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ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR PARADA CARDIORESPIRATÓRIA- PCR SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Aula 8 - PCR

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ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA PRÉ-HOSPITALARPARADA CARDIORESPIRATÓRIA-PCR

SUPORTE BÁSICO DE VIDA

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Revisão• URGÊNCIA - Situação onde há risco à vida,

mas não iminente

• EMERGÊNCIA - Situação onde há risco iminente de morte

• SUPORTE BÁSICO DE VIDA- são os procedimentos não invasivos

• SUPORTE AVANÇADO- são os procedimentos invasivos, prestados por profissionais.

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REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP)

•PARADA RESPIRATÓRIA (P.R.) Interrupção brusca da função pulmonar

• PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (P.C.R.) Suspensão imediata das funções

pulmonar e cardíaca

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A Importância do Suporte Básico de Vida (SBV)

Na ausência de Suporte Básico de Vida, as chances de sobrevida diminuem 10% a cada minuto.

O SBV imediato triplica a taxa de sobrevivência dos colapsos súbitos em Fibrilação Ventricular.

O SBV imediato seguido de desfibrilação dentro de 3/5 minutos eleva entre 49% a 75% as taxas de sobrevivência.

A compressão torácica é particularmente importante se a desfibrilação não pode ser realizada nos 4/5 minutos após a perda da consciência.

Nos minutos seguintes à desfibrilação eficaz, o ritmo cardíaco pode estar lento e ineficaz, necessitando da continuação das compressões torácicas enquanto não se recupera a atividade cardíaca

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A Reanimação Cárdio-Pulmonar (RCP)

• A RCP ou RCR é um conjunto de manobras destinadas a assegurar a oxigenação dos órgãos quando a circulação sanguínea autônoma de uma pessoa parou.

A RCP é a associação de:• Compressões torácicas• Ventilação artificial

O conceito foi inventado por Peter Safar, a quem se deve o ABC:

• A para airway – liberação das vias aéreas• B para breathing – ventilação artificial• C para circulation – assegurar a circulação do

sangue com a Compressão torácica.

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•De acordo com as novas diretrizes da American Heart Association (2010):

C A B

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1 - Circulação do sangue – Compressões

As manobras de reanimação devem iniciar pela compressão torácica.

Comprimindo o peito, comprimem-se os vasos sanguíneos, o que empurra o sangue para o resto do corpo e estimula a função cardíaca.

Para que a compressão torácica seja eficaz é necessário que a vitima esteja deitada numa superfície dura.

A posição das mãos é importante se queremos uma compressão eficaz minimizando os riscos de fraturas de costelas (este risco é insignificante relativamente ao risco de morte se nada for feito)

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• As Diretrizes da AHA 2010 para RCP enfatizam, mais uma vez, a necessidade de uma RCP de alta qualidade, incluindo:

• Frequência de compressão mínima de 100 por minuto

• Profundidade de compressão mínima de 5 cm em adultos, e de, no mínimo, um terço do diâmetro anteroposterior do tórax, em bebes e crianças, ou 4 cm em bebes e 5 cm em crianças.

• Retorno total do tórax após cada compressão

• Minimização das interrupções nas compressões torácicas

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2- Oxigenação do sangue - Insuflações

O sangue, entre outras funções, serve para transportar o oxigénio para os órgãos, permitindo que eles funcionam. A respiração tendo parado, deve ser imediatamente substituída pela Ventilação artificial.

A ventilação artificial consiste em enviar ar para os pulmões da vítima. Sopramos ar, a pressão de ar insufla os pulmões.

O ar que nós insuflamos passa para os pulmões, mas também para o estômago, este vai se enchendo no decorrer da reanimação, caso ele esvazie corre-se o risco de haver uma saída de suco gástrico, o que virá deteriorar os pulmões e comprometer gravemente a saúde da vítima, assim é necessário insuflar sem excesso, regularmente e parar quando o tórax se levanta.

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• Não houve alteração na recomendação referente a relação compressão-ventilação de 30:2 para um único socorrista de adultos, crianças e bebes.

• As Diretrizes da AHA 2010 continuam recomendando que as ventilações de resgate sejam aplicadas em, aproximadamente, 1 segundo. Assim que houver uma via aérea avançada colocada, as compressões torácicas poderão ser continuas (a uma freqüência mínima de 100/minuto) e não mais alternadas com ventilações. As ventilações de resgate, então, poderão ser aplicadas a frequência de cerca de uma ventilação a cada 6 ou 8 segundos (cerca de 8 a 10 ventilações por minuto). Deve-se evitar ventilação excessiva.

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Motivo da mudança do ABC para CAB•Na sequencia A-B-C, as compressões

torácicas, muitas vezes, são retardadas enquanto o socorrista abre a via aérea para aplicar respiração boca a boca, recupera um dispositivo de barreira ou reúne e monta o equipamento de ventilação. Com a alteração da seqüência para C-A-B, as compressões torácicas serão iniciadas mais cedo e o atraso na ventilação será mínimo

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•A maioria das vitimas de PCR extra-hospitalar não recebe nenhuma manobra de RCP das pessoas presentes.

•Existem, provavelmente, muitas razoes para isso, mas um empecilho pode ser a seqüência A-B-C, que começa com os procedimentos que os socorristas acham mais difíceis, a saber, a abertura da via aérea e a aplicação de ventilações.

•Começar com compressões torácicas pode encorajar mais socorristas a iniciar a RCP.

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•O suporte básico de vida, normalmente, é descrito como uma sequencia de ações, e isso continua válido para o socorrista que atua sozinho. A maioria dos profissionais de saúde, contudo, trabalha em equipe, cujos membros, geralmente, executam as ações de SBV simultaneamente. Um socorrista, por exemplo, inicia imediatamente as compressões torácicas, enquanto outro socorrista busca um DEA/DAE (desfibrilador automático externo) e chama o serviço de ambulância e um terceiro abre a via aérea e aplica ventilações.

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• Os profissionais de saúde são, novamente, incentivados a adequar as ações de resgate a causa mais provável da PCR.

• Por exemplo, se um profissional de saúde testemunhar, sozinho, o colapso repentino de uma vitima, poderá presumir que a vitima sofreu uma PCR primaria com um ritmo chocavel/desfibrilavel e devera acionar imediatamente o serviço de emergência/urgencia, buscar um DEA/DAE e retornar a vitima para aplicar a RCP e usar o DEA/DAE.

• Porem, para uma suposta vitima de PCR asfixica, como em casos de afogamento, a prioridade seria aplicar compressões torácicas com ventilação de resgate por cerca de 5 ciclos (aproximadamente 2 minutos) antes de acionar o serviço de emergência/urgencia.

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•Duas partes novas nas Diretrizes da AHA 2010 para RCP são: Cuidados Pos-PCR e Treinamento, implementação e equipes. A importância dos cuidados pós-PCR e enfatizada pela inclusão de um novo quinto elo na Cadeia de Sobrevivência de Adultos em ACE da AHA.

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Ênfase nas compressões torácicas• 2010 (Nova): Se a pessoa presente não tiver

treinamento em RCP, ela deverá aplicar a RCP somente com as mãos (somente compressões torácicas) na vitima adulta com colapso repentino, com ênfase em "comprimir forte e rápido" no centro do tórax, ou seguir as instruções do atendente/operador do SME. O socorrista deve continuar a RCP somente com as mãos ate a chegada e preparação de um DEA/DAE para uso ou ate que os profissionais do SME ou outros encarregados assumam o cuidado da vitima.

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•2010 (Nova): O procedimento "Ver, ouvir e sentir se há respiracao” foi removido da seqüência de RCP. Apos a aplicação de 30 compressões, o socorrista que atuar sozinho devera abrir a via aérea da vitima e aplicar duas ventilações.

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As compressões devem ser de pelo menos 100 por minuto no adulto, realizando-se 30 compressões para duas ventilações.Após cinco ciclos de compressão e ventilação (ou dois minutos de RCP contínua), deve-se reavaliar o ritmo no monitor ou palpar pulso central

C-A-B (chest cofnpression-aifway-breathing).

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C - CIRCULAÇÃO

•DETERMINAR O PULSO ARTERIAL

· Ausência do pulso arterial da carótida – · Em lactentes a verificação é feita no

pulso braquial.· A manobra de verificação do pulso deve levar de 5 a 10 segundos.

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C - CIRCULAÇÃO “C” Massagem cardíaca externa

• Só deve ser iniciada se não houver pulso arterial ou sinais de circulação - Parada Cardíaca. 

• Em crianças e adultos é realizada sobre o terço inferior do esterno.

• Em lactentes, essa manobra é realizada com os dedos médio e anelar sobre o esterno, abaixo da linha mamilar.

• Nas gestantes, a execução é como nos adultos, porém é importante e tração do útero gravídico para a esquerda ( descompressão da veia cava inferior).

• Pode ser feito a Massagem cardíaca sobre a maca ou a Massagem cardíaca no chão.

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A – VIAS AÉREAS

•A obstrução das vias aéreas superiores é a causa mais comum da parada respiratória.

 •A queda da língua sobre a faringe é a

causa mais comum de obstrução de vias aéreas superiores.

•Os corpos estranhos são menos comuns. 

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COMO DESOBSTRUIR AS VIAS AÉREAS

•Hiperextensão do pescoço :não utilizar na suspeita de trauma da coluna cervical.

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B VENTILAÇÃO -

• 1o - Obstrução do Nariz2o - Ventilação (soprar o Ar): 1 a 2 segundos

• 3º - Observar o tórax e aguardar os pulmões se esvaziarem para fazer a segunda respiração artificial - total de 2 ventilações.

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OBSERVAÇÕES

• O volume de ar insuflado deve ser o suficiente para elevar o tórax.

• No Lactente geralmente o ar contido na boca é o volume suficiente para ventilar.

• Se o tórax não se elevar após a primeira ventilação - repita a hiperextensão do pescoço e tente novamente o boca-a-boca

• Se não resolver - pense em obstrução por corpo estranho e execute a manobra de Heimlich

• As próteses dentárias só devem ser retiradas se estiverem fora do lugar.

• Em lactentes, inclua também o nariz na boca do socorrista (Boca-a-Boca/Nariz).

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QUANDO INICIAR AS MANOBRAS?•Confirmada a PCR, a RCP deve ser

iniciada em todos os pacientes, exceto:

¨ PCR POR TRAUMA DE TÓRAX¨ VÍTIMAS COM DOENÇAS EM ESTÁGIO TERMINAL¨ PCR OCORRIDA A MAIS DE 15 MINUTOS¨ SURGIMENTO DE RIGIDEZ CADAVÉRICA

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QUANDO PARAR AS MANOBRAS?

•Houver resposta e forem restabelecidas as funções respiratória e os batimentos cardíaco.

•Houver exaustão do socorrista.• A chegada de uma equipe médica

(Suporte Avançado de Vida). • Existem casos de sucesso na reanimação

em afogamento após 2 horas de RCP.

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COMPLICAÇÕES DA RCP•FRATURAS DE COSTELAS – CONTINUA A RCP

•FRATURAS DE ESTERNO - TORNA-SE CONTRA-INDICAÇÃO.

• LUXAÇÃO COSTO-ESTERNAL - CONTINUA A RCP

•PERFURAÇÃO DE VÍSCERAS (CORAÇÃO / PULMÕES / AORTA / DIAFRAGMA / ETC...) -

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Relação ventilações X massagens cardíacasEm adultos, com 1 ou 2 socorristas

- 30 massagens cardíacas x 2 ventilações

Em crianças e bebês:- 1 socorrista - 30:2- 2 socorristas – 15:2

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OBSERVAÇÃO

• O centro respiratório, localizado no bulbo raquídeo é constituído por duas partes: o apnêustico, estimulado pelo CO2 e o pneumotáxico, estimulado pelo O2. Portanto, o alto percentual de CO2 insuflado nas ventilações da RCP, no ato do socorro básico é essencial.

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POSSIBILIDADES DE RECUPERAÇÃO•Quanto mais rápido a vítima for atendida

é aumentada a sua chance de recuperação e sobrevivência.

•O melhor resultado da RCP ocorre quando o Suporte Básico de Vida é iniciado em até 4 minutos, seguido pelo Suporte Avançado de Vida em até 8 minutos.

1`= 98% de chance                      5` = 25% de chance                     10` = 1% de chance

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