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PACOTE P/ AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL (EXERCÍCIOS) 1 Prof. Marcelo Aragão www.pontodosconcursos.com.br Olá pessoal, A aula de hoje versará sobre os seguintes assuntos: - Testes. - Utilização de trabalhos da auditoria interna. - Uso de trabalhos técnicos de especialistas. - Eventos subsequentes. - Relatórios de Auditoria. TESTES DE AUDITORIA O estudo acerca dos testes de auditoria deve abranger os procedimentos básicos de auditoria, conforme a NBC TA 500, a classificação dos procedimentos em testes de controles e substantivos e ainda um pouco sobre testes de auditoria em áreas específicas das demonstrações contábeis. TESTES DE CONTROLES E SUBSTANTIVOS 1) (SEFAZ/SP/ESAF/2009) Os testes de observância têm por objeto de análise: a) as contas patrimoniais e de resultado. b) os procedimentos de controle de custos adotados pela administração. c) as contas patrimoniais, apenas. d) os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração. e) as contas de resultado, apenas. SOLUÇÃO: A doutrina especializada classifica os procedimentos de auditoria, segundo os seus objetivos, em testes de observância ou de controles e testes substantivos ou de detalhes. Os testes de observância ou de controles visam à obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento. Conforme nos ensina Silvio Aparecido Crepaldi, destinam-se a provar a credibilidade dos procedimentos de controles da empresa, e não o registro correto das transações. Por exemplo, o auditor pode verificar que o empregado de contas a pagar aprovou cada fatura para codificação de contas; esse teste relativo à aprovação constitui um teste de observância e não se levará em

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Olá pessoal,

A aula de hoje versará sobre os seguintes assuntos:

- Testes.

- Utilização de trabalhos da auditoria interna.

- Uso de trabalhos técnicos de especialistas.

- Eventos subsequentes.

- Relatórios de Auditoria.

TESTES DE AUDITORIA

O estudo acerca dos testes de auditoria deve abranger os procedimentos

básicos de auditoria, conforme a NBC TA 500, a classificação dos

procedimentos em testes de controles e substantivos e ainda um pouco sobre

testes de auditoria em áreas específicas das demonstrações contábeis.

TESTES DE CONTROLES E SUBSTANTIVOS

1) (SEFAZ/SP/ESAF/2009) Os testes de observância têm por objeto de análise: a) as contas patrimoniais e de resultado. b) os procedimentos de controle de custos adotados pela administração. c) as contas patrimoniais, apenas. d) os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração. e) as contas de resultado, apenas. SOLUÇÃO: A doutrina especializada classifica os procedimentos de auditoria,

segundo os seus objetivos, em testes de observância ou de controles e testes

substantivos ou de detalhes.

Os testes de observância ou de controles visam à obtenção de

razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos

pela administração estão em efetivo funcionamento.

Conforme nos ensina Silvio Aparecido Crepaldi, destinam-se a provar a

credibilidade dos procedimentos de controles da empresa, e não o registro

correto das transações. Por exemplo, o auditor pode verificar que o empregado

de contas a pagar aprovou cada fatura para codificação de contas; esse teste

relativo à aprovação constitui um teste de observância e não se levará em

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conta se a codificação das faturas é uma realidade concreta. O teste de

correção da codificação seria um teste substantivo.

A aferição da efetividade dos diversos controles internos é de grande

relevância para que o auditor possa dimensionar a natureza e o escopo

(extensão e profundidade) dos testes substantivos a serem realizados.

Os testes substantivos ou de detalhes são procedimentos de

auditoria que visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e

validade dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade. Assim, os

testes substantivos propiciam ao auditor obter evidência acerca da validade de

um lançamento contábil e de uma divulgação nas demonstrações contábeis ou

da exatidão do saldo de uma conta.

Ao contrário dos testes de controles, que podem ou não ser realizados

pela auditoria, os testes substantivos devem sempre ser realizados, pois

constituem o núcleo da realização dos trabalhos de auditoria.

A questão refere-se ao objeto da análise dos testes de observância.

Portanto, a alternativa “d” é a correta. Vale notar que as alternativas “a”, “c” e

“e” correspondem a objetos dos testes substantivos, pois visam a examinar a

validade do saldo de contas.

OBSERVAÇÃO: A NBC TA 500, norma do CFC atualmente em vigor sobre obtenção de evidências de auditoria, classifica os procedimentos de auditoria das demonstrações contábeis, de acordo com os seus objetivos, nas seguintes categorias: � Procedimentos de avaliação de riscos; e � Procedimentos adicionais de auditoria, divididos em: � testes de controles ou de observância; e � testes ou procedimentos substantivos, inclusive testes de detalhes

de saldos e transações e procedimentos analíticos substantivos.

2) (ICMS/SP/FCC/2009) Os testes substantivos de auditoria dividem-se em testes de (A) observância e testes de circularização de saldos. (B) observância e testes de amostragem estatística. (C) amostragem estatística e procedimentos de revisão analítica. (D) eventos subsequentes e testes de transações e saldos. (E) transações e saldos e procedimentos de revisão analítica.

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SOLUÇÃO: Os testes substantivos subdividem-se em: a) procedimentos de

revisão analítica e b) testes de detalhes de saldos e transações.

Procedimentos de revisão analítica correspondem a uma modalidade de

testes substantivos de elementos econômico-financeiros por meio de análise e

comparação do relacionamento entre eles.

Os procedimentos de revisão analítica envolvem o cálculo e a utilização

de índices financeiros simples, inclusive análise vertical de demonstrações,

comparação de quantias reais com dados históricos ou orçados e utilização de

modelos matemáticos e estatísticos, tal com análise de regressão. Os últimos

podem contemplar a utilização tanto de dados financeiros como não-

financeiros (quantidade de empregados, por exemplo).

De acordo com Crepaldi, se os procedimentos de revisão analítica

acusarem variações inesperadas no relacionamento entre os elementos, ou a

existência de flutuações que seriam esperadas, ou ainda outras alterações de

origem inusitada, suas causas devem ser investigadas se o auditor as julgar

como indícios de anormalidades com significativa influência no resultado do

seu exame.

Em outras palavras, a execução dos procedimentos de revisão analítica

poderá indicar a necessidade de procedimentos adicionais ou a redução de

outros. Se o auditor, durante a revisão analítica, não obtiver informações

objetivas suficientes para dirimir as questões suscitadas, deve efetuar

verificações adicionais, aplicando novos procedimentos de auditoria, até

alcançar conclusões satisfatórias.

Procedimentos de revisão analítica por si só podem não ser suficientes

para que o auditor chegue a uma conclusão segura sobre as afirmações

contidas nas demonstrações, sendo necessários testes detalhados de saldos e

transações.

Testes de detalhes de saldos envolvem o exame da fundamentação do

saldo final diretamente – confirmando o saldo final de contas a receber

diretamente com o cliente, por exemplo.

Testes de detalhes de transações envolvem o exame de documentos que

suportam o lançamento de transações específicas em determinadas contas.

Nesse caso, a técnica utilizada é a inspeção de documentos e registros.

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Os tipos de testes substantivos são complementares. A extensão da

utilização de cada tipo depende da conta em análise e de fatores tais como

eficácia e custo relativos.

Pelo exposto, verifica-se que o gabarito da questão é a letra “E”. Os

testes substantivos de auditoria dividem-se em testes de transações e saldos e

procedimentos de revisão analítica.

3) (ICMS/SP/FCC/2009) Os procedimentos de auditoria que têm por finalidade obter evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados gerados pelo sistema de contabilidade da entidade são denominados testes (A) de controle. (B) de observância. (C) substantivos. (D) de evidência. (E) de aderência.

SOLUÇÃO: Os procedimentos de auditoria que têm por finalidade obter

evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados gerados pelo

sistema de contabilidade da entidade são denominados testes substantivos. O

gabarito é a letra “C”.

4) (AFRE/MG/ESAF/2005/Com adaptações) Assinale a opção incorreta quanto aos objetivos do auditor na aplicação dos testes substantivos. a) Existência / direitos e obrigações / ocorrência. b) Abrangência / avaliação / mensuração. c) Mensuração / direitos e obrigações / relevância. d) Ocorrência / avaliação / divulgação. e) Apresentação e divulgação / abrangência / existência.

SOLUÇÃO: Em auditoria contábil, os testes substantivos são procedimentos de

auditoria que visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e

validade dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade.

O objetivo dos testes substantivos é que o auditor certifique-se da

correção de um ou mais dos seguintes pontos:

a) existência – se o componente patrimonial existe em certa data;

b) direitos e obrigações – se efetivamente existentes em certa

data;

c) ocorrência – se a transação (de receitas e despesas) de fato ocorreu durante determinado período;

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d) abrangência (integridade) – se todas as transações estão

registradas; e

e) mensuração, apresentação e divulgação – se os itens estão avaliados, divulgados, classificados e descritos de acordo com os

Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras de

Contabilidade.

Na questão em análise, repare que a alternativa “c” inclui um aspecto

que não corresponde a um desses objetivos, que é a relevância, constituindo,

portanto, o gabarito da questão.

5) (AUDITOR/MG/CESPE/2008) Na aplicação dos testes substantivos, o auditor deve objetivar determinadas conclusões, entre as quais inclui-se a A) abrangência, isto é, se o que está registrado de fato existe e se está correto. B) verificação da efetividade dos controles internos. C) efetiva ocorrência de uma transação. D) avaliação patrimonial atualizada, com base na sistemática de correção monetária vigente. E) existência dos direitos e obrigações que integram o patrimônio em algum momento do período transcorrido. SOLUÇÃO: Analisando os itens da questão, verifica-se que a alternativa mais

correta e adequada aos termos da norma é a “C”, uma vez que uma das

possíveis conclusões em testes substantivos é a efetiva ocorrência de uma

transação.

A alternativa “A” está incorreta, haja vista que a abrangência

corresponde a se todas as transações estão registradas.

A alternativa “B” corresponde a uma possível conclusão em testes de

observância e não substantivos.

A alternativa “D” está incorreta. De fato, a avaliação ou mensuração dos

itens patrimoniais constitui um objetivo dos testes substantivos, mas não a

avaliação patrimonial atualizada com base em sistemática de correção

monetária.

Por fim, a alternativa “E” apresenta incorreção, pois sua redação não

está totalmente aderente aos termos da norma, qual seja: “Direitos e

obrigações – se efetivamente existentes em certa data”. A data seria a das

demonstrações contábeis, geralmente, 31 de dezembro.

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6) (ICMS/SP/FCC/2009) Quando o auditor verifica se o valor do documento que suporta o lançamento contábil foi efetivamente o valor registrado, ele objetiva a conclusão de (A) existência. (B) ocorrência. (C) mensuração. (D) avaliação. (E) materialidade.

SOLUÇÃO: A conclusão sobre a adequação do valor, de acordo com os

princípios de contabilidade, corresponde ao aspecto da mensuração. Contudo,

repare que a letra “d” também estaria correta à luz da doutrina, pois também

se refere ao valor ou a quantia adequadamente registrada e divulgada nas

demonstrações contábeis. A letra “c” foi considerada a única correta, em

função da literalidade do texto da norma do CFC vigente quando da prova para

o ICMS SP: a NBC T 11. A questão poderia ser questionada mediante recurso.

7) (AFRFB/ESAF/2009) A empresa Evolution S.A. comprou novo sistema de faturamento para registro de suas vendas. A auditoria externa realizou testes para confirmar se todas as operações de vendas, efetivamente, haviam sido registradas na contabilidade. Esse procedimento tem como objetivo confirmar a: a) existência. b) abrangência. c) mensuração. d) ocorrência. e) divulgação.

SOLUÇÃO: Quando o auditor aplica testes ou procedimentos para verificar se

todas as transações relativas a uma área ou conta estão registradas na

contabilidade ele está procedendo à verificação de abrangência ou integridade.

A letra “b” é a correta.

8) Aponte qual a opção que corresponde a um teste substantivo em auditoria contábil A) verificação da existência de prévia requisição de material do estoque. B) confirmação de atesto em nota fiscal, pelo setor ou pessoa responsável. C) verificação da competência e confiabilidade de certos gerentes e empregados envolvidos no processamento de transações de pagamentos.

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D) determinação de que contas a receber encontram-se adequadamente identificadas e classificadas por tipo e período de recebimento esperado. E) confirmação de que saldos bancários são sujeitos a conciliação periódica independente.

SOLUÇÃO: Um procedimento de auditoria qualificado como teste de controle

visa tão somente avaliar se existem riscos de distorções relevantes nas

demonstrações contábeis, decorrentes de um ambiente de controle inadequado

ou do não cumprimento de uma norma de procedimento da empresa. Reparem

que as alternativas A, B, C e E referem-se a testes de controles. Cabe ressaltar

que um teste de controle pode revelar um risco de distorção relevante, mas

não uma evidência de distorção.

A única alternativa que corresponde a um teste substantivo é a D, pois

determinar se contas a receber encontram-se adequadamente identificadas e

classificadas por tipo e período de recebimento esperado refere-se a um teste

de apresentação e divulgação das demonstrações contábeis. Como resultado

desse teste, o auditor poderia concluir que as contas a receber não estão

adequadamente identificadas e classificadas nas demonstrações, o que

caracterizaria uma distorção.

9) (AUDITOR/TCE/AL/FCC/2008) Os testes de observância em auditoria têm como objetivo a (A) conferência dos cálculos de depreciação dos equipamentos. (B) avaliação do comportamento de itens significativos através de índices, quocientes e variações absolutas. (C) confirmação sobre o valor dos créditos a receber contabilizados pela entidade. (D) contagem física dos estoques. (E) avaliação dos controles internos da entidade.

SOLUÇÃO: Os testes de observância ou de controles têm como objetivo a

avaliação dos controles internos da entidade. O gabarito é a letra E. As demais

alternativas tratam de procedimentos substantivos, seja mediante revisão

analítica ou testes de detalhes.

10) No contexto de uma auditoria de demonstrações contábeis, testes substantivos são procedimentos de auditoria que: A) podem ser eliminados sob certas circunstâncias. B) são desenhados especificamente para descobrir eventos subsequentes significativos.

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C) podem tomar a forma de testes de transações, testes de saldos ou testes analíticos. D) aumentarão proporcionalmente com o risco de detecção aceito pelo auditor. E) são realizados para fornecer evidências sobre a eficácia do desenho e da operação das políticas e procedimentos da estrutura de controles internos.

SOLUÇÃO: Testes substantivos são procedimentos de auditoria que podem

tomar a forma de testes de transações, testes de saldos ou testes analíticos. A

alternativa correta é a C.

Na letra A, sob quaisquer circunstâncias, o auditor não pode deixar de

aplicar testes substantivos.

Na letra B, os testes substantivos são desenhados para fornecer

evidência sobre a adequação de cada afirmação significativa que consta das

demonstrações ou podem revelar a existência de erros ou fraudes na

contabilização ou divulgação de transações e saldos.

Na letra D, mais evidências são necessárias para atingir um nível

aceitável baixo de risco de detecção que um nível alto. Portanto, há relação

inversa entre risco de detecção e a extensão dos testes substantivos e a

quantidade de evidência.

Na letra E, os testes de controles é que são realizados para fornecer

evidências sobre a eficácia do desenho e da operação das políticas e

procedimentos da estrutura de controles internos.

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA: INSPEÇÃO, OBSERVAÇÃO, CONFIRMAÇÃO, CÁLCULO, INDAGAÇÃO, REEXECUÇÃO E PROCEDIMENTOS ANALÍTICOS

11) (TCE/RS/FMP/2011) Acerca dos procedimentos de auditoria, assinale a alternativa correta. A) o cálculo envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade. B) a inspeção, como procedimento de auditoria envolve o exame de registros ou documentos internos ou externos. C) a confirmação, como procedimento de auditoria, envolve o exame de registros ou documentos somente externos.

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D) a observação é ideal, quando o auditor deseja obter evidência sobre como ocorrerá a execução de determinado processo ou procedimento. E) não é permitido ao auditor combinar procedimentos de auditoria entre si, dado que, uma vez obtidas as evidências, elas são suficientes por si sós. SOLUÇÃO: De acordo com a NBC TA 500, os procedimentos de auditoria são

os seguintes:

• Inspeção ��� envolve o exame de registros ou documentos, internos ou

externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias,

ou o exame físico de um ativo. Exemplos: análise de faturas de vendas expedidas pela entidade; inspeção e contagem do estoque da entidade.

• Observação ��� consiste no exame de processo ou procedimento

executado por outros, por exemplo, a observação pelo auditor da

contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da execução de

atividades de controle. A observação fornece evidência de auditoria a

respeito da execução de processo ou procedimento, mas é limitada ao

ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo fato de que o ato de

ser observado pode afetar a maneira como o processo ou procedimento

é executado.

Exemplo: acompanhamento/observação do processo de inventário físico dos bens do ativo imobilizado.

• Confirmação externa ��� uma confirmação externa representa evidência

de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro (a

parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra

mídia. Exemplo: o auditor solicita que a administração da entidade auditada expeça uma carta a devedores solicitando que confirmem aos auditores o valor que estão devendo em determinada data.

• Recálculo ��� consiste na verificação da exatidão matemática de

documentos ou registros. O recálculo pode ser realizado manual ou

eletronicamente.

Exemplo: o auditor procede a novo cálculo acerca da provisão para devedores duvidosos e compara com os cálculos/estimativas feitos pela entidade auditada.

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• Reexecução ��� envolve a execução independente pelo auditor de

procedimentos ou controles que foram originalmente realizados como

parte do controle interno da entidade. Exemplo: o auditor testa o controle informatizado do faturamento da empresa, simulando o processamento de uma venda e comparando com o procedimento que vem sendo adotado pelos empregados.

• Procedimentos analíticos ��� consistem em avaliação das informações

feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros

e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a

investigação de flutuações e relações identificadas que sejam

inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem

significativamente dos valores previstos.

Exemplos: o auditor compara o faturamento do ano de 2011 com o do ano de 2010; o auditor avalia a evolução do saldo de uma conta; o auditor calcula a rotação do estoque.

• Indagação ��� consiste na busca de informações junto a pessoas com

conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade. A

indagação é utilizada extensamente em toda a auditoria, além de outros

procedimentos de auditoria. As indagações podem incluir desde

indagações escritas formais até indagações orais informais. A avaliação

das respostas às indagações é parte integral do processo de indagação. Exemplo: o auditor indaga os advogados da empresa acerca do

andamento dos litígios trabalhistas da entidade auditada.

Solucionando a questão, verifica-se que a alternativa correta é a B. A

inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos

em papel, de forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um

ativo.

Na letra A, o correto seria: a reexecução envolve a execução

independente pelo auditor de procedimentos e controles que foram

originalmente realizados como parte do controle interno da entidade.

Na letra C, o correto seria: a inspeção envolve o exame de registros ou

documentos internos ou externos.

Na letra D há incorreção, pois a observação fornece evidência de

auditoria a respeito da execução de processo ou procedimento, mas é limitada

ao ponto no tempo em que ocorre. Portanto, não se presta a verificar como

ocorrerá um procedimento no futuro.

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Por fim, a letra E também está incorreta, pois as indagações podem

incluir desde indagações escritas formais até indagações orais ou informais.

12) (ICMS/SP/FCC/2009) Para certificar-se que direitos de crédito efetivamente existem em determinada data, o auditor independente utiliza, principalmente, o procedimento de (A) conferência do cálculo dos créditos. (B) observação de processo de controle. (C) revisão analítica de recebíveis. (D) inspeção de ativos tangíveis. (E) circularização dos devedores da companhia.

SOLUÇÃO: A confirmação de direitos a créditos (contas a receber) é feita

mediante a confirmação ou a circularização junto aos devedores da companhia.

O gabarito é a letra E.

13) (ICMS/PB/FCC/2006) Em relação ao Inventário Físico de Estoques a ser realizado pelas empresas, é responsabilidade do auditor: (A) sempre acompanhar e aplicar testes que confirmem a existência física dos elementos registrados nas contas contábeis da empresa auditada. (B) quando o valor dos estoques for expressivo em relação à posição patrimonial e financeira da empresa, o auditor deve acompanhar o inventário físico executando testes de confirmação das contagens físicas e procedimentos complementares necessários. (C) acompanhar e colaborar na execução do inventário físico, quando a empresa for industrial elaborando os ajustes necessários nas demonstrações contábeis. (D) proceder ao inventário físico, apresentando as divergências para que a empresa possa realizar os ajustes e elaborar as demonstrações contábeis. (E) confirmar que os ajustes apurados no inventário físico tenham sido contabilizados, sendo desobrigado de acompanhar o inventário físico em qualquer situação.

SOLUÇÃO: Os estoques constituem o principal item de ativo de muitas

empresas e, nestas, dedica-se geralmente um tempo considerável à verificação

dos estoques. Os auditores se preocupam em determinar quantidades e

qualidades dos mesmos, assim como em conferir a exatidão dos cálculos

referentes ao seu valor.

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Quando o valor dos estoques for expressivo em relação à posição

patrimonial e financeira da empresa, o auditor deve acompanhar o inventário

físico executando testes de confirmação das contagens físicas e procedimentos

complementares necessários. Portanto, só quando estoques forem relevantes

no contexto das demonstrações. A letra “B” é a correta.

14) A técnica de auditoria independente chamada de cut-off é utilizada, entre outros, para A) apurar o patrimônio líquido. B) calcular o valor da reserva de reavaliação. C) efetuar inventários, controlando as últimas entradas e saídas de estoques. D) apurar o good will. C) elaborar o planejamento fiscal objetivando pagar menos tributos. SOLUÇÃO: O cut-off (corte) é utilizado em auditoria de estoques e de bens do

ativo imobilizado. O corte consiste em determinar o momento em que os

registros contábeis auxiliares, bem como os documentos com eles

relacionados, refletem o levantamento do inventário. Assim, o que estiver

registrado até aquele momento deverá ser incluído no inventário; o que vier a

ser registrado depois será excluído. O gabarito é a letra C.

15) (AFC/CGU/ESAF/2008 – com adaptações) Quando da aplicação dos testes de controle e procedimentos substantivos, o auditor deve considerar alguns procedimentos técnicos básicos. Um deles – o procedimento analítico – tal como a define a NBC TA 500, consiste no (a): a) exame de registros, documentos e de ativos tangíveis. b) acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução. c) confirmação de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transação, fora da entidade. d) conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios, registros e demonstrações contábeis e outras circunstâncias. e) avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros.

SOLUÇÃO: A alternativa correta é a letra “e”. O procedimento analítico, tal

como a define a NBC TA 500, consiste na avaliação das informações feitas por

meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não

financeiros.

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A letra “a” corresponde à inspeção; a letra “b” corresponde à

observação; a letra “c” é a confirmação externa; a letra “d” refere-se ao

cálculo.

16) (AUDITOR/MG/CESPE/2008) A confirmação externa, ou circularização, consiste na expedição de cartas a empresas ou pessoas com as quais o auditado mantém relações de negócios, solicitando confirmação a respeito da situação desses negócios em data determinada. Acerca da confirmação externa, assinale a opção correta. A) Na correspondência encaminhada, os valores constantes dos livros do cliente devem ser obrigatoriamente discriminados. B) As cartas são assinadas pelos auditores; as informações prestadas por terceiros devem ser previamente compartilhadas com o cliente e por ele reconhecidas. C) As divergências entre os registros do cliente e os de terceiros só serão consideradas válidas mediante reconhecimento por parte do cliente. D) Se a resposta for considerada muito relevante, sua falta implicará na emissão de parecer com abstenção de opinião. E) Decidida a aplicação da confirmação, as cartas serão enviadas apenas às empresas e pessoas selecionadas mediante amostragem, considerando, entre outros fatores, as limitações de tempo, os custos do procedimento e os riscos associados. SOLUÇÃO: A questão trata do procedimento ou técnica de auditoria

denominada de confirmação externa ou circularização, que consiste em fazer

com que o auditado expeça cartas dirigidas a empresas e a pessoas com as

quais mantém relação de negócios, solicitando que confirmem, em carta

dirigida diretamente ao auditor, qual a situação desses negócios, em data

determinada.

A alternativa “A” está incorreta, pois podem ser discriminados os valores

(circularização positiva em preto) ou não registrados os valores a serem

confirmados pelo respondente (circularização positiva em branco).

A alternativa “B” está incorreta. As cartas são preparadas e expedidas

pelo auditor, mas assinadas pela administração. As informações prestadas por

terceiros são enviadas diretamente aos auditores, não devendo ser conferidas

pela administração.

A alternativa “C” está incorreta, pois as divergências são verificadas

pelos auditores.

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A alternativa “D” está incorreta, pois a ausência da resposta pode

significar uma limitação relevante para a auditoria, ensejando, dependendo

das circunstâncias e do impacto sobre os objetivos do trabalho, parecer com

ressalva ou negativa de opinião. Vale notar ainda que a ausência da resposta,

poderia levar o auditor a conseguir superar a limitação mediante

procedimentos alternativos, o que não o obrigaria a modificar o seu parecer,

mesmo diante da limitação inicial.

A alternativa “E” está correta (gabarito da questão), pois decidida a

aplicação da confirmação, as cartas serão enviadas apenas às empresas e

pessoas selecionadas mediante amostragem, considerando, entre outros

fatores, as limitações de tempo, os custos do procedimento e os riscos

associados.

Cabe ressaltar, no entanto, que Hilário Franco e Ernesto Marra ensinam

que, pelo princípio da relevância, solicita-se a circularização para devedores e

credores acima de determinada quantia, sendo necessário incluir porcentagem

de saldos e valores menores, a título de teste. Deve-se contemplar 10% ou

mais das firmas fornecedoras e pelo menos 80% do valor da conta fornecedor.

Esse procedimento não utiliza a amostragem em auditoria.

17) (AFRFB/ESAF/2009) A empresa Grandes Resultados S.A. possui prejuízos fiscais apurados nos últimos três anos. A empresa estava em fase pré-operacional e agora passou a operar em plena atividade. As projeções para os próximos cinco anos evidenciam lucros. O procedimento técnico básico que aplicado pelo auditor constataria esse evento seria: a) ocorrência. b) circularização. c) cálculo. d) inspeção. e) inventário físico. SOLUÇÃO: O procedimento técnico mais adequado e completo no caso seria o

auditor examinar ou inspecionar os documentos e os registros que dão suporte

a essas projeções. A alternativa correta é a “d”. O candidato poderia ter

dúvida quanto ao cálculo, mas perceba que o auditor não pretende apenas

verificar o correto cálculo do montante registrado, mas assegurar-se de que as

projeções estão feitas em bases razoáveis. 18) (AFRFB/ESAF/2009) A auditoria externa realizou na empresa Avalia S.A. o cálculo do índice de rotatividade dos estoques para verificar se apresentava índice correspondente às operações

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praticadas pela empresa. Esse procedimento técnico básico corresponde a: a) inspeção. b) revisão analítica. c) investigação. d) observação. e) confronto. SOLUÇÃO: Mais uma questão referente à revisão ou procedimento analítico, e

que constou da última prova para Auditor da Receita Federal do Brasil. A

revisão analítica é um procedimento utilizado em toda auditoria contábil e

compreende estudo e comparação de relações entre dados, envolvendo o

cálculo e a utilização de índices financeiros simples, inclusive análise vertical

de demonstrações, comparação de quantias reais com dados históricos ou

orçados e utilização de modelos matemáticos e estatísticos, tais como análise

de regressão.

Assim, o cálculo do índice de rotatividade dos estoques para verificar se

apresentava índice correspondente às operações praticadas pela empresa

representa um procedimento analítico. O gabarito é a letra “b”.

19) (Analista/SUSEP/ESAF/2010) O auditor interno, ao realizar seus testes, efetuou o acompanhamento dos inventários físicos, confrontou as notas fiscais do período com os registros e realizou a circularização dos advogados internos e externos. Esses procedimentos correspondem respectivamente a: a) investigação, inspeção e observação. b) inspeção, observação e investigação. c) confirmação, investigação e observação. d) circularização, observação e inspeção. e) observação, inspeção e investigação. SOLUÇÃO: O acompanhamento dos inventários físicos corresponde ao

procedimento da observação.

O confronto das notas fiscais do período com os registros constitui

exemplo do procedimento da inspeção.

A circularização dos advogados internos e externos corresponde ao que a

NBC T 11 definia como a “investigação e confirmação”. Pela atual norma do

CFC (NBC TA 500), esse procedimento básico é a confirmação externa.

Logo, a alternativa correta é a “e”.

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20) (Auditor Fiscal/ISS/SP/2012) O auditor ao verificar na folha de pagamentos se as verbas pertinentes ao FGTS e INSS foram calculadas adequadamente, atendendo a legislação trabalhista, realiza o procedimento básico de cálculo e A) inspeção. B) observação. C) indagação. D) investigação. E) fiscalização.

SOLUÇÃO: Para que o auditor se certifique de que os encargos foram

calculados e apropriados adequadamente é preciso conferir os cálculos e

inspecionar a folha de pagamentos (inspeção documental) e os registros feitos

no sistema contábil (inspeção de registros). Logo, o gabarito é a letra A.

21) Acerca dos procedimentos básicos de auditoria, conforme estabelecem as NBC TAs, assinale a alternativa correta A) os procedimentos de auditoria podem ser utilizados como procedimentos de avaliação de riscos, testes de controles ou procedimentos substantivos, dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo auditor. B) a inspeção de ativos tangíveis fornece, necessariamente, evidência de auditoria confiável quanto à sua existência e quanto aos direitos e obrigações da entidade ou à avaliação dos ativos. C) o recálculo consiste em avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. D) a confirmação envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade. E) para alguns assuntos, o auditor pode considerar necessário obter representações formais da administração para confirmar respostas a indagações verbais, mas não deve exigir representações dos responsáveis pela governança. SOLUÇÃO: A letra A está correta. De acordo com a NBC TA 500, os

procedimentos de auditoria podem ser utilizados como procedimentos de

avaliação de riscos, testes de controles ou procedimentos substantivos,

dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo auditor.

A letra B está incorreta. A inspeção de ativos tangíveis (inspeção física)

pode fornecer evidência de auditoria confiável quanto à sua existência, mas

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não necessariamente quanto aos direitos e obrigações da entidade ou à

avaliação dos ativos.

A letra C está incorreta. O recálculo consiste na verificação da exatidão

matemática de documentos ou registros, podendo ser realizado manual ou

eletronicamente. A avaliação das informações feitas por meio de estudo das

relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros corresponde aos

procedimentos analíticos.

A letra D também está incorreta. A reexecução envolve a execução

independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram

originalmente realizados como parte do controle interno da entidade.

Por fim, a letra E também está incorreta. No que diz respeito a alguns

assuntos, o auditor pode considerar necessário obter representações formais

da administração e, quando apropriado, dos responsáveis pela governança,

para confirmar respostas a indagações verbais.

22) (Auditor/TCE/RS/FMP/2011) No momento do procedimento de auditoria denominado Confirmação é correto afirmar que: A) os procedimentos de confirmação externa se limitam a confirmar informações relativas a saldos contábeis e seus elementos. B) a solicitação de confirmação é negativa, quando a solicitação de que a parte que confirma responde diretamente ao auditor indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação, ou forneça as informações solicitadas. C) uma resposta verbal a uma solicitação de confirmação, por si só, não se enquadra na definição de confirmação externa, porque não é uma resposta por escrito direta para o auditor. D) as confirmações positivas fornecem evidência de auditoria menos persuasiva que as confirmações negativas. E) a administração não pode recusar a permitir que o auditor envie solicitações de confirmação. SOLUÇÃO: A letra A está incorreta. Os procedimentos de confirmação externa

são frequentemente usados para confirmar ou solicitar informações relativas a

saldos contábeis e seus elementos. Podem ser usados, também, para

confirmar os termos de acordos, contratos ou transações entre a entidade e

outras partes, ou para confirmar a ausência de certas condições como um

“acordo paralelo” (side letter).

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A letra B está incorreta. A solicitação de confirmação negativa é a

solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor

somente se discorda das informações fornecidas na solicitação.

A letra C está correta e constitui o gabarito da questão. Se a fonte

consultada responde verbalmente, o auditor solicita que a resposta seja por

escrito.

A letra D está incorreta. As confirmações negativas fornecem evidência

de auditoria menos persuasiva que as confirmações positivas.

Por fim, a letra E também está incorreta. A recusa da administração em

permitir que o auditor envie solicitações de confirmação constitui uma

limitação sobre a evidência de auditoria que o auditor deseja obter. O auditor

deve, portanto, indagar sobre as razões para a limitação. Uma razão comum

apresentada é a existência de uma disputa legal ou negociação em andamento

com a pretensa parte que confirma, cuja solução pode ser afetada por uma

solicitação de confirmação inoportuna.

23) (AFRFB/ESAF/2009) A empresa Agrotoxics S.A. tem seus produtos espalhados por diversos representantes, em todas as regiões do Brasil. Seu processo de vendas é por consignação, recebendo somente após a venda. O procedimento de auditoria que garantiria confirmar a quantidade de produtos existentes em seus representantes seria: a) inventário físico. b) custeio ponderado. c) circularização. d) custeio integrado. e) amostragem. SOLUÇÃO: A ESAF apontou como gabarito da questão a letra “a”. Nos termos

da NBC T11 (norma então vigente), quando o valor dos estoques for

expressivo em relação à posição patrimonial e financeira da empresa, o auditor

deve acompanhar o inventário físico executando testes de confirmação das

contagens físicas.

Contudo, à luz da doutrina, o auditor poderia ter confirmado os estoques

em poder de terceiros mediante a confirmação direta (circularização),

conforme ensinam Franco e Marra, em seu livro Auditoria Contábil, da Atlas, 4ª

edição, pág. 308.

Vale notar que as atuais normas do CFC apontam que, para estoques em

poder de terceiros de valor expressivo, o auditor poderia utilizar a

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circularização e/ou a inspeção física. Portanto, caso essa questão constasse da

próxima prova do ISS SP, deveria ser anulada em virtude de duas opções

válidas (“a” e “c”).

Em que pese a polêmica, mantemos o gabarito oficial da banca, com as

ressalvas pertinentes.

24) (Auditor/CEAGESPE/Consulplan/2006) Os procedimentos técnicos de confirmação junto a terceiros conhecedores da transação, dentro ou fora da Entidade Auditada, são empregados comumente para: A) Conferência do cálculo da Provisão de Férias. B) Análise do comportamento das Receitas de Vendas. C) Coleta de preço de mercado de ativos circulantes. D) Evidência de estoques em poder de terceiros. E) Confirmar o valor do goodwill da empresa auditada. SOLUÇÃO: Dentre as alternativas da questão, a que se refere à aplicação de confirmação junto a terceiros conhecedores da transação é a D, pois a

confirmação externa ou circularização pode ser realizada para obter evidência

de estoques em poder de terceiros. O gabarito é a letra D.

TESTES EM ÁREAS ESPECÍFICAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

25) (ICMS/SP/FCC/2009) O auditor externo está realizando auditoria em uma empresa do setor industrial, na área de ativo imobilizado. Ao analisar os parâmetros do sistema de cálculo da depreciação da conta Móveis e Utensílios do Escritório Administrativo, constata que a taxa de depreciação, que deveria ser de 5% ao ano, foi cadastrada como 10% ao ano. Dessa forma, o auditor pode concluir que (A) a conta de Estoque de Produtos Acabados, no período, está subavaliada. (B) a conta de Depreciação Acumulada, no período, está subavaliada. (C) a Despesa de Depreciação, no período, está superavaliada. (D) a Depreciação Acumulada está com o saldo acumulado correto. (E) o Custo das Mercadorias Vendidas está superavaliado.

SOLUÇÃO: Trata-se de uma questão muito simples. Como a taxa de

depreciação utilizada foi a maior do que deveria, a conta Depreciação

Acumulada está a maior (superavaliada), por consequência a conta Móveis e

Utensílios está e menor (subavaliada) e a conta de Despesa de Depreciação no

ano está a maior (superavaliada). Portanto, a alternativa correta é a C.

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26) (TCE/AM/FCC/2008) O auditor externo ao realizar procedimento de conferência dos valores de depreciação, calculados sobre o imobilizado da empresa, constata que o cálculo estava incorreto, tendo sido utilizado taxa menor do que a permitida. Nesse caso, o saldo da conta de (A) Imobilizado está subavaliado. (B) Custo das Mercadorias Vendidas está superavaliado. (C) Estoques de Produtos Acabados está superavaliado. (D) Depreciação Acumulada está subavaliado. (E) Despesa de Depreciação está superavaliado.

SOLUÇÃO: As demonstrações contábeis contêm afirmações explícitas e

implícitas da administração, para as quais os auditores coletam evidências com

o propósito de verificar a sua exatidão e adequação. Uma das categorias de

afirmações em demonstrações contábeis é a “avaliação ou alocação”, que se

referem às quantias pelas quais componentes de ativos, passivos, receitas e

despesas foram registrados e incluídos nas demonstrações contábeis de forma

adequada.

A questão trata de um erro no lançamento contábil, que terá como

consequência uma distorção na afirmação de avaliação/alocação das

demonstrações contábeis. Como foi utilizada uma taxa menor para o cálculo da

depreciação do ativo imobilizado da empresa, teremos as seguintes

consequências em termos de contas contábeis:

� a conta depreciação acumulada terá saldo menor do que o devido –

conta subavaliada;

� a conta despesa de depreciação, contrapartida da conta depreciação

acumulada, também apresentará saldo menor – conta subavaliada;

� a classe Ativo Imobilizado terá um saldo maior, pois depreciação

acumulada é conta retificadora desse ativo – conta superavaliada.

Portanto, a alternativa correta é a “D”.

27) (AUDITOR/PETROBRAS/CESGRANRIO/2008) Em um teste no processo de contas a receber de clientes, quais procedimentos de auditoria podem ser utilizados para verificar se as vendas realizadas foram provisionadas contabilmente como valores a receber e se a quitação ocorreu conforme os valores e os prazos envolvidos? (A) Fazer a contagem física do Caixa na data do vencimento da fatura e a revisão analítica do saldo contábil da conta Bancos. (B) Verificar a composição analítica do saldo contábil do Contas a Receber e o extrato bancário com o correspondente crédito na data do vencimento da fatura.

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(C) Realizar entrevista com um funcionário da contabilidade e verificar o fluxo de caixa da companhia. (D) Realizar inventário físico do estoque para verificar a saída do bem da empresa, verificar a movimentação contábil do saldo das contas Estoques e Contas a Receber, e entrevistar os funcionários do Financeiro e da Contabilidade. (E) Efetuar a circularização dos bancos para obter os extratos na data do vencimento da fatura e realizar o cálculo das provisões contábeis no Contas a Receber.

SOLUÇÃO: Por serem de natureza intangível, as contas a receber requerem

procedimentos de auditoria diferentes, em vários aspectos, daqueles usados na

auditoria de disponibilidades. Aqui, o auditor usa, na maior parte do tempo,

evidências indiretas, em vez de diretas.

Os principais objetivos da auditoria de contas a receber são: apurar se as

contas são autênticas e têm origem em transação relacionada com vendas; os

valores são realizáveis; não há devoluções, desconto e abatimentos; há

avaliação prudente do montante de contas a receber.

O auditor pode aplicar os seguintes procedimentos acerca das contas a

receber:

� Providenciar uma listagem analítica de todas as contas a receber;

� Proceder à circularização (carta de confirmação) junto aos principais

clientes;

� Confirmar o crédito na conta, mediante a verificação do extrato

bancário, e confrontação com os registros contábeis.

A alternativa correta quanto aos procedimentos em contas a receber é a

“B”.

28) (ANALISTA/SENADO/FGV/2008) Na empresa é necessário que, periodicamente, os ativos sob a responsabilidade de empregados sejam confrontados com os registros da contabilidade, com o objetivo de detectar desfalques ou registro inadequado de ativos. Não é exemplo desse confronto: (A) contagem de caixa com o saldo do razão geral. (B) contagem física de títulos com o saldo da conta de investimentos. (C) saldo da conta corrente bancária com o saldo do extrato enviado pelo banco. (D) inventário físico dos bens em estoque com o razão geral da respectiva conta. (E) inventário do ativo imobilizado com o saldo das vendas efetuadas.

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SOLUÇÃO: A contagem física de valores e bens e a conciliação e o confronto

entre o resultado de uma contagem física e os valores registrados na

contabilidade, bem como entre o saldo apresentado em um registro auxiliar e o

saldo registrado no razão geral são procedimentos comumente utilizados em

auditoria contábil, para verificar a superavaliação (a maior) ou subavaliação (a

menor) de um saldo de uma conta ou para evidenciar se o bem existe de fato.

Esse procedimento é muito aplicado sobre o caixa, bancos, estoques,

títulos e bens permanentes. Das alternativas apontadas na questão, verifica-se

que não é exemplo desse confronto o inventário do ativo imobilizado com o

saldo das vendas efetuadas, pois não há correlação entre esses elementos

patrimoniais. Poder-se-ia até realizar uma revisão analítica comparando-se o

saldo de estoque com o saldo de vendas efetuadas, mas não o ativo

imobilizado com as vendas. A alternativa incorreta é a “E”.

29) (Contador/CELESC/FEPESE/2006) É o procedimento no qual o valor necessário é determinado em duas etapas: 1) numa primeira etapa deve-se identificar as perdas já conhecidas (clientes em concordata, clientes em falência, clientes em dificuldades financeiras, dentre outros); 2) na segunda etapa é realizada uma estimativa de perdas das contas a receber dos clientes restantes, com base nas experiências de exercícios anteriores ou de empresas do mesmo ramo de negócio. Essa estimativa, normalmente, consiste em segregar as contas a receber por idade de vencimento e aplicando os percentuais históricos de perda. O saldo corresponde ao somatório dos valores das duas etapas aqui mencionadas. Assinale a alternativa correta para o texto acima descrito: A) Confirmação de contas a receber de clientes. B) Avaliação das contas a receber e da provisão para devedores duvidosos. C) Teste de avaliação das contas a receber de clientes. D) Inspeção de notas de crédito emitidas. E) Conferência de cálculos de contas a receber de clientes.

SOLUÇÃO: A questão foi extraída do livro de Marcelo Cavalcanti Almeida,

Auditoria Um Curso Moderno e Completo. Em procedimento de auditoria de

avaliação das contas a receber e provisão para devedores duvidosos, o auditor testa a provisão em duas etapas. A primeira etapa deve-se identificar

as perdas já conhecidas (clientes em concordata, clientes em falência, clientes

em dificuldades financeiras, dentre outros). Na segunda etapa é realizada uma

estimativa de perdas das contas a receber dos clientes restantes, com base

nas experiências de exercícios anteriores ou de empresas do mesmo ramo de

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negócio. Essa estimativa, normalmente, consiste em segregar as contas a

receber por idade de vencimento e aplicando os percentuais históricos de

perda. O saldo da provisão corresponde ao somatório dos valores das duas

etapas mencionadas. A alternativa correta é a “B”.

30) (Contador/CELESC/FEPESE/2006) Procedimentos do auditor: Obter uma listagem individual dos bens do ativo imobilizado, com data-base do fim do período, e, conferir a soma dessa listagem. Verificar se o total dessa listagem concorda com o saldo do custo corrigido no fim do período, apresentado no papel de trabalho de movimentação das contas envolvidas. Selecionar bens para uma identificação física. Selecionar, de forma aleatória, bens fisicamente e identificá-los na listagem. Assinale a alternativa correta para os procedimentos de auditoria, acima descritos: A) Teste das baixas. B) Teste de aquisições. C) Teste de depreciações. D) Verificação da existência física. E) Verificação das imobilizações em andamento.

SOLUÇÃO: Segundo Almeida, em procedimento de verificação da existência física, deve-se: - Obter uma listagem individual dos bens do ativo imobilizado, com data-

base do fim do período, e, conferir a soma dessa listagem.

- Verificar se o total dessa listagem concorda com o saldo do custo

corrigido no fim do período, apresentado no papel de trabalho de

movimentação das contas envolvidas.

- Selecionar bens para serem identificados fisicamente.

- Selecionar, de forma aleatória, bens fisicamente e identificá-los na

listagem.

Portanto, a alternativa correta é a letra D.

31) São procedimentos de auditoria a serem observados em um programa de auditoria das disponibilidades, exceto: A) verificação das contas incobráveis B) contagem de caixa C) circularização dos saldos bancários D) testes da conciliação bancária E) cut-off de cheques

SOLUÇÃO: Os principais procedimentos na área de caixa e bancos

(disponibilidades) são: a contagem de caixa, a circularização dos saldos

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bancários, o teste de conciliação bancária e o cut-off (corte) de cheques. A

verificação das contas incobráveis é um procedimento em auditoria das contas

a receber. O gabarito é a letra A.

32) (AFTE/RS/FUNDATEC/2009) Assinale a alternativa incorreta, quanto à finalidade da auditoria das disponibilidades. A) determinar sua existência, que poderá estar na empresa, em bancos ou terceiros. B) determinar se é pertencente à empresa. C) determinar se as ações ou o título de propriedade do capital social foram adequadamente autorizados e emitidos. D) determinar a existência de restrições de uso ou de vinculações em garantia. E) determinar se foram utilizados os princípios fundamentais de contabilidade.

SOLUÇÃO: De grande importância é a auditoria das disponibilidades,

justamente por serem os bens integrantes deste subgrupo - formado pelas

contas caixa, bancos conta movimento e aplicações financeiras de liquidez

imediata – os mais susceptíveis de sofrerem desfalques, desvios e erros (maior

risco inerente). Portanto, neste grupo, deve ser aplicada uma maior

quantidade de testes mesmo na existência de um bom sistema de controles

internos.

O objetivo do exame das disponibilidades é não só apurar se existem

todas as disponibilidades informadas no balanço, mas, também, assegurar-se

de que existem todas as que deveriam existir (testes de abrangência).

A determinação da quantidade de ações ou títulos de propriedade do

capital social, bem como se tais foram adequadamente autorizados e emitidos

constitui um dos objetivos da auditoria das contas de Patrimônio Líquido. A

alternativa incorreta é a C.

33) O procedimento de auditoria mais adequado para examinar dinheiro em caixa, estoques, títulos e bens do ativo imobilizado é a: A) confirmação com terceiros. B) conferência de cálculos. C) inspeção de documentos. D) correlação de saldos. E) contagem física.

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SOLUÇÃO: O procedimento de auditoria mais adequado para examinar

dinheiro em caixa, estoques, títulos e bens do ativo imobilizado é a inspeção

física ou contagem física. O gabarito é a letra E.

34) Indique a opção que NÃO contém um teste de auditoria do Ativo Imobilizado: (A) teste das aquisições. (B) conferência dos saldos iniciais e finais. (C) verificação das existências físicas. (D) teste das despesas de manutenção e reparos. (E) confirmação de contas a receber de clientes.

SOLUÇÃO: O objetivo básico do exame do imobilizado é assegurar-se de que

o custo corrigido desses bens não representa superavaliação e de que as

depreciações acumuladas não estão subavaliadas; constatar a existência,

posse e propriedade dos bens, bem como a existência ou não de ônus, e sua

natureza e extensão, sobre os bens.

Os procedimentos de auditoria no ativo imobilizado envolvem: teste das

aquisições, inspeção física dos bens, inspeção dos registros, inspeção dos

documentos de propriedade, cálculo depreciação, teste das despesas de

manutenção e reparos.

A única alternativa que não corresponde a um procedimento de auditoria

no ativo imobilizado é a confirmação de contas a receber de clientes, que tem

relação com as vendas e os estoques. Portanto, a alternativa E constitui o

gabarito da questão.

35) (Auditor/Petrobrás/Cesgranrio/2011) Os procedimentos de auditoria são um conjunto de técnicas utilizadas pelo auditor para colher evidências sobre o processo auditado e emitir um parecer técnico. Um dos procedimentos de auditoria que podem ser realizados para validação do saldo contábil registrado na conta fornecedores é a(o) (A) contagem física do estoque. (B) conferência de cálculos. (C) confirmação com terceiros. (D) teste dos controles internos. (E) acompanhamento do fluxograma do processo de contas a pagar (walkthrough).

SOLUÇÃO: Um dos procedimentos de auditoria que pode ser realizado para

validação do saldo da conta fornecedores (passivo) é a confirmação direta com

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os credores, mediante carta de circularização. Esse procedimento pode revelar

a omissão de um passivo. O gabarito é a letra C.

36) (Fiscal/AMAPÁ/FGV/2010) Assinale a alternativa que apresente o objetivo específico da auditoria do resultado: (A) comprovar se compras de mercadoria estão de acordo com os objetivos da empresa. (B) confirmar se os pagamentos realizados foram conciliados. (C) verificar se as despesas correspondentes às receitas realizadas foram apropriadas no período. (D) comprovar a correta apropriação das despesas em obediência ao regime de caixa. (E) conferir a exatidão dos registros contábeis dos estoques de mercadorias.

SOLUÇÃO: William Attie nos ensina que a auditoria de resultado tem como

finalidades:

a) determinar se todas as receitas, custos e despesas atribuídos ao

período estão devidamente comprovados e contabilizados;

b) determinar se todas as receitas, custos e despesas não atribuídos ao

período ou que beneficiem exercícios futuros estão corretamente diferidos;

c) determinar se os custos e despesas estão corretamente contrapostos

às receitas devidas;

d) determinar se as receitas, custos e despesas estão contabilizados de

acordo com os princípios de contabilidade, em bases uniformes; e

e) determinar se as receitas, custos e despesas estão corretamente

classificados nas demonstrações financeiras, e se as divulgações cabíveis

foram expostas por notas explicativas.

Contudo, para muitos, o objetivo maior do exame auditorial nestas

contas é a busca de indícios ou a detecção de fraudes, desvios, sonegação,

apropriação ou outros tipos de irregularidades praticadas contra a o patrimônio

da empresa, intencionalmente ou por falhas dos controles.

A alternativa que apresenta um objetivo específico da auditoria do

resultado é a C: verificar se as despesas correspondentes às receitas

realizadas foram apropriadas no período.

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37) NÃO constitui um teste de folha de pagamento A) verificação de remuneração de executivos. B) confirmação direta de passivos. C) existência física de empregados. D) revisão analítica. E) recálculo de passivos. SOLUÇÃO: O auditor avalia os gastos com folha de pagamento em função dos

riscos inerente e de controle avaliados. Nesse sentido, o auditor aplica testes

de controles no processamento da folha de pagamentos.

Além de testes de controle, o auditor procede à revisão analítica no início

da auditoria dos gastos com pessoal, com o intuito de verificar alguma

tendência ou anormalidade.

Quanto aos testes substantivos, os auditores aplicam procedimentos

para recálculo dos passivos, realizam auditoria de planos de benefícios e de

pensão, auditoria de planos de opção de compra e de valorização de ações e

para verificação da remuneração de executivos.

Outro procedimento decorre do risco de fraudes em folha de pagamento.

Empregados que trabalham com preparação e pagamento da folha podem

processar dados para empregados fictícios e desviar os correspondentes

cheques para seu próprio uso. Assim, o auditor pode confrontar os dados da

folha com os registros e proceder à inspeção física dos empregados.

Por conclusão, a única alternativa que não corresponde a um possível

teste ou procedimento de auditoria em folha de pagamento é a confirmação

direta de passivos com os empregados. O gabarito é a letra B.

38) (Fiscal/AMAPÁ/FGV/2010) Assinale a alternativa que indique os procedimentos de auditoria aplicáveis à conta Provisão para Devedores Duvidosos. (A) Inspeção documental para exame dos documentos de pagamentos e recebimentos e solicitação de informações aos bancos mediante circularização. (B) Revisão de cálculos por meio da conferência da exatidão aritmética do valor e inspeção para verificação dos documentos que serviram de base para fixação dos critérios de cálculo. (C) Inspeção de documentos e revisão dos cálculos para a verificação dos valores lançados nos investimentos. (D) Inspeção de documentos e revisão dos cálculos no caso de depreciação e amortização acumulada.

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(E) Revisão de cálculos e investigação e confirmação das operações por meio de circularização de informações financeiras.

SOLUÇÃO: Ao auditar a conta de Provisão para Devedores Duvidosos - PDD, entre outros procedimentos, o auditor deve verificar a exatidão dos cálculos

feitos e inspecionar os documentos utilizados. O gabarito é a letra B. As

demais alternativas não se referem a procedimentos de auditoria em PDD.

39) (Analista de CI/SEFAZ RJ/FGV/2011) Leia atentamente as informações a seguir: I. Quanto melhor o controle interno, apurado por meio de testes de observância, maior deve ser a quantidade de testes substantivos a serem aplicados em função do risco de auditoria. II. A revisão analítica integra os testes substantivos. III. Na auditoria da conta Clientes, utiliza-se normalmente o procedimento de confirmação. IV. Integra o trabalho de auditoria a aplicação de procedimentos para validação de eventos subsequentes após a publicação do parecer. Assinale A) se apenas as informações I e II forem verdadeiras. B) se apenas as informações I e IV forem verdadeiras. C) se apenas as informações II e III forem verdadeiras. D) se apenas as informações II e IV forem verdadeiras. E) se apenas as informações III e IV forem verdadeiras.

SOLUÇÃO: Afirmação I: falsa, pois quanto melhor o controle, menor será a

extensão dos testes substantivos.

Afirmação II: verdadeira, pois a revisão analítica, na fase de execução

dos testes, é procedimento substantivo, pois visa a analisar a validade e

correção dos saldos contábeis.

Afirmação III: verdadeira. Na auditoria da conta Clientes (contas a

receber), utiliza-se normalmente o procedimento de confirmação

(circularização).

Afirmação IV: falsa, pois após a emissão do parecer o auditor não mais é

responsável pela aplicação de procedimentos para revelar eventos

subsequentes. Essa responsabilidade vai até a data de conclusão dos trabalhos

de campo e de emissão do relatório.

Pelo exposto, a alternativa correta é a C.

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40) (Analista Judiciário/TSE/Consulplan/2012) A finalidade da auditoria do passivo é verificar se todas as obrigações estão devidamente registradas. Considerando que a auditoria do passivo constate a existência de valores ocultos, é correto afirmar que o erro constatado pode ter como efeito (A) o aparecimento de juros falsos com o aumento das despesas financeiras. (B) a interferência no cálculo do indicador do retorno do patrimônio líquido, para maior. (C) a superavaliação do passivo: melhoria na aparência da empresa junto a credores. (D) os valores ocultos: interferência no cálculo do indicador de liquidez, para maior.

SOLUÇÃO: A auditoria de passivos tem como objetivos assegurar-se de que

todas as obrigações foram contabilizadas, que todas as obrigações são

realmente devidas, foram liquidadas, conforme a política financeira da

empresa, e que estão adequadamente demonstradas no Balanço.

A existência de passivo oculto (a dívida existe, mas não foi contabilizada)

ocasiona a subavaliação do passivo (a menor). Com isso, haverá interferência

no cálculo do indicador de liquidez, para maior. O gabarito é a letra D.

UTILIZAÇÃO DE TRABALHOS DA AUDITORIA INTERNA E DE ESPECIALISTAS

41) Acerca da norma de utilização do trabalho de auditoria interna, é correto afirmar que A) o auditor independente compartilha responsabilidade pela opinião de auditoria expressa quando utiliza o trabalho feito pelos auditores internos. B) a função de auditoria interna da entidade é relevante para a auditoria externa se o trabalho dos auditores internos pode modificar a natureza, época ou reduzir a extensão dos procedimentos de auditoria a serem executados. C) a natureza e a extensão dos procedimentos de auditoria executados sobre um trabalho específico dos auditores internos independem da avaliação da função de auditoria interna e do trabalho específico executado pelos auditores internos. D) dentre os fatores a serem observados para que o trabalho dos auditores internos seja considerado adequado para os fins da auditoria das demonstrações contábeis, não se inclui a comunicação existente entre auditor independente e auditores internos.

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E) o auditor independente é obrigado a utilizar o trabalho dos auditores internos, para reduzir a extensão dos procedimentos de auditoria.

SOLUÇÃO: Segundo as NBC TA 610, independentemente do grau de

autonomia e de objetividade da função de auditoria interna, tal função não é

independente da entidade, como é exigido do auditor independente quando ele

expressa uma opinião sobre as demonstrações contábeis. O auditor

independente assume integral responsabilidade pela opinião de auditoria

expressa e essa responsabilidade do auditor independente não é reduzida pela

utilização do trabalho feito pelos auditores internos. A letra A está incorreta.

Conforme descrito na NBC TA 315, item A101, existe a probabilidade de

que a função de auditoria interna da entidade seja relevante para a auditoria

se a natureza das responsabilidades e atividades da função de auditoria interna

estiver relacionada com os relatórios contábeis da entidade e se o auditor

espera utilizar o trabalho dos auditores internos para modificar a natureza,

época ou reduzir a extensão dos procedimentos de auditoria a serem

executados. A letra B está correta.

A natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados

sobre um trabalho específico dos auditores internos dependem da avaliação dos riscos de distorção relevante, da avaliação da função de auditoria interna e da avaliação do trabalho específico executado pelos auditores internos. Esses procedimentos de auditoria podem incluir: a)

exame dos itens já examinados pelos auditores internos; b) exame de outros

itens semelhantes; e c) observação dos procedimentos executados pelos

auditores internos. A letra C está incorreta.

Para determinar se é provável que o trabalho dos auditores internos seja

adequado para os fins da auditoria, o auditor independente deve avaliar: (a) a

objetividade da função de auditoria interna; (b) competência técnica dos

auditores internos; (c) se é provável que o trabalho dos auditores internos seja

realizado com o devido zelo profissional; e (d) se é provável que haja comunicação eficaz entre os auditores internos e o auditor independente. A letra D está incorreta.

O auditor independente pode decidir não utilizar o trabalho dos auditores internos para não afetar a natureza, época ou extensão dos seus

procedimentos de auditoria. A letra E está incorreta.

42) (CONSULTOR LEGISLATIVO/SENADO/FGV/2008) No processo do planejamento da auditoria deve ser considerada a participação de

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auditores internos e de especialistas na execução do trabalho na entidade auditada, e a possibilidade de as controladas e coligadas serem examinadas por outros auditores independentes. Ao determinar a necessidade de utilizar-se do trabalho de especialistas, o auditor independente não deve considerar: (A) a relevância do item da demonstração contábil que está sendo analisada. (B) o risco de distorção ou erro, levando em conta a natureza e a complexidade do assunto que está sendo analisado. (C) o conhecimento da equipe de trabalho e a experiência prévia dos aspectos que estão sendo considerados. (D) a quantidade e qualidade de outras evidências de auditoria disponíveis para sua análise. (E) a medição do estágio de trabalhos completados ou a completar em contratos em andamento.

SOLUÇÃO: A questão foi elaborada com base nas normas do CFC vigentes à

época do concurso (NBC T 11) e trata dos aspectos a serem considerados pelo

auditor, quando decide utilizar o trabalho de especialistas (advogados,

engenheiros, etc). Em conformidade com a norma, ao determinar a

necessidade de utilizar-se do trabalho de especialistas, o auditor independente

deve considerar:

a) a relevância do item da demonstração contábil que está sendo

analisada;

b) o risco de distorção ou erro levando em conta a natureza e a

complexidade do assunto sendo analisado;

c) conhecimento da equipe de trabalho e a experiência prévia dos

aspectos que estão sendo considerados; e

d) a quantidade e qualidade de outras evidências de auditoria disponíveis

para sua análise.

Portanto, a alternativa incorreta é a “E”. A medição do estágio de

trabalhos completados ou a completar em contratos em andamento não é um

elemento decisivo e/ou indicado na norma na determinação do uso de

especialistas.

OBSERVAÇÃO QUANTO ÀS NOVAS NORMAS DO CFC: Atualmente está em vigor a NBC TA 620, sobre o uso do trabalho de especialistas, aprovada pela Resolução CFC 1.230/09. Segundo esta norma, se a especialização em área que não contabilidade ou auditoria é necessária para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente, o

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auditor deve determinar a necessidade de utilizar o trabalho de especialista. O auditor deve avaliar a adequação do trabalho do especialista para fins da auditoria, incluindo: (a) a relevância e razoabilidade das constatações ou conclusões desse especialista, e sua consistência com outras evidências de auditoria;

(b) se o trabalho do especialista envolve o uso de premissas e métodos significativos, a relevância e a razoabilidade dessas premissas e desses métodos nas circunstâncias; e (c) se o trabalho do especialista envolve o uso de dados-fonte significativos para o seu trabalho, a relevância, integridade e precisão desses dados-fonte.

43) (SEFAZ/CE/ESAF/2006) Quando da utilização de serviços de especialista, não há responsabilidade do auditor a) em confirmar se o especialista é habilitado. b) em questionar a capacidade do especialista, desde que habilitado. c) quando o especialista for funcionário da empresa auditada. d) se o especialista for independente e não possuir vínculo com a empresa. e) em divulgar o fato em parecer sem ressalva.

SOLUÇÃO: Vejam que as letras “a” e “b” referem-se à capacidade profissional

do especialista e as letras “c” e “d” correspondem à necessária independência

e objetividade do especialista. Todos esses aspectos o auditor verifica, quando

decide utilizar o trabalho do especialista, tendo em vista que a

responsabilidade pelo trabalho é sempre do auditor.

Por outro lado, não há responsabilidade do auditor em divulgar o uso de

especialista em parecer de auditoria, particularmente se o parecer ou relatório

é sem ressalva (ou opinião não-modificada). Assim, o gabarito é a letra “e”.

Cabe apenas alertar que é possível o auditor fazer referência ao uso de

especialista em seu relatório/parecer quando relevante para o entendimento

de ressalva, opinião adversa e abstenção de opinião.

VEJA O QUE DISPÕE A NBC TA 620 A ESSE RESPEITO: � O auditor não deve fazer referência ao trabalho do especialista do auditor em seu relatório que contenha opinião não modificada (sem ressalva).

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� Se o auditor fizer referência ao trabalho de especialista do auditor em seu relatório porque essa referência é relevante para o entendimento de ressalva ou outra modificação na sua opinião, o auditor deve indicar no relatório que essa referência não reduz a sua responsabilidade por essa opinião.

44) (ISS/Rio/ESAF/2010) A respeito do uso de especialista de outra área em auditoria, é correto afirmar, exceto: a) na avaliação do trabalho do especialista, não cabe ao auditor revisar ou testar a fonte de dados utilizada. b) na emissão de parecer sem ressalva, o auditor não pode fazer referência ao trabalho de especialista no seu parecer. c) a certificação profissional, licença ou registro em órgão de classe é um dos elementos de verificação da competência do especialista. d) a responsabilidade, quanto à qualidade e propriedade das premissas e métodos utilizados, é do especialista e não do auditor. e) É atribuição do auditor obter evidência adequada de que o alcance do trabalho do especialista é suficiente para os fins da auditoria.

SOLUÇÃO: A letra “a” está incorreta, pois na avaliação do trabalho do especialista, cabe sim ao auditor revisar ou testar a fonte de dados utilizada.

A letra “b” está correta. Em se tratando de um relatório/parecer sem

ressalva, o auditor independente não pode fazer referência do trabalho de

especialista no seu parecer. Já em um parecer com ressalva, adverso ou com

abstenção de opinião, o auditor pode fazer referência ao trabalho de um

especialista, se for relevante para o entendimento da modificação na sua

opinião.

A letra “c” está correta, pois a certificação profissional, licença ou

registro em órgão de classe é um dos elementos de verificação da competência

do especialista por parte do auditor para se assegurar de sua experiência e

competência.

A letra “d” está correta, pois a responsabilidade, quanto à qualidade e

propriedade das premissas e métodos utilizados, é do especialista e não do

auditor.

Por fim, a letra “e” também está correta, pois o auditor tem que obter

evidência adequada de que o trabalho do especialista atende os objetivos da

auditoria.

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Portanto, o gabarito é a letra “a”.

EVENTOS SUBSEQUENTES

45) (Auditor/São Paulo/FCC/2007) Considere as afirmações a seguir, relativas a transações e eventos subsequentes ao término do exercício social a que se referem as demonstrações contábeis auditadas: I. A emissão de debêntures e ações não é considerada evento subsequente relevante. II. Eventos subsequentes, após a divulgação das demonstrações contábeis, não devem ser considerados pelo auditor, uma vez que ele não pode emitir um novo parecer. III. Caso os eventos subsequentes não sejam revelados adequadamente pela companhia, o auditor deve mencioná-los, como ressalva ou em parágrafo de ênfase, em seu parecer. IV. A desapropriação de bens da companhia pelo Poder Público é considerada um evento subsequente relevante. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I e III. (C) II e III. (D) II e IV. (E) III e IV.

SOLUÇÃO: A afirmação I está incorreta, pois o auditor deve indagar a

administração sobre se ocorreu qualquer evento subsequente que possa afetar

as demonstrações contábeis. Os exemplos de assuntos a serem indagados

incluem:

1. situação atual de itens contabilizados com base em dados preliminares ou

não-conclusivos;

2. assunção de novos compromissos, empréstimos ou garantias concedidas;

3. vendas de ativos;

4. emissão de debêntures ou ações novas ou acordo de fusão, incorporação,

cisão ou liquidação de atividades, ainda que parcialmente;

5. destruição de ativos, por exemplo, por fogo ou inundação;

6. desapropriação por parte do governo;

7. evolução subsequente de contingências e assuntos de maior risco de

auditoria;

8. ajustes contábeis inusitados; e

9. ocorrência ou probabilidade de ocorrência de eventos que ponham em

dúvida a adequação das práticas usadas nas demonstrações contábeis, como

na hipótese de dúvida sobre a continuidade normal das atividades da entidade.

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A afirmação II está incorreta, pois o auditor ao tomar conhecimento de

eventos subsequentes após a divulgação das demonstrações contábeis deve

considerá-los, discutindo com a administração e verificando se são cabíveis

ajustes e/ou divulgação nas DC.

A afirmação III está correta. Nos termos da então vigente NBC T 11, o

auditor independente deve considerar em seu parecer os efeitos decorrentes

de transações e eventos subsequentes relevantes ao exame das

Demonstrações Contábeis, mencionando-os como ressalva ou em parágrafo de

ênfase, quando não-ajustadas ou reveladas adequadamente.

A afirmação IV está correta. A desapropriação de bens da companhia

pelo Poder Público é considerada um evento subsequente relevante que deve ser objeto de divulgação em nota explicativa.

Portanto, a alternativa correta é a E.

46) (SEFAZ/SP/ESAF/2009) As seguintes opções constituem exemplos de transações e eventos subsequentes, exceto: a) perda em contas a receber decorrente de falência do devedor. b) alteração do controle societário. c) aporte de recursos, inclusive como aumento de capital. d) variação sazonal dos custos com insumos. e) destruição de estoques em decorrência de sinistro.

SOLUÇÃO: Na questão em comento, verifica-se que a alternativa “a” refere-se

a um evento subsequente que requer ajuste nas demonstrações contábeis,

pois se a falência ocorreu logo após a data das demonstrações, a condição

falimentar já existia e, mesmo que o fato seja conhecido depois, obriga a

empresa a reconhecer os efeitos dessa falência no balanço.

As alternativas “b”, “c” e “e” referem-se a eventos relevantes que não

dizem respeito às demonstrações contábeis que estão sendo examinadas, mas

compreendem assuntos importantíssimos que devem ser divulgados em notas

explicativas para que os usuários das demonstrações possam tomar decisões

acertadas com base nas demonstrações.

A única alternativa que não corresponde a um evento subsequente e

constitui o gabarito da questão é a “d”. A variação sazonal dos custos com

insumos é um aspecto normal, que não requer divulgação e tampouco ajuste.

47) (Auditor/Pref. Jaboatão dos Guararapes/FCC/2006) NÃO se caracterizam como eventos subsequentes, aqueles ocorridos

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(A) entre a data do término do exercício social e a data da emissão do parecer. (B) após o término do trabalho de campo, com a emissão do parecer, e a data da divulgação das demonstrações contábeis. (C) durante o exercício social, mas contabilizados após o término do exercício social, como ajuste das demonstrações contábeis. (D) após a publicação das demonstrações contábeis pela empresa auditada. (E) após a emissão do parecer pela firma de auditoria, antes da publicação das demonstrações contábeis. SOLUÇÃO: Segundo a NBC TA 560, para efeito da auditoria, eventos

subsequentes são eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis

e a data do relatório do auditor independente e fatos que chegaram ao

conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório.

Analisando os itens da questão, verifica-se que as letras A, B, D e E

correspondem a eventos subsequentes ocorridos e que devem ser identificados

pelo auditor (letra A) ou levados em consideração pelo auditor, quando

chegarem ao seu conhecimento (letras B, D e E).

O gabarito da questão é a letra C, pois os eventos ocorreram durante o exercício social auditado e foram contabilizados após o término do

exercício social, como ajuste das demonstrações contábeis. Portanto, as

demonstrações foram ajustadas e estão refletindo adequadamente esses fatos,

o que não enseja medida alguma por parte do auditor, ou seja, não constituem

eventos subsequentes.

48) (AUDITOR/TCM/PA/FGV/2008) O período compreendido entre o término do exercício social e a emissão do parecer é denominado período subsequente, e o auditor de considerá-lo parte normal da auditoria, consoante a Resolução CFC 839. Isto ocorre porque, dependendo da natureza e da materialidade dos eventos, ajustes contábeis nas demonstrações contábeis podem ser requeridos. Como exemplo disso, é possível citar perdas significativas em contas a receber e sentenças judiciais. As condições para contabilização e divulgação dos eventos subsequentes são regulamentadas por meio da Resolução CFC 1088. Especificamente em relação aos eventos e transações ocorridos após a divulgação das demonstrações contábeis, o CFC dispõe o seguinte, na NBCT 11-IT 04: A) o auditor tem responsabilidade e deve fazer indagações sobre as demonstrações contábeis.

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B) ao tomar conhecimento, após a divulgação das demonstrações contábeis, de fato anterior à data de seu parecer que, se fosse conhecido, poderia tê-lo levado a emitir documento com conteúdo diverso do que foi, deverá decidir se as demonstrações contábeis precisarão de revisão. C) o auditor ficará impedido de emitir um parecer “sem ressalvas”. D) o parecer a ser emitido deverá estar obrigatoriamente enquadrado na modalidade “sem ressalvas”. E) quando a administração alterar as demonstrações contábeis divulgadas, o auditor deve ignorar essas alterações, uma vez que já concluiu seu parecer sobre elas.

SOLUÇÃO: Cabe ressaltar inicialmente que a Banca utilizou como referência

para solução da questão a NBC T 11 – IT 04, que, na época, estava revogada

pela Resolução CFC nº 1.040/05, quando aprovou a NBC T 11.16 – Transações

e Eventos Subsequentes.

Segundo a norma citada, após a divulgação das demonstrações

contábeis, o auditor não tem responsabilidade de fazer qualquer indagação

sobre essas demonstrações.

Contudo, se após a divulgação das demonstrações contábeis, o auditor

tomar conhecimento de fato anterior à data do seu parecer - e que, se fosse

conhecido naquela data, poderia tê-lo levado a emitir o documento com

conteúdo diverso do que foi -, ele deve decidir se as demonstrações contábeis

precisam de revisão, discutir o assunto com a administração e tomar as

medidas apropriadas às circunstâncias.

Quando a administração não tomar as medidas necessárias para

assegurar que qualquer pessoa que tenha recebido as demonstrações

contábeis anteriormente divulgadas, juntamente com o correspondente

parecer do auditor, seja informada da situação e, quando a administração não

alterar as demonstrações contábeis nas circunstâncias em que o auditor

considera necessária sua alteração, ele deve informar à administração que

poderá tomar medidas para impedir que seu parecer seja utilizado por

terceiros, resguardando, assim, seus direitos e obrigações legais.

Portanto, a alternativa que satisfaz o enunciado da questão é a “B”. Em

que pese o auditor não ser obrigado a aplicar procedimentos nesse sentido

após a emissão de seu parecer, caso ele tome conhecimento, de fato anterior à

data de seu parecer que, se fosse conhecido, poderia tê-lo levado a emitir

documento com conteúdo diverso do que foi, deverá, em uma primeira

medida, decidir se as demonstrações contábeis precisarão de revisão.

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49) (ANALISTA/TRE/SE/FCC/2007) O auditor da Empresa Confim S.A. toma conhecimento de fato relevante em que a empresa perdeu seu principal cliente após o encerramento das demonstrações contábeis e emissão de seu parecer. Neste caso, o auditor deve (A) considerar o fato em seu parecer por meio de parágrafo de ênfase ou ressalva, quando não ajustadas ou reveladas pela empresa. (B) exigir que a empresa faça carta aberta ao mercado relatando os fatos, mantendo seu parecer por já ter encerrado os trabalhos. (C) manter o seu parecer, tendo em vista o fato ter ocorrido após o encerramento dos seus trabalhos e a respectiva emissão do parecer. (D) sempre emitir parecer adverso após o conhecimento dos fatos, cancelando o parecer anterior. (E) acordar com a empresa para que o fato relevante não seja divulgado ao mercado, mantendo a divulgação das demonstrações contábeis na forma anterior.

SOLUÇÃO: Após a data do relatório ou parecer, o auditor não tem

responsabilidade de fazer qualquer indagação sobre essas demonstrações.

Todavia, se tomar conhecimento de evento após a data de emissão de seu

parecer que possa afetar de maneira relevante as Demonstrações Contábeis,

ele deve decidir se elas devem ser ajustadas, discutir o assunto com a

administração e tomar as medidas apropriadas às circunstâncias.

Portanto, o mais correto seria uma alternativa que apontasse essas

medidas. Todavia, o examinador aponta diretamente para as medidas a serem

adotadas em termos de parecer ou relatório do auditor. Nesse sentido, a regra

geral é a de que o auditor independente considere em seu parecer os efeitos

decorrentes de transações e eventos subsequentes relevantes ao exame das

Demonstrações Contábeis, mencionando-os como ressalva ou em parágrafo de

ênfase, quando não-ajustadas ou reveladas adequadamente. Assim, verifica-se

que a alternativa correta é a “A”.

As demais alternativas apresentam medidas e procedimentos

inadequados e não previstos na norma, sendo que alguns são bem absurdos,

como o que se aponta nas letras “B” e “E”.

Quanto ao parágrafo de ênfase, cabe alertar que esse é cabível também

quando o auditor emite um novo parecer, com referência à nota explicativa

que esclarece mais detalhadamente a razão da alteração das demonstrações

contábeis emitidas anteriormente. Portanto, mesmo que a empresa auditada

resolva divulgar adequadamente o evento relevante, o auditor enfatiza em seu

relatório/parecer o evento e os seus efeitos nas DC.

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50) (TCE/AM/FCC/2008) A empresa Contesta S.A., após o encerramento do balanço e a conclusão da elaboração das demonstrações contábeis, foi informada pelos seus advogados que uma causa tributária, questionando a cobrança da COFINS, havia sido julgada improcedente em sua totalidade. Esta causa representa um ajuste relevante nas provisões constituídas, que não havia considerado a possibilidade de perda. A divulgação das demonstrações demorou mais de um mês, em virtude do atraso de sua Assembleia Geral. Desta forma, a administração deve (A) atualizar as demonstrações contábeis para que reflitam a posição adequada reconhecendo o evento. (B) determinar a inclusão de nota explicativa apresentando nas demonstrações contábeis os efeitos do evento. (C) desconsiderar toda a provisão efetuada e contratar novo consultor jurídico para fornecer parecer sobre as causas e os processos. (D) estabelecer que a auditoria complemente os trabalhos e ressalve o parecer. (E) manter as demonstrações e publicá-las, por já ter ocorrido a autorização para a conclusão da elaboração das demonstrações contábeis. SOLUÇÃO: A questão refere-se à existência de uma contingência passiva não

registrada em função de um litígio envolvendo questão tributária. Como o

evento subsequente foi conhecido pela administração e refere-se a uma

condição que já existia na data das demonstrações contábeis (31 de

dezembro), com impacto relevante nas demonstrações, estas devem ser

ajustadas (deve-se refazer o Balanço). Portanto, a alternativa correta é a “A”.

Caso a administração se recusasse a ajustar as demonstrações, caberia

ao auditor emitir opinião com ressalva ou adversa.

51) (Analista Técnico/SUSEP/ESAF/2006) O auditor ao identificar eventos subsequentes deve considerar a) somente eventos que gerem ajustes nas demonstrações contábeis. b) eventos que demandem de ajustes nas demonstrações contábeis e no parecer de auditoria. c) eventos que demandem de ajustes nas demonstrações contábeis ou a divulgação de informações nas notas explicativas. d) fato não objeto da auditoria por ocorrer após o fechamento dos trabalhos de auditoria. e) exclusivamente, ajustes que modifiquem o parecer de auditoria.

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SOLUÇÃO: Ao identificar eventos subsequentes, o auditor deve considerar eventos que demandem ajustes nas demonstrações contábeis (correção de

balanço) e/ou a divulgação de informações em notas explicativas. Alguns

eventos subsequentes podem ser objeto apenas de divulgação, pois não se

referem ao exercício auditado ou a condições que existiam na data das

demonstrações. Pelo exposto, a alternativa “c” é a correta.

52) (AFRFB/ESAF/2009) A empresa Grandes Negócios S.A. adquiriu a principal concorrente, após o encerramento do balanço e a emissão do parecer pelos auditores. No entanto, a empresa ainda não havia publicado suas demonstrações com o parecer. Nessa situação, a firma de auditoria deve: a) manter o parecer com data anterior ao evento, dando encerramento aos trabalhos. b) obrigatoriamente, rever o parecer considerando o fato relevante. c) estabelecer que a empresa inclua o evento relevante nas notas explicativas. d) refazer o parecer considerando as novas informações, determinando nova data para publicação das demonstrações contábeis. e) decidir se as demonstrações devem ser ajustadas, discutir o assunto com a administração e tomar as medidas apropriadas às circunstâncias.

SOLUÇÃO: Essa questão poderia levar o candidato a escolher a opção “c”, pois a compra da empresa é um evento subsequente que requer divulgação em

nota explicativa. Contudo, o auditor não estabelece, determina ou obriga a

administração. Por outro lado, a norma define como primeira medida por parte

do auditor, quando ele já emitiu o parecer e toma conhecimento de evento

subsequente relevante por terceiro, que ele decida se as demonstrações

devem ser ajustadas, discuta o assunto com a administração e tome as

medidas apropriadas às circunstâncias. Portanto, a alternativa mais correta é a

“e”.

53) Quanto às obrigações do auditor perante eventos subsequentes, é incorreto afirmar que A) o auditor não tem responsabilidade em fazer indagações sobre eventos subsequentes entre a data de conclusão do trabalho de campo e a efetiva emissão do relatório de auditoria. B) o auditor deve discutir com a administração a possibilidade de alteração das demonstrações contábeis, quando toma conhecimento de evento subsequente relevante após a data da divulgação das demonstrações contábeis.

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C) o chamado período subsequente é aquele que vai da data do balanço até a data de divulgação das demonstrações contábeis. D) se eventos subsequentes não forem contabilizados ou adequadamente divulgados em notas explicativas, o auditor não poderá emitir opinião sem ressalva. E) dentre os procedimentos de auditoria para obter evidências sobre eventos subsequentes inclui-se a obtenção de uma representação formal do cliente de que todos os eventos subsequentes que, segundo a estrutura de relatório financeiro aplicável, requerem ajuste ou divulgação, foram ajustados ou divulgados.

SOLUÇÃO: A alternativa A está correta. Conforme ensinam Boynton e outros,

geralmente existe um intervalo de uma a três semanas entre a conclusão do

trabalho de campo e a emissão do relatório de auditoria. O auditor não tem

responsabilidade em indagar a administração ou aplicar procedimentos de

auditoria durante esse período, para descobrir eventos subsequentes

relevantes. Contudo, se algum evento subsequente relevante chegar a seu

conhecimento, ele deve considerar se tal evento deve ser revelado em nota

explicativa ou se é necessário que as demonstrações contábeis sejam

ajustadas.

A alternativa B está correta. Após a divulgação das demonstrações

contábeis, o auditor independente não tem obrigação de executar nenhum

procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis.

Entretanto, se, após a divulgação das demonstrações contábeis, o

auditor independente tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu

conhecimento na data do relatório do auditor independente, poderia tê-lo

levado a alterar seu relatório, o auditor independente deve:

a) discutir o assunto com a administração e, quando apropriado, com

os responsáveis pela governança;

b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e,

caso afirmativo;

c) indagar como a administração pretende tratar do assunto nas

demonstrações contábeis.

A alternativa C está incorreta e constitui o gabarito da questão. Período

subsequente é aquele em que o auditor possui responsabilidade por revelar

eventos subsequentes e vai da data do balanço até a data do relatório de

auditoria.

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A alternativa D está correta. Em virtude de evento subsequente

relevante, se a administração não alterar as demonstrações contábeis nas

circunstâncias em que o auditor considerar necessário, e o relatório do auditor

independente ainda não tiver sido fornecido à entidade, o auditor independente

deve modificá-lo, conforme exigido pela NBC TA 705 – Modificações na Opinião

do Auditor Independente, e depois fornecê-lo.

Por fim, a alternativa E também está correta. O auditor independente

deve solicitar à administração e, quando apropriado, aos responsáveis pela

governança, uma representação formal de que todos os eventos subsequentes

à data das demonstrações contábeis e que, segundo a estrutura de relatório

financeiro aplicável, requerem ajuste ou divulgação, foram ajustados ou

divulgados.

RELATÓRIOS DE AUDITORIA

54) (ACE/TCE/TO/CESPE/2009) O relatório em forma longa normalmente inclui detalhes de itens das demonstrações, dados estatísticos, comentários explicativos e, às vezes, uma descrição da extensão do exame do auditor. Pode coexistir com o relatório em forma breve. Nesse caso, A) o relatório em forma breve não pode omitir informações consideradas relevantes contidas no relatório em forma longa. B) os dois relatórios devem conter o mesmo tipo de informação, diferindo apenas no detalhamento. C) o relatório em forma longa deve incluir informações que constituam ressalvas. D) recomendações e sugestões constam apenas do relatório em forma longa. E) providências que devam ser adotadas, em caso de irregularidades, só devem constar do relatório em forma breve.

SOLUÇÃO: O auditor independente, quando realiza a auditoria das

demonstrações contábeis, emite obrigatoriamente um relatório curto ou

parecer de auditoria, mas pode também elaborar um relatório em forma longa

ou carta-comentário sobre os controles internos.

Franco e Marra apresentam as seguintes observações caso sejam

emitidos dois relatórios, um em forma curta e outro em forma longa:

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� o auditor deve certificar-se de que o relatório em forma longa não

contenha informações adicionais que, por sua ausência no relatório

em forma breve, indicasse ser este deficiente;

� nenhum dos comentários do relatório em forma longa deve prestar-se

a ser interpretado como ressalva;

� o auditor deve decidir se os outros dados do relatório em forma longa

estão apresentados de maneira que possam ser interpretados como

opinião sobre as demonstrações contábeis e não apenas como

exposição de fatos.

A alternativa “A” é a correta. O relatório em forma breve não pode omitir

informações consideradas relevantes contidas no relatório em forma longa,

pois essa omissão significaria ser aquele deficiente.

Cabe alertar que a alternativa “D” pode ter causado certa confusão nos

candidatos, pois como Franco e Marra consideram que o relatório curto seria o

parecer, então, estaria correto afirmar que recomendações e sugestões

constam apenas do relatório em forma longa.

Todavia, Sergio Jund, ao classificar os relatórios quanto à extensão em

sintéticos e analíticos, caracteriza o relatório de forma curta como um relatório

sintético que não contém todos os tópicos recomendados para o relatório

formal do auditor, mas apenas alguns, como por exemplo: introdução, síntese

dos assuntos tratados e recomendações apresentadas, conclusões e opinião.

55) (TCE/TO/CESPE/2009) O parecer dos auditores independentes é o documento mediante o qual os mesmos expressam sua opinião acerca das demonstrações contábeis nele indicadas. Acerca desse assunto, assinale a opção correta. A) Por meio do parecer, o auditor assume responsabilidade de ordem privada, de natureza estritamente contratual. B) O parecer deve ser assinado por contador ou técnico de contabilidade regularmente registrado em CRC. C) A data do parecer deve corresponder a das demonstrações que tenham sido auditadas. D) O auditor, mesmo abstendo-se de emitir opinião a respeito das demonstrações, é responsável por mencionar qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário das informações. E) Em caso de incerteza acerca de fato relevante, o auditor deve abster-se de opinar, desde que haja nota explicativa da administração relacionada ao fato.

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SOLUÇÃO: A alternativa “A” está incorreta, pois além da responsabilidade de

ordem privada e contratual, o auditor assume também uma responsabilidade

profissional e coletiva. Cabe lembrar que existem muitos usuários interessados

no relatório do auditor.

A alternativa “B” está incorreta, pois somente o contador com registro no

CRC pode assinar o relatório.

A alternativa “C” está incorreta, pois, segundo a então vigente NBC T 11,

a data do parecer deve corresponder ao dia de encerramento dos trabalhos de

campo. Lembro que as normas atualmente em vigor estabelecem que o

relatório do auditor não pode ter data anterior aquela em que o auditor obteve

evidência de auditoria suficiente e apropriada.

A alternativa “D” está correta, pois a abstenção de opinião não elimina a

responsabilidade do auditor de mencionar qualquer desvio relevante que

normalmente seria incluído como ressalva no seu relatório e que, portanto,

possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. O gabarito é a

letra D.

A alternativa “E” está incorreta, pois a abstenção de opinião não está

relacionada à divulgação do fato em Nota Explicativa da Administração. Diante

de uma incerteza relevante, cujos fatos estejam devidamente divulgados em

Notas Explicativas, o auditor pode deixar de incluir ressalva em seu relatório,

optando por um parágrafo de ênfase. A abstenção de opinião ocorre se o

auditor não conseguir reunir evidências suficientes para fundamentar sua

opinião e, nesse caso, independe se os fatos estejam devidamente divulgados

em Notas Explicativas.

56) (ICMS/SP/FCC/2009) O auditor externo, ao se deparar com algum passivo que represente para a empresa uma incerteza relevante, deve emitir parecer (A) com ressalva e limitação de escopo do trabalho. (B) sem ressalva e com limitação de escopo do trabalho. (C) adverso, evidenciando a incerteza constatada. (D) sem ressalva e com parágrafo adicional de ênfase. (E) com negativa de opinião e limitação de escopo.

SOLUÇÃO: Conforme os ensinamentos de Franco e Marra, incertezas são

ocorrências que podem influenciar as demonstrações contábeis ou as

revelações nelas contidas, mas que não se prestam a estimativas razoáveis.

Podem estar relacionadas a fatos específicos, cujos possíveis efeitos podem ser

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isolados, ou a fatos complexos, com impacto, nas demonstrações contábeis,

difícil de avaliar.

Muitos candidatos confundem incerteza relevante com uma distorção

relevante, concluindo que a opinião do auditor, nesse caso, seria com ressalva

ou até mesmo com abstenção de opinião. Não é verdade. Se o enunciado

mencionar apenas incerteza relevante ou de possível efeito relevante, o

relatório a ser emitido pelo auditor deve acrescentar um parágrafo de ênfase

ao final, fazendo referência à nota explicativa da administração, que deve

descrever de forma mais extensa, a natureza e, quando possível, o efeito da

incerteza. Nesse caso, o relatório permanece na condição sem ressalva. A letra

D é a correta.

57) Dadas as situações a seguir, identifique, na respectiva ordem, quais os tipos de opinião do auditor mais adequados a cada situação: I - O auditor constatou que a empresa Alpha S.A somente faturava parte de suas mercadorias vendidas e que boa parte das mercadorias compradas entravam sem documentação hábil. II - O auditor constatou que a empresa Beta S.A não estava reconhecendo os juros e as variações monetárias de seus contratos de financiamento junto ao Banco Empresa Tudo S.A, efetuando a contabilização somente no pagamento do empréstimo. III - O auditor, ao executar os trabalhos na empresa Gama S.A encontrou divergências no cálculo da provisão para contigências trabalhistas. Ao analisar a relevância dos números, percebeu que os mesmos não afetavam as demonstrações contábeis. IV - O auditor, ao avaliar as demonstrações financeiras da empresa Omega S.A, não conseguiu compor o saldo das contas de financiamento concedidos, nem das contas de investimentos. A) com ressalva, adversa, abstenção de opinião e sem ressalva. B) adversa, abstenção de opinião, sem ressalva e com ressalva. C) adversa, com ressalva, sem ressalva e abstenção de opinião. D) abstenção de opinião, sem ressalva, com ressalva e adversa. E) com ressalva, com ressalva, sem ressalva e adversa. SOLUÇÃO: Vamos analisar cada afirmativa da questão:

Item I - O auditor constatou que a empresa Alpha S.A somente faturava

parte de suas mercadorias vendidas e que boa parte das mercadorias

compradas entravam sem documentação hábil. Assim, o enunciado dá a

entender que a irregularidade correspondia a um ato fraudulento e a afirmação

de que não havia documentação hábil para boa parte das mercadorias

compradas pela empresa é forte e, obviamente, com impacto relevante e

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extenso nas demonstrações, razão pela qual, o parecer do auditor mais

adequado ao caso seria o adverso.

Item II - O auditor constatou que a empresa Beta S.A não estava

reconhecendo os juros e as variações monetárias de seus contratos de

financiamento junto ao Banco Empresa Tudo S.A, efetuando a contabilização

somente no pagamento do empréstimo. Perceba que a empresa está

descumprindo o princípio contábil da competência, deixando de reconhecer as

despesas com juros e encargos financeiros no momento de sua ocorrência.

Portanto, o parecer do auditor poderia ser com ressalva ou adverso,

dependendo da extensão e impacto nas demonstrações contábeis. Como a

irregularidade ocorre apenas nas contas a pagar, a opinião mais adequada é

com ressalva.

Item III - O auditor, ao executar os trabalhos na empresa Gama S.A

encontrou divergências no cálculo da provisão para contingências trabalhistas.

Ao analisar a relevância dos números, percebeu que os mesmos não afetavam

as demonstrações contábeis. Considerando que as divergências encontradas

pelo auditor não afetavam as demonstrações, ou seja, estavam compatíveis

com o nível de relevância estabelecido e, portanto, não distorciam

significativamente as demonstrações a ponto de prejudicar os usuários, o

parecer deveria ser sem ressalva.

Item IV - O auditor, ao avaliar as demonstrações financeiras da empresa

Omega S.A, não conseguiu compor o saldo das contas de financiamento

concedidos, nem das contas de investimentos. Portanto, significa que o

auditor, em função de uma limitação em seus procedimentos, não conseguiu

coletar evidências sobre o saldo das contas de financiamento e de

investimentos. Em função da relevância desta restrição e de sua extensão, o

parecer seria com abstenção de opinião.

Assim, a única alternativa que expressa corretamente os possíveis tipos

de opinião/parecer em função das circunstâncias informadas nos itens da

questão é a letra “C”.

58) Sobre as normas relativas ao relatório do auditor independente, podemos afirmar: A) a data do relatório não pode ser posterior ao dia em que o auditor obteve evidência de auditoria suficiente e apropriada. B) a discordância com a administração da entidade a respeito do conteúdo e forma de apresentação das demonstrações contábeis deve conduzir à opinião com ressalva ou à abstenção de opinião, com os

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esclarecimentos que permitam a correta interpretação dessas demonstrações. C) a limitação na extensão do trabalho deve conduzir à opinião com ressalva ou adversa. D) o auditor deve expressar opinião adversa quando verificar que as demonstrações contábeis estão corretas, em tal magnitude, que impossibilite uma opinião com ressalva. E) a opinião sem ressalva indica que o auditor está convencido de que as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, consoante a estrutura de relatório financeiro aplicável.

SOLUÇÃO: Na letra A, o correto seria: a data do relatório do auditor não pode ser anterior à data que o auditor obteve evidência de auditoria suficiente e

apropriada.

Na letra B, a discordância com a administração da entidade a respeito do

conteúdo e forma de apresentação das demonstrações contábeis deve conduzir

à opinião com ressalva ou adversa.

Na letra C, a limitação na extensão deve conduzir à opinião com ressalva ou com abstenção de opinião.

Na letra D, o auditor deve emitir opinião adversa quando verificar que as

demonstrações contábeis estão incorretas, em tal magnitude, que

impossibilite a emissão do parecer com ressalva.

A letra E é a única alternativa correta. A opinião sem ressalva é expressa

quando o auditor conclui, sobre todos os aspectos relevantes, que as

demonstrações contábeis foram preparadas de acordo com a estrutura de

relatório financeiro aplicável e de acordo com as práticas contábeis adotadas

no Brasil.

59) (Auditor/São Paulo/FCC/2007) Um auditor independente foi contratado pela Cia. Metalúrgica ABC, em 10.01.2006, para examinar as demonstrações contábeis da sociedade relativas ao exercício findo em 31.12.2005. Em virtude do atraso de sua contratação, ele não pôde acompanhar o inventário físico dos estoques de matérias-primas, de produtos em elaboração e dos produtos acabados da companhia. Essa limitação na extensão de seu trabalho, que ele considerou bastante relevante, deve conduzir à emissão de um parecer (A) sem ressalva. (B) adverso. (C) com abstenção de opinião.

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(D) com ressalva. (E) com parágrafo de ênfase.

SOLUÇÃO: Considerando a natureza da empresa, ou seja, uma indústria, e,

portanto, da relevância e materialidade da conta estoques, caso o auditor não

possa acompanhar o inventário físico dos estoques de matérias-primas, de

produtos em elaboração e dos produtos acabados da companhia, essa

limitação na extensão de seu trabalho (que ele considerou bastante relevante)

deve conduzir à emissão de um relatório com abstenção de opinião. O gabarito

é a letra C.

Vale notar, no entanto, que as atuais normas do CFC sobre emissão de

relatório indicam que a opinião pela ressalva ou pela abstenção, em caso de

limitação ou ausência de evidência, dependerá da generalização da distorção

para as DC como um todo. Caso essa mesma questão constasse da prova para

AFRFB que se aproxima, o candidato seria obrigado a optar por um tipo de

opinião e a mais adequada à situação hipotética colocada no enunciado da

questão continuaria sendo, a meu ver, o parecer (relatório) com abstenção de

opinião, dada a relevância e a magnitude da limitação.

60) (ICMS/PB/FCC/2006) O emprego de parágrafo de ênfase no parecer para ressaltar uma incerteza quanto ao sucesso da empresa, que questiona a inconstitucionalidade de um tributo que afeta relevantemente as demonstrações contábeis da empresa auditada, leva o auditor a emitir o parecer (A) com ressalva e parágrafo de ênfase. (B) com limitação de escopo e parágrafo de ênfase. (C) sem ressalva e parágrafo de ênfase. (D) adverso e parágrafo de ênfase. (E) com abstenção de opinião e parágrafo de ênfase.

SOLUÇÃO: Diante de incerteza com possível efeito relevante sobre as DC, o

auditor deve enfatizar a situação em seu parecer/relatório, com opinião sem

ressalva, pois não se trata de uma distorção causada por erro ou fraude, mas

apenas uma dúvida quanto ao deslinde de um litígio. O gabarito é a letra C.

61) (AUDITOR INFRAERO/FCC/2009) De acordo com a Interpretação Técnica 5 da NBC T 11, aprovada pelo Conselho Federal de Contabilidade pela Resolução 830, de 1998, quando houver limitação na extensão do trabalho do auditor, seja ela imposta pela administração da entidade ou circunstancial, o profissional pode ser obrigado a emitir um parecer

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(A) com ressalva ou abstenção de opinião, dependendo da extensão da limitação. (B) adverso, qualquer que seja a extensão da limitação. (C) sem ressalva, mas com um parágrafo intermediário indicando como a limitação pode ter distorcido as demonstrações contábeis da entidade auditada. (D) sem ressalva, desde que baseado nas informações do auditor interno, que lhe afirma que a limitação não terá efeito relevante nas demonstrações contábeis. (E) com abstenção de opinião, mesmo que a limitação tenha ocorrido em item das demonstrações contábeis de pouca relevância.

SOLUÇÃO: De acordo com a norma de auditoria, quando houver limitação na

extensão do trabalho do auditor, seja ela imposta pela administração da

entidade ou circunstancial, o profissional pode ser obrigado a emitir uma

opinião com ressalva ou com abstenção de opinião, dependendo da extensão

da limitação. A alternativa A é a correta.

62) (AUDITOR/Jaboatão dos Guararapes/FCC/2006) Ao auditar as demonstrações contábeis de uma empresa, o auditor constata que o saldo da conta outros créditos, no ativo circulante, representa mais de 10% do total deste grupo. Ao discutir o ponto relevante com a administração da empresa, seus diretores afirmam que é prática da empresa divulgar desta forma e que não realizará as modificações solicitadas pela auditoria. Desta forma a auditoria deverá (A) recusar-se a emitir parecer pois evidencia uma limitação de escopo. (B) emitir parecer sem ressalva, pois não passa de uma formalidade. (C) emitir parecer com negativa de opinião, por não conseguir concluir seus trabalhos. (D) emitir parecer adverso por evidenciar que as demonstrações contábeis não representam a situação econômico-financeira da empresa. (E) emitir parecer com ressalva, por haver discordância com a administração da entidade a respeito de conteúdo e forma de apresentação.

SOLUÇÃO: Repare que se trata de uma discordância do auditor em relação a

uma prática contábil e a respeito de conteúdo e forma de apresentação da

demonstração contábil. Como a administração se recusou a proceder aos

ajustes e correções, restaria ao auditor modificar a sua opinião, emitindo

opinião com ressalva ou adversa. Contudo, como a distorção é específica, em

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um grupo das demonstrações contábeis, a opinião deveria ser com ressalva. O

gabarito é a letra E.

63) (AFRFB/ESAF/2009) Na emissão de parecer com abstenção de opinião para as demonstrações contábeis de uma entidade, pode-se afirmar que: a) elimina a responsabilidade do auditor de emitir qualquer parecer devendo este comunicar à administração da empresa da suspensão dos trabalhos. b) não suprime a responsabilidade do auditor de mencionar, no parecer, qualquer desvio, independente da relevância ou materialidade, que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. c) exclui a responsabilidade do auditor de se manifestar sob qualquer aspecto das demonstrações. d) não elimina a responsabilidade do auditor de mencionar, no parecer, qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. e) extingue a responsabilidade do auditor de mencionar, no parecer, qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações.

SOLUÇÃO: A abstenção de opinião é adequada quando o auditor não teve condições de reunir evidências suficientes para permitir-lhe formar uma

opinião sobre as demonstrações contábeis objeto de seu exame. Em outras

palavras, o relatório com abstenção de opinião por limitação na extensão é

emitido quando houver limitação significativa na extensão do exame que

impossibilite o auditor de formar opinião sobre as demonstrações contábeis,

por não ter obtido comprovação suficiente para fundamentá-la, ou pela

existência de múltiplas e complexas incertezas que afetem um número

significativo de rubricas das demonstrações contábeis.

Porém, atenção: Quando o auditor aplica os exames, com alcance

suficiente para detectar irregularidades ou desvios relevantes em relação às

normas e princípios contábeis ele deve expressar uma opinião adversa e não

com abstenção de opinião.

A abstenção de opinião em relação às demonstrações contábeis tomadas

em conjunto não elimina a responsabilidade do auditor de mencionar, no

relatório, qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. A alternativa correta é a “d”.

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64) (TCE/AM/FCC/2009) A empresa de Auditoria Garantia solicitou a seu cliente que realizasse, com seu consultor jurídico, a circularização de seus processos e litígios em andamento. O auditor, não se sentindo seguro em relação à posição por este apresentada, recomendou à empresa uma segunda opinião de consultor jurídico independente, o qual se recusou a emitir opinião. Desta forma, o auditor deve (A) expedir o parecer sem ressalva respaldando-se na posição do primeiro consultor jurídico. (B) emitir o parecer com ressalva porque representa uma limitação na extensão da auditoria. (C) determinar que sejam evidenciados em notas explicativas os reflexos que a demonstração sofreria. (D) estabelecer a relevância do fato e, caso não tenha representatividade, desconsiderá-lo. (E) emitir parecer com abstenção de opinião, independentemente da relevância do fato.

SOLUÇÃO: A questão trata dos procedimentos que o Auditor Independente

deve considerar na realização de um exame, de acordo com as normas de

auditoria para identificar passivos não-registrados e contingências ativas ou

passivas relacionados a litígios, pedidos de indenização ou questões tributárias,

e assegurar-se de sua adequada contabilização e/ou divulgação nas

Demonstrações Contábeis examinadas.

De acordo com as normas, o auditor deve enviar carta de circularização

aos consultores jurídicos encarregados dos processos e litígios em andamento,

como forma de obter e evidenciar o julgamento desses profissionais acerca do

grau da probabilidade de um resultado favorável ou desfavorável e do

montante envolvido. Caso considere necessário, o auditor, baseado nas

informações obtidas dos consultores jurídicos, tendo em vista eventuais

incertezas e relevância do assunto, deve solicitar à administração a opinião de

outro consultor jurídico independente.

A recusa de um consultor jurídico em fornecer a informação solicitada,

por meio de circularização ou em reunião ou a ausência de opinião de outro

consultor jurídico independente nas condições consideradas necessárias é uma

limitação na extensão da auditoria suficiente para impedir a emissão de uma

opinião sem ressalvas.

Essa limitação relevante na execução dos procedimentos deve levar o

auditor a avaliar a necessidade de emitir uma opinião com ressalva relacionada

a essa limitação ou, ainda, emitir parecer com abstenção de opinião sobre as

Demonstrações Contábeis tomadas em conjunto.

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Portanto, a única alternativa correta seria a “B”, pois o auditor pode

emitir o relatório com ressalva em função da limitação na extensão da

auditoria.

O outro tipo de opinião, no caso, seria com abstenção de opinião.

Todavia, a alternativa “E” está incorreta, pois a limitação teria que ser

relevante e, segundo as atuais normas de auditoria, de possível efeito

generalizado.

A propósito, lembramos que a relevância (materialidade), além de

critério de definição dos testes a serem aplicados e da quantidade de evidência

necessária, é critério fundamental para avaliar os resultados obtidos, os

impactos sobre os objetivos da auditoria e demonstrações contábeis e, por

consequência, para definição do tipo de opinião a ser expressa pelo auditor.

65) Assinale a alternativa INCORRETA quanto às normas de relatório e opinião do auditor sobre as demonstrações contábeis. A) O relatório do auditor independente não pode ter data anterior à data em que ele obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar a sua opinião sobre as demonstrações contábeis. B) Se as demonstrações contábeis elaboradas de acordo com os requisitos de uma estrutura de apresentação adequada não atingem uma apresentação adequada, o auditor deve emitir necessariamente uma opinião adversa. C) Em todos os casos em que não for possível obter segurança razoável e a opinião com ressalva no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para atender aos usuários das demonstrações contábeis, o auditor deve abster-se de emitir sua opinião ou renunciar ao trabalho, quando a renúncia for possível de acordo com lei ou regulamentação aplicável. D) A decisão sobre que tipo de opinião modificada é apropriado depende da relevância da distorção e da opinião do auditor sobre a disseminação dos efeitos do assunto sobre as demonstrações contábeis. E) O auditor deve expressar uma opinião com ressalva quando, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, porém, não generalizadas para as demonstrações contábeis.

SOLUÇÃO: A alternativa incorreta é a B, pois se as demonstrações contábeis

elaboradas de acordo com os requisitos de uma estrutura de apresentação

adequada não atingem uma apresentação adequada, o auditor deve discutir o

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assunto com a administração e, dependendo das medidas a serem tomadas,

pode emitir opinião sem ressalva, com ressalva ou adversa.

Quanto ao que dispõe a letra A, vale lembrar que a asseguração razoável

é alcançada quando o auditor obtém evidência de auditoria suficiente e

apropriada, portanto, a data de encerramento dos trabalhos e,

consequentemente, do relatório do auditor não pode ser anterior à data em

que ele obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente.

No que concerne à letra C, como consequência da ausência de segurança

razoável por parte do auditor e da impossibilidade de uma opinião com

ressalva, dadas as circunstâncias, o auditor deverá abster-se de expressar

opinião ou renunciar ao trabalho. Neste último caso – da renúncia – a condição

é que a renúncia seja possível de acordo com lei ou regulamentação aplicável.

Caso lei ou norma não permita a renúncia, restaria ao auditor emitir relatório

com abstenção de opinião.

Quanto às letras D e E, vale lembrar que a decisão sobre que tipo de

opinião modificada é apropriado – com ressalva, adversa ou abstenção de

opinião - depende da relevância da distorção e da opinião do auditor sobre a

disseminação dos efeitos do assunto sobre as demonstrações contábeis.

Assim, o auditor deve expressar uma opinião com ressalva quando,

tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as

distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, porém, não

generalizadas para as demonstrações contábeis. Por exemplo, apesar da

relevância da distorção, ele afeta apenas uma conta do Balanço Patrimonial.

Caso as distorções afetassem mais de uma conta ou demonstração, a opinião

deveria ser adversa.

OBSERVAÇÃO: A tabela a seguir mostra como a opinião do auditor

sobre a natureza do assunto que gerou a modificação, e a disseminação de

forma generalizada dos seus efeitos ou possíveis efeitos sobre as

demonstrações contábeis, afeta o tipo de opinião a ser expressa.

Natureza do assunto que gerou a modificação

Julgamento do auditor sobre a disseminação de forma generalizada dos efeitos ou possíveis efeitos sobre as demonstrações contábeis Relevante, mas não

generalizado

Relevante e generalizado

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As demonstrações contábeis apresentam distorções relevantes

OPINIÃO COM

RESSALVA

OPINIÃO ADVERSA

Impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente

OPINIÃO COM

RESSALVA

ABSTENÇÃO DE

OPINIÃO

66) (AFRFB/ESAF/2009) A empresa de Transportes S.A. é uma empresa que tem seus registros contábeis e procedimentos estabelecidos por agência de fiscalização. A agência estabeleceu procedimento para registro das concessões que diverge significativamente, do procedimento estabelecido pelo Conselho Federal de Contabilidade. Nessa situação, deve o auditor emitir parecer: a) sem abstenção de opinião. b) adverso. c) com ressalva. d) sem ressalva, mas evidenciando em nota explicativa a divergência. e) com abstenção de opinião.

SOLUÇÃO: A ESAF apontou a alternativa “b” como correta em seu gabarito

preliminar, para depois, quando do gabarito definitivo, alterar o gabarito para

a letra “c”. Entendo acertada a decisão da banca, pois o procedimento de

registro contábil adotado pela entidade guardou conformidade com que

estabeleceu a agência reguladora, que é o caso de entidades de atividade

regulamentada ou sujeitas à legislação específica.

A então vigente Interpretação Técnica 05, aprovada pela Resolução CFC

830/93, definia que o modelo de parecer também é aplicável a essas entidades

regulamentadas e que os desvios dos Princípios Fundamentais de

Contabilidade originados na legislação ou nas normas regulamentares

específicas devem ser tratados de maneira idêntica à observada nas demais

entidades, contendo ressalva ou opinião adversa, sempre que relevante.

Porém, o enunciado é decisivo para saber qual seria o tipo de opinião

mais adequada à situação hipotética. O fato de a divergência ser significativa

em relação à norma (princípio) estabelecida pelo CFC só indica que a opinião

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mais adequada seria com ressalva, pois, se a divergência não fosse

relevante/significativa, o parecer seria sem ressalva. A alternativa correta é a

“c”. Para que ficasse caracterizado o parecer adverso, haveria necessidade do

enunciado indicar que, além da divergência ser relevante, o efeito fosse

generalizado e as demonstrações restassem enganosas e erradas a ponto de

não ser adequado que o auditor emitisse apenas opinião com ressalva.

67) (Analista de Controle Interno/SEFAZ/RJ/FGV/2011) Qual das situações abaixo impede que o auditor emita um parecer sem ressalva? A) O auditado efetuar os ajustes recomendados pelo auditor. B) Chance remota de determinado ativo não ser realizado. C) Incapacidade de a entidade auditada continuar suas operações. D) Discordância junto à administração quanto a procedimentos contábeis de efeitos relevantes nas demonstrações. E) Ausência de limitação da extensão do seu trabalho.

SOLUÇÃO: Das alternativas, a única situação que impediria o auditor de emitir

uma opinião não modificada ou sem ressalva seria a discordância junto à

administração quanto a procedimentos contábeis de efeitos relevantes nas

demonstrações. Nesse caso, a opinião poderia ser com ressalva ou adversa. O

gabarito é a letra D.

Na letra A, se o auditado efetua os ajustes recomendados pelo auditor,

não há motivos para que o auditor altere a sua opinião.

Na letra B, a chance remota de determinado ativo não ser realizado

significa apenas que não se trata de uma contingência ativa, não sendo

suficiente para caracterizar uma distorção.

Na letra C, a incapacidade de a entidade auditada continuar suas

operações por si só não caracteriza objeto de ressalva ou opinião adversa, pois

precisaria que houvesse a indicação se as demonstrações contábeis foram ou

não ajustadas de forma a refletir essa descontinuidade.

Por fim, na letra E, a ausência de limitação da extensão do trabalho não

enseja modificação no parecer do auditor. 68) (Analista de Controle Interno/SEFAZ/RJ/FGV/2011) Quando houver uma limitação no escopo do trabalho do auditor provocado pela entidade auditada, o parecer deverá ser emitido na(s) modalidade(s) A) adverso ou com abstenção de opinião. B) sem ressalvas.

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C) com parágrafo de ênfase. D) adverso ou com ressalva. E) com ressalva ou com abstenção de opinião.

SOLUÇÃO: Quando houver uma limitação no escopo do trabalho do auditor

provocado pela entidade auditada, a consequência será a ausência de

evidência e a emissão de relatório/parecer de auditoria nas modalidades com

ressalva ou com abstenção de opinião. O gabarito é a letra E.

69) (Analista de Controle Interno/SEFAZ/RJ/FGV/2011) O auditor, durante a aplicação dos testes, identificou a existência de fraudes envolvendo montante significativo, situação que, se não fosse ajustada, demandaria a emissão de parecer adverso. Após reunião com os gestores, recebeu as demonstrações contábeis devidamente ajustadas, tendo sido acatadas todas as recomendações que havia feito. Nesse caso, o parecer a ser emitido é A) sem ressalva. B) com ressalva ou com parágrafo de ênfase. C) adverso ou com ressalva. D) com abstenção de opinião ou com ressalva. E) com limitação de opinião ou adverso. SOLUÇÃO: Como os gestores corrigiram e ajustaram as demonstrações

contábeis, o auditor não modifica a sua opinião. Portanto, o relatório a ser

emitido é sem ressalva. O gabarito é a letra A.

70) (Analista de Controle Interno/SEFAZ/RJ/FGV/2011) A auditoria das demonstrações financeiras de sociedades controladas, avaliadas pelo método de equivalência patrimonial, por outros auditores independentes, implica a seguinte obrigação para o auditor da sociedade controladora: A) emitir parecer com abstenção de opinião ou adverso. B) emitir parecer com parágrafo de ênfase, em virtude dessa incerteza. C) emitir um parecer com ressalvas, em virtude dessa situação. D) desconsiderar essa situação em seu relatório. E) destacar esse fato em seu parecer.

SOLUÇÃO: O enunciado apenas indica que houve participação de outros

auditores independentes no exame das demonstrações contábeis de

controladas e/ou coligadas. Logo, em virtude do investimento da controladora,

a ser avaliado pelo método de equivalência patrimonial, a obrigação do auditor

da controladora e/ou investidora é apenas de destacar esse fato em seu

relatório/parecer. O gabarito é a letra E.

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Essa menção significa que as demonstrações contábeis das controladas e

coligadas, utilizadas para fins de consolidação ou contabilização dos

investimentos pelo valor do patrimônio líquido na controladora e/ou

investidora, foram auditadas por outros auditores e estão adequadas.

A referência ao relatório dos outros auditores, mesmo sem a indicação do

conteúdo de sua opinião, significa que: a) o relatório dos outros auditores não

teve ressalvas ou teve ressalvas que não afetam a posição patrimonial e

financeira e os resultados da investidora; e b) não há nenhuma restrição aos

seus trabalhos e conclusões.

71) Acerca do relatório de auditoria, é correto afirmar que: A) o relatório do auditor independente deve ser por escrito, necessariamente emitido de forma impressa em papel. B) o auditor deverá deixar de elaborar o relatório, caso não tenha razoável segurança das evidências encontradas. C) o auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando em circunstâncias extremamente raras envolvendo diversas incertezas, conclui que, independentemente de ter obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre cada uma das incertezas, não é possível expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis devido à possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre essas demonstrações contábeis. D) no caso de eventos subsequentes relevantes, quando as demonstrações contábeis revelarem adequadamente os eventos e os seus efeitos sobre a situação patrimonial e financeira da empresa, o auditor não é obrigado a incluir um parágrafo de ênfase em seu relatório. E) ao expressar uma opinião modificada sobre demonstrações contábeis elaboradas de acordo com a estrutura de conformidade, a opinião do auditor deve ser que as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.

SOLUÇÃO: A única alternativa correta é a C. O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando em circunstâncias extremamente raras

envolvendo diversas incertezas, conclui que, independentemente de ter obtido

evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre cada uma das incertezas,

não é possível expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis

devido à possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo

sobre essas demonstrações contábeis.

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Na letra A, o relatório pode ser de forma impressa em papel ou em meio

eletrônico.

Na letra B, o relatório poderia ser com ressalva ou com abstenção de

opinião. A renúncia seria o último caso.

Na letra D, o auditor deve incluir parágrafo de ênfase em seu relatório

fazendo menção à nota explicativa.

Por fim, na letra E, a opinião do auditor deve ser que as demonstrações

contábeis não são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo

com a estrutura de relatório financeiro aplicável.

72) (ISS/SP/FCC/2012) A empresa brasileira Torucha S.A. elaborou as demonstrações contábeis de 2011, consolidadas e individuais, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil para avaliação dos investimentos em controladas, coligadas, usando o método de equivalência patrimonial. Dessa forma, o auditor ao emitir seu relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis deve (A) emitir um relatório de auditoria, com limitação de escopo, uma vez que as práticas contábeis adotadas no Brasil divergem dos pronunciamentos emanados pelas normas internacionais de contabilidade: IFRS. (B) emitir um parecer adverso, ressalvando que as demonstrações contábeis não atendem às normas internacionais de contabilidade: IFRS, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. (C) elaborar parágrafo de ênfase, evidenciando que as demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, ressalvando que neste aspecto não atendem às normas internacionais de contabilidade: IFRS. (D) emitir parecer sem ressalva, uma vez que as demonstrações foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil; como essas práticas refletem os pronunciamentos do CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis, estão em conformidade com as normas internacionais de contabilidade: IFRS. (E) abster-se de opinar em seu relatório de auditoria, uma vez que as práticas adotadas no Brasil divergem dos pronunciamentos emanados pelas normas internacionais de contabilidade: IFRS.

SOLUÇÃO: Em prova recente do ISS SP, caiu esta questão muito específica

sobre a providência a ser adotada pelo auditor em seu relatório e opinião

quando são elaboradas demonstrações contábeis, consolidadas e individuais,

de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil para avaliação dos

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investimentos em controladas e coligadas, usando o método de equivalência

patrimonial.

Sem aprofundarmos o estudo acerca das práticas nacionais e

internacionais acerca dos métodos utilizados para consolidação de

demonstrações contábeis, cabe ressaltar o que dispõe a Resolução CFC nº

1.320/2011, sobre o CTA 02 - Emissão do relatório do auditor independente

sobre demonstrações contábeis individuais e consolidadas referentes aos

exercícios findos em, ou a partir de, 31 de dezembro de 2010:

30. Tendo em vista, o esforço empreendido para que as demonstrações

contábeis elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no

Brasil sejam iguais àquelas elaboradas de acordo com as normas

internacionais de relatório financeiro (IFRS) e como as diferenças

remanescentes são pontuais, a CVM requer a adição de um parágrafo no relatório do auditor independente para enfatizar esse assunto, nos casos em que exista tal diferença, de forma a alertar os usuários que

essas diferenças entre as demonstrações contábeis individuais

elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e

demonstrações contábeis separadas de acordo com as IFRSs se

restringem à avaliação dos investimentos em controladas, coligadas e

empreendimentos controlados em conjunto pelo método de equivalência

patrimonial e à manutenção do diferido nas demonstrações contábeis

individuais (grifo nosso).

O anexo II inclui modelo de parágrafo de ênfase a ser adaptado à

situação específica e adicionado após a opinião para atender esse

requerimento da CVM:

Ênfase

Conforme descrito na nota explicativa X, as demonstrações contábeis

individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis

adotadas no Brasil. No caso da Companhia ABC, essas práticas diferem

da IFRS, aplicável às demonstrações contábeis separadas, somente no

que se refere à avaliação dos investimentos em controladas, coligadas e

controladas em conjunto pelo método de equivalência patrimonial,

enquanto que para fins de IFRS seria custo ou valor justo; e pela opção

pela manutenção do saldo de ativo diferido, existente em 31 de

dezembro de 2008, que vem sendo amortizado [somente nos casos em

que for aplicável].

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Pelo exposto e de acordo com as normas do CFC e orientações da CVM, o

gabarito é a letra C, pois o auditor deve enfatizar em seu relatório que a

adoção do método de equivalência patrimonial nas demonstrações contábeis

individuais atende às normas brasileiras, mas não guarda respaldo com as

normas internacionais de contabilidade e de relatório financeiro.

Não é objeto de ressalva, dado que as demonstrações financeiras foram elaboradas em conformidade com as práticas adotadas no Brasil. Nesse sentido, o candidato poderia ficar em dúvida quanto à

alternativa D que aponta ser o parecer sem ressalva. Ocorre, no entanto, que

erro está na afirmação de que as demonstrações estão em conformidade com

as normas internacionais de contabilidade.

***************************************************************

Encerramos mais uma aula. Até a próxima aula do nosso curso.

QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) (SEFAZ/SP/ESAF/2009) Os testes de observância têm por objeto de análise: a) as contas patrimoniais e de resultado. b) os procedimentos de controle de custos adotados pela administração. c) as contas patrimoniais, apenas. d) os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração. e) as contas de resultado, apenas. 2) (ICMS/SP/FCC/2009) Os testes substantivos de auditoria dividem-se em testes de (A) observância e testes de circularização de saldos. (B) observância e testes de amostragem estatística. (C) amostragem estatística e procedimentos de revisão analítica. (D) eventos subsequentes e testes de transações e saldos. (E) transações e saldos e procedimentos de revisão analítica.

3) (ICMS/SP/FCC/2009) Os procedimentos de auditoria que têm por finalidade obter evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados gerados pelo sistema de contabilidade da entidade são denominados testes (A) de controle.

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(B) de observância. (C) substantivos. (D) de evidência. (E) de aderência.

4) (AFRE/MG/ESAF/2005/Com adaptações) Assinale a opção incorreta quanto aos objetivos do auditor na aplicação dos testes substantivos. a) Existência / direitos e obrigações / ocorrência. b) Abrangência / avaliação / mensuração. c) Mensuração / direitos e obrigações / relevância. d) Ocorrência / avaliação / divulgação. e) Apresentação e divulgação / abrangência / existência.

5) (AUDITOR/MG/CESPE/2008) Na aplicação dos testes substantivos, o auditor deve objetivar determinadas conclusões, entre as quais inclui-se a A) abrangência, isto é, se o que está registrado de fato existe e se está correto. B) verificação da efetividade dos controles internos. C) efetiva ocorrência de uma transação. D) avaliação patrimonial atualizada, com base na sistemática de correção monetária vigente. E) existência dos direitos e obrigações que integram o patrimônio em algum momento do período transcorrido. 6) (ICMS/SP/FCC/2009) Quando o auditor verifica se o valor do documento que suporta o lançamento contábil foi efetivamente o valor registrado, ele objetiva a conclusão de (A) existência. (B) ocorrência. (C) mensuração. (D) avaliação. (E) materialidade.

7) (AFRFB/ESAF/2009) A empresa Evolution S.A. comprou novo sistema de faturamento para registro de suas vendas. A auditoria externa realizou testes para confirmar se todas as operações de vendas, efetivamente, haviam sido registradas na contabilidade. Esse procedimento tem como objetivo confirmar a: a) existência. b) abrangência. c) mensuração. d) ocorrência.

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e) divulgação.

8) Aponte qual a opção que corresponde a um teste substantivo em auditoria contábil A) verificação da existência de prévia requisição de material do estoque. B) confirmação de atesto em nota fiscal, pelo setor ou pessoa responsável. C) verificação da competência e confiabilidade de certos gerentes e empregados envolvidos no processamento de transações de pagamentos. D) determinação de que contas a receber encontram-se adequadamente identificadas e classificadas por tipo e período de recebimento esperado. E) confirmação de que saldos bancários são sujeitos a conciliação periódica independente.

9) (AUDITOR/TCE/AL/FCC/2008) Os testes de observância em auditoria têm como objetivo a (A) conferência dos cálculos de depreciação dos equipamentos. (B) avaliação do comportamento de itens significativos através de índices, quocientes e variações absolutas. (C) confirmação sobre o valor dos créditos a receber contabilizados pela entidade. (D) contagem física dos estoques. (E) avaliação dos controles internos da entidade.

10) No contexto de uma auditoria de demonstrações contábeis, testes substantivos são procedimentos de auditoria que: A) podem ser eliminados sob certas circunstâncias. B) são desenhados especificamente para descobrir eventos subsequentes significativos. C) podem tomar a forma de testes de transações, testes de saldos ou testes analíticos. D) aumentarão proporcionalmente com o risco de detecção aceito pelo auditor. E) são realizados para fornecer evidências sobre a eficácia do desenho e da operação das políticas e procedimentos da estrutura de controles internos.

11) (TCE/RS/FMP/2011) Acerca dos procedimentos de auditoria, assinale a alternativa correta.

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A) o cálculo envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade. B) a inspeção, como procedimento de auditoria envolve o exame de registros ou documentos internos ou externos. C) a confirmação, como procedimento de auditoria, envolve o exame de registros ou documentos somente externos. D) a observação é ideal, quando o auditor deseja obter evidência sobre como ocorrerá a execução de determinado processo ou procedimento. E) não é permitido ao auditor combinar procedimentos de auditoria entre si, dado que, uma vez obtidas as evidências, elas são suficientes por si sós. 12) (ICMS/SP/FCC/2009) Para certificar-se que direitos de crédito efetivamente existem em determinada data, o auditor independente utiliza, principalmente, o procedimento de (A) conferência do cálculo dos créditos. (B) observação de processo de controle. (C) revisão analítica de recebíveis. (D) inspeção de ativos tangíveis. (E) circularização dos devedores da companhia.

13) (ICMS/PB/FCC/2006) Em relação ao Inventário Físico de Estoques a ser realizado pelas empresas, é responsabilidade do auditor: (A) sempre acompanhar e aplicar testes que confirmem a existência física dos elementos registrados nas contas contábeis da empresa auditada. (B) quando o valor dos estoques for expressivo em relação à posição patrimonial e financeira da empresa, o auditor deve acompanhar o inventário físico executando testes de confirmação das contagens físicas e procedimentos complementares necessários. (C) acompanhar e colaborar na execução do inventário físico, quando a empresa for industrial elaborando os ajustes necessários nas demonstrações contábeis. (D) proceder ao inventário físico, apresentando as divergências para que a empresa possa realizar os ajustes e elaborar as demonstrações contábeis. (E) confirmar que os ajustes apurados no inventário físico tenham sido contabilizados, sendo desobrigado de acompanhar o inventário físico em qualquer situação.

14) A técnica de auditoria independente chamada de cut-off é utilizada, entre outros, para

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A) apurar o patrimônio líquido. B) calcular o valor da reserva de reavaliação. C) efetuar inventários, controlando as últimas entradas e saídas de estoques. D) apurar o good will. C) elaborar o planejamento fiscal objetivando pagar menos tributos. 15) (AFC/CGU/ESAF/2008 – com adaptações) Quando da aplicação dos testes de controle e procedimentos substantivos, o auditor deve considerar alguns procedimentos técnicos básicos. Um deles – o procedimento analítico – tal como a define a NBC TA 500, consiste no (a): a) exame de registros, documentos e de ativos tangíveis. b) acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução. c) confirmação de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transação, fora da entidade. d) conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios, registros e demonstrações contábeis e outras circunstâncias. e) avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros.

16) (AUDITOR/MG/CESPE/2008) A confirmação externa, ou circularização, consiste na expedição de cartas a empresas ou pessoas com as quais o auditado mantém relações de negócios, solicitando confirmação a respeito da situação desses negócios em data determinada. Acerca da confirmação externa, assinale a opção correta. A) Na correspondência encaminhada, os valores constantes dos livros do cliente devem ser obrigatoriamente discriminados. B) As cartas são assinadas pelos auditores; as informações prestadas por terceiros devem ser previamente compartilhadas com o cliente e por ele reconhecidas. C) As divergências entre os registros do cliente e os de terceiros só serão consideradas válidas mediante reconhecimento por parte do cliente. D) Se a resposta for considerada muito relevante, sua falta implicará na emissão de parecer com abstenção de opinião. E) Decidida a aplicação da confirmação, as cartas serão enviadas apenas às empresas e pessoas selecionadas mediante amostragem, considerando, entre outros fatores, as limitações de tempo, os custos do procedimento e os riscos associados.

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17) (AFRFB/ESAF/2009) A empresa Grandes Resultados S.A. possui prejuízos fiscais apurados nos últimos três anos. A empresa estava em fase pré-operacional e agora passou a operar em plena atividade. As projeções para os próximos cinco anos evidenciam lucros. O procedimento técnico básico que aplicado pelo auditor constataria esse evento seria: a) ocorrência. b) circularização. c) cálculo. d) inspeção. e) inventário físico. 18) (AFRFB/ESAF/2009) A auditoria externa realizou na empresa Avalia S.A. o cálculo do índice de rotatividade dos estoques para verificar se apresentava índice correspondente às operações praticadas pela empresa. Esse procedimento técnico básico corresponde a: a) inspeção. b) revisão analítica. c) investigação. d) observação. e) confronto. 19) (Analista/SUSEP/ESAF/2010) O auditor interno, ao realizar seus testes, efetuou o acompanhamento dos inventários físicos, confrontou as notas fiscais do período com os registros e realizou a circularização dos advogados internos e externos. Esses procedimentos correspondem respectivamente a: a) investigação, inspeção e observação. b) inspeção, observação e investigação. c) confirmação, investigação e observação. d) circularização, observação e inspeção. e) observação, inspeção e investigação. 20) (Auditor Fiscal/ISS/SP/2012) O auditor ao verificar na folha de pagamentos se as verbas pertinentes ao FGTS e INSS foram calculadas adequadamente, atendendo a legislação trabalhista, realiza o procedimento básico de cálculo e A) inspeção. B) observação. C) indagação. D) investigação. E) fiscalização.

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21) Acerca dos procedimentos básicos de auditoria, conforme estabelecem as NBC TAs, assinale a alternativa correta A) os procedimentos de auditoria podem ser utilizados como procedimentos de avaliação de riscos, testes de controles ou procedimentos substantivos, dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo auditor. B) a inspeção de ativos tangíveis fornece, necessariamente, evidência de auditoria confiável quanto à sua existência e quanto aos direitos e obrigações da entidade ou à avaliação dos ativos. C) o recálculo consiste em avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. D) a confirmação envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade. E) para alguns assuntos, o auditor pode considerar necessário obter representações formais da administração para confirmar respostas a indagações verbais, mas não deve exigir representações dos responsáveis pela governança. 22) (Auditor/TCE/RS/FMP/2011) No momento do procedimento de auditoria denominado Confirmação é correto afirmar que: A) os procedimentos de confirmação externa se limitam a confirmar informações relativas a saldos contábeis e seus elementos. B) a solicitação de confirmação é negativa, quando a solicitação de que a parte que confirma responde diretamente ao auditor indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação, ou forneça as informações solicitadas. C) uma resposta verbal a uma solicitação de confirmação, por si só, não se enquadra na definição de confirmação externa, porque não é uma resposta por escrito direta para o auditor. D) as confirmações positivas fornecem evidência de auditoria menos persuasiva que as confirmações negativas. E) a administração não pode recusar a permitir que o auditor envie solicitações de confirmação. 23) (AFRFB/ESAF/2009) A empresa Agrotoxics S.A. tem seus produtos espalhados por diversos representantes, em todas as regiões do Brasil. Seu processo de vendas é por consignação, recebendo somente após a venda. O procedimento de auditoria que garantiria confirmar a quantidade de produtos existentes em seus representantes seria: a) inventário físico.

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b) custeio ponderado. c) circularização. d) custeio integrado. e) amostragem. 24) (Auditor/CEAGESPE/Consulplan/2006) Os procedimentos técnicos de confirmação junto a terceiros conhecedores da transação, dentro ou fora da Entidade Auditada, são empregados comumente para: A) Conferência do cálculo da Provisão de Férias. B) Análise do comportamento das Receitas de Vendas. C) Coleta de preço de mercado de ativos circulantes. D) Evidência de estoques em poder de terceiros. E) Confirmar o valor do goodwill da empresa auditada. 25) (ICMS/SP/FCC/2009) O auditor externo está realizando auditoria em uma empresa do setor industrial, na área de ativo imobilizado. Ao analisar os parâmetros do sistema de cálculo da depreciação da conta Móveis e Utensílios do Escritório Administrativo, constata que a taxa de depreciação, que deveria ser de 5% ao ano, foi cadastrada como 10% ao ano. Dessa forma, o auditor pode concluir que (A) a conta de Estoque de Produtos Acabados, no período, está subavaliada. (B) a conta de Depreciação Acumulada, no período, está subavaliada. (C) a Despesa de Depreciação, no período, está superavaliada. (D) a Depreciação Acumulada está com o saldo acumulado correto. (E) o Custo das Mercadorias Vendidas está superavaliado.

26) (TCE/AM/FCC/2008) O auditor externo ao realizar procedimento de conferência dos valores de depreciação, calculados sobre o imobilizado da empresa, constata que o cálculo estava incorreto, tendo sido utilizado taxa menor do que a permitida. Nesse caso, o saldo da conta de (A) Imobilizado está subavaliado. (B) Custo das Mercadorias Vendidas está superavaliado. (C) Estoques de Produtos Acabados está superavaliado. (D) Depreciação Acumulada está subavaliado. (E) Despesa de Depreciação está superavaliado.

27) (AUDITOR/PETROBRAS/CESGRANRIO/2008) Em um teste no processo de contas a receber de clientes, quais procedimentos de auditoria podem ser utilizados para verificar se as vendas realizadas foram provisionadas contabilmente como valores a receber e se a quitação ocorreu conforme os valores e os prazos envolvidos?

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(A) Fazer a contagem física do Caixa na data do vencimento da fatura e a revisão analítica do saldo contábil da conta Bancos. (B) Verificar a composição analítica do saldo contábil do Contas a Receber e o extrato bancário com o correspondente crédito na data do vencimento da fatura. (C) Realizar entrevista com um funcionário da contabilidade e verificar o fluxo de caixa da companhia. (D) Realizar inventário físico do estoque para verificar a saída do bem da empresa, verificar a movimentação contábil do saldo das contas Estoques e Contas a Receber, e entrevistar os funcionários do Financeiro e da Contabilidade. (E) Efetuar a circularização dos bancos para obter os extratos na data do vencimento da fatura e realizar o cálculo das provisões contábeis no Contas a Receber.

28) (ANALISTA/SENADO/FGV/2008) Na empresa é necessário que, periodicamente, os ativos sob a responsabilidade de empregados sejam confrontados com os registros da contabilidade, com o objetivo de detectar desfalques ou registro inadequado de ativos. Não é exemplo desse confronto: (A) contagem de caixa com o saldo do razão geral. (B) contagem física de títulos com o saldo da conta de investimentos. (C) saldo da conta corrente bancária com o saldo do extrato enviado pelo banco. (D) inventário físico dos bens em estoque com o razão geral da respectiva conta. (E) inventário do ativo imobilizado com o saldo das vendas efetuadas.

29) (Contador/CELESC/FEPESE/2006) É o procedimento no qual o valor necessário é determinado em duas etapas: 1) numa primeira etapa deve-se identificar as perdas já conhecidas (clientes em concordata, clientes em falência, clientes em dificuldades financeiras, dentre outros); 2) na segunda etapa é realizada uma estimativa de perdas das contas a receber dos clientes restantes, com base nas experiências de exercícios anteriores ou de empresas do mesmo ramo de negócio. Essa estimativa, normalmente, consiste em segregar as contas a receber por idade de vencimento e aplicando os percentuais históricos de perda. O saldo corresponde ao somatório dos valores das duas etapas aqui mencionadas. Assinale a alternativa correta para o texto acima descrito: A) Confirmação de contas a receber de clientes. B) Avaliação das contas a receber e da provisão para devedores duvidosos.

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C) Teste de avaliação das contas a receber de clientes. D) Inspeção de notas de crédito emitidas. E) Conferência de cálculos de contas a receber de clientes.

30) (Contador/CELESC/FEPESE/2006) Procedimentos do auditor: Obter uma listagem individual dos bens do ativo imobilizado, com data-base do fim do período, e, conferir a soma dessa listagem. Verificar se o total dessa listagem concorda com o saldo do custo corrigido no fim do período, apresentado no papel de trabalho de movimentação das contas envolvidas. Selecionar bens para uma identificação física. Selecionar, de forma aleatória, bens fisicamente e identificá-los na listagem. Assinale a alternativa correta para os procedimentos de auditoria, acima descritos: A) Teste das baixas. B) Teste de aquisições. C) Teste de depreciações. D) Verificação da existência física. E) Verificação das imobilizações em andamento.

31) São procedimentos de auditoria a serem observados em um programa de auditoria das disponibilidades, exceto: A) verificação das contas incobráveis B) contagem de caixa C) circularização dos saldos bancários D) testes da conciliação bancária E) cut-off de cheques

32) (AFTE/RS/FUNDATEC/2009) Assinale a alternativa incorreta, quanto à finalidade da auditoria das disponibilidades. A) determinar sua existência, que poderá estar na empresa, em bancos ou terceiros. B) determinar se é pertencente à empresa. C) determinar se as ações ou o título de propriedade do capital social foram adequadamente autorizados e emitidos. D) determinar a existência de restrições de uso ou de vinculações em garantia. E) determinar se foram utilizados os princípios fundamentais de contabilidade.

33) O procedimento de auditoria mais adequado para examinar dinheiro em caixa, estoques, títulos e bens do ativo imobilizado é a: A) confirmação com terceiros. B) conferência de cálculos.

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C) inspeção de documentos. D) correlação de saldos. E) contagem física. 34) Indique a opção que NÃO contém um teste de auditoria do Ativo Imobilizado: (A) teste das aquisições. (B) conferência dos saldos iniciais e finais. (C) verificação das existências físicas. (D) teste das despesas de manutenção e reparos. (E) confirmação de contas a receber de clientes.

35) (Auditor/Petrobrás/Cesgranrio/2011) Os procedimentos de auditoria são um conjunto de técnicas utilizadas pelo auditor para colher evidências sobre o processo auditado e emitir um parecer técnico. Um dos procedimentos de auditoria que podem ser realizados para validação do saldo contábil registrado na conta fornecedores é a(o) (A) contagem física do estoque. (B) conferência de cálculos. (C) confirmação com terceiros. (D) teste dos controles internos. (E) acompanhamento do fluxograma do processo de contas a pagar (walkthrough).

36) (Fiscal/AMAPÁ/FGV/2010) Assinale a alternativa que apresente o objetivo específico da auditoria do resultado: (A) comprovar se compras de mercadoria estão de acordo com os objetivos da empresa. (B) confirmar se os pagamentos realizados foram conciliados. (C) verificar se as despesas correspondentes às receitas realizadas foram apropriadas no período. (D) comprovar a correta apropriação das despesas em obediência ao regime de caixa. (E) conferir a exatidão dos registros contábeis dos estoques de mercadorias.

37) NÃO constitui um teste de folha de pagamento A) verificação de remuneração de executivos. B) confirmação direta de passivos. C) existência física de empregados. D) revisão analítica. E) recálculo de passivos.

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38) (Fiscal/AMAPÁ/FGV/2010) Assinale a alternativa que indique os procedimentos de auditoria aplicáveis à conta Provisão para Devedores Duvidosos. (A) Inspeção documental para exame dos documentos de pagamentos e recebimentos e solicitação de informações aos bancos mediante circularização. (B) Revisão de cálculos por meio da conferência da exatidão aritmética do valor e inspeção para verificação dos documentos que serviram de base para fixação dos critérios de cálculo. (C) Inspeção de documentos e revisão dos cálculos para a verificação dos valores lançados nos investimentos. (D) Inspeção de documentos e revisão dos cálculos no caso de depreciação e amortização acumulada. (E) Revisão de cálculos e investigação e confirmação das operações por meio de circularização de informações financeiras.

39) (Analista de CI/SEFAZ RJ/FGV/2011) Leia atentamente as informações a seguir: I. Quanto melhor o controle interno, apurado por meio de testes de observância, maior deve ser a quantidade de testes substantivos a serem aplicados em função do risco de auditoria. II. A revisão analítica integra os testes substantivos. III. Na auditoria da conta Clientes, utiliza-se normalmente o procedimento de confirmação. IV. Integra o trabalho de auditoria a aplicação de procedimentos para validação de eventos subsequentes após a publicação do parecer. Assinale A) se apenas as informações I e II forem verdadeiras. B) se apenas as informações I e IV forem verdadeiras. C) se apenas as informações II e III forem verdadeiras. D) se apenas as informações II e IV forem verdadeiras. E) se apenas as informações III e IV forem verdadeiras.

40) (Analista Judiciário/TSE/Consulplan/2012) A finalidade da auditoria do passivo é verificar se todas as obrigações estão devidamente registradas. Considerando que a auditoria do passivo constate a existência de valores ocultos, é correto afirmar que o erro constatado pode ter como efeito (A) o aparecimento de juros falsos com o aumento das despesas financeiras. (B) a interferência no cálculo do indicador do retorno do patrimônio líquido, para maior.

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(C) a superavaliação do passivo: melhoria na aparência da empresa junto a credores. (D) os valores ocultos: interferência no cálculo do indicador de liquidez, para maior.

41) Acerca da norma de utilização do trabalho de auditoria interna, é correto afirmar que A) o auditor independente compartilha responsabilidade pela opinião de auditoria expressa quando utiliza o trabalho feito pelos auditores internos. B) a função de auditoria interna da entidade é relevante para a auditoria externa se o trabalho dos auditores internos pode modificar a natureza, época ou reduzir a extensão dos procedimentos de auditoria a serem executados. C) para que o auditor independente utilize um trabalho específico dos auditores internos, deve revisar integralmente os itens já examinados pelos auditores internos, além de examinar outros itens semelhantes. D) dentre os fatores a serem observados para que o trabalho dos auditores internos seja considerado adequado para os fins da auditoria das demonstrações contábeis, não se inclui a comunicação existente entre auditor independente e auditores internos. E) o auditor independente é obrigado a utilizar o trabalho dos auditores internos, para reduzir a extensão dos procedimentos de auditoria.

42) (CONSULTOR LEGISLATIVO/SENADO/FGV/2008) No processo do planejamento da auditoria deve ser considerada a participação de auditores internos e de especialistas na execução do trabalho na entidade auditada, e a possibilidade de as controladas e coligadas serem examinadas por outros auditores independentes. Ao determinar a necessidade de utilizar-se do trabalho de especialistas, o auditor independente não deve considerar: (A) a relevância do item da demonstração contábil que está sendo analisada. (B) o risco de distorção ou erro, levando em conta a natureza e a complexidade do assunto que está sendo analisado. (C) o conhecimento da equipe de trabalho e a experiência prévia dos aspectos que estão sendo considerados. (D) a quantidade e qualidade de outras evidências de auditoria disponíveis para sua análise. (E) a medição do estágio de trabalhos completados ou a completar em contratos em andamento.

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43) (SEFAZ/CE/ESAF/2006) Quando da utilização de serviços de especialista, não há responsabilidade do auditor a) em confirmar se o especialista é habilitado. b) em questionar a capacidade do especialista, desde que habilitado. c) quando o especialista for funcionário da empresa auditada. d) se o especialista for independente e não possuir vínculo com a empresa. e) em divulgar o fato em parecer sem ressalva.

44) (ISS/Rio/ESAF/2010) A respeito do uso de especialista de outra área em auditoria, é correto afirmar, exceto: a) na avaliação do trabalho do especialista, não cabe ao auditor revisar ou testar a fonte de dados utilizada. b) na emissão de parecer sem ressalva, o auditor não pode fazer referência ao trabalho de especialista no seu parecer. c) a certificação profissional, licença ou registro em órgão de classe é um dos elementos de verificação da competência do especialista. d) a responsabilidade, quanto à qualidade e propriedade das premissas e métodos utilizados, é do especialista e não do auditor. e) É atribuição do auditor obter evidência adequada de que o alcance do trabalho do especialista é suficiente para os fins da auditoria. 45) (Auditor/São Paulo/FCC/2007) Considere as afirmações a seguir, relativas a transações e eventos subsequentes ao término do exercício social a que se referem as demonstrações contábeis auditadas: I. A emissão de debêntures e ações não é considerada evento subsequente relevante. II. Eventos subsequentes, após a divulgação das demonstrações contábeis, não devem ser considerados pelo auditor, uma vez que ele não pode emitir um novo parecer. III. Caso os eventos subsequentes não sejam revelados adequadamente pela companhia, o auditor deve mencioná-los, como ressalva ou em parágrafo de ênfase, em seu parecer. IV. A desapropriação de bens da companhia pelo Poder Público é considerada um evento subsequente relevante. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I e III. (C) II e III. (D) II e IV. (E) III e IV.

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46) (SEFAZ/SP/ESAF/2009) As seguintes opções constituem exemplos de transações e eventos subsequentes, exceto: a) perda em contas a receber decorrente de falência do devedor. b) alteração do controle societário. c) aporte de recursos, inclusive como aumento de capital. d) variação sazonal dos custos com insumos. e) destruição de estoques em decorrência de sinistro.

47) (Auditor/Pref. Jaboatão dos Guararapes/FCC/2006) NÃO se caracterizam como eventos subsequentes, aqueles ocorridos (A) entre a data do término do exercício social e a data da emissão do parecer. (B) após o término do trabalho de campo, com a emissão do parecer, e a data da divulgação das demonstrações contábeis. (C) durante o exercício social, mas contabilizados após o término do exercício social, como ajuste das demonstrações contábeis. (D) após a publicação das demonstrações contábeis pela empresa auditada. (E) após a emissão do parecer pela firma de auditoria, antes da publicação das demonstrações contábeis. 48) (AUDITOR/TCM/PA/FGV/2008) O período compreendido entre o término do exercício social e a emissão do parecer é denominado período subsequente, e o auditor de considerá-lo parte normal da auditoria, consoante a Resolução CFC 839. Isto ocorre porque, dependendo da natureza e da materialidade dos eventos, ajustes contábeis nas demonstrações contábeis podem ser requeridos. Como exemplo disso, é possível citar perdas significativas em contas a receber e sentenças judiciais. As condições para contabilização e divulgação dos eventos subsequentes são regulamentadas por meio da Resolução CFC 1088. Especificamente em relação aos eventos e transações ocorridos após a divulgação das demonstrações contábeis, o CFC dispõe o seguinte, na NBCT 11-IT 04: A) o auditor tem responsabilidade e deve fazer indagações sobre as demonstrações contábeis. B) ao tomar conhecimento, após a divulgação das demonstrações contábeis, de fato anterior à data de seu parecer que, se fosse conhecido, poderia tê-lo levado a emitir documento com conteúdo diverso do que foi, deverá decidir se as demonstrações contábeis precisarão de revisão. C) o auditor ficará impedido de emitir um parecer “sem ressalvas”.

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D) o parecer a ser emitido deverá estar obrigatoriamente enquadrado na modalidade “sem ressalvas”. E) quando a administração alterar as demonstrações contábeis divulgadas, o auditor deve ignorar essas alterações, uma vez que já concluiu seu parecer sobre elas.

49) (ANALISTA/TRE/SE/FCC/2007) O auditor da Empresa Confim S.A. toma conhecimento de fato relevante em que a empresa perdeu seu principal cliente após o encerramento das demonstrações contábeis e emissão de seu parecer. Neste caso, o auditor deve (A) considerar o fato em seu parecer por meio de parágrafo de ênfase ou ressalva, quando não ajustadas ou reveladas pela empresa. (B) exigir que a empresa faça carta aberta ao mercado relatando os fatos, mantendo seu parecer por já ter encerrado os trabalhos. (C) manter o seu parecer, tendo em vista o fato ter ocorrido após o encerramento dos seus trabalhos e a respectiva emissão do parecer. (D) sempre emitir parecer adverso após o conhecimento dos fatos, cancelando o parecer anterior. (E) acordar com a empresa para que o fato relevante não seja divulgado ao mercado, mantendo a divulgação das demonstrações contábeis na forma anterior.

50) (TCE/AM/FCC/2008) A empresa Contesta S.A., após o encerramento do balanço e a conclusão da elaboração das demonstrações contábeis, foi informada pelos seus advogados que uma causa tributária, questionando a cobrança da COFINS, havia sido julgada improcedente em sua totalidade. Esta causa representa um ajuste relevante nas provisões constituídas, que não havia considerado a possibilidade de perda. A divulgação das demonstrações demorou mais de um mês, em virtude do atraso de sua Assembleia Geral. Desta forma, a administração deve (A) atualizar as demonstrações contábeis para que reflitam a posição adequada reconhecendo o evento. (B) determinar a inclusão de nota explicativa apresentando nas demonstrações contábeis os efeitos do evento. (C) desconsiderar toda a provisão efetuada e contratar novo consultor jurídico para fornecer parecer sobre as causas e os processos. (D) estabelecer que a auditoria complemente os trabalhos e ressalve o parecer. (E) manter as demonstrações e publicá-las, por já ter ocorrido a autorização para a conclusão da elaboração das demonstrações contábeis.

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51) (Analista Técnico/SUSEP/ESAF/2006) O auditor ao identificar eventos subsequentes deve considerar a) somente eventos que gerem ajustes nas demonstrações contábeis. b) eventos que demandem de ajustes nas demonstrações contábeis e no parecer de auditoria. c) eventos que demandem de ajustes nas demonstrações contábeis ou a divulgação de informações nas notas explicativas. d) fato não objeto da auditoria por ocorrer após o fechamento dos trabalhos de auditoria. e) exclusivamente, ajustes que modifiquem o parecer de auditoria.

52) (AFRFB/ESAF/2009) A empresa Grandes Negócios S.A. adquiriu a principal concorrente, após o encerramento do balanço e a emissão do parecer pelos auditores. No entanto, a empresa ainda não havia publicado suas demonstrações com o parecer. Nessa situação, a firma de auditoria deve: a) manter o parecer com data anterior ao evento, dando encerramento aos trabalhos. b) obrigatoriamente, rever o parecer considerando o fato relevante. c) estabelecer que a empresa inclua o evento relevante nas notas explicativas. d) refazer o parecer considerando as novas informações, determinando nova data para publicação das demonstrações contábeis. e) decidir se as demonstrações devem ser ajustadas, discutir o assunto com a administração e tomar as medidas apropriadas às circunstâncias.

53) Quanto às obrigações do auditor perante eventos subsequentes, é incorreto afirmar que A) o auditor não tem responsabilidade em fazer indagações sobre eventos subsequentes entre a data de conclusão do trabalho de campo e a efetiva emissão do relatório de auditoria. B) o auditor deve discutir com a administração a possibilidade de alteração das demonstrações contábeis, quando toma conhecimento de evento subsequente relevante após a data da divulgação das demonstrações contábeis. C) o chamado período subsequente é aquele que vai da data do balanço até a data de divulgação das demonstrações contábeis. D) se eventos subsequentes não forem contabilizados ou adequadamente divulgados em notas explicativas, o auditor não poderá emitir opinião sem ressalva.

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E) dentre os procedimentos de auditoria para obter evidências sobre eventos subsequentes inclui-se a obtenção de uma representação formal do cliente de que todos os eventos subsequentes que, segundo a estrutura de relatório financeiro aplicável, requerem ajuste ou divulgação, foram ajustados ou divulgados.

54) (ACE/TCE/TO/CESPE/2009) O relatório em forma longa normalmente inclui detalhes de itens das demonstrações, dados estatísticos, comentários explicativos e, às vezes, uma descrição da extensão do exame do auditor. Pode coexistir com o relatório em forma breve. Nesse caso, A) o relatório em forma breve não pode omitir informações consideradas relevantes contidas no relatório em forma longa. B) os dois relatórios devem conter o mesmo tipo de informação, diferindo apenas no detalhamento. C) o relatório em forma longa deve incluir informações que constituam ressalvas. D) recomendações e sugestões constam apenas do relatório em forma longa. E) providências que devam ser adotadas, em caso de irregularidades, só devem constar do relatório em forma breve.

55) (TCE/TO/CESPE/2009) O parecer dos auditores independentes é o documento mediante o qual os mesmos expressam sua opinião acerca das demonstrações contábeis nele indicadas. Acerca desse assunto, assinale a opção correta. A) Por meio do parecer, o auditor assume responsabilidade de ordem privada, de natureza estritamente contratual. B) O parecer deve ser assinado por contador ou técnico de contabilidade regularmente registrado em CRC. C) A data do parecer deve corresponder a das demonstrações que tenham sido auditadas. D) O auditor, mesmo abstendo-se de emitir opinião a respeito das demonstrações, é responsável por mencionar qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário das informações. E) Em caso de incerteza acerca de fato relevante, o auditor deve abster-se de opinar, desde que haja nota explicativa da administração relacionada ao fato.

56) (ICMS/SP/FCC/2009) O auditor externo, ao se deparar com algum passivo que represente para a empresa uma incerteza relevante, deve emitir parecer (A) com ressalva e limitação de escopo do trabalho.

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(B) sem ressalva e com limitação de escopo do trabalho. (C) adverso, evidenciando a incerteza constatada. (D) sem ressalva e com parágrafo adicional de ênfase. (E) com negativa de opinião e limitação de escopo.

57) Dadas as situações a seguir, identifique, na respectiva ordem, quais os tipos de opinião do auditor mais adequados a cada situação: I - O auditor constatou que a empresa Alpha S.A somente faturava parte de suas mercadorias vendidas e que boa parte das mercadorias compradas entravam sem documentação hábil. II - O auditor constatou que a empresa Beta S.A não estava reconhecendo os juros e as variações monetárias de seus contratos de financiamento junto ao Banco Empresa Tudo S.A, efetuando a contabilização somente no pagamento do empréstimo. III - O auditor, ao executar os trabalhos na empresa Gama S.A encontrou divergências no cálculo da provisão para contigências trabalhistas. Ao analisar a relevância dos números, percebeu que os mesmos não afetavam as demonstrações contábeis. IV - O auditor, ao avaliar as demonstrações financeiras da empresa Omega S.A, não conseguiu compor o saldo das contas de financiamento concedidos, nem das contas de investimentos. A) com ressalva, adversa, abstenção de opinião e sem ressalva. B) adversa, abstenção de opinião, sem ressalva e com ressalva. C) adversa, com ressalva, sem ressalva e abstenção de opinião. D) abstenção de opinião, sem ressalva, com ressalva e adversa. E) com ressalva, com ressalva, sem ressalva e adversa. 58) Sobre as normas relativas ao relatório do auditor independente, podemos afirmar: A) a data do relatório não pode ser posterior ao dia em que o auditor obteve evidência de auditoria suficiente e apropriada. B) a discordância com a administração da entidade a respeito do conteúdo e forma de apresentação das demonstrações contábeis deve conduzir à opinião com ressalva ou à abstenção de opinião, com os esclarecimentos que permitam a correta interpretação dessas demonstrações. C) a limitação na extensão do trabalho deve conduzir à opinião com ressalva ou adversa. D) o auditor deve expressar opinião adversa quando verificar que as demonstrações contábeis estão corretas, em tal magnitude, que impossibilite uma opinião com ressalva.

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E) a opinião sem ressalva indica que o auditor está convencido de que as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, consoante a estrutura de relatório financeiro aplicável.

59) (Auditor/São Paulo/FCC/2007) Um auditor independente foi contratado pela Cia. Metalúrgica ABC, em 10.01.2006, para examinar as demonstrações contábeis da sociedade relativas ao exercício findo em 31.12.2005. Em virtude do atraso de sua contratação, ele não pôde acompanhar o inventário físico dos estoques de matérias-primas, de produtos em elaboração e dos produtos acabados da companhia. Essa limitação na extensão de seu trabalho, que ele considerou bastante relevante, deve conduzir à emissão de um parecer (A) sem ressalva. (B) adverso. (C) com abstenção de opinião. (D) com ressalva. (E) com parágrafo de ênfase.

60) (ICMS/PB/FCC/2006) O emprego de parágrafo de ênfase no parecer para ressaltar uma incerteza quanto ao sucesso da empresa, que questiona a inconstitucionalidade de um tributo que afeta relevantemente as demonstrações contábeis da empresa auditada, leva o auditor a emitir o parecer (A) com ressalva e parágrafo de ênfase. (B) com limitação de escopo e parágrafo de ênfase. (C) sem ressalva e parágrafo de ênfase. (D) adverso e parágrafo de ênfase. (E) com abstenção de opinião e parágrafo de ênfase.

61) (AUDITOR INFRAERO/FCC/2009) De acordo com a Interpretação Técnica 5 da NBC T 11, aprovada pelo Conselho Federal de Contabilidade pela Resolução 830, de 1998, quando houver limitação na extensão do trabalho do auditor, seja ela imposta pela administração da entidade ou circunstancial, o profissional pode ser obrigado a emitir um parecer (A) com ressalva ou abstenção de opinião, dependendo da extensão da limitação. (B) adverso, qualquer que seja a extensão da limitação. (C) sem ressalva, mas com um parágrafo intermediário indicando como a limitação pode ter distorcido as demonstrações contábeis da entidade auditada.

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(D) sem ressalva, desde que baseado nas informações do auditor interno, que lhe afirma que a limitação não terá efeito relevante nas demonstrações contábeis. (E) com abstenção de opinião, mesmo que a limitação tenha ocorrido em item das demonstrações contábeis de pouca relevância.

62) (AUDITOR/Jaboatão dos Guararapes/FCC/2006) Ao auditar as demonstrações contábeis de uma empresa, o auditor constata que o saldo da conta outros créditos, no ativo circulante, representa mais de 10% do total deste grupo. Ao discutir o ponto relevante com a administração da empresa, seus diretores afirmam que é prática da empresa divulgar desta forma e que não realizará as modificações solicitadas pela auditoria. Desta forma a auditoria deverá (A) recusar-se a emitir parecer pois evidencia uma limitação de escopo. (B) emitir parecer sem ressalva, pois não passa de uma formalidade. (C) emitir parecer com negativa de opinião, por não conseguir concluir seus trabalhos. (D) emitir parecer adverso por evidenciar que as demonstrações contábeis não representam a situação econômico-financeira da empresa. (E) emitir parecer com ressalva, por haver discordância com a administração da entidade a respeito de conteúdo e forma de apresentação.

63) (AFRFB/ESAF/2009) Na emissão de parecer com abstenção de opinião para as demonstrações contábeis de uma entidade, pode-se afirmar que: a) elimina a responsabilidade do auditor de emitir qualquer parecer devendo este comunicar à administração da empresa da suspensão dos trabalhos. b) não suprime a responsabilidade do auditor de mencionar, no parecer, qualquer desvio, independente da relevância ou materialidade, que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. c) exclui a responsabilidade do auditor de se manifestar sob qualquer aspecto das demonstrações. d) não elimina a responsabilidade do auditor de mencionar, no parecer, qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. e) extingue a responsabilidade do auditor de mencionar, no parecer, qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações.

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64) (TCE/AM/FCC/2009) A empresa de Auditoria Garantia solicitou a seu cliente que realizasse, com seu consultor jurídico, a circularização de seus processos e litígios em andamento. O auditor, não se sentindo seguro em relação à posição por este apresentada, recomendou à empresa uma segunda opinião de consultor jurídico independente, o qual se recusou a emitir opinião. Desta forma, o auditor deve (A) expedir o parecer sem ressalva respaldando-se na posição do primeiro consultor jurídico. (B) emitir o parecer com ressalva porque representa uma limitação na extensão da auditoria. (C) determinar que sejam evidenciados em notas explicativas os reflexos que a demonstração sofreria. (D) estabelecer a relevância do fato e, caso não tenha representatividade, desconsiderá-lo. (E) emitir parecer com abstenção de opinião, independentemente da relevância do fato.

65) Assinale a alternativa INCORRETA quanto às normas de relatório e opinião do auditor sobre as demonstrações contábeis. A) O relatório do auditor independente não pode ter data anterior à data em que ele obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar a sua opinião sobre as demonstrações contábeis. B) Se as demonstrações contábeis elaboradas de acordo com os requisitos de uma estrutura de apresentação adequada não atingem uma apresentação adequada, o auditor deve emitir necessariamente uma opinião adversa. C) Em todos os casos em que não for possível obter segurança razoável e a opinião com ressalva no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para atender aos usuários das demonstrações contábeis, o auditor deve abster-se de emitir sua opinião ou renunciar ao trabalho, quando a renúncia for possível de acordo com lei ou regulamentação aplicável. D) A decisão sobre que tipo de opinião modificada é apropriado depende da relevância da distorção e da opinião do auditor sobre a disseminação dos efeitos do assunto sobre as demonstrações contábeis. E) O auditor deve expressar uma opinião com ressalva quando, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, porém, não generalizadas para as demonstrações contábeis.

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66) (AFRFB/ESAF/2009) A empresa de Transportes S.A. é uma empresa que tem seus registros contábeis e procedimentos estabelecidos por agência de fiscalização. A agência estabeleceu procedimento para registro das concessões que diverge significativamente, do procedimento estabelecido pelo Conselho Federal de Contabilidade. Nessa situação, deve o auditor emitir parecer: a) sem abstenção de opinião. b) adverso. c) com ressalva. d) sem ressalva, mas evidenciando em nota explicativa a divergência. e) com abstenção de opinião.

67) (Analista de Controle Interno/SEFAZ/RJ/FGV/2011) Qual das situações abaixo impede que o auditor emita um parecer sem ressalva? A) O auditado efetuar os ajustes recomendados pelo auditor. B) Chance remota de determinado ativo não ser realizado. C) Incapacidade de a entidade auditada continuar suas operações. D) Discordância junto à administração quanto a procedimentos contábeis de efeitos relevantes nas demonstrações. E) Ausência de limitação da extensão do seu trabalho.

68) (Analista de Controle Interno/SEFAZ/RJ/FGV/2011) Quando houver uma limitação no escopo do trabalho do auditor provocado pela entidade auditada, o parecer deverá ser emitido na(s) modalidade(s) A) adverso ou com abstenção de opinião. B) sem ressalvas. C) com parágrafo de ênfase. D) adverso ou com ressalva. E) com ressalva ou com abstenção de opinião.

69) (Analista de Controle Interno/SEFAZ/RJ/FGV/2011) O auditor, durante a aplicação dos testes, identificou a existência de fraudes envolvendo montante significativo, situação que, se não fosse ajustada, demandaria a emissão de parecer adverso. Após reunião com os gestores, recebeu as demonstrações contábeis devidamente ajustadas, tendo sido acatadas todas as recomendações que havia feito. Nesse caso, o parecer a ser emitido é A) sem ressalva. B) com ressalva ou com parágrafo de ênfase. C) adverso ou com ressalva. D) com abstenção de opinião ou com ressalva.

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E) com limitação de opinião ou adverso. 70) (Analista de Controle Interno/SEFAZ/RJ/FGV/2011) A auditoria das demonstrações financeiras de sociedades controladas, avaliadas pelo método de equivalência patrimonial, por outros auditores independentes, implica a seguinte obrigação para o auditor da sociedade controladora: A) emitir parecer com abstenção de opinião ou adverso. B) emitir parecer com parágrafo de ênfase, em virtude dessa incerteza. C) emitir um parecer com ressalvas, em virtude dessa situação. D) desconsiderar essa situação em seu relatório. E) destacar esse fato em seu parecer.

71) Acerca do relatório de auditoria, é correto afirmar que: A) o relatório do auditor independente deve ser por escrito, necessariamente emitido de forma impressa em papel. B) o auditor deverá deixar de elaborar o relatório, caso não tenha razoável segurança das evidências encontradas. C) o auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando em circunstâncias extremamente raras envolvendo diversas incertezas, conclui que, independentemente de ter obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre cada uma das incertezas, não é possível expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis devido à possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre essas demonstrações contábeis. D) no caso de eventos subsequentes relevantes, quando as demonstrações contábeis revelarem adequadamente os eventos e os seus efeitos sobre a situação patrimonial e financeira da empresa, o auditor não é obrigado a incluir um parágrafo de ênfase em seu relatório. E) ao expressar uma opinião modificada sobre demonstrações contábeis elaboradas de acordo com a estrutura de conformidade, a opinião do auditor deve ser que as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.

72) (ISS/SP/FCC/2012) A empresa brasileira Torucha S.A. elaborou as demonstrações contábeis de 2011, consolidadas e individuais, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil para avaliação dos investimentos em controladas, coligadas, usando o método de equivalência patrimonial. Dessa forma, o auditor ao emitir seu relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis deve

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(A) emitir um relatório de auditoria, com limitação de escopo, uma vez que as práticas contábeis adotadas no Brasil divergem dos pronunciamentos emanados pelas normas internacionais de contabilidade: IFRS. (B) emitir um parecer adverso, ressalvando que as demonstrações contábeis não atendem às normas internacionais de contabilidade: IFRS, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. (C) elaborar parágrafo de ênfase, evidenciando que as demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, ressalvando que neste aspecto não atendem às normas internacionais de contabilidade: IFRS. (D) emitir parecer sem ressalva, uma vez que as demonstrações foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil; como essas práticas refletem os pronunciamentos do CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis, estão em conformidade com as normas internacionais de contabilidade: IFRS. (E) abster-se de opinar em seu relatório de auditoria, uma vez que as práticas adotadas no Brasil divergem dos pronunciamentos emanados pelas normas internacionais de contabilidade: IFRS.

GABARITO:

1 - D 2 - E 3 - C 4 - C 5 - C 6 - C 7 - B 8 - D 9 - E 10 - C 11 - B 12 - E 13 - B 14 - C 15 - E 16 - E 17 - D 18 - B 19 - E 20 - A 21 - A 22 - C 23 - A 24 - D 25 - C 26 - D 27 - B 28 - E 29 - B 30 - D 31 - A 32 - C 33 - E 34 - E 35 - C 36 - C 37 - B 38 - B 39 - C 40 - D 41 - B 42 - E 43 - E 44 - A 45 - E 46 - D 47 - C 48 - B 49 - A 50 - A 51 - C 52 - E 53 - C 54 - A 55 - D 56 - D 57 - C 58 - E 59 - C 60 - C 61 - A 62 - E 63 - D 64 - B 65 - B 66 - C 67 - D 68 - E 69 - A 70 - E 71 - C 72 - C