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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA – ATRFB 2012 – Pacote Teoria e Exercícios Professor: MURILLO LO VISCO Prof. Murillo Lo Visco www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 04 – IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA JURÍDICA Olá, concursando! Com esta aula iniciamos o estudo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ). Seguiremos, basicamente, o mesmo caminho adotado no estudo do IRPF: começaremos analisando quem deve pagar o imposto. Na próxima aula, nosso tema será a apuração do IRPJ. Para que você possa acompanhar o desenvolvimento do nosso estudo sobre o IRPJ em relação ao edital da ESAF, segue abaixo uma tabela com os temas desta aula: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA (ATRFB) 2. Tributação das pessoas jurídicas. 2.2. Contribuintes e Responsáveis. 2.11. Imunidades. 2.10. Isenções. 2.3. Domicílio Fiscal. Mais uma vez, alterei a ordem dos assuntos em relação àquela que consta do edital. E os motivos disso, tenho certeza de que você já conhece. Sobre o item 2.10, importa ressaltar que nesta aula estudaremos apenas as isenções de que dispõem os arts. 174 a 181 do RIR. Na próxima aula veremos as isenções e reduções do imposto, que se encontram nos arts. 544 a 580. Vamos desenvolver a aula a partir da seguinte estrutura: 1. CONTRIBUINTES DO IRPJ ................................................................ 3 1.1. Pessoas jurídicas ...................................................................... 3 1.2. Equiparação a pessoa jurídica ................................................... 5 1.2.1. Sociedades em conta de participação ....................................... 5 1.2.2. Empresas individuais ............................................................. 5 2. RESPONSÁVEIS PELO IRPJ ............................................................... 8 2.1. Responsabilidade dos sucessores ............................................. 8 2.1.1. Responsabilidade dos sucessores na reorganização societária ..... 8 2.1.2. Responsabilidade dos sucessores na aquisição de fundo de comércio ou estabelecimento ........................................................... 9 2.2. Responsabilidade de terceiros ................................................ 10 2.2.1. Responsabilidade pelas obrigações de comitentes domiciliados no exterior ........................................................................................10

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AULA 04 – IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA JURÍDICA Olá, concursando! Com esta aula iniciamos o estudo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ). Seguiremos, basicamente, o mesmo caminho adotado no estudo do IRPF: começaremos analisando quem deve pagar o imposto. Na próxima aula, nosso tema será a apuração do IRPJ. Para que você possa acompanhar o desenvolvimento do nosso estudo sobre o IRPJ em relação ao edital da ESAF, segue abaixo uma tabela com os temas desta aula:

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA (ATRFB) 2. Tributação das pessoas jurídicas. 2.2. Contribuintes e Responsáveis. 2.11. Imunidades. 2.10. Isenções. 2.3. Domicílio Fiscal.

Mais uma vez, alterei a ordem dos assuntos em relação àquela que consta do edital. E os motivos disso, tenho certeza de que você já conhece. Sobre o item 2.10, importa ressaltar que nesta aula estudaremos apenas as isenções de que dispõem os arts. 174 a 181 do RIR. Na próxima aula veremos as isenções e reduções do imposto, que se encontram nos arts. 544 a 580. Vamos desenvolver a aula a partir da seguinte estrutura:

1. CONTRIBUINTES DO IRPJ ................................................................ 3 1.1. Pessoas jurídicas ...................................................................... 3 1.2. Equiparação a pessoa jurídica ................................................... 5

1.2.1. Sociedades em conta de participação ....................................... 5 1.2.2. Empresas individuais ............................................................. 5

2. RESPONSÁVEIS PELO IRPJ ............................................................... 8 2.1. Responsabilidade dos sucessores ............................................. 8

2.1.1. Responsabilidade dos sucessores na reorganização societária ..... 8 2.1.2. Responsabilidade dos sucessores na aquisição de fundo de comércio ou estabelecimento ........................................................... 9

2.2. Responsabilidade de terceiros ................................................ 10 2.2.1. Responsabilidade pelas obrigações de comitentes domiciliados no exterior ........................................................................................ 10

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2.2.2. Responsabilidade resultante de atuação regular ....................... 11 2.2.3. Responsabilidade resultante de atuação irregular ..................... 11

3. IMUNIDADES RELATIVAS AO IRPJ ................................................. 13 3.1. Disposições gerais .................................................................. 13 3.2. Entidades imunes .................................................................... 13 3.3. Condições para o gozo da imunidade ...................................... 13 3.4. Condições para o gozo da imunidade das instituições de educação e assistência social ......................................................... 14 3.5. Suspensão da imunidade ........................................................ 16

4. ISENÇÕES DO IRPJ ......................................................................... 17 4.1. Instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico e associações civis .......................................................... 17 4.2. Empresas estrangeiras de transporte ..................................... 18 4.3. Associações de Poupança e Empréstimo ................................. 18 4.4. Outras isenções ...................................................................... 18

5. SOCIEDADES COOPERATIVAS .......... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

6. DOMICÍLIO FISCAL DA PESSOA JURÍDICA ..................................... 19 6.1. Procurador de residente ou domiciliado no exterior ................ 19 6.2. Regra subsidiária .................................................................... 19 6.3. Recusa da autoridade fiscal .................................................... 19 6.4. Transferência de domicílio ...................................................... 19

7. PRINCIPAIS PONTOS DA AULA ....................................................... 20

8. QUESTÕES PROPOSTAS .................................................................. 24

9. COMENTÁRIOS ÀS QUESTÕES PROPOSTAS ..................................... 33

10. GABARITO DAS QUESTÕES PROPOSTAS ....................................... 45

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1. CONTRIBUINTES DO IRPJ Os assuntos que estudaremos neste tópico se encontram, basicamente, entre os arts. 146 a 166 do RIR/99. O Regulamento, desde logo, deixa claro que a expressão “pessoa jurídica”, salvo disposição em contrário, compreende todos os contribuintes do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas. De acordo com a legislação tributária, são contribuintes do IRPJ:

• as pessoas jurídicas; e

• as empresas individuais.

As normas de incidência do IRPJ alcançam: - todas as firmas e sociedades, registradas ou não; - as sociedades civis (sociedades simples) de prestação de serviços profissionais relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada; - As sociedades cooperativas de consumo, que tenham por objeto a compra e fornecimento de bens aos consumidores. - as entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudicial e de falência, em relação às operações praticadas durante o período em que perdurarem os procedimentos para a realização de seu ativo e o pagamento do passivo; - as empresas públicas e as sociedades de economia mista, bem como suas subsidiárias, nas mesmas condições das demais pessoas jurídicas.

1.1. Pessoas jurídicas Para os efeitos da tributação, consideram-se pessoas jurídicas (RIR, art. 147):

• pessoas jurídicas de direito privado, domiciliadas no País, sejam quais forem seus fins, nacionalidade ou participantes no capital;

• as filiais, sucursais, agências ou representações no País das pessoas

jurídicas com sede no exterior;

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• os comitentes domiciliados no exterior, quanto aos resultados das operações realizadas por seus mandatários ou comissários no País. Note que, nesse caso, contribuinte é o comitente domiciliado no exterior. O mandatário ou o comissário no País atua em seu nome, age sob sua determinação. Mandatário é um representante ou procurador, que recebe mandato. Mandato é a autorização que alguém confere a outrem para praticar certos atos em seu nome. Quando opera mediante comissão, o mandatário é comissário. Nesse contexto, comissão é um encargo, e comitente é a pessoa que, através de terceiros (comissários), realiza operações com fins lucrativos.

Neste momento você precisa ter um enorme cuidado. Desde o início deste curso, estamos repetindo que a pessoa, física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior, é contribuinte do imposto brasileiro em relação à renda e aos proventos de qualquer natureza provenientes de fontes situadas no País (RIR, art. 682 e seguintes). Como, então, devemos entender o disposto no art. 147, inciso I, do RIR? Contribuintes do IRPJ são somente as pessoas jurídicas domiciliadas no País? Como assim? Embora não esteja expresso, você deve entender que, exceto quanto aos comitentes domiciliados no exterior, somente as pessoas jurídicas domiciliadas no País são contribuintes do IRPJ SEGUNDO AS REGRAS PREVISTAS NO LIVRO II DO REGULAMENTO. O que isso significa? Significa que somente as pessoas domiciliadas no País são tributadas segundo as regras do lucro real, presumido ou arbitrado, com todo seu rigor e formalidades. No caso dos comitentes domiciliados no exterior, há o mandatário ou comissário no País para executar essa tarefa. Por outro lado, das pessoas jurídicas domiciliadas no exterior não iremos esperar que cumpram as regras de apuração do lucro conforme a legislação brasileira. Nesse caso, o imposto incide exclusivamente na fonte sobre os pagamentos remetidos ao exterior, e nem queremos saber se ao final de um período a pessoa jurídica domiciliada no exterior apurou lucro ou prejuízo. De qualquer forma, em relação ao imposto de renda brasileiro, a situação das pessoas jurídicas domiciliadas no exterior não é diferente da situação das pessoas físicas residentes no exterior. Dissemos nas aulas anteriores que a pessoa física residente no exterior não se submete ao regime de tributação anual porque não seria razoável delas exigir antecipações mensais e ajuste anual. Aqui a situação é análoga: não vamos exigir de uma pessoa jurídica domiciliada no exterior a apuração de lucro com o mesmo rigor que exigimos das empresas domiciliadas no Brasil. Simplesmente tributamos na fonte os pagamentos efetuados a pessoa, física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior.

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E por que eu estou falando isso? Porque na prova, o examinador irá cobrar a literalidade do art. 147 do RIR, e você irá considerar correta a alternativa (ou a assertiva) que afirmar que contribuinte do IRPJ é a pessoa jurídica domiciliada no País! E, exceto quanto à comitente no exterior, você vai marcar incorreta a assertiva que afirmar que pessoa jurídica domiciliada no exterior é contribuinte do IRPJ. 1.2. Equiparação a pessoa jurídica Para os efeitos da incidência do imposto de renda, são equiparadas a pessoas jurídicas:

• as sociedades em conta de participação;

• as empresas individuais. 1.2.1. Sociedades em conta de participação As sociedades em conta de participação, previstas entre os arts. 991 a 996 do Código Civil, não têm personalidade jurídica. São constituídas por sócios ostensivos e por sócios ocultos. A atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes. Na apuração dos resultados dessas sociedades, assim como na tributação dos lucros apurados e dos distribuídos, serão observadas as normas aplicáveis às pessoas jurídicas em geral. Os resultados e o lucro real correspondentes à sociedade em conta de participação deverão ser apurados e demonstrados destacadamente dos resultados e do lucro real do sócio ostensivo, ainda que a escrituração seja feita nos mesmos livros. 1.2.2. Empresas individuais Como visto acima, as empresas individuais, para os efeitos da incidência do imposto de renda, são equiparadas às pessoas jurídicas (RIR, art. 147). Segundo dispõe a legislação tributária, são empresas individuais:

• as firmas individuais (empresário individual);

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• as pessoas físicas que, em nome individual, explorem, habitual e profissionalmente, qualquer atividade econômica de natureza civil ou comercial, com o fim especulativo de lucro, mediante venda a terceiros de bens ou serviços, sem prejuízo do que dispõe o item a;

• as pessoas físicas que promovem a incorporação de prédios em

condomínio ou loteamento de terrenos (empresas individuais imobiliárias).

Incorporação é a instituição de um prédio em condomínio. É, nesse sentido, a atividade exercida com intuito de realizar a construção de edificação composta de unidades autônomas, para alienação total ou parcial. Loteamento é a subdivisão de área em lotes destinados a edificação de qualquer natureza, com simultânea implantação de sistema viário composto de novas vias públicas. As disposições relativas às empresas individuais imobiliárias se encontram entre os arts. 151 e 154. Condomínios Os condomínios na propriedade de imóveis não são considerados sociedades de fato, ainda que deles façam parte pessoas jurídicas (RIR, art. 155).

a. Limites da equiparação de pessoa física a pessoa jurídica A equiparação a pessoa jurídica não se aplica às pessoas físicas que, individualmente, exerçam as profissões ou explorem as atividades de:

• médico, engenheiro, advogado, dentista, veterinário, professor, economista, contador, jornalista, pintor, escritor, escultor e de outras que lhes possam ser assemelhadas;

• profissões, ocupações e prestação de serviços não comerciais;

• agentes, representantes e outras pessoas sem vínculo empregatício

que, tomando parte em atos de comércio, não os pratiquem por conta própria;

• serventuários da justiça, como tabeliães, notários, oficiais públicos e

outros;

• corretores, leiloeiros e despachantes, seus prepostos e adjuntos;

• exploração individual de contratos de empreitada unicamente de lavor, qualquer que seja a natureza, quer se trate de trabalhos

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arquitetônicos, topográficos, terraplenagem, construções de alvenaria e outras congêneres, quer de serviços de utilidade pública, tanto de estudos como de construções;

• exploração de obras artísticas, didáticas, científicas, urbanísticas,

projetos técnicos de construção, instalações ou equipamentos, salvo quando não explorados diretamente pelo autor ou criador do bem ou da obra.

b. Contratação de profissional habilitado Afirmamos acima que a equiparação a pessoa jurídica não se aplica às pessoas físicas que, individualmente, exerçam as profissões ou explorem as atividades listadas no item “a”. Isso não significa que essas pessoas não possam contar com a ajuda de auxiliares (secretárias, atendentes, etc). Portanto, para fins tributários, a contratação de auxiliares não tem influência na caracterização da atividade como pessoa jurídica ou pessoa física. Por outro lado, segundo entendimento da Receita Federal, a contratação de profissional de mesma qualificação do titular faz com que a atividade deixe de ser individual, passando a existir exploração de mão-de-obra, o que irá caracterizar o empreendimento como pessoa jurídica. Por exemplo, considere a clínica médica exercida como atividade autônoma de um médico. Haverá equiparação a pessoa jurídica no momento em que houver contratação de outro médico para, na qualidade de empregado, exercer a medicina nessa organização.

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2. RESPONSÁVEIS PELO IRPJ

Entre os arts. 207 e 211 do RIR encontramos disposições relativas à responsabilidade de sucessores e de terceiros pelo IRPJ devido pela pessoa jurídica contribuinte. Em grande parte, trata-se de reprodução de disposições do CTN. Para aqueles que nunca estudaram o tema, trata-se de um instituto do direito tributário por meio do qual se pretende alcançar maior eficácia na cobrança do crédito tributário, atribuindo o dever de pagar o tributo a pessoa diversa (o responsável) daquela que pratica o fato gerador (o contribuinte). 2.1. Responsabilidade dos sucessores Vamos dividir esse item em dois: responsabilidade dos sucessores em caso de reorganização societária (fusão, cisão, incorporação, transformação ou extinção); e responsabilidade dos sucessores em caso de aquisição de fundo de comércio ou estabelecimento. A responsabilidade dos sucessores se aplica aos créditos tributários, constituídos ou não, desde que relativos a obrigações surgidas até a data do evento que implica a sucessão patrimonial. 2.1.1. Responsabilidade dos sucessores na reorganização societária Aqui a lógica é bem simples de entender: se, em decorrência de reorganizações societárias, uma pessoa jurídica deixa de existir, alguém responderá pelos tributos por ela devidos. No caso de cisão parcial, a(s) pessoa(s) jurídica(s) que receber(em) parcela do patrimônio responde(m) pelos tributos devidos pela sociedade cindida. E se houver mais de um sucessor, entre eles a responsabilidade é solidária. Nesse sentido, respondem pelo imposto devido pelas pessoas jurídicas transformadas, extintas ou cindidas:

• a pessoa jurídica resultante da transformação de outra;

• a pessoa jurídica constituída pela fusão de outras;

• a pessoa jurídica que incorporar outra;

• a pessoa jurídica (preexistente) que incorporar parcela do patrimônio de sociedade cindida, ou a (nova) que seja constituída em decorrência de cisão de sociedade;

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Quando mais de uma sociedade receber parcela do patrimônio de pessoa jurídica contribuinte do imposto, extinta por cisão, entre elas (as sociedades sucessoras) a responsabilidade é solidária. No caso de cisão parcial, é solidária a responsabilidade entre a sociedade cindida e a(s) sociedade(s) que absorver(em) parcela do seu patrimônio.

• a pessoa física sócia da pessoa jurídica extinta mediante liquidação,

ou seu espólio, que continuar a exploração da atividade social, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual;

• os sócios, com poderes de administração, da pessoa jurídica que

deixar de funcionar sem proceder à liquidação, ou sem apresentar a declaração de rendimentos no encerramento da liquidação.

Nesse caso, entre os sócios com poderes de administração da pessoa jurídica extinta, a responsabilidade é solidária.

2.1.2. Responsabilidade dos sucessores na aquisição de fundo de comércio ou estabelecimento O art. 208 do RIR reproduz a previsão do art. 133 do CTN, para atribuir a pessoa física ou jurídica adquirente de fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, a responsabilidade pelo imposto relativo ao fundo ou estabelecimento adquirido, devido até a data da aquisição. Mas essa responsabilidade somente se atribui ao adquirente que continuar com a respectiva exploração, independentemente se o faz sob a mesma razão social, ou não, ou sob firma ou nome individual. E qual a intensidade da responsabilidade atribuída ao adquirente? Vai depender da conduta do alienante:

• se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade, a responsabilidade do adquirente é integral (só sobrou o adquirente);

• se o alienante prosseguir na exploração ou iniciar dentro de 6

meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão, a responsabilidade do adquirente é subsidiária em relação à do alienante (o imposto deve ser cobrado primeiro do alienante).

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Só que nada disso se aplica nos casos de ALIENAÇÃO JUDICIAL (CTN, art. 133, §§ 1º e 2º):

- em processo de falência;

- de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.

Trata-se de uma medida que pretende facilitar a continuidade das atividades do fundo de comércio ou do estabelecimento, reduzindo o custo e o risco para os interessados em adquiri-los.

Por outro lado, é uma medida fragiliza a cobrança do crédito tributário, que não foi prevista para beneficiar sócio da própria sociedade falida ou em recuperação judicial, ou pessoas a ele ligadas.

Por isso, a responsabilidade prevista no CTN se mantém (o que equivale dizer que a exceção à hipótese de responsabilidade não se aplica) quando o adquirente na alienação judicial for:

- sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial;

- parente, em linha reta ou colateral até o 4º (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou

- identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária.

2.2. Responsabilidade de terceiros Para facilitar o estudo, também vamos dividir este item em: responsabilidade pelas obrigações de comitentes domiciliados no exterior; responsabilidade resultante de atuação regular; e responsabilidade resultante de atuação irregular. 2.2.1. Responsabilidade pelas obrigações de comitentes domiciliados no exterior Os comissários, mandatários, agentes ou representantes de pessoas jurídicas domiciliadas no exterior respondem, pessoalmente, pelos créditos correspondentes às obrigações tributárias resultantes das operações, no País, dos comitentes domiciliados no exterior.

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2.2.2. Responsabilidade resultante de atuação regular Reproduzindo o comando do art. 134 do CTN, naquilo que é pertinente ao IRPJ, o RIR estabelece que, nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:

• os administradores de bens de terceiros, pelo imposto devido por estes;

• o síndico e o comissário, pelo imposto devido pela massa falida ou

pelo concordatário;

• os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelo imposto devido sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;

• os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.

A responsabilidade dos intervenientes que atuam de forma regular, em matéria de penalidades, só se aplica às de caráter moratório.

2.2.3. Responsabilidade resultante de atuação irregular Em reprodução ao comando do art. 135 do CTN, mais uma vez naquilo que é pertinente ao IRPJ, o RIR estabelece que são pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes, ou infração de lei, contrato social ou estatutos:

• os administradores de bens de terceiros, pelo imposto devido por estes;

• o síndico e o comissário, pelo imposto devido pela massa falida ou

pelo concordatário;

Depois da nova Lei de Falências (Lei nº 11.101, de 2009), fala-se em administrador judicial (no lugar de síndico e comissário), e recuperação judicial (no lugar de concordata).

• os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelo imposto

devido sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;

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• os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas;

Sobre esse inciso, o RIR ainda contém uma previsão no mínimo polêmica frente à responsabilidade limitada dos sócios: “a extinção de uma firma ou sociedade de pessoas não exime o titular ou os sócios da responsabilidade solidária do débito fiscal” (RIR, art. 211, § 2º). Trata-se de um dispositivo previsto em 1943, que é bom saber que existe.

• os mandatários, prepostos e empregados;

• os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de

direito privado.

O STJ pacificou o entendimento de que a dissolução irregular de pessoa jurídica configura infração à lei, suficiente para atribuição de responsabilidade a sócio-gerente: Súmula 435/STJ - Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente.

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3. IMUNIDADES RELATIVAS AO IRPJ No RIR, as disposições relativas à imunidade ao IRPJ se encontram entre os arts. 167 a 173. 3.1. Disposições gerais A imunidade do IRPJ concedida às pessoas jurídicas:

• não as dispensa do cumprimento das demais obrigações previstas do RIR, especialmente as relativas à retenção e recolhimento de impostos sobre rendimentos pagos ou creditados e à prestação de informações;

• não as dispensa da prática de atos, previstos em lei, assecuratórios do

cumprimento de obrigações tributárias por terceiros (CTN, art. 9º, § 1º);

• não aproveita aos que delas percebam rendimentos sob qualquer

título e forma. 3.2. Entidades imunes São imunes ao IRPJ:

• os templos de qualquer culto;

• os partidos políticos e suas fundações;

• as entidades sindicais de trabalhadores;

• as instituições de educação, sem fins lucrativos;

• as instituições de assistência social, sem fins lucrativos. 3.3. Condições para o gozo da imunidade O RIR relaciona condições que devem ser observadas por todas as entidades imunes acima mencionadas, exceto quanto aos templos de qualquer culto. Trata-se das condições previstas no art. 14 do CTN:

• não distribuir qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título;

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• aplicar seus recursos integralmente no País, na manutenção de seus objetivos institucionais;

• manter escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos

de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. 3.4. Condições para o gozo da imunidade das instituições de educação e assistência social A Lei nº 9.532, de 1997, em seus arts. 12 a 14, estabeleceu um regramento específico para fins de fruição da imunidade pelas entidades de educação e assistência social sem fins lucrativos. A matéria foi submetida ao STF, pela via do controle concentrado de constitucionalidade. Em 27/08/1998, pelo voto do Ministro Sepúlveda Pertence, o Tribunal por unanimidade deferiu, em parte, o pedido de medida cautelar na ADI 1.802. Com isso, encontra-se suspensa, até a decisão final da ação direta (ainda pendente), a vigência do § 1º e alínea f do § 2º, ambos do art. 12; do art. 13, caput e do art. 14, todos da Lei nº 9.532, de 1997. Quanto aos demais dispositivos, o pedido foi indeferido. Portanto, exceto quanto aos dispositivos apontados, todos os demais encontram-se em plena vigência. Entre os dispositivos validados estão os seguintes:

Considera-se imune a instituição de educação ou de assistência social que preste os serviços para os quais houver sido instituída e os coloque à disposição da população em geral, em caráter complementar às atividades do Estado, sem fins lucrativos (Lei nº 9.532, de 1997, art. 12; RIR, art. 170, § 1º). Considera-se entidade sem fins lucrativos a que não apresente superávit em suas contas ou, caso o apresente em determinado exercício, destine o referido resultado integralmente ao incremento de suas atividades (Lei nº 9.532, de 1997, art. 12, § 3º; RIR, art. 170, § 2º).

Também entre os dispositivos validados, encontram-se as seguintes condições a serem observadas pelas instituições sem fins lucrativos de educação ou de assistência social, para gozarem da imunidade (Lei nº 9.532, de 1997, art. 12, § 2º, exceto alínea “f”):

• não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados;

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• aplicar integralmente seus recursos na manutenção e desenvolvimento dos seus objetivos sociais;

• manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros

revestidos das formalidades que assegurem a respectiva exatidão;

• conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data da emissão, os documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas, bem assim a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar sua situação patrimonial;

• apresentar, anualmente, Declaração de Rendimentos, em

conformidade com o disposto em ato da Secretaria da Receita Federal;

• assegurar a destinação de seu patrimônio a outra instituição que

atenda às condições para gozo da imunidade, no caso de incorporação, fusão, cisão ou de encerramento de suas atividades, ou a órgão público;

• outros requisitos, estabelecidos em lei específica, relacionados com o

funcionamento dessas entidades.

Note que todos os requisitos acima, segundo entendimento do STF, referem-se à “fixação de normas sobre a constituição e o funcionamento da entidade educacional ou assistencial imune”. (ADI-MC 1.802)

Por outro lado, quando as normas da lei ordinária dizem “respeito aos lindes da imunidade, que, quando susceptíveis de disciplina infraconstitucional, ficou reservado à lei complementar”, o STF cautelarmente suspendeu sua eficácia (ADI-MC 1.802). Com eficácia suspensa pelo STF encontra-se o seguinte requisito (Lei nº 9.532, de 1997, art. 12, § 2º, alínea “f”):

Recolher os tributos retidos sobre os rendimentos por elas pagos ou creditados e a contribuição para a seguridade social relativa aos empregados, bem assim cumprir as obrigações acessórias daí decorrentes.

As seguintes previsões também estão com eficácia suspensa pelo STF:

Não estão abrangidos pela imunidade os rendimentos e ganhos de capital, auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou de renda variável (Lei nº 9.532, de 1997, art. 12, § 1º; RIR, 171, § 1º).

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Sem prejuízo das demais penalidades previstas na lei, a Secretaria da Receita Federal suspenderá o gozo da imunidade relativamente aos anos-calendário em que a pessoa jurídica houver praticado ou, por qualquer forma, houver contribuído para a prática de ato que constitua infração a dispositivo da legislação tributária, especialmente no caso de informar ou declarar falsamente, omitir ou simular o recebimento de doações em bens ou em dinheiro, ou de qualquer forma cooperar para que terceiro sonegue tributos ou pratique ilícitos fiscais (Lei nº 9.532, de 1997, art. 13; RIR, art. 173, caput).

3.5. Suspensão da imunidade Nos arts. 172 e 173, o RIR cuida da suspensão da imunidade. Antes de qualquer coisa, é preciso ressaltar que o STF suspendeu a eficácia do art. 14 da Lei nº 9.532, de 1997:

Art. 14. À suspensão do gozo da imunidade aplica-se o disposto no art. 32 da Lei nº 9.430, de 1996.

Por isso mesmo, o Decreto nº 7.574, de 2011, em seu art. 123, estabelece que não se aplica a suspensão de imunidade no caso de descumprimento de requisito estabelecido especificamente pelo art. 12 da Lei nº 9.532, de 1997, para as instituições sem fins lucrativos de educação ou de assistência social. Portanto, o processo de suspensão de imunidade pode ser deflagrado pelo descumprimento das condições previstas pelo CTN (item 3.3). Constatado que entidade beneficiária de imunidade (exceto os templos) não está observando requisito ou condição previstos na legislação tributária, a autoridade administrativa expedirá notificação fiscal, na qual deve relatar os fatos que determinam a suspensão do benefício, indicando, inclusive, a data da ocorrência da infração (Lei nº 9.430, de 1996, art. 32, § 1º). Considera-se, também, infração a dispositivo da legislação tributária o pagamento, pela instituição imune, em favor de seus associados ou dirigentes, ou, ainda, em favor de sócios, acionistas ou dirigentes de pessoa jurídica a ela associada por qualquer forma, de despesas consideradas indedutíveis na determinação da base de cálculo do imposto (Lei nº 9.532, de 1997, art. 13, parágrafo único). dispositivo validado pelo STF A suspensão da imunidade terá como termo inicial a data da prática da infração (Lei nº 9.430, de 1996, art. 32, § 5º).

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4. ISENÇÕES DO IRPJ Entre os arts. 174 a 181, o RIR dispõe sobre isenções dirigidas a certas entidades. As isenções apresentadas a seguir independem de prévio reconhecimento. 4.1. Instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico e associações civis São isentas do imposto as instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam, sem fins lucrativos. Considera-se entidade sem fins lucrativos a que não apresente superávit em suas contas ou, caso o apresente em determinado exercício, destine referido resultado integralmente ao incremento de suas atividades. Não estão abrangidos pela isenção do imposto de renda os rendimentos e ganhos de capital, auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou de renda variável. A isenção é condicionada à observância dos seguintes requisitos:

• não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados;

• aplicar integralmente seus recursos na manutenção e

desenvolvimento dos seus objetivos sociais;

• manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das formalidades que assegurem a respectiva exatidão;

• conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data

da emissão, os documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas, bem assim a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar sua situação patrimonial;

• apresentar, anualmente, Declaração de Rendimentos, em

conformidade com o disposto em ato da Secretaria da Receita Federal.

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4.2. Empresas estrangeiras de transporte São isentas do imposto as empresas estrangeiras de transporte terrestre, marítimo e aéreo se, no país de sua nacionalidade, as companhias brasileiras de igual objetivo gozarem da mesma prerrogativa. A isenção alcança os rendimentos obtidos a partir da existência da reciprocidade de tratamento, não podendo originar, em qualquer caso, direito à restituição. 4.3. Associações de Poupança e Empréstimo São isentas do imposto as Associações de Poupança e Empréstimo, devidamente autorizadas pelo órgão competente, constituídas sob a forma de sociedade civil, tendo por objetivo propiciar ou facilitar a aquisição de casa própria aos associados, captar, incentivar e disseminar a poupança, que atendam às normas estabelecidas pelo Conselho Monetário. 4.4. Outras isenções São também isentas do IRPJ as seguintes entidades:

• entidades de previdência fechada sem fins lucrativos; • as sociedades de investimento de cujo capital social participem

pessoas físicas ou jurídicas, residentes ou domiciliadas no exterior;

• a entidade binacional ITAIPU;

• o Fundo Garantidor de Crédito – FGC;

• a instituição privada de ensino superior, com fins lucrativos ou sem fins lucrativos não beneficente, que aderir ao Programa Universidade para Todos (Prouni – Lei nº 11.096, de 2005, art. 8º).

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5. DOMICÍLIO FISCAL DA PESSOA JURÍDICA O domicílio fiscal da pessoa jurídica é (RIR, art. 212):

• em relação ao IRPJ:

o quando existir um único estabelecimento, o lugar da situação deste;

o quando se verificar pluralidade de estabelecimentos, à opção

da pessoa jurídica, o lugar onde se achar o estabelecimento centralizador das suas operações ou a sede da empresa dentro do País;

• em relação às obrigações em que incorra como fonte pagadora, o

lugar do estabelecimento que pagar, creditar, entregar, remeter ou empregar rendimento sujeito ao imposto no regime de tributação na fonte.

5.1. Procurador de residente ou domiciliado no exterior O domicílio fiscal da pessoa jurídica procuradora ou representante de residentes ou domiciliados no exterior é o lugar onde se achar seu estabelecimento ou a sede de sua representação no País. 5.2. Regra subsidiária Quando não couber a aplicação das regras previstas acima, considera-se como domicílio fiscal do contribuinte o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação tributária. 5.3. Recusa da autoridade fiscal A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se, neste caso, o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação tributária. 5.4. Transferência de domicílio Quando o contribuinte transferir, de um município para outro ou de um para outro ponto do mesmo município, a sede de seu estabelecimento, fica obrigado a comunicar essa mudança às repartições competentes dentro do prazo de 30 (trinta) dias.

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6. PRINCIPAIS PONTOS DA AULA

• São contribuintes do IRPJ as pessoas jurídicas e as empresas individuais;

• Consideram-se pessoas jurídicas:

o pessoas jurídicas de direito privado, domiciliadas no País, sejam

quais forem seus fins, nacionalidade ou participantes no capital;

o as filiais, sucursais, agências ou representações no País das pessoas jurídicas com sede no exterior;

o os comitentes domiciliados no exterior, quanto aos resultados

das operações realizadas por seus mandatários ou comissários no País.

• As sociedades em conta de participação são equiparadas a pessoas

jurídicas para os efeitos da tributação.

• São empresas individuais:

o as firmas individuais (empresário individual);

o as pessoas físicas que, em nome individual, explorem, habitual e profissionalmente, qualquer atividade econômica de natureza civil ou comercial, com o fim especulativo de lucro, mediante venda a terceiros de bens ou serviços;

o as empresas individuais imobiliárias.

• Desde que não contratem profissional de mesma qualificação, não são

equiparadas a pessoa jurídica as atividades de:

o médico, engenheiro, advogado, dentista, veterinário, professor, economista, contador, jornalista, pintor, escritor, escultor e de outras que lhes possam ser assemelhadas;

o profissões, ocupações e prestação de serviços não comerciais;

o agentes, representantes e outras pessoas sem vínculo

empregatício que, tomando parte em atos de comércio, não os pratiquem por conta própria;

o serventuários da justiça, como tabeliães, notários, oficiais

públicos e outros;

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o corretores, leiloeiros e despachantes, seus prepostos e

adjuntos;

o exploração individual de contratos de empreitada unicamente de lavor, qualquer que seja a natureza, quer se trate de trabalhos arquitetônicos, topográficos, terraplenagem, construções de alvenaria e outras congêneres, quer de serviços de utilidade pública, tanto de estudos como de construções;

o exploração de obras artísticas, didáticas, científicas,

urbanísticas, projetos técnicos de construção, instalações ou equipamentos, salvo quando não explorados diretamente pelo autor ou criador do bem ou da obra.

• Se uma pessoa jurídica deixa de existir, em decorrência de

reorganizações societárias, alguém responderá pelos tributos por ela devidos: a pessoa física ou jurídica sucessora do acervo patrimonial da sociedade extinta.

• No caso de cisão parcial, a(s) pessoa(s) jurídica(s) que receber(em)

parcela do patrimônio responde(m) pelos tributos devidos pela sociedade cindida. E se houver mais de um sucessor, entre eles a responsabilidade é solidária.

• A pessoa física ou jurídica adquirente de fundo de comércio ou

estabelecimento é responsável pelo imposto devido até a data da aquisição. Mas, essa responsabilidade somente se atribui ao adquirente que continuar com a respectiva exploração, independentemente se o faz sob a mesma razão social, ou não, ou sob firma ou nome individual.

• A intensidade da responsabilidade atribuída ao adquirente de fundo de

comércio ou estabelecimento depende da conduta do alienante: se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade, a responsabilidade do adquirente é integral; se o alienante prosseguir na exploração ou iniciar dentro de 6 meses nova atividade, a responsabilidade do adquirente é subsidiária.

• Os comissários, mandatários, agentes ou representantes de pessoas

jurídicas domiciliadas no exterior respondem, pessoalmente, pelos créditos correspondentes às obrigações tributárias resultantes das operações, no País, dos comitentes domiciliados no exterior.

• Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da

obrigação principal pelo contribuinte, terceiros respondem

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solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis.

• Terceiros são pessoalmente responsáveis pelos créditos

correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes, ou infração de lei, contrato social ou estatutos.

• A imunidade do IRPJ concedida às pessoas jurídicas:

o não as dispensa do cumprimento das demais obrigações previstas do RIR, especialmente as relativas à retenção e recolhimento de impostos sobre rendimentos pagos ou creditados e à prestação de informações;

o não as dispensa da prática de atos, previstos em lei,

assecuratórios do cumprimento de obrigações tributárias por terceiros;

o não aproveita aos que delas percebam rendimentos sob

qualquer título e forma.

• Condições que devem ser observadas por todas as entidades imunes acima mencionadas, exceto quanto aos templos de qualquer culto:

o não distribuir qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas

rendas, a qualquer título;

o aplicar seus recursos integralmente no País, na manutenção de seus objetivos institucionais;

o manter escrituração de suas receitas e despesas em livros

revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.

• Considera-se imune a instituição de educação ou de assistência social que preste os serviços para os quais houver sido instituída e os coloque à disposição da população em geral, em caráter complementar às atividades do Estado, sem fins lucrativos.

• Considera-se entidade sem fins lucrativos a que não apresente

superávit em suas contas ou, caso o apresente em determinado exercício, destine o referido resultado integralmente ao incremento de suas atividades.

• São isentas do IRPJ as seguintes entidades:

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o instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico e associações civis;

o entidades de previdência fechada sem fins lucrativos; o empresas estrangeiras de transporte;

o Associações de Poupança e Empréstimo;

o as sociedades de investimento de cujo capital social participem

pessoas físicas ou jurídicas, residentes ou domiciliadas no exterior;

o a entidade binacional ITAIPU;

o o Fundo Garantidor de Crédito – FGC;

o a instituição privada de ensino superior, com fins lucrativos ou

sem fins lucrativos não beneficente, que aderir ao Programa Universidade para Todos (Prouni).

• O domicílio fiscal da pessoa jurídica é:

o em relação ao imposto de renda:

� quando existir um único estabelecimento, o lugar da situação deste;

� quando se verificar pluralidade de estabelecimentos, à

opção da pessoa jurídica, o lugar onde se achar o estabelecimento centralizador das suas operações ou a sede da empresa dentro do País.

o em relação às obrigações em que incorra como fonte pagadora,

o lugar do estabelecimento que pagar, creditar, entregar, remeter ou empregar rendimento sujeito ao imposto no regime de tributação na fonte.

• Quando não couber a aplicação dessas regras, considera-se como

domicílio fiscal do contribuinte o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação tributária.

• A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando

impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se, neste caso, a regra do parágrafo anterior.

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7. QUESTÕES PROPOSTAS

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

1. Assinale a alternativa INCORRETA:

a) As filiais, sucursais, agências ou representações no País das Pessoas Jurídicas com sede no exterior são consideradas Pessoas Jurídicas para fins de Imposto de Renda.

b) De acordo com a legislação do Imposto de Renda, a massa oriunda de liquidação extrajudicial ou de falência se caracteriza como contribuinte desse imposto.

c) As empresas públicas e as sociedades de economia mista não são contribuintes do Imposto de Renda.

d) O Regulamento do Imposto de Renda (Decreto nº 3.000/99) utiliza a expressão "Pessoa Jurídica" abrangendo todos os contribuintes, sejam eles Pessoas Jurídicas, propriamente ditas, sejam empresas individuais.

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

2. As disposições do Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99) relativamente à tributação das Pessoas Jurídicas são aplicáveis (assinale a opção CORRETA):

a) somente às firmas registradas;

b) somente às sociedades registradas;

c) somente às firmas e sociedades registradas;

d) a todas as firmas e sociedades, registradas ou não.

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

3. Os comitentes domiciliados no exterior, quanto aos resultados das operações realizadas por seus mandatários ou comissários no país (assinale a opção CORRETA):

a) são considerados Pessoas Jurídicas para efeito de tributação do Imposto de Renda;

b) são considerados responsáveis tributários, de acordo com o RIR/99;

c) não são considerados Pessoas Jurídicas, porém são tributados pelo Imposto de Renda;

d) não são considerados contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica.

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(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

4. As Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista, de acordo com o RIR/99 (assinale a opção CORRETA):

a) gozam de privilégios tributários, face a dispositivos constitucionais permissivos;

b) são tributadas pelo Imposto de Renda Pessoa Jurídica, não obstante não se submeterem às normas preconizadas pelo RIR/99;

c) não são contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica;

d) são contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica nas mesmas condições das demais Pessoas Jurídicas.

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

5. As Sociedades em Conta de Participação (assinale a opção CORRETA):

a) são sociedades de fato, portanto não-sujeitas ao IRPJ;

b) são consideradas Pessoas Jurídicas, por equiparação, pela legislação do Imposto de Renda;

c) para efeito de tributação pelo IRPJ, devem observar as normas aplicáveis às Pessoas Jurídicas tributadas com base no Lucro Presumido;

d) tem seus lucros distribuídos tributados na fonte, à alíquota de 15%, diferentemente das demais empresas, cujo lucro é isento.

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

6. Uma empresa estrangeira que não tem estabelecimento no Brasil dá poderes a uma pessoa física, via mandato, para contratar, em nome dela, empresa estrangeira, a venda de mercadorias no Brasil. De acordo com o RIR/99, o contribuinte do IRPJ será o (assinale a opção CORRETA):

a) mandatário;

b) comissário;

c) comitente;

d) vendedor da mercadoria no Brasil.

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

7. O Sr. João pretende prestar serviços de transporte de passageiros. Contrata, para tal, um motorista profissional para dirigir um veículo de sua propriedade. Nesta situação, seria mais correto afirmar que o Sr. João ficará sujeito (assinale a opção CORRETA):

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a) ao Imposto de Renda como Pessoa Física;

b) somente ao Imposto de Renda como Pessoa Jurídica;

c) ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica, por se caracterizar como empresa individual, e ao Imposto de Renda da Pessoa Física como titular de firma individual;

d) à não-incidência do Imposto de Renda, uma vez que não tem relação direta com a situação que constitui fato gerador da obrigação correspondente.

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

8. De acordo com o RIR/99, a prática habitual de atividades comerciais com o objetivo de lucro autoriza (assinale a opção CORRETA):

a) a presunção de lucro tributável;

b) o arbitramento de lucro tributável;

c) o arbitramento das receitas das pessoas envolvidas nas atividades de comércio;

d) a equiparação da Pessoa Física à Pessoa Jurídica.

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

9. Assinale a alternativa INCORRETA:

a) O Representante Comercial que exercer atividades por conta própria adquire a condição de empresário, independentemente de qualquer requisito formal, ocorrendo neste caso, para efeitos tributários, equiparação da empresa individual à Pessoa Jurídica, por força das disposições do RIR/99;

b) O Representante Comercial que exerce individual e exclusivamente a mediação para a realização de negócios mercantis terá seus rendimentos tributados na Pessoa Física, uma vez que não pratica operações comerciais por conta própria, mesmo que possua CNPJ;

c) A prestação de serviços de contabilidade, praticada exclusivamente pelo contabilista, que possuir CNPJ e estabelecimento próprio, é tributada como Pessoa Jurídica equiparada;

d) Classificam-se como rendimentos de Pessoa Física os honorários da exploração individual de serviços de dentista, ainda que o profissional tenha empresa registrada e em nome dela receba os rendimentos.

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

10. Segundo a legislação do Imposto de Renda, considera-se contribuinte, na qualidade de pessoa jurídica ou equiparada (assinale a alternativa INCORRETA):

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a) a pessoa física que exerce, em estabelecimento próprio, a atividade de intermediação de negócios, com o concurso de profissionais qualificados e com emprego de auxiliares;

b) o estabelecimento clandestino que industrializa e comercializa produtos de limpeza, não registrado na Junta Comercial, não cadastrado no CNPJ e sem inscrição estadual;

c) a cooperativa de consumo, que tenha por objeto a compra e fornecimento de bens aos consumidores, desde que suas vendas sejam efetuadas integralmente a associados;

d) a fundação instituída e mantida pelo Poder Público, no que se refere à renda não vinculada às suas finalidades essenciais;

e) o escritório de arquitetura, de titularidade de um arquiteto, que comercializa projetos técnicos de construção de casas, exclusivamente elaborados pelo titular do escritório.

(ESAF - Técnico da Receita Federal – 2002.1)

11. São contribuintes pessoa jurídica do Imposto de Renda:

a) as pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas no País, sejam quais forem seus fins, nacionalidade ou participantes no capital; as filiais, sucursais, agências ou representações no País das pessoas jurídicas com sede no exterior; os comissários domiciliados no exterior, quanto aos resultados das operações realizadas por seus mandatários ou comitentes no País.

b) as pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas no País, sejam quais forem seus fins, nacionalidade ou participantes no capital; as pessoas jurídicas com sede no exterior; os comitentes domiciliados no exterior, quanto aos resultados das operações realizadas por seus mandatários ou comissários no País.

c) as pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas no País, sejam quais forem seus fins, nacionalidade ou participantes no capital; as filiais, sucursais, agências ou representações no País das pessoas jurídicas com sede no exterior; os comitentes domiciliados no exterior, quanto aos resultados das operações realizadas por seus mandatários ou comissários no País.

d) as pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas no País, sejam quais forem seus fins, nacionalidade ou participantes no capital; as filiais, sucursais, agências ou representações no País das pessoas jurídicas com sede no exterior; os comissários domiciliados no exterior, quanto aos resultados das operações realizadas por seus mandantes ou comitentes no País.

e) as pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas ou não no País, sejam quais forem seus fins, nacionalidade ou participantes no capital; as filiais, sucursais, agências ou representações no País das pessoas jurídicas com sede no exterior; os comitentes domiciliados no exterior, quanto aos resultados das operações realizadas por seus mandatários ou comissários no País.

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(ESAF - Técnico da Receita Federal – 2002.2)

12. Não são contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica:

a) as filiais das pessoas jurídicas com sede no exterior.

b) as sociedades em conta de participação.

c) as firmas individuais.

d) as pessoas físicas que, em nome individual, pratiquem habitual e profissionalmente a venda de serviços a terceiros, com o fim especulativo de lucro.

e) as pessoas físicas que em um mesmo ano-calendário alienarem mais de 10 imóveis de sua propriedade.

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

13. Responde(m) solidariamente pelo imposto devido pela PJ (assinale a opção CORRETA):

a) a Pessoa Jurídica resultante da transformação de outra;

b) a Pessoa Jurídica que incorporar outra;

c) a Pessoa Física, sócia da Pessoa Jurídica extinta mediante liquidação, ou seu espólio, que continuar a exploração da atividade social, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual;

d) as sociedades que receberem parcelas do patrimônio da Pessoa Jurídica extinta por cisão.

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

14. Assinale a alternativa INCORRETA:

a) Ocorre sucessão empresarial quando há aquisição de universalidade constituída por estabelecimento comercial ou fundo de comércio, assumindo o adquirente o Ativo e o Passivo da Pessoa Jurídica;

b) A aquisição de estabelecimento comercial e a continuação da exploração do negócio pela sociedade adquirente acarretam a responsabilidade tributária integral desta, mesmo que o alienante continue no ramo;

c) A sociedade cindida e a sociedade que absorver parcela do seu patrimônio, no caso de cisão parcial, respondem solidariamente pelo imposto devido;

d) Caso a Pessoa Jurídica deixe de funcionar sem proceder à liquidação, ou sem apresentar a declaração de rendimentos no encerramento da liquidação, os sócios, com poderes de administração, respondem solidariamente.

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(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

15. A responsabilidade dos sócios, no caso de extinção de sociedades de pessoas, relativamente aos atos praticados com excesso de poder, é (assinale a opção CORRETA):

a) sempre solidária;

b) sempre inexistente;

c) sempre subsidiária;

d) pessoal, relativamente aos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes.

(ESAF/ Procurador da Fazenda Nacional - 02/09/2007)

16. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato, subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar, dentro de seis meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.

No entanto, há casos em que isso não ocorrerá. Entre os casos em que não haverá responsabilidade por sucessão, está a de qualquer alienação judicial

a) a sócio da falida.

b) a sociedade controlada pelo devedor em recuperação judicial.

c) em processo de falência, a um concorrente do devedor que não tenha relação com ele nem com sócio seu.

d) em processo de liquidação extrajudicial quando a relação com o devedor é de mero cunhado.

e) em processo de falência quando a relação com o falido for até o quinto grau.

(ESAF/ Auditor-Fiscal da Receita Estadual/ CE - 28/01/2007)

17. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis as seguintes pessoas, exceto:

a) o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio.

b) o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida.

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c) os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.

d) os mandatários e prepostos.

e) os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes.

(ESAF/ Auditor-Fiscal do Tesouro Estadual/ RN - 30/01/2005)

18. Avalie o acerto das formulações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas. Em seguida, marque a resposta correta.

( ) O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro são pessoalmente responsáveis pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação.

( ) Mesmo no caso de ser possível a exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este, nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis, os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados.

( ) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.

a) V, F, F

b) V, F, V

c) V, V, V

d) F, F, V

e) F, V, V

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

19. No que respeita à isenção ou à imunidade do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, assinale a única opção CORRETA:

a) para que as instituições de caráter filantrópico sejam isentas do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, basta que se disponham a prestar serviços gratuitos à comunidade em que atuem, bem como fazer constar em seus estatutos não terem finalidade lucrativa;

b) considera-se entidade sem fins lucrativos a que não apresente superávit em suas contas, ou, caso o apresente em determinado exercício, o distribua integralmente a seus colaboradores;

c) as empresas estrangeiras de transportes, estabelecidas no Brasil, são imunes do imposto de renda;

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d) as instituições de educação, para serem imunes, devem, entre outros requisitos, assegurar através de seus estatutos, a destinação de seu patrimônio a outra instituição que atenda às condições para gozo da imunidade, no caso de incorporação, fusão, cisão ou de encerramento de suas atividades, ou a órgão público;

e) as entidades de assistência social, imunes por força de medida liminar, estão dispensadas de recolher os tributos, a exemplo do imposto de renda retido na fonte sobre os rendimentos por elas pagos.

(ESAF - Técnico da Receita Federal – 2002.1)

20. Constituição Federal, art. 150, VI, b:

Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

VI - Instituir impostos sobre;

b) templos de qualquer culto.

Regulamento do Imposto de Renda, Dec.3.000/99, art. 168:

Art. 168 - Não estão sujeitos ao imposto os templos de qualquer culto.

Em face dos enunciados acima, assinale a opção correta.

a) A isenção concedida aos templos de qualquer culto não é de caráter amplo e irrestrito, alcançando apenas as rendas relativas às finalidades essenciais da entidade religiosa, o que não ocorre quando recursos são empregados na concessão de empréstimos para membros da Igreja, sejam eles a título gratuito ou oneroso.

b) A imunidade concedida aos templos de qualquer culto é de caráter amplo e irrestrito, alcançando apenas as rendas relativas às finalidades essenciais da entidade religiosa, o que não ocorre quando recursos são empregados na concessão de empréstimos para membros da Igreja, sejam eles a título gratuito ou oneroso.

c) A imunidade concedida aos templos de qualquer culto é de caráter restrito, alcançando as rendas relativas às finalidades da entidade religiosa, o que ocorre quando recursos são empregados na concessão de empréstimos para membros da Igreja, sejam eles a título gratuito ou oneroso.

d) A imunidade aplicada aos templos de qualquer culto não é de caráter amplo e irrestrito, alcançando apenas as rendas relativas às finalidades essenciais da entidade religiosa, o que ocorre quando recursos são empregados na concessão de empréstimos para membros da Igreja, a título gratuito ou oneroso.

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e) A imunidade concedida aos templos de qualquer culto é de caráter restrito, alcançando apenas as rendas relativas às finalidades essenciais da entidade religiosa, o que ocorre quando recursos são empregados na concessão de empréstimos para membros da Igreja, sejam eles a título gratuito ou oneroso.

(ESAF - Técnico da Receita Federal – 2002.2)

21. Complete a proposição abaixo com as alternativas I, II, III e IV e, a seguir, assinale a resposta que contém somente as opções que resultam numa proposição verdadeira.

No que se refere ao imposto de renda, não estão ao abrigo de imunidade:

I. as rendas dos partidos políticos relacionadas com suas atividades essenciais.

II. as sociedades cooperativas.

III. atendidos os requisitos da lei, as instituições de educação sem fins lucrativos.

IV. os rendimentos provenientes de aposentadoria ou pensão pagos pela previdência social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a pessoa com idade superior a 65 anos.

a) I e II

b) I e III

c) I e IV

d) II e IV

e) II e III

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

22. De acordo com a legislação tributária, o domicílio da Pessoa Jurídica é (assinale a opção CORRETA):

a) no caso de existir um único estabelecimento, o lugar da situação deste;

b) quando se verificar pluralidade de estabelecimentos, o lugar onde se achar o estabelecimento sede da empresa dentro do país;

c) em relação às obrigações em que incorra como fonte pagadora, o lugar do estabelecimento beneficiário do rendimento sujeito ao imposto no regime de tributação na fonte;

d) o de livre eleição, no caso de Pessoa Jurídica procuradora ou representante de residentes ou domiciliados no exterior.

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8. COMENTÁRIOS ÀS QUESTÕES PROPOSTAS

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

1. Assinale a alternativa INCORRETA:

a) As filiais, sucursais, agências ou representações no País das Pessoas Jurídicas com sede no exterior são consideradas Pessoas Jurídicas para fins de Imposto de Renda.

b) De acordo com a legislação do Imposto de Renda, a massa oriunda de liquidação extrajudicial ou de falência se caracteriza como contribuinte desse imposto.

c) As empresas públicas e as sociedades de economia mista não são contribuintes do Imposto de Renda.

d) O Regulamento do Imposto de Renda (Decreto nº 3.000/99) utiliza a expressão "Pessoa Jurídica" abrangendo todos os contribuintes, sejam eles Pessoas Jurídicas, propriamente ditas, sejam empresas individuais.

Comentários:

Resposta: alternativa C. As empresas públicas e as sociedades de economia mista são contribuintes do IRPJ (RIR, art. 146, § 4º).

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

2. As disposições do Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99) relativamente à tributação das Pessoas Jurídicas são aplicáveis (assinale a opção CORRETA):

a) somente às firmas registradas;

b) somente às sociedades registradas;

c) somente às firmas e sociedades registradas;

d) a todas as firmas e sociedades, registradas ou não.

Comentários:

Resposta: alternativa D. RIR, art. 146, § 1º.

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

3. Os comitentes domiciliados no exterior, quanto aos resultados das operações realizadas por seus mandatários ou comissários no país (assinale a opção CORRETA):

a) são considerados Pessoas Jurídicas para efeito de tributação do Imposto de Renda;

b) são considerados responsáveis tributários, de acordo com o RIR/99;

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c) não são considerados Pessoas Jurídicas, porém são tributados pelo Imposto de Renda;

d) não são considerados contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica.

Comentários:

Resposta: alternativa A. RIR, art. 147, inciso III.

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

4. As Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista, de acordo com o RIR/99 (assinale a opção CORRETA):

a) gozam de privilégios tributários, face a dispositivos constitucionais permissivos;

b) são tributadas pelo Imposto de Renda Pessoa Jurídica, não obstante não se submeterem às normas preconizadas pelo RIR/99;

c) não são contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica;

d) são contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica nas mesmas condições das demais Pessoas Jurídicas.

Comentários:

Resposta: alternativa D. RIR, art. 146, § 4º.

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

5. As Sociedades em Conta de Participação (assinale a opção CORRETA):

a) são sociedades de fato, portanto não-sujeitas ao IRPJ;

b) são consideradas Pessoas Jurídicas, por equiparação, pela legislação do Imposto de Renda;

c) para efeito de tributação pelo IRPJ, devem observar as normas aplicáveis às Pessoas Jurídicas tributadas com base no Lucro Presumido;

d) tem seus lucros distribuídos tributados na fonte, à alíquota de 15%, diferentemente das demais empresas, cujo lucro é isento.

Comentários:

Resposta: alternativa B. RIR, art. 148.

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

6. Uma empresa estrangeira que não tem estabelecimento no Brasil dá poderes a uma pessoa física, via mandato, para contratar, em nome dela, empresa estrangeira, a venda de mercadorias no Brasil. De acordo com o RIR/99, o contribuinte do IRPJ será o (assinale a opção CORRETA):

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a) mandatário;

b) comissário;

c) comitente;

d) vendedor da mercadoria no Brasil.

Comentários:

Resposta: alternativa C. Contribuinte é a comitente domiciliada no exterior (RIR, art. 147, inciso III).

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

7. O Sr. João pretende prestar serviços de transporte de passageiros. Contrata, para tal, um motorista profissional para dirigir um veículo de sua propriedade. Nesta situação, seria mais correto afirmar que o Sr. João ficará sujeito (assinale a opção CORRETA):

a) ao Imposto de Renda como Pessoa Física;

b) somente ao Imposto de Renda como Pessoa Jurídica;

c) ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica, por se caracterizar como empresa individual, e ao Imposto de Renda da Pessoa Física como titular de firma individual;

d) à não-incidência do Imposto de Renda, uma vez que não tem relação direta com a situação que constitui fato gerador da obrigação correspondente.

Comentários:

Resposta: alternativa C. Ao contratar pessoa com a mesma exigida para o exercício da atividade fim é elemento suficiente para caracterizar o empreendimento como pessoa jurídica. Ainda assim, persiste a condição de pessoa física de seu titular.

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

8. De acordo com o RIR/99, a prática habitual de atividades comerciais com o objetivo de lucro autoriza (assinale a opção CORRETA):

a) a presunção de lucro tributável;

b) o arbitramento de lucro tributável;

c) o arbitramento das receitas das pessoas envolvidas nas atividades de comércio;

d) a equiparação da Pessoa Física à Pessoa Jurídica.

Comentários:

Resposta: alternativa D. RIR, art. 150, inciso II.

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(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

9. Assinale a alternativa INCORRETA:

a) O Representante Comercial que exercer atividades por conta própria adquire a condição de empresário, independentemente de qualquer requisito formal, ocorrendo neste caso, para efeitos tributários, equiparação da empresa individual à Pessoa Jurídica, por força das disposições do RIR/99;

b) O Representante Comercial que exerce individual e exclusivamente a mediação para a realização de negócios mercantis terá seus rendimentos tributados na Pessoa Física, uma vez que não pratica operações comerciais por conta própria, mesmo que possua CNPJ;

c) A prestação de serviços de contabilidade, praticada exclusivamente pelo contabilista, que possuir CNPJ e estabelecimento próprio, é tributada como Pessoa Jurídica equiparada;

d) Classificam-se como rendimentos de Pessoa Física os honorários da exploração individual de serviços de dentista, ainda que o profissional tenha empresa registrada e em nome dela receba os rendimentos.

Comentários:

Resposta: alternativa C. A equiparação a pessoa jurídica não se aplica às pessoas físicas que, individualmente, exerçam a profissão de contador (RIR, art. 150, § 2º, inciso I).

A alternativa A está correta porque, no caso apresentado, o representante comercial não pratica, simplesmente, a mediação de negócios (como na alternativa B). Na alternativa A, o representante comercial exerce a atividade por conta própria, ou seja, ele realiza atos de comércio.

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

10. Segundo a legislação do Imposto de Renda, considera-se contribuinte, na qualidade de pessoa jurídica ou equiparada (assinale a alternativa INCORRETA):

a) a pessoa física que exerce, em estabelecimento próprio, a atividade de intermediação de negócios, com o concurso de profissionais qualificados e com emprego de auxiliares;

b) o estabelecimento clandestino que industrializa e comercializa produtos de limpeza, não registrado na Junta Comercial, não cadastrado no CNPJ e sem inscrição estadual;

c) a cooperativa de consumo, que tenha por objeto a compra e fornecimento de bens aos consumidores, desde que suas vendas sejam efetuadas integralmente a associados;

d) a fundação instituída e mantida pelo Poder Público, no que se refere à renda não vinculada às suas finalidades essenciais;

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e) o escritório de arquitetura, de titularidade de um arquiteto, que comercializa projetos técnicos de construção de casas, exclusivamente elaborados pelo titular do escritório.

Comentários:

Resposta: alternativa E. RIR, art. 150, § 2º.

(ESAF - Técnico da Receita Federal – 2002.1)

11. São contribuintes pessoa jurídica do Imposto de Renda:

a) as pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas no País, sejam quais forem seus fins, nacionalidade ou participantes no capital; as filiais, sucursais, agências ou representações no País das pessoas jurídicas com sede no exterior; os comissários domiciliados no exterior, quanto aos resultados das operações realizadas por seus mandatários ou comitentes no País.

b) as pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas no País, sejam quais forem seus fins, nacionalidade ou participantes no capital; as pessoas jurídicas com sede no exterior; os comitentes domiciliados no exterior, quanto aos resultados das operações realizadas por seus mandatários ou comissários no País.

c) as pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas no País, sejam quais forem seus fins, nacionalidade ou participantes no capital; as filiais, sucursais, agências ou representações no País das pessoas jurídicas com sede no exterior; os comitentes domiciliados no exterior, quanto aos resultados das operações realizadas por seus mandatários ou comissários no País.

d) as pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas no País, sejam quais forem seus fins, nacionalidade ou participantes no capital; as filiais, sucursais, agências ou representações no País das pessoas jurídicas com sede no exterior; os comissários domiciliados no exterior, quanto aos resultados das operações realizadas por seus mandantes ou comitentes no País.

e) as pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas ou não no País, sejam quais forem seus fins, nacionalidade ou participantes no capital; as filiais, sucursais, agências ou representações no País das pessoas jurídicas com sede no exterior; os comitentes domiciliados no exterior, quanto aos resultados das operações realizadas por seus mandatários ou comissários no País.

Comentários:

Resposta: alternativa C. RIR, art. 147.

Alternativa A: contribuintes são os comitentes domiciliados no exterior, e não os comissários.

Alternativa B: contribuintes são as filiais, sucursais, agências ou representações no País das pessoas jurídicas com sede no exterior, e não as próprias pessoas jurídicas com sede no exterior.

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Alternativa D: contribuintes são os comitentes domiciliados no exterior, e não os comissários.

Alternativa E: como regra, as pessoas jurídicas de direito privado não domiciliadas País não são contribuintes do IRPJ. A exceção se verifica quanto aos resultados das operações realizadas por seus mandatários ou comissários no País.

(ESAF - Técnico da Receita Federal – 2002.2)

12. Não são contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica:

a) as filiais das pessoas jurídicas com sede no exterior.

b) as sociedades em conta de participação.

c) as firmas individuais.

d) as pessoas físicas que, em nome individual, pratiquem habitual e profissionalmente a venda de serviços a terceiros, com o fim especulativo de lucro.

e) as pessoas físicas que em um mesmo ano-calendário alienarem mais de 10 imóveis de sua propriedade.

Comentários:

Resposta: alternativa E. Na atividade imobiliária, a equiparação a pessoa jurídica decorre de incorporação ou loteamento. Ainda que venda mais de 10 imóveis de sua propriedade, o alienante não perde sua condição de contribuinte pessoa física.

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

13. Responde(m) solidariamente pelo imposto devido pela PJ (assinale a opção CORRETA):

a) a Pessoa Jurídica resultante da transformação de outra;

b) a Pessoa Jurídica que incorporar outra;

c) a Pessoa Física, sócia da Pessoa Jurídica extinta mediante liquidação, ou seu espólio, que continuar a exploração da atividade social, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual;

d) as sociedades que receberem parcelas do patrimônio da Pessoa Jurídica extinta por cisão.

Comentários:

Resposta: alternativa D. RIR, art. 207, parágrafo único, inciso I. Trata-se de caso em que há mais de um sucessor de pessoa jurídica extinta por cisão.

Em todos os demais casos há responsabilidade de uma única pessoa sucessora. Não há, portanto, com quem possa compartilhar a responsabilidade.

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(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

14. Assinale a alternativa INCORRETA:

a) Ocorre sucessão empresarial quando há aquisição de universalidade constituída por estabelecimento comercial ou fundo de comércio, assumindo o adquirente o Ativo e o Passivo da Pessoa Jurídica;

b) A aquisição de estabelecimento comercial e a continuação da exploração do negócio pela sociedade adquirente acarretam a responsabilidade tributária integral desta, mesmo que o alienante continue no ramo;

c) A sociedade cindida e a sociedade que absorver parcela do seu patrimônio, no caso de cisão parcial, respondem solidariamente pelo imposto devido;

d) Caso a Pessoa Jurídica deixe de funcionar sem proceder à liquidação, ou sem apresentar a declaração de rendimentos no encerramento da liquidação, os sócios, com poderes de administração, respondem solidariamente.

Comentários:

Resposta: alternativa B. Se o alienante prossegue na exploração de qualquer atividade, é subsidiária a responsabilidade tributária do adquirente de estabelecimento comercial que continua da exploração do negócio.

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

15. A responsabilidade dos sócios, no caso de extinção de sociedades de pessoas, relativamente aos atos praticados com excesso de poder, é (assinale a opção CORRETA):

a) sempre solidária;

b) sempre inexistente;

c) sempre subsidiária;

d) pessoal, relativamente aos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes.

Comentários:

Resposta: alternativa D. RIR, art. 210, inciso IV.

(ESAF/ Procurador da Fazenda Nacional - 02/09/2007)

16. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato, subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar, dentro de seis meses, a contar da data da alienação, nova

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atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.

No entanto, há casos em que isso não ocorrerá. Entre os casos em que não haverá responsabilidade por sucessão, está a de qualquer alienação judicial

a) a sócio da falida.

b) a sociedade controlada pelo devedor em recuperação judicial.

c) em processo de falência, a um concorrente do devedor que não tenha relação com ele nem com sócio seu.

d) em processo de liquidação extrajudicial quando a relação com o devedor é de mero cunhado.

e) em processo de falência quando a relação com o falido for até o quinto grau.

Comentários:

Resposta: alternativa C. CTN, art. 133, §§ 1º e 2º.

(ESAF/ Auditor-Fiscal da Receita Estadual/ CE - 28/01/2007)

17. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis as seguintes pessoas, exceto:

a) o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio.

b) o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida.

c) os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.

d) os mandatários e prepostos.

e) os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes.

Comentários:

Resposta: alternativa D, que contém o único caso que não se enquadra na previsão do art. 134 do CTN. Mandatários e prepostos somente são responsáveis se agirem com excesso de poderes ou em infração de lei, contrato social ou estatuto.

(ESAF/ Auditor-Fiscal do Tesouro Estadual/ RN - 30/01/2005)

18. Avalie o acerto das formulações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas. Em seguida, marque a resposta correta.

( ) O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro são pessoalmente responsáveis pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação.

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( ) Mesmo no caso de ser possível a exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este, nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis, os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados.

( ) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.

a) V, F, F

b) V, F, V

c) V, V, V

d) F, F, V

e) F, V, V

Comentários:

Primeira assertiva: verdadeira. RIR, art. 23, inciso I.

Segunda assertiva: falsa. Apesar da terminologia utilizada pelo CTN, e reproduzida no RIR, em relação aos atos em que intervierem ou às omissões de que forem responsáveis, tutores e curadores somente respondem pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados na impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal por estes últimos.

Terceira assertiva: verdadeira. CTN, art. 132; RIR, art. 207.

Resposta: alternativa B.

(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

19. No que respeita à isenção ou à imunidade do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, assinale a única opção CORRETA:

a) para que as instituições de caráter filantrópico sejam isentas do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, basta que se disponham a prestar serviços gratuitos à comunidade em que atuem, bem como fazer constar em seus estatutos não terem finalidade lucrativa;

b) considera-se entidade sem fins lucrativos a que não apresente superávit em suas contas, ou, caso o apresente em determinado exercício, o distribua integralmente a seus colaboradores;

c) as empresas estrangeiras de transportes, estabelecidas no Brasil, são imunes do imposto de renda;

d) as instituições de educação, para serem imunes, devem, entre outros requisitos, assegurar através de seus estatutos, a destinação de seu patrimônio a outra instituição que atenda às condições para gozo da

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imunidade, no caso de incorporação, fusão, cisão ou de encerramento de suas atividades, ou a órgão público;

e) as entidades de assistência social, imunes por força de medida liminar, estão dispensadas de recolher os tributos, a exemplo do imposto de renda retido na fonte sobre os rendimentos por elas pagos.

Comentários:

Resposta: alternativa D. Lei nº 9.532, de 1997, art. 12, § 2º, alínea “g”; RIR, art. 170, § 3º, inciso VII.

(ESAF - Técnico da Receita Federal – 2002.1)

20. Constituição Federal, art. 150, VI, b:

Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

VI - Instituir impostos sobre;

b) templos de qualquer culto.

Regulamento do Imposto de Renda, Dec.3.000/99, art. 168:

Art. 168 - Não estão sujeitos ao imposto os templos de qualquer culto.

Em face dos enunciados acima, assinale a opção correta.

a) A isenção concedida aos templos de qualquer culto não é de caráter amplo e irrestrito, alcançando apenas as rendas relativas às finalidades essenciais da entidade religiosa, o que não ocorre quando recursos são empregados na concessão de empréstimos para membros da Igreja, sejam eles a título gratuito ou oneroso.

b) A imunidade concedida aos templos de qualquer culto é de caráter amplo e irrestrito, alcançando apenas as rendas relativas às finalidades essenciais da entidade religiosa, o que não ocorre quando recursos são empregados na concessão de empréstimos para membros da Igreja, sejam eles a título gratuito ou oneroso.

c) A imunidade concedida aos templos de qualquer culto é de caráter restrito, alcançando as rendas relativas às finalidades da entidade religiosa, o que ocorre quando recursos são empregados na concessão de empréstimos para membros da Igreja, sejam eles a título gratuito ou oneroso.

d) A imunidade aplicada aos templos de qualquer culto não é de caráter amplo e irrestrito, alcançando apenas as rendas relativas às finalidades essenciais da entidade religiosa, o que ocorre quando recursos são empregados na concessão de empréstimos para membros da Igreja, a título gratuito ou oneroso.

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AULA 04 – IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA JURÍDICA

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e) A imunidade concedida aos templos de qualquer culto é de caráter restrito, alcançando apenas as rendas relativas às finalidades essenciais da entidade religiosa, o que ocorre quando recursos são empregados na concessão de empréstimos para membros da Igreja, sejam eles a título gratuito ou oneroso.

Comentários:

Resposta: alternativa B. A alternativa A está errada porque não se trata de isenção. Embora seja difícil entender o que a ESAF quis dizer ao afirmar que “a imunidade concedida aos templos de qualquer culto é de caráter amplo e irrestrito”, a alternativa B é a única que se salva. Concessão de empréstimos a membros da Igreja não constitui finalidade essencial da entidade religiosa. Com isso, as alternativas C, D e E podem ser descartadas.

(ESAF - Técnico da Receita Federal – 2002.2)

21. Complete a proposição abaixo com as alternativas I, II, III e IV e, a seguir, assinale a resposta que contém somente as opções que resultam numa proposição verdadeira.

No que se refere ao imposto de renda, não estão ao abrigo de imunidade:

I. as rendas dos partidos políticos relacionadas com suas atividades essenciais.

II. as sociedades cooperativas.

III. atendidos os requisitos da lei, as instituições de educação sem fins lucrativos.

IV. os rendimentos provenientes de aposentadoria ou pensão pagos pela previdência social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a pessoa com idade superior a 65 anos.

a) I e II

b) I e III

c) I e IV

d) II e IV

e) II e III

Comentários:

Resposta: alternativa D.

Não estão ao abrigo de imunidade as sociedades cooperativas e os rendimentos provenientes de aposentadoria ou pensão pagos pela previdência social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a pessoa com idade superior a 65 anos. Nesse último caso, havia tal imunidade até a EC nº 20, de 1998, revogar o inciso II do § 2º do art. 153 da CF.

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(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)

22. De acordo com a legislação tributária, o domicílio da Pessoa Jurídica é (assinale a opção CORRETA):

a) no caso de existir um único estabelecimento, o lugar da situação deste;

b) quando se verificar pluralidade de estabelecimentos, o lugar onde se achar o estabelecimento sede da empresa dentro do país;

c) em relação às obrigações em que incorra como fonte pagadora, o lugar do estabelecimento beneficiário do rendimento sujeito ao imposto no regime de tributação na fonte;

d) o de livre eleição, no caso de Pessoa Jurídica procuradora ou representante de residentes ou domiciliados no exterior.

Comentários:

Resposta: alternativa A.

A alternativa B está errada porque no caso de pluralidade de estabelecimentos o domicílio também pode ser o lugar onde se achar o estabelecimento centralizador das suas operações, à opção da pessoa jurídica.

Alternativa C: errada quando se refere a estabelecimento beneficiário do rendimento.

Alternativa D: no caso de pessoa jurídica procuradora ou representante de residentes ou domiciliados no exterior, o domicílio é o lugar onde se achar seu estabelecimento ou a sede de sua representação no País.

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9. GABARITO DAS QUESTÕES PROPOSTAS

1. C 2. D 3. A

4. D 5. B 6. C

7. C 8. D 9. C

10. E 11. C 12. E

13. D 14. B 15. D

16. C 17. D 18. B

19. D 20. B 21. D

22. A