer maneira, você tem razão.

(Henry Ford)

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VII. QUESTÕES DA AULA

PODER LEGISLATIVO

1. (FCC - 2012 - TRF - 5ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Considere as seguintes situações hipotéticas:

I. Vera, Senadora, perdeu seu mandato uma vez que praticou procedimento declarado incompatível com o decoro parlamentar.

II. Fabiola, Senadora, perdeu seu mandato porque sofreu condenação criminal em sentença transitada em julgado.

III. Gustavo, Senador, perdeu seu mandato porque teve suspenso seus direitos políticos.

IV. Isabella, Senadora, perdeu seu mandato porque deixou de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da respectiva Casa.

De acordo com a Constituição Federal brasileira, a perda do mandato será decidida pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa, nas hipóteses indicadas APENAS em

a) I, II e III.

b) III e IV.

c) I e II.

d) II, III e IV.

e) I e IV.

2. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Camargo, Carlos, Caruso, Cassio e Cardoso exercem respectivamente os cargos de Presidente do Supremo Tribunal Federal, Vice-Presidente da República, Presidente do Senado Federal, Presidente da Câmara dos Deputados e Presidente da República. A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo

a) Caruso.

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b) Carlos.

c) Camargo.

d) Cardoso.

e) Cassio.

3. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Ibson é advogado regularmente inscrito na OAB-RJ e é eleito Deputado Federal. Ibson NÃO perderá o seu cargo, de acordo com a Constituição Federal de 1988, se

a) patrocinar, desde a sua posse, causa em que já seja interessada empresa pública estadual.

b) exercer, desde a sua posse, função remunerada em empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público.

c) exercer, desde a expedição do seu diploma, cargo remunerado, com possibilidade de demissão ad nutum, em sociedade de economia mista.

d) deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, sem autorização, à quarta parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer.

e) for titular de mais de um cargo público eletivo, a partir da sua posse.

4. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário) Os Senadores representam os Estados e o Distrito Federal e possuem mandato de oito anos, embora a legislatura do Congresso Nacional dure, apenas, quatro anos.

5. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário) O Congresso Nacional reúne-se, anualmente, na Capital Federal, de 2 de janeiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.

6. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário) Os Deputados Federais representam o povo e possuem mandato de quatro anos, embora a legislatura do Congresso Nacional dure oito anos

7. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário) A convocação extraordinária do Congresso Nacional será feita pelo Presidente da Câmara dos Deputados em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal.

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8. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) Considere as seguintesassertivas a respeito do Congresso Nacional:

I. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.

II. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre a transferência temporária da sede do Governo Federal.

III. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre a fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas.

IV. Compete privativamente ao Senado Federal autorizar, por um terço de seus membros, a instauração de processo contra os Ministros de Estado.

De acordo com a Constituição Federal brasileira, está correto o que consta APENAS em

a) I, II e IV.

b) II, III e IV.

c) I, II e III.

d) II e III.

e) I e IV.

9. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) João, Senador da República, em tempo de guerra, foi convocado a se incorporar ao Exército. Segundo a Constituição Federal brasileira, sua incorporação às Forças Armadas

a) será deferida pelo Presidente da República, que o licenciará do cargo de Senador.

b) é automática em tempo de guerra, bastando a mera convocação do Exército.

c) depende de prévia licença do Senado Federal.

d) será analisada e deferida pelo Vice-Presidente da República, competindo ao Presidente da República conceder-lhe prévia licença do cargo de Senador.

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e) depende de prévia análise da Câmara dos Deputados, após autorização do Presidente da República.

10. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) José é Presidente do Supremo Tribunal Federal, Olavo é Presidente do Senado Federal, Claudio é Procurador-Geral da República, Samarco é Presidente do Superior Tribunal de Justiça e Santiago é Advogado-Geral da União. Nesse sentido, a convocação extraordinária do Congresso Nacional, em regra, far-se-á pelo

a) José, em caso de intervenção federal.

b) Olavo, para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República.

c) Claudio, em caso de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio.

d) Santiago, em caso de urgência ou interesse público relevante, com a aprovação da maioria simples de cada uma das Casas do Congresso Nacional.

e) Samarco, em caso de urgência ou interesse público relevante, com a aprovação da maioria simples de cada uma das Casas do Congresso Nacional.

11. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) Cabe exclusivamente ao Congresso Nacional, independentemente de sanção do Presidente da República,

a) resolver sobre plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado.

b) dispor sobre sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas.

c) resolver sobre os limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União.

d) dispor definitivamente sobre incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas.

e) resolver definitivamente sobre atos internacionais que acarretem compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

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12. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle) É competência exclusiva do Congresso Nacional

a) julgar o Presidente da República em caso de crime de responsabilidade.

b) aprovar, após arguição pública, a escolha de Ministro do Supremo Tribunal Federal.

c) fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado.

d) dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno.

e) conceder indultos e comutar penas.

13. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) Compete privativamente à Câmara dos Deputados

a) eleger membros do Conselho da República, sendo que dele participam seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.

b) aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de Magistrados, nos casos estabelecidos na Constituição Federal, Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República, Presidente e diretores do Banco Central e Procurador-Geral da República.

c) processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade.

d) aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente e autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

e) fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para omontante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e dispor sobre limites globais e condições para as operações de

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crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

14. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) Olimpio perdeu o mandato de Deputado Federal porque exercia cumulativamente função remunerada em pessoa jurídica de direito público, o que lhe era vedado pela Constituição Federal desde

a) a candidatura.

b) a posse.

c) a expedição do diploma.

d) seis meses antes das eleições.

e) doze meses antes das eleições.

15. (FCC - 2012 - TCE-AP - Técnico de Controle Externo) Os Deputados Federais

a) julgam processo de impeachment contra o Presidente da República.

b) são eleitos por suas bases estaduais, na medida em que devem representar os interesses federativos de seus Estados-Membros no Congresso Nacional.

c) elegem-se pelo sistema majoritário com dois suplentes.

d) possuem mandato de quatro anos, podendo ser reeleitos para um único período subsequente.

e) não perderão o mandato se forem investidos no cargo de Ministro do Estado.

16. (FCC - 2012 - TCE-AP - Técnico de Controle Externo) O Senado Federal tem competência privativa para

a) aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República.

b) dispor sobre a transferência temporária da sede do Governo Federal.

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c) nomear os Ministros do Supremo Tribunal Federal, o Procurador-Geral da República, o Presidente e os Diretores do Banco Central, após aprovação pelo Presidente da República.

d) aprovar o estado de defesa, de sítio e a intervenção federal.

e) permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente.

17. (FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciário) O Senador Brutus questionou a deliberação do Senado Federal porque, segundo ele, não teria respeitado o quorum mínimo previsto no artigo 47 da Constituição Federal, prevendo expressamente que, salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas, presente a maioria absoluta de seus membros, por

a) maioria qualificada de dois terços de votos.

b) um terço dos votos.

c) maioria dos votos.

d) no mínimo os votos de doze Senadores e de três suplentes.

e) no mínimo os votos de quinze Senadores e de três suplentes.

18. (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Técnico Judiciário) José, Deputado Federal, é investido no cargo de Secretário de um determinado Estado da Federação. Nesse caso, de acordo com a Constituição Federal de 1988, José

a) perderá o mandato de Deputado Federal se permanecer no cargo de Secretário de Estado por mais de seis meses.

b) perderá o mandato de Deputado Federal independentemente do prazo que permanecer no cargo de Secretário de Estado.

c) não perderá o mandato de Deputado Federal e poderá optar pela remuneração do mandato.

d) não perderá o mandato de Deputado Federal e receberá a remuneração de Secretário de Estado.

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e) poderá cumular os cargos de Deputado Federal e Secretário de Estado, optando-se por uma das remunerações estabelecidas.

19. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário) As comissões parlamentares de inquérito são permanentes e possuem poderes para apurar fatos de relevância política, bem como para aplicar sanções.

20. (FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle - Jurídica) Em relação às imunidades parlamentares, a Constituição Federal estabelece que

a) a prerrogativa dos Deputados e Senadores não serem violados civil e penalmente por suas opiniões, palavras e votos, no exercício da função, é denominada imunidade material.

b) as imunidades de Deputados e Senadores são automaticamente restringidas durante a intervenção federal, o estado de defesa e o estado de sítio.

c) as imunidades formais e materiais de Deputados e Senadores somente podem ser alegadas no exercício da função e no recinto do Congresso Nacional.

d) a impossibilidade de Deputados e Senadores serem presos, desde a expedição do diploma, salvo em flagrante de crime inafiançável, é um desmembramento da imunidade material.

e) a instauração de processo contra Deputados e Senadores, pelo Supremo Tribunal Federal, depende de autorização prévia da Casa à qual pertence oparlamentar.

21. (FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle - Informática) A Câmara dos Deputados tem competência privativa para

a) exercer o controle externo das contas públicas com o auxílio do Tribunal de Contas da União.

b) julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo.

c) dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno.

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d) proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa.

e) determinar os limites de emissão da moeda bem como o montante da dívida mobiliária federal.

22. (FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judiciário) A fiscalização do Município será exercida

a) pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

b) pela Assembleia Legislativa do Estado mediante controle externo.

c) pelo Poder Judiciário do Estado, competindo ao juízo local exercer o controle interno.

d) pela Procuradoria Geral da República mediante controle externo.

e) pelo Tribunal de Contas da União mediante controle externo.

23. (FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judiciário) A prerrogativa concedida aos parlamentares para o exercício do ofício congressual, com a mais ampla liberdade de manifestação, por meio de palavras, discussão, debate e voto no Parlamento ou em uma das suas comissões, se trata da imunidade

a) material.

b) formal.

c) lógica.

d) objetiva.

e) subjetiva.

24. (FCC - 2011 - TCE-SP - Procurador) Considere o caso hipotético relatado a seguir.

Com base em lei municipal promulgada em 2004, a Câmara de Vereadores de um Município paulista efetua o pagamento de remuneração aos membros quecompareceram a sessões extraordinárias do órgão legislativo no exercício de 2010. O pagamento efetuado a esse título pela Câmara de Vereadores é

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a) compatível com a Constituição da República, que permite sua realização, desde que previsto em lei.

b) incompatível com a Constituição da República, que veda o pagamento de parcela indenizatória a membro de órgão legislativo, em razão de convocação extraordinária.

c) possível, uma vez que, à época da promulgação da lei municipal, a Constituição da República autorizava o pagamento em valor equivalente, no máximo, ao subsídio mensal dos membros do Legislativo.

d) ilícito, uma vez que a Constituição da República não contém previsão a esse respeito, de onde se depreende a impossibilidade de sua realização, em virtude do princípio da legalidade estrita em matéria administrativa.

e) compatível com a Constituição da República, da qual decorre diretamente o direito à percepção de indenização a membro do Legislativo em função de convocação extraordinária, ainda que não previsto em lei específica o pagamento.

25. (FCC - 2011 - TRE-AP - Técnico Judiciário) O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de

a) vinte, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de dez.

b) vinte e quatro, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de oito.

c) trinta, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de oito.

d) doze, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de seis.

e) trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.

26. (FCC - 2011 - Nossa Caixa Desenvolvimento - Advogado)

Compete privativamente à Câmara dos Deputados

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a) autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice- Presidente da República e os Ministros de Estado.

b) processar e julgar o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Comandantes da Marinha nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles.

c) processar e julgar o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade.

d) aprovar previamente,por voto secreto,após arguição pública,a escolha de Diretores do Banco Central.

e) estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Municípios.

27. (FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário) Compete privativamente ao Senado Federal

a) processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal nos crimes de responsabilidade.

b) autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República.

c) autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra os Ministros de Estado.

d) sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.

e) apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão.

28. (FCC - 2011 - TJ-PE - Juiz) A disciplina constitucional das imunidades parlamentares e a sua respectiva compreensão jurisprudencial permitem afirmar:

a) A inviolabilidade parlamentar não se estende ao congressista quando, na condição de candidato a qualquer cargo eletivo, vem a ofender, moralmente, a honra de terceira pessoa, inclusive a de outros candidatos, em pronunciamento motivado por finalidade exclusivamente eleitoral, que não guarda qualquer conexão com o exercício das funções congressuais.

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b) Desde a proclamação do resultado das eleições, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável.

c) Os Deputados e Senadores, desde a proclamação do resultado das eleições, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.

d) A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares, dependerá de prévia licença da Casa respectiva, salvo em tempo de guerra.

e) As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de três quintos dos membros da Casa respectiva.

29. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário) É certo que, dentre outras competências, cabe privativamente à Câmara dos Deputados

a) aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente.

b) avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes.

c) aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato.

d) proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa.

e) autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios.

30. (FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) A exigência constitucional de que as comissões parlamentares de inquérito sejam criadas para a apuração de fato determinado e por prazo certo impede que tenham objeto genérico e duração indeterminada.

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TCU

31. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os requisitos presentes nos itens abaixo:

I. mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos de idade.

II. idoneidade moral e reputação ilibada.

III. notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública.

IV. mais de quinze anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados no item III.

Está correto o que consta APENAS em

a) I e II.

b) I e III.

c) II e IV.

d) II e III.

e) III e IV.

32. (FCC - 2012 - TCE-AM - Analista de Controle Externo) Considerando a disciplina constitucional do Tribunal de Contas da União, é correto afirmar que

a) o Tribunal de Contas da União não é órgão integrante do Poder Judiciário, em que pese tenha entre as suas atribuições a de julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta federal.

b) é vedado ao Tribunal de Contas da União aplicar sanções aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, uma vez que essa competência é exclusiva dos Juízes Federais em razão do princípio do devido processo legal.

c) é inconstitucional, por violação ao princípio da separação de poderes, decisão proferida pelo Tribunal de Contas da União fixando prazo para que

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órgão federal adote as providências necessárias ao cumprimento da lei, se verificada ilegalidade de despesa.

d) não estão sujeitos à fiscalização do Tribunal de Contas da União, os recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, visto que apenas poderão ser fiscalizados pelo Supremo Tribunal Federal.

e) compete apenas ao Presidente da República e a Juiz Federal sustar a execução de contrato firmado pela Administração Pública federal com ilegalidade de despesa, ouvido o Tribunal de Contas da União.

33. (FCC - 2012 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário) Segundo a Constituição Federal brasileira, considere:

I. Julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta.

II. Apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal, na administração direta e indireta.

III. Realizar inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos poderes da União.

IV. Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União.

Constitui finalidade do controle interno dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, o que consta em

a) IV, apenas.

b) II e III, apenas.

c) I, II, III e IV.

d) I e III, apenas.

e) II, apenas.

34. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial da União compete ao

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a) Tribunal de Contas da União, que integra a estrutura do Poder Legislativo, sendo-lhe, portanto, subordinado hierarquicamente.

b) Congresso Nacional, com auxílio do Tribunal de Contas da União, excluída deste a apreciação das contas apresentadas pelo Presidente da República, que são submetidas ao Supremo Tribunal Federal.

c) Tribunal de Contas da União, excluída a apreciação da legalidade dos atos de admissão de pessoal, exclusivamente fiscalizados pelo Congresso Nacional.

d) Congresso Nacional, com auxílio do Tribunal de Contas da União, que pode aplicar sanções legalmente previstas aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas.

e) Tribunal de Contas da União, ao qual compete propor, em caráter exclusivo, a realização de auditorias de natureza contábil e financeira.

35. (FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário) Considerando que Anastácio, Santiago, Eric, Roberto e Pompeu ocupam respectivamente os cargos de Senador, Advogado, Defensor Público, Juiz de Tribunal Regional Federal e Prefeito Municipal, é certo que Péricles na qualidade de auditor do Tribunal de Contas da União, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as do cargo de

a) Anastácio.

b) Santiago.

c) Eric.

d) Pompeu.

e) Roberto.

36. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) De acordo com a Constituição Federal, o controle interno exercido no âmbito de cada Poder, alcança

a) avaliação do cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual e, entre outras finalidades, a aplicação dos recursos públicos por entidades privadas.

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b) controle da legalidade, eficácia e eficiência da atuação administrativa, afastados os atos de mera execução orçamentária e gestão patrimonial.

c) avaliação das metas previstas no Plano Plurianual, bem como dos atos de execução orçamentária, afastados os relativos a operações de crédito e garantias.

d) exclusivamente o controle de legalidade dos atos da Administração direta e indireta.

e) exclusivamente o controle de execução orçamentária e gestão patrimonial, no que diz respeito à legalidade e economicidade.

37. (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário) A empresa EIOATVO firmou contrato administrativo com a União Federal para o fornecimento detijolos para específica obra pública, que será executada em determinada Penitenciária Federal. Havendo provas de fraude na licitação, o Congresso Nacional sustou o contrato e solicitou, de imediato, que o Poder Executivo tomasse as medidas cabíveis, que, apesar de decorridos mais de noventa dias, não tomou medida alguma, cabendo, então, a decisão ao

a) Supremo Tribunal Federal.

b) Senado Federal.

c) Tribunal de Contas da União.

d) Diretor da Penitenciária.

e) Presidente da República.

38. (FCC - 2011 - PGE-MT – Procurador) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual a Constituição da República atribui competência originária para julgar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, em sessenta dias a contar de seu recebimento.

39. (FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle - Jurídica) De acordo com a Constituição Federal, a decisão do Tribunal de Contas que concluir pela ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas

a) aplicará aos responsáveis as penalidades previstas na legislação de improbidade administrativa, inclusive a perda de cargo ou função pública.

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b) dependerá, para sua eficácia, de homologação pelo Congresso Nacional ou Assembleia Legislativa, conforme o caso.

c) aplicará aos responsáveis, entre outras sanções previstas em lei, multa proporcional ao dano causado ao erário, a qual possui eficácia de título executivo.

d) condenará os responsáveis à devolução dos valores auferidos ilicitamente, bem como aplicará multa cominatória, dependendo, para sua eficácia, de aforamento de ação de improbidade pelo Ministério Público.

e) aplicará aos responsáveis as sanções previstas em lei, que incluem a perda dos valores auferidos ilicitamente, multa cominatória, estas com eficácia imediata, e perda do cargo ou função pública, esta sujeita à homologação judicial.

40. (FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) No julgamento do Mandado de Segurança no 24.423 (Rel. Min. Gilmar Mendes, julg. 10/9/2008, publ. DJE 20/2/2009), o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, entendeu não possuir o Tribunal de Contas da União (TCU) competência para fiscalizar atos supostamente irregulares na gestão de empresa estatal integrante da administração indireta do Distrito Federal, com capital pertencente à União (49%) e ao Distrito Federal (51%). Nessa hipótese, a decisão do STF

a) fere a Constituição da República, porque esta atribui ao TCU competência para fiscalizar qualquer pessoa que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

b) é incompatível com a Constituição da República, no ponto em que prevê expressamente competência do TCU para julgar contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público.

c) não alcança a competência do TCU para realizar, por iniciativa própria, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, quanto às ações de que a União for titular.

d) desconsidera a previsão da Constituição da República segundo a qual o TCU possui competência para fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos

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repassados pela União a órgãos e entidades integrantes da administração direta e indireta de Estados, Municípios e Distrito Federal.

e) é compatível com a Constituição da República, tendo preservado a autonomia do ente da federação e a competência que é atribuída à sua Corte de Contas para a fiscalização financeira de atos de entidade integrante de sua administração.

41. (FCC - 2011 - PGE-MT – Procurador) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual a Constituição da República atribui competência originária para fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados à União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres.

42. (FCC - 2011 - MPE-CE - Promotor de Justiça) O controle externo da Administração Pública, na esfera federal, compete ao Congresso Nacional, que o exercerá com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual a Constituição da República atribui competências próprias de fiscalização, bem como para aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei.

43. (FCC - 2011 - TRE-AP - Técnico Judiciário) No que se refere à fiscalização contábil, financeira e orçamentária é certo que, o auditor, quando em substituição a Ministro do Tribunal de Contas, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de

a) Juiz de Tribunal Regional Eleitoral.

b) Juiz de Tribunal Regional Federal.

c) Advogado Geral da União.

d) Procurador da República.

e) Juiz de Tribunal de Justiça de Estado.

44. (FCC - 2011 - PGE-MT – Procurador) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual a Constituição da República atribui competência originária para sustar a execução de contrato, se verificada ilegalidade, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.

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45. (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário) A empresa JJPTO Ltda. firmou contrato administrativo com a União, após participar de processo de licitação fraudulento do qual saiu vencedora, para o fornecimento de cartuchos de tintas para as impressoras das repartições públicas. Segundo a Constituição Federal, no caso desse contrato, o ato de sustação será adotado

a) diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

b) pelo Tribunal de Contas da União, mediante controle interno, que solicitará, de imediato, ao Congresso Nacional as medidas cabíveis.

c) pelo Tribunal de Contas da União, mediante controle externo, que, após prestar informações ao Poder Executivo, solicitará ao Congresso Nacional as medidas cabíveis.

d) diretamente pelo Tribunal de Contas da União, que, após prestar informações ao Poder Executivo, solicitará ao Poder Judiciário as medidas cabíveis.

e) diretamente pelo Tribunal de Contas da União, que, após prestar informações ao Poder Legislativo, solicitará ao Poder Judiciário as medidas cabíveis.

46. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário) Dois terços dos Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos pelo

a) Supremo Tribunal Federal.

b) Presidente do Senado Federal.

c) Presidente da República.

d) Presidente do Supremo Tribunal Federal.

e) Congresso Nacional.

47. (FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida, mediante controle externo, pelo

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a) Ministro da Justiça.

b) Advogado Geral da União.

c) Chefe da Casa Civil.

d) Supremo Tribunal Federal.

e) Congresso Nacional.

48. (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Técnico Judiciário) Em relação aos indícios de despesas não autorizadas e entendendo o Tribunal de Contas da União irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá sua sustação ao

a) Presidente do Tribunal de Contas da União.

b) Presidente da República.

c) Congresso Nacional.

d) Superior Tribunal de Justiça.

e) Supremo Tribunal Federal.

49. (FCC - 2011 - PGE-MT – Procurador) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual a Constituição da República atribui competência originária para apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, bem como as nomeações para cargo de provimento em comissão.

50. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário) No tocante ao Tribunal de Contas da União, é correto afirmar que:

a) É integrado por onze Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional.

b) As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa deverão ser submetidas ao crivo do Congresso Nacional em sessão legislativa por ambas as Casas, sendo que a decisão do Senado Federal terá eficácia de título executivo.

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c) O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, semestralmente, relatório de suas atividades.

d) No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

e) O auditor, quando em substituição a Ministro não terá as mesmas garantias e impedimentos do titular.

51. (FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Fisioterapia) Em relação à fiscalização contábil, financeira e orçamentária, é certo que o controle externo a cargo do Congresso Nacional será exercido com o auxílio

a) do Tribunal de Contas da União.

b) dos órgãos de controle interno de toda a federação.

c) da Controladoria-Geral da União, dos Estados e Municípios.

d) dos Conselhos de Contas e demais órgãos de controle interno.

e) dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal.

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VIII. GABARITO

Poder Legislativo

1. C 2. A 3. D 4. C 5. E 6. E 7. E 8. C 9. C 10.B

11.E 12.C 13.A 14.C 15.E 16.A 17.C 18.C 19.E 20.A

21.D 22.A 23.A 24.B 25.E 26.A 27.A 28.A 29.D 30.C

Fiscalização COFOP

31.D 32.A 33.A 34.D 35.E 36.A 37.C 38.E 39.C 40.E

41.E 42.C 43.B 44.E 45.A 46.E 47.E 48.C 49.E 50.D

51.A

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IX. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

MENDES, Gilmar Ferreira e BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva

LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva

MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Ed. Átlas

PAULO, Vicente e ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional Descomplicado. Ed. Impetus

CRUZ, Vítor. 1001 questões Comentadas Direito Constitucional. Questões do Ponto (ebook)

www.stf.jus.br

www.cespe.unb.br

http://www.esaf.fazenda.gov.br/

http://www.fcc.org.br/institucional/

www.consulplan.net

http://www.concursosfmp.com.br

http://www.fujb.ufrj.br