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TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA, ADMINISTRATIVA E EXECUÇÃO DE MANDADOS AULA 9 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 1 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ) Aula 8 de Direito Processual Civil! Desejo a todos sucesso em seus estudos! Agora vamos lá! QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 1. Dos Recursos (disposições gerais). 2. Dos Recursos em Espécie. a. Apelação b. Agravo c. Embargos de Declaração d. Recurso Extraordinário.

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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre

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TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (TRT/RJ)

Aula 8 de Direito Processual Civil!

Desejo a todos sucesso em seus estudos!

Agora vamos lá!

QUADRO SINÓPTICO DA AULA:

1. Dos Recursos (disposições gerais).

2. Dos Recursos em Espécie.

a. Apelação

b. Agravo

c. Embargos de Declaração

d. Recurso Extraordinário.

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1. Dos Recursos.

1. Disposições Gerais dos Recursos.

Conceito e Espécies de Recurso.

O Recurso é um meio de impugnação da sentença terminativa ou definitiva que a atender às necessidades da parte inconformada com a decisão, permitindo nova análise por instância superior. Isto é, o Recurso é a forma de a parte demonstrar seu inconformismo com uma decisão proferida nos autos, postulando modificações ou reformas em seu conteúdo.

São recorríveis todas as decisões interlocutórias (que não decidem o mérito da questão) e sentenças/acórdãos (decisões que decidem o mérito e põem fim ao processo) proferidas pelos Juízes e Tribunais. Com isso, dos meros Despachos de expediente NÃO cabe Recurso.

A Legislação Processual Civil prevê que cabem os seguintes recursos das decisões dos Magistrados:

1. apelação;

2. agravo;

3. embargos infringentes;

4. embargos de declaração;

5. recurso ordinário;

6. recurso especial;

7. recurso extraordinário;

8. embargos de divergência em recurso especial e em recurso extraordinário.

Pressupostos Subjetivos dos Recursos.

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Para que um recurso seja admitido será preciso o preenchimento dos pressupostos recursais subjetivos e objetivos. Os pressupostos subjetivos levam em conta a pessoa do recorrente e os objetivos referem-se às exigências legais para que o recurso seja conhecido.

Pressupostos subjetivos do Recurso:

1. Legitimidade Recursal – o recurso poderá ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público. O terceiro deve demonstrar relação entre seu interesse e a relação jurídica discutida (ex: fiador não citado no processo que recorre de decisão contrária a ele e ao afiançado). O Ministério Público poderá recorrer quando for parte e quando funcionar como fiscal da lei.

2. Interesse Recursal – somente poderá recorrer a parte ou o terceiro que demonstrar ter recebido menos do que deveria da decisão judicial. Ou seja, o recurso deve ser interposto pela parte que sucumbir, quando incorrer em situação de desvalia no processo. Quando o autor ou o réu receber tudo que foi solicitado ao longo do processo, não há interesse para interposição de recurso.

Por isso, a parte que aceitar a sentença ou a decisão, de forma expressa ou tácita, não poderá recorrer. Se a parte aceitou a decisão, precluiu seu direito de recorrer e é eliminado o interesse recursal. A aceitação expressa é a manifestação expressa que não deseja recorrer. A aceitação tácita é a prática, sem reserva alguma, de um ato incompatível com a vontade de recorrer. Exemplo: deixar passar em branco o prazo do recurso sem qualquer manifestação.

Pressupostos Objetivos dos Recursos.

O recurso deverá preencher os seguintes requisitos para seu

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efetivo conhecimento:

1. Tempestividade – o recurso deve ser interposto dentro do prazo legal, sob pena da perda do direito de recorrer (preclusão temporal).

Em regra, os prazos dos recursos são: 15 DIAS, salvo Embargados de Declaração (5 DIAS) e Agravo (10 DIAS).

O prazo para a interposição do recurso é contado da leitura da sentença em audiência; da intimação às partes, quando a sentença não for proferida em audiência ou da publicação do dispositivo do acórdão no órgão oficial.

Para cumprir o requisito da tempestividade, a petição deve ser protocolada em cartório ou segundo a norma de organização judiciária no prazo previsto em lei (Ex: 15 dias da decisão).

É possível a interrupção do prazo do recurso se falecer 1 das partes ou seu Advogado, ou ainda ocorrer motivo de força maior, que suspenda o curso do processo. Neste caso, o prazo do recurso será restituído em proveito da parte, do herdeiro ou do sucessor, contra quem começará a correr novamente depois da intimação.

2. Preparo – o recurso também tem seus custos processuais. Para tanto, a parte recorrente deve recolher as custas (preparo) e acostá-las aos autos do processo juntamente com a petição de interposição do recurso.

Portanto, o preparo deve ser comprovado tão logo seja interposto o recurso, inclusive com porte de remessa e de retorno, sob pena de ser considerado o recurso deserto.

Se o preparo juntado aos autos for insuficiente, a parte recorrente deve ser intimada para suprir o valor faltante em 5 DIAS. Se não o fizer, também será considerado o recurso

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deserto.

A Lei dispensa de preparo recursal as entidades com isenção: Ministério Público, União, Estados e Municípios e respectivas autarquias.

3. Cabimento – o Princípio recursal da Unirrecorribilidade determina que para cada decisão cabe apenas 1 único recurso. A parte deve manejar o recurso cabível à espécie. Se for caso de decisão interlocutória, caberá Agravo; se for sentença final, caberá Apelação ao Tribunal.

Recurso Adesivo.

O Recurso adesivo é cabível quando ocorrer sucumbência recíproca (perda das demandas de ambas as partes: vencidos ao mesmo tempo o autor e réu). Neste caso, se uma parte recorrer, a lei permite que a outra parte, também sucumbente, possa aderir ao recurso interposto pela parte adversa. O recurso aderente adere ao recurso principal, interposto em º lugar.

Neste caso, o Tribunal julgará os 2 recursos, o principal e o aderente, mas o recurso aderente sempre ficará subordinado ao recurso principal.

As mesmas regras do recurso independente quanto às condições de admissibilidade, preparo e julgamento no Tribunal Superior são aplicáveis ao Recurso Adesivo.

Condições legais para interposição do recurso adesivo:

• será interposto perante a autoridade competente para admitir o recurso principal, no prazo de que a parte dispõe para responder (prazo das contrarrazões do recorrido);

• será admissível na Apelação, nos Embargos Infringentes, no Recurso Extraordinário e no Recurso Especial;

• não será conhecido, se houver desistência do recurso

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principal, ou se for ele declarado inadmissível ou deserto.

Regras gerais dos Recursos:

� O recurso extraordinário e o recurso especial NÃO impedem a execução da sentença (sentença poderá ser executada, mesmo com a interposição de RE e RESP).

� O fato de ter sido interposto agravo de instrumento não obsta o andamento do processo, salvo se o Relator suspender a decisão até pronunciamento definitivo da Turma ou Câmara do Tribunal, em casos urgentes ou de relevante interesse público (previstos no art. 558 do CPC)

CPC

Art. 558. O relator poderá, a requerimento do agravante, nos casos

de prisão civil, adjudicação, remição de bens, levantamento de

dinheiro sem caução idônea e em outros casos dos quais possa

resultar lesão grave e de difícil reparação, sendo relevante a

fundamentação, suspender o cumprimento da decisão até o

pronunciamento definitivo da turma ou câmara.

� A Lei assegura o direito do recorrente de desistir do Recurso a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes que com ele dividirem o polo ativo ou passivo da demanda.

� A desistência ocorre quando o recurso já foi interposto. No entanto, a parte também poderá renunciar ao direito de recorrer. A renúncia é ato anterior à interposição do recurso, e independe da aceitação da outra parte.

� A Sentença e as decisões judiciais diversas são divididas em capítulos ou partes. De cada um dos capítulos ou partes é possível recorrer. Assim, a parte prejudicada não precisa recorrer de toda a decisão, podendo recorrer apenas daquele que se sentir inconformada. Com isso, a sentença pode ser

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impugnada no todo ou em parte.

� O recurso interposto por 1 dos litisconsortes ativos ou passivos (+ 1 parte no mesmo polo: 2 ou + autores ou réus) a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.

� Se houver solidariedade passiva (co-devedores), o recurso interposto por 1 devedor aproveitará aos outros, quando as defesas opostas ao credor lhes forem comuns.

� Efeito substitutivo: a decisão do Tribunal acerca do recurso substituirá a sentença ou a decisão recorrida no que tiver sido objeto de recurso.

2. Apelação.

Sentença e Decisão Interlocutória.

Regra básica e inicial a ser memorizada:

• De Sentença cabe APELAÇÃO;

• De Decisão Interlocutória cabe AGRAVO;

Os Recursos são interpostos da decisão de instância inferior (A quo) para instância superior (Ad Quem):

• Juízo A Quo – instância inferior recorrida;

• Juízo Ad Quem – instância superior a ser recorrida.

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A Apelação é o recurso cabível das decisões definitivas (análise do mérito) ou terminativas (sem exame de mérito), que põem termo ao processo (findam o processo), exaurindo a jurisdição do Juiz de 1º GRAU. Portanto, é apelável uma Sentença de mérito ou que extingue o processo sem exame de mérito.

A Apelação visa entregar ao Tribunal o processo para novo exame, não permitindo o trânsito em julgado da decisão de 1º Grau.

Salvo algumas exceções previstas na doutrina e na jurisprudência, são Decisões Interlocutórias aquelas que decidem questão incidente (questão relevante para o processo, mas que não põe fim a seus termos). Estas decisões são impugnáveis por Agravo. Já a Sentença é a

Como é estudado nos assuntos “Decisões Judiciais”, antigamente o conceito de Sentença era o ato pelo qual o Juiz põe fim ao processo, decidindo ou não o mérito da causa (da ação). Assim, o conceito anterior restringia a Sentença a uma decisão que finalizava o processo. Todavia, em reforma do CPC realizada no ano de 2005 pela Lei nº 11.232/2005, a Sentença passou a ser conceituada como a decisão ou ato do Juiz que implicasse em alguma das situações previstas no art. 267 ou 269 do Código.

CPC

Art. 162.

§ 1o Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações

previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei. (Redação dada pelo Lei

nº 11.232, de 2005)

O conceito anterior de Sentença como o ato que implicava na finalização do processo se justificava à época, porque o sistema processual anterior à Lei nº 11.232/2005 era dividido em processos estanques e separados: Processo de Conhecimento e Processo de Liquidação e Execução de Sentença.

Uma coisa era a certificação do direito no Processo de Conhecimento (ex: Sentença do Juiz determinando a reintegração de posse de uma determinada propriedade). Outra coisa era a execução desta mesma sentença. Para executar deveria ser aberto um novo processo (+ 1 processo)

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só para conseguir, na prática, a reintegração de posse conferida pela sentença inicial. Assim, a Sentença antes marcava o fim do processo de certificação do direito (Processo de Conhecimento), dando azo à abertura de um novo Processo para executá-lo (Processo de Execução).

Com efeito, a Lei nº 11.232/2005 trouxe um novo conceito de processo. Hoje o processo é único, dividido apenas em FASES. Existe a Fase de Conhecimento, Fase de Liquidação e Fase de Execução da Sentença. Não cabe aqui estudar o conceito e detalhes de cada Fase. Contudo, cabe informar que a Sentença NÃO mais põe fim ao processo! Por uma razão simples: a Sentença apenas finaliza 1 (uma) de suas fases (a fase de Conhecimento). O Processo não é mais finalizado com a Sentença, mas apenas com a execução definitiva.

Esta junção de todas as Fases em 1 (um) único Processo é chamada pela doutrina de Processo Sincrético. Agora o Processo de Conhecimento é formado pela união ou fusão de processos diversos em apenas 1 (um).

Por causa disso, o conceito de Sentença teve que ser modificado. O conceito anterior não tem hoje mais razão de ser porque o processo não mais é ultimado com a exaração da Sentença pelo Juiz.

Nesse sentido, o legislador entendeu por bem conceituar a Sentença como o ato do Juiz que implica em alguma das situações previstas nos incisos dos arts. 267 e 269 do CPC (com e sem resolução do mérito da causa). Estudamos em maiores detalhes no assunto “Decisões Judiciais”.

Tá ok Professor, Sentença é a decisão do Juiz que examina ou não examina o mérito, nas hipóteses do art. 267 ou 269. Todavia, o que é Acórdão?

Enquanto os Juízes de 1º Grau de Jurisdição (Juízes de 1ª Instância) proferem as Sentenças para poderem fim à Fase de Conhecimento, os Tribunais de 2ª Instância (Ex: Tribunais de Justiça Estaduais, Tribunais Regionais Federais, etc) e os Tribunais Superiores (STF, STJ, TSE, TST, etc) proferem os chamados Acórdãos, decidindo ou não o mérito, mas também pondo fim à Fase de Conhecimento. Recebe a denominação “Acórdão” o julgamento proferido pelo órgão colegiado do Tribunal, que resume a decisão

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(“voto”) dos Membros da Corte.

CPC

Art. 163. Recebe a denominação de acórdão o julgamento

proferido pelos tribunais.

Cada Membro do Tribunal, contudo, profere as chamadas Decisões Monocráticas (decisões tomadas pessoalmente, sem a participação de toda a Corte), quando decide uma questão incidental no processo. Estas Decisões Monocráticas têm natureza de Decisões Interlocutórias, como veremos à frente.

As Decisões Interlocutórias são aqueles em que o Juiz decide uma mera questão incidente no Processo (questão acessória que deve ser decidida antes da questão de mérito), sem lhe dar um fim direto e imediato à Fase de Conhecimento.

Por meio das Decisões Interlocutórias o Magistrado, por exemplo, indefere requerimento de prova solicitado pelo autor ou pelo réu; exclui co-autor ou co-réu do processo, mantendo os demais; indefere pedido de assistência judiciária gratuita (gratuidade da justiça); indefere solicitação de liminar e tutela antecipada; não recebe o recurso de Apelação de decisão, no 1º juízo de admissibilidade recursal. Observem que em todas estas hipóteses o Juiz não põe termo (fim) à Fase /de Conhecimento. O processo continua normalmente após a Decisão Interlocutória.

CPC

Art. 162.

§ 2o Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do

processo, resolve questão incidente.

Um exemplo simples citado: Ação de Investigação de Paternidade; a parte autora, além do pedido de investigação, solicita que lhe seja assegurada a gratuidade da justiça; o Juiz precisa decidir esta questão também, não é verdade? Não poderá simplesmente julgar a investigação sem debruçar-se se ela tem ou não direito à assistência judiciária gratuita; esta questão incidente ao mérito (questão principal) deve ser decidida por meio de

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Decisão Interlocutória. Fácil, não?

Diante da bagunça de nosso Sistema Processual Civil, há casos excepcionais de Decisões Interlocutórias que põem fim à Fase de Conhecimento, mas não é objeto deste estudo, por ora.

Cabe assinalar que, em regra, das Sentenças cabe o Recurso de APELAÇÃO e das Decisões Interlocutórias, o Recurso de AGRAVO.

CPC

Art. 513. Da SENTENÇA caberá APELAÇÃO (arts. 267 e 269).

Art. 522. Das DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS caberá AGRAVO,

no prazo de 10 (dez) dias, na forma retida, salvo quando se

tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de

difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e

nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida, quando

será admitida a sua interposição por instrumento.

Resumo:

SENTENÇAS:

o Põem fim à Fase de Conhecimento, decidindo ou não o mérito do Processo (questão principal);

o Terminativa – SEM resolução de mérito - Art. 267 – faz coisa julgada formal;

o Definitiva – COM resolução de mérito – Art. 269 - faz coisa julgada formal e material;

o Cabe o Recurso de Apelação.

DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS:

o Decidem questões incidentes (acessórias) sem por fim à Fase de Conhecimento;

o Cabe o Recurso de AGRAVO.

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Vale frisar que a Apelação é um Recurso de decisão de 1º GRAU para o Tribunal, sendo dirigida ao próprio Juiz prolator da decisão recorrida, que fará o 1º Juízo de Admissibilidade do Recurso. Quando o processo chegar ao Tribunal, será realizado o 2º Juízo de Admissibilidade do Recurso pelo Membro Relator do TRE.

É estranho pensar que o Recurso seja encaminhado ao próprio Juiz prolator. Ocorre que esta regra permitirá que o Juiz notifique à parte recorrida para que apresente as contra-razões do recurso, informe os efeitos em que recebe a apelação (suspensivo e devolutivo) e faça o 1º exame de admissibilidade recursal.

A petição da Apelação deve conter os seguintes requisitos básicos:

1. os nomes e a qualificação das partes;

2. os fundamentos de fato e de direito;

3. o pedido de nova decisão.

Estudamos que os prazos dos recursos são: 15 DIAS, salvo Embargados de Declaração (5 DIAS) e Agravo (10 DIAS).

O recurso de APELAÇÃO, Embargos Infringentes, Recurso Ordinário, Recurso Especial e Extraordinário, bem como Embargos de Divergência são interpostos em 15 DIAS (prazo regra).

CPC

Art. 508. Na apelação, nos embargos infringentes, no recurso

ordinário, no recurso especial, no recurso extraordinário e nos

embargos de divergência, o prazo para interpor e para responder é

de 15 (quinze) dias. (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 1994)

Efeitos Suspensivo e Devolutivo da Apelação.

A regra é que a Apelação seja recebida em seu duplo efeito (devolutivo e suspensivo). O que é isso, Professor?

O Efeito Devolutivo é a transferência ao Tribunal julgador de todo

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o exame da matéria impugnada no recurso. Caso a Apelação seja de toda a Sentença (de todos os capítulos da Sentença), ela devolverá ao Tribunal o conhecimento total da matéria impugnada. De outro lado, se o recurso for parcial (apenas de um ou alguns dos capítulos da Sentença), a devolução da matéria também será parcial, nos limites da questão apelada.

CPC

Art. 505. A sentença pode ser impugnada no todo ou em parte.

Art. 515. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da

matéria impugnada.

O efeito devolutivo implica na autorização ao Tribunal do conhecimento de todos os fundamentos do pedido e da defesa referentes à questão ou às questões recorridas. Isto é, o efeito devolutivo aborda as questões levantadas no processo, mesmo que a sentença não as tenha julgado completamente.

Vale ressaltar que a análise das questões resta limitada pelo o que foi recorrido. Se apenas um capítulo da Sentença foi recorrido, a devolução das questões para nova análise do Tribunal resta cingida às questões referentes ao capítulo recorrido e não a outro. Esta regra decorre da aplicação do Princípio Processual do Tantum devolutum, quantum appellatum, que consiste na devolução ao Tribunal apenas do que foi apelado (o novo exame no Tribunal é restrito aos pontos objetos do recurso).

Em outros termos, as questões e os fundamentos de defesa alegados no processo interligados à parte ou ao todo da Sentença recorrida, poderão ser objeto de análise pelo Tribunal (ampla liberdade de conhecimento dentro do espectro da matéria recorrida). Por isso, se o pedido ou a defesa tiver mais de 1 fundamento e o Juiz acolher apenas 1 deles, o Tribunal poderá analisar todos os alegados quando da análise da Apelação.

As questões já decididas e não recorridas são consideradas preclusas, não podendo ser mais questionadas e devolvidas ao Tribunal, salvo as questões de ordem pública, que poderão ser conhecidas a qualquer tempo e de ofício (falta das condições da ação e dos pressupostos processuais). De outro lado, as questões ainda não decididas pela instância inferior (1º Grau) são também devolvidas ao Tribunal. Ou seja, até mesmo as questões

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anteriores à Sentença, se não decididas até a finalização do processo no órgão a quo (Juiz de 1º Grau), poderão ser conhecidas pelo Tribunal quando da análise do Recurso.

Quando o processo é extinto sem resolução de mérito no Juízo A Quo (de 1º Grau) e parte apresenta o Recurso de Apelação, caso o Tribunal entenda pela reforma da decisão extintiva, poderá julgar desde logo o mérito da causa se a questão for exclusivamente de direito (matéria eminentemente jurídica - de que não dependa de produção de provas), e se estiver em condições de imediato julgamento.

Neste caso, se houver necessidade de produção de provas, o Tribunal deverá anular a sentença de extinção do processo, determinando o retorno dos autos ao Juízo A Quo para realização de nova fase instrutória e novo julgamento do mérito.

CPC

Art. 515

§ 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo

tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo,

ainda que a sentença não as tenha julgado por inteiro.

§ 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e

o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o

conhecimento dos demais.

§ 3o Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito

(art. 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa

versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de

imediato julgamento.

§ 4o Constatando a ocorrência de nulidade sanável, o tribunal

poderá determinar a realização ou renovação do ato processual,

intimadas as partes; cumprida a diligência, sempre que possível

prosseguirá o julgamento da apelação.

Art. 516. Ficam também submetidas ao tribunal as questões

anteriores à sentença, ainda não decididas.

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A regra é que a Apelação também SUSPENDA os efeitos da decisão recorrida (Efeito Suspensivo) enquanto pendente o julgamento do recurso. Nessa esteira, o Recurso de Apelação tem como regra o seu recebimento do Duplo Efeito (Devolutivo e Suspensivo). No entanto, a Lei Processual prevê exceções, nas quais a Apelação será recebida apenas no efeito devolutivo (não suspensivo), quando interposta de sentença que:

1. homologar a divisão ou a demarcação;

2. condenar à prestação de alimentos;

3. decidir o processo cautelar;

4. rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes;

5. julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem.

6. confirmar a antecipação dos efeitos da tutela;

Em tais casos de recebimento com efeito meramente devolutivo (não suspensivo), será possível, mesmo com a interposição da Apelação, executar desde já a decisão apelada. Se o recebimento for no Duplo Efeito (devolutivo e suspensivo), não será possível inovar no processo (praticar outros atos processuais) até a decisão final da Apelação.

Procedimentos da Apelação no Juízo A Quo.

Quando do recebimento da Apelação ainda no Juízo A Quo (de 1º Grau), o Juiz adotará as seguintes providências:

1. Realizará o 1º Juízo de Admissibilidade da Apelação (se foram preenchidos os pressupostos recursais objetivos e subjetivos). Se a Sentença estiver de acordo com Súmula do STJ ou do STF, o Juiz sequer receberá a Apelação.

2. Declarará em quais efeitos receberá a Apelação, se com o Duplo Efeito ou apenas com o Efeito Devolutivo.

3. Conferirá vista ao apelado para responder (apresentar

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Contrarrazões em 15 DIAS).

4. Depois da resposta, o Juiz de 1º Grau poderá reexaminar os pressupostos de admissibilidade do Recurso em até 5 DIAS, tendo em vista que as alegações apresentadas pelo recorrido poderá alterar a convicção do Juiz acerca do Recurso.

Questões Fáticas na Apelação.

A regra é que as questões de fato (de que dependem de prova) só sejam discutidas no Juízo A Quo (é proibido trazer a discursão de questões fáticas para o Tribunal), salvo se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.

Preparo da Apelação.

O preparo das custas do Recurso de Apelação deverá ser realizado quando da apresentação do recurso. Caso a parte deixe de fazê-lo por justo impedimento, o Juiz deverá relevar a pena de deserção (não conhecimento por falta de pagamento) e fixará novo prazo para que o pagamento seja realizado. Esta decisão de relevar a deserção é irrecorrível, mas cabe ao Tribunal apreciar sua legitimidade (sua correção).

Possibilidade de retratação.

Se a petição inicial for indeferida, o processo será extinto SEM resolução de mérito. Desta decisão, caberá Apelação. No entanto, o CPC faculta a possibilidade do Juiz retratar-se da decisão de indeferimento da inicial no prazo de 48 HORAS.

Na hipótese de retratar-se, o processo iniciado pela petição inicial terá seu prosseguimento normal. Todavia, caso não se retrate, o Juiz deverá encaminhar o recurso de Apelação pelo indeferimento da petição inicial ao Tribunal, para julgamento.

CPC

Art. 296. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar,

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facultado ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, reformar

sua decisão.

Parágrafo único. Não sendo reformada a decisão, os autos serão

imediatamente encaminhados ao tribunal competente.

3. Agravo

Agravo Retido e Agravo de Instrumento.

Como vimos, as decisões interlocutórias (que decidem questões incidentes do processo, sem extingui-lo) são recorríveis mediante AGRAVO. Este Agravo será na forma retida nos autos (Agravo Retido) no prazo de 10 DIAS.

O Agravo é chamado de Retido porque, apesar de interposto, ficará acostado aos autos (retido ou paralisado), sem exame, até que o Tribunal (Órgão Ad Quem) o conheça quando da interposição de recurso de Apelação da Sentença eventualmente desfavorável ao recorrente.

É possível que o Agravo Retido nunca seja conhecido pelo Tribunal, se a Sentença restar favorável ao Agravante. Se a Sentença for desfavorável ao Agravante, este interporá Apelação ou Contrarrazões da Apelação e em suas razões especificará um pedido preliminar de apreciação do Agravo Retido nos autos. Se a parte não apresentar este pedido preliminar expresso, o

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Agravo Retido não será conhecido pelo Tribunal (presume-se desistência do Agravo Retido).

Desse modo, a regra é que recursos das decisões interlocutórias só sejam decididos quando do julgamento de possível Apelação da Sentença, por meio do julgamento do Agravo Retido nos autos.

CPC

Art. 523. Na modalidade de agravo retido o agravante requererá

que o tribunal dele conheça, preliminarmente, por ocasião do

julgamento da apelação.

§ 1o Não se conhecerá do agravo se a parte não requerer

expressamente, nas razões ou na resposta da apelação, sua

apreciação pelo Tribunal.

A interposição de Agravo Retido dos autos NÃO necessita de preparo (pagamento de custas), enquanto que o Agravo de Instrumento depende do pagamento de custas.

Com a interposição do Agravo Retido, sendo ouvido também o Agravado (outra parte) no prazo de 10 DIAS, o Juiz poderá reformar a decisão interlocutória recorrida. Se o Magistrado não reformar, a decisão interlocutória permanece vigente e o Agravante deverá pedir preliminarmente o conhecimento do Agravo quando interpuser Apelação.

As decisões interlocutórias proferidas na audiência de instrução e julgamento também caberá Agravo na forma retida, que será ORAL e IMEDIATO (sob pena de preclusão), devendo constar de termo em ata, nele expostas sucintamente as razões do agravante.

Antigamente, a regra é que as decisões interlocutórias fossem recorríveis por Agravo de Instrumento, que foi substituída pela forma Retida nos autos. O termo instrumento refere-se ao fato de que o recurso deve vir acompanhando de cópias de peças do processo para que o Tribunal, mesmo sem os autos originais do processo, possa dele ter conhecimento suficiente para julgarem a correção da decisão interlocutória recorrida.

Hoje, as decisões interlocutórias de forma geral são recorríveis

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por Agravo Retido nos autos, sendo excepcionalmente cabível o Agravo de Instrumento:

o nos casos de lesão grave e de difícil reparação

o quando o Juiz de 1º GRAU inadmite a Apelação;

o quanto aos efeitos que o Juiz de 1º GRAU recebe a apelação.

O Agravo de Instrumento deve ser protocolado diretamente no Tribunal e não no Juízo de 1º Grau (difere, por exemplo, do Recurso de Apelação, que é apresentado no próprio juízo a quo).

A Petição do Agravo de Instrumento deve conter os seguintes requisitos básicos, sob pena de indeferimento:

1. a exposição do fato e do direito;

2. as razões do pedido de reforma da decisão;

3. o nome e o endereço completo dos Advogados, constantes do processo.

Além de tais requisitos, a Petição do Agravo de Instrumento deve ser instruída, além das peças facultativas que entender úteis, obrigatoriamente com cópias:

• da decisão agravada;

• da certidão da respectiva intimação da decisão e

• das procurações outorgadas aos Advogados do agravante e do agravado.

O preparo do Agravo de Instrumento (custas + porte de retorno dos autos) deverá acompanhar a petição do recurso. Contrariamente, o Agravo Retido não tem preparo.

Como o Agravo de Instrumento é interposto diretamente no Tribunal, o Juiz recorrido acaba por não saber da interposição do recurso de sua própria decisão. Visando evitar tal fato, a lei criou uma exigência ao Agravante, a de, no prazo de 3 DIAS da interposição do Agravo de Instrumento, requerer a juntada aos autos do processo de cópia da petição

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do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso.

Se o Agravante não requerer a juntada da cópia do agravo de instrumento no processo principal no prazo de 3 DIAS, e se tal fato for arguido e provado pelo Agravado, o recurso de Agravo de Instrumento será inadmitido. Observem que a inadmissão NÃO é automática (depende de arguição e prova por parte do Agravado!).

Caso o Juiz de 1º GRAU comunique ao Tribunal que reformou integralmente a decisão Agravada, o Recurso do Agravo de Instrumento perde o seu objeto, sendo considerado prejudicado. Neste caso, resta à parte agravada interpor recurso desta decisão de reconsideração.

O Agravo de Instrumento será julgado no Tribunal por um Membro Relator, que terá as seguintes atribuições procedimentais do recurso:

1) Negará seguimento ao Agravo de forma LIMINAR, quando o recurso for manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do STF, ou de Tribunal Superior (Conforme art. 557 do Código de Processo Civil);

2) Se o Relator verificar ser hipótese de Agravo Retido, deve converter o Agravo de Instrumento para Retido, que é a regra dos recursos de decisões interlocutórias. Em outros termos, será convertido o Agravo de Instrumento em Agravo Retido se não for caso de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida.

A decisão de conversão implica também na remessa dos autos ao Juiz da causa para apensamento do Agravo Retido aos autos principais.

Esta decisão de conversão é recorrível ao órgão colegiado do Tribunal por meio de Agravo Regimental.

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3) Poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso de Agravo (sustentando os efeitos da decisão interlocutória agravada), ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao Juiz de 1º GRAU a decisão;

4) Poderá requisitar informações ao Juiz de 1º GRAU, que as prestará no prazo de 10 DIAS;

5) Mandará intimar o agravado, na mesma oportunidade, por ofício dirigido ao seu advogado, sob registro e com aviso de recebimento (Carta Registrada com AR), para que responda no prazo de 10 DIAS (art. 525, § 2o), facultada a juntada de cópias de peças. Nos locais onde não haja imprensa oficial, o agravado será intimado na pessoa do Advogado, por meio de ofício registrado em com AR.

6) Após todas as providências, se for hipótese de intervenção do Ministério Público, o Relator mandará o órgão do MP para pronunciamento em 10 DIAS.

7) O Relator pedirá dia para julgamento no Tribunal em até 30 DIAS da intimação do agravado.

A decisão LIMINAR de conversão do Agravo de Instrumento em Retido, de concessão de efeito suspensivo ao recurso e ou de deferimento da pretensão recursal em antecipação de tutela, em regra vigorará até o momento do julgamento do Agravo ou se for reconsiderada pelo Relator.

Peculiaridades do Agravo Retido e de Instrumento:

1) Prazos de interposição e de resposta: 10 DIAS.

2) É possível retratação da decisão do Juiz de 1º GRAU;

3) O Agravo Retido é apresentado no próprio Juiz de 1º GRAU, enquanto que o de Instrumento é apresentado diretamente no Tribunal.

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4) O Agravo de Instrumento tem preparo e o Retido NÃO;

5) O Agravo Retido é de julgamento eventual, só sendo conhecido quando pedido pela parte na Apelação ou nas Contrarrazões. Já o Agravo de Instrumento é tramitado de forma independente, sendo julgado em apartado ao processo principal e a eventual apelação.

4. Embargos de Declaração.

Os Embargos de Declaração não visam a reforma ou anulação da Sentença ou Acórdão do Tribunal, mas apenas o seu esclarecimento, suprimento de omissão, obscuridade ou contradição.

Portanto, os Embargos de Declaração são recursos interpostos pela parte que entendeu estar a Sentença ou o Acórdão obscuro, duvidoso, contraditório ou omisso em algum ponto. Os Embargos de Declaração devem ser interpostos no prazo de 5 DIAS, a contar da publicação da Sentença ou o Acórdão, em petição dirigida ao próprio Juiz da Sentença ou Relator do Acórdão, pois são estes quem devem manifestar-se sobre a obscuridade, contradição ou omissão de sua decisão.

Repito as hipóteses Legais de cabimento dos Embargos de Declaração:

1) houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição;

2) for omitido (omissão) ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal.

A Lei prevê o cabimento apenas de Embargos Declaratórios contra

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Sentença ou Acórdão. De outro lado, a Jurisprudência e a doutrina vem admitido tal possibilidade para as Decisões Interlocutórias. Não faz sentido fazer esta distinção!

Os Embargos de Declaração, igualmente ao Agravo Retido, NÃO estando sujeitos a preparo.

O Juiz de 1º GRAU deve julgar os Embargos em até 5 DIAS. Nos Tribunais, na 1ª Sessão seguinte à oposição dos Embargos Declaratórios estes deverão constar de pauta e o Relator deverá proferir seu voto.

Importante: a interposição de Embargos Declaratórios INTERROMPEM o prazo para interposição de qualquer outro recurso! Ou seja, eventuais prazos que estiverem correndo para interposição de qualquer outro recurso (ex: Agravo de Instrumento) serão “zerados” e contados a partir da efetiva decisão dos Embargos de Declaração.

Os Embargos Declaratórios de cunho protelatório geram a imposição de MULTA não excedente a 1% do Valor de Causa, por declaração fundamentada do Juiz ou Relator. Se os Embargos Declaratórios forem reiterados de forma protelatória a multa será elevada até 10%, condicionando a interposição de qualquer outro recurso ao depósito da multa.

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5. Recurso Extraordinário.

O Recurso Extraordinário (RE) é um recurso dirigido ao STF nas causas decididas em única e última instância, suscitando questão federal de natureza constitucional, nas seguintes hipóteses:

a) contrariar dispositivo da Constituição;

b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;

c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição.

d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

O Recurso Especial (RESP) é um recurso dirigido ao STJ nas causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais (TRFs) ou pelos Tribunais dos Estados, do DF e Territórios (TJs), quando a decisão recorrida:

a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

b) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face de lei federal;

c) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;

d) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.

Peculiaridades relevantes do RE e do RESP:

a. O RE e o RESP devem ser interpostos no prazo de 15 DIAS da publicação do Acórdão recorrido. As Contrarazões serão apresentadas também em até 15

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DIAS.

b. Se da decisão couber os 2 (dois) recursos ao mesmo tempo (RE e RESP), deverão ser interpostos em petições distintas, sendo que o RESP será julgado em 1º lugar.

c. A Petição dos recursos deve ser dirigida ao Presidente do Tribunal que proferiu o acórdão recorrido (tribunal recorrido), com as razões do pedido, a fundamentação e a demonstração do cabimento do recurso.

d. Exige-se o chamado Prequestionamento para a interposição de RE e RESP – necessidade de ter levantado previamente a mesma questão controvertida perante o juízo de origem.

e. Após apresentadas as Contrarazões, os autos serão conclusos para que o Tribunal de origem faça o 1º Juízo de Admissibilidade recursal.

f. Caso o Tribunal não conheça dos recursos, caberá Agravo de Instrumento no prazo de 10 DIAS ao tribunal que seria competente para o julgamento do RE ou RESP (STF ou STJ) – Agravo de Instrumento para destrancar RE ou RESP do art. 544 do CPC.

g. Se o Tribunal de origem conhecer do RE ou RESP, os autos do RESP serão remetidos ao STJ, caso haja os 2 recursos. Se houver apenas o RE, será remetido diretamente ao STF.

h. Depois do julgamento do RESP no STJ é que o RE será remetido ao STF.

i. Caso o Relator entenda que o RE é prejudicial ao RESP, em decisão irrecorrível sobrestará o seu julgamento e remeterá os autos ao STF, para o julgamento do RE. Todavia, se o Relator do RE entender que o RE não é prejudicial ao RESP, em decisão irrecorrível,

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devolverá os autos ao STJ, para o julgamento do RESP.

j. O RE e o RESP serão recebidos apenas no efeito devolutivo (não suspensivo). Se interpostos contra decisão interlocutória, ficarão retidos nos autos e somente será processado se o reiterar a parte, no prazo para a interposição do recurso contra a decisão final, ou para as contra-razões.

k. O RE tem um requisito específico para seu processamento: a chamada Repercussão Geral. Somente será processado RE no STF que tenha repercussão geral de sua decisão, definida pela lei como a existência, ou não, de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa.

Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar decisão contrária a súmula ou jurisprudência dominante do Tribunal (repercussão geral presumida).

l. Se a Turma decidir pela existência da repercussão geral por, no mínimo, 4 Votos, ficará dispensada a remessa do recurso ao Plenário do STF. Se for negada a repercussão geral, a decisão valerá para todos os recursos sobre matéria idêntica, que serão indeferidos liminarmente, salvo revisão da tese, tudo nos termos do Regimento Interno do STF.

m. Na análise da Repercussão Geral, o Relator do STF poderá admitir a figura do amicus cúria (amigo da Corte), terceiro auxiliar do Poder Judiciário, que poderá intervir no processo para integrar a instrução processual com seu conhecimento especializado. O amicus cúria ajuda à Corte no processo de decisão de questão polêmicas, complexas e específicas.

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

QUESTÃO 247: TRT 14ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados [FCC] - 03/04/2010.

A respeito dos recursos, considere:

I. A parte que aceitar tacitamente a sentença ou a decisão não poderá recorrer.

II. O recurso adesivo não está sujeito a preparo.

III. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) I e III.

c) II.

d) II e III.

e) III.

COMENTÁRIOS:

Item I – correto. A parte que aceitar a sentença ou a decisão, de forma expressa ou tácita, não poderá recorrer. Se a parte aceitou a decisão, precluiu seu direito de recorrer e é eliminado o interesse recursal. A aceitação expressa é a manifestação expressa que não deseja recorrer. A aceitação tácita é a prática, sem reserva alguma, de um ato incompatível com a vontade de recorrer. Exemplo: deixar passar em branco o prazo do recurso sem qualquer manifestação.

Item II – errado. As mesmas regras do recurso independente quanto às condições de admissibilidade, preparo e julgamento no Tribunal

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Superior são aplicáveis ao Recurso Adesivo.

Item III – correto. A Lei assegura o direito do recorrente de desistir do Recurso a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes que com ele dividirem o polo ativo ou passivo da demanda.

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 248: TJ - PE - Juiz Substituto [FCC] - 27/03/2011.

Em relação aos recursos no processo civil,

a) a insuficiência no valor do preparo recursal implicará deserção imediata.

b) o recorrente pode desistir do recurso, desde que com a anuência do recorrido ou dos litisconsortes necessários.

c) o não conhecimento do recurso principal não tem influência em relação ao recurso adesivo, que nesse ponto torna-se autônomo.

d) com exceção dos embargos de declaração, o prazo para recorrer no processo civil será sempre de quinze dias.

e) a renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. O preparo deve ser comprovado tão logo seja interposto o recurso, inclusive com porte de remessa e de retorno, sob pena de ser considerado o recurso deserto.

Se o preparo juntado aos autos for insuficiente, a parte recorrente deve ser intimada para suprir o valor faltante em 5 DIAS. Se não o fizer, também será considerado o recurso deserto.

Item B – errado. A Lei assegura o direito do recorrente de desistir do Recurso a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes que com ele dividirem o polo ativo ou passivo da demanda.

Item C – errado. O recurso aderente sempre ficará subordinado ao recurso

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principal.

CPC

Art. 500. Cada parte interporá o recurso, independentemente, no

prazo e observadas as exigências legais. Sendo, porém, vencidos

autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir

a outra parte. O recurso adesivo fica subordinado ao recurso

principal e se rege pelas disposições seguintes: (Redação dada pela

Lei nº 5.925, de 1973)

Item D – errado. Não, o prazo do agravo é de 10 DIAS.

Item E – correto. A desistência ocorre quando o recurso já foi interposto. No entanto, a parte também poderá renunciar ao direito de recorrer. A renúncia é ato anterior à interposição do recurso, e independe da aceitação da outra parte.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 249: TRT 22ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados [FCC] - 14/11/2010 (ADAPTADA).

O recurso

a) só pode ser interposto pela parte vencida.

b) extraordinário impede a execução da sentença.

d) interposto pelo Município não depende de preparo.

e) adesivo é independente do principal.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. Legitimidade Recursal – o recurso poderá ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público. O terceiro deve demonstrar relação entre seu interesse e a relação jurídica discutida (ex: fiador não citado no processo que recorre de decisão contrária a ele e ao afiançado). O Ministério Público poderá recorrer quando for parte e

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quando funcionar como fiscal da lei.

Item B – errado. O recurso extraordinário e o recurso especial NÃO impedem a execução da sentença (sentença poderá ser executada, mesmo com a interposição de RE e RESP).

Item C – correto. A Lei dispensa de preparo recursal as entidades com isenção: Ministério Público, União, Estados e Municípios e respectivas autarquias.

Item D – errado. O recurso aderente sempre ficará subordinado ao recurso principal.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 250: TRT 12ª - Téc. Judiciário – Administrativa [FCC] - 10/10/2010.

A desistência do recurso

a) poderá ser efetuada somente até a apresentação da resposta do recorrido.

b) opera-se independentemente da anuência da parte contrária.

c) depende da anuência dos litisconsortes.

d) poderá ser efetuada até a remessa dos autos à superior instância.

e) principal não prejudica o conhecimento do recurso adesivo.

COMENTÁRIOS:

A Lei assegura o direito do recorrente de desistir do Recurso a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes que com ele dividirem o polo ativo ou passivo da demanda.

A desistência ocorre quando o recurso já foi interposto. No entanto, a parte também poderá renunciar ao direito de recorrer. A renúncia é ato anterior à interposição do recurso, e independe da aceitação da outra parte.

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CPC

Art. 501. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência

do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 251: Bahia Gás - Analista de Processos Org – Direito [FCC] - 25/04/2010.

No que concerne aos recursos, é correto afirmar que

a) a insuficiência no valor do preparo implicará deserção, não podendo o recorrente supri-lo por expressa vedação legal.

b) o recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveitará, mesmo se distintos ou opostos os seus interesses.

c) o recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.

d) o recurso extraordinário e o recurso especial impedem a execução da sentença.

e) o recurso adesivo é independente do principal e será conhecido mesmo se este for declarado deserto.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. O preparo deve ser comprovado tão logo seja interposto o recurso, inclusive com porte de remessa e de retorno, sob pena de ser considerado o recurso deserto.

Se o preparo juntado aos autos for insuficiente, a parte recorrente deve ser intimada para suprir o valor faltante em 5 DIAS. Se não o fizer, também será considerado o recurso deserto.

Item B – errado. O recurso interposto por 1 dos litisconsortes ativos ou passivos (+ 1 parte no mesmo polo: 2 ou + autores ou réus) a todos

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aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.

Item C – correto. Como já vimos, está correto!

Item D – errado. O recurso extraordinário e o recurso especial NÃO impedem a execução da sentença (sentença poderá ser executada, mesmo com a interposição de RE e RESP).

Item E – errado. O recurso aderente sempre ficará subordinado ao recurso principal.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 252: TJ - MS - Juiz de Direito Substituto [FCC] - 24/04/2010.

É um pressuposto subjetivo de admissibilidade recursal

a) a regularidade formal.

b) o interesse.

c) o preparo.

d) o cabimento.

e) a tempestividade.

COMENTÁRIOS:

Pressupostos subjetivos do Recurso:

1. Legitimidade Recursal – o recurso poderá ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público. O terceiro deve demonstrar relação entre seu interesse e a relação jurídica discutida (ex: fiador não citado no processo que recorre de decisão contrária a ele e ao afiançado). O Ministério Público poderá recorrer quando for parte e quando funcionar como fiscal da lei.

2. Interesse Recursal – somente poderá recorrer a parte ou o

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terceiro que demonstrar ter recebido menos do que deveria da decisão judicial. Ou seja, o recurso deve ser interposto pela parte que sucumbir, quando incorrer em situação de desvalia no processo. Quando o autor ou o réu receber tudo que foi solicitado ao longo do processo, não há interesse para interposição de recurso.

O recurso deverá preencher os seguintes requisitos objetivos para seu efetivo conhecimento:

1. Tempestividade – o recurso deve ser interposto dentro do prazo legal, sob pena da perda do direito de recorrer (preclusão temporal).

2. Preparo – o recurso também tem seus custos processuais. Para tanto, a parte recorrente deve recolher as custas (preparo) e acostá-las aos autos do processo juntamente com a petição de interposição do recurso.

3. Cabimento – o Princípio recursal da Unirrecorribilidade determina que para cada decisão cabe apenas 1 único recurso. A parte deve manejar o recurso cabível à espécie. Se for caso de decisão interlocutória, caberá Agravo; se for sentença final, caberá Apelação ao Tribunal.

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 253: TRE - AP - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 05/06/2011.

Considere as seguintes assertivas a respeito do Recurso de Apelação:

I. A apelação será recebida só no efeito devolutivo, quando interposta de sentença que confirmar a antecipação dos efeitos da tutela.

II. Recebida a apelação em ambos os efeitos, o juiz não poderá inovar no processo; recebida só no efeito devolutivo, o apelado poderá promover, desde logo, a execução provisória da sentença, extraindo a respectiva carta.

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III. Provando o apelante justo impedimento, o juiz relevará a pena de deserção, fixando-lhe prazo para efetuar o preparo. Esta decisão será irrecorrível, cabendo ao tribunal apreciar-lhe a legitimidade.

IV. Após a apresentação da resposta, o juiz não poderá reexaminar os pressupostos de admissibilidade do recurso.

De acordo com o Código de Processo Civil brasileiro, está correto o que se afirma SOMENTE em

a) I, II e III.

b) II, III e IV.

c) I e II.

d) III e IV.

e) I e III.

COMENTÁRIOS:

Item I – correto.

A regra é que a Apelação também SUSPENDA os efeitos da decisão recorrida (Efeito Suspensivo) enquanto pendente o julgamento do recurso. Nessa esteira, o Recurso de Apelação tem como regra o seu recebimento do Duplo Efeito (Devolutivo e Suspensivo). No entanto, a Lei Processual prevê exceções, nas quais a Apelação será recebida apenas no efeito devolutivo (não suspensivo), quando interposta de sentença que:

1. homologar a divisão ou a demarcação;

2. condenar à prestação de alimentos;

3. decidir o processo cautelar;

4. rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes;

5. julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem.

6. confirmar a antecipação dos efeitos da tutela;

Item II – correto. Nos casos de recebimento com efeito meramente devolutivo

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(não suspensivo), será possível, mesmo com a interposição da Apelação, executar desde já a decisão apelada. Se o recebimento for no Duplo Efeito (devolutivo e suspensivo), não será possível inovar no processo (praticar outros atos processuais) até a decisão final da Apelação.

Item III – correto. O preparo das custas do Recurso de Apelação deverá ser realizado quando da apresentação do recurso. Caso a parte deixe de fazê-lo por justo impedimento, o Juiz deverá relevar a pena de deserção (não conhecimento por falta de pagamento) e fixará novo prazo para que o pagamento seja realizado. Esta decisão de relevar a deserção é irrecorrível, mas cabe ao Tribunal apreciar sua legitimidade (sua correção).

Item IV – errado. O preparo das custas do Recurso de Apelação deverá ser realizado quando da apresentação do recurso. Caso a parte deixe de fazê-lo por justo impedimento, o Juiz deverá relevar a pena de deserção (não conhecimento por falta de pagamento) e fixará novo prazo para que o pagamento seja realizado. Esta decisão de relevar a deserção é irrecorrível, mas cabe ao Tribunal apreciar sua legitimidade (sua correção).

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 254: TRF 1ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados [FCC] - 27/03/2011.

De acordo com o Código de Processo Civil brasileiro, o agravo de instrumento terá a sua petição instruída obrigatoriamente com cópias da

a) decisão agravada e da certidão da respectiva intimação, apenas.

b) decisão agravada, da petição inicial, contestação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado.

c) decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado.

d) certidão da respectiva intimação, da petição inicial, contestação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado.

e) decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, da petição inicial,

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contestação e da procuração outorgada ao advogado do agravante, apenas.

COMENTÁRIOS:

A Petição do Agravo de Instrumento deve ser instruída, além das peças facultativas que entender úteis, obrigatoriamente com cópias:

• da decisão agravada;

• da certidão da respectiva intimação da decisão e

• das procurações outorgadas aos Advogados do agravante e do agravado.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 255: TJ - AP - Outorga de Delegação de Serviços de Notas e Registros [FCC] - 27/03/2011.

Das decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento

a) no prazo de 15 dias, quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação, dentre outras hipóteses.

b) no prazo de 10 dias, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação, dentre outras hipóteses.

c) no prazo de 15 dias, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação, dentre outras hipóteses.

d) no prazo de 10 dias, quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação, dentre outras hipóteses.

e) no prazo de 8 dias, quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da

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apelação, dentre outras hipóteses.

COMENTÁRIOS:

As decisões interlocutórias (que decidem questões incidentes do processo, sem extingui-lo) são recorríveis mediante AGRAVO. Este Agravo será na forma retida nos autos (Agravo Retido) no prazo de 10 DIAS.

O Agravo é chamado de Retido porque, apesar de interposto, ficará acostado aos autos (retido ou paralisado), sem exame, até que o Tribunal (Órgão Ad Quem) o conheça quando da interposição de recurso de Apelação da Sentença eventualmente desfavorável ao recorrente.

As decisões interlocutórias de forma geral são recorríveis por Agravo Retido nos autos, sendo excepcionalmente cabível o Agravo de Instrumento:

o nos casos de lesão grave e de difícil reparação

o quando o Juiz de 1º GRAU inadmite a Apelação;

o quanto aos efeitos que o Juiz de 1º GRAU recebe a apelação.

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 256: TRE - RN - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 06/02/2011.

Natanael é advogado do processo A. Tendo em vista decisão interlocutória desfavorável ao seu cliente e, em razão dos prejuízos iminentes relativos a esta decisão, Natanael interpôs agravo de instrumento, requerendo a juntada aos autos principais de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso no décimo dia da propositura do referido recurso. Neste caso, de acordo com o Código de Processo Civil, Natanael

a) extrapolou o prazo legal de quarenta e oito horas, o que acarretará a

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inadimissibilidade do agravo.

b) atendeu o prazo legal não havendo penalidade legal.

c) extrapolou o prazo legal de cinco dias, o que poderá acarretar a inadimissibilidade do agravo.

d) extrapolou o prazo legal de três dias, o que poderá acarretar a inadimissibilidade do agravo.

e) extrapolou o prazo legal de cinco dias, porém seu recurso poderá ainda ser admitido.

COMENTÁRIOS:

Como o Agravo de Instrumento é interposto diretamente no Tribunal, o Juiz recorrido acaba por não saber da interposição do recurso de sua própria decisão. Visando evitar tal fato, a lei criou uma exigência ao Agravante, a de, no prazo de 3 DIAS da interposição do Agravo de Instrumento, requerer a juntada aos autos do processo de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso.

Se o Agravante não requerer a juntada da cópia do agravo de instrumento no processo principal no prazo de 3 DIAS, e se tal fato for arguido e provado pelo Agravado, o recurso de Agravo de Instrumento será inadmitido. Observem que a inadmissão NÃO é automática (depende de arguição e prova por parte do Agravado!).

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 257: DPE - RS - Defensor Público de Classe Inicial [FCC] - 16/01/2011.

O relator poderá, monocraticamente, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida estiver em manifesto confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal estadual.

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COMENTÁRIOS:

O Agravo de Instrumento será julgado no Tribunal por um Membro Relator, que terá, entre outras, as atribuições procedimentais de negar seguimento ao Agravo de forma LIMINAR, quando o recurso for manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do STF, ou de Tribunal Superior (Conforme art. 557 do Código de Processo Civil).

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 258: DPE - RS - Defensor Público de Classe Inicial [FCC] - 16/01/2011.

O juiz não receberá o recurso de apelação quando a sentença estiver em conformidade com súmula do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal.

COMENTÁRIOS:

Se a Sentença estiver de acordo com Súmula do STJ ou do STF, o Juiz sequer receberá a Apelação.

CPC

Art. 518

§ 1o O juiz não receberá o recurso de apelação quando a sentença

estiver em conformidade com súmula do Superior Tribunal de

Justiça ou do Supremo Tribunal Federal. (Renumerado pela Lei nº

11.276, de 2006)

RESPOSTA CERTA: C

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QUESTÃO 259: DPE - RS - Defensor Público de Classe Inicial [FCC] - 16/01/2011.

Acerca do sistema recursal previsto no Código de Processo Civil, é INCORRETO afirmar:

a) No recurso de apelação pode-se inovar, inclusive com questões de fato, desde que provada a impossibilidade de suscitação anterior por motivo de força maior.

b) Quando interposta de sentença que rejeitar, liminarmente, os embargos à execução, a apelação será recebida somente no efeito devolutivo.

c) Se o agravante, no prazo de três dias, não requerer a juntada aos autos do processo de cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso, este não será admitido, independentemente de arguição pelo agravado.

d) Em determinadas situações, o relator poderá conhecer do agravo interposto contra decisão que não admitiu o recurso especial e, monocraticamente, dar provimento ao próprio recurso especial.

e) Não há previsão, no Código de Processo Civil, para o oferecimento de contrarrazões ao recurso de apelação contra sentença que indeferir a petição inicial.

COMENTÁRIOS:

Item A – correto. A regra é que as questões de fato (de que dependem de prova) só sejam discutidas no Juízo A Quo (é proibido trazer a discursão de questões fáticas para o Tribunal), salvo se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.

CPC

Art. 517. As questões de fato, não propostas no juízo inferior,

poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou

de fazê-lo por motivo de força maior.

Item B – errado. A regra é que a Apelação também SUSPENDA os efeitos da decisão recorrida (Efeito Suspensivo) enquanto pendente o julgamento do

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recurso. Nessa esteira, o Recurso de Apelação tem como regra o seu recebimento do Duplo Efeito (Devolutivo e Suspensivo). No entanto, a Lei Processual prevê exceções, nas quais a Apelação será recebida apenas no efeito devolutivo (não suspensivo), quando interposta de sentença que:

1. homologar a divisão ou a demarcação;

2. condenar à prestação de alimentos;

3. decidir o processo cautelar;

4. rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes;

5. julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem.

6. confirmar a antecipação dos efeitos da tutela;

Item C – errado. Se o Agravante não requerer a juntada da cópia do agravo de instrumento no processo principal no prazo de 3 DIAS, e se tal fato for arguido e provado pelo Agravado, o recurso de Agravo de Instrumento será inadmitido. Observem que a inadmissão NÃO é automática (depende de arguição e prova por parte do Agravado!).

CPC

Art. 526. O agravante, no prazo de 3 (três) dias, requererá

juntada, aos autos do processo de cópia da petição do agravo de

instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como a

relação dos documentos que instruíram o recurso. (Redação dada

pela Lei nº 9.139, de 1995)

Parágrafo único. O não cumprimento do disposto neste artigo,

desde que argüido e provado pelo agravado, importa

inadmissibilidade do agravo. (Incluído pela Lei nº 10.352, de 2001)

Item D – correto. No caso do Agravo interpostos especificamente para destrancar Recurso Especial e Extraordinário, o Relator, no STF ou STJ, poderá conceder do Agravo e dar provimento ao próprio Recurso.

CPC

Art. 544. Não admitido o recurso extraordinário ou o recurso

especial, caberá agravo nos próprios autos, no prazo de 10

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(dez) dias.

§ 4o No Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de

Justiça, o julgamento do agravo obedecerá ao disposto no

respectivo regimento interno, podendo o relator: (Redação dada

pela Lei nº 12.322, de 2010)

II - conhecer do agravo para: (incluído pela Lei nº 12.322, de

2010)

c) dar provimento ao recurso, se o acórdão recorrido estiver em

confronto com súmula ou jurisprudência dominante no tribunal.

(incluído pela Lei nº 12.322, de 2010)

Item E – correto. De fato, não há previsão expressa para as contrarrazões da apelação neste caso de indeferimento da inicial. Se a petição inicial for indeferida, o processo será extinto SEM resolução de mérito. Desta decisão, caberá Apelação. O CPC faculta apenas a possibilidade do Juiz retratar-se da decisão de indeferimento da inicial no prazo de 48 HORAS.

Na hipótese de retratar-se, o processo iniciado pela petição inicial terá seu prosseguimento normal. Todavia, caso não se retrate, o Juiz deverá encaminhar o recurso de Apelação pelo indeferimento da petição inicial ao Tribunal, para julgamento.

CPC

Art. 296. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar,

facultado ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, reformar

sua decisão.

Parágrafo único. Não sendo reformada a decisão, os autos serão

imediatamente encaminhados ao tribunal competente.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 260: Pref - Teresina - Procurador Municipal [FCC] - 24/10/2011.

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O recurso de agravo é cabível

a) de sentenças.

b) de atos processuais de mero expediente.

c) de quaisquer decisões interlocutórias, havendo ou não prejuízo às partes.

d) de decisões interlocutórias, desde que haja gravame à parte recorrente.

e) quando for preciso forçar a parte contrária à abstenção de um ato.

COMENTÁRIOS:

Regra: nenhum recurso pode ser interposto sem que haja interesse recursal, consubstanciado em um efetivo prejuízo à parte pela decisão exarada.

Se não houver gravame ou prejuízo o recurso poderá ser não conhecido, por não terem sido preenchidos os pressupostos recursais.

Como vimos, as decisões interlocutórias (que decidem questões incidentes do processo, sem extingui-lo) são recorríveis mediante AGRAVO. Este Agravo será na forma retida nos autos (Agravo Retido) no prazo de 10 DIAS.

CPC

Art. 523

§ 2o Interposto o agravo, e ouvido o agravado no prazo de 10

(dez) dias, o juiz poderá reformar sua decisão.(Redação dada pela

Lei nº 10.352, de 2001)

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 261: TCE - RO – Procurador [FCC] - 05/09/2011.

É extintiva do direito de recorrer a

a) aceitação da decisão.

b) ausência do depósito de multa processual de pagamento imediato.

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c) renúncia ao direito sobre que se funda ação.

d) desistência do recurso.

e) desistência do pedido.

COMENTÁRIOS:

Interesse Recursal – somente poderá recorrer a parte ou o terceiro que demonstrar ter recebido menos do que deveria da decisão judicial. Ou seja, o recurso deve ser interposto pela parte que sucumbir, quando incorrer em situação de desvalia no processo. Quando o autor ou o réu receber tudo que foi solicitado ao longo do processo, não há interesse para interposição de recurso.

Por isso, a parte que aceitar a sentença ou a decisão, de forma expressa ou tácita, não poderá recorrer. Se a parte aceitou a decisão, precluiu seu direito de recorrer e é eliminado o interesse recursal. A aceitação expressa é a manifestação expressa que não deseja recorrer. A aceitação tácita é a prática, sem reserva alguma, de um ato incompatível com a vontade de recorrer. Exemplo: deixar passar em branco o prazo do recurso sem qualquer manifestação.

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 262: TRT 9ª - Téc- Judiciário – Administrativa [FCC] - 25/07/2011 (ADAPTADA)

A respeito dos recursos, é correto afirmar:

a) A insuficiência do valor do preparo implicará deserção, não sendo admitido em nenhuma hipótese que ocorra complementação.

b) A parte poderá recorrer, mesmo se tiver aceitado expressa ou tacitamente a sentença ou decisão.

c) Nos embargos infringentes o prazo para interpor e para responder é de 10 dias.

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d) O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.

e) A sentença só pode ser impugnada em sua totalidade, sendo inadmissível a impugnação parcial.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. Preparo – o recurso também tem seus custos processuais. Para tanto, a parte recorrente deve recolher as custas (preparo) e acostá-las aos autos do processo juntamente com a petição de interposição do recurso.

Portanto, o preparo deve ser comprovado tão logo seja interposto o recurso, inclusive com porte de remessa e de retorno, sob pena de ser considerado o recurso deserto.

Se o preparo juntado aos autos for insuficiente, a parte recorrente deve ser intimada para suprir o valor faltante em 5 DIAS. Se não o fizer, também será considerado o recurso deserto.

Item B – errado. Vimos que a parte que aceitar a sentença ou a decisão, de forma expressa ou tácita, não poderá recorrer. Se a parte aceitou a decisão, precluiu seu direito de recorrer e é eliminado o interesse recursal. A aceitação expressa é a manifestação expressa que não deseja recorrer. A aceitação tácita é a prática, sem reserva alguma, de um ato incompatível com a vontade de recorrer. Exemplo: deixar passar em branco o prazo do recurso sem qualquer manifestação.

Item C – errado. O recurso de APELAÇÃO, Embargos Infringentes, Recurso Ordinário, Recurso Especial e Extraordinário, bem como Embargos de Divergência são interpostos em 15 DIAS (prazo regra).

CPC

Art. 508. Na apelação, nos embargos infringentes, no recurso

ordinário, no recurso especial, no recurso extraordinário e nos

embargos de divergência, o prazo para interpor e para responder é

de 15 (quinze) dias. (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 1994)

Item D – correto. A Lei assegura o direito do recorrente de desistir do

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Recurso a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes que com ele dividirem o polo ativo ou passivo da demanda.

Item E – errado. O Efeito Devolutivo é a transferência ao Tribunal julgador de todo o exame da matéria impugnada no recurso. Caso a Apelação seja de toda a Sentença (de todos os capítulos da Sentença), ela devolverá ao Tribunal o conhecimento total da matéria impugnada. De outro lado, se o recurso for parcial (apenas de um ou alguns dos capítulos da Sentença), a devolução da matéria também será parcial, nos limites da questão apelada.

CPC

Art. 505. A sentença pode ser impugnada no todo ou em parte.

Art. 515. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da

matéria impugnada.

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 263: PGE - AM - Procurador do Estado [FCC] - 24/07/2011.

Do ato do juiz que indeferir a petição inicial caberá recurso de

a) apelação, podendo o magistrado reformar o ato, mas se não o reconsiderar, o recurso será julgado no Tribunal sem revisão se o procedimento for sumário e com revisão, se ordinário ou especial.

b) agravo de instrumento, que será recebido nos efeitos suspensivo e devolutivo.

c) apelação, podendo o magistrado reformar o ato, mas se não o reconsiderar o recurso será julgado no Tribunal sem revisão.

d) apelação, não podendo o magistrado reformar seu próprio ato, e será julgado no Tribunal sem revisão.

e) embargos de declaração somente, com efeitos modificativos, ressalvada a possibilidade de o autor ajuizar ação idêntica, desde que corrigidos os vícios que deram causa ao indeferimento da petição inicial.

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COMENTÁRIOS:

Se a petição inicial for indeferida, o processo será extinto SEM resolução de mérito. Desta decisão, caberá Apelação. No entanto, o CPC faculta a possibilidade do Juiz retratar-se da decisão de indeferimento da inicial no prazo de 48 HORAS.

Na hipótese de retratar-se, o processo iniciado pela petição inicial terá seu prosseguimento normal. Todavia, caso não se retrate, o Juiz deverá encaminhar o recurso de Apelação pelo indeferimento da petição inicial ao Tribunal, para julgamento.

CPC

Art. 296. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar,

facultado ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, reformar

sua decisão.

Parágrafo único. Não sendo reformada a decisão, os autos serão

imediatamente encaminhados ao tribunal competente.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 264: PGE - AM - Procurador do Estado [FCC] - 24/07/2011.

No julgamento da apelação

a) o Tribunal fica limitado à apreciação da matéria que tiver sido apreciada na sentença, ainda que outras questões tenham sido suscitadas e discutidas no processo.

b) interposta de sentença que extinguiu o processo sem resolução de mérito, poderá o Tribunal julgar a lide se a matéria for exclusivamente de direito e se estiver em condições de julgamento imediato.

c) o Tribunal não poderá determinar o cumprimento de qualquer diligência, e retomar a apreciação do pedido recursal, para não haver supressão de instância.

d) nenhuma questão de fato não proposta no juízo inferior poderá ser

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suscitada, ainda que a parte tenha deixado de fazê-lo por motivo de força maior.

e) o Tribunal não poderá apreciar a ocorrência de deserção, se o apelado não a suscitar na resposta ao recurso.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. O efeito devolutivo implica na autorização ao Tribunal do conhecimento de todos os fundamentos do pedido e da defesa referentes à questão ou às questões recorridas. Isto é, o efeito devolutivo aborda as questões levantadas no processo, mesmo que a sentença não as tenha julgado completamente.

Vale ressaltar que a análise das questões resta limitada pelo o que foi recorrido. Se apenas um capítulo da Sentença foi recorrido, a devolução das questões para nova análise do Tribunal resta cingida às questões referentes ao capítulo recorrido e não a outro. Esta regra decorre da aplicação do Princípio Processual do Tantum devolutum, quantum appellatum, que consiste na devolução ao Tribunal apenas do que foi apelado (o novo exame no Tribunal é restrito aos pontos objetos do recurso).

Item B – correto.

Quando o processo é extinto sem resolução de mérito no Juízo A Quo (de 1º Grau) e parte apresenta o Recurso de Apelação, caso o Tribunal entenda pela reforma da decisão extintiva, poderá julgar desde logo o mérito da causa se a questão for exclusivamente de direito (matéria eminentemente jurídica - de que não dependa de produção de provas), e se estiver em condições de imediato julgamento.

Neste caso, se houver necessidade de produção de provas, o Tribunal deverá anular a sentença de extinção do processo, determinando o retorno dos autos ao Juízo A Quo para realização de nova fase instrutória e novo julgamento do mérito.

CPC

Art. 515

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§ 3o Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito

(art. 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa

versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de

imediato julgamento.

Item C – errado.

CPC

Art. 515

§ 4o Constatando a ocorrência de nulidade sanável, o tribunal

poderá determinar a realização ou renovação do ato processual, intimadas as partes; cumprida a diligência,

sempre que possível prosseguirá o julgamento da apelação.

Item D – errado. A regra é que as questões de fato (de que dependem de prova) só sejam discutidas no Juízo A Quo (é proibido trazer a discursão de questões fáticas para o Tribunal), salvo se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.

CPC

Art. 517. As questões de fato, não propostas no juízo inferior,

poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou

de fazê-lo por motivo de força maior.

Item E – errado. A questão da deserção é de ordem pública, sendo reconhecível de ofício pelo Magistrado.

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 265: PM - DF - Oficiais Policiais Militares [CESPE] - 05/09/2010.

Das decisões interlocutórias cabe recurso de apelação.

COMENTÁRIOS:

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Regra básica e inicial a ser memorizada:

• De Sentença cabe APELAÇÃO;

• De Decisão Interlocutória cabe AGRAVO;

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 266: PM - DF - Oficiais Policiais Militares [CESPE] - 05/09/2010.

Cabem embargos infringentes em caso de obscuridade ou contradição em sentença pronunciada por juiz em primeira instância.

COMENTÁRIOS:

Os Embargos de Declaração e não os Infringentes são recursos interpostos pela parte que entendeu estar a Sentença ou o Acórdão obscuro, duvidoso, contraditório ou omisso em algum ponto. Repito as hipóteses Legais de cabimento dos Embargos de Declaração:

1) houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição;

2) for omitido (omissão) ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 267: OAB - Exame de Ordem 2010-1 [CESPE] - 13/06/2010.

Ajuizada ação de indenização por danos morais, o autor foi devidamente intimado para apresentar emenda à inicial, haja vista não estarem presentes os requisitos exigidos nos arts. 282 e 283 do CPC. O autor, contudo, não apresentou a devida emenda, tendo sido indeferida a petição inicial.

Nessa situação, caso entenda que sua petição inicial preenche os requisitos, o

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autor poderá interpor

a) agravo de instrumento, independentemente da citação do réu, sendo possível a retratação pelo juiz.

b) apelação, processada com a determinação de citação do réu e sem possibilidade de retratação pelo juiz.

c) agravo retido, com a determinação de citação do réu, sendo possível a retratação pelo juiz.

d) apelação, processada independentemente da citação do réu, sendo possível a retratação da decisão pelo juiz.

COMENTÁRIOS:

Se a petição inicial for indeferida, o processo será extinto SEM resolução de mérito. Desta decisão, caberá Apelação. No entanto, o CPC faculta a possibilidade do Juiz retratar-se da decisão de indeferimento da inicial no prazo de 48 HORAS.

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 268: TRE - MT - Analista Judiciário - Administrativa I [CESPE] - 24/01/2010.

Interposto o agravo e ouvido o agravado no prazo de dez dias, o juiz não poderá reformar sua decisão.

COMENTÁRIOS:

Com a interposição do Agravo Retido, sendo ouvido também o Agravado (outra parte) no prazo de 10 DIAS, o Juiz poderá reformar a decisão interlocutória recorrida. Se o Magistrado não reformar, a decisão interlocutória permanece vigente e o Agravante deverá pedir preliminarmente o conhecimento do Agravo quando interpuser Apelação.

RESPOSTA CERTA: E

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EXERCÍCIOS com GABARITO

QUESTÃO 247: TRT 14ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados [FCC] - 03/04/2010.

A respeito dos recursos, considere:

I. A parte que aceitar tacitamente a sentença ou a decisão não poderá recorrer.

II. O recurso adesivo não está sujeito a preparo.

III. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) I e III.

c) II.

d) II e III.

e) III.

QUESTÃO 248: TJ - PE - Juiz Substituto [FCC] - 27/03/2011.

Em relação aos recursos no processo civil,

a) a insuficiência no valor do preparo recursal implicará deserção imediata.

b) o recorrente pode desistir do recurso, desde que com a anuência do recorrido ou dos litisconsortes necessários.

c) o não conhecimento do recurso principal não tem influência em relação ao recurso adesivo, que nesse ponto torna-se autônomo.

d) com exceção dos embargos de declaração, o prazo para recorrer no processo civil será sempre de quinze dias.

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e) a renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte.

QUESTÃO 249: TRT 22ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados [FCC] - 14/11/2010 (ADAPTADA).

O recurso

a) só pode ser interposto pela parte vencida.

b) extraordinário impede a execução da sentença.

d) interposto pelo Município não depende de preparo.

e) adesivo é independente do principal.

QUESTÃO 250: TRT 12ª - Téc. Judiciário – Administrativa [FCC] - 10/10/2010.

A desistência do recurso

a) poderá ser efetuada somente até a apresentação da resposta do recorrido.

b) opera-se independentemente da anuência da parte contrária.

c) depende da anuência dos litisconsortes.

d) poderá ser efetuada até a remessa dos autos à superior instância.

e) principal não prejudica o conhecimento do recurso adesivo.

QUESTÃO 251: Bahia Gás - Analista de Processos Org – Direito [FCC] - 25/04/2010.

No que concerne aos recursos, é correto afirmar que

a) a insuficiência no valor do preparo implicará deserção, não podendo o recorrente supri-lo por expressa vedação legal.

b) o recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveitará, mesmo se distintos ou opostos os seus interesses.

c) o recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.

d) o recurso extraordinário e o recurso especial impedem a execução da sentença.

e) o recurso adesivo é independente do principal e será conhecido mesmo se

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este for declarado deserto.

QUESTÃO 252: TJ - MS - Juiz de Direito Substituto [FCC] - 24/04/2010.

É um pressuposto subjetivo de admissibilidade recursal

a) a regularidade formal.

b) o interesse.

c) o preparo.

d) o cabimento.

e) a tempestividade.

QUESTÃO 253: TRE - AP - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 05/06/2011.

Considere as seguintes assertivas a respeito do Recurso de Apelação:

I. A apelação será recebida só no efeito devolutivo, quando interposta de sentença que confirmar a antecipação dos efeitos da tutela.

II. Recebida a apelação em ambos os efeitos, o juiz não poderá inovar no processo; recebida só no efeito devolutivo, o apelado poderá promover, desde logo, a execução provisória da sentença, extraindo a respectiva carta.

III. Provando o apelante justo impedimento, o juiz relevará a pena de deserção, fixando-lhe prazo para efetuar o preparo. Esta decisão será irrecorrível, cabendo ao tribunal apreciar-lhe a legitimidade.

IV. Após a apresentação da resposta, o juiz não poderá reexaminar os pressupostos de admissibilidade do recurso.

De acordo com o Código de Processo Civil brasileiro, está correto o que se afirma SOMENTE em

a) I, II e III.

b) II, III e IV.

c) I e II.

d) III e IV.

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e) I e III.

QUESTÃO 254: TRF 1ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados [FCC] - 27/03/2011.

De acordo com o Código de Processo Civil brasileiro, o agravo de instrumento terá a sua petição instruída obrigatoriamente com cópias da

a) decisão agravada e da certidão da respectiva intimação, apenas.

b) decisão agravada, da petição inicial, contestação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado.

c) decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado.

d) certidão da respectiva intimação, da petição inicial, contestação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado.

e) decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, da petição inicial, contestação e da procuração outorgada ao advogado do agravante, apenas.

QUESTÃO 255: TJ - AP - Outorga de Delegação de Serviços de Notas e Registros [FCC] - 27/03/2011.

Das decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento

a) no prazo de 15 dias, quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação, dentre outras hipóteses.

b) no prazo de 10 dias, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação, dentre outras hipóteses.

c) no prazo de 15 dias, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação, dentre outras hipóteses.

d) no prazo de 10 dias, quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação, dentre outras hipóteses.

e) no prazo de 8 dias, quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte

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lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação, dentre outras hipóteses.

QUESTÃO 256: TRE - RN - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 06/02/2011.

Natanael é advogado do processo A. Tendo em vista decisão interlocutória desfavorável ao seu cliente e, em razão dos prejuízos iminentes relativos a esta decisão, Natanael interpôs agravo de instrumento, requerendo a juntada aos autos principais de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso no décimo dia da propositura do referido recurso. Neste caso, de acordo com o Código de Processo Civil, Natanael

a) extrapolou o prazo legal de quarenta e oito horas, o que acarretará a inadimissibilidade do agravo.

b) atendeu o prazo legal não havendo penalidade legal.

c) extrapolou o prazo legal de cinco dias, o que poderá acarretar a inadimissibilidade do agravo.

d) extrapolou o prazo legal de três dias, o que poderá acarretar a inadimissibilidade do agravo.

e) extrapolou o prazo legal de cinco dias, porém seu recurso poderá ainda ser admitido.

QUESTÃO 257: DPE - RS - Defensor Público de Classe Inicial [FCC] - 16/01/2011.

O relator poderá, monocraticamente, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida estiver em manifesto confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal estadual.

QUESTÃO 258: DPE - RS - Defensor Público de Classe Inicial [FCC] - 16/01/2011.

O juiz não receberá o recurso de apelação quando a sentença estiver em conformidade com súmula do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal.

QUESTÃO 259: DPE - RS - Defensor Público de Classe Inicial [FCC] -

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16/01/2011.

Acerca do sistema recursal previsto no Código de Processo Civil, é INCORRETO afirmar:

a) No recurso de apelação pode-se inovar, inclusive com questões de fato, desde que provada a impossibilidade de suscitação anterior por motivo de força maior.

b) Quando interposta de sentença que rejeitar, liminarmente, os embargos à execução, a apelação será recebida somente no efeito devolutivo.

c) Se o agravante, no prazo de três dias, não requerer a juntada aos autos do processo de cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso, este não será admitido, independentemente de arguição pelo agravado.

d) Em determinadas situações, o relator poderá conhecer do agravo interposto contra decisão que não admitiu o recurso especial e, monocraticamente, dar provimento ao próprio recurso especial.

e) Não há previsão, no Código de Processo Civil, para o oferecimento de contrarrazões ao recurso de apelação contra sentença que indeferir a petição inicial.

QUESTÃO 260: Pref - Teresina - Procurador Municipal [FCC] - 24/10/2011.

O recurso de agravo é cabível

a) de sentenças.

b) de atos processuais de mero expediente.

c) de quaisquer decisões interlocutórias, havendo ou não prejuízo às partes.

d) de decisões interlocutórias, desde que haja gravame à parte recorrente.

e) quando for preciso forçar a parte contrária à abstenção de um ato.

QUESTÃO 261: TCE - RO – Procurador [FCC] - 05/09/2011.

É extintiva do direito de recorrer a

a) aceitação da decisão.

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b) ausência do depósito de multa processual de pagamento imediato.

c) renúncia ao direito sobre que se funda ação.

d) desistência do recurso.

e) desistência do pedido.

QUESTÃO 262: TRT 9ª - Téc- Judiciário – Administrativa [FCC] - 25/07/2011 (ADAPTADA)

A respeito dos recursos, é correto afirmar:

a) A insuficiência do valor do preparo implicará deserção, não sendo admitido em nenhuma hipótese que ocorra complementação.

b) A parte poderá recorrer, mesmo se tiver aceitado expressa ou tacitamente a sentença ou decisão.

c) Nos embargos infringentes o prazo para interpor e para responder é de 10 dias.

d) O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.

e) A sentença só pode ser impugnada em sua totalidade, sendo inadmissível a impugnação parcial.

QUESTÃO 263: PGE - AM - Procurador do Estado [FCC] - 24/07/2011.

Do ato do juiz que indeferir a petição inicial caberá recurso de

a) apelação, podendo o magistrado reformar o ato, mas se não o reconsiderar, o recurso será julgado no Tribunal sem revisão se o procedimento for sumário e com revisão, se ordinário ou especial.

b) agravo de instrumento, que será recebido nos efeitos suspensivo e devolutivo.

c) apelação, podendo o magistrado reformar o ato, mas se não o reconsiderar o recurso será julgado no Tribunal sem revisão.

d) apelação, não podendo o magistrado reformar seu próprio ato, e será julgado no Tribunal sem revisão.

e) embargos de declaração somente, com efeitos modificativos, ressalvada a

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possibilidade de o autor ajuizar ação idêntica, desde que corrigidos os vícios que deram causa ao indeferimento da petição inicial.

QUESTÃO 264: PGE - AM - Procurador do Estado [FCC] - 24/07/2011.

No julgamento da apelação

a) o Tribunal fica limitado à apreciação da matéria que tiver sido apreciada na sentença, ainda que outras questões tenham sido suscitadas e discutidas no processo.

b) interposta de sentença que extinguiu o processo sem resolução de mérito, poderá o Tribunal julgar a lide se a matéria for exclusivamente de direito e se estiver em condições de julgamento imediato.

c) o Tribunal não poderá determinar o cumprimento de qualquer diligência, e retomar a apreciação do pedido recursal, para não haver supressão de instância.

d) nenhuma questão de fato não proposta no juízo inferior poderá ser suscitada, ainda que a parte tenha deixado de fazê-lo por motivo de força maior.

e) o Tribunal não poderá apreciar a ocorrência de deserção, se o apelado não a suscitar na resposta ao recurso.

QUESTÃO 265: PM - DF - Oficiais Policiais Militares [CESPE] - 05/09/2010.

Das decisões interlocutórias cabe recurso de apelação.

QUESTÃO 266: PM - DF - Oficiais Policiais Militares [CESPE] - 05/09/2010.

Cabem embargos infringentes em caso de obscuridade ou contradição em sentença pronunciada por juiz em primeira instância.

QUESTÃO 267: OAB - Exame de Ordem 2010-1 [CESPE] - 13/06/2010.

Ajuizada ação de indenização por danos morais, o autor foi devidamente intimado para apresentar emenda à inicial, haja vista não estarem presentes os requisitos exigidos nos arts. 282 e 283 do CPC. O autor, contudo, não apresentou a devida emenda, tendo sido indeferida a petição inicial.

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Nessa situação, caso entenda que sua petição inicial preenche os requisitos, o autor poderá interpor

a) agravo de instrumento, independentemente da citação do réu, sendo possível a retratação pelo juiz.

b) apelação, processada com a determinação de citação do réu e sem possibilidade de retratação pelo juiz.

c) agravo retido, com a determinação de citação do réu, sendo possível a retratação pelo juiz.

d) apelação, processada independentemente da citação do réu, sendo possível a retratação da decisão pelo juiz.

QUESTÃO 268: TRE - MT - Analista Judiciário - Administrativa I [CESPE] - 24/01/2010.

Interposto o agravo e ouvido o agravado no prazo de dez dias, o juiz não poderá reformar sua decisão.

GABARITOS OFICIAIS

247 248 249 250 251 252 253 254 255 256 B E C B C B A C D D

257 258 259 260 261 262 263 264 265 266 C C C D A D C B E E

267 268 D E

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RESUMO DA AULA

O recurso deverá preencher os seguintes requisitos objetivos para seu efetivo conhecimento:

1. Tempestividade – o recurso deve ser interposto dentro do prazo legal, sob pena da perda do direito de recorrer (preclusão temporal).

2. Preparo – o recurso também tem seus custos processuais. Para tanto, a parte recorrente deve recolher as custas (preparo) e acostá-las aos autos do processo juntamente com a petição de interposição do recurso.

3. Cabimento – o Princípio recursal da Unirrecorribilidade determina que para cada decisão cabe apenas 1 único recurso. A parte deve manejar o recurso cabível à espécie. Se for caso de decisão interlocutória, caberá Agravo; se for sentença final, caberá Apelação ao Tribunal.

Condições legais para interposição do recurso adesivo:

• será interposto perante a autoridade competente para admitir o recurso principal, no prazo de que a parte dispõe para responder (prazo das contrarrazões do recorrido);

• será admissível na Apelação, nos Embargos Infringentes, no Recurso Extraordinário e no Recurso Especial;

• não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for ele declarado inadmissível ou deserto.

Regra básica e inicial a ser memorizada:

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• De Sentença cabe APELAÇÃO;

• De Decisão Interlocutória cabe AGRAVO;

Os Recursos são interpostos da decisão de instância inferior (A quo) para instância superior (Ad Quem):

• Juízo A Quo – instância inferior recorrida;

• Juízo Ad Quem – instância superior a ser recorrida.

A Apelação é o recurso cabível das decisões definitivas (análise do mérito) ou terminativas (sem exame de mérito), que põem termo ao processo (findam o processo), exaurindo a jurisdição do Juiz de 1º GRAU. Portanto, é apelável uma Sentença de mérito ou que extingue o processo sem exame de mérito.

Resumo:

SENTENÇAS:

o Põem fim à Fase de Conhecimento, decidindo ou não o mérito do Processo (questão principal);

o Terminativa – SEM resolução de mérito - Art. 267 – faz coisa julgada formal;

o Definitiva – COM resolução de mérito – Art. 269 - faz coisa julgada formal e material;

o Cabe o Recurso de Apelação.

DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS:

o Decidem questões incidentes (acessórias) sem por fim à Fase de Conhecimento;

o Cabe o Recurso de AGRAVO.

A petição da Apelação deve conter os seguintes requisitos básicos:

1. os nomes e a qualificação das partes;

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2. os fundamentos de fato e de direito;

3. o pedido de nova decisão.

A regra é que a Apelação também SUSPENDA os efeitos da decisão recorrida (Efeito Suspensivo) enquanto pendente o julgamento do recurso. Nessa esteira, o Recurso de Apelação tem como regra o seu recebimento do Duplo Efeito (Devolutivo e Suspensivo). No entanto, a Lei Processual prevê exceções, nas quais a Apelação será recebida apenas no efeito devolutivo (não suspensivo), quando interposta de sentença que:

1. homologar a divisão ou a demarcação;

2. condenar à prestação de alimentos;

3. decidir o processo cautelar;

4. rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes;

5. julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem.

6. confirmar a antecipação dos efeitos da tutela;

Quando do recebimento da Apelação ainda no Juízo A Quo (de 1º Grau), o Juiz adotará as seguintes providências:

1. Realizará o 1º Juízo de Admissibilidade da Apelação (se foram preenchidos os pressupostos recursais objetivos e subjetivos). Se a Sentença estiver de acordo com Súmula do STJ ou do STF, o Juiz sequer receberá a Apelação.

2. Declarará em quais efeitos receberá a Apelação, se com o Duplo Efeito ou apenas com o Efeito Devolutivo.

3. Conferirá vista ao apelado para responder (apresentar Contrarrazões em 15 DIAS).

4. Depois da resposta, o Juiz de 1º Grau poderá reexaminar os pressupostos de admissibilidade do Recurso em até 5 DIAS, tendo em vista que as alegações apresentadas pelo

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recorrido poderá alterar a convicção do Juiz acerca do Recurso.

Se a petição inicial for indeferida, o processo será extinto SEM resolução de mérito. Desta decisão, caberá Apelação. No entanto, o CPC faculta a possibilidade do Juiz retratar-se da decisão de indeferimento da inicial no prazo de 48 HORAS.

Como vimos, as decisões interlocutórias (que decidem questões incidentes do processo, sem extingui-lo) são recorríveis mediante AGRAVO. Este Agravo será na forma retida nos autos (Agravo Retido) no prazo de 10 DIAS.

O Agravo é chamado de Retido porque, apesar de interposto, ficará acostado aos autos (retido ou paralisado), sem exame, até que o Tribunal (Órgão Ad Quem) o conheça quando da interposição de recurso de Apelação da Sentença eventualmente desfavorável ao recorrente.

Hoje, as decisões interlocutórias de forma geral são recorríveis por Agravo Retido nos autos, sendo excepcionalmente cabível o Agravo de Instrumento:

o nos casos de lesão grave e de difícil reparação

o quando o Juiz de 1º GRAU inadmite a Apelação;

o quanto aos efeitos que o Juiz de 1º GRAU recebe a apelação.

A Petição do Agravo de Instrumento deve conter os seguintes requisitos básicos, sob pena de indeferimento:

1. a exposição do fato e do direito;

2. as razões do pedido de reforma da decisão;

3. o nome e o endereço completo dos Advogados, constantes do processo.

Além de tais requisitos, a Petição do Agravo de Instrumento

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deve ser instruída, além das peças facultativas que entender úteis, obrigatoriamente com cópias:

• da decisão agravada;

• da certidão da respectiva intimação da decisão e

• das procurações outorgadas aos Advogados do agravante e do agravado.

Peculiaridades do Agravo Retido e de Instrumento:

1) Prazos de interposição e de resposta: 10 DIAS.

2) É possível retratação da decisão do Juiz de 1º GRAU;

3) O Agravo Retido é apresentado no próprio Juiz de 1º GRAU, enquanto que o de Instrumento é apresentado diretamente no Tribunal.

4) O Agravo de Instrumento tem preparo e o Retido NÃO;

5) O Agravo Retido é de julgamento eventual, só sendo conhecido quando pedido pela parte na Apelação ou nas Contrarrazões. Já o Agravo de Instrumento é tramitado de forma independente, sendo julgado em apartado ao processo principal e a eventual apelação.

Os Embargos de Declaração são recursos interpostos pela parte que entendeu estar a Sentença ou o Acórdão obscuro, duvidoso, contraditório ou omisso em algum ponto. Os Embargos de Declaração devem ser interpostos no prazo de 5 DIAS, a contar da publicação da Sentença ou o Acórdão, em petição dirigida ao próprio Juiz da Sentença ou Relator do Acórdão, pois são estes quem devem manifestar-se sobre a obscuridade, contradição ou omissão de sua decisão.

Importante: a interposição de Embargos Declaratórios INTERROMPEM o prazo para interposição de qualquer outro recurso! Ou seja, eventuais prazos que estiverem correndo para interposição de qualquer outro recurso (ex: Agravo de Instrumento) serão “zerados” e contados a partir

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da efetiva decisão dos Embargos de Declaração.

Os Embargos Declaratórios de cunho protelatório geram a imposição de MULTA não excedente a 1% do Valor de Causa, por declaração fundamentada do Juiz ou Relator. Se os Embargos Declaratórios forem reiterados de forma protelatória a multa será elevada até 10%, condicionando a interposição de qualquer outro recurso ao depósito da multa.

O Recurso Extraordinário (RE) é um recurso dirigido ao STF nas causas decididas em única e última instância, suscitando questão federal de natureza constitucional, nas seguintes hipóteses:

a) contrariar dispositivo da Constituição;

b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;

c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição.

d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

O Recurso Especial (RESP) é um recurso dirigido ao STJ nas causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais (TRFs) ou pelos Tribunais dos Estados, do DF e Territórios (TJs), quando a decisão recorrida:

a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

b) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face de lei federal;

c) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;

d) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.

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LEGISLAÇÃO

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

TÍTULO X DOS RECURSOS

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 496. São cabíveis os seguintes recursos: (Redação dada pela Lei nº 8.038, de 1990)

I - apelação;

II - agravo; (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 1994)

III - embargos infringentes;

IV - embargos de declaração;

V - recurso ordinário;

Vl - recurso especial; (Incluído pela Lei nº 8.038, de 1990)

Vll - recurso extraordinário; (Incluído pela Lei nº 8.038, de 1990)

VIII - embargos de divergência em recurso especial e em recurso extraordinário. (Incluído pela Lei nº 8.950, de 1994)

Art. 497. O recurso extraordinário e o recurso especial não impedem a execução da sentença; a interposição do agravo de instrumento não obsta o andamento do processo, ressalvado o disposto no art. 558 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.038, de 1990)

Art. 498. Quando o dispositivo do acórdão contiver julgamento por maioria de votos e julgamento unânime, e forem interpostos embargos infringentes, o prazo para recurso extraordinário ou recurso especial, relativamente ao julgamento unânime, ficará sobrestado até a intimação da decisão nos embargos. (Redação dada pela Lei nº 10.352, de 2001)

Parágrafo único. Quando não forem interpostos embargos infringentes, o prazo relativo à parte unânime da decisão terá como dia de início aquele em que transitar em julgado a decisão por maioria de votos. (Incluído pela Lei nº 10.352, de 2001)

Art. 499. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público.

§ 1o Cumpre ao terceiro demonstrar o nexo de interdependência entre o seu interesse de intervir e a relação jurídica submetida à apreciação judicial.

§ 2o O Ministério Público tem legitimidade para recorrer assim no processo em que é parte, como naqueles em que oficiou como fiscal da lei.

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Art. 500. Cada parte interporá o recurso, independentemente, no prazo e observadas as exigências legais. Sendo, porém, vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir a outra parte. O recurso adesivo fica subordinado ao recurso principal e se rege pelas disposições seguintes: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

I - será interposto perante a autoridade competente para admitir o recurso principal, no prazo de que a parte dispõe para responder; (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 1994)

II - será admissível na apelação, nos embargos infringentes, no recurso extraordinário e no recurso especial; (Redação dada pela Lei nº 8.038, de 1990)

III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for ele declarado inadmissível ou deserto. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

Parágrafo único. Ao recurso adesivo se aplicam as mesmas regras do recurso independente, quanto às condições de admissibilidade, preparo e julgamento no tribunal superior. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

Art. 501. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.

Art. 502. A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte.

Art. 503. A parte, que aceitar expressa ou tacitamente a sentença ou a decisão, não poderá recorrer.

Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem reserva alguma, de um ato incompatível com a vontade de recorrer.

Art. 504. Dos despachos não cabe recurso. (Redação dada pela Lei nº 11.276, de 2006)

Art. 505. A sentença pode ser impugnada no todo ou em parte.

Art. 506. O prazo para a interposição do recurso, aplicável em todos os casos o disposto no art. 184 e seus parágrafos, contar-se-á da data:

I - da leitura da sentença em audiência;

II - da intimação às partes, quando a sentença não for proferida em audiência;

III - da publicação do dispositivo do acórdão no órgão oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.276, de 2006)

Parágrafo único. No prazo para a interposição do recurso, a petição será protocolada em cartório ou segundo a norma de organização judiciária, ressalvado o disposto no § 2o do art. 525 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.276, de 2006)

Art. 507. Se, durante o prazo para a interposição do recurso, sobrevier o falecimento da parte ou de seu advogado, ou ocorrer motivo de força maior, que suspenda o curso do processo, será tal prazo restituído em proveito da parte, do herdeiro ou do sucessor, contra quem começará a correr novamente depois da intimação.

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Art. 508. Na apelação, nos embargos infringentes, no recurso ordinário, no recurso especial, no recurso extraordinário e nos embargos de divergência, o prazo para interpor e para responder é de 15 (quinze) dias. (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 1994)

Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 6.314, de 1975)

Art. 509. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.

Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitará aos outros, quando as defesas opostas ao credor Ihes forem comuns.

Art. 510. Transitado em julgado o acórdão, o escrivão, ou secretário, independentemente de despacho, providenciará a baixa dos autos ao juízo de origem, no prazo de 5 (cinco) dias.

Art. 511. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção. (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 1998)

§ 1o São dispensados de preparo os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelos Estados e Municípios e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal. (Parágra único renumerado pela Lei nº 9.756, de 1998)

§ 2o A insuficiência no valor do preparo implicará deserção, se o recorrente, intimado, não vier a supri-lo no prazo de cinco dias. (Incluído pela Lei nº 9.756, de 1998)

Art. 512. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a sentença ou a decisão recorrida no que tiver sido objeto de recurso.

CAPÍTULO II DA APELAÇÃO

Art. 513. Da sentença caberá apelação (arts. 267 e 269).

Art. 514. A apelação, interposta por petição dirigida ao juiz, conterá:

I - os nomes e a qualificação das partes;

II - os fundamentos de fato e de direito;

III - o pedido de nova decisão.

Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 8.950, de 1994)

Art. 515. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.

§ 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentença não as tenha julgado por inteiro.

§ 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.

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§ 3o Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito (art. 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. (Incluído pela Lei nº 10.352, de 2001)

§ 4o Constatando a ocorrência de nulidade sanável, o tribunal poderá determinar a realização ou renovação do ato processual, intimadas as partes; cumprida a diligência, sempre que possível prosseguirá o julgamento da apelação. (Incluído pela Lei nº 11.276, de 2006)

Art. 516. Ficam também submetidas ao tribunal as questões anteriores à sentença, ainda não decididas. (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 1994)

Art. 517. As questões de fato, não propostas no juízo inferior, poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.

Art. 518. Interposta a apelação, o juiz, declarando os efeitos em que a recebe, mandará dar vista ao apelado para responder. (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 1994)

§ 1o O juiz não receberá o recurso de apelação quando a sentença estiver em conformidade com súmula do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal. (Renumerado pela Lei nº 11.276, de 2006)

§ 2o Apresentada a resposta, é facultado ao juiz, em cinco dias, o reexame dos pressupostos de admissibilidade do recurso. (Incluído pela Lei nº 11.276, de 2006)

Art. 519. Provando o apelante justo impedimento, o juiz relevará a pena de deserção, fixando-lhe prazo para efetuar o preparo. (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 1994)

Parágrafo único. A decisão referida neste artigo será irrecorrível, cabendo ao tribunal apreciar-lhe a legitimidade. (Incluído pela Lei nº 8.950, de 1994)

Art. 520. A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e suspensivo. Será, no entanto, recebida só no efeito devolutivo, quando interposta de sentença que: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

I - homologar a divisão ou a demarcação; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

II - condenar à prestação de alimentos; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

III - (Revogado pela Lei nº 11.232, de 2005)

IV - decidir o processo cautelar; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

V - rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes; (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 1994)

VI - julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem. (Incluído pela Lei nº 9.307, de 1996)

VII – confirmar a antecipação dos efeitos da tutela; (Incluído pela Lei nº 10.352, de 2001)

Art. 521. Recebida a apelação em ambos os efeitos, o juiz não poderá inovar no

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processo; recebida só no efeito devolutivo, o apelado poderá promover, desde logo, a execução provisória da sentença, extraindo a respectiva carta.

DO AGRAVO

Art. 522. Das decisões interlocutórias caberá agravo, no prazo de 10 (dez) dias, na forma retida, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida, quando será admitida a sua interposição por instrumento.

Parágrafo único. O agravo retido independe de preparo.

Art. 523. Na modalidade de agravo retido o agravante requererá que o tribunal dele conheça, preliminarmente, por ocasião do julgamento da apelação.

§ 1o Não se conhecerá do agravo se a parte não requerer expressamente, nas razões ou na resposta da apelação, sua apreciação pelo Tribunal. (Incluído pela Lei nº 9.139, de 1995)

§ 2o Interposto o agravo, e ouvido o agravado no prazo de 10 (dez) dias, o juiz poderá reformar sua decisão.(Redação dada pela Lei nº 10.352, de 2001)

§ 3o Das decisões interlocutórias proferidas na audiência de instrução e julgamento caberá agravo na forma retida, devendo ser interposto oral e imediatamente, bem como constar do respectivo termo (art. 457), nele expostas sucintamente as razões do agravante.(Redação dada pela Lei nº 11.187, de 2005)

§ 4o (Revogado pela Lei nº 11.187, de 2005)

Art. 524. O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, através de petição com os seguintes requisitos: (Redação dada pela Lei nº 9.139, de 1995)

I - a exposição do fato e do direito; (Redação dada pela Lei nº 9.139, de 1995)

II - as razões do pedido de reforma da decisão; (Redação dada pela Lei nº 9.139, de 1995)

III - o nome e o endereço completo dos advogados, constantes do processo.(Redação dada pela Lei nº 9.139, de 1995)

Art. 525. A petição de agravo de instrumento será instruída: (Redação dada pela Lei nº 9.139, de 1995)

I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado; (Redação dada pela Lei nº 9.139, de 1995)

II - facultativamente, com outras peças que o agravante entender úteis. (Redação dada pela Lei nº 9.139, de 1995)

§ 1o Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas custas e do

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porte de retorno, quando devidos, conforme tabela que será publicada pelos tribunais. (Incluído pela Lei nº 9.139, de 1995)

§ 2o No prazo do recurso, a petição será protocolada no tribunal, ou postada no correio sob registro com aviso de recebimento, ou, ainda, interposta por outra forma prevista na lei local. (Incluído pela Lei nº 9.139, de 1995)

Art. 526. O agravante, no prazo de 3 (três) dias, requererá juntada, aos autos do processo de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso. (Redação dada pela Lei nº 9.139, de 1995)

Parágrafo único. O não cumprimento do disposto neste artigo, desde que argüido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo. (Incluído pela Lei nº 10.352, de 2001)

Art. 527. Recebido o agravo de instrumento no tribunal, e distribuído incontinenti, o relator: (Redação dada pela Lei nº 10.352, de 2001)

I - negar-lhe-á seguimento, liminarmente, nos casos do art. 557; (Redação dada pela Lei nº 10.352, de 2001)

II - converterá o agravo de instrumento em agravo retido, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida, mandando remeter os autos ao juiz da causa; (Redação dada pela Lei nº 11.187, de 2005)

III – poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso (art. 558), ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão; (Redação dada pela Lei nº 10.352, de 2001)

IV – poderá requisitar informações ao juiz da causa, que as prestará no prazo de 10 (dez) dias; (Redação dada pela Lei nº 10.352, de 2001)

V - mandará intimar o agravado, na mesma oportunidade, por ofício dirigido ao seu advogado, sob registro e com aviso de recebimento, para que responda no prazo de 10 (dez) dias (art. 525, § 2o), facultando-lhe juntar a documentação que entender conveniente, sendo que, nas comarcas sede de tribunal e naquelas em que o expediente forense for divulgado no diário oficial, a intimação far-se-á mediante publicação no órgão oficial; (Redação dada pela Lei nº 11.187, de 2005)

VI - ultimadas as providências referidas nos incisos III a V do caput deste artigo, mandará ouvir o Ministério Público, se for o caso, para que se pronuncie no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.187, de 2005)

Parágrafo único. A decisão liminar, proferida nos casos dos incisos II e III do caput deste artigo, somente é passível de reforma no momento do julgamento do agravo, salvo se o próprio relator a reconsiderar. (Redação dada pela Lei nº 11.187, de 2005)

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Art. 528. Em prazo não superior a 30 (trinta) dias da intimação do agravado, o relator pedirá dia para julgamento. (Redação dada pela Lei nº 9.139, de 1995)

Art. 529. Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo. (Redação dada pela Lei nº 9.139, de 1995)

DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Art. 535. Cabem embargos de declaração quando: (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 1994)

I - houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição; (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 1994)

II - for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal. (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 1994)

Art. 536. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz ou relator, com indicação do ponto obscuro, contraditório ou omisso, não estando sujeitos a preparo. (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 1994)

Art. 537. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias; nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subseqüente, proferindo voto. (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 1994)

Art. 538. Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de outros recursos, por qualquer das partes. (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 1994)

Parágrafo único. Quando manifestamente protelatórios os embargos, o juiz ou o tribunal, declarando que o são, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente de 1% (um por cento) sobre o valor da causa. Na reiteração de embargos protelatórios, a multa é elevada a até 10% (dez por cento), ficando condicionada a interposição de qualquer outro recurso ao depósito do valor respectivo.(Redação dada pela Lei nº 8.950, de 1994)

Seção II Do Recurso Extraordinário e do Recurso Especial

Art. 541. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas, que conterão: (Revigorado, com nova redação, pela Lei nº 8.950, de 1994)

I - a exposição do fato e do direito; (Incluído pela Lei nº 8.950, de 1994)

Il - a demonstração do cabimento do recurso interposto; (Incluído pela Lei nº 8.950, de 1994)

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III - as razões do pedido de reforma da decisão recorrida. (Incluído pela Lei nº 8.950, de 1994)

Parágrafo único. Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência mediante certidão, cópia autenticada ou pela citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que tiver sido publicada a decisão divergente, ou ainda pela reprodução de julgado disponível na Internet, com indicação da respectiva fonte, mencionando, em qualquer caso, as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.(Redação dada pela Lei nº 11.341, de 2006).

Art. 542. Recebida a petição pela secretaria do tribunal, será intimado o recorrido, abrindo-se-lhe vista, para apresentar contra-razões. (Redação dada pela Lei nº 10.352, de 2001)

§ 1o Findo esse prazo, serão os autos conclusos para admissão ou não do recurso, no prazo de 15 (quinze) dias, em decisão fundamentada. (Incluído pela Lei nº 8.950, de 1994)

§ 2o Os recursos extraordinário e especial serão recebidos no efeito devolutivo. (Incluído pela Lei nº 8.950, de 1994)

§ 3o O recurso extraordinário, ou o recurso especial, quando interpostos contra decisão interlocutória em processo de conhecimento, cautelar, ou embargos à execução ficará retido nos autos e somente será processado se o reiterar a parte, no prazo para a interposição do recurso contra a decisão final, ou para as contra-razões. (Incluído pela Lei nº 9.756, de 1998)

Art. 543. Admitidos ambos os recursos, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça. (Revigorado e com redação dada pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)

§ 1o Concluído o julgamento do recurso especial, serão os autos remetidos ao Supremo Tribunal Federal, para apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado. (Revigorado e alterado pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)

§ 2o Na hipótese de o relator do recurso especial considerar que o recurso extraordinário é prejudicial àquele, em decisão irrecorrível sobrestará o seu julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal, para o julgamento do recurso extraordinário. (Revigorado e alterado pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)

§ 3o No caso do parágrafo anterior, se o relator do recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, não o considerar prejudicial, devolverá os autos ao Superior Tribunal de Justiça, para o julgamento do recurso especial. (Revigorado e alterado pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)

Art. 543-A. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário, quando a questão constitucional nele versada não oferecer repercussão geral, nos termos deste artigo.(Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006).

§ 1o Para efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que

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ultrapassem os interesses subjetivos da causa. (Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006).

§ 2o O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência da repercussão geral. (Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006).

§ 3o Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar decisão contrária a súmula ou jurisprudência dominante do Tribunal. (Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006).

§ 4o Se a Turma decidir pela existência da repercussão geral por, no mínimo, 4 (quatro) votos, ficará dispensada a remessa do recurso ao Plenário. (Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006).

§ 5o Negada a existência da repercussão geral, a decisão valerá para todos os recursos sobre matéria idêntica, que serão indeferidos liminarmente, salvo revisão da tese, tudo nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. (Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006).

§ 6o O Relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a manifestação de terceiros, subscrita por procurador habilitado, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. (Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006).

§ 7o A Súmula da decisão sobre a repercussão geral constará de ata, que será publicada no Diário Oficial e valerá como acórdão. (Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006).

Art. 543-B. Quando houver multiplicidade de recursos com fundamento em idêntica controvérsia, a análise da repercussão geral será processada nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, observado o disposto neste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006).

§ 1o Caberá ao Tribunal de origem selecionar um ou mais recursos representativos da controvérsia e encaminhá-los ao Supremo Tribunal Federal, sobrestando os demais até o pronunciamento definitivo da Corte. (Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006).

§ 2o Negada a existência de repercussão geral, os recursos sobrestados considerar-se-ão automaticamente não admitidos. (Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006).

§ 3o Julgado o mérito do recurso extraordinário, os recursos sobrestados serão apreciados pelos Tribunais, Turmas de Uniformização ou Turmas Recursais, que poderão declará-los prejudicados ou retratar-se.(Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006).

§ 4o Mantida a decisão e admitido o recurso, poderá o Supremo Tribunal Federal, nos termos do Regimento Interno, cassar ou reformar, liminarmente, o acórdão contrário à orientação firmada. (Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006).

§ 5o O Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal disporá sobre as atribuições dos Ministros, das Turmas e de outros órgãos, na análise da repercussão geral. (Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006).

Art. 543-C. Quando houver multiplicidade de recursos com fundamento em idêntica

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questão de direito, o recurso especial será processado nos termos deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

§ 1o Caberá ao presidente do tribunal de origem admitir um ou mais recursos representativos da controvérsia, os quais serão encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça, ficando suspensos os demais recursos especiais até o pronunciamento definitivo do Superior Tribunal de Justiça. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

§ 2o Não adotada a providência descrita no § 1o deste artigo, o relator no Superior Tribunal de Justiça, ao identificar que sobre a controvérsia já existe jurisprudência dominante ou que a matéria já está afeta ao colegiado, poderá determinar a suspensão, nos tribunais de segunda instância, dos recursos nos quais a controvérsia esteja estabelecida. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

§ 3o O relator poderá solicitar informações, a serem prestadas no prazo de quinze dias, aos tribunais federais ou estaduais a respeito da controvérsia. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

§ 4o O relator, conforme dispuser o regimento interno do Superior Tribunal de Justiça e considerando a relevância da matéria, poderá admitir manifestação de pessoas, órgãos ou entidades com interesse na controvérsia. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

§ 5o Recebidas as informações e, se for o caso, após cumprido o disposto no § 4o deste artigo, terá vista o Ministério Público pelo prazo de quinze dias. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

§ 6o Transcorrido o prazo para o Ministério Público e remetida cópia do relatório aos demais Ministros, o processo será incluído em pauta na seção ou na Corte Especial, devendo ser julgado com preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

§ 7o Publicado o acórdão do Superior Tribunal de Justiça, os recursos especiais sobrestados na origem: (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

I - terão seguimento denegado na hipótese de o acórdão recorrido coincidir com a orientação do Superior Tribunal de Justiça; ou (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

II - serão novamente examinados pelo tribunal de origem na hipótese de o acórdão recorrido divergir da orientação do Superior Tribunal de Justiça. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

§ 8o Na hipótese prevista no inciso II do § 7o deste artigo, mantida a decisão divergente pelo tribunal de origem, far-se-á o exame de admissibilidade do recurso especial. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

§ 9o O Superior Tribunal de Justiça e os tribunais de segunda instância regulamentarão, no âmbito de suas competências, os procedimentos relativos ao processamento e julgamento do recurso especial nos casos previstos neste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).

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Art. 544. Não admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial, caberá agravo nos próprios autos, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 12.322, de 2010)

§ 1o O agravante deverá interpor um agravo para cada recurso não admitido. (Redação dada pela Lei nº 12.322, de 2010)

§ 2o A petição de agravo será dirigida à presidência do tribunal de origem, não dependendo do pagamento de custas e despesas postais. O agravado será intimado, de imediato, para no prazo de 10 (dez) dias oferecer resposta, podendo instruí-la com cópias das peças que entender conveniente. Em seguida, subirá o agravo ao tribunal superior, onde será processado na forma regimental. (Redação dada pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001)

§ 3o O agravado será intimado, de imediato, para no prazo de 10 (dez) dias oferecer resposta. Em seguida, os autos serão remetidos à superior instância, observando-se o disposto no art. 543 deste Código e, no que couber, na Lei no 11.672, de 8 de maio de 2008. (Redação dada pela Lei nº 12.322, de 2010)

§ 4o No Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça, o julgamento do agravo obedecerá ao disposto no respectivo regimento interno, podendo o relator: (Redação dada pela Lei nº 12.322, de 2010)

I - não conhecer do agravo manifestamente inadmissível ou que não tenha atacado especificamente os fundamentos da decisão agravada; (incluído pela Lei nº 12.322, de 2010)

II - conhecer do agravo para: (incluído pela Lei nº 12.322, de 2010)

a) negar-lhe provimento, se correta a decisão que não admitiu o recurso; (incluído pela Lei nº 12.322, de 2010)

b) negar seguimento ao recurso manifestamente inadmissível, prejudicado ou em confronto com súmula ou jurisprudência dominante no tribunal; (incluído pela Lei nº 12.322, de 2010)

c) dar provimento ao recurso, se o acórdão recorrido estiver em confronto com súmula ou jurisprudência dominante no tribunal. (incluído pela Lei nº 12.322, de 2010)

Art. 545. Da decisão do relator que não conhecer do agravo, negar-lhe provimento ou decidir, desde logo, o recurso não admitido na origem, caberá agravo, no prazo de 5 (cinco) dias, ao órgão competente, observado o disposto nos §§ 1o e 2o do art. 557. (Redação dada pela Lei nº 12.322, de 2010)

Art. 546. É embargável a decisão da turma que: (Revigorado e alterado pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)

I - em recurso especial, divergir do julgamento de outra turma, da seção ou do órgão especial; (Revigorado e alterado pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)

Il - em recurso extraordinário, divergir do julgamento da outra turma ou do plenário.(Revigorado e alterado pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)

Parágrafo único. Observar-se-á, no recurso de embargos, o procedimento

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estabelecido no regimento interno. (Revigorado e alterado pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. 33. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

CÂMARA, Alexandre. Lições de Direito Processual Civil. Lumem júris: 2010.

DIDIER JR., Fredie. Direito Processual Civil, Volume 1. 2010.

DONIZETE, Elpídio. Curso Didático de Direito Processual Civil. 12ª Edição. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2010.

FAGA, Tânia Regina Trombini. Julgamentos e Súmulas do STF e STJ. São Paulo: Método, 2009.

FERRAZ JUNIOR, Tércio Sampaio: Introdução ao estudo de direito: técnica, decisão, dominação. 3.Ed. São Paulo: Atlas, 2001.

MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 25.ed. São Paulo: Atlas, 2010.

PLÁCIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. 18. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2001.